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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

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FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DIDÁTICA PEDAGÓGIGA

Título: AS TRANSFORMAÇÕES NO MUNDO DO TRABALHO E A EXPLORAÇÃO DO TRABALHO INFANTIL DURANTE A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL INGLESA (1780-1850)

Autor: Marinalva Aparecida Consoli

Disciplina/Área História

Escola de Implementação do Projeto e sua localização

Colégio Estadual Barão do Rio Branco – EF / EM Rua São Tomé, 339

Município do Colégio Inajá

Núcleo Regional de Educação Paranavaí

Professor Orientador Prof. Dr. Roberto Leme Batista

Instituição de Ensino Superior Universidade Estadual do Paraná – Campus de Paranavaí.

Relação Interdisciplinar

Não

Resumo

Esta Unidade Didática intitulada “As transformações no mundo do trabalho e a exploração do trabalho infantil durante a Revolução Industrial inglesa (1780-1850)”, tem por objetivo estudar a Revolução Industrial com vistas à compreensão da exploração do trabalho infantil. Ou seja, ao analisar o processo de formação da classe trabalhadora durante a Revolução Industrial, pretendemos entender a totalidade das transformações econômicas, técnicas e sociais que marcou a transição de uma produção fundada no trabalho artesanal para a manufatura e, finalmente, para a maquinaria da grande indústria. É nesse contexto que faremos o recorte temático voltado para a apreensão da particularidade do trabalho infantil. O recorte temático é importante, porque tem a premissa de contribuir com a formação crítica dos estudantes, por meio da compreensão do tema. Dessa forma, os alunos poderão desenvolver um senso crítico sobre o problema da exploração infantil que remonta há muito tempo na história.

Palavras-chave Revolução industrial. Fábricas. Exploração. Trabalho infantil.

Formato do Material Didático Unidade Didática

Público Alvo Alunos da 1ª série do Ensino médio.

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Este material de Intervenção Pedagógica, elaborado na forma de “Unidade

Didática” propõe estudar as transformações pelas quais passaram o mundo do trabalho

durante a Revolução Industrial, no período entre 1780 a 1850, com ênfase no processo

de formação da classe trabalhadora, com vistas a uma compreensão da exploração do

trabalho infantil naquele contexto. Já que a Revolução Industrial se constituiu num

processo que aumentou a produtividade do trabalho humano de uma forma sem

precedentes na história.

O processo de industrialização na Inglaterra no final do século XVIII está

diretamente relacionado ao estímulo a determinadas condições econômicas e sociais

que se encontravam presentes na Inglaterra, destacando o setor têxtil, a era da

chegada do carvão e do ferro, e da construção ferroviária.

Em todos os sentidos, tratou-se de uma transformação revolucionária. O fator

que criou uma base adequada para o desenvolvimento da economia britânica foi à

construção das vias férreas, a produção de aço sendo que as estradas de ferro

transformaram o mercado de capitais criando uma saída para as economias internas e

foram fatores determinantes do desenvolvimento da siderurgia e do carvão, nesse

período.

As transformações verificadas nos transportes ferroviários, marítimos e nas

comunicações, no crescimento do mercado consumidor interno e nas exportações, no

papel do Estado como fomentador das atividades econômicas na ação e proteção aos

interesses dos empresários privados saltam à vista. Além disso, nesse contexto

histórico ocorreram profundas mudanças na relação entre o campo e a cidade, com a

constituição de imensas metrópoles decorrentes do êxodo rural forçado pelos

enclousures e a necessidade crescente de mão-de-obra a ser empregada pela

atividade industrial em expansão.

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Além do capital em abundância e de grandes massas de trabalhadores

desempregados, a Revolução Industrial inglesa contou com mais dois fatores

importantes, que são as grandes companhias de comércio e navegação para

transportar as mercadorias até os clientes e o grande número de mercados

consumidores localizados em inúmeros países, inclusive aqueles com os quais a

Inglaterra havia assinado os tratados de comércio e navegação, incrementando ainda

mais o comércio entre esses países.

Essas transformações afetaram e modificaram o mundo do trabalho e as

relações humanas de uma forma radical. Sendo assim, é necessário compreender que

a Revolução Industrial, ocorrida na Inglaterra a partir do final no século XVIII foi um

salto ontológico do capitalismo. Essas transformações permitiram ao capital

desenvolver uma subsunção real do trabalho, já que conseguiu desenvolver uma

passagem do trabalho artesanal para o trabalho manufatureiro e, posteriormente para a

grande indústria fundada no sistema de máquinas.

