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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Artigos Versão Online ISBN 978-85-8015-080-3 Cadernos PDE I

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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Artigos

Versão Online ISBN 978-85-8015-080-3Cadernos PDE

I

SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO – SEED

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

O GÊNERO CONTO COMO INSTRUMENTO MOTIVADOR NA

SALA DE AULA DE LÍNGUA INGLESA

ÁREA: Língua lnglesa

NOME DO PROFESSOR PDE: Elayne Christina Rodrigues

NOME DO ORIENTADORA: Dra. Eliane Segati Rios-Registro

Cornélio Procópio- PR

2015

Elayne Christina Rodrigues

O GÊNERO CONTO COMO INSTRUMENTO MOTIVADOR NA

SALA DE AULA DE LÍNGUA INGLESA

Artigo apresentado à Secretaria de Estado da Educação do

Paraná, como requisito parcial à conclusão do Programa

de Desenvolvimento Educacional - PDE, elaborado sob

orientação da Professora Dra. Eliane Segati Rios-Registro.

Cornélio Procópio-PR

2015

RESUMO: Este artigo tem, por objetivo, analisar o processo de implementação da

proposta de intervenção realizada com os alunos do 2º ano do Ensino Médio de 2015,

do Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos (CEEBJA), em Cornélio

Procópio, Paraná, no Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) de 2014. Para

atingirmos nossos objetivos de intervenção, elaboramos uma sequência didática (SD)

em língua inglesa utilizando o gênero conto como objeto de ensino. A partir do material

elaborado foi possível motivar os alunos a desenvolverem a competência leitora em

Língua Inglesa analisando, principalmente, os elementos constitutivos do gênero short

story. Para tanto, baseamo-nos em Dolz e Schnewly (2004) uma vez que os autores

defendem os gêneros textuais como megainstrumentos para o ensino, além da

proposição do modelo a ser seguido para uma SD. A referida SD foi elaborada em oito

módulos e aplicada em trinta e duas horas-aulas. Concluímos que a SD proporcionou o

conhecimento e reconhecimento da estrutura do gênero proposto em termos de

elementos constitutivos, além de auxiliar na aprendizagem da língua inglesa.

Palavras-chave: Motivação. Leitura. Sequência Didática. Short Story.

ABSTRACT: This article aims to analyze the process of implementing the intervention

proposed for students of the 2nd grade of high school, 2015, from Centro Estadual de

Educação Básica para Jovens e Adultos (CEEBJA), in Cornélio Procópio, Paraná, in the

Program of Educational Development (PDE) 2014. To achieve our goals, we developed

a Didactic Sequence (SD) in English , by using the genre short-story as a teaching

object. From this prepared material, it was possible to motivate the students to develop

their reading competence in English Language, analyzing the elements of the short story

genre. For this purpose, we bear our analysis on Dolz and Schneuwly (2004) when

arguing that textual genres are conceived as mega- instruments for teaching, beyond the

model proposition to be followed for an SD. The SD was drawn up in eight modules

and applied in thirty-two hours-classes. We concluded that the SD provided the

knowledge and the recognition of the gender structure proposed in terms of constituent

elements, besides contributing for the learning of the English language.

Keywords: Motivation. Reading. Didatic Sequence, Short Story.

1. Introdução

Este artigo atenta para a necessidade de desenvolver estratégias de leitura em

língua inglesa, por sabermos das dificuldades enfrentadas pelos professores com a

disciplina de língua estrangeira, mais especificamente com a língua inglesa. Na tentativa

de atender a essa necessidade, elaboramos um material didático pedagógico com o

propósito de facilitar as práticas de leitura e interpretação em sala de aula. Para tanto, o

material didático foi desenvolvido por meio de uma sequência didática que teve, como

instrumento de aplicação e motivação, a short story.

Esse gênero foi escolhido por possibilitar o trabalho com o imaginário, com o

mistério, com o terror psicológico, além de outros elementos que despertaram nos

alunos a curiosidade e, consequentemente, a vontade de ler. O maior desafio se encontra

aí, na leitura, pois, de um modo geral, os alunos rejeitam o texto por estar em outra

língua, por isso a importância de elaborar um material que permitisse o acesso ao texto

literário percorrendo diversas dimensões, desde a apresentação biográfica do autor até

possíveis intertextos com outros gêneros para, então, abordarmos a short story

selecionada.

Os textos eleitos permitem a formação de um leitor crítico pois, além de motivar

a leitura, é também instrumento capaz de possibilitar a competência linguística e

discursiva dos alunos. O contato com a short story nos possibilitou permitir fazer

leituras independentes: a narrativa, propriamente dita, e a temática, a qual refletimos

sobre as possibilidades de transformação social ao ampliar os horizontes de leitura em

Língua Inglesa, sobretudo uma nova perspectiva de aprendizagem.

O projeto de intervenção elaborado para o Programa de Desenvolvimento

Educacional (PDE) 2014, que aqui será apresentado, baseia-se no desenvolvimento de s

sequências didáticas a partir dos estudos teóricos e didáticos de Dolz e Schnewly

(2004), Bronckart (2006), dentre outros.

Este artigo apresenta-se em cinco partes, sendo, fundamentação teórica, onde

apresentamos as bases teóricas de nossa pesquisa; a metodologia, que informa os

caminhos adotados para a implementação do projeto; a análise, onde apresentamos o

conto selecionado, as atividades da SD por amostragem; as participações dos docentes

no GTR e, por fim, as nossas considerações finais.

2. Fundamentação teórica

Ao propor o projeto de intervenção em que a escrita e a leitura são a base

fundamental, foi necessário debruçar-nos na concepção de gênero do discurso, tema de

Bakthin (1986) em Marxismo e filosofia da linguagem: problemas fundamentais do

método da linguagem sociológico na ciência da linguagem. Nessa obra o autor

apresenta que não há discurso individual, uma vez que todo discurso é construído a

partir do processo de interação em função do outro. Para o estudioso, é nesse espaço

discursivo, criado na relação entre o eu e o outro, que os indivíduos se constituem

socialmente. Assim, a língua deve ser concebida como discurso e não como simples

estrutura ou código a ser decifrado, uma vez que constrói significados e não apenas o

transmite, pois:

[...] o essencial na tarefa de decodificação não consiste em reconhecer

a forma linguística utilizada, mas compreendê-la num contexto

concreto, preciso, compreender sua significação numa enunciação

particular. Em suma, trata-se de perceber seu caráter de novidade e

não somente sua conformidade à norma. (BAKTHIN,1986, p.94).

Dessa maneira, como nos aponta Bakhtin (1986), o sentido real da linguagem

está no contexto de interação e não no sentido linguístico. O processo de produção de

significados sobre a realidade se dá em qualquer contexto social, por isso é um processo

dinâmico e conflituoso entre o eu e o outro.

Para se comunicar verbalmente é necessário a existência de algum gênero e

ações sociodiscursivas, no qual “ a língua é tida como forma de ação social e histórica

que, ao dizer, também constitui a realidade, sem contudo cair num subjetivismo ou

idealismo ingênuo” (MARCUSCHI, 2010, p.23).

Temos a ideia de que o texto é como material concreto para a leitura e produção

de textos, algo que tateamos num momento específico de prática, contudo não o

encaramos como um objeto de ensino, base do processo ensino-aprendizagem da língua

portuguesa para o ensino fundamental.

As estudiosas Rojo e Cordeiro (2010) no ensaio intitulado de Apresentação -

Gêneros orais e escritos como objetos de ensino: modo de se pensar, modo de fazer,

assinalam a importância dos estudos de Geraldi (1984) (apud ROJO; CORDEIRO,

2010, p.7) acerca do texto, no qual é o material que se desdobra um ensino

procedimental, normativo, que prioriza a análise de língua e a gramática, através de

atividades epilinguísticas. Com isso proporcionando uma possibilidade de leitura com

sucesso, isto é, viabilizar o envolvimento do aluno com o texto, com seus interlocutores

e consigo mesmo.

Bakthin (1999) ao se debruçar sobre os gêneros do discurso nos aponta sua

importância num contexto de uso, pois "são os enunciados dos integrantes de uma ou

doutra esfera da atividade humana e estas esferas de utilização da língua elaboram seus

tipos relativamente estáveis do enunciado" (apud PARANÁ SEED, 2008).

Os gêneros do discurso se formam historicamente, conforme novas situações de

fala sociais, desenvolvendo, assim, o surgimento de novos gêneros em várias esferas

sociais, na qual apresenta uma atividade humana que dependerá de um gênero para que

haja uma interação social. Através dos gêneros, os alunos têm acesso a diferentes

estruturas de textos e percebem suas particularidades, características e funcionalidade a

quem cada texto se destina. O importante é o aluno perceber as possibilidades infinitas

discursivas que estão presentes na prática social.

[...] importante é perceber que os gêneros não são entidades formais,

mas sim entidades comunicativas. Gêneros são formas verbais de ação

social relativamente estáveis realizadas em textos situados em

comunidades de práticas sociais e em domínios discursivos

específicos (MARCUSHI, 2010, p.25-26).

