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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Artigos

VÍDEOS NO ENSINO DE ÓPTICA: PRODUÇÃO E APRESENTAÇÃO DA

TEMÁTICA PELOS ALUNOS

Joel Sadoski*

Prof. Dr. Ricardo Francisco Pereira**

RESUMO

A proposta deste trabalho foi intencionada em desenvolver atividades didáticas mediadas pela produção de vídeos, buscando aproximar a tecnologia já existente na escola com a prática pedagógica em sala de aula. Com o objetivo de maximizar o ensino de Óptica Geométrica a partir da produção e apresentação de vídeos pelos alunos, bem como oportunizar o debate sobre o uso de recursos tecnológicos como apoio ao Ensino de Física, tais como o vídeo. Nos estudos sobre a Óptica Geométrica o tema foi articulado com situações do dia a dia, dando enfoque à abordagem investigativa dos conteúdos. O projeto foi desenvolvido com um grupo de alunos do 2º ano do Ensino Médio do Colégio Estadual Dr. Gastão Vidigal.

Palavras-chave: Ensino de Física, Óptica, produção de vídeos, tecnologia.

INTRODUÇÃO

Este trabalho resultou de nossa participação no Programa de

Desenvolvimento Educacional – PDE (orientador e orientando), que tem como

finalidade a formação continuada dos professores da Educação Básica do Estado do

Paraná e é desenvolvido em uma parceria entre a Secretaria de Estado da Ciência,

Tecnologia e Ensino Superior (SETI), Secretaria de Estado de Educação (SEED), os

Núcleos Regionais de Educação (NRE) e as Instituições de Ensino Superior (IES)

públicas do Estado. Faz parte da grade curricular do curso a elaboração e aplicação

de um projeto de intervenção pedagógica na escola e a produção de um material

didático-pedagógico alicerçada na fundamentação teórica do projeto de intervenção,

de acordo com linha de estudo escolhida na inscrição de seleção para ingresso no

curso. Escolhemos a opção de trabalhar com estratégias de ensino em Física.

Atualmente a Física é vista pelos alunos do Ensino Médio como uma das

disciplinas mais difíceis, para muitos ela não passa de um conjunto de códigos e

* Professor de Física do Colégio Estadual Dr. Gastão Vidigal Ensino Fundamental, Médio e

Profissional no município de Maringá - [email protected] **

Professor do Departamento de Física da Universidade Estadual de Maringá -

[email protected]

fórmulas sem relação alguma com o dia a dia, não existindo conexão com o mundo

ao seu redor, levando-os a ter pouco interesse para o estudo e, contribuindo com

essa realidade, temos um excesso de aulas tradicionais e expositivas. Para Pereira

(2008, p.14) “os métodos atuais de ensino continuam resgatando velhas e

desgastadas fórmulas pedagógicas que estão cada vez menos atraentes para os

jovens”. É necessária uma mudança na forma de atuação do professor na sala de

aula visando tentar resgatar o interesse dos alunos para o estudo de Física, um

caminho possível é com o apoio de recursos tecnológicos.

Percebemos que existe a necessidade da incorporação de novas tecnologias

na prática docente, porque vivemos num contexto em que a tecnologia muda nossa

maneira de pensar, de trabalhar, de se comunicar e de interagir. A velocidade e o

acesso às informações é quase instantâneo e as pessoas se tornam muito mais

interativas. Em contradição a essa realidade, a escola e os professores pouco

aproveitam os recursos tecnológicos disponíveis para auxilio pedagógico para

melhorar o processo de ensino aprendizagem, seja por falta de estrutura na escola

ou pela falta de preparação dos professores. Colaborando com isso, a disciplina de

Física é considerada pelos alunos como uma das disciplinas mais difíceis do Ensino

Médio e geralmente tem o maior índice de reprovação, o que gera uma situação de

desmotivação generalizada dos alunos com relação à disciplina.

A proposta deste trabalho foi desenvolver atividades didáticas mediadas pela

tecnologia já existente na escola com a prática pedagógica em sala de aula com o

objetivo de maximizar o ensino de Óptica Geométrica articulando o tema com

situações do dia a dia, oportunizando aos alunos, em grupos, um ambiente de

incentivo à pesquisa sobre o assunto a partir da produção e apresentação de vídeos,

bem como debater sobre o uso de recursos tecnológicos como apoio ao Ensino de

Física e todo o conhecimento básico necessário para a edição e produção de vídeos

didáticos (softwares, fotografias, filmagens e estrutura de vídeos).

Ao final das atividades, todos os vídeos produzidos foram disponibilizados no

Youtube de forma a socializar esse material produzido.

O projeto foi aplicado em um grupo de alunos do segundo ano do Ensino

Médio, visando, de acordo com Heckler, Saraiva e Oliveira (2007, p.273),

“apresentar o conteúdo de forma mais atraente e ilustrativa do que simples

exercícios propostos ou as meras descrições de fenômenos efetuadas na maioria

das aulas tradicionais”.

A escolha em trabalhar com produção de vídeos foi devido ao leque de

possibilidades que a tecnologia oferece, conforme relata Moran (2009), os vídeos

facilitam a motivação, o interesse por assuntos novos, são dinâmicos, contam

histórias, mostram e impactam, são grandes instrumentos de comunicação e de

produção. Hoje com a popularização da tecnologia móvel, câmeras digitais e do

computador, os alunos podem criar seus vídeos e divulgá-los em blogs, páginas da

web e portais de vídeos como o Youtube. Sendo eles integrados aos temas

trabalhados e levando em conta a concepção de currículo, tornará a aprendizagem

mais significativa (Dellacosta et al, 2004).

1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1.1 Panorama atual do Ensino de Física

Muitos alunos não gostam da Física e demonstram pouco interesse para o

estudo e dentre os principais fatores que contribuem com essa realidade, temos um

excesso de aulas tradicionais e expositivas como indicado por Fisher (1990):

Aulas expositivas monótonas;

Conteúdo sem vínculo com a realidade dos alunos;

Exercícios repetitivos de fixação que visam, apenas, a memorização de fatos, conceitos, leis, acarretando defasagem na aprendizagem do conteúdo;

Caráter descontextualizado e maçante de um único livro em sala de aula;

Avaliação unicamente por provas com questões de respostas fechadas;

Poucos experimentos, apenas demonstrações;

Reclamação dos professores por falta de espaço físico (laboratório) para um maior número de aulas práticas de que teóricas;

Considerar os conteúdos prontos, acabados, empacotados;

Falta de significado social dos conteúdos” (1990 apud FRANA, 2010, p.6).

São várias as dificuldades enfrentadas no ensino de Física atualmente e para

a autora, há necessidade de reflexão sobre algumas das causas que dificultam a

aprendizagem e quais práticas utilizadas pelos professores podem melhorar essa

realidade. Moraes (2009, p.1) acrescenta: “tornam-se necessários o debate e as

sugestões sobre estratégias de ensino que minimizem os efeitos negativos dessa

realidade que deixa cada vez mais os alunos sem interesse pela Física”. Ainda na

opinião do autor, as aulas não atendem a realidade do alunado, os recursos e as

metodologias utilizados pelos professores já são considerados ultrapassados.

Segundo Pereira (2008), aparentemente a falta de interesse dos alunos tem

muito a ver como o ensino de Física é oferecido a eles, com os agravantes que o

ensino tornou-se uma espécie de algoritmo mecânico-matematizado. Outros pontos

destacados pelo autor são: conceitos físicos com alto grau de subjetividade; a

maioria dos professores não são graduados em Física; desconexão do conteúdo

com o cotidiano; carga horária insuficiente; e plano pedagógico da escola que

incentive atividades lúdicas. Complementando a opinião de Pereira, para Moraes

(2009, p.1), “entende-se que isso não seja gerado somente pelos professores, pois

os mesmos enfrentam vários problemas na escola atual”, dentre eles destaca: salas

de aulas lotadas; escolas que não dispõem de boa estrutura para o ensino de Física;

alunos desmotivados e sem interesse pela aprendizagem; salários baixos

(MORAES, 2009).

1.2 Formação continuada e o ensino de Física

O cenário atual dos professores que lecionam a disciplina de Física nas

escolas públicas brasileiras é composto por cerca de 9% de docentes com formação

específica em Licenciatura em Física, os demais são professores formados em

cursos de Licenciatura em Biologia, Matemática ou Licenciatura Plena em Ciências,

sendo este mais uns dos problemas que afligem o ensino de Física, como relata

(PEREIRA, 2008).

