OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · FILOSOFIA. Resumo alunos do 1º ... desenvolver...

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

TÍTULO :TÊNIS DE CAMPO NA QUADRA DA ESCOLA – UMA POSSIBILIDADE DE TRANSFORMAÇÃO PESSOAL

Autor: ADEMIR LUCCHETTI

Disciplina/Área (ingresso no PDE) EDUCAÇÃO FISICA

Escola de implementação do Projeto e sua localização

COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ DE ANCHIETA

Município da escola BORRAZÓPOLIS

Núcleo Regional de Educação APUCARANA

Professor orientador FERNANDO PEREIRA CANDIDO

Instituição de Ensino Superior UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA

Relação Interdisciplinar MATEMÁTICA, HISTÓRIA, SOCIOLOGIA, FILOSOFIA.

Resumo

Nesta proposta de intervenção temos em vista desenvolver o Tênis de Campo como um conteúdo da Educação Física ,possibilitando ao aluno refletir a respeito do mundo em que vive, sobre as determinações econômicas, políticas, sociais e biológicas – decisivas na sua apropriação da cultura corporal e do Esporte – relacionadas ao seu desenvolvimento humano. o problema final formulado para o projeto foi: Por que o Tênis de Campo não é praticado nas escolas? Delimitou-se então o objetivo geral: Desenvolver o ensino do conteúdo esporte nas aulas de Educação Física a partir do tratamento pedagógico do tênis de campo. Ao desenvolver um tema novo, que traga conhecimentos aos alunos do 1º ano do Ensino Médio, se pensa o Tênis de Campo para além da prática do jogo, com uma concepção que supere a ideia de ser uma modalidade esportiva para ricos. Dentro de uma visão, que engloba a economia, a história da sociedade e a filosofia, quero que haja uma reflexão sobre as diferentes classes sociais, as diferenças entre quem joga na escolinha de tênis de campo, com o material adequado e oficial, e quem joga o tênis de campo com os materiais adaptados; as diferentes concepções políticas para a educação e o esporte. O aluno tem que conhecer as noções de Capitalismo, Socialismo e Comunismo, assim como seus fundadores, tais como: Karl Marx e Friedrich Engels

Palavras-chave : Tênis de Campo; Classes sociais; Práxis social.

Formato do Material Didático CADERNO PEDAGÓGICO COM UNIDADES TEMÁTICAS

Público Alvo 1º ANO DO ENSINO MÉDIO NOTURNO

SECRETARIA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DO PARANÁ

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO- SUED

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE

NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE APUCARANA

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA

ORIENTADOR: Me. FERNANDO PEREIRA CÂNDIDO

PROFESSOR: ADEMIR LUCCHETTI

TÍTULO:

O TENIS DE CAMPO NA QUADRA DA ESCOLA; UMA POSSIBILIDADE DE TRANSFORMAÇÃO PESSOAL

BORRAZÓPOLIS – 2013

1 APRESENTAÇÃO

Na presente proposta de intervenção, da qual esta produção didática é parte fundamental, temos em vista desenvolver o Tênis de Campo como um conteúdo que possibilitará ao aluno refletir a respeito do mundo em que vive, tendo condições de elaborar uma reflexão articulada sobre as determinações econômicas, políticas, sociais e pedagógicas relacionadas ao seu desenvolvimento humano e que delimitam sua apropriação da cultura corporal em geral, e do Esporte em específico. Também, intenta-se possibilitar sua formação e desenvolvimento quanto as suas dimensões biológica e cultural.

Inicialmente, as preocupações que levaram a abordar tal tema de ensino na Educação Física constituiu-se considerando as problemáticas que envolvem o Tênis de Campo na Escola, tais como: a) O professor de Educação Física não teve acesso ao conhecimento em relação ao tênis de campo durante sua formação inicial; b) Professores e alunos pensam que o tênis de campo é de difícil prática e acessibilidade, que os materiais esportivos não podem ser adaptados visando a iniciação e vivência prática deste conteúdo; c) Mediante a falta da quadra específica para o tênis não se identifica a possibilidade de adaptar a quadra polivalente que permita a vários alunos a prática do tênis de campo; d) Na minha própria experiência profissional, assim como na de muitos professores com quem trabalhei, não tive informação sobre a relação com este esporte, nem na experiência pessoal dos professores como praticantes, nem sobre a sua utilização enquanto conteúdo de ensino da Educação Física; e) A falta de materiais esportivos que pertencem ao tênis de campo, também de se torna um entrave, juntamente com a falta de estrutura física das escolas; f) E por ser o tênis de campo um esporte que é estigmatizado como um esporte de elite, pois em minha cidade os que conhecem o tênis de campo, só o viram pela televisão em todo o seu glamour.

Como os estudos realizados no PDE pude avançar para questões mais amplas que motivaram esta intervenção. Em texto de Taffarel (1995) encontramos questões como:

“Convivemos hoje com formações econômicas” que vão das primitivas sociedades tribais pré-capitalistas, até a forma mais adiantada do capitalismo imperialista, forma que busca sua hegemonia à custa da devastação do planeta e seus ecossistemas- natureza, social, psíquico.

Segundo Hobsbawm,(1992: p.144) “(...) um mundo onde há desigualdades tão impressionantes e sempre crescentes não poderá se manter estável por muito tempo”.

Este momento histórico exige, de nossa parte, enquanto professores, educadores e cientistas, a responsabilidade de conhecermos e reconhecermos as possibilidades humanas de explicar e interferir nessa realidade.

Dessa forma, identifiquei a necessidade de difundir a prática do tênis de campo e das demais modalidades esportivas, abordadas a partir da filosofia ou da concepção do materialismo histórico dialético de Karl Marx. Assim, o problema final formulado para o projeto foi Por que o Tênis de Campo não é praticado nas escolas?

Estabelecido o problema central, foi delimitado o objetivo geral: Desenvolver o ensino do conteúdo esporte nas aulas de Educação Física a partir do tratamento pedagógico do tênis de campo; bem como, os específico: Investigar e ensinar a história do tênis de campo de forma dialética; Sistematizar e aplicar uma unidade didática relativa ao esporte tênis de campo; Compreender criticamente o tênis de campo em suas determinações econômicas, política, social e pedagógica; Discutir as possibilidades de formação humana, biológica e culturalmente, presentes no tênis de campo.

Devido a essa problemática e definindo meus objetivos, que visam a uma reelaboração e reestruturação da prática das aulas de Educação Física, levando também os alunos ao conhecimento de sua realidade em todos os aspectos citados, fiz a opção pelo Caderno Pedagógico. Por meio da sua utilização espero que seja possível mediar o conhecimento para os alunos 1º ano do Ensino Médio noturno sobre o Tênis de Campo, com uma abordagem que vá além da prática pela prática.

O material didático produzido e que será utilizado para o desenvolvimento do projeto de intervenção é composto pelo seguinte conteúdo:

- Questionário inicial e questionário final de avaliação;

- Textos introdutórios de crítica da economia política;

- Aspectos históricos do Tênis de Campo no mundo e no Brasil;

- Sua fundamentação técnica que possibilite a prática;

- As regras básicas;

- As dimensões e tipos de quadra de jogo, bem como as suas adaptações;

- O material necessário para a prática do jogo (raquete, bolinha, rede e demarcações da quadra de jogo);

- A linguagem básica do esporte que vem do inglês, e;

- Para finalizar esta proposta de intervenção, a realização de um campeonato no interior da turma de aplicação e, posteriormente entre as turmas do Ensino Médio.

Esta competição envolve a aprendizagem do Esporte para uma prática eficiente do jogo de tênis de campo. Buscarei desmistificar ainda mais este esporte mediante a participação dos alunos em uma competição do mesmo, de forma que o aluno possa constatar que qualquer indivíduo pode se apropriar desta produção humana – Esporte/Tênis de Campo – e que o Esporte, na sua dimensão de jogo,

pode ser modificado pelo jogador de forma a atender as necessidades das pessoas e não da instituição em que o jogo se converteu.

2 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO ESPORTE: COMPREENDENDO A SOCIEDADE CAPITALISTA

- EVOLUÇÃO DA ECONOMIA POLITICA –

Nossos estudos sobre o Tênis de Campo vão começar de um ponto incomum na Educação Física, da Crítica da Economia Política. E faremos esta discussão a partir da obra de José Paulo Netto e Marcelo Braz intitulada Crítica da Economia Política: uma introdução crítica (2008), de onde retiramos as informações que seguirão. Minha preocupação em oferecer um Caderno Pedagógico voltado para a abordagem inicial da Economia Política em relação à proposta de implantar o Tênis de Campo nas aulas de Educação Física visa a que os estudantes reflitam, se empenhem e se esforcem para entender este esporte em suas relações mais amplas. Suponho um estudante interessado, disposto a aprender, a se apropriar de informações e de concepções teóricas; um estudante que não tenha medo da crítica e, municiado de conhecimentos, se proponha a exercitar sua própria crítica. A Economia Política tem como objeto: as relações sociais próprias ás atividade econômica, que é o processo que envolve a produção e a distribuição dos bens que satisfazem as necessidades individuais ou coletivas dos membros de uma sociedade. A Economia Política aborda questões ligadas diretamente a interesses materiais (econômicos e sociais) e, em face deles, não há nem pode haver neutralidade: suas teses e conclusões estão sempre conectadas a interesses de grupos e classes sociais. A natureza peculiar do material [que a Economia Política] aborda chama ao campo de batalha as paixões mais violentas, mesquinhas e odiosas do coração humano, as fúrias do interesse privado. A Igreja Anglicana da Inglaterra, por exemplo: perdoaria antes o ataque a 38 de seus artigos de fé do que a 1/39 de suas rendas monetárias (MARX, 1983, p.13).

Reflita sobre o que Marx quer dizer quando afirma que uma Igreja aceitaria 38 ataques aos seus preceitos religiosos, mas nem um ataque sequer às suas rendas monetárias.

“O   próprio   ateísmo   é   uma   culpa   levis   [pecado   sem  importância]   se   comparado   com   a   crítica   às  relações  tradicionais  de  propriedade”  (MARX,  1983,  p.13).  

- COMUNIDADES PRIMITIVAS -

Foi há cerca de uns quarenta mil anos – já depois de uma evolução de milhares de anos - que os primeiros grupos propriamente humanos surgiram sobre a terra. Estes grupos por mais de trinta mil anos , viveram em estágios prévios ao que genericamente se denomina CIVILIZAÇÃO, cujo aparecimento inicial deu-se às margens do Nilo e do Eufrates e na Índia e na China, cujo regime social era a Comunidade Primitiva. E a dissolução destas comunidades veio com a domesticação de animais e surgimento da agricultura. As comunidades que avançaram nessa direção logo, se distinguiram das outras , dedicando ao pastoreio e ao cultivo das terras, deixaram o nomadismo e vincularam-se a um tornando-se território (sedentários).

- O ESCRAVISMO E O FEUDALISMO.

O surgimento do excedente econômico – sinalizando o desenvolvimento das forças produtivas, da produtividade do trabalho e apontando para as trocas entre os grupos humanos – e a sua apropriação por aqueles que passaram a explorar os produtores diretos levaram à dissolução da comunidade primitiva . Vai sucedê-la o modo de produção escravista que, no ocidente, estrutura-se por volta de 3.000 anos antes de Cristo, configurando o Mundo Antigo, que perdurará até a queda do Império Romano. Torna compensador; escravizar e explorar os homens- pois este produz o excedente. Na sociedade escravista as relações sociais eram presididas pelo antagonismo entre escravos e seus proprietários. O escravismo , com todos os seus horrores , significou um passo adiante na história da humanidade : introduzindo a propriedade privada dos meios fundamentais de produção e exploração do homem pelo homem, e diversificou a produção bens.

A forma de família que corresponde á civilização e vence definitivamente com ela é a monogamia, a supremacia do homem sobre a mulher e a família individual como unidade econômica da sociedade. A força da coesão da sociedade civilizada é o ESTADO, que é [...] o Estado da classe dominante e, de qualquer modo, essencialmente uma máquina destinada a reprimir a classe oprimida e explorada. Também são características da civilização: se por um lado a fixação da oposição entre a cidade e o campo como base de toda a divisão social do trabalho e, por outro lado, a introdução dos testamentos, por meio dos quais o proprietário pode dispor dos seus bens ainda depois de morto (ENGELS, 1963, p. 140-141).

Desde que a civilização se baseia na exploração de uma classe por outra, todo o seu desenvolvimento se opera numa constante contradição. Cada progresso é , ao mesmo tempo, um retrocesso na condição de classe oprimida, isto é, da imensa maioria. Cada benefício para uns é necessariamente um prejuízo para outros; cada grau de emancipação conseguido por uma classe é um novo elemento de opressão para a outra (id., ibid).

-FEUDALISMO-

A centralização do Imperialismo (Escravismo) foi substituída pela Feudalismo: que a base territorial de uma economia fundada no trato da terra, o feudo pertencia a uma nobre (senhor) , que sujeitava os produtores diretos(Servos)), a terra arável era dividida entre a parte do senhor e a parte que, em troca de tributos e prestações, era ocupada pelos servos ( glebas) – pastos, prados, bosques, baldios eram usados em comum. A propriedade da terra constituía o fundamento da estrutura social : a sociedade se polarizava entre os senhores e os servos – e é preciso recordar que a igreja católica , cuja alta hierarquia provinha da nobreza e com ela se identificava, detinha grande extensões de terras, fonte de riqueza , que respaldava seu enorme poder. Dos grandes comerciantes, grupos sociais que nasce nas entranhas da ordem feudal, surgirão os elementos que, a partir do século XVI, conformarão a classe que derrotará a feudal idade – Eles constituirão a BURGUESIA. O processo de crise do feudalismo é, igualmente, o solo histórico do movimento que conduzirá ao mundo a REVOLUÇÃO BURGUESA, a partir do século XVI que só culminará, em termos históricos universais, no final do século XVIII.

-FORMAÇÃO DO ESTADO ABSOLUTISTA –

Representou a resposta dos senhores à rebeldia dos servos; seu caráter de classe mostrou-se óbvio – foi um notável reforço para combater as mobilizações camponesas. No entanto, esse instrumento repressivo a serviço da nobreza fundiária se constituiu reduzindo o poder dos nobres, e concentrando o poder na mão de um deles: o rei, isto diminuiu significativamente a capacidade interventiva de cada um dos senhores feudais. Este Estado absolutista, do ponto de vista do seu conteúdo de classe, é como assinalamos, um instrumento a serviço do conjunto dos senhores feudais.

Este Estado Absolutista inaugura e inicia o Estado Moderno Nacional. Com efeito, é com o absolutismo, a partir do século XVI que surgem as estruturas próprias do Estado moderno, a articulação da nação; uma força armada sob comando único, uma burocracia e um sistema fiscal. Não foi por acaso que se observou que “ o poder estatal centralizado com seus órgãos onipotentes – o exército permanente , a polícia, a burocracia, o clero e a magistratura –[...] procede dos tempos da monarquia absoluta e serviu á nascente burguesa como uma arma poderosa em suas lutas contra o feudalismo” (Marx, in Marx e Engels, 1961, 2: 80).

A expansão das atividades mercantis, que agora tinham amplitude internacional e é na Europa Ocidental viam o nascimento da manufatura, chocava-se com a estrutura do Estado Absolutista;

conforme uma arguta análise, essa “ revolução das condições econômicas da vida social não foi seguida por uma mudança correspondente na estrutura política. Enquanto a sociedade tornava-se cada vez mais burguesa, a ordem política continuou sendo feudal (ENGELS, 1972; 115).

A partir dos textos acima, realize uma pesquisa a discussão na próxima aula:

Quem é Karl Marx e Friedrich Engels?

O que é o socialismo científico de Karl Marx e Friedrich Engels?

O que é o capitalismo?

O que é o comunismo?

-REVOLUÇÃO BURGUESA-

A revolução Burguesa tratou de remover o Estado Absolutista, que já não atendia e não acompanhava a evolução de uma produção cada vez mais capitalista. A tomada do poder político pela burguesia, cujo marco emblemático é 1789 ; hegemonizou-se no terreno das ideias que lhes permitiram organizar o povo ( o conjunto da Terceiro Estado) e liderá-lo na luta que pôs fim ao Antigo Regime (feudalismo). Enterrado o feudalismo, abre o século XIX com o Estado criado pela burguesia triunfante, O ESTADO BURGUÊS.

-MODO DE PRODUÇÃO CAPITALISTA - Produção de Mercadorias

“A riqueza das sociedades em que domina o modo de produção capitalista aparece como uma imensa coleção de mercadorias , e a mercadoria individual como sua forma elementar” (MARX, 1983, p. 45 ).

Vivemos numa sociedade, na qual tem a vigência do modo de produção capitalista; e sabemos que o acúmulo de mercadorias cada vez maior traz maior riqueza aos seus proprietários.

Mais ainda para todos nós, comprar e vender mercadorias, é igualmente uma experiência cotidiana; a compra e a venda, eis aí, a “relação mais simples, corriqueira, fundamental, maciça e comum, com que nos deparamos mil e uma vezes ( LÊNIN, apud NIKITIN, s.d., p. 32 ).

É ainda nas entranhas da sociedade feudal que, no século XVI, começa a constituir a sociedade burguesa, aquela que se funda no modo de produção capitalista –e o capitalismo é a

Organização da sociedade na qual a terra, as fábricas, os instrumentos de produção etc. pertencem a um pequeno número de proprietários fundiários e capitalistas, enquanto a massa do povo não possui nenhuma ou quase nenhuma propriedade e, por isto, deve vender a sua força de trabalho (LÊNIN, apud NIKITIN, s. d., p. 53).

No Capitalismo a produção de mercadorias, à base da divisão social do trabalho e da propriedade privada dos meios de produção, desenvolve-se espontaneamente:

- os produtores de mercadorias não se orientam segundo qualquer plano que indique a necessidade real de suas mercadorias, cada qual produz suas mercadorias e as leva ao mercado conforme o seu arbítrio; numa palavra, o conjunto da produção de mercadorias não obedece a nenhum planejamento e opera anarquicamente. Essa anarquia vê-se acentuada pela concorrência entre os produtores, cada qual interessado em obter mais lucro. Como se verifica, trata-se de uma produção que não dispõe de mecanismos de regulação e capazes de permitir ao homem um controle consciente sejam daquilo que deve ser produzido, seja do modo como seu trabalho deve ser repartido. Certas mercadorias abundam e outras praticamente desaparecem etc.—conjunturas nas quais a desorganização do conjunto da produção criam graves problemas para a reprodução da própria sociedade.

É evidente que esse estado de coisas não pode perdurar por muito tempo e alguma regulação deve intervir para fazer com que se redistribua o trabalho empregado na produção—e essa regulação geralmente aparece através da concorrência de mercado, encarecendo as mercadorias que faltam e barateando as mercadorias que abundam.

Não é apenas a produção de mercadorias que caracteriza o modo de produção capitalista; na verdade,

As condições históricas da existência [ do modo de produção capitalista] não se limitam à simples circulação de dinheiro e mercadorias. [Ele] só pode florescer quando o dono dos meios de produção e subsistência encontra no mercado o trabalhador livre, que vende sua capacidade de trabalho (MARX, apud SWEEZY, 1962; 88).

As duas classes fundamentais do modo de produção capitalista dão origem a dois sujeitos históricos: o capitalista ou burguês- que tem dinheiro e meios de produção (forma o capital), são os que detêm essa propriedade, dispõem de riqueza acumulada . Enquanto o proletariado (operário) desprovido de tudo dispõe apenas

de sua capacidade de trabalho e está compelida a vender esta sua força de trabalho.

Quais as consequências de uma sociedade produzir as mercadorias sem controle, sem um planejamento geral?

Temas para reflexão relativa à pergunta:

a) Produção de comida cara X comidas jogadas no lixo b) Transporte coletivo X transporte individual c) Moradias de luxo X moradias paupérrimas

- MODO DE PRODUÇÃO CAPITALISTA - Exploração do Trabalho

O modo de produção capitalista, que sucedeu, no Ocidente, ao modo de produção feudal, hoje é dominante em escala mundial. Desde a sua consolidação, na passagem do século XVIII ao XIX, teve a concorrência de experiências de caráter socialista. Atualmente não se confronta com nenhum desafio externo à sua própria dinâmica; impera na economia das sociedades mais desenvolvidas (centrais) e vigora nas economias das sociedades menos desenvolvidas (periféricas). Em poucas palavras na entrada do século XXI, o Modo de Produção Capitalista é dominante em todos os quadrantes do mundo. E é determinante definir que o Modo de Produção Capitalista se fundou, permanece e se consolida ás custas da “ exploração do trabalhador”.

E o único sentido específico da ação capitalista é: “ a partir de dinheiro, produzir mercadorias para conseguir mais dinheiro “ ou seja é a busca incessante do lucro.

Objetivo central de todo ser Capitalista e Empresa capitalista é o lucro, e se isto não existir, a busca pelo lucro, consequentemente serão liquidados.

O capitalista extrai da jornada de trabalho do trabalhador um excedente (a mais-valia, fonte de seu lucro). O capitalista se apropria (expropriação, extração ou extorsão) deste excedente, que deveria ser pago ao trabalhador e é nesta relação de exploração que se funda o Capitalismo.

O salário é o preço da força de trabalho, que é comprada pelo capitalista.

O capitalista, frente à necessidade de comprar “força de trabalho”, exibe o mesmo comportamento que tem diante de outras mercadorias : comprá-las pelo preço mais baixo possível—e se puder pagará um preço inferior ao seu valor. Sinteticamente, pois, “o valor da força de trabalho é determinado pelo valor dos artigos de primeira necessidade exigidos para produzir, desenvolver e manter e perpetuar a força de trabalho “(MARX, 1982a, p. 161).

Devido ao desemprego, os capitalistas forçam o salário para baixo, por outro lado quando há pouca força de trabalho no mercado, os trabalhadores pressionam-nos para cima.

Na verdade, é na fixação do preço da força de trabalho que mais imediatamente vem à tona o antagonismo entre os interesses do capitalista e dos trabalhadores. Ao longo da evolução do capitalismo, o trabalhador notou que o melhor instrumento para os trabalhadores não se subordinarem aos baixos salários ou seja abaixo do valor é que seja feito uma organização classista e política: quando dispõem de sindicatos fortes e partidos políticos que os representam, os trabalhadores adquirem condições para negociar favoravelmente o preço da única mercadoria que possuem ( a sua força de trabalho). E quanto mais cresce o poder de suas lutas e de suas organizações, mais podem pressionar o Estado( que defende os interesses dos burgueses ou seja do Capitalista) para intervir na regulação dos salários mínimos. Considerando os países capitalistas centrais a partir do final do século XIX, verificou-se que o salário atende somente às necessidades de reprodução fisiológicas dos trabalhadores; quanto às necessidades de natureza histórico-social, somente as lutas organizadas dos trabalhadores, através de seus sindicatos e partidos, tiveram certo êxito no sentido de obrigar os capitalistas a reconhecer algumas como legítimas.

- CLASSE SOCIAL - O QUE É?

Uma classe social é um grupo de pessoas que tem status social similar, segundo critérios diversos, especialmente econômico, assim como de que família pertence e nasceu, o chamado ter ou não ter berço. Diferencia-se do conceito de casta social na medida em que ao membro de uma dada casta normalmente é impossível mudar de status e mudar de classe social de que é originário já é possível (ainda que raro) acontecer.

Segundo a ótica marxista, em praticamente toda a sociedade, seja ela pré capitalista ou caracterizada por um capitalismo desenvolvido, a desigualdade social através da classe social está relacionada ao poder aquisitivo, ao acesso à renda, à posição social, ao nível de escolaridade, ao padrão de vida, entre outros. Existe a classe dominante, que controla direta ou indiretamente o Estado, e as classes dominadas por aquela, reproduzida inexoravelmente por uma estrutura social implantada pela classe dominante. Segundo a mesma visão de mundo, a história da humanidade é a sucessão das lutas de classes, de forma que sempre que uma classe dominada passa a assumir o papel de classe dominante, surge em seu lugar uma nova classe dominada, e aquela impõe a sua estrutura social mais adequada para a perpetuação da exploração.

A divisão da sociedade em classes é consequência dos diferentes papéis que os grupos sociais têm no processo de produção, seguindo a teoria de Karl Marx. É

do papel ocupado por cada classe que depende o nível de fortuna e de rendimento, o gênero de vida e numerosas características culturais das diferentes classes. Classe social define-se como conjunto de agentes sociais nas mesmas condições no processo de produção e que têm afinidades políticas e ideológicas.

CLASSE SOCIAL NA IDADE MÉDIA

Na Idade Média, segundo a perspectiva marxista, a classe dominante era formada pelos senhores feudais. Essa classe era originalmente composta por simples guerreiros nobres, sem terras, e que podiam passar para uma classe dominante caso recebessem terras adquiridas como prêmio de suas conquistas. Seriam ao passarem a ser donos das terras através da coerção sobre a classe dominada que era formada pelos camponeses.

Mas na verdade, nessa altura a sociedade compunha-se de três Estamentos Sociais: o Clero, a Nobreza e o Povo. Dizia Charles Loyseau, em Tratado das Ordens e das Dignidades, nessa sequência que: “uns dedicam-se especialmente a serviço de Deus, outros a defender o Estado pelas armas, outros a alimentá-lo e mantê-lo pelo exercício da paz.”

CLASSE SOCIAL NO CAPITALISMO MODERNO-

Classes sociais fundamentais são trabalhador e burguesia. Essa subdivisão é uma ilustração de como as categorias econômicas explicativas da realidade são totalmente desconexas do que é no mundo.

Pesquisa- Sobre as duas classes sociais Proletariado e Burguesia e suas diferenças sociais e econômicas, refletindo e fazendo comparações com as classes colocadas acima.

A partir da Idade Contemporânea, com o desenvolvimento do sistema capitalista industrial; normalmente existe a noção de que as classes sociais, em diversos países, podem ser divididas em três níveis, dentro dos quais há sub-níveis. Atualmente, a estratificação das classes sociais segue a convenção de classe baixa, classe média e classe alta, sendo que as duas primeiras designam o estrato da população com pouca capacidade financeira, tipicamente com dificuldades econômicas, e a última possui grande margem financeira.

A classe média é, portanto, o estrato considerado mais comum e mais numeroso, que, embora não sofra de dificuldades, não vive propriamente com grande margem financeira. Nota-se, porém, que, nos países de Terceiro Mundo, a classe média é uma minoria e a classe baixa é a maioria da população. Desta interpretação, é possível encontrar outras classes, de acordo com a Fundação

Getúlio Vargas, entretanto a avaliação ideal seria por bens disponíveis e não pela renda.

Já o Dieese utiliza uma classificação por salários mínimos {1} (HTTP://www.dieese.org.br/esp/salmin/salmin00.XML):

01-Classe Social Miserável- até 01 salário mínimo.

02-Classe Social Baixa – de 01 a 02 salários mínimos.

03-Classe Social Média Baixa - de 03 a 05 salários mínimos.

04-Classe Social Média – de 06 a 10 salários mínimos.

05-Classe social Média Alta – de 11 a 19 salários mínimos.

06-Classe Social Alta – 20 ou mais salários mínimos.

Outra classificação da consultoria TARGET, na qual “classe A1”, simboliza a população rica tradicional, distinguida dos “novos ricos”.

01-Classe A1-inclui as famílias com renda mensal maior que R$ 14.400,00

02-Classe A2-maior que R$ 8.100,00

03-Classe B- maior que R$ 4.600,00

04-Classe C- maior que R$ 2.300,00

05-Classe D- maior que R$ 1.400,00

06-Classe E- maior que R$ 950,00

07-Classe F- maior que R$ 400.00

08-Classe H- Bolsa Família Média de 2013- R$ 97,00

O problema desse “alfabeto” de classes sociais é o reforço da ideia que engana o trabalhador teoricamente e praticamente, na escola, na universidade ou no dia a dia. Esta ideia é aquele que diz que é possível mudar de classe a qualquer momento. Se a classe social fosse definida por faixa salarial, realmente isso seria relativamente bastante possível. Todavia, se for considerada a classe social da forma mais científica e correta, a partir da posse ou não dos meios de produção, da compra ou da venda da força de trabalho, essa mudança de classes é impossível, acontecendo somente nas poucas exceções. Para pensar no que isso significa: ganhar na loteria é impossível? Não. Mas, podemos dizer que é só jogar na loteria que você vai ganhar? Quantas pessoas no mundo ganham na loteria?

Analisando a classificação de classes sociais acima, devemos destacar as seguintes diferenças entre estas e a classificação de Karl Marx e Friedrich Engels em relação ás classes sociais citadas pelo DIEESE e consultoria Target?

CLASSES SOCIAIS NO BRASIL

São frequentes análises sobre a organização das classes socioeconômicas no Brasil. Atualmente, observa-se no país uma estrutura social típica de qualquer nação capitalista contemporânea, com três classes distintas. Justamente como qualquer nação em desenvolvimento, o maior contingente populacional classificado como parte das classes sociais mais baixas. Embora sejam vistas como uma instituição social já antiga, as classes sociais, tais como conhecemos no Brasil atual tem suas origens datadas de 1950 aproximadamente, quando o país passou a vivenciar um verdadeiro boom de crescimento econômico que duraria até 1980 aproximadamente. Foi exatamente esse furor econômico que possibilitou a criação de algo inédito na história do país, a classe média brasileira.

Em uma rápida análise da organização dessas classes no país, percebe-se a seguinte distribuição:

A Classe mais abastada e com maior parte do poder de renda, é composta de quatro grupos sociais distintos.

Sendo que há exceções, por que tinham famílias nobres (elite tradicional, ilustres e que detinham grande fortuna antigamente), e também outras que também são relativamente antigas, ilustres e que detiveram grandes fortunas antigamente mas que não são tão tradicionais (antigas) e ilustres quanto às famílias nobres, portanto as pessoas que pertencem a este grupo, embora não tenham um ganho mensal altíssimo como os empresários e executivos de sucesso, estes vivem na classe alta, tem um status social elevado e, normalmente, participam de Associações elitistas.

Os grupos sociais da classe social mais abastada são:

01-os que dirigem diretamente a maquinaria capitalista do país. Composto por grandes empresários, grandes banqueiros, grandes acionistas, grandes fazendeiros, grandes industriais, etc.

02-os que gravitam em torno deste núcleo principal. Composto por diretores, assessores e gerentes de grandes empresas, e indústrias em geral, e também donos de empresas que assessoram as maiores.

03-os altos funcionários do Estado Brasileiro. Composto por juízes, desembargadores, funcionários públicos bem situados dentro dos três poderes,

presidentes de empresas estatais, promotores, políticos, professores universitários bem graduados, funcionários estatais eleitos, militares de alto escalão, etc.

04-os que sobrevivem dos gastos dos quatro grupos, ou seja, aqueles que prestam serviços indiretamente ou atendem diretamente a classe mais abastada, e pelo seu ganho, pertencem a ela. Tendo suas variações, como profissionais liberais bem qualificados ou que ocupam funções políticas, e/ou de direção. Composto por médicos, advogados, engenheiros e arquitetos bem conceituados, proprietários de bares chiques, de clubes, de academias caras, de colégios particulares , de cursos de línguas conceituados, de construtoras famosas e tradicionais, especialistas da saúde e outras áreas.

É com base na alta renda desses grupos sociais que se formam uma nova camada de clientes. Discute-se então a nova classe média brasileira, criada pela expansão do emprego público e pela criação de empregos privados que exigiam qualificação intermediária.

01-os trabalhadores que prestam serviços diretamente aos grupos mais ricos. Em suma, cozinheiros-chefes, pilotos e motoristas bem qualificados vendedores de lojas mais caras, empregadas domésticas mais qualificadas, professores doutorados de colégios e universidades particulares e de cursinhos, seguranças bem qualificados, etc.

02-os profissionais com ensino superior empregados em funções medianas em empresas. Composto por chefes em geral, analistas, engenheiros recém-formados, plantonistas de clínicas particulares, professores sem doutorado do colegial de colégios privados, etc.

03-os profissionais com ensino superior, funcionários públicos em empregos bem situados. Composto por médicos do sistema público, advogados e funcionários concursados.

04-os funcionários de escritório mais qualificados de empresas ou do governo. Composto por diretores e supervisores de colégios e escolas públicas, bancários de postos intermediários, delegados de polícia em início de carreira, enfermeiros experientes, etc.

05-os trabalhadores manuais de maior qualificação e os operários especializadas de indústrias públicas e privadas. Composto por mecânicos, eletricistas e encanadores de competência e renome, metalúrgicos, fresadores, instrumentais, inspetores de qualidade, torneiros mecânicos, etc.

Vale lembrar que a classe média brasileira está integrada aos modernos padrões de consumo de massas. O padrão de consumo da classe média também é muito beneficiado por serviços baratos, fornecidos por classes mais baixas:

01-os que prestam serviços a baixos preços às classes médias. Composto por empregadas domésticas pouco qualificadas, cozinheiros pouco qualificados, garçons, vendedores de lojas baratas, cabeleireiros mal pagos, pedreiros, etc.

02-os trabalhadores industriais menos ou nãos qualificados. Composto por outros operadores industriais.

03-os funcionários não qualificados de escritórios. Composto por aqueles que prestam serviços aos que trabalham, dentro dos escritórios, tais como: os office e motoboys e faxineiros.

04-Os funcionários não qualificados do Estado. Tais como faxineiros, limpadores de rua, merendeiras, jardineiros de praças públicas, etc.

05-trabalhadores rurais de pequenas propriedades familiares.

Fora da distribuição de classes acima mencionadas temos aqueles que estão desempregados ou que não possuem terras, já que ambos não possuem renda.

A distribuição de classes no Brasil é distorcida pela desigualdade social. Os 10 % mais ricos da população nacional, ou seja, toda a classe alta brasileira , chegavam em 1980, a controlar 50,9% de toda a renda disponível no país. Se somarmos a esse contingente a parte mais rica da classe média brasileira, ou seja, outros 10 % da população nacional, notaremos que essa parcela de apenas 20% controlaria quase 67% de toda a renda nacional.

É com base nesta constatação importante que se diz que no Brasil a sociedade é cindida em três mundos.

-O Primeiro Mundo- vivido pela classe alta, onde as características do próprio primeiro mundo aparecem extremadas;

-O Segundo Mundo- das classes médias, que não passam de uma imitação mais barata do primeiro mundo das classes altas;

-O Terceiro Mundo- das classes mais baixas, mantidas em condições de extrema pobreza e miséria, longe de serem incluídas no mercado de consumo de massas.

-CAPITALISMO-

“Vivemos em um mundo capitalista”. Certamente esta frase foi dita ou ouvida pela maioria das pessoas, porém muitos ainda não sabem o que significa viver em um mundo capitalista.

Capitalismo é o sistema socioeconômico em que os meios de produção ( terras, fábricas, máquinas, edifícios) e o capital (dinheiro) são propriedade privada, ou seja, tem um dono.

Antes do capitalismo, o sistema predominante era o feudalismo, cuja riqueza vinha da exploração de terras e também do trabalho dos servos.

O progresso e as importantes mudanças na sociedade( novas técnicas agrícolas, urbanização, etc.) fizeram com que este sistema se rompesse. Estas mesmas mudanças que contribuíram para a decadência do Feudalismo, cooperaram para o surgimento do Capitalismo.

Os proprietários dos meios de produção (burgueses ou capitalistas ) são a minoria da população e os não proprietários (proletários ou trabalhadores ) que são a maioria vivem de salários injustos; pagos em troca de sua força de trabalho.

Características do Capitalismo

- Toda mercadoria é destinada para a venda (com lucro) e não para uso pessoal.

- O trabalhador recebe um salário em troca de seu trabalho.

- Toda negociação é feita com dinheiro.

- O Capitalista pode admitir ou demitir trabalhadores, já que é dono de tudo (o capital e a propriedade).

Fases do Capitalismo

-Capitalismo Comercial ou mercantil – consolidou-se entre os séculos XV e XVIII. E o chamado Mercantilismo. As grandes potências da época (Portugal, Espanha, Holanda, Inglaterra e França) exploravam novas terras e comercializavam escravos, metais preciosos, etc. com a intenção de enriquecer.

-Capitalismo Industrial- foi a época da Revolução Industrial.

-Capitalismo Financeiro- após a segunda guerra, algumas empresas começaram a exportar meios de produção por causa da alta concorrência e do crescimento da indústria. O capitalismo vem sofrendo modificações desde a Revolução Industrial até hoje. No início do século XX, algumas empresas se uniram para controlar preços e matérias-primas impedindo que outras empresas menores tenham a chance de competir no mercado.

Nessa Época várias empresas se fundiram, dando origem as transnacionais (Multinacionais). Alguns exemplos são: Exxon, Texaco, IBM, Microsoft, Nike, entre outras.

Obs.: O nome transnacional expressa melhor a ideia de que essas empresas atuam além de seu país. O termo multinacional nos levava a concluir que a empresa tinha várias nacionalidades. Por esta razão, o termo foi substituído.

A união de grandes empresas trouxe prejuízo para as pequenas empresas que não conseguem competir no mercado nas mesmas condições. Ou acabam sendo devoradas, pelos gigantes ou conseguem apenas uma parcela muito pequena no mercado.

Visando sempre o lucro e o progresso, grandes empresas passaram a valorizar seus empregados oferecendo-lhes benefícios no intuito de conseguir extrair deles a vontade de trabalhar.

-SOCIALISMO-

Socialismo refere-se a qualquer uma das várias teorias de organização econômica, advogando a administração, e a propriedade pública ou coletiva dos meios de produção e distribuição de bens e de uma sociedade caracterizada pela igualdade de oportunidades/meios para todos os indivíduos.

O socialismo moderno surgiu no final do século XVIII tendo origem nos movimentos políticos de classe trabalhadora que lutavam contra os efeitos da industrialização e da sociedade sobre a propriedade privada. Junto aos trabalhadores, diversos intelectuais, entre os quais o principal é Karl Marx, desenvolveram análises críticas das contradições da sociedade capitalista. Marx afirmava que o socialismo seria alcançado através de luta de classes e de uma revolução do proletariado, tornando-se a fase de transição do capitalismo para o comunismo.

Os socialistas demonstram que o capitalismo concentra injustamente a riqueza e o poder nas mãos de um pequeno segmento da sociedade que controla o capital e obtém sua riqueza através da exploração, criando uma sociedade desigual, que não oferece oportunidades para todos a fim de que possam desenvolver suas potencialidades.

O que esta questão tem a ver com a Educação Física? Como condições desiguais para o desenvolvimento das potencialidades ou capacidades humanas pode afetar você no seu aprendizado da cultura corporal?

-COMUNISMO-

O comunismo é uma formulação político-econômica, que pretende promover o estabelecimento de uma sociedade igualitária, sem classes sociais e sem Estados

nacionais. Baseado na propriedade comum e no controle dos meios de produção e no fim da propriedade em geral. Parte da convicção de que a causa dos problemas sociais está na propriedade privada e na sua acumulação. Para sua instalação, numa primeira fase, a propriedade seria estatizada, sendo o Estado gerido por um partido político, que se encarregaria de distribuir de forma igualitária a riqueza gerada por todos. Numa segunda fase, o Estado seria abolido, sendo o poder entregue ao povo.

Uma sociedade sem classes, sem Estado e livre da opressão, onde as decisões sobre o que produzir e a distribuição desta produção são tomados pelos próprios trabalhadores, permitindo que cada membro da sociedade possa participar do processo decisório, para além da esfera econômica, em todos os campos da vida.