Os gêneros, sob a perspectiva bakthiniana, são práticas sócio-comunicativas

construídas historicamente, influenciadas por fenômenos sociais e dependentes da

situação comunicativa em que são enunciados. Assim, para Bakthin (2003) os gêneros

"refletem de modo mais imediato preciso e flexível todas as mudanças que transcorrem

na vida social” (p.268).

Através dos gêneros há uma comunicação verbal e social que não é algo

definido, ele é apropriado pelo sujeito dependendo de sua necessidade de adequação,

ajustando-se de forma que possa interagir no seu contexto sociointeracional, cumprindo

seu papel social e usando seu discurso específico para cada momento de sua

comunicação.

[...] a linguagem é predominantemente social e decorrente de

interações, que permitem a aprendizagem e a apreensão de regras de

convívio social, das formas de agir no mundo a nossa volta, bem

como a construção de nossas representações do mundo [...]

(BRONCKART, 2006, p.121-160).

Essa concepção nos permite entender que, para existir a aprendizagem, deve

haver uma interação com o outro, ou seja, os seres humanos só se humanizam através da

linguagem, assim podemos concretizar as ações que desejamos, pois há uma intenção

social, uma troca em uma determinada situação para possibilitar a comunicação.

Sendo assim, "os textos são produtos da atividade humana e, como tais, estão

articulados às necessidades, aos interesses e às condições de funcionamento das

formações sociais no seio dos quais são produzidos” (BRONCKART, 2003, p.72).

A partir de nossa concepção de texto, a aplicação do projeto se deu com o gênero

conto (short story), pois sua extensão facilitaria a leitura, a interpretação e a elaboração

das atividades para que os alunos desenvolvessem as capacidades de linguagem de

forma mais efetiva – trataremos das capacidades de linguagem neste capítulo.

A seguir, para entendermos a importância de se trabalhar com os elementos

constitutivos do conto, problematizaremos suas características.

2.1. Por que o gênero conto?

Segundo Rios-Registro (2011), Gotlib (2003), ao se debruçar sob a teoria do

conto nos diz que a arte de contar estórias, data por volta de 4.000 mil anos a.C., ao

longo da história, esse gênero foi passando da oralidade para a escrita e, somente no

século XIX, com o desenvolvimento da imprensa, atingiu um público leitor de jornais e

revistas. Nesse momento, portanto, cria-se o conto moderno, isto é, a short story, tendo

como um de seus principais representantes o escritor americano Edgar Allan Poe.

O conto, mesmo numa extensão menor, mantém os elementos essenciais da

narrativa, além disso, possui uma unidade de efeito que provoca no leitor "um estado de

'excitação' ou de 'exaltação'' (GOTLIB, 2003, p.32), até mesmo uma espécie de

"nocaute" parafraseando Julio Cortázar. O número de personagens é pequeno e traz, ao

longo do enredo, a composição da atmosfera que ajuda a compor o clima psicológico,

levando o leitor a entender as ações do narrador. Para tanto, elencamos o conto de Poe,

não só por sua importância na literatura universal, mas sobretudo, pelo suspense que

prende a atenção do leitor.

Decidimos trabalhar com o conto The Oval Portrait (1850) para o

desenvolvimento da Sequência Didática. Destacou-se a reflexão de possíveis temas

como o amor à arte, o amor à donzela, o amor próprio, levando os alunos a

reconhecerem estes temas universais possíveis na sociedade em que vivem.

Entendendo a importância dos elementos do conto, a seguir, discorremos sobre a

metodologia utilizada para que a intervenção e implementação de nossa proposta fosse

possível, isto é, a metodologia do desenvolvimento da sequência didática por nós

adotada.

2.2. A Sequência Didática

O trabalho com a Sequência Didática é importante por ser "um conjunto de

atividades escolares organizadas, de maneira sistemática, em torno de um gênero textual

oral e escrito.” (DOLZ; SCHNEUWLY, 2010, p. 82). Isto nos mostra que, para o aluno

dominar melhor um gênero textual é preciso organizá-lo e sistematizá-lo dentro de uma

sequência para ter uma prática mais eficiente de linguagem e um bom domínio sob o

gênero trabalhado, resultando na melhora da fala e escrita em qualquer situação de

comunicação.

Com base na escolha por um gênero textual para nossa SD, assumimos a

concepção de gênero a partir do pressuposto teórico e metodológico do Interacionismo

Sociodiscursivo (ISD), que defende que somos constituídos pela linguagem ao mesmo

tempo em que a constituímos em nosso convívio social (BRONCKART, 2006).

Portanto a linguagem é social, pois a aprendizagem depende da interação com o outro

para a construção de nossas representações do mundo, sendo essencial para a formação

do ser humano.

