OS GRANDES DESAFIOS DA ano da nova ordem social · que termina em 2012. Bolsa de Valores Depois de...
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2010, o ano da nova ordem socialOS GRANDES DESAFIOS DA ECONOMIA NACIONAL
¦ Nove sectores-chave em análise ¦ Desenvolvimento das áreas não-petrolíferas na ordem dos 15%
¦ As prioridades do País, segundo a economista Naiole Cohen ¦ A agenda e a conjuntura internacional
Se para o resto do Mundo, 2010 évisto como o ano da esperança,aquele em que a retoma econó-mica poderá ser uma realidade,para Angola estamos perantegrandes desafios que podem pro-jectar ainda mais o País. O Cam-peonato Africano das Nações queagora abre as suas portas, a apro-
vação da futura Constituição queocorrerá no primeiro trimestredo ano e a abertura da Bolsa deValores e Derivativos de Angolasão os grandes acontecimentosque marcam a agenda nacional e
colocam o País na mira dos gran-des investidores internacionais.Paralelamente, a tolerância zeroà corrupção assume-se como ou-tra das prioridades definidas porJosé Eduardo dos Santos, aindaem 2009, mas reiterada para oano em curso.
Para a economista Naiole Co-hen, a"redução da inflação e aestabilidade da taxa de câmbiosem travar o investimento pú-blico" são prioridades no planoeconómico para 2010, sem es-quecer a gestão transparente do
empréstimo do Fundo Monetá-rio Internacional. Em entrevistaao Expansão revela ainda que"2010 poderá ser um ano da con-fiança e de responsabilizaçãodos actores económicos" .
Os nove sectores que analisámos(o petrolífero, industrial, finan-ceiro, agrícola, energético, mi-neiro, construção, telecomuni-cações e os serviços) não sãomais do que os protagonistas deuma economia cujo crescimen-to, segundo o Executivo, podeatingir os 8,2 por cento. |P
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As grandes metas do anoCRESCIMENTO PREVISTO NA OROEM DOS 8,2%
O ano mal começou, mas os desafios que se colocam ao País em 2010 são conhecidos, transportados háalguns anos numa bagagem que junta a realização exemplar do Campeonato Africano das Nações, a aprovaçãoda futura Constituição e a abertura da Bolsa de Valores e Derivativos de Angola.
EVARISTO MULAZA
O ano que marca o termo da pri-meira década do século XXI vai fi-car conhecido por uma série de
realizações que podem revelar aface de um amplo processo demudanças estruturais e reformasinstitucionais, que antecipamuma "nova ordem económica,política e social" no País. Se para oresto do mundo, grosso modo,2010 é o ano da concretização daretoma da confiança, abaladapela crise financeira e económi-ca, despontada em 2008, paraAngola espera-se um ano repletode tarefas, com o protagonismo arepartir-se entre os planos des-portivo, político e económico.Desde a realização do CAN Oran-ge 2010 à aprovação da Constitui-ção, é expectável que, no plano da
diplomacia económica, o País in-tensifique a aposta na diversifica-
ção das suas fontes de financia-mento e de investimento exter-no, tal é ambiente de certa ambi-guidade que rodeia as economiasde alguns dos seus principais par-ceiros, com a China à testa. Entreestes e outros motivos, os ele-mentos que se seguem abaixo po-dem ajudar a compreender me-lhor a razão por que 2010 reúne
as condições para alistar-se nogrupo dos anos que marcaram e
vão marcar a História do País.CAN Orange Angola 2010O Campeonato Africano das Na-ções Orange Angola 2010, cujapartida inaugural opõe a SelecçãoNacional ao combinado do Mali,este domingo, no Estádio Nacio-nal 11 de Novembro, é segura-mente um dos maiores aconteci-mentos da década no nosso País.
Resultado de uma forte diplo-macia da Federação Angolana deFutebol junto da ConfederaçãoAfricana de Futebol, que ditou oafastamento da Nigéria na corri-da à sua realização, o CAN OrangeAngola 2010 vai ficar registadonos anais das grandes conquistasnão apenas pela sua vertente des-
portiva/competitiva, mas tam-bém pelos investimentos em in-fraestruturas que exigiu e por to-das as oportunidades de negócioque gerou, particularmente parao sector privado. Com um orça-mento global de 600 milhõesUSD, convertido na construçãode quatro estádios de raiz emLuanda, Benguela, Huíla e Ca-binda, e na reabilitação de algunsestádios de apoio, o CAN permi-tiu um investimento de 300 mi-lhões USD em infraestruturashoteleiras e, como resultado, vá-
rios hotéis foram inauguradosnas quatro províncias que aco-lhem a prova, oferecendo mais de
4500 quartos e 6473 camas aoshóspedes que vão permanecer noPaís, ao longo dos 21 dias em quese compete a prova.
ConstituiçãoApesar de o debate ter aceso em2009, com o modelo de eleição doPresidente da República no cen-tro da discórdia entre MPLA e
oposição, sendo o primeiro a pro-por o cabeça de lista do partidovencedor das eleições, a ser ratifi-cado no Parlamento, como o maisalto magistrado da nação, a futuraConstituição deve ser aprovadaao longo do primeiro trimestre.E, mais do que marcar o ano polí-
-2010 reúneas condiçõespara alistar-seno grupo dos anosque marcarame vão marcara História do País
tico, a aprovação da Constituiçãovai marcar uma "nova ordem eco-nómica, social e política", no di-zer do presidente da AssembleiaNacional, Fernando da PiedadeDias dos Santos. De resto, a espe-ra da Constituição está a decisãosobre dois importantes dossiersda vida do País, nomeadamente a
extinção de alguns ministériosprescindíveis e a clarificação dadata da eleição presidencial queacabou por não se realizar em2009, conforme compromissoassumido pela classe política, poraltura das eleições legislativas de2008.
Sobre este ponto é expectávelainda alguma celeuma entre oscontendores políticos, face à pos-sibilidade de a eleição presiden-cial ficar condicionada pelo cum-primento do mandato de quatroanos do actual Governo. Ou seja,fazendo fé nos pronunciamentosdo Presidente da República, elei-ções gerais poderão realizar-seapenas depois de o partido no po-der ter cumprido o seu mandatoque termina em 2012.
Bolsa de ValoresDepois de adiada no ano passado,devido a conjuntura de crisemundial que afectou grande-mente a confiança nos mercadosbolsitas, a abertura da Bolsa deValores e Derivativos de Angola-deve acontecer em 2010, salvoqualquer recuo inesperado. Deresto, o Governo jáassumiu vezessem conta a importância com quetoma a Bolsa Valores, ferramentaque considera valiosa para a con-
secução de determinados objec-tivos que incluem a atracção deinvestimentos, garantindo maiortransparência ao processo de pri-vatizações.eadesdolarização, ouse se quiser, a kwanzalização daeconomia. A este respeito o coor-denador do núcleo do Mercadode Capitais, o economista Cruz
Lima, já tornou público que okwanza vai será moeda a ser utili-zada nas transacções da bolsa queconta com, entre os seus associa-dos, instituições públicas como aSonangol, a Ensa, a Endiama, oPorto de Luanda, o Fundo de Des-envolvimento Económico e So-cial, representando 43 por centodas acções da bolsa para o Estado.Abanca aparece também nalinhada frente deste processo, com umpeso de 20% nas acções da bolsa,entre os quais o Banco BIC, o BAI,o BFA, o BPC, o Millennium An-gola e o Banco Sol.
Banco Nacional de AngolaA instituição liderada por AbraãoGourgel vai ter, em 2010, tal comono ano passado, uma importantetarefa na execução de medidas de
política monetária das quais de-pendem sobremaneira o controloda inflação e do mercado cambial.Por conseguinte, a agenda de2010 do Banco Nacional de Ango-la (BNA) prioriza, segundo o seu
governador, o combate cerrado àentrada de divisas no País, demodo a reduzir-se a circulação dedólares na economia. Para tal, oBNA promete seguir a risca a leicambial, permitindo somas con-sideráveis de divisas apenas paraos agentes económicos cuja acti-vidade esteja relacionada com omercado externo, sendo que os
pagamentos de bens e serviços noPaís deverão ser feitos todos emkwanza. Uma tendência abaladaem 2008, com o despoletar da cri-se mundial, que justificou umacorrida desenfreada ao dólar,com as transacções diárias a atin-girem a cifra de 35 milhões USD,em média. Paralelamente ao de-safio de iniciar o processo vigoro-so de desdolarização da econo-mia, a equipa de Abraão Gourgelvai concentrar-se na implemen-tação da central de informação derisco de crédito, há muito recla-mada pela banca, e na criação do
cadastro da divida externa total. Aconclusão do sistema integradode informação cambiais, o apoio à
criação da câmara de compensa-ção electrónica de Angola e a im-plementação do novo plano decontas das instituições financei-ras são tarefas a serem executa-das em 2010 pelo BNA.
José Eduardo dos SantosHabitualmente responsabiliza-do, sobretudo, pelos membros doseu Governo apenas pelas con-quistas que o País vai somandodesde o termo da guerra, o Presi-dente da República concorre parasuceder-se na distinção como o
protagonista do ano. Se o discurso
proferido no final do VI Congres-so do partido de que é presidentedeixou alguma margem para he-sitações, a agenda de desafiospara 2010 enunciada no discursode final de ano dissipou dúvidasquanto à intervenção que se espe-ra do chefe do Governo em temas,como a má gestão e a corrupção,que muito têm contribuído para ainclusão do País nas piores refe-rências mundiais em matéria de
transparência. José Eduardo dosSantos incluiu no seu caderno deprioridades a gestão de um Go-verno mais eficaz, mais executivo,por isso anunciou a redução daactual estrutura central, suporta-da por 31 Ministérios, três Secre-tarias de Estado e um ministrosem pasta. Até terminar a refle-xão que vai ditar os órgãos minis-teriais a serem excluídos do apa-relho central, depois de aprovadaa futura Constituição, o apelo doPresidente para uma nova atitu-de para com o trabalho vai fazen-do eco, sendo que, nos seus dis-cursos, alguns governantes vãoanunciando já sanções para ostrabalhadores descomprometi-dos com o serviço público.
Equipa Económicado GovernoCom o anunciado reajustamentodo Plano Nacional e do Orça-mento Geral do Estado, ambosdiplomas aprovados em finas de2009, a equipa liderada pelo mi-nistro da Economia, Manuel Nu-nes Júnior, vai gerir uma série dedesafios em 2010, em que se des-taca a "redução da inflação e a es-tabilidade da taxa de câmbio semtravar o investimento público",conforme projecta a economistae professora universitária NaioleCohen. De resto, o cenário de re-toma das grandes economiasmundiais que antecipa algumaestabilidade nos níveis de consu-mo do petróleo constitui umtrunfo para a gestão da políticamacroeconómica do Governo,face à expectativa em torno daentrada dum volume maior dedivisas, cuja escassez em 2009levou a que a equipa de ManuelNunes Júnior adoptasse medi-das restritivas que contrariaramo leme de diversificação econó-mica. Todavia, mais do que o pe-tróleo cuja produção registouuma baixa de 34 milhões de bar-ris em 2009, os responsáveis pelacondução da política macroeco-nómica deverão concentrar-senos indicadores do sector real daeconomia para o qual se prevê,no OGE, um crescimento de15,0% em 2010.
CorrupçãoEleito como um dos principais"cavalos de batalha" da governa-ção de José Eduardo dos Santos a
partir deste ano, o combate à cor-rupção virou moda no discursogovernamental, mas a sociedade
reage com receio ao apelo. A dú-vida paira quanto à responsabili-zação dos infractores no planoprático, tendo em conta que o
problema, apesar dos elevadosdanos que tem causado ao pro-cesso de desenvolvimento doPaís, tal são os tentáculos quecriou nas distintas esferas da so-ciedade, desmereceu sistemati-camente a atenção da acção go-vernativa. Mas, nas palavras doPresidente da República, tratou--se de uma despreocupação per-feitamente "desculpável", namedida em que as prioridades doGoverno tiveram de se concen-trar na "consolidação da paz e da
reconciliação nacional", com osolhos fitos na "reconstrução na-cional". Agora, o momento é de"iniciarmos, em 2010, uma novaera", disse José Eduardo dosSantos. O apelo à navegação doPresidente poderá ter repercus-sões significativas, desde que "as
medidas em estudo nos planoslegislativo e institucional" con-duzam, de facto, à prática da "to-lerância zero com relação à faltade transparência e a má gestão".
