OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · O projeto político pedagógico como ferramenta...

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

Ficha de Identificação - Produção Didático-pedagógica

Professor PDE/2013

Título Avaliação Institucional: instrumento de efetividade da gestão democrática

Autor Célia Regina Julião dos Santos

Disciplina/Área Pedagogia

Escola de Implementação do Projeto e sua localização

Colégio Estadual Professora Edimar Wright

Município da Escola Almirante Tamandaré

Núcleo Regional de Educação Área Metropolitana Norte

Professor Orientador Marcos Edgar Bassi

Instituição de Ensino Superior Universidade Federal do Paraná

Relação Interdisciplinar Não

Resumo Nas últimas décadas, a avaliação tem sido um tema amplamente debatido no campo educacional envolvendo os mais diversos assuntos como: a avaliação dos programas, de projetos, dos sistemas educativos até das instituições de ensino. Neste sentido, a avaliação institucional está caminhando para consolidar-se como um processo necessário ao trabalho da escola, como condição de melhoria do processo de ensino e de aprendizagem. Contudo, o assunto ainda encontra resistências, muitas vezes é visto como um instrumento de controle burocrático e centralizado realizado pelo sistema de ensino, em conflito com a autonomia da escola. Tendo em vista

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esse contexto, o presente trabalho tem por finalidade apresentar uma proposta de instrumento avaliativo com vistas à melhoria do processo educativo, e que tenha como ponto principal a participação do coletivo escolar. Sendo assim, faz-se necessário mobilizar a escola no sentido de fomentar debates e reflexões acerca da avaliação como instrumento de aprimoramento da gestão pedagógica e administrativa. Portanto, a avaliação institucional tem o propósito de promover um maior comprometimento de todos que atuam na escola, em prol da sua principal função, que é a efetividade da gestão democrática.

Palavras-chave Avaliação institucional; Autonomia da escola; Gestão democrática do ensino.

Formato do Material Didático Unidade didática

Público Alvo Direção, direção auxiliar, equipe pedagógica, professores, funcionários, membros do conselho escolar e alunos representantes de turma.

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE CÉLIA REGINA JULIÃO DOS SANTOS UNIDADE DIDÁTICA AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL : INSTRUMENTO DE EFETIVIDADE DA GESTÃO DEMOCRÁTICA

CURITIBA 2013

Produção didático – pedagógica elaborada para o Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE da Secretaria de Estado da Educação do Paraná/SEED em pareceria com a Universidade Federal do Paraná - UFPR, sob a orientação do Prof. Dr. Marcos Edgar Bassi.

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SUMÁRIO

1. Apresentação.....................................................................................................05

2. O projeto político pedagógico como ferramenta da gestão

democrática......................................................................................................07

3. A avaliação institucional e a efetividade da autonomia da escola.........10

4. A avaliação institucional implica na construção de um processo

participativo.....................................................................................................13

5. Breve histórico da avaliação institucional................................................16

6. Proposta de um instrumento de autoavaliação........................................20

6.1 Organização do processo de avaliação institucional...................................21

6.2 Orientações para o preenchimento do instrumento de avaliação...............23

6.3 Dimensão 1: Prática Educativa....................................................................24

6.4 Dimensão 2: Formação e Condição de trabalho dos profissionais da

escola............................................................................................................ ...28

6.5 Dimensão 3: Gestão escolar democrática...................................................31

6.6 Dimensão 4: Condições físicas e materiais.................................................34

6.7 Dimensão 5: Acompanhamento do desenvolvimento da escola.................37

7. Metodologia..................................................................................................40

8. Cronograma de ações.................................................................................41

9. Referências..................................................................................................44

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AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL: INSTRUMENTO DE

EFETIVIDADE DA GESTÃO DEMOCRÁTICA

1. Apresentação

Esta produção didática tem como objetivo contribuir com a gestão

escolar, no sentido de acompanhar a execução do projeto político-pedagógico

da escola, para em que momentos específicos aspectos do processo ensino

aprendizagem possam ser levantados, discutidos e redirecionados no sentido

de promover o envolvimento de todos, em uma perspectiva democrática que

vise a melhoria do processo educativo. A escolha por este tema se deu por

meio da minha experiência profissional, pois como pedagoga da rede estadual

percebo a necessidade de que o coletivo escolar precisa construir instrumentos

que possibilitem um acompanhamento sistemático de nosso trabalho, ou seja,

não podemos esperar que avaliações externas ditem as regras a respeito de

como deve ser redirecionado o nosso projeto educativo. Percebe-

se então, que avaliações em larga escala, não abarcam os diferentes fatores e

toda complexidade que envolve e atingem o processo ensino-aprendizagem. A

partir desse contexto, a escola como uma instituição pública de educação

cumpre uma finalidade coletiva, social, cultural e pública. Ela apresenta um

elevado grau de importância para comunidade escolar e para a sociedade em

geral que a mantém.

A elaboração deste material é resultado dos estudos realizados no

Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, da Secretaria Estadual de

Educação.

O PDE é um programa de capacitação continuada de professores da

Rede Púbica de Ensino do Estado do Paraná, que nos proporcionou uma

dinâmica de estudos, discussão e reflexão na (re) construção do conhecimento

escolar, os quais foram sintetizados nesta produção Didática. Esta formação foi

desenvolvida em parceria com a UFPR na área de Pedagogia, tendo como

linha de estudo: O trabalho pedagógico e a articulação com os segmentos de

gestão da escola e as instâncias colegiadas.

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A partir dessa linha de estudo, optei pelo tema: Avaliação Institucional,

como possibilidade de implantar na escola um instrumento que possibilite um

diagnóstico da escola como um todo, visando identificar os desafios a serem

superados pelo coletivo escolar e ao mesmo tempo servir de subsídios para

tomada de decisão quanto aos rumos do trabalho educativo desenvolvido na

escola. Trabalho este que, conforme artigo 22 da LDB, deve propiciar ao

educando a formação comum indispensável para o exercício da cidadania.

Nessa perspectiva, a Avaliação Institucional constitui-se como um

processo sistemático de discussão permanente sobre as práticas vivenciadas

na escola, intrínseco à construção da sua autonomia, já que fornece subsídios

para melhoria e o aperfeiçoamento da qualidade do seu trabalho. Essa

autonomia não desvincula a escola das demais instâncias do sistema, uma vez

que a Avaliação Institucional articula as avaliações, possibilitando uma leitura

da totalidade das instituições e do sistema. (OLIVEIRA et al., 2004, p.21)

Dessa forma, a avaliação institucional torna-se um instrumento de

reorientação do trabalho educativo, a partir da construção coletiva de uma

concepção de avaliação democrática e formativa, capaz de intervir

efetivamente na realidade educacional, no sentido de contrapor-se à crescente

exclusão e ao aprofundamento das desigualdades sociais.

Portanto, este material, visa fomentar subsídios às equipes gestoras das

escolas no sentido de vivenciarem este processo da avaliação institucional a

fim de avançarem na conquista de uma gestão verdadeiramente democrática e

participativa.

Boa leitura a todos!

Célia Regina Julião dos Santos

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2. O projeto político pedagógico como ferramenta da gestão democrática

“Não pode haver democracia plena sem pessoas democráticas para exercê-la.” (PARO

2008).

A constituição federal em seu artigo 206 estabelece no inciso Vl a

“gestão democrática no ensino público na forma da lei”, princípio que é

retomado na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996, em

seus artigos 14 e 15, sob as seguintes determinações:

Art. 14 – Os sistemas ensino de ensino definirão as normas da gestão

democrática do ensino público na educação básica de acordo com suas

peculiaridades e conforme os seguintes princípios:

I – participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto

pedagógico da escola;

II – participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou

equivalentes.

Art. 15 – Os sistemas de ensino assegurarão às unidades escolares públicas

de educação básica que os integram progressivos graus de autonomia

pedagógica e administrativa e de gestão financeira, observadas as normas de

direito financeiro público.

Neste sentido, a gestão democrática não é apenas princípio pedagógico,

mas um fundamento legal que visa promover o acesso à educação de

qualidade.

Dessa forma, a escola deve ser entendida como espaço real de

participação e transparência como princípios da gestão democrática. Contudo,

observamos a necessidade da escola pública buscar de fato uma educação

transformadora que possibilite ao educando tornar-se capaz de atuar de forma

ética e participativa em seu ambiente local e global.

Assim, faz-se necessário refletir sobre a importância da escola na

produção e socialização do conhecimento escolar. Essa função social da

escola passa pelo comprometimento coletivo na construção e execução do

projeto político – pedagógico. Nas palavras de Veiga “[...] fica claro entender

que a gestão democrática, no da escola, não é princípio fácil de ser, pois trata

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– se da participação crítica na construção do projeto político – pedagógico e na

sua ” (1999, p. 18).

Nesse contexto, a democratização da gestão na escola, encontra muitos

desafios em sua efetivação, sendo um deles a lógica centralizadora na figura

do diretor que constitui o dia a dia das escolas em espaços impeditivos à

participação da comunidade, sem momentos de discussão e reflexão acerca do

processo educativo.

Lück (2006), afirma que a democratização da escola pressupõe o

estabelecimento de um sistema de relacionamento e de tomada de decisão em

que todos possam participar e contribuir para a criação de um empoderamento

em conjunto e da instituição.

Tal perspectiva aponta a gestão democrática como garantia de

mecanismos e condições para que espaços de participação, discussão e

tomada de decisão possam ser concretizados no cotidiano escolar.

Desse modo, a construção do projeto político – pedagógico torna-se um

instrumento escolar fundamental na implementação de um processo

democrático.

Não se trata simplesmente de elaborar um documento, mas

principalmente de conduzir um processo de ação – reflexão que pressupõe o

esforço coletivo e a vontade política da comunidade escolar consciente da

Para saber mais: Acesse os links abaixo e assista aos vídeos com a

participação de Vitor Henrique Paro, sobre a gestão escolar

e suas facetas:

http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/deb

aser/singlefile.php?id=471

http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/deb

aser/singlefile.php?id=472

http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/deb

aser/singlefile.php?id=473

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necessidade e importância desse processo para melhoria do trabalho

educativo, e consciente, também de que seus resultados não são imediatos

(Veiga, 1995, p.37).

Nesse aspecto, o projeto político – pedagógico aponta um caminho,

uma direção no sentido de alcançar os objetivos e desejos, estabelecidos

coletivamente no momento de sua elaboração.

De acordo com Veiga, o projeto político – pedagógico, ao se constituir

em processo democrático de decisões, preocupa-se em instaurar uma forma e

organização do trabalho pedagógico que supere os conflitos, buscando eliminar

as relações competitivas, corporativas e autoritárias, rompendo com a rotina do

mando impessoal e racionalizado da burocracia que permeia as relações no

interior da escola diminuindo os efeitos fragmentários da divisão do trabalho

que reforça as diferenças e hierarquiza os poderes de decisão. (1995, p.13).

Dessa forma, o projeto político – pedagógico concebido em visão

dialógica e democrática deve ser resultado não apenas da perspectiva da

equipe gestora, mas da ampla discussão e reflexão da comunidade escolar.

Assim, a construção da gestão democrática, exige a participação dos

profissionais da escola e dos membros do conselho escolar, tanto no processo

de construção quanto na implementação e no acompanhamento do projeto,

tendo em vista assegurar esse espaço democrático de direito dos sujeitos

escolares.

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3. A avaliação institucional e a efetividade da autonomia da escola “Só se desenvolve ou se pratica a autonomia quando se decide assumindo um

compromisso pela efetividade do objeto da decisão e a responsabilidade pelos

resultados produzidos pelas ações promovidas nesse sentido”. (LÜCK, 2006)

A escola como uma instituição pública de educação cumpre uma

finalidade coletiva, social, cultural e pública. Ela apresenta um elevado grau de

importância para a comunidade escolar e para a sociedade em geral que a

mantém.

Essa questão aponta para a necessidade de a comunidade participar

efetivamente da gestão da escola de modo a que esta ganhe autonomia em

relação aos interesses dominantes representados pelo Estado. (Paro, 2008,

p.40).

Assim, primando pela participação de todos, a escola deve definir o

rumo de seus encaminhamentos, preservando sua identidade e autonomia

pedagógica, administrativa e financeira.

Nesse sentido, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº9394/96, em

seus artigos 14 e 15, apresenta as seguintes determinações:

Art. 14 - Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do

ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e

conforme os seguintes princípios:

I. participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico

da escola;

II. participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou

equivalentes.

Art. 15 - Os sistemas de ensino assegurarão às unidades escolares públicas de

educação básica que os integram progressivos graus de autonomia pedagógica e

administrativa e de gestão financeira, observadas as normas de direito financeiro

público.

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A partir desse contexto, cada estabelecimento de ensino deve elaborar o

seu Projeto Político – Pedagógico como condição necessária para a construção

da autonomia escolar. Contudo, a lei e a construção de um documento

pedagógico não são suficientes para garantir a efetividade da autonomia

escolar.

Na interpretação de Veiga (1995, p.91):

“Para a escola concretizar a construção de seu projeto precisa antes ter clareza do aluno, do ser cidadão que deseja alicerçar; estar organizada em princípios democráticos; valorizar o interativo e por fim, embora não menos importante, que possa contar com profissionais que priorizem as orientações teórico-metodológicas de construção coletiva de projeto”.

A autonomia da escola constitui-se como um dos principais aspectos

tendo em vista uma nova organização da educação, que tem como objetivo a

democratização, a igualdade de oportunidades e a qualidade do ensino.

Com base nesses princípios Lück (2006, p. 94), aponta que a autonomia

se expressa por meio de iniciativas coletivas, orientadas para resolução de

problemas existentes na escola que interferem na qualidade da educação

oferecida para seus alunos.

Assim, a escola ao refletir sobre sua intencionalidade educativa no

momento de elaborar, executar e avaliar o seu projeto político – pedagógico

cria condições de exercer sua autonomia pedagógica de maneira consciente de

suas ações e resultados obtidos no processo educativo.