Diante do quadro exposto, percebemos a necessidade da formação

continuada para os professores de Física, com as temáticas dos cursos, segundo

Pereira (2008), devem ir desde reforços de conteúdos, práticas pedagógicas

alternativas e escolha de bons materiais pedagógicos, como suporte teórico-

metodológico para a prática de sala de aula.

Uma experiência interessante nessa área é o Programa de Desenvolvimento

Educacional (PDE) idealizado durante a elaboração do Plano de Carreira do

Magistério (Lei Complementar nº 103/04), implementado inicialmente pelo Decreto

nº 4.482, de 14/03/05 e regulamentado em 2010 pela Lei complementar nº 130, no

Estado do Paraná.

O programa é um modelo de formação continuada e tem como base, o

movimento contínuo de aperfeiçoamento de formação dos professores no espaço

escolar, fortalecendo a articulação entre a Educação Básica e o Ensino Superior.

O objetivo do programa é proporcionar ao professor condições de atualização

e aprofundamento de seus conhecimentos teórico-práticos, permitindo a reflexão

teórica sobre a prática para possibilitar mudanças na escola (Paraná, 2013).

1.3 A Tecnologia na Educação

Estamos vivendo num contexto que tudo envolve tecnologia, fazendo mudar

nossa maneira de pensar, de trabalhar, de se comunicar e de interagir.

A velocidade de informação é muito rápida, as pessoas estão se tornando

muito mais interativas, não só recebendo informação, mas interagindo com elas e

com outras. Portanto a tecnologia não pode ficar do lado de fora da escola, devemos

buscar uma maior aproximação com a prática pedagógica de forma integrada para

haver mudança qualitativa no processo de ensino/aprendizagem, Moran (2000) fala

que:

Na sociedade da informação todos estamos reaprendendo a conhecer, a comunicar-nos, a ensinar e a aprender; a integrar o humano e o tecnológico; a integrar o individual, o grupal e o social. Uma mudança qualitativa no processo de ensino/aprendizagem acontece quando conseguimos integrar dentro de uma visão inovadora todas as tecnologias: as telemáticas, as audiovisuais, as textuais, as orais, musicais, lúdicas e corporais. Passamos muito rapidamente do livro para a televisão e vídeo e destes para o computador e a Internet, sem aprender e explorar todas as possibilidades de cada meio (p.1).

As novas tecnologias devem ser consideradas pelos educadores como uma

necessidade inerente ao trabalho do professor. Elas só terão sentindo a partir de

uma mudança de postura pedagógica, com a reflexão da sua própria prática para

conceber que existem outras maneiras de explorar e representar o mundo.

Infelizmente, reconhecemos que grande parte dos professores, de um modo geral,

tem uma inércia muito grande quando o assunto são mudanças em sua atuação e o

uso de novas metodologias de ensino, principalmente com o uso de tecnologia.

Os professores precisam sair de sua “zona de conforto” e aprender a

trabalhar com recursos tecnológicos, por isso, a importância da formação continuada

para oportunizar situações de ensino aprendizagem, sobre diferentes metodologias

e as possibilidades que o uso dos recursos tecnológicos pode contribuir para a

construção de um saber docente adequado e comprometido com a transformação

da escola pública.

1.4 TV Multimídia e outras tecnologias nas escolas paranaenses

A TV multimídia faz parte do processo de inclusão digital nas escolas e tem

como objetivo, estimular a produção de conteúdos educacionais e o contato de

professores e alunos com diferentes linguagens. O sucesso da interação dessa nova

mídia na sala de aula dependerá de como o professor fará uso desta tecnologia,

para que não seja utilizada para corroborar velhas práticas pedagógicas, do decorar,

copiar e o reproduzir através da TV pendrive (Jackiw e Dias, 2009).

O projeto, “TV Multimídia”, foi implantado em 2007 equipando todas as salas

de aula das escolas estaduais do Estado do Paraná com um televisor, propiciando o

uso do recurso audiovisual como ferramenta pedagógica. Ela também é conhecida

como TV pen-drive, foi produzida sob encomenda a pedido da Secretaria Estadual

de Educação do Paraná. Trata-se de um televisor de 29 polegadas, de cor laranja

com dispositivos para ler arquivos de áudios, vídeos e imagens, com entrada para

conexões USB, leitor de memória, DVD e saídas para caixa de som e projetor

multimídia.

Os formatos de arquivos reconhecidos pela TV Multimídia são: MP3 e WMA

para arquivos de áudio, JPG para arquivos de imagens e MPG para arquivos de

vídeo, evidenciando novas maneiras de se comunicar, trabalhar e produzir

conhecimento, por parte do professor e do aluno (Castro, 2009).

Cada escola recebeu um manual1 que auxilia o professor passo a passo de

como utilizar a TV. Também é sugerido que a preparação do material seja feita nos

computadores do Programa Paraná Digital (PRD), mas o professor pode utilizar o

computador pessoal para preparar suas aulas, desde que siga as orientações

quanto ao formato dos arquivos. Por experiência própria e por contato com colegas

de profissão, houve certa dificuldade por grande parte dos professores, no que diz

respeito à conversão de arquivos, e certa confusão associando o software de

apresentação (PowerPoint ou Impress) com a apresentação de imagens na TV, aos

1 Manual produzido pela Secretaria de Estado da Educação do Paraná disponível em:

http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/pdf/manual_tvpendrive.pdf (acesso em: 19/05/2013)

poucos, muitas das dificuldades foram sendo superadas quanto à parte operacional

da tecnologia.

Nota-se que os alunos preferem utilizar a tecnologia da TV pendrive para

apresentação de trabalhos e que os mesmos têm poucas dificuldades quanto à

conversão dos arquivos.

Visto que a inovação tecnológica é muito rápida, a TV Pendrive é uma

tecnologia que já está ultrapassada e as escolas têm grandes dificuldades para fazer

a manutenção técnica das TVs, pois, o prazo de garantia já expirou, e não existem

mais peças no mercado para substituir as danificadas. Frente aos atuais

equipamentos que agregam cada vez mais tecnologias em um só aparelho, ela

também esta ficando desatualizada no suporte para se trabalhar uma metodologia

diferenciada em sala de aula, devido aos poucos recursos que oferece.

Como uma forma de atualização das tecnologias nas escolas o Estado do

Paraná está implantando o Programa Sala de Aula Conectada2 que tem por objetivo

equipar as escolas estaduais com rede de internet sem fio, tablets para professores

em todas as salas de aula.

O Programa, segundo informações disponíveis no Portal Dia a Dia

Educação3 prevê a aquisição, implantação e manutenção de recursos tecnológicos

que permitam o acesso às tecnologias de informação e comunicação em diferentes

espaços no ambiente escolar para além dos laboratórios de informática,

considerando o desenvolvimento de sistemas de informática e a formação

continuada para o uso pedagógico de tais recursos. O projeto conta ainda com a

instalação de 3.700 lousas digitais4.

1.5 Recurso audiovisual como ferramenta pedagógica

O vídeo ainda é pouco utilizado como ferramenta pedagógica. Ele ainda não é

visto como recurso ou metodologia de ensino e sim como entretenimento ou em

2 Notícia publicada no Portal Dia a Dia Educação

http://www.educacao.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=303 (acesso em: 19/05/2013) 3 Informação disponível em:

http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=507#acoes (acesso em:19/05/2013 4 Informação disponível em:

http://www.educacao.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=4458 (acesso em:19/05/2013)

alguns casos como repetidor de aulas tracionais. Suas potencialidades educativas

são pouco exploradas, Moran (2009) cita algumas dessas potencialidades como:

“(...) os vídeos facilitam a motivação, o interesse por assuntos novos, são dinâmicos, contam histórias, mostram e impactam. Facilitam o caminho para níveis de compreensão mais complexos, mais abstratos, com menos apoio sensorial como os textos filosóficos, os textos reflexivos” (p. 1).

Moran (1995) apresenta uma sugestão de roteiro de como trabalhar um vídeo

em sala de aula, alertando primeiramente para as formas de uso inadequadas como

segue: vídeo-tapa buraco para resolver um problema inesperado; vídeo-enrolação

sem ligação com a matéria; vídeo-deslumbramento. Todas as aulas com vídeo

acabam por diminuir sua eficácia, empobrecendo as aulas e o vídeo pelo vídeo não

há discussão nem integração com o assunto da aula. Moran (1995, p.3) diz que: “um

bom vídeo é interessantíssimo para introduzir um novo assunto, para despertar a

curiosidade, a motivação para novos temas”. O autor ainda apresenta algumas

ideias sobre as interfaces do vídeo como propostas de uso em sala de aula, que

sintetizamos abaixo:

a) Vídeo como ilustração: para mostrar o que se fala em sala de aula,

por exemplo, como é determinado continente, região ou mostrar como era

a sociedade em determinado período da história;

b) Vídeo com simulação: pode simular experiências que seriam

perigosas de ser realizadas no laboratório da escola, ou que não

poderiam ser realizadas por falta de recursos materiais ou técnicos;

c) Vídeo como conteúdo de estudo: mostra determinado assunto de

forma direta, orientando sua interpretação e quando de forma indireta,

permitindo múltiplas abordagens;

d) Vídeo como avaliação: dos alunos, do professor e do processo;

e) Vídeo Espelho: para professor se ver, examinar a sua comunicação

com os alunos, suas qualidades e defeitos;

f) Vídeo com Integração/suporte: interagindo com outras mídias;

g) Vídeo como produção: o professor produz ou adapta o vídeo

acrescentando novos dados, novas interpretações, contexto mais

próximos do aluno e vídeo como expressão, os alunos podem produzir

dentro de uma determinada matéria, ou trabalho interdisciplinar.

Quanto ao uso do vídeo, Bilthauer (2011, p.19) “diz que cabe ao professor

usar de bom senso e escolher a forma que for mais adequada para atender ao

objetivo e a metodologia de acordo com o conteúdo que pretende trabalhar". Ainda

sobre o professor, Heckler, Saraiva e Oliveira (2007), acrescentam a

responsabilidade da criação de um ambiente em que o aluno possa perguntar,

refletir, debater, pesquisar, onde professor e aluno possam sentir-se responsáveis

pelo processo de ensino/aprendizagem.

O vídeo pode se tornar uma estratégia quando contribuir significativamente

para o desenvolvimento do trabalho pedagógico.

Para o trabalho com vídeo, é preciso verificar todas as suas potencialidades

para o processo de ensino aprendizagem. Mandarino (2002), destaca alguns pontos

que devem ser considerados no planejamento de uma aula com vídeo: se apresenta

conceitos novos ou já estudados; se permite fazer analogias com outras

concepções, métodos, técnicas e resultados que já foram ou podem ser explorados;

se pode ser complementado; se aproxima o conhecimento científico do cotidiano; se

pode ser usado como instrumento de leitura crítica. A dinâmica e o tempo também

devem ser planejados, para atuação do professor.

Antigamente, a principal dificuldade que os professores encontravam para

trabalhar determinado conteúdo específico com vídeo era a disponibilidade dele.

Geralmente o acervo da videoteca da escola era limitado e muitas vezes o professor

tinha que buscar em outros locais, como locadoras, videotecas da TV Escola nos

Núcleos Regionais de Educação, mas fazer isso levava muito tempo, trabalho e

muitas vezes até mesmo um gasto financeiro para comprar o vídeo.

Atualmente a realidade é muito diferente, com bilhões de vídeos sendo

disponibilizados na web em portais como o Youtube e outros do gênero, com acesso

muito fácil. Esse cenário corrobora o que autores como Moran, Pereira, Dallacosta,

Bilthauer e Vargas ao proporem trabalhos de produção de vídeos com os alunos.

Pereira (2011, p. 679) diz que “a estratégia de envolver os estudantes na produção

de vídeos pode funcionar como aspecto motivador, sobre tudo para formação de

conceitos científicos chaves para promoção da aprendizagem”. Complementando

Pereira (2011), Bilthauer (2011, p.14) acrescenta que, com “a facilidade de acesso a

câmeras de vídeo, até mesmo por meio de celulares, possibilita aos alunos

produzirem seus próprios vídeos, com baixo custo e recursos técnicos”.

Nos dias atuais, a produção de vídeos tornou-se muito popular principalmente

entre adolescentes como se observa nos sites que permitem sua disponibilização,

apesar de geralmente desenvolvida visando o lazer e o entretenimento essa

atividade tem grande potencial educacional, Vargas, Rocha e Freire (2007).

Enfim, a produção de vídeo é uma ferramenta alternativa que pode ser

utilizada pelos professores, para auxiliar na tentativa de dinamizar e provocar

mudanças no processo de ensino-aprendizagem em Física.

2. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Foram aplicadas oficinas com alunos do segundo ano do Ensino Médio, que

tiveram por finalidade fornecer subsídios sobre produção e edição de vídeos bem

como trabalhar os conteúdos de óptica geométrica.

Além disso, atividades didáticas foram desenvolvidas, mediadas pela

produção de vídeos, buscando aproximar a tecnologia já existente na escola, com a

prática pedagógica em sala de aula, procurando complementar o estudo da Óptica

Geométrica com uma abordagem investigativa, com o objetivo de tentar resgatar nos

alunos a curiosidade e o espírito investigativo, que são importantes para

aprendizagem de Física e que estão perdidos há muito tempo nas aulas de Física.

O material didático apresenta dois módulos: o primeiro trata de alguns

recursos sobre a produção e edição de vídeos e o segundo, dos conteúdos

específicos de Óptica Geométrica.

Os trabalhos foram desenvolvidos em forma de oficinas em sala de aula, no

laboratório de informática e no laboratório de Física.

2.1 Atividades desenvolvidas

O módulo 1 teve como objetivo dar subsídios a respeito de alguns recursos

sobre estrutura de vídeos e seleção de equipamentos. O tema foi apresentado pelo

professor de forma expositiva, com os recursos do projetor multimídia, ressaltando a

importância de conhecer a estrutura de vídeos e seleção de equipamentos

necessários para filmagem.

Para trabalhar as etapas de produção de vídeo, pré-produção, produção e

pós-produção ou edição de áudio e vídeo foi utilizado como referência o Miniguia de

Produção de Vídeos de Curtíssima Metragem5 que apresenta definição do projeto

do vídeo, roteiro, seleção do equipamento, processo de filmagem, edição de áudio e

vídeo.

Nas aulas de edição de vídeos foram utilizados os computadores do

laboratório de informática, assim como pequenas filmagens (curta duração) feitas

pelos próprios alunos. Nesse momento foram explorados os recursos de editor de

vídeo online do Youtube6 e para isso, elaboramos um tutorial que foi impresso e

entregue para cada aluno como guia para aprender a utilizar o editor e seus

recursos.

O módulo 2, de Óptica Geométrica foi composto por cinco atividades.

A primeira apresentou uma situação de reflexão dos conceitos sobre o que é

Óptica, fontes de luz e meios físicos. Após as discussões entre os alunos, os

conceitos foram formalizados pelo professor.

A segunda atividade consistiu na construção de uma câmera escura com os

objetivos de identificar os princípios da propagação da luz, observar a formação de

imagens no interior da câmera escura; verificar a relação entre objeto e imagem;

distância do objeto à câmera escura e profundidade da câmera escura.

Após a montagem do experimento e a exploração dele pelos alunos, eles

tiveram que responder os seguintes questionamentos: Como a imagem aparece na

tampa da lata? Por que essa imagem aparece dessa forma? O que acontece se o

orifício na lata for maior?

Após as discussões sobre as questões, foram formalizados pelo professor os

conceitos de: propagação retilínea dos raios de luz, as relações geométricas

envolvendo: objeto e imagem; distância do objeto à câmera escura e profundidade

da câmera escura.

Na terceira atividade foi elaborado o experimento do pente reflexivo7 com o

objetivo de possibilitar que os alunos percebessem as leis de reflexão

experimentalmente sem conhecer formalmente os conceitos.

Os alunos precisaram refletir sobre os seguintes questionamentos: O que

acontece quando posicionamos a lanterna num ângulo de 90º em relação ao pente e

5 Disponível em: https://www.institutoclaro.org.br/banco_arquivos/cc_miniguia_producao.pdf (acesso

em: 18/10/2013). 6 Acesso ao editor pelo link: http://www.youtube.com/editor

7 O experimento consiste em: Um espelho, um pente colocado verticalmente em sua frente e uma

lanterna, instruções detalhadas sobre o experimento estão em disponíveis em: http://www2.fc.unesp.br/experimentosdefisica/opt03.htm (acesso em: 18/10/2013).

ao espelho? O que acontece quando mudamos a posição da lanterna para um

ângulo diferente de 90º em relação ao pente e ao espelho? Poderíamos substituir o

espelho por outra superfície? Qual? Funcionaria da mesma forma?

Após as discussões foram formalizados pelo professor os conceitos das Leis

de Reflexão; espelhos planos; objetos e imagens; construção de imagens no

espelho plano; campo visual de um espelho plano. Também utilizamos simuladores8

para mostrar o campo visual e como se dá a formação de imagem em um espelho

plano.