Como uma ideologia política, o comunismo é geralmente considerado como etapa final do socialismo, um grupo amplo de filosofia econômicas e políticas que recorrem a vários movimentos políticos e intelectuais com origens nos trabalhos de teóricos da Revolução Industrial e Revolução Francesa. O Comunismo pode-se dizer que é o contrário de Capitalismo, oferecendo uma alternativa para os problemas de economia de mercado capitalista e do legado do imperialismo e do nacionalismo. Marx afirma que a única maneira de resolver esses problemas é pela revolução da classe trabalhadora (proletários), que segundo Marx, são os principais produtores de riqueza na sociedade e são explorados pelos capitalistas (burguesia), para substituir a burguesia, a fim de estabelecer uma sociedade livre, sem classes ou divisões raciais.

As formas dominantes de Comunismo, como o Leninismo e o Maoismo são baseadas no Marxismo, embora cada uma dessas formas tenha sido modificada em relação às ideias originais.

3 A HISTÓRIA DO TÊNIS DE CAMPO

01-Em meados do século XIII, havia na França, um tradicional jogo denominado “Jeu de Paume” , traduzido como jogo de mão, na qual os jogadores utilizavam as mãos para rebater a bola contra a parede. A partir do século XIV, alguns jogadores implementaram a modalidade e passaram a utilizar uma espécie de raquete de madeira (battoir). Mais tarde, chamado de LONGUE-PAUME, era praticado em uma quadra retangular, dividido por uma rede ; com seis jogadores de cada lado. E também Court-Paume, jogo que exigia técnicas mais aprimoradas. O termo tênis deriva do francês Tenez, que significa o verbo pegar no imperativo: Pega (expressão exclamada pelo atirador ao jogar a bola).

No mesmo período, do outro lado do Oceano, na Inglaterra, o Rei Henrique VIII conhecia o esporte e era praticante desta modalidade, o que ajudou a difundir o tênis pelo mundo. Por isso, o Tênis é um tradicional esporte de origem inglesa, mas não nega o berço Francês. A partir do ano de 1900, surge a Taça Davis; campeonato mundial, dividido nas regiões Americana, Europeia e Oriental. O Tênis atualmente é disputado em quadras de diferentes características.

-HISTÓRIA DO TÊNIS DE CAMPO NO BRASIL-

Com a vinda dos ingleses para o Brasil, no fim do século XIX para atuarem no processo de urbanização de São Paulo e Rio de Janeiro, eles não trouxeram somente uma bola de futebol. Junto vieram algumas raquetes e bolinhas para jogarem tênis, ou seja, o esporte desembarcou por aqui no mesmo período que o futebol. É assim que foi escrito pelos técnicos e engenheiros das empresas Light e a São Paulo Railway.

Em 1892, o clube do São Paulo Athletic Club, fundado por ingleses, inaugurou as primeiras quadras de tênis brasileiras. Outros clubes do Estado paulista também começaram a construir suas quadras, assim como clubes do Rio Grande do Sul. No ano de 1904, foi realizado um torneio interclube com atletas de São Paulo, do Tennis Club de Santos e do Paulistano.

No Estado do Rio de Janeiro, somente o Fluminense tinha quadras de tênis e somente em 1916, o clube do Country Club, inaugurava suas quadras e apostava no esporte.

O primeiro campeonato estadual disputado no Brasil, foi em São Paulo, em 1913, do qual, só seria conquistado por um brasileiro chamado Maércio Munhoz, em 1918, cinco anos depois da criação da competição que até então havia sido conquistado por atletas ingleses.

Em 1924, clube como o São Paulo Tênis Club acompanhado de mais nove clubes, fundaram a Federação Paulista de Tênis. Seis anos mais tarde a entidade já tinha

23 clubes filiados. Em 1932, o Brasil estreava na Copa Davis com o melhor tenista brasileiro da época, Nélson Cruz, acompanhado de Ricardo Pernambuco, outro atleta de destaque na época.

Em 1938, o tenista brasileiro, Alcides Procópio, estava em Wimbledon, na Inglaterra, marcando a primeira participação do Brasil nesta competição. Foi ele também o primeiro campeão brasileiro, em 1943, derrotando na final seu rival, Maneco Fernandes.

DE ESTHER BUENO A GUGA KUERTEN

No dia 19 de novembro de 1955, com a criação da Confederação Brasileira do Tênis, o Brasil começava a acompanhar a evolução do tênis no mundo e teve grande desenvolvimento. Novas quadras eram construídas e tenistas campeões começavam a surgir no Sul e Sudeste do País.

De todos os talentos que tinham naquela época, Maria Esther Bueno, a maior tenista brasileira de todos os tempos, conseguiu um feito inédito ao ser a número um do mundo nos anos de 1959, 1960, 1964, 1966. Entre tantos títulos conquistados por ela, o destaque fica para os oito campeonatos em Wimbledon e o tetra campeonato no US Open, o Aberto dos Estados Unidos. Alguns outros atletas talentosos no masculino: Thomas Koch e Carlos Alberto Kirmayr.

E na década de 90, surgiam os tenistas Luiz Mattar, Cássio Motta, Fernando Roese, Jaime Oncins foram os principais destaques até o meio desta década. Na segunda metade, o argentino naturalizado brasileiro, Fernando Meligeni, conhecido como “Fininho”, também se destacou. Conquistou a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Santo Domingo, na República Dominicana.

Em 1996, um catarinense, alto, desengonçado e de cabelos encaracolados e longos chamado, Gustavo Kuerten, começava a aparecer no cenário mundial. Em 1997, Guga, como é chamado, conquistou e entrou para a história do tênis brasileiro e mundial ao conquistar o Grand Slam de Roland Garros, na França. Repetindo o feito nos anos de 2000, 2001.

Depois de Guga, o Brasil ainda procura outro grande ídolo. Porém, o País continua desenvolvendo este esporte e cada vez mais ele vem sendo praticado por novos atletas.

Reflexão: Alunos analisarem criticamente as inúmeras possibilidades de modalidades esportivas e a questão do esporte como um fenômeno esportivo, que sem dúvida está bem presente na sociedade atual. Que vejam, analisem e reflitam sobre o fenômeno: Tênis profissional e todo o envolvimento capitalista ( uma minoria de jogadores ganham salários altíssimos e a maioria, dos jogadores profissionais, recebem salários baixíssimos) que aborda esta questão e em relação ao tênis que deve ser ensinado nas escolas e sobre qual sentido de (aprendizagem) que deve ser praticado.

4. ESTRUTURA FÍSICA E RECURSOS MATERIAIS PARA O TÊNIS DE CAMPO

4.1 A QUADRA OFICIAL DE TÊNIS E SUAS MEDIDAS

QUADRA ADAPTADA- Como as nossas escolas não possuem a estrutura adequada para a prática do tênis, se faz necessário que haja uma adaptação, tanto no tamanho da quadra como nas linhas limítrofes, que serão feitas com fita crepe colada ao chão, para a divisão de 04 a 06 mini quadras.

IMAGENS DA QUADRA ADAPTADA PARA PRÁTICA NA QUADRA DA ESCOLA.

4.2 MATERIAL DE JOGO- (EQUIPAMENTO)

-RAQUETE OFICIAL- Em 1583, surge a primeira raquete com encordoamento vertical, como as de hoje, em substituição ao transversal. A raquete desenvolvida pelo neerlandês Mitelli, em 1675, tem o cabo mais longo em relação á área de impacto. O aparecimento da raquete com cabo liso, em 1891, ajuda a evitar as habituais torções no pulso. No fim do século XIX, acontece uma grande revolução no formato: o lançamento dos primeiros modelos ovais. A área de batida das bolas também se renova. Os minúsculos quadrados do encordoamento se multiplicam. Inspirada em instrumentos musicais italianos, a raquete de 1930 é apresentada com um novo desenho.

A superfície de contato deve ser plana e ser formada por um padrão de cordas cruzadas conectadas à moldura de raquete. O padrão de encordoamento deve ser uniforme. As raquetes não devem exceder a 73.7 cm de comprimento, incluindo o cabo; 31,7 cm de largura. A superfície de contato com a bola não deve exceder 39,4 cm de comprimento e 29,2 cm de largura. A raquete, incluindo o cabo e as cordas, não deve conter qualquer dispositivo que possa mudar o formato dela, ou para alterar a distribuição de peso, ou qualquer outro meio que possa interferir no desempenho do atleta.