De acordo com Grochoska (2013, p.42), “Quanto maior o grau de

envolvimento dos profissionais, pais e alunos, maior a efetivação do projeto da

autonomia da escola, mesmo que ela esteja vinculada a legislações

superiores”.

Para refletir:

Que fatores dificultam a prática da autonomia pedagógica em sua escola?

Como você percebe a autonomia do

conselho escolar frente aos desafios encontrados no dia-a-dia da sua escola?

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Nesse sentido, percebe-se a importância de implantar na escola um

instrumento que possibilite um diagnóstico da escola como um todo, visando

identificar os desafios a serem superados pelo coletivo escolar e ao mesmo

tempo servir de subsídios para tomada de decisão quanto aos rumos do

trabalho educativo desenvolvido na escola. Trabalho este, que conforme artigo

22 da LDB deve propiciar ao educando a formação comum indispensável para

o exercício da cidadania.

Nessa perspectiva, a Avaliação Institucional constitui-se como um

processo sistemático de discussão permanente sobre as práticas vivenciadas

na escola, intrínseco à construção da sua autonomia, já que fornece subsídios

para melhoria e o aperfeiçoamento da qualidade do seu trabalho. Essa

autonomia não desvincula a escola das demais instâncias do sistema, uma vez

que a Avaliação Institucional articula as demais avaliações (as externas e as

realizadas em sala de aula), possibilitando uma leitura da totalidade das

instituições e do sistema. (OLIVEIRA et al., 2004, p.21)

Dessa forma, a avaliação institucional torna-se um instrumento de

reorientação do trabalho educativo, a partir da construção coletiva de uma

concepção de avaliação democrática e formativa, capaz de intervir

efetivamente na realidade educacional, no sentido de contrapor-se à crescente

exclusão e ao aprofundamento das desigualdades sociais.

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4. A avaliação institucional implica na construção de um processo

participativo

“A avaliação é um ato dinâmico que qualifica e oferece subsídios ao projeto político-

pedagógico”. (VEIGA, 1995)

Avaliar é um ato muito complexo, sendo que exames gerais, como as

avaliações externas em larga escala (SAEB, Prova Brasil, ENEM), não

conseguem e não se propõem a avaliar a complexidade e abrangência do

processo pedagógico, cultural, científico e social das escolas. Daí, a

importância de construirmos um processo próprio de avaliação da unidade

escolar que contribua para melhoria efetividade do processo de ensino-

aprendizagem.

Nesse sentido, Paro (2008, p.81), afirma que:

É preciso prever instrumentos institucionais que avaliem não apenas o

rendimento do aluno, mas o próprio processo escolar como um todo, com a

presença de alunos e de pais, pois eles são os usuários da escola e a eles

compete apontar problemas e dar sugestões de acordo com seus

interesses.

Dessa maneira, pensar acerca da melhoria da qualidade do ensino

ofertada pelas escolas, significa desenvolver um olhar avaliativo sobre o

espaço escolar. Assim, se a avaliação em larga escala é externa, e não

consegue atingir as diferentes dimensões do processo educativo, a avaliação

institucional é interna e está sob a organização de seus atores.

Com a avaliação institucional espera-se que o coletivo escolar identifique

seus problemas e suas contradições; reflita sobre eles e estruture situações de

superação, demandando condições do poder público, mas, ao mesmo tempo,

comprometendo-se com melhorias concretas na escola. (Freitas et al., 2012,

p.38).

Sendo assim, torna-se necessário mobilizar a escola no sentido de

fomentar debates e reflexões acerca da avaliação como instrumento de

aprimoramento da gestão pedagógica e administrativa.

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Para Luckesi (1995, p.116), a avaliação neste contexto apresenta

subsídios ao redimensionamento do projeto da escola, a fim de verificar se ele

não está defasado em virtude das novas exigências do presente, ou se não

está muito pretensioso, necessitando de novo encaminhamento.

Portanto, um olhar crítico sobre o projeto educativo da escola, possibilita

aos envolvidos no processo a conhecerem suas limitações, e ainda, a

identificar os aspectos favoráveis ao bom andamento da instituição.

De acordo com Hoffmann (2009, p. 10), “Não há tomada de consciência

que não influencie a ação. Uma avaliação reflexiva auxilia a transformação da

realidade avaliada”.

Dessa forma, avaliação institucional deve assegurar o caráter

participativo como condição para a consciência da realidade, e o compromisso

com a tomada de decisões no sentido de promover mudanças a partir dos

resultados apresentados. O processo de reflexão oportuniza ao coletivo

escolar compreender os vários aspectos que envolvem a gestão da instituição.

Nesse contexto, Sobrinho (2005, p.177), aponta que:

A avaliação assim compreendida é uma prática social orientada, sobretudo para produzir questionamentos e compreender os efeitos pedagógicos, políticos, éticos, sociais, econômicos do fenômeno educativo, e não simplesmente uma operação de medida e muito menos um exercício autocrático de discriminação e comparação.

Portanto, a avaliação institucional tem o propósito de promover um maior

comprometimento de todos que atuam na escola, em prol da sua principal

função, que é a assegurar que o processo ensino-aprendizagem ocorra com

um mínimo de qualidade aceitável.

A avaliação institucional é o princípio básico para o entendimento dos

espaços e das relações que se dão no interior da escola, em todas as

dimensões. Assim, deve ser entendida como uma estratégia que tem por

objetivo ser construída de uma maneira emancipatória e participativa, pois visa

melhorias para a instituição de ensino. (Grochoska, 2013, p.12).

Portanto, compreender a avaliação institucional sob essa perspectiva,

permite à equipe gestora e ao coletivo escolar como um todo refletirem de

maneira organizada e sistematizada a respeito dos desafios a serem

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superados, mas também aponta os aspectos positivos que a escola vem

desenvolvendo.

Para saber mais:

Recomenda – se a leitura do artigo citado abaixo

para aprofundamento da avaliação como

instrumento de aprimoramento da gestão

pedagógica e administrativa.

BELLONI, I. Avaliação Institucional: um instrumento de democratização da educação. Brasília: Revista Linhas Críticas. v.5, n.9 (1999). Disponível em: http://seer.bce.unb.br/index.php/linhascriticas/a

rticle/viewFile/6711/5418. Acesso em: 05/12/12.

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5. Breve histórico da avaliação institucional

“A avaliação institucional vem ganhando força e destaque no que diz respeito

às políticas públicas”. (GROCHOSKA, 2013)

Nas últimas décadas, a avaliação tem sido um tema amplamente

debatido no campo educacional. Desde a avaliação dos programas, de

projetos, dos sistemas educativos até das instituições de ensino.

Contudo, a implantação de um processo de avaliação institucional

pressupõe a ruptura com modelos tradicionais de julgamento, punição ou

castigo, impõe mudanças no âmbito das escolas, ou seja, este movimento

requer uma postura mais democrática.

Portanto, para entendermos melhor a proposta da avaliação institucional

faz-se necessário uma contextualização com a história do processo avaliativo

na área da educação.

