OS FUNDAMENTOS DA UMBANDA.docx
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OS FUNDAMENTOS DA UMBANDA:
“ Tenha como templo o Universo;
Como prece o trabalho;
Como fé o Amor;
Como religião a Caridade! ”
Babajiananda
Rituais da Umbanda:
Ascender às velas
Defumação
Hino ou prece de Oxalá
Médiuns Uniformizados de mãos dadas, assim fazendo uma corrente para
pedir a Deus*; paz e ajuda para todos os necessitados.
Desenvolvimentos dos trabalhos.
Ø Para o preparo do Templo costuma-se fazer a defumação com ervas
próprias de limpeza e harmonização ou com incensos próprios para os
mesmos fins; acender as velas aos Orixás da casa e guardiões interno e
externo (Quadrantes), “bater a cabeça” que significa reverenciar, cantar os
pontos e prosseguir com as incorporações, (se necessária).
Ø As sessões de Umbanda são dirigidas com pela Líder espiritual do mundo
físico e pela Entidade líder ou seu Emissário espiritual, sendo ambos assistidos
pelos Cambonos, Ogã ou Tamboreiros.
Ø A Umbanda é dividida em linhas, cada uma, dirigida por um Orixá e
composta por legiões subdivididas em falanges.
Ø Defumação: o objetivo de defumar o ambiente e as pessoas é a
purificação do templo, assim afastando as energias negativas, esta deve ser
feita de dentro para fora, terminada, então, deve-se deixar ao lado de fora, ou
ao pé da porta com um copo com água ao lado.
Ø Guias, colares de contas: São proteções (maiores explicações pagina 16
parágrafo 10)
Ø Conga: Altar dos Orixás onde ficam assentados os símbolos e a energia
característica de cada orixá.
Ø Bater cabeça; o médium da casa, ao entrar vai até o altar “bater cabeça”,
que significa reverenciar os Orixás e pedir proteção.
Ø Cambono: Médium preparado para atender as entidades, auxiliar no bom
desenvolvimento dos trabalhos, em caso da Líder Encarnada, estar
impossibilitada de abrir ou fechar trabalhos, é responsabilidade do Cambono,
do Ogã (cambono mais experiente na função) ou de algum médium
consagrado, fazer o mesmo.
Ø Atabaques: servem para criar uma vibração sonora, fixam energias
positivas no local, auxiliam o desenvolvimento, criando uma vibração
homogênea fazendo com que todos os médiuns permaneçam na vibração.
Funções:
Funções da Líder
· Dirigir a parte espiritual;
· Desenvolvimento dos médiuns;
· Batizado e casamentos, Liturgia da Umbanda e seus ritos em
geral.
Funções do Tamboreiro
· Saber puxar os pontos;
· Preparar e cuidar do atabaque;
· Atabaques: Servem para manter o ambiente sob uma vibração
homogênea e fazer com que todos os médiuns permaneçam na vibração.
Funções do Cambono
· Preparar o local para a realização dos trabalhos;
· E um intermediário entre a entidade e o consulente ( não há consulta
sem a presença de um cambono);
· E obrigação do cambono atender o médium quando incorporado;
· Abrir ou fechar trabalhos.
UMBANDA ESOTÉRICA
A Umbanda Esotérica precisa ser explicada como uma religião nova, ainda em
formação, anunciada o plano físico através do espírito que se nominou Caboclo
das 7 Encruzilhadas, em 15 de Novembro de 1908. A Umbanda é uma religião
genuinamente cristã e brasileira.
No decorrer de mais de 90 anos da anunciação da Umbanda no Plano Físico,
fato ocorrido em Neves – Niterói – RJ. Foram fixadas diretrizes para o correto e
integral desenvolvimento dessa corrente astral, dentre essas diretrizes,
encontramos o culto, o trato e o uso- fruto por parte de médiuns e espíritos dos
benefícios dessa religião.
Desde o advento da humanidade no globo terrestre a natureza tem sido fonte
inesgotável de recursos bio-energéticos para criação, evolução e sedimentação
dos vários organismos que acompanham, as antigas religiões orientais como o
Bramanismo, Induísmo, Confucionismo, Budismo e além dos cultos Ameríndios
e Africanistas, bem como a Umbanda Esotérica valorizam a natureza como
essência catalisadora de energias para equilibrar o ser humano.
As raízes da Umbanda
A raiz da Umbanda está diversificada entre várias culturas, algumas com
fundamental papel como: a Indígena (através do Xamanismo e Pagelancia),
Católica (o sincretismo e a referência a Jesus), Espírita (por acreditar em
espíritos) e também na cultura Afro (onde herdamos o culto aos ancestrais e
orixás).
Em resumo, salientamos que a Umbanda têm na sua base de formação os
cultos: Afro, Nativos, a Doutrina Espírita Kardecista, a religião Católica e um
pouco da religião Oriental Budismo e Induísmo.
Devemos ressaltar, que a Umbanda herdou dos cultos da Nação Afro algumas
divindades do panteão africano que são, os 7 Orixás Maiores da Umbanda (7
linhas), que desenvolveu rituais próprios de religamento do encarnado
(médium) com sua divindade regente, pois, crê na existência de protetores
divinos, tal como os católicos crêem na existência de um anjo da guarda para
cada pessoa.
A nossa corrente pode ser descrita com um meio termo entre o Espiritismo e os
cultos Nativos e Afros que se fundem na doutrina cristã, ela abre seus cultos
com cantos (pontos), mas principalmente com orações a Jesus, as suas
sessões são mais próximas do Kardecismo do que a Umbanda genuína (em
que os cantos, palmas e atabaques são indispensáveis). Seus membros são
um tanto reservados ao se identificarem, pois se dizem Espíritas da Umbanda
ou Umbandistas da Nova Era ou Umbandistas Esotéricos.
Este é um resumo das correntes religiosas e doutrinárias que formam a base
da Umbanda Esotérica, isto sem falar do sincretismo religioso, no qual a
religião católica nos forneceu as suas imagens para que colocadas em nosso
altar favoreçam a visualização ou até a transição de católicos para
umbandistas.
A Umbanda Esotérica na atualidade
Pode-se dizer que a Umbanda Esotérica é uma religião sem qualquer tipo de
preconceito para com todas as outras religiões, visto que, desde sua formação
até a atualidade está aberta a tudo que é evolutivo.
É uma religião monoteísta, pois está fundamentada na crença da existência de
um único *Deus (entenda-se Deus e Deusa=Energia Universal, pois, para
nós,Deus e Deusa são um só, conforme explicação da pág.3) ainda que tenha
todo um panteão divino muito bem definido nas divindades (orixás) as quais
reverenciamos, invocamos e oferendamos regularmente, pois cremos que cada
um deles é uma divindade única gerada por *Deus no campo e sentido da vida
em que cada uma delas atua.
Cremos na manifestação dos espíritos, na existência de um Universo Divino e
de outro Espiritual, ambos povoados por seres divinos humanizados e por
seres humanos divinizados, temos nossos próprios fundamentos divinos,
religiosos, espirituais e magisticos, aos quais herdamos de religiões
antiquíssimas e adaptamos ao nosso tempo, cultura e grau evolutivo atual.
Incorporação
Na Umbanda Esotérica há um fenômeno da incorporação espiritual, que é
conhecido e praticado desde eras remotas. Nos povos da religião Afros que
vieram para cá, já existiam rituais de religação do encarnado com seu regente
ancestral divino (orixá), na cristã a manifestação do espírito santo e na
codificação espírita da mediunidade por Kardec (bem mais tarde), enfim, desde
as antigas religiões chamadas pagãs (culto as Deusas e os Deuses da
Natureza) já havia manifestações de incorporação.
No que se refere a Umbanda Esotérica, cultuamos os Orixás ancestrais,
entretanto não há incorporação destas forças superiores e sim de espíritos em
evolução que trabalham para essas energias, portanto na Umbanda Esotérica
quando há incorporação, as entidades são chamadas de Caboclos (Índios),
Pretos Velhos (os Negros) e Crianças (Espíritos de crianças e Seres
Encantados da Natureza).
Não há na Umbanda Esotérica uma regra que todos da corrente precisem ser
médiuns de incorporação, visto que há vários tipos de mediunidade conforme
abaixo:
“Embora o desempenho da mediunidade semeie certas desilusões e dúvidas
no médium ainda insipiente, pouco a pouco ela se transforma num dos
melhores ensejos de reflexões para o melhoramento espiritual do seu
portador.”
Ramatis
· Mediunidade de Incorporação:
Pode ser inconsciente ou semi-inconsciente. Atualmente, com a evolução do
movimento de Umbanda, existem cada vez menos aparelhos de incorporação.
Incorporação Inconsciente: caracteriza-se pela total inconsciência do médium
ou seja, quando os espíritos deixam o médium completamente inconsciente
com a tomada integral de todas as faculdades psicomotoras. Isto é um
fenômeno raríssimo (não vamos nos ater ao processo de acoplamento de um
espírito aos chacras e ao sistema nervoso do médium, sendo tema para o
futuro). Em tempos imemoriais a inconsciência foi a forma encontrada pelos
espíritos para cumprirem suas missões no mundo físico sem que o médium
interferisse em suas tarefas.
Com o passar do tempo e através de maior estudo e conseqüente
entendimento do que ocorria, a inconsciência dos médiuns foi pouco a pouco
sendo elevada a semi-inconsciência preservando assim o direito de livre
arbítrio comum a todos os seres.
Na Umbanda Esotérica acreditamos na evolução do médium, no seu direito de
escolha e responsabilidades enquanto caminho espiritual. A inconsciência, ao
contrário do que o ego do médium vaidoso, possa acreditar, não é considerada
um dom e sim um karma. O que caracteriza na maioria das vezes mau uso da
mediunidade em vidas passadas.
Incorporação Semiconsciente: A mediunidade semiconsciente é o fenômeno
pelo qual os espíritos agem conjuntamente com a psique do médium que
mesmo incorporado, sabem de tudo que se passa ao seu redor (fica em estado
de sonolência, não tendo atuação alguma, quer no mental, quer na zona
motora) inclusive que estão sob domínio de uma força externa. Este tipo de
mediunidade predomina quase que inteiramente nos seguimentos
espiritualistas, inclusive na Umbanda Esotérica, porque é a que melhor se
adequa as necessidades atuais, ou seja, através da semiconsciência há uma
interação entre médium e o espírito atuante que são doutrinador e doutrinado
ao mesmo tempo, além disso faz com que o médium seja co-responsável pela
mensagem transmitida por um Caboclo, Preto Velho ou Exú. Daí a
necessidade desse tipo de médium ser mais aplicado nos estudos, propiciando
ao mesmo que possa aprender aquilo que a entidade comunicante venha a lhe
ensinar.
· Tipos de Mediunidade Consciente
· A mediunidade consciente é guiada pelo mundo espiritual, mas o
médium continua consciente das suas faculdades mentais e emocionais, dentro
desse conceito inclua-se:
Mediunidade de irradiação: nessa modalidade há uma vibração na parte física,
sem provocar a anulação da zona motora. É a afinidade perfeita entre o mental
do médium e da entidade que quer se comunicar.
Mediunidade Intuitiva: é a recepção de idéias ou pensamentos das entidades
que o médium transfere em palavras.
Mediunidade de Psicografia:
- Mecânica: a mão e o antebraço ficam completamente controlados pela
entidade que se comunica, não é necessário saber ler ou escrever, podendo ao
mesmo tempo escrever uma página com a mão direita outra com a esquerda,
falando outro assunto, tudo ao mesmo tempo.
- Semi-mecânica: essa mediunidade sente o impulso dado a sua mão,
independente de sua vontade, mas ao mesmo tempo tem consciência do que
escreve ä medida que as palavras se formam. Simplesmente acompanha.
- Intuitiva: as idéias enviadas pela entidade são transformadas em
frases escritas pelo médium.
Mediunidade de Efeitos Físicos: É o tipo de mediunidade em que médium emite
vibrações capazes de produzir modificações na matéria inanimada.
Mediunidade de Materialização: Esses médiuns têm o duplo etérico muito
frouxo em relação ao corpo físico denso e o corpo astral, podendo esse veículo
ser deslocado quase que totalmente. Graças a esse deslocamento do corpo
astral o médium através da transpiração pode produzir ectoplasma.
Mediunidade Sonambúlica: O médium se entrega ao sono pesado, em que
mergulha a consciência para ceder o corpo físico ao espírito comunicante.
Mediunidade Sensitiva: Sentem a presença dos espíritos por uma vaga
impressão, uma espécie de arrepio sobre todos os membros, o médium pode
sentir desconforto estomacal (enjôos e dores) sensação de peso, cansaço,
sono, gosto e cheiros, euforia, enfim, todo o tipo de sensação podendo ser boa
ou não, sem explicação.
Mediunidade Auditiva: É o tipo de mediunidade em que o médium ouve a voz
dos espíritos, podendo entrar em conversação com os mesmos e transmitir
apenas o que ouve.
Mediunidade Falante: O médium falante na maioria das vezes não ouve nada,
o espírito age sobre os órgãos da palavra. O médium exprime-se geralmente
sem ter a consciência do que diz.
Mediunidade de Vidência: São dotados da faculdade de ver espíritos. Na
realidade, é a alma que vê, e essa é a razão pela qual o médium vê tanto com
os olhos fechados quanto com os olhos abertos.
Mediunidade de cura: Consiste principalmente no dom que certas pessoas
possuem de curar pelo simples contato, pelo olhar ou até mesmo por um gesto
sem ajuda de nenhuma medicação. São os chamados “mãos de luz”.
Ainda na mediunidade de cura, com pequenas diferenças, incluem-se aqui
também os médiuns passistas, que trabalham com cura magnética -
Reikianos.
Como dissemos anteriormente, no nosso grupo acreditamos na evolução do
médium, no seu direito de escolha e responsabilidades enquanto caminho
espiritual. Trabalha-se muito no grupo de Umbanda Esotérica Raios de Luz
com a percepção extra-sensorial, ou seja, o médium trabalha consciente, mas
sob orientação de suas respectivas entidades.
BONS MÉDIUNS
Médiuns sérios: Os que unicamente para o bem se servem de suas
faculdades e para fins verdadeiramente úteis. Acreditam profaná-las, se
utilizarem-se delas para satisfação de curiosos, indiferentes ou para futilidades.
Médiuns modestos: Os que nenhum reclamo fazem das comunicações
que recebem, por mais belas que sejam. Consideram-se estranhos ä elas e
não se julgam ao abrigo das mistificações. Longe de evitarem as opiniões
desinteressadas solicitam-nas.
Médiuns devotados: Os que compreendem que o verdadeiro médium
tem uma missão a cumprir, e deve quando necessário, sacrificar gostos,
hábitos, prazeres, tempo e mesmo interesses materiais ao bem dos outros.
Médiuns Seguros: os que, além da facilidade de execução, merecem
toda a confiança pelo próprio caráter, pela natureza elevada dos espíritos que
os assistem; os que, portanto, menos expostos se acham a ser iludidos.
Veremos mais tarde que essa segurança de modo algum depende dos nomes
mais ou menos respeitáveis com que os Espíritos se manifestem.
Todas essas variedades de médiuns apresentam uma infinidade de graus em
sua intensidade. Muitas a que, a bem dizer, apenas constituem matizes, mas
que nem por isso, deixam de ser efeito de aptidões especiais. Concebe-se que
há de ser muito raro esteja à faculdade de um médium rigorosamente
circunscrita a um só gênero. O médium pode, sem dúvida, ter muitas aptidões,
havendo, porém, sempre uma dominante. Ao cultivo dessa é que, se for útil,
deve ele aplicar-se. Em erro grave incorre quem queira forçar de todo o modo o
desenvolvimento de uma faculdade que não possua. Deve a pessoa cultivar
todas aquelas de que se reconheça possuir os germens. Procurar ter as outras
é, acima de tudo, perder tempo e, em segundo lugar, perder talvez,
enfraquecer com certeza, as de que seja dotado.
“Quando existe o principio, o gérmens de uma faculdade, estas se manifesta
sempre por sinais inequívocos. Limitando-se ä sua especialidade, pode o
médium tornar-se excelente e obter grandes e belas coisas; ocupando-se de
todo, nada de bom obterá. Notai, de passagem, que o desejo de ampliar
indefinidamente o âmbito de suas faculdades é uma pretensão orgulhosa, que
os Espíritos nunca deixam impunes. Os bons abandonam o presunçoso que se
torna então joguete dos mentirosos. Infelizmente, não é raro verem-se
médiuns, que, não contentes com o dom que receberam, aspiram por amor-
próprio, ou ambição, a possuir faculdades excepcionais capazes de os
tornarem notados. Essa pretensão lhes tira a qualidade mais preciosa: a de
médiuns seguros.” – (Sócrates)
O estudo da especialidade dos médiuns não só lhes é necessário, como
também ao evocador. Conforme a natureza do Espírito que se deseja chamar e
as perguntas que se lhe quer dirigir, convém se escolha o médium mais apto
ao que se tem em vista. Interrogar o primeiro que apareça é expor-se a receber
respostas incompletas, ou errôneas. Tomemos aos fatos comuns um exemplo.
Ninguém confiará a redação de qualquer trabalho, nem mesmo uma simples
cópia ao primeiro que encontra apenas por que saiba escrever. Supúnhamos
um músico, que queira seja executado um trecho do canto por ele composto.
Muitos cantores, hábeis todos, se acham a sua disposição. Ele, entretanto, não
os tomará ao acaso: escolherá, para seu interprete, aquele cuja voz, cuja
expressão, cujas qualidades todas numa palavra, digam melhor com a
natureza do trecho musical. O mesmo fazem os Espíritos, em relação aos
médiuns, e nós devemos fazer com os espíritos.
Os bons médiuns e as mensagens ruins
Allan Kardec nos ensina que não basta ser um bom médium para estar livre
das más influências. O médium dotado de boas qualidades também pode
transmitir respostas falsas. Isto pode ser permitido pelos bons Espíritos a título
de aprendizado e para que se mantenham vigilantes, além de testar os
medianeiros que com eles trabalham. Além disso, é preciso se levar em
consideração que nem sempre se conhece a intimidade das pessoas e uma
vez que somos imperfeitos, ainda não nos livramos de certas mazelas que nos
associam a irmãos semelhantes. Eis aí a razão da necessidade da análise
criteriosa de todas as comunicações, não importando por qual médium ela
venha tampouco, qual o nome a assine.
Os bons médiuns que se esforçam para bem desenvolver suas atividades, não
devem desanimar quando recebem comunicações dessa natureza. Antes,
devem agradecer a advertência, tomando o fato como precioso aprendizado e
como necessário alerta.
Médiuns Perfeitos
Não existem médiuns perfeitos, disseram os Espíritos, pois a perfeição não
existe na face deste planeta. Logo, devemos deixar de lado a idéia de que
existem médiuns infalíveis. No item 10 da pergunta 226 do Livro dos Médiuns,
a resposta é clara e precisa: “Os Espíritos bons permitem que os melhores
médiuns sejam ás vezes enganados, para que exercitem o seu julgamento e
aprendam a discernir o verdadeiro do falso. Além disso, por melhor que seja o
médium, jamais é tão perfeito que não tenha um lado fraco, pelo qual possa ser
atacado. As comunicações falsas que recebe de quando em quando são
advertências para evitar que se julgue infalível e se torne orgulhoso”.
Esta resposta dos Espíritos merece muita reflexão, pois temos a tendência ao
endeusamento de personalidades, o que pode levar á prejuízos na avaliação
das mensagens, uma vez que se confunde o instrumento com os acordes que
dele saem.
No desenvolvimento da mediunidade, portanto, procuremos nos conscientizar
que cada um deve procurar servir em espírito de humildade, sabendo que a
perfeição só em existe em *Deus. Usemos no máximo a palavra “bom
médium”.
O médium, sua moral e o Espírito comunicante.
“Se o médium, quanto à execução é apenas um instrumento, no tocante á
moral exerce grande influência nas comunicações. Por que o Espírito
comunicante se identifica com o Espírito do Médium, e para essa identificação
é necessário haver simpatia entre eles, e se assim podemos dizer afinidade. A
alma exerce sobre o Espírito comunicante uma espécie de atração ou repulsão,
segundo grau de semelhança ou dessemelhança entre eles. Ora, os bons tem
afinidades com os bons e os maus com os maus, de onde se segue que as
qualidades morais do médium tem influencia capital sobre a natureza dos
Espíritos que se comunicam por seu intermédio. As qualidades que atraem os
bons Espíritos são: bondade, benevolência, simplicidade de coração, amor ao
próximo e o desprendimento das coisas materiais. Os defeitos que os afastam
são: orgulho , egoísmo, inveja, ciúmes, ódio, sensualidade e todas as paixões
pelas quais o homem se apega a matéria.” - (questão 227).
Qualidade dos Bons Médiuns
“O que mais importa considerar é a natureza dos Espíritos que assistem o
médium habitualmente, e para tanto, o que mais nos deve interessar não são
os nomes, mas a linguagem. Jamais o médium deve esquecer-se de que a
simpatia entre os Espíritos Bons estará na razão dos esforços feitos para
afastar os maus. Convicto de que sua faculdade é um dom que lhe foi
concedido para o bem, não se prevalecerá dela de maneira alguma, nem se
atribuirá mérito por possuí-la. Recebe como uma graça as boas comunicações,
devendo esforçar-se por merece-las através de sua bondade, benevolência e
modéstia.”- (questão 229).
Allan Kardec nos deixou preciosas e seguras instruções em O Livro dos
Médiuns. Trata da questão com a clareza que lhe é peculiar e faz sérias
advertências em seus escritos, na Revista Espírita, sobre o assunto. No que se
refere às avaliações das mensagens, diz o codificador que nem sempre as
boas intenções e a própria moralidade do médium bastam para evitar a
intromissão dos Espíritos mentirosos e pseudo-sábios nas comunicações. É
necessário pesar tudo quanto dizem os Espíritos, passando-os pelo crivo da
lógica e do bom senso, senão quisermos ser vítimas de Espíritos levianos, diz
ele. A seguir, veremos as advertências do Espírito Erasto a respeito das
avaliações das mensagens mediúnicas.
“Mais vale rejeitar dez verdades do que admitir uma única mentira, uma única
teoria falsa.”
“Deve-se eliminar sem piedade toda palavra ou frases equivoca, conservando
no ditado somente o que a lógica prova ou o que a doutrina já ensinou.”
“Eis por que é necessário que os dirigentes de grupos sejam dotados de tato
apurado e de rara sagacidade, para discernir as comunicações autênticas e ao
mesmo tempo não ferir os que se deixam iludir.”
“Se, portanto um médium, seja qual for, por sua conduta ou seus costumes, por
seu orgulho, por sua falta de amor e de caridade, der um motivo legítimo de
desconfiança, rejeitai as vossas comunicações, por que há uma serpente
oculta na relva.”
“Na dúvida abstém-te, diz um dos vossos antigos provérbios. Não admitais,
pois, o que não for para vós de evidência inegável. Ao aparecer uma nova
opinião, por menos que vos pareça duvidosa, passai-a pelo crivo da razão e da
lógica. O que a razão e o bom-senso reprovam, rejeitai corajosamente.”-
(Erasto, questão 230).
Conclusão: Isto posto, convém estudarmos com cautela redobrada qual tem
sido nossa postura diante da nossa mediunidade. A situação de
heterogeneidade em que se encontram as práticas mediúnicas no país inteiro
nos dá mostra da imensa responsabilidade que temos diante do quadro que aí
está. A mediunidade para bem produzir no campo da edificação do Ser carece
de médiuns dotados de boas faculdades, mas, sobretudo de bons valores
morais que possibilitem o acesso dos bons Espíritos e menor possibilidade de
ser enganado pelos maus. A primeira condição para se obter a boa vontade
dos Espíritos é a que decorre da humildade, do devotamento e da abnegação,
afirmou Allan Kardec.
Se o lado moral do médium tem grande influencia na natureza das
comunicações, faz-se necessário a busca da melhoria intima, através do
exame cuidadoso do exame de si mesmo. Esforçando-se para dominar as más
tendências, enfim, trabalhando para o alto melhoramento de uma forma global.
Dessa forma, pode ser dar sentido útil a mediunidade, contribuindo,
efetivamente e de maneira produtiva para divulgação de uma Doutrina seria,
isenta de fantasias e mitos, e que leva muitos a mudarem os rumos de suas
vidas quando em contato com seus ensinamentos.
O papel da Umbanda é a regeneração da humanidade. Os ensinamentos das
Entidades superiores só chegarão até nós através de médiuns seguros e
conscientes de sua tarefa como intermediários desse processo.
O exercício da mediunidade requer grande dose de desprendimento,
humildade e sinceridade de propósitos.
O médium, desprovido de esses sentimentos e não valorizando o esforço em
melhorar-se, estará distante do verdadeiro objetivo desde dom de *Deus, que é
servir com alegria aos objetivos do Criador.
Médiuns Imperfeitos
Comentários sobre maus médiuns:
“Toda vez que deixarmos nossa parte humana (ego) dominar o nosso lado
espiritual, cometemos o primeiro erro dentro da Espiritualidade. O segundo é
conseqüência do primeiro, pois o mundo espiritual nos dá nova chance de
revermos nosso erro, e voltarmos nosso coração para o lado certo; mas, nossa
vaidade não permite que enxerguemos e continuamos achando que somos
superiores ao mundo Espiritual, aí nos perdemos da Luz e somos facilmente
um joguete das Trevas.”
“Médiuns imperfeitos são apenas seres humanos que se acham perfeitos
demais.”
Caio Perusso – Instrutor do Grupo Vozes de Aruanda
Tipos de Médiuns Imperfeitos:
- Médiuns fascinados: aqueles que são enganados por Espíritos mentirosos e
se iludem sobre a natureza das comunicações que recebem.
- Médiuns subjugados: os que sofrem uma dominação moral e frequentemente
material por parte dos maus Espíritos.
- Médiuns levianos: os que não tomam sua faculdade a serio, e dela não se
servem senão por passatempo ou para coisas fúteis.
- Médiuns indiferentes: os que não tiram nenhum proveito moral das instruções
que recebem, e não modificam em nada sua conduta e seus hábitos.
- Médiuns presunçosos: os que têm a pretensão de serem os únicos em
relação com os Espíritos Superiores, crêem em sua infalibilidade, e consideram
como inferior e errado tudo o que não proceder deles.
- Médiuns orgulhosos: os que se envaidecem das comunicações que recebem;
crêem não ter mais nada para aprender, e não tomam para si as lições que
recebem frequentemente da parte dos Espíritos. Não se contentam com as
faculdades que possuem: querem te-las todas.
- Médiuns suscetíveis: variedade de médiuns orgulhosos; melindra-se com as
críticas das quais suas comunicações podem ser objeto; se irritam com a
menor contrariedade, e se mostram o que obtêm é para que seja admirado, e
não para pedir pareceres. Geralmente tomam aversão pelas pessoas que não
os aplaudem sem reserva, e desertam das reuniões onde não possam se impor
e dominar.
- Médiuns mercenários: os que exploram suas faculdades.
- Médiuns ambiciosos: os que, sem pôr apreço suas faculdades, esperam dela
tirar quaisquer vantagens.
- Médiuns de má-fé: Os que, tendo faculdades reais, simulam as que não tem
para se darem importância, exemplo: O médium Semiconsciente, (por ter
consciência da informação que o Espírito traz) aproveita-se disso para colocar
movimentos, forma de falar, dançar e passa a enganar as pessoas, que
receberam mensagens que ele ( o médium ) queria passar, normalmente para
aparecer e ganhar vantagens. É importante saber, que mesmo sendo um
médium consciente ou semiconciente, suas Entidades Superiores estarão
sempre o observando, e depois de um tempo, se as “pantominas” continuarem
acontecendo, então elas se afastam, deixando o médium sobre influencias do
seus afins( baixos espíritos) e sempre sob o julgo da Lei.
- Médiuns egoístas: aqueles que não se servem de suas faculdades senão
para seu uso pessoal, e guardam para eles as comunicações que recebem.
- Médiuns invejosos: os que vêem com despeito os outros médiuns, melhor
apreciados, e que lhes são superiores.
Mau médium
“Deixai-os irem se pavonear em outra parte e procurarem ouvidos mais
complacentes, ou se retirarem para o isolamento: as reuniões que se privam da
sua presença não tem uma grande perda.”
(Erasto)
Os Pontos de Força da Natureza
Existem locais cujas energias são mais puras e facilitam o contato com o
espiritual, esses locais, santuários naturais, são neles que devemos realizar
cerimônias abertas. Na intenção de cultuarmos, evocarmos ou entrar em
contato mediúnico com nossos guias espirituais:
Praia,mar, beira-mar: é um ponto de força natural, altar aberto a todos,ponto de
força de nossa mãe Iemanjá. A praia sendo condensadora, plasmadora,
fertilizante e propiciatória. Faz um potente equilíbrio elétrico, desimpregnado,
descarregando excessos e promovendo o equilíbrio da energia interna do
indivíduo.
Tudo no mar é movimento. Seu incessante vai e vem é a própria pulsação da
vida, com sua expansão e contração, cheia e vazante, levando tudo o que é
negativo, transformando-o e devolvendo convertido em positivo. Seu próprio
som expressa essa possante e magnífica transformação.
- As cachoeiras são pontos de força, santuários naturais da nossa mãe
Oxum e a linha de yori (crianças). Nas cachoeiras Encontramos elementos
coesivos das pedras (mineral) e água potencializada na queda da cachoeira,
que produzem ou conduzem várias formas de energia. Como as águas fluem
num só sentido, purificam, descarregam, vitalizam, equilibram e fortalecem o
indivíduo como um todo (no físico-etérico
Rio: Condutor, fluente, sem ser condensador, faz as energias fluírem, e
também vitaliza. É muito importante numa purificação astro-física do indivíduo
e na eliminação da energia interno do indivíduo.
- As matas são pontos de força, santuários naturais do nosso pai Oxossi
(e da nossa Mãe Jurema) a Mata: condensa prana (energia vital), restabelece
a fisiologia orgânica, principalmente a psíquica, fortalece a aura, o campo
astral, o eletromagnetismo, a saúde, o mediunismo, plasmando forças sutis.
- Montanha:planos altos das montanhas são pontos de força, santuários
naturais das divindades regidas pelo tempo, entre os quais está nosso pai
Oxalá, nossa mãe Oyá e nosso pai Oxumaré.
Mesmo procedimento acima, havendo predominância dos elementos eólicos.
As Pedreiras são pontos de força, santuários naturais do nosso pai Xangô e da
nossa mãe Iansã. A Pedreira Reestrutura a forma, regenera, fixa, condensa,
plasma e dá resistência mental, astral e física ao indivíduo.
-
Os caminhos, assim como os campos abertos, são pontos de força do nosso
pai Ogum.
- Os lagos são os pontos de forças e os santuários naturais de nossa mãe
Nanã Buruquê.
- As matas e bosques à beira dos lagos e rios são os pontos de forças e os
santuários naturais da nossa mãe Obá e do Povo do Oriente (Ciganos).
- Os jardins (praças), a beira-mar e as cachoeiras são os pontos de forças
dos erês (crianças - cosmes) ou encantados da natureza.
Linhas da Umbanda
As vibrações originais são as faixas vibratórias espirituais em que se agrupam
por afinidades diversos seres espirituais, constituindo legiões, falanges, sub-
falanges e agrupamentos de espíritos formando as linhas.
Linhas são espíritos que compõem as legiões, falanges e sub-falanges e
agrupamentos que se movimentam na proteção e ordenação das vibrações
espirituais dos orixás, cada um dentro da sua faixa espiritual afim.
As 7 linhas da Umbanda: Linha de Orixalá (linha de Oxalá), de Ogum, de
Oxóssi, de Xangô, Yorimá (preto velho), Yori (crianças) e Iemanjá.
VIBRAÇÃO
ORIGINAL
SIGNO DIA DA
SEMANA
ELEMENTO
Oxalá(Orixalá) leãob domingo Fogo
Ogum Áries ^/Escorpiãoe Terça-feira* Fogo/Água
Oxossi Touro_/Librad Quarta-feira * Terra/Ar
Xangô Sagitário f/Peixesi
leão
quinta-feira Fogo/Água
Yorimá capricórniogAquárioh Segunda-feira* Terra/Ar
Yori /Oxum Gêmeos`/virgemc Sábado* Ar/Terra
Yemanjá Câncera sexta-feira Água
* quarta-feira, dia também conhecido como dia da semana do orixá Xapanã.
* segunda feira, dia também conhecido como dia da semana da entidade da
Quimbanda, Exu.
* - terça-feira, dia também conhecido como dia da semana do orixá Iansã.
As 7 linhas da Umbanda são na verdade as 7 irradiações vivas de *Deus que
são essas:
1ª - Irradiação de fé - Oxalá
2ª - Irradiação do amor – Yori/Oxum
3ª - Irradiação do conhecimento - Oxossi
4ª - Irradiação da justiça e razão-Xangô
5ª - Irradiação da lei e ordem - Ogum
6ª - Irradiação da evolução – Yorimá
7ª - Irradiação da geração – Yemanjá
Estas linhas, comandadas pelos orixás, referem-se ao Setenário Sagrado, que
é formado por 7 Orixás Ancestrais, doadores das 7 qualidades divinas que dão
sustentação da vida. Qualidades estas facilmente identificáveis, pois, também
dão origem aos elementos e as energias que alimentam nossos sentidos, os 7
elementos são: cristais, minerais, vegetais, fogo, ar, terra e a água.
As 7 energias são:
Cristalina, mineral, vegetal, ígnea (fogo), Eólica (vento), telúrica(terra) e
aquática.
Cada uma destas energias tem um casal de orixás regente, ambos geradores
de magnetismo mental, energia viva e de energias de sentimentos relacionados
aos elementos que os distinguem, poderíamos dizer, então, que temos 7 pares
de orixás elementais puros que são estes: orixás cristalinos, orixás minerais,
orixás vegetais, orixás ígneos, orixás eólicos, orixás telúricos e orixás
aquáticos.
Um orixá elementar é um irradiador de um tipo de energia:
• os orixás elementares do cristal atuam no sentido da fé;
• os orixás elementares dos minerais atuam no sentido do amor;
• os orixás elementares dos vegetais atuam no sentido do conhecimento;
• os orixás elementares ígneos atuam no sentido da razão;
• os orixás elementares do ar atuam no sentido da Lei e da ordem;
• os orixás elementares da terra atuam no sentido da evolução;
• os orixás elementares da água atuam no sentido da criatividade e
geração
Orixá Energia
Vibracional
Elemento Equivalente Sentido de
Atuação
Oxalá Senhor da energia
espiritual
Energia mental Linha da fé
Ogum Senhor da força
sutil hídrica e
ígnea
Energia da água e
fogo
Linha da Lei e
Ordem
Oxóssi Senhor da força
eólica e telúrica
Energia do ar e terra Linha da
conhecimento
Xangô Senhor da força
ígnea e hídrica
Energia do fogo e
água
Linha da justiça
Yorimá Senhor da força
telúrica e eólica
Energia da terra e ar Linha da evolução
Yori Senhor das
energias vitais e
éteres
Energia eólica e
telúrica (ar e terra)
Linha do amor
Yemanjá Senhor da energia
natural
Energia hídrica
(água)
Linha da geração
(maternidade)
Obs.: Nos níveis vibratórios destas 7 linhas encontramos os orixás
intermediários e regentes de níveis vibratórios, onde são acomodados os seres
afins entre si e num mesmo estágio evolutivo e grau consciencial.
Assim em cada linha, resumindo e simplificando temos um orixá maior, 7 orixás
intermediários e 49 orixás intermediadores (dando um total de 16.807 orixás
intermediadores).
O simbolismo dos “Nomes” dos “Guias Espirituais” da Umbanda:
1- O simbolismo dos nomes, dos Guias é uma forma de os Espíritos não se
identificarem por seus nomes terrenos.
2- Os nomes estão associados a elementos da natureza, e como os Orixás
regem estes elementos, então os trabalhadores usam o nome da energia que
atuam, junto com seu Orixá Ancestral regente.
3-Usar um nome simbólico é muito positivo, pois, sob um só nome, muitos
Espíritos podem se manifestar e com isto formam uma linha de trabalho
Espiritual voltada totalmente para a religião, seus mediadores, e os
freqüentadores dos templos de Umbanda.
4- Os Espíritos usam nomes simbólicos também para anular as vaidades
pessoais nos médiuns e impede que um determinado nome possa ser
“endeusado” pelas pessoas beneficiarias do seu trabalho luzeiro ou pelo seu
médium incorporador.
5- Quanto à aparência que os Espíritos plasmam para se manifestar durante os
trabalhos, isso se deve ao fato de que uma energia plasmável reveste o corpo
energético como se fosse uma “pele”.
6- Este revestimento palmável é um mistério, pois tanto mostra a aparência que
um Espírito teve em sua última encarnação, como reflete seus sentimentos
íntimos e seu estado consciêncial.
7- Em função dessas “maleabilidades”, o corpo plasmável dos Espíritos tanto
pode ser moldado mentalmente por eles, como pode ser usado como ocultador
de suas identidades.
8- Na Umbanda, nem todos os Espíritos – Guias, “ Caboclos” foram índios em
suas últimas encarnações e o mesmo se aplica aos “ Pretos - velhos” e às
outras linhas de trabalho, tais como ,Exus, Baianos, Boiadeiros, Marinheiros,
etc. Mas, para se manifestarem bem caracteristicamente segundo os
arquétipos já coletivizados na religião, e já definidos no inconsciente dos
Umbandistas, esses Espíritos–Guias podem assim, se apresentarem, pois,
caso sejam vistos pelos médiuns videntes, estes não se surpreenderão com a
visão de um Espírito “alemão”, por exemplo, falando como um baiano.
9- É muito comum, que os Espíritos usem novas aparências, para ocultarem,
seu passado, pois assim “disfarçados”, não serão reconhecidos por possíveis
desafetos ou inimigos, entretanto, essas aparências só os ocultam dos que
tiverem o mesmo grau visual, pois os Espíritos luzeiros, podem ver quem
realmente é o Espírito, por baixo da aparência plasmada.
10- Quanto ás vestimentas que cobrem o corpo dos Espíritos, muitos usam
cópias astrais das que usavam no plano material, mas o mais comum é
plasmarem mentalmente as vestes que mais os agradam.
11-Também existem vestes simbólicas, às quais recorrem os Espíritos- Guias
como as chamadas guias (colares de contas), pois elas servem para identificar
a hierarquia a que pertencem e como meio de proteção ao médium.
12- Este fenômeno, das vestes simbólicas é muito usado entre os seres
naturais (não encarnantes), pois cobrem seus corpos energéticos com vestes
idênticas às dos seus Orixás regentes.
13- E isso, acontece porque eles são manifestadores naturais do mistério dos
seus regentes, inclusive, os Guias Espirituais copiaram deles este costume e
se cobrem com uma veste igual à dos lideres das linhas a que pertencem ,
distinguindo-os por falanges.
O simbolismo na Umbanda
A umbanda tem no simbolismo, um dos seus fundamentos, o próprio nome do
seu Espirito fundador, é um simbolismo, - Caboclo das sete Encruzilhadas-
este nome é totalmente simbólico, pois, caboclo é uma palavra que distinguia
as pessoa mestiças do século XIX, os sertanejos e sete encruzilhadas são as
7 linhas de Umbanda entrecruzando-se numa vibração regida pelo Oorixá
regente de nosso planeta - Oxalá-
Os Orixás regentes dos níveis vibratórias ou faixas evolutivas são evocados
também através de nomes simbólicos.
Por exemplo:
Temos um Orixá Ogum, regente aplicador da Lei Maior, mas também temos os
Orixás Oguns regentes dos níveis vibratórios, tais como:
1- Ogum Beira Mar
2- Ogum Megê –Sete Espadas
3- Ogum Sete Lanças
4- Ogum das Pedreiras
5- Ogum das Cachoeiras
6- Ogum das Matas ou Rompe- Matas,
7- Ogum Sete Ondas, etc.
Orixá Xangô, regente e aplicador da justiça Divina e temos os Xangô regentes
dos níveis vibratórios, tais como:
Xangô Sete Montanhas
Xangô Sete Pedreiras
Xangô sete Cachoeiras
Xangô das Matas
Xangô da Pena Branca
Xangô da Pedra Preta
Xangô Sete Raios etc.
Este mesmo sistema de simbolismo, se aplica a todos os outros Orixás
regentes, que dão sustentação ás linhas da Umbanda.
Até os Orixás individuais ou pessoas que acompanham os médiuns e que
eventualmente incorporam neles, apresentando-se com nomes simbólicos que
identificam seus regentes de níveis vibratórios.
OBS.: Ogum é Ogum; Ogum Rompe Mato é seu intermediador que atua como
ordenador nos campos do Orixá Maior Oxossi, existem milhares e milhares de
Espíritos que se manifestam nos templos de Umbanda e se apresentam com
nomes simbólicos: Caboclos: Rompe-Mato, Tupinambá, Ubirajara, Beira-Mar,
Arranca-Toco, Mata-Virgem, Sete-Folhas, Pena-Verde, Sete-Espadas,
Urubatão, Urabatã, Cabocla Jurema, Indaía, Jupira, Jandirá, Janaina, Jacira,
Iara Etc.
ÓXALÁ
Sincretizado com Jesus Cristo, é a energia maior da Umbanda, é o princípio, a
Lei e a condensação de todas as outras energias.
Não é uma entidade de incorporação da Umbanda, é um Mestre Ascenso, não
tem um ponto de força específico na natureza, ele é a luz que equilibra todos
nós, todos os lugares são seu, se vamos ao mar ou aos campos, as matas, as
pedreiras, os campos santos ou as cachoeiras, lá está Oxalá reinando sobre o
todo, entretanto, para facilitar nosso entendimento podemos reverencia-lo nos
planos altos das montanhas. Seu poder não tem limites, por ser assim tão
poderoso é invocado para equilibrar as manifestações ou para devolver o
equilíbrio tanto do espírito quanto do corpo, à ele importa o que pensamos ou
fazemos, ao final todos teremos que prestar contas dos nossos atos, perante a
Lei do Universo (lei da causa e efeito) e Oxalá é a própria Lei em execução.
As entidades que trabalham na linha da fé do ritual da Umbanda são todas
comandadas por Oxalá, os 7 caminhos pertencem a ele, qualquer caminho que
sigamos, vamos sempre estar em um caminho seu, quando subimos é porque
ele está nos chamando e quando caímos é porque dele nos afastamos. Os
trabalhos realizados sob as ordens de Oxalá são sempre doutrinadores. As
entidades que atuam no ritual da Umbanda sob seu símbolo, a estrela de cinco
pontas, são todas milenares e é muito raro encontra alguma que tenha
encarnado a menos de 700 anos; isto acontece porque, após o desencarne e
posterior reequilíbrio, um espirito tem de percorrer todas as linhas de força do
ritual da Umbanda para só então atuar na linha de oxalá, a linha Branca,
quando uma entidade atinge este grau, é porque já conhece todos os pontos
de força da natureza e seus campos de atuação , são então de um saber
sedimentado com o tempo, o saber da Lei do Equilíbrio e da Fé.
Muito se pode falar sobre as linhas de trabalho de Oxalá, entretanto, nunca
Dele próprio.
Podemos dizer apenas, que Oxalá é luz, vida e fé, sua força e seu poder se
mostra quando somos movidos pela fé, por isso ele é o chefe da Linha Branca,
e esta é a sua cor.
Branco, porque não recebe influencia de nenhuma outra linha de força e atua
de uma forma imperceptível sobre todas a linhas, branca também é a cor das
vestes dos mediadores da Umbanda, branca é a Pemba (giz especial ) usada
para riscar os pontos de concentração de forças dos Guias Espirituais ou
expulsão de forças negativas que possam estar perturbando o ambiente.
Oxalá é isto tudo, como uma força cristalina ou do tempo atua através do Ar,
um dos elementos fundamentais, o Ar alimenta o Fogo, pois sem ele não é
possível a uma chama permanecer acessa; sem o Ar, a água se torna
imprópria e não pode ser utilizada como doadora da vida, assim o Ar quanto
mais puro, mais saudável, o mesmo dissemos de Oxalá, quanto mais puro o
ideal mais próximos estamos Dele, não se faz necessários mitos ou lendas
para representar seu arquétipo, a simplicidade é sua maior qualidade, fé é o
atributo apreciado por ele, a humildade é aquilo que ele exige de nós, quem
quiser conhecer como é o orixá Oxalá, deve começar por adquirir seus quatros
atributos fundamentais: Pureza, Bondade, Humildade e Simplicidade.
Como já dissemos na introdução deste manual, a Umbanda segue a: Lei
Divina, Lei da Causa e Efeito, Lei do Retorno, O Principio Básico do Dar para
Receber, leis estas criadas por *Deus, e executadas por nosso Senhor Oxalá.
* Sua cor: Branco
* Dia da Semana: Domingo
* Geometria Sagrada: Ponto
* Número Sagrado: Um e nove
* Signo Zodiacal: Leão
* Astro regente: Sol
* Força Sutil: Ígnea
* Elemento: Fogo – Energia espiritual
* Ponto cardeal: Sul, Sudeste
* Metal: Ouro
* Mineral: Cristais Branco e brilhantes
* Horário Vibratório: 9 às 12 horas
* Essência: Sândalo
* Flor sagrada: Maracujá e Girassol
* Erva sagrada: Oliveira e Manjericão – são as ervas que recebem diretamente
as influências solares (Arruda, Levante, Guiné, Erva Cidreira, Maracujá,
Hortelã, Alecrim).
* Ervas de Exú: Folhas de Guiné
* Arcanjo: Gabriel
OGUM _ A Lei
O equilíbrio entre a luz e as trevas.
Ogum, o guardião do ponto de força que mantém o equilíbrio entre o que esta
no alto e o que esta embaixo, o positivo e o negativo, a luz e as trevas, a paz e
as discórdias, por esta razão, é chamado de “Senhor das Demandas”, nosso
guia de viagem na senda da luz, sempre nos avisara quando saímos da linha
de equilíbrio que divide Luz e Trevas. Tudo é regido por uma lei imutável, a Lei
do Criador, essa lei é um meio para que nos mantenhamos na linha do
equilíbrio, para podermos evoluir, quando ultrapassamos seus limites,
encontramos Ogum, o orixá que vigia a execução dos karmas, tem sob suas
ordens tanto a Luz como as Trevas, sendo o senhor que vigia os caminhos,
tanto para cima com para baixo, sem Ogum a justiça de xangô, não seria
executada e o equilíbrio não seria estabelecido, assim sendo, diremos também,
que Ogum é um executor do karma.
Ogum luta para não deixar cair quem esta protegendo, entretanto, ele é um
executor da Lei Divina, e se seu protegido, esta no caminho inverso da lei, ele
caminha ao seu lado esquerdo, apenas acompanhando, e esperando o
momento de executar a lei, sem distinção, ou paternalismo.
O campo de ação de ogum, é composto de um impulso, que nos move para
alguma direção, um impulso que nos faz lutar por alguém, ou alguma coisa,
não importa o que seja , pertence ao campo de ogum, quando auxiliamos
temos ogum atrás de nos para nos aguardar, porém, quando odiamos temos
ogum a nossa frente para nos bloquear, isto é a força d e ogum.
Como guardião da força da Lei , abrange a todos e tudo que alguém fizer
envolvendo magia, ou ocultismo, será anotado por ele, para posterior acerto
junto ao Senhor da Lei –Deus.
Quando a Lei quer recompensar, é ogum quem dá, mas quando quer cobrar,
também é ele quem faz a execução da lei. Portanto quando caminhamos rumo
a luz, ogum esta a nossa direita, mas quando rumamos rumo as trevas, ogum
esta a nossa esquerda, assim, quem tem ogum a sua direita, esta a direita do
criador, quem tem ogum a esquerda , logo sofrera o choque da força da Lei,
Ogum aguarda apenas o momento certo para aplica-la, portanto demos vigiar
nossas ações.
Ogum é o ordenador divino, independente de qualquer ritual, ele age de forma
plasmada, apenas como energia, este é um dos seus mistérios, ele não age
sob uma forma definida, mas como energia.
Os casos, em que médiuns, após sofrerem um choque de magia negra, tem
suas forças espirituais abaladas, significa que sua linha de força, seu Ogum
“pessoal” esta em luta contra as forças negativas que tem por fim destrui-lo.
Ogum é a defesa contra as forças destrutivas das trevas, enquanto o seu Orixá
Ogum pessoal estiver em luta, o médium estará em segurança, se ele se
afastar o médium cai. Este é o momento da autocrítica, momento de prestar
atenção ao que está ocorrendo ao seu redor e descobrir se é somente um
choque ou é uma cobrança das dívidas passadas, pois caso for uma cobrança
do passado, somente com muita paciência será superada o período de
provação e se for apenas um choque ele será dominado facilmente, quando o
médium não atenta para isso, fica desequilibrado afastando-se da senda da
Luz.
Seus mistérios são muitos e quase todos desconhecidos, quem conhece a
décima parte de seus atributos é um sábio, quem conhece uma fração a mais é
um iluminado e quem conhece um pouco mais é um ungido. A forma com que
conhecemos Ogum na Umbanda é apenas a manifestação de um dos seus
mistérios, que se multiplica por 7, os quais se multiplicam por outros 3.
Obs.: Para entender, se um médium tem um Orixá de frente Yemanjá terá
como linhas atuantes no ponto de força no equilíbrio, 3 Oguns: Beira-Mar, Sete
Ondas e Ogum Marinho, todos recebendo influência direta de Yemanjá, sem
deixar de serem Oguns, Ogum Beira-Mar mantém o equilíbrio entre á Água e a
Terra, Ogum Sete Ondas mantém o equilíbrio entre a Água e o Ar e o Ogum
Marinho age no elemento Água propriamente dito.
Existem em todos os Orixás os seus opostos negativos que representam o
equilíbrio das duas forças positivas e negativas, agindo em harmonia quando o
médium tá equilibrado, o negativo são os Exús de Lei ou Exus ligados aos
Orixás, os Exus da Lei da Umbanda são entidades atuantes no nosso plano,
como agentes do karma, sob as ordens de Ogum, todos os Guias ou Mentores
trazem consigo Exus em evolução, liberados para atuarem junto ao médium
nos seus trabalhos, mas quem anota o que essas forças fazem é Ogum, que é
o Guardião da Lei Maior.
Se o médium vive sob o domínio das emoções (exus), entidades à sua
esquerda e que atuam neste campo, vão adquirindo cada vez mais forças
sobre os seus sentidos, escapando ao Guardião do equilíbrio (Ogum), Ogum
por conhecer o médium à sua disposição deixa que o tempo o corrija ou o
anule como mediador entre os dois planos, se nada fizermos para nos
corrigirmos Ele também nada poderá fazer, Ele tem influência sobre o exu
pessoal, mas não age sem que o médium assim o queira.
Todos os Orixás tem seus exus correspondentes, e os Oguns que atuam para
equilibrá-los. O campo onde Ogum age como ordenador é o campo da Lei
Maior, se alguém vai a um ponto de força negativa, encontrará ali Ogum
vigiando. Toda demanda feita é anotada pelos Guardiões dos pontos de força,
quando alguém pensa que não será descoberto por fazer um trabalho às
escondidas contra alguém, Ogum já o anotou e sua má ação é inscrita no seu
karma, para posterior cobrança, promovendo o equilíbrio nas suas ações
futuras, Ogum é o Orixá que mantém ligação com todas as linhas de exú de Lei
e seu campo de atuação é imenso, nenhum Orixá tem um campo de ação igual
ao outro, pois são linhas de força atuando sobre Espíritos, tanto encarnados
quanto desencarnados. E o campo de Ogum é este: o campo dos sentidos
humanos, desejo, inveja, ódio, vingança, são sentimentos condenáveis que
sempre causam ações negativas por parte de quem os alimenta, é nesse ponto
que Ogum começa agir com sua força kármica, anotando as ações para
posterior cobrança e equilíbrio. Ogum pede que ninguém se esqueça disso ao
fazer mal ao seu semelhante.
Sincretizado com São Jorge (guerreiro Romano).
* Suas cores: Verde, Vermelho e Branco ou só Vermelho
* Dia da Semana: terça-feira
* Geometria Sagrada: Heptágono ou Heptagrama (estrela de 7 pontas)
* Número Sagrado: 7
* Signo Zodiacal: Áries, Escorpião
* Astro regente: Marte
* Força Sutil: Ígnea e Hídrica
* Elemento: Fogo e Água
* Ponto cardeal: Sul, Oeste
* Metal: Ferro
* Mineral: Rubi, Água Marinha.
* Horário Vibratório: 3 às 6 horas
* Essência: Cravo e Tuberosa
* Flor sagrada: Cravo vermelho
* Erva sagrada: Oro – são as ervas que recebem diretamente as influências
que vem pela corrente de energias ou linhas de força relativa ao planeta
Marte, (Jurubeba, Espada de Ogum. Romã, Flecha ou lança de Ogum, Losna,
Tulipa).
* Ervas de Exú: Espada de Ogum
* Arcanjo: Samuel
OXÓSSI – CONHECIMENTO
O guardião do ponto de força da natureza vegetal
Quando falamos em Oxóssi, logo nos vem a mente os Caboclos, na Umbanda
são estes que assumem a frente nas linhas de trabalhos dos médiuns, são o
elo de ligação do médium com os Orixás. Os Caboclos de Oxóssi são todos
doutrinadores do astral, seu campo de ação é imenso, temos Caboclos
trabalhando em todas as 7 linhas, cada uma com uma vibração própria.
Existem centenas de nomes de Caboclos, muitos são conhecidos, famosos
mesmos, outros quase não se apresentam por seus nomes.
Nas linhas de Caboclos estão ocultos sob formas plasmadas, grandes
sacerdotes desencarnados já há muitos séculos, muitos sábios, filósofos,
professores e sacerdotes dos mais variados rituais, alguns já em fase de
extinção. Os Caboclos, são agentes de Oxossi, são Espíritos já com alto grau
evolutivo, encontramos como dissemos antes, entre os Caboclos índios, mas
também aqueles que plasmam esta forma por afinidade.
Os rituais da Umbanda não tem (bem como seus filhos não devem ter) nenhum
tipo de preconceito, religioso ou de raças, nos seus templos todos são aceitos,
bem como mostra a sua corrente astral.
As matas ou florestas
Os Caboclos, tem o Orixá Oxossi, como o seu Ancestral Místico, a essência
pura do criador, que atua através do ponto de força da natureza, as florestas e
as matas emanam uma energia etérea (prana) que é muito utilizada para curas
espirituais, são as essências etéreas das ervas que lá existem, que são usadas
pelos Espíritos na cura das almas doentes, almas que ainda sentem os efeitos
das doenças materiais ou doenças do corpo humano carnal que já possuíram.
Oxossi é o Orixá regente do pólo positivo da linha do conhecimento, é o
guardião dos mistérios do campo vegetal da natureza, a realização de um culto
nas matas permite o fechamento de abertura na aura, expande nosso campo
aurico, sutiliza o magnetismo mental, purifica os órgãos etéricos do nosso
espirito, a energia das matas estimula a evolução dos seres e também é
purificadora do nosso organismo, pois as árvores em particular e as plantas em
geral, emitem uma radiação positiva energizadora, purificadora e curadora,
emana uma poderosa radiação saudável, que impregna os nossos poros e
chacras com seu fluído, eliminadores de certas bactérias, o contato com a mata
limpa, fluidifica e impregna nossos chacras com seu fluido que atua como um
antibiótico contra larvas astrais, as árvores absorvem as cargas de radiações
negativas e as descarregam na terra ou as lançam no ar, onde elas se
desfazem, a seguir emitem fluídos etéreos vivificantes, que alcançam à crosta
terrestre e outras dimensões da vida com seu poder curador.
Quem de nós não se sente bem, em paz, respirando leve, em um passeio pelo
bosque, pela mata?
Os Caboclos doutrinadores de Oxossi, estão espalhados por todas as 7 linhas
da Umbanda, atuando em Harmonia com os reinos elementares da natureza,
os Espíritos de alta hierarquia são simples e nobres e gostam da simplicidade
do ritual,
Oxossi é isto e muito mais, é na irradiação benéfica das matas de Oxossi, que
Espíritos sofredores são curados, doutrinados e encaminhados às outras linhas
de força para que possam caminhar rumo ao doador da vida, Olorum (*DEUS).
Sincretizado com São Sebastião.
* Suas cores: Verde, Verde-Amarelo e Branco
* Dia da Semana: Quarta-feira
* Geometria Sagrada: Hexágono ou Hexagrama
* Número Sagrado: 6
* Signo Zodiacal: Touro, Libra
* Astro regente: Vênus
* Força Sutil: Telúrica e Aérea
* Elemento: Terra e Ar
* Ponto cardeal: Norte, Leste
* Metal: Cobre
* Mineral: Turmalina melancia, todas as pedras verdes
* Horário Vibratório: 6 às 9 horas
* Essência: Jasmim, Orquídea, Alfazema
* Flor sagrada: Palmas e Crisântemo Branco
* Erva sagrada: Erva doce – são as ervas que recebem diretamente as
influências que vem pela corrente de energias ou linhas de força relativa ao
planeta Vênus, (Sabugueiro, Erva doce, Malva cheirosa, Dracena, Folhas de
Jurema).
* Ervas de Exú: Sabugueiro
* Arcanjo: Ismael
CABOCLA JUREMA
Entidade Guia-Chefe da linha de Oxóssi, sua legião é constituída de grandes
Entidades Espirituais, Espíritos puros que amparam os sofredores, utilizando o
processo de passes de cura e através das ervas.
Normalmente, quando está trabalhando atrai a presença, a vibração de todas
as Caboclas Juremas, ou seja, Jurema das Matas, Jurema das Cachoeiras,
Jurema da Praia, Jurema do Rio etc., bem como, todas as suas outras irmãs:
Jacira, Jupira, Jandira, Indaía, Iara, Janaína. Na realidade, todas são uma
única vibração que trabalham com os ambientes da natureza, exemplo: lua, sol,
mata, chuva, vento etc.
Em uma de suas encarnações foi uma Índia da tribo Tupi Guarani, filha de
Tupinambá, irmã de Tupi Mirim, conta à lenda, que era uma guerreira ao
mesmo tempo em que trabalhava com as ervas curando e cuidando dos que
sofriam, é chamada de Rainha de Oxóssi.
Jurema trabalha dentro da necessidade de cada pessoa, transmitindo coragem
e energia, tem sempre uma palavra de alento e conforto para aqueles que
sofrem, ela nos ensina a suportar as dificuldades e nos dá coragem para
suportá-los – “Em qualquer lugar que você esteja, quando o desespero tomar
conta e a coragem lhe faltar, chame pela Jurema e sentirá suas forças
amparando você”.
Quando quiser agradar esta Cabocla, vá há uma mata limpa, estenda uma
toalha de pano verde ou faça uma toalha com folhas de bananeiras, coloque
sobre ela um vinho tinto (para Oxóssi), um coco verde (para Cabocla Jurema)
dentro de um coco seco coloque vinho com mel, enfeitado com fitas verdes e
amarela ou com flores, para Oxóssi uma vela verde e um charuto e não se
esqueça de uma travessa de frutas; as frutas podem ser laranja, banana,
abacaxi, manga, fruta de conde, goiaba etc. ; as velas devem ser acesas fora
da toalha, assim como o charuto.
Enfim, a Cabocla Jurema é isto e muito mais, pois seus mistérios são muito
pouco revelado, ela é famosa por ser a única entidade feminina a ser chefe de
uma linha de oxóssi, por sua rara beleza e bondade.
É a Entidade Chefe do Grupo de umbanda Esotérica Raios de Luz, seus
ensinamentos são sempre voltados para Harmonia, Fraternidade, verdade, a
nós ensina que “três atributos regem a Umbanda: Paciência, Perseverança e
Fé” sem estes é muito difícil seguir o Caminho da Espiritualidade.
XANGÔ – A JUSTIÇA
O Equilíbrio da Justiça no ritual da Umbanda
A vibração original de xangô reflete a justiça divina, xangô é o Senhor que
afere a sua balança da justiça todas as alma, trabalha junto com ele Micael que
é Senhor da Balança, da Lei e dos destinos, sua função prende-se aos
conceitos mais puros e elevados sobre a justiça cósmica.
Sua principal atividade espiritual prende-se na Lei da Ação e Reação, ou seja,
Lei kármica, é o selecionador, o examinador, aquele que como dirigente das
almas com seu fogo divino ilumina o caminho a ser seguido e liberta dos
grilhões dos enganos que escravizam a consciência. Em caráter hierárquico
trabalha no sentido de aplicar a Lei, atua também com tribunais no Submundo
Astral, onde através de seus subtribunais corrige o erro e o crime,
neutralizando verdadeiros marginais do Submundo Astral, encaminhando-os a
escolas corretivas ou mesmo as prisões ativas, neutralizando também
correntes afetivas conturbadas e desajustadas das criaturas humanas, além de
amparar aqueles que por um motivo foram atingidos por seres do astral inferior,
atua combatendo a magia negra, usando as energias ígneas (fogo) que tudo
destróem e purificam.
O sentido que daremos à justiça, não é aquele como é entendida pelos
homens, mas sim, como os guardiões dos mistérios sagrados a entendem e
executam.
A Lei do Equilíbrio que rege o ritual da umbanda possui dois “livros”, o Livro
Branco e o Livro Escuro, damos o nome de livro aos dois lados da mesma
moeda, a Luz é o Livro Branco, as Trevas o Livro Escuro, ou seja, o positivo e
o negativo, o alto e o baixo, o amor e ódio, o bem e o mal, a visão e a cegueira,
a criação e a destruição. Esses dois livros são a ascensão e a queda, tudo que
é escrito em um deles por nossas palavras ou ações é automaticamente
anotado no outro, o que fazemos na Luz as Trevas anotam, o que fazemos nas
Trevas a Luz anota, estes são os dois lados do equilíbrio, nada passa na nossa
vida que não seja anotado. Todos os homens possuem estes dois lados, se
agirmos com máximo de timidez e descrição para não sermos anotados por
seus escribas, provavelmente estaremos registrando nossa omissão no livro da
Lei.
Conhecendo as Leis de xangô:
· Ninguém pode desafiar o criador sem responder com seu livre arbítrio;
· Ninguém pode desafiar as trevas sem pagar o seu preço, que é viver o
horror dos seus tormentos;
· Ninguém deve usar o poder da luz em benefício próprio se antes não
conhecer o poder das trevas;
· Ninguém pode usar o poder das trevas sem antes conhecer o poder da
luz;
· Quem vive para a luz, habita na luz e reina sobre as trevas;
· Quem vive para as trevas, por elas é habitado e padece quando é
exposto à luz;
· Quem menospreza as trevas não conhece o poder de equilíbrio e é um
falso conhecedor da luz;
· Quem menospreza a luz desconhece o seu poder e ainda não está
preparado para absorvê-la;
· Quem se entrega a luz deve sempre lutar contra as trevas;
· Quem se entrega as trevas, foge da luz onde quer que ela exista;
· Quem se furtar a servir à luz ou as trevas, pertencerá a quem habita o
meio, isto é, a ninguém;
· Quem é de ninguém, e vive no meio, sofre o choque de cima e de baixo,
quem é de ninguém a ninguém pode pedir proteção;
· Quem não tem uma lei a regê-lo será regido pelos sem lei;
· Quem ama a luz pelas trevas será tentado;
· Quem vive nas trevas à luz terá afrontado;
· Quem serve à luz com a luz será servido;
· Quem serve às trevas com elas será servido;
· Quem distribui à luz as trevas terão vencido;
· Quem distribui as trevas à luz terá ofendido;
· Quem à luz procura pelas trevas será confundido;
· Quem procura as trevas, a luz não terá conhecido;
· Quem busca as trevas pela luz será abandonado;
· Quem busca a luz o poder das trevas será sentido;
· Quem foge das trevas na luz será acolhido;
· Quem foge à luz o manto das trevas terá estendido;
· Quem nutre as trevas na luz não será nutrido;
· Quem nutre à luz as trevas já terão nutrido;
· Quem busca o equilíbrio já foi equilibrado;
· Quem se equilibra jamais será um desequilibrador;
· Um equilibrador poderá ser desequilibrado, se não tomar cuidado com
seus passos, seus pensamentos e sentimentos íntimos;
· Quem doar sua luz a ela terá aumentado;
· Quem menosprezar o poder das trevas pela luz será menosprezado;
· Mas quem menosprezar o poder da luz pelas trevas será tragado;
· Quem quiser combater as trevas, precisará ter a luz em si mesmo;
· Quem combater a luz terá as trevas à sua volta;
· Quem não se mantém na Lei pela Lei é marcado;
· Quem pela lei é marcado, traz nesta marca o seu pecado;
· Quem esconde a sua marca tenta ocultar o seu pecado;
· Quem expõe sua marca quer se redimir do seu passado;
· Quem se redime do seu passado trouxe a Lei para o seu lado;
· Quem foge da Lei pela Lei será abandonado;
· Quem desafia a Lei pela Lei será castigado;
· Quem serve à Lei pela Lei será amparado;
· Quem se oculta da Lei pela Lei será ocultado;
· Mas quem revela a Lei pela Lei será revelado;
· Quem busca a Lei por ela será encontrado;
· Quem encontra a Lei, irá querer viver a seu lado;
· Quem vive a Lei a luz terá encontrado;
· Quem encontra a Lei as trevas terão abandonado;
· Mas quem serve à Lei, terá as trevas dominado, e por elas não será
subjugado;
· Quem domina as trevas faz delas um aliado;
· Quem usa isso com equilíbrio já terá se equilibrado;
· Quem não desafia as trevas por ela não será atormentado;
· Quem não se serve das trevas pela luz não será incomodado;
· Quem não sofre o incomodo da luz pelas trevas não será castigado;
· Quem caminha com equilíbrio tanto tem a força da luz como das trevas
ao seu lado;
· Quem sofre o choque, tanto da luz quanto das trevas, será logo
desequilibrado;
· Quem sobe a montanha da Lei a Lei terá encontrado;
· Mas quem dela foge é porque terá desrespeitado;
· Quem não sabe o que está escrito nas Tábuas da Lei pela Lei será
ignorado;
· Quem não compreende o sentido da Lei, não tem procurado;
· Mas quem o procura à Lei já deve ter encontrado;
· Quem vive o sentido da Lei vive sob seu legado;
· Quem traz à Lei é por ela abençoado;
· Quem traz à benção à lei pela luz é amparado;
· Quem caminha pela luz é amparado, não caminha para outro lado;
· Quem pesa a Lei pela Lei será pesado;
· Quem conhece o peso da Lei, por ela já foi esmagado;
· Quem se levanta diante da Lei a Lei será submetido;
· Quem se ajoelha diante da Lei, conhece-a e ela está subjugado;
· Quem à Lei se submete está por ela amparado;
· Quem a Lei ampara, jamais será dobrado;
· Quem a Lei dobra jamais a esquecerá;
· Quem da Lei se esquiva pelas trevas irá caminhar.
Eis aí alguns mistérios de Xangô, o Orixá da Justiça, o Guardião dos Mistérios
da Justiça, Senhor do Fogo e como tal age quando decide punir os que
afrontam a Lei. Muitos que caminham na escuridão deveriam conhecer Xangô,
o Orixá da Justiça Divina, então descobririam o seu significado: a Lei é como
rocha, mas ninguém caminhará seguro se seu peso estiver sobre seus ombros
e lentamente se sentirá aniquilado. Que todo mediador entre os dois planos da
vida saibam onde está a linha do equilíbrio que deve trilhar, para não ser
desamparado por Xangô. Como guardião do ponto de Força da Justiça, ele
está sempre disposto a nos ouvir, se a nossa demanda for justa ele nos
amparará; se for injusta ele nos esclarecerá, se ainda assim não ouvirmos, aos
rigores da Lei seremos chamados. O seu reverso são os rigores da Lei, sua luz
é o amparo, seu fogo é a purificação, pois somente no fogo o minério bruto e
imperfeito é fundido para ser amoldado.
Que ninguém use os mistérios da magia para prejudicar quem quer que seja,
porque se não irá passar pela balança de Xangô, e o peso da Lei atira qualquer
um nas trevas.
Os Orixás que incorporam pelos nomes de Xangô, são os mesmos que pesam
nossas ações boas ou más, não importa, o que importa realmente é nos
aconselharmos com eles, eles não se negarão a nos ensinar tudo sobre o Livro
Branco e o Livro Escuro.
Talvez de todos os Orixás, Xangô apesar de sério e calado é quem mais goste
de “falar” sobre a Lei, todos que tiverem paciência para procurá-lo serão
lentamente envolvidos por seus fluídos energéticos equilibradores e serão
esclarecidos. Que ninguém atire uma pedra em seu semelhante, pois poderá
estar afrontando o Senhor da Justiça.
Se todos procurassem conhecer os mistérios de Xangô, agiriam com equilíbrio
para não serem inscritos nos Livro Escuro, pois quando alguém é escrito nele
será executado de acordo com o que foi anotado no Livro Branco. Eis porque
existe o Xangô da Pedra Preta e o Xangô da Pedra Branca, o da Pedra Branca
ampara, enquanto o Pedra Negra executa. Existe também o Xangô das
Cachoeiras que purifica, assim como do Fogo que queima o que há de ruim em
nós, como também da Terra, que ampara os que caíram, aguardando que
despertem, existe também o dos Raios, que é quem nos traz as Leis Divinas do
alto até a terra, assim como o Xangô do Tempo aquele que julga a duração das
penas da Lei, estas são algumas formas de agir do Guardião da Justiça.
As montanhas e as pedreiras
As montanhas são santuários naturais e ponto de força do nosso pai Xangô; as
pedreiras são também, pontos de força regidos por nossa mãe Iansã, nas
montanhas e nas pedreiras podemos clamar por justiça ou clemência, Xangô é
Orixá da justiça e da razão é fogo que aquece os seres e os torna calorosos,
ajuizados e sensatos, ele paralisa e purifica nossos sentimentos com sua
irradiação encandecente, abrasadora e consumidora das emotividades e
desperta o senso de equilíbrio. Quem absorve a qualidade equilibradora de
Xangô torna-se racional, ajuizado e ótimo equilibrador no meio em que vive.
Ele atua em nossas vidas, anulando demandas kármicas, magias negras,
devolvendo-nos à paz, à harmonia, o equilíbrio mental, emocional, racional e
até mesmo nossa própria saúde.
Xangô Sincretizado com São Jerônimo.
* Suas cores: Marrom
* Dia da Semana: quinta-feira
* Geometria Sagrada: quadrado
* Número Sagrado: 4
* Signo Zodiacal: Peixes, Sagitário.
* Astro regente: Júpiter
* Força Sutil: Ígnea
* Elemento: Fogo
* Ponto cardeal: Oeste, Sul.
* Metal: Estanho
* Mineral: Madeira petrificada, Estaurolita (pedra da cruz)
* Horário Vibratório: 15 às 18 horas
* Essência: Mirra, Heliotrópio
* Flor sagrada: Lírio Branco
* Erva sagrada: Louro – são as ervas que recebem diretamente as influências
que vem pela corrente de energias ou linhas de força relativa ao planeta
Júpiter, (Lírios de Cachoeiras, alecrim do mato, erva tostão, fedegoso, manga,
parreira, abacate, goiaba e limão).
* Ervas de Exú: Mangueira
* Arcanjo: Micael
Iansã
Entidade sincretizada a Santa Bárbara, conhecida como Deusa dos Ventos e
Tempestades, sua cor é rosa e laranja, trabalha junto com Xangô, tem a
natureza eólica e expande o fogo de Xangô, sua atuação é cósmica, ativa,
mobilizadora e direcionada, ela movimenta redireciona e conduz os seres
purificados de seus vícios a outros campos, aos quais retomarão a sua
evolução.
Iansã, também age em outros pontos de força da natureza: cachoeiras,
cemitérios e campos abertos. Na linha elemental pura do ar ela polariza com
Ogum e com seu segundo elemento o Fogo, ela atua como pólo ativo da linha
de Xangô.
Fazer um ritual no alto de uma pedreira, ao redor de uma fogueira, queima as
larvas astrais e energiza positivamente o espírito das pessoas alcançadas por
suas ondas quentes. Iansã é a aplicadora da Lei dos seres emocionados pelos
vícios, seu campo preferencial de atuação é o emocional dos seres; ela os
“esgota” e os redireciona, abrindo-lhes novos campos por onde evoluirão de
forma menos “emocional”.
Iansã faz par energético com ogum, e com Xangô, ou seja, trabalha com
Ogum, usando seu pólo magnético do Ar (linha Elemental do Ar)
Já com Xangô, atua através da força da união de seus Elementos, Fogo e Ar.
Trabalha com Xangô na Linha da Justiça; atua transformando os seres de seus
aspectos negativos aplicam-lhes a Lei. Sendo extremamente ativa, uma das
suas atribuições é colher os “foras da Lei” e, com seu magnetismo, alterar todo
o seu emocional, mental e consciêncial, para só, então, redireciona-los em uma
outra linha de evolução, que o aquietará e o enviará para outro caminho. As
energias irradiadas por Iansã densificam o mental, diminuindo seu magnetismo
e estimulando seu emocional, acelerando assim suas vibrações. Com isto, o
Ser se torna emotivo, e mais facilmente é redirecionado, entretanto, se isto não
for possível, a uma outra forma de manifestação de Iansã, que paralisa o ser, e
o ajuda a descarregar todo o seu emocional desvirtuado e viciado. Iansã é um
Orixá de muitos pólos, e seu campo de atuação é enorme, mas, fato é que esta
Guerreira aplica as Leis de xangô, juntamente com Ogum, e transforma os
seres desequilibrados com sua radiação espiralada que os giram até que
tenham descarregados seus emocionais desvirtuados e suas consciências
desordenadas.
* Suas cores: Rosa choque (quase vermelho)
* Dia da Semana: terça-feira
* Geometria Sagrada: reta espiralada
* Número Sagrado: 3
* Signo Zodiacal: Sagitário,
* Astro regente: Júpiter
* Força Sutil: Ígnea e o Eolica
* Elemento: Fogo e Ar
* Ponto cardeal: Oeste, Sul, Norte e Leste.
* Metal: Estanho, Ouro.
* Mineral: Estaurolita (pedra da cruz), Quartzo rosa, calcita laranja.
* Horário Vibratório: 15 às 18 horas
* Essência:, Heliotrópio , rosas
* Flor sagrada: Lírio, Rosas e Palmas, amarelas, rosas, e vermelhas
* Erva sagrada: Palmas, alecrim, rosas branca
* Ervas de Exu: Mangueira
* Arcanjo: Micael
YORIMÁ
A linha de Preto Velho tem vibração originária na Linha de Omulu e Nanã e
formam com estas vibrações o que é chamado popularmente de Linha das
Almas, esta é a sexta linha, chamada Linha de Evolução.
Omolu – A Terra Geradora da Vida
Este é um Orixá da terra que é o fiel depositário do nosso corpo quando ele se
desprende do espírito é quem nos guarda até que sejamos chamados pelo
nosso Senhor, após purificarmos nossa alma dos vícios terrenos, que muitas
vezes nos atrasam em milênios na caminhada rumo a ele. Em todas as
culturas, os povos têm o seu campo santo, o seu cemitério, como lugar
sagrado.
É ali que são devolvidos os corpos já sem vida ao Doador da Vida. Todos os
campos santos são respeitados como lugares sagrados que não devem ser
profanados.
Todas as civilizações cultuam seus mortos. Nas civilizações já extintas os
arqueólogos e historiadores encontram muito que estudar nestes “campos
santos”.
Se alguém achar enterrado uma arma ou uma panela saberemos para que
serve, mas para conhecermos um povo, seus sentimentos, sua religião,
precisamos saber como se relacionavam com seus mortos. Muitas civilizações
do passado desapareceram por completo, por não terem como os egípcios
monumentos aos mortos, que nos mostrassem um pouco do seu modo de ser.
No Egito a religião busca zelar pela alma dos que partiam, como nenhum povo
o fizera, ficou registrada assim toda a grandeza de seu povo, sua alma e a sua
essência, o Livro dos Mortos nos diz muito sobre o que pensamos em relação à
vida após a morte, nos dando uma noção do seu conhecimento em relação à
passagem de um plano para o outro.
O ponto de força de Omolu está no Campo Santo ele coordena todas as almas
não importa como, o que importa é que ele tem um campo de ação muito
grande como o Senhor das Almas, é ele que mantém os Espíritos no
“cemitério” após o desencarne, se assim a Lei ordenar, também é o Senhor
regente daquilo que nós, criados numa cultura cristã, chamamos de purgatório
ou umbral. As regiões escuras do astral negativo do campo santo também
estão sob sua regência, ali todos os Orixás tem seus subpontos de força, lá
estão Yansã D’Balé, Ogum Megê, Xangô da Terra, Oxóssi com seus caboclos
das almas, assim como a maior linha de trabalhos espirituais, a linha dos
Pretos Velhos regida por Obaluaê.
Então os Pretos Velhos são também espíritos que trabalham no recebimento
das almas e na sua acomodação nos devidos planos vibratórios. (tidos
Socorristas)
Nanã Buruquê – A razão e a sabedoria
A guardiã dos lagos e águas calmas é uma divindade que como todos os
outros Orixás é uma Guardiã que tem seu ponto de força na natureza, este
ponto de força localiza-se nos lagos, mangues e rios caudalosos, de todos os
Orixás, Nanã é quem tem um mistério dos mais fechados, pois seu lado
negativo ou escuro é habitado por entidades com um poder enorme, como
guardião do ponto de natureza os lagos sua manifestação é quase
imperceptível, mas como os próprios lagos oculta na sua profundeza muitos
mistérios, nada consegue se ver além de suas margens.
Nos lagos e rios caudalosos existe um magnetismo absorvente e
poderosíssimo, não emanam energias através do espaço como os outros
pontos de força, mas tem seu próprio campo magnético que varia em torno de
7 a 77 metros da sua margem, esta faixa é o seu campo de ação dentro dos
lagos, ali reina a calma absoluta quebrada apenas pelos animais que vão lá
para se banhar, tudo ali trás uma calma que não encontramos nos outros
pontos da natureza, isto faz parte do próprio modo de ser de sua guardiã, como
Orixá sua manifestação é através de movimentos lentos e cadenciados, o
silêncio é regra de ouro para Nanã, quem tiver oportunidade de ir a beira de um
lago ou rio caudaloso poderá sentir esta calma absorvente, entretanto as
pessoas muito agitadas não conseguiram ficar muito tempo a beira das águas
calmas, suas vibrações ativas não se harmonizaram com as vibrações
passivas daquelas águas, só com paciência e persistência é que o magnetismo
destas águas conseguiram modificar seu modo de ser, ganhando mais
equilíbrio e agindo com mais ponderação.
Pelo lado místico ela é também uma divindade que acompanha nosso fim na
carne, assim como nossa entrada em espírito no mundo astral. Nanã também é
um dos mais respeitados Orixás no ritual da Umbanda, por se mostrar como
nossa vovó amorosa sempre paciente com nossas imperfeições, a avó que
sempre nos acolhe e orienta quando estamos inseguros em qual caminho a
seguir. As entidades que se manifestam através da incorporação, e que são
regidas pelo Orixá Maior Nanã Buruquê são grandes conselheiras, conselhos
estes que conduzem a uma grande calma interior.
Obaluaê
Filho de Nanã e Oxalá é conhecido como Xapanã, Obaluaê ou Omulu, na
verdade todos arquétipos da mesma entidade, cada com sua ação no tempo,
ou seja, um jovem e outro mais velho, Obaluaê o mais jovem, Xapanã meia
idade e Omulu o mais velho, é um orixá muito popular, conhecido como santo
que cura da peste e da varíola, as lendas contam que seu corpo e sua pele tem
seqüelas de doenças e que este orixá percorreu uma por uma as aldeias
curando os doentes e recebendo em si as descargas energéticas das doenças
que eles sofriam, sincretizado à São Roque e São Lázaro devido ao poder de
cura e de transmutar esta dor em amor, dizem que na maioria dos casos ele
deixa em seus filhos uma marca de nascimento em geral nas pernas em forma
de cicatriz ou pequena mancha.
Recorre-se à ele para resolver problemas de saúde, para auxiliar os médicos
como um iluminador da mente.
PRETOS VELHOS
Yorimá é o Orixá primaz do elemental terra, sua vibração é composta por
diversas entidades que alcançaram à maturidade espiritual através de suas
experiências. Cristalizaram esta experiência em forma de evolução, orientando,
principalmente, os seres espirituais ainda inexperientes e vulneráveis aos
entre-choques individuais e coletivos que atendem às suas próprias
necessidades kármicas. Atualmente na Umbanda, sua função se prende em
orientar os filhos de fé no caminho da fé e da evolução, alcançadas através da
humildade e sabedoria. Nem todo Preto Velho que se apresenta sentado em
banquinho, foi realmente um escravo na sua última encarnação, muitas vezes o
espírito assumem esta forma por afinidades ou para manter uma perfeita
comunicação com os que vão procurá-lo em busca de ajuda, são
extremamente pacientes e aos poucos vão ensinando os conceitos do karma e
a resignação.
Mostram que o peso das experiências torna-se leve a consciência, adaptam os
seus ensinamentos aos mais diversos tipos de entendimento das criaturas
humanas, sempre de forma paciente e tolerante, são exemplos de humildade,
paciência e tolerância. Se tratando de magia, atuam neutralizando as baixas
correntes ou cargas da baixa magia ou magia negra, muitas vezes até se
misturam com as falanges negras, visando combate-las, sabotando assim as
ações dos gênios das trevas, eles ajustam e plasmam seus corpos astrais para
se infiltrarem no baixo astral, visando minar o poder ou mesmo esclarecer as
almas aflitas que se encontram presas nas garras dos verdadeiros marginais
daquele plano.
Os pretos velhos tem um trabalho insensante de atuação direta, tanto na luz
quanto na sombra, incrementando a evolução, realizando tarefas difíceis, até
mesmo de preservar a integridade vibracional do planeta e de seus habitantes.
Para representar o Orixá ancestral da linha Yorimá tem 7 orixás menores são:
Pai Guiné, Pai Congo de Aruanda, Pai Arruda, Pai Tomé, Pai Benedito, Pai
Joaquim e Vovó Maria Conga. Abaixo destas entidades temos os “Guias”: Pai
Chico das Almas, Vovó Angolá, Pai João d’Angola, Pai Congo do Mar, Vovó
Cambinda de Guiné e etc. Logo abaixo da hierarquia sagrada temos os
protetores: Pai Tibúrcio, Pai Celestino do Congo, Pai Cipriano, Pai João, Pai
Chico Carreiro, Vovó Barbina e etc.
Quando os Orixás menores encontram médiuns positivos e limpos
espiritualmente, eles então se manifestam, dão consultas que são profundas e
esclarecedoras como também trazem mensagens de caráter geral visando
incrementar a fé e a humildade no coração e na ação de seus seguidores,
gostam também de atuar em outras modalidades mediúnicas como a vidência,
a intuição e a sensibilidade psicoastral, é comum, também encontrarmos nos
centros de Umbanda os Guias de Yorimá, estes são profundos conhecedores
da mente e do comportamento humano e também atuam nas outras
modalidades mediúnicas. Os protetores de Yorimá juntamente com os Guias
utilizam muito as rezas e os benzimentos (energização), além de darem
medicamentos principalmente da flora para combater os males físicos,
costumam fumar e quando lançam sua fumaça limpam a aura desagregando
até certas larvas condensadas, a fumaça não é para eles deletéria e sim para
os filhos que fumam. Assim atuam estes pais velhos, grandes magos da
corrente astral da Umbanda, a quem diga que eles foram da pura Raça
Vermelha vindo de outras galáxias, estagiando no planeta Saturno, Júpiter e
Vênus, é grande família cósmica.
Quando estão incorporados gostam de trabalhar sentados, pitando seus
cachimbos, falando muito, alguns calmamente, alguns com mais alegria
sempre com muita sabedoria, são entidades que adaptam seu linguajar ao
entendimento dos consulentes e quando necessário pronunciam seu idioma
sem modismo.
A ligação fluídica magnética destas entidades no médium, começa pela fronte
em forma de uma certa “friagem” que desce até a garganta e então
rapidamente desce pela coluna vertebral e como um choque em todo o
organismo físico começam suas vibrações de chegada dando um “sacolejo”
geral, principalmente na cabeça e nos ombros, arcando gradativamente o tórax
e as pernas, normalmente emitem um mantra surdo e interiorizado que mais
parece um som básico. São os grandes magos da Umbanda, o verdadeiro
mestrado da magia Senhores da Lei de Pemba, profundo conhecedores em
suas causas e aplicações da Lei Kármica, suas mensagens através de preces
cantadas que contam sua história e predispõe ao mental as coisas do
espiritual, seu ritmo suave e dolente ativa o centro superiores do indivíduo bem
como suas faculdades nobres, muitas vezes adormecidas, também riscam com
maestria os verdadeiros sinais de pemba que terão a flecha, a chave e raiz em
perfeita harmonia com as vibrações da geometria cósmica.
É válido lembrar que muitas vezes a forma com que se apresentam na
Umbanda são apenas vestes plasmadas, ou seja nem todos foram negros e
escravos ou são velhos, na verdade o que menos importa é a vestimenta que
usam, mas sim seus ensinamentos.
Yorimá sincretizado aos Pretos Velhos escravos da África.
* Suas cores: Branco
* Dia da Semana: Segunda-feira
* Geometria Sagrada: Pentagrama ou pentágono
* Número Sagrado: 5
* Signo Zodiacal: Capricórnio e Aquário
* Astro regente: Saturno
* Força Sutil: Telúrica e Aérea
* Elemento: Terra e Ar
* Ponto cardeal: Norte e Leste
* Metal: Chumbo
* Mineral: Lavra vulcânica conhecida como Obsediana- flocos de neve, preta ou
verde, Turmalina negra, ônix
* Horário Vibratório: 21 às 0 horas
* Essência: Eucalipto, erva-cidreira
* Flor sagrada: Dálias escuras
* Erva sagrada: Eucalipto – são as ervas que recebem diretamente as
influências que vem pela corrente de energias ou linhas de força relativa ao
planeta Saturno, (Tamarindo, Guiné, Alfavaca, Arruda, Alecrim, Benjoim e
Alfazema).
* Ervas de Exú: Pitanga
* Arcanjo: Jofiel
.
YORI – Erês ou Ibejis–
Pureza e a Renovação da Vida
Yori significa o puro ou o reinado da pureza, portanto Yori traduz: a potência
divina manifestando; a potência dos puros. A vibração de Yori está no princípio
natural, isto é o princípio manifestado na forma, sendo o princípio em ação na
humanidade, a maioria das entidades que se apresentam na Umbanda nesta
linha usam a roupagem fluídica de crianças, que são seres espirituais, mestres
nos conceitos do bem e do puro.
É uma linha muito fechada de muitos mistérios, não há muito a ser dito. Os
Ibejis entram na linha de força dos Orixás naturais que atuam nos reinos
elementares, ou seja, atuam na linha dos orixás em cada ponto de força da
natureza. Sua noção de justiça não é como a nossa, porque os guardiões dos
pontos de força dos reinos elementares são de uma pureza original, assim
como Oxóssi fornece caboclos para desenvolver os trabalhos nas linhas de
Oxalá, Oxum e etc, fornecem espíritos na forma de crianças para também
atuarem nas linhas dos elementos.
Outros não incorporam ficam no plano astral, orientando aqueles que descerão
através do encarne, também entre eles estão muitos irmãos de pátrias siderais.
Em verdade esses espíritos muito contribuem através da sua pureza espiritual,
para a elevação moral da umbanda, ensinam que a única forma de se levar
vantagem é sendo puro como é a criança, são verdadeiros magos da pureza,
conquista de milhares de anos em várias encarnações, que se apresentam
para nós como sábias crianças, é preciso entender as mensagens puras e
singelas trazidas desses sábios senhores da pureza cósmica.
Estas “Crianças” possuem características do elemento que atuam, se
trabalham sobre a influência do ar são alegres e expansivas, se são da linha do
fogo são irritáveis facilmente, se são da terra são calados, se são da linha de
Yemanjá ou Oxum/Água são carinhosos, melodiosos ao falar. São conselheiros
e curadores, irradiam energias fortes e puras na sua origem, por isso tem
facilidade em curar muitas doenças, desde que estas possam ser tratadas por
seu elemento ativo. Por isso, foram identificadas como Cosme e Damião
santos cristãos curadores que trabalhavam com a magia dos elementos e
como Ibeji, gêmeos encantados do ritual Africano antigo. Não gostam de
desmanchar demandas e nem de fazer desobsessão, preferem as consultas e
no seu decorrer vão trabalhando com seu elemento de ação, modificando e
equilibrando sua vibração, regenerando os pontos de entrada do corpo
humano.
Na Umbanda a corrente das crianças é formada por seres encantados
masculinos e femininos, são como nossos irmãos mais novos e mesmo sendo
puros não são tolos, identificam rapidamente nossos erros e falhas humanas. E
não se calam quando em consulta, pois nos alertam sobre eles. Logo, têm
noção do certo e do errado.
Eles manipulam as energias elementais e são portadores naturais de poderes
só encontrados nos próprios orixás que os regem.
Na Umbanda, o “mistério criança” é regido pelo Orixá Oxum, que é o orixá da
renovação da vida e do amor .
Em se tratando de magia atuam como Senhor Primaz dos entrecruzamentos
energéticos (água, fogo, terra e ar), suar energias neutralizam assim, qualquer
energia ruim, seja ela qual for, então saiu o velho ditado da Umbanda “o que os
filhos das trevas fazem qualquer criança desfaz, o que a criança faz ninguém
desfaz ou interfere”, são magos que manipulam com sabedoria as forças mais
sutis da natureza sempre visando neutralizar os efeitos maus causados pelos
magos negros.
O trabalho destas entidades, é incansável, como uma criança, e sábio como
um ancião, assim, atua na atualidade a possante “corrente das crianças”.
Os Orixás Menores:
Tupanzinho, Yariri, Ori, Yari, Damião, Doum, Cosme.
Abaixo dessas entidades, temos os Guias: Mariazinha, Chiquinho, Paulinho,
Aninha, Ricardinho, Crispim
Logo abaixo, dentro da Hierarquia Sagrada, temos os Protetores:
Estrelinha, Dominguinho, Dounzinho, Jureminha, Joãozinho, e outros...
As Crianças atuam também no processo de preparação ou “diminuição”, do
espirito que esta prestes a encarnar. Suas preces cantadas e mesmo seus
mantras são verdadeiros conclames as coisas do amor, do belo e do puro, em
ritmos alegres e suaves, de profunda harmonia musical.
Seu ponto de força preferido são os Jardins, a Beira-Mar e as Cachoeiras.
Yori sincretizado a Cosme e Damião, santos católicos, da cura.
* Suas cores: rosa, azul e branco, e também o colorido.
* Dia da Semana: sábado
* Geometria Sagrada: Triângulo
* Número Sagrado: 3
* Signo Zodiacal: Gêmeos e Virgem
* Astro regente: Mercúrio
* Força Sutil: Aérea e Telúrica
* Elemento: Ar, Terra e Energia Etérica.
* Ponto cardeal: Leste, Norte, Nordeste e Centro.
* Metal: Mercúrio
* Mineral: Quartzo Rosa, Raolita.
* Horário Vibratório: 12 às 15 horas
* Essência: Alfazema e Benjoim
* Flor sagrada: Crisântemo Branco, jasmim, rosas brancas e rosas.
* Erva sagrada: Manjericão – são as ervas que recebem diretamente as
influências que vem pela corrente de energias ou linhas de força relativa ao
planeta Mercúrio, (Manjericão, Crisântemo, Folhas do Morango, Folhas da
Verbena, Pitanga, Folhas do Melão de São Caetano, Capim Limão).
* Ervas de Exú: Pitanga
* Arcanjo: Yoriel
Trabalha na linha de yori também a energia de Oxum.
OXUM – O Amor Divino – A Guardiã do Ponto de Força Mineral da Natureza
Oxum é a orixá do amor, ela é o próprio amor em ação é do amor que vem a
sua força. Oxum é um dos orixás mais conhecidos e cultuado dentro do ritual
de Umbanda, quando falamos em oxum, logo nos vem à mente uma mãe,
amorosa, ciumenta ou geniosa.
Amor, ciúme, gênio forte são qualidades da Orixá guardiã do ponto de força da
natureza, a mãe que ama seus filhos, tem ciúmes deles, mas também é
geniosa. Oxum é o sentimento humano do amor, representado pelas águas
que caem e continuam seu curso, alimentando a vida a sua volta, é lágrima
incontida nos momentos de provação, porque somente através das lágrimas
conseguimos liberar a emoção negativa que nos mágoa, sufoca ou provoca
forte angústia, só através das lágrimas conseguimos liberar esta energia e
continuar nossa caminhada, por isso Oxum é sempre cultuada como uma mãe
afetuosa, que ampara seus filhos com seus fluídos regeneradores, entretanto,
ela também é uma esposa ciumenta que não aceita ser traída nos seus
sentimentos, ou até mesmo como uma irmã geniosa, que procura nos guiar
porque acha que faz o que é melhor para nós.
Juntamente com Oxóssi, Oxum, completa a harmonização das almas que
buscam se regenerar ante o Criador (pois toda cachoeira é cercada por
vegetações). São delas os fluídos curadores do astral que agem sobre os
espíritos arrependidos dos erros cometidos no passado.
Assim é o Criador, muitas são as suas moradas, muitas são suas maneiras de
agir sobre nós, centelhas emanadas do seu íntimo, Oxum é também uma
manifestação do Todo sobre todos, reequilibrando com seu amor os espíritos
em evolução.
As Cachoeiras
As cachoeiras são santuários naturais, pontos de força regidos por nossa mãe
Oxum, o mistério do amor divino e da concepção da vida. Os magnetismo e as
energias das cachoeiras quando nela nos banhamos desagregam energias
negativas acumuladas no perispírito e já internalizadas nos órgãos etéricos do
espírito e também estimulam os sentimentos de amor, união e fraternidade.
As pedras minerais não são nossa mãe oxum, mas, sim a concretização de sua
energia agregadora de coisas úteis em todas as suas dimensões, é a partir das
agregações que oxum dá origem as concepções divina, desperta o amor nos
seres, agrega-os e dá início a concepção da própria vida, a maneira mais
natural de nos sintonizarmos com oxum é cultua-la na água doce ou nas
cachoeiras pedregosas, pois a água dos rios é o melhor condutor, a melhor
rede de distribuição das energias minerais e cristalinas.
Todos os banhos de descarga feitos na cachoeira retém eguns ou almas
(doentes) que são entregues à Yansã das cachoeiras que os encaminha aos
seus devidos lugares para cumprirem seus karmas. Toda vez que uma
cachoeira é devastada o planeta adoece um pouco mais, pois uma fonte
natural de purificação e energização foi destruída. Na queda das águas há uma
liberação de energia e na queda de uma alma também há liberação dos
sentimentos que a fizera cair, eis a força cósmica de oxum, agindo sobre os
sentimentos humanos sob a forma de lágrimas purificadoras é por isso, que
dizemos que as cachoeiras são lágrimas de Olorum (*Deus), caindo para nos
purificar.
Oxum também é a força, que quando atuando no negativo dos seres traz
consigo uma força poderosa em seu campo de atuação, podendo
desestabilizar quem for o alvo de sua ação, com o choque da Oxum o ser logo
mudará seu curso, estes são os mistérios do lado oculto do ponto de força da
natureza as cachoeiras, aos que vão atrás dessa força oculta oxum avisa: um
dia irão chorar aos pés da cachoeira, para lavar com suas lágrimas todo o mal
que fizeram, mas aí, não será Oxum agindo ,mas sim o Xangô das Cachoeiras,
julgando aqueles que devem ao Criador por mau uso das forças da natureza e
que serão executados por ogum Iara, o Ogum que auxilia Oxum no seu ponto
de força.
Oxum não executa, ela apenas nega a quem erra o fluído vital mineral
emanado do seu campo de força. O mundo vibra, as águas vibram, oxum vibra,
nós vibramos com seus fluídos benéficos, tudo isso é oxum a guardião do
ponto de força da natureza.
Sincretizada a Nossa Senhora da Conceição e Nossa Senhora Aparecida.
* Suas cores: Amarelo
* Dia da Semana: sábado
* Geometria Sagrada: Reta (símbolo coração)
* Número Sagrado: 2
* Signo Zodiacal: Câncer
* Astro regente: Lua
* Força Sutil: Hídrica
* Elemento: Água e Energia Mental
* Ponto cardeal: Oeste e Sudoeste
* Metal: Prata
* Mineral: Citrino, Pedra Mel, Cálcita amarela
* Horário Vibratório: 18: às 21 horas
* Essência: Jasmim
* Flor sagrada: Crisântemo Amarelo
* Erva sagrada: Jasmim – são as ervas cheirosas (folhas e pétalas de rosa,
Folhas de Avenca, Flores de Violeta, Arruda Fêmea, Flores de Crisântemo e a
Flor de Jasmim).
* Ervas de Exú: Bananeira
* Arcanjo: Rafael
YEMANJÁ – A vida –
Guardiã do ponto de força da natureza, o mar
YEMANJÁ – O princípio das águas, “águas” como fonte da vida física, o eterno
feminino, o princípio natural que atua na natureza.
Yemanjá nossa mãe, Rainha do Mar, Senhora da Coroa de Oxalá, Orixá maior,
doadora da vida e dona do ponto de força da natureza, o Mar, onde tudo é
levado para ser purificado e depois devolvido. Ela é uma Deusa, do princípio
criativo doadora da vida, que só o Criador conhece, a Gênese Bíblica nos diz
que Deus modelou o homem com a terra, mas, para fazer certamente usou
água no seu molde, Yemanjá é isso a água que nos dá vida como uma força
divina, força esta que já se manifesta na maternidade, nosso corpo é
constituído em sua maior parte em líquidos, sem água não podemos viver. O
aspecto feminino da Existência é o equilíbrio, o feminino da “sagrada União”. A
principal representação da “Deusa” na Umbanda; é o Trono feminino da
Geração, seu principal campo de atuação situa-se no amparo à maternidade.
O planeta Terra é na verdade o planeta água, porque se constitui de ¾ de
água, como não ver essa maravilha, em verdade não fomos feitos só de pó,
mas também de água, enfim somos regidos pelas águas, Yemanjá é isso o
princípio da vida, às águas. Tanto Nanã quanto Oxum são consideradas
desdobramento do mesmo princípio divino o elemento: água.
YE = MÃE, PRINCÍPIO GERANTE
MAN = O MAR, ÁGUA, A LEI DAS ALMAS
JÁ = MATRIZ, MATERNIDADE, POTÊNCIA CRIADORA
Yemanjá junto com Oxalá é a Senhora Primaz da energia mental
condensadora, que atua na humanidade é também Senhora do Elemento
Água, ou seja, dos elementos fluentes, com seus fluxos e refluxos.
Yemanjá é a grande mãe, é a maternidade cósmica, entidade que gera
recursos e novas formas para humanidade, ou seja, ela trabalha na elaboração
de matéria física para os que vão reencarnar, em se tratando de magia atua
muito diretamente no campo mental e no campo astral, fazendo fluir suas
energias num constante ciclo e ritmo, tudo visando a manutenção vibratória do
planeta Terra, usando para isso os influxos do magnetismo lunar e também os
grandes deslocamentos de massas líquidas através dos oceanos, equilibra e
neutraliza certas forças hidrotelúricas movimentadas por entidades
comandantes das trevas.
As energias contidas nas águas de Yemanjá combatem a magia negra.
O Mar
O mar é um santuário, um altar aberto a todos e regidos por nossa mãe
Yemanjá, a rainha do mar, Yemanjá nossa mãe geradora, mãe da vida é em si
mesma a qualidade criativa e geradora de Olorum (Deus). A energia salina
cura enfermidades do espírito, queima larvas astrais resistentes, irradia
energias purificadoras para o nosso organismo.
O mar é o melhor irradiador de energias cristalinas; suas águas são condutores
naturais de energias elementais. Do mar saem irradiações energéticas salinas
que purificam o nosso planeta e energias magnéticas que mantém o globo
terrestre imantado, o mar é o alimentador da vida.
O Mistério do Mar e Yemanjá é um dos mais fechados em seus mistérios
maiores, revelando apenas os seus mistérios menores e ainda assim
parcialmente, isto é uma forma de defesa dos seus princípios sagrados, o mar
e sua guardiã não querem ser vistos apenas como objetos de adoração,
querem não ser profanados e sim respeitados. O poder da magia do mar não é
mais revelado aos homens, isso já foi tentado uma vez no passado muito
distante, e os homens por ignorância ou maldade não souberam aproveitar,
deste período nada restou, senão algumas lendas, que não explicam porque o
mar tragou tudo. Usaram sua energia para o mau e o preço foi a destruição da
maioria dos povos, daquele tempo e mais uma vez os mistérios maiores foram
encobertos pelo véu do silêncio, alguns poucos que conseguem penetrar nos
mistérios, (menor do mar), são vigiados para que não façam mau uso do seu
poder.
O mistério do mar de Yemanjá é isto e muito mais, porque é infinito, é válido
lembrar que o mar é o doador da vida e dificilmente encontraremos entidades
atuando no seu lado negativo, para desequilibrar alguém, as pessoas que vão
à beira-mar fazer maldades, mau este que à pessoa já traz em si, estes estarão
marcados com estigma do desprezo e terão no seu posterior despertar em
espírito que prestar conta de suas ações.
Sincretizada à Nossa Senhora dos Navegantes .
* Suas cores: Azul
* Dia da Semana: sexta-feira
* Geometria Sagrada: Reta (símbolo coração)
* Número Sagrado: 2
* Signo Zodiacal: Câncer
* Astro regente: Lua
* Força Sutil: Hídrica
* Elemento: Água e Energia Mental
* Ponto cardeal: Oeste e Sudoeste
* Metal: Prata
* Mineral: Ágatas e Cristais leitosos
* Horário Vibratório: 18: às 21 horas
* Essência: Alfazema
· Flor sagrada: Crisântemo branco, Hortência azul.
· Erva sagrada:Jasmim, alfazema – são as ervas cheirosas (folhas e
pétalas de rosa, Folhas de Avenca, Flores de Violeta, Arruda Fêmea, Flores de
Crisântemo e a Flor de Jasmim).
* Ervas de Exú: Bananeira
* Arcanjo: Rafael
Pontos Riscados na Umbanda
Os ponto riscados são outro fundamento da Umbanda, e também um mistério
que servem para identificar a sua linha, bem como tipo de trabalho a ser feito.
Ex.: Um ponto riscado para firmeza, descargas e etc. De forma geral os pontos
riscados da umbanda são um mistério da magia divina que só quem for iniciado
e se consagrar como instrumento mágico da Lei maior e da justiça poderá
trabalhar com eles, sem estar incorporado, pois, estes só funcionam sendo
instruído pelo seu mentores espirituais ou guias da lei da umbanda.
PONTOS CANTADOS DA UMBANDA
Os pontos cantados da Umbanda são cânticos entoados nos templos
umbandistas, são na verdade manifestações do verbo sagrado, decodificações
dos mantras da energia do verbo (eu sou), com profunda ação magística
capazes de movimentar as forças sutis da natureza e mesmo atrair certas
entidades espirituais, dentro da ritualística da umbanda os pontos cantados são
indispensáveis, são verdadeiras preces cantadas, que expressam a fé, a
mística, a magia da ritualística.
PONTOS DE RAIZ
Quando uma entidade ensina-os, cantando-os, durante os trabalhos dizemos
que este é um ponto de raiz, cada ponto de raiz obedece a ritmos e nuanças
todas próprias e singulares, seguindo os ritmos cósmicos os quais se
conectam.
Infelizmente os pontos de raízes são raros, o que há, é muito ponto cantado
sem pé nem cabeça, identificando nível espirítico de quem os canta e acabam
atraindo energias negativas de espíritos o involuídos que são os nossos
perseguidores astrais.
Os Espíritos de Luz nos pede; que deixemos para trás estes pontos
desconexos, barulhentos, esquisitos, que criam caminhos para o baixo mundo
astral, os verdadeiros pontos de raiz expressam de maneira sublime uma
mensagem, uma emoção, um sentimento, uma imagem ou um alerta,
movimentam uma linguagem metafísica, onde cada um entende segundo o seu
alcance, várias mensagens, com eles as entidades impregnam certas energias
e desempregnam outras energias, dependendo do ponto do momento.
Os pontos devem ser entoados, não apenas com a boca, mas sim pelo
coração, ou seja, devem ser sentidos, interiorizados, pontos cantados
adequados e harmonicamente tornaram o trabalho tranqüilo, proveitoso e
organizado, pois os Verdadeiros pontos despertam a fé, a harmonia, o bom
ânimo, o ajuste e etc.
Os pontos cantados mudam de ritmo e mesmo de freqüência de acordo com as
linhas espirituais:
a) Vibração Espiritual de Oxalá – os sons são místicos, predispondo à paz e
às coisas do Espírito.
b) Vibração Espiritual de Ogum – os sons são vibrantes.
c) Vibração Espiritual de Oxossi – os sons são imitações da harmonia da
natureza.
d) Vibração Espiritual de Xangô – os sons são graves, isto é, são cantados
“baixo”.
e) Vibração Espiritual de Yorimá – os sons dolentes, melancólicos.
f) Vibração Espiritual de Yori – os sons são alegres, predispondo ao bom
ânimo.
g) Vibração Espiritual de Yemanjá/Oxum – os sons são suaves, predispondo
à renovação afetiva emocional.
Na umbanda esotérica por uma questão de evolução e entendimento, não é
obrigatório usar atabaques em todos os ritos, até porque além de ser
dispensável a criação de vibrações do astral superior são completamente
desaconselháveis para pessoas com problemas cardiovasculares e
psicossomáticos, tais como hipertensão arterial, coronariopatias (doença das
coronárias: artérias que quando obstruídas produzem o infarto), valvopatias
(doença das válvulas, tais como estenose mitral: insuficiência aórtica e outras),
arritmias cardíacas, extrassístoles, taquicardia supra-ventricular e bloqueio do
ramo etc. podendo sim, ser usado para dar ritmação e criar uma atmosfera
vibracional positiva, desde que, tocado com harmonia e sentido, o atabaque
tocado em ritmo e “volume” certo, ajuda a manter a vibração do ambiente, atrai
boas energias e mantem a corrente concentrada.
O excesso de bater palmas também é dispensável, pois nas mãos temos
milhares de terminações nervosas que estão diretamente relacionadas com
nosso encéfalo e com os núcleos superiores da nossa mente.
A LINHA DOS CIGANOS NA UMBANDA
É uma linha especial que tem seus rituais e fundamentos adaptados à
Umbanda, pois os ciganos remontam a um passado multimilenar e seus
fundamentos e ritos estão ligados ao próprio povo cigano.
A também Espíritos de ciganos, trabalhando na linha da Quimbanda, como
exemplo Pomba Gira cigana do jarro, do Pandeiro, cigana Puerê e outros,
veremos este assunto , na parte referente a linha da Quimbanda.
A Lenda
Em se tratando de cigano é impossível separar a imaginação da realidade, de
acordo com Miriam Stanescon - Rorarni Princesa Cigana Kalderash – conta à
lenda que o povo cigano saiu do fundo da terra e foram escravizados pelos
egípcios, foram tantas as humilhações e maus tratos a que foram submetidos
que na época criou-se um dialeto próprio o Romanês para que se
comunicassem sem que os seus perseguidores compreendessem o que
falavam...
Outras lendas dizem que este é “povo da Estrelas”, assim, a quem creia que
este povo especial tenham vindo de alguma galáxia distante.
Alguns historiadores dizem que são originários da Índia outros que são
descendentes de Caim ou do Continente Asiático ou ainda que os ciganos
sejam a 13ª Tribo de Israel.
A origem
Há sérias controvérsias em relação à origem exata dos ciganos, entretanto há
estudos recentes que afirmam que os ciganos precedem do atual estado
Rajestão (Índia), de onde foram expulsos pelo conquistador muçulmano-
mongol Timur Lenk, no século XII. A caminho da Europa, alguns passaram pelo
Egito, de onde aborveram costumes e conhecimentos, talvez o Tarô, mas não
são descendentes dos antigos egípcios.
No entanto, origem não é o mais importante para o nosso estudo, e sim o que
esses espíritos realizam como corrente espiritual.
O povo ciganos tem suas cerimônias próprias e os que trabalham na Umbanda
adaptam seus rituais coletivos aos rituais da Umbanda e as suas sessões é
uma linha espiritual em franca expansão, que tem até linhas de esquerda
“ciganas”, tais como os exús.
Estes espíritos trabalham na irradiação dos orixás, mas louvam Santa Sarah
Kali que é a padroeira deste povo. É um povo nômade por natureza e por
instinto de sobrevivência, ainda que não esteja muito bem definido sob qual
das 7 irradiações atuam pode-se dizer que os ciganos estão associados ao
“tempo”, então os associamos as linhas espirituais regidas pelos Orixás
temporais tais como: Oyá, Iansã e Oxalá.
É um povo de grandes mistérios, em sua maioria não revelados.
As mulheres ciganas, muito ligadas a magia, trazem sua força associada a
Grande Deusa, muito de seus ritos, remota a antiga magia Wicca, (por terem
uma figura feminina como referência de fé, muitas ciganas reconhece a
existência da Deusa)
Sarah Kali
Única santa cigana do mundo, padroeira universal dos ciganos. Conta à lenda
que Maria Madalena, Maria Jacobé, Maria Salomé, José de Arimatéia e Trofino
junto com Sarah uma cigana escrava foram atirados ao mar pelos judeus em
uma barca sem remos e sem provisões.
As três Marias, desesperadas em alto mar, já sem esperança de sobreviver
puseram-se a chorar e rezar, então neste momento, Sarah retirou seu Dikiô
(lenço) da cabeça chamou por Kristesko (Jesus Cristo) prometendo que se
todos se salvarem ela seria escrava do senhor, jamais andaria com a cabeça
descoberta em sinal de respeito, promessa cumprida até o final de seus dias,
milagrosamente a barca sem rumo atravessou o oceano e aportou em Petit-
Rhône, hoje Saintes-Maries-de-La-Mer.
Á relatos que dizem que Sara kali a protetora dos ciganos, e sara Salomé
( seguidora de Jesus e amiga de Maria Madalena e Maria) sejam a mesma
pessoa e que tenha vindo desta ligação (com Jesus e sua família) toda a fé ,
que a levou a dedicar sua vida á Jesus. )
Ler “o Legado de Maria Madalena – Laurence Gardner”.
Kali em romanês quer dizer negra, Sarah por ser uma cigana egípcia ou hindu (
a controvérsias) possui a tez bem morena, os ciganos brasileiros adoram
Nossa Senhora Aparecida talvez pela cor, muitos a associam a Santa Sarah
Kali é costume festejar as Slavas (promessas ou comemorações de
homenagem à algum Santo), a Slava de Sarah Kali é nos dias 24 e 25 de maio,
onde é oferecido um banquete ao santo homenageado, coloca-se o Santo do
dia no centro da mesa em lugar de destaque e junto a ele um Manrô (pão)
redondo que é furado no meio, onde se coloca um punhado de sal grosso
junto com uma vela, este pão é posto em uma bandeja cheia de arroz cru para
chamar saúde e prosperidade e ao término do almoço ele é dividido entre os
convidados pelo dono da casa junto com essas palavras de benção:
“THIE AVÊS THIAILÔ LOM, MANRÔ TAI SUNACAI (QUE VOCÊ SEJA
ABENÇOADO COM SAL, COM PÃO E COM O OURO).
Da promessa de Sarah nasceu à tradição de toda mulher cigana casada usar o
lenço, o lenço é a peça do vestuário da mulher cigana (Rômli) mais importante,
a prova disso é que quando oferecemos o mais belo presente a uma cigana,
dissemos: “Dalto Chucar Diklô “(te darei um belo lenço), o lenço para os
ciganos significa a aliança da mulher casada, se ela aparecer em público sem
ele será fortemente criticada.
Os ciganos acreditam que Sarah traz saúde e prosperidade ao seu povo, ela é
especialmente cultuada pelas ciganas que tinham ou tem dificuldade de
engravidar, muitas que não conseguem ter filhos fazem promessa a ela, iriam à
Cripta da Santa em Saintes-Maries-de-La-Mer, fariam uma noite de vigília e
depositariam em seus pés um bonito lenço que encontrassem, lá existem
muitos lenços como sinal de que muitas ciganas receberam esta graça. Para
os ciganos a maternidade é o milagre mais importante da vida, elas não
concebem suas vidas sem filhos, quanto mais filhos a mulher cigana tiver, mais
dotada de sorte ela é considerada pelo povo ciganos, a maior ofensa para os
ciganos é não poder ter filhos, porque são chamadas de ventre seco (Dy
Chucô) e eram também motivos para separação, talvez seja esse o motivo das
mulheres ciganas terem desenvolvido a arte das simpatias e garrafas
milagrosas para a fertilidade.
Os ciganos dão muito valor a seus olhos porque eles lidam não só com a visão
física, como também a espiritual, assim quando um filho nasce a mãe até o 7º
dia lava seus olhos com água e uma pitadinha de sal diariamente, no caso da
meninas seus olhos são lavados apenas no 7º dia com água e sal e depois
com água e açúcar para desenvolver a arte divinatória que é praticada
principalmente pelas mulheres-Drabarimôs (leitura de sorte).
Há uma lenda que diz os ciganos não costuram as sextas-feiras, pois não
sabem ao certo quando é sexta-feira da paixão, então reverenciam todas elas,
pois foi neste dia da semana que a virgem Maria chorou pelo sacrifício de seu
filho, condoídos por estas lágrimas os ciganos acreditam que costurar neste dia
é como costurar os olhos da Virgem.
A moradia cigana é uma barraca (Thiera) possuem grande orgulho em receber
em sua Thiera ornamentada de veludo, tapetes persas e grandes Cheramdá
(travesseiros enormes) que serviam de camas é costume servir um chá,
composto por várias qualidades de frutas frescas e secas, feitos no Samovar
(aparelho usado para fazer chá) não faltavam na mesa, o pão e uma geléia de
jabuticaba chamada Varemia, em frente à suas barracas era acesa todos os
dias uma pequena fogueira, pois, eles acreditavam que o fogo afugentasse os
maus espíritos.