A exploração do trabalho infantil, durante a Revolução Industrial, é um recorte

temático importante, porque poderá contribuir para a formação crítica dos estudantes,

por meio da compreensão desse tema. Por isso elaboramos este material didático

visando desenvolver com os alunos uma reflexão crítica sobre o problema da

exploração infantil que remonta há muito tempo na história.

O problema que pretendemos responder é como foi possível com o

desenvolvimento da Revolução Industrial na Inglaterra, a partir da década de 1780, que

os capitalistas adotassem a prática de explorar crianças nas fábricas. Problema este

que não se resolve sem mergulhar na historiografia sobre a Revolução Industrial.

Para tanto, o encaminhamento das ações se dará da seguinte forma:

1º Processo: investigar os conhecimentos prévios dos alunos sobre o tema em

questão, por meio de instrumento de avaliação. Sistematizar o que já sabem. Registrar

o limite desses conhecimentos prévios. Levantar as expectativas que possuem com

relação ao tema.

2º Processo: selecionar textos historiográficos e também paradidáticos e

didáticos que permitam compreender a Revolução Industrial, problematizando com

questões: o que foi? Quando e onde ocorreu? Por que ocorreu inicialmente na

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Inglaterra? Quais foram suas conexões causais e consequências dessas

transformações?

3º Processo: montar um painel com a exposição de cartazes com imagens

iconográficas do contexto da Revolução Industrial.

4º Processo: apresentar e discutir recortes de filmes e músicas que abordam a

temática, com atividades direcionadas.

Após o desenvolvimento das diferentes atividades de ensino, reaplicaremos o

instrumento de avaliação (o mesmo do início) para compararmos o que os alunos

sabiam no início das atividades com o seu conhecimento ao final do processo, assim,

verificaremos se ocorreu alguma mudança na concepção dos alunos em relação aos

conteúdos trabalhados.

Considerando a importância do tema que constitui esta Unidade Temática,

tratamos de elaborar as orientações metodológicas com vistas a orientar os professores

da rede estadual de educação do Estado do Paraná que, por ventura, virem a se

apropriar do resultado do trabalho que ora desenvolvemos.

Caro professor, ao se deparar com esse material, saiba que tivemos a

preocupação de possibilitar aos alunos o desenvolvimento de conhecimento por meio

da compreensão da Revolução Industrial, fundamentalmente no que diz respeito à

exploração do trabalho das crianças nas fábricas. Acreditamos que o estudo e a

reflexão crítica de conteúdos históricos possibilitam a formação de homens e mulheres

comprometidos com as questões sociais da sociedade em que vivem.

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.

Fazer questões sobre o trabalho infantil

1º PROCESSO - INVESTIGATIVO

RESPONDA

1- O que você sabe sobre a Revolução Industrial ocorrida na Inglaterra em

meados do século a partir de 1780?

2- O que você sabe sobre a situação da classe trabalhadora na Revolução

Industrial?

3- Como surgiram as fábricas?

4- O surgimento das fábricas alterou o modo de vida das famílias dos

trabalhadores?

5- Na época da industrialização inglesa, muitas famílias mudaram do campo

para a cidade. O que essa mudança alterou de alguma forma a vida das

crianças?

6- Porque as crianças começaram a trabalhar nas fábricas?

7- Quais eram as condições de trabalho das crianças nas fábricas?

8- Quais as conquistas do Movimento Cartista para as crianças?

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Façam grupos de quatro alunos e leiam o texto:

COMO SURGIRAM AS FÁBRICAS

Nicolina Luiza de Petta

O sistema de produção que conhecemos hoje pelo nome de fábrica surgiu

na Inglaterra entre o final do século XVII e o começo do século XVIII. Porém,

fabricar produtos que serão comprados e usados por outras pessoas não é uma

novidade dos nossos tempos. Essa prática faz parte da história dos povos desde

a Antiguidade.

O que é novo, isto sim, é a forma de produção que concentra os

trabalhadores em um ambiente fechado (o prédio da fábrica), cada um fazendo

uma etapa diferente da fabricação de um mesmo produto, trabalhando para um

único patrão. Outra novidade é que alguns países têm na produção fabril a base

principal de sua economia. São os chamados países industrializados, como por

exemplo, a Inglaterra e a Alemanha.

Antes da criação das fábricas, a produção de bens era um trabalho

caseiro, realizado por toda a família, que podia contar, também, com alguns

ajudantes de fora, chamados de agregados. Nesse sistema caseiro predominava

o trabalho artesanal, realizado com o auxílio de ferramentas que pertenciam ao

artesão. Esse processo também é chamado de manufatura. Os aprendizes, isto

é, os novos trabalhadores, eram treinados na profissão pelos mestres, que eram

os trabalhadores mais antigos e já dominavam totalmente o ofício.