Desde a década de 1930, educadores e administradores vem debatendo

essa temática. Nesse período a avaliação busca ao final do processo de

ensino, verificar se o estudante atingiu os objetivos estabelecidos, controla

seus cumprimentos e aplica suas sanções e/ou prêmios correspondentes aos

resultados.

Segundo Sobrinho (2005, p. 20), “A avaliação se tornou, então, um

instrumento para diagnosticar quantitativamente a rentabilidade e a eficiência

da escola, dos processos pedagógicos e administrativos”.

Atualmente, ainda podemos perceber de forma bastante presente nas

escolas a permanência deste tipo de avaliação, praticada como modalidade

que busca apenas demonstrar a eficiência e a produtividade dos processos

citados por Sobrinho.

A avaliação amplia seu campo, não se trata mais simplesmente de

avaliar os estudantes, mas também os professores, as escolas, os conteúdos,

as metodologias e estratégias de ensino, etc. Além do enfoque positivista e

quantitativista, passa a orientar-se também pelos enfoques naturalistas ou

fenomenológicos e qualitativos. (Sobrinho, 2005, p. 22).

A partir do ano de 1973, o campo da avaliação amplia-se para as

instituições educacionais, passa a ser denominado como período do

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profissionalismo. Há uma grande produção teórica por meio de livros e revistas

específicas, e ainda, universidades que começam a oferecer cursos de

formação em avaliação.

Alguns acontecimentos marcaram essa época: qualificação, incremento

e melhoria da comunicação, preparação e titulação dos avaliadores,

cooperação entre organizações profissionais relacionadas com a avaliação

educacional. Outra questão importante refere-se ao fato de que a tomada de

decisão torna-se o principal eixo da avaliação e não mais os objetivos. Dessa

forma, o paradigma científico positivista passa a ser questionado a partir do

aspecto qualitativo da avaliação.

A partir do avanço pelo interesse no campo da avaliação, esta ganha

complexidade, especialmente porque os fenômenos mais significativos que

ocorrem no interior do sistema educacional, na maioria das vezes não são

passíveis de mensuração, por isso necessita-se de uma avaliação capaz de

dar conta desses fenômenos. Então, ela passa a incorporar a negociação, a

democracia, metodologia e instrumentos adaptados às disciplinas das áreas

humanas e sociais. (OLIVEIRA et al., 2004, p.4)

Portanto, a avaliação na área educacional se consolidou como objeto de

estudo de uma prática política e pedagógica. De acordo com Sobrinho (2005,

p. 27), “Há, assim, o reconhecimento de que a avaliação tem interesse público,

e, não meramente privado. Além das questões técnicas, há também as éticas e

políticas”.

Assim, o processo de avaliação ao longo dos anos evoluiu a partir de

diferentes eixos dada a sua complexidade: avaliar, medir, pesar, apreciar,

julgar, analisar e sancionar; mas também como conceito de: compreender,

refletir, interpretar e tomar decisões rumo a mudanças.

Segundo Sobrinho (2005, p. 13), “a avaliação adquiriu dimensões de

enorme importância na agenda política dos governos, organismos e agências

dedicadas à estruturação e à gestão do setor público e, particularmente, da

educação”.

Dessa forma, a avaliação institucional conquistou espaço na discussão

de melhoria das instituições escolares. Contudo, esta evolução carrega de um

lado aspectos que se complementam e se ampliam, por outro emerge

situações complexas de compreensão das relações e estruturas.

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Contudo, avaliação institucional em nosso país ainda é considerada

como uma prática recente, principalmente em relação à educação básica.

Porém, aos poucos ela vem sendo incorporada como um processo necessário

à administração como condição de melhoria em relação às políticas públicas.

Nessa perspectiva, a Lei de e Bases da Educação, estabelece em seu

art. 9º, inciso Vl, que a União incumbir-se-á de: assegurar processo nacional de

avaliação do rendimento escolar no ensino fundamental, médio e superior, em

colaboração com os sistemas de ensino, objetivando a definição de prioridades

e melhoria da qualidade do ensino.

Assim, a partir de 1990, o Ministério da Educação implanta o Sistema de

Avaliação da Educação Básica – SAEB, que tem como objetivo verificar o

desempenho escolar dos alunos do nível fundamental e médio. As questões

avaliadas visam identificar as competências escolares mínimas que os alunos

devem demonstrar ao final dessas etapas de ensino. As informações devem

ser utilizadas pelos responsáveis dos entes federados, no sentido de organizar

ações corretivas das ineficiências do sistema.

Em 1998 teve início o Exame Nacional do Ensino Médio, que visa avaliar

o desempenho dos estudantes ao concluírem a etapa final da educação básica.

A inscrição é voluntária aos estudantes que estão concluindo ou que já

concluíram o ensino médio em anos anteriores. O resultado do Enem tem sido

utilizado como critério de seleção para o ingresso dos estudantes em

instituições de Ensino superior.

Alguns Estados implantaram seus próprios sistemas estaduais de

avaliação, produzindo resultados por escola para que cada uma pudesse

buscar a melhoria da qualidade da Educação. (OLIVEIRA et al., 2004, p. 7).

Nesse contexto, o Estado do Paraná implantou em 1995 o Programa de

Avaliação do Rendimento Escolar – AVA/PR, com o objetivo principal de

complementar as informações recebidas pelo Sistema de Avaliação de

Educação Básica – SAEB, de maneira a oferecer aos municípios e escolas

paranaenses resultados mais específicos em seu âmbito.

A partir dos resultados dessas avaliações aplicadas nos anos de 1995,

1996, 1997,1998 e 2000, verificou-se a necessidade de elaboração de uma

avaliação mais efetiva, de forma que esta pudesse buscar uma melhor

compreensão da realidade das escolas e do sistema educacional.

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Com esse intuito, a Secretaria de Educação do Paraná assumiu o

compromisso de implantar no período de 2004 – 2006, o Programa de

avaliação Institucional da educação Básica na rede Pública Estadual do

Paraná. De acordo com OLIVEIRA et al (2004, p.10), “O objetivo principal deste

momento foi o de envolver os atores da educação Básica da Rede Pública

Estadual, iniciando a discussão da concepção e das orientações para uma

proposta de Avaliação Institucional do Sistema”.

Ainda de acordo com o site do portal Dia a Dia Educação, o Programa

de Avaliação Institucional no Paraná tem como objetivo sinalizar os fatores que

facilitam e/ou dificultam o processo democrático, a qualificação do sistema e

das instituições educacionais na Rede Pública de Ensino - Sede, NREs e

Escolas. O programa foi iniciado em setembro de 2004, e teve o processo de

Autoavaliação Institucional realizado no período de dezembro de 2005 a abril

de 2006.

A partir do contexto apresentado, percebe-se que a avaliação

institucional vem sendo incorporada como uma significativa estratégia que

discutida frente a um projeto político – pedagógico construído coletivamente

oportuniza uma ampla leitura da realidade escolar.

De acordo com Freitas et al., (2012, p.35), “Assim, pensar em avaliação

institucional implica repensar o significado da participação dos diferentes atores

na vida e no destino das escolas.”

Tal perspectiva aponta para importância do coletivo recuperar a

discussão do projeto político-pedagógico, a fim de refletir sobre suas

potencialidades e fragilidades, sob o ponto de vista do alcance dos objetivos

educacionais em relação aos alunos.

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20

6. Proposta de um instrumento de autoavaliação

“A participação da comunidade na escola, como todo processo

democrático, é um caminho que se faz ao caminhar, o que não

elimina a necessidade de se refletir previamente a respeito dos

obstáculos e possibilidades que a realidade apresenta para a

ação”. (PARO, 2008)

A avaliação institucional configura - se em uma ferramenta essencial

para que a gestão escolar possa por meio da utilização desse instrumento

planejar e organizar suas ações a partir do diagnóstico apresentado. Pois, uma

instituição comprometida em assegurar que seus alunos se apropriem do saber

historicamente acumulado e ainda contribuir para o desenvolvimento de sua

consciência crítica e democrática, deve aprimorar seu trabalho no sentido de

conhecer suas dificuldades para que possa juntamente com o coletivo escolar

potencializar seus pontos positivos.

Vale ressaltar, conforme afirma Freitas et al., (2012, p.40), “... a

referência está dada pelo projeto político –pedagógico da escola. Ele reflete

compromissos do coletivo”

Para refletir:

A equipe gestora ao pensar em um processo de avaliação institucional

necessita discutir com a comunidade escolar as seguintes questões, apontadas

por Gadotti (2010):

O que avaliar? Por que e para que avaliar? Como avaliar? Quanto avaliar?

Quem avalia? Quando avaliar? A partir de que critérios? Que padrões utilizar?

Quem define esses critérios e padrões?

Texto: GADOTTI, Moacir. (2010). Avaliação Institucional: Necessidades e

condições para sua realização. Disponível em:

http://siteantigo.paulofreire.org/pub/Institu/SubInstitucional1203023491It0

03Ps002/Avali_Institucional.pdf. Acesso em 02/12/12.

O instrumento apresentado nesta proposta de avaliação

institucional está compreendido a partir de um processo dinâmico de

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21

avaliação, o qual exige uma mediação pedagógica quanto aos ajustes

necessários em função de diferentes situações encontradas nas escolas.

Sob essa perspectiva, será possível utilizá-lo como elemento balizador na

conquista da qualidade que desejamos em relação à educação que

oferecemos em nossas instituições de ensino.

Portanto, a construção e aplicação desse instrumento, a partir da

reflexão e discussão coletivas, têm como principal objetivo, criar na escola uma

cultura de avaliação institucional como possibilidade de conhecer, entender e

se comprometer com as mudanças necessárias na escola para que se efetive

uma gestão de fato democrática, a qual implica no comprometimento de todos

com a melhoria da educação escolar pública.

Com base no documento Cadernos Temáticos: avaliação institucional -

Secretaria de Estado da Educação do Paraná (2004), a avaliação entendida

como processo sistemático e dirigida requer em um primeiro momento

sensibilizar as pessoas que estarão envolvidas no processo da avaliação, de

maneira a explicitar os objetivos para realização da avaliação. Sendo que estes

devem estar presentes no projeto político – pedagógico da escola. Este

momento necessita ser desenvolvido com bastante segurança, tendo em vista,

que é base para implantação do processo de Avaliação institucional na escola.

Outro importante momento refere - se a mobilização que deve ser

entendida como ponto fundamental para uma participação ativa dos envolvidos

na avaliação, isto é, a comunidade escolar precisa estar ciente da importância

deste momento de avaliação para melhoria do trabalho desenvolvido pela

escola, deixando claro que a aplicação do instrumento não tem a intenção de

punir, castigar ou mesmo premiar.

6.1 - Organização do processo de avaliação institucional

Com base no documento Avaliação Institucional da Educação básica no

Paraná – Processo de Auto - Avaliação – Escola – SEED/PR (2003 -2006),

alguns aspectos necessários à realização do processo de avaliação

institucional:

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22

A. Definir quem será a pessoa responsável pela coordenação do

processo de avaliação institucional, a qual presidirá a comissão de avaliação

institucional, que será formada posteriormente.

B. A proposta de avaliação será apresentada num primeiro momento

para toda comunidade escolar, e após serão formados grupos de cada

segmento da escola: equipe gestora, funcionários, professores, alunos

representantes de turma e pais.

C. Cada grupo, após ler e discutir a proposta de avaliação, deverá

democraticamente escolher um relator do grupo que fará as anotações

referentes aos aspectos que sugerem ser modificado ou retirado. O relator irá

integrar - se a comissão de avaliação institucional da escola.

D. A comissão de avaliação realizará os ajustes necessários sugeridos

pelos grupos.

E. Após reorganização do instrumento de avaliação, este será apresentado

aos membros do conselho escolar para que seja analisado e não havendo

observação contrária, validado. Em seguida, define-se qual dimensão do

processo educativo será avaliada. São elas: 1. Prática pedagógica 2. Formação

e condição de trabalho dos profissionais da escola 3. Gestão escolar

democrática 4. Condições físicas e materiais 5. Acompanhamento do

desenvolvimento escola. As dimensões foram elaboradas com base nos

Indicadores da qualidade na educação / Ação Educativa – MEC/2004.

Obs.: Conforme consta no projeto de intervenção neste momento de

implementação do projeto será avaliada apenas uma dimensão tendo em vista

o tempo reduzido para coleta e análise dos dados. Posteriormente, a partir de

um processo progressivo e contínuo dar- se á avaliação das demais

dimensões. A proposta é de que o instrumento seja aplicado anualmente após

as devidas correções.

F. A coordenação deverá preparar o material a ser aplicado, bem como os

demais procedimentos necessários a realização do processo (cronograma,

convite aos participantes, sala de aplicação...). Havendo disponibilidade de

espaço o instrumento poderá ser preenchido na mesma sala e ao mesmo

tempo por todos os participantes.

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23

G. O instrumento de avaliação a ser preenchido pelos diferentes grupos será

composto das mesmas questões. Para maior detalhamento das informações

coletadas, no cabeçalho do instrumento constará a identificação do segmento

respondente (equipe gestora, funcionários, alunos representantes, professores

e pais).

H. Após o preenchimento do instrumento a coordenação, a comissão de

avaliação elaborarão planilhas com a sistematização dos resultados.

I. A partir dos resultados, a comissão de avaliação, a direção, equipe

pedagógica e membros do conselho escolar terão a responsabilidade de

elaborar um plano de ação de forma sintetizada relatando as positividades e as

fragilidades de cada dimensão apontada no instrumento de avaliação, e ainda

descrever possíveis estratégias para superação das dificuldades apresentadas.

J. O plano de ação deverá ser apresentado aos grupos participantes do

processo avaliativo para discussão e aprovação.

L. O resultado da avaliação institucional (planilhas e plano de ação) deverá ser

afixado em local de fácil acesso à comunidade escolar.