Ao pensar no gênero como objeto de ensino, utilizamos o conceito de sequência

didática para elaborar atividades que proponham a apreensão do mesmo. Para tanto, as

atividades foram desenvolvidas para o desenvolvimento das capacidades de linguagem

dos alunos.

Para os autores Dolz e Schneuwly (2010) "uma sequência didática é um

conjunto de atividades escolares organizadas, de maneira sistemática, em torno de um

gênero textual oral ou escrito" (p.82). A estrutura de base de uma sequência didática se

apresenta da seguinte maneira:

Fonte: SCHNEUWLY, DOLZ E NOVERRAZ, 2010, p.83

A partir da nossa experiência na Educação Básica, percebemos a importância de

proporcionar aos alunos algo que vá além de uma mera leitura. Tendo o gênero conto

como ferramenta para produção de sequências didáticas com base em um gênero textual

a partir do ISD (BRONCKART, 2006).

Para a produção da SD fez-se necessário debruçamos nas teorias de

Schneuwly e Dolz (2010) e Bronckart (2006), como base para a elaboração das

atividades nos estudos dos gêneros escritos e orais a partir da organização didática por

eles elaborada, a fim de que as capacidades de linguagem dos alunos sejam

desenvolvidas.

2.2.1. As capacidades de linguagem

Em uma SD, é necessário que a linguagem seja analisada e proposta a partir de

suas capacidades. Para Dolz e Schneuwly (2004), uma SD deve contemplar as

capacidades de ação, discursiva e linguístico-discursiva.

Na visão do ISD, consideramos as capacidades de linguagem como

um conjunto de operações que permitem a realização de uma

determinada ação de linguagem, um instrumento para mobilizar os

conhecimentos que temos e operacionalizar a aprendizagem. Estas,

segundo Dolz, Pasquier e Bronckart (1993) e Dolz e Schneuwly

(1998) seria três tipos: capacidades de ação, capacidades discursivas e

capacidades linguístico-discursivas. (CRISTOVÃO, 2012, p.12).

Em Modelos didáticos de gênero: uma abordagem para o ensino de língua

estrangeira (2012, p.12), a estudiosa Vera Lúcia Lopes Cristovão descreve o estudo de

gêneros de texto na escola como instrumento no processo ensino/aprendizagem na

construção de conhecimentos linguístico-discursivos, baseando-se nos teóricos Dolz e

Schneuwly.

As operações descritas pela autora (CRISTOVÃO, 2012, p.33), são divididas em

capacidades de linguagem, sendo: a capacidade de ação que permite o sujeito adaptar

sua produção textual ao contexto de produção, ou seja, fazer as restrições dos quadros

de interação com representações de ambiente físico, esfera social do participante, onde

se passa a interação. Seria a exploração do conhecimento do mundo do aluno. Toda

situação de comunicação tem relação direta com o gênero e este deve estar adaptado a

um referente (destinatário) a um conteúdo específico, a um objetivo específico; a

capacidade discursiva possibilita ao sujeito escolher tipos de discurso, os conhecimentos

mobilizados, a elaboração de conteúdos já existentes dialogando com outros que serão

produzidos, ajudando na escolha da infraestrutura ou estrutura organizacional do texto

que será produzido; a capacidade linguístico-discursiva trata da realização das

operações implicadas na produção textual, na construção de enunciados, sendo um

instrumento que temos para a aprendizagem dos conceitos científicos. Esses conceitos

estão relacionados ao domínio das operações de linguagem como conexão e

segmentação, coesão, coerência e escolhas lexicais.

Assim, o trabalho com as capacidades de linguagem tornaram-se essenciais para

o processo de produção da SD, pois permite que os alunos desenvolvam suas aptidões

durante a realização das atividades com o gênero conto.

3. Metodologia

O projeto foi desenvolvido no ano de 2014, e teve como desafio inicial o

objetivo de incentivar e, ao mesmo tempo, investigar os alunos ao se depararem com

contos, no caso, a short story em Língua Inglesa. Tendo em vista que o conhecimento

vocabular desses é limitado, as atividades foram desenvolvidas a partir de unidades

didáticas para a implementação do estudo fundamentada na leitura e construção do

gênero. A aplicação realizou-se em 2015, no segundo ano do ensino médio do Centro

Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos (CEEBJA), no período vespertino,

para um total de 12 alunos da modalidade individual, compreendendo uma faixa etária

de 18 (dezoito) a 42 (quarenta e dois).

A prática em sala de aula revela, ao poucos, a necessidade que o docente tem na

busca de melhorar sua didática. Diversas são estas situações, que vão desde o material

utilizado até a dificuldade do próprio aluno que, em sua maioria, ao tratar de uma língua

estrangeira, é mais agravante. Assim, o que se vê na escola atualmente é o professor

preso ao livro didático, sobretudo pela dificuldade em buscar outras formas mais

enriquecedoras para elaborar suas aulas.

