Os Fundamentalismos

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• Doutrina ou prática social que visa seguirdeterminados fundamentos tradicionais, baseadosem algum livro sagrado ou práticas habituais.

• O fundamentalista vive na convicção plena de que asua doutrina é a única verdadeira, desvalorizando asrestantes.

• Algumas manifestações fundamentalistas ocupamum papel central.

– Globalização imperante

– Fundamentalismo Suicidário

• Preconizado pelos radicais islâmicos, rompe com osmarcos da globalização moderna, tornou-sedesinteressante ao capitalismo e é tambémcombatido com violência.

• O 11 de setembro foi o fator detonador, ao serencarado como a justificação para os EUAexpandirem o seu poder.

• A própria expansão assume-se como um elementorevelador do poder efetivo dos EUA e dificuldade derelações transatlânticas e intereuropeias,nomeadamente na questão iraquiana.

• O alargamento militar/económico ao Médio Oriente,sobretudo aos países do Golfo e outras regiões domundo, associa-se ao fator estrutural de riqueza e depoder, que o domínio do mercado mundial depetróleo e gás natural representa, especialmentequando se depende em termos energéticos.

• Como resposta à ação capitalista e neoliberal,promovida pelos EUA, seguida por todos periféricosglobalizados, os atores assimétricos não estataisproliferam, especialmente as redes terroristas.

• São dois os movimentos geoestratégicos quemarcam o mundo atual:

– A guerra mundial contra o terror;

– O jogo de ações de terror como combate a essaguerra

• Em termos históricos a Inquisição praticada peloscatólicos na Idade Média assumiu-se como umaprimeira forma de fundamentalismo religioso.

• No atual cenário mundial, o fundamentalismo deorigem islâmica ganha expressão e notoriedade peloimpacto das suas manifestações, nomeadamente ocaso de atos terroristas.

• O fundamentalismo suicidário praticado pormuçulmanos parte da convicção de que o seuinimigo é o Ocidente, porque este se baseia numaperspetiva materialista e imperialista.

• O termo Islão significa “submissão a Deus”, napalavra salam ou paz. A essência do Islamismo acabapor ser distorcida pelos radicais que praticam atoshediondos em nome do Islão.

• Jihad é um conceito essencialda religião islâmica e significa“empenho”, “esforço” e lutacontra os inimigos de Deus.

• Alguns versículos quedescrevem a luta armada deMaomé contra os inimigos dãoaos radicais de hoje umpretexto.

• Sobre a égide de Jihad, grupos extremistas mostram-se empenhados numa luta global contra o inimigo, oOcidente, tido como corrupto e opressor.

• Da ação destes grupos destaca-se a tentativa deimpor a teocracia em terras muçulmanas e eliminaras influências “impuras” do Ocidente.

• Segundo a CIA, a face mais visível e mortífera desteproceder aparece associada a Bin Laden e á Al-Qaeda, com células identificadas e/ou suspeitas em68 países.

• Os ataques levados a cabo em Madrid, a 11 de marçode 2004 por um grupo com relações à rede Al-Qaedasão um exemplo de manifestação dofundamentalismo através de práticas terroristas.

• O fundamentalismo religioso ultrapassa os limites danacionalidade humana. Nesta rede intricada delegitimações e justificações, a religião desempenhaum papel central.

• As guerras de religião são o espelho das guerraspolíticas.

• O fundamentalismo verde assume-se como ummovimento de deslegitimação, do processo decrescimento económico baseado na exploraçãodesenfreada dos recursos naturais.

Alerta para ataque suicida nos transportes parisienses veio dos argelinos.

O ministro do Interior francês confirmou ontem que a ameaça de um atentado terrorista no país é "real e a vigilância foi reforçada", enquanto fontes dos serviços de informações nacionais, que foram citadas pelos media, falam em "ameaça iminente de atentado" contra território francês.