M. Reunião com a comissão de avaliação, direção e equipe pedagógica para

apreciação crítica e elaboração de um parecer sobre o processo de avaliação

institucional realizado na escola. O parecer deverá constar: aspectos positivos

e negativos, e ainda sugestões para reelaboração do instrumento tendo em

vista sua aplicação anual.

6.2 - Orientações para preenchimento do instrumento de avaliação

O questionário tem o objetivo de identificar o nível de acordo que a

comunidade escolar possui diante das perguntas realizadas. Para isso,

deverá assinalar a opção correspondente com sua opinião. O significado dos

números é o seguinte:

1: Não se aplica:

Deve-se assinalar este nível quando a situação apresentada na questão não é

de seu conhecimento, ou seja, você não sabe se ela acontece ou é realizada

diante da realidade da escola.

2: Discordo totalmente:

A questão avaliada não acontece ou não é realizada na realidade escolar.

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24

3: Discordo:

A questão avaliada é realizada, porém em nível mínimo na realidade escolar.

4: De acordo:

A questão avaliada é realizada em nível mediano na realidade escolar.

5: Concordo plenamente:

A questão avaliada corresponde de forma plena a realidade da escola.

Este questionário tem por finalidade favorecer a avaliação interna da

escola, no sentido de que a partir de um diagnóstico das dimensões

educativas, seja possível planejar e organizar ações que permitam aperfeiçoar

a qualidade da educação que a instituição oferece. A sua opinião, somada à de

toda a comunidade escolar, irá colaborar de maneira fundamental no processo

de autoconhecimento da escola.

Obs.: Os itens que constam nas dimensões avaliadas foram adaptados a partir

do documento Avaliação Institucional da educação básica no Paraná: processo

de auto avaliação – escola. SEED/PR – 2005.

6.3 – Dimensão 1: Prática Educativa

Esta dimensão refere – se ao comprometimento dos profissionais da

escola não só com o conhecimento de sua área de atuação, mas também com

a efetivação de um processo de ensino – aprendizagem, baseado no

planejamento e na organização de ações discutidas coletivamente.

Você pertence a que segmento da escola:

Alunos ( )

Professor/a ( )

Funcionário/a ( )

Pai e/ou responsável ( )

Equipe pedagógica ( )

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25

1. O projeto político – pedagógico da escola foi construído com a participação

de professores, direção, equipe pedagógica e representantes de pais e alunos?

1 2 3 4 5

2. A proposta pedagógica curricular é atualizada periodicamente?

1 2 3 4 5

3. O planejamento das aulas é elaborado considerando o perfil da turma?

1 2 3 4 5

4. A elaboração e execução do plano de trabalho do professor são orientados e

acompanhados pela equipe pedagógica?

1 2 3 4 5

5. Os professores explicam para os alunos os critérios de avaliação que serão

utilizados nas disciplinas?

1 2 3 4 5

6. Os professores em suas aulas procuram utilizar diferentes recursos e

estratégias?

1 2 3 4 5

7. A equipe pedagógica realiza o acompanhamento do processo de ensino –

aprendizagem dos alunos, tais como: excesso de faltas, dificuldades de

aprendizagem e de relacionamento com colegas e professores?

1 2 3 4 5

8. A hora – atividade destinada para planejamento e das atividades a serem

trabalhadas nas aulas, são organizadas de maneira que possibilita o encontro

entre os professores que atuam na mesma área de conhecimento?

1 2 3 4 5

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26

9. A equipe pedagógica orienta e acompanha os professores durante a hora -

atividade?

1 2 3 4 5

10. A escola trabalha questões como: o uso indevido das drogas, violência,

sexualidade, entre outras?

1 2 3 4 5

11. Os alunos que apresentam algum tipo de deficiência são atendidos

conforme suas necessidades educacionais?

1 2 3 4 5

12. A escola age no combate as diferentes formas de preconceito e

discriminação?

1 2 3 4 5

13. Os funcionários da escola demonstram atitudes que contribuem para o

processo de ensino e aprendizagem?

1 2 3 4 5

14. Os atos de indisciplina praticados pelos alunos são tratados e

encaminhados conforme estabelece o regimento escolar?

1 2 3 4 5

15. A comunidade escolar participa das discussões da reorganização do

regimento escolar, sempre que necessário?

1 2 3 4 5

16. Durante a realização do conselho de classe são discutidas as situações de

avanço e de dificuldades de aprendizagem diagnosticadas pelos professores?

1 2 3 4 5

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27

17. No conselho de classe são elaboradas ações de melhoria para o processo

de ensino - aprendizagem a partir das situações levantadas?

1 2 3 4 5

18. Os representantes de turma participam da realização do conselho de

classe?

1 2 3 4 5

19. No início do ano são realizadas avaliações diagnósticas para elaboração do

planejamento conforme o nível de aprendizagem da turma?

1 2 3 4 5

20. Os alunos têm oportunidade de apresentar e realizar atividades na escola,

de acordo com seus interesses?

1 2 3 4 5

21. Os recursos financeiros recebidos pela escola são priorizados para atender

as questões pedagógicas?

1 2 3 4 5

22. Existem mecanismos que viabilizem a participação dos pais no

acompanhamento do processo ensino – aprendizagem?

1 2 3 4 5

23. As atividades e/ou eventos especiais realizados pela escola são

comunicados a comunidade escolar em tempo hábil?

1 2 3 4 5

24. A escola oferece projetos extraclasses (teatro, música, dança, esportes)?

1 2 3 4 5

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28

25. A escola realiza visitas/passeios para enriquecimento dos conteúdos

desenvolvidos em sala de aula?

1 2 3 4 5

A partir das questões que foram avaliadas nesta dimensão (prática

pedagógica) registre no espaço abaixo:

Principal aspecto positivo: Maior fragilidade apresentada:

6.4- Dimensão 2: Formação e Condição de trabalho dos Profissionais da

Escola

Cada profissional desempenha um papel fundamental no

desenvolvimento do trabalho que a escola oferece para sua atuação e o seu

comprometimento com o processo pedagógico.

1. Os profissionais que trabalham na escola têm oportunidade de se atualizar,

participando de cursos e ações de formação?

1 2 3 4 5

2. As normas e regras de funcionamento são discutidas e definidas

coletivamente?

1 2 3 4 5

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29

3. Os profissionais se mobilizam para reivindicar ou organizar atividades de

formação de acordo com seus interesses?

1 2 3 4 5

4. Professores, equipe pedagógica e direção reúnem – se para reflexão e

discussão do projeto político – pedagógico e da proposta curricular?

1 2 3 4 5

5. Os professores e demais funcionários da escola recebem formação a

respeito de como trabalhar com alunos que apresentam necessidades

educativas especiais?

1 2 3 4 5

6. São utilizados critérios pedagógicos para a escolha dos profissionais que

irão participar das formações (no caso de vagas limitadas)?

1 2 3 4 5

7. A escola tem a prática de organizar grupos de estudos?

1 2 3 4 5

8. O número de profissionais existentes é suficiente para o bom funcionamento

da escola?

1 2 3 4 5

9. A equipe pedagógica orienta a prática dos diferentes profissionais da

escola?

1 2 3 4 5

10. Os professores iniciam e terminam as aulas pontualmente?

1 2 3 4 5

11. A equipe pedagógica cumpre seu horário com pontualidade?

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30

1 2 3 4 5

12. Os demais funcionários respeitam seus horários de entrada e saída com

pontualidade?

1 2 3 4 5

13. Os alunos chegam para as aulas conforme horário estabelecido?

1 2 3 4 5

14. Avalia – se a atuação dos profissionais da escola?

1 2 3 4 5

15. Os resultados da avaliação dos profissionais são utilizados para promover a

melhoria contínua destes?

1 2 3 4 5

A partir das questões que foram avaliadas nesta dimensão (prática

pedagógica) registre no espaço abaixo:

Principal aspecto positivo: Maior fragilidade apresentada:

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31

6.5- Dimensão 3: Gestão Escolar Democrática

Esta dimensão refere-se ao trabalho da equipe de gestão escolar

considerando que gestão democrática implica em um processo de participação

dos envolvidos no processo educativo na discussão de ações e tomada de

decisões.

1. A direção busca informar a comunidade escolar a respeito dos principais

acontecimentos/assuntos da escola?

1 2 3 4 5

2. Percebe - se que na escola as informações circulam de maneira clara e

objetiva entre professores, pais, equipe pedagógica, funcionários e alunos?

1 2 3 4 5

3. No início do ano letivo os representantes dos órgãos colegiados (APMF,

Conselho escolar e Grêmio estudantil), participam da elaboração do plano de

ação?

1 2 3 4 5

4. O conselho escolar é formado por representantes dos diferentes segmentos

da escola (pais, alunos, professores, funcionários e equipe pedagógica)?

1 2 3 4 5

5. A escolha dos representantes do conselho escolar ocorre por e em cada

segmento?

1 2 3 4 5

6. O conselho escolar tem normas de funcionamento definidas e conhecidas

por todos?

1 2 3 4 5

7. Os conselheiros recebem formação para exercer sua função?

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32

1 2 3 4 5

8. O conselho escolar participa da elaboração do plano financeiro da escola?

1 2 3 4 5

9. As decisões tomadas pelo conselho escolar são divulgadas para a

comunidade escolar?

1 2 3 4 5

10. Os órgãos colegiados reúnem – se sistematicamente?

1 2 3 4 5

11. A pauta das reuniões do conselho escolar é priorizada por questões de

pedagógica (processo de ensino e de aprendizagem)?

1 2 3 4 5

12. Os assuntos a serem tratados nas reuniões da APMF, do conselho escolar

e do grêmio estudantil, são comunicados previamente em pauta colocada em

edital?

1 2 3 4 5

13. As decisões e prestações de contas da APMF são afixadas em local de

fácil acesso a comunidade escolar?

1 2 3 4 5

14. A utilização dos recursos recebidos é discutida coletivamente e tem sido

aplicado conforme as prioridades da escola?

1 2 3 4 5

15. Na escola o grêmio estudantil participa na organização das atividades da

escola?

1 2 3 4 5

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33

16. A direção presta contas à comunidade escolar, apresentando regularmente

o balanço financeiro?

1 2 3 4 5

17. Os pais e/ou responsáveis pelos alunos comparecem e participam de forma

ativa das reuniões referentes a vida escolar de seus filhos?

1 2 3 4 5

18. A escola oportunizou a participação dos pais na elaboração do projeto

político – pedagógico?

1 2 3 4 5

19. Na escola existe a prática de coletar sugestões/opiniões da comunidade

escolar a respeito do trabalho desenvolvido?

1 2 3 4 5

20. A direção da escola juntamente com a equipe pedagógica, professores e

alunos e demais membros da comunidade escolar busca solucionar os conflitos

que surgem entre as pessoas no dia-a-dia da escola?

A partir das questões que foram avaliadas nesta dimensão (prática

pedagógica) registre no espaço abaixo:

Principal aspecto positivo: Maior fragilidade apresentada:

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34

6.6 Dimensão 4: Condições Físicas e Materiais

A estrutura física, os recursos financeiros e materiais, são elementos que

constituem – se em condições concretas para efetivação do trabalho educativo.

1. O horário de atendimento da secretaria e da biblioteca está de acordo com a

necessidade da comunidade escolar?

1 2 3 4 5

2. O serviço de documentação e informação escolar é organizado de maneira

ágil e atualizado?

1 2 3 4 5

3. A escola disponibiliza aos pais um sistema de informação sobre a vida

escolar de seus filhos?

1 2 3 4 5

4. A organização das turmas e horário das aulas facilita o processo de ensino e

de aprendizagem?

1 2 3 4 5

5. A comunidade escolar e demais pessoas que procuram a escola recebem

por parte dos funcionários da secretaria um atendimento cordial, ágil e de

qualidade?

1 2 3 4 5

6. A quantidade de funcionários do setor administrativo é adequada para o

desempenho das atribuições?

1 2 3 4 5

7. O número de funcionários de serviços gerais é suficiente para a necessidade

da escola?

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35

1 2 3 4 5

8. A escola conta com professores para todas as disciplinas desde o início do

ano letivo?

1 2 3 4 5

9. A equipe pedagógica dispõe de pessoas em número suficiente para atender

a demanda da escola?

1 2 3 4 5

10. A escola, de uma maneira geral é limpa e organizada?

1 2 3 4 5

11. Há por parte da direção, empenho quanto à aquisição, conservação e

manutenção do prédio e das mobílias escolares?

1 2 3 4 5

12. Os profissionais recebem condições adequadas para o desempenho de

suas funções?

1 2 3 4 5

13. O espaço físico da sala de aula é adequado ao número de alunos?

1 2 3 4 5

14. Os materiais e recursos didáticos de que a escola dispõe atende a

necessidade do professor no preparo e na execução de suas aulas?

1 2 3 4 5

15. A merenda escolar recebida é suficiente para atender aos alunos?

1 2 3 4 5

16. Os alunos apreciam a merenda servida?

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36

1 2 3 4 5

17. As normas de higiene são respeitadas pelas merendeiras no momento do

preparo e de servir a merenda?

1 2 3 4 5

18. A escola dispõe de uma biblioteca organizada?

1 2 3 4 5

19. O acervo bibliográfico é atualizado e adequado com as demandas

pedagógicas da escola?

1 2 3 4 5

20. O espaço físico da escola está adaptado a acessibilidade de pessoas com

deficiência física?

1 2 3 4 5

A partir das questões que foram avaliadas nesta dimensão (prática

pedagógica) registre no espaço abaixo:

Principal aspecto positivo: Maior fragilidade apresentada:

Page 38: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · O projeto político pedagógico como ferramenta da gestão democrática ... direito financeiro público. ... preservando sua identidade

37

6.7 Dimensão 5: Acompanhamento do Desenvolvimento da Escola

O cumprimento dos objetivos educacionais está relacionado à

responsabilidade da escola em refletir, discutir, acompanhar e propor ações de

melhoria em vista dos resultados apresentados.

1. A equipe pedagógica analisa criteriosamente os índices educacionais (taxas

de aprovação, de reprovação, de evasão e abandono)?

1 2 3 4 5

2. Os índices educacionais são apresentados e discutidos com a comunidade

escolar?

1 2 3 4 5

3. A equipe pedagógica realiza o acompanhamento da assiduidade dos

alunos?

1 2 3 4 5

4. A escola discute e busca identificar as causas do excesso de faltas e da

evasão escolar?

1 2 3 4 5

5. A escola desenvolve ações/estratégias para reduzir o elevado índice de

faltas apresentados pelos alunos, bem como o retorno destes alunos para as

aulas?

1 2 3 4 5

6. Os professores utilizam diferentes atividades para avaliar os alunos?

1 2 3 4 5

7. Os alunos são orientados a realizar a autoavaliação (falar, escrever,

expressar sobre como foi seu desempenho na aula/bimestre/semestre ou

ano)?

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38

1 2 3 4 5

8. Os professores consideram a avaliação como momento de

acompanhamento do nível de aprendizagem do educando no sentido

reencaminhamento das ações previstas no planejamento?

1 2 3 4 5

9. Os critérios e os instrumentos de avaliação que serão utilizados para

avaliação do processo de aprendizagem, são discutidos com os alunos?

1 2 3 4 5

10. Os resultados das avaliações são discutidos e refletidos com os alunos a

fim de que compreendam suas dificuldades e/ou avanços?

1 2 3 4 5

11. A avaliação da aprendizagem é realizada continuamente e de diferentes

formas (testes, relatórios, pesquisas, trabalhos em grupos, produções...)?

1 2 3 4 5

12. Os professores com base nos resultados obtidos retomam os conteúdos

não apropriados pelos alunos?

1 2 3 4 5

13. A equipe pedagógica analisa e apresenta dados que demonstram a (s)

disciplina(s) que a série/turma apresenta maior dificuldade de aprendizagem?

1 2 3 4 5

14. A escola, principalmente, no conselho de classe busca discutir e promover

ações que visem melhoria do processo de ensino e de aprendizagem?

1 2 3 4 5

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39

15. A escola apresenta e discute com a comunidade escolar os resultados

obtidos por meio do Sistema de Avaliação da Educação Básica do Paraná –

SAEP?

1 2 3 4 5

A partir das questões que foram avaliadas nesta dimensão (prática

pedagógica) registre no espaço abaixo:

Principal aspecto positivo: Maior fragilidade apresentada:

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40

7. Metodologia

O material apresentado destina - se a equipe pedagógica e/ou direção

que tem a intenção de refletir, discutir, e se entender apropriado, implantar o

processo avaliação institucional interna em sua escola.

É importante ressaltar que o desenvolvimento deste trabalho deve estar

referenciado pelo projeto político – pedagógico, considerando a necessidade

de que a escola permita que os envolvidos no processo educativo participem

desse momento de autoconhecimento das limitações e potencialidades

existentes na instituição.

Recomenda – se uma leitura reflexiva de algumas das referências

citadas neste trabalho visando maior aprofundamento teórico a respeito dos

aspectos que envolvem o processo de avaliação institucional, para que assim,

o responsável pelo direcionamento da proposta de avaliação na escola

encontre maiores subsídios.

A partir daí, acredito que o plano de ações proposto nesta produção irá

contribuir para o desenvolvimento do trabalho.

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41

8. Cronograma de ações

Nº Período/

Data

Carga

Horária

Ação

1 23/01/14 3 h

Preparação do material (slides) para apresentação do projeto de intervenção à comunidade escolar.

2 30/01/14 30 min

Reunião com direção e equipe pedagógica para explicar como será realizada a apresentação do projeto na semana pedagógica.

3 04/02/13 1h

Apresentação do projeto de intervenção à direção, equipe pedagógica, funcionários, professores e membros do conselho escolar.

4 27/02/13

(manhã)

30 min

Apresentação do projeto de intervenção aos alunos representantes de turma e do grêmio estudantil do período da manhã.

5 27/02/13

(tarde)

30 min

Apresentação do projeto de intervenção aos alunos representantes de turma e do grêmio estudantil do período da tarde.

6 27/02/13 (noite)

30 min

Apresentação do projeto de intervenção aos alunos representantes de turma e do grêmio estudantil do período da noite.

7 13/03/13

(noite)

1 h

Apresentação do projeto para os pais.

8 15/03/14

(sábado letivo)

3 h e 30 min

Apresentação e discussão da proposta do instrumento de avaliação institucional com a comunidade escolar. Escolha do relator dos grupos por segmento para composição da comissão de avaliação institucional da escola.

9 20/03/14 3 h Reunião com a comissão de avaliação para discussão dos ajustes sugeridos pelos grupos.

10 27/03/14 (manhã)

4 h Reelaboração do instrumento de avaliação a partir dos ajustes realizados pela comissão.

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11 03/04/14 (noite)

3 h Reunião da comissão de avaliação com os membros do conselho escolar para análise e aprovação do instrumento de avaliação e definição da dimensão educativa a ser avaliada no processo de implementação do projeto

12 10/04/14 8 h Preparação do material para aplicação do instrumento de avaliação referente a dimensão educativa indicada pelo conselho escolar (xerox, lista de presença, elaboração de comunicado para que a comunidade participe do processo...).

13 17/04/14 4 h Continuação da preparação do material para aplicação do instrumento de avaliação.

14 24/04/14 3 h Reunião com a comissão de avalição para organização referente ao dia de aplicação do instrumento.

15 08/05/14 (manhã)

3 h Preenchimento do instrumento de avaliação institucional pelos participantes do turno da manhã.

16 08/05/14 (tarde)

3 h Preenchimento do instrumento de avaliação institucional pelos participantes do período da tarde.

17 08/05/14

(noite)

3 h Preenchimento do instrumento de avaliação institucional pelos participantes do período da noite.

17 08/05/14

(noite)

3 h Preenchimento do instrumento de avaliação institucional pelos participantes do período da noite.

18 10/05/14 4h Elaboração, juntamente com a comissão de avaliação, das planilhas com o resultado da dimensão avaliada.

19 15/05/14 8 h Continuação da elaboração das planilhas com o resultado da avaliação institucional.

20 22/05/14 4 h Reunião com a comissão de avaliação, direção, equipe pedagógica e membros do conselho escolar para elaboração de um plano de ação a partir das dificuldades apresentadas na dimensão avaliada.

21 29/05/14 2 h Reunião com a comunidade escolar para

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apresentação, discussão e aprovação do plano de ação.

22 05/06/14 1 h Divulgação do resultado de avaliação (planilha, plano de ação), a ser afixado em local de fácil acesso da comunidade escolar.

23 05/06/14 2 h Reunião com a comissão de avaliação, direção e equipe pedagógica para apreciação crítica e elaboração de um parecer sobre o processo de avaliação institucional realizado na escola.

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9. Referências

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______. RESENDE, L. M. G. (Orgs.). Escola: espaço do projeto político –

pedagógico. São Paulo. Papirus, 1999.