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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7 Cadernos PDE II

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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7Cadernos PDE

II

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FICHA DE IDENTIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA – TURMA 2014

Título: Cartografia: estudo do lugar como construção da identidade

Autor: Maria de Lourdes Saviski

Disciplina/Área Geografia

Escola de Implementação do Projeto e sua localização

Colégio Estadual Marechal Castelo Branco Ensino Fundamental e Médio

Município da escola Primeiro de Maio-PR

Núcleo Regional de Educação Londrina-PR

Professor Orientador Profª Drª Eloiza Cristiane Torres

Instituição de Ensino Superior Universidade Estadual de Londrina

Resumo

Com o decorrer dos anos em sala de aula ensinando a disciplina de Geografia, percebe-se que a utilização da cartografia como recurso pedagógico é bastante precária, pois, os alunos utilizam mapas, fotos e imagens apenas pintando espaços sem com isso assimilarem realmente o conteúdo introduzido pelo professor. A geografia não se limita ao estudo dos pontos cardeais e de localização das cidades nos mapas, seu estudo está diretamente relacionado com a evolução humana. Neste contexto a cartografia permite levar o aluno a uma compreensão muito além de se localizar em espaços geográficos, permite e possibilita a comunicação entre as civilizações. Desse modo, percebe-se que a cartografia é um valioso instrumento pedagógico para despertar nos alunos o interesse pela disciplina de geografia, uma vez que permite que o mesmo compreenda o conteúdo ministrado em sala de aula. Assim que puderem ler o espaço em que vivem, poderão também se deslocar e inclusive interferir, fazer planos futuros, compreender sua origem, etc. De acordo com o que foi exposto, o objetivo desta Unidade Didática será o de desenvolver a compreensão do espaço através das representações cartográficas, relacionando o conhecimento cartográfico ao dia a dia; estabelecendo relações com o espaço; e, utilizando o mapa como recurso pedagógico. Este projeto será implementado com os alunos do 9° ano do Ensino Fundamental, com atividades realizadas dentro e fora da sala de aula, em um Colégio Estadual de Primeiro de Maio-PR.

Palavras-chave Geografia. Cartografia. Mapa. Localização. Espaço.

Formato do Material Didático Unidade Didática

Público

Alunos do 9º ano do Ensino Fundamental

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TEMA DE ESTUDO DO PROFESSOR PDE

Alfabetização cartográfica

APRESENTAÇÃO

Com o decorrer dos anos em sala de aula ensinando a disciplina de

Geografia, percebe-se que a utilização da cartografia como recurso pedagógico é

bastante precária, pois, os alunos utilizam mapas, fotos e imagens apenas pintando

espaços sem com isso assimilarem realmente o conteúdo introduzido pelo professor.

A geografia não se limita ao estudo dos pontos cardeais e de localização das

cidades nos mapas, seu estudo está diretamente relacionado com a evolução

humana.

Neste contexto a cartografia permite levar o aluno a uma compreensão muito

além de se localizar em espaços geográficos, permite e possibilita a comunicação

entre as civilizações. Isso porque a cartografia é muito frequente na vida das

pessoas, apesar delas não perceberem.

É possível que, através do estudo dos mapas, por exemplo, o aluno

desenvolva a percepção e cognição, pois terá que trabalhar com símbolos, signos,

proporção, localização, que o forçará a utilizar a mente.

De acordo com as DCEB é necessário,

Diversificar as técnicas e os instrumentos de avaliação. Ao invés de avaliar apenas por meio de provas, o professor pode usar técnicas e instrumentos que possibilitem várias formas de expressão dos alunos, como: interpretação e produção de textos de Geografia; interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabelas e mapas; pesquisas bibliográficas; relatórios de aulas de campo; apresentação e discussão de temas em seminários; construção, representação e análise do espaço através de maquetes, entre outros (PARANÁ, 2008, p. 86).

Assim, estudar com mapas pode também, estar auxiliando o professor em

sala de aula a incentivar o aluno a se interessar pela geografia, pois perceberá que

os conhecimentos geográficos estão relacionados a tudo o que está ao seu redor no

dia a dia.

Desse modo, percebe-se que a cartografia é um valioso instrumento

pedagógico para despertar nos alunos o interesse pela disciplina de geografia, uma

vez que permite que o mesmo compreenda o conteúdo ministrado em sala de aula.

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Assim que puderem ler o espaço em que vivem, poderão também se deslocar

e inclusive interferir, fazer planos futuros, compreender sua origem, etc.

Pensando no público a que se destina o estudo sobre a alfabetização

cartográfica, deve-se pensar quais estratégias são necessárias para a aprendizagem

da cartografia? como a cartografia pode possibilitar e contribuir para o ensino da

Geografia? e a forma de abordagem do conteúdo proposto pode ampliar os

conhecimentos geográficos dos alunos do ensino fundamental e criar cidadãos

preparados para entender e planejar o espaço em que vivem?

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Ensino da Geografia

As ciências passam por mudanças ao longo do tempo, pois as sociedades

estão em processo constante de transformação/(re)construção (CASTROGIOVANNI

et al., 2009, p. 13). O ensino de geografia é tão complexo quanto o ensino das

demais disciplinas. De acordo com Tomita (2012, p. 35):

A finalidade e o desejo final de todas as atividades de ensino na escola é promover a aprendizagem dos alunos para que desenvolvam a capacidade de visão e leitura crítica, de interpretação do mundo e do próprio modo de inserção nesse meio. Desse entendimento, de imediato, podemos perceber o papel e a importância da geografia, que, pela sua peculiaridade, ao objetivar o estudo e a análise da organização do espaço, traz subsídios para a compreensão do mundo e da dinâmica da relação dos elementos da natureza entre si e destes com os homens.

Cavalcanti (2002, p. 12) explica que “o trabalho da educação geográfica na

escola consiste em levar as pessoas em geral, os cidadãos, a uma consciência da

espacialidade das coisas, dos que elas vivenciam, diretamente ou não, como parte

da história social”.

“A análise acerca do ensino da geografia começa pela compreensão do seu

objeto de estudo, ou seja, o espaço geográfico que, segundo as Diretrizes

Curriculares” (PARANÁ, 2008, p. 51): “é entendido como o espaço produzido e

apropriado pela sociedade (LEFEBVRE, 1974), composto pela inter-relação entre

sistemas de objetos – naturais, culturais e técnicos – e sistemas de ações – relações

sociais, culturais, políticas e econômicas (SANTOS, 1996)”.

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O espaço é tudo e todos: compreende todas as estruturas e formas de

organização e interações (CASTROGIOVANNI et al., p. 12, 2009).

Para Castrogiovanni et al. 2009, p. 7) “É fundamental proporcionar situações

de aprendizagem que valorizem as referências dos alunos quanto ao espaço vivido.

Estas referências emergem das suas experiências e textualizações cotidianas”.

Na sociedade e na escola, as pessoas ainda não deram conta da importância

da geografia, pois, a mesma pode contribuir para que o aluno entenda e

compreenda o mundo e o contexto social ao seu redor (TOMITA, 2012).

Para Cavalcanti (2002, p. 14) os conteúdos geográficos são instrumentos que

visam formar o raciocínio espacial, mas não somente isso, antes de tudo, “visa

permitir que o aluno saiba além de localizar, entender as determinações e

implicações das localizações, e compreensão dos diversos espaços”.

Por “alfabetização espacial” deve ser entendida a construção de noções

básicas de localização, organização, representação e compreensão da estrutura do

espaço elaboradas dinamicamente pelas sociedades (CASTROGIOVANNI et al.,

2009, p. 11).