Diante desse painel, optamos pelo texto como ponto de partida, pois

enriqueceram as aulas de língua estrangeira indo além da concepção tradicionalista de

ensino que privilegia a gramática em detrimento da compreensão do texto de forma

crítica e reflexiva. A escolha do gênero conto proporcionou, além da didática, uma

motivação na sala de aula. Por ser de curta extensão, apresenta uma unidade de efeito,

no qual prende com facilidade a atenção do aluno surtindo uma breve excitação causado

pelo clímax.

Para tanto, fizemos leitura do conto The oval Portrait, de Edgar Allan Poe, além

de apresentar aos alunos outros contos do autor a partir de atividades com potencial para

o ensino como excertos dos textos, imagens e filme. Além disso, o uso das tecnologias

como laboratório de informática e data show, foram essenciais para estimular a

participação dos alunos na prática das atividades que os encaminharam a desenvolver,

ainda mais, o prazer em ler.

Para a realização da coleta de dados foram utilizados os seguintes instrumentos:

a) A aplicação de um questionário como forma de investigação inicial sobre o

assunto, formado por quatro questões que se relacionavam às atividades

propostas na SD a ser implementada.

b) Desenvolvimento da SD;

c) Elaboração de diários pelo professor com observações e comentários após cada

aula aplicada da SD.

d) Aplicação do questionário inicial, novamente aos alunos, para a coleta de dados

sobre possíveis mudanças obtidas após o período de trabalho das atividades

implementadas. Na primeira fase do projeto, foram apresentadas as seguintes

questões:

Você gosta de ler?

O que você prefere ler? Romance, gibis, jornais, entre outros.

O que faz uma leitura ser mais interessante que a outra?

Que tipo de histórias você gosta mais? Horror, comédia, aventura, amor

etc.

As questões apresentadas foram intencionais para coletar, através da escrita, as

opiniões dos alunos sobre a prática da leitura. A realização dessa atividade durou 20

minutos e, foi possível perceber a preferência de leitura de cada um.

Após essa primeira fase, passou-se para a leitura de vários gêneros literários com

objetivo de identificá-los. Em seguida fizemos a leitura de todos os textos propostos

levando os alunos a pensar sobre a funcionalidade do gênero literário e dos demais

gêneros textuais apresentados. No início, manifestaram certa resistência ao realizar a

atividade, porém, ao poucos, foram identificando palavras já conhecidas, além de

perceber a circulação dos gêneros textuais projetados por figuras ilustrativas.

De posse das informações sobre o contexto de ensino e o levantamento do perfil

dos alunos participantes, desenvolvemos as atividades da SD com base nas capacidades

de linguagem, que serviu de base para as nossas análises.

As atividades da SD surtiram efeito prazeroso e, ao mesmo tempo, socializou os

alunos, criando um ambiente coletivo na troca de ideias. Os contos citados na produção

didática também foram projetados no datashow. A gramática foi explorada, aos poucos,

utilizando o próprio conto conforme apresentados na SD.

O mesmo questionário utilizado no início das atividades, também foi aplicado

aos alunos no final da SD e, para facilitar a intervenção, todo o material elaborado foi

entregue já impresso.

Ao finalizar o projeto, solicitamos aos alunos que recordassem suas respostas

anteriores e sintetizassem o seu entendimento respondendo a seguinte questão:

Você se lembra das questões sobre leitura do primeiro dia de aula?

O que mudou na sua opinião a concepção de leitura?

Com as informações colhidas verificamos os momentos em que os alunos

apresentaram mudanças de opiniões, crescimento de conceitos, amadurecimento

literário.

4. A proposta da sequência didática

Os exercícios foram elaborados através da abordagem de gênero, em que o

gênero textual short story compôs o escopo desta pesquisa com o objetivo de

contemplar as capacidades de linguagem. Sendo o ISD uma perspectiva interacionista

da linguagem, que analisa o agir do humano baseado no próprio ambiente e em sua

relação com textos orais e escritos, priorizando o social.

A SD foi desenvolvida para o 2º ano do Ensino Médio, composta por 28 páginas,

sendo subdividida em 8 módulos contendo um total de 33 exercícios. A atividade final

buscou explorar o conhecimento obtido pelos alunos ao longo do processo. A SD foi

aplicada ao longo de oito encontros.

4.1. O passo a passo

1º módulo: Leitura e identificação de gêneros textuais.

O primeiro módulo tem o objetivo de investigar o conhecimento prévio do aluno

a respeito do gênero, desenvolvendo assim a capacidade de ação. Neste primeiro

momento, procuramos desenvolver exercícios que introduziram o tema a ser estudado

através de perguntas investigativas, quando os alunos puderam discutir entre si antes de

responder. A atividade foi de fácil aplicação não havendo dificuldade entre os alunos

por serem perguntas pessoais, na qual foi possível diagnosticar a falta de leitura e

conhecimento sobre gêneros textuais.

2º Módulo: Contexto histórico e biografia do escritor Edgar Allan Poe.

No segundo módulo, elaboramos exercícios que contemplem as capacidades de

ação promovendo a contextualização da obra, contexto histórico, social, vida do autor,

fazendo a problematização dos principais acontecimentos da época em que foi

publicado o conto.

Como o exemplo apresentado, utilizamos exercícios como: enumere a

primeira coluna de acordo com a segunda, pergunta e respostas que fizeram com que os

alunos refletissem sobre o papel social do autor, além disso, foi utilizado ilustrações de

capas de obras do autor para que os alunos pudessem ampliar seu conhecimento.O

resultado da atividade foi positiva, pois os alunos participaram de maneira atenciosa e

curiosa ao conhecer a vida e obra do autor. O exercício com imagens dos principais

contos de Poe despertou nos alunos a vontade de ler.

3º Módulo: A estrutura da narrativa e características do gênero short story.

Feito a leitura de trechos dos contos de Edgar Allan Poe, partimos para os

exercícios que abrangessem a parte estrutural do gênero, cujo objetivo é desenvolver

capacidades discursivas. Nesse momento, é de fundamental importância que fique claro

para o aluno que há diversos gêneros textuais, tendo cada um seu formato “estilo” e

objetivo. Sendo assim, foram elaborados exercícios que contemplaram o conhecimento

de gênero conto, além de um exercício em que o aluno relacionou as colunas, ou seja,

identificou o trecho da obra com a frase adequada da sequência narrativa. Assim,

trabalhamos com a ordem que aconteceram os fatos, isto é, seu enredo. Mesmo com

algumas dificuldades em relação a leitura e compreensão em língua inglesa, os alunos se

mantiveram curiosos para aprofundar-se na história apresentada, forçando-se a buscar

compreender o texto, assim realizar a atividade a partir de nossa mediação.

4º Módulo: Identificar os elementos da short story.

O presente módulo teve início com um exercício oral em que os alunos

responderam a questões sobre as ilustrações que foram apresentadas sobre o conto The

Oval Portrait, de Edgar Allan Poe. Após a leitura, os alunos participaram de uma

atividade em grupo que propiciou a discussão sobre personagens, aspectos físicos e

psicológicos e tema social abordado pelo texto. Assim, o módulo teve sua sequência

com exercícios de ordenar imagens, e por último, assistiram a um vídeo ilustrativo sobre

o conto lido e justificaram o título. Sem dúvida um momento muito prazeroso, na qual

os recursos audiovisuais contribuíram para que a compreensão do conto fosse positiva.

A discussão foi animada em relação a personagem, o suspense, a atmosfera criada pela

história, o que gerou várias opiniões na justificativa a cerca do título.

5º Módulo: A estrutura do short story e os momentos da narrativa.

Feito a análise geral da obra, partimos para os exercícios que abrangeram a

estrutural do gênero conto, cujo o objetivo foi desenvolver a capacidade discursiva.

Sendo assim, foram elaborados exercícios que contemplassem o reconhecimento do

gênero selecionado, bem como suas características. Assim, já conhecido o conto foi

possível, neste momento, identificar o gênero na esfera literária, além de sua estrutura

interna como: initial situation, complication, climax, final situation. Os alunos não

apresentaram tantas dificuldades em identificar essas partes, pois a leitura e a realização

da atividade foi coletiva, com o uso de dicionários que facilitou realizar a tarefa.

6º Módulo: O contato com The Oval Portrait

Em seguida foi proposto aos alunos que montassem uma divulgação no mural da

escola sobre o conto estudado, através de cartazes (anúncios, panfletos, sinopses,

ilustrações da capa do livro), enfim, toda a criatividade é válida para disseminar o

conhecimento. O pátio do colégio foi utilizado para expor algumas imagens das capas

de contos que foram apresentadas nas aulas, a biografia do autor foi ampliada com uma

imagem colada em cartaz e uma curta sinopse do conto principal estudado The Oval

Portrait. Os alunos se mostraram entusiasmados com a divulgação do estudo na escola,

ainda que de maneira simples, eles perceberam a importância do escritor Edgar Allan

Poe na literatura universal e de como foi bom compartilhar com os demais.

