Ornitologia Brasileira - Helmut Sick 2ed-04

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752. ORNITOLOGIA BRASILEIRA está entre os pássaros que se levantam tarde e se recolhem cedo para dormir. Em bons viveiros resis- tem por muitos anos, num certo caso 15 anos, no Rio. No Sudeste do Brasil nidifica em regiões serranas, p. ex. Tinguá e Nova Friburgo, RJ, setembro a outubro, Uberlândia, Minas Gerais, julho. No Brasil cen- tral (alto Xingu, Mato Grosso) achamos com ór- gãos reprodutivos desenvolvidos em julho, agosto e outubro. No início da época de procriação, vimos alguns machos se reunirem em galhos vizinhos e praticarem silenciosamente a seguinte cerimônia em conjunto: er- guiam-se e abaixavam-se alternadamente, pulando de um galho para outro, às vezes se perseguindo. As formam casais fiéis, nidificam em buracos tanto de bar- rancos, também beira de rio, como de construções de pedra dentro da mata, p. ex., muros em ruínas, também embaixo de pontes, num paiol (Minas Gerais). Na terra são capazes de cavar suas próprias galerias ("saíra- buraqueíra"). Aproveitam-se de ocos antes usados por furnarídeos, andorinhas, galbulídeos ou buconídeos, também buracos existentes em árvores (Minas Gerais). Constroem dentro do buraco uma tigela volumosa. O macho sempre acompanha a fêmea mas não trabalha, ficando de sentinela por perto. Põem 3 a 4 ovos de cor branco-pura, chocados só pela fêmea, durante aproximadamente 15 dias. Os filhotes são alimentados predominantemente pela mãe. Para cevar a prole, os pais enchem tanto o esôfago com frutas e insetos que a garganta fica bem protrusa. Os ninhegos pequenos acumulam também a ração na boca para engoli-Ia mais tarde. O interior de sua boca vazia é vermelho. Os excrementos dos filhotes são devorados ou carregados pela mãe. A prole abandona o ninho com 2~ dias. Consta que os machos chegam à maturidade já no seu primeiro - ano, apesar de não terem completado seu traje nupcial. ( Alves, M.A. 5.1990. 470-74. [asciaía, hábitos)" Alves, M. A. S. 1991. 2: 25-29. [asciaia, alimentação )* Alves, M. A. 5_ & R. B. Cavalcanti. 1990. 1 91-94. [asciata, ninhos, ovos, filhotes)" Argel-de-Oliveira, M. M., C. E. Scardua & S. G. Paccagnella. 1993. III Cong . . elo P.18. g , Espírito Santo )*- Beebe, W. i917. o in itish . New York: New York Zoological Society. história natural)" Berlioz, J- 1939_ . B. O. C. 59:102-03 s soleuc descrição )* Berlioz, J. 1946. n.s. 16:1-6. Borges, S. H. 1991. I Cong . o -3. i , reprodução)" Bornschein, M. R. & S. D. Arruda. 1991. I C po G 33. (He g Santa Catarina)" Na ex-Guanabara se apresenta como ave migrante (entre fevereiro e agosto) em número variável e nem sempre em todos os anos, permanece somente poucos dias, tal como os sabiás, reaparecendo apenas meio ano depois. O auge da frutificação da magnólia é o grande tempo da As concentrações de e migrante em lugares onde há magnólias em abundân- cia frutificando (p. ex. Viçosa, Juiz de Fora, Minas Ge- rais) estão entre as maiores aglomerações de aves frugívoras deste país, condição estabelecida apenas em tempos pós-colombianos, pois a magnólia, usada na ornamentação de ruas, parques e jardins, foi trazida da Ásia. Em Viçosa chegam em março e desaparecem em maio até o começo de junho (Erickson & Murnford 1976). A invade até o centro de metrópoles como Belo Horizonte, onde há abundância de magnólias frutifican- do (junho a agosto), não recuando nem diante do inten- so movimento do tráfego. Não se associam a outras aves, as quais encontram apenas no lugar de pasto (fruteiras) ou quando pousam em certas árvores preferidas tam- bém por elas como "ponto"; as s são-pacíficas, ao contrário, p. ex., dos sanhaços. Vive no topo das árvo- res, à beira da mata e na mata de galeria. Aparece ape- nas periodicamente, quer para nidificar, quer como ave de arribação destacando-se aglomerações durante a frutificação da magnólia. Ocorre da América Central (Pa- namá) ao Norte do continente, para o Sul até a Bolívia, Paraguai e Nordeste da Argentina; Brasil oriental, cen- tro-meridional e ocidental; registrada também no sul e leste do Pará (Cachimbo, agosto, outubro; Gorotire, ju- lho, agosto, setembro e Belém) e Maranhão (janeiro): tam- bém em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. "Saíra- araponga", "Saíra-buraqueira" (Minas Gerais), "Saí-ara- ra. V (de desenho transversal parecido no lado inferior) e Borrero H., J. I. 1972. o 4:28-31. (exploração de bebui s ) . Brown, L. P., J. v. Z. Brower & C. T. Collins. 1963. oologi . 48:65-83. (alimentação) Brown, K. S.,Ir. & J. Vasconcellos Neto. 1976. o opi 136- 41.( i alimentação)" Bushell, C. 1995. Cot 4:30-31. e , identificação)" Bueno, R. C. 1968. . e. 4:132-47. es n~us, toxoplasmose)" Carvalho, C. T. 1957. oi. . E. Goeldi. ool. no. 5. ( phocelus, hábitos) Carvalho, C. T.'1958. oi. s. E. Goeldi. ol. no. 20. (C pes neus, nidificação) Castiglioni, G. D.A., L. S. T. da Cunha & L. P. Gon 995 ju 3 94-99. ( ocellus silius como dispersor de sementes)" Davidse, G. & F. Morton. 1973. o o 5:162-67. (alimentação) Delacour, J. 1972. icuIt. 78:187-88. (híbrido e eC ne es c neus e nig oc ) ,_ .J

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752. ORNITOLOGIA BRASILEIRA

está entre os pássaros que se levantam tardee se recolhem cedo para dormir. Em bons viveiros resis-tem por muitos anos, num certo caso 15 anos, no Rio.

No Sudeste do Brasil nidifica em regiõesserranas, p. ex. Tinguá e Nova Friburgo, RJ, setembro aoutubro, Uberlândia, Minas Gerais, julho. No Brasil cen-tral (alto Xingu, Mato Grosso) achamos com ór-gãos reprodutivos desenvolvidos em julho, agosto eoutubro. No início da época de procriação, vimos algunsmachos se reunirem em galhos vizinhos e praticaremsilenciosamente a seguinte cerimônia em conjunto: er-guiam-se e abaixavam-se alternadamente, pulando deum galho para outro, às vezes se perseguindo. Asformam casais fiéis, nidificam em buracos tanto de bar-rancos, também beira de rio, como de construções depedra dentro da mata, p. ex., muros em ruínas, tambémembaixo de pontes, num paiol (Minas Gerais). Na terrasão capazes de cavar suas próprias galerias ("saíra-buraqueíra"). Aproveitam-se de ocos antes usados porfurnarídeos, andorinhas, galbulídeos ou buconídeos,também buracos existentes em árvores (Minas Gerais).Constroem dentro do buraco uma tigela volumosa. Omacho sempre acompanha a fêmea mas não trabalha,ficando de sentinela por perto.

Põem 3 a 4 ovos de cor branco-pura, chocados só pelafêmea, durante aproximadamente 15 dias. Os filhotes sãoalimentados predominantemente pela mãe. Para cevar aprole, os pais enchem tanto o esôfago com frutas e insetosque a garganta fica bem protrusa. Os ninhegos pequenosacumulam também a ração na boca para engoli-Ia maistarde. O interior de sua boca vaziaé vermelho. Osexcrementos dos filhotes são devorados ou carregadospela mãe. A prole abandona o ninho com 2~ dias. Constaque os machos chegam à maturidade já no seu primeiro

- ano, apesar de não terem completado seu traje nupcial.

(

Alves, M.A. 5.1990. 470-74. [asciaía, hábitos)"Alves, M. A. S. 1991. 2: 25-29. [asciaia,

alimentação)*

Alves, M. A. 5_ & R. B. Cavalcanti. 1990. 1 91-94.[asciata, ninhos, ovos, filhotes)"

Argel-de-Oliveira, M.M., C. E. Scardua& S. G. Paccagnella.1993.

III Cong . . elo P.18. g ,Espírito Santo)*-

Beebe,W. i917. o in itish . New York: NewYork Zoological Society. história natural)"

Berlioz, J- 1939_ . B. O. C. 59:102-03 s soleucdescrição)*

Berlioz, J. 1946. n.s. 16:1-6.

Borges, S. H.1991. I Cong . o -3. i, reprodução)"

Bornschein, M. R.& S. D. Arruda. 1991. IC po G 33. (He g Santa Catarina)"

Na ex-Guanabara se apresenta como avemigrante (entre fevereiro e agosto) em número variávele nem sempre em todos os anos, permanece somentepoucos dias, tal como os sabiás, reaparecendo apenasmeio ano depois. O auge da frutificação da magnólia é ogrande tempo da As concentrações deemigrante em lugares onde há magnólias em abundân-cia frutificando (p. ex. Viçosa, Juiz de Fora, Minas Ge-rais) estão entre as maiores aglomerações de avesfrugívoras deste país, condição estabelecida apenas emtempos pós-colombianos, pois a magnólia, usada naornamentação de ruas, parques e jardins, foi trazida daÁsia. Em Viçosa chegam em março e desaparecem emmaio até o começo de junho (Erickson& Murnford 1976).A invade até o centro de metrópoles como BeloHorizonte, onde há abundância de magnólias frutifican-do (junho a agosto), não recuando nem diante do inten-so movimento do tráfego. Não se associam a outras aves,as quais encontram apenas no lugar de pasto (fruteiras)ou quando pousam em certas árvores preferidas tam-bém por elas como "ponto"; as s são-pacíficas, aocontrário, p. ex., dos sanhaços. Vive no topo das árvo-res, à beira da mata e na mata de galeria. Aparece ape-nas periodicamente, quer para nidificar, quer como avede arribação destacando-se aglomerações durante afrutificação da magnólia. Ocorre da América Central (Pa-namá) ao Norte do continente, para o Sul até a Bolívia,Paraguai e Nordeste da Argentina; Brasil oriental, cen-tro-meridional e ocidental; registrada também no sul eleste do Pará (Cachimbo, agosto, outubro; Gorotire, ju-lho, agosto, setembro e Belém) e Maranhão (janeiro): tam-bém em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. "Saíra-araponga", "Saíra-buraqueira" (Minas Gerais), "Saí-ara-ra. V (de desenho transversal parecido nolado inferior) e

Borrero H., J. I. 1972. o 4:28-31. (exploração de bebuis ) .

Brown, L. P.,J. v. Z. Brower & C. T. Collins. 1963. oologi .48:65-83. (alimentação)

Brown, K. S.,Ir. & J. Vasconcellos Neto.1976. o opi 136-41.( i alimentação)"

Bushell, C. 1995.Cot 4:30-31. e , identificação)"

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Carvalho, C.T.'1958. oi. s. E.Goeldi. ol. no. 20. (C pesneus, nidificação)

Castiglioni, G. D.A., L.S.T.da Cunha& L.P.Gon 995 ju3 94-99. ( ocellus siliuscomo dispersor de sementes)"

Davidse, G.& F.Morton. 1973. o o 5:162-67. (alimentação)Delacour,J. 1972. icuIt. 78:187-88. (híbrido e eC ne es

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754. ORNITOLOGIA &RASILEIRA

CARDEAL, TIZIU, PAPA::CAPIM,.CVRIÓ, CANÁRIO-DA-TERRA, TICO-TICO, TRINCA-FERRO,

AZULÃO e afins:SUBFAMíLIAS: EMBERIZINAE (66) E CARDINALINAE (17)

Com a aprovação da grande família Emberizidae, onome "Fringillidae" para pássaros granívoros de bicogrosso cônico, usado por muito-tempo neste caso (Pinto1944, Meyer de Schauensee 1966, 1970, Sick 1985 e Hilty& Brown 1986) recebeu um tratamento diferente. OsEmberizidae são oriundos do Novo Mundo, sãoPanamericanos, distribuídos da Groenlândia à Terra doFogo. Há fósseis do Pleistoceno (há 100.000 anos) e doPlioceno (há 10 milhões de anos) da Flórida. OsEmberizidae são os únicos Passeriformes americanosque colonizaram o Velho Mundo, em escalareduzida.

A zoogeografia além de revelar o histórico da colo-nização dos continentes por estes pássaros, aponta aomesmo tempo algo sobre o parentesco das respectivasfamílias. A recente descoberta de ser possível o cruza-mento entre (canário-belga, Carduelinae,Fringillidae) e um garibaldi Icterinae,Emberizidae) indica um parentesco mais próximo entreessas duas famílias.

Os Emberizidae, como definidos nothe (1970) abrange sete subfamílias que antes

eram consideradas famílias: Emberizinae, Cardinalinae,Thraupinae, Tersininae, Coerebinae, Parulinae eIcterinae. As primeiras duas subfamílias correspondemao antigo agrupamento dos "Fringillidae".

Preparamos um texto introdutório geral de famíliaem comum para Emberizinae e Cardinalinae ..f'. atribui-ção de várias espécies entre os Emberizinae ouCardinalinae é ainda assunto de divergênciaentre osdiversos autores. Exemplo disso é o gênero quealguns atribuem aos Cardinalinae enquanto outros ocolocam como representante dos Emberizinae. foitransferido de Cardinalinae para Emberizinae.

Os representantes maiores, como spp.,spp. e spp., possuem o porte de um sabiá

atinge 38 a 46 g) enquanto que outros,como mal alcançam 10 g, ficando

=A B

Fig.303.Forma do bicoem três representantesbemaparentados: patativa, , B,cigarra-verdadeira, , e C,bicudo,

..

mesmo aquém deste peso. A cauda longa resulta em umcomprimento total relativamente grande embora o cor-po seja pequeno (p. ex. e

A asa tem 9 rêmiges bem desenvolvidas,uma décima é esboçada.

Seria o bico uma das características mais destacáveis(fig. 303). Seu formato pode variar consideravelmenteàs vezes mesmo dentro de um único gênero como p. ex.

e . Há até variação bastanteconsiderável no âmbito de uma mesma espécie, quan-do, p. ex., trata-se de representantes de bico grosso como

e sp. Extraordinária é adisposição encontrada nos e

onde a maxila é muito mais "fina"que a mandíbula mostrando quase uma "inversão donormal". A cor do bico é freqüentemente viva (p. ex.

e ealtera-se com a idade havendo também variações regi-onais e individuais como ocorre comS. eOrfzoboru« . Se o macho adul-to tiver o bico amarelo (p. ex. ,esta cor esboçada no imaturo servirá para distinção se-xual. A coloração das pernas também pode ser distinta(p. ex. . Curioso é o colorido berrantementeamarelo das unhas do macho adulto de

aparentando ser um trabalho de pedicure.Os sexos são diferentes, o macho bem colorido e a fê-

mea de cor modesta e sóbria, p. ex.,e Notadamente pare-

cidas são as fêmeas das diversas espécies desendo sua identificação mais fácil com exemplares vivosdo que taxiderrnizados. Nas espécies de não hádimorfismo sexual, exceto nosS. .

Os machos de e S.demoram a desenvolver sua típica e vistosa plumagemdefinitiva, permanecendo a "imatura" por vários anosou, ao que parece, em certos casos por toda a vida. Inte-ressante é o fato de que podeser chamada de uma "raça de aspecto afeminado", ouseja, nela os machos nunca adquirem a coloridavestimenta de seu sexo corno nas outras raças geográfi-cas desta espécie.

As fêmeas de eoe são estriadas por baixo; a fêmea dec spode alcançar ocasionalmente o esplendor da pluma-gem do macho. Os sexos são parecidos, p. ex., ,

, e

Na linguagem dos passarinheiros os machos jovens(que se assemelham às fêmeas) são d~sigrtados como

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EMBERIZINAE / CARDlNALlNAE 755

"pardos", os e o , e(neste último nem mesmo são pardacentos); quandocomeçam a mudar "virando", para a plumagem adultae exibem uma mescla de colorido correspondente aoestágio "subad ulto" são chamados de"pintão" ou"rnaracajá", sendo que as que começam a apre-sentar o colar são ditas "golão"; uma vez concluída amuda estão "virados".

Os imaturos de , , ,e são maculados nas partes in-

feriores. Já aqueles de e osten-tam outras diferenças. Tais tipos de plumagem juvenilprotegem os imaturos da agressão de adultos com terri-tórios estabelecidos. Acontece, porém, de indivíduos nãototalmente "virados", ou seja, "pintões", procriarem, p.ex., e .

Sobre a muda do bicudo, iconsta que o filhote tem de mudar três vezes para ad-quirir a vestimenta definitiva do adulto. Tais mudas efe-tuar-se-iam: 1) com três meses de vida continuando oindivíduo totalmente pardo; 2) com 7 ou 8 meses de vidajá ficando mesclado; 3) com mais ou menos 12 mesesatingindo a plumagem negra do adulto. Depois faria amuda normalmente, isto é, uma vez por ano, começan-do a mesma em fevereiro (Ignácio L. Campos). Algunsmachos do curió adquirem a plumagem definitiva já nasegunda muda.

Em certas espécies de caboclinhos, e notiziu, , ocorre uma plumagem de descanso, cha-mada de "plumagem de eclipse" ou invernal na qual osmachos adultos se assemelham às fêmeas e aos juvenis(v. também e Thraupinae). Tal padrão, entre-tanto, é-freqüentemente incompleto. Apenas nas regi-ões mais meridionais do Brasil encontraremos este fe-nômeno, como fica bem patenteado no caso daobouu , espécie de larga distribuição na qual só a po-pulação austral (5.bouu l assume a plumagemde descanso enquanto que a setentrional (5.b. boumuda, na mesma oportunidade, para uma plumagemidêntica à anterior; anotamos, ainda, que a. forma aus-tral tem a coloração do bico alterada simultaneamente.Para espécies meridionais, como 5. e S.

e g a plumagem de eclipse parece ser regra.A plumagem de eclipse é adquirida através de uma

muda pós-nupcial completa, sendo trocadas tanto aspenas do corpo como as rêmiges e retrizes (como de res-to é geral em muda de Passeriformes, que ocorre a par-tir defevereiro neste país). A recomposição da pluma-gem reprodutiva (o que no Rio de Janeiro ocorre emagosto-setembro) é uma muda parcial envolvendo uni-camente as penas do corpo. Assim, p. ex.,readquire a sua plumagem toda negra através deste pro-cesso, e não pela abrasão dos ápices pardos das plumasnegras, como ocorre com (Icterinae). .

Conhecem-se vários "mutantes naturais", isto é, nãoobtidos em cativeiro, no que se refere ao colorido. Fo-ram assinalados mutantes canela, p. ex., no

. - (sendoosmesm'Os relativamente,freqüentes),5 ph, e (fêmeas), 5po ophil

cens (macho), phospingus (macho e fêmea) e(fêmea). Aparecem luteínos, p. ex., do

canário-da-terra, is (macho). Vimos ainda ummelânico de obo ngolensisprocedente de Goiáse que se assemelhava ao representante setentrional(Equador aoMéxico) da espécie, golensis[unereus, exceto que a dita variação negra de Goiás nãopossuía o espéculo branco, existente em O.funereus. Há .exemplares totalmente negros também em

(Cuiabá, Mato Grosso, no comércio local). Fle-cha (1987) cita 6 mutações de O.golensis registradaspor ele e Flecha (1985) mais mutações de e

. Foram assinalados inclusive albinos entre.indivíduos não cativos, p. ex. lineo , S.co ,S. (machos) e ensis. Em cativei-ro tais variações se desenvolvem com mais freqüência(vide 5ica/is

Ocorrem hermafroditos ou ginandromorfos entre osEmberizinae e Cardinalinae que pode ser bem estudadoem exemplares engaiolados. Mostram mais ou menosexatamente na linha mediana do ~orpo a divisão doscaracteres sexuais: uma das partes (geralmente a direi-ta) é masculina e a outra feminina, o que reflete a regrade que em aves apenas o ovário esquerdo é desenvolvi-do; vimos dois exemplares de o o c escensdeste tipo. Um caso é citado de eo (Oliveira1984). Ginandros invertidos (lado esquerdo masculinoe direito feminino) são ainda mais raros, mas foram as-sinalados em obo cativo que se apre-sentava desta maneira (Coimbra Filho& Teixeira 1982).

As excepcionais qualidades canoras fazem com queos Emberizinae e Cardinalinae sejam os pássaros maisdisputados e melhor conhecidos deste país. Os tipos decanto das diversas espécies são extremamente variados;podemos aqui chamar a atenção apenas para certos as-pectos distintivos que servem à identificação específica.

-Enquanto, p. ex., ocurió, o bicudo, os cardeais, oazulão e os trinca-ferros produzem um canto forte deprimeira categoria, sob o nosso ponto de vista musical,o pichochó não emite mais que um"açoitar" violento. Acredita-se que tal força notável navocalização indicaria que estes pássaros possuem baixadensidade populacional; justamente o 'pichochó torna-se periodicamente numerosíssimo (v.Alimentação).

Cantos suaves caracterizam a maioria dos ,variando da cantiga simples do coleirinho às estrofescompostas, fluentes e variáveis da patativa, celeiro-do-brejo e caboclinhos. Quando um macho (p. ex. de curió)defronta-se coi:n um outro macho de sua espécie passado costumeiro canto territorial para um outro diverso,demonstrando sua agressividade(flcanto de briga").

J

II

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756. ORNITOLOGIA BRASILEIRA

'A análise sonográfica dê'Sicalis revelou umavariação individual muito grande da voz, que impedecaracterizar certas populações. Ocorre vocalização muitoalta em e passando dos 10 ou mes-mo 12 kHz, que para o nosso ouvido é muito aguda(Vielliard 1986).

Algumas espécies, p. ex., S..albogularis e S. podem ser bons imitadores devozes de outras aves no seu hábitat natural, embora mis-turem todo o conjunto interpretando-o consecutivamen-te sem destacar um canto do outro. PequenosEmberizinae como estão entre osPasseriformes de vozes mais agudas, nisto rivalizando-se a certos Parulinae. Ocorrem cantos que são compos-tos como de pergunta e resposta, formando uma com-pleta harmonia , .

Cantam geralmente da ponta de algum galho ou col-mo de capim (p. ex.

e fechando às vezes os olhosAlgumas espécies campestres cantam vo-

ando, p. ex., (que dá curto vôo vertical voltan-do ao ponto de onde saiu), e(cantam durante um vôo longo e altoque decai adiante,lembrando e (freqüentementeno vôo horizontal entre duas copas de árvores separa-das no meio do campo).

Ocasionalmente também espécie flo-restal, canta durante o vôo enquanto dirige-se de umacopa de árvore para outra. Caso excepcional é o de

que vocaliza dentro da mata fechada ao voarde um galho a outro, provavelmente herança de ante-cessores campestres.É regular que certos representan-tes paludícolas cantem voando, P: ex.,

e Nes-tas, e especialmente na última, assinalamos a notávelparticularidade de seus cantos, lembrando-nos aquelesde outros pássaros paludícolas até de outras famílias econtinentes, como, p. ex., os "rouxinóis-dos-pauis"

spp., Muscicapidae) do Velho Mundo. Estefenômeno' de "voz de paisagem" é verificável tambémem Outros biótopos.

Poucos cantam em natureza de madrugada, assina-lamos tal comportamento nos

etambém no canário-da-terra,

Fato surpreendente é que o tiranídeotenha um canto matinal que, a julgar pelo tim-

bre, poderia servocalização de um emberizíneo. Os can-tos matutinos são, geralmente, mais difundidos entre oscantores "menos dotados" como são os tiranídeos.

Canto coletivo ocorre entre machos de eCanto sem rivalidade e gritaria coletiva que lem-

bra o dos traupíneos (como ocorre com os

O tico-tico, tem um canto notur-no bem diferente do diurno e que nada tem a ver com0.5

cantos crepusculares de outras aves; ocorre também em

tico-ticos submetidos a situação de 'extremo -slisf~,'à~-'"dia. Desconhecemos fato análogo em outras aves domundo. -

Nas épocas de descanso reprodutivo tanto o tico-tico,azulão como os produzem o canto de uma for-ma incompleta a meia voz(sub-song)o que correspondeàsvocalizações outonais de aves do hemisfério norte.Espécies campestres e paludícolas. como vários

congregados em bandos migratórios mistos,emitem um canto mais suave que se distingue do forte esimples canto territorial.

Em vários casos ambos os sexos cantam beme p. ex.) sendo que às vezes apa-

recem fêmeas de bicudo que cantam até melhor que osmachos. Uma fêmea chocando pode cantar em respostaao macho que vocaliza por perto can-tam em dueto, Nos há diferenças entre os cantosde cada sexo 'e o casal pode cantar sincronizadamente

p. ex.). Há bastante variação indi-vidual e geográfica do canto (dialetos), p. ex., entre os

efato bem conhecido pelos

passarinheiros que até aplicam nomenclaturaonomatopéica própria ou referem-se à procedência dopássaro (v. sob coleirinho, bicudo e curió). O indivíduoreage melhor à voz (ou correspondendo ao seupróprio dialeto. Acontece que o indivíduo não reconhe-ce o dialeto de uma outra população como a voz da suaprópria espécie (registros de em vários lugares

'de São Paulo, I.C.R. Magalhães). O can-to não é hereditário, indivíduos engaiolados, sobretudoos que são criados desde pequenos, aprendem cantosde outras espécies porventura disponíveis quando nãopossuem "mestre" de sua própria espécie; assim, umcoleiro pode cantar unicamente como um bigodinho,criado ao seu lado, e com a maior perfeição. Parece quenão há emberizíneo brasileiro que aprenda a imitar me-lodias humanas como o faz o pisco, da Europa(v. sob Corrupião). Sobre o desenvolvimento do cantono filhote do bicudo consta que a partir do 20° dia co-meça a chilrear ("gurrichar"), com 5 meses começa acantar pouco; de 7 meses em diante o canto se torna for-te e completo, ficando puro e cristalino como os acordesde uma flauta, após um ano de idade (informações devários criadores). O macho novo do tico-tico adota ocanto do adulto com 5 a 6 meses, quando se torna aptopara a reprodução. Em machos muito velhos, p. ex., umbicudo de 18 anos de cativeiro, o canto tornou-se maisfino. No seu ambiente natural, os emberizíneos cantambem apenas durante o período reprodutivo depois pa-rando ou cantando com pouco vigor sem interessarem-se por outros indivíduos de sua espécie. Durante as mi-grações e faina alimentar, quando ese reúnem em grupos, ocorre um canto coletivo. Em ca-tiveiro cantam o ano inteiro, exceto no período de muda.A afeição dos passarinheiros à vocalização do curió ebicudo é tal que chegam a organizar concursos (vcurió)

-I-.!

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EMBERIZINAE / CARDINALINAE 757

como antigamente era feitõ na Eurôpa como tentilhão,.coelebs.o indivíduo engaiolado, tratado cari-

nhosamente, concentra toda sua atividade no cantar.

Alimentação

A maioria dos emberizíneos é predominantementegranívora, especialização considerada como uma evo-lução recente (v. sob Oscines). Nota-se, ao mesmo tem-po, uma sensibilidade reduzida em relação à sensaçãode amargo (nos padrões gustativos humanos), adapta-ção -vantajosa para o consumo de sementes que são,muitas vezes, extremamente amargas (Rensch 1925,Berkhoudt 1985). É evidente que os Emberizinae eCardinalinae são mais freqüentemente predadores (des-truidores) desementesdo que dispersores, ao contáriodos Thraupinae. -

A morfologia funcional do bico revela existirem duastécnicas básicas empregadas no ato de comer sementes:o esmagamento ou o seccionamento. O processo de es-magar (fig. 304) praticado pelos Emberizinae como

, e muitos outros, cor-responde à ação de um torno, sendo realizado atravésde um simples movimento vertical da mandíbula parao palatino, o qual é pregueado, agindo como ralador.Sementes de gramíneas, muitas vezes o alimento prin-cipal, são colhidas ainda verdes e assim espremidasde sua casca, que não é aproveitada pelo pássaro(Ziswiler 1965).

Sobre o processo de seccionar v. Alimentação.A grande variação de bicos cônicos (fig. 303) que se

observa nesta família anuncia adaptações múltiplas àsmais variadas condições tróficas, tais como dureza e ta-manho das sementes ou consistência de brotos e frutasconsumidas; não se deve esquecer contudo que tempo-rária e ocasionalmente estes pássaros. tornam-se

a bFig.304. Movímentos do bico no ato de abrir umasemente redonda, em representante dos Emberizinae(Papa-capim, sp.): visto de lado, tômiapontilhada; b, visto de frente, a flecha indica a direçãodo movimento da mandíbula (seg. Ziswiler 1965).

ins-etívo!os:_Algun"'S"comedores de sementes sãosinantropos, sendo atraídos pelo plantio ou dispersãosubespontânea de gramíneas como, p. ex., espéciesintroduzidas de (v. também sob Hábitat).

Entre as sementes mais cobiçadas pelo curió.. s, estão as da tiririca

otundus) e da navalha-de-macaco olit s. Sobre mais tipos de sementes consumi-

dos v. sob .Fenômeno extraordinário das regiões montanhosas

do Sudeste do Brasil é o aparecimento de milhares depichochós, , por ocasião da frutificaçãoda taquara sp.) que lhes fornece abundantealimento ("arroz de taquara"), acumulando às vezes ca-madas de vários centímetros'. Como tal fato se repeteapenas a longos intervalos (constam períodos de 8 a 16anos, média 12, e até mais - 20, 30 e 34 anos), um mesmoindivíduo não teria mais do que uma chance, ao longode sua vida, de aproveitar-se de tal fonte singular dealimento, num certo lugar. Eles devem vir, em boa par-te, de longe, possivelmente às vezes de muitos quilôme-tros. A concentração dos pássaros atinge níveis tais queo "açoitar", emitido pelos inúmeros machos de pichochóque participam do festim, forma um singular marulharque ressoa estranhamente nas matas serranas. Vimosparticipar da concentração também e(Itatiaia, Rio de Janeiro, 1952). Outras espécