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OrtografiaEsta publicação contempla as normas do Acordo Ortográfico daLíngua Portuguesa, de 1990, em vigor desde 2009.

I Encontro científico internacional de ozonioterapia / organizaçãoWilfredo Irrazabal Urruchi, Jean Guilherme Fernandes Joaquim --1. ed. -- São Paulo : Integrativa Vet Brasil, 2019.122 f. : il

Vários colaboradores.Bibliografia.ISBN 978-65-80244-01-0

1. ozonioterapia. 2. ozônio medicinal. 3. medicina integrativa

2019Todos os direitos reservados.

Integrativa Vet Brasil

Ficha catalográfica

A responsabilidade de qualquer terapêutica prescrita é do profissionalque a prescreve. A perícia e a experiência profissional de cada um sãofatores determinantes para a condução dos possíveis tratamentos paracada caso. Os editores não podem se responsabilizar pelo abuso oumá aplicação do conteúdo compartilhado nessa obra.

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Wilfredo Irrazabal Urruchi

Jean Guilherme Fernandes Joaquim

I ENCONTRO CIENTÍFICO INTERNACIONAL DE OZONIOTERAPIA

III SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE OZONIOTERAPIA NA MEDICINA VETERINÁRIA

I CONGRESSO DE OZONIOTERAPIA VETERINÁRIA DA ABO3VET

São PauloIntegrativa Vet Brasil

2019

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I ENCONTRO CIENTÍFICO INTERNACIONAL DE OZONIOTERAPIA4

OBJETIVOO I Encontro Científico Internacional de Ozonioterapia-IBO3A, O I Congresso de Ozonioterapia da ABO3VETe o III Simpósio Internacional de Ozonioterapia na Me-dicina Veterinária-IBO3A, tem como finalidade a atuali-zação dos conhecimentos dos profissionais das áreas desaúde humana e animal atuantes na área de ozonioterapiae sua combinação com medicina regenerativa. Assimcomo também oportunidade para divulgação de suas ex-periências científicas e clinicas.

COMISSÃO ORGANIZADORACOORDENAÇÃO GERAL:Dr. Wilfredo Irrazabal Urruchi

COORDENAÇÃO CIENTÍFICA:Dr. Jean Guilherme Fernandes Joaquim

COMITÊ CIENTÍFICOPESQUISADORESDr. Anibal Grangeat Dr. Benjamin A. Falcón Dr. Gabriel Azzini. Dr. Jean G. Fernandes Joaquim Dr. José Luis Calunga Dr. José Scarso Dra. Roberta Basile Dr. Sergio Bruzadelli Dr. Wilfredo Irrazabal Urruchi Dra. Zullyt B. Zamora Rodríguez

PALESTRANTES CONVIDADOS

DRA. ÁNGELES ERARIO- Bioquímica formada pela Uni-

versidade de Buenos Airesem 2001.

- Atualmente encarre-gada do Departamentode Ensino e Pesquisado IAOT.- Bioquímica da áreade Química do Hos-pital de Agudos Ber-

nardino Rivadavia daCidade Autônoma de

Buenos Aires.- Ex-Professor da Cátedra

de Química Biológica Vegetalda Faculdade de Farmácia e Bioquí-

mica da Universidade de Buenos Aires.- Ex-Professor da Faculdade de Farmácia e Bioquímicada Universidade de Buenos Aires.- Membro fundador da Associação Médica de OxigênioOxigênio Argentino.- Membro do Colégio de Bioquímica da Cidade Autô-noma de Buenos Aires.- Membro do Comitê Científico da Federação Mundialde Oxigenoterapia com Ozônio.

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DR. ANÍBAL MARTÍN GRANGEAT- Médico neurocirurgião.

- Universidade Católica de Córdobaem 1970.

- Especialista em neurocirur-gia.- Diretor Médico da IAOT.Cidade Autónoma de Bue-nos AIres. Argentina.- Ex-neurocirurgião doHospital Britânico de Bue-nos Aires.

- Ex-neurocirurgião do Insti-tuto Argentino de Diagnóstico

e Tratamento.- Ex-neurocirurgião do Hospital

Fernández de Buenos Aires.- Ex-neurocirurgião do Hospital Rawson, em BuenosAires.- Membro fundador da Associação Médica de OxigênioOxigênio Argentino.- Professor Honorário da Sociedade Argentina de Flebo-logia e Linfologia.- Membro do Comitê Técnico da Federação Mundial deTerapia de Ozônio com Oxigênio, (Comitê de Regras).

DR. BENJAMIN ARENAS FALCÓN- Mestrado em Ciências.- Pesquisador adicional do centro nacional de pesquisa

científica.- Professor assistente da Escola La-

tino Americana de Medicina.- Especialista em primeiro e

segundo grau em medicinageral abrangente.- Autor de várias publica-ções em jornais de fatoresde alto impacto.- Vencedor de vários prê-mios de pesquisa em dias de

ciência cubana e fórum deciência e tecnologia.

- Membro da Federação Mundialde Terapia do Ozônio.

- Membro da Academia Italiana de Terapiado Ozônio, Membro da ASPO

DR. CEZAR TRALLI- Graduado em odontologia UNIP 1985.- Especialista em cirurgia buco-maxilo-facial 1989.- Pós-graduação em Ortopedia Funcional dos Maxilares.- Pós-graduação em DTM / Disfunção Têmporo-mandi-bular.- Prof. Assistente da Cadeira de Cirurgia BMF da UNIP1998 a 2008.

- Coordenador da clínica deDTM da UNIP 1998 a

2008.- Membro da comis-são científica e pales-trante do Congressode Posturologia daRomênia – Ropos-turo 2005.

- Formação em Tera-pia Neural – Dr. César

Cepeda – Guadalajara2005.

- Pós-graduação em Ozoniote-rapia em Havana-Cuba / Centro de In-

vestigaciones Del Ozôno 2009.- Prof. convidado da Universidade Latino Americana DelCaribe – ULAC.- Treinamento em Odontologia Biológica Dr Lechner –Munique 2016.- Treinamento Healing is Voltage Dr. Jerry Tennant –Texas 2016.- Treinamento Hal Huggins Protocol Dra Blanche Grube– Sarasota 2017.- Pós-graduação em Nutriendocrinologia Funcional DrLair Ribeiro 2016-2017.

DRA. CLARISSA AIRES- Médica pela Universidade Fe-deral de Uberlândia.- Especialista em Anestesio-logia.- Pós-graduada em Nutrien-docrinologia Funcional pelaFaculdade de Saúde de SãoPaulo.- Membro ativa da AMBB.- Fellow em Clinical Nutritionpela BARM.- Pós-graduada em Oncologia peloHospital Albert Einstein.- Membro da SIO (Society for Integra-tive Oncology USA | Sociedade daOncologia Integrativa).- Coordenadora da Especializa-ção em Medicina Integrativada UNIUBE.

DRA. CYNTHIA VENDRUSCULO- Graduação pela UnespCampus Botucatu.- Aprimoramento profissionalpela FMVZ-USP.- Residência Multiprofissional da

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saúde pelo MEC na FMVZ-USP.- Mestrado em Ciências animais pelo departamento deClínica Veterinária FMVZ-USP (Dissertação com ozo-nioterapia intra-articular em equinos).- Doutorado em andamento pelo mesmo programa (Tesecom ozonioterapia em casos de OCD).

DR. FÁBIO DE OLIVEIRA MENDES- Fisioterapeuta especialista pós-graduado em Acupuntura

e Eletroacupuntura pela ABACO noRio de Janeiro desde 2002.

- Montou em 2002 em Ma-nhuaçu - MG, uma clínica es-pecializada em Acupuntura.- Durante este período parti-cipou de vários cursos dequalificação e aprimora-mento profissional nas áreas

de tratamentos naturais avan-çados como Acupuntura, Trata-

mento da Dor, Dermatofuncionale Estética, Magnetoterapia, Photon-

terapia por infravermelho longo e plan-tas medicinais.- Ampliou a clínica com Novas instalações em 2009, ehoje a clínica conta com tratamentos modernos e cienti-ficamente comprovados pela sua eficácia na manutençãode uma vida mais saudável.

DR. FELIPE MANZANI- Formado pela universidade uni-

granrio – 2004.- Formado em cirurgia geral

pelo hospital Miguel Couto– 2007.- Formado em acupun-tura pela escola neijing –2011.- Pós-graduação em nu-trologia pela Abram –2011.

- Pós-graduado em terapiaintensiva - 2016.

- Pós-graduado em adequaçãonutricional e manutenção da ho-

meostase endócrina-prevenção e trata-mento de doenças relacionadas à idade – 2017.

DR. FRANCISCO CAMPOS- Doutor em Clínicas Odontológicas, Especialista e Mes-tre em implandontia.- Cirurgião dentista formado pela Universidade do Valedo Itajaí (SC).- Pratica a Ozonioterapia desde 2007.- Trabalha em Clinica particular e na Faculdade de Me-

dicina e Odontologia SãoLeopoldo Mandic em

Campinas (SP).- Atual Secretário daCâmara Técnica deOzonioterapia.- Graduado emOdontologia – Uni-vali-SC.- Doutorando em Clí-

nicas Odontológicas –Faculdade São Leo-

poldo Mandic – SP.- Mestre e Especialista em

Implantodontia – Faculdade SãoLeopoldo Mandic – SP.- Especialista em Ozonioterapia – Universidade de Sevi-lha – Espanha.- Professor do Curso de Lateralização do Nervo Alveolar– Ipeno – SC.- Coordenador dos Cursos de Habilitação em Ozoniote-rapia na Odontologia – Faculdade São Leopoldo Mandic– SP.- Membro – Secretário da Câmara Técnica de Ozoniote-rapia do CRO – SP.- Palestratante nacional e internacional.

DR. JEAN GUILHERME FERNANDES JOAQUIM- Graduado em Medicina Vete-

rinária pela UniversidadeEstadual Paulista,

UNESP, em 1999.- Mestrado em Medi-cina Veterinária pelaUNESP, 2003.- Phd. na Universi-dade Estadual Pau-lista, UNESP, em

Acupuntura e Doençado Disco (2008).

- O campo de especiali-zação inclui acupuntura ve-

terinária, homeopatia eprodução orgânica.

- A Educação Complementar foi realizada na Universi-dade de Viena – Áustria, no BEVAS – Bélgica e no Cen-tro Internacional de Treinamento em Acupuntura dePequim – China.- Tem experiência em palestras nacionais e internacionaiscom ênfase em Medicina Complementar, atuando princi-palmente nos seguintes temas: Acupuntura, Neurologia,Reabilitação, Homeopatia, Medicina Regenerativa e Pro-dução Orgânica em Medicina Veterinária.- Trabalha com pesquisa, palestra e manejo clínico de ani-mais com problemas neurológicos, apesar de outros.

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- Ex-presidente da Sociedade Brasileira de AcupunturaVeterinária (ABRAVET) 2012-2014. - Conselho de Ad-ministração da IVAS 2014-2016. - Associação Mundialde Medicina Tradicional Chinesa de 2014-2017.- Veterinário do Serviço de Acupuntura da UniversidadeEstadual de São Paulo atuando com células-tronco, neu-rologia, reabilitação e controle da dor.- Coordenador Científico do Instituto Bioethicus. Expe-riência internacional de palestras com reabilitação emPortugal, Venezuela, Chile, Costa Rica, Colômbia, Ar-gentina, Alemanha, EUA e outros.- Presidente da Associação Brasileira de OzonoterapiaVeterinária.

DRA. JESSICA ORLANDIN- Médica Veterinária, graduada em 2015 pela Univer-

sidade Federal de Pelotas.- Mestre em Ciências

(2018) pelo Programa dePós-Graduação em Bio-ciência Animal da Facul-dade de Zootecnia eEngenharia de Alimen-tos da Universidade deSão Paulo (FZEA/USP):"Tratamento de doença

de disco intervertebralcrônica em cães utilizando

células-tronco derivadas damembrana amniótica".

- Doutoranda pelo Programa dePós-Graduação em Biociência Animal da FZEA/USP.- Especialista em Ozonioterapia, Fisiatria e ReabilitaçãoAnimal.- Possui experiência em neurologia, ozonioterapia, fisia-tria e reabilitação animal, cultivo e terapia celular, biote-rismo e microbiologia.- Ministra aulas, palestras e cursos sobre temas como:neurologia, reabilitação animal e terapia celular.

DR. JOSÉ LUIS CALUNGA FERNÁNDEZ- Doutor em Ciências Médicas.

- Pesquisador Auxiliar, Espe-cialista em Fisiologia

Normal e Patológica.- Professor Assistentede Fisiologia, Univer-sidade de CiênciasMédicas de Havana.- Pesquisador Assis-tente.- Prêmio Velcio Bocci

para Pesquisa Cientí-fica de Ozônio conce-

dido em Espanha.

- Autor de mais de 25 publicações em revistas de fator dealto impacto para as Ciências.- Autor do capítulo do livro de Nefrologia, Londres 2014.- Membro da Federação Mundial de Terapia do Ozônio.- Membro da Academia Italiana de Terapia do Ozônio,Membro da ASPO.

DR. JOSÉ SCARSO FILHO- Professor de Cirurgia e Traumato-

logia Bucomaxilofacial da Fa-culdade de Odontologia de

Araraquara– UNESP.- Especialista em Implan-todontia pela PUC –CAMP.- Mestre em Cirurgia eTraumatologia Bucoma-xilofacial pela PUC –RS.

- Doutor em Implantodon-tia pela UFSCEspecializa-

ção em Medicina Integrativapela UNIUBE.

DRA. KENNIA BOTELHO- Professora de Curso de Modulação Hormonal, Ozonio-

terapia, Autólogos na estética ena clínica Integrativa.

- Cirurgiã Dentista pósgraduada em odonto-

logia Integrativa.- Ministradora decursos e palestranteinternacional emvárias disciplinas.- Teve grandes mes-

tres como os prof.Lair Ribeiro, Naif

Tadeu, Augusto Fer-reira, Gabriel Maia e ou-

tros.- Ovacionada recen-

temente por brilhante conferênciasobre Modulação Hormonal Fisio-lógica em Boston/USA Universi-dade de Harvard.

DRA. MAGDA SIQUEIRA- Especialista em Dentística eEndodontia.- Doutora em Odontologia.- Especialista em Odontologiarestauradora e em Endodontia.- Tem atuado fortemente nocampo da Ozonioterapia, tendo par-

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ticipação ativa no cenário nacional para inclusão e divul-gação desta técnica.- Membro da Câmara Técnica de Ozonoterapia do Con-selho Regional de Odontologia de São Paulo.- Realiza palestras e cursos a fim de qualificar profissio-nais na Ozonioterapia.- Recentemente, tornou-se responsável pela implantaçãoda Ozonoterapia em Odontologia para a prefeitura da ci-dade de São Carlos (2018).- Odontologia – UNIFAL – Alfenas/MG – 1989.- Especialista em Dentística – UNESP – Araraquara/SP.- Especialista em Endodontia – UNESP – Araraquara/SP.- Especialista em Adequação Nutricional e Manutençãoda Homeostase Endócrina – UNINGÁ.

DRA. MÁRCIA GRAVATÁ- Possui graduação em

Medicina pela EscolaBahiana de Medi-

cina e Saúde Pú-blica (1978).- Residênciamedica peloConselho Re-gional de Me-dicina do

Estado daBahia (1981).

- Residência me-dica em Neurologia

(2000).- Atualmente é Médica da fisioquantic.

DR. MARCIUS COMPARSI WAGNER- Marcius Comparsi Wagner – cirurgião-dentista CRO/RS15.574.- Especialista, Mestre E Doutor em Periodontia pela

UFRGS.- Habilitado em Ozonio-

terapia pela FAPES.- Professor do

curso de Espe-cialização emPeriodontia daHODOS RS.- ProfessorCoordenadordo curso de

Habilitação emOzonioterapia

para Odontologiada HODOS RS.

DRA. MARIANA TEBALDI- Graduação em Medicina Veterinária. Universidade Es-

tadual Paulista Júlio de Mes-quita Filho, UNESP

Campus Botucatu.- Bolsista do (a):PET - Programa deEducação Tutorial,FMVZ Unesp,Campus Botucatu.- Bolsista do(a):Conselho Nacional

de Desenvolvi-mento Científico e

Tecnológico. Linha depesquisa: Estudo da

pressão arterial pelo métodoindireto oscilométrico (PetMap)

em cães domésticos não anestesiados atendidos pelo Ser-viço de Clínica Médica de Pequenos Animais da FMVZ- UNESP, Campus Botucatu.- Especialização - Residência médica em: Clínica Médicade Pequenos Animais, FMVZ - UNESP Campus Botu-catu.- Especialização Lato sensu em Dermatologia Veterináriana Universidade Anhembi Morumbi, Campus Mooca,São Paulo – SP.

DR. NAZILTON REIS FILHO- Graduação em Medicina Veteri-

nária pela Universidade Esta-dual do Norte do Paraná -

Campus Luiz Meneghel(2011).- Aperfeiçoamentoem Oncologia Clí-nica, Cirúrgica e Ra-dioterapia no Centerfor Comparative On-cology na Michigan

State University(2011).

- Residência na área deClínica Cirúrgica da Univer-

sidade Estadual de Londrina(2012/2014).- Mestrado em Cirurgia Veterinária com ênfase em Cirur-gia Reconstrutiva na Universidade Estadual Paulista JúlioMesquita Filho - Câmpus Jaboticabal (2014/2015).- Doutorado em Cirurgia Veterinária com ênfase em Ci-rurgia Reconstrutiva e Cirurgia Oncológica na Universi-dade Estadual Paulista Júlio Mesquita Filho - CâmpusJaboticabal (2015/2019).- Membro Associado da Associação Brasileira de Onco-logia Veterinária desde 2009.

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- Membro Associado da Veterinary Society of SurgicalOncology e da Veterinary Cancer Society (2015).- Atualmente é Professor das Áreas de Cirurgia e Onco-logia no Centro Universitário das Faculdades Integradasde Ourinhos (UniFIO), Universidade Estadual do Nortedo Paraná (UENP-CLM) e no Instituto Qualittas de Pós-graduação.

DR. PIERRE ESCODRO- Graduado em Medicina Veterinária pela UniversidadeFederal do Paraná-Curitiba-PR, com conclusão em 1997.

- Em 2001 concluiu Especializaçãoem Cirurgia e Anestesiologia de

Grandes Animais na Facul-dade de Medicina Veteriná-ria e Zootecnia daUniversidade EstadualPaulista Júlio de Mes-quita Filho (FMVZ-UNESP).- Residência na área de

Clínica Cirúrgica da Uni-versidade Estadual de Lon-

drina (2012/2014).- Especialista em Acupuntura

Veterinária pela Associação Brasi-leira de Acupuntura Veterinária e Conse-

lho Federal de Medicina Veterinária em 2016.- Mestrado em Medicina Veterinária na Área de ClínicaCirúrgica Veterinária pela FMVZ-UNESP(2004).- É doutor em Ciências na área de Biotecnologia pelo Pro-grama de Pós -Graduação do Instituto de Química e Bio-tecnologia (IQB) da Universidade Federal de Alagoas(UFAL).- De 2001 a 2008 atuou como Diretor Clínico da VET-POLO Consultoria Veterinária, Pesquisa e Saúde Ltda,em Indaiatuba-SP.- Atualmente é Professor Adjunto IV da Universidade Fe-deral de Alagoas, onde é Lider do GRUPO DE PES-QUISA E EXTENSÃO EM EQUÍDEOS(GRUPEQUI-UFAL).- Orientador no Curso de Mestrado em Inovação e Tec-nologia Integradas à Medicina Veterinária para o De-senvolvimento Regional-UFAL e no MestradoProfissional em Propriedade Intelectual e Trans-ferência de tecnologia para inovação em redenacional (profnit.org.br), ponto focal UFAL.

DR. SERGIO BRUZADELLI- Especialista, Mestre e Doutor em CTBMF.- Especialista, Mestre e Doutor em Cirurgiae Traumatologia Buco Maxilo Facial.- Foi um dos introdutores da Ozonionioterapiano Brasil em 1996.- Com vasta experiência na área é coordenador e

orientador dos Cursos de Habilitação em Ozonioterapiaem Odontologia da Universidade de Brasília UnB.- Autor de diversos artigos científicos e capítulos de livrossobre Ozonioterapia.- 2nd International Symposium on Ozone Applications –1997 – CUBA. Apresentação de caso clínico.- XIII Congresso Odontologico Rio-Grandense – 2000 –O uso do Ozônio na Odontologia.- 3rd Internacional Symposium on Ozone Applications –2001 – Síndrome de Fournier: relato de un caso tratadocon ozonioterapia tópica.- 16ª Conclave Odontológico Internacional de Campinas– 2005 – Uso do Ozônio na Odontologia.- I Congresso Internacional de Ozonioterapia – 2006 –Experiencias e pesquisas brasileiras com ozonioterapiaem odontologia.- I Curso Teórico-Prático de Ozonioterapia – 2006 – Ozô-nio em Odontologia.- XXVII Jornada Academica de Araçatuba e III Simposiode Pós-Graduação – 2007 – Ozonioterapia e Homeopatiaem Odontologia.- II Curso Teórico-Prático de Ozonioterapia – 2007 –Ozônio em Odontologia.- III Congresso Iberoamericano de Oxigênio-Ozoniotera-pia, I Congresso Internacional de Brasileiro de Hidro-Ozonioterapia – 2011 – Rio de Janeiro.- 14º Congresso Internacional de Odontologia do DistritoFederal – 2012 – Uso do ozônio nas necroses dos maxi-lares.- Curso Básico e Avançado de Ozonioterapia – 2013 –Ozonioterapia nas necroses dos maxilares.- VI Congresso Sul Brasileiro de Câncer Bucal – 2014 –Ozonioterapia nas osteorradionecroses e nas Osteonecro-ses por Bisfosfonatos.- IV Simpósio de Odontologia Oncológica – 2014 – Ozo-nioterapia em Odontologia.- Curso Básico e Avançado de Ozonioterapia – 2014 – OUso do Ozônio nas necroses dos Maxilares.- 5º Congresso Brasileiro sobre uso Racional de Medica-mentos – 2014 – Uso Racional de Medicamentos e a Se-gurança do Paciente.

- I Curso de Ozonioterapia na Medicina,Odontologia e Veterinária – 2015 – O uso

do ozônio nas necroses dos maxilares.- II Encontro Nacional das Práticas

Integrativas e Complementares –2017 – Ozonioterapia em Odonto-logia.- Palestrante em Congressos Na-cionais e Internacionais, sobre aozonioterapia.- Coordenador da Clínica de Aten-

dimento à Pacientes com Necrosedos Maxilares do HUB – UnB, atra-

vés do uso da Ozonioterapia.

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DRA. THALITA BLANKENHEIM- Médica veterinária formada pelo Centro Universitáriode Rio Preto (UNIRP) em 2009.- No primeiro ano de formada obteve bolsa de treina-

mento técnico nível III da FA-PESP, com as atividades

realizadas na Faculdadede Ciências Agrárias e

Veterinárias (UNESP)em Jaboticabal.- Realizou o curso depós graduação emMedicina VeterináriaPreventiva pela Fa-culdade de Ciências

Agrárias e Veterinárias(UNESP) Campus de

Jaboticabal com auxilio debolsa da Capes.

- Recebeu o titulo de mestre emagosto de 2012 e o de doutora em julho de 2016.- Doutorado em Cirurgia Veterinária com ênfase em Ci-rurgia Reconstrutiva e Cirurgia Oncológica na Universi-dade Estadual Paulista Júlio Mesquita Filho - CâmpusJaboticabal (2015/2019).- Atualmente é Professora de Ensino Superior na Uniãodas Faculdades dos Grandes Lagos (UNILAGO) no cursode Medicina Veterinária e Professora Auxiliar na Univer-sidade Brasil Campus Descalvado.- Coordena juntamente com os órgãos responsáveis o pro-jeto de extensão universitária atuando principalmente ematividades de gerenciamento de campanhas de vacinaçãoantirrábica e de castração animal no Município de Des-calvado/SP e região.

DRA. ZULLYT B. ZAMORA RODRÍGUEZ- Graduada em Medicina Veterinária em 1993. Pesquisa-dora no mesmo ano no Departamento de Farmacologia

Experimental Ozônio ResearchCenter (CNIC), Cuba.

- Co-Autora de dois regis-tros de medicamentos

(OLEOZON tópica eoral em Cuba).- Doutorado em Ciên-cias da Saúde em 2009.Professora de cursosbásicos e avançados In-

ternacionais em Ozonio-terapia para a saúde

humana e veterinária:Cuba, México, Brasil e EUA.

- Assessora de teses de pós-gra-duação e especialidades médicas sobre

o tema da Ozonioterapia.

- Coordenou o projeto de pesquisa sobre Ozonioterapiano choque séptico e atualmente dirige o projeto de pes-quisa sobre o uso de Ozonioterapia em dermatologia ve-terinária. - Seus resultados foram apresentados em mais de 60 con-ferências internacionais e tem mais de 70 publicações na-cionais e internacionais.- Atualmente, é membro da Federação Mundial de Ozo-nioterapia.

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11I ENCONTRO CIENTÍFICO INTERNACIONAL DE OZONIOTERAPIA

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DIA 28 DE JUNHO - SEXTA19h00-19h30 Abertura Dr. Jean Joaquim Gui-lherme e Dr. Wilfredo Irrazabal Urruchi19h30-21h00 Avanços científicos de ozonioterapiaDr. José Luis Calunga21h00 Cocktel

MEDICINA – SALA 1DIA 29 DE JUNHO - SÁBADO 08h30-09h30 Aspectos Biológicos da Ozonioterapia,últimos avançosDr. José Luis Calunga09h30-10h30 Aspectos Fisiológicos da Ozoniotera-pia, últimos avanços Dr. José Luis Calunga10h30-10h50 Coffee Break10h50-11h40 Ozonioterapia em coluna vertebralDr. Anibal Grangeat11h40-12h40 Tratamento com ozonioterapia da en-fermidade degenerativa discal crônica utilizando ima-gem Modic Dra. Ángeles Erário12h40-14h00 Almoço14h00-15h00 Ozonioterapia em fisioterapia Dr.Fábio de Oliveira Mendes15h00-16h00 Ozonioterapia em doenças Neurodege-nerativas Dr. Benjamin Arenas16h00-16h30 Coffe Break16h30-17h30 Ozonioterapia no Sistema respiratórioDr. Benjamin Arenas

30 JUNHO – DOMINGO (SALA 1 – MEDICINA)08h30-09h30 Apresentação oral de trabalhos09h30-10h30 Apresentação oral de trabalhos10h30-10h50 Coffe break10h50-11h40 Apresentação poster de trabalhos11h40-12h40 Apresentação poster de trabalhos12h40-14h00 Almoço14h00-15h00 Microscopia e Aspectos do stress oxi-dativo Dr. Felipe Manzani15h00-16h00 Ozonioterapia em Oncologia Dra.Clarissa Aires16h00-16h30 Coffe break16h30-17h30 Ozonioterapia em Neurologia InfantilDra. Marcia Gravatá

MEDICINA VETERINÁRIA - SALA 2DIA 29 DE JUNHO – SÁBADO08h30-09h30 Aspectos Biológico e fisiológicos daaplicação de ozônio em Medicina veterinária Dra.Zullyt B. Zamora Rodríguez09h30-10h30 Aspectos Biológico e fisiológicos daaplicação de ozônio em Medicina veterinária Dra.Zullyt B. Zamora Rodríguez10h30-10h50 Coffee Break10h50-12h40 Ozonioterapia no tratamento da os-teoartrite em equinos – Evidências científicas e práticaclínica Prof. Dra. Cynthia Vendruscolo12h40-14h00 Almoço14h00-16h00 Ozonioterapia aplicada à dermatologia

em pequenos animais Dra. Mariana Tebaldi16h00-16h30 Coffe Break16h30-18h30 Ozonioterapia aplicada em equinosProf. Dr. Pierre Escodro (UFAL)

30 JUNHO – DOMINGO 08h30-09h30 Apresentação oral de trabalhos09h30-10h30 Apresentação oral de trabalhos10h30-10h50 Coffe break10h50-11h40 Apresentação poster de trabalhos11h40-12h40 Apresentação poster de trabalhos12h40-14h00 Almoço14h00-15h00 Ozônio como adjuvante em procedi-mentos de cirurgia reconstrutiva Prof. Dr. Nazilton ReisFilho15h00-16h00 Ozonioterapia no tratamento do aci-dente vascular encefálico induzido em modelo animalMsc Jessica Orlandin16h00-16h30 Coffe break16h30-17h30 Oxigênio-ozônio intra-mamário no tra-tamento de mastite em bovinos Profa. Dra. ThalitaBlankenheim

ODONTOLOGIA – SALA 3DIA 29 DE JUNHO - SÁBADO 08h30-09h30 Aspectos Biológicos da Ozonioterapia,últimos avançosDr. José Luis Calunga09h30-10h30 Aspectos Fisiologicos da Ozoniotera-pia, últimos avanços Dr. José Luis Calunga10h30-10h50 Coffe break10h50-11h40 Ozonioterapia em Necroses dos Maxi-lares Dr. Sergio Bruzadelli11h40-12h40 Ozonioterapia em Periodontia Dr.Marcius Wagner12h40-14h00 Almoço14h00-15h00 Odontologia Biológica e OzonioterapiaDr. Cezar Tralli15h00-16h00 Ozonioterapia em DTM Dr. FranciscoCampos16h00-16h30 Coffe Break16h30-17h30 Ozonioterapia em Endodontia e Dentis-tica Dra. Magda Siqueira

30 JUNHO – DOMINGO 08h30-09h30 Apresentação oral de trabalhos09h30-10h30 Apresentação oral de trabalhos10h30-10h50 Coffe break10h50-11h40 Apresentação poster de trabalhos11h40-12h40 Apresentação poster de trabalhos12h40-14h00 Almoço14h00-15h00 Ozonioterapia em odontologia e os be-nefícios da água ozonizada Dr. José Scarso15h00-16h00 Ozonioterapia na Estética FacialDra.Kennia Botelho16h00-16h30 Coffe break16h30-17h30 Ozonioterapia + PRP na odontologiaDr. Marius Botelho

PROGRAMAÇÃO

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12 I ENCONTRO CIENTÍFICO INTERNACIONAL DE OZONIOTERAPIA

IBO3A - Instituto Brasileiro de Ozônio e suas Aplicações

01–Avaliação da concentração da água ozonizada coletada da seringa triplice em relação ao tempo de armazenamento na cadeira odontológica

02–Apresentação da técnica de posturoterapia e oxigenoterapia03–Estudo clínico de pacientes com insuficiência cardíaca em tratamento com terapia de ozônio04–Uso da ozonioterapia termoguiada em pós-operatório de microneurorrafia e tenorrafia do quinto quirodáctilo esquerdo –

relato de caso05–Trajetória profisssional nas práticas integrativas e o ‘encontro’ com a ozonioterapia 06–Mucosite oral em crianças transplantadas de células-tronco hematopoéticas: qual a eficácia da tecnologia do ozônio

medicinal07–Uso da ozonioterapia no tratamento de úlceras de pacientes com pé diabético08–Ozônio no tratamento do autismo – ação anti-inflamatória e de modulação do sistema imune e do estresse oxidativo09–Uso da ozonioterapia em paciente portador de psoríase – relato de caso10–Comportamento da resposta imunológica em pacientes com HIV tratados com ozonioterapia durante dois anos11–Resposta de pacientes com hepatite B crônica em um ano de tratamento com auto-hemoterapia maior.12–Ozônio no tratamento de trauma muscular torácico13–Ozonioterapia no processo de cuidar do enfermeiro em úlcera venosa14–Esofagite erosiva grau C, revertida com óleo de girassol ozonizado e manejo nutricional (resumo para trabalho oral)15–Avaliação pelo BDORT dos efeitos da terapia oxidativa aplicada diariamente. Dados preliminares16–Bioestimulação cutânea autóloga no rejuvenescimento facial – relato de caso17–Reporte de un caso de parálisis cerebral infantil de causa postinfecciosa, tratado con ozonoterapia rectal18–Ozonioterapia no tratamento de insuficiência renal grau III e associações integrativas – relato de caso19–Uso do ozônio para reabilitação em cão – relato de caso20–Ozonioterapia no controle da dor em lesão degenerativa de coluna – relato de caso21–Tratamento de ferida lacerante em regiao de plexo braquial com ozonioterapia22–Tratamento de ferida por picada de cobra em cão através da ozonioterapia23–Ozonioterapia para controle de sintomatologia de disfunção cognitiva canina – relato de caso24–A ozonioterapia no tratamento da imunodeficiência viral felina (FIV) – relato de caso25–Redução de carcinoma perineal com ozonioterapia – relato de caso26–Utilização do ozônio no processo de cicatrização de ferida provocada por picada de aranha marrom27–A eficácia da ozonioterapia no tratamento da esporotricose felina – relato de caso28–Ozonioterapia na cicatrização óssea – relato de caso 29–Ozonioterapia associada à miltefosina para tratamento de cão diagnosticado com leishmaniose – relato de caso30–Tratamento de osteoartrose proliferativa com caracteriscas de malignidade em rotweiller com ozonioterapia associado a

AINES31–Utilização de ozônio em cão com Staphyloccocus sp: relato de caso32–Ozonioterapia no auxílio da cicatrização cutânea por segunda intenção em cão – relato de caso33–Ozonioterapia e laserterapia no tratamento do complexo gengivite estomatite faringite felina – relato de caso34–Soluções fisiológicas ozonizadas: curva de ph assegura assegura inocuidade da aplicação intravenosa36–Fisiatria e ozonioterapia no tratamento de reconsolidação óssea – relato de caso37–Ozonioterapia evitou a amputação de um membro do gato – relato de caso37–Ozonioterapia no tratamento de lesão tegumentar severa – relato de caso38–Eficácia dos procedimentos de ozonioterapia em cadelas acometidas de tumores de mama: revisão sistemática de

literatura39–O uso da ozonioterapia associada à medicina integrativa no tratamento de demodicose canina40–Acción cicatrizante del aceite de girasol ozonizado y su utilidad de veterinaria41–Terapia integrativa no tratamento da sequela neurológica de mieloencefalite protozoária equina – relato de caso 42–Ozonioterapia no tratamento de habronemos cutânea refratária à terapia convencional43–Ozonioterapia no tratamento de sarcóide equino – relato de caso44–Ozonioterapia como tratamento de ferida crônica45–Ozonioterapia no tratamento de infecção em implante ortopédico para o tratamento de fratura de terceiro metacarpo

em potro – relato de caso46–Ozonioterapia como tratamento de melanoma equino – relato de caso47–Efeitos da infusão de óleos vegetais ozonizados sobre a remoção do biofilme uterino em éguas doadoras de

embriões com endometrites persistentes48–Ozonioterapia para tratamento de necrose por acidente ofídico por Bothrops jararacussu em equino – relato de caso49–Ozonioterapia para tratamento de pitiose em membro torácico em equino50–Óleo de girassol ozonizado: atividade anti-Pythium insidiosum51–Ozonioterapia para tratamento de ferida em membro de equino52–Uso da ozonioterapia e acupuntura no tratamento de traumatismo cervical em gambá-de-orelha-branca

(Didelphis albiventris) – relato de caso

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O oxigênio é um elemento químico gasoso, estávelque pode ser modificado para uma forma alotrópica cha-mado de ozônio que apresenta propriedades medicinais,mas com pouca estabilidade. Esta técnica é chamada de‘’oxigênio-ozônioterapia’’.

Seu mecanismo de ação é estabelecido através da oxi-dação promovendo uma incrível e versátil cascata decomponentes derivados do ozônio (ROS), capazes de atuarem vários alvos, fazendo com que o mesmo se torne umaalternativa para o combate a inflamação e infecção po-dendo modular respostas reparacionais em tecidos depen-dendo de sua concentração. Sua aplicabilidade seestende desde a cirurgia (implantes, reimplante dental, exo-dontias, para acelerar a cicatrização e como agente hemos-tático) no qual foi primordialmente estudado, naperiodontia (tratamento de gengivite, perio dontite, peri-implantite e na profilaxia), para o trata men to de cáries, trin-cas de esmalte e tratamento de canais radiculares,clareamento dental, no tratamento de outras patologias (ab-cessos, granulomas, fístulas, aftas, herpes, estomatites ecandidíases), para desinfecção de próteses, no tratamentode DTMs, trismo até mioartropatias, entre outros.

Apesar da literatura nos propor resultados positivoscom o uso da oxigênio-ozônioterapia na conduta clínicaodontológica, ainda se faz necessário estudos mais pro-fundos, principalmente em relação a perda da concentra-ção com o tempo que modifica seu potencial de ação.Diante de sua vasta aplicabilidade e desenhando um pro-jeto de utilização do veículo “água ozonizada”, no qualtodo o processo de refrigeração dos instrumentos rotató-rios é feito por meio desta, este estudo tem como objetivoavaliar a concentração da água ozonizada quando cole-tada da seringa tríplice, em relação ao tempo de armaze-

namento na cadeira odontológica estabelecendo diretrizespara seu potencial de ação. Com base nos resultados desteestudo preliminar, aplicado em condições de reprodutibi-lidade clínica, concluiu que a meia vida da água ozoni-zada em condições saturadas foi de 36 minutos e que nos120 minutos testados ainda apresentava potenciais tera-pêuticos comparados a literatura atual.

Avaliação da concentração da água ozonizada coletada da seringa triplice em relação ao tempo de armazenamento na cadeira odontológica

Marina Santiago Barbosa¹; José Scarso Filho²

1 Graduanda: Faculdade de Odontologia de Araraquara – Bolsista do Departamento de Diagnóstico e Cirurgia - UniversidadeEstadual Paulista ‘’Júlio de Mesquita Filho’’ – Araraquara - São Paulo - Brasil. 2 Professor assistente doutor: Departamento de Diagnóstico e Cirurgia - Universidade Estadual Paulista ‘’Júlio de MesquitaFilho’’-Araraquara - São Paulo - Brasil. Correspondência: [email protected]

Palavras-chave: ozônio; bactérias; odontologia

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14 I ENCONTRO CIENTÍFICO INTERNACIONAL DE OZONIOTERAPIA

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Para que o organismo se mantenha vivo e funcionantese faz necessário um aporte adequado e constante de oxi-gênio. Dos elementos fundamentais à vida no planetaexistem: hidrogênio, nitrogênio, cadeia de carbono e oxi-gênio. O oxigênio em rede modula o sistema imunoló-gico, melhora o metabolismo e mata fungos, vírus,bactérias e protozoários.

As células necessitam de suprimento de oxigênio (O2)e de outros nutrientes, além disso, o dióxido de carbono(CO2) e outros produtos residuais devem ser removidos(BERNE, 2000).

O objetivo deste estudo é apresentar a aplicação clí-nica de um Dispositivo Móvel Interoclusal (DMI) e umtravesseiro funcional, os quais retificam a coluna verte-bral cervical, obtendo equilíbrio articular, muscular e pos-tural aumentando a dimensão vertical de oclusão econsequente diâmetro da parte oral da faringe e laringe,decorrente do reposicionamento da língua e retificaçãoda coluna cervical e promovendo o aumento da oxigena-ção sistêmica, obtido a partir de oxímetro de pulso.

Atualmente, o Emprego do Dispositivo Móvel Intero-clusal, é utilizado até atingir a altura ideal de dimensãovertical de oclusão mediante a aferição da saturação plas-mática de oxigênio na hemoglobina pelo oxímetro e esteassociado às práticas integrativas (ILIB, ozonioterapia,dentre outras) tem-se mostrado que o tempo de trata-mento pode ser reduzido e mantendo os resultados semperder a eficácia.

O primeiro passo deste tratamento é dimensionartodos os elementos anatômicos em função estomato-glosso-rino-gnático. A mastigação, deglutição, fonação epostura dependem muito da função, saúde e estabilidadedas articulações temporomandibulares, diminuição mus-cular e relações anatômicas. O aumento da dimensão ver-tical de oclusão é obtido mediante a interposição de umDispositivo Móvel Interoclusal, uma órtese adaptada nosdentes de um dos arcos, promovendo a desoclusão e li-berando a mandíbula que se movimenta de acordo comas forcas funcionais, orientadas por nossa conduta clínica

(dispositivo) até atingir o equilíbrio em isometria e iso-tonicidade. O novo posicionamento fornece uma interre-lação anatômica favorável, facilitando a atuaçãomultidisciplinar para a DTM.

Na nossa proposta, mediante o uso do DispositivoMóvel Interoclusal e Travesseiro Postural consegue-se adesobstrução da faringe e laringe, aumentando o fluxo dear e oxigênio, o que pode ser verificado mediante examescomplementares.

A nossa técnica, desenvolvida e aprimorada em 20anos de estudo, objetiva aumentar o aporte de oxigêniovinte e quatro horas ao dia, até o restabelecimento doequilíbrio estomatognático e sistêmico do paciente. Oequilíbrio depende do registro no dispositivo existentenos hábitos perniciosos dos pacientes.

A administração de oxigênio suplementar é feita emâmbito hospitalar, em terapia intensiva e este tem comoobjetivo compensar o paciente com deficiência respira-tória melhorando a qualidade e expectativa de vida apenasnaquele momento, ao contrário do uso da oxigenoterapiaproposta neste estudo, que dispõe de aporte de oxigêniovinte e quatro horas, a partir do uso do Dispositivo oraabordado. A oximetria de pulso é empregada como prin-cipal parâmetro para a indicação de oxigenoterapia, porser um método não-invasivo, de baixo custo e disponívelpara monitorização ambulatorial (MOCELIN et al,2000).

Atualmente, 480 pacientes são submetidos a uma mo-dificação desta técnica. Emprega-se adicionalmente ooxímetro portátil OX-P-10, EMAI- TRANSMAI paramensurar a saturação plasmática de oxigênio na hemo-globina, visto que o aumento da dimensão vertical daoclusão é mensurado proporcionalmente ao aumento daoxigenação, sendo o ideal uma concentração de 98-100%de saturação (compatível com individuo de 15 a 20 anosde idade, sem remodelações ósseas e/ou perda de estru-turas dentárias, portanto sem perda de dimensão verticalde oclusão). O oxímetro é o eixo principal, em leitura esignificância, no processo de desenvolvimento e aplica-ção do método baseado na prioridade funcional e no

Apresentação da técnica de posturoterapia e oxigenoterapia

Bernardo Coelho Pereira¹¹COI - Consultório Odontológico Integrados

Correspondência: [email protected]

Palavras-chave: oclusão; faringe; laringe; oximetria

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Equilíbrio Muscular que utiliza o Dispositivo Móvel In-teroclusal, tornando possível estabelecer as curvas de as-cendência e descendência no aporte de oxigênio duranteo aplicativo com resultados reais, consistentes e constan-tes. Na consulta inicial é feita uma aferição da oximetriapara que se possa mensurar a evolução do tratamento.

Faz-se o ajuste semanal ou quinzenal do DispositivoMóvel Interoclusal no período de 6 a 12 semanas. Esteajuste não pode antes deste tempo ultrapassando, aumen-tando a DVO e a oximetria com o objetivo da formaçãode radical hidroxila dentro da janela terapêutica na via dereparação tecidual, pois quem sempre está na via de de-generação tecidual é o ferro reativo que deveria estar car-reando o oxigênio.

Antes da instalação do dispositivo faz-se a prescriçãode exames complementares tais como: hemograma, gli-cose, colesterol, creatinina e lactato, bem como examesde imagens, antes e depois da instalação do dispositivo,com o objetivo de verificar uma melhoria sistêmica como maior aporte de oxigênio e aumento do diâmetro daparte oral da faringe.

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Estudo clínico de pacientes com insuficiência cardíaca emtratamento com terapia de ozônio

Javier Cecílio Céspedes Suarez 1; Yanisley Martin Serrano 2; Maria Rosa Carballosa Peña 3; Diana Rosa Dager Carballosa 4

1 Doutor em Medicina Geral, Especialista em Medicina Interna e Medicina Intensiva, Ecocardiografista, Mestre em Urgências eEmergências Médicas, Especialista em Ozonioterapia, Diretor Geral dos Centros Médicos Cardiozono, Vice-PCA Grupo Cespe-des e Santos Limitada; 2 Dra. Mestre em Microbiologia, Especialista em Ozonoterapia, Diretora Administrativa dos Centros Médicos Cardiozono, Con-selheiro Principal de Ozonoterapia do Grupo Céspedes e Santos Limitada;3 Dra. Especialista em Oftalmologia, Especialista em Ozonoterapia, Diretora Clínica e Chefe do Gabinete do Ozonoterapia;4 Doutora em medicina Geral, especialista em ozonioterapia

Correspondência: [email protected]

Palavras-chave: insuficiência cardíaca; fração de ejeção do ventrículo esquerdo; autohemoterapia maior; terapiado ozônio

RESUMOA insuficiência cardíaca (IC) está enquadrada em um

dos tipos de doenças cardiovasculares, apresenta umaforma aguda e crônica que pode evoluir lentamente deuma disfunção ventricular esquerda assintomática, paraum estado de incapacidade grave. Cerca de 1% da popu-lação com mais de 50 anos sofre de insuficiência car-díaca. A prevalência desta doença duplica a cada décadade idade e é de cerca de 8% nos maiores de 75 anos. Maisde três quartos das mortes por essa patologia ocorrem empaíses de baixa ou média renda. Angola não está isentadeste problema de saúde observado em uma populaçãorelativamente jovem, levando à incapacidade e morte emidades precoces da vida. Os estudos e os novos tratamen-tos para o controle e prevenção da mesma continuamsendo insuficientes.

Se considerarmos as múltiplas ações do ozônio comoantioxidantes, estimuladores da oxigenação e circulaçãosanguínea, acreditamos que possa representar um trata-mento adequado para esses pacientes. Por isso, nossaequipe decidiu analisar os efeitos clínicos e ecocardiográ-ficos (FEVE) induzidos pela autohemoterapia maior apli-cada em pacientes com insuficiência cardíaca crônica.

Foi realizado um estudo com uma amostra de 45 pa-cientes que apresentavam diagnóstico de IC crônicaclasse II-III pela classificação funcional da New YorkHeart Association (NYHA) e American Cardiology Col-lege / American Heart Association (ACC / AHA), umecocardiograma prévio com uma Fração de Ejeção doVentrículo Esquerdo (FEVE) menor que 50%. Adminis-tramos a Auto-hemoterapia Maior com protocolo de 15

sessões, manutenção a cada 15 dias e ciclos a cada 6meses na concentração de 50 µg/mL, dose inicial de 4.000µg até chegar a 12.000 µg durante 3 anos de tratamento.

Os pacientes após o primeiro ciclo de tratamento me-lhoraram sua capacidade física funcional e a FEVE au-mentou para níveis normais (55%). Foi demonstrado quea autohemoterapia maior é um tratamento adjuvante, viá-vel e benéfico na insuficiência cardíaca crônica.

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HISTÓRICOPaciente RMNP, de 42 anos, sexo feminino, vítima de

acidente domiciliar com vidro, evoluindo com lesãocorto-contusa em face volar da base do quarto e quintoquirodáctilos esquerdos, apresentando hemorragia locale extrusão de tendão por rompimento da polia, ocasio-nando limitação funcional importante e dor intensa, sendosubmetida ao tratamento cirúrgico de urgência. Teve altahospitalar no 1º DPO evoluindo orientada, eupneica, afe-bril, normotensa, com extremidades perfundidas, semqueixas no momento, com o curativo cirúrgico limpo eseco. Ficou sendo acompanhada pelo médico cirurgiãoem consultório e após um mês da cirurgia foi liberadapara realizar fisioterapia.

ACHADOS NO EXAME FÍSICO E DIAGNÓSTICOPaciente com história de acidente domiciliar com

vidro, apresentando lesão na base do quarto e quinto qui-rodáctilos esquerdos com comprometimento de nervo etendão flexores, foi submetida a cirurgia. Ao exame evo-lui em bom estado geral, em POT de cirurgia de micro-neurorrafia e tenorrafia da região lesionada em mãoesquerda, apresentando dor de nível 7 segundo escala vi-sual analógica da dor, edema (++), diminuição da ADMfixada em 30° do dedo referido, apresentando incisão ci-rúrgica em processo cicatricial em fase inflamatória aindacom rubor e perda da função, sem sinal de sangramentoe infecção. Foi realizado o registro gráfico e fotográficoda temperatura no local da lesão, mapeando as regiõesonde o processo inflamatório estava instalado com equi-pamento de termografia. A partir da termografia foi defi-nido um protocolo de tratamento com ozonioterapia. Aozonioterapia é uma técnica terapêutica que utiliza a mis-tura dos gases oxigênio (O2) e ozônio (O3), o chamadoozônio medicinal. É utilizada como forma de tratamento

para muitas patologias, podendo ser aplicada de formaisolada ou complementar. As principais propriedades doozônio são: anti-inflamatória, analgésica, antimicrobiana,antisséptica, modulação do estresse oxidativo, melhorada circulação periférica e oxigenação. Pode ser usado emlesões de pele, doenças malignas, doenças virais, doençasautoimunes, para regeneração, revitalização e estética. Atermografia é um método de diagnóstico que sinaliza al-terações metabólicas e fisiológicas que podem revelar aextensão de lesões e suas áreas dolorosas, através de re-gistro gráfico das temperaturas de diversos pontos docorpo por detecção da radiação infravermelha por eleemitida, ou seja, possibilita a visualização das alteraçõestérmicas da superfície cutânea. Neste trabalho, o ozôniomedicinal será utilizado de forma isolada em local deter-minado, com ação anti-inflamatória, analgésica e regene-rativa, através de protocolo específico que explicita aconcentração e quantidade a ser aplicada do gás, assimcomo a via de aplicação, guiada por termografia.

TRATAMENTO E EVOLUÇÃOA partir da termografia foi definido o seguinte proto-

colo: locais para a injeção do gás, a aplicação via localcom injeção periarticular na região lesionada, concentra-ção de 10 µg/mL de O3, volume de 10 mL de gás, perio-dicidade de 03 vezes por semana inicialmente. Apósprimeira sessão de ozonioterapia a paciente relatou me-lhora da dor classificando em nível 2, foi observada pelatermografia melhora do quadro inflamatório e da circu-lação sanguínea, apresentando ADM em 20°, cicatrizaçãoda incisão em fase proliferativa apresentando tecido degranulação. Após a terceira sessão, mesmo sem obedecerao cronograma semanal definido, foram observadosADM totalmente reestabelecida, diminuição do edemalocal (+), melhora significativa da cicatrização em fase

Uso da ozonioterapia termoguiada em pós-operatório de microneurorrafia e tenorrafia do quinto quirodáctilo esquerdo– relato de caso

Deise do Carmo Pedreira Anjos 1; Luciana Saraiva Costa Carvalho Ray 2

1 Fisioterapeuta especialista em RPG, Dry Needling, Pilates, Cross Pilates, Ozonioterapia, Pós-graduada em Terapia Manual ePostural – Salvador – Bahia – Brasil 2 Enfermeira especialista em Terapia Intensiva Pediátrica, Hemoterapia e Ozonioterapia, Pós-graduada em Hemoterapia e emAuditoria em Sistemas de Gestão da Qualidade e Acreditação em Serviços de Saúde – Salvador – Bahia – Brasil.

Correspondência: [email protected]

Palavras-chave: fisioterapia; ozonioterapia; termografia; cicatrização

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I ENCONTRO CIENTÍFICO INTERNACIONAL DE OZONIOTERAPIA18

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I ENCONTRO CIENTÍFICO INTERNACIONAL DE OZONIOTERAPIA 19

final de maturação e ausência de dor (nível zero).

CONCLUSÃOTrata-se de uma terapia eficaz na recuperação pós-

operatória de cirurgia ortopédica de mão, mesmo a pa-ciente não seguindo à risca o cronograma de sessõesestabelecido. Apesar da resposta satisfatória alcançada atéo momento, seriam necessários a adesão completa da pa-ciente ao protocolo estabelecido para se obter uma melhorresposta e maior tempo de acompanhamento para finali-zar a total recuperação. A ozonioterapia guiada por ter-mografia deveria ser mais utilizada nos processos derecuperação pós-operatória ortopédicos em geral, peloganho de qualidade de vida dos pacientes tanto em rela-ção à diminuição ou ao não uso de medicamentos, assimcomo à recuperação mais rápida do membro operado.

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INTRODUÇÃOA saúde e o bem-estar dos seres humanos e dos ani-

mais há décadas vem sendo estudado e almejado. O tra-tamento conservador baseado em exames, medicaçõesalopáticas, cirurgias, etc, vem sendo utilizados ao longodos séculos na medicina de modo geral, e traz consigoalgum insucesso em algumas condutas clinicas e cirúrgi-cas, precipitando a frustação profissional com a escolhaterapêutica que por vezes encontra-se sem outra opção.Neste sentido, foi criada no Brasil, a Política Nacional dePráticas Integrativas e Complementares (PNPIC). Em2006, inicia-se a oferta no Sistema Público de Saúde decinco práticas terapêuticas. Dez anos mais tarde, foramincorporadas mais quatorze práticas, e o quantitativo seeleva para dezenove práticas terapêuticas como: ayur-veda, homeopatia, medicina tradicional chinesa, medicinaantroposofica, fitoterapia, arteterapia, biodança, dançacircular, meditação, musicoterapia, reike e shantala, tera-pia comunitária integrativa, termalismo social e yoga, asquais apresentaram excelente adesão da população. Maisrecentemente, em março de 2018, durante o 1º CongressoInternacional de Práticas Integrativas e Saúde, foi anun-ciada pelo então Ministro da Saúde a adesão a mais dezpráticas e, dentre essas está a Ozonioterapia.(MS,2018)Esta técnica baseia-se no uso do ozônio medicinal, noqual e formado a partir de um terceiro átomo de (O) à mo-lécula de O2, denominando-se O3. Para se obter esta ter-ceira molécula, torna-se necessário o uso de um geradorde ozônio medicinal. O ozônio (O3) é um gás altamentevirucida, bactericida e fungicida.(RODRÍGUEZ,2017)Atualmente vem se difundindo nas terapias complemen-tares devido aos seus maravilhosos resultados baseadosem estudos científicos, tanto na medicina humana quantona medicina veterinária. Em minha experiência com al-gumas destas práticas integrativas, desde 2010 pude per-

ceber o quão importante são para a recuperação, quaseplena, dos pacientes. Considerando esta trajetória de su-cesso, utilizando dos tratamentos complementares e afimde aprimorar ainda mais minha terapêutica, fui atraídapara conhecer e explorar o Ozônio Medicinal, suas apli-cações e seus resultados.

OBJETIVORelatar vivência no processo de adesão profissional às

práticas integrativas e complementares contemplando adescoberta das possibilidades terapêuticas do ozônio me-dicinal.

MÉTODOTrata-se de relato de trajetória profissional, com abor-

dagem descritiva, um relato de vivência terapêutica comas práticas integrativas.

EVOLUÇÃO DO RELATOA minha intenção, desde a infância, era de ‘tratar as

pessoas”. Na época me atraía ajudar os colegas quandose machucavam, aplicar injeções em bonecas, cuidar deferimentos de animais etc. Já na adolescência, na qual foinecessário optar por uma profissão, fiquei confusa pois,as opções eram muitas: medicina, medicina veterináriaou enfermagem. Entrei em um cursinho preparatório eposterguei a escolha. Nesta época, entrei em um estadode estresse emocional, me sentia consumida, mas ficavasilente. Levada a uma consulta psiquiátrica, fui diagnos-ticada com depressão severa, onde foram iniciadas váriasmedicações controladas, as quais me deixavam “fora doar”, e impossibilitavam os meus estudos. Na época minhairmã me falou da acupuntura e, que uma amiga poderiafazer em mim. Estávamos há cerca de 25 anos atrás,época em que nem se falava muito desta terapêutica e não

Trajetória profisssional nas práticas integrativas e o ‘encontro’com a ozonioterapia

Karina Luciane Arias Gonzalez Cancela 1; Larissa Arias Gonzalez Cancela 2

1 Enfermeira Especialista em Acupuntura pela PUC/PR, certificada pela Shandong University of TCM – China, eem homeopatia, fitoterapia e terapia floral; terapeuta de Reike Nível II , atuando no próprio consultório de medicinachinesa e demais práticas integrativas de saúde;2 Graduanda de Medicina Veterinária, Universidade Tuiuti do Paraná; Estagiária no Hospital Veterinário do JóqueiClub Paraná; Terapeuta Reike Nível I. Aplica em pequenos e grandes animais: acupuntura, laserterapia, homeopa-tia , terapia floral, shock wave além dos tratamentos conservadores, Curitiba, Paraná, Brasil Correspondência: [email protected]

Palavras-chave: competência profissional; relações profissional-paciente; prática profissional; terapias comple-mentares

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existiam clínicas. Iniciei o tratamento com acupuntura,os resultados foram plenamente positivos e, mais ainda aminha satisfação pensava: “aquelas agulhinhas me tira-ram de uma forte depressão sem a continuidade do usode medicações fortes!”. Assim, iniciei a minha trajetóriade pesquisa sobre a prática e, de como poderia me tornaruma profissional acupunturista. Decidi pela formação su-perior de enfermeira e, especializei-me em acupuntura,laserterapia, eletroacupuntura, ventosaterapia, moxabus-tão, terapia floral, homeopatia e fitoterapia. Quatro anosmais tarde estava motivada e fiz planos para estar no picoda acupuntura, em seu berço natal, na China e, assimobtive a certificação internacional. Durante a minha es-pecialização, já iniciei os atendimentos no laboratório daPUC/PR com a supervisão dos mestres. As aprendizagensdiárias eram tão interessantes que as aplicava em casa,em minha filha, marido, nos amigos e, parentes que esta-vam precisando e, me solicitavam. Após a conclusão daEspecialização, abri meu consultório próprio. No início,a minha maior clientela era para tratamento emocional,no qual obtive ótimos resultados e os mantenho até osdias hoje. Com o passar dos anos a complexidade doscasos aumentava e, percebi que precisaria continuar meaperfeiçoando e, buscando inovações com outras terapiasque, aliadas a acupuntura, pudessem potencializar e oti-mizar os tratamentos, reduzindo o tempo de terapia e so-frimento dos pacientes. Além das patologias emocionais,atualmente atendo outras como as metabólicas e osteo-musculares. Mas, é lamentável que as pessoas só procu-rem a medicina complementar como ultimo recurso detratamento, já fizeram tudo o que a medicina tradicionaloferecia e mesmo assim não obtiveram sucesso no pro-cesso. Esta cultura, muito exacerbada no Brasil, o pa-ciente acaba por colocar no terapeuta uma grandeesperança e expectativa pela melhora ou mesmo a cura,do que os maltrata há anos. Assim, é formado um fortevínculo entre o terapeuta e seu paciente. Entretanto, a di-versidade de morbidade foi aumentando, passei a receberno consultório, pacientes com doenças autoimunes (es-pondilite anquilosante, psoríase etc), sem muito sucessocom as terapias habituais utilizadas. E, após tomar conhe-cimento da ozonioterapia, iniciei um estudo aprofundadosobre o ozônio e suas aplicações, afim de aperfeiçoarainda mais os meus tratamentos. Fiquei muito satisfeitae entusiasmada com os resultados apresentados, e com aampla base cientifica que a sustenta. Realizei cursos e,participei de fóruns sobre as aplicações do ozônio medi-cinal e, percebi que esta prática é eficaz, de baixo custo,de curta duração e, extremamente segura, quando apli-cada por profissional habilitado. As doenças autoimunesse estabilizam e, os pacientes retomam sua vida normal,sem o uso de corticoides e com melhoria de sua qualidadede vida. Outro ponto forte, desta terapêutica, que me cha-mou a atenção, foi sua aplicação em animais, com os re-sultados muito positivos e, minha filha como graduanda

em medicina veterinária com interesse aguçado, começoua pesquisar e, pretende também especializar-se em tera-pias complementares para animais de grande porte.

CONCLUSÃOA inclusão das PICS no SUS, favoreceu tanto o co-

nhecimento como o acesso da população brasileira. Atual-mente, as pessoas percebem como tratamento válido,legal e eficaz. Procuram cada vez mais por estas práticas,com credibilidade no profissional terapeuta, elevando ademanda dos consultórios, que por sua vez motiva o pro-fissional a aprofundar-se em suas aplicações, além demelhorar a rentabilidade. Neste contexto, emerge a ozo-nioterapia para inovar e, potencializar as terapias com-plementares, agindo com coadjuvante no processosaúde-doença. Nestes anos de experiência com as terapiascomplementares pude perceber que os resultados foramrelevantes e positivos, posso dizer que estou extrema-mente completa e realizada com minha trajetória profis-sional, pronta para atuar no mercado de trabalho munidade muito conhecimento destas maravilhosas práticas.Além de me ser muito gratificante alcançar o máximo dobem-estar aos meus pacientes e, ainda ser parâmetro deexemplo e inspiração para minha filha.

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INTRODUÇÃOPessoas que são submetidas ao Transplante de Célu-

las-Tronco Hematopoéticas recebem altas doses de qui-mioterapia, que poderá estar associada ou não àradioterapia corporal total (total body irradiation), depen-dendo do tipo de doença e protocolo utilizado. Este pro-cesso constitui-se na fase de condicionamento, queprecede o transplante e, têm como finalidade erradicar adoença subjacente ou produzir um efeito mieloablativo,ou seja, extinguir a medula óssea doente causando um pe-ríodo de imunossupressão intensa (BARRACH et al.,2015; ASKARIFAR et al., 2016). Neste sentido, tem-secom muita frequência a presença de mucosite oral, pois écausada pelos efeitos tóxicos da quimio e/ou radioterapiautilizadas nestes protocolos anteriores à infusão da novamedula (CHAUNDRY et al., 2016). Sua fisiopatologia écaracterizada por cinco fases distintas, envolve lesão te-cidual por estresse oxidativo e, ativação de cascatas in-flamatórias, que resulta em uma diminuição do númerode células basais até o aparecimento de ulcerações (MAR-WAH et al., 2016). É o efeito adverso mais impactante esignificativo na qualidade de vida do indivíduo, pois in-terfere diretamente nas suas atividades diárias, dificultaa ingestão de alimentos e líquidos, aumenta os riscos deinfecções oportunistas, aumenta o tempo de internação,eleva os custos do tratamento e pode levar ao óbito. Suaincidência chega a 80% dos pacientes submetidos aotransplante (WALLADBEGI; SVANBERG; GELLERS-TEDT, 2018). Em 2014, a Multinacional Association ofSupportive Care in Cancer (MASCC) e a InternationalSociety of Oral Oncology (ISOO) publicaram um Guide-line com as Normas de Orientação Clínica Baseadas emEvidência para o tratamento da mucosite oral secundáriaao tratamento oncológico, dentre as quais destacam-se: o

uso do fator de crescimento dos queratonócitos (KGF -keratinocyte growth factor), laserterapia de baixa inten-sidade, analgesia com morfina controlada pelo pacientena dor associada à mucosite oral e utilização de criotera-pia (MASSC/ISOO, 2014). Mesmo com a aplicação des-tas modalidades de tratamento, a mucosite ainda semantém como de difícil controle e, ameaçadora da vida.Hipótese: a incidência da mucosite oral em crianças trans-plantadas de células-tronco, pode ser prevenida e/ou tra-tada com eficácia mediante implementação terapêuticado ozônio medicinal.

MATERIAIS E MÉTODOSEstá em planejamento um estudo clínico duplo cego

randomizado com pacientes pediátricos (de 06 a 12 anosincompletos) submetidos ao transplante de células-troncohematopoéticas, em um Hospital Público de Curitiba, PR,que é referência nacional para o transplante. O desenhoestá baseado na randomização de dois grupos (A e B) decrianças que receberão prescrição de bochechos com so-luções com água e óleo ozonizado, cada qual com umaconcentração diferente de ozônio, feitos a cada 8 horas.Nos intervalos deverão ser aplicados duas vezes, nascrianças já separadas em grupos A e B, óleo ozonizado(nas concentrações em utilização) nas lesões de mucosite.Haverá registro rígido da evolução das lesões, e os dadosserão submetidos às análises estatísticas indicadas.

RESULTADOS ESPERADOSÉ crescente a aplicação terapias integrativas comple-

mentares para prevenção e tratamento de tipos mais gra-ves da mucosite oral. E tem-se como premissa que aeficácia da ozonioterapia é uma hipótese a ser testadacientificamente para a prevenção e tratamento da muco-

Mucosite oral em crianças transplantadas de células-tronco hematopoéticas: qual a eficácia da tecnologia do ozônio medicinal

Káryta Jordana Santos de Paula 1; Márcia Helena de Souza Freire 2

1 Enfermeira. Serviço de Transplante de Medula Óssea - Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (HC/UFPR) –Curitiba – Paraná – Brasil. 2 Enfermeira. Doutora em Saúde Pública. Professora Adjunto da Graduação e Pós-graduação do Departamento de Enferma-gem –DENF/ UFPR – Curitiba – Paraná – Brasil.

Correspondência: [email protected]

Palavras-chave: mucosite oral; estomatite; transplante de células-tronco hematopoéticas; ozonio; terapias com-plementares

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site oral. Isto devido o ozônio ser um gás extremamentereativo e, os compostos secundários a esta reação exer-cem ações bactericidas, fungicidas, moduladoras do es-tresse oxidativo e do sistema imunológico (WANG,2018). Bocci (2011) evidencia que em várias circunstân-cias o uso da ozonioterapia combinado com terapias con-vencionais podem melhorar o prognóstico. Estas açõestêm grande potencial terapêutico para a mucosite oral,visto que, em sua fisiopatologia estão envolvidos proces-sos oxidativos, inflamatórios e infecciosos.

CONCLUSÃOA solução de água e óleo ozonizado com suas proprie-

dades germicidas e antinflamatórias, já comprovadas pelaliteratura, pode se constituir em outra opção terapêutica,com evidência científica de seu potencial para o sucessodo manejo da mucosite oral.

REFERÊNCIASASKARIFAR, M. et al. The Effects of Oral Cryotherapy on

Chemotherapy-Induced Oral Mucositis in Patients Under-going Autologous Transplantation of Blood Stem Cells: AClinical Trial. Iran Red Crescent Medical Journal, v. 18, n.4, abril, 2016. Disponível em: <https://ircmj.neoscriber.org/en/articles/16589.html>. Acessoem: 05 jan. 2019.

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BOCCI, Velio. Ozone: a new medical drug. 2ª edição. Siena:Springer, 2011. 336 p.

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WALLADBEGI, J.; SVANBERG, A.; GELLERSTEDT, M.Protocol for a Randomised controlled trial to study cryo-prevention of chemotherapy-induced oral mucositis afterautulogous stem cell transplantation. BMJ Open, v. 8, 2018.Disponível em: < https://bmjopen.bmj.com/content/bmjo-pen/8/10/e021993.full.pdf>. Acesso em: 21 dez. 2018.

WANG, X. Emerging roles of ozone in skin diseases. Journalof Central South University (Medical Sciences), v. 43, n. 2,2018. Disponível em: < http://xbyxb.csu.edu.cn/xbwk/fi-leup/PDF/201802114.pdf>. Acesso em: 16 dez. 2018.

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RESUMOSugere-se que o estresse oxidativo tem um papel im-

portante no desenvolvimento das complicações no diabe-tes. Como a terapia de ozônio pode ativar o sistemaantioxidante, influenciando o nível de glicemia e algunsmarcadores do dano celular endotelial, o proposito desterelato, e mostrar a sua eficácia em dois casos, com dife-rentes tempos de tratamento, mostrando a eficácia tera-pêutica do ozônio e óleo ozonizado, no tratamento depacientes com pé diabético. O efeito farmacodinâmico doozônio no tratamento de pacientes com pé diabético neu-roinfeccioso pode ser atribuído a possibilidade de ele serum limpador de superóxidos. O superóxido e consideradocomo um elo entre as quatro rotas metabólicas associadasa patologia do diabetes e suas complicações. Neste traba-lho apresentamos dois relatos de caso onde foi utilizadoozônio como forma alternativa no tratamento de pacientescom pé diabético, com procedimentos diferentes.

OBJETIVORelatar o caso de dois pacientes portadores de pé dia-

bético, e sua jornada com o tratamento com ozonioterapiae óleo ozonizado.

MÉTODOAs informações contidas neste trabalho foram obtidas

por meio de relato dos próprios pacientes e registro foto-gráfico.

RELATO DOS CASOS

1.º casoHISTÓRICO

Paciente M.S.P., sexo feminino, católica, 65 anos, na-tural da Bahia, residente no Gama, cidade satélite de Bra-sília-DF. Procurou a ozonioterapia, queixando-se deferida infectante em Membro Inferior direito (MID) naregião de calcâneo á dois anos. Relata não ser etilista efumante, ter diabetes mellitus do tipo 2 (DM2) fazendouso de hipoglicemiante oral, prescrito pelo médico, não

faz uso de nenhuma outra medicação e não praticar ativi-dade física.

EXAME FÍSICOApresenta-se lúcida, orientada em tempo e espaço,

com regular estado geral, normocorada, pele e cabelosressecados, sinal de cacifo (+/++++), obesa classe I (IMC33); Sinais Vitais (SSVV) – Temperatura axilar 36,5°C(afebril), frequência cardíaca 89bpm (normocárdica), fre-quência respiratória 20 MRP (eupneico), e pressão arterial120x80mm/Hg (limítrofe da normalidade); glicemia ca-pilar pós prandial 186mg/dL, apresenta ainda cianose deextremidade em MID com diminuição de sensibilidade.Paciente sem exames clínicos.

HIPÓTESE DIAGNÓSTICA DE ENFERMAGEM- Lesão tissular (NANDA/2018-2020);

DIAGNÓSTICO MÉDICO- Diabetes Mellitus tipo 2; - Ferida pé diabético.

TRATAMENTODevido ao teor infectante da ferida e amplitude, a pa-

ciente foi orientada a procurar o hospital para realizar de-bridamento e retornar para início do tratamento comozônio. Após retorno foi realizado:

Ozonioterapia retal

Bolsa com ozônioRealizado bolsa com ozônio duas vezes na semana

com concentração de 60 µg/mL, 30 minutos por duas se-

Uso da ozonioterapia no tratamento de úlceras de pacientescom pé diabético

Marly Moreira Goncalves

1 Enfermeira. Serviço de Transplante de Medula Óssea - Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná(HC/UFPR) – Curitiba – Paraná – Brasil. 2 Enfermeira. Doutora em Saúde Pública. Professora Adjunto da Gradua-ção e Pós-graduação do Departamento de Enfermagem –DENF/ UFPR – Curitiba – Paraná – Brasil.

Correspondência: [email protected]

Palavras-chave: mucosite oral; estomatite; transplante de células-tronco hematopoéticas; ozônio; terapiascomplementares

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SEMANAS FREQUÊNCIA CONCENTRAÇÃO VOLUMEPrimeira 5 vezes 20 µg/mL 180 mLSegunda 5 vezes 25 µg/mL 180 mLTerceira 3 vezes 30µg/mL 180 mLQuarta 3 vezes 35µg/mL 180 mLQuinta 3 vezes 35µg/mL 180 mL

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manas, após observar melhora do quadro infeccioso, aconcentração foi de 30 µg/mL, por 20 minutos, e curativofinal com óleo ozonizado.

TEMPO DE TRATAMENTO:O tratamento teve duração de três meses, com início

em 07 de fevereiro de 2018 à 24 de maio de 2018.

EVOLUÇÃO DO TRATAMENTOInício do tratamento: 07/02/2018 (Figura 1).

2º casoHISTÓRICO

Paciente A. J. R ., sexo masculino, 72 anos, médico,procurou-me com a queixa de ferida infectante em calcâ-neo do pé direito e halux a 8 meses, queixando pouca sen-sibilidade nas extremidades, não etilista, não fumante.Como cormorbidades relatava diabetes mellitus do tipo 2fazendo uso de hipoglicemiante oral Lantus ®, Apidra ®,Trayenta®, metiformina, Jardiance®.

EXAME FÍSICOBom estado geral, orientado no tempo e espaço, com

sinal de cacifo (+/+++), obeso classe II (IMC 37); SinaisVitais (SSVV) – Temperatura axilar 36,5°C (afebril), Fre-quência cardíaca 89bpm (normocárdica), Frequência res-piratória 20 MRP (eupneico), e Pressão arterial150x90mm/Hg; glicemia capilar pós prandial 223mg/dL,apresenta ainda cianose de extremidade em MID com di-minuição de sensibilidade. Paciente sem exames clínicos.

HIPÓTESE DIAGNÓSTICA DE ENFERMAGEM- Lesão Tissular (NANDA/2018-2020);DIAGNÓSTICO MÉDICO:- Diabetes Mellitus tipo 2; - Ferida Pé diabético.

TRATAMENTOFoi sugerido ao paciente a ozonioterapia retal, mas o

mesmo recusou, querendo somente a bolsa de ozônio e o

curativo com óleo ozonizado.Realizado beg duas vezes na semana com concentra-

ção de 60 µg/mL, 30 minutos por duas semanas, após ob-servar melhora do quadro infeccioso, a concentração foide 30 µg/mL, por 20 minutos, e curativo final com óleoozonizado (Figura 2).

CONCLUSÃOO tratamento com ozônio de pacientes com diabetes

tipo 2 que sofrem de pé diabético neuroinfeccioso melho-rou o controle glicêmico reduzindo a hiperglicemia, au-mentando a sensibilidade a insulina e prevenindo oestresse oxidativo associado ao diabetes mellitus e suascomplicações. A terapia de ozônio e uma futura alterna-tiva na terapia do diabetes e suas complicações.

SEMANAS FREQUÊNCIA CONCENTRAÇÃOPrimeira 2x/semana 60 µg/mLSegunda 2x/semana 60 µg/mLTerceira 2x/semana 30µg/mLQuarta 2x/semana 30µg/mLQuinta 2x/semana 30µg/mLSexta 2x/semana 30µg/mLSétima 2x/semana 30µg/mL

Figura 1 – A: Início do tratamento: 07/02/2018; B: Término do tratamento: 24/05/2018

BA

Figura 2 – A: Início do tratamento: 15/02/2019; B: Término do tratamento: 05/04/2019

BA

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Descrito em 1943, o autismo é uma desordem no de-senvolvimento. O mesmo afeta a capacidade de comuni-cação verbal e não verbal, interações sociais, capacidadede feedback adequado ao ambiente e às situações cotidia-nas de convívio em sociedade. Para o diagnóstico do au-tismo são utilizadas observações clínicas associadas acritérios apresentados no manual diagnóstico e estatísticode transtornos mentais (DSM-5), na escala CARS (Child-hood Autism Rating Scale - Escala de Pontuação para Au-tismo na Infância), no modelo de processamento sensorialde Dunn (2001) ou no ADOS¹.

A consciência de que as manifestações comportamen-tais são heterogêneas e a existência de diferentes grausde acometimento, assim como múltiplos fatores etiológi-cos envolvidos, deu origem ao termo Transtornos do Es-pectro do Autismo – TEA².

A variedade de apresentações do autismo são profun-damente amplas que não se encontram dois indivíduosautistas com as mesmas dificuldades e habilidades³. Con-tudo, observam-se déficits em três domínios principais¹:interação social e relacionamento social, comunicação ver-bal e não verbal²; interesse restrito e/ou repetitivo ou com-portamentos estereotipados³; resistência a mudanças 4.

O número de crianças diagnosticadas com TEA au-mentou em mais de 10 vezes nos últimos 40 anos, fatoque se atribui ao aumento da conscientização, do maiorconhecimento acerca da condição, do alargamento doscritérios diagnósticos 5 e fatores ambientais modernos.

Nos Estados Unidos houveram aumento de 1 caso em150 pessoas, em 1992 6, para 1 em 45 em 2014 7. Com aincidência cinco vezes maior em homens do que em mu-lheres. Não parecem existir diferenças em relação aonível socioeconômico ou entre culturas 6.

Como indivíduos com TEA frequentemente apresen-tam desordens em caminhos metabólicos, como metila-ção, transulfuração, estresse oxidativo e ácidose lática 7.Perpassando a genética e a inflamação, fatores ambientais

podem modular a expressão fenotípica 8. Evidênciasapontam para o fato de que a combinação de uma gené-tica favorável associada a certas condições ambientaiscontribuem para modificações no desenvolvimento do cé-rebro. A exposição do cérebro em desenvolvimento a to-xinas, provenientes do intestino, medicamentos, vacinas,metais pesados 7 ou infecções, principalmente no períodopré-natal parecem estar envolvidos no desenvolvimentode TEA9.

Outros estudos ligam a disbiose fecal (desequilíbriona microbiota intestinal) à maior produção de toxinas eproblemas gastrointestinais persistentes, que contribuempara a inflamação crônica do organismo 10. A disbiose au-menta a permeabilidade intestinal, facilitando a entradade toxinas, provenientes do metabolismo bacteriano e defungos, na corrente sanguínea, o que pode levar a disfun-ções imunes, resultando na instabilidade do sistema ner-voso 11,12. Hipersensibilidades alimentares aumentam ainflamação intestinal e a disbiose. Em resposta a tais mo-dificações acometidas por vias inflamatórias, muitos au-tores propõem a eliminação de determinados grupos dealimentos da dieta com o objetivo de reduzir os sintomasdo espectro autista 13. Doenças metabólicas não tratadas,como a fenilcetonúria, também se correlacionam com odesenvolvimento do autismo 14.

As vias bioquímicas de sulfatação, metilação e tran-sulfatação são interdependentese fundamentais para pro-cessos como a destoxificação, eliminação de metaispesados, função imune, função celular e metabólica, de-senvolvimento neurológico e integridade da mucosa in-testinal. Desordens nesses mecanismos podem estarcomprometidas nos indivíduos com Transtorno do Espec-tro do Autismo 15.

A visão holística que considera o Transtorno do Es-pectro do Autismo (TEA), são influenciados por diferen-tes desordens inflamatórias, multisistêmicas (tratodigestório, cérebro, sistema imune e metabolismo) abrem

Ozônio no tratamento do autismo – ação anti-inflamatória e demodulação do sistema imune e do estresse oxidativo

Wanessa Ribeiro Reis ¹; Isadora Santana de Alencar²

1 Enfermeira , Especialista em Ozonioterapia pela IBO3A, com Certificação Internacional em Ozonioterapia e PRPpela XAGYO3- Lima – Peru, Terapeuta Quântica e Vibracional, Terapias Complementares, Biofísica e MedicinaQuântica No Transtorno do Espectro Autista. 2 Enfermeira, Especialista em Gestão e Docência no Ensino Superior- Universidade Estadual de Goiás – Luziânia-Goiás- Brasil.

Correspondência: [email protected]

Palavras-chave: autismo, ozonioterapia, imunidade, disbiose.

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ampla gama para abordagem terapêutica ampliada 16.Descobertas mais recentes em vias moleculares e celula-res foram alcançadas na pesquisa do autismo , abrindonovas plataformas e estratégias para novos tratamentosprojetados pelo paciente 17,18.

Por uma abordagem terapêutica, o ozônio é um gásconstituído por uma mistura de ozônio e oxigênio comgrande poder oxidativo. A terapia com oxigênio-ozônio éuma técnica nova e não invasiva usada atualmente paravárias doenças ( infarto do miocárdio, dor neuropática,vasculogênese) 19, em que é necessário um processo for-temente envolvido de inflamação. De fato, a mistura deozônio mostra efeitos anti-inflamatórios, antálgicos, an-tibacterianos e virustáticos.

O ozônio apresenta efeitos antiinflamatórios de longoprazo e tem sido proposto como ativador de enzimas an-tioxidantes , modulador imunológico e ativador metabó-lico celular 20. Corroborando com diversas evidênciasexperimentais e clínicas demonstrando efeitos vantajososda terapia com oxigênio / ozônio em diversas patologiascaracterizadas por uma resposta oxidativa e inflamatóriacelular, incluindo lesão renal, cardiopatia, aterosclerosee choque séptico 21. Para tal, o ozônio é capaz de diminuiras citocinas pró-inflamatórias e a produção de fatoresneurotróficos (isto é, Il-1b, Il-2, BDNF) sem toxicidadeou efeitos colaterais graves 22.

No autismo ocorre a caracterização de desregulaçãodo sistema imune coexistente8. Alterações na imunidademediada por células T e células B, assim como um dese-quilíbrio nas células T CD3 +, CD4 + e CD8 +, célulasnatural killer (NK), e expressão aumentada de genes queregulam os mecanismos inflamatórios foram demonstra-das 23,24.

Seguindo a linha de pesquisas constatadas de resulta-dos em vias inflamatórias, os efeitos regulatórios media-dos pela mistura de ozônio poderia representar umamaneira eficiente de restaurar o equilíbrio imunológicono autismo, que de outra forma não poderia ser obtido pormeio de intervenções farmacêuticas. Sua propriedade emdiminuir mediadores inflamatórios pode ser útil como te-rapia de imunomodulação não específica em pacientesautistas .

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I ENCONTRO CIENTÍFICO INTERNACIONAL DE OZONIOTERAPIA28

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A psoríase é uma doença é caracterizada por uma evo-lução crônica com períodos de remissão e piora. Distúr-bios na produção de interleucinas, interferon-γ, fator denecrose tumoral e outros são característicos em pacientesque sofrem de psoríase, pelo que o efeito da terapia comozônio está relacionado à ação imunomoduladora. O ozô-nio medicinal é composto por 3 moléculas de oxigênio.É produzido através do gás oxigênio medicinal e um ge-rador de ozônio. O ozônio é capaz de atingir células ve-getativas e formas esporuladas, esporos fúngicos oucapsídeos virais, em concentrações relativamente baixase em curto tempo de exposição. A redução ou inativaçãoda população microbiana depende da concentração deozônio, do tempo de aplicação e do micro-organismo en-volvido. O objetivo deste trabalho foi relatar um caso clí-nico sobre a aplicabilidade da ozonioterapia em umpaciente portador de psoríase e os seus efeitos como te-rapia complementar no seu tratamento residente na Ci-dade de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. Trata-sede NC, com Idade: 62 anos, gênero: M, Cor: Pardo, Es-colaridade; 2º grau completo, Estado civil: casado, Ocu-pação: Aposentado (mineradora), Renda familiar, 4 SM,Religião: Católico, Natural de Itabirito/MG, Procedência:Paciente procurou o serviço por indicação para avaliaçãode tratamento de psoríase, não houve internações refe-rente a patologia. Faz uso de bebida alcoólica nos fins desemana. iniciou os sintomas da psoríase aos 9 anos deidade. Na época, residia em Itabirito/MG. De família hu-milde, a mãe procurou vários médicos na rede pública etambém particular. Foi realizado varias propostas de tra-tamento, porém sem sucesso. Segundo NC, era muitopior, parecia escama de peixe, o corpo soltava um póbranco o tempo inteiro. Como sentia vergonha das lesões,ele usava blusas de tecido leve, mas de manga compridadurante todo o tempo em que estava fora de casa. Aos 17anos, foi trabalhar em uma mineradora. Através de exa-mes para admissão e periódicos realizados nos funcioná-rios, ele iniciou acompanhamento médico especializadopara psoríase. Relata que desde o diagnóstico, as lesõesmelhoram e depois retornam novamente. Em várias vezes

o retorno das lesões eram mais intensas. Posteriormente,procurou a terapia complementar indicada por um amigoque realiza o tratamento com a ozonioterapia. Foi orien-tado sobre os protocolos e sobre os exames a serem rea-lizados. Ao exame físico apresentou variações de pressãoarterial, (110x80 / 140x90) além de procurar um cardio-logista ou clínico para uma investigação mais detalhada.FC: (69/70). FR: (16/18). T: 36,5. Manchas vermelhas portodo o corpo, com exceção cabeça e pescoço. Alguns lo-cais dos MMSS e MMII apresentaram hematomas, compontos já em processo de cicatrização. Varias cicatrizespelo corpo de pequenos cortes, que informa acontecercom qualquer impacto mesmo sendo leve. Pele extrema-mente fina, o que facilita lesões traumáticas e mãos ex-tremamente ressecadas. Cotovelos apresentam lesõesesbranquiçadas, com uma camada grossa e escamando.Solicitado os exames, G6PD, Hemograma e T3, T4, TSH.Após anamnese e avaliar os exames do paciente, optou-se em realizar os seguintes procedimentos: auto hemote-rapia menor, hidratação do corpo com água ozonizada,bag, e após o procedimento, passar o óleo ozonizado, rea-lizar o uso diário do óleo ozonizado por 2 vezes ao dia.Na primeira sessão, foi escolhido a concentração 40 µg/L,devido a presença de algumas pápulas monomórficasapresentarem aparentemente infeccionadas. As outras ses-sões foram utilizadas concentrações de 20 µg/l, pois jánão havia pápulas monomórficas. O bag foi realizado du-rante 25 minutos.

Portanto, observa-se uma melhora considerável na te-rapia proposta para o paciente. A pele recebeu uma hidra-tação com a água ozonizada e o bag, em seguida com oóleo ozonizado, realizando orientação para o uso diário.O tratamento para psoríase é capaz de devolver a quali-dade de vida dos pacientes, mas nem sempre os métodosconsiderados tradicionais são eficientes ou viáveis paratodos os pacientes. Desta forma, conforme constatado nopresente caso a ozonioterapia tópica pode ser uma técnicasegura, não invasiva e viável para o tratamento de casosde psoríase refratários ao tratamento convencional.

Uso da ozonioterapia em paciente portador de psoríase: relatode caso

Adriane Soares Lopes Pinto 1; Edna Alves da Cruz 2; Elisângela Matos Tôrres 3

1 Enfermeira em Emergência.2 Enfermeira Oncológica e Hiperbarista.Especialista em Saúde Quântica. São Paulo/SP/Brasil. 3 Mestre na Área do Cuidar no Desenvolvimento Humano pela UFBA. Especialista em UTI.

Correspondência: [email protected]

Palavras-chave: ozônio; enfermagem; psoríase; cuidado; ozonioterapia

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I ENCONTRO CIENTÍFICO INTERNACIONAL DE OZONIOTERAPIA 29

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O vírus da imunodeficiência humana (HIV) continuasendo um dos maiores problemas para a saúde pública emtodo o mundo. A região da África é a mais afetada, quasedois terços das novas infecções são registradas. Disimilessão drogas retrovirais e multi-terapias com o objetivo deinterromper a replicação viral e manter a estabilidadeimunológica, mas não garantem a qualidade de vida, nemaumentam a imunidade do paciente como esperamos.

O ozônio tem propriedades biológicas, dentre as quaisse destaca o efeito antimicrobiano e modulador da res-posta imune, o que possibilita seu uso de forma comple-mentar para o tratamento desses pacientes. Com basenisso, o objetivo do estudo foi demonstrar a resposta imu-nológica em pacientes com HIV-AIDS tratados com ozô-nio por auto-hemoterapia de grande porte por 2 anos.

No presente estudo, analisou-se o efeito da ozoniote-rapia administrada por via sistêmica (via sanginea). Foramestudados 32 pacientes aos quais aplicamos autohemote-rapia maior, com um protocolo de 15 sessões e manuten-ção a cada 15 dias durante 2 anos a 50 µg/mL deconcentração de ozônio em 100 mL de sangue; a dose ini-cial foi de 2.000 µg, aumentando até chegar a 12.000 µg.

Indicamos carga viral, contagens de CD4 e CD8 antese depois da terapia. Os resultados mostraram uma dimi-nuição significativa na carga viral para valores indetec-táveis e um aumento de CD4 e CD8 no final das primeiras15 sessões de tratamento, permanecendo durante os 2anos de tratamento de manutenção, conseguindo uma ati-vação permanente do sistema imunológico e melhorar aqualidade de vida desses pacientes. Demonstrando a ca-pacidade imunomoduladora do ozônio contra uma dasmais importantes infecções em saúde humana que aindanão possui tratamento efetivo.

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Comportamento da resposta imunológica em pacientes comHIV tratados com ozonioterapia durante dois anos

Javier Cecílio Céspedes Suarez 1; Yanisley Martin Serrano;2; Maria Rosa Carballosa Peña 3; Diana Rosa Dager Carballosa 4

1 Doutor em Medicina Geral, Especialista em Medicina Interna e Medicina Intensiva, Ecocardiografista, Mestre em Urgências eEmergências Médicas, Especialista em Ozonioterapia, Diretor Geral dos Centros Médicos Cardiozono, Vice-PCA Grupo Cespe-des e Santos Limitada; 2 Dra. Mestre em Microbiologia, Especialista em Ozonoterapia, Diretora Administrativa dos Centros Médicos Cardiozono, Con-selheiro Principal de Ozonoterapia do Grupo Céspedes e Santos Limitada 3 Dra. Especialista em Oftalmologia, Especialista em Ozonoterapia, Diretora Clínica e Chefe do Gabinete do Ozonoterapia. 4 Doutora em Medicina General, Especialista em Ozonioterapia.

Correspondência: [email protected]

Palavras-chave: ozonoterapia; HIV-AIDS; resposta imune; autohemoterapia maior

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31I ENCONTRO CIENTÍFICO INTERNACIONAL DE OZONIOTERAPIA

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RESUMO A hepatite B (HVB) é uma das doenças infecciosas

mais frequentes no mundo, em função da sua distribuiçãogeográfica, é um problema de saúde sobre tudo no conti-nente Africano, com uma taxa de prevalência de 6.1% napopulação adulta. O tratamento actual requer uma terapiaprolongada (na maioria dos casos até o resto da vida) como objectivo de deter a replicação viral, manter uma esta-bilidade imunológica, evitar o progresso da doença hepá-tica e as complicações mais temidas como a cirroses e ocâncer hepático.

São múltiplas as referências que apontam a ozonote-rapia como uma alternativa no tratamento de HVB, pelasconhecidas e demonstradas propriedades antimicrobianase imuno-moduladoras. Por esse motivo, procuramos de-terminar a resposta humoral, imunológica e bioquímicaem pacientes com Hepatite B crônica em terapia comozônio.

Com estas premissas, realizamos o presente estudoclínico que incluiu uma mostra de 28 pacientes com diag-nóstico positivo de HVB crônica, antígeno da superfície(HVBsAg) positivo, anticorpos contra o antígeno da su-perfície (Ac HVBs) negativo, carga viral (ADN HVB) etransaminases elevadas. Os mesmos, com 1 ano de evo-lução da doença e com tratamento antiviral com um pe-ríodo de 6 meses, foram tratados com AutohemoterapiaMaior em um protocolo de 15 sessões e manutenção cada15 dias, a 50 µg/mL de concentração, doses inicial de4.000 µg até chegar a 12.000 µg.

Indicamos Ag HVBs, Ac HVBs, Carga Viral HVB etransaminases antes do inicio do tratamento, 15 dias apóso fim e trimestralmente, até completar o ano. Os resulta-dos mostraram um negativismo do antígeno de superfície,positividade do anticorpo contra o antígeno de superfíciee diminuição significativa da carga viral até valores inde-

tectáveis e valores normais das transaminases; demos-trando uma recuperação funcional da doença associada aresposta imunológica favorável, proporcionando uma me-lhor qualidade de vida a estes pacientes.

REFERÊNCIAS1-WHO. Global health sector strategy on viral hepatitis 2016-

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10-Díaz J, Martín N, Menéndez CS. Evaluación de la actividad

Resposta de pacientes com hepatite B crônica em um ano detratamento com auto-hemoterapia maior.

Javier Cecílio Céspedes Suarez 1; Yanisley Martin Serrano 2; Maria Rosa Carballosa Peña 3; Diana Rosa DagerCarballosa 4

1 Doutor em Medicina Geral, Especialista em Medicina Interna e Medicina Intensiva, Ecocardiografista, Mestre em Urgências eEmergências Médicas, Especialista em Ozonioterapia, Diretor Geral dos Centros Médicos Cardiozono, Vice-PCA Grupo Cespe-des e Santos Limitada; 2 Dra. Mestre em Microbiologia, Especialista em Ozonoterapia, Diretora Administrativa dos Centros Médicos Cardiozono, Con-selheiro Principal de Ozonoterapia do Grupo Céspedes e Santos Limitada 3 Dra. Especialista em Oftalmologia, Especialista em Ozonoterapia, Diretora Clínica e Chefe do Gabinete do Ozonoterapia. 4 Doutora em Medicina Geral, Especialista em Ozonioterapia.

Correspondência: [email protected]

Palavras-chave: hepatite B; ozonoterapia; autohemoterapia maior; antígeno de superfície; anticorpo contra oantígeno de superfície

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I ENCONTRO CIENTÍFICO INTERNACIONAL DE OZONIOTERAPIA32

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I ENCONTRO CIENTÍFICO INTERNACIONAL DE OZONIOTERAPIA 33

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A contusão é uma lesão nos tecidos e na musculaturaque, na maioria das vezes, é causada por um trauma di-reto. Esportistas são muito atingidos por esse problema.A contusão causa dor no local onde foi realizado o con-tato, podendo resultar também em inchaço. Antes detomar qualquer providência, é necessário um exame deimagem para confirmar a contusão e descartar qualqueroutro problema como fraturas. O gás ozônio (O3), desco-berto no século XIX vem sendo utilizado em diversasáreas. Quando aplicada corretamente essa terapia tem ob-tido excelentes resultados. O ozônio possui diversas pro-priedades terapêuticas e atividades biológicas. Osmecanismos através dos quais esse gás atua, estão dire-tamente relacionados com os produtos gerados pela inte-ração seletiva desse gás com componentes orgânicos dascélulas. A utilização do ozônio terapêutico se dá pela uti-lização de uma mistura dos gases oxigênio e ozônio pordiversas vias de administração, de acordo com a indica-ção e condições do paciente, a mistura de oxigênio e ozô-nio pode ser administrada via insuflação retal, tratamentotópico, injeção intra-articular, subcutânea e auto-hemote-rapia. Paciente do gênero masculino, 31 anos, jogador defutebol, apresentava dor muscular torácica desencadeadapor trauma pós contusão com outro atleta, que o impediade andar rapidamente, correr, praticar musculação e rea-lizar treinamento com a equipe. Após a contusão foi rea-lizada tomografia em que se descartou fratura. O pacientecomeçou tratamento com anti-inflamatório (Tandrilax),por cinco dias e fisioterapia (corrente analgésica e ultras-som). Passados onze dias os sintomas persistiam, foi co-gitado tratamento com tramal, mas como diminuiria orendimento físico, foi descartado, então foi prescrito maisum ciclo de outro anti-inflamatório (Mioflex), por maiscinco dias juntamente com a fisioterapia (corrente anal-gésica e ultrassom). No terceiro dia do segundo ciclo re-cebo o paciente, queixando de dor no tórax. Ao realizarexame clínico foi detectada dor no peito que piorava coma realização de determinados movimentos do tronco (ro-tação, inclinação e extensão), ou durante as respiraçõesprofundas. Também apresentava dor ao “abrir” a caixa to-rácica, e sensibilidade ao toque. Foi feito o seguinte planode tratamento: Primeiro atendimento (auto-hemoterapia40µg ozônio + aplicação local de 10mL de ozônio a 10µg

+ insuflação retal - 180mL a 20µg); Segundo atendimento(insuflação retal 180mL a 20µg); Terceiro atendimento(aplicação local 10mL a 10µg + insuflação retal 180mL25µg); Quarto atendimento (insuflação retal 180mL a25µg); Quinto atendimento (aplicação local 10mL deozônio + insuflação retal). Os atendimentos aconteceramdiariamente, pela urgência na recuperação. No segundoatendimento paciente relatou melhora de 50% dos sinto-mas, conseguindo correr no campo de futebol. No dia se-guinte ao quinto atendimento, o paciente treinounormalmente com a equipe, sem sintomas. Esse protocolofoi usado graças as propriedades anti-inflamatórias e anal-gésicas do ozônio, sem efeitos colaterais. O uso do ozônioproduz benefícios clinicamente relevantes em pacientescom processos inflamatórios, portanto a ozonioterapia nainflamação por trauma físico representa uma alternativaterapêutica de baixo custo, e eficiente.

Ozônio no tratamento de trauma muscular torácico

Juliane Gonçalves dos Santos1

1 Profissional Autônoma, Enfermeira Especialista em Ozonioterapia - Rio de Janeiro / Rio de Janeiro / Brasil..

Correspondência: [email protected]

Palavras-chave: dor; tórax; contusão; ozonioterapia

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I ENCONTRO CIENTÍFICO INTERNACIONAL DE OZONIOTERAPIA34

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A ozonioterapia é a administração terapêutica de ozô-nio caracterizada pelo aumento da oxigenação tecidual econsequente aumento do metabolismo, pode ser aplicadopor vias sistêmicas e tópicas na qual a concentração uti-lizada varia amplamente de acordo com a patologia decada pessoa.

Trata-se de um método minimamente invasivo, capazde oferecer analgesia para a maioria dos pacientes comotambém complementar no tratamento de doenças infec-ciosas agudas e crônicas causadas por vírus, bactérias efungos, em queimaduras, úlceras diabéticas, além de ou-tras com raros relatos de complicações. A úlcera venosaé uma síndrome caracterizada pela perda circunscrita ouirregular do tecido tegumentar (derme ou epiderme), po-dendo atingir subcutâneo e os tecidos subjacentes, aco-mete as extremidades dos membros inferiores, geralmenteno terço distal da face medial da perna, próximas ao ma-léolo medial. A causa geralmente está relacionada ao sis-tema vascular arterial ou venoso. As úlceras venosas sãolesões crônicas, chamadas de feridas complexas, associa-das a hipertensão venosa dos membros inferiores. Cor-responde de 70% a 90% das úlceras de perna com umíndice de 30% de recorrência quando não manejadas ade-quadamente no primeiro ano e de 78% após dois anos. Éconsiderado um problema de saúde pública, com conse-quente ausência ou perda do emprego, contribuindo paraonerar o gasto público, além de interferir na qualidade devida. O ozônio é uma substância gasosa presente na at-mosfera terrestre que em um tratamento coadjuvante éobtido em sua forma medicinal, proveniente de equipa-mentos que produzem o gás. Em tratamento de feridas, ouso do ozônio como princípio ativo encontra-se na formade gás, óleo ou água. Devido os novos desafios com queos Enfermeiros são confrontados diariamente se faz ne-cessário uma aposta neste novo campo crescente da Ozo-nioterapia como uma técnica terapêutica. A terapia comlaser afeta os tecidos superficiais e profundos causandoo efeito diretamente sobre estes tecidos lesionados, resul-tando na foto estimulação do processo de cicatrização e

reparação dos tecidos. Objetivo: O objetivo deste trabalhoé apresentar um relato de experiência do efeito do oxigê-nio ozônio no processo de cuidar do enfermeiro comocoadjuvante na terapia compressiva e tópica de úlcera ve-nosa em uso de Bota de Unna e óleo ozonizado. O mé-todo utilizado baseou-se em relato de experiência paraavaliar a atuação do enfermeiro na ozonioterapia, no pe-ríodo de Janeiro a Maio de 2019 em consultório privadode Enfermagem em Pelotas no Rio Grande do Sul. His-tórico: Paciente E.R, 46 anos, obesa do sexo feminino.Achados em Exame Físico e Diagnóstico: Lesão venosacrônica em membro inferior direito há mais de 4 anos ex-sudativa, medindo 9cmx7cm, pacienta relatou muita dordurante os quatro anos de tratamento médico sem evolu-ção. Plano terapêutico - Foi estabelecido um protocolo deuso de oxigênio ozônio através de bolsa de gás de ozônio(BAG) conforme a declaração de Madri; aplicação peri-lesional SC na concentração de 5 µg/mL para estimular acicatrização e controle da dor e laserterapia 3 Joule. Foirealizado 2x semana com aplicação de Oxigênio Ozôniona concentração de 40 µg/mL, associada à terapia inelás-tica (Bota de UNNA) para reestabelecer a circulação san-guínea normal ao comprimir parcialmente as veiassuperficiais dos membros inferiores reduzindo seu tama-nho e aumentando o fluxo sanguíneo através do vaso as-sociado ao óleo ozonizado 1x na semana durante o usoda Bota de Unna de 4 dias, na retirada da e colocação dafoi realizado o BAG de ozônio. Em duas semanas foi ob-servado uma melhora na evolução da ferida e um melhorcontrole álgico. Conclusão: Com este estudo concluiu-seque por meio da utilização do oxigênio ozônio por meioda bolsa de gás (BAG) associada a terapia inelástica as-sociada ao óleo ozonizado, comparando-se ao tempo de04 (quatro) da lesão, observou-se uma aceleração do pro-cesso de cicatrização favorável no controle do exsudatoe álgico. Entretanto, fica evidente a necessidade de estu-dos clínicos, capazes de avaliar a efetividade da terapiaoxigênio- ozônio como tratamento coadjuvante. Pelasevidências significativas da utilização do oxigênio ozônio

Ozonioterapia no processo de cuidar doenfermeiro em úlcera venosa

Edna Alves da Cruz 1; Elisângela Matos Tôrres 2 Tássia Lambrecht 3

1 Enfermeira Oncológica e Hiperbarista. Especialista em Saúde Quântica. São Paulo/SP/Brasil. 2 Mestre na área do cuidar no desenvolvimento humano pela UFBA. Especialista em UTI3 Enfermeira dermatológica

Correspondência: [email protected]

Palavras-chave: assistência de enfermagem; insuficiência venosa; úlcera venosa; ozônio; ozonioterapia; bota deUnna, óleo ozonizado

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I ENCONTRO CIENTÍFICO INTERNACIONAL DE OZONIOTERAPIA 35

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I ENCONTRO CIENTÍFICO INTERNACIONAL DE OZONIOTERAPIA36

na rotina de trabalho do enfermeiro, sua competência téc-nica na administração deste gás se faz necessário, é umaterapia totalmente natural e que sendo realizada correta-mente por profissional habilitado, os riscos são quasenulos. Dessa forma é importante que o profissional desaúde, em especial o enfermeiro esteja ciente da dimensãocircunstancial de casos como esses que exigem exatidãopara conduzir uma terapêutica correta e eficiente quepossa ser executada por profissionais competentes e qua-lificados. E tendo em vista a alta prevalência de casos depacientes com úlceras venosas, a enfermagem como in-tegrante gestor do serviço de saúde possui autonomia paramensurar a qualidade de sua assistência e de sua equipe.

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Este relato de caso mostra um paciente com esofagiteerosiva grau c pela escala de los angeles, com sintomato-logia de doença de refluxo esofágico, que foi submetidoao uso de óleo de girassol ozonizado com índice de peró-xidos de hidrogênio com 600 mmol-eq/kg, durante umperíodo de 06 meses, associado a isto foram insitutidasmudanças de hábito de vida e modificações nutricionaisaonde foram eliminados no período descrito do seu trata-mento restrição na dieta de leite, glutem e açúcar. Pa-ciente evoluiu com melhora sintomatológica e naendoscopia digestiva de controle evoluiu com esofagiteerosiva leve.

Esofagite erosiva grau C, revertida com óleo de girassol ozonizado e manejo nutricional (resumo para trabalho oral)

Dr. Felipe Augusto de Souza Manzani – [email protected] Sabrine da Silva Santos – [email protected]

Palavras-chave: ozonioterapia; ozônio medicinal; refluxo; endoscopia

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Avaliação pelo BDORT dos efeitos da terapia oxidativa aplicadadiariamente. Dados preliminares

Wendy Falzoni 1; Maria Isabel Senvaitis 2

1 Presidente do Colégio Médico Brasileiro de Ozonioterapia, diretora e médica voluntária da Associação Brasileira de BDORT2 Médica voluntária do ambulatório de BDORT

Correspondência: [email protected]

Palavras-chave: dor; analgesia; insuflação retal; ozônio medicinal

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I ENCONTRO CIENTÍFICO INTERNACIONAL DE OZONIOTERAPIA38

Ozônio é uma molécula gasosa natural feita de trêsátomos de oxigênio. O uso do ozônio na medicina foi de-senvolvido vagarosamente durante o último século e foiestimulado, devido as suas propriedades anti-inflamatóriae anti-infecciosa. Dentre as vias de administração a saber:tópica, injetável, sauna, insuflação auricular , vaginal, in-traperitoneal, as chamadas auto hemo terapia maior , in-termediária e ainda a menor, optamos por avaliar a viaretal por ter resultados surpreendentes como já mostra-mos em trabalhos anteriores.(1) A literatura mencionaaplicação retal com a frequência de 1 a 3 vezes por se-mana no entanto para essas frequências não localizamostrabalhos específicos voltados para avaliar a periodici-dade necessária para obter os efeitos desejados da aplica-ção da ozonioterpaia retal.(2,3,4)

Nosso protocolo avaliou 16 pacientes escolhidos alea-toriamente com queixa de dor de diferentes etiologias elocalizações sendo 4 do sexo masculino e 12 do femininocom idades de 31 a 75 (média 52 anos). Foi medido Subs-tância P e Integrina alpha 5 Beta 1 pelo Bi- Digital O-Ring Test (BDORT) na fotografia tirada imediatamenteantes da insuflação retal e imediatamente após da regiãodo umbigo de cada paciente. O processo foi repetido dia-riamente por 5 dias consecutivos. Avaliação da dor pelaescala analógica de dor (EVAS) foi solicitada ao pacienteantes de iniciar o primeiro dia de tratamento e 1 semanaapós o final do tratamento por insuflação de ozônio retalna dose ótima.

CONCLUSÃOEste trabalho mostrou que aplicada a dose ótima (ob-

tida pela medida no timo) por insuflação retal o efeitosobre a Substância P e Integrina alpha 5 Beta 1 era melhordo que com doses maiores (no caso testamos o dobro dadose ótima (5,6,7,8,9,10). Aplicando a dose ótima diaria-mente em apenas 5 dias obtivemos uma melhora da dor

em 60% sendo que esta melhora se manteve mesmo apósuma semana sem tratamento.

REFERÊNCIAS1-Falzoni.W:, Pereira,CarlaL:, Ayabe:, Higa,W:. Avaliação

pelo BDORT dos efeitos da aplicação da ozonioterapiaRetal e da Auto Hemo Terapia Maior.

2-A meta-analysis of the effectiveness and safety of ozone treat-ments for herniated lumbar disc.Journal of Vascular and In-terventional Radiology, volume 21, Edição 4, Páginas534–548. Publicado em Abril/2010.

3-JO de Oliveira Junior Ozonioterapia na lombociatalgia, GVLages 2012-SciELO Brasil

4-Schwartz,A.MD et all,Manual de Ozonioterapia Clínica.2017

5-FERNÁNDEZ, O. S. L.; VIEBAHN-HAENSLER, R; CA-BREJA, G. L.; ESPINOSA, I. S.; MATOS Y. H.; ROCHE,L. D.; SANTOS, B. T., ORU, G. T.; VEGA, J. C. P. Medicalozone increases methotrexate clinical response and impro-ves cellular redox balance in patients with rheumatoid arth-ritis, European Journal of Pharmacology, 789, pp 313–318,2016.

6-Omura, Y.: “New simple early diagnostic methods usingOmura's Bi-Digital Dysfunction Localization Method andacupuncture organ representation points, and their applica-tions to the “Drug and Food Compatibility Test” for indivi-dual organs-Part I”, Acupuncture & Electro-TherapeuticsRes. Int. J. Vol 6, pp. 239-254, 1981

7-Omura, Y., Losco, Bro. M., Omura, A. K., Takcshige, C., Hi-samitsu, T., Shimotsuura, Y., Yamamoto, S., Ishikawa, H.,Muteki, T., Nakajíma, H., Urich, C., Common factors con-tributing to intractable pain and medical problems with in-sufficient drug uptake in areas to be treated, and theirpathogenesis and treatment: Part I. Combined use of medi-cation with acupuncture, (+) Qi Gong energy-stored mate-rial, soft laser or electrical stimulation, Acupuncture &Electro-Therapeutics Res., hit. J., v. 17: No. 2, pp. 107-148,1992.

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I ENCONTRO CIENTÍFICO INTERNACIONAL DE OZONIOTERAPIA 39

8-Omura, Y.: “Simple method of estimating the presence ofbacterial intection at different organs of humans & animals:effective antibiotics & their optimal dose; and potential in-fection from air conditioner filters, by the Bi-Digital O-RingTest”, Acupuncture & Electro-Therapeutics Res. Int. J., vol10, no. 3: pp 214-215 (abstract), 1985.

9-Omura, Y.,: A new simple, non-invasive imaging techniqueof internal organs and various cancer tissues using extendedprinciples of the Bi-Digital O-Ring Test without using ex-pensive imaging instruments the patient to any undesirableradiation-Part I”, Acupuncture & Electro-Therapeutics Res.Int. J., vol 10, no. 4, 1985.

10-Omura, Y., Beckman, Sandra L.: Role of Mercury(Hg) inResistant Infections & Effective Treatment of ChlamydiaTrachomatis and Herpes Family Viral Infections (and Po-tential Treatment for Cancer) by Removing Localized HgDeposits with Chinese Parsley and Delivering Effective An-tibiotics Using Various Drug Uptake Enhancement Met-hods. Acupuncture & Electro-Therapeutics Research,Volume 20, Numbers 3-4, 1995, pp. 195-229(35).DOI: https://doi.org/10.3727/036012995816357014

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40 I ENCONTRO CIENTÍFICO INTERNACIONAL DE OZONIOTERAPIA

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Bioestimulação cutânea autóloga no rejuvenescimento facial –relato de caso

Márcia Cristina Dias Consulin 1; Edna Alves da Cruz 2

1 Fisioterapeuta. Pós-graduação em Fisioterapia Dermato Funcional. Mestre em Fisioterapia. Doutoranda em Clínica Médica.Campinas/SP/Brasil. 2 Enfermeira Oncológica e Hiperbarista. Especialista em Saúde Quântica. São Paulo/SP/Brasil

Correspondência: [email protected]

Palavras-chave: ozônio; plasma rico em plaquetas; envelhecimento da pele; rejuvenescimento

INTRODUÇÃOA pele é o maior órgão do corpo humano e o primeiro

cartão de visita na vida social humana. Sua estrutura, tex-tura e cor transmitem nosso status de saúde e bem-estar.Por outro lado, a face é a parte do corpo que mantém umrelacionamento mais direto com o mundo. Na sociedademoderna, a busca por uma boa aparência, por uma ima-gem jovem, bela e desejada vem se generalizando e setornando necessária tanto para o relacionamento profis-sional como apenas pelo benefício estético. Assim, as al-terações provocadas pelo envelhecimento da pele trazemcada vez mais preocupações, fazendo muitos indivíduosreagirem com profundo sentimento de dor, medo e ansie-dade, podendo levar inclusive à depressão. O envelheci-mento embora seja um processo fisiológico é umresultado degenerativo do ponto de vista biológico que secaracteriza por alterações celulares e moleculares contí-nuas, com diminuição progressiva da capacidade de ho-meostase do organismo, levando à senescência e mortecelular programada. Didaticamente divide-se o envelhe-cimento cutâneo em intrínseco ou cronológico e extrín-seco ou fotoenvelhecimento. Envelhecimento intrínsecoou cronológico é definido como sendo um processo ge-neticamente programado, portanto independente dos fa-tores externos ou ambientais. Já o fotoenvelhecimento érelacionado diretamente à exposição solar crônica e des-controlada. O efeito solar imediato sobre a pele se traduzem hiperpigmentação cutânea com atraso na formação denova melanina, o qual o efeito é reversível. A exposiçãosolar prolongada e recorrente implica alterações definiti-vas na quantidade e distribuição de melanina na pele. Onúmero de melanócitos se reduz, alterando-se a densidademelanocítica, o que favorece o surgimento de efélides, hi-pomelanose gotada, melanoses solares e/ou nevos. Alémde induzir a uma diversidade de reações indiretas que de-

sencadeiam o estresse oxidativo e consequente aumentona produção de espécies reativas de oxigênio e conse-quente perturbação da homeostasia intra e extracelular,participando, direta ou indiretamente, de todas as etapasque determinam a sinalização e ativação da resposta ce-lular, que culminam a longo prazo, na senescência celular.Apesar de historicamente o envelhecimento extrínseco eo envelhecimento cronológico serem considerados enti-dades distintas, evidências recentes indicam que ambasas formas de envelhecimento decorrem dos mesmos me-canismos moleculares e bioquímicos, incluindo alteraçõesnos sinais de transdução das vias que promovem a ex-pressão das enzimas de degradação protéica, redução nasíntese de pró-colágeno, e consequente dano ao tecidoconjuntivo. Um recente tratamento, o plasma rico em pla-quetas ozonizado representa uma maior similaridade como processo de cura natural devido a sua natureza autóloga.A expressão PRP é usada genericamente para descreveruma suspensão de plasma obtida a partir do sangue total,preparada de forma a conter concentrações de plaquetassuperiores às encontradas normalmente no sangue circu-lante. Quando associada ao ozônio, promove a agregaçãoplaquetária e a liberação de fatores de crescimento (FCs)provenientes das plaquetas. Os principais FCs envolvidosna recuperação tecidual que comprovadamente estão pre-sentes nas plaquetas são o fator de crescimento derivadodas plaquetas (PDGF), fator de crescimento transforma-dor β (TGFß), fator de crescimento vascular endotelial(VEGF), fator de crescimento epitelial (EGF), fator decrescimento fibroblástico (FGF) e o fator de crescimentosemelhante à insulina (IGF). Os FCs são capazes de esti-mular vários processos envolvidos na recuperação teci-dual por promoverem a quimiotaxia, proliferação ediferenciação celular, modulação imunológica e aindaapresentarem atividade antimicrobiana.

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I ENCONTRO CIENTÍFICO INTERNACIONAL DE OZONIOTERAPIA 41

OBJETIVOO objetivo deste trabalho é o de relatar um caso clínico

sobre a aplicabilidade do PRPO e os seus efeitos sobre orejuvenescimento facial. Histórico: Paciente saudável dosexo feminino, caucasiana com queixa de envelhecimentofacial, relatou que não possuía o hábito de utilizar filtrosolar e/ou cosméticos constantemente.

ACHADOS EM EXAME FÍSICO E DIAGNÓSTICOClinicamente a pele se caracterizava por aspereza, ir-

regularidade da superfície cutânea, coloração amarela,pigmentação mosqueada, isto é, pigmentação não uni-forme de diferentes tonalidades, rugas grosseiras devidoao enfraquecimento do tecido de suporte, elastóica,frouxa com avaliação Glogau tipo 2 (moderado) e diag-nóstico de fotoenvelhecimento.

TRATAMENTO E EVOLUÇÃOPara o tratamento do fotoenvelhecimento, a paciente

foi submetida a três aplicações de plasma rico em plaque-tas ozonizado (PRPO) com 15 dias de intervalos entre asaplicações. Foi realizado um controle fotográfico imedia-tamente antes da primeira aplicação e 15 dias após a ter-ceira e última aplicação. O PRP foi obtido de sangueautólogo, através de um processo que utiliza o princípioda separação celular por centrifugação diferenciada(3.000 rpm por 15 minutos), de modo que os componen-tes sejam separados por gradiente de densidade. Após aobtenção de 5 mL de PRP, o mesmo foi combinado com10 mL de ozônio em uma concentração de 20 µg/mL O3.Na sequencia, o PRP ozonizado foi então transferido paraum sistema de infusão transdérmica que possui 20 micro-agulhas de titânio revestidas por ouro e com diâmetro de130 micrômetros (0,13 mm) e comprimento de 0,5 mm,com capacidade de armazenamento de até 10 mL em umdispositivo fechado, estéril e de uso único. O equipa-mento de infusão transdérmica é um dispositivo de inser-ção mecânica que não apresenta nenhum sistema elétrico.A aplicação foi realizada de forma manual, projetando olado que possui agulhas sobre a área a ser tratada, em mo-vimentos de carimbos, também chamados de stamps. Aotocar a pele, as agulhas se projetam para fora do equipa-mento depositando o PRPO na profundidade determi-nada. A infusão do PRPO se mostrou segura e de baixocusto reduzindo ao máximo a dor quando comparada aação de uma agulha hipodérmica. Esse dispositivo per-mitiu distribuir homogeneamente o PRPO por toda a face.Os resultados evidenciados nas imagens fotográficasapontam uma melhora da qualidade da pele em sua tex-tura e elasticidade bem como o clareamento e a atenuaçãodas rugas.

CONCLUSÃOA bioestimulação da face com o PRPO acondicionado

em um sistema de infusão trandérmico demonstrou ser

uma técnica promissora podendo ser útil no tratamentodo rejuvenescimento facial e de fácil manuseio pelo pro-fissional da saúde estética. O resultado final foi estetica-mente satisfatório, impactando na qualidade de vida dopaciente. É válido ressaltar que a saúde não é consideradaapenas como a ausência de doença, mas sim, um bemestar bio-psico-social, sendo assim, algumas práticas esentidos relativos à imagem ganham espaço e permitema aproximação de valores sociais e éticos relativos ao in-divíduo, à estética e a saúde, possibilitando o surgimentode técnicas que visam atenuar e harmonizar os sinais doenvelhecimento, adequando-o às normas sociais. Tal es-tudo, além de contribuir com o processo de ensino, navertente da produção do conhecimento, propõe o equa-cionamento de problemas apresentados pela sociedadeque busca a ótica científica para ajudar a solucioná-los,trocando o empirismo pela ciência.

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42 I ENCONTRO CIENTÍFICO INTERNACIONAL DE OZONIOTERAPIA

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HISTORIA DE LA ENFERMEDADTransicional masculino de 18 meses de edad, con an-

tecedentes de parto eutócico y puntuación apgar 9/9, quees traído a nuestra clínica, refiriendo la madre que siendoaparentemente sano, a los 10 meses de edad, sufre enforma súbita de fiebre muy alta de 39 a 41 grados centí-grados resistente al tratamiento y convulsiones a repeti-ción, por lo que es llevado a emergencia, donde es tratadocon la terapéutica habitual (benzodiacepinas) y al no res-ponder se declara en estatus convulsivo y es intubado einducido a coma medicamentoso para controlar las con-vulsiones, comenzando a realizarse los estudios clínicosy de laboratorio. Después de 5 días, se logra el diagnósticopositivo de Meningitis por Herpes Virus y se inicia trata-miento de mantenimiento, logrando estabilizarse y con-trolar las convulsiones, se realiza la retirada del tuboendotraqueal. Al salir del coma medicamentoso el niño nomueve el lado derecho del cuerpo y sólo emite sonidos.

HALLAZGOS AL EXAMEN FÍSICOPaciente es traído en brazos por la madre con un peso

de 13 kg y talla 88 cm.Mucosas: húmedas y normo coloreadas.Sistemas respiratorio: Murmullo Vesicular conser-

vado, sin estertores. FR. 36´. Sistema Cardiovascular:Ruidos Cardiacos rítmicos. No soplos

Abdomen: ruidos hidroaéreos normales, blando y de-presible, no visceromegalia

Neurológico: Hemiparesia derecha, con hiperreflexiaosteotendinosa del mismo lado. Fuerza muscular dismi-nuida y tono muscular aumentado en el hemicuerpo de-recho.

Desarrollo psicomotor: Si puede girar sobre el tronco,pero no sentarse con apoyo, ni realizar otra actividad mo-tora.

Se encuentra mano derecha cerrada permanente, condedo pulgar incluido.

Se explora agudeza visual, con respuesta a los hacesde luz, pero no sigue los objetos de colores. Paresia del

III, IV y VI par craneal. Desviación de la mirada conju-gada y hacia arriba.

Se explora agudeza auditiva con respuesta a los soni-dos y a la música.

No emite palabras, solo sonidos. (Antes del episodiodecía mama, papa, etc.)

Escala de ASHWORTH: 2 (moderada hipertonía, perotodavía se puede movilizar bien el miembro pasiva-mente).

Escala de O’BRIEN: 0 (valoración subjetiva de la evo-lución por parte de la madre sin cambios)

Escala GMFCS: IV (Sostiene cabeza pero requiereapoyo para sedestación, pero puede voltearse solo)

Habilidades Manuales: V (No manipula objetos ytiene habilidad severamente limitada para ejecutar aunacciones sencillas: requiere asistencia total)

Exámenes complementarios: Potenciales Evocados vi-suales y auditivos conservados, Hemograma : 12,5mg/dL, RMN pendiente.

DIAGNOSTICOParálisis Cerebral Infantil tipo hemiparesia espástica,

secundaria a meningitis herpética.Tratamiento: Continuar con su tratamiento de base Feno-barbital y sus terapias de rehabilitación desde el alta hastael momento.Se le indica Ozono por Insuflación Rectal 20 sesiones, 3veces por semana en el siguiente esquema:- 5 sesiones a 25 mg/L con 20 cc- 5 sesiones a 25 mg/L con 25 cc- 5 sesiones a 30 mg/L con 30cc- 5 sesiones a 35 mg/L con 30cc

EVOLUCIÓNDesde la primera aplicación la madre nota mejora en

el sueño, desde la tercera aplicación el pequeño evidenciacambios motores, abre la mano espontáneamente y se ríe,a la séptima aplicación ríe a carcajadas, al terminar de es-cuchar su canción favorita, realiza movimientos leves con

Reporte de un caso de parálisis cerebral infantil de causa postinfecciosa, tratado con ozonoterapia rectal

Carmen Vera Yoshimoto 1; Benjamin Arenas Falcón 2

1 Médico Cirujano de la Universidad Nacional mayor de San Marcos, gerente general de XAGYO3 SAC, Miembro de la Socie-dad Peruana de Ozonoterapia. Lima. Perú. 2 Médico Cirujano del Instituto Superior de Ciencias Medicas en Cuba y Homologado en la Universidad Peruana Cayetano He-redia, Director Médico de XAGYO3 SAC. Especialista de Primero y Segundo grado en Medicina General Integral, Profesor Au-xiliar e Investigador Agregado de la Escuela Latinoamericana de Medicina en Cuba, Máster en Ciencias (Salud Pública en elInstituto Príncipe Leopoldo en Amberes. Bélgica). Miembro de la Sociedad Peruana de Ozonoterapia, Miembro de la AcademiaInternacional de Ozonoterapia de Italia, Miembro de la Federación Mundial de Ozonoterapia. La Habana. Cuba y Lima. Perú.

Correspondência: [email protected]

Palavras-chave: parálisis cerebral infantil; ozonoterapia

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I ENCONTRO CIENTÍFICO INTERNACIONAL DE OZONIOTERAPIA 43

la mano.El cambio al recibir ozono fue notado por los padres

y en especial por la terapista física, que nos indica querealiza su terapia sin tanto rechazo (llanto) y sobretodocon mayor tiempo de trabajo, resaltándose los siguientescambios en las escalas de evaluación de los niños conPCI.

Escala de ASHWORTH: 1 (ligera hipertonía con li-gera resistencia al movilizar el miembro en flexión o ex-tensión)

Escala de O’BRIEN pasa de 0 a 3, con mejoría mode-rada de la función motora.

Habilidades Manuales: pasa de V a IV (Manipula unalimitada selección de objetos fáciles de usar y sólo en si-tuaciones adaptadas)

Escala GMFCS: se mantuvo en IV

CONCLUSIÓNPodemos plantear que en este paciente, el ozono apli-

cado vía insuflación rectal fue el detonante del inicio dela evolución favorable que ha presentado en el área neu-rológica, mejorando su tono muscular, sus habilidadesmanuales y su respuesta a la fisioterapia, elementos in-ducidos por los efectos mejoradores de la circulación ce-rebral, con el consiguiente aporte de oxigeno a este nively ejerciendo su efecto neuroprotector por estimulación delos receptores A1 de la adenosina, eliminando totalmentelas convulsiones por aumento del umbral convulsivo, be-neficios que unido a la gran neuroplasticidad de esta edada posibilitado la excelente evolución de este caso.

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HISTÓRICOPaciente acompanhado desde 27/07/2016, foi encami-

nhada para tratar medo de chuva e trovão, pois apresen-tava alteração cor língua, taquicardia, queixa de Disúriae incontinência por medo, Polidipsia, cólicas gasosas, epi-sódios de diarreia, come dieta industrializada de manu-tenção. Tem cardiopatia valvular assintomática desde2015, recebendo profilaticamente homeopatia durante 8meses. Após esse período apresentou tosse e dispnéia,passou por avaliação cardiológica onde foi verificado hi-pertensão arterial pulmonar, recebendo anti-hipertensivoe diurético, sem melhora aparente da tosse e dispnéia. Ini-ciando tratamento complementar com ozonioterapia.

ACHADOS EM EXAME FÍSICO E DIAGNÓSTICOEm 12/01/19 foi recomendada tartarectomia e ao pas-

sar por exames pré-operatórios apresentou alterações bio-químicas renais e hepáticas, Ultrassonografiaapresentando Colangiohepatite e lama biliar. Foi reali-zado SDMA que estava em nível elevado indicando lesãorenal grave nível IV, Urina 1 com traços proteínas, UPCe Hemograma normais. Em 15/01/19 apresentava Hipo-rexia, Oligodipsia, Oliguria, Normotermia, dor palpaçãocinturão renal, desânimo, tremores, diarreia e sialorreia,TPC 4 segundos. Foi avaliado por um nefrologista quepropos tratamento conservativo com fluidoterapia , anti-bióticos mediante internação e dieta industrial terapêu-tica.

TRATAMENTO E EVOLUÇÃONo período de 17/01 a 28/01/19 recebeu Fluidoterapia

ozonizada com solução de Ringer lactato durante 5 mi-nutos, na quantidade de 70mL e [54µg/mL] via subcutâ-nea, 1x/dia por 5 dias seguidos, por 3 semanas, Insuflaçãoretal [4µg/mL] 45mL, 1x/semana por 3 semanas, 1 am-pola de Chelidonium D5 Injectcenter® via subcutânea por

dia por 3semanas.

Prescrição OralUreia/Phosphorus 30CH ãa, 3 gotas 2xdia, por 60 dias,

Lycopodium/Arsenicum 6CH ãa, 3 gotas, 3xdia por 60dias, Bioquantic neutralizador®, meio mL 5xdia e Filt-her®, meio mL, 5xdia, dieta natural elaborada para doen-tes renais. Como houve redução da creatinina de 6,6mg/dL para 3,3mg/dL, mas não do fósforo 8,10 mg/dL,melhora no apetite e disposição do paciente de 28/01 a12/02, reduzimos fluidoterapia ozonizada pra 3x/semana/70mL [54µg/mL] via subcutânea, Insuflação retal a cada15 dias [4µg/mL] 45mL, 1 ampola de Chelidonium D5em dias alternados. Em 08/04 realizado exames bioquí-micos que mostram redução Uréia 58mg/dL, Creatinina2,5 mg/dL e Fósforo 4,30 mg/dL, recebeu fluidoterapiaozonizada para 2x/semana [54µg/mL] 70mL via subcu-tânea, insuflação retal a cada 3 semanas [4µg/mL] 45mL,1 ampola de Chelidonium D5, 2xsemana até presentedata. O paciente recebeu moxa diariamente no cinturãorenal.

CONCLUSÃOApós 10 dias do início do tratamento a paciente apre-

sentava normorexia, normodipsia, normotermia, normo-quesia, normúria, TPC 2 segundos, redução da dor apalpação cinturão renal, redução rápida dos valores bio-químicos de função renal. Concluímos que em 30 dias detratamento, a integração das técnicas promoveu a mu-dança de estágio da doença renal, prolongando o tempode vida promovendo uma satisfatória qualidade de vida.

Ozonioterapia no tratamento de insuficiência renal grau III eassociações integrativas: relato de casoDaniela Franco Lopes 1; Fernanda Martarella Swenson 2; Guilherme Barbosa 3; Matheus Corsini Pilla 4; Ana Claudia Benedictis Andretta 5

1 Doutoranda: Departamento Engenharia Biomédica, Universidade Anhembi Morumbi, São José dos Campos, SP, Brasil. 2 Profissional autônoma, pós-graduada em acupuntura - Jundiaí-São Paulo-Brasil. 3 Graduando em Medicina Veterinária 5º período na Faculdade Anhanguera de Campinas, SP, Brasil. 4 Graduando em Medicina Veterinária 7º período na Faculdade Anhanguera de Campinas, SP, Brasil. 5 Profissional autônoma, pós-graduada em nutrologia. Campinas, SP, Brasil.

Correspondência: [email protected]

Palavras-chave: ozonioterapia; fluidoterapia ozonizada; cão; insuficiência renal

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I ENCONTRO CIENTÍFICO INTERNACIONAL DE OZONIOTERAPIA44

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45I ENCONTRO CIENTÍFICO INTERNACIONAL DE OZONIOTERAPIA

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HISTÓRICOFoi atendido um cão de 13 anos, Poodle, cardiopata

em tratamento e com alterações em enzimas do fígado,apresentava também disúria e disquesia, com diagnosticode luxação bilateral de patela em uma clínica particularde São José dos Campos. A mesma deu entrada para aten-dimento clinico com paralisia de membros posteriores,deambulação, e dor. Foi proposto tratamento clínico con-vencional com o uso de anti-inflamatório, analgésicos eindicação de repouso, porém sem melhora clínica do ani-mal. Análise radiográfica evidenciou luxação medial depatela bilateral, além de alteração em coluna, com dimi-nuição de espaços intervertebrais T12 e L3, T13 e L1, L2-L3, com esclerose e espondilose, alteração emarticulações coxofemorais com presença de osteófitos pe-riarticulares. O paciente foi encaminhado para ozoniote-rapia, por ser um tratamento menos invasivo, de baixorisco, tendo em vista o animal ser idoso e cardiopata.

ACHADOS NO EXAME FÍSICO E DIAGNÓSTICOFoi observado dificuldade de locomoção, animal não

conseguia se manter em estação, déficit proprioceptivobilateral, membros pélvicos lateralizados, apatia, dor apalpação paravertebral em coluna. Mesmo após analgesiaanimal mantinha quadro de dor, sendo feita opção apenaspor ozônio no manejo da mesma de forma isolada.

TRATAMENTO E EVOLUÇÃOPara produção do ozônio foi utilizado um equipamento

OZONELIFE®. A técnica utilizada foi: infiltração do gásparavertebral e periarticular, e em pontos de acupuntura,sendo o volume total de 120 mL, com concentraçãode 11 ug/mL, e uma seringa de 60 mL na concentração de18 ug/mL para insuflação retal, sendo 6 sessões inicial-mente com o seguinte protocolo: sessões com intervalo de5 dias, utilizando sempre o mesmo protocolo.

RESULTADOSEvolução significativa em 2 sessões, com intenção de

se levantarsendo que na quarta sessão o animal começoua andar; a partir da sexta sessão o animal já se mantinhaem estação, propriocepção ainda diminuída, no teste degaveta patelas ainda luxavam porem não facilmente. Assessões foram mantidas a cada 15 dias totalizando mais6 sessões, completando-se um ciclo de doze sessões, naqual o animal já se encontrava com propriocepção nor-mal, sem outras alterações dignas de nota.

CONCLUSÃOConclui-se que a terapia instituída somente com uso

de ozonioterapia foi eficaz na diminuição da dor do ani-mal, na melhora da locomoção, e qualidade de vida domesmo e evitando que o animal tivesse que ser submetidoa procedimento cirúrgico como alternativa terapêutica.

Uso do ozônio para reabilitação em cão: relato de caso

Tamara Lariane Cleto Lopes 1, Jean G. F. Joaquim 2

1 Médica veterinária- Especialista em Acupuntura Veterinária –São José dos Campos – São Paulo –Brasil. 2 Medico veterinário – Instituto Bioethicus – Botucatu – São Paulo – Brasil.

Correspondência: [email protected]

Palavras-chave:

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HISTÓRICOO animal de nome Akbar, canina, SRD, Fêmea esteri-

lizada, aproximadamente 13 anos, 13 kg, caramelo, apre-sentava claudicação de membros posteriores em marçode 2018, com dor à palpação em região coxofemoral.Sendo um animal de resgate, retirado da rua já adulto, nãohavia como recorrer ao histórico anterior de lesões. Foientão prescrito pela clínica cetoprofeno gotas, 13 gotasSID por 10 dias, tendo cessado os sintomas pelo períodoaproximado de 30 dias.

Em avaliação posterior, notou-se persistência dos sin-tomas, quando foi então requisitado raio-x da articulaçãocoxofemoral, realizado em 09 de Abril de 2018. Apósavaliação dos achados imaginológicos, foi prescrito Car-profeno e posteriormente manutenção com Mavacoxib,porém, em maio animal ainda apresentava sinais clínicosde dor intensa (claudicação excessiva, dor ao toque emregião lombossacra e perda de peso), quando foi indicadoozonioterapia complementar ao tratamento clínico.

ACHADOS NO EXAME FÍSICO E DIAGNÓSTICONo exame físico o animal apresentou sinais de dor na

região tóraco-lombar e do quadril, compatíveis com a

descrição do quadro clínico apresentado anteriormente. Os exames radiográficos apresentaram diminuição do

espaço intervertebral entre L7-S1, associado a discretodeslocamento dorsal do corpo vertebral de L7 em relaçãoa S1, promovendo perda da conformação óssea habitualde "cabeça de cavalo" do forame intervertebral corres-pondente a este segmento. Notava-se ainda esclerose sub-condral e acentuada proliferação osteofítica ventralformadora de ponte óssea entre L7-S1, promovendoperda do formato habitual do corpo vertebral de L7, es-pecialmente comparando-se com as demais vertebras dosegmento lombossacro.

O diagnóstico de processo degenerativo (espondilosesanquilosantes) em segmento lombossacro, sugerindo ins-tabilidade lombossacra. foi definido através dos exames deimagem que validaram as suspeitas clínicas e um protocolode ozonioterapia foi determinado para controle da dor.

TRATAMENTO E EVOLUÇÃOO tratamento clínico baseou-se em administração de

Mavacoxib – 30mg a cada 14 dias no primeiro mês, pas-sando ser administrado a cada 30 dias por 05 meses.

O protocolo de ozonioterapia instituído foi:Insuflação retal, 2 vezes na semana por 5 semanas. Ini-

cialmente na concentração de 12µg/mL – no volume de3mL/Kg, aumentando gradativamente até atingir a con-centração de 20µg/mL – 5mL/Kg.

Aplicações paravertebrais profundas e superficiais nosníveis próximos a lesão, 2 vezes na semana por 5 sema-nas. As concentrações iniciaram em 20µg/mL até atingi-rem 30µg/mL, em torno de 2mL por ponto, mantendo estaconcentração e volume atualmente.

Paciente apresentou melhora clínica progressiva pas-sando a serem realizadas as sessões semanalmente por 5semanas nas concentrações de 20µg/mL para insuflaçãoretal e 30µg/mL nas aplicações paravertebrais.

Com a manutenção de estabilidade do quadro, optou-se pelo espaçamento das sessões para cada 15 dias, porémos sinais clínicos retornaram sendo necessário manuten-ção de sessões semanais permanecendo associado medi-cação anti-inflamatória instituída por mais 3 meses.

Ozonioterapia no controle da dor em lesão degenerativa decoluna – relato de casoEduardo Carazzai Budel 1, Fernanda Moda Piva 2

1 Profissional autônomo, medico veterinário. 2 Profissional autônomo, médica veterinária.

Correspondência: [email protected]

Palavras-chave:

Figura 1 – Exame radiográfico latero-lateral de regiãolombossacra

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Devido uma pausa na medicação, indicada no pelo fa-bricante por ser uma característica de utilização deste pro-duto, a última administração se deu no dia 09/09/2018,com retorno da administração previsto para novembro de2018. Durante o período de pausa do medicamento as ses-sões semanais de ozonioterapia foram mantidas e foramrealizadas avaliações clínicas que demonstraram nãohaver piora do quadro ou sinais de dor. Diante deste qua-dro, optou-se por interromper momentaneamente a utili-zação da medicação anti-inflamatória, permanecendosomente com as sessões de ozonioterapia para controleda dor nas concentrações de 30µg/mL – 2 mL por pontonas infiltrações paravertebrais e de 30µg/mL – 5mL/kg.

Novos exames de imagem foram realizados no mês deDezembro para controle. Os achados mostraram evoluçãoda proliferação de osteófitos, indicando a já esperada pro-gressão da doença. Por se tratar de doença degenerativao tratamento instituído deve perdurar por toda vida doanimal, optou-se por realizar sessões quinzenais de infil-trações paravertebrais mantendo semanalmente apenas asinsuflações retais. O tratamento instituído manteve asconcentrações e volumes indicados anteriormente e o ani-mal permanece sem sinais clínicos até hoje.

CONCLUSÃOVerificou-se que o tratamento complementar e/ou al-

ternativo com ozonioterapia mostrou-se eficaz no con-trole da dor, mesmo quando aplicado isoladamente.

A evolução da doença persiste conforme esperado emse tratando de doença degenerativa e confirmado pelosexames e controle, porém o animal apresenta melhora noquadro doloroso, permanecendo mais ativo e com melhorqualidade de vida.

Figura 2 – Aplicação paravertebral de ozônio

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I ENCONTRO CIENTÍFICO INTERNACIONAL DE OZONIOTERAPIA 47

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48 I ENCONTRO CIENTÍFICO INTERNACIONAL DE OZONIOTERAPIA

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HISTÓRICOCão macho, raça Labrador, 6 anos, histórico de mor-

dedura por briga com contactante em 29/01/19, sendoatendido e internado em hospital veterinário em 02/02/19com hipertermia, ferida purulenta e necrosada. Foi reali-zado em 03/02/19 debridamento e troca de curativos comgase estéril e limpeza com SF0,9% até data da alta em07/02. Durante a internação protocolo medicamentosocom Maxican (SID), Ranitidina (BID), Tramadol (TID),Ceftriaxona (BID), Metronidazol (BID), Gabapetina(BID), Dipirona (TID), Caninus Protein (BID), mantendoprescrição de Ranitidina, Tramadol, Metronidazol, Gaba-pentina e Dipirona via oral domicilar após alta.

ACHADOS EM EXAME FÍSICO E DIAGNÓSTICOAnimal atendido em 07/02/19 com ferida em região de

plexo braquial em MTD, sensibilidade total preservada emmembro apesar de algumas avulsões nervosas em plexo.Apresentava se apático, com pouco apetite e muita sensi-bilidade dolorosa em todo o membro, andava com dificul-dade, membro flexionado sem tocar o mesmo no chão.

Características da feridaFerida com avulsão de pele e mucosa, lacerações mus-

culares acometendo principalmente músculo tensor dafáscia do antebraço e tríceps braquial, com exposiçãototal do olecrano da Ulna e de plexo nervoso braquial.Não apresentava necrose, tinha odor fétido, exsudato emabundancia.

TRATAMENTO E EVOLUÇÃO Foi estabelecido no dia 0 de tratamento protocolo de

sessões de ozonioterapia com intervalo de 48 horas na se-mana inicial (lavagem com SF 0,9% ozonizado e baggin43µg/mL 10 minutos contínuos com aparelho ligado e 10minutos desligado) IR 18µg/mL, 5mL kg semanal e subcu-tâneo periarticular 6µg/mL semanal. Medicamentoso anal-gésico Codeina 30mg BID, Gabapentina 150mg BID e ATBconforme prescrição da internação ate o final do ciclo. Cu-rativos diários oclusivos com óleo ozonizado e 3 camadasde proteção, com gase, malha e faixa.

Animal voltou a apoiar parcialmente o membro apósuma semana de tratamento e a levantar se com menos

dificuldade.No dia 10 de tratamento a ferida não apresentava mais

exsudato, o odor e e secreção característicos da fase pro-liferativa da cicatrização, tecido de grabulação por todaa sua extensão e não era mais visível nenhuma estruturade plexo nervoso braquial, desta forma o protocolo foi al-terado para duas sessoes semanais de ozonioterapia (SF0,9% ozonizado para lavagem da ferida, baggin 30µc/mL10 minutos fechado com aparelho ligado e 10 minutosdesligado e curativo com óleo ozonizado), e curativoscom óleo ozonizado a cada 48 horas.

No dia 20 de tratamento o cão já apoiava totalmente omembro para andar, apesar de claudicar, a ferida nãoapresentava mais laceração muscular, e o olecrano já es-tava totalmente recoberto por tecido, as sessões mantive-ram se duas semanais, e a troca de curativos a cada 4 dias,por apresentar baixa quantidade de secreção.

No dia 40 a ferida apresentava se em fase de matura-ção, com contração e epitelização aparente, já sendo vi-sual a fase inicial de aproximação de bordas, sendo entãoinstituído o protocolo de sessões semanais de ozoniote-rapia (IR 18µg/mL, 5mlKg, Baggin 25µg/mL continuo10 minutos aparelho ligado e 10 minutos desligado e cu-rativo com óleo ozonizado), o protocolo de curativos foialterado para intervalo de até 5 dias conforme apresentarsecreção, somente com SF 0,9% e óleo ozonizado, e foidiminuído o protocolo analgésico para codeína BID e ga-bapentina SID.

No dia 60 a ferida apresentava avançado grau de epite-lização, tendo granulação apenas no centro da lesão. O ani-mal havia recuperado quase que na totalidade a função domembro, sendo iniciado o tratamento de fisioterapia mo-tora, e mantido o protocolo anterior de ozonioterapia, comredução do protocolo analgésico para gabapentina BID.

CONCLUSÃOO tratamento com ozonioterapia em suas diversas mo-

dalidades promoveu uma cicatrização rápida e saudávelda ferida, sem a necessidade de maiores ciclos de antibio-ticoterapia e ou qualquer medicação tópica (Figuras 1 a 8).

Apesar de profundidade e extensão da ferida, a funçãodo membro foi preservada e a mobilidade foi rapidamenterecuperada sem a formação de fibroses ou atrofias.

Tratamento de ferida lacerante em regiao de plexo braquialcom ozonioterapiaAngela Regiane Cortiça Meira 1; Heitor Dourado Simoes 1

1 Pós-graduando do curso de especialização em acupuntura – Instituto Bioethicus – Botucatu, São Paulo, Brasil.

Correspondência: [email protected]

Palavras-chave: ozônio medicinal; necrose; infecção

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Figura 1 – 07/02/2019

Figura 2 – 14/02/2019

Figura 3 – 18/02/2019 Figura 4 – 21/02/2019

Figura 5 – 28/02/2019

Figura 7 – 02/04/2019

Figura 6 – 20/03/2019

Figura 8 – 11/04/2019

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HISTÓRICOFoi atendido um canino, da raça American Pitbull Ter-

rier, idade 1 ano, na Clínica Vida Pet em Três Lagoas –MS, com histórico de acidente ofídico por Bothrops ja-raracussu, vulgarmente conhecida como jararacuçu, naregião ventral do pescoço.

ACHADOS NO EXAME FÍSICO E DIAGNÓS-TICO: O animal chegou com a face extremamente in-chada, ferida resultante da picada na região ventral dopescoço, taquipnéico, mucosas hipocoradas, hipertermia(T°retal: 41,5 °C). Três horas após o acidente o veteriná-rio clínico responsável fez o pronto-atendimento, sendoque a proprietária do animal já havia feito uma aplicaçãode soro antiofídico minutos depois do acidente. O proto-

colo de tratamento adotado no pronto-atendimento foi:fluidoterapia agressiva, 10 mL de Mercepton IV, 5 mL dedexametasona IV, 10 mL de vitamina K – IV e soro anti-ofídico IV e IM. Mantendo essa terapêutica pelos quatrodias seguintes, que o animal esteve internado na clínica,recebendo alta após o quarto dia. Cinco dias após a altado animal, ele retornou com uma ferida necrótica e infec-cionada na região ventral do pescoço.

TRATAMEMENTO E EVOLUÇÃOO protocolo de terapia adotado foi a ozonioterapia

através de 18 sessões de bagging (feito com saco cristale silver tape), 9 sessões de insuflação retal, óleo ozoni-zado e 5 dias de cefalexina VO.Dia 1 (12\09\18): Lavagem com água ozonizada na con-

Tratamento de ferida por picada de cobra em cão através daozonioterapiaFernanda Roriz¹; Ricardo Roriz²

1 Profissional autônomo e professora titular na AEMS – Faculdade Integradas de Três Lagoas, pós-graduanda em Acupuntura eReabilitação Animal – Três Lagoas/MS/Brasil. 2 Profissional Autônomo, especialista em Produção de Ruminantes e Educação e Gestão Ambiental – Três Lagoas/MS/ Brasil.

Correspondência: [email protected]

Palavras-chave: cão; cobra; ferida; ozonioterapia.

Figura 1 – Mosaico de fotos do arquivo pessoal com o andamento do tratamento.

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Figura 2 – Mosaico de fotos do arquivo pessoal com o andamento do tratamento.

centração de 50 µg, seguido de bagging na concentraçãode 40 µg com a máquina ligada 15 min e desligada por15 min, deixando secar por 20 min e usando o óleo ozo-nizado de forma tópica.Dia 2 (14\09\18): Lavagem com solução fisiológica a0,9% seguido de bagging na concentração de 40 µg coma máquina ligada 15 min e desligada 15 min, deixandosecar por 20 min e usando de forma tópica o óleo ozoni-zado. Foi feito também uma insuflação retal de 180 mLna concentração de 13 µg.Dia 3 (19\09\18): Lavagem com solução fisiológica a0,9% seguido de bagging na concentração de 40 µg coma máquina ligada 15 min e desligada 15 min, deixandosecar por 20 min e usando de forma tópica o óleo ozoni-zado. Foi feito também uma insuflação retal de 180 mLna concentração de 13 µg.Dia 4 (21\09\18): Lavagem com solução fisiológica a0,9% seguido de bagging na concentração de 40 µg coma máquina ligada 15 min e desligada 15 min, deixandosecar por 20 min e usando de forma tópica o óleo ozoni-zado. Foi feito também uma insuflação retal de 180 mLna concentração de 13 µg.Dia 5 (24\09\18): Lavagem com solução fisiológica a0,9% seguido de bagging na concentração de 40 µg coma máquina ligada 15 min e desligada 15 min, deixandosecar por 20 min e usando de forma tópica o óleo ozoni-

zado. Foi feito também uma insuflação retal de 180 mLna concentração de 13 µg.Dia 6 (26\09\18): Lavagem com solução fisiológica a0,9% seguido de bagging na concentração de 40 µg coma máquina ligada 15 min e desligada 15 min, deixandosecar por 20 min e usando de forma tópica o óleo ozoni-zado. Foi feito também uma insuflação retal de 180 mLna concentração de 13 µg.Dia 7 (28\09\18): Lavagem com solução fisiológica a0,9% seguido de bagging na concentração de 40 µg coma máquina ligada 15 min e desligada 15 min, deixandosecar por 20 min e usando de forma tópica o óleo ozoni-zado. Foi feito também uma insuflação retal de 180 mLna concentração de 13 µg.Dia 8 (01\10\18): Lavagem com solução fisiológica a0,9% seguido de bagging na concentração de 40 µg coma máquina ligada 15 min e desligada 15 min, deixandosecar por 20 min e usando de forma tópica o óleo ozoni-zado. Foi feito também uma insuflação retal de 180 mLna concentração de 13 µg.Dia 9 (03\10\18): Lavagem com solução fisiológica a0,9% seguido de bagging na concentração de 40 µg coma máquina ligada 15 min e desligada 15 min, deixandosecar por 20 min e usando de forma tópica o óleo ozoni-zado. Foi feito também uma insuflação retal de 180 mLna concentração de 13 µg.

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Dia 10 (05\10\18): Lavagem com solução fisiológica a0,9% seguido de bagging na concentração de 40 µg coma máquina ligada 15 min e desligada 15 min, deixandosecar por 20 min e usando de forma tópica o óleo ozoni-zado. Foi feito também uma insuflação retal de 180 mLna concentração de 13 µg.Dia 11 (08\10\18): Lavagem com solução fisiológica a0,9% seguido de bagging na concentração de 40 µg coma máquina ligada 15 min e desligada 15 min, deixandosecar por 20 min e usando de forma tópica o óleo ozoni-zado.Dia 12 (10\10\18): Lavagem com solução fisiológica a0,9% seguido de bagging na concentração de 40 µg coma máquina ligada 15 min e desligada 15 min, deixandosecar por 20 min e usando de forma tópica o óleo ozoni-zado.Dia 13 (24\10\18): Lavagem com solução fisiológica a0,9% seguido de bagging na concentração de 40 µg coma máquina ligada 15 min e desligada 15 min, deixandosecar por 20 min e usando de forma tópica o óleo ozoni-zado.Dia 14 (26\10\18): Lavagem com solução fisiológica a0,9% seguido de bagging na concentração de 40 µg coma máquina ligada 15 min e desligada 15 min, deixandosecar por 20 min e usando de forma tópica o óleo ozoni-zado.Dia 15 (29\10\18): Lavagem com solução fisiológica a0,9% seguido de bagging na concentração de 40 µg com

a máquina ligada 15 min e desligada 15 min, deixandosecar por 20 min e usando de forma tópica o óleo ozoni-zado.Dia 16 (31\10\18): Lavagem com solução fisiológica a0,9% seguido de bagging na concentração de 40 µg coma máquina ligada 15 min e desligada 15 min, deixandosecar por 20 min e usando de forma tópica o óleo ozoni-zado.Dia 17 (05\11\18): Lavagem com solução fisiológica a0,9% seguido de bagging na concentração de 40 µg coma máquina ligada 15 min e desligada 15 min, deixandosecar por 20 min e usando de forma tópica o óleo ozoni-zado.Dia 18 (07\11\18): Lavagem com solução fisiológica a0,9% seguido de bagging na concentração de 40 µg coma máquina ligada 15 min e desligada 15 min, deixandosecar por 20 min e usando de forma tópica o óleo ozoni-zado.

Após as 18 sessões, o paciente recebeu alta clínica econtinuou fazendo o uso do óleo ozonizado BID por maissete dias (dia 25).

CONCLUSÃODessa forma, podemos concluir que no caso estudado

o uso da ozonioterapia foi o protocolo terapêutico usado,proporcionando uma cicatrização eficiente e rápida semcontaminação secundária e de forma adequada.

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HISTÓRICOCanino de 16 anos de idade, Poodle, fêmea, foi aten-

dida no início de 2018 com histórico progressivo de alte-rações cognitivas, há cerca de pouco mais de um ano. Ossinais relatados iniciaram com quadro de maior sonolên-cia, evoluindo para a inversão dos períodos do dia (hábi-tos noturnos), caminhadas e hábitos compulsivos, perdade local de referência dentro da casa onde sempre morou,redução da interação com a família e com os estímulosdo ambiente (som, luz). Também passou a negligenciar aprópria higiene.

O animal também apresentava histórico de cardiomio-patia dilatada, hepatopatia, doença renal crônica, luxaçãobilateral de patela, discreta displasia coxofemoral e pro-vável protrusão toracolombar, diagnosticada apenas porradiografia simples.

Era medicada via oral com Benazepril 0,5 mg/kg/SID,Pimobendan 0,3 mg/kg/BID e SAMe 20 mg/kg/SID poruso contínuo. Também já havia feito previamente trata-mento com acupuntura e fisioterapia. Quando apresentavaepisódios de dor, era medicada com Dipirona 25 mg/kg/TID via oral.

ACHADOS EM EXAME FÍSICO E DIAGNÓSTICONotava-se bastante sonolência, mesmo durante o

exame clínico, não demonstrando muito interesse peloambiente e pessoas novas, caminhar compulsivo em cír-culos, com ausência de head tilt e head turn

No exame neurológico, foi possível notar retardo nareação à ameaça bilateral, dor à palpação da coluna na re-gião toracolombar e cifose, déficit proprioceptivo emambos os membros posteriores. Além disso, relutava bas-tante à mobilização articular em todos os membros e de-monstrava muita agitação na contenção, o que dificultouparte da avaliação. Além de cifose, notava-se bastante di-ficuldade para caminhar, sem a flexão devida dos mem-

bros posteriores.Não foi possível descartar o diagnóstico de tumor in-

tracraniano, devido ao não consenso dos tutores à reali-zação de exames de imagem mais específicos. Para tanto,assumimos se tratar de uma Síndrome de Disfunção Cog-nitiva Canina, mesmo sem o diagnóstico definitivo.

TRATAMENTOAlém do tratamento estipulado pelo outro colega, foi

proposto um protocolo de ozonioterapia, uma vez na se-mana, que consistia em aplicações:

a) intrarretal – na dose de 0,05 à 0,1 mg/kg em con-centração de 20 µg/mL, gradualmente aumentando para40 µg/mL;

b) intramuscular paravertebral na região toracolombar,cerca de 2 mL por ponto de aplicação, em concentraçãode 18 µg/mL.

EVOLUÇÃOLogo após a primeira sessão de ozonioterapia, o ani-

mal passou a apresentar melhoras locomotoras, mais agi-lidade e, aparentemente, menos dor. Com o decorrer dassessões, o tutor relatou melhora na atenção e na interaçãocom objetos e com a família. Também foi nítida a me-lhora na cifose e na sensibilidade da coluna. Observou-se mais disposição e melhora do condicionamento físico:voltou a correr, brincar com a bolinha e pular.

Após cerca de quatro meses, o animal veio a óbito,provavelmente devido a uma parada cardiorrespiratória.O animal não foi encaminhado para a necropsia.

CONCLUSÃOApesar de não prolongar a expectativa de vida do ani-

mal, nós e os tutores acreditamos que a ozonioterapia pro-moveu qualidade de vida ao paciente geriátrico comsintomas neurológicos.

Ozonioterapia para controle de sintomatologia de disfunçãocognitiva canina – relato de casoJéssica Rodrigues Orlandin 1; Kátia Henrique Fagundes 2; Victor Falveno Martins 3; Luciana Cristina Machado 4, Carlos Eduardo Ambrósio 5

1 Doutoranda do Programa de Biociência Animal da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da Universidade deSão Paulo (FZEA-USP) – Pirassununga – São Paulo – Brasil. 2 Veterinária Autônoma especialista em Fisioterapia e Reabilitação Animal e Ozonioterapia.3 Graduando em Medicina Veterinária pela Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da Universidade de São Paulo(FZEA-USP) – Pirassununga – São Paulo – Brasil.4 Pesquisadora e Responsável Técnica do Laboratório de Anatomia Animal e Laboratório de Células-tronco e Terapias Gênicasda Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da Universidade de São Paulo (FZEA-USP) – Pirassununga – SãoPaulo – Brasil. 5 Professor Titular do Departamento de Medicina Veterinária da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da Univer-sidade de São Paulo (FZEA-USP) – Pirassununga – São Paulo – Brasil.

Correspondência: [email protected]

Palavras-chave: Alzheimer canino, geriatria veterinária, neurologia veterinária.

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I ENCONTRO CIENTÍFICO INTERNACIONAL DE OZONIOTERAPIA 53

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INTRODUÇÃO Uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística no ano de 2015 estimou a popula-ção de felinos no Brasil em 22,1 milhões de animais, oque torna de suma importância o conhecimento das ca-racterísticas de afecções que envolvem essa espécie, vistoque o médico veterinário, clínico de pequenos animais,frequentemente irá se deparar com os felinos em sua ro-tina (IBGE, 2015).

Dentre todas as desordens que podem acometer essaespécie, as retroviroses representam uma parcela muitosignificativa. A Imunodeficiência Viral Felina (FIV), aLeucemia Viral Felina (FeLV) e a Peritonite InfecciosaFelina (PIF) são as doenças infecciosas mais comuns emgatos, e, até hoje em dia, não existem tratamentos eficien-tes que promovam a cura. Desta forma, destaca-se a ne-cessidade, de estudos que visem a descoberta dealternativas terapêuticas satisfatórias. (HARTMANN,2006; LEVY, 2008)

A imunodeficiência viral felina ou AIDS felina é umadoença infecciosa, a qual possui como agente etiológicoum vírus pertencente à família retroviridae, do gêneroLentivírus. O primeiro isolamento do vírus foi realizadopor pesquisadores do norte da Califórnia no ano de 1986,pouco tempo depois da descoberta do vírus da imunode-ficiência humana (HIV). Devido às semelhanças no com-portamento biológico desses agentes, os retrovírus felinossão estudados como modelo animal para a compreensãoda biologia do HIV. Atualmente existem 6 subtipos (A-F) descritos que se encontram distribuídos mundialmente.(GRACE, 2004. LEAL e VILLANOVA, 2015).

Os vírus desse gênero estão atrelados a doenças carac-terizadas por longo período de incubação, seguido pormanifestações de doenças clínicas severas e geralmentefatais. O vírus da FIV é espécie-específico, ou seja, se re-plica apenas em células de felinos, não apresentando riscopara a saúde pública (GRACE, 2004; PEROTTI, 2009).Segundo estudos realizados nas últimas décadas, a pre-valência da infecção mostrou-se mais alta em locais comalta densidade de animais de vida livre ou errantes, sendoque machos adultos com mais de seis anos de idade e não

castrados apresentaram maior probabilidade de serem in-fectados, devido ao comportamento de disputa por terri-tório, uma vez que a principal via de transmissão se dá apartir da mordedura. (RICHARDS, 2003; GRACE, 2004;PEROTTI, 2009; ROSA et. al. 2011).

O isolamento do vírus pode ser realizado a partir de fluí-dos como saliva, soro, plasma, e liquido cérebro-espinhalde gatos contaminados (HARTMANN, 1998; PEROTTI,2009). Caso a infecção ocorra durante a gestação, podehaver transmissão transplacentária, por meio do colostroou da saliva, embora isso seja pouco frequente em infec-ções que ocorram de forma natural (GRACE, 2004). Apósadentrar o organismo, o vírus primeiramente se replica notecido linfoide, disseminando-se para os outros órgãos porintermédio de linfócitos e monócitos (LEAL e VILLA-NOVA, 2015). É sabido que o vírus possui tropismo porcélulas do sistema imune, principalmente por linfócitosTCD4+ ou “T-helper”, causando uma intensa depleçãotanto nessas células como nos linfócitos TCD8+, culmi-nando na redução da relação CD4+/CD8+, e favorecendoo surgimento de uma série de enfermidades oportunistas(SANTOS et al., 2013). O vírus pode ser detectado em altasconcentrações no sangue por meio de exames como culturacelular e PCR dentro de duas semanas após a infecção(LEVY, 2008; TEIXEIRA, 2010, SOBRINHO, 2011).

A classificação quanto ao número de estágios da FIVé variável entre as literaturas. Uma classificação simpli-ficada abrange três fases: aguda, assintomática e uma faseterminal. Na fase aguda, os sinais são na maioria doscasos inespecíficos, tais como febre, depressão, disfunçõesgastrointestinais (enterite e estomatite), gengivite, conjun-tivite, doenças relacionadas ao trato respiratório e linfade-nopatia periférica. Nem sempre a infecção cursa com odesenvolvimento de sintomatologia clínica e os animaispodem também permanecer longos períodos assintomáti-cos. A fase terminal, por sua vez, é marcada pela presençade sinais decorrentes de enfermidades oportunistas devidoà intensa imunossupressão, além de neoplasias, disfunçõesneurológicas, perda de peso, diarreia persistente, gengi-vite ou estomatite de caráter crônico (GRACE, 2004).

O diagnóstico pautado apenas no quadro clínico, no

A ozonioterapia no tratamento da imunodeficiência viral felina(FIV): relato de caso

Reimy Kawahara 1, Paulo Henrique Bertazzo de Freitas 2, Renata Tesser Rocha 3, Stefanie Senna Poblete 4

1 Mestre em clínica veterinária, Profissional Autônoma – Clínica Veterinária Reimy Kawahara – São Paulo – SP – Brasil. 2 Sócio-proprietário – Lab&Vet Diagnóstico e Consultoria Veterinária – São Paulo - SP– Brasil. 3 Profissional Autônoma – Clínica Veterinária Reimy Kawahara – São Paulo – SP – Brasil. 4 Bolsista de Aprimoramento Técnico – Clínica Veterinária Reimy Kawahara - São Paulo – SP – Brasil.

Correspondência: [email protected]

Palavras-chave: FIV, ozonioterapia, PCR real time

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caso da FIV, é impreciso, uma vez que a sintomatologiaapresentada é comum a diversas injúrias, além do fato dequem nem todos os animais são sintomáticos (HART-MANN, 1998; LEAL e VILLANOVA, 2015). Atual-mente, a infecção pode ser detectada a partir de métodosdiretos e indiretos constituindo formas mais seguras dediagnóstico A pesquisa direta compreende técnicas comoa reação em cadeia da polimerase (PCR) e isolamentoviral; já a forma indireta envolve técnicas imunológicasque visam à detecção de anticorpos, tais como ELISA,Western Blot, imunocromatografia e imunoflorescênciaindireta (IFA), entretanto, esses meios diagnósticos reque-rem atenção, uma vez que não são capazes de distinguiros anticorpos induzidos pela vacinação dos anticorpos quesurgem através da infecção natural (GRACE, 2004; SO-BRINHO, 2011). Especificamente em relação à PCR, queé um método para amplificação de sequências específicasde DNA no provírus do FIV, a utilização da PCR emtempo real ( real-time PCR, PCR-RT ou qPCR) com quan-tificação de partículas virais permite a detecção de níveismuito baixos de vírus no sangue ou em tecidos, reduz orisco de falso-positivos por contaminação cruzada deamostras (CHANDLER et al., 2006), além de permitir oacompanhamento quantitativo do aumento ou redução dacarga viral nos animais portadores do FIV.

O ABCD “guidelines” recomenda que felinos unica-mente positivos para FIV não devem ser eutanasiados,uma vez que gatos com a doença podem viver tantoquanto animais não infectados com o vírus. A única res-salva está correlacionada ao fato de que, por conta daimunossupressão, esses animais apresentam risco maiorde desenvolver infecções, doenças imunomediadas ouneoplasias. Sabe-se também que quanto mais jovem oanimal é infectado maior a propensão de evoluir para umestado imunodeficiente (HOSIE et al., 2009).

O tratamento é bastante inespecífico, sendo necessáriaa instituição de terapêutica baseada em duas premissas:o controle do aparecimento de infecções secundárias e al-ternativas que promovam melhora na qualidade de vidade animais positivos (COUTO, 1994; FERREIRA et al.,2011). A terapia de suporte envolve a utilização de flui-doterapia, antibióticos, antinflamatórios, colírios, dentreoutros fármacos ou manejos a depender da clínica apre-sentada pelo animal (FERREIRA, 2011). Também podemser empregados antirretrovirais como o AZT (zidovudina3’-azido-2’, 3’-desoxitimidina) na dose de 5 a 15 mg/kg,o qual possui o mecanismo de ação relacionado à inibiçãoda enzima transcriptase reversa, além de imunomodula-dores, a exemplo do interferon alfa. (HOSIE et al., 2009).

O primeiro uso clínico da ozonioterapia explorou suaspropriedades oxidantes, como potente bactericida e açãoesterilizante (SHULZ, 1986; VICTORIN, 1992). Poste-riormente, Carpendele e Freeberg (1993), descreveramimportantes efeitos sintomáticos (controle de diarreiascrônicas) em pacientes afetados pela síndrome da imuno-

deficiência adquirida (AIDS). No mesmo campo, dados in-teressantes sobre a inativação dose-dependente induzidapelo ozônio sobre os virions do HIV-1 foram publicadosem 1991 (WELLS et al., 1991). Na atualidade, a ozonio-terapia é considerada uma prática de medicina comple-mentar usada para ajudar aqueles pacientes que não podemser tratados com as terapias convencionais ou que se re-cusam a usá-las (RE e MARTÍNEZ-SÁNCHEZ, 2012).

É provável que haja um bilhão de pessoas afetadas porinfecções virais crônicas e a potente ação desinfetante doozônio possa ser considerada como uma possível soluçãoútil, visto que a maioria dos vírus em meio aquosos, invitro, tenham as glicoproteínas e lipoproteínas do seu en-velope externo oxidadas pela ação do ozônio. Entretanto,quando os vírus estão em fluidos biológicos ou, de formamais grave, quando eles são intracelulares (hepatócitos,células do epitélio, linfócitos CD4+, monócitos, célulasda glia ou neurônios) a sua efetividade fica incerta, por-que, ironicamente, um potente sistema antioxidante dascélulas hospedeiras protege o vírus (BOCCI, 2005).

Na busca por indícios de que a ozonioterapia possa serusada no tratamento de doenças virais (como HIV, HBVe HCV), desde 1990, Bocci e Paulesu, têm estudado aspossíveis ações do ozônio “in vivo”. Suas pesquisas le-varam em conta os seguintes possíveis mecanismos:• um tratamento prolongado com a ozonioterapia pareceser capaz de induzir uma adaptação ao estresse oxidativocelular, levando ao reequilibrio celular redox, o que é fun-damental para a inibição do processo de replicação viral.Por exemplo, o transativador de transcrição (proteína Tat)do HIV-1 inibe ou reduz a produção das enzimas anti-oxi-dantes SOD e GSH-Px, o que induz ao estresse oxidativointracelular crônico (aumento de O2*- e de OH*), facili-tação da replicação viral e aceleração da morte celularcom consequente progressão da doença;• indução da síntese de citocinas, como interferons (IFNs)e interleucinas (ILNs), no sangue ozonizado. A reinfusãode linfócitos e monócitos ativados pelo ozônio, atravésda migração pelo sistema linfóide, ativam outras célulase levam à ativação do sistema imunológico inato, induçãoda síntese de citocinas pro-inflamatórias pelo sistema mo-nocítico fagocitário e ativação das células apresentadorasde antígeno;• a ozonioterapia melhora a oxigenação e o metabolismohepático, provavelmente pela liberação de fatores de cres-cimento ou de TGF alfa pelos hepatócitos, o que podepromover a regeneração hepática;• a utilização da autohemoterapia menor (AHTm), usandoconcentrações elevadas de ozônio (90 µg/mL por mL desangue) em que se induz à oxidação de componentes vi-rais livres, pode representar uma possibilidade de vacinainativada e imunogênica;• a terapia com ozonio, muito provavelmente, ativa o sis-tema psicossomático através da liberação do hormôniodo crescimento, ACTH-cortisol, hormônio neurotônicos

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e neurotransmissores. Isso pode ser observado pelo bemestar e melhora na disposição geral presentado pelos pa-cientes durante o tratamento, assim como a redução daastenia e depressão;• na infecção pelo HIV, a ozonioterapia pode ser capaz decorrigir a hiperlipidemia e a lipodistrofia adquirida, assimcomo, como as complicações metabólicas e cardiovascu-lares secundárias.

A terapia com ozônio consiste na aplicação de uma mis-tura 97% de oxigênio medicinal puro com 3 % de ozônioproduzida através de geradores com rigoroso controle dasconcentrações produzidas. As vias de administração maisusadas e validadas são por auto-hemoterapia (AHT) ozo-nizada, intramuscular, subcutânea e endo-mucosa (retal,vaginal e da bexiga). Além disso, deve ser realizada porum ozonoterapeuta experiente e com a utilização de con-centrações seguras de ozônio (entre 10 e 30 µg/mL), o quenão permitirá a ocorrência de efeitos colaterais negativosou tóxicos, pelo contrário, o paciente sentirá significativamelhora de estado geral . Na AHT, coleta-se sangue emtubos de vidro com citrato de sódio e expõe-se esse sanguea um mesmo volume da mistura de oxigênio-ozônio, ho-mogeneizando-se durante 5 minutos e reinfundindo ao pa-ciente em até 15 minutos, dependendo do volume total desangue (RE e MARTÍNEZ-SÁNCHEZ, 2012).

Diante dos possiveis mecanismos relatados por Bocci(2005), consideramos as possibilidades do uso da ozonio-terapia como alternativa de tratamento para gatos comFIV, cujos tutores não querem ou não tem condições detentar as terapias atualmente preconizadas com interferonou AZT, associado ao tratamento sintomático quando ne-cessário.

RELATO DE CASO Um animal da espécie felina, sem raça definida,

macho, 4 anos de idade, pesando 5,4 kg, foi atendido naClínica Veterinária Reimy Kawahara localizada na zonaleste de São Paulo, no dia 04/03/2017, com resultado desorologia (ELISA) positiva para a imunodeficiência viralfelina (FIV) desde 2016, realizado em clínica especiali-zada em felinos. Visto que o animal se encontrava assin-tomático para a FIV e sem quaisquer alterações ao examefísico, foi encaminhado pelo colega para imunização con-tra rinotraqueíte, calicivirose, panleucopenia e clami-diose. O mesmo colega havia proposto aos tutores apossibilidade de tratamento com interferon, o que não foirealizado pelos custos, efeitos colaterais e pouca proba-bilidade de resolução da retrovirose.

Em 19/04/2017, o animal retornou à clínica com qua-dro de êmese com tricobezoar, gengivite e alteração decomportamento (passou a se isolar e se esconder) há doisdias. Não foi relatado outras alterações, nem qualquer tipode tratamento. Ao exame físico, observou-se apenas a pre-sença de pequena quantidade de tártaro e gengivite e ne-nhum outro parâmetro anormal. Foi realizado apenas

tratamento sintomático com escovação dentária, manejoalimentar e escovação de pelame, obtendo-se melhora doquadro em uma semana. Explicou-se sobre a ozoniotera-pia e a possibilidade de utilização como tratamento com-plementar para FIV.

Em 08/05/2017, foram realizados hemograma e soro-logia por ELISA para FIV e FeLV prévios ao início daozonioterapia. Em 10/05/2017, foi iniciada a primeira ses-são e a última sessão ocorreu em 17/12/2018. Durantetodo esse período de acompanhamento, o paciente evo-luiu sem alterações físicas, exceto por discretas variaçõesde peso corpóreo.

Para o presente paciente, estabeleceu-se o seguinteprotocolo: • aplicações semanais, inicialmente por 8 semanas, e pos-teriormente, quinzenais, dependendo da melhora clínicaou não do paciente• iniciou-se com a auto-hemoterapia ozonizada por viaintramuscular (AHTm) nas primeiras sessões, posterior-mente, associou-se a insuflação retal (IR) e, finalmente,passou-se apenas ao uso da auto-hemoterapia ozonizadaintavenosa (AHTI) associada com a insuflação retal. (IR),conforme a tabela 2.• dependendo do estado clínico do paciente no dia dasaplicações, foram realizados ajustes nas doses da misturaoxigênio-ozônio utilizada.• foi realizado acompanhamento da evolução clínica as-sociada a hemograma, sorologia (ELISA) e PCR qualita-tivo e PCR real time quantitativo, conforme adisponibilidade financeira da tutora e disponibilidade doexame no laboratório de apoio.

O gerador de ozônio utilizado foi o Titanium-INX® daOzônioLine.

A coleta de sangue para a AHT intravenosa foi reali-zada por meio de tubos de vidro à vácuo, estéreis, comcitrato de sódio e scalps estéreis 21 G com duas agulhaspara coleta à vácuo.

As seringas utilizadas para a mistura do sangue como ozônio e reinfusão do sangue ozonizado foram da marcaNorm-Jet®, estéreis e sem êmbolo.Para a insuflação retal foram utilizadas sondas uretraisnúmero 8, estéreis e siliconizadas e seringas de policar-bonato esterilizáveis.

RESULTADOSDurante o período de acompanhamento do animal, di-

versos ajustes foram realizados em relação ao tratamento,além da busca do melhor meio diagnóstico para se avaliara evolução do FIV no organismo do paciente.

O paciente foi submetido a um total de 32 sessões deozonioterapia até se obter o resultado negativo do PCR-RT quantitativo (Tabelas 1 e 2) compatível com o estadoclínico de higidez do mesmo e, neste intervalo, as únicasalterações observadas foram discretas variações de pesocorpóreo do animal, geralmente correlacionadas a crises

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Tabela 1 – Resultados de exames laboratoriais

Data Sorologia Sorologia PCR ** PCR-RT Hemácias Hematócrito Leucócitos Linfócitos PlaquetasFIV FeLV qualitativo quantitativo

(ELISA) (ELISA) (por mL sangue total em EDTA)

08/05/17 Reagente Não reagente 7,7 42 7400 4588 140000 *06/09/17 8,6 43 8600 4128 20500019/10/17 Reagente Não reagente29/01/18 8,6 46 7000 4410 26600009/02/18 Positivo 141002/06/18 Positivo 56511/07/18 8,1 45 5400 2484 24300026/09/18 Positivo 56801/02/19 Negativo 0FIV – vírus da imunodeficiência felina; FeLV – vírus da leucemia felina; ELISA – ensaio de imunoabsorção enzimática; PCR – reação em cadeia da polime-rase; PCR-RT quantitativo – reação em cadeia da polimerase em tempo real com quantificação do número de partículas virais por ml de sangue. Fonte:Kawahara et.al, 2019

Data SESSÃO PESO AHT IM AHT IV IR(kg) (volume/concentração) (volume/concentração) (volume/concentração)

10/05/17 1 5,4 1/1018/05/17 2 5,5 1/2023/05/17 3 5,5 1/4030/05/17 4 5,5 1/40 30/2007/06/17 5 5,6 1/40 30/4022/06/17 6 5,6 2/40 30/5030/06/17 7 5,6 2/40 30/5006/07/17 8 5,5 2/40 30/5013/07/17 9 5,5 2/40 30/5019/07/17 10 5,5 2/40 30/5011/09/17 11 5,4 2/40 30/5006/03/18 12 5,4 2/40 20/1013/03/18 13 5,4 2/40 20/1020/03/18 14 5,4 2/40 20/1027/03/18 15 5,3 2/40 20/1011/04/18 16 5,3 3/40 60/1026/04/18 17 5,4 3/40 60/1010/05/18 18 5,5 3/40 60/1024/05/18 19 5,5 3/40 60/1024/07/18 20 5,7 5/40 60/1008/08/18 21 5,7 5/40 60/1028/08/18 22 5,7 5/40 60/1012/09/18 23 5,7 5/40 60/1009/10/18 24 5,7 5/40 60/1024/10/18 25 5,6 5/40 60/1031/10/18 26 5,8 6/40 60/1007/11/18 27 5,8 6/40 60/1019/11/18 28 5,7 6/30 60/1021/11/18 29 5,7 6/30 60/1003/12/18 30 5,6 6/30 60/1010/12/18 31 5,6 6/30 60/1017/12/18 32 5,7 6/30 60/10

Tabela 2 – Sessões de ozonioterapia, vias de aplicação (AHT IM – auto hemoterapia por via intramuscular; AHT IV– auto hemoterapia por via intravenosa; IR – insuflação retal) e doses utilizadas (volume de sangue e mistura oxi-gênio-ozônio em ml; concentração da mistura de oxigênio-ozônio em µg/mL). Fonte: Kawahara et.al, 2019

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de êmese por tricobezoares e um episódio de cistite in-flamatória devido a mudança de dieta.

Até o presente momento, o paciente apresenta-se comganho de peso e clinicamente sem quaisquer alterações.Nenhum tipo de terapia está sendo realizada no momento.

Continuará em acompanhamento clínico e laboratorialpor tempo indeterminado, havendo a programação de re-petição do PCR-RT quantitativo a cada 6 meses, ou antes,se necessário.

CONCLUSÃOConforme as teorias de Bocci (2005), os mecanismos

de ação do ozônio mostram-se bastante promissores notratamento de várias doenças virais, principalmente paraos casos nos quais os protocolos convencionais não tra-zem resultados satisfatórios, tanto em relação à resoluçãoda doença quanto aos efeitos colaterais promovidos pelasdrogas utilizadas, além da sobrevida com qualidade devida. O uso exógeno do interferon como imunomodula-dor, talvez seja substituído de uma forma mais eficaz, pelaprodução endógena, tanto na especificidade quanto naquantidade, através da indução promovida pelo ozônio,conforme propõe Bocci (2005). O reequilíbrio do balançoredox também é a “chave” fundamental para a melhorresposta do organismo contra a AIDS felina, assim comopara qualquer outra patologia.

Embora historicamente a ozonioterapia médica sejaantiga, o seu uso mais tecnicamente embasado, com pro-tocolos bem definidos, tanto em medicina humana quantoem veterinária, ainda é recente. Desta forma, a busca pelamelhor via de aplicação, assim como adequação de dosessegundo o agente e estágio do desenvolvimento das dife-rentes doenças infecciosas, em especial a FIV, como nopresente caso, necessitam ser melhor estudadas.

A disponibilidade de novos meios diagnósticos, comoo PCR-RT quantitativo, foi fundamental como meio deavaliação mais preciso acerca dos resultados da ozonio-terapia aplicada no felino referido neste trabalho.

O presente relato de caso abre espaço para que estudosmais detalhados sejam realizados e que outros pacientestenham a chance de serem beneficiados pela ozoniotera-pia, assim como a utilização como modelo de tratamentopara a AIDS humana.

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O carcinoma de células escamosas é uma neoplasia deepitélio, maligno, de crescimento lento e não necessaria-mente metastático comum em diversas espécies. Sua etio-logia precisa ainda não é conhecida e a causa exógenamais comumente aceita é a exposição à luz ultravioleta,com consequente lesão do ácido desoxirribonucleico(DNA) e mutagenicidade associada. O prognóstico variade acordo com a localização e o estágio clínico no mo-mento do diagnóstico. É considerado favorável quando odiagnóstico é realizado precocemente e também quandoa excisão cirúrgica completa é possível. É o tumor cutâ-neo mais frequente em cães e gatos, pouco responsivo atratamento clínico em estágios mais avançados. Repre-senta um grande desafio de tratamento, quando se obje-tiva a cura. Este trabalho tem como objetivo relatar o casode um canino, Bull terrier de quatro anos que apresentavauma lesão na região perivulvar, de grande extensão comaspecto inflamatório, erosivo e proliferativo há aproxi-madamente dois meses. Foi realizado uma biópsia e ava-liado pelo cirurgião, sendo contra indicado a ressecçãocirúrgica, devido a grande extensão da lesão, além dissoapresentava um aumento de volume em placa na regiãoinguinal ventral. Como o prognóstico era muito desfavo-rável por não ter possibilidade de remoção cirúrgica epela pouca eficiência da quimioterapia neste caso a pa-ciente receberia alta e receita de analgésicos. Entretantoa paciente foi encaminhada para o setor de tratamento in-tegrativo do HV-ULVRA, onde iniciou o tratamento comozonioterapia medicinal. A paciente foi tratada com cup-ping de O2+O3 na concentração de 50µg/mL, na regiãoperineal, e recebeu insuflação retal de 50 mL a uma con-centração de 15 µg, duas vezes por semana na primeirasemana e mesmo volume e concentração de 20 µg/mL,duas vezes por semana, por duas semanas. Na avaliaçãoapós o tratamento com ozonioterapia a lesão havia redu-zido em torno de 60%, sendo possível realizar a remoçãocirúrgica. O tratamento com ozonioterapia possibilitou aremoção cirúrgica da lesão em função da redução signi-ficativa do seu tamanho, tornando-se uma importante fer-ramenta no auxílio dos tratamentos oncológicos,ampliando as possibilidades das terapias anti câncer.

Redução de carcinoma perineal com ozonioterapia: relato decaso

Viviane M. Pinto 1; Matheus de Freitas Pereira 2, Cleiton Pereira 3, Maria Inês Witz 1 ; Mariangela Allgayer 1

1 Professor do curso de Medicina Veterinária da Universidade Luterana do Brasil (ULBRA)– Canoas- RS; 2 Acadêmica do curso de Medicina Veterinária ULBRA, Canoas/RS; 3 Residente do Hospital Veterinário da ULBRA – Canoas/RS.

Correspondência: [email protected]

Palavras-chave: ozonioterapia, carcinoma espinocelular, cão

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Utilizac a o do ozo nio no processo de cicatrizaca o de feridaprovocada por picada de aranha marromIolanda Bettencourt 1; Maria Laura Trebilcock 1; Patricia Hada Beletatti 1 ; Cristiane L. F. Toledo 1; Mariara Dias 1

1 Me dicas veterina rias na ReabiVet - Medicina Preventiva e Reabilitaca o Animal

Correspondência: [email protected]

Palavras-chave: Loxosceles, aranha-marrom, dermonecrose, ozo nio

HISTÓRICORecebemos para tratamento um cão macho da raça La-brador Retriever, 4 anos, picado por Loxosceles sp - ara-nha-marrom. O animal apresentava ferida necróticaextensa em região abdominal ventral, esta em curso de15 dias do acidente pela picada, e já havia sido submetidoa cirurgia para debridação do tecido necrosado. O mesmoestava com todo suporte clínico convencional por viaoral, tendo sido prescrito pelo colega clinico geral Rani-tidina, Dipirona, Prednisolona e Combiron. Instituímostratamento com a Ozonioterapia por diferentes vias deaplicação com o intuito de controlar o processo infec-cioso, acelerar a detoxificação do veneno, modular o sis-tema imunológico e cicatrizar a ferida.

ACHADOS EM EXAME FÍSICO E DIAGNÓSTICOApós 2 dias da picada, apresentou apatia, febre e ab-

dômem distendido, após mais 2 dias mantêve-se apenasdeitado e a pele da região abdominal começou a apresen-tar coloração enegrecida, dando início de processo de ne-crose. Tais sinais compatíveis com o loxoscelismo.

TRATAMENTO E EVOLUÇÃOO tratamento foi iniciado com sessões de ozoniotera-

pia 2 vezes por semana na 1ª semana; depois foi reduzidopara 1 vez na semana, durante 2 semanas; por fim foi rea-lizada 1 sessão a cada 15 dias até totalizar 11 sessões. Oprotocolo instituído foi auto-hemoterapia ozonizada comcoleta de 2,5 mL de sangue da veia cefálica, homogeine-zado a 44 µg de gás ozônio e aplicado em VG14 (pontode acupuntura relacionado à imunidade), 1 vez a cada 7dias; nas primeiras 3 sessões 500 mL de Ringer LactatoOzonizado a 44 µg de forma intravenosa nos primeiros20 minutos, depois o restante da fluidoterapia foi admi-nistrada por via subcutânea, com o intuito detoxificante.No ferimento, Flushing (lavagem) com 500 mL de solu-ção fisiológica 0,9% ozonizada a 69 µg, borbulhado nabolsa/frasco durante 7 minutos; Bagging a 30 µg comaparelho ligado, durante 30 minutos; aplicação Intra-retala 13 µg com 120 mL, ao redor da ferida aplicação de 20mL a 10 µg gás ozônio, e curativos com óleo de girassolozonizado 3 vezes ao dia como lição de casa ao tutor.Após a 1° sessão o animal apresentou maior disposição,menos dor local e a ferida já com aparência mais vascu-

larizada, tecido mais rosado, favorecendo a cicatrização.Na 6° sessão os bordos da ferida já apresentavam umcrescimento significativo no sentido centrípeto, dimi-nuindo a extensão da lesão. Na 11° sessão a cicatrizaçãoestava praticamente completa, onde o tutor optou por se-guir o tratamento somente com os curativos com o óleode girassol ozonizado em casa, pois era de outra cidade eo objetivo maior já havia sido conquistado segundo suaexpectativa. Ao longo da ozonioterapia complementamoso tratamento com a prescrição de florais frequenciaisquânticos Kuthanis ® e Oxyflower ®, moxabustão e laser-terapia. Devido ao tratamento com ozonioterapia apre-sentar bons resultados rapidamente, os medicamentosconvencionais puderam ser retirados brevemente pelo ve-terinário clínico.

DISCUSSÃOO tratamento com o gás ozônio e suas propriedades

analgésicas, antimicrobianas e anti-inflamatórias tem pro-porcionado grandes benefícios terapêuticos aos animaisde companhia. Algumas das atribuições do ozônio são:estímulo à produção de citocinas, síntese de anticorpos,ativação de linfócitos T, melhora da oxigenação e do me-tabolismo celular por meio da vasodilatação e do aumentoda resposta enzimática antioxidativa (VELANO, 2001;LAKE, 2004). A aplicação na forma tópica do óleo de gi-rassol ozonizado, pode acelerar o processo de cicatrizaçãode feridas agudas cutâneas, promovendo a síntese de co-lágeno e a proliferação de fibroblastos no local da lesão(KIM, 2009). A lesão do paciente apresentou regressãosignificativa em 15 dias com o uso do bagging, auto-he-moterapia, aplicação intra-retal e local, lavagem comfluido ozonizada e óleo de girassol ozonizado, caracteri-zando a potente ação do gás ozônio no controle da infec-ção, da dor e reparação da grande área do ferimento.

CONCLUSÃOA ozonioterapia associada a outras terapias como flo-

rais frequenciais quânticos, moxabustão, laserterapia etratamentos convencionais medicamentosos, favoreceusignificantemente a cicatrização da extensa ferida provo-cada pela picada de Loxosceles sp, proporcionando maiorconforto analgésico ao paciente, em um período de menorconvalescência.

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REFERÊNCIASKIM H.S. Therapeutic effects of topical application of ozone

on acute cutaneous wound healing. J Korean Med Sci.,24(3): 368–74, 2009.

LAKE, J. C. et al. Efeito Terapêutico da aplicação intra-ocularde ozônio em modelo experimental de endolftalmite porStaphylococcus epidermidis em coelhos. Arquivo Brasileirode Oftalmologia, São Paulo, v. 67, n. 4, p. 575 – 579, ja-neiro, 2004.

TRAVAGLI, V.; ZANARDI, I.; BERNINI, P.; NEPI, S.; TE-NORI, L.; BOCCI, V. Effects of ozone blood treatment onthe metabolite profile of human blood. Int J Toxicol.29:165-174. 2010.

VELANO, H. E.; NASCIMENTO, L. C.; BARROS, L. M.;PANZIERI, H. Avaliação in vitro da atividade antibacte-riana da água ozonizada frente ao Staphylococcus aureus.Pesqui. Odontol. Bras., São Paulo, V. 15, N. 1, Mar. 2001.

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INTRODUÇÃOA esporotricose é uma zoonose causada pelo fungo di-

mórfico Sporothrix schenckii, que acomete várias espé-cies e dentre elas o homem, porém é vista com maiorfrequência em gatos domésticos. No Brasil há aumentode relatos de casos nos estados do Rio de Janeiro, SãoPaulo e Rio Grande do Sul, e os gatos têm representaçãoepidemiológica importante na esporotricose, pois conta-minam-se cavando buracos, afiando as unhas em árvorese arranhando-se em brigas, carreando desta forma oagente nas unhas e promovendo assim maior transmissãoda doença.

HISTÓRICOUm felino macho, sem raça definida, castrado, pe-

sando 3 Kg, com aproximadamente 2 anos de idade, e

acometido por lesões cutâneas ulceradas e crostosas em re-giões da face e membros anteriores e posteriores (Figura 1),foi resgatado das ruas, e entregue em uma ONG de SãoPaulo para ser abrigado e obter tratamento clínico veteriná-rio. O animal não possuía nenhum histórico de cuidados an-teriores, pois a resgatante, ao buscar um primeiroatendimento em clínica veterinária particular, optou porentregá-lo na ONG em virtude da doença ser caracteri-zada como uma provável zoonose, posteriormente con-firmada como sendo a esporotricose.

No abrigo, o felino recebeu o nome de Spin e ficouem área isolada perante os demais, possui um tempera-mento muito dócil e recebe os cuidados diários sempreda mesma cuidadora, que é responsável por manter todasas precauções necessárias, evitando assim que o fungoatinja outros locais e ou animais.

ACHADOS NO EXAME FÍSICO E DIAGNÓSTICOAo exame físico em 25/02/2019, o Spin apresentava

lesões cutâneas ulceradas e crostosas disseminadas emregiões da face e em membros anteriores e posteriores, epresença de respiração ruidosa. Nesta mesma data forasubmetido ao exame citológico em região de focinho, oque evidenciou achados indicativos de processo inflama-tório piogranulomatoso associado à contaminação porSporothrix sp.

O diagnóstico definitivo é muito importante, pois aslesões ocasionadas pela esporotricose podem assemelhar-se às lesões provenientes de outras doenças, tais como:criptococose, leishmaniose, carcinoma epidermóide, e atémesmo lesões ocasionadas por brigas.

Em 26/02/2019, após a limpeza local com soro fisio-lógico das áreas acometidas e remoção das crostas, foipossível observar a extensão das lesões e presença de ex-sudato serossanguinolento.

Ao procurar pelo tratamento ozonioterápico, foi soli-citado a ONG a realização de um hemograma completodo Spin, a fim de avaliar seu hematócrito, e a viabilidadedo tratamento mediante o resultado considerado normalao exame, e ora apresentado cujo hematócrito foi de 26%,sendo considerados como valores normais de 24% a 45%.

A eficácia da ozonioterapia no tratamento da esporotricose felina: relato de casoViviane Bazanelli Gimenez Martins 1

1 Profissional autônoma, ozonioterapeuta e pós-graduanda em Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais pela Unisa -Universidade Santo Amaro – São Paulo - SP - Brasil.

Correspondência: [email protected]

Palavras-chave: ozonioterapia; esporotricose; gato; felino; zoonose

Figura 1 – Avaliação clínica inicial

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TRATAMENTO E EVOLUÇÃOEm 02/03/2019 foi iniciado o tratamento ozonioterá-

pico, aliado ao tratamento clínico instituído por colegaveterinário que era com uma dose diária de 35 mg de itra-conazol.

O protocolo ozonioterápico escolhido foi o de efetuara limpeza com óleo de girassol ozonizado embebido emgaze previamente umedecida com soro fisiológico detodas as lesões em face e membros (Figura 2), e remoçãodas crostas, foi feita também a aplicação subcutânea deozônio na concentração de 13 µg e 2 mL por ponto esco-lhido, em locais próximos às lesões, e aplicação por insu-flação retal de 15 mL de ozônio na concentração de 13 µg.

Ao cuidador responsável foi disponibilizado também umóleo de girassol ozonizado cuja orientação foi a de aplicar1 ou 2 gotas em cada lesão diariamente.

Em 07/03/2019, após a realização dos exames de FIVe FELV e com a obtenção de resultados negativos, foi in-dicado o aumento na dosagem do itraconazol para 100mg / gato/ dia.

Em 09/03/2019 para acelerar a cicatrização das lesõesem membros anteriores e posteriores foi feito o bagging naconcentração de 48 µg por 10 minutos, além de toda a rea-lização do tratamento instituído incialmente (Figura 3).

Nos dias 16, 21 e 27/03/2019 e 03, 12 e 17/04/2019 oprotocolo ozonioterápico instituído foi mantido conformeo inicial, e durante as limpezas e tratamentos eram ofere-cidas rações úmidas (sachês) de alta palatabilidade, o quefavoreceu a aceitação do animal frente às manipulações,e aplicações a que fora submetido.

A melhora clínica do Spin foi visivelmente gradativa,e não fora constatado nenhum efeito colateral sistêmico(náuseas ou perda de apetite) induzido pelo uso do itra-conazol, e alimenta-se com apetite diariamente, obtendoFigura 2 – Tratamento com óleo de girassol ozonizado

e aplicação de ozônio subcutâneo

Figura 3 – Tratamento com bagging

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expressivo ganho de peso no período, pesando atualmente4,170 Kg, os ruídos respiratórios desapareceram, e as le-sões ulceradas foram substituídas por tecido cicatricial ecom crescimento de pelagem local visível (Figuras 3 e 4).

CONCLUSÃOA importância do tratamento ozonioterápico, aliado ao

tratamento clínico, em casos de esporotricose felina, sedá em acelerar a cicatrização das lesões promovendo aação antimicrobiana em fungos, bactérias, vírus e proto-zoários, além de estimular a imunidade do animal, pro-movendo uma melhor e mais breve resposta terapêuticafrente ao tratamento convencional.

O paciente Spin obteve melhora significativa em ape-nas 46 dias do início do tratamento, perfazendo 8 sessõesde ozonioterapia, sendo que, há relatos de animais sub-metidos somente ao tratamento clínico medicamentoso e

que obtiveram melhora num período mais longo, de apro-ximadamente 6 meses.

Figura 4 – Cicatrização das lesões e crescimento dapelagem

Figura 5 – Observa-se melhora clínica em 8 sessões deozonioterapia

Período Técnica TratamentoSemanal Limpeza e remoção Óleo de girassol (8 semanas) das crostas em ozonizado

todas as lesões embebido em de face e membros gaze previamente

umedecida com soro fisiológico

Semanal Aplicação 13 µg e 2 mL por (8 semanas) subcutânea de ponto escolhido,

ozônio em locais próximos às lesões

Semanal Insuflação retal 15 mL de ozônio (8 semanas) na concentração

de 13 µgDiário Aplicação tópica 1 ou 2 gotas em(46 dias) do óleo de cada lesão

girassol ozonizado

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O ozônio medicinal promove uma resposta biológicamelhorando a circulação sanguínea, oxigenação de teci-dos isquêmicos através do aumento dos níveis da enzima2,3 Difosfoglicerato dentro do eritrócito e a liberação deoxido nítrico (NO) que irá promover vasodilatação.Ocorre aumento da glutationa reduzida, aumento do me-tabolismo basal pela melhora da oxigenação, regulaçãodas enzimas antioxidantes, ativação do sistema imune eliberação de fatores de crescimento (BOCCI, 2011;MAURO et al, 2019). Este trabalho tem como objetivorelatar o caso de um canino, poodle, fêmea de 6 anos quehá mais de 6 meses havia realizado osteossíntese com co-locação de placa em fêmur direito. No exame clínico apaciente não apoiava o membro, permanecia com o mem-bro flexionado e apresentava diminuição da amplitude demovimento. O RX apresentava linha de ar, ausência deproliferação óssea, configurando uma não união oligotró-fica. Inicialmente foi tratado com plasma rico em plaque-tas (PRP), o qual era realizado conforme técnica deSonnleitner adaptado sendo aplicado 1mL de PRP, umavez por semana no foco da fratura com agulha 22G, du-rante sete semanas. Duas semanas após este tratamentofoi realizado RX controle que apresentava aumento dadensidade óssea na linha de fratura mas ainda persistiamáreas de rarefação óssea. Ao exame clínico a pacienteapresentava sensibilidade na área afetada, contratura dosmúsculos semitendinoso e semimembranoso, deambulavaapoiando levemente o membro pélvico direito. Inicioutratamento com O2+O3 aplicação subcutânea (SC), utili-zando uma concentração de 5µg/mL próximo a lesão to-talizando 4mL, aplicados com Scalp BD nº 27G, duasvezes por semana por 2 semanas. Em seguida foi utilizadouma concentração de 10µg/mL SC até 4mL, duas vezespor semana por mais 2 semanas. Após 7 dias do términodeste tratamento realizou-se RX que evidenciou presençade calo ósseo com união clínica da fratura, a pacienteapoiava totalmente o membro ao caminhar, apresentavamaior amplitude de movimento e estava sem algia a pal-pação. Em 14 dias a placa pode ser removida cirurgica-mente. O uso da ozonioterapia medicinal promoveumelhora da cicatrização óssea, diminuiu a contratura mus-cular, promoveu maior amplitude de movimento e permi-tiu remoção da placa, melhorando mobilidade e qualidadede vida da paciente.

Ozonioterapia na cicatrização óssea: relato de caso

Viviane M. Pinto 1; Luiza Uhrig 2; Andressa C. C. de Oliveira. 2, Maria Inês Witz 1, Fabiane Prush 1

1 Professor do curso de Medicina Veterinária da Universidade Luterana do Brasil (ULBRA)– Canoas- RS; 2 Residente do HV-ULBRA.

Correspondência: [email protected]

Palavras-chave: ozonioterapia, osso, cicatrização

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HISTÓRICOCanino de 3 anos de idade, Pug, fêmea, residindo à Gua-rulhos – São Paulo foi atendida em Dezembro de 2017.Há cerca de quase dois anos apresentava sinais progres-sivos de diarreia crônica, dermatopatias, ptialismo, sono-lêcia, atrofia muscular generalizada, hipotonia, dorarticular e onicogrifose. Também apresentava oligúria,com apenas um episódio de urina ao dia. Não respondiabem à estímulos ambientes.

ACHADOS EM EXAME FÍSICO E DIAGNÓSTICODurante o exame físico, foi possível observar midríase

bilateral não reativa à luz, diminuição da resposta àameaça, atrofia muscular facial acentuada, mucosas e lín-gua cianóticas, hiporreflexia e hipotonia (inclusive do es-fíncter anal), hipersensibilidade na região distal dosmembros – o que dificultou a realização do teste de pro-priocepção –, atrofia muscular nos membros e troncos,instabilidade articular, ataxia e pseudo hipermetria du-rante a marcha. Observou-se também regiões alopécicase crostosas no dorso, membros e cabeça do animal, alémde cheiro rançoso na pele. Durante a palpação, foi detec-tado abdome pendular e distendido, com presença exces-siva de gás e alças intestinais endurecidas, além delinfonodos reativos, principalmente os cervicais.

Exames anteriores mostraram alteração do padrão tra-becular ósseo e osteólise das metáfises distais de rádio eulna. Nos exames de sangue e hormonais, evidenciava-se apenas uma discreta hipercalemia.

O raspado de pele acusou presença de Malassezia sp.Através do PCR de material aspirado dos linfonodos cer-vicais, o animal foi diagnosticado como positivo paraLeishmania sp. O prognóstico do animal é reservado.

TRATAMENTOOs tutores foram instruídos que, por se tratar de uma

zoonose, os cuidados com o animal, família e ambientedeveriam ser constantes.

O tratamento estipulado foi de 2 mg/kg de miltefosina(Milteforan™, Virbac) via oral durante 28 dias, conformeinstruções do laboratório. Também foi estipulada dietanatural hipercalórica/hiperproteica. Para a pele, estipu-lou-se 3 banhos na semana com shampoo de de Cetoco-nazol 2%.

Após o tratamento alopático, não se observou melhoralocomotora significativa, bem como ganho de peso. Tam-bém não houve melhora nas lesões cutâneas. Ao final dotratamento, o tutor relatou anoniquia: queda das unhas.

O animal também faz uso oral contínuo de 10mk/kg/BID de alopurinol e 0,5 mg/kg/SID de domperi-dona por tempo indeterminado, a fim de manutenção. Nosdemais PCR realizados, o animal não apresentou níveisdetectáveis de Leishmania sp.

Foi proposto então um protocolo de ozonioterapia,duas vezes na semana, que consistia em aplicações: a) subcutânea, periarticular, na região dos joelhos – 5 mLpor articulação, em concentração de 25 µg/mL; b) intrarretal – na dose de 0,05 à 0,15 mg/kg em concen-tração de 20 µg/mL, gradualmente aumentando para 40µg/mL; c) “bagging” durante 5 minutos de gerador ligado à 40µg/mL, seguidos de 20 minutos de repouso, com o equi-pamento desligado. Além disso, indicou-se também o usodo óleo ozonizado, porém, devido ao cheiro, os tutoresoptaram por não utilizar.

EVOLUÇÃOApós poucas administrações, era notável não apenas

melhora dermatológica e locomotora, mas também naoxigenação tecidual, observada pela coloração rósea dalíngua e mucosas. Observou-se também ganho de massamuscular e melhora cognitiva e comportamental do ani-

Ozonioterapia associada à miltefosina para tratamento de cãodiagnosticado com leishmaniose – relato de caso

Jéssica Rodrigues Orlandin 1; Charles Silva de Lima 2; Kátia Henrique Fagundes 3; Bianca Turella Pinto 4; Carlos Eduardo Ambrósio 5

1 Doutoranda do Programa de Biociência Animal da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da Universidade deSão Paulo (FZEA-USP) – Pirassununga – São Paulo – Brasil. 2 Veterinário Autônomo e proprietário da Clínica Império Para Gatos – Pelotas – Rio Grande do Sul – Brasil. 3 Veterinária Autônoma especialista em Fisioterapia e Reabilitação Animal e Ozonioterapia. 4 Graduanda em Medicina Veterinária pela Universidade São Judas Tadeu – São Paulo – Brasil.5 Professor Titular do Departamento de Medicina Veterinária da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da Univer-sidade de São Paulo (FZEA-USP) – Pirassununga – São Paulo – Brasil.

Correspondência: [email protected]

Palavras-chave: Zoonoses, Saúde Pública, Doenças Infecciosas, Milteforan

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mal. Houve redução do ptialismo e da sensibilidade nasextremidades dos membros, bem como crescimento nor-mal das unhas.

O animal passou a hidratar-se melhor e a apresentarpelo menos 3 episódios de urina ao dia. À palpação, tam-bém foi possível notar menos rigidez nas alças intestinais,bem como redução dos gases.

CONCLUSÃORessaltamos que a ozonioterapia não substitui o efeito

leishmanicida da Miltefosina, devendo ser utilizada emassociação ao tratamento alopático.

Acreditamos que, por se tratar de um caso crônico ede uma doença progressiva, e devido à importância dassequelas no animal, o tratamento com Miltefosina não semostrou tão eficiente para reversão dos sinais apresenta-dos. Entretanto, provavelmente graças à melhora da per-fusão e oxigenação tecidual, redução da inflamação e doprocesso álgico, além da modulação do sistema imune, aozonioterapia pôde promover avanço na reabilitação lo-comotora, neurológica e cognitiva, além de promover me-lhora na qualidade de vida do animal e da família.

De acordo com os tutores, foi através da ozonioterapiaque o animal apresentou evolução mais perceptível.

Até o presente momento, não relatamos nenhum efeitoadverso ao uso do gás na patologia, sendo, inclusive, re-comendado por nós para tratamento associativo em casoscrônicos.

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HISTÓRICOCadela fêmea, de raça Rotweiller, 12 anos,31kg com os-teoartrose proliferativa, sugerindo processo neoplásico,em porção proximal do fêmur em TEM foi recebido nosetor de reabilitação com queixa de perda de peso, clau-dicação e dificuldade progressiva em levantar há uma se-mana. Ao exame físico animal apresentava –se agressivoe com sensibilidade dolorosa ao toque; presença de au-mento de volume em região proximal de fêmur.

ACHADOS EM EXAME FÍSICO E DIAGNOSTICORadiografia de coxal no dia 0 com alteração de trabé-

culo ósseo, áreas de lise em cabeça femoral esquerda compossível área de fratura patológica. Como hipótese diag-nostica foi sugerido fratura antiga, osteomielite ou neo-formação. Hemograma dentro da normalidade paraespécie. Foi sugerido ao tutor amputação do membromais quimioterapia, os quais não foram aceitos. Sendoassim, o mesmo optou pelo tratamento conservador comozonioterapia, ciente da imprevisibilidade do mesmo.

Foi estabelecido protocolo de tratamento com sessõessemanais de ozonioterapia pela via intra-retal, concentra-ção de 18µg/mL, 5mL/kg, e subcutâneo periarticular06µg/mL. Também associou-se codeina 30mg BID, ga-bapentina 150mg BID e acupuntura para analgesia sema-nal, com acompanhamento mensal por radiografias ehemograma.

Animal voltou a apoiar parcialmente o membro na pri-meira sessão e a levantar se com menos dificuldade. Ga-nhou 2 quilos ao decorrer de duas semanas de tratamento.As radiografias mantiveram se sem alteração nas datas de15/11/19, 15/12/18,19/01/18 e 20/02/18. Hemograma semalterações. O quadro do animal manteve se estável, comalguns episódios álgicos entre as sessões, sendo prescritodipirona 500mg com melhora satisfatória. Em 09/03março foi observado aumento discreto de volume da re-gião, com presença de linfangite em MPE; na radiografiaobservou-se aumento do trabeculado ósseo, espessamento

do colo, aumento das dimensões de tecidos moles adja-centes, sugestivo de lesão óssea agressiva, tendo comoneoformação óssea hipótese diagnóstica. Prescrito predi-nisolona 02mg/ kg BID por 03 dias com melhora total dalinfangite.

Em 28/03 animal apresentou piora no quadro álgico,apresentando emese, falta de apetite e aumento da clau-dicação. Foi então realizado mudança no protocolo anal-gésico, codeína TID, gaviz 20mg BID, e predinisolona01mg/ kg BID 05 dias apresentando melhora no quadro,voltou alimentar se e diminuiu a claudicação.

Em 03/04 foi realizado nova radiografia do coxal semalterações perante ao anterior, radiografia do tórax compadrões normais e animal estável. Foi prescrito o retornoao protocolo anterior de codeina BID e gabapentina sempiora no quadro.

CONCLUSÃOPassado 06 meses do início do quadro animal apre-

senta área de lesão em lenta progressão, sem sinais me-tastáticos, apresentou melhora no quadro de dormantendo se em tratamento conservador sem perda depeso, discreta atrofia de membro acometido sem flexãodo mesmo, e qualidade de vida preservada. O tratamentocom ozonioterapia associada a AINES proporcionou umasobrevidade de 6 meses com qualidade, sem necessidadede amputação, a despeito da ausência de diagnóstico con-clusivo de neoplasia, entretanto baseando nas imagens ra-diográficas de alta propabilidade de quadro malignoneoplásico (Nelson and Couto 2015, Spodnick et AL1992).

Tratamento de osteoartrose proliferativa com caracteriscas demalignidade em rotweiller com ozonioterapia associado a AINES

Angela Regiane Cortiça 1

1 Pós-graduanda do Curso de Especialização em Acupuntura Veterinária - Instituto Bioethicus – Botucatu – São Paulo – Brasil

Correspondência: [email protected]

Palavras-chave: osteossarcoma; ozonioterapia; cão; reabilitação

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HISTÓRICOFoi atendido um cão de 6 anos, Bulldog Francês, com

diagnostico de piodermite, em uso contínuo e diário deApoquel®, e corticoide (em uso há mais de 3 anos), cito-logia de pele presença de cocos e células de descamação;foi feito também um exame para pesquisa de ectoparasi-tas com resultado negativo. A tutora procurou o atendi-mento em domicilio especializado na cidade São José dosCampos por indicação de um outro tutor que já havia rea-lizado tratamento com ozonioterapia com resultados po-sitivos. O mesmo foi avaliado e encaminhado para iniciartratamento com ozonioterapia.

ACHADOS NO EXAME FÍSICO E DIAGNÓSTICOO animal deu entrada para atendimento clinico com

algumas feridas no abdômen e alopecia em algumas áreasdo corpo com rarefação pilosa generalizada; estava aindaem uso continuo das medicações citadas acima sem me-lhora clínica, havendo segundo a tutora, melhora apenasdo prurido. O animal sempre apresentou rarefação pilosa.Tutora relata que fez tratamento por longos períodos comRilexine® com melhora significativa do quadro mas apóstermino do tratamento animal voltava com todos os sin-tomas novamente. Ao exame de cultura e antibiogramada pele houve crescimento bacteriano (Staphylococcussp. coagulase positiva). Além disso também foi feito oexame de coloração de gram bacterioscópico com o re-sultado: presença de algumas células descamativas e rarasbactérias do tipo coco gram positivos.

TRATAMENTO E EVOLUÇÃOFoi iniciado o tratamento com alimentação natural e

ozonioterapia, com o uso do equipamento OZONELIFE®

para produção de ozônio. A técnica utilizada foi: ozoni-zação de água em um borrifador de 500 mL na concen-tração de 40 µg/mL, durante 5 minutos. Na sequênciao paciente foi colocado dentro de um saco plástico trans-parente para realização do bagging, com concentração de40 µg/mL durante 15 min com o gerador de ozônio ligadoe 5 min com o gerador desligado. Ao final da sessão foirealizada a hemoterapia menor ozonizada na concentra-

ção de 40 µg/mL 5 mL de ozônio e 5 mL de sangue mes-clados e injetados no ponto de acupuntura VG14. Tam-bém foi realizado a insuflação retal de ozônio comvolume de 80 mL na concentração de 18 µg/mL. Esseprotocolo foi mantido durante 3 sessões com intervalosde 7 dias cada. Na sequência foi iniciado um novo proto-colo para manutenção da pele em que foi utilizada a con-centração de 18 µg/mL para bagging e mantendo-se ahemoterapia menor ozonizada em 40 µg/mL, 5 mL de O3

e 5 mL de sangue durante mais 3 sessões. Durante esseperíodo iniciou-se o desmame das medicações Apoquel®

e corticoide sendo que o animal não teve prurido e nempiora do quadro clínico.

CONCLUSÃOConclui se que a terapia instituída foi eficaz no trata-

mento da piodermite bacteriana por S. aureus no relatode caso apresentado, não apresentando efeitos colateraise evitando que o animal mantivesse o uso continuo demedicações que induzem diversos efeitos colaterais.

Utilização de ozônio em cão com Staphyloccocus sp: relatode caso

Tamara Lariane Cleto Lopes 1, Jean G. F. Joaquim 2

1 Médica veterinária – Especialista em Acupuntura Veterinária –São José dos Campos – São Paulo –Brasil.

2 Medico Veterinário – Instituto Bioethicus – Botucatu – São Paulo – Brasil.

Correspondência: [email protected]

Palavras-chave: piodermite; ozonioterapia; ozônio medicinal

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I ENCONTRO CIENTÍFICO INTERNACIONAL DE OZONIOTERAPIA 69

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HISTÓRICOMacho, canino, sem raça definida, 10 anos foi enca-

minhado para clínica de reabilitação e acupuntura veteri-nária na cidade de São José dos Campos – SP comhistórico de lesão facial extensa, tendo como suspeitaprincipal um acidente ofídico, pois o mesmo morava emum sítio. Foi indicado a cicatrização cutânea por segundaintensão e utilização de medicamentos: cefalexina(30mg/kg/BID) por 21 dias, dipirona (25mg/kg/BID) etramadol (2mg/kg/BID) por 5 dias e meloxicam(0,2mg/kg/SID) durante 3 dias via oral, utilizando colarelisabetano para proteção da ferida.

ACHADOS EM EXAME FÍSICO E DIAGNÓSTICOFoi evidenciado no exame físico que o animal apre-

sentava uma lesão em região rostral lateral direita comaspecto morfológico eritematoso com erosão ulcerativa,circunscrita, presença de secreção purulenta, crostas eapresentava muita dor local (Figura 1).

TRATAMENTO E EVOLUÇÃOFoi indicado a realização de ozonioterapia e aplicação

diária de óleo de girassol ozonizado (Ozoniolife®). Emsua primeira sessão foi realizada a limpeza da ferida comágua ozonizada na concentração de 40 µg/mL e insufla-ção retal de 60mL de gás na concentração 19 µg/mL, comintuito de obter um efeito anti-inflamatório, imunomodu-lador e cicatrizante 4. Após 10 dias (Figuras 2 e 3) foi rea-lizada a segunda sessão. Nesta foi observada ausência deinfecção secundaria, havendo uma reepitelização da fe-rida; tal melhora pode ser justificada melhora da oxige-nação tecidual e aumento do metabolismo tecidualinduzidos pelo ozônio². Foi realizada a lavagem da feridacom água ozonizada na concentração de 40 µg/mL e“cupping” 40 µg/mL por 10 minutos.

O óleo de girassol ozonizado (Ozoniolife®) foi apli-cado 3 vezes ao dias até a cicatrização total da ferida aos20 dias (Figura 4). Os efeitos do óleo devem-se a ação doperóxido de hidrogênio, cetonas e aldeidos 6, produzidosa partir dos ácidos-graxos insaturados, os quais por meio

Ozonioterapia no auxílio da cicatrização cutânea por segundaintenção em cão – relato de caso

Aline Diogo Adriano dos Santos 1; Jean Guilherme F. Joaquim 2

1 Médica veterinária- Especialista em Fisiatria, Fisioterapia e Reabilitação Veterinária –São José dos Campos – São Paulo –Brasil. 2 Medico Veterinário – Instituto Bioethicus – Botucatu – São Paulo – Brasil.

Correspondência: [email protected]

Palavras-chave: ferida; ôleo ozonizado; ozônio medicinal; cão

Figura 1 Figura 2

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I ENCONTRO CIENTÍFICO INTERNACIONAL DE OZONIOTERAPIA70

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71I ENCONTRO CIENTÍFICO INTERNACIONAL DE OZONIOTERAPIA

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de reações químicas em cadeia 5, apresentam ação bacte-ricida1,3 de reparação tecidual1.

Sessões/TécnicaDia 1

1) Lavagem com água ozonizada na ferida (concentração de 40 µg/mL);2) Insuflação retal de 60mL (concentração de 19 µg/mL).

Dia 101) Lavagem com água ozonizada na ferida (concentraçãode 40 µg/mL);2) Cupping (concentração de 40 µg/mL por 10 minutos).

CONCLUSÃOA ozonioterapia associada ao uso de óleo ozonizado

mostrou-se eficaz no auxílio da cicatrização cutânea porsegunda intensão, tendo uma resposta satisfatória. s

REFERÊNCIAS1-FREITAS, A.I.A. Eficiência da Ozonioterapia como proto-

colo de tratamento alternativo das diversas enfermidades naMedicina Veterinária (Revisão de literatura). PUBVET,Londrina, v. 5, n. 30, ed. 177, art. 1194, 2011.

2-JOAQUIM, G. F. J. Ozonioterapia em Reabilitação Animal.In: HUMMEL, J., VICENTE, G. Tratado de Fisioterapia eFisiatria de Pequenos Animais. Ed Payá, p 129-135. SãoPaulo. 2019.

3-OLIVEIRA, J. T. C. Revisão Sistemática de Literatura Sobreo Uso Terapêutico do Ozônio em Feridas. Universidade deSão Paulo – Escola de Enfermagem. São Paulo. 2007.

4-RODRÍGUEZ, Z. B. Z.; GONZALEZ, E. F.; LOZANO, O.L.; URRUCHI, W. I. Ozonioterapia em Medicina Veteriná-ria. São Paulo: Multimidia Editora, 2017.

5-TRAINA, A. A. Efeitos Biológicos do Ozônio Diluído emÁgua na Reparação Tecidual de Feridas Dérmicas emRatos. Tese de Doutorado – Faculdade de Odontologia aUniversidade de São Paulo. São Paulo. 2008.

6-GUINESI, A.S., ANDOLFATTO, C., BONETTI FILHO, I.,CARDOSO, A.A., PASSARETTI FILHO, J., FARAC, R.V.Ozonized Oils: A qualitatite and quantitative analysis. BrazDent J, v.22(1), p.37-40, 2011.

Figura 3

Figura 4

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HISTÓRICOPaciente felino, 6 anos, macho, castrado, pesando

4,350kg. Em razão das alterações em cavidade oral, o ani-mal inicialmente foi atendido na Clínica VeterináriaOdontopet, situada na cidade de Campo Grande – MS, eposterior a anamnese e exames clínicos, foi diagnosticadocom lesão reabsortiva osteoclastica felina. O pacienteapresentava concomitante a doença periodontal. Destaforma, efetuou se o tratamento odontológico, com exo-dontia dos dentes com reabsorção, através da técnica dealveolectomia, luxação e nos dentes multiradiculares aodontosecção dos elementos. A terapêutica pós-cirúrgicaprescrita foi uso tópico de clorexidine 0,12%, BID, du-rante 10 dias. Para o uso oral: dipirona 25 mg/kg, BID,durante 3 dias, tramal 2 mg/kg, TID, durante 4 dias. E foiencaminhado para tratamento integrativo na Clínica Ve-terinária Zhen Vet, situada na mesma cidade, onde reali-zou o tratamento com a associação do gás ozônio, óleoozonizado e laser de baixa intensidade.

ACHADOS EM EXAME FÍSICO E DIAGNÓSTICOOdontólitos, biofilme, lesão reabsortiva na coroa distal,

avanço da gengiva sobre a área reabsorvida e apinhamentode alguns dentes. Mucosa hiperêmica em região de arcoglossofaríngeo. Observado secreção mucopurulenta na ca-vidade oral e edema palpebral no olho esquerdo. Deacordo com as alterações evidenciadas, concluiu se o diag-nóstico para lesão reabsortiva osteoclástica felina comcomplexo gengivite estomatite felino associado.

TRATAMENTO: Foram realizadas 11 sessões, com in-tervalo de sete dias cada sessão. Nas 8ª primeiras sessões,foi realizado Laserterapia em baixa frequência com cor-rente contínua em 6 Joules (J)/cm2, no período aproxi-madamente de 10 minutos em diferentes pontos. O lasertambém foi aplicado externamente, sobre a região maxilarbilateral. Com a boca aberta o feixe de luz foi direcionadosobre toda a região lesional e perilesional. A ozonioterapiafoi realizada por meio de insuflação retal de 8 µg/mL com10mL. E aplicação de óleo de girassol ozonizado sobreas lesões em cavidade oral. A partir da 9ª sessão, além detodos os tratamentos anteriormente instituídos, foi in-cluído ao protocolo de ozonioterapia a aplicação subcu-tânea perilesional bilateral de 8 µg/mL com 1,5 mL.

Ozonioterapia e laserterapia no tratamento do complexo gengivite estomatite faringite felina – relato de caso

Aline Camargo Soares 1; Rosana Antunes Estrada 2; Luísa Lino Braga 2; Joyce Katiuccia Medeiros Ramos Carvalho 3

1 Médica Veterinária autônoma2 Profissional Autônoma, Clínica Veterinária Zhen Vet - Campo Grande – MS. 3 Mestre, Universidade Católica Dom Bosco – UCDB - Campo Grande –MS.

Correspondência: [email protected]

Palavras-chave: complexo gengivite estomatite faringite felina, ozônio medicinal, fotobiomodulação

Figura 1 – A: Realização de ozonioterapia por aplicação do gás no subcutâneo bilateral em região da maxila. B: Realização de Ozonioterapia por insuflação retal do gás. C: Realização da Aplicação de Óleo de Girassol ozoni-zado em cavidade oral

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I ENCONTRO CIENTÍFICO INTERNACIONAL DE OZONIOTERAPIA72

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EVOLUÇÃOA partir da 4° sessão o animal não apresentava mais

halitose, voltou a se alimentar normalmente. Quanto aslesões, observou significativa melhora com redução doprocesso inflamatório e melhor cicatrização. Da 9ª sessão até a 11ª, foi evidenciado uma resposta po-sitiva superior as apresentadas anteriormente. Discreta in-flamação ainda presente em cavidade oral, porém comgrande melhora no edema, eritema e lesões.

CONCLUSÃOA associação de ozonioterapia com laserterapia, além

do tratamento odontológico prévio, apresentou uma res-posta favorável ao tratamento do complexo gengivite-es-tomatite-faringite felina associado a lesão reabsortivaosteoclástica felina.

Figura 2 – A e B: Realização de laserterapia de baixa frequência em cavidade oral

Figura 3 – A: Paciente no 1º dia de tratamento; B: Paciente na 8° Sessão (O3 Insuflação retal, óleo ozonizado e la-serterapia); C: Paciente na 11° sessão (insuflação retal de O3 e aplicação subcutânea perilesional, óleo ozonizadoe laserterapia)

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INTRODUÇÃONos últimos anos, a evolução das pesquisas voltadas

à aplicação do ozônio (O3) sob forma medicinal tem au-mentado. A partir dos atributos da ozonioterapia, mani-festou-se o interesse por essa alternativa terapêutica paradiversas enfermidades (BAYRAK et al., 2014; MO-REIRA, 2015).

De acordo com Marques (2015), no que se refere aomecanismo de ação do O3 no organismo, podemos desta-car sua atividade oxidante e habilidade em difundir-sepelos tecidos corporais, disponibilizando maior quanti-dade de oxigênio, nutrientes e constituintes imunológicos,devido à estimulação do sistema circulatório. O poderoxidativo também resulta na destruição de microrganis-mos através do desequilíbrio da membrana celular dosmesmos, ocasionando a lise destas células.

Bocci (2005) descreve que associação do ozônio emsolução salina origina a formação de ácido hipocloroso(HClO) e de hipoclorito de sódio (NaClO), que quandoinfundidos pela via intravenosa (IV) podem provocar in-flamação local, como vasculite ou flebites, considerandoessa técnica duvidosa. No entanto, em outros países, elaé amplamente usada e não parece causar danos significa-tivos quando em concentrações mais baixas de ozônio(BOCCI et al., 2011).

A ocorrência de flebites em animais está relacionadaa diversos fatores, como colonização bacteriana, lesõesmecânica e ainda por lesões químicas por infusão IV demedicamentos ou fluídos com pH ácidos e alta osmolari-dade (TILLEY; SMITH, 2015).

Kuwahara et al. (1999) relata que veias periféricas to-leram a infusão de substâncias com pH 6.5, de modo quesubstâncias com pH inferior a esse valor predispõe casosde flebite química, evidenciado por Tong et al. (2019),em experimento com diferentes modelos animais, onde ainfluência da hipertonicidade e pH inferior a 6,5 dos me-dicamentos utilizados causaram lesões na túnica íntima

do vaso, enquanto a utilização de solução de nutrição pa-renteral com pH 6,6 não demonstrou casos de flebites.

O presente trabalho tem como objetivo mensurar o pHde diversas soluções ozonizadas ao decorrer de 30 minu-tos, afim de verificar se sua acidez pode ser nociva ou nãoao endotélio venoso, conforme literatura.

MATERIAIS E MÉTODOSForam ozonizadas as seguintes substâncias: Solução

Fisiológica de Cloreto de Sódio 0,9% (NaCl) e SoluçãoFisiológica de Ringer com Lactato de Sódio (RL).

500 mL de cada solução foram ozonizados à concen-tração de 39 µg/mL e fluxo de 0,125 L/min, durante 5 mi-nutos. O pH foi mensurado através do medidor de pHAnalyzer®, modelo 300 M Digital, imediatamente antesda ozonização (-5) , e nos minutos: 0, 5, 10, 15, 20, 25 e30.

O gráfico resultante foi gerado no Programa R, pacoteggplot2 (R Core Team 2019).

ResultadosA cada 5 minutos, o pH das soluções foi aferido e re-

gistrado (Gráfico 1 e Tabela 1).

DISCUSSÃO/CONCLUSÃOAo contrário do que esperávamos, imediatamente após

a ozonização das soluções, ambas tornaram-se mais alca-linas, voltando a acidificar com o decorrer do tempo.Ainda assim, dentro do período de 30 minutos, ambas es-tavam com o pH maior do que o inicial, anterior à ozoni-zação.

Ressaltamos que para não ocasionar flebites e vascu-lites, é indicado que a solução tenha pH acima de 6,5 eambas apresentaram pH acima de 7, mesmo após a ozo-nização. Portanto, concluímos que ambas as soluções,ozonizadas conforme descrito, permitem a injeção intra-venosa sem causar danos ao tecido endotelial.

Soluções fisiológicas ozonizadas: curva de ph assegura inocui-dade da aplicação intravenosa

Jéssica Rodrigues Orlandin 1; Victor Falveno Martins 2; Tiago Gonçalves dos Santos 2; Flávia Dias de Araújo 3, Carlos Eduardo Ambrósio 4

1 Doutoranda do Programa de Biociência Animal da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da Universidade deSão Paulo (FZEA-USP) – Pirassununga – São Paulo – Brasil. 2 Graduando em Medicina Veterinária pela Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da Universidade de São Paulo(FZEA-USP) – Pirassununga – São Paulo – Brasil.3 Graduando em Medicina Veterinária pelo Centro Universitário Octávio Bastos (UNIFEOB) – São João da Boa Vista – SãoPaulo – Brasil.4 Professor Titular do Departamento de Medicina Veterinária da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da Univer-sidade de São Paulo (FZEA-USP) – Pirassununga – São Paulo – Brasil.

Correspondência: [email protected]

Palavras-chave: Acidez, Solução Fisiológica, Ringer Lactato, Flebite, Vasculite.

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75I ENCONTRO CIENTÍFICO INTERNACIONAL DE OZONIOTERAPIA

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Serão realizados futuros estudos, elucidando se omesmo ocorre em concentrações mais altas de ozônio, emoutras soluções e tempo prolongado.

REFERÊNCIASBAYRAK, O.; ERTURHAN, S.; SECKINER, I.; ERBAGGI,

A.; USTUN, A.; KARAKOK, M. Chemical cystitis deve-loped in experimental animals model: topical effect of in-travesical ozone application to bladder. Urol Ann. 2014.Apr-Jun: p. 122-126.

BOCCI, V. Ozone a new medical drug. 1 ed. Dordrecht, 2005.BOCCI, V.; ZANARDI, I.; BORELLI, E.; TRAVAGLI,V. Re-

liable and effective oxygen-ozone therapy at a crossroadswith ozonated saline infusion and ozone rectal insufflation.Journal of Pharmacy and Pharmacology, 2011.

KUWAHARA, T. et al. Experimental infusion phlebitis: Tole-rance pH of peripheral vein. The Journal of ToxicologicalSciences, v. 24, n. 2, p. 113–121, 1999.

MARQUES, K. C. S. Terapia com ozônio e laser de baixa po-tência na cicatrização por segunda intenção de ferida cutâ-nea em equinos. 2015. 85f. Trabalho de Conclusão de Curso– Medicina Veterinária. Faculdade de Agronomia e Medi-cina Veterinária da Universidade de Brasília, Brasília, 2015.

MOREIRA, J. P. L. Efeito da auto-hemoterapia menor, auto-hemoterapia menor ozonizada e insuflação retal de ozôniosobre parâmetros hematimétricos e bioquímicos de cães hí-gidos. 2015. 62f. Dissertação de mestrado – Medicina Ve-terinária. Universidade Federal de Minas Gerais. BeloHorizonte, 2015.

TILLEY, L; SMITH F. Consulta Veterinária em 5 minutos: Es-pécies Canina e Felina. 5ª ed. Barueri – SP: Editora Manele,2015.

TONG, C. ET AL. Application of Modeling Drugs in AnimalModels of Chemical Phlebitis: Review. Yangtze Medicine,v. 03, n. 01, p 19-31, 2019.

Tabela 1 – pH das soluções ozonizadas no decorrer de30 minutos

Minutos/Solução NaCl RL-5 7,00 7,200 7,42 7,385 7,17 7,37

10 7,16 7,3415 7,15 7,3220 7,13 7,2825 7,12 7,2730 7,08 7,26

Gráfico 1 – Curva de pH das soluções ozonizadas

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HISTÓRICOPaciente da raça Pinscher, macho, de um ano e quatro

meses, peso 1,4Kg, pelagem preta e marrom, com fraturade rádio e ulna do membro torácico esquerdo (Figura 1A),foi submetido a cirurgia de osteossíntese em outubro de2017 com fixação interna por placa e quatro pinos paraestabilização de fratura (Figura 1B). No controle radio-gráfico de um ano após cirurgia observaram reabsorçãoóssea e fragilidade no local do implante, sendo instituídocomo procedimento uma nova cirurgia com colocação defixador externo (Figura 1C) sendo encaminhado para rea-bilitação na clínica Zhenvet para a auxilio na reconsoli-dação óssea utilizando outras opções terapêuticas.

ACHADOS NO EXAME FÍSICO E DIAGNÓSTICONo dia 09/08/2018 animal foi atendido na Zhenvet e noexame clinico apresentava hipofunção do membro torá-cico esquerdo, hipotrofia acentuada, dor e presença de fi-xador externo. Na imagem radiográfica nota-seadelgaçamento de diáfise distal (adjacente ao parafusotranscortical) associada a diminuição de radiopacidadeóssea (osteopenia) e linha de fratura não localizada e pre-sença de placa metálica em face cranial da diáfise distalde rádio, associada a cincoparafusos transcorticais elinha de fratura não locali-zada.

TRATAMENTO E EVOLUÇÃOO protocolo estabelecidofoi aplicação de Lasertera-pia (6 Joules) local e ozônioperi-lesional na concentra-ção de 8 µg/mL e volumede 1mL e insuflação retalcom volume de 10 mL naconcentração de 13 µg/mL,uma vez por semana eacompanhamento radiográ-

fico a cada 30 dias. No raio-x do dia 23/08 apresentou ir-regularidade dos contornos de diáfise de radio e ulna,compatíveis com remodelamento ósseo, halo radiotrans-parente de contornos irregulares adjacente aos pinostranscorticais, sendo o pino proximal de diáfise proximale metáfise distal e tênue linha radiotransparente em por-ção mediodistal da diáfise de rádio (Figura 2). A tutorarelata melhora do animal com redução da dor e uso domembro com descarga de peso leve ao decorrer das ses-sões.

No controle radiográfico dia 19/04 observou-se osteo-penia ao redor do pino e o médico veterinário ortopedistadecidiu pela retirada do fixador externo que foi realizadono dia 24/09, no momento da retirada ocorreu uma novafratura do membro (Figura 3A), e por recomendação doortopedista precisaria passar por um novo procedimentocirúrgico, porém a tutora decidiu não submeter animal acirurgia e continuar com terapia conservativa, a partirdisto o animal começou a usar tala externa plástica UNI-VET para imobilização de fratura, e foi adicionado aoprotocolo o uso de magnetoterapia duas vezes na semana.Na sexta semana após início do uso da tala o animal co-meçou a fazer boa descarga de peso no membro afetado.

Fisiatria e ozonioterapia no tratamento de reconsolidaçãoóssea – relato de caso

Rosana Antunes Estrada¹; Luisa Lino Braga²; Renata Scheide³; Aline Camargo Soares 4

1 Medica Veterinária – Clínica Zhenvet – Campo Grande – MS2 Médica Veterinária – Clínica Zhenvet – Campo Grande – MS3 Médica Veterinária – Consultório Cães e Gatos – Campo Grande – MS4 Médica Veterinária Autônoma – Campo Grande – MS

Correspondência: [email protected]

Palavras-chave: cão, fratura, laserterapia, ozônio medicinal

Figura 1 – A: Fratura de rádio e ulna; B: Fixação interna por placa e quatro pinos;C: Nova cirurgia com colocação de fixador externo

A B C

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I ENCONTRO CIENTÍFICO INTERNACIONAL DE OZONIOTERAPIA76

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Em 04/12 novo controle radiográfico apresentou remo-delamento ósseo de rádio e ulna associado a reação pe-riosteal (calo ósseo) e discreta diminuição deradiopacidade de aspecto homogêneo em porção distal aofoco da fratura de radio e ulna, em carpo e porção proxi-mal de metacarpos (Figura 3B).

A partir dia 18/01/19 iniciou-se cinesioterapia parafortalecimento muscular e melhora do apoio. A última ra-diografia realizada no dia 30/03 mostrou evidente remo-delamento ósseo predominantemente em topografia dediáfise média e distal de rádio e ulna, discreto desloca-mento do eixo ósseo anatômico, estreitamento do canalmedular em topografia da diáfise média e distal de rádioe ulna, com respectivo espessamento do seu periósteo (Fi-gura 4). Até a presente data o animal realiza sessões quin-zenais para ganho de musculatura, já não utiliza mais atala e tutora mantem todo cuidado em casa com uso detapetes antiderrapantes e evitando do animal pular paraevitar qualquer lesão.

CONCLUSÃOPode se concluir que a associação de técnicas dentro

da fisiatria veterinária como laserterapia, magnetoterapiae cinesioterapia em conjunto com a ozonioterapia mos-traram-se eficientes e de suma importância para a conso-lidação de fraturas, reduzindo significativamente o tempode recuperação, promovendo analgesia e maior confortopara o animal.

Figura 2 – Radiografia após iníciodas sessões de reabilitação

Figura 3 – A: Nova fratura do membro ao fazer a retirada do fixador externo;B: Controle radiográfico após tratamento conservativo (tala externa plástica)

Figura 4 – Remodelamento ósseo predominantementeem topografia de diáfise média e distal de rádio e ulna

A B

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I ENCONTRO CIENTÍFICO INTERNACIONAL DE OZONIOTERAPIA 77

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HISTÓRICOUm paciente felino SRD, filhote de 4 meses, macho

não castrado, foi trazido ao consultório com o membroanterior direito edemaciado e dor intensa.

O paciente escalou uma grade de janela e ficou presonela pelo membro e o corpo pendurado durante 15 a 20minutos, período que se manteve movimentando brusca-mente na tentativa de se soltar. Ao ser resgatado foi le-vado a uma clínica veterinária, onde aplicaram Dipirona,Meloxicam e Tramadol.

Segundo relato, no segundo dia depois do acidente omembro começou a ficar edemaciado e no quarto dia co-meçou a ficar gelado. Diante disso, a equipe médica queestava tratando o paciente considerou necessário realizara amputação do membro na altura do ombro, o que levoua tutora a buscar outras alternativas de tratamento, e assimchegou ao consultório.

ACHADOS NO EXAME FÍSICO E DIAGNÓSTICOO paciente foi trazido até o consultório no sexto dia

após o acidente, com edema que chegava ao triplo do ta-

manho original do membro, fissuras por onde supuravasecreção purulenta, início de sinais de necrose e dor in-tensa. Havia também sinais de mordidas na pele provo-cadas por ele mesmo, quando tentava se soltar da grade.

As radiografias em posições médio-lateral e crânio-caudal demonstraram fratura completa, simples, oblíquae fechada da epífise distal dos ossos Rádio e Ulna. A im-pressão diagnóstica sugeriu fratura Salter Harris tipo V.

TRATAMENTO E EVOLUÇÃOO tratamento do paciente foi realizado em 17 sessões,

num intervalo de 42 dias.

Dia 22/03A lesão foi lavada com soro ozonizado, em seguida

colocado no bag com fluxo de O3 a concentração de60µg/mL por 20 minutos e curativo com óleo ozonizado.

Nesta primeira consulta foi associada também a tera-pia neural, com aplicação de procaína a 0,7% no local dafratura e lesões da mordida, além de pápulas na região docardíaco para auxiliar na parte emocional.

Ozonioterapia evitou a amputação de um membro do gato –relato de caso

Rika Yamane 1

1 médica veterinária, acupunturista, terapeuta neural e fitoterapeuta em Curitiba – PR.

Correspondência: [email protected]

Palavras-chave: trauma; felino; ozônio medicinal; terapia neural; fitoterapia chinesa

Figura 1 – Pré-lavagem da lesão com soro ozonizado para na sequência aplicar ozonioterapia com bag

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I ENCONTRO CIENTÍFICO INTERNACIONAL DE OZONIOTERAPIA78

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Também foram prescritos fitoterápicos chineses: • Zhen Gu Zi Jin Dan para ativar a circulação, eliminarestase sanguínea, promover neovascularização, estimulara regeneração e a cicatrização tecidual e calcificaçãoóssea;

• Yi Yi Ren Tang para eliminar o edema de articulações emúsculos; • Shen Tong Ju Yi Tang para eliminar coágulos, ativar acirculação sanguínea e aliviar as áreas enegrecidas comvasos tortuosos;

Figura 2 – Repetição do tratamento com ozonioterapia

Figura 3 – Identificado formação de tecido de granulação

Figura 4 – Ferida ainda com secreção purulenta

• Yuan Hu Suo para melhorar a circulação sanguínea epotencializar o efeito analgésico das fórmulas anteriores.

Apesar de indicadas, não foram feitas a auto-hemote-rapia menor e a intra-retal devido ao tamanho do paciente,a dificuldade e o estresse ocasionados para a coleta desangue e a colocação de sonda.

Dia 25/03Repetido o tratamento com ozonioterapia (Figura 2).

Dia 26/03Ainda com secreção, lavado e feito bag com a mesma

concentração. Em seguida saiu um pedaco da crosta e otecido abaixo estava com cor viva, formando tecido degranulação (Figura 3).Dia 27/03

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I ENCONTRO CIENTÍFICO INTERNACIONAL DE OZONIOTERAPIA 79

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A ferida estava mais seca, mas ainda com secreção pu-rulenta (Figura 4).

Dia 28/03Estava com secreção purulenta ainda e mais crostas

comecaram a se soltar.

Dia 29/03A pata estava mais edemaciada, com formato acha-

tado. Concentração do O3 para bag diminuído para40µg/mL (Figura 5).

Dia 03/04Mesma concentração.

Figura 5 – Concentraca o do O3 para bag diminui do para 40µg/mL

Figura 6 – Aspecto no dia 05/04

Figura 7 – Tecido de granulação

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Dia 04/04Ainda com um pouco de edema.

Dia 05/04A pele necrosada estava praticamente solta. Ainda

havia um pouco de edema, mas perdeu-se o aspectoachatado (Figura 6).Dia 08/04

Soltando a pele necrosada e tecido granuloso nascendopor baixo (Figura 7).

Dia 09/04Caiu uma falange com a pele grossa necrosada e foi

necessário cortar um tendão (Figura 8).Dia 10/04

Formando um bom tecido de granulação

Figura 8 – Tecido de granulação em desenvolvimento e perda de uma falange

Figura 9 – Tecido de granulação segue em desenvolvimento e lesão adquiri melhor aspecto

Figura 10 – Tecido de granulação em desenvolvimento

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I ENCONTRO CIENTÍFICO INTERNACIONAL DE OZONIOTERAPIA 81

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Dia 12/04Desinchou bastante, aspecto bem melhor (Figura 9).

Dia 15/04Idem

Dia 17/04Está bem, fechando a ferida.

Dia 24/04Diminuído concentração para 20µg/mL. Perdeu duas

falanges. Apoia bem a pata para caminhar, mas perdeu al-gumas falanges e a linha fisária para distal está mais curta.A fitoterapia inicial foi suspensa, com exceção do ZhenGu Zi Jin Dan e iniciou o Qing E Ian Jia Wei visando ace-lerar a velocidade de recuperação óssea, aumentando aaderência dos nutrientes reparadores do tecido ósseo ecartilagens (Figura 11).

CONCLUSÃOÉ importante sempre levar em consideração que o or-

ganismo possui seus potenciais auto-curativos e regene-rativos antes de se optar por uma solução mais drástica,como a amputação. Mesmo que o paciente venha a seadaptar com a perda de um membro, tomar tal decisãopode ser muito doloroso para o tutor. Além disso, com aalteração do centro de gravidade por consequência daperda de um membro, há grandes chances de futuramentedesenvolver problemas ortopédicos. Quando damostempo e suporte de forma natural utilizando tratamentoscomo a ozonioterapia, potencializando a capacidade deauto-cura e evitando infecções e intoxicações, o orga-nismo consegue se auto-regular e alcançar a cura.

Figura 11 – Boa evolução da ferida e paciente e utiliza o membro para movimentação

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HISTÓRICOPaciente canino, três anos, fêmea, raca Pinscher. Pa-

ciente apresentava uma extensa ferida de pele do lado es-querdo, desde a cabeca, tórax, abdômen, membrosposteriores até as falanges. Tutor relata de que o animalnão sai de dentro de casa, e que de um dia para o outronotou que o animal chorava ao deitar, ficando inquieto,levou imediatamente a um colega que iniciou o trata-mento com corticoide e pomada cicatrizante. Após setedias com esse tratamento notou que o animal estava comum cheiro forte e ruim. Neste momento foi encaminhadoa tratamento interativo no Consultório Cães e Gatos si-tuada em Campo Grande - MS, onde realizou cinquentae seis dias de tratamento com ozonioterapia. Em decor-rência da severidade da necrose de pele e em membroposterior, houve comprometimento muscular, tendões eligamentos levando a fragilidade da articulação e o animalapresentou exposição óssea em joelho, foi realizado umtratamento conservativo. Porém, não houve resposta e foinecessário realizar a amputação do membro pélvico es-querdo (MPE). No decorrer do tratamento o joelho domembro posterior direito também apresentou fragilidadee teve pequena exposição óssea, entretanto esse membrorespondeu bem ao tratamento e não foi amputado. Tendoeste animal um prognóstico desfavorável devida a grandeinfecção instalada.

ACHADOS EM EXAME FÍSICO E DIAGNÓSTICONecrose tecidual, úlceras, eritema, edema e exsudato.

Foi inviável chegar ao diagnóstico definido, o tutor nãosoube relatar a procedência das lesões, os exames hema-tológicos e bioquímicos não apresentaram alterações. Fi-cando sugestivo de acidente com aranha marrom

TRATAMENTOOs curativos foram realizados uma vez ao dia, a ferida

era higienizada com soro fisiológico que previamente foiozonizado a 72µg/mL por 5 minutos e posteriormente foipassado óleo ozonizado por toda área acometida e colo-cando uma bandagem para melhor conforto do animal.

No decorrer do tratamento, duas vezes por semana foirealizado o uso de Bagging (envolve a ferida em umabolsa plástica, e inserimos o gás de ozônio) iniciando com30µg/mL por 45 minutos, sendo estes 5 minutos ligado e5 minutos desligado. E uma vez por semana a insuflaçãoretal do gás de ozônio a 18µg/mL em 10 mL. A autohe-moterapia menor também foi realizada uma vez por se-mana, foi utilizado 1 mL do sangue do paciente para 2mL de gás ozônio em 8µg/mL.

EVOLUÇÃO1. Início do tratamento. Suspendeu-se a corticoideterapia,e iniciou-se a debridação da área necrosada com a utili-zação do óleo ozonizado (Figura 1).2. Após 9 dias de tratamento (Figura 2)3. Realização de baggin no 13° dia do tratamento (Figura3).4. 18° dia do tratamento tentou se manter a área tecidualdo joelho, o qual não obtendo resultado satisfatório (Fi-gura 4).5. No 23° dia de tratamento, posterior a amputação doMPE (Figura 5).6. No 28° dia, notou se deiscência das suturas (Figura 6).7. No 36°dia de tratamento. Boacicatrização (Figura 7)8. No 42° dia de tratamento) Figura 8.9. Depois de 56 dias de tratamento a lesão tecidual estavatotalmente cicatrizada e o paciente obteve alta médica (Fi-gura 9).

CONCLUSÃOA associação de diferentes formas da terapêutica com

o ozônio se mostrou favorável nesse caso de ampla com-plexidade e de difícil cicatrização. Favoreceu a antecipa-ção da cicatrização, renovação tecidual, controlou ainfecção e promoveu analgesia. Por ser de baixo aportefinanceiro, favorecerá o tratamento de um número maiorde animais, devendo ser realizados mais estudos contro-lados que possam colaborar com a eficácia da ozoniote-rapia e recomenda la a situações adversas, onde a prontarecuperação alivia o sofrimento dos animais.

Ozonioterapia no tratamento de lesão tegumentar severa –relato de caso

Renata Scheide 1; Rosana Antunes Estrada 2; Luisa Lino Braga 3, Aline Camargo 4; Ana Maria Tatoni Pereira Coelho5

1 Médica Veterinária Consultório Cães e Gatos em Campo Grande - MS2 Médica Veterinária – Clínica Veterinária Zhenvet – Campo Grande - MS3 Médica Veterinária – Clínica Veterinária Zhenvet – Campo Grande - MS4 Médica Veterinária- Autônoma5 Cursando o 3º semestre de Medicina Veterinária na UCDB Campo Grande - MS

Correspondência: [email protected]

Palavras-chave: cicatrização; ozônio medicinal; bagging; insuflação retal

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Figura 1

Figura 2

Figura 3

Figura 4 Figura 6

Figura 5 Figura 7

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Figura 8

Figura 9

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RESUMOA literatura científica, em medicina veterinária, aponta

altos índices de prevalência entre cadelas, acometidas detumor de mama, em raças diversas. Nesse contexto, o ob-jetivo da presente pesquisa de revisão sistemática da lite-ratura é verificar a eficácia dos procedimentos daozonioterapia, nessa população de animais afetados. A re-visão de literature proposta tem como suporte o modelovalidado de matriz de síntese PRISMA (Preferred Repor-ting Items for Systematics Review and Meta- Analysis),em toda sua abrangência. As buscas e rastreamento dedados ocorreram nas bases de dados Portal da CAPES;Bireme; LILACS, Scielo e Medline, no período 2013-2019. .Os critérios de inclusão abrangem artigos em lín-gua portuguesa, inglês e espanhol que apontam os sinaisde tumor de mama. Como variável dependente, são iden-tificados os resultados das intervenções, em ozoniotera-pia, quando aplicada em cadelas. Ainda, como critério deinclusão, são consideradas as descrições dos delineamen-tos de pesquisa utilizados. Espera-se que os resultados en-contrados, no presente estudo, sejam incorporados aoacervo de conhecimentos produzidos pela pesquisa fo-cada nesse tópico específico de investigação.

Eficácia dos procedimentos de ozonioterapia em cadelas acometidas de tumores de mama: revisão sistemática de literatura

Marcos Lourenço de Paula Nunes¹

1 Médico Veterinário autônomo. Rio de janeiro – RJ – Brasil

Correspondência: [email protected]

Palavras-chave: tumor de mama em cadelas; ozonioterapia; evidência científica

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HISTÓRICOEm julho de 2017 foi encaminhado para avaliação clí-

nica um animal da espécie canina, raça Bull Terrier,macho, seis meses de idade, pelagem predominantebranca, não castrado, vacinado e vermifugado Logo apóslevar o animal para casa o mesmo apresentou, anorexia;prurido corpo todo, com maior intensidade nas patas,lambendo e mordiscando, chegando a sangrar; pele aver-melhada com descamações. Diante disso proprietáriolevou o animal à uma clínica veterinária ao qual foi me-dicado no ato da consulta, com medicação injetável nãoidentificada; foi receitado para tratamento por via oral:cefalexina 30mg/kg, 2 comprimidos ao dia durante 7 dias;dexametasona 2mg/kg 1 comprimido ao dia por 15 dias.Segundo o proprietário o animal apresentou leve melhora,por uma semana, mas logo após, os sintomas voltarammais intensos e o animal começou à apresentar quadroagressivo , ataques repentinos sem motivo aparente e in-tensa irritabilidade à qualquer estímulo; sons, luz, cheiroou toque, vômito e diarréia. Após 10 dias do último aten-dimento animal apresentou intenso prurido, diarréia compresença de coágulos de sangue, vômito em grande quan-tidade de odor fétido de cor escura acastanhada, prostra-ção, ofegação com tremores por todo o corpo . Perante aoagravamento do quadro, proprietário desistiu de retornarà clínica, e solicitou os nossos serviços para atendimentoao animal. Achados em exame físico e Diagnóstico: Du-rante o exame clínico animal apresentou mucosas hipe-rêmicas, taquipnéia, arritmia cardíaca, dor abdominal àpalpação, não suportando palpação na região epigástrica,presença de espessamento de alça intestinal, sem presençade massa ou corpo estranho, borda de fígado além do li-mite habitual, com predominância de aumento do lado es-querdo, pressão arterial 6/10 mmHg, temperatura retal37,6°C, porém a sensação ao toque da pele mais quente,principalmente pele abdominal; reflexo pupilar presente;saliva espessa, presença de pústulas, secreção purulentacom crostas escuras de odor fétido; queda de pêlo comáreas de alopecia por todo o corpo com maior predomi-nância face, patas e dorso; com sensibilidade à palpação; presença de aftas gengiva e língua; aumento linfonodos

poplíteos, submandibular; ausência de ectoparasitas. Ava-liação pela escala analógica de dor grau 4. Ao exame neu-rológico o animal apresentava hipersensibilidade aotoque; alteração cognitiva e comportamental; surtos deagressividade; ao mesmo tempo que demonstrava afetoele atacava de forma imprevisível, entrava em uma espé-cie de transe, onde não respondia à nenhum comandocom duração de um minuto; esses sintomas eram muitoparecidos com comportamentos de crianças autistas. Aoexame termográfico apresentava áreas hiperradiantes commaior intensidade nos locais onde as lesões dermatológi-cas eram mais intensas, porém apresentava hiporradiaçãoem áreas que anatomicamente deveriam ser hiperradian-tes, como locais onde os vasos estão mais na superfícieda pele, ou nas tuberosidades ósseas. Exames laborato-riais; hemograma completo com resultado de anemia nor-mocítica normocrômica, leucócitose, trompocitopenia,sem presença de hematozoários; raspado de pele , posi-tivo para Demodex sp +++; cultura pele e pêlos, positivopara Staphylococcus aureus, negativo para fungos; anti-biograma resistente à quase todos os antibióticos, sensívelà oxacilina e quinolona; coproparasitológico negativo;fostase alcalina 340 UI; alanina aminotrasferase 53 UI;aspartato amino transferase 32 UI; uréia 38mg/dl; creati-nina 1,00mg/do; dimetillarginina simétrica 10µg/dL; gli-cose 72mg/dL; sódio 145 mEq/L; potássio 5,04 mEq/L;colesterol total 356 mg/dL; bilirrubina direta 0,04mg/dL;indireta 0,18 mg/dL, dL; T4 livre 2,20 msg/dL; TSH0,26ng/ dL; cortisol 1,2 µg/dL; eletrocardiograma comrítmo sinusal ; ultra-som estômago com parede espessadae presença de gases, sugere gastrite; fígado com aumentolóbulo caudal, com leve aumento de hiperecogenicidade; presença de lama biliar, sugere toxemia; aumento do pa-rênquima baço sem presença de massas ou nódulos, au-mento da parede e peristaltismo intestinal, com presençade pequeno aumento nodular terço final intestino grosso;resultado do laudo ultra-sonográfico sugere gastroenteritetoxêmica; De acordo com exame clínico e exames labo-ratoriais diagnóstico sugestivo de demodicose; folículitebacteriana; otite mista, bacteriana e parasitária e gastroen-terite.

O uso da ozonioterapia associada à medicina integrativano tratamento de demodicose canina

Kellyagnes Muniz Honório¹

1 Médica Veterinária Autônoma, Especialista em termologia pela FMUSP – São Paulo - SP – Brasil

Correspondência: [email protected]

Palavras-chave: ozônio; demodicose; staphylococcus; termografia

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TRATAMENTOEm cada retorno do animal para tratamento foi reali-

zado exame termográfico para acompanhamento da evo-lução do processo. A cada 6 meses são realizados todosos exames solicitados no início do tratamento para con-trole. A alimentação prescrita foi ração natural hipoaler-gênica, livre de conservantes, corantes e aditivosartificiais de uso comercial; água mineral com ph básico.Para higienização, prescrito banhos semanais com sabo-nete natural a base de neem; shampoos hipoalergênicos econdicionadores hidratantes à base óleo de argan, extratode aveia, manteiga de karaté, cerâmidas e molécula de fi-tosfingosina, de uso comercial.

EVOLUÇÃOApós às 24 horas do início do tratamento com fluido-

terapia, o animal já apresentou melhora do quadro clínico,com ausência de vômito, diarréia; mucosas normocora-das; temperatura 38,5 °C; ritmos cardíacos e pulmonaresregulares; em estação, porém ainda com sensibilidade àpalpação abdominal, e pele; apetite presente. Após a pri-meira sessão de ozônio retal, ausência completa de dorabdominal, porém ainda com sensibilidade ao toque dapele. Após 3 sessões de ozonioterapia, ausência de crostaspurulentas e do odor fétido e prurido; animal apresentavacomportamento hiperativo, respondendo aos comandos eadestramento, porém ainda com crises de impulsividadeataques repentinos e transe de alguns segundos. Após dé-cima sessão, ausência de vermelhidão no corpo, diminui-ção da queda de pêlo, diminuição das pústulas, somentealgumas nas regiões cervical, torácica, coxal e interdigi-tais; começo de crescimento de pêlos nas áreas antes alo-pécicas; ao segundo raspado de pele positivo paraDemodex sp +, cultura de pele e pêlos negativo paraStaphylococcus aureus, os outros exames laboratoriaissolicitados com resultados nada digno de nota; o exametermográfico apresentou maior simetria no padrão tér-mico. Após 3 meses de tratamento ausência de pústulas,ausência de alopecia; raspado de pele negativo paraDemodex sp, os outros exames nada digno de nota; au-sência de ataques repentinos de agressividade; começouà frequentar creche para cães, demonstrando fácil socia-lização. Após 6 meses de tratamento crescimento total depêlos com aspecto macio e brilhante, e até o momento osexames de raspado de pele com resultado negativopara Demodex sp e cultura com resultado negativo paraStaphylococcus aureus; o exame termográfico demons-trou simetria térmica em mais de 90% do corpo.

DISCUSSÃOOs quadros dermatológicos de origem parasitarias

como a demodicose e bacterianas como estafilococose,são quadros difíceis de serem solucionados e controlados,visto que pode haver um componente genético associado,impossibiltando à cura ou estadiamento do processo. No

caso relatado ficou evidente que a utilização de antibió-tico e anti-inflamatório no inicio do tratamento agravaramos sintomas provocando a gastroenterite e o quadro detranstorno comportamental; provavelmente devido e asalterações da flora intestinal, e a ação deletéria desses me-dicamentos para as células do organismo, culminandocom uma toxemia medicamentosa. Além disso a escolhado antibiótico foi equivocada uma vez que o antibiogramaprovou a resistência dessa bactéria frente à esse medica-mento, ficando evidente que os tratamentos médicos alo-páticos convencionais atuais, não conseguemproporcionar uma solução para os transtornos patológicossem a contrapartida dos efeitos colaterais; sejam efeitosagudos ou crônicos. A escolha do ozônio medicinal foieficaz no tratamento pois conseguiu eliminar os agentesdevido sua capacidade antimicrobiana de amplo espectro,sem danos ou efeitos colaterais; fortalecendo as defesasnaturais pela sua ação imunomoduladora; regeneradora eantiinflamatória; reequilibrando o organismo e com issomelhorando e aumentando a qualidade e expectativa devida do animal. A escolha dos nutracêuticos tambémforam importantes para repor os nutrientes e ajudar namodulação de substâncias essênciais ao desenvolvimento.Outra vantagem desse tratamento está na versatilidade deação; nas várias formas de administração, podendo seadequar às mais diversas patologias A reversão do quadrode déficit cognitivo e da agressividade também forambastante significativos, possibilitando o convívio do ani-mal com sua família com outras pessoas e animais.

CONCLUSÃONo presente caso, o uso de O3 em associação com te-

rapias integrativas como suplementação nutraceutica eprobioticos foram eficazes no tratamento de demodicosecanina.

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Periodo Tratamento

Tratamento inicial Fluidoterapia endovenosa com solução fisiológica NaCl 0,9 % 50ml/ kg,durante 24horas complexo vitaminas B e C

metoclorpramidaprometazinaglicose

Medicação por via oral, Suplementação imunocomplexos a base de, probiótico durante 60 dias (Saccharomyces cerevisiae)

prebiótico (mananoligossacarídeos) e aminoácidos adicionado à ração

Durante 60 dias Nutracêuticos à base de BCAA (Aminoácidos de Cadeia Ramificada),TMG (Trimetilglicina), aspártico, ác. glutâmico, alanina, betaína, cisteína, fenilalanina, hidroxiprolina, histidina, isoleucina, , leucina, pantotenato de cálcio, prolina, serina, tirosina valina, e taurina de uso comercial 1mL ao dia durante 60 dias; medicamentos fitoterápicos, chlorela 20mg/kg uma vez ao dia durante 10 dias, após 30m/kg durante 10 dias, após 40mg/kg durante 10dias, após 50mg/kg dias alternados durante 30 dias; vitamina C de liberaçãolenta 20mg/kg durante 30 dias.

Via oral durante 30 dias Medicamentos fitoterápicos, chlorela 20mg/kg uma vez ao dia durante 10 dias,após 30m/kg durante 10 dias, após 40mg/kg durante 10 dias, após 50mg/kg dias alternados durante 30 dias; vitamina C de liberação lenta 20mg/kg

Uso tópico própolis em spray , corpo todo uma vez ao dia durante 15 dias; óleo de girassolozonizado 2 vezes ao dia nos locais das lesões e uma gota nos dois condutosauditivos 2 vezes ao dia durante 60 dias.

Após 7 dias de iniciado o Protocolo de 10 sessões com dias intercalados;tratamento, feito novo - 1º sessão ozônio via retal na concentração de 10µg/mL, ozônio por hemograma e iniciado via auricular 20µg/mL; ozônio tópico com o auxílio de baggin (animal com o tratamento com ozônio corpo previamente umedecido envolto saco plástico, deixando a cabeça livre medicinal e introduzido ozônio dentro do baggin) 25µg/mL;

- 2ª sessão, ozônio endovenoso com solução de ringer ( ozonização de 250mL de ringer, com 50µg/mL de ozônio, durante 5 minutos); ozônio auricular20µg/ mL; baggin 30µg/ mL; - 3ª sessão, ozônio retal 15µg/mL; auricular e baggin 25µg/mL, - 4ª sessão autohemo intermediária (retirada de 5mL de sangue do animal misturado com 5mL de ozônio com concentração de 10µg/mL, homogenizadoe aplicado a mistura por via endovenosa); ozônio auricular 20µg/mL e baggin30µg/mL; - 5ª sessão: repetiu -se a primeira; - 6ª sessão: repetiu-se a segunda; - 7ª sessão: repetiu-se a terceira;- 8ª sessão: repetiu- se a quarta; - 9ª sessão: repetiu -se a primeira;- 10ª sessão: hemo maior (retirada de 80mL de sangue do animal, em bolsa de transfusão sanguínea, introduz ozônio na concentração de 20µg/ mL); ozônio auricular 25µg/mL; baggin 30µg/mL.

Após as 10 sessões Foram feitos novos exames laboratoriais, repetindo os mesmos exames do início do tratamento e diante dos resultados novos protocolos foram estabelecidos;- sessões semanais: ozônio retal 20µg/mL; ozônio auricular 35µg /mL; baggin 35 µg/mL - sessão mensal de hemo maior 20µg/mL, durante 3 meses

Durante 6 meses e após - ozônio retal 20µg/mL, ozônio auricular 35µg/mL, ozônio baggin 35µg/mLas sessões passaram a e uso de essências vibracionais florais de uso comerciais até o momento atualser mensais

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RESUMENLa cicatrización de las heridas es un proceso funda-

mental, posterior al éxito de una cirugía. Diversos estu-dios experimentales san fundamentado el éxito del uso dediferentes aceites ozonizados (girasol sésamo y oliva)como inductores del proceso de cicatrización, mediantediferentes modelos experimentales. En este estudio sedescriben cuatro casos clínicos, tres con heridas traumá-ticas en la piel que cierran por segunda intención y un fe-lino con el globo ocular prolapsado a causa de un trauma.El primer caso es una perra Tecker, que fue atacada porotro perro, presentó heridas traumáticas en la zona ven-tral, con severa infección; el segundo caso es un equinocon herida traumática en la pata trasera derecha, con pre-sencia de tejido necrótico con pronóstico reservado, eltercer caso, es el de un cachorro con trauma craneal confractura del parietal derecho, igualmente con pronósticoreservado y el cuarto caso es un gato que a causa de seratacado por un perro, le ocasionó el prolapso del globoocular. Todos los casos recibieron tratamiento con aceitede girasol ozonizado (AGO), con una frecuencia de apli-cación variada, primer y cuarto caso: cada 12 horas, se-gundo y tercer caso, cada 48 h y se les aplicó vendaje enla zona de la herida. Los resultados del primer caso, evi-dencian a las 72h de aplicado el AGO, hay una reducciónimportante (50 %) del proceso infeccioso, acompañadode la presencia de tejido de granulación en los bordes dela herida. En el segundo caso (equino), de forma similarse evidencia a las 72 h de evolución, la ausencia de tejidonecrótico y neovascularización. El tercer caso, muestra laregeneración de toda la piel incluyendo el pelo de la ca-beza del cachorro en un periodo de 45 días. El cuarto caso(prolapso ocular), se observa la retracción del globo ocularhacia su cavidad, sin que se evidenciaran infecciones

concomitantes, demostrándose el efecto antiinflamatorioy cicatrizante del AGO. Concluyendo que se demuestrala efectividad del AGO como cicatrizante de heridas trau-máticas en diferentes especies de animales.

ABSTRACTWound healing is a fundamental process, following thesuccess of a surgery. Several experimental studies arebased on the success of the use of different ozonized oilsas inducers of the wound healing. This study describesfour clinical cases, three with traumatic skin wounds (se-cond intention), and the third a feline with prolapsed eye-ball. The first case is a dog Tecker, which was attackedby another dog, presented traumatic wounds in the ventralzone, with severe infection. The second one case was anequine with traumatic injury in the right hind paw, withpresence of necrotic tissue with reserved prognosis. Thirdcase, a puppy with cranial trauma with right parietal frac-ture, and the fourth case was a cat with prolapse of theeyeball because was attack by a dog. All cases treatedwith ozonized sunflower oil (OSO) as follow: first andfourth case: every 12 hours, second and third cases (every48 hours). In the first case, at 72h after OSO treatment,the results evidenced a significant infectious process re-duction (50%), accompanied by granulation tissue at thewound edges, in the first case. In the second case(equine), similar evidenced at 72h of evolution, the ab-sence of necrotic tissue and neovascularization. The thirdcase shows, that in just 45 days, the skin was regenerated,including the puppy's head hair. The cat´s eyeball prolap-sed was retracted to its cavity, demonstrating anti-inflam-matory and cicatrizing properties of OSO. Concludingthat the effectiveness of OSO as a healing of traumaticwounds in different species of animals was demonstrated

Acción cicatrizante del aceite de girasol ozonizado y su utilidadde veterinaria

Healing action of ozonized sunflower oil and its usefulness inveterinary

DMVZ. Eduardo Fleitas Gonzalez 1 y DMV. PhD. Zullyt Zamora Rodríguez 2

1 Clínica de Animales Afectivos “Almiquí”, La Habana, Cuba. 2 Centro Nacional de Investigaciones Científicas, Unidad de Productos Ozonizados y Naturales, La Habana, Cuba

Correspondência: [email protected]

Palabras clave: heridas; antiinflamatorio; ozono

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I ENCONTRO CIENTÍFICO INTERNACIONAL DE OZONIOTERAPIA 91

Introducción El cierre de las heridas cutáneas involucra un

complejo movimiento en los tejidos, tal como hemorragias,inflamación, reepitelización, formación del tejido degranulación y por último la remodelación de la reparación(Werner y Grose, 2003). Estos eventos incluyen a la vezdocenas de tipos de células y proteínas de la matriz, lascuales son importantes para el control de las etapas delproceso de reparación. Estudios anteriores han demostradoque los factores de crecimientos endógenos, tales comoel factor de crecimiento de fibroblastos (FCF) (Ornitz yItoh, 2001), el factor de crecimiento derivado de lasplaquetas (Heldin y Westermark, 1999), el factortransformador del crecimiento-betta (FTC-β) (Werner yGrose, 2003) y el factor del crecimiento del endoteliovascular (FCEV) (Lauer y cols., 2000) son polipéptidosreguladores que coordinan el proceso de cicatrización. Estosfactores, son liberados por los macrófagos, fibroblastos yqueratinocitos que se encuentran en el sitio donde ocurrela lesión y participan en la regulación de la reepitelización,la formación del tejido de granulación, síntesis de colágenoy neovascularización (Xiu y col., 2013; Koca y cols.,2013 y De Masi y cols., 2016).

La mezcla ozono/oxigeno (MOO) ha sido ampliamentereconocido como uno de los mejores agentes, bactericidas,antiviral y antifúngico (Valacchi y cols., 2005), por lo queha sido ampliamente utilizado como agente terapéuticoen heridas crónicas, ulceras isquémicas y lesiones enpacientes diabéticos (Martínez y cols., 2005; Bocci,2005). Hasta entonces, se ha conocía que el efectobeneficioso de la MOO sobre la cicatrización de heridasera debido a la reducción de la infección bacteriana o porel incremento de la oxigenación del tejido del área dañada(Lim y cols., 2006; Gajendrareddy y cols., 2005). Sinembargo, es conocido que las exposiciones a la MOO seencuentran asociadas a la activación del factor detrascripción NF-κB; este es un importante regulador dela respuesta inflamatoria y eventualmente de todo el pro-ceso de cicatrización de las heridas (Valacchi y cols.,2005; Janic y cols., 2005; Valacchi y cols., 2002). Sedemostró que, grandes cantidades del FCDP y el FTC-β,fueron liberados de las plaquetas del plasma heparinizadode pacientes con miembros isquémicos, después deltratamiento con la MOO (Bocci., 1999; Valacchi y Bocci.,1999). Posteriormente, en otros estudios realizado porSen y cols., 2002, se demostró que el peróxido dehidrogeno (H2O2) potencialmente indujo la expresión delFCEV en queratinocitos humanos, los cuales puedenestimular la cicatrización de heridas.

En la actualidad el Ozono (O3) se aplica de formapráctica y provechosa en forma de aceite ozonizado, estecontiene los productos de la reacción del O3 con losdobles enlaces de las cadenas de los ácidos grasos delaceite, obteniéndose ozónidos, aldehídos y especiesperoxídicas, como moléculas más estables (Ledea., 2004;

Ledea y cols., 2005; Díaz y cols., 2005). Dicha forma,es ideal para el uso tópico del O3 en el tratamiento deinfecciones crónicas cutáneas y de las mucosas de lasdiferentes áreas del cuerpo, tal como informó Valacchi ycols., 2005.

La acción cicatrizante de diferentes aceites ozonizados(aceite de oliva, aceites de sésamo y aceite de linaza) hansido ampliamente demostrado en diferentes modelosexperimentales (Kim y cols., 2009; Valachi y cols., 2011;Valachi y cols., 2013). Acción mediada fundamentalmente,por el incremento y la actividad de fibroblastos ykeratinocitos para la expresión de factores de crecimientos(Valachi y cols., 2013), tales como, factores de crecimientoderivado de la plaquetas (FCDP), factor transformador decrecimiento –betta (FTC-β) y el factor de crecimiento delendotelio vascular (FCEV).

El Aceite de Girasol Ozonizado (AGO), fármacoelaborado en el Centro Nacional de InvestigacionesCientíficas de Cuba y registrado con el nombre comercial(OLEOZON ®), evidenció su acción cicatrizante enheridas inducidas experimentalmente en ratones(Sanchez y cols., 1998; Barroetabeña y cols., 2002).Estudios clínicos realizados en diferentes especiesanimales, con heridas causadas por la castración de críasporcinas (Camps y cols., 2006a) y en caballos de tiro conlesiones causadas por fricción (Camps y cols., 2006b),muestran la efectividad del AGO como cicatrizante. Porotra parte, la acción cicatrizante del AGO también seacreditó en heridas realizadas de forma experimental enaves domésticas, corroborando la efectividad delproducto, incluso en dicha especie (Camps y cols., 2007)

Según los antecedente experimentales y clínicos,anteriormente abordados sobre el AGO u OleoVet comocicatrizante de heridas de diferentes orígenes, nosplanteamos el siguiente objetivo: evaluar la efectividadclínica del AGO (OleoVet) como tratamiento de heridasespontaneas y traumatismos en diferentes especiesanimales.

MATERIALES Y MÉTODOS Se describen cuatro casos de diferentes especies

animales, que presentan lesiones traumáticas de diferentesorígenes.

DESCRIPCIÓN DE LOS CASOS Y APLICACIÓNDEL TRATAMIENTO.

Caso 1Canino, hembra perteneciente a la raza tecker, de

cinco años de edad, habitante del municipio Playa,Ciudad de La Habana, Cuba. Se presenta en consultade cirugía de la clínica veterinaria “Almiquí”, LaHabana, Cuba, por presentar quistes mamarios. Estosfueron debidamente extirpados mediante procedimientoquirúrgico. Días después, el propietario regresa a consulta

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A B

Figura 1 – Fotografi as de una perra con lesiones en la zona ventral del abdomen (heridas abiertas y severamenteinfectadas). A: aspecto de las heridas antes del tratamiento (se observa la presencia de pus como indicador deproceso infeccioso severo). B: aspecto de las lesiones 72 h despues de iniciado el tratamiento con AGO (Se observala reduccio n del contenido infeccioso y la presencia de tejido de granulacio n en los bordes de la herida)

Figura 2 – Muestra las fotografias de la lesion en la pata trasera derecha de un equino. A: equino con lesion necroticaen la pata derecha trasera. Aspecto de la lesio n antes de comenzar el tratamiento con AGO. B: lesio n 48 h despue sde iniciado el tratamiento con AGO. Se observa la ausencia de tejido necro tico y la presencia de neovascularizacio n(formacio n de vasos sangui neos nuevos, se observa la colaboracio n rojo brillante de estos. C: Aspecto de la lesio n6 di as posteriores al comienzo del tratamiento con AGO. Se observa el tejido de granulacio n

A B C

con la perra, refiriendo que fue atacada por otro perroy las heridas se encontraban abiertas e infectadas (loque evidenció el descuido de los dueños durante elpostoperatorio). Se observó, una herida de grandesdimensiones en la zona ventral del animal, con presenciade pus y fetidez, lo que sugiere la presencia de infecciónsevera (Figura 1). Entonces, se tomó la decisión,previo consentimiento del propietario, de no someterlanuevamente a cirugía, a causa del proceso infecciososevero que presentaba, e incluirse en el protocolo decierre de las heridas por segunda intención, aplicando elAGO de uso tópico.

TratamientoSe realizó limpieza profunda con agua previamente

tratada con la MOO (generador, Ozone&life, SaoJose dos Campos, SP, Brasil), se seca con una gasa estéril

y se aplicó una capa fina de AGO tópico, cantidadsuficiente para que cubra toda la zona de la herida, todoeste procedimiento se realizó cada 12 h,

Caso 2Equino con lesión necrótica en la pata derecha trasera,

con una evolución de varias semanas, había sido tratado contratamientos convencionales sin resolución. El pronósticoera reservado y la indicación era la eutanasia (Figura 2).

TratamientoSe realizó limpieza profunda con agua previamente

tratada con Ozono (generador, Ozone&life, Sao Jose dosCampos, SP, Brasil), se seca con una gasa estéril y seaplicó una capa fina de AGO tópico, cantidad suficientepara que cubra toda la zona de la herida se colocó vendajeen la herida, el procedimiento se realizó cada 48 h.

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Caso 3Felino de raza mestiza de seis meses de edad,

habitante de Artemisa, Cuba, fue atacado por un perro,provocándole un prolapso del globo ocular izquierdo. Seindicó enucleación del globo ocular, pero los dueños, porsituación de lejanía de su lugar de residencia de la ClínicaVeterinaria “Almiquí”, solicitan otra solución. Entonces,se decidió aplicar el protocolo de aplicación de gotas deAGO tópico (Fig 3 A).

TratamientoLas gotas de AGO tópico, cada ocho horas.

Caso 4 Cachorro de dos meses de edad, macho de la raza

Stanford, atacado por un perro adulto, en la zona de lacabeza, como consecuencia le provocó una lesión cranealpunzante con fractura del parietal derecho. Los dueñoscomienzan a curar la herida, pero al percibir un cambiode comportamiento en el animal (intranquilidad), decidenllevarlo a la clínica, donde se valoró por el especialistaen cirugía y se describe una herida punzante en la zonaparietal derecha de la cabeza del cachorro, con presenciade pus. Por sospecha de fractura craneal por las evidenciasde los signos clínicos y radiológicos, es sometido aprocedimiento quirúrgico con el objetivo de realizarlimpieza de la herida punzante y reducir la fractura.

Procedimiento quirúrgicoTodo el procedimiento quirúrgico, fue realizado bajo

anestesia con Xylazina 2%, Bayer, Leverkusen, Germany Ketamina, Pfizer, Sydney, Australia). Se realizó laasepsia y antisepsia del campo operatorio (zona de lacabeza, parietal derecho). Se realizó una incisióncorrespondiente, se localizó la fractura, la masa encefálicano se encontraba prolapsada, pero si se observó queestaba edematosa con presencia de focos infecciosos(pus). Se procedió a la limpieza de la masa encefálica conagua tratada con Ozono y se realizó la reducción de lafractura del hueso parietal derecho, mediante sutura conhilo reabsorbible. La piel fue suturada y se colocó undrenaje.

TratamientoBasándonos en un pronóstico reservado por las

características del caso, se decide éticamente aplicar tra-tamiento con antibiótico Meropenem durante 7 días.Complementariamente, se le aplicó por vía rectal 20 mlde la MOO a una concentración de 20 mg/L. La MOOfue obtenida de un generador de ozono (Ozone&life, SP,Brasil). La cura de la herida cutánea se realizó bajo ligerasedación con Xylacina 2% y se aplicó AGO, cada 48horas. La zona lesionada se mantuvo vendada todo eltiempo con una gaza estéril.

RESULTADOSLa Figura 1B, muestra el aspecto de la zona de la

herida ventral, que presenta el perro de la raza tecker, alas 72 h posteriores al inicio del tratamiento con el AGO,aplicado cada 12 h. El tratamiento con AGO, redujosignificativamente el proceso infeccioso, tal como seobserva en la figura, las zonas con presencia de pusestán reducidas, clínicamente se redujo la fetidez quepresentaba al inicio del tratamiento, hecho que sugiere laacción germicida del AGO, siendo este efecto fundamentalpara lograr la cicatrización de la herida por segundaintención. También se observa la presencia del tejido degranulación en los bordes de la herida. En este primercaso, no solo se evidencia la acción estimuladora delproceso de cicatrización de la herida, sino también laacción germicida del AGO, acción que aunque no seconstató, mediante análisis de laboratorio, si se hizoevidente en la observación clínica del aspecto de la zonalesionada.

El aspecto de la lesión de la pata derecha trasera delequino, 72 h después de la primera aplicación delproducto, se muestra en la Fig. 2B. El AGO, eliminó eltejido necrótico de la lesión y favoreció la regeneraciónde vasos sanguíneos (neovascularización). Transcurridos,6 días posteriores de la aplicación inicial, se evidenció lapresencia de tejido de granulación (Fig 2C).

Las fotos muestran la evolución de la herida en lacabeza del cachorro tratado con AGO y MOO por víarectal (Fig 3). Inicialmente, después de realizada alintervención quirúrgica, toda la piel de la cabeza suturada,tuvo un proceso de necrosis y se desprendió quedando talcomo se observa en la Fig. 3A, se evidencia la zona de laherida de la fractura craneal, con perdida evidente detejido. La Fig. 3B, muestra el comienzo de la regeneracióndel tejido en la zona de la herida de la fractura a las 48 hposteriores al inicio del tratamiento con AGO. Se observa lapresencia de tejido de granulación con zonas hemorrágicas,característico del incremento de la vascularización deltejido. La regeneración del tejido epitelial, la desapariciónde la zona hemorrágica anterior, con la reducción de lazona lesionada, se observa en la Figura 3C.

Alrededor del 50 % de la lesión se reduce a los 21 díasde tratamiento, la renovación del tejido epitelial posee unaspecto normal, con la presencia del pelaje de colornatural (Figura 3D). La zona lesionada se reduce en un70 % (Figura 3E), igualmente con la regeneración deltejido epitelial con un aspecto normal del pelaje (Figura3E). Reducción de la lesión del 90 % de la zona lesionadaa los 40 días, posteriores del inicio del tratamiento conAGO.

El AGO aplicado en el globo ocular prolapsado, cada8 horas, redujo el proceso inflamatorio, ocasionando laretracción del globo ocular, el cual a pesar de la pérdidade su funcionalidad, se encuentra dentro de su cavidad,sin presencia de infección oportunista. (Figura 4 B)

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Figura 3 – Muestra la evolucion del proceso de cicatrizacion de la lesion del cachorro tratado con AGO aplicado cada48 horas. A: Se observa la pe rdida total de la piel del a rea craneal del cachorro. B: Despue s de la tercera aplicacio nde AGO (7 di as), la reduccio n del a rea de la herida quiru rgica de la fractura, evidencia la regeneracio n del tejido contejido de granulacio n. C: la regeneracio n del tejido epitelial fue evidencia despue s de la sexta aplicacio n (14 di as).D: Observado, novena aplicacio n (21 di as) el cierre de aproximadamente el 50% del a rea lesionada. E: Reduccio ndel area lesionada, (28 dias) la regeneracion de la epidermis se observo con la presencia de la capa normal del animal.F: Reduccio n de la lesio n del 90% del a rea (40 di as)

Figura 4 – Gato con globo ocular izquierdo prolapsado. A: aspecto antes del tratamiento con las gotas de AGO. Seobserva inflamacio n severa del globo ocular. B: aspecto 21 di as despue s de iniciado el tratamiento con las gotas deAGO. Se observo la retraccio n del lobo ocular. El globo ocular volvio a la cavidad. No hay presencia de procesoinfeccioso o inflamacio n

A B C

D E F

A B

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DISCUSIÓN Los resultados de estos casos muestran la efectividad

del tratamiento con AGO como cicatrizante de heridastraumáticas que cierran por segunda intención. Tal que enel caso uno (perra con heridas en la porción ventral delabdomen), tratada con AGO, cada 24 horas, evidenció lapresencia de tejido de granulación en los bordes de lasheridas, transcurridas las 72 h de iniciado el tratamiento,hecho que fue favorecido por la acción germicida delproducto evaluado, mediante la reducción clínica dela presencia de pus y fetidez de las heridas. La accióngermicida, como efecto farmacológico principal delaceite de girasol ozonizado (Oleozon ®), ha sidoampliamente abordada en la literatura (Sechi y cols., 2001,Curtiellas y cols., 2005; y cols., 2008). La eliminacióny/o prevención del ataque bacteriano es un eslabónfundamental, para la obtención de una rápida y efectivacicatrización de las heridas.

Diversas investigaciones han reportado las evidenciasque justifican el uso de plantas medicinales como agentesantimicrobianos que favorecen la cicatrización de heridas(Chah y cols., 2006; Muthusamy y cols., 2006; Balekar ycols., 2012). La prevención de procesos infecciososoportunistas que favorecen tanto la cicatrización como laacción antiinflamatoria del AGO, se resumen en losresultados del caso cuatro (gato con el globo ocularprolapsado), incluyendo el resto de los casos, en los quese presentan lesiones traumáticas sépticas o no.

Resultados de otros estudios clínicos, se encuentranen correspondencia con los alcanzados en nuestro trabajo,tal es el caso del ensayo clínico para la evaluación de laacción cicatrizante del AGO en heridas de castración decrías porcinas, en el cual, el proceso de cicatrización fuefavorecido, en parte, se sugiere por la prevención deinfecciones oportunistas (Camp y cols., 2006a) y por laestimulación de los factores de crecimiento endógenos deltejido cutáneo, acción que debe ser experimentalmentedemostrada.

De forma similar, a los resultados alcanzados en elsegundo caso (equino con lesión traumática en la patatrasera), en un estudio previo, se evidenció la efectividaddel AGO como cicatrizante de heridas por fricción encaballos de tiro, que a pesar de acelerar el proceso decicatrización este no condujo a la formación de queloides,como proceso patológico de la cicatrización (Camp ycols., 2006b).

La acción cicatrizante del AGO, en la herida punzanteen el pabellón de la oreja de ratones como modeloexperimental, fue demostrada mediante la reducción delos indicadores morfométricos (diámetro y área de laherida), acompañado de una mayor intensidad en lamigración de células inflamatorias hacia el sitio de lalesión (Sánchez y cols., 1998; Barroetabeña y cols.,2002). De esta forma se confirmó que el AGO, en una faseinicial de la cicatrización caracterizada por la migración

células inflamatorias (respuesta inflamatoria inicial),favoreció dicha fase. En este caso, se puede decir que elAGO, tiene una acción pro-inflamatoria, tal como demostróHiromi y cols., 2009, al aplicar el aceite de oliva ozonizado(AOO) en la piel de ratones, acción reversible que alfinal favorece la actividad antiinflamatoria. Así fuedemostrado, en el caso del gato con prolapso del globoocular, descrito en nuestro estudio.

Otros aceites ozonizados ampliamente estudiados encuanto a su acción cicatrizante, es el AOO. El AOOaplicado en un modelo de ulceras en la piel inducidas porpresión en ratones, inhibió la purulencia y la hemorragia,pero no suprimió la reacción inflamatoria por completoy esto posiblemente promovió la infiltración de células eindujo la formación del tejido de granulación (Sakazakiy cols., 2007). Dicho resultado, está en concordancia conlo demostrado clínicamente en los tres primeros casos denuestro estudio. Adicionalmente, otra de las accionesdescritas para el AOO, es que redujo la fase supurativade la herida, sin afectar las fases de la cicatrización(Matsumoto y cols., 2001).

Los eventos que caracterizan la cicatrización deheridas, son resumidos como la inflamación (fase I);proliferación con síntesis de la matriz extracelular (faseII) y la remodelación (fase III) en la cual se transforma lacicatriz en herida sanada. Durante la coordinación deestos procesos, existe a la aparición ordenada de diferentestipos de células (plaquetas , neutrófilos, macrófagos,linfocitos, fibroblastos) (Bates y cols., 2003; Bao yJones., 2009). Dichos procesos de cicatrización, sonregulados por diferentes factores endógenos, dentro delos que se encuentran el FCEV, PDGF y TGFβ, proteínasdel ciclo celular que incluyen el peróxido de hidrogeno.Todos estos factores son liberados y expresados pordiferentes células involucradas en la cicatrizaciónde heridas, tales como macrófagos, fibroblastos yqueratinocitos en el sitio de lesión y ellos participan enla regulación de la reepitelización, granulación, síntesisde colágeno y neovascularización (Barrientos y cols.,2008; de Melo y cols., 2011).

Interesantemente, la aplicación de AOO en lesionesexperimentales, fue capaz de inducir el FCEVconjuntamente con otros factores como FCDP, FCT-β yel FCE), mecanismo mediante el cual favoreció lacicatrización de las lesiones (Kim y cols., 2009). Talcomo se observa en nuestro estudio, la regeneración deltejido vascular, 48 horas después de la aplicación delAGO, entonces se sugiere que nuestro producto fue capazde inducir la expresión de factores de crecimiento, dentrode ellos, el específico FCEV, vinculado directamente conla revascularización.

Otro aspecto importante, del mecanismo de acciónmediante el cual los aceites ozonizados reducen eltiempo de cicatrización, es mediante el incremento de lasíntesis de colágenos unido a la actividad de la superoxido

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Figura 5 – Mecanismo de accio n molecular cicatrizante de los AOs para la cicatrizacio n de heridas cuta neas. (1) Ocurre la oxidacio n de los ge rmenes contaminantes de la lesio n mediante por la accio n directa del trioxalano. (2) El efecto citotoxicidad de los productos bioactivos derivados de la peroxidacio n de los li pidos (aldehi dos). (3) La liberacio n de factores de crecimiento como consecuencia de la activacio n de NF-κB, por el incremento delestre s oxidativo (Valachi y cols., 2011)

dismutasa (SOD) (Pai y cols., 2011). Si consideramos eneste caso, que durante el proceso inflamatorio del procesode cicatrización se favorece el estrés oxidativo, por lageneración de H2O2 (quien se encuentra vinculado conla inducción potencial de FCEV en los keratinocitos (Seny cols., 2002), a partir de los tejidos dañados isquémicosy la infiltración de neutrófilos, el incremento de la actividadde la SOD, favorece de forma indirecta la restauracióndel tejido dañado. Si bien, el H2 O2, actúa comoun inductor fisiológico de la expresión de factores decrecimiento, en este caso, se describe que el mecanismode acción cicatrizante del aceite de sésamo ozonizado(ASO), se encontró asociado al incremento de laexpresión del FCEV, los niveles del antígeno nuclear dela proliferación celular (ANPC), el factor de transcripciónnuclear NF-κB y el 4 hidroxinonenal (4-HNE) comomarcador de estrés oxidativo (Valacchi et al., 2013).

Tal como se ha evidenciado, también sustanciasozonizadas como la formulación de crema a base deteobroma ozonizado, incrementó la actividad anti-oxidante endógeno en la piel de ratas dañada porradiaciones UV (Sanchez y cols., 2011).

La acción antiinflamatoria evidenciada en el cuartocaso (globo ocular prolapsada), se sustenta sobrebases experimentales, que confirman que el efecto anti-inflamatorio (AI) in vitro del AOO, específicamente losozónidos, contenidos en el AOO, inhiben la expresión dela prostaglandina E2 (PgE2) y la ciclooxigenasa (COX-2)en macrófagos ThP-1, estimulados con lipopolisacárido

(LPS) (Tamoto y cols., 2005). Adicionalmente, en unestudio in vivo, el AGO inhibió el edema inducido en laoreja del ratón por aceite de crotón, mediante la reducciónsignificativa del infiltrado de neutrófilos en el tejido,determinado por la actividad de la mieloperoxidasa(MPO) (Zamora y cols., 2006).

Todas estas evidencias, nos confirman el posiblemecanismo de acción molecular, a través del cual los AOssustentan su poder cicatrizante y que pudiera resumirsecomo sigue: (1) Ocurre la oxidación de los gérmenescontaminantes de la lesión mediante por la acción directadel trioxalano. (2) El efecto citotoxicidad de los productosbioactivos derivados de la peroxidación de los lípidos(aldehídos). (3) La liberación de factores de crecimientocomo consecuencia de la activación de NF-κB, por elincremento del estrés oxidativo (Figura 5) (Valachi ycols., 2011).

CONCLUSIÓN En este estudio se muestran las evidencias clínicas

sobre la efectividad en diferentes especies de animales,con diversas lesiones traumáticas, la acción cicatrizante,antiinflamatoria y antiinfecciosa del AGO como tratamientode elección.

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98 I ENCONTRO CIENTÍFICO INTERNACIONAL DE OZONIOTERAPIA

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99I ENCONTRO CIENTÍFICO INTERNACIONAL DE OZONIOTERAPIA

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INTRODUÇÃOA mieloencefalite protozoária equina (MEP) é uma

doença causada pelo Sarcocystis neurona que causa umquadro neurológico em equinos caracterizado por incoor-denação motora decorrente da diminuição da propriocep-ção e fraqueza muscular. Este sinal clínico ocorre poração direta do parasita no tecido nervoso ou por danos se-cundários a resposta inflamatória que podem levar a pa-ralisia de nervos cranianos e atrofia muscular assimétrica.

RELATO DO CASOFoi atendido no HV-ULBRA uma égua, Crioula de 2

anos de idade que havia sido diagnosticada clinicamentee tratada com diclazurila 5mg/kg, por 3 meses. Ao exameclínico apresentou ataxia de membros pélvicos, fraquezamuscular, perda de propriocepção e atrofia muscular doMPE e queda ao deambular. Através do histórico e exameclínico foi diagnosticado como possível sequela neuroló-gica causado por MEP. A paciente foi tratada com auto-hemoterapia menor, sendo coletado sangue da jugular eaplicado 5mL nos pontos de acupuntura VB32, P1 e ID9uma vez por semana, eletroacupuntura uma vez por se-mana 5 e 10 Hz nos pontos B26, B27, B28 e VB30 por15 minutos, O2+O3 por insuflação retal uma vez por se-mana, em dose crescente, e auto-hemoterapia maior acada 15 dias. O tratamento foi realizado mesclando as téc-nicas 2x por semana, durante 6 semanas. Foi evidenciadomelhora significativa do quadro neurológico, melhor res-posta motora, maior equilíbrio, recuperação da atrofiamuscular e ausência de ataxia ao final de 60 dias. O tra-tamento com eletroacupuntura e ozonioterapia foi eficazna melhora dos sinais neurológios deste paciente equinocom sequela de MEP.

Terapia integrativa no tratamento da sequela neurológica demieloencefalite protozoária equina: relato de caso Viviane M. Pinto 1; Roberta W. Reis 2, Eduardo Malschitzky 1, Jean Guilherme F. Joaquim 3, Paulo Ricardo Aguiar 1

1 Professor do curso de Medicina Veterinária da Universidade Luterana do Brasil (ULBRA)– Canoas- RS; 2 Residente do Hospital Veterinário da ULBRA, Canoas/RS.3 Professor do Instituto Bioethicus

Correspondência: [email protected]

Palavras-chave: MEP, acupuntura, Equino, ozonioterapia

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HISTÓRICOUm equino, de 4 anos, da raça campolina, estava

sendo atendido há aproximadamente 5 meses por co-legas veterinários, sem obtenção de êxito no trata-mento de habronemose cutânea, tendo sido entãoreferenciado para ozonioterapia com nossa equipe.Na primeira consulta realizada, foram coletados ma-teriais para exame histopatológico para fechamentodo diagnóstico. O resultado confirmou a suspeita dehabronemose cutânea: “DERMATITE ULCERA-TIVA GRANULOMATOSA SEVERA RICA EMEOSINÓFILOS. PADRÃO HISTOPATOLÓGICOINFLAMATÓRIO É COMPATÍVEL COM PRO-CESSOS INFECCIOSOS DE ORIGEM PARASI-TARIA, FAVORECENDO PARA O QUADRO DEHABRONEMOSE CUTÂNEA”. As lesões eram

inicialmente localizadas. Porém, foram se difun-dindo. Foi administrado o conteúdo de uma bisnagade EquestProMax a cada 10 dias, e o controle da ver-minose feito através de exames de OPG. O protocolode tratamento foi feito, conforme descrição no Qua-dro 1.

Finalizando, ao final do sétimo mês de trata-mento, todas as lesões previamente descritas haviamcicatrizado e o animal foi transferido para uma co-cheira mais adequada e com maior controle sanitárioe de higiene, a fim de evitar o excesso de moscas asquais são a origem da enfermidade.

Concluindo, pode-se evidenciar que para o casoestudado foi possível controlar e curar a habrone-mose com uso de ozonioterapia aplicado por dife-rentes vias (Figura 1).

Ozonioterapia no tratamento de habronemos cutânea refratáriaà terapia convencional

Guilherme José Vital Lins 1, Carolina Pinsdorf Vital Lins ² , Gisela Pinsdorf Vital Lins ³,Jean G. F. Joaquim

1 Médico veterinário-VetLab de Itu – Itu – São Paulo –Brasil. 2 Graduanda de Medicina Veterinária – 4º. Ano – Unip – Campinas – São Paulo – Brasil. 3 Médica Veterinária – VetLab de Itu – Itu – São Paulo – Brasil. 4 Médico Veterinário – Instituto Bioethicus – Botucatu – São Paulo – Brasil.

Correspondência: [email protected]

Palavras-chave: habronema; equino; ozônio; ozonioterapia

ANTES FACE

PREPÚCIO

DEPOIS

ANTES DEPOIS

ANTES ANTESDEPOIS DEPOIS

MEMBRO TORÁCICO PALETA

Figura 1 –Imagens dos

locais tratadoscom ozoniote-rapia durante

7 meses: face,membro torá-cico, prepúcio

e paleta

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I ENCONTRO CIENTÍFICO INTERNACIONAL DE OZONIOTERAPIA100

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Período Sinais Tratamento Evolução

1º mês Lesões se restringiam - Curativos: 2x/dia com clorexidina Também foi colocado colarà região da paleta degermante; água bidestilada cervical para evitar que odireita e dos ozonizada na concentração de cavalo mordesse as feridasàs quartelas 63 µg; óleo de girassol ozonizado; e faixa sobre as feridasmembros torácicos - Bagging: a cada 3 dias, concentração

de 50µg/mL durante 10 minutos com a máquina on e mais 10 minutos em off;- Hemoterapia menor (HT): a cada 7 dias,10 mL de ozônio com concentração de 40µg/mL e 10 mL de sangue

2º mês Novo foco na face, - IR (insuflação retal): a cada 7 dias Continuaram sendo feitosabaixo do olho direito. com concentração de 15µg/mL por os mesmos curativos, comAs lesões das patas e 4 minutos, com o gerador conectado a permanência do colar.paleta já estavam diretamente na ampola retalmenores. - Infiltração perilesional na paleta: 60mL

de O3 com concentração de 6µg/mL,a cada 7 dias, no total de 3 aplicações;- Bagging e cupping: concentração de 23µg/mL, a cada 3 dias

3º mês Cicatrização completa - Bagging e cupping:concentração de Curativos e o colar mantidos eda ferida da face 16µg/mL, a cada 3 dias; acrescentado capa de

- IR: a cada 7 dias, concentração de proteção23µg/mL por 5 minutos

4º mês Lesões das patas, face - Bagging e cupping: concentração Curativos, capa e o colar e paleta já estavam de 16µg/mL, a cada 3 dias; mantidospraticamente cicatrizadas, - IR: a cada 7 dias, concentraçãomas no final do mês de 23µg/mL, por 5 minutossurgiu novo foco no - Cupping no prepúcio: cada 3 dias,prepúcio após o curativo do período vespertino

concentração de 50µg/mL durante 5 minutos com a maquinaon e mais 5 minutos com a maquina off, por 3 aplicações. No restante do mês, foi feito cupping com concentração 39µg/mL mesmo protocolo

5º mês Feridas das patas, - IR: a cada 7 dias, concentração Curativos, capa e o colar face (retornou) e de 23µg/mL, por 5 minutos; mantidospaleta estavam sendo - Cupping no prepúcio: cada 7 dias,tratadas somente com concentração de 39µg mesmo protocoloos curativos

6º mês Feridas das patas e - IR: a cada 15 dias na concentração Curativos continuavam estão melhores; de 20µg/mL, por 5 minutos; duas vezes ao diacicatrização da ferida - Cupping no prepúcio: cada 7 dias, da paleta e face concentração de 30µg/mL mesmo protocolo

Quadro 1 – Período de tratamento, sinais clínicos, protocolo e evolução

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HISTÓRICOPaciente da espécie equina, macho inteiro, 4 anos

de idade, raca crioula. Aos 3 anos passou por um pro-cedimento cirúrgico para remoção de nódulos cutâ-neos (verrugas). Apresentava quatro nódulos detamanho pequeno, entre 5 e 10 mm aproximada-mente, que foram removidos com exérese cirúrgicaao nível da pele e cauterização com metal a quente.Em dois pontos a cicatrização ocorreu satisfatoria-mente, porém em outros dois pontos houve recidivados nódulos antes da completa cicatrização cutânea,com evolução de aproximadamente 60 dias. Consi-derando a recidiva destas lesões um insucesso no tra-tamento, buscou-se a ozonioterapia como alternativaterapêutica.

ACHADOS NO EXAME FÍSICO E DIAGNÓSTICO

Ao exame clínico verificou-se a presenca de doisnódulos cutâneos ulcerados de aspecto neoplásico nomembro posterior direito, um mais proximal, na facecrânio-lateral da perna, na região do músculo exten-sor digital longo, com aproximadamente 20 mm dediâmetro, e outro na face cranial, extremidade distalda tíbia, de menor tamanho (15 mm). À palpação

verificou-se que o nódulo proximal estava inseridona musculatura, não sendo possível definir o volumeinterno do mesmo. O nódulo distal também apresen-tava inserção muscular, porém mais superficial. Odiagnóstico de sarcoide equino baseou-se na avalia-ção clínica, considerando a apresentação, o históricoe evolução. Por falta de interesse do proprietário, nãofoi feita confirmação diagnóstica por exame labora-torial.

TRATAMENTO E EVOLUÇÃOO tratamento realizado utilizou somente a ozonio-

terapia. O protocolo estabelecido incluiu a aplicaçãoda mescla gasosa oxigênio-ozônio pelas vias perile-sional e sistêmica, utilizando as técnicas de insufla-ção retal, auto-hemoterapia maior (AHTM) eintravenosa direta (DIV). As aplicações perilesionaisforam feitas em todas as sessões, a nível subcutâneocom [20µg], em volume suficiente para circundarcada um dos nódulos. Nas duas primeiras sessões foifeita a AHTM, com [50µg] e volume de 60 mL, e IR[20µg] e volume de 2.000mL. A partir da terceirasessão estas duas técnicas foram substituídas pelaaplicação direta do gás ozônio intravenoso (DIV) emvolume de 60 mL com [50µg]. As sessões foram rea-

Ozonioterapia no tratamento de sarcóide equino - relato decaso

Dianna Monson Tolotti 1

1 Médica veterinária autônoma

Correspondência: [email protected]

Palavras-chave: auto-hemoterapia maior; ozônio medicinal

Figura 1 – Nódulo proximal (evolução). A: 28/02/2018 – 1ª sessão; B: 17/03/2018 – 3ª sessão; C: 30/03/2018 – 5ª sessão; D: 14/04/2018 – 7ª sessão

A B C D

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lizadas semanalmente,totalizando 8 interven-ções.

A resposta ao trata-mento foi diferente paracada um dos nódulos,sendo que a evoluçãoobservada no nóduloproximal foi conside -ravelmente mais rápida ediversa daquela obser-vada no nódulo distal.Com relação ao pri-meiro, já a partir da se-gunda sessão observou-se que a porção exterioraparentava estar maior. Na sessão seguinte esta ob-servação ficou mais nítida, e à palpação percebeu-seque a porção inserida na musculatura estava menor,confirmando assim a suspeita de que o organismo es-tava expulsando o tecido neoplásico.

Na quinta sessão foi possível verificar que o nó-dulo proximal estava completamente solto da mus-culatura, permanecendo aderido somente na pele. Nasétima sessão observou-se que o nódulo havia redu-zido de tamanho e apresentava-se com a superfíciecompletamente necrosada. Dois dias depois, o pro-prietário relatou a ausência do mesmo, havendo res-tado somente uma ferida cutânea no ponto onde onódulo estava fixado. Esta ferida foi tratada com po-mada cicatrizante e spray prata. A completa cicatri-zação cutânea foi observada somente após quatromeses, aproximadamente.

Referente ao nódulo distal, durante todo o períododo tratamento quase não se observou diferenca nomesmo, de modo que não foi possível caracterizar aevolução e/ou resposta ao tratamento. Porém, apóstrês meses do término das sessões, em julho de 2018,observou-se que o nódulo distal comecou a regredir,de modo lento, mas progressivo. A superfície do nó-dulo comecou a necrosar, e a cada vez que este te-cido se desprendia (como uma película), iniciava umnovo ciclo de necrose superficial. Este processo serepetiu até que não mais houvesse mais indícios dotecido neoplásico e a superfície da lesão estivesse aonível da pele, possibilitando a completa cicatrização,que ocorreu no final do mês de outubro de 2018.

Foi mantido acompanhamento do paciente peloperíodo de um ano, a fim de monitorar qualquer in-dício de recidiva das lesões, o que não ocorreu. Nolocal de inserção dos nódulos restaram somente

cicatrizes cutâneas, sobre as quais não houve o cres-cimento de pelos.

CONCLUSÃOO tratamento instituído promoveu a eliminação

espontânea do tecido neoplásico, sem provocar lesãonos tecidos adjacentes ou afetar negativamente o or-ganismo de qualquer modo. Não houve indícios derecidiva das lesões dentro do período de acompanha-mento. Deste modo, conclui- se que no presente casoa ozonioterapia foi eficaz e segura, constituindo umaalternativa a ser considerada para o tratamento deneoplasias cutâneas do tipo sarcoide equino.

Figura 2 – Nódulo proximal (evolução). A: 30/04/2018; B: 06/10/2018; C: 03/04/2019

Figura 3 – A: 28/02/2018 – pré-tratamento; B: 03/04/2019 – pós-tratamento

A B

A B

C

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I ENCONTRO CIENTÍFICO INTERNACIONAL DE OZONIOTERAPIA 103

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Feridas são caracterizadas pela ruptura da integridadeda pele ocasionada por um agente externo, podendo atin-gir também outras estruturas, como músculos, tendões eossos.

A cicatrização da espécie equina representa um grandedesafio devido as características fisiológicas apresentadaspela espécie, principalmente pelo baixo aporte sanguíneoem determinadas regiões anatômicas com consequenteoxigenação tecidual menor, tornando o tratamento das fe-ridas complexo e demorado. Dessa forma busca-se dimi-nuir o tempo e custo do tratamento. O uso do ozônio temefeito microbicida, analgésico, imunomodulador e pro-motor de cicatrização tecidual.

O objetivo do trabalho é relatar o caso de ferida crô-nica encaminhado para tratamento com ozonioterapia deuma égua, Brasileiro de Hipismo, 6 anos, castanho, alo-jada em um haras para finalidade esportiva. A mesmaapós se acidentar em sua cocheira apresentou ferida per-furante lacerativa, que possui como característica princi-pal bordas irregulares com mais de duas dimensões comtracionamento do tecido da face cranial do osso III meta-tarsiano, com exposição óssea, edema, hemorragia e con-taminação, na face cranial do boleto e no bulbo do talãomedial. Foi realizada sutura das lacerações e realizadasantibiose local com Amicacina 250 mg, 25 mg/kg, SID.Após três dias da sutura houve deiscência dos pontos. Aferida foi tratada por segunda intenção e continuada a an-tibiose a cada vinte e quatro horas completando dez apli-cações. Após dezessete dias sem evidências decicatrização o animal foi encaminhado para tratamentocom ozonioterapia, foram realizadas sessões semanais,completando quinze sessões.

A técnica de eleição foi bagging de ozônio no membroafetado, o efeito do ozônio sobre a pele se dá pela reaçãodo ozônio com a água presente no tecido, resultando emespécies reativas de oxigênio (ROS) e lipooligopeptídeos(LOP), como por exemplo o peróxido de hidrogênio(H2O2), que são rapidamente reduzidos a antioxidantes,como a glutationa, superóxido desmutase, catalase, vita-mina E, vitamina C, ácido úrico e ubiquinol. O H2O2 ageno meio intracelular dos eritrócitos, aumentando a produ-ção de ATP e transporte de O2; em leucócitos, promovendo

a produção de citocinas e interleucinas, agindo como imu-nomodulador; e nas plaquetas, estimulando sua atividade,o que aumenta a produção de fatores de crescimento e au-tacóides, agindo de forma mais dinâmica e organizada nareparação tecidual.

A aplicação tópica consiste na exposição da ferida aoozônio e pode ser realizada de duas formas: através da

Ozonioterapia como tratamento de ferida crônica

Nathalie da Silva Spehar 1

1 Profissional autônomo – São Paulo/ SP/ Brasil.

Correspondência: [email protected]

Palavras-chave: equino; ozônio medicinal; cicatrização

Figura 2 – Ferida suturada e ferida com deiscência dospontos após 3 dias

Figura 1 – Ferida no dia do acidente

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I ENCONTRO CIENTÍFICO INTERNACIONAL DE OZONIOTERAPIA104

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utilização do óleo ozonizado na ferida, ou através da uti-lização de sacos plásticos, também chamados de bags nomembro do animal e acoplando o ozônio, insuflar os mes-mos com gás.

O protocolo utilizado foi concentração de 60 µg nasduas primeiras sessões, mantendo a màquina ligada vinteminutos e desligada dez minutos para estimular a granu-lação. Nas sessões seguintes foi mantida a concentraçãode 30 µg, mantendo a máquina ligada quinze minutos edesligada dez minutos.

As sessões foram realizadas uma vez por semana e oscurativos realizados uma vez ao dia. Os curativos foramorientados a usar baixa fricção na limpeza da ferida, águae sabão, sulfato de cobre para controlar o tecido de gra-nulação exuberante (quando necessário) e pomada de bar-batimão.

O equino foi mantido com bandagem Robert Jones ecom restrição de movimento (sem sair da cocheira). Apre-sentou evolução positiva em relação a qualidade da cica-trização tecidual e tempo de recuperação, permitindo queo animal retorne a vida atlética normalmente.

Figura 3 – Ferida na 1ª sessão de ozonioterapia

Figura 4 – Ferida na sexta sessão de ozonioterapia

Figura 5 – Ferida nadécima sessão de ozonioterapia

Figura 6 – Ferida na se-mana seguinte a déci maquinta sessão de ozonioterapia

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I ENCONTRO CIENTÍFICO INTERNACIONAL DE OZONIOTERAPIA 105

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HISTÓRICOUm potro de 4 dias de vida, macho, mangalarga mar-

chador, com 37kg, foi encaminhado ao Hospital Veteri-nário da Universidade Federal de Lavras (HV/UFLA)com suspeita de fratura no membro torácico esquerdo(MTE).

ACHADOS EM EXAME FÍSICO E DIAGNÓSTICOO paciente apresentava-se alerta e mamando e com

impotência funcional do membro torácico esquerdo. Aoexame físico de admissão apresentou frequência cardíacade 162 bpm, frequência respiratória de 47 mpm, tempode preenchimento capilar menor do que dois segundos,temperatura corporal 38,9o C, motilidade intestinal nor-mal e mucosas róseas. Ao exame radiográfico identifi-cou-se uma fratura transversa diafisária completa do terçodistal do metacarpo principal (MCIII) esquerdo com des-locamento caudomedial do fragmento distal.

TRATAMENTO E EVOLUÇÃOAs opções de tratamento para as fraturas MCIII in-

cluem fixação interna, coaptação externa e uma combi-nação de ambas as técnicas. O método de tratamento maisindicado é a fixação interna, pois proporciona maior es-tabilidade ao foco de fratura e mais rápido e melhorretorno funcional. A qualidade da recuperação e a possi-bilidade de retorno ao uso atlético são reforçadas pela es-tabilidade, que mantém o membro funcional durante acicatrização. Todavia a fixação interna aumenta a proba-bilidade de infecção devido à exposição cirúrgica para in-serir os implantes e a presença dos implantes. Oprocedimento de osteossíntese do MCIII foi realizada sobanestesia geral. Após a redução adequada dos fragmentosde fratura, uma placa de compressão dinâmica de novefuros (3,5mm) foi aplicada e fixada com oito parafusos

(seis bicorticais) de 2 a 3 cm de comprimento na regiãocranio-medial da fratura. Uma nova incisão na parte la-teral foi realizada da mesma maneira e outra placa de seisfuros (3,5mm) foi aplicada e fixada com 6 parafusos bi-corticais de 2 a 3 cm de comprimento na região cranio-lateral. Foi aplicada uma tala de gesso sintético até aregião do cotovelo para proteger o foco de fratura durantea recuperação anestésica e primeiros dias de pós-opera-tório. No pós-operatório foi utilizado fenilbutazona (4,4mg/kg), ceftiofur (2,5mg/kg), metronidazol (20mg/kg),omeprazol (2,0mg/kg). Ao décimo dia de pós-operatórioa ferida cirúrgica passou a drenar secreção purulenta. Foiadicionado ao tratamento o uso de amicacina (500mg) porperfusão regional, uma vez por semana. Aos 60 dias pós-operatório, ao exame radiográfico, o paciente apresentavadiscreta lise óssea ao redor de dois parafusos e a linha defratura ainda visível, tendo como diagnóstico uma uniãoretardada. Durante o manejo da ferida foi verificada ex-posição da placa cranio-medial e mobilidade do foco defratura. Foi realizada a extração dos parafusos e enviadospara realização de cultura e antibiograma, que detectouEscherichia coli, sensível a Florfenicol e Imipenem. Aantibioticoterapia passou a ser realizada com Florfenicolpor 7 dias por via intramuscular e depois uma vez por se-mana por perfusão regional. Associada ao tratamento comFlorfenicol, decidiu-se por realizer ozonioterapia. A ozo-nioterapia foi escolhida como tratamento complementarpor suas propriedades bactericida, viricida e fungicida.Foram realizadas duas sessões semanais de “bagging” deozônio na concentração 60µg/mL durante 30 minutos, as-sociadas a lavagem da ferida com água bidestilada ozo-nizada (40µg/mL). Foram realizadas cinco sessões deozonioterapia e após estabalidade clínica do foco de fra-tura decidiu-se pela remoção complete da placa cranio-medial.

Ozonioterapia no tratamento de infecção em implante ortopédico para o tratamento de fratura de terceiro metacarpoem potro: relato de casoRaquel Athanasio 1; Beatriz Ventura Dreyer 1; Douglas Garcia Pereira 2; Dábia Silva Teixeira 3; Isabela Peixoto Ra-belo 4; Augusto Borges Veloso 3; Rodrigo Norberto Pereira 5

1 Graduanda de Medicina Veterinária - Universidade Federal de Lavras - Lavras - Minas Gerais - Brasil. 2 Mestrando em Ciência Animal - Universidade Federal de Lavras - Lavras - Minas Gerais - Brasil.3 Profissional Autônomo, especialista em Clínica Cirúrgica e Anestesiologia de Grandes Animais - Lavras - Minas Gerais - Bra-sil. 4 Mestranda em Cirurgia Veterinária - Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho” - Jaboticabal - São Paulo - Bra-sil. 5 Docente do Departamento de Medicina Veterinária - Universidade Federal de Lavras - Lavras - Minas Gerais - Brasil.

Correspondência: [email protected]

Palavras-chave: equino; ferida; ortopedia; ozônio

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I ENCONTRO CIENTÍFICO INTERNACIONAL DE OZONIOTERAPIA106

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I ENCONTRO CIENTÍFICO INTERNACIONAL DE OZONIOTERAPIA 107

O procedimento foi realizado sob anestesia geral,aproximadamente, quatro meses após a primeira cirurgia.A placa foi removida e um enxerto ósseo, extraído dotuber coxal foi colocado na fratura, a placa cranio-lateralfoi mantida. Após a segunda cirurgia manteve-se inter-nado por mais quatro meses. No momento da alta, o pa-ciente apresentava consolidação do foco de fratura, semquaisquer sinais de infecção óssea.

CONCLUSÃOO tratamento de infecções crônicas associadas a im-

plantes ortopédicos é um desafio terapêutico. Esse desafioé ainda maior em potros, pela dificuldade de cicatrizaçãoóssea da espécie equina. A realização do antibiograma, amudança de antibioticoterapia e a remoção da placamédio-lateral foram essenciais para o desfecho favoráveldo tratamento. Todavia optou-se por esperar a perda demobilidade do foco de fratura para a retirada da placa.Durante este período, entre a exposição da placa e a perdade mobilidade do foco de fratura é que acreditamos quea ozonioterapia incrementou o tratamento, melhorando oaspecto da ferida e diminuindo o volume de secreção.Essa é apenas uma impressão clínica. Nas condições dopresente relato de caso não foi possível avaliar o ação daozonioterapia de forma isolada. Todavia, a impressão clí-nica de melhora no controle de infecção e do processo decicatrização nos motiva a desenvolver trabalhos futuroscom o uso da ozonioterapia.

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INTRODUÇÃOMelanomas são tumores malignos que afetam os me-

lanócitos (estimulados pelo aumento da produção dealpha – MSH – hormônio estimulante de alpha melanó-citos), células produtoras de melanina que são responsá-veis pela pigmentação cutânea. Ocorre devido aoestímulo da formação de novos melanoblastos ou au-mento excessivo de sua produção. Comum em equinostordilhos, sem predileção racial e sexual. A idade é umfator determinante para desenvolvimento da malignidadedo melanoma. Os animais geralmente apresentam nódu-los na região anal, perineal, base da cauda, órgãos geni-tais, com menor frequência, podem ocorrer também nopescoço, em região da glândula parótida, área auricular,comissuras labiais, nas pálpebras, zona periorbital e nos

membros e o curso clínico varia desde a invasão dos ór-gãos até a disseminação metastática. Caracteriza-se porlesões nodulares firmes, únicas ou mútiplas, tamanhos va-riados, infiltrativas, podendo ocorrer ulceração. As me-tástases são comuns e ocorrem via hematógena, linfáticaou por implantação. Os principais locais envolvidos emcasos de metástase são linfonodos regionais, baço, fígado,pulmões, cavidade torácica, vasos sanguíneos e corações.Os sinais clínicos são variáveis dependendo da localiza-ção tumoral, na região genital pode causar obstrução fí-sica do esfínter anal, pênis, prepúcio ou comissura vulvar,resultando em disquesia, disúria e podem afastar essesanimais da reprodução. Os sinais clínicos sistêmicos maiscomuns associados são inespecíficos e pouco auxiliam nodiagnóstico, entre eles podemos citar apatia, perda de

Ozonioterapia como tratamento de melanoma equino: relatode caso

Nathalie da Silva Spehar 1

1 Profissional Autônomo – São Paulo/ SP/ Brasil.

Correspondência: [email protected]

Palavras-chave: tumor; melanócito; ozônio medicinal

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I ENCONTRO CIENTÍFICO INTERNACIONAL DE OZONIOTERAPIA108

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I ENCONTRO CIENTÍFICO INTERNACIONAL DE OZONIOTERAPIA 109

peso, cólicas e edemas periféricos. O diagnóstico é ba-seado na anamnese e história clínica associando a idadee pelagem do animal com o exame físico, sinais clínicose aparência macroscópica das lesões. O diagnóstico es-pecífico e estabelecimento do prognóstico é conseguidosomente através da avaliação microscópica por meio deexames citológicos e/ou histológicos dos nódulos O tra-tamento depende da localização, evolução e estadiamentotumoral, mas inclui excisão cirúrgica, quimioterapia sis-têmica ou intralesional , cimetidina e ozonioterapia.

OBJETIVOO objetivo do presente trabalho é relatar o caso de um

cavalo de 9 anos de idade, Puro Sangue Lusitano, tordi-lho, macho, castrado, alojado em uma hípica paulista parafinalidades esportivas.O equino apresentava melanomacrônico em tratamento com Cimetidina 18mg/Kg, viaoral, duas vezes ao dia, durante 180 dias e o nódulo comúlcera crônica, sem evolução de cicatrização através detratamento clínico convencional além de apresentar dis-quesia e sensibilidade ao exame. Sem resposta satisfatóriapara o controle do melanoma, o equino foi encaminhadopara tratamento com ozonioterapia. Os exames físico ehematológico apresentavam-se dentro dos valores de nor-malidade para a espécie, mas o equino apresentava múl-

tiplos nódulos na base da cauda, região perineal e ânuscom um nódulo ulcerado.

TRATAMENTOForam realizadas 3 sessões de ozonioterapia, sendo

sessões semanais, através de insuflação retal e aplicaçãointralesional e perilesional. O protocolo utilizado na in-suflação retal: 20 µg, fluxo 500mL/min , completando 3,5litros. Na aplicação perilesional a concentração utilizadafoi de 8 µg em um volume de 20 mL por aplicação sub-cutânea e na aplicação intralesional a concentração utili-zada foi de 20 µg usando volume variável entre 10 mL(nódulos pequenos) e 60 mL (nódulo grande e ulcerado).

EVOLUÇÃOO equino apresentou evolução positiva ao tratamento

de ozônio, com cicatrização e regressão do tamanho daneoplasia ulcerada e regressão do tamanho de outros nó-dulos tumorais perineais, A ozonioterapia tem um papelmuito importante e decisivo para a manutenção da quali-dade de vida e saúde, em média 60% da privação de oxi-gênio em uma célula causará estresse levando a distúrbiosna oxidação/ redução e divisão celular descontrolada. Otratamento em curso foi interrompido devido a uma via-gem de compromisso da campanha atlética do equino.

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INTRODUÇÃOAs endometrites bacterianas e fúngicas são importan-

tes complicações em programas de transferência de em-briões uma vez que as doadoras de embriões têm seusistema de defesa uterino desafiado diversas vezes du-rante uma estação de monta. As contaminações podemocorrer via cobrição, inseminação artificial, falhas nas de-sinfecções de materiais utilizados nas coletas ou na téc-nica de coleta de embriões. Após uma infecção aguda, namaioria das éguas, as bactérias invasoras serão eliminadase a infecção resolvida fisiologicamente. Contudo, em al-guns casos, um pequeno número de bactérias sobreviveme causam infecções persistentes que tornam-se difíceis deeliminar (Ferris, 2017). Em éguas tem sido reportado queinfecções uterinas crônicas que são resistentes a agentesantimicrobianos pode ser causado pela produção de bio-filme por esses microorganismos, que consiste em umamatriz que se adere as microcolonias impedindo a pene-tração dos antibióticos (LeBlanc & Causey, 2010). Bac-térias que atuam no endométrio equino estãoconstantemente associadas à capacidade de produção debiofilme, fazendo com que os tratamentos se tornemmenos eficazes. (Nascimento Jr et al, 2019).

O desenvolvimento do biofilme em éguas doadoras deembriões é um importante fator de subfertilidade. Devidoa sua importância reprodutiva estas éguas geralmente sãosubmetidas a exames clínicos e laboratoriais e posterior-mente tratadas com antimicrobianos. Entretanto a prote-ção promovida pelo biofilme aos microrganismos fazcom que muitos destes tratamentos não sejam eficientes,apresentando estas éguas, no primeiro ou segundo ciclopós tratamentos, lavados uterinos turvos e contaminados.A formação do biofilme é uma estratégia de sobrevivên-cia para bactérias e fungos se adaptarem ao meio am-biente. Microrganismos crescendo em um biofilme sãoaltamente resistentes a agentes antimicrobianos. O bio-filme permite que as bactérias não sejam reconhecidaspelo sistema imunológico do hospedeiro, evitando sua

exposição a antibióticos e levando à resistência a estasdrogas (Donlan & Costerton, 2002).

Na rotina de médicos veterinários que trabalham combiotecnologias da reprodução equina são comuns infecçõesrecorrentes em éguas doadoras de embriões tratadas comantibioticoterapia. Não raramente estas éguas apresentamlavados uterinos durante as coletas 7 a 9 dias pós ovulaçãocom aspecto turvo sugestivo de infecções e presença debiofilme. Os tratamentos de infecções associadas ao bio-filme devem objetivar a quebra do material do biofilmepossibilitando assim a eliminação das bactérias que resi-dem dentro do biofilme. (Ferris, 2017; Vargas et al., 2018).

O tratamento de infecções por biofilme representa umdesafio para microbiologistas e clínicos. Sob a proteçãodo biofilme, as células microbianas tornam-se tolerantese resistentes aos antibióticos, às respostas imunes, o queaumenta as dificuldades tanto para o tratamento, assimcomo para um diagnóstico eficaz. (Nascimento Jr, 2019).Bactérias que residem em um biofilme podem ser até1000 vezes mais resistentes ao tratamento com antibióti-cos em comparação com bactérias de vida livre (Ferris,2017).

Para serem efetivos, os agentes antimicrobianosdevem atravessar uma camada de EPS, DNA, RNA, lipí-dios e proteínas espessas para alcançar bactérias habitan-tes desta barreira protetora (Ferris, 2017). Uma dasprincipais ações do Peróxido de Hidrogênio e outros ozo-nídeos presentes nos óleos ozonizados é penetrar na ca-mada lipídica de membranas celulares.

OBJETIVOO objetivo do presente estudo foi avaliar o uso de

óleos vegetais ozonizados na ruptura do biofilme uterinode éguas subférteis doadoras de embrião e/ou com histó-rico de endometrites persistentes.

A hipótese a ser testada é que após a ruptura do bio-filme ocorrerá a ação antimicrobiana dos óleos ozoniza-dos sobre as membranas das bactérias presentes no útero.

Efeitos da infusão de óleos vegetais ozonizados sobre a remoção do biofilme uterino em éguas doadoras de embriõescom endometrites persistentes

Haroldo Vargas¹; Maria Paula Tecles Brandão Vargas 2; Antonio Brito da Silva Filho 3; Gustavo Ferrer Carneiro 3

1 Médico Veterinário Autônomo, especialista em Diagnóstico e Cirurgia de Equinos, IBVET, Jaguariuna, SP, Brasil; 2 Discente de Medicina, Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde, Juiz de Fora, MG, Brasil; 3 Mestrando Programa de Pós Graduação em Ciência Animal Tropical, UFRPE, Recife, PE, Brasil;4 Professor Associado, UFRPE, Recife, PE, Brasil.

Correspondência: [email protected]

Palavras-chave: ozonioterapia; biofilme; bactérias; endometrite; óleo ozonizado

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I ENCONTRO CIENTÍFICO INTERNACIONAL DE OZONIOTERAPIA110

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MATERIAIS E MÉTODOSForam utilizadas 12 éguas doadoras de embriões das

raças Mangalarga Marchador e Quarto de Milha, com ida-des variando entre 5 e 18 anos, com histórico de subfer-tilidade e endometrites bacterianas e/ou fúngicasrecorrentes, no período de maio de 2018 a março de 2019.Todas as doadoras apresentavam lavados turvos nos pro-cessos de tentativas de coletas de embriões. Três destaséguas (éguas 1, 2 e 3) foram retiradas do programa detransferência de embriões (TE) e inseminadas para ges-tação. As nove demais éguas foram mantidas no pro-grama de TE. Todas as éguas foram tratadas durante odiestro com presença de corpo lúteo ativo e cérvix fe-chada. As éguas receberam infusão intrauterina de 40 mLde óleo vegetal ozonizado com teores de peróxidos > 500ppm, na extremidade dos cornos uterinos, em infusãolenta, com pipetas flexíveis. Após a infusão as éguas re-ceberam 1 mL de Dinoprost (Lutalyse®) IM. Em 24 horasapós a infusão do óleo ozonizado as doadoras foram ava-liadas por ultrassonografia e receberam suave massagemuterina visando a distribuição do óleo ozonizado nos cor-nos e corpo uterino, tentando promover uma maior pene-tração nas pregas endometriais e melhorando a eficiênciano tratamento preconizado por Vargas et al, 2018.Entre 48 e 54 horas após o início do tratamento as éguasforam submetidas a lavagens uterinas sucessivas com in-fusão de 1 litro de solução de Ringer com Lactato deSódio utilizando-se sonda para coleta (Bivona® n. 32), emvolumes que variaram de 5 à 9 litros. Os lavados somenteforam interrompidos após a drenagem de soluções límpi-das.

RESULTADOS E DISCUSSÃOObservou-se remoção de diferentes quantidades de

fluidos possivelmente contendo biofilme uterino. A açãodo óleo ozonizado foi comprovada através da presençade óleo sobrenadante nos primeiros lavados.

Os aspectos dos lavados foram classificados comoSemi-Límpidos (SL), Turvos (T), Muito Turvos (MT),Muito Turvos com presença de material sedimentado(MTMS), Purulentos (PU) estão descritos na tabela 1.Observou-se uma eficiente capacidade do óleo ozonizadona quebra da estrutura dos biofilmes facilitando a sua re-moção. As éguas tratadas foram inseminadas no 1º e/ou2º ciclo após o tratamento e posteriormente submetidas acoletas para transferência de embriões ou mantidas emgestação.

Todas as doadoras submetidas à coleta de embriõesapresentaram lavados límpidos após o tratamento. Foramrealizadas 9 tentativas de coletas de embriões no 1º e 2ºciclos pós tratamento com taxa de recuperação embrio-nária de 55,5% (5/9).

Das 12 doadoras tratadas, 25% (3/12) foram insemi-nadas para gestação tendo obtido 100% (3/3) de taxa deprenhez na primeira inseminação pós tratamento. As de-mais doadoras (75% - 9/12) foram mantidas no programade TE. Destas 9 doadoras, 22,2% (2/9) foram inseminadasno 1º ciclo estral pós tratamento, com uma das doadorasapresentando um lavado positivo (com presença de em-brião). As demais éguas (incluindo essa que obteve umlavado negativo no 1º ciclo) foram inseminadas no 2ºciclo pós tratamento obtendo-se a taxa de 62,5% (5/8) delavados positivos contendo embriões (Tabela 1).

Tabela 1 – Relação das éguas infundidas com óleo ozonizado contendo tempo da infusão, número de infusõesrealizadas, aspecto pós 1º, 3º, 5º, 7º e 9º infusão, resultado pós infusão e taxa de gestação quando pertinenteÉgua Lavado Número Aspecto 1ª Aspecto 3a Aspecto 5a Aspecto 7a Aspecto 9a Coleta Coleta Gestação

pós- infusões infusão infusão infusão infusão infusão embrião embrião Pós Ttoinfusão 1o ciclo 2o ciclo

pós tto pós tto1 56 horas 7 PU MTMS SM L NR NR NR GESTANTE2 54 horas 5 MT T L L NR NR NR GESTANTE3 52 horas 7 MT MT SL L NR NR NR GESTANTE4 48 horas 9 PU MTMS MT SL L NR L / EMBRIÃO + X5 48 horas 6 T SL L NR NR L / EMBRIÃO - L / EMBRIÃO + X6 50 horas 9 MTMS MT T SL L NR L / EMBRIÃO - X7 52 horas 9 PU MTMS MT SL L NR L / EMBRIÃO + X8 50 horas 5 MT T L NR NR L / EMBRIÃO + NR X9 54 horas 7 MTMS MT T L NR NR L / EMBRIÃO + X10 52 horas 6 MT T L NR NR NR L / EMBRIÃO + X11 48 horas 7 MT T SL L NR NR L / EMBRIÃO - X12 48 horas 9 MTMS MTMS MT T L NR L / EMBRIÃO - X

Notas: L / EMBRIÃO + = Lavado Límpido embrião positivo; L / EMBRIÃO - = Lavado Límpido embrião negativo; NR = Não realizado X = Não inseminadas para gestação

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I ENCONTRO CIENTÍFICO INTERNACIONAL DE OZONIOTERAPIA112

CONCLUSÃOBaseado nos resultados alcançados, em 100% das doa-

doras que apresentavam lavados para recuperação em-brionária com turbidez pré tratamento, comprovou-se aeficiência dos óleos ozonizados na possível ruptura dobiofilme uterino, comprovado através de lavados uterinossucessivos pós infusão. A ocorrência de lavado sem tur-bidez foi observada em 100% (9/9) das éguas mantidasno programa de TE. A recuperação de embriões e/ou ges-tações pós tratamento provavelmente também deveram-se ao efeito antimicrobiano dos óleos ozonizadosassociados à remoção do biofilme uterino pelos lavados.Maiores estudos serão necessários com a inclusão de cul-turas pré e pós tratamento em éguas subférteis para acomprovação do efeito antimicrobiano dos óleos vegetaisozonizados em aplicação intra-uterina.

REFERÊNCIASDantas LS, Vargas H, Nascimento Junior JAA, Sobral GG,

Viana AR, Fraga Junior AM, Carneiro, GF. Ozone is ableto activate chronically subclinical infected mares, VII In-ternational Symposium on Animal Biology of Reproduction– ISABR, 6 a 9 novembro de 2018.

Donlan RM, Costerton JW. Biofilms: Survival mechanisms ofclinically relevant microorganisms. Clin Microbiol Rev,v.15, p.167-193, 2002.

Ferris RA. Current understanding of bacterial biofilms and la-tent infections: A clinical perspective. Rev. Bras. Reprod.Anim., v.41, n.1, p.74-80, 2017.

LeBlanc MM, Causey RC. 2009. Clinical and subclinical en-dometritis in the mare: both threats to fertility. Reprod Do-mest Anim 44(Suppl 3):S10–S22.

Nascimento Júnior JAA, Maciel NGP, Correia MTS, CarneiroGF. Derivados de produtos naturais são capazes de romperbiofilme in vitro de bactérias isoladas de útero de éguas.CBRA, 15 a 17 de Maio de 2019.

Vargas, H. Remoção do biofilme uterino de éguas com endo-metrite uterina persistente com infusões de óleo de girassolozonizado. In: Ozonioterapia na Clínica, Reprodução e Rea-bilitação de Equinos – II Simpósio Internacional de Ozo-nioterapia na Medicina Veterinária. São Paulo, 4 a 6 demaio de 2018.

Vargas H, Nascimento Junior JAA; Sobral GG, Viana AR, VilarIJ, Carneiro GF. Intrauterine infusion of ozone in sussepti-ble mare, VII International Symposium on Animal Biologyof Reproduction – ISABR, 6 a 9 novembro de 2018.

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HISTÓRICOFoi atendido o equino raça Mangalarga Paulista,

idade 22 anos no Rancho VN em São Sebastião-SP,com histórico de acidente ofídico por Bothropsjararacussu no dia 23/06/2018, sendo tratado comfluidoterapia e soro antiofídico, porém 3 dias após oacidente o região estava com uma necrose acentuadana região do boleto ate o tarso do membro posteriordireito, sendo usado Furanil e Bactrovet e crioterapiaduas vezes ao dia, sem melhora clínica.

ACHADOS EM EXAME FISÍCO E DIAGNÓSTICO

No exame físico o animal se encontrava clinica-mente com claudicação grau 5 (sem apoio no mem-bro), sinais de inflamação, edema, calor e necrose naregião do boleto até o tarso.

TRATAMENTO E EVOLUÇÃOO protocolo adotado na terapia foi realizado com

ozonioterapia (bagging realizado com saco cristas efita crepe, lavagem com soro ozonizado, insuflaçãoretal e óleo ozonizado), açúcar e óleo de malaleuca,prescrição domiciliar 2 vezes ao dia.Dia 0 – 28/06/2018: visita clínica para avaliação comanamnese e fechamento do diagnóstico (Figura 1).Dia 1 – 29/06/2018: Sessão de insuflação intra retaldo gás utilizando a dose 52 µg com a dose máximade aplicação para o animal, lavagem da ferida e crio-terapia durante 20 minutos, deixando secar por 15minutos, seguido por bagging na concentração 52 µgcom a máquina ligada 20 minutos e desligada 20 mi-nutos e depois utilização de óleo ozonizado na formatópica (Figura 2).

Dia 2 – 30/06/2018: Lavagem e crioterapia por 20minutos, depois secagem por 15 minutos seguido porbagging na concentração 52 µg durante 15 minutoscom a maquina ligada e 15 minutos desligada e usotópico de óleo ozonizado (Figura 3).Dia 3 – 01/07/2018: Dia 2 30/06/2018 Lavagem ecrioterapia por 20 minutos, depois secagem por 15minutos seguido por bagging na concentração 50 µgdurante 15 minutos com a maquina ligada e 15 mi-nutos desligada e uso tópico de óleo ozonizado. Oanimal já apresenta claudicação grau 2, diminuiçãoda inflamação e inicio da formação de bordas de ci-catrização (Figura 4).Dia 4 – 02/07/2018: Lavagem e crioterapia por 20minutos, depois secagem por 15 minutos seguido porbagging na concentração 52 µg durante 15 minutoscom a maquina ligada e 15 minutos desligada e usotópico de óleo ozonizado. O animal não apresentamais claudicação, somente sensibilidade ao toque,ferida limpa e sem granulação. (Figura 5).Dia 5 – 03/07/2018: Lavagem e crioterapia por 20minutos, depois secagem por 15 minutos seguido porbagging na concentração 52 µg durante 15 minutoscom a maquina ligada e 15 minutos desligada e usotópico de óleo ozonizado. O animal apresenta feridalimpa e com tecido cicatricial (Figura 6).Dia 6 a 20 – tratamentos domiciliar: Período da manhã: lavagem da ferida e crioterapiadurante 20 minutos secagem por 15 minutos e apli-cação de açúcar cristal.Período da tarde: lavagem da região e aplicação deóleo de malaleuca.Noturno: lavagem da ferida e aplicação de óleo ozo-nizado (Figuras 7 a 13).

Ozonioterapia para tratamento de necrose por acidente ofídico por Bothrops jararacussu em equino – relato de caso

R.CUNHA¹

¹ Profissional autônomo, especialista em clínica e cirurgia de pequenos animais, reprodução de equinos e pós-graduanda emReabilitação Animal – Pindamonhangaba/SP/Brasil.

Correspondência: [email protected]

RESUMONo acidente ofídico causado por Bothrops jararacussu ocorre lesões locais pela liberação de mediadores inflamatórios e subs-tâncias vasoativas causando no local dor, rubor, edema, bolha e necrose. Levando a claudicação e lesão intensa de necrose naregião. Este trabalho tem como objetivo relatar a melhora de um equino com lesão por acidente ofídico submetido ao tratamentocom ozonioterapia, óleo essencial de malaleuca e açúcar.

Palavras-chave: ofídico; ozônio; granulação

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I ENCONTRO CIENTÍFICO INTERNACIONAL DE OZONIOTERAPIA 113

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Figura 1 – Dia 0

Figura 2 – Dia 1

Figura 3 – Dia 2

Figura 4 – Dia 3

Figura 5 – Dia 4

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I ENCONTRO CIENTÍFICO INTERNACIONAL DE OZONIOTERAPIA114

Dia 21: Final do tratamento com ferida completa-mente cicatrizada (Figura 14). O animal após o tra-tamento se manteve sem claudicação, com processode cicatrização sem infecções secundárias e sem gra-nulação, obtendo uma cicatrização plena e animalsem sequelas.

CONCLUSÃODesta forma foi concluido que no caso, o uso da

ozonioterapia foi o protocolo terapêutico, evitandoo surgimento de tecido de granulação, proporcio-nando a cicatrização da ferida sem que houvessecontaminação secundária e de forma adequada.

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Figura 6 – Dia 5 Figura 8 – Dia 7

Figura 9 – Dia 8

Figura 12 – Dia 16 Figura 13 – Dia 20 Figura 14 – Dia 21

Figura 10 – Dia 9 Figura 11 – Dia 14

Figura 7 – Dia 6

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I ENCONTRO CIENTÍFICO INTERNACIONAL DE OZONIOTERAPIA 115

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HISTÓRICOEquino, macho inteiro, da raça Mangalarga Marcha-

dor, 18 anos de idade, 370 kg de peso, mantido em pastode coast cross com acesso livre a água e sal mineral, e su-plementado com 3 Kg de ração concentrada ao dia. Pro-veniente do município de Ourinhos-SP, o animal foiencaminhado para o Hospital do Centro Universitário dasFaculdades Integradas de Ourinhos com ferida de difícilcicatrização na região da quartela do membro torácico es-querdo, visualizada há cerca de 10 dias segundo o pro-prietário.

ACHADOS EM EXAME FÍSICO E DIAGNÓSTICONa inspeção visual, constatou-se ferida contaminada de

aspecto granulomatoso exuberante, bordas edemaciadas eirregulares com secreção serosanguinolenta. Localizada naregião palmar da quartela, a ferida se estendia desde a facemedial até a face lateral, tendo como limite inferior o bordocoronário palmar. Na caracterização macroscópica, foramobservadas massas necróticas de coloração branco-amare-lada, de forma irregular e ramificada (“kunkers”). Os “kun-kers” foram macerados e semeados em ágar Sabouraud a37°C em estufa bacteriológica por 14 dias com identifica-ção dos zoosporângios compatíveis com Pythium insidio-sum, confirmando a suspeita clínica de pitiose.

TRATAMENTO E EVOLUÇÃO Como procedimento inicial, a ferida foi limpa com

clorexidine degermante a 2% e solução fisiológica. Me-diante sedação e bloqueio anestésico local, o tecido exu-berante foi removido cirurgicamente. Imediatamente apóso ato cirúrgico, iniciou-se a ozonioterapia como trata-mento de eleição.

O tratamento indicado para essa ferida foi “bagging”,insuflação retal com ozônio e curativo com óleo de giras-sol ozonizado. A ferida era lavada a cada 48 horas comclorexidine degermante a 2% e enxaguada com soluçãofisiológica. Imediatamente era realizado o “bagging” por20 minutos (bolsa fechada com o gás na concentração de62µg/mL e mantida por mais 5 minutos após o aparelhoser desligado) durante 15 sessões. Encerrado o “bagging”,

Ozonioterapia para tratamento de pitiose em membro torácicoem equinoDaniela Fernandez Montechiesi 1; Allison Maldonado 2; Luana Venâncio Garcia 3; Breno Fernando Martins de Almeida 2; José Ricardo da Silva Orozimbo 3; Joyce Cristina Ripi Fioruci 3

1 Profissional Autônomo, mestre em reprodução animal, FMVZ UNESP, campus Botucatu-SP-Brasil, 2 Professor da graduação do Centro Universitário das Faculdades Integradas de Ourinhos-SP-Brasil, 3 Aluno do curso de graduação do Centro Universitário das Faculdades Integradas de Ourinhos-SP-Brasil.

Correspondência: [email protected]

Palavras-chave: ozonioterapia; pitiose; ferida; equino

Figura 1 – Ferida ao chegar no hospital

Figura 2 – “Kunkers”

Figura 3 – Após remoção de tecido exuberante

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a ferida era mantida fechada com gaze embebida em óleode girassol ozonizado (Ozone Life®), e penso fechadocom algodão e atadura.

Da décima sexta à décima nona sessão, não havia maisnenhuma evidência de infecção fúngica, nem presença de“kunkers”. O “bagging” passou a ser realizado com con-centração reduzida para 20µg/mL por 15 minutos e man-tida por mais 5 com a bolsa fechada, pois nesse momentoo tecido de granulação estava ligeiramente exacerbado.Para acelerar o processo, o tecido de granulação que ul-trapassava a altura das bordas da ferida foi removido ci-rurgicamente.

Da vigésima sessão até o final do tratamento, a con-centração do “bagging” foi de 15µg/mL 15 minutos emantida por mais 5 com a bolsa fechada. No total, foramrealizadas 38 sessões de “bagging” para o fechamentocompleto da ferida. A insuflação retal foi realizada a cada7 dias com 20µg/mL, por 8 minutos.

CONCLUSÃOA pitiose equina é uma doença presente em todas as

regiões do Brasil, acentuada em regiões com baixadas esujeitas a alagamentos, condição esta que é comumenteobservada em inúmeras propriedades durante os períodoschuvosos. Apresenta evolução rápida e aumento progres-sivo das lesões, sendo que os tratamentos convencionais

normalmente são considerados lentos e onerosos. A ozo-nioterapia local (“bagging”), associada ao curativo comóleo de girassol ozonizado e à insuflação retal com ozô-nio, foi capaz de eliminar o fungo e promover cicatriza-ção em 38 sessões, sendo a única técnica empregada notratamento e portanto justificando sua eficácia.

Figura 4 – Bagging Figura 5 – Antes da remoçãodo tecido de granulação

Figura 6 – Após remoção dotecido de granulação

Figura 7 – Após 38 sessões de bagging

Figura 8 – Ferida cicatrizada

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INTRODUÇÃOOs oomicetos são organismos eucariotos que habitam

ecossistemas de água doce e ambientes terrestres. Emboracompartilhem muitas características com os fungos ver-dadeiros, incluindo a estrutura somática formada por hifase a produção de esporos, são micro-organismos fungal-like (GAULIN et al., 2010). Enquanto alguns gêneros deoomicetos são sapróbios, outros são patógenos, podendocausar graves infecções em plantas (Pythium e Phytopht-hora), insetos (Lagenidium e Pythium), peixes (Achlya,Saprolegnia e Pythium) e mamíferos (Lagenidium e Pyt-hium). Nestes últimos, Pythium insidiosum é a espéciepatógena de maior relevância, determinando a pitiose,uma doença emergente, de rápida evolução, difícil trata-mento e que oferece risco de vida (MENDOZA; VI-LELA, 2013). A pitiose é relatada em equinos, caninos,homens e outras espécies que habitam ambientes panta-nosos de áreas tropicais e subtropicais (GAASTRA et al.,2010). No Brasil, a doença é mais frequente em equinosque apresentam lesões ulcerativas, de crescimento rápidoe aparência tumoral. No interior da lesão, observa-seabundante tecido conjuntivo fibroso de consistência firmee brancacento, entrecortado por galerias (sinus) preenchi-das por massas branco-amareladas, de aspecto arenoso eramificadas, denominadas kunkers (GAASTRA et al.,2010). Embora, nos últimos anos, os estudos envolvendométodos de diagnóstico e protocolos terapêuticos para otratamento da enfermidade tenham avançado significati-vamente, a pitiose permanece sendo uma infecção difícilde tratar. Parte dos insucessos terapêuticos deve-se a de-ficiente resposta de P. insidiosum às terapias disponíveis,incluindo tratamento com fármacos antifúngicos, cirurgiae imunoterapia (GAASTRA et al., 2010). Neste sentido,buscam-se novas terapias para o tratamento da enfermi-dade.

A ozonioterapia é uma técnica da medicina integrativa

que agrega a utilização de 95% de O2 e 5% de O3, po-dendo ser o gás empregado na forma sistêmica e local epor via tópica quando utilizado o óleo ozonizado. Relata-se que o ozônio ativa o sistema antioxidante do orga-nismo, aumenta a imunidade e melhora a perfusãosanguínea, o que explica sua ação antimicrobiana, anti-neoplásica, anti-inflamatória e analgésica (RODRÍGUEZet al., 2018). A ozonioterapia tem sido empregada na me-dicina veterinária para o tratamento de diversas enfermi-dades incluindo infecções bacterianas, fúngicas, virais,parasitárias, entre outras (RODRÍGUEZ et al., 2018).

O objetivo do presente estudo foi avaliar a atividadeanti-P. insidiosum do óleo de girassol ozonizado (OGO)e determinar a capacidade de inibição do crescimento dooomiceto a partir de kunkers.

MATERIAL E MÉTODOSEnsaios de suscetibilidade in vitro: Os testes de mi-

crodiluição em caldo seguiram o protocolo M38-A2 doCLSI (Clinical and Laboratory Standards Institute) comadaptações para testes com fitofármacos (FONSECA etal., 2015). Foi avaliada a suscetibilidade de 30 isoladosde P. insidiosum, oriundos de 28 equinos e 2 caninos na-turalmente infectados, provenientes do Estado do RioGrande do Sul. O inóculo foi preparado a partir de culturamicelial de P. insidiosum, conforme descrito pro Fonsecaet al. (2014). O óleo de girassol (Helianthus annus) ozo-nizado (OGO) foi obtido comercialmente pelo fabricanteOzone & Life. A composição do óleo foi fornecida pelofabricante, sendo seus componentes majoritários: ácidolinoleico (65%), ácido oleico (20%), ácido palmítico (5%)e ácido esteárico (5%). A solução-estoque do óleo foi pre-parada adicionando-se 450.000µg do óleo em 8.000µL deRPMI e 50µL de Tween 80 obtendo a concentração de56.000µg/mL. A partir das soluções-estoque, foram pre-paradas dez diluições sucessivas em meio RPMI 1640, as

Óleo de girassol ozonizado: atividade anti-Pythium insidiosum

Cristina Gomes Zambrano 1, Caroline Quintana Braga 2, Júlia de Souza Silveira Valente 3, Carolina Litchina Brasil 3, Sônia de Avila Botton 4, Daniela Isabel Brayer Pereira 5

1 Profissional autônomo especialista em clínica médica equina e ozonioterapia. Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. 2 Mestranda Programa de Pós-Graduação em Microbiologia e Parasitologia, Departamento de Microbiologia e Parasitologia,Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil.3 Doutoranda Programa de Pós-Graduação em Microbiologia e Parasitologia, Departamento de Microbiologia e Parasitologia,Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil.4 Professor Associado, Centro de Ciências Rurais, Departamento de Medicina Veterinária Preventiva, Universidade Federal deSanta Maria, Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brasil.5 Professor Associado, Instituto de Biologia, Departamento de Microbiologia e Parasitologia, Universidade Federal de Pelotas,Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil.

Correspondência: [email protected]

Palavras-chave: oomiceto; pitiose; suscetibilidade; ozonioterapia; kunkers

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quais variaram de 56.000 a 0,05µg/mL. Alíquotas de100µL de cada diluição foram dispensadas a cada poçodas microplacas e adicionado de igual volume do inóculo.Para cada teste foi utilizado um controle positivo (inóculo+ RPMI) e negativo (óleo + RPMI). As placas foram in-cubadas a 37°C em estufa orbital de agitação/40 rpm/48horas. Todos os testes foram realizados em triplicata. Aleitura foi visual e levou em consideração o crescimentoou não de hifas. A menor concentração do óleo capaz deinibir o crescimento de P. insidiosum foi identificadacomo a concentração inibitória mínima (CIM). As con-centrações acima da concentração inibitória mínimaforam utilizadas para determinação da concentração oo-micida mínima (COM). Para isto, 100 µL da diluiçãoforam transferidos para tubos contendo 900 µL de caldoSabouraud, ficando incubados a 37ºC/48 horas. A menorconcentração do óleo que não evidenciou crescimento foiconsiderada a COM.

Ensaios de inibição do crescimento de P. insidiosuma partir de materiais clínicos: kunkers oriundos de umequino com pitiose foram seccionados em pequenos frag-mentos. Placas de Petri contendo agar levedura 0,1%foram previamente recobertas com 100µL de OGO e dezfragmentos de kunkers foram distribuídos sobre a super-fície do agar. Adicionalmente, placas de Petri contendoagar levedura foram semeadas com dez fragmentos dekunkers, sobre os quais foi instilado 50µL de OGO.Como controle positivo, dez fragmentos de kunkersforam colocados sobre a superfície de agar levedura semOGO. Os ensaios foram realizados em duplicata e todasas placas foram incubadas a 37ºC/96 horas.

RESULTADOS E DISCUSSÃOOs resultados dos ensaios in vitro evidenciaram que o

OGO apresentou atividade antimicrobiana frente a P. in-sidiosum, com concentrações inibitórias mínimas que va-riaram de 875-28000µg/mL. Observou-se que aconcentração inibitória capaz de inibir 50% dos isolados(CIM50) foi de 3500 µg/mL e a CIM90 (inibição de 90%dos isolados) de 28000µg/mL. As concentrações oomici-das mínimas foram iguais às CIM para todos os isoladosdo oomiceto. Adicionalmente, observou-se que o OGOinibiu completamente o crescimento de P. insidiosum apartir dos kunkers. Os fragmentos que foram distribuídossobre a superfície do agar contendo OGO e/ou os frag-mentos onde instilou-se o OGO não evidenciaram cres-cimento do oomiceto em 96 horas de incubação. Por outrolado, nas placas controle houve o crescimento micelial deP. insidiosum a partir de todos os fragmentos semeadosem 24 horas de incubação. Pesquisas avaliando a ação an-timicrobiana in vitro de H. annus sobre P. insidiosum nãosão relatadas na literatura. No entanto, estudos préviosevidenciaram a atividade anti-Pythium de outros óleos,incluindo óleos essenciais de plantas como Mentha pipe-rita, Origanum vulgare e Melaleuca alternifolia (FON-

SECA et al., 2015, VALENTE et al., 2016). Pesquisas de-monstram a ação antifúngica de óleo de girassol ozoni-zado sobre dermatófitos e espécies de Candida(RODRÍGUEZ et al., 2018). No presente estudo demons-tra-se a atividade oomicida frente ao patógeno P. insidio-sum. As propriedades cicatrizantes e antimicrobianas doóleo girassol são potencializadas quando o óleo é ozoni-zado. Desta forma, o ozônio reage com os triglicerídeosinsaturados presentes no óleo dando origem a uma sériede espécies de peróxidos, os quais são responsáveis pelaampla atividade biológica do óleo (RODRÍGUEZ et al.,2018). Segundo Weiller (2013) o óleo de girassol na suaforma ozonizada é capaz de reduzir feridas e também atuana redução do processo inflamatório.

CONCLUSÃOA atividade anti-Pythium in vitro, bem como a inibi-

ção do crescimento do micro-organismo a partir do ma-terial clínico (kunkers) permitem inferir que o OGO é umpotente aliado da medicina integrativa a ser empregadona terapia da pitiose em animais. Contudo, outros estudossão necessários para comprovar a ação do OGO na terapiada pitiose clínica.

REFERÊNCIASCLINICAL LABORATORY STANDARTS INSTITUTE

(CLSI), 2008. Reference Method for Broth Diluition Anti-fungal Susceptibility Testing of Filamentous Fungi; Appro-ved Standard, second edition, CLSI Document M38-A2.Clinical and Laboratory Standarts Institute, 940 West ValleyRoad, Suı´te 1400, Wayne, Pennsylvania 19087-1898,USA, ISBN: 1-56238-668-9.

FONSECA, A.O.S. et al. In vitro susceptibility of zoosporesand hyphae of Pythium insidiosum to antifungals. J Anti-microb Chemth. v. 69, n.6, p.1564-1567, 2014.

FONSECA, A.O.S. et al. In vitro suceptibility of Brazilian Pyt-hium insidiosum isolates to essential oils of some Lamia-ceae family species. Mycopathologia. v. 179, n.3-4, p.253-258, 2015.

GAASTRA, W. et al. Pythium insidiosum: an overview. VetMicrobiol, v.146, n. 1-2, p. 1-16, 2010.

GAULIN E., BOTTIN, A., DUMAS B. Sterol biosynthesis inoomycete pathogens. Plant Signaling & Behavior. v. 5, p.258-260, 2010.

MENDOZA L, VILELA R. The Mammalian Pathogenic Oo-mycetes. Clinical Lab Issue. v. 7, p. 198-208, 2013.

RODRÍGUEZ, Z.Z. et al. Ozonioterapia em Medicina Veteri-nária. 1 ed. São Paulo: Multimidia Editora, 282 p. 2018.

VALENTE, J.S.S. et al. In vitro activity of Melaleuca alterni-folia (Tea Tree) in its free oil and nanoemulsion formula-tions against Pythium insidiosum. Mycopathologia. v.181,p. 865-869, 2016.

WEILLER, C.M.B. Tratamento de feridas diabéticas em mem-bros inferiores com óleo de girassol 72f. Tese de Mestradoem Bioengenharia, Universidade Camilo Castelo Branco,Brasil, 2013.

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HISTÓRICOEquino, fêmea, Mangalarga Marchador, 5 anos, 390

kg, criada em cocheira e utilizada para passeio. Alimen-tação a base de feno de coast cross, 4,5 Kg de ração con-centrada de manutenção em três tratos ao dia, sal minerale água a vontade. Foi encontrada na cocheira em setem-bro de 2017 com uma ferida na região da articulação me-tacarpo falangeana (boleto) em membro anterioresquerdo. Foi realizado o tratamento tópico da lesão compomada Furanil® (Digluconato de clorexidina) + Tanidil®

(Coumafós + Propoxur) e spray prata repelente, além devermífugo a base de ivermectina via oral (3 doses comintervalo de 15 dias). Após um mês de tratamento a feridaestava aumentando de tamanho, então proprietário deci-diu fazer uma mistura de 200g de pomada Furanil® + 25gde Tanidil® + 20g de Neguvon (Metrifonato) e bandagemutilizando barbatimão na gaze. No dia seguinte à banda-gem, aumentou o tecido de granulação, então decidiu nãofazer mais curativo fechado. Não havendo melhora, em

novembro chamou um veterinário que sugeriu ser habro-nemose cutânea e prescreveu Neguvon® tópico puro umavez ao dia e Provermin Plus® (Fembendazol + Triclorfon)via oral (3 doses com intervalo de 15 dias). Como a feridacontinuou aumentado em tamanho e tecido de granulação,no final de dezembro chamou outro veterinário que su-geriu a utilização do sulfato de cobre, lavagem da ferida2x/dia com iodo povidine e utilização da pomada Fura-nil®, mantendo a ferida sem bandagem. Houve uma me-lhora temporária no tecido de granulação, mas não notamanho da ferida, quando o colega indicou a ozoniote-rapia no início de fevereiro de 2018.

ACHADOS EM EXAME FÍSICO E DIAGNÓSTICOO animal apresentava uma ferida em formato circular

de aproximadamente 75mm de diâmetro, com tecido degranulação exuberante plano na face dorso lateral da ar-ticulação metacarpo falangeana do membro anterior es-querdo.

Ozonioterapia para tratamento de ferida em membro de equino

Daniela Fernandez Montechiesi 1, Allison Maldonado 2

1 Profissional Autônomo, mestre em reprodução animal, FMVZ UNESP, campus Botucatu-SP 2 Docente de Patologia e Técnica Cirúrgica do Curso de Medicina Veterinária – Unifio, Ourinhos-SP

Correspondência: [email protected]

Palavras-chave: bagging; insuflação retal; ozônio medicinal; mangalarga marchador

Figura 1 – Ferida com 75mm(1ᵃ sessão)

Figura 2 – Ferida com 70mm(4ᵃ sessão)

Figura 3 – Ferida com 46mm(8ᵃ sessão)

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Figura 4 – Ferida com 29mm(10ᵃ sessão)

Figura 5 – Ferida com 9mm(12ᵃ sessão)

Figura 6 – Ferida com 2mm (14ª sessão)

TRATAMENTO E EVOLUÇÃO O tratamento indicado para essa ferida foi curativo

com óleo de girassol ozonizado, “bagging” e insuflaçãoretal. A ferida era lavada duas vezes ao dia com clorexi-dine degermante e após secagem, recoberta por óleo degirassol ozonizado (Ozone Life®). Na primeira semana abandagem foi realizada somente a noite devido ao receiopor parte do proprietário, em aumentar o tecido de gra-nulação como havia ocorrido anteriormente. Após a se-gunda semana, a ferida foi mantida fechada com gazeembebida em óleo de girassol ozonizado, camada de al-godão e atadura. Nas três primeiras sessões o “bagging”foi realizado por 5 minutos (bolsa fechada com o gás naconcentração de 41µg/mL e mantida por mais 5 minutos

após o aparelho ser desligado). Da quarta sessão em se-guida, foi realizada por 15 minutos e mantida por mais 5com a bolsa fechada, utilizando mesma concentração. Ainsuflação retal foi realizada semanalmente com20µg/mL, por 8 minutos. Foram realizadas 7 sessões ini-cialmente a cada 3 dias, passando para semanalmente apartir da oitava sessão. Foram necessárias 14 sessões parao fechamento total da ferida.

CONCLUSÃOA ozonioterapia local (“bagging”), associada ao cura-

tivo com óleo de girassol ozonizado e à insuflação retalcom ozônio, foi capaz de cicatrizar as feridas em 14 ses-sões, sendo a única técnica empregada no tratamento.

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INDTRODUÇÃOO gambá-de-orelha-branca (Didelphis albiventris) é

um marsupial onívoro, considerado como importante dis-persor de sementes que pode ser encontrado em diversosbiomas do Brasil, Paraguai, Argentina, Bolívia e Uru-guai.

HISTÓRICOFoi atendido no ambulatório de acupuntura veterinária

da FMVZ – UNESP, Botucatu em julho de 2018 umGambá-de-orelha-branca de vida livre, juvenil, encami-nhado pelo Centro de Medicina e Pesquisa em AnimaisSelvagens (CEMPAS), apresentando sinais sugestivos dedistúrbio neurológico.

ACHADOD EM EXAME FÍSICO E DIAGNÓSTICOAo exame físico o animal apresentava- se alerta, com

alteração dos reflexos motores e paresia dos membros to-rácicos (Figura A), sugerindo um quadro neurológicoagudo compatível com lesão de medula espinhal cervical.Foi realizado o exame radiográfico de coluna cervical,onde evidenciou-se diminuição do espaço intervertebralentre C6-C7 (Figura B), possivelmente causada portrauma, por tratar-se de animal resgatado.

TRATAMENTO E EVOLUÇÃODiante do diagnóstico, optou-se pelo tratamento com

acupuntura e ozonioterapia com o objetivo de amenizaro quadro clínico e proporcionar um maior conforto ebem-estar ao paciente. Foram realizadas 3 sessões comintervalos de 3 dias, sendo utilizadas agulhas de acupun-tura nos pontos B11, B12, B13, B14 e pontos locais entreC6-C7 (Figura D). Foram aplicados em cada sessão 3 mLde ozônio (6mg/L) por via subcutânea no local da lesão

(Figura C). Após 3 sessões obser-vou-se melhora significativa dossinais neurológicos do paciente eo restabelecimento da funciona-bilidade dos membros torácicos.

CONCLUSÃOA Integração da Acupuntura e

da Ozonioterapia mostrou-se se-gura, eficaz e viável no trata-mento do animal aqui reportado.

Uso da ozonioterapia e acupuntura no tratamento de traumatismo cervical em gambá-de-orelha-branca (Didelphis albiventris) – relato de casoJoshua Benjamín Andrés Polanco-Stuart 1, Josiane Clara Aparecida de Oliveira Rato Graciane 1, Mariana Borgues 3, Cristianne Dantas Freirias 3, Arthur Carlos da Trinidade Alves 3, Heloísa Coppini de Lima 3, Jean Guillerme Fernandes Joaquim 2

1 Programa de PG em Biotecnologia Animal da FMVZ/UNESP, Botucatu, São Paulo, Brasil 2 Professor voluntário do serviço de Acupuntura Veterinária – FMVZ/UNESP, Botucatu, São Paulo, Brasil 3 Residente – FMVZ/UNESP, Botucatu, São Paulo, Brasil.

Correspondência: [email protected]

Palavras-chave: animal silvestre; marsupial; acupuntura; ozonioterapia

Figura 3 – Soltura do pacientereabilitado

Figura 1 – A: Paresia de membros torácicos; B: Radiografia latero-lateral esquerdade coluna cervico-torácica em gambá-de-orelha-branca (Didelphis albiventris)

Figura 2 – C: Aplicação de ozônio subcutâneo perilesional; D: acupuntura emgambá-de-orelha-branca (Didelphis albiventris)

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