O casamento é o passo mais importante da vida de um cigano, pois é garantia
da preservação e perpetuação do povo, um acontecimento que merece
solenidade e comemoração, motivo de congraçamento entre diversos clãs,
sendo convidados muitas vezes ciganos de diversos países. Em geral a moça
cigana casa com rapaz cigano e vice-versa não exceções. As famílias
anunciam o casamento, no altar coloca-se uma bandeja de prata e uma broa
de trigo que simboliza o corpo de Cristo, essa broa é furada no centro é
colocado sal, isto simboliza a aliança de Deus para conosco através do
batismo, o sal é ainda símbolo da vida e da alma, pois afasta os espíritos
malignos sendo elementos de proteção, acreditam que o Beng (Diabo) jamais
come ou se aproxima do sal, assim todos os doces ciganos obrigatoriamente
levam uma pitadinha de sal, no centro da broa é colocada uma vela para
abençoar a união das famílias e para invocarem os espíritos de luz,
contornando a vela colocam um cordão de ouro com uma medalha chamada
Kepara-cordão de compromisso significando a aliança, a noiva usara este
cordão a partir da aceitação do pedido de casamento até a data que se
realizará a cerimônia, da data do casamento em diante a mulher passa a
pertencer à família do marido, respeitando os seus sogros como verdadeiros
pais.
Os Clãs
Os ciganos são divididos em 7 clãs:
Kalderash, Moldowaia, Rhoraranê, Kalê, Sibiaia, Mathiwia e Hitalihaia.
Os Ciganos no Brasil
Chegaram ao Brasil por volta de 1574, junto com outros tantos “degredados” da
metrópoles, o primeiro que se tem notícia é João Torres, condenado pela
Inquisição, só a partir do séc. XIX, 1808 é que os ciganos vieram
autonomamente, acompanhando Dom João VI, alguns historiadores afirmam
que os ciganos brasileiros se dividiram em 2 grandes grupos: Kalom e Rom,
entretanto a palavra Rom é todo cigano pertencente a qualquer clã, então
acredita-se que há dois grupos no Brasil os Kaloms e os Kalderash. Acredita-se
que com a chegada da segunda guerra mundial os ciganos que aqui viviam e
tinham provisões financiaram a vinda de vários ciganos ultrajados e
perseguidos pelo nazismo na Alemanha, formando daí um grande
acampamento no Rio de Janeiro e fixados na baixada Fluminense, maior
núcleo cigano deste país.
O Homem cigano
O homem cigano é o responsável pela família e um deles é o chefe
responsável pela comunidade, a ele é obrigatório ter uma opinião
esclarecedora sobre o que é certo ou errado, conhecer profundamente o
código de ética de nosso povo e ter uma conduta irrepreensível, precisa aplicar
a justiça doa a quem doer, mesmo que seja seu próprio filho, sua honra e amor
a verdade tem que estar acima de tudo e de todos, em épocas passadas os
ciganos tinham cabelos mais compridos e usavam lenços para proteger,
trabalhavam na fabricação e criação de jóias, reformavam panelas
artesanalmente, eram excelentes ferreiros, por isso usavam lenços para não
terem os cabelos chamuscados ou que era para eles sinal de má sorte, se
tinham os cabelos danificados acreditavam que perdiam a força. Ao contrário
do que se supõe cigano não usa brinco, a não ser quando há uma gravidez
interrompida de um feto de sexo masculino, isto é, quando nasce uma criança
do mesmo sexo daquele que foi abortado – masculino – manda a tradição que
fure uma das orelhas do menino e se coloque um brinco. Se assim não se fizer,
a criança não chegará aos sete anos, e se chegar, poderá o espírito daquele
que não conseguiu encarnar se apossar do irmão e levá-lo à loucura ou dupla
personalidade.
Mulher cigana
Dentro da comunidade cigana a virgindade é o maior tabu é também símbolo
do zelo e do cuidado da mãe para com a filha, a cigana virgem tem várias
atribuições só ela é permitida limpar os santuários e lavar os santos, há rituais
que só as virgens pode participar como: as bênçãos dos óleos de Sarah Kali
realizado por 7 virgens ciganas, para elas também não há limitações na dança,
podem exibir toda a suas sensualidade, inclusive mostrar as pernas o que não
é permitido quando se casa e se torna mulher. A moça cigana casa-se de véu e
grinalda se for virgem, estes rituais costumam durar 3 dias, no primeiro os
noivos fazem a despedida de suas famílias, no segundo dia a moça se casa
vestida de noiva (véu e grinalda) e no terceiro coloca a sua roupa cigana com o
lenço vermelho na cabeça e a grinalda, o que quer dizer que passou de virgem
para mulher, deixou de ser Chei Barí, para se torna Ron Li, na noite de núpcias
os noivos vão para o leito acompanhados por 3 ou 5 ciganas para
comprovação da virgindade da moça, essas senhoras prestam juramento de
nada esconder da Kumpania, constatada a virgindade da moça com
amostragem do lençol ou da anágua, parabeniza-se os pais da recém casada e
toda a família, mostrando que a moça honrou sua família e seu lar. Nos
casamentos oferecem flores aos convidados, as mulher colocam na cabeça e
os homens na lapelula, no caso ser constatado que a moça casou sem ser
virgem, enganando toda a comunidade ela ficará sentada em uma cadeira e os
convidados jogam as flores oferecidas em seu rosto, cuspindo no chão em
sinal de desprezo, neste caso o marido pode devolve-la e a família o terá que
indenizar, não só com o dote mas todas as despesas da festa, se não o fizer
realiza-se um Krhis Romaí-julgamento.
A mulher cigana enquanto virgem, não importando a idade que possua, é
considerada CHEI BARÍ.
CRIANÇA CIGANA
a criança para os ciganos representa sua continuidade, a perpetuação da raça,
os nascimento de uma criança é motivo de grande alegrias, principalmente se
for do sexo masculino, e mais ainda se for o primeiro filho do casal.
O nascimento de uma criança muda à condição social de seus pais, a mãe
deixa de ser Bori (Nora) e assume o papel de Dhiel (Mãe), o pai deixa de ser
Cháorro (rapaz) para se tornar Ron (Homem) e Dad (pai).
A criança é criada dentro de preceitos de liberdade e otimismo quanto ao
futuro, evita-se falar em tristezas perto dela, aos adultos cabe a função de
mestres que mostram os caminhos, oferecem a pesca, mas nunca colocam
sobre a mesa o peixe já frito e pronto para ser consumido.
Eles tem a obrigação de não deixar que a dúvida ou o medo destruam a fé da
criança. Ela é aguçada na intuição e cresce acreditando que fará mudanças
para melhor, respeita-se a sua individualidade, principalmente se for do sexo
masculino; se for do sexo feminino ensina-se a ela o valor da pureza, da
castidade e da obediência.
Aos pequenos é dito que os caminhos de todas as religiões o levam a Deus, a
Lei DO Livre Arbítrio é opção sugerida na infância, desde cedo, aprendem que
a voz do sangue e da raça é mais forte que a própria vida, e que todos os
ciganos, independente, do clã que pertençam, merece respeito.
Por isso, se uma criança fica órfã, e não tiver parentes, o primeiro cigano que
tomar conhecimento de tal fato é obrigado a cria-la como se fosse sua, daí não
existirem crianças ciganas, em orfanatos, ou jogadas ao relento e entregues a
sua própria sorte.
O batismo entre os ciganos tem um significado muito forte, pois, além da
criança deixar de ser “Marimê” ( impura), é a partir do batismo que ela pertence
verdadeiramente ao povo cigano.
Os padrinhos da criança são considerados e respeitados,, até mais do que
seus próprios pais, a crença cigana é de que os pais dão a vida material , e os
padrinhos , a vida espiritual, os padrinhos de batismo serão também seus
padrinhos de casamento (só pode convidar outros, se os padrinhos
consentirem), quando a criança é batizada na igreja, ou em algum templo ,
jogam-se balas e doces para que a vida da criança seja abençoada e adoçada
por Deus.
Durante a festa, é costume presentear os Thirvê (compadres) e chama-se esta
oferenda de Kolaco. Ao Thirvô ( padrinho) é ofertada uma camisa de seda
vermelha, e a Thirvi ( madrinha) é dado um lenço vermelho. Durante a festa o
padrinho é obrigado a trocar a camisa que usava pela camisa vermelha,
estabelecendo um pacto entre os pais e padrinhos de zelar e cuidar da
criança, durante toda a vida, a madrinha tira o lenço eu usava e entrega para a
criança no dia de seu casamento.
Entre ciganos não há aborto, não há criança abandonada ou velho sem asilos,
as crianças são a perpetuação da raça e os velhos são a historia e sabedoria
do povo cigano.
CIGANA DA SORTE
É a cigana que tem domínio sobre a magia, que já passou pela iniciação que é
feita aos 7 anos, pela reafirmação aos 14 anos e pela consagração aos 21
anos.
Aos 7 ela recebe para beber um pingo de sangue da orelha de um cão negro
misturado a 7 qualidade de ervas, seguindo-se um pequeno ritual das velas,
aos 14, é tirada uma pequena quantidade de pêlos de um cão negro, os quais
serão colocados em um PARPATIEÇO ( espécie de bolsa ou sacola), que ela
levará sempre consigo.
Aos 21, são entregues á cigana pedaços das unhas de um cão negro, os quais
serão colocados junto com os pêlos dentro do PARPATIEÇO, o que significa
que ela adquiriu toda a sabedoria cigana e consequentemente toda a magia.
Nestes 3 estágios ela conheceu as trevas e consequentemente, adquiriu a luz.
Dentro da comunidade a mulher cigana tem a função de educar e passar a
sabedoria adquirida a seus filhos, bem como zelar pela virgindade de suas
filhas.
Existem na comunidade cigana, diferenças marcantes entre as virgens e as
mulheres casadas: as primeiras podem passar em frente dos homens
livremente, enquanto as segundas precisam pedir licença a eles, falando
ERTIÇARMA (desculpe-me). Na dança, também as virgens podem rodar
espontaneamente, enquanto as casadas só é permitido dançarem de frente
para os homens.
Á mulher cigana compete iniciar as meninas a magia, ensinar as músicas, a
dança e prepara-las para o casamento, quanto a seus filhos homens, essa
função é atribuída ao marido cigano, que é o chefe da família, na comunidade
cigana, mãe é todo amor e o pai é todo poder.
Para as ciganas, as cartas do baralho, além de representarem o seu
instrumento de trabalho, também são importantes para o seu desenvolvimento
espiritual, nos auxiliando a desenvolver nossa intuição, vidência e poderes
mentais, por isso as cartas são muito respeitadas.
A velha mãe cigana - a matriarca-
A velha cigana mãe é a mais velha e sábia da comunidade, porque ela passou
por todos os estágios da vida e atingiu o equilíbrio.
Cabe a PHURÍ DHIEÍ, a revelação de todos os segredos ocultos. Ela é
responsável pela manutenção de nossa fidelidade aos princípios básicos da
vida cigana. É uma verdadeira deusa matriarcal e a grande protetora dos
jovens e indefesos. É a imagem da experiência e da maternidade, sendo quem
mantém o código de ética dos ciganos. É o próprio equilíbrio, exemplo da
experiência conseguida através de uma trajetória de vida. A PHURÍ DHIEÍ é a
grande sábia do povo, conhecedora da magia e é quem mantém intactas as
tradições ciganas. Dentro da comunidade a cigana anciã é considerada quase
uma deusa, nada sendo realizado sem sua previa consulta, é ela quem passa
as receitas milagrosas feitas com ervas de todas as espécies; ela é ao mesmo
tempo, mãe, tia, parteira, sábia, etc., muito respeitada por todos. Cada clã
possui sua, “sua Matriarca a Rainha”.
A muito a se conhecer sobre este lindo povo, segue a sugestão de que vocês
continuem estes estudos, pois a muito, a saber, inclusive sobre magias
ciganas, que é um ótimo assunto.
No que se refere a Umbanda, a linha do chamado “Povo Rosa”, tem muito a
ser estudado, pois, á muitas controvérsias, a quem os confundem com Exus,
entretanto, sabe-se que a ciganos que trabalham na linha branca, da mesma
forma que também existem ciganos trabalhando na linha de Exus, é importante
destacar que estes, são Exus , que foram ciganos, e não mais são chamados “
povo rosa”.
No Raios de luz, trabalha-se com a energia do Povo Rosa, Linha do Oriente,
através da nossa Cigana Zoraia, responsável por toda á parte esotérica do
nosso grupo, sendo a responsável por ter introduzido a nova era, na vida da
líder do grupo, bem, como a criação do raios de luz, seus ritos estão ligados ao
xamanismo, magia Wicca, etc. ,sendo esta também a responsável Espiritual
do grupo Filhas da Deusa, tendo como facilitadora a nossa Gran- Sacerdotisa-
Patrícia Cassariego Godinho
Os Mestres da Fraternidade Branca
A Fraternidade Branca é um Conselho de Mestres, que representa o Divino,
este Conselho foi divulgado ao mundo físico por volta de 1875, através do
Movimento Teosófico por intermédio de Elena Petrova Blasvastsky.
Os Mestres da Fraternidade Branca, são chamados também de Mestres
Ascensos, são entidades incorpóreas, ou seja, formas de energia do mundo
espiritual; que juntamente com anjos, os arcanjos, os lideres espirituais e
outros, pertencem em parte ao mundo invisível, que sustenta nossa vida.
Muitos dos mestres ascensos (21, são conhecidos) percorreram como nós, o
caminho evolutivo na terra, (alguns são extraplánetarios) e tendo superado a
dualidade durante sua vida terrena, alcançaram a unidade, no fim de suas
vidas foram mestres iluminados alguns deles conhecidos até hoje: ex. Lao Tsé,
Kwan Yin e Cristo.
Por terem percorrido o caminho terreno os mestres conhecem muito bem o tipo
de dificuldade com que lidamos, conhecem nossos medos, as dúvidas a as
decepções que continuam a nos afligir.
Do grupo de 21 mestres ascensos, nem todos encarnaram, mas escolheram
como missão ajudar os seres humanos no seu processo de evolução.
No nosso grupo, trabalharemos com a energia dos 7 Mestres da Fraternidade
Branca, para nós é como, se estes fossem os nossos pais, nossos professores
que nos assistem no nosso caminho para a evolução, eles não nos ajudam a
desenvolver o desdobramento da consciência e a nos tornarmos candidatos a
ascenção, pois este processo se estende por várias vidas e em cada vida
aprendemos algo novo, vencemos tarefas de aprendizagem, evoluímos mais e
mais até que finalmente possamos viver completamente livres, conscientes,
totalmente despertos, só então podemos cogitar sermos mestres.
O objetivo dos mestres não é apenas que possamos mostrar nosso verdadeiro
ser, mas também que possamos, no “dia - a dia”, “vencer o cotidiano”, ou seja,
como manter a quietude, o equilíbrio e a unidade, num mundo material,
agitado, perseguido pelo mal, pelo barulho, entre as tensões e a luta por
sobrevivência.
O objetivo é permanecer equilibrado, também nessas situações, agindo
igualmente de forma calma, descontraída e clara, trata-se de aproveitar todo o
nosso potencial, desenvolver nossa intuição, seguir a sabedoria interior, aceitar
nosso lado sombrio e integrar tudo isso, esta é a lição que os mestres querem
nos ensinar.
Em maio de 1954 começou a Era da Liberdade, que se estenderá por 2000
anos, sob a supervisão do Bem Amado Mestre Saint Germain, os 2000 anos
passados estiveram sob o comando do Bem Amado Mestre Jesus, que passou
a humanidade o conhecimento espiritual apoiado no amor divino.
A grande promessa de Saint Germain é trazer a liberdade para todas as
criaturas humanas, inumanas, elementais e anjos prisioneiros, promessa que
esta promovendo uma extraordinária mudança na maneira de pensar e sentir e
na vida planetária em geral trabalhando com ele, existem Legiões de Luz
unidas em torno da mesma causa e operando com o máximo de amor e
dedicação.
Os Mestres Ancensionados e as legiões angélicas atuam também como
amorosos intermediários entre o Divino e os Homens, pois apesar de termos
acesso direto com o pai, nossas orações não conseguem se elevar as esferas
superiores, quando oramos a *Deus, nossos apelos, são ouvidos e
respondidos pelos mestres e pelos anjos, pois são dele, todos mensageiros,
reforçam a energia contida na prece dos homens com suas próprias energias
para que as orações possam voltar em forma de ajuda àqueles que oram,
entretanto os mestres só podem interceder pela humanidade se houver um
pedido explicito e que tenha a consciência clara de que devemos trabalhar
pela nossa liberdade e seremos merecedores dos benefícios que os mestres e
anjos nos concedem.
A cada ser humano é concedido o livre arbítrio, faculdade que, além de
pessoal e intransferível, intocável e incapaz de sofrer qualquer modificação a
não ser pela disposição espontânea e voluntária do próprio detentor, ou seja, o
ser humano através do livre arbítrio, decide como quer viver, ser e estar,
felicidade, saúde, bem–estar a realização pessoal não são empreendimento
que dependam de mais alguém que não o homem e sua vontade, o homem e
seu livre arbítrio ou livre escolha, portanto não podemos e não devemos
responsabilizar ninguém, alem de nos mesmos, por todas as nossas
realizações ,sejam elas positivas ou negativas.
Compreendendo a LEI de CAUSA e EFEITO, agiremos melhor e mais
acertadamente, usaremos melhor nosso livre arbítrio e usando a ferramenta do
amor divino, rumaremos à perfeição, onde existe a liberdade e salvação dos
erros cometidos no passado.
Cada um de nós possui dentro de si uma personalidade salvadora que
manejada pelo livre arbítrio resgata o homem de suas dores e sofrimentos,
habilitando sua elevação acima das barreiras criadas pelo próprio homem por
decisão de sua livre vontade. Toda via, apesar de ter o homem, de executar
seu próprio resgate, apesar de ser o dono e responsável direto por sua
salvação (uma vez que ninguém salva a ninguém, mas cada um pode salvar a
si mesmo), podemos ser grandemente auxiliados pelos mestres, anjos e seres
da luz.
Muitos mestres têm encarnado nas diversas eras do mundo como mensageiros
ou enviados de *Deus, trabalhando para que cada ser atinja e realize seu plano
divino, assim: Moisés ainda reverenciado pelos judeus, o profeta Maomé,
mestres dos maometanos, Sidarta Gautama, o Buda e Jesus, o Cristo são
alguns destes mensageiros, que caminharam neste planeta e ainda hoje
continuam suas missões de amor e misericórdia pela humanidade.
Quando apelamos a *Deus, sempre somo ouvidos, não à prece sem resposta,
desde que o pedido seja procedente.
Presença “Eu Sou”
Somos depositários do poder divino, através da Presença Divina ”Eu Sou “
este é um poder que cura, aconselha, oferece amor, justiça e liberdade,
palavras com enorme força criadora, que quando pronunciada, necessitam ser
acompanhadas com sentimentos e pensamentos nobres, pois assim com
certeza estas se realizarão em nossas vidas.
Quando dissemos, por exemplo, “Eu Sou” minha plena realização profissional,
formamos um receptáculo daquilo que queremos ver realizado, as afirmações
precedidas com a palavra “Eu Sou”, pela repetição e convicção, passam a
integrar a nossa vida como realidade concreta, uma vez que a Presença
significa energia, vida, uma corrente pulsante e vivificadora.
O Mestre Jesus disse: “Eu reconhecia o Pai em mim como sendo o Poder que
realizava todos os milagres, por isso procurei mostrar o caminho aos homens o
caminho para que pudessem participar, de forma natural, da faculdade e
energia divina existente em seu intimo, cada indivíduo precisa reconhecer,
cedo ou tarde, a presença EU SOU, que vem a ser apropria força vital”.
É importante ressaltar que quando digo: “EU SOU”, estamos nos referindo não
ao nosso eu individual, falível e mortal, mas à Essência Divina (*Deus),
presente em nosso interior; estamos fazendo menção ao nosso eu imortal. Á
presença manifesta do poder e força divina, que sustenta e alimenta a vida,
tanto que quando esta presença, o “EU SOU”, se retira pelo desenlace do
cordão de prata, que une nosso corpo físico ao nosso corpo espiritual,
entramos no estado, chamado morte material, ou morte física.
OS 7 MESTRES DOS 7 RAIOS
Cada mestre trabalha associado a uma “potência” espiritual, ligado a uma
determinada “Chama”, também conhecida como “Raio”, este “Raio” ou
“Chama”, se manifesta na matéria com uma cor e força especifica, os Mestres
dos 7 Raios é um grupo que trabalha pelo bem da terra e para o despertar
espiritual do homem.
CARGOS HIERÁRQUICOS DA GRANDE FRATERNIDADE BRANCA
Chefe da Hierarquia Divina é O SENHOR DO MUNDO, seu trabalho consiste
em chefiar a hierarquia espiritual como a mais alta autoridade em todos os
assuntos de natureza transcendente, recebe as energias irradiadas pelo
Cérebro de Deus e as transmite generosamente para os instrutores do
mundo e os senhores do karma.
Até 1956, por milhões de anos, este cargo foi ocupado por: SANAT KUMARA,
(Mestre vindo do planeta Vênus), então em 31 de dezembro de 1956, vários
outros da hierarquia celeste subiram de posto, o atual SENHOR DO MUNDO é
o Príncipe GAUTAMA, que foi o BUDA por centenas de anos.
BUDA DA EVOLUÇÃO: Responsável pela manutenção da chama divina em
cada coração humano, cargo ocupado, hoje por SENHOR MAITREYA, que foi
o instrutor do mundo, ou cristo cósmico até 1956, assumiu o lugar do Príncipe
Gautama, sendo então atualmente o Buda, seu trabalho consiste em irradiar e
manter o amor divino na alma humana, enquanto ela estiver encarnada,
período em que precisa de desenvolvimento e amadurecimento, o BUDA
transmite ao planeta Terra as vibrações e fundamentos essenciais do reino de
Deus ás almas humanas, para que estas não se sintam desamparadas e sem
apoio das forças celestes.
O senhor MAITREYA, foi instrutor dos mestres Kuthumi e Jesus, antes destes
assumirem o cargo:
INSTRUTOR DO MUNDO ou CRISTO CÓSMICO, atualmente ( desde 1956), o
Mestre KUTHUMI e o Mestre JESUS, ocupam o cargo de Instrutor do Mundo,
anteriormente ocupado pelo Senhor MAITREYA, que ascendeu a posição de
Buda. O trabalho de Instrutor do mundo consiste em erguer os seres da Terra,
aos raios do Buda através do desenvolvimento de suas consciências, esta
elevação impulsionará a evolução planetária, o instrutor do mundo é quem
arquiteta e orienta as religiões e o uso da energia divina por um período de
aproximadamente 14 mil anos.
MAHA CHOHAN (GRANDE DIRETOR), cargo ocupado por Paulo Veneziano,
representa o Espírito Santo para o planeta Terra, depois temos na ordem
sucessiva os CHOHANS (DIRETORES) DOS SETE RAIOS, com as atividades
que citamos no inicio deste, e então servindo em seus respectivos raios temos
os GRANDES ARCANJOS (em número de 7) e os setes GRANDES ELOHIM,
todos formam os autênticos arquitetos da Terra. Obs.: estes cargos não são
definitivos, podendo haver alterações.
Tabela Geral – os Sete Raios e seus Diretores (Maha Chohan)
Mestre Chama Dia da
semana
Dia/ Raio associação
EL MORYA Azul Domingo Primeiro Raio Chama do poder
da criação
Lanto* Dourada segunda-feira Segundo
Raio
Chama da
sabedoria
Rowena* Rosa terça-feira Terceiro Raio Chama do amor
divino
Seraphis Bey Branca quarta-feira Quarto Raio Chama da pureza
Hilarion Verde quinta-feira Quinto Raio Chama da
verdade e da
cura
Nada* Rubi-
Dourada
sexta-feira Sexto Raio Chama do servir
à Deus
Saint
Germain*
Violeta Sábado Sétimo Raio Chama da
transmutação e
liberdade
*- Trabalham também na energia da Chama Dourada: mestres Kuthumi, e
mestre Buda
*- Trabalha também na energia da Chama Rosa, Paulo Veneziano (Grande
Diretor da Fraternidade Branca)
* - Trabalha também nesta energia da Chama Rubi, mestre Jesus e Mãe Maria
*- Trabalha também nesta energia da Chama Violeta, mestra ascensionada
Kwan Yin e Portia.
Características das pessoas afinadas com o :
Dia/Raio
Mestre
Ascensionado Dia da Semana Características
Primeiro Raio El Morya domingo
Liderança, chefia,
grande capacidade
de ação, energia
ilimitada
Segundo Raio Lanto segunda-feira
Ensino, doutrinação
com compreensão,
bondade e bom
senso. Pregadores
Terceiro Raio Rowena terça-feira
Amor à beleza,
adoração,
fraternidade com
delicadeza e
compaixão
Quarto Raio Seraphis Bey quarta-feira
Perseverança,
busca de elevação,
artistas em geral.
Quinto Raio Hilarion quinta-feira
Dedicação especial
ao mundo cientifico,
médicos,
pesquisadores,
cientistas,
curandeiros,
agentes de cura
Sexto Raio Nada sexta-feira Sacerdotes,
ministros, pastores,
e pessoa com
grande
religiosidade,
prestando serviço a
humanidade com
amor.
Sétimo Raio Saint Germain sábado
Grande amor,
trabalho, invejável
em prol da
liberdade pessoal,
comunitária e
planetária
Juntamente com os mestres trabalham também ELOHIMS e Arcanjos como
segue tabela abaixo:
Mestre El Morya Elohin: Hércules/Amazon* Arcanjo Miguel*
Mestre Lanto
Elohin:
Cassiopéia/Minerva*
Arcanjo
Jofiel/Constantina*
Mestra Rowena Elohin: Órion / Angélica* Arcanjo Samuel/ Charity*
Mestre Seraphis Bey Elohin: Claire/ Astrea* Arcanjo Gabriel*
Mestre Hilarion
Elohin:
Vista(Ciclope)/Crystal* Arcanjo Rafael*
Mestra Nada
Elohin: Tranquilitas/
Pacifica*
Arcanjo Uriel /Donna
Graça*
Mestre Saint Germain Elohin:Arcturus /Diana
Arcanjo
Ezequiel/Ametista*
*- Hércules/Amazom, ensinam a fazer uso do poder.
Arcanjo Miguel, trabalha com a proteção e libertação pela fé.
*- Cassiopéia/ Minerva, ensinam a fazer uso da sabedoria.
Arcanjo Jofiel e Constantina, trabalham na iluminação.
* - Órion/Angélica e arcanjo Samuel/Charity, ensinam o desprendimento e o
perdão através do amor.
*- Claire/ Astrea ensinam a purificação
Arcanjo Gabriel, é o mensageiro de Deus.
*- Vista (Ciclope) com o olho divino que tudo vê, ensina concentração; e Crystal
ensina a limpeza e a purificação para receber a verdade.
Arcanjo Rafael, trabalha com a cura e a dedicação ao aprender.
*- Tranquilitas/ Pacifica , Uriel e Donna Graça, ensinam a viver em paz e
equilíbrio.
*- Arcturus/Diana e Arcanjo Ezequiel e Ametista, trabalham desembaraçando
as situações, trazendo alivio e libertação.
Observação sobre os Elohins: “São as forças que atuam no plano mental, para
nos ajudar na libertação de nossas idéias e das crenças limitantes que nos
cercam, logo atuam no mundo dos pensamentos e estão a serviço das
diferentes Chamas. A eles pedimos esclarecimentos, pois uma mente
esclarecida é o canal para a nossa libertação”.
MESTRES e anjos regentes de cada dia: Ler o livro: 7 raios.
Os sete Mestres – maria Helena Orlovas
Gráfico explicativo
Astral superior
7º camada, 6º camada e 5º camada : Zonas Luminosas
Seres iluminados, isentos das reencarnações. Cumprem missão no planeta-
estão se libertando deste planeta, muitos são ou estagiarão em outros
planetas.
4º camada : Zona de Transição
Espíritos elevados, que colaboraram com a evolução de seus irmãos menores,
há neste espaço, os mundos de regeneração e aprendizagem para novas
reencarnações, morada dos socorristas, e trabalhadores da luz.
3º camada, 2º camada e 1º camada: Zonas fracamente iluminadas.
A maior parte dos homens que desencarnaram no planeta, estão em reparação
e aprendizagem para novas reencarnações, aqui trabalham os socorristas.
Superfície e Astral Inferior : Homens encarnados.
7º camada, 6º camada e 5º camada: Zona subcrostal Superior
Zona das Sombras
Zona “purgatorial” e de trabalhos regeneradores - área em que trabalham Exus
trabalhadores da luz, socorristas.
4º camada: Zona de Transição
Entre sombras e trevas, zona dos seres revoltados e dementados, aqui
também trabalha Exús.
3º camada: Zona subcrostal Inferior
Zona das Trevas
Zona de seres insubmissos e ostensivos a Lei Divina, vivem Magos do Mal
que se agrupam para atacar a Luz.
2º camada e 1º camada : Zona subcrostal Inferior
Zona das Trevas
Zona de seres insubmissos e ostensivos a Lei Divina, vivem Magos do Mal
que se agrupam para atacar a Luz.
Linha da Quimbanda – linha de Exu-
PRECE DE EXU
Sou EXU, Senhor. Pai permite que assim te chame, pois, na realidade, Tu o és,
como és meu criador. Formaste-me da poeira ástrica, mas como tudo que
provém de Ti, sou real e eterno. Permite Senhor, que eu possa servir-te nas
mais humildes e desprezíveis tarefas criadas pelos teus humanos filhos.
Os homens me tratam de anjo decaído, de povo traidor, de rei das trevas, de
gênio do mal e de tudo o mais, em que encontram palavras para exprimir o seu
desprezo por mim; no entanto, nem suspeitam que, nada mais sou, do que o
reflexo deles mesmos. Não reclamo, não me queixo, porque esta é a Tua
Vontade. Sou escorraçado, sou condenado a habitar as profundezas escuras
da terra e trafegar pelas sendas tortuosas da provação.
Sou invocado pela inconsciência dos homens a prejudicar o seu semelhante.
Que tentam me usar como instrumento para aniquilar aqueles que são odiados,
movido pela covardia e maldade humanas sem, contudo poder negar-me ou
recorrer. Pelo pensamento dos inconscientes, sou arrastado a exercer a
descrença, a confusão e a ignorância, pois esta é a condição que Tu me
impuseste. Não reclamo Senhor, mas fico triste por ver os teus filhos que
criaste à Tua imagem e semelhança, serem envolvidos pelo turbilhão de
iniqüidade que eles mesmos criam e, eu, por Tua lei inflexível, delas tenho que
participar. No entanto, Senhor, na minha infinita pequenez e miséria, me sinto
grande e feliz, quando encontro em algum coração, um oásis de amor e sou
solicitado a ajudar na prestação de uma caridade. Aceito, sem queixumes,
Senhor, a lei que, na Tua infinita sabedoria e justiça, me impuseste, a de
executor das consciências, mas lamento e sofro mais porque os homens até
hoje, não conseguiram compreender-me. Peço-te, Oh, Pai infinito que lhes
perdoe. Peço-te, não por mim, pois sei que tenho que completar o ciclo da
minha provação, mas por eles, os teus humanos filhos. Perdoa-os, e torna-os
bons, porque somente através da bondade do seu coração, poderei sentir a
vibração do Teu amor e a graça do Teu perdão.
Exu Tiriri
A Quimbanda, é uma linha paralela á Umbanda, pode se dizer então; que ‘tudo
“é Umbanda, são linhas que se completam, que caminham juntas, uma não
existe sem a outra, uma é a paralela ativa, outra a paralela passiva,
esotericamente, entendesse que a paralela ativa seja Umbanda, e a paralela
passiva é a Quimbanda, na verdade tudo faz parte da Umbanda, inclusive a
Quimbanda , onde atuam os Exus. Isto faz com que se conclua que todo o
espirito que recebe a denominação de Exu atua na Quimbanda, portanto são
Exus da Umbanda, Exus da Lei.
( é importante não confundir eguns, zombeteiros, e mistificadores, com Exus).
Origem
No inicio, o baixo astral era povoado por seres negativos, muitos vindos de
outras dimensões, ou planetas, com a crescente involução do planeta, ou seja,
guerras, racismo, perseguições etc., com o aumento dos sentimentos
negativos, ódios, raiva inveja etc., esta fileira foi aumentando.
No caso especifico da linha da Quimbanda, acredita se que no caso dos Exus
trabalhadores da faixa chamada Umbanda, a Quimbanda , começou como
Quiumbanda, ou kiumbanda, originou-se das batalhas, das perseguições
travadas pela ganância, exemplo, a Pagelância , culto aos ancestrais, e rituais
praticados pelos índios, que foram perseguidos pelos brancos, que invadiram (
eles dizem que descobriram), suas terras, os negros africanos, (candomblé)
perseguidos pelos brancos, que os escravizaram, tirando-os de sua terra
amada, onde muito eram Reis, fortes guerreiros valentes, sacerdotes de suas
Religiões e seitas; os brancos por sua vez, sentiam-se ameaçados, e
melhores que as outras duas raças.
Estes quando desencarnavam, cheios de ódios, e sentimentos de vingança,
não conseguiam enxergar nada além de sua sede de vingança, foram de
juntando no baixo astral, ganhando forças, no ódio crescente na terra,
formando assim uma corrente negativa, a chamada Kiumbanda, com o passar
do tempo, esta fileira continuou a ser engrossada por todo aquele que se
julgava “mau”, não merecedor da Luz.
Mais tarde por influência do Astral Superior, e seus incansáveis trabalhos na
busca da evolução destas almas, formou-se a Quimbanda, onde aqueles que
aceitaram, a luz, ou a busca por esta luz, começaram a trabalhar nos ajustes
dos karmas, seus e de outras almas, também foi “colocado” no meio destes,
almas mais evoluídas para que pudessem orientá-los , e assim, separou as
correntes, a quimbanda ou Kimbanda, é formada pelos Exus, trabalhadores da
luz, ou seja seres que aceitaram ajuda, e que buscam evolução ,( e de todo
não eram tão maus assim, como acreditavam) mas não estão fora da Lei de
ação e reação, tudo que fizerem lhes é cobrado, bem como quando estão em
trabalho na Umbanda, estão sobre os olhos da Lei, assim como todos nós.
A linha de Exus é uma linha independente, assim como Ibeji,(Yori-crianças),
mas engloba-se no Plano número 1 da Umbanda, através do qual tem acesso
aos planos positivos, por mérito e evolução, conseguidos através do trabalho
junto a humanidade
Exu é a Polícia de Choque da Umbanda, é quem cobra na hora e também é
quem tem maior ligação com os seres encarnados. Existem três tipos de Exu, a
saber:
EXU PAGÃO
EXU BATIZADO
EXU COROADO
EXU PAGÃO: é aquele que não sabe distinguir o bem do mal, trabalha para
quem Pagar mais. Não é confiável, pois se pego, é “castigado” (reprendido)
pelas falanges do Bem, então volta-se contra quem o mandou.
EXU BATIZADO: Ë todo aquele que já conhece o Bem e o Mal, podendo (se
quiser) praticar os dois Conscientemente, são os capangueiros ou empregados
das entidades, de acordo com o Serviço prestado evoluem na prática do bem,
porém conservando suas forças de cobrança, muito influenciados pelas
pessoas, e local em que trabalham, ou seja, como sabem distinguir entre o
bem e o mal, são cobrados pela Lei do Livre Arbítrio, as pessoas deveriam
ajudá-los, a só fazer o bem. Aqui estão os exus que trabalham no Raios de
luz.
EXU COROADO: é aquele que após grande evolução como empregado das
Entidades
Do Bem, recebem por mérito, a permissão de se apresentarem como,
elementos das linhas positivas, Caboclos, Pretos Velhos, Crianças, Oguns,
Xangôs e até Como Senhoras, ou seja, evoluem a um nível mais alto.
Elemento e força da natureza: Fogo
Dia da semana: Segunda-feira
Chacra atuante: Básico ou Sacro
Planeta regente: Saturno e Plutão
Nota musical: Dó
Cor vibratória: Vermelho (totalmente), variando a tonalidade de acordo com sua
evolução.
Cor representativa: Vermelho e preto, Branco e preto, Preto e Amarelo
(dependendo da evolução ou da linha que atua)
Cor do colar (guia): Vermelho e preto, Branco e preto, Preto e Amarelo, como
acima
Saudação: Aruê-Exu, Arô-Exu ou Laroiê-Exu, Alupô Exu, e na linha da
Umbanda, Arubandê Exu
Negativo: Quiumbas
Comida oferecida: Carne de Porco ou de boi crua, cabrito, galinha preta (não
na nossa linha, de Umbanda Esotérica), farofa com azeite de Dendê, pimenta
da costa, pipoca sem sal e sem açúcar, Banana d’água, milho torrado, e batata
assada, só por fora.
Bebidas: Cachaça para os Exus homens e champanhe ou anis para os Exus
femininos, ( Pomba Giras)
Local de entregas: encruzilhadas, cemitérios, praias, lodo, pedreiras,
entretanto, na Umbanda Esotérica, procura-se evitar estes locais, indo só em
último caso, prefere-se, “ criar” seu próprio cruzeiro, em locais limpos, ainda
não trabalhados por outros. Etc...
A SABER:
As Encruzilhadas são utilizadas para a entrega de agrados ou descargas, na
forma seguinte:
Encruzilhadas abertas: Para todos os Exus (indistintamente) ╬
Porteira de Currais, ou de fazendas: Exu das 7 Porteiras.
Encruzilhadas em "S" ou curvas: Exu Tira Teima
Encruzilhadas em pé de galinha: Pomba Gira ( em geral) ╦
Encruzilhadas de estrada de ferro: Maria Padilha ╪
Encruzilhadas de caminho do mato: Maria Mulambo
NOTA: Nas curvas em S nunca se caminha pelo lado do ângulo da curva.
Nunca se deve atravessar as encruzilhadas em diagonal, principalmente as de
dentro do cemitério. Ao utilizar-se uma porteira de curral ou fazenda, entra-se
pelo lado direito e sai-se pelo esquerdo.
Obs: sobre Cor representativa e colares (guias) *
Vermelho e Preto: Para todos os EXUS de encruzilhadas.
Preto e Branco: Para todos os EXUS com chefia, independente do local a que
pertença. (fica a critério do Exu)
Preto e Amarelo: Exclusivas para os EXUS da Calunga Pequena (Cemitério),
também a critério do Exu, pois os dos cemitérios preferem muitas vezes,
colares de ferro, da cor prata, ou colares de contas pretas.
EBÓ
É muitas vezes entendidos como a comida, entretanto também se chama de
Ebó,
o descarte das coisas desnecessárias.
Exemplo: Restos de matanças, restos de amalás, ervas, cera, enfim materiais
usados para descarregar bem como os utilizados pelos Exus, como restos de
bebidas, cigarros etc... Entre eles costumam disser: “Levantar Ebo”, que levar
todas as energias nocivas.
Exu Feminino são conhecidos como Pomba-gira ou Bombogiras.
Na Umbanda Esotérica, os Exus são vistos, como Os Agentes da Magia
Universal, os Executores da Justiça Karmica, o Orixá Telúrico.
Trabalham fazendo as “cobranças” que as entidades, mandam ser
executadas, assim não são” maus”, são apenas cobradores da Luz, ou seja,
cumprem ordens.
Orixá Telúrico
Essa vibração existe como intermediário como concretizador dos idealizadores,
que são os Orixás, no mundo das formas físicas e astrais, exu interfere no
mundo físico e astral, no mundo mental essa interferência fica a cargo dos
orixás que manipulam energias mais sutis.
Exu não é bom nem ruim, é apenas exu, mas uma coisa é certa: exu não é
mau. hoje na Umbanda eles exercem uma função de regulador, é o
termômetro das condições astrofísicas do planeta, todo o emocional, todos os
instintos, todas as paixões, é isso que exu manipula, essas são suas
demandas, neutraliza aqueles que se afinizam com os planos mais baixos.
Ouve se também dizer: que exu tem 2 cabeças, querendo significar que exu
tem um lado que trabalha para o mal e outro para o bem, na Umbanda
Esotérica, isto não faz, sentido, pois, teria que se acreditar que quando as
entidades do bem vão embora , deixam os Exus para fazer o serviço “sujo” ou
seja o mal.
Exu não é dúbio, pois se num espaço um orixá/caboclo “desce” para fazer
caridade, como permitiria que exu baixasse e fizesse o mal, a lógica, o bom
senso e a razão nos fazem refutar estas idéias.
Mas, vale lembrar, estes são espíritos em evolução, claro que se são aceitos
como trabalhadores ou intermediários dos orixás, é porque têem noção do
certo ou errado, quando fazem qualquer ato que esteja em desacordo com a
Lei, também são enquadrados na Lei da c
Causa e Efeito, e do livre arbítrio, prejudicando, sua evolução, bem como a de
quem lhes solicitou o feito.
Os Exus manipulam os elementos e as energias, as quais os orixás são
senhores.
Vibração na energia eólica, e se expressam através do vapor, criando com este
elemento sua veste etérica.
A energia espiritual que é setenária se expressa como energia espiritual
masculina e energia espiritual feminina, formando assim a energia etérica, que
propiciou a formação de tudo em moldes, porque antes de existir o físico,
existia o astral (arquétipo), na verdade tudo que existe no plano físico é uma
cópia mais ou menos grosseira do protótipo astral.
Na umbanda esotérica o conceito de exu não é o mesmo que existia no meio
umbandistas e cultos afins, o conceito de exu deixara de ser ligado a figura do
Diabo, do demônio ou de outras aberrações, que se imunem de capa preta,
tridentes e outros apetrechos para fazer o mal, usando o álcool, galo preto,
baixos pensamentos, fazendo uso de palavreados não condizente com os
princípios da Umbanda.
Para os verdadeiros umbandistas da atualidade exu é Agente da Magia
Universal, executor da justiça Kármica, orixá telúrico, nas zonas condenadas
do cosmo, tinham barreiras vibratórias e também tinham guardiões, enviados
dos orixás.
No sistema solar relativo ao planeta terra esses 7 guardiões da luz para
sombras, através da misericórdia do Cristo (Oxalá), arrebanharam vários,
milhares, milhões de “marginais” e os colocaram na roda das reencarnações,
visando restabelecer-lhes o equilíbrio a muito perdido. Muitos deles, após
reencarnarem dezenas de vezes, recuperaram esse equilíbrio, sendo logo
atraídos ou chamados a trabalhar dentro da faixa vibratório afim aos 7
guardiões da luz para sombras, visando recuperar-se definitivamente, perante
as leis universais, assim é que, das noites escuras da insubmissão e do erro,
surgem no plano astral do planeta Terra, atraídos que foram pelos 7 guardiões
da luz para sombras (conhecidos como os Arcanos), aqueles que seriam os
Agentes da Justiça ou disciplina kármica-Exu, que firmou a suas forças nas 7
encruzilhadas, que são os caminhos do seu Reino (os 7 entre-cruzamentos
vibratórios ou as linhas de forças que se entre-cruzam), assim surgiram no
planeta os Exus, espíritos em evolução, dentro de certas funções Kármica, o
karma como sabemos tem reajustes e cobranças estas são feitas pelos exús
que fazendo cooperam pelo equilíbrio da lei, equilibrando também suas
próprias necessidades perante essa mesma lei.
Os 7 Exús de “Cabeça” (chefe de legiões):
EXU 7 ENCRUZILHADA –
EXU TRANCA RUA
EXU MARABÔ
EXU GIRA MUNDO
EXU PINGA FOGO
EXU TIRIRI
EXU POMBA GIRA – 7 Encruzilhada
Esses Exus denominados Coroados formam a Coroa da Encruzilhada. São
coroados, pois são os mais elevados dentro da Hierarquia dos Exus, ditos
guardiães.
Os 7 Exus Guardiães Cabeças de Legião comandam um verdadeiro exército,
dividido em planos, subplanos, grupos, subgrupos e colunas.
Operam nos serviços terra- a –terra.
Os Exus que coordenam todo esse movimento de plano a plano, além dos
subplanos da Quimbanda, são os cabeças de legiões, que são os, realmente,
qualificados como Exus da Coroa.
São como dizemos anteriormente a policia de choque, que fiscaliza e freia o
submundo astral, como vemos e ainda veremos mais, não são espíritos
irresponsáveis, maus e trevosos, os verdadeiros maus e trevosos são aqueles
que eles arrebanham , controlam e fream.
Esses, são os Exus Coroados, formam a corrente das 7 encruzilhadas. Estes
por serem os mais elevados formam são os componentes da Cúpula dos Exus,
ditos Guardiões. Receberam a “coroa do compromisso” de serem os Agentes
da Justiça Kármica e Agentes da Magia Cósmica.
Estes comandam um verdadeiro exercito, dividido em planos, subplanos,
grupos, subgrupos e colunas.
Na verdade, a Coroa da Encruzilhada é formada por 49 Exus, os quais se
dividem ou entrosam dentro das 7 Vibrações Originais ou 7 Linhas.
Estes são os ‘batedores “do orixá guerreiro e executor da justiça karmica
Ogum, são as 7 vibrações originais dos Exus, estes são chamados Exus
Cósmicos.
Exus Cósmicos: Exus que estão isentando-se das funções karmicas, estes
estão no 3º ciclo, ou seja, ciclo da Libertação, pois ainda há os de 2º ciclo, e de
1º ciclo.
Os Exus Cósmicos servem diretamente aos orixás:
Exu 7 Encruzilhadas serve direto a Oxalá-
Exu Tranca Rua serve direto a Ogum
Exu Marabô serve direto a Oxóssi
Exu Gira-Mundo serve direto a Xangô
Exu Pinga - Fogo serve direto a Yorimá
Exu Tiriri serve direto a Yori.
Exu Pomba - Gira serve direto a Yemanja.
Cada um desses chefes coordena mais 7 chefes de Legiões, os ditos Exus da
Lei ou dentro de cada linha, um deles, o primeiro está ligado a um Exu
Cósmico.
Organograma da Hierarquia dos Exus cabeças de Legiões:
VIBRAÇÃO ORIGINAL DE OXALÁ.