Na origem do ataque estaria a Al-Qaeda no Magrebe Islâmico, grupo que levou ao cancelamento do rali Lisboa-Dacar em 2008. O tipo de atentado seria suicida e o alvo mais provável seriam os transportes públicos da zona de Paris.

"Nós mobilizámos todos os meios necessários para conseguir evitar um ato tão perigoso", garantiu Brice Hortefeux, indicando que o plano de segurança Vigipirate se mantém no nível vermelho. Este é o terceiro dos quatro níveis de alerta que esse sistema tem. O nível máximo tem a cor escarlate (um vermelho mais vivo). A França encontra-se em alerta vermelho desde os atentados de Londres em Julho de 2005.

Fonte do Ministério do Interior francês confirmou à AFP que as informações sobre um possível atentado vieram da Argélia -país de origem do Grupo Salafita para a Prédica e o Combate, que há três anos se transformou na Al-Qaeda do Magrebe Islâmico.

O Ministério Público de Paris abriu entretanto uma investigação a uma mulher que teria como objetivo fazer-se explodir na capital francesa. Fontes policiais citadas pela mesma agência indicaram que duas células terroristas adormecidas foram ativadas depois da chegada de vários radicais islâmicos vindos da conturbada zona de fronteira entre o Paquistão e o Afeganistão.

Aquilo que todos os britânicos temiam aconteceu no dia 7 de Julho de 2005. Ao início da manhã, três bombas explodiram na rede de metro e num autocarro de Londres, fazendo mais de meia centena de mortos e pelo menos sete centenas de feridos.

Na origem daqueles que foram os piores atentados no Reino Unido desde Lockerbie, em 1988, estiveram quatro extremistas islâmicos que atuaram como bombistas suicidas. Alguns deles tinham estado recentemente a receber instruções em madrassas paquistanesas. Alguns dias mais tarde, a 21 de Julho, outros extremistas tentaram repetir o ataque. Foram mal sucedidos e acabaram presos, uns em Londres, outros em Birmingham, mas também em Roma, na Itália, à luz do mandado de captura europeu.

A ameaça terrorista mantém os serviços secretos e as forças de segurança britânicas em constante alerta e em 2006, em Agosto, foi desmantelada uma alegada conspiração para fazer explodir uma série de voos que faziam a ligação entre o Reino Unido e os Estados Unidos. A seguir a isto foram aprovadas, a nível da União Europeia, uma série de restrições em relação à quantidade de líquidos que os passageiros podem transportar na bagagem de mão.

Na manhã do dia 11 de Março de 2004 dez bombas explodiram em quarto comboios que faziam a ligação entre Alcalá de Denares e a estação madrilena de Atocha. 191 pessoas morreram na altura, milhares ficaram feridas, com maior ou menor gravidade. Os principais autores dos atentados suicidaram-se, um mês depois, no apartamento do bairro madrileno de Legam és em que estavam escondidos desde o ataque.

A maioria dos restantes envolvidos foram condenados, em 2007, a penas máximas de prisão. Mas o alegado cérebro do ataque, Mohamed, o Egípcio, detido em Itália, foi absolvido das acusações por não haver provas consistentes contra si. A justiça espanhola considerou provada a ligação à Al-Qaeda e afastou definitivamente uma relação com a ETA.

Apesar da acção contraterrorista os sucessivos relatórios sobre segurança, em Espanha, referem que o país continua a ser um alvo dos terroristas islâmicos, nomeadamente aqueles que estão agrupados na chamada Al-Qaeda para o Magrebe Islâmico. O objetivo, dizem, é recuperar o Al-Andaluz, zona da Península Ibérica que, até ao século XV, era árabe. No seu entender uma terra uma vez muçulmana é para sempre muçulmana.

• Na sociedade refletem-se várias manifestaçõesfundamentalistas, em campos como a economia,religião e o ambiente. Não obstante dessadiversidade, o seu eixo estruturante é que todas elasse consideram possuidoras da verdade e delegitimidade, mesmo que a imposição ao outroassuma um caráter violento.