Segundo Almeida e Passini (2006, p. 33),

[...] a localização geográfica constrói-se à medida que o sujeito se torna capaz de estabelecer relações de vizinhança (o que está ao seu lado), separação (fronteira), ordem (o que vem antes e depois), envolvimento (o espaço que está em torno) e continuidade (a que recorte do espaço a área considerada correspondente), entre os elementos a serem localizados.

Isso significa o mesmo que “localizar e dar significação aos lugares”

(CAVALCANTI, 2002, p. 15).

Cartografia

Importa ressaltar que “a cartografia tem sua origem na Grécia, permeada pela

mitologia que influencia a produção das representações da época”. E ainda,

“conhecer e representar a Terra foram os primeiros objetivos da cartografia”

(FRANCISCHETT, 2002, p. 17).

Como ciência, “a cartografia como possibilita um melhor entendimento dos

resultados da modificação do espaço geográfico” (FRANCISCHETT, 2002, p. 11).

Isso significa que, ela visa estudar o espaço geográfico através da representação.

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Simielli (1999, p. 98 apud PISSINATI; ARCHELA, p. 111) explica que:

A alfabetização cartográfica consiste no processo de ensino/aprendizagem por onde o estudante será inserido no estudo formal do mapa. Essa alfabetização supõe o desenvolvimento de noções de visão oblíqua e visão vertical; imagem tridimensional, imagem bidimensional; alfabeto cartográfico (ponto, linha, área); construção da noção de legenda; proporção e escala; lateralidade.

A importância dada à cartografia no ensino da geografia, segundo

Francischett (2002, p. 22) “está no fato de que esta é uma ciência que se preocupa

com a organização do espaço”. Nesse sentido, Cavalcanti (2002, p. 15) esclarece

que:

O desenvolvimento do aluno na escola não se restringe à sua dimensão intelectual, mas inclui as dimensões física, afetiva, social, moral, estética. No caso específico da Geografia, entre as capacidades e habilidades para se operar com o espaço geográfico, destaca-se a capacidade de observação de paisagens, de discriminação de elementos dessa paisagem, de discriminação e tabulação de dados estatísticos, de mapeamento e leitura de dados cartográficos.

Existe uma relação estreita entre os conteúdos apreendidos em sala de aula e

a realidade do dia-a-dia do aluno. Assim, “a relação do aluno com a cidade em que

vive pode ser entendida como a relação com o lugar [...] entendido como o espaço

tornado familiar, com o qual se tem identidade, na relação do local com o global”

(CAVALCANTI, 1998 apud CAVALCANTI, 2002, p. 59). “A construção da própria

identidade é o lastro para a descentração espaço-temporal do sujeito cidadão”

(CASTROGIOVANNI et al. 2009, p. 13).

Mapas

Na literatura levantada, “embora não seja possível dizer quando surgiu o

primeiro mapa, sabe-se que eles começaram a ser feitos há mais de 4.000 anos, por

culturas antigas da Mesopotâmia, China, Egito e Grécia” (FRANCISCHETT, 2002, p.

18). Para os estudiosos,

O mapa pode ser visto como apresentação ou abstração da realidade geográfica, como uma representação cartográfica necessária para apresentação da informação geográfica nas modalidades visual, digital e táctil, sendo um veículo de comunicação entre o espaço real e sua representação (FRANCISCHETT, 2002, p. 19).

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O mesmo autor explica que “o mapa mostra em vez de uma imagem concreta

de cada cidade, apenas um símbolo ou um sinal” (FRANCISCHETT, 2002, p. 21).

É uma maneira de ver e realizar uma leitura de maneira praticamente

universal, pois é praticamente impossível reunir em um espaço limitado tantas

informações, sendo necessário sintetizá-las por meio de sinais apenas.

Segundo Pissinati e Archela (2007, p. 111) “a representação bidimensional

(mapa) requer o estudo de quatro princípios básicos: a localização, a projeção, a

proporção e a simbologia”.

O quadro a seguir mostra a característica de cada princípio:

Quadro 1 – Características dos princípios da representação bidimensional

Princípio Característica

Localização - Posição de um elemento em relação a área ou outros elementos - Mapa mental

Projeção - Transposição de elementos vistos no real para uma superfície plana, em forma de desenho, ou seja, associação do real (tridimensional) com a representação (bidimensional)

Proporção - Escala - Ampliação e redução de objetos

Simbologia - Conjunto de formas e cores - Ponto, linha, área

Fonte: Adaptado de PISSINATI; ARCHELA (2007).

De acordo com Pavan e Tsukamoto (2007), o uso do mapa no ensino de

geografia justifica-se porque o mesmo leva o aluno ao raciocínio, permitindo uma

ligação entre a memória, o que já acumulou de conhecimento em estudos

anteriores, e a reflexão acerca do conhecimento acumulado e o conhecimento a ser

construído.

Nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica, propõe-se que “os mapas e

seus conteúdos sejam lidos pelos estudantes como se fossem textos, passíveis de

interpretação, problematização e análise crítica” (PARANÁ, 2008, p. 83).

A Cartografia no Ensino de Geografia

A importância do desenvolvimento da habilidade em cartografia no ensino

fundamental tem sido reconhecida por geógrafos como Almeida e Passini, 1989;

Passini, 1994; Nogueira, 1994; Simielli, 1999 (CAVALCANTI, 2002).

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Segundo a literatura consultada, “a linguagem cartográfica resulta de uma

construção teórico-prática que vem desde os anos iniciais e segue até o final da

Educação Básica” (PARANÁ, 2008, p. 83). Pode-se afirmar que,

A geografia, juntamente com as demais disciplinas do currículo escolar, tem, como uma de suas finalidades, desenvolver a capacidade de observar, pensar e analisar a realidade, de forma crítica. E, como um item fundamental a esta disciplina, aparece a representação cartográfica como meio de construção do conhecimento geográfico (FERREIRA; ARCHELA, 2006, p. 238).

De acordo com Uller e Archela (2005, p. 67) “a geografia, ciência que tem

como objeto de estudo o espaço, sempre apresentou uma ligação muito forte com a

cartografia”. Assim, a cartografia surge no ambiente escolar utilizada como um

recurso auxiliar no entendimento e compreensão do espaço geográfico (PAVAN;

TSUKAMOTO, 2007).

No saber geográfico, devem ser incluídos conceitos como: localização, orientação, representação, paisagem, lugar e território e valorizadas algumas ferramentas, como a cartografia, que instrumentaliza o aluno para ser um leitor e mapeador ativo, consciente da perspectiva subjetiva na escolha do fato cartografado, marcado por juízo de valor (CASTROGIOVANNI et al., 2009, p. 8).

“Ao apropriar-se da linguagem cartográfica, o aluno estará apto a reconhecer

representações de realidades mais complexas, que exigem maior nível de

abstração” (PARANÁ, 2008, p. 83).

Pavan e Tsukamoto (2007, p. 133) também entendem que “o aluno necessita

desenvolver habilidades, conceitos e noções que efetivamente o levem a

compreender a realidade representada”.

PÚBLICO-ALVO

Alunos do 9° ano do ensino fundamental.

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OBJETIVO

Desenvolver a compreensão do espaço através das representações

cartográficas, relacionando o conhecimento cartográfico ao dia a dia, estabelecendo

relações com o espaço e utilizando o mapa como recurso pedagógico.

PROCEDIMENTOS

Esta Unidade Didática será implementada com os alunos do 9° ano do Ensino

Fundamental, com atividades realizadas dentro e fora da sala de aula, no Colégio

Estadual Marechal Castelo Branco Ensino Fundamental e Médio, Primeiro de Maio-

PR.