Para a quarta atividade foi solicitado para os alunos, em grupos de no máximo

três participantes, que filmassem em casa cenas onde utilizam espelhos para

ampliar ou reduzir o campo de visão. Espelhos para esse fim são os que geralmente

encontramos em lojas de conveniências, entrada de garagem de alguns prédios,

elevadores, ônibus de transporte público, estojos de maquiagem etc.

Cada grupo apresentou o vídeo da cena que filmou e comentou o que

observou na imagem. Também trouxe um espelho com as mesmas características

do qual filmou. O objetivo da atividade foi possibilitar aos alunos uma situação

favorável para comparação da formação de imagens nos espelhos planos e

esféricos, levando-os a perceber que as características da imagem de um espelho

plano não “distorce”, não aumenta e não diminui, e que nos espelhos esféricos a

imagem pode aumentar, diminuir, ficar invertida de ponta-cabeça ou direita-esquerda

e perceber o campo visual nos dois tipos de espelhos esféricos. Para mostrar a

formação de imagens nos espelhos esféricos foi utilizado dois simuladores, um para

espelho côncavo9 e outro para espelho convexo10. Em seguida foram apresentadas

formalmente as equações dos espelhos esféricos, com as devidas convenções.

Na quinta atividade para introduzir o tema foram realizadas duas experiências,

a primeira consistiu de: uma moeda em uma xícara com água; a segunda foi

realizada com um copo de vidro transparente, água, óleo vegetal e um lápis.

Realizadas as duas experiências, os alunos foram questionados sobre o que

foi observado de comum e se existe uma relação do meio físico em que está

8 O simulador utilizado está disponível na página:

http://www.lucianofeijao.com.br/clf/clique_professor/EXATAS/8/arquivos/20130325143215.swf (acesso em 14/10/2013). 9 O simulador utilizado está disponível na página:

http://fisica.saibamais.pro.br/flash/EspelhoConcavo.swf (acesso em 16/10/2013) 10

O simulador utilizado está disponível na página: http://fisica.saibamais.pro.br/flash/EspelhoConvexo.swf (acesso em 16/10/2013)

inserido o objeto de observação com a imagem que observamos. O objetivo das

experiências foi proporcionar condições favoráveis e necessárias ao aluno para que

ele possa perceber o desvio da luz nos diferentes meios de propagação da luz,

fenômeno este que chamamos de refração.

A seguir foram formalizados pelo professor os conceitos de: índice de

refração, índice de refração absoluto e relativo, leis da refração dióptro plano, lâmina

de faces paralelas, ângulo limite e reflexão total.

Finalizado o segundo módulo da oficina, chegamos à etapa mais importante

de todo o trabalho, que é produção de vídeos sobre o ponto de vista dos alunos e

todo o conteúdo abordado anteriormente.

A dinâmica para a produção dos vídeos ocorreu da seguinte forma: os alunos

formaram grupos, cada grupo escolheu um tema para produção do vídeo, as ideias

de cada grupo sobre a produção do vídeo foram anotadas, que fez parte do roteiro

do mesmo. Após uma semana os alunos retornaram ao laboratório de informática

para primeira edição dos vídeos.

Finalizada a primeira edição, os grupos apresentaram seus vídeos, com

debates sobre o tema e sobre a produção. Depois de realizado o debate, tiveram

mais uma semana para fazer a segunda edição dos vídeos com as sugestões vindas

do debate, essas atividades foram realizadas pelos alunos em casa ou no colégio

sem a presença do professor e posteriormente, foi feita a apresentação final dos

trabalhos e a publicação dos vídeos no Youtube para a socialização do material

produzido.

3. ANÁLISE DOS RESULTADOS

A participação como professor da turma e como pesquisador proporcionou a

analise dos resultados a partir da própria prática pedagógica com o conhecimento da

realidade onde o projeto foi desenvolvido.

Da análise dos resultados constatamos que a maioria das expectativas

previstas no projeto foi confirmada, tais como: oportunizar o uso de recursos

tecnológicos como apoio ao Ensino de Física, tais como o vídeo; fornecer subsídios

básicos necessários para a edição e produção de vídeos didáticos; iniciando os

alunos nos estudos sobre a Óptica Geométrica articulando o tema com situações do

dia a dia; oportunizando um ambiente de incentivo à pesquisa sobre o assunto;

propiciado condições para que os grupos produzissem e apresentassem em sala de

aula, vídeos de curta duração a respeito do tema proposto.