*RAQUETE ADAPTADA- esta raquete é feita em marcenarias ou fábrica de móveis, com material compensado, no mesmo tamanho da raquete oficial, ficando um pouco mais pesada que a raquete oficial.

C-BOLA- A bolinha de tênis é fabricada em borracha, com uma espécie de feltro, em volta da bola e sulcos na bola para dar mais direção e velocidade, podendo atingir a uma velocidade de 200 km por hora num saque. Ela é dividida em duas partes, que são coladas em alta temperatura e cheias com gás nitrogênio. Deve ter um diâmetro entre 6,35 cm a 6,67 cm e pesar entre 56,7 g a 58,5 g. A cor amarela ou verde limão usado nas bolinhas serve para ajudar aos árbitros e público, assim como para dar maior visibilidade ás jogadas.

D-REDE DE TÊNIS- Hoje em dia a rede é equipada com sensores que acusam as batidas da bolinha no momento do saque, ou de invasão do jogador com a raquete por cima dela. Deve ser dividida ao meio e suspensa através de uma corda ou cabo metálico, fixada por dois postes numa altura de 1,07m.A rede deve estar completamente esticada de modo que não haja espaço entre os dois postes da rede e ter uma malha suficientemente pequena para que a bolinha não passe através dela.A altura da rede no centro da quadra deve ser de 0,914m, a qual deve estar presa no centro por uma faixa. Uma banda deve tapar a corda ou cabo metálico no topo da rede. A faixa e a banda da rede devem ser completamente da cor branca.

*REDE ADAPTADA- São amarradas duas redes de tênis de campo; ou pode ser rede de vôlei, uma á outra e estas duas devem fixadas nas traves; que estão localizadas na linha de fundo do futsal; de uma maneira que elas fiquem

atravessadas na quadra toda, para que se oportunize de 08 a 12 jogadores jogarem ao mesmo tempo, em jogo de simples.

D-POSTES DA REDE- Os postes devem estar posicionados a 0,914m fora das linhas limítrofes tanto para de simples como de duplas. Quando for o caso de jogar numa quadra oficial de tênis.

MATERIAL DE JOGO

RAQUETE OFICIAL

BOLA DE TENIS DE CAMPO

REDE OFICIAL DE TÊNIS DE CAMPO

RAQUETE ADAPTADA DE MADEIRA

VESTUÁRIO MASCULINO

VESTUÁRIO ADEQUADO PARA A PRÁTICA DO JOGO

VESTUÁRIO FEMININO

IMAGENS DA QUADRA DE JOGO- OS TIPOS DE PISO

5 REGRAS BÁSICAS DO TENIS DE CAMPO

-01-JOGADORES- O Tênis pode ser jogado entre duas pessoas ( 01x 01) -jogo de simples- ou entre quatro pessoas ( 02 x 02)-jogo de duplas. Um sorteio antes do inicio do jogo define o jogador/dupla que começará servindo e que começará recebendo o saque.

02-SETS- é o nome dado á divisão de uma partida de tênis , composta por vários games. Um set é finalizado com 06 games vencidos de um lado, com diferença mínima de 02 games- 06-04. Havendo empate em 05 a 05, o set continuará até um desempate em 7-5. Empates em 06-06 serão decididos no tie-break, no qual o jogador que vencer 07 pontos primeiro, com uma diferença de dois para o adversário , ganha o set. Em caso de diferença menor de dois pontos, segue-se o tie-break até que a diferença seja cumprida. Pode-se em casos especiais pré-definidos em regulamento ou por acordo (sempre no último set de jogo), jogar-se um super tié-break, onde aquele que atingir 10 pontos, com uma diferença de dois pontos para o adversário ganha o set. Uma partida é geralmente decidida em melhor de 02 de sets vencedores. Os grandes torneios (Grand Slam) são decididos em melhor de 03 sets vencedores.

03-GAMES- O Tênis possui um intrincado sistema de pontuação, que subdivide o jogo em games/jogos e sets/partidas. Explicitamente; um game é um conjunto de pontos (15-30-40-Game com vantagem de dois pontos.) e um set é um conjunto de games ( quem vencer 06 games com vantagem de 02 ( a não ser quando acontece o empate em 06 a 06- ai disputa-se o tie-break) games , vence o set.

Cada game tem um jogador responsável por sacar a bola, sempre iniciando pelo lado direito de sua meia quadra.

Um game é decidido em quatro pontos, na seguinte ordem: 1º ponto- valor 15, 2º ponto- valor 30, 3º ponto- valor 40, 4º ponto – game. Empate em 40-40, chamamos de DEUCE, serão decididos na base de vai a dois, ou seja, quando um dos jogadores fizer dois pontos seguidos.

IMPORTANTE

-Você perde pontos quando: a- Sacar na rede ou fora da zona de saque do adversário, por duas vezes seguidas, b- Deixar a bola quicar duas vezes seguidas na sua metade da quadra; c- Devolver a bola fora dos limites determinados pelas linhas da quadra adversária.

-Você ganha pontos quando:

a- Sua bola de saque ou golpe não for devolvida pelo adversário.

b- O adversário cometer qualquer das falhas listadas no item anterior.

4-TIE BREAK- Game de desempate ao final do set quando se está em 06-06, onde cada saque bom vale 01 ponto. O primeiro jogador sacará no 1º, 4º, 5º pontos. O segundo sacará no 2º, 3º, 6º e 7º pontos, e assim sucessivamente. Vence o game quem acumular 07 pontos primeiro com vantagem de dois pontos. Se houver empate de 06-06 no tie-break, serão decididos na vantagem de dois ou vai a dois.

-VALE LEMBRAR:

* A bola será válida se quicar somente uma vez a cada metade da quadra; (exceto- a bola também será válida se for rebatida antes de pegar ao chão – voleio -).

* O toque da bola na raquete só é válido se, nesse instante, o jogador estiver segurando a raquete. Somente a raquete pode tocar a bolinha.

05-SAQUE- O sacador tem sempre duas chances para acertar seu serviço. O game se inicia com um saque da metade direita da quadra em direção á metade oposta, no sentido diagonal.

Ele será considerado válido se o primeiro contato da bola for com a zona de saque do adversário ou, se houver contato da bola com a fita da rede antes de chegar à zona de saque, o jogador terá direito á uma segunda tentativa.

Na sequencia do game, os saques se alternarão nos lado esquerdo e direito, na mesma metade da quadra. Pisar na linha no momento de sacar é considerado falta-foot fault.

06-INVASÃO- O jogador em hipótese alguma poderá ultrapassar os limites estabelecidos pela rede de jogo. Acontecendo isto, o jogador que cometer a infração, perde o ponto que está sendo disputado.

LINGUAGEM DO TÊNIS DE CAMPO

Como o Tênis tem origem inglesa, foram derivados e trazidos muitos termos, aos quais são;

*ACE- Saque que bem colocado ou batido com eficácia, não dá chance ao adversário de pegar a bolinha na tentativa de resposta.

*APPROACH OU APROXIMAÇÃO- O approach (subida á rede) é o golpe que propicia ao tenista que o executou chegar á rede para tentar um voleio, feito próximo á rede (T da quadra).

*BACKHAND – Pancada de esquerda (ou para canhotos, de direita), batida com as costas das mãos viradas para frente.

*FOREHAND - Pancada de direita (ou, para canhotos, de esquerda), batida com a palma da mão virada para fora.

*BALOEIRO- É uma gíria utilizada para se referir ás bolas altas que certos jogadores fazem isso por serem iniciantes ou por jogadores experientes e de grande visão e habilidade que se utilizam deste artifício para dificultar a vida dos adversários.

*BREAK OU QUEBRA DE SERVIÇO-(quebra de saque do adversário). Ganhar o game em que foi o adversário quem sacou.

*BREAK-POINT- ponto que favorece o recebedor e assim conduzi-lo á quebra de saque.

