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ORTOPEDIA
• LOMBALGIACONDIÇÕES
A lombalgia pode ser conceituada como uma dor de característica mecânica, localizada entre a parte mais baixa do dorso (última costela) e a prega glútea,que aparece após força física excessiva em estruturas normais ou após ação de força física normal em estruturas lesadas.De acordo com vários estudos epidemiológicos, de 65% a 90% dos adultos poderão sofrer um episódio de lombalgia ao longo da vida, com incidência entre 40% e 80% em várias populações estudadas.A principal causa das dores na coluna vertebral é a lesão discal.Entre 70% e 80% das lombalgias e 95% das lombociatalgias são determinadas por lesão discal.
• LOMBALGIACONDIÇÕES
O prognóstico para a maioria dos pacientes com dor lombar é excelente. A maioria dos pacientes obtém recuperação completa em duas semanas independente do tratamento prescrito.Mais de 90% dos pacientes com hérnia do núcleo pulposo são tratados com sucesso de forma conservadora.A ausência de melhora nas primeiras duas a três semanas deve levantar suspeita de uma causa mais grave de dor.
• LOMBALGIAFATORES DE RISCO
- esforço físico intenso com a coluna vertebral.- levantamento e carregamento de peso (acima de 23 kg) –niosh.- exposição do corpo inteiro à vibração.- postura assentada.- postura forçada do dorso.- Uso de colchões com espuma gasta (quando suportam o peso corporal possuem menos da metade da altura do colchão) ou com densidades inadequadas para faixa etária e peso corporal.- Ritmo lombo-pélvico inadequado ( a movimentação de flexão anterior seguida de extensão da coluna lombar, de forma repetitiva).
• LOMBALGIAMOVIMENTOS E ATIVIDADES
- metalúrgicos- Pedreiros e auxiliares de pedreiro- Enfermeiros e auxiliares de enfermagem- Motorista de taxi, de ônibus de longo curso- Carregadores de sacarias em depósitos- Estivadores portuários- Descer de automóvel fazendo rotação da coluna lombar- açougueiro
• LOMBALGIASINAIS E SINTOMAS
Lombalgia Aguda: início súbito e duração menor ou igual a 3 meses.Dor em região lombar, compreendida entre o rebordo costal inferior e a região glútea, sem irradiação para o membro inferior, com duração de 3 meses.-Não inclui as radiculopatias lombares.-Atitude antálgica-Desvio postural em coluna lombar-Rigidez com contratura muscular-Crepitação-Não é possível fazer diagnóstico etiológico! ( Não pode ser atribuída à patologias reconhecidas, tais como: tumor, infecção, osteoporose , artrite reumatóide , fraturas)
• LOMBALGIASINAIS E SINTOMAS
Sistomas e achados radiológicos têm uma correlação fraca.(Não fazer diagnóstico só pelos exames de imagem. A clinica é sempre soberana!)
O Primeiro Consenso Brasileiro sobre Lombalgias e Lombociatalgias estabeleceu as seguintes diretrizes:1- Deve-se avaliar se a dor aparece de manhã ou no decorrer do dia , lembrando que nas hérnias discais e lombalgias de causa inflamatória ela ocorre pela manhã. No canal estreito artrósico pode também iniciar de manhã e piorar ao longo do dia.2- No osteoma osteóide, a dor aparece de madrugada.3- Nas espondiloartropatias a dor é matinal, projeta-se nas nádegas, melhora ao longo do dia, às vezes desaparece à tarde.
• LOMBALGIASINAIS E SINTOMAS
4- Na lombalgia mecânico degenerativa a dor aparece com os movimentos no fim da tarde após o trabalho e se relaciona com estresse físico e emocional.5- Quando as lombalgias e lombociatalgias surgem acompanhadas de ¨sinais de alerta¨(queixas sistêmicas), é necessário fazer anamnese de outros órgãos e sistemas.6- Nas compressões radiculares a dor obedece quase sempre um trajeto dermatomérico. Algumas vezes, isso pode não ocorrer (superposição de dermátomos e esclerótomos).7- Nas hérnias de disco centrais, pode não haver dor irradiada.
• LOMBALGIASINAIS E SINTOMAS
Sinais não orgânicos de lombalgia psicossomática:
1-Sensibilidade dolorosa exacerbada em locais de distribuição não anatômica e superficial.2-Lombalgia que aparece após compressão crânio caudal ou á rotação da pelve e ombros sem movimentar a coluna.3- Sinal de Lasègue exagerado quando pesquisado sentado ou deitado.4-Alterações regionais de sensibilidade (hiperestesia em bota) em pacientes não diabéticos e fraqueza generalizada.
• LOMBALGIA
MANOBRAS E TESTES
- O paciente com lombalgia ou lombociatalgia deve ser examinado levando-se em conta que a pressão intradiscal varia em função dos movimentos e das posições do corpo.
- Palpação (processos espinhosos, músculos espinhais intrínsecos, Quadrado Lombar, Músculos Glúteos, Músculo Piriforme, Nervo Ciático)
- Teste de Shober – avalia limitação verdadeira dos movimentos da coluna lombar.- Teste de Adams (flexão anterior do tronco)- diferencia as escolioses estruturais das demais.- Alinhamento das curvaturas anatômicas da coluna vertebral (observar a lordose
lombar anatômica).
• LOMBALGIA
MANOBRAS E TESTES
- Contratura da musculatura paravertebral lombar- Observar a presença de pontos-gatilho e bandas contraturadas nas musculatura
lombar (Síndrome Dolorosa Miofascial).O músculo Piriforme pose ter pontos-gatilho miofasciais , produzindo dor referida.
- Dor a percussão dos processos dos processos espinhosos lombares (possibilidade de fratura vertebral)
- Retificação da lordose lombar anatômica- Déficit da flexo-extensão, da lateralização (flexão lateral) e da rotação lombar- Fazer diagnóstico diferencial com a Síndrome do músculo Piriforme que produz
padrão de dor referida à região sacroilíaca, região lateral da nádega e parte posterior da coxa.
• LOMBALGIA
MANOBRAS E TESTES
Avaliação Diagnóstica Complementar
-Radiologia convencional:.Nas lombalgias mecânicas agudas ou subagudas (até quatro semanas) sem sinal de alerta, os estudos de imagens não são necessários..Nas lombalgias crônicas e agudas com sinais de alerta se faz necessário solicitar a radiografia simples na primeira consulta.
• LOMBALGIA
MANOBRAS E TESTES
Tomografia axial computadorizada (TC), indicadas em comprometimentos:.Discais.Das faces intervertebrais (platôs vertebrais).Das articulações zigoapofisárias,.Do canal vertebral e forames intervertebrais.-Ressonância nuclear magnética (RNM): é superior à tomografia axial computadorizada em razão da melhor visualização dos tecidos moles e por ser multiplanar com amplo plano de visão.
• LOMBALGIA
MANOBRAS E TESTES
Tomografia axial computadorizada (TC), indicadas em comprometimentos:.Discais.Das faces intervertebrais (platôs vertebrais).Das articulações zigoapofisárias,.Do canal vertebral e forames intervertebrais.-Ressonância nuclear magnética (RNM): é superior à tomografia axial computadorizada em razão da melhor visualização dos tecidos moles e por ser multiplanar com amplo plano de visão.-Usada nos casos sugestivos de:.Infecção,.Câncer ou.Comprometimento neurológico persistente
• LOMBALGIA
MANOBRAS E TESTES
Eletroneuromiografia: indicada no diagnóstico diferencial entre envolvimento radicular e outras doenças do sistema nervoso periférico.-Densitometria óssea: nos caos de osteoporose primária ou de osteoporose secundária, devendo ter em mente que somente a presença de perda de massa óssea não justifica a lombalgia ou lombociatalgia.