A aceitação por parte dos alunos em relação à estratégia metodológica foi

muito boa, e ao fazer uso dos computadores no módulo da oficina sobre edição de

vídeos, ocorreram interação e cooperação entre os mesmos.

Percebemos um ensino mais dinâmico, aumentando as interações entre os

alunos e entre os alunos e o professor, um aumento na dinamicidade das aulas do

conteúdo de óptica com um grande envolvimento dos alunos construindo as suas

hipóteses e chegando às suas conclusões.

Na etapa final ocorreu a união do uso do vídeo no ensino de Física aplicado à

óptica Geométrica.

As atividades foram desenvolvidas em contra turno de estudo do aluno

participante, não ocorreram dificuldades em relação à carga horária da disciplina de

Física, verificando-se que a carga horária de 40 horas previstas foi adequada para

execução do projeto.

Ocorreram dificuldades em relação à parte técnica, computadores com pouca

capacidade de processamento dificultaram o trabalho de edição de vídeos, além

disso, muitos computadores do laboratório de informática estavam em uso, queda da

internet ou simplesmente as páginas não carregavam. Tais dificuldades foram

superadas com o uso de computadores portáteis do colégio quando foram

necessários.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Na implementação do projeto, percebemos que ao se fazer uso das

tecnologias disponíveis na escola, dentre elas a produção de vídeo pelos alunos,

houve uma melhora na aprendizagem dos conteúdos ao aproximá-los da realidade,

permitindo fazer a relação entre a teoria e a prática.

Também se destacou um aumento do interesse dos alunos pelas atividades,

assim como o ambiente de incentivo à pesquisa e estimulo ao debate, como

Bilthauer (2011, p.50) tinha verificado.

No Grupo de Trabalho em Rede11 (GTR), ao se discutir com os professores

11

Os Grupos de Trabalho em Rede – GTR constituem uma atividade do PDE que se caracteriza pela interação virtual no Portal http://www.diaadia.pr.gov.br/ através da plataforma Moodle, entre os

participantes o uso da tecnologia como ferramenta pedagógica, percebemos que há

uma conscientização pela maioria dos professores em relação à necessidade de

incorporação em suas aulas, o que já é um importante passo.

Na discussão sobre o projeto, destacamos alguns comentários: apontou-se

que é possível e viável sua execução; que ele é interessante na questão do

envolvimento do grupo; em que os alunos serão os protagonistas e o professor será

o mediador nesse processo; valorizando o envolvimento do grupo e as trocas de

experiências; que sua problematização é relevante com a necessidade do professor

em trabalhar com novas metodologias. As considerações feitas pelos professores

cursistas do GTR se confirmaram na execução do projeto.

O pré-conceito que a Física é considerada uma das disciplinas mais difíceis

pelos alunos existe, e foi sentido no início do projeto uma certa resistência ou até

mesmo desconfiança dos alunos para com o projeto, uma vez que a metodologia

empregada que priorizou o fenômeno físico relacionando-o com o mundo real junto

com o uso de recursos da tecnologia como simuladores e a produção de vídeo não é

normalmente trabalhado nas salas de aulas de qualquer disciplina, mas ao “vencer

essa barreira inicial, notamos um grande envolvimento dos alunos interagindo e

cooperação entre eles no processo da construção do conhecimento, despertando a

curiosidade em relação aos fenômenos físicos estudados.

Fazendo uma análise global, verificamos que, com a facilidade dos alunos em

trabalhar com a tecnologia, eles passaram ver a disciplina de Física sob um novo

conceito.

A etapa de produção e apresentação dos vídeos forneceu subsídios

necessários para avaliar individual e coletivamente os alunos quanto à

aprendizagem dos conceitos físicos estudados, mostrando que a utilização por parte

dos professores de recursos tecnológicos aliados a uma prática pedagógica que

valoriza a interação e a relação dos conteúdos com o cotidiano de um modo

investigativo, fazendo com que os alunos passem a ser parte importante do

processo educacional, apresentam resultados muito satisfatórios não só no aspecto

da aprendizagem e do interesse dos alunos, mas também em desmontar mitos com

relação à disciplina de Física.

Professores participantes do programa e os demais professores da Rede Pública Estadual e que ocorre no mesmo semestre que o projeto também é executado na escola.

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