7° Módulo : O tempo verbal Simple Past na short story

Nesse momento, elaboramos exercícios que desenvolveram a capacidade

linguístico – discursiva. A partir da análise da obra foi possível verificar alguns

elementos presentes no conto que são comuns a outros e escolhemos trabalhar na

sequência didática o tempo verbal, a adjetivação nas descrições do espaço, que serviram

para enriquecer o texto e situar o leitor no tempo e espaço. Assim sendo, elaboramos

exercícios para os alunos completarem no excerto retirado com o verbo pedido no

tempo passado. É fundamental ressaltar que ao longo da sequência didática, quadrinhos

explicativos entre um conteúdo e outro auxiliaram os alunos a fazerem suas próprias

reflexões a respeito de determinado assunto, expandindo assim o conhecimento já

adquirido.

As atividades com a língua foi mediada, feita passo a passo coletivamente, pois

todos tiveram maior dificuldade com a gramática. O importante foi os alunos terem

percebido, logo no inicio, que os exercícios apresentados eram trechos e palavras

retiradas do conto trabalhado. Ao perceberem isso, a atividade gramatical não pareceu

desconexa das outras, mas uma continuação do que já estavam estudando anteriormente.

8º Módulo: Produção final: elaboração de uma short story

Como produção final, elaboramos um exercício de revisão que mostrasse

conceitos sobre os momentos e os elementos da sequência narrativa, desenvolvendo a

capacidade discursiva, para que eles pudessem produzir um conto em dupla.

Para a avaliação de um trabalho, cuja abordagem é baseada em gênero, não

podemos mais focar apenas em aspectos linguísticos-discursivos do texto, devendo

mudar o nosso olhar para uma avaliação mais abrangente, ao verificar o contexto de

produção e a organização textual, pois são coerentes ao gênero produzido. Afinal, mais

importante de ensinar as regras da gramática é fazer do aluno um ser crítico e reflexivo,

capaz de modificar o meio em que vive.

O resultado do último questionário foi muito positivo. Comparado com o

primeiro, percebemos que as respostas pessoais passaram a apresentar conteúdo, já que

no outro momento eles não souberam opinar sobre a diferenciação dos gêneros e o

gosto pela leitura, pareciam desmotivados até então. No final, além de opinarem

positivamente, todos demonstraram vontade de ler outros contos de Poe, ainda que em

língua portuguesa. A produção do conto, embora na língua materna, não perdeu o estilo,

pois todos buscaram produzir dentro da estrutura trabalhada.

5. O Grupo de Trabalho em Rede - GTR

O Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE é uma política de

Formação Continuada de Professores, desenvolvida pela SEED-PR que proporciona aos

participantes subsídios teórico-metodológicos para o desenvolvimento de ações

educacionais sistematizadas, com objetivo de aperfeiçoar o professor.

O GTR constitui uma das atividades da Turma PDE/2014 e caracteriza-se pela

interação à distância entre professor PDE e os demais professores da Rede Pública

Estadual, cujo objetivo é socializar e discutir o Projeto de Intervenção Pedagógica e

Produção Didático-pedagógica na escola.

Nessa temática, foi realizado um processo de aprofundamento teórico e

apresentado o Projeto de Intervenção Pedagógica na escola. O objetivo foi promover

entre os participantes do GTR discussões sobre o referido projeto. Foram dez os

professores inscritos do GTR de 2015, embora apenas sete participaram efetivamente ao

deixarem comentários. Selecionou-se quatro registros que deram, a partir das opiniões, a

dimensão do trabalho cuja a contribuição foi positiva e representou os demais na visão

global do processo de interação na troca de experiências ao possibilitar que todos os

envolvidos analisassem as realidades de suas escolas tendo como escopo a proposta

apresentada através da SD.

5.1. Comentários docentes

Participante 1- segunda, 5 Out 2015, 16:30: "A leitura de texto em sala de aula, em especial os

literários, promove o desenvolvimento cultural, linguístico e social do aluno e desperta nele a

motivação pelo aprendizado da língua inglesa. Com isso amplia o conhecimento da cultura de

seu próprio país servindo de estímulo para sua aprendizagem em uma língua estrangeira. ”

Acredito que esse seja um dos principais motivos que contribui para o desenvolvimento do

aluno dentro do ensino da Língua Inglesa, e propor aos mesmos um trabalho inovador como o

short story, certamente você conseguirá atingir seu objetivo, visto que é citado no projeto de

Intervenção da professora Elayne um problema muito comum existente nas escolas de modo

geral: “o que se vê na escola atualmente é o professor preso ao livro didático que, na maioria

das vezes, não busca outras formas mais enriquecedoras para elaborar suas aulas."