• CERVICALGIACONDIÇÕES
A cervicalgia é menos frequente que a lombalgia.Sua prevalência atual na população geral é estimada em 29% nos homens e 40% nas mulheres,embora estes índices possam ser ainda maiores quando avaliamos populações selecionadas de acordo com as atividades exercidas no trabalho.Nas cervicalgias pós-traumáticas,como nos acidentes automobilisticos com impacto posterior,a condição conhecida como síndrome do chicote(whiplash),apresenta umaIncidência que varia de 18% a 60%.
• CERVICALGIACONDIÇÕES
-CERVICALGIAS MECÂNICASAs desordens mecânicas são as causas mais comuns de cervicalgias.A dor cervical mecânica pode ser definida como dor secundária a utilização excessiva de uma estrutura anatômica normal(em geral,a musculatura paravertebral)ou como dor secundária a dano ou deformidade em uma estrutura anatômica(hênia discal).
• CERVICALGIAFATORES DE RISCO
Postura forçada da inclinação cabeça-pescoço .-Contratura estática ou imobilização por tempo prolongado da cabeça,pescoço ou ombros.-Contratura muscular do pescoço e cintura escapular permanente.-Tensão crônica.-Elevação em abdução dos braços acima dos ombros associada à força.-Vibração de corpo inteiro.
• CERVICALGIAFATORES DE RISCO
Embora haja uma clara relação entre as queixas musculoesqueléticas e fatores ocupacionais,muitos estudos apresentam baixa qualidade metodológica,sendo que até o presente momento existem evidências positivas de cervicalgias relacionadas com posturas fixas e prolongadas,curvatura aumentada do tronco,flexão cervical acentuada durante atividades por periodos longos ergonomia inadequada e atividades que envolvam vibração contínua das mãos e dos braços
• CERVICALGIAMOVIMENTOS E ATIVIDADES
Digitador com posto de trabalho anti-ergonômico(monitor colocado em altura errada;mau posicionamento das mãos sobre o teclado cohiperextensão dos punhos;falta de apoio nas cadeiras para descanso dos braços).-Carregadores de peso excessivo sobre a cabeça.-Uso de travesseiros com densidade e altura inadequados(travesseiros de plumas ou de ervas...).-Movimentos repetitivos para atendimento de telefone com o uso simultâneo de computador - postode trabalho não ergonômico(células de telefonia ou de telemarketing).
• CERVICALGIAMOVIMENTOS E ATIVIDADES
-Atletas de futebol(cabeceio de bolas altas).-Laboratoristas que permanece em posição prolongada com flexão estática da coluna-cervical observando os campos visuais do microscópio(baciloscopia,hemograma,QUE...)-Lavadeiras-Dentistas-Cirurgiões
• CERVICALGIASINAIS E SINTOMAS
Derivados das articulações, ligamentos e musculatura.-Queixas de dor e rigidez aos movimentos ;-Dor profunda ,às vezes em peso e episódica;-Pacientes com história de uso excessivo ou atividade não usual,e posturas inadequadas prolongadas;-Sem histórias de traumas;-Dor muscular e ligamentar são localizadas e assimétricas ;-As dores do segmento cervical superior são referidas em torno da região occipital;-A dor dos segmentos inferiores ocorre na cintura escapular;-Sintomas são agravados pelos movimentos do pescoço e aliviados pelo repouso.-Dor na região cervical,contratura muscular cervical.
• CERVICALGIASINAIS E SINTOMAS
Atitude antálgica(retificação da lordose cervical).-Desvio postural na coluna cervical.-Rigidez com contratura muscular.-Sintomas neurológicos vagos nos membros superiores.-NÃO INCLUI AS RADICULOPATIAS CERVICAIS.
-Dor a percussão dos processos espinhosos cervicais(suspeitar de fratura vertebral,osteoporose dos corpos vertebrais).-Crepitação aos movimentos da coluna cervical.