Númerosda mudança
Mais de ttDUU quartos
eb4/«) camas, para o
CAN Orange 2010
ôl ministérios
ó secretarias de estado
1 ministro sem pastaactual estrutura do governocentral
101~ trimestre
aprovação da constituição
Ó^r milhões de barris,
baixa da produção de petróleoem 2009
Melhor do que em 2009, mas ainda sem os dois dígitos de subida a que
o país se habituou nos últimos anos, a previsão de crescimento económico
para 201 0 (apoiada sobretudo no aumento do preço do petróleo) é de:
A prova8f 2%
dos nove
1 5,0%Num ano dominado por nove sectores-chave, destaque
também para o maior dinamismo das áreas não petrolíferas
com um crescimento esperado de: Paula Cardoso
Sector Petrolífero
Sonangol investe1 bilião USD
Crescimento f T 10/previsto no sector I
jprI /O
Exportações QA Ade Angola ?VfV/0Investimentos para 2010 (USD)
1 000 000 000
Apesar da subida do preço do barril
do petróleo, de cerca de 30 para 80 USD,
2010 continuará aquém das margens
de crescimento a que este sector atingiu
em 2008, prevendo-se um crescimento
de 1,1%. Todavia, mesmo sem o aumento
das quotas de produção - fixado nos 1650
barris por dia pela Organização dos Países
Exportadores de Petróleo - os planos
de expansão da Sonangol, que já anunciou
investimentos de 1 bilião de dólares para
2010 e novas explorações no Brasil
e no Iraque, fazem adivinhar um reforço da
liderança de Angola nesta área, responsável
por mais de 90% das exportações do País.
Sector Industrial
522 campos defutebol em fábricas
Crescimento Q3l Qo/previsto no sector «# I f»f /O
Criação prevista de TT TTpostos de trabalho I I #
Investimentos para 201 0 (USD)
397 500 000
Um investimento de 397,5 milhões de dólares,
numa área equivalente a 522 campos
de futebol antecipa um crescimento de 31,9%
para o sector e a criação de 1 2.1 27 empregos
directos até ao final do ano. Os objectivos
constam do Programa Executivo da Indústria
Transformadora e prevêem o nascimento
de 695 fábricas de vários sectores, distribuídas
por 1 2 pólos industriais, implantados
nas províncias de Cabinda, Luanda, Bengo,
Huíla, Benguela, Huambo, Zaire, Uíje,
Kwanza-Norte e Bié.
Sector Financeiro
15 biliões USDna bagagem
Crescimento tjQ7 II 0/de activos totais mT M f V/0Activos totais para 2010 (USD)
15000000000
Com um aumento de 97% nos activos totais,
fixados em cerca de 1 5 biliões USD no
relatório anual da consultora KPMG, Angola
já é o terceiro maior centro bancário da África
subsaariana. Uma posição que se deverá
consolidar nos próximos meses, com chegada
de novos instrumentos reguladores. Outrossim,
a criação do Cadastro da Dívida Externa Total
e a implementação do novo Plano de Contas
das Instituições Financeiras vão juntar-se
à abertura da Bolsa de Valores e Derivado de
Angola e ao início do processo de desvalorização
da economia como os destaques deste sector
em 2010, sem esquecer a efectivação do
sistema integrado de informações cambiais.
Sector Agrícola
Plantações contraa pobreza
Crescimento mgy g^produção de cereais V 4Uf W%
A realização da 26.° Conferência Regional do
Fundo das Nações Unidas para a Agricultura
(FAO) em Luanda, de 3 a 7 de Maio, promete
reforçar o compromisso do país no desenvol-
vimento agrícola, como estratégia na luta
contra a pobreza. Depois do lançamento,
em 2009, de um plano de 400 milhões USD
para reduzir a dependência do país ao nível
das importações - traduzido já no aumento
da produção de cereais em cerca de 40% -201 0 arranca com a garantia de que o
Governo vai dar continuidade ao que já foi
iniciado e concretizar os programas
agro-pecuários, de agricultura familiar
e empresarial.
Sector Energético
20 mini-hídricas
a implementar
Crescimento existente m g\g\ssr 400kw
A abertura de um novo circuito
eléctrico em Luanda (Capanda/Lucala/
/Luanda), com capacidade para
fornecer 400 quilovolts de energia,
surge como um dos marcos na política
do Governo para garantir uma melhor
fiabilidade no fornecimento de
electricidade, ainda restrito a menos
de 25% da população. A novidade,
anunciada no final de 2009, junta-se
aos planos de construção de cerca
de 20 mini-hídricas que deverão ser
dinamizados com assinatura de acordos
de implementação com investidores
privados, estrangeiros e nacionais.
Sector Mineiro
200 milhõesde quilates
Estimativa das reservas mineiras (quilates)
200 000 000Estimativa do potencial mineiro (USD)
7 000 000 000
Depois do abrandamento da produção
em 2009, como efeito da crise
financeira mundial, 2010 chega com
a missão de imprimir mais ritmo
ao sector. O desafio passa não só por
uma maior aposta na lapidação,
mas também por um maior aprovei-
tamento dos recursos: o país está
a explorar apenas 42% das reservas
nacionais, estimadas em 200 milhões
de quilates. Apesar deste elevado
potencial, que representa um negócio
de 7 biliões de dólares em África,
o Governo anunciou a meta de,
nos próximos quatro anos, diversificar
a exploração mineira para reduzir
a dependência dos diamantes.
Serviços
165 hotéis paratodo o país
0 início da construção de uma cadeia
de 165 hotéis - espalhados por todos
os municípios - confirma a hotelaria
e o turismo como uma das principais
apostas do Governo para os próximos
anos, apoiada no desenvolvimento
da restauração. Igualmente deter-
minante para a dinamização deste
sector apresenta-se o retalho: além
do alargamento da rede do Programa
de Redistribuição do Sistema de
Logística e de Distribuição de Produtos
Essenciais à População, 2010 marca
a entrada da empresa Score
Distribuição no mercado, com um
investimento de mais de 300 milhões
USD numa rede de supermercados
(Mel) e cash and carry (King Market).
Telecomunicações
O fim de ummonopólio
Ainda restrita a cerca de 5% da
população, a televisão por assinatura
ganhará novo dinamismo com a
chegada da ZON Multimedia ao
mercado. Concorrente da TV Cabo
- até agora a única empresa
a oferecer o serviço de televisão por
cabo -, a ZON entra no país pelas
mãos da Kento, holding detida por
Isabel dos Santos, que no último Natal
adquiriu 1 0% da empresa lusa, num
negócio avaliado em cerca
de 233 milhões USD. Outra novidade
para este sector passa pela reestru-
turação da Angola Telecom e pelo
alargamento da rede de fibra óptica,
a viabilizar através de uma intensa
campanha de desminagem, já
responsável pela «libertação» de
39 000 000 m' de terrenos.
Sector da Construção
1 milhãode casas sociais
Construção de habitações prevista até 2012
1 000 000
Após um final de 2009 marcado
pela inauguração dos estádios que
vão acolher os jogos do CAN, e depois
de nos últimos anos se terem vindo
a desenvolver outras grandes obras
públicas de construção e recuperação
de infra-estruturas, 2010 confirma
uma nova orientação: o investimento
nos projectos habitacionais.
A aposta do Executivo, que prevê
a edificação de mais um milhão |de casas de média renda até 201 2, <=>
começa a ganhar forma já no primeiro °
semestre deste ano, com a entrega*
das primeiras habitações. fQ.x
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