Participante 2 - terça, 20 Out 2015, 10:27: "Dentre todas as habilidades lingüísticas, a leitura é a

mais pessoal das habilidades. Segundo HOLDEN (2009, p. 31), "a fala e a audição requerem

uma segunda pessoa a quem falar e a quem ouvir, e a escrita, em geral, requer alguém a quem

escrever. Por outro lado, a leitura acontece de maneira unívoca dependendo do grau de interesse

de cada um". Assim sendo, a leitura acontece mediante pré-disposição do leitor e de seu

conhecimento de mundo, sendo necessário não somente decodificação do signo linguístico, mas

também conhecimento de mundo, conhecimento textual e não textual. O que se defini por

conhecimento de mundo está baseado na experiência própria do indivíduo para "dialogar" com

o texto. Caso ele seja desprovido deste conhecimento, o professor dever certifica-se a fim de

prover este conhecimento."

Participante 3 - quarta, 7 Out 2015, 21:30: "De acordo com as DCEs do Estado do Paraná

(2008, p. 38), desde o decreto de João VI, em 1809, que criou a cadeira de Inglês, que o idioma

vem sendo valorizado. Apesar de há mais de 200 anos esse idioma ser percebido como

importante meio cultural para a prática social, o ensino dessa língua vem enfrentando ao longo

de sua oferta na rede pública de educação, alguns desafios: até há pouco tempo não havia

material de apoio fornecido pelo governo através do PNLD; não há nos estabelecimentos

públicos escolares, laboratório para desenvolver as aulas; o ensino muitas vezes acaba sendo

focado nas estruturas gramaticais; dentre outros fatores. Assim, pensamos que a proposta em

mediar o ensino de língua Inglesa a partir do gênero short story, apresenta-se como uma

excelente alternativa para o ensino/aprendizagem do idioma. De acordo Bakthin (1986), citado

no projeto de intervenção apresentado pela tutora, “não há discurso individual , uma vez que

todo discurso é construído a partir do processo de interação em função do outro” , assim, um

dos pontos fortes da proposta de trabalho apresentada, é proporcionar ao aluno a interação do

discurso alheio, a partir de short story. Com essa proposta, a gramática pode ser estudada de

modo contextualizada, favorecendo ao aluno o contato com a língua em situações

comunicativas."

Participante 4 - segunda, 26 Out 2015, 10:46: "Quando iniciei meu trabalho com Língua

Inglesa no estado do Paraná, há 10 anos, os desafios eram enormes. Além da falta de interesse e

desmotivação dos alunos pela disciplina, não tínhamos material para trabalhar, tempo para

pesquisar e a angústia de já estarmos longe do trabalho com textos. Com a chegada dos livros

didáticos, ficamos muito felizes. No entanto, este material, ainda não contempla as exigências

de nossas diretrizes, bem como ainda nos faltava e falta formação para um trabalho voltado aos

gêneros textuais. Hoje, com mais informações e trabalhos como este da Elayne, podemos

estudar e obter mais formação para o trabalho interativo com os alunos, o que certamente é e

será de grande valia, pois conseguimos a formação tanto teórica, como prática, através das

leituras, da realização dos projetos em sala de aula e dos relatos dos colegas."

Considerações finais

A intenção maior de nossa proposta foi a de contribuir para a motivação da

leitura, levando os alunos a apreciarem o conto e conhecerem diferentes formas de

trabalhá-lo em sala de aula. Nesse processo, foi desenvolvida a SD composta por

módulos para que os alunos do segundo ano do Ensino Médio tivessem a oportunidade

de desenvolver leituras, utilizando a short story.

No primeiro momento em que as atividades do projeto foram postas em prática,

deparamo-nos com algumas adversidades. Por se tratar da modalidade individual no

contexto de estrutura do CEEBJA, as turmas são mistas, ou seja, há alunos de faixa

etária diferentes, além da diversidade cultural que torna a sala heterogênea.

Uma outra problemática está no perfil dos alunos: grupos com conhecimentos

distintos da língua inglesa, com dificuldades de aprendizagem, o que nos fez repensar

em muitas das atividades que eram exclusivamente em língua inglesa. Tais atividades

incluem, por exemplo, a biografia do autor e o contexto histórico. Entretanto, a língua

inglesa foi utilizada de forma progressiva, motivando o seu uso e a sua aprendizagem.

Diante do contexto educacional apresentado, a partir da elaboração da SD foi

possível promover uma mudança no contexto escolar escolhido e no perfil de

aprendizagem dos alunos, que se mostravam desmotivados. Ainda, ao compartilhar com

docentes da área de Língua Inglesa os resultados desta produtiva atividade, esperamos

contribuir para a formação continuada e para a melhoria da realidade escolar.

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