Figura 1 – Mapa de Primeiro de Maio - PR

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Primeiro_de_Maio

O recurso utilizado nesta atividade será o mapa, pois, permitirá que os alunos

entendam e compreendam o espaço através das representações cartográficas,

criem uma comunicação entre o espaço real e a sua representação e a organização

do espaço em que vivem.

Assim, as atividades acontecerão com a participação individual, em dupla e

em grupos, da seguinte forma:

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ATIVIDADE I

Questionário

Objetivo

Realizar uma avaliação diagnóstica.

Recursos Humanos

Individual.

Recursos Materiais

Papel sulfite. Caneta.

Técnica

QUESTIONÁRIO

Nome:___________________________________

Leia as questões abaixo e responda:

1) O que é mapa?

( ) Proporção entre o tamanho de um objeto ou de um lugar. ( ) Visão que temos de um objeto. ( ) Representação, numa superfície plana, de parte da superfície terrestre, de forma reduzida.

2) O que é legenda?

( ) Construções em miniatura. ( ) Visão que temos de um objeto quando olhamos de cima. ( ) Parte de uma representação que explica a representação de objetos, lugares, etc.

3) O que é escala?

( ) Proporção entre o tamanho de um objeto ou de um lugar. ( ) Representações tridimensionais. ( ) Visão que temos de um objeto quando olhamos do alto.

4) O que é Rosa dos Ventos?

( ) Superfície de forma reduzida e selecionada. ( ) Símbolo que indica o norte, o sul, o leste e o oeste de um espaço. ( ) Pontos imaginários que determinam as principais direções

5) O que é símbolo?

( ) Veículo colocado em órbita em torno da Terra. ( ) Mapa que representa os limites administrativos. ( ) Elemento gráfico utilizado para representar algo de forma simplificada.

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6) O que são pontos cardeais?

( ) Pontos imaginários que determinam as principais direções na superfície da Terra. ( ) Conjunto de formas da superfície terrestre. ( ) Altura de um ponto em relação ao nível do mar.

7) O que é cartografia?

( ) Representação detalhada de um lugar. ( ) Representação da superfície terrestre que reproduz o formato da terra. ( ) área do conhecimento que se preocupa em produzir, analisar e interpretar as diversas formas de se representar a superfície, como os mapas, as plantas, os croquis e outras composições.

8) O que é geografia?

( ) Conjunto de elementos vistos sem ter a percepção da vivência. ( ) Ciência das descrições e das localizações. ( ) Explicação dos símbolos existentes nos mapas.

9) O que é lateralidade?

( ) Redução das proporções reais. ( ) Estar a esquerda ou a direita. ( ) Noção de referência.

10) O que é Atlas?

( ) Altura de um ponto em relação ao nível do mar. ( ) Representação de uma superfície plana. ( ) coleção de mapas e outras informações cartográficas, geográficas ou astronômicas.

Tempo

1 aula.

Avaliação

Levantar o conhecimento prévio dos alunos.

Conteúdo de Estudo

Lateralidade. Espaço. Orientação. Coordenadas geográficas. Pontos

cardeais. Escala. Legenda. Mapa.

Orientações

Deixar os alunos responderem sem a intervenção da professora.

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ATIVIDADE II

Lateralidade

Objetivo

Mensurar habilidades motoras.

Recursos Humanos

Individual. Grupo.

Recursos Materiais

Cadeiras. Quadro negro. Giz.

Técnica

Exercício 1:

A professora vai pedir para cada aluno escrever em uma folha de papel o que

está à sua direita, à sua esquerda, à frente e atrás, abaixo e acima. Em seguida os

alunos vão trocar as folhas e conferirem se as observações estão corretas.

Exercício 2:

Os alunos irão colocar as carteiras em círculo. Na sequência irão escrever em

uma folha quem está sua direita, a sua esquerda e a sua frente. Após, a professora

vai escolher um aluno que dirá tais posições, porém, partindo de base a localização

de outro colega.

Exercício 3:

A professora irá entregar uma planta baixa da escola aos alunos e eles dirão

o que há a direita, esquerda, a frente e atrás deste imóvel. Dirão, também, quais as

ruas que fazem divisa com a rua da escola, baseados na figura abaixo.

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Fonte: Prefeitura de Primeiro de Maio 2014

Tempo

4 aulas.

Avaliação

Participação. Orientação Espacial.

Conteúdo de Estudo

Lateralidade. Espaço. Orientação.

Orientações

Comparar em grupo os resultados.

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ATIVIDADE III

Espaço/orientação

Objetivo

Trabalhar pontos de referência, mapa mental.

Recursos Humanos

Individual. Grupo.

Recursos Materiais

Papel sulfite. Caneta.Tecido.

Técnica

Exercício 1:

A professora vai pedir aos alunos para desenharem o trajeto que cada um faz

para chegar até a escola. Após, em grupo, os alunos vão escolher um dos

endereços para apresentarem outros trajetos que poderiam ser utilizados pelo aluno.

Exercício 2:

Em grupo, os alunos são convidados para irem do portão de entrada da

escola até a quadra e anotarem o trajeto que utilizaram em uma folha. Em sala, vão

discutir os trajetos utilizados por cada grupo.

Exercício 3:

Em dupla, pedir aos alunos que desenhem o trajeto da escola até vários

pontos de referência do bairro (mercado, padaria, praça, delegacia, etc.) em uma

cartolina, em espaços diferentes, para que possam comparar com a linha de

raciocínio dos demais alunos.

Tempo

4 aulas.

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Avaliação

Participação. Fixação do conteúdo. Sociabilização.

Conteúdo de Estudo

Lateralidade. Espaço. Orientação. Pontos cardeais.

Orientações

Nesta atividade podem ser trabalhados os pontos cardeais e lateralidade a

partir dos mapas mentais criados pelos alunos.

ATIVIDADE IV

Pontos cardeais

Objetivo

Trabalhar coordenadas geográficas.

Recursos Humanos

Dupla e Grupo.

Recursos Materiais

Rosa dos ventos. Lápis de cor. Lápis preto. Caneta. Mapa do Paraná.

Técnica

A Rosa dos Ventos é utilizada para representar os pontos cardeais e os

pontos colaterais.

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http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/2/2a/Rosa_dos_Ventos_dsfdfdsdsaljdl.jpg

Pontos Cardeais Pontos Colaterais

N – Norte S – Sul L – Leste O – Oeste

NE – Nordeste SE – Sudeste SO – Sudoeste NO – Noroeste

Exercício 1:

Após explicar aos alunos a imagem da Rosa dos Ventos, a professora

entrega a figura abaixo para que, em dupla, os mesmos completem as informações

que estão faltando.

http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Rosa_dos_Ventos.svg

Exercício 2:

A professora explica a localização do Estado do Paraná, a partir da imagem a

seguir, do geral para o específico.

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Fonte: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/portal/mapas/localizacao_parana.php?PHPSESSID=2010111711410934

Em dupla, os alunos vão responder as seguintes questões:

1) O Paraná está localizado em qual região do Brasil? 2) Qual a capital do Estado? 3) Quantos municípios há no Paraná? 4) Com qual Estado o Paraná faz fronteira ao norte e nordeste? 5) Com qual Estado o Paraná faz fronteira a noroeste? 6) Com qual País o Paraná faz fronteira a oeste? 7) Com qual País o Paraná faz fronteira a sudoeste? 8) Com qual Estado o Paraná faz fronteira a sul e sudeste? 9) Com qual Oceano o Paraná faz fronteira a leste?

Exercício 3:

Em grupo os alunos irão observar as figuras a seguir e responder quais as

divisas da cidade de Primeiro de Maio:

1) Ao norte com qual Estado? 2) A leste com qual cidade? 3) Ao sul com qual cidade? 4) A oeste com quais cidades?

E ainda:

1) Qual a localização geográfica da cidade de Primeiro de Maio no Estado do Paraná?

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Fonte: http://asnovidades.com.br/mapa-do-parana-para-colorir/

Fonte: http://www.mapasparacolorir.com.br/mapa/estado/pr

Tempo

4 aulas.

Avaliação

Participação. Reconhecimento dos pontos cardeais.

Conteúdo de Estudo

Lateralidade. Espaço. Orientação. Pontos cardeais. Escala. Legenda. Mapa.

Orientações

Trabalhar percepção dos alunos, de modo que compreendam a imagem que

estão observando.

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ATIVIDADE V

Escala

Objetivo

Trabalhar proporção.

Recursos Humanos

Individual. Dupla e Grupo.

Recursos Materiais

Papel sulfite. Caneta. Régua. Lápis de Cor. Barbante. Tesoura.

Técnica

Escala é a proporção entre o tamanho de um objeto ou de um lugar

representado e o seu tamanho na realidade. Para trabalhar escala é preciso ter

noção das medidas de comprimento.

Na sala de aula, individualmente, os alunos vão responder questões

baseados nas medidas de comprimento.

MEDIDAS DE COMPRIMENTO

Unidades de medida Símbolos

quilômetro km

hectômetro hm

decâmetro dam

METRO M

decímetro dm

centímetro cm

milímetro mm Fonte: Simielli (1993, p. 34)

Decímetro, centímetro e milímetro medem distâncias e objetos pequenos e o

restante, objetos e distâncias maiores.

Levando em consideração o quadro acima, com a ajuda de barbantes,

responda as seguintes questões?

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1) Quanto mede sua régua? 2) Quantos decímetros têm 1 metro? 3) Quantos centímetros têm 1 metro? 4) Quantos milímetros têm 1 metro? 5) Qual a altura da carteira da sua sala de aula? 6) Qual a distância da sua carteira até o quadro negro? 7) Quanto mede a frente da sua casa? 8) Quanto mede a frente da sua escola? 9) Qual a unidade correta para medir a sala de aula? 10) Qual a unidade correta para medir a distância entre duas cidades?

Exercício 1:

Cada aluno deve contar quantos pés mede de sua carteira até o quadro

negro. Na sequência calcular: 1 pé mede ___ centímetros, soma a quantidade de

pés necessários até alcançar o quadro negro = ____, que equivale a ____ metros.

Exercício 2:

Em grupo, calcular o tamanho de 1 passo = ___ centímetros, iniciar a

contagem a partir da porta da sala de aula até a porta da biblioteca = ____ passos,

que equivale a _____centímetros e ___ metros.

Exercício 3:

Em dupla, medir o comprimento dos lápis das seguintes cores: vermelho,

roxo, verde, preto, azul. Em seguida, pintar na mesma cor o quadro abaixo, cujo

quadradinho representa 1 centímetro, a medida encontrada em cada lápis.

Fonte: Simielli (1995, p. 15)

Ao final da atividade, reunir as duplas para compararem os resultados.

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Tempo

4 aulas.

Avaliação

Reconhecimento da unidade de medida adequada para diferentes objetos e

distâncias.

Conteúdo de Estudo

Espaço. Proporção.

Orientações

Exercício com cálculo analisando proporção com barbante e o próprio corpo

humano.

ATIVIDADE VI

Legenda

Objetivo

Trabalhar símbolos.

Recursos Humanos

Individual.

Recursos Materiais

Papel sulfite. Caneta. Régua. Lápis de Cor. Papel craft.

Técnica

Exercício 1:

A professora passa um texto explicativo sobre o tema dando vários exemplos

e tira as dúvidas dos alunos em sala de aula.

Exercício 2:

A professora pede para cada aluno desenhar uma planta baixa da sala de

aula em uma folha sulfite. Para cada tipo de objeto deve criar um símbolo que o

represente.

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Exercício 3:

Em dupla os alunos devem desenhar uma planta baixa do seu quarto. Para

cada tipo de objeto deve criar um símbolo que o represente. Em sala de aula, a

professora fixa um painel em papel craft para os alunos fixarem os desenhos

confeccionados para que todos possam observar e tirar dúvidas com a professora e

entre si.

Tempo

5 aulas.

Avaliação

Participação. Sociabilização. Criatividade. Compreensão do tema.

Conteúdo de Estudo

Lateralidade. Espaço. Orientação. Pontos cardeais. Escala. Legenda.

Orientações

Pedir para que os alunos pintem o desenho bem colorido.

ATIVIDADE VII

Visão

Objetivo

Trabalhar representações observadas de diferentes formas.

Recursos Humanos

Grupo.

Recursos Materiais

Papel sulfite. Caneta. Papel Craft. Canetão. Tinta Guache. EVA. Cola.

Papelão.

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Técnica

Exercício 1:

A professora entrega uma atividade onde há vários modelos de

representações, explicando o resultado da visão oblíqua e da visão vertical.

Exercício 2:

Cada grupo escolhe um objeto e em uma folha sulfite o desenha olhando do

alto de lado (visão oblíqua). Após todos terminarem a professora fixa os desenhos

no quadro em papel craft para observação dos demais alunos e exposição das

dúvidas.

Exercício 3:

Cada grupo escolhe o mesmo objeto e em uma folha sulfite, o desenha

olhando do alto e de cima para baixo (visão vertical). Após todos terminarem a

professora fixa os desenhos no quadro em papel craft para observação dos demais

alunos e exposição das dúvidas.

Tempo

4 aulas.

Avaliação

Socialização. Noção de Bidimensionalidade. Participação.

Conteúdo de Estudo

Lateralidade. Espaço. Orientação. Pontos cardeais. Escala. Legenda. Mapa.

Orientações

Comparar a lógica seguida por cada grupo.

ATIVIDADE VIII

Mapa

Objetivo

Construir um mapa.

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Recursos Humanos

Grupo.

Recursos Materiais

Papel sulfite. Caneta. Papel Craft. Canetão. Tinta Guache. EVA. Cola.

Papelão.

Técnica

Exercício 1:

Em grupo, recortar isopor no formato da figura a seguir, para dar

bidimensionalidade.

Fonte: http://asnovidades.com.br/mapa-do-parana-para-colorir/

Exercício 2:

Cada grupo deve recortar uma mesorregião, colorindo de cores distintas.

Fonte: http://www.mapasparacolorir.com.br/mapa/estado/pr

Exercício 3:

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Cada grupo ficará responsável pela legenda correspondente a mesorregião

que coloriu.

Exercício 4:

Os alunos fixam as mesorregiões em um painel juntamente com as legendas

para que observem o resultado do trabalho e tirem suas dúvidas.

Será feita uma exposição de todas as atividades em painel como forma de

avaliação geral da aplicação.

Tempo

6 aulas.

Avaliação

Socialização. Noção de Bidimensionalidade. Participação.

Conteúdo de Estudo

Lateralidade. Espaço. Orientação. Pontos cardeais. Escala. Legenda. Mapa.

Orientações

Comparar a lógica seguida por cada grupo. Reunir os alunos em círculo e

permitir que exponham suas opiniões sobre as atividades e conteúdos trabalhados.

REFERÊNCIAS ALMEIDA, Rosângela Doin de; PASSINI, Elza Y. O espaço geográfico: ensaio e representação. 13 ed. São Paulo: Contexto, 2004.

CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos et al. Ensino da geografia: práticas e textualizações no cotidiano. Porto Alegre: Mediação, 2009.

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CAVALCANTI, Lana de Souza. Geografia e práticas de ensino.Goiânia: Alternativa, 2002.

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