• CERVICALGIASINAIS E SINTOMAS
Os pacientes apresentando queixas de dor cervical devem ser avaliados no sentido descartarmos possíveis condições orgânicas subjacentes que podem ser responsáveis pelo seu quadro clínico,seja por meio de propedêutica clínica ou armada.-São inumeros os sinais que têm como origem a patologia cervical,podendo estes,muitas vezes,se apresentar de maneira inespecífica,dificultando o diagnóstico preciso e ampliando o espectro do diagnóstico diferencial.
-Sinais de Alerta-Febre/Calafrios;-Cefaléia intensa ou dores espasmódicas em salvas;
• CERVICALGIASINAIS E SINTOMAS
-Sinais de Alerta-Febre/Calafrios;-Cefaléia intensa ou dores espasmódicas em salvas;-Distúrbios mentais;-Edema visível;-Aumento ganglionar ;-Sangramento:ouvidos,nariz ou bucal;-Distúrbios visuais,olfativos ou do paladar;-Parestesias ou fraqueza muscular;-Ausência de pulsos nos membros superiores;-Clauducação do braço;-Atrofia em membro superior;
• CERVICALGIA
MANOBRAS E TESTES
Palpação Face Anterior (Músculo Esternocleidomastóideo,Artérias Carótidas,Fossa Supraclavicular)-Palpação Face Posterior(Músculo Trapézio,Musculatura Intrinseca Cervical,Processos Espinhosos /Articulações Facetarias).Teste de Spurling-flexione lateralmente a cabeça do paciente sentado e aplique forte pressão gradual para baixo.Se provocar dor o teste será considerado positivo.Se não houver dor,coloque a cabeça do paciente em posição neutra e aplique um golpe vertical na parte superior da cabeça.Dor localizada indica envolvimento da articulação interapofisária.Dor radicular pode indicar invasão foraminal por conflito disco-radicular cervical.
• CERVICALGIAMANOBRAS E TESTES
Teste de tração Cervical-Com o paciente e as mãos do examinador no queixo e na região posterior da cabeça do paciente,realiza-se a distração da região cervical,a qual ao abrir os forames neurais,pode avaliar a dor consequente à compressão radicular nesse nível.Quando a cabeça é puxada para cima,os músculos cervicais,ligamentos e capsúlas articulares dos processos articulares são estirados.Se a dor localizada aumentar,deve-se suspeitar de distenção muscular,espasmo entorse ligamentar ou capsulite das articulações dos processos articulares.
• CERVICALGIA
MANOBRAS E TESTES
Teste de percussão dos processos espinhosos cervicais-Com o paciente sentado e a cabeça ligeiramente fletida,percuta o processo espinhoso e a musculatura associada de cada vértebra cervical com um martelo neurológico.Evidência de dor localizada pode indicar vértebra fraturada com ausência de comprometimento neurológico ou lesão discal sem comprometimento neurológico.Se houver suspeita de fratura uma séria de radiografias da coluna cervical é indicada.Se houver dor radicular,identifique o nível neurológico afetado.Este teste não é específico.Outras condições também provocam respostas positivas de dor(entorse ligamentar ).Percutir a musculatura vertebral provoca sinal positivo de distenção muscular.
• EPICONDILITE LATERALCONDIÇÕES
Constitui a disfunção clínica mais comum do cotovelo, consistindo em até 85% a 90% dos casos.
Dez por cento a 50% dos jogadores de tênis apresentam esse distúrbio.
A incidência máxima se dá entre a quarta e a quinta décadas de vida, e há um leve predomínio do sexo masculino.
O braço dominante é afetado com frequência três vezes maior que o não dominante.
• EPICONDILITE LATERALFATORES DE RISCO
-Sobrecarga repetitiva
- Esforços em arrancos, especialmente envolvendo extensão do punho
- Trauma agudo
- Carregar peso acima de 20 kg
• EPICONDILITE LATERALMOVIMENTOS E ATIVIDADES
-Atividade de torque (parafusar, torcer, virar)
- Operar motosserra
- Violinista de sinfônicas
- Rebocar paredes com argamassa (usando colher de pedreiro)
- Preparar argamassa (carregá-la em baldes ou carrinho de mão)
- Arremessar tijolos de um andar para o outro com pá de madeira (construção civil)
• EPICONDILITE LATERALMOVIMENTOS E ATIVIDADES
-Jogar tênis
-Desencapar fios
- Tricotar
- Dentistas
- Cozinheiras industriais
• EPICONDILITE LATERALSINAIS E SINTOMAS
-A palpação dolorosa no epicôndilo lateral, origem dos tendões extensores, é sugestiva de epicondilite lateral (cotovelo de tenista)
- Dor na região lateral do cotovelo, acentuada por manobras contra resistência; também acentuada pela flexão forçada dos dedos; ou pela pinça do 3º dedo contra o polegar;
- Dor no local com abaulamento sugere sinovite
• EPICONDILITE LATERAL
MANOBRAS E TESTES
-Teste de Cozen – realiza-se a flexão do cotovelo de 90° a pronação do antebraço, e se pede ao paciente que faça extensão ativa do punho contra resistência, o teste será positivo quando houver dor no epicôndilo lateral, origem da musculatura extensora do cotovelo.
- Teste de Mill – o punho deverá estar em dorsiflexão e o cotovelo em extensão. Com a mão fechada, o paciente deverá resistir à flexão do punho que na presença de epicondilite lateral desencadeará dor sobre o epicôndilo lateral.
• EPICONDILITE LATERAL
MANOBRAS E TESTES
Extensão ativa do 3° quirodáctilo contra a resistência do examinador, estando o cotovelo do paciente estendido. Na presença de epicondilite lateral o paciente refere dor no epicôndilo lateral.
• EPICONDILITE MEDIALCONDIÇÕES
Constitui 10% a 15% dos casos e é denominada cotovelo de jogador de golfe, embora os arremessadores de beisebol, também sejam propensos a desenvolvê-la.
• EPICONDILITE MEDIALFATORES DE RISCO
-Sobrecarga repetitiva
- Trauma agudo
- movimentos repetitivos de flexo-extensão ou de pronosupinação, durante mais de 2 horas por dia
- Carregar peso acima de 20 kg
- Esforços estáticos com o antebraço, com exigência de força
• EPICONDILITE MEDIALFATORES DE RISCO
-Esforços envolvendo flexão de punho
- Preensão prolongada de objetos com o punho estabilizado em flexão dorsal
- Vibração
• EPICONDILITE MEDIALMOVIMENTOS E ATIVIDADES
-Jogar golfe
- Dentistas que manipulam instrumentos odontológicos com os membros superiores elevados e com inclinação lateral do tronco sobre a boca do paciente
- Cozinheiras de cozinha industrial que preparam alimentos fatiando vegetais e carregando pesadas panelas
• EPICONDILITE MEDIALSINAIS E SINTOMAS
-A palpação dolorosa no epicôndilo medial, origem dos tendões flexores, é sugestiva de epicondilite medial (cotovelo do golfista)
- Dor na região medial do cotovelo, aumentada pela flexão do punho contra resistência ou pela flexão forçada dos dedos
PROGNÓSTICO
Raramente é indicada intervenção cirúrgica, porque a maioria dos casos se resolve com o tratamento conservador
• EPICONDILITE MEDIALSINAIS E SINTOMAS
O tratamento conservador é feito com repouso, antiinflamatórios, gelo, exercícios de alongamento e fortalecimento.
Se os sintomas persistirem após 6 a 12 meses, deverá ser considerada intervenção cirúrgica.
Cinco por cento a 10% dos casos tornam-se tornam-se recalcitrantes com o tratamento conservador e podem exigir cirurgia.
Podem ser conseguidos bons ou excelentes resultados em 95% dos pacientes submetidos a tratamento cirúrgico e epicondilite medial.
• EPICONDILITE MEDIAL
MANOBRAS E TESTES
-Teste de flexão passiva do punho – realiza-se a flexão passiva do punho com cotovelo em extensão e supinado; é usado para avaliar dor no epicôndilo medial e/ou terço proximal flexor do antebraço, como na epicondilite medial, síndrome miofascial e síndrome neurocompressiva
-Pronação contra resitência do antebraço, reproduzindo a dor no epicôndilo medial
• DOR NO OMBROCONDIÇÕES
O microtrauma dos músculos do manguito rotador, especialmente o músculo supraespinhoso ocorre com as atividades de elevação dos membros superiores repetidamente por sobre a cabeça, onde o músculo e o tendão são comprimidos sob o acrômio.
Em 1972 Charles Neer definiu a Sindrome do impacto (impingement), como consistindo na compressão do tendão do músculo supraespinhoso, da cabeça longa do bíceps e da busca subacromial entre o tubérculo maior do úmero e o arco coracoacromial (coracóide – ligamento coracoacromial – acrômio) durante a elevação do braço.
• DOR NO OMBROCONDIÇÕES
Dependendo da estrutura anatômica comprometida, surgem, isoladamente ou em associação, as lesões típicas da síndrome do impacto no ombro, tais como:
a) Bursite subacromial;b) Tendinite do subscapular;c) Tendinite do supraespinhoso;d) Tendinite do infraespinhoso;e) Tendinite da porção longa do bíceps;f) Ruptura do manguito rotador.
• DOR NO OMBROCONDIÇÕES
Prognóstico 80% a 90% dos pacientes com sintomas de impacto respondem ao tratamento conservador.
Se for indicada cirurgia, os resultados serão bons a excelentes em 80% dos casos.
• DOR NO OMBROFATORES DE RISCO
-queda atingindo a região;- movimentos repetitivos de elevação – abdução dos membros superiores acima dos ombros associado à força;- elevação do cotovelo;- anatomia do acrômio (classificação do acrômio de Bigliani – tipo I ou plano (17% dos casos), tipo II (43% dos casos) e tipo II ou gancho (40% dos casos).- Em um estudo, 70% das rupturas do manguito rotador tin ham acrômio tipo III.- levantamento de carga pesada(acima de 23 kg)- instabilidade escapular;- puxar súbito com força;
• DOR NO OMBROFATORES DE RISCO
-instabilidade ou hipermobilidade glenoumeral;- postura forçada da inclinação cabeça – pescoço- postura estática forçada dos ombros (cintura escapular) sustentando os membrossuperiores.
• DOR NO OMBROMOVIMENTOS E ATIVIDADES
-Esportes: natação, tênis, vôlei, ginástica olímpica, basquete, futebol (esportes coletivos de contato físico)- limpeza de paredes, tetos, vidros (faxineiras escolares e domiciliares)- cortar lenha- açougueiro- carteiro- carregar pesos sobre os ombros (empregados de transportadoras de mudança; carregadores de botijão de gás)- Auxiliar de serviços gerais- limpadores de frangos (abatedouros de aves)- Cortadores de cana - lenhadores
• DOR NO OMBROMOVIMENTOS E ATIVIDADES
-Atividades que exijam permanência de elevação - abdução dos ombros, acima da linha da cintura escapular (vendedores de lojas de sapatos que buscam as caixas em prateleiras altas; eletricista que trabalham em redes elétricas aéreas; lavadeiras que penduram roupas molhadas em varais para secagem)- eletricistas que fazem montagem e manutenção de grandes bobinas elétricas (expostos a ruptura de um manguito ou ruptura bilateral)- pintores residenciais de paredes.
• DOR NO OMBROSINAIS E SINTOMAS
Dor devido a alterações articulares e em tecidos moles, sem irradiação na face lateral proximal do úmero (deltóide).
-Dor na região subacromial (onde se situa a zona do impacto) no arco doloroso gleno – umeral (60° a 120°) de elevação – abdução ativa do MS.
- Se houver dor acima de 120° principalmente nos últimos 30°, a causa mais provável é o acometimento da articulação acromioclavicular.
-Dor com flexão anterior e rotação interna;
• DOR NO OMBROSINAIS E SINTOMAS
-Atrofia da cintura escapular em casos crônicos;
- Presença frequente de pontos – gatilho miofasciais nos músculos da cintura escapular, esternocleidomastóideo e trapézio alto.
- Diminuição de força;
- Dor noturna / dificuldade em dormir sobre o ombro;
- Crepitação: região subacromial (hipertrofia / fibrose da busca subacromial).
• DOR NO OMBRO
MANOBRAS E TESTES
-Teste para Síndrome do Impacto: Sinal do impacto de Neer anormalTeste de Hawikins – Kennedy anormalTeste de Yokun anormal
(estes três testes sendo anormais dão especificidade e sensibilidade de 80% a 90% da presença de lesão do supraespinhoso)
-Teste de Jobe : avalia a integridade do tendão do supraespinhoso;- Teste de Speed ou “Palm – up test”: indica presença de alterações da cabeça longa do biceps braquial;
• DOR NO OMBRO
MANOBRAS E TESTES
-Teste de Yegarso : avalia a integridade da porção longa do biceps braquial;- Teste de Gerber ou “Lift off test”: para avaliação da integridade do subescapular;- Teste de Patte : avalia a integridade do infraespinhal;- Raio X de Ombro;- Ultra – sonografia: exame não invasivo que detecta lesões maiores que um cm. Deve ser sempre comparativo com relação ao ombro contralateral. É operador dependente (curva de aprendizado).- Ressonância Magnética: estudo mais completo, que detecta lesões pequenas e incompletas. Avalia também outras estruturas. Desvantagem: alto custo
• TENDINITE DOS EXTENSORES E FLEXORES DO CARPOFATORES DE RISCO -movimentos repetitivos, com força ou em desvios postural-preensão prologada de objetos com a mão-trabalhos que exijam força ou repetição dos músculos do antebração
• TENDINITE DOS EXTENSORES E FLEXORES DO CARPOMOVIMENTOS E ATIVIDADES-Digitadores com ritmo rápido
.Digitadores com ritmo rápido de digitação;
.escritores
.faxineiros
.lixadores
.esfregadores
.lavadores
.pianistas
.violinistas de sinfônicas
.músicos de orquestras
• TENDINITE DOS EXTENSORES E FLEXORES DO CARPOMOVIMENTOS E ATIVIDADES. dentistas que manipulam brocas com cabos, sugadores de saliva e outros instrumentos odontológicos;.pintores.mecânicos.estivadorescozinheiras industriais que preparam alimento em panelas pesada, picam verduras com facas, carregam pacotesw pesados de alimentos(sacos de batata....).pedreiros assentadores de tijolos e rebocadores de paredes.trabalhadores da construção civil que fundem lages de concreto nas obras;.metalúrgicos.soldadores da indústria naval;.padeiros que preparam massas manualmente;
• TENDINITE DOS EXTENSORES E FLEXORES DO CARPOSINAIS E SINTOMAS
-dor localizada na região do tendão e/ou músculos do antebraço;-sensibilidade na região do tendão e/ou músculo respectivo;-estreitamento sinovial -dedo em gatilho-crepitação-edema: aumento de volume localizado (no trajeto do tendão) nas tendinites mais graves;-sensação esponjosa ou empastada à palpação do antebração (nos casos mais graves);-dor ou fraqueza em teste de força na região do tendão afetado;
• TENDINITE DOS EXTENSORES E FLEXORES DO CARPOSINAIS E SINTOMAS
-contração resistida dolorosa do músculo associado (músculo+tendão= unidade funcional);-estiramento passivo doloroso da unidade musculotendínea (variável)-alguma limitação de movimento afetada pela tendinite
• TENDINITE DOS EXTENSORES E FLEXORES DO CARPOMANOBRAS E TESTES
Observar presença de sinais e sistomas à mobilização tendinea ativa e passiva dos tendões extensores na face posterior do antebraço e do punho;-observar se o gestual do trabalhador no seu posto de trabalho produz dor nos tendões extensores.-observar presença de sinais e sintomas à mobilização ativa e passiva dos tendões flexores na face anterior do antebraço e do punho.-observar se o gestual do trabalhador no seu posto de trabalho produz dor nos tendões flexores.-observar presença de bandas musculares contráteis com pontos-gatilho, ou tendões com pontos gatilho que dão dor local ou dor irradiada para o antebraço e/ou punho e mão.
• TENDINITE DOS EXTENSORES E FLEXORES DO CARPO
MANOBRAS E TESTES
Considerações: as lesões que comprometem os músculos,habitualmente, são de melhor prognóstico se comparadas às que ocorrem junto aos tendões.Estes últimos,por serem estruturas propensas aos esforços repetitivos e processos inflamatórios crônicos, não respondem a contento aos antiinflamatórios em sua expressões variadas e tendem à cronicidade.
• TENOSSINOVITE DE QUERVAINCONDIÇÕES
Foi descrita por Fritz De Quervain em 1895.As mulheres são mais acometidas (6:1),sobretudo entre a quinta e a sexta décadas de vida.O quadro é também mais frequente em gestantes.O tendão do músculo abdutor longo(ALP)e o extensor curto do polegar (ECP),ao nível da estilóide radical,passam por um túnel osteofibroso denominado 1°compartimento dos extensores cujo limite superficial é o ligamento anular dorsal do corpo.O limite profundo é uma região sulcada na face lateral da estilóde radial.A desproporção entre os diâmetros do túnel e os tendões provoca a sintomatologia.
• TENOSSINOVITE DE QUERVAINFATORES DE RISCO
Movimento brusco ou repetitivo do polegar ocasionando a tenossinovite e,em consequência,o aumento do diâmetro dos tendões;-Espessamento do ligamento anular do carpo;-Esforços repetitivos do punho,exercendo força ou em desvio ulnar;-Movimento repetitivo de pinça do polegar seguidode flexão,extensão ou rotação do Punho,principalmente associado à força;-Posturas viciosas do polegar e do punho,como manter o polegar elevado e/ou abduzido durante as atividades(polegar alienado);-Compressão mecânica do polegar ou do processo estilóide radial;
• TENOSSINOVITE DE QUERVAINMOVIMENTOS E ATIVIDADES
Costureiras e alfaiates que usam tesouras de modo frequente na confecção de roupas.-Manicures -Jardineiros -Fabricantes artesanais de telas de arame -Fritadeira-Cabelereira-Lavadeira
• TENOSSINOVITE DE QUERVAINSINAIS E SINTOMAS
Dor na face radial do punho,na região do processo estilóide do rádio ou no primeiro comportamento dorsal do punho;-Piora os movimentos do polegar(abdução ,adução forçada e extenção);-Dor à extenção do polegar -Crepitação na projeção dos tendões(estalo sobre o punho);-Estreitamento da bainha sinovical;-Dor que piora na manobra de resistência com o desvio ulnar(teste de Filkenstein);-Edema sobre o primeiro compartimento dorsal do punho;
• TENOSSINOVITE DE QUERVAINSINAIS E SINTOMAS
Complicações:Ruptura do extensor curto do polegar;
Ruptura do abdutor longo do polegar;
• TENOSSINOVITE DE QUERVAIN
MANOBRAS E TESTES
-Teste de Finkelstein –Confirma o diagnóstico. Solicita-se ao paciente que feche mão sobre o polegar abduzido na face palmar.A seguir faça um desvio ulnar máximo.Com isso os tendões do 1° compartimento dorsal do punho (ALP+ECP) são estressados contra o processo estilóide radial provocando dor local. (É teste patogmomônico!)
Diagnóstico por imagemA radiografia pode revelar edema sobre a face radial do punho ou uma exostoseA cintilografia óssea mostra aumento da captação sobre a face radial do punho.