2º PROCESSO

FATOS HISTÓRICOS

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Os trabalhos eram feitos por encomenda. Um comerciante, que também

pode ser chamado de capitalista, entregava a matéria-prima ao mestre da oficina

para que fosse feita certa quantidade de um produto. Por exemplo, o comerciante

entregava o algodão e encomendava determinado número de metros de tecido,

tingido de determinadas cores. O mestre da oficina estabelecia o preço do trabalho

encomendado e o prazo para sua realização.

Na data marcada, o comerciante ia buscar sua mercadoria e pagava o que

devia ao artesão. A produção dependia tanto do comerciante, que comprava a

matéria-prima e vendia a mercadoria pronta, quanto do artesão ou mestre de

ofício, que dominava a arte da fabricação.

Era natural que surgissem conflitos, pois ambos queriam lucrar o máximo

possível. Como tinham interesses opostos, nem sempre as coisas funcionavam

muito bem. Às vezes o artesão não cumpria os prazos combinados; em outras

ocasiões o capitalista queria pagar menos do que o trabalho valia. Acontecia,

também, de o artesão ficar com parte da matéria-prima e com ela fazer produtos

que ele mesmo vendia, Outras vezes, por causa de algum desentendimento, o

mestre de ofício parava o trabalho antes de sua conclusão, causando prejuízos ao

comerciante.

Por que surgiram as fábricas?

A fim de evitar esses conflito e melhor dominar o processo de fabricação, os

capitalistas pensaram em retirar os trabalhadores das oficinas caseiras e

concentrá-los em um mesmo espaço de produção onde seria mais fácil controlá-

los, impor horário e ritmo ao trabalho e acabar com o desvio de matéria-prima. A

ideia básica que orientou a criação das fábricas foi controlar a produção e

disciplinar o trabalhador para evitar prejuízos e, consequentemente, aumentar os

lucros dos proprietários das fábricas.

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ANALISE O TEXTO E RESPONDA

1- De qual livro foi retirado o texto acima?

2- Segundo o texto, onde se originou o sistema de fábrica e em que séculos?

3- Só para recordar – o século XVII corresponde os anos de______ a_______

Enquanto que ao século XVIII corresponde aos anos de_______a_______

4- Explique o que foi o período manufatureiro.

5- Quais eram os conflitos entre mestre e o comerciante/mercador (capitalista)?

6- Segundo a autora, como podemos definir o sistema de fábrica?

7- Você concorda que a disciplina fabril mudou o cotidiano do trabalhador? Por

quê?

8- O que mudou na vida das crianças, na época da industrialização?

Dos diversos itens da disciplina do trabalho fabril, destacamos como

principais os seguintes:

Cumprir o horário determinado pelo patrão; por exemplo, das 7 da

manhã às 6 da tarde;

Não chegar atrasado nem falar ao trabalho;

Evitar o desperdício de matéria-prima;

Ter cuidado com a higiene pessoal e manter comportamento

adequado, evitando brigas ou bebedeiras.

Fonte: (transcrito de A fábrica e a cidade até 1930, São Paulo: Atual, 1995, in Projeto Correção de Fluxo, SEED-PR, 1997).

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UMA VISÃO SOBRE O SISTEMA DE FÁBRICA

Observe atentamente a imagem, ela ilustra a propaganda da maior tecelagem de

São Paulo, montada no ano de 1892, no bairro do Brás, em São Paulo. O Conde

Álvares Penteado, proprietário da fábrica, a construiu com capitais provenientes de

suas fazendas de café. Apesar de não ser uma fábrica da Inglaterra na época da

Revolução Industrial, ela nos dá uma noção sobre as fábricas daquela época.

Figura 1. Propaganda da maior tecelagem de São Paulo, montada em 1892 no bairro do Brás, São Paulo.

Agora, leia o trecho de um texto publicado pelo Jornal do Comércio de 28 de

maio de 1908.

Discuta com o grupo e responda:

De um lado, temos o capital e a classe dos industriais; de outro, a classe de

proletários. Juntos, esses colaboradores do bem geral imperceptivelmente vêm

transformando as cidades, com seu engenho e com seu trabalho. O Brasil não é

agora somente um país agrário; já existem aqui grandes indústrias, como na

Inglaterra.

Que ideias a gravura e o texto nos transmitem sobre o processo de industrialização

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Os homens e mulheres adultos odiavam a fábrica. As crianças também. Aos

patrões só interessava uma coisa: força de trabalho, pagando o mínimo possível.