EXU CÓSMICO DE OXALÁ – 7 ENCRUZILHADAS-
1-Exu Guardião 7 Encruzilhadas-Comando da linha
2- Exu Guardião 7 Pembas-
3 - Exu Guardião 7 Ventanias-
4- Exu Guardião 7 Poeira
5- Exu Guardião Chaves
6- Exu Guardião Capas
7- Exu Guardião 7 cruzes
VIBRAÇÃO ORIGINAL DE OGUM
EXU CÓSMICO DE OGUM – TRANCA- RUAS
1-Exu Guardião Tranca- Ruas-
2- Exu Guardião Tranca-Gira
3 – Exu Guardião Tira - Toco
4- Exu Guardião Tira-Teima
5- Exu Guardião limpa-trilhos
6- Exu Guardião Veludo
7 - Exu Guardião Porteira
VIBRAÇÃO ORIGINAL DE OXOSSI
EXU CÓSMICO DEOXOSSI – MARABÔ
1-Exu Guardião Marabô
2- Exu Guardião das Matas
3 - Exu Guardião Campina
4- Exu Guardião Capa-Preta
5- Exu Guardião Pemba
6- Exu Guardião Lonan
7 - Exu Guardião Bauyru
VIBRAÇÃO ORIGINAL DE XANGÔ
EXU CÓSMICO DEXANGO – GIRA-MUNDO
1-EXU GUARDIÃO GIRA-MUNDO- Comando da linha
2- Exu Guardião da Pedreira
3 – Exu Guardião Corcunda
4- Exu Guardião Ventania
5- Exu Guardião Meia- Noite
6- Exu Guardião Mangueira
7 - Exu Guardião Quebra-Pedra
VIBRAÇÃO ORIGINAL DE YORIMA
EXU CÓSMICO DE YORIMA – Pinga- Fogo
1-Exu Guardião Pinga-Fogo- comando da linha
2- Exu Guardião Brasa
3 – Exu Guardião Come- Fogo
4- Exu Guardião Alebá
5- Exu Guardião Bara
6- Exu Guardião Lodo
7 - Exu Guardião Caveira
VIBRAÇÃO ORIGINAL DE YORI
EXU CÓSMICO DE YORI – TIRIRI
1-Exu Guardião Tiriri- comando da linha
2- Exu Guardião Mirim
3 – Exu Guardião Toquinho
4- Exu Guardião Ganga
5- Exu Guardião Lalu
6- Exu Guardião Veludinho da Meia - Noite
7 - Exu Guardião Manguinho
VIBRAÇÃO ORIGINAL DE YEMANJÁ
EXU CÓSMICO DE YEMANJA– POMBA – GIRA 7 ENCRUZILHADAS
1-Exu Guardião Pomba Gira 7 Encruzilhadas - comando da linha
2- Exu Guardião Pomba-gira Maria Padilha- representa linha das Almas.
3 – Exu Guardião Maré –
4- Exu Guardião Má-Cangira
5- Exu Guardião Carangola-
6- Exu Guardião Naguê ou Gererê
7 - Exu Guardião Pomba-gira Maria Mulambo
Esses são os 49 Exus chefes de Legiões, devemos entender que os mesmos
são também chamados EXUS de 3º ciclo ou de Libertação.
E que cada um desses 49 Exus comandam um exercito de outros
trabalhadores, que tem seus comandantes, sub-comandantes, chefes, sub-
chefes etc.
A Hierarquia dos Exus é igual à do plano da Umbanda, assim afirmamos que “o
que está em baixo é semelhante ao que esta em cima.” Assim , os Exus do 3º
ciclo compõem-se , segundo a Hierarquia , como Exus dos Orixás, Guias e
Protetores. Todos esses Exus são ditos Exus de Lei ou mesmo Coroados,
Batizados, Estrelados e mesmo Cruzados, de acordo com a função que
ocupam dentro da Legião a que pertençam.
Obs: seu Zé pilintra trabalha na linha de Ogum, e de Iansã.
Só para relembrar:
A Umbanda esotérica tem como pedra angular sobre o plano oposto, ou
Quimbanda, que 7 são os Exus que compõem a chamada Coroa da
Encruzilhada ou Cúpula dos Exus Guardiões, vimos também que estes são A
Policia de choque , que tem como função frear, controlar , os elementos do
submundo astral ou baixo astral e de executar as Leis karmicas perante os
seres espirituais, são os batedores de Ogum.
Quando falemos em Encruzilhadas, estamos nos referindo, a entre-
cruzamentos vibratórios das linhas de força ou correntes elementos da
natureza, (fogo, água, terra, ar) onde os Exus são chamados a atuar,
manipulando-as para diversos fins, no sentido popular passaram a serem
encruzilhadas, caminhos que se cruzam, nos quais se depositam oferendas
aos vulgarmente chamados “ compadres” “homens da encruza” , no entanto
esta foi mais uma deturpação, trazida pela ignorância.
O que antes era normal, entregara oferendas, nas encruzilhadas, na certeza
de que estas seriam recebidas pela vibração dos Exus de verdade, hoje , já
não é mais seguro, pois , estas em sua maioria já foram tomadas, pelos, seres
doentes, perturbados do baixo astral.
Entenda-se :
Os Exus coroados, (linha da libertação) que estendem seus comandos aos
Exus Batizados ou Estrelados e esse, por sua vez, comandam os Exus
cruzados.
Os Exus citados são intermediários ou emissários da luz para as sombras,
onde se dividem em 3 ciclos, de onde promovem comandos, subcomandos,
chefia, subchefias, através das legiões, falanges, grupos e colunas.
Das sombras para as trevas há os Exus Pagões ( 1º ciclo), os quais arrebatam
os Kiumbas, chamados “ rabos da encruza” e de toda sorte de almas aflitas,
penadas, desesperadas e revoltadas.
Exus das Almas, muito é falado na Umbanda dos Exus das almas, ainda não
se tem um conceito formado sobre esta linha. Na verdade eles existem e
trabalham também dentro de funções karmicas bem definidas, não sendo,
como muitos crêem emissários de satanás, ou dêem o nome que quiserem ao
ser que comanda o mal. Apesar de haver discordância no meio umbandista,
nós cremos que os Exus das almas, trabalhem com Omulu, que é conhecido
como uma entidade que governa os cemitérios, chamado senhor da Morte,
acreditamos que os Exus das almas, trabalham na orbita dos cemitérios, são
aqueles que trabalham ou manipulam energias livres,
(Exus de 2º ciclo), como energias livres entendemos, toda a transformação de
matéria em que há libertação de energia.
A matéria física transformando-se em matéria astral,libera energia física ou
produz resquícios de energia. A morte física ao liberar o corpo astral do corpo
físico, o denso do etérico, libera energia, sendo que estas energias são
transformadas ou armazenadas para serem usadas pelos Exús das Almas, se
não forem transformadas ou armazenadas serão utilizadas por entidades
malfazejas, nas mais diversas formas, entenda-se: muitos espíritos
desencarnados andam em busca de sensações e energias livres que lhe
sustentem seu desejo e seus objetivos escusos. São espíritos vampiros de
aspecto horripilante que aterrorizam várias criaturas não acostumadas com
suas infelizes manifestações, estes seres estão sendo próximos dos cemitérios
ou dentro deles ou nos matadouros, nos açougues, nas casas de prostituição,
nas casas noturnas onde há vários vícios, tais como: tóxicos, álcool e
exacerbação da luxúria. Não fica difícil perceber que nas encruzilhadas de
ruas, onde há uma concentração de correntes mentais as mais disformes
possíveis, coaguladas e condensadas eles também orbitam em busca de
satisfazer seus desejos e necessidades mórbidas. Eis, pois, uma real interdição
de se fazer às oferendas ritualísticas aos Exú Guardião nessas encruzilhadas
de ruas, onde passam transeuntes de todas as matizes e estirpes espirituais,
sejam encarnados ou não.
É por isso, que as entidades costumam chamar de portas cruzadas, pois, são
portas de entrada como de saída para as mais baixas regiões do sub mundo
astral, são também, nessas portas que se abrem ao que há de mais de escuso
em forças e serem que orbitam no cemitério, estes são os chamados Kiumbas,
que estão a mando de verdadeiros Magos Negros. Estes Kiumbas espíritos
velhacos e trapalhões, marginais que arrebanham as almas penadas, aflitas e
desesperadas aos quais vão engrossar a falange maldita de ódio e de revolta,
são coordenadas por verdadeiros Magos Negros, os quais mantêm verdadeiros
exércitos, que atacam as criaturas humanas, que com eles se sintonizam ou se
afinizam através dos mesmos sentimentos, desejos e ações nefastas.
É contra estes seres que atuam os Exús das Almas, comandados por Exús de
Lei, os Exús de Lei estendem seu comando e vibratória a estes Exús que são
chamados cruzados, são chamadas das almas em virtude de lidarem com
almas e suas emanações, em verdade todos estes Exús são valorosos
guardiões das sombras para as trevas, sendo muito deles chamados de
agentes do Exú Caveira.
O Exú Caveira - não é somente um Guardião de Lei com funções definidas,
suas correntes de ação são pesadíssimas, não é pois, aconselhável invocá-lo,
sem a intermediação ou autorização de uma entidade superior que sabe como
faze-lo, ou por um médium de fato e de direito, isso se estende à todos os Exús
de sua faixa, principalmente de seu sub-planos, tais como Exú Cruzeiro, Exú
Calunga, Exú 7 Catacumba, Exú Tridente e outros.
O Exú Caveira é auxiliado pelo Exú Tranca Rua das almas ao qual é o elo de
ligação entre a encruzilhada de Lei (entenda-se entre-cruzamentos vibratórios
dos Orixás ) e o campo do pó (entenda-se entrecruzamentos vibratórios
humanos, de correntes de pensamentos pesados, que orbitam invariavelmente
no campo do pó ou cemitério).
É completamente errôneo atribuir ao Exú Caveira certos trabalhos de magia
negra feitos no cemitério, o que ocorre é que seus sub- planos vez por outra
são subornados deixam passar em branco ou até ajudam certos Magos Negros
desencarnados e mesmos encarnados em seus trabalhos do mal feito com
energias livres e deletérias dos cemitérios, manipuladas por esses “caudas” de
sub-grupos (1º. Grupo) os quais, quando são repreendidos, são enviados a
certas zonas do astral inferior, onde estacionam através de profundo transe
hipnótico, promovido pelos comandantes do exército do Exú Caveira, que lhes
manipulam a tela mental visando equilibrar emoções e sentimentos, isto pode
levar séculos, sendo assim não é nada fácil e nada de irresponsável o trabalho
ou função do Exú Caveira e sua corrente.
A saber; o Exu Caveira raramente se apresenta clarividência e quando o faz
não é uma forma de esqueleto ou uma caveira.
Não podemos deixar de citar, que quem pratica as ações maléficas, não são os
Exús de Lei, mas sim, os marginais do astral os quais são combatidos e
frenados pelos verdadeiros Exús. Assim, carecem maiores fundamentos dos
Filhos de Fé que os invocam para fazer o mal, visando atingir outro ser, que em
verdade recebe oferendas, como carnes sangrentas, regadas a álcool e outras
nojeiras nas encruzilhadas de ruas ou mesmo nos cemitérios, não são os
verdadeiros Exús de Lei e sim os Exús Pagões e Kiumbas, ambos linhas de
frente dos Magos Negros, esses quando são “pegos” pelos Exus da Lei são
enviados à um cárcere astral que os impede de reencarnar pois, estes estão
sedentos das sensações humanas que precisam esgotar, esses Exús Pagões
e Kiumbas são alimentados pelos baixos desejos e paixões desenfreadas das
criaturas humanas, no entanto, quando estes conseguem permitir serem
ajudados, são enviados a Iansã, para que com sua força eólica e ígnea, em
forma espiralada os “esgotem”das energias mais grosseiras, de forma a serem
encaminhados a outra etapa de evolução. Não são como os Exús de Lei que
tem função Kármica até no reencarne.
No plano astral em sua zona de transição, encontra-se o ser espiritual que
desencarna no planeta Terra, salvo raríssimas exceções, o túnel de triagem e
após um período de permanência neste espaço (tudo na dependência
individual do ser) é enviado ao seu plano afim. Todos são reconhecidos pela
cor de suas auras, que como um cartão de visita, identifica o ser espiritual
desencarnado, neste posto de triagem vibratório, há “postos avançados” de
todos os planos ou zonas do astral superior, que os albergam por tempo
determinado, até que os mesmos estejam preparados, completamente livres e
desempreguinados das últimas influências do corpo físico, os corpos mental e
astral passam por rigorosa inspeção, sendo que muitas vezes, saem destes
postos para zonas de recuperação e farão uma estadia em verdadeira estação
de luz.
Um ser espiritual de consciência limpa e tranqüila que na medida do possível
não contraiu débitos com a Lei Kármica (o que não é comum observar, pois
como todos sabem a seres espirituais que se encontram presos a seus
despojos físicos em pleno túmulo), sentindo todo o processo de decomposição
orgânica, ficando aterrorizados com seus próprios espectros, ou seja, se
assustam com seus próprios fantasmas, esses quando se libertarem seguiram
para o túnel de triagem.
Nesta Zona de Triagem existem acessos/portas para outras zonas, tanto do
astral superior quanto do inferior para impedir ataques dos seres do baixo
astral estas guardadas por Exús Guardiões de alto grau na hierarquia, de forma
que ninguém passa sem o “passe”.
As Trevas é onde vivem seres que embora infelizes, em total desatino acham-
se senhores, melhores que qualquer outro ser do Universo, o astral superior
aguarda o sábio tempo onde eles despertaram. Para um maior entendimento
aconselha-se a ler o Umbanda – Proto-Síntese Cósmica de Mestre Francisco
Rivas Neto, página 350 a 354).
MOVIMENTO DAS ENERGIAS
Temos os Exús do fogo, terra, água e do ar, isso em magia em um primeiro
ângulo de interpretação pode significar:
Exús do Fogo – aqueles que manipulam energias radiantes
Exú da Água – aqueles que manipulam os elementos fluentes
Exús da Terra – aqueles que manipulam os elementos em coesão ou
condensados
Exús do Ar – aqueles que movimentam elementos expansivos
Esses Guardiões assim como os Senhores da Luz (orixás) transmitem suas
forças através de seus pontos de origem, isto é, pontos cardeais, de onde elas
emergem e por onde elas vem, assim é que:
Norte – Exú Pinga Fogo – Terra – Serventia de Yorimá (Pai Guiné)
Sul – Gira Mundo – Fogo – Serventia de Xangô (Caboclo Xangô Kaô)
Oeste – Tranca Ruas – Água – Serventia de Ogum (Caboclo Ogum de Lei)
Leste – Marabô – Ar –Serventia de Oxóssi (caboclo Arranca Toco)
No entre cruzamento dos quatro elementos temos a ação do Exú Tiriri
(serventia de Yori – Caboclo Tupanzinho), na movimentação superior, temos,
na linha de força mental feminina o Exú Pomba Gira/7 Encruzilhadas (serventia
de Yemanja – Cabocla Yara) e na linha de força mental masculina o Exú 7
Encruzilhadas (serventia de Oxalá – Caboclo Urubatão).
OFERENDAS:
1º - O local dessas oferendas deverá ser uma mata, em uma encruzilhada ou
clareira dentro da própria mata, encruzilhadas de rua e cemitério devem ser
evitadas;
2º - O melhor horário deve ser sempre das 21:00 as 0:00 horas;
3º - Sempre que possível escolha as luas propícias, tudo que precisa evoluir e
crescer deve ser feito na fase Crescente (da Lua nova ao final da Crescente),
tudo que se deve involuir e ser dissipada (descargas) deve ser feito na lua
minguante (no início da Lua cheia e final da lua minguante);
4º - As oferendas darão maiores resultados se forem feitas nos dias
correspondentes do próprio Orixá e seu elo de ligação e serventia, que é o Exú
Guardião, entretanto se escolhe as segundas-feiras;
5º - AS velas serão sempre comuns, para pedidos de ordem material o número
de velas deverá ser par, para pedidos de ordem espiritual tais como descargas,
cortes negativos o número será impar, as velas deverão ser vermelhas e até
brancas, o preto deverá ser evitado e quando se há dúvida usa-se a branca;
6º - Os elementos materiais positivos são: a- continentes – deverão ser de
barros sempre abertos (alguidar) ou fechados (panelinha sem tampa), b –
conteúdos: charutos- elemento ígneo-aéreo deverão ser colocados em leque
com o lume para fora dentro de um pequeno alguidar com 7 cruzes feitas de
pemba que como as velas devem ser brancas ou vermelhas, essas cruzes são
em seu exterior, aguardente, álcool ou éter relativo aos elementos líquidos
aéreos devem ser colocados em pequenos alguidar ou panelinhas, ainda se
pode colocar água tudo na dependência do pedido, os minerais apesar de
pouco usado em especial as pedras também colocados em pequena alguidar
na cor clara que é radiante para dissipar cargas negativas, escuras para fixar
energias o sal grosso também expressa essa função, poderá ser também
carvão mineral pelas mesmas razões, ervas deverão ser usadas para
descargas e fixação, as flores somente para pedidos de ligação ou para
presentear a vibração do Exú, as flores são elementos considerados etéricos
superiores.
7º - Para terminar só nos falta citar o que é mais importante dentro da
oferenda, ou seja, o local que servirá de mesa para o assentamento (pano
(pano cinza triangular), tábua ou papel) e o sinal riscado o mais usado é
triângulo fluídico que é o escudo em ligação com os 7 Exús Guardiões de
Legiões, triângulos com a ponta para baixo pedidos materiais e para cima
pedidos espirituais, nos símbolos que representam cada um dos 7 Exús
Guardiões as pontas são sempre para cima.
OBS: Devem se evitar deixar nas matas tudo que possa sujar o ambiente,
exemplos: garrafas de vidro ou qualquer outro elemento que não condiza com
a oferenda.
PARA ASSENTAMENTOS EM GERAL AS ERVAS USADAS SÃO:
Arruda, Guiné, Comigo Ninguém Pode, Aroeira, Folha de Bananeira, Folha de
Pitanga, Folha de Mamoneiro, Folha de Manga, Rosas e Cravos vermelhos.
Obs.: Pólvora muito usada dentro das magias dos Exús, este é um ritual de
fogo que consiste na queima ritualísticas dos elementos, quando há a
explosão, à um deslocamento de ar que desestrutura a composição de certas
larvas astrais ou cargas negativas que são dissipadas, deve ser usada sempre
com o sinal riscado correspondente, a oração ou palavras cabalísticas ou canto
(mantra).
MINERAIS
Exú 7 Encruzilhadas Quartzo Branco Bruto
Exú Tranca Ruas Pedra Ferro
Exú Marabô Pedra da Mata Redonda ou Quartzo
Azul Escuro
Exú Gira Mundo Pedra Triangular da Cachoeira ou
Quartzo Verde Escuro
Exú Pinga Fogo Ônix Preto Bruto ou hematita
Exú Tiriri Rodonita ou Turmalina Negra (Seixos)
Exú Pomba Gira – 7 Encruzilhadas Conchas ou caracóis, Granada,
Obsediana Preta
Metais
Exú 7 Encruzilhadas Ouro
Exú Tranca Ruas Ferro
Exú Marabô Cobre
Exú Gira Mundo Estanho
Exú Pinga Fogo Chumbo
Exú Tiriri Mercúrio
Exú Pomba Gira – 7 Encruzilhadas Prata
Ervas Afins
Exú 7 Encruzilhadas Guine
Exú Tranca Ruas Espada
Exú Marabô Mamona
Exú Gira Mundo Mangueira
Exú Pinga Fogo Bananeira
Exú Tiriri Pitanga
Exú Pomba Gira – 7 Encruzilhadas Brinco de Princesa, e rosas
OBS: Também, todas podem ser substituídas por: mamona, bananeira e
espada, em conjunto.
O Pinhão Roxo e a erva comigo-ninguém-pode, quando necessário, substituem
qualquer uma das citadas.
“Curiadores” (bebidas alcoólicas)
Exú 7 Encruzilhadas Champanhe
Exú Tranca Ruas Vinho branco seco e aguardente,
“marafa”
Exú Marabô Vinho branco suave e “ marafa”
Exú Gira Mundo Vinho frisante e “ marafa”
Exú Pinga Fogo Vinho tinto seco e “ marafa”
Exú Tiriri Licores doces e “ marafa”
Exú Pomba Gira – 7 Encruzilhadas Champanhe doce e “ marafa”
Atuação dos Exus, nas “giras”.
Em um Templo Umbandista, faz-se necessário que exu venha firmar sua “gira”
no final em todas os rituais públicos, ou no mínimo, na última Sexta- feira do
mês. Não é necessário usar-se roupas diferentes e quanto menos apetrechos
melhor, ( fica a critério do exu).
Acredita que as cores das veste s mudam conforme a evolução do exu:
vestes e insígnias
7º grau Azul noite com insígnias douradas
6º grau Azul marinho com insígnias prateadas
5º grau Verde escuro com insígnias amarelas claras
4º grau Cinza claro com insígnias verdes escuras
3º grau Cinza escuro com insígnias cinza claro
2º grau Marrom com insígnias em cinza
1º grau Grená com insígnias em marrom claro
A muito a aprender sobre este povo, a quem nos do Raios de Luz, aprendemos
a respeitar e a valorizar, nossos amigos, que nos defendem do mal, que
afastam as trevas, e abrem os cruzeiros para nós passarmos. Este manual
não pretende ser único em conhecimento e sim o caminho para quem estiver
começando trilhar a busca Espiritual.
Para alcançarmos a verdadeira totalidade, devemos ter humildade de nos
permitirmos não saber, e sabedoria pra buscar saber sempre mais (Mãe
Jurema)
Alguns Princípios básicos da Umbanda:
Caridade, sabedoria humilde, força espiritual e só para lembrar, o caminho
Espiritual e longo e Você terá de percorrê-lo só, podemos tentar lhe orientar na
jornada, mais não poderemos carregar-lo, então, não se esqueça que três
virtudes regem a Umbanda: Paciência, Perseverança e Fé.
Com votos de paz profunda
Myriam Esther Cassariego
Diretora espiritual do Raios de luz.
Este manual foi reestrutura pelo Grupo Vozes de Aruanda,
E apresentado no dia 15 de Dezembro de 2007.
Agradecimentos sinceros á Caio Perusso, (instrutor) Fernando Souza, Rosane
Barbosa, Luana, Edwilson, Augusto.
Á irmã Iara Jacoby, pelo serviço prestado, na digitação e correção do mesmo.
E a toda a Hierarquia Espiritual do Raios de Luz, em especial aos Lideres
Espirituais do Vozes de Aruanda – Maria Joana do Congo e Jose Carlos.
Bibliografia pesquisada:
Umbanda de todos nós_ Rivas Neto
A proto-síntese cósmica da Umbanda - Rivas Neto
Exu o grande Arcano
Lilá Romai- Miriam stanescon
7 Mestres – Maria Helena Orlovas
Värias obras de Ramatis
Evangelho segundo o espiritismo
Livro dos médiuns
Livro dos Espíritos
Leituras diversas.