*DRIVE- Qualquer golpe dado no fundo da quadra.

*DROP SHOT OU DEIXADINHA – (GUGA era especialista ) É um golpe dado com efeito cortado (underspin) ou lateral (sidespin) para que a bolinha aterrisse perto da rede do lado adversário.

*NET – Lance no qual durante a execução do saque, a bola toca a fita da rede (net) e cai do lado adversário dentro da área de saque, resultando em um novo primeiro serviço ou segundo serviço.

*LOB OU CHAPÉU – Golpe dado sobre o adversário quando ele está próximo á rede.

*LOVE OU PNEU (atualmente)- é o mesmo que zero. Os estudiosos dizem que foi introduzido á linguagem do tênis por dois motivos: o primeiro deles é o fato de que se o jogador está com zero, significa que ele só joga por amor, em inglês Love. O segundo dele é o fato de na língua francesa, l`oeuf significar ovom que parece um zero. E atualmente também chamam de pneu pois é redondo e também parece um zero.

*PASSING SHOT OU PASSADA – Golpe dado sobre o adversário quando este está próximo á rede, em que a bola lhe passa de lado pela esquerda ou pela direita.

*SLICE OU FATIAR/CORTAR – Golpe dado com a raquete quase na horizontal como que fatiando a bola. É usado como recurso de defesa para quando não se está bem posicionado para executar um drive. Quando feito com força de cima para baixo a bolinha pega muito efeito, indo para um dos lados.

*SMASH – Golpe dado por sobre a cabeça, quando a bola vem alta do adversário.

* TOPSPIN – Golpe com efeito que faz a bola passar alta sobre a rede para, em seguida, sofrer uma brusca descaída e tocar o campo de jogo adversário dentro da quadra.

*VANTAGEM – Ponto que desempata o placar de igualdade ( 40 A 40 ou Deuce). Vantagem significa que o ponto seguinte pode concluir o game. Pode ser vantagem do recebedor ou do sacador.

*VOLEIO – Ato de golpear a bola antes que a mesma toque a quadra.Geralmente é feito perto da rede.

* WINNER OU PONTO VENCEDOR – Bola lançada em local indefensável para o adversário. O Winnner pode ser dado num saque, voleio, deixadinha, passada ou golpe do fundo da quadra.

*MATCH POINT – Saque que permite encerrar a partida.

FUNDAMENTOS DO TÊNIS DE CAMPO

O Tênis de Campo assim como as demais modalidades esportivas, tem uma execução de movimentos próprios, e se torna necessário o treinamento de diversos fundamentos práticos para que haja uma verdadeira eficácia na aprendizagem individual de cada gesto utilizado para uma boa prática do jogo.

• SAQUE- É o movimento que inicia o jogo. • SAQUE ADAPTADO- Como vamos utilizar mini quadra adaptadas, se faz necessário

que o saque seja feito em sistema de rebatida, ou seja, joga-se a bolinha no chão e executa-se o saque de qualquer lugar fora da sua meia quadra.

• BACKHAND- Rebatida ou pancada de esquerda para jogadores destros, batida com as costas da mão virada para frente.

• FOREHAND- Rebatida ou pancada de direita, batida com a palma da mão virada para frente.

• DRIVE - Qualquer golpe dado no fundo da quadra. • DROP SHOT OU DEIXADINHA- É um golpe dado com efeito cortado (underspin) ou

lateral (sidespin) para que a bolinha aterrisse perto da rede do lado adversário. • LOB OU BALÃO – Golpe dado sobre o adversário quando ele está próximo á

rede. • SLICE – Golpe dado com a raquete quase na horizontal, como que fatiando a bola. • SMASH –Golpe dado por sobre a cabeça, quando a bola vem alta do adversário. • TOPSPIN – Golpe com efeito que faz a bolinha passar alta sobre a rede para, em

seguida, sofreu uma brusca descaída e tocar o campo do adversário dentro da quadra. Como o próprio nome diz, esse efeito faz com que a bolinha suba (top) e ganhe velocidade ao tocar a quadra. Com este efeito a bolinha viaja mais lentamente do que quando batida chapada ou, em inglês, flat. Este tipo de jogada é frequentemente usada em quadras de piso lento de saibro.

• VOLEIO – Ato de golpear a bolinha antes que a mesma toque ao chão. Geralmente é feito perto da rede.

-CONCLUSÃO-

A implantação do tênis de campo na quadra da escola, primeiramente deve causar surpresa tanto aos alunos; como aos professores, direção e equipe pedagógica. Pois devido á falta de prática e de conhecimentos, ou seja; de vivência propriamente dita no esporte referido, faz com que haja um distanciamento desta modalidade que ao contrário do que se pensa; se for bem aplicada, com novas metodologias de abordagem, com uma nova proposta que leve também conhecimento, para que tenhamos uma construção coletiva do aluno tanto na formação física, como na intelectual; poderemos fazer que este esporte viesse a ser praticado, também fora da escola. E que os alunos desenvolvam o gosto pela modalidade ajudando a difundir e torná-lo mais acessível e conhecido a todos os alunos das outras escolas de ensino fundamental séries iniciais : 1º ao 5º ano e do 6º ao 9º anos e também da Escola de Ensino Especializado –APAE-.

A prática do Tênis de campo na escola tem que possibilitar ao aluno que compreenda através desta abordagem que a Educação Física, não é somente jogar bola, e que através do Tênis de Campo ele veja sua própria realidade histórica em que vive( sistema político e econômico), porque ele não teve acesso ao esporte, e porque crianças e adolescentes de outras classes sociais tem acesso á todas os materiais adequados e oficiais. Temos que levá-los a refletir porque eles praticam o tênis de campo com raquetes adaptadas e os outros de outras classes sociais mais favorecidas praticam o esporte já com raquetes oficiais e apropriadas para a prática do Tênis de campo.

6 ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS

Toda a minha implementação, será realizada com aulas práticas e explicativas das regras, dos fundamentos básicos do tênis, da história. Exposição de cartazes com todos os materiais necessários à prática, visitas a locais de competições, que contemplem os quadras e todas as nuances que envolvem um jogo de tênis, pesquisas na internet, assistir á tv pendrive, tv aberta e tv por assinatura, para presenciarem os grandes eventos, realização de um campeonato interclasses ( primeiro somente com os alunos da sala e depois com todos os alunos do ensino noturno ), utilização do projetor de imagens e áudio. Neste processo pedagógico, deve ser instigado o senso de investigação e de pesquisa para transformas as aulas de Tênis de Campo e ampliar o conjunto de conhecimentos, que não se esgotam simplesmente na aplicação dos conteúdos, nas metodologias, nas práticas e nas reflexões.

QUESTIONÁRIO INICIAL/FINAL

01- O que você conhece sobre o Tênis de campo?

02 - É possível a prática desta modalidade em nossa escola?

03 - Você acha que uma modalidade esportiva pode levar conhecimentos e informações às pessoas? O Esporte tem alguma relação com o sistema econômico em que vivemos?

04 – O que você entende sobre o capitalismo?

04 – Você sabe o que é o socialismo? Conhece algum pensador que fundamentou, defendeu esta ideia?

SUGESTÃO DE AVALIAÇÃO

- Disserte sobre o Tênis de Campo:

A- Histórico no Brasil;

B-Nosso sistema político e econômico e sua relação com os praticantes do Tênis de Campo;

C- Disserte sobre as diferenças entre Capitalismo, Socialismo e Comunismo.

REFERÊNCIAS

Bibliográficas

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Imagens

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http://www.dn.pt/desporto/outrasmodalidades/interior.aspx?content_id=1887929 Fotografia © Tony O'Brien/Reuters

http://www.srredes.com/Rede-de-Tenis-Oficial-Saque-Duplo-Reforcado/prod-613048/

http://br.freepik.com/vetores-gratis/raquete-de-tenis--clip-art-vector_519502.htm

http://tenisbaiano.com/?p=323

http://www.tennisworldusa.org/Rafael-Nadal-shares-he-never-thought-of-taking-retirement--articolo7473.html

http://www.guga.com/index.php