Grimberg (1940, p. 23) nos descreve que as crianças eram colocadas no trabalho com

máquinas desde a idade muito tenra, recebiam apenas moradia e alimentação, não

recebiam salários. Recebiam tratamentos cruéis, como se fossem pequenos

condenados. Apanhavam não só por castigos, mas para se manterem acordadas na

vigilância das máquinas. Este autor nos relata que as fábricas eram cheias de

pequenos infelizes que provinham de asilos. Com a Revolução Industrial o capitalismo

criou uma forma de escravizar as crianças nas fábricas.

De tal forma que Grimberg afirma que as crianças não sabiam o que era brincar,

pelo contrário, conheciam o terror do chicote, acordavam com fome e dormiam com o

estômago vazio. Essas crianças eram vendidas em grupos que chegavam a uma

centena. As fábricas que as compravam podiam explorá-las até por mais de sete anos.

Estes seres brutalizados pela vida, conforme salienta Grimberg se transformavam em

homens física, psíquica e moralmente aniquilados. Inclusive crianças portadoras de

doenças mentais eram compradas para serem exploradas nas fábricas. Muitas crianças

suicidavam para colocar fim ao sofrimento, pois suas vidas, como se dizia na época era

uma perfeita imagem do inferno.

A realidade era tão cruel que exigiu providências legais. Nesse sentido, “[...] em

1802, uma lei decreta que as crianças daqueles „asilos‟ não poderão trabalhar mais de

doze horas por dia” (GRIMBERG, 1940, p. 24). Diante da gravidade dos fatos, esta lei

foi estendida também às crianças “livres” que não viviam em internatos e “asilos”, foi

incluída na lei uma nova cláusula, proibindo as fábricas de empregar crianças que ainda

não tivessem completado nove anos. Entretanto, não houve muita preocupação em se

fazer cumprir esta lei. Afinal, se não havia nenhuma lei que limitava o tempo da jornada

de trabalhadores adultos, por que limitar o das crianças? Os capitalistas da época

CONHECENDO ASPECTOS DO TRABALHO

INFANTIL NO PASSADO

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afirmavam que quanto mais tempo os trabalhadores passassem na fábrica seria melhor

para eles e para a sociedade. Quanto mais os operários trabalhassem menos

problemas causariam à ordem pública.

Nas principais cidades industriais a contradição saltava à vista, enquanto crescia

a miséria da maioria que trabalhava a prosperidade da minoria proprietária não parava

de crescer. Estas cidades, principalmente Manchester se constituía no verdadeiro

centro de gravidade da Revolução Industrial. Verifica-se o luxo das mansões dos

empresários em contraste com os imensos bairros pobres dos operários.

Durante as Guerras Napoleônicas os preços das mercadorias aumentaram

demasiadamente, o pão foi um dos itens da alimentação que mais subiu. Os salários

não acompanharam a inflação, a fome atingiu sem piedade os trabalhadores pobres. As

crianças foram as principais vítimas. Terminado a guerra a situação não melhorou, pelo

contrário, a exploração se aprofundou.

Adaptado de GRIMBERG, Carl. História Universal, 1940, p. 23 a 25.

RESPONDA

1 - Relate segundo o texto os efeitos da exploração do trabalho infantil para o

desenvolvimento das crianças.

2- “A Fábrica torna-se o lugar detestado, odiado pelos adultos, tanto homens como

mulheres, mais ainda pelas crianças.”:

a) Que castigos as crianças sofriam e quais eram os motivos?

c) Qual a trajetória para a criança chegar até a fábrica?

d) Como eram alimentadas?

Para concluir esta atividade, no laboratório de informática, em dupla faça uma

pesquisa sobre Oliver Twist, personagem que deu nome a um livro de Charles Dickens.

Após a pesquisa, faremos uma discussão em sala sobre a biografia de Twist.

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Trabalhando com filme:

Agora que já conhecemos a história de Oliver Twist, vamos assistir na TV

multimídia ao filme intitulado Oliver Twist, disponível em:

http://www.filmesparadownloads.com/oliver-twist-legendado/, que mostra como as

crianças eram tratadas na Inglaterra, inclusive julgadas com penas severas pelas

atividades irregulares que cometiam.

Responda:

Qual o tema central do filme? Onde se passa a história? O filme

é um retrato da realidade atual? Explique

Com base no que viram, pode-se dizer que a Revolução Industrial

mudou profundamente o estilo de vida da humanidade e que essas

mudanças se refletem nos dias atuais?

Diferencie o trabalho artesanal do trabalho fabril.

Quais eram as condições sociais enfrentadas pela população

de Londres durante a Revolução Industrial?

Qual o significado da infância durante os primórdios da Revolução

Industrial? Como as crianças eram vistas e tratadas durante esse

período?

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A invenção de novos teares e máquinas de fiar, movidos a vapor, na segunda

metade do século XVIII, proporcionou condições para a concentração de operários em

grandes edifícios onde trabalhavam em longas horas em péssimas condições

higiênicas. A aglomeração de trabalho nas novas cidades industriais, sem

melhoramentos sanitários, ocasionou epidemias terríveis. O Parlamento britânico

ordenou investigações sobre a situação do operariado, das quais resultaram relatórios

como o dos Comissários de Trabalho Infantil, em 1833 (...)

O inquérito reuniu uma grande quantidade de provas sobre os diversos aspectos

das condições das fábricas, que exercem importante influência na saúde dos

trabalhadores, adultos e crianças. Nas fábricas antigas e pequenas o relato uniforme é:

suja; mal ventilada; mal drenada; sem banheiros ou vestuários; sem exaustores para a

poeira; maquinaria solta; passagens muito estreitas; alguns tetos são tão baixos que se

torna difícil ficar em pé no centro da sala.

Disto resulta

Que as crianças empregadas em todos os ramos de manufatura do reino

trabalham o mesmo número de horas que os adultos;

Que os efeitos de trabalho tão prolongado são: a deterioração permanente da

constituição física; a aquisição de doenças incuráveis; a obtenção de educação

adequada;

Que, na idade em que as crianças sofrem prejuízos com o trabalho, elas ainda

não são emancipadas, sendo alugadas e seus salários recebidos pelos pais ou

responsáveis.

Nota: o relatório, feito em 1832, foi publicado nos Parliamentary Papers [Documentos

Parlamentares ingleses] de 1833, v.20. (Transcrito de São Paulo, 1979, p. 88). In Projeto

Correção de Fluxo, SEED-Pr, 1997).

IMPORTANTE SABER

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RESPONDA

1 – Que informações podem ser obtidas a partir da análise do relatório em relação a:

a) a classe operária;

b) moradias urbanas;

c) condições de trabalho nas fábricas;

d) Efeitos das condições de trabalho para as crianças;

e) resultados alcançados.

ATIVIDADE

Forme um grupo com três ou quatro colegas de classe. Pesquise em

sites de busca, imagens que mostrem crianças exercendo atividades fabris no

período da Revolução Industrial. Após selecionar as imagens, no mínimo duas

por grupo. Faça um texto explicativo sobre as mesmas.

Com o material obtido, vocês devem montar um painel no pátio da

escola que represente por meio de imagens o universo do trabalho infantil.

Obs. Não se esqueça de referenciar as imagens utilizadas.

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Observe as imagens apresentadas na TV Multimídia

Imagem 1

Fonte: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=50517. Acesso em:

03/11/2013.

1) Que título você daria a essa imagem?

2) O que mais chama sua atenção nessa imagem?

3) Em sua opinião essa imagem tem relação com a nossa realidade?

4) De acordo com o tema estudado as imagens retratam qual época?

3º PROCESSO

ANALISANDO IMAGENS

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Imagem 2

Fonte: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=50517. Acesso em 03/11/2013.

1) Qual o tema central da imagem?

2) Qual o tipo de paisagem retratado?

3) A fotografia se refere a um contexto social. Qual?

4) Qual a mensagem mais significativa que a imagem te apresenta?

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Imagem 3

Fonte: HINE, Lewis w. The History Place: Child Labor in America 1908-1912. Disponível em:

<http://www.historyplace.com/unitedstates/childlabor>. Acesso em: 05/12/2013.

1) Que título você daria a essa imagem?

2) As pessoas retratadas aparentam estar felizes? Justifique sua resposta.

3) Qual o tipo de paisagem retratado?

4) Qual a mensagem mais significativa que a imagem te apresenta?

"... Um operário desenrola o arame, o outro o endireita, um terceiro corta, um

quarto o afia nas pontas para a colocação da cabeça do alfinete; para fazer a cabeça

do alfinete requerem-se 3 ou 4 operações diferentes, ..." (SMITH, 1985).

PARA PENSAR

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Leia atenciosamente o texto e a charge e responda:

Atividade adaptada do ENEM 2011.

Faça a leitura do texto “As lutas operárias e os sindicatos” que se encontra em

APOLINÁRIO, Maria Raquel. PROJETO ARARIBÁ. São Paulo: Moderna, 2007, p.

81/83.

1- Qual a relação entre ambas?

2- Você acha que há relação entre a divisão do trabalho, à qual eram

submetidos os operários?

3- “O produto da atividade industrial não depende do conhecimento de todo

o processo por parte do operário”. Qual a sua opinião a respeito dessa

afirmação?

LEITURA DE TEXTO

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1- Como se chama o movimento que organizou a destruição de máquinas e fábricas

na Inglaterra? Quais eram seus principais objetivos? Quem eram os seus

organizadores?

2 - Quais as reivindicações da classe operária durante o movimento Cartista? Elas

foram aceitas?

3- Pesquisem no laboratório de informática, o teor da “Carta do Povo” redigida por

Feargus O‟Connor e William Lovett. E enumerem cinco reivindicações que vocês

consideram essenciais para melhorar as condições dos trabalhadores da época.

Agora vamos dividir a sala em quatro grupos. Cada grupo deverá pegar um DVD

que está na mesa. Em todos os DVD‟s estão gravados filmes/vídeos. Assistam aos

filmes/vídeos e em forma de seminário, apresentem o teor do mesmo. Usem a

criatividade. As apresentações podem ser em forma de dramatizações, recortes das

partes principais, exposição em mural explicativo, entre outras.

Só não esqueçam que devem focar nos seguintes questionamentos:

Motivos que levaram as crianças ao trabalho;

As condições de trabalho;

A luta pelos direitos;

Principais reivindicações;

Análise crítica da situação apresentada no filme.

4º PROCESSO

ATIVIDADE COM RECORTES DE FILMES

E MÚSICAS

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Os filmes/vídeos que estão gravados nos DVDs são:

1- Título: DAENS- Um grito de justiça

Disponível em: http://filmestorrent.net.br/filme/daens-um-grito-de-justica/

2- Título: Germinal

Disponível em: www.youtube.com/watch?v=vzVSlxWyx

3- Título: A Revolução Industrial na Inglaterra

Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=jt-o3EBQPMU>.Acesso

em: 07/10/13

Título: A revolução Industrial

Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=eeHRaH5p-Ig. Acesso em

07/10/13

Assista ao vídeo clipe “Musica de trabalho” do Legião Urbana. Procure em um

site de busca a letra da música, faça uma reflexão sobre a mesma e responda

ATIVIDADE COM MÚSICAS

Qual o tema central da música?

Em sua opinião, o que o

autor da letra quis transmitir,

ao escrevê-la?

Você consegue relacionar a música com a temática que

estamos estudando? Justifique

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Agora, assista ao vídeo, que apresenta uma paródia da música Luar do Sertão. Preste

atenção na letra.

Faça uma reflexão com seus colegas e responda:

1-Quais as causas do pioneirismo da Inglaterra na Revolução Industrial?

2 - Quais são os meios de produção utilizados?

3- Explique a parte da música que diz: "Artesanato foi embora e hoje é só indústria que

vigora"

MÚSICA: LUAR DO SERTÃO (PARÓDIA)

Autor: Leidiane Ferreira

PARTE I

Artesanato foi embora.

E hoje é só a indústria que vigora.

Eu sei que o povo que trabalha sempre chora de ter tanta exploração e

sofrimento.

PARTE II

A Inglaterra foi o berço da indústria

Por que lá a burguesia começou a acumular.

O proletário já nasceu sofrendo muito.

Trabalhar de sol a sol, só para poder se alimentar.

BIS

Não sou, ô gente, oh não.

Dono dos meios de produção.

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Vamos repetir o questionário inicial para verificarmos o que aprendemos?

RESPONDA

1- O que você sabe sobre a Revolução Industrial ocorrida na Inglaterra em meados

do século a partir de 1780?

2- O que você sabe sobre a situação da classe trabalhadora na Revolução Industrial?

3- Como surgiram as fábricas?

4- O surgimento das fábricas alterou o modo de vida das famílias dos trabalhadores?

5- Na época da industrialização inglesa, muitas famílias mudaram do campo para a

cidade. O que essa mudança alterou de alguma forma a vida das crianças?

6- Porque as crianças começaram a trabalhar nas fábricas?

7- Quais eram as condições de trabalho das crianças nas fábricas?

8- Quais as conquistas do Movimento Cartista para as crianças?

5º PROCESSO

QUESTIONÁRIO FINAL E

AVALIAÇÃO

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ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS

1º Processo

O questionário será respondido em duplas, incentivando assim, a troca de experiências

entre os alunos. Não serão apresentados os resultados neste momento, só saberão se

acertaram ou erraram, no final da intervenção, onde novamente terão a oportunidade de

responder o mesmo questionário, confrontando o conhecimento anterior e posterior ao

desenvolvimento desta unidade didática.

2º Processo

As atividades propostas nesse processo serão realizadas em grupos de cinco

alunos, e tem como objetivo levantar por meio de leituras de textos, fatos históricos da

Revolução Industrial com foco no trabalho infantil. Os textos “Como surgiram às

fábricas, Por que surgiram as fábricas? E o trabalho das Crianças”, serão impressos e

disponibilizados aos alunos. Após leitura os grupos apresentarão as idéias centrais dos

textos e responderão aos questionamentos solicitados pelo professor.

Ainda no 2º processo, será exibido na TV multimídia o filme “Oliver Twist”,

disponível em: http://www.filmesparadownloads.com/oliver-twist-legendado/, que mostra

como as crianças eram tratadas na Inglaterra, inclusive julgadas com penas severas

pelas atividades irregulares que cometiam. Na sequência farão reflexões sobre o filme e

responderão de forma escrita, alguns questionamentos.

Para concluir, buscarão imagens na internet, que mostram crianças exercendo

atividades fabris no período da Revolução Industrial. Após selecionar as imagens, no

mínimo duas por grupo, farão um texto explicativo sobre as mesmas e com o material

obtido montarão um painel com a exposição de cartazes e imagens iconográficas do

contexto da Revolução Industrial. E dessa forma socializar o resultado da pesquisa com

os demais alunos do colégio.

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3º Processo

Serão exibidas na TV multimídia, algumas imagens relacionadas à exploração do

trabalho infantil, para que sejam analisadas. Haverá a intermediação da professora para

que consigam analisar o que a imagem apresenta implícita e explicitamente. Como

exemplo: o tamanho das máquinas em relação ao tamanho das crianças, os pés no

chão, a ausência de sorrisos entre outros.

Ainda nessa etapa, será abordada a questão da revolta dos trabalhadores,

utilizando os textos “As lutas operárias e os sindicatos” que se encontra no livro: Projeto

Araribá: história/organizadora Editora Moderna; obra concebida, desenvolvida e

produzida pela Editora Moderna; editora responsável – Maria Raquel Apolinário. _ 2ª

Ed. – São Paulo, 2007: Obra em 4 v. para alunos do 6º ao 9º ano, pg. 81 a 83. No

manual do professor, página 46, há sugestões de atividades que serão desenvolvidas

em sala de aula.

4º Processo

Aqui serão apresentados recortes de filmes/vídeos que abordam a temática, com

atividades direcionadas; vale ressaltar que antes de iniciar estas etapas é indispensável

que o professor assista aos filmes e elabore um roteiro de questionamentos que os

alunos deverão observar no momento da exibição.

Esse processo será executado no contra turno, para que seja possível trabalhar

individualmente com cada grupo. Pois o objetivo da atividade é que cada grupo assista

um dos filmes, com orientação da professora e elabore uma forma de apresentar o filme

assistido aos demais alunos da sala. Para cada equipe será agendada uma data

diferente para assistirem e montarem a apresentação do filme.

Para diversificar o processo ensino aprendizagem serão trabalhadas também,

atividades com músicas. Onde assistirão ao vídeo clipe “Musica de trabalho” do Legião

Urbana, disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=wfuqOyp1bIo. E depois

farão uma reflexão sobre a letra da música. Outra música que será trabalhada é uma

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paródia da música Luar do Sertão, disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=1_33sWNaaJM.

Todas as atividades terão a coordenação da professora com os alunos, para que

estes produzam narrativas históricas elaboradas, por meio de fontes históricas e

historiográficas.

5º Processo

Aqui será reaplicado o questionário inicial, para ver se houve melhor desempenho dos

participantes. Na sequência será entregue os dois questionários, inicial e final,

corrigidos. Dessa forma, eles próprios observaram a evolução que tiveram após

participação no projeto.

SUGESTÕES DE LEITURAS

Caro Professor, como aprofundamento a respeito da Revolução Industrial,

apresenta-se aqui algumas sugestões de leitura.

Livro 1- A Formação da Classe operária Inglesa. “A maldição de Adão”

Neste livro no capítulo IV, Thompson aborda o trabalho infantil entre os anos de

1780 e 1840 na Inglaterra, durante a Revolução Industrial, onde as crianças eram parte

intrínseca da economia industrial e agrícola. Ele expõe o trabalho árduo e estafante das

longas jornadas em que as crianças eram submetidas assim como os abusos

cometidos a elas e o abandono da humanização dos empregadores, no trato com os

seus trabalhadores.

THOMPSON, Edward P. A Formação da Classe Operária Inglesa, “A maldição de

Adão”, vol. II, Ed. Paz e Terra, 2ª edição, Rio de Janeiro, 1988.

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Livro 2 - Operário com dentes de leite - História sobre o trabalho infantil.

O livro aborda três histórias do trabalho infantil em diferentes temporalidades e

lugares.

BAFFERT, Sigrid, tradução, Marcos Bagno. Os Operários com Dentes de Leite –

Histórias sobre o Trabalho Infantil, Ed. SM, Brasil, 2007.

Livro 3 - Trabalho infantil – O difícil sonho de ser criança

Livro de literatura infanto/juvenil que aborda o trabalho infantil. Nele está presente

a denuncia da profunda chaga social brasileira: o trabalho, na maioria dos casos infame

e exaustivo, a que crianças se submetem em todo o país.

PORTO, Cristina, HUZAK, Iolanda e AZEVEDO, Jô, Trabalho Infantil – O Difícil Sonho

de Ser Criança. Ed. Ática: São Paulo, 2003.

REFERÊNCIAS

APOLINÁRIO, Maria Raquel (Org.). PROJETO ARARIBÁ – História. 2 ed. São Paulo,

2007.

DORIGON, NELCI GONÇALVES. Educação e Trabalho: A Convocação das Workhouses. Dissertação de mestrado. UEM: Maringá, 2206. Disponível em: http://www.ppe.uem.br/dissertacoes/2006-Nelci_Dorigon.pdf. Acesso em 02 de junho de 2013.

ENGELS, Friedrich. A situação da classe trabalhadora na Inglaterra. São Paulo:

Boitempo, 2008.

GRIMBERG, Carl. História Universal. Lisboa: Publicações Europa-América,1940.

HINE, Lewis w. The History Place: Child Labor in America 1908-1912 – Photografhs of

Lewis W. Hine. Disponível em: <http://www.historyplace.com/unitedstates/childlabor>.

Acesso em: 05/12/2013.

HOBSBAWM, Eric J. A era das revoluções: Europa 1789-1848. 22.ed. São Paulo: Paz e Terra, 2007.

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HOBSBAWM, Eric J. Trajetória do movimento operário. Revista Trabalhadores.

Campinas: P M, n. 2, p. 10-11, 1989.

HOBSBAWM, Eric. Da Revolução Industrial Inglesa ao Imperialismo. Rio de Janeiro: Forense Universitário, 1979.

MANTOUX, Paul. A Revolução Industrial no século XVIII. São Paulo:

Edunesp/Hucitec, s/d.

MARX, Karl. O Capital. Crítica da economia política. L-1-V2, 2ª ed. São Paulo: Nova

Cultural, 1985.

MARX, Karl. O Capital. Crítica da Economia Política. Editora Civilização Brasileira, 1968.

P BRESCIANI, Maria Stella M. Lógica e Dissonância Sociedade de Trabalho: Lei, Ciência, Disciplina e Resistência Operária. Revista Brasileira de História. São. Paulo. v. 6 no. 11, Set. 1985/ Fev. 1986. p. 7-44.

PAIVA, Viviane. Tempos Modernos: A industrialização, o trabalho e a alienação na

visão do gênio Charlie. Disponível em:

<http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=50517>. Acesso em:

05/12/2013

PARANÁ, SEED. A fábrica e a cidade até 1930. Projeto Correção de Fluxo, 1997.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do

Paraná de História. Governo do Estado da Educação. Curitiba: 2008.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares da educação

básica. História. Curitiba: Secretaria de Estado da Educação, 2008.

SMITH, Adam. A Riqueza das Nações. Investigação sobre a sua Natureza e suas

Causas. Vol. I. São Paulo: Nova Cultural, 1985.

THOMPSON, E.P. A formação da classe operária inglesa. V. II, 4.ed. São Paulo: Paz e Terra, 2002.

THOMPSON, E.P. Costumes em comum. 3. ed. São Paulo: Companhia das Letras,

2008.

THOMPSON, Edward P. A Formação da Classe Operária Inglesa. Rio de Janeiro:

Paz e Terra, V. 1, 2 e 3.

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REFERÊNCIAS DOS FILMES E VÍDEOS

BERRI, Claude (Dir.). Germinal. Gênero: Drama. Duração 170 min. / cor. Bélgica,

Itália, França: 1993.

CONINX, Stijn. Daens: Um grito de Justiça. 132 min. Bélgica, 1993.

FERREIRA, Leidiane. Paródia da Música Luar do Sertão. Disponível em:

www.youtube.com/watch?v=1_33sWNaaJM . Acesso em 12/12/2013

LEAN, David. Oliver Twist. 111min. Inglaterra, 1948.

VÍDEO BARSA, Encyclopédia Britânica - Documentário sobre a Revolução IndustrialDisponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=jt-o3EBQPMU>. Acesso em: 07/10/13.