OS BIOMARCADORES E SUA APLICAÇÃO NA AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO AOS AGENTES QUÍMICOS...
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FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU
RESENHA CRÍTICA
OS BIOMARCADORES E SUA APLICAÇÃO NA AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO AOS AGENTES QUÍMCOS E AMBIENTAIS
KERCY FRAM DE JESUS DE SENA PEREIRA
Objetivo: resenha crítica sobre o artigo, apresentando os principais pontos abordados pelo autor.
Teresina-PI
2015
AMORIM, Leiliane Coelho André. Os biomarcadores e sua aplicação na
avaliação da exposição aos agentes químicos ambientais. Revista Brasileira de
Epidemiologia. Belo Horizonte, v. 16, n. 1, p. 1-12, 2003.
Os biomarcadores e sua aplicação na avaliação da exposição aos agentes
químicos e ambientais trata-se de um artigo de revisão que buscou apresentar o uso
dos parâmetros biológicos (biomarcadores) na investigação dos efeitos tóxicos
causados pela exposição às substâncias químicas, bem como estimar o risco das
populações expostas diariamente a tais substâncias químicas tóxicas.
O autor cita que fatores psicológicos, acidentais, biológicos, físicos, e fatores
químicos são provenientes da modernização e suas consequências tais como:
poluição; degradação ambiental; desigualdades sociais; industrialização acelerada;
concentração de poder econômico e político; e os novos métodos de agricultura faz
com que a humanidade corra uma série de riscos à sua saúde e bem estar.
Dentre os fatores mencionados acima, o fator químico é o mais preocupante,
pois, são inúmeras as substâncias que podem causar toxicidade à população na
qual está exposta diariamente, através do ar que respira, da água que bebe e do
alimento que consome. Quando se avalia inicialmente a exposição da população aos
agentes químicos, torna-se possível a prevenção ou a minimização das doenças ou
mortes causadas pela interação desses agentes químicos com o organismo humano
e, segundo o autor, “constitui um importante aspecto para a saúde pública”
(AMORIM, L.C.A, 2003).
Quanto mais cedo uma exposição perigosa a agentes contaminantes
químicos for detectada, menos chances haverá de essa contaminação causar
efeitos adversos à saúde, pois, através da monitorização antecipada, é que ocorre a
implantação de medidas de controle e prevenção adequadas a cada situação de
modo particular. A monitorização da exposição avalia e interpreta parâmetros
biológicos e ambientais a fim de detectar possíveis riscos à saúde. Em relação aos
parâmetros ambientais, pode-se citar a concentração do gás CO2 na atmosfera, e em
relação aos parâmetros biológicos (ou biomarcadores) é feita a quantificação da
substância ou seus metabólitos nos mais variados meios biológicos.
Segundo Amorim (2003) o biomarcador compreende toda substância ou seu
produto de biotransformação, assim como qualquer alteração bioquímica precoce,
cuja determinação nos fluidos biológicos, tecidos ou ar exalado, avalie a intensidade
da exposição e o risco à saúde. E para que isso ocorra, o biomarcador deve passar
por um processo de seleção e validação na qual será estabelecida uma relação
quantitativa e qualitativa do biomarcador com a exposição, em função da substância
química e do objetivo selecionado.
Os biomarcadores possuem várias finalidades, como, por exemplo, avaliar
exposições, os efeitos das substâncias químicas, e avaliar a suscetibilidade
individual. Os biomarcadores podem também ser utilizados independente da fonte
de exposição do indivíduo. No entanto, existe uma necessidade de identificar e
validar o uso desses biomarcadores em cada sistema orgânico, a fim de avaliar os
parâmetros característicos individuais e estabelecer a especificidade e sensibilidade
de cada biomarcador.
Os biomarcadores estão classificados em 3 tipos, independente da sua
finalidade ou aplicação. Os de exposição avaliam a interação grupal ou individual
com uma substância química específica, avaliando a ligação de causa e efeito, entre
a exposição externa e a exposição interna. Os de efeito avaliam as alterações ou
efeitos adversos à saúde causados pela exposição e absorção do organismo pela
substância tóxica. E os biomarcadores de susceptibilidade permite quantificar o grau
de resposta da exposição provocada os indivíduos.
Sendo utilizados como ferramentas para a avaliação dos estudos
epidemiológicos ambientais, os biomarcadores estudam a relação entre a
“exposição aos agentes químicos e os efeitos na saúde dos indivíduos expostos”
(AMORIM, L.C.A, 2003). Com isso pode-se oferecer uma estimativa de risco mais
confiável, uma vez que os biomarcadores têm uma relação direta com os efeitos na
saúde em comparação aos parâmetros ambientais.
Apesar de ser um artigo de revisão, o autor quis destacar principalmente a
importância do uso dos biomarcadores como ferramenta chave para a avaliação de
riscos à saúde, focando principalmente nos conceitos e concepções, tornando o
texto de fácil entendimento, sem um conhecimento prévio por parte do leitor a cerca
do tema abordado.
Tornam-se necessários mais estudos a cerca das substâncias químicas
tóxicas e seus efeitos na saúde, com o intuito de estabelecer programas de controle
e prevenção partindo do pressuposto da relação de exposição e efeito.
A modernização trouxe conforto, mais acessibilidade e rapidez nos meios de
comunicação e paralelo a isso trouxe também inúmeros agentes tóxicos aos qual a
população está exposta, não só no meio de trabalho, mas também na alimentação,
na água a ser consumida, no ar que respira, em fim, somos todos vulneráveis. Com
a busca incessante do conforto, esquecemo-nos dos riscos que isso poderia trazer.
As doenças malignas estão cada vez mais comuns em nosso meio e isso reflete na
preocupação dos pesquisadores em detectar as doenças antes mesmo que elas se
manifestem, e uma dessas ferramentas são os biomarcadores.
REFERÊNCIA
AMORIM, Leiliane Coelho André. Os biomarcadores e sua aplicação na avaliação
da exposição aos agentes químicos ambientais. Revista Brasileira de
Epidemiologia. Belo Horizonte, v. 16, n. 1, p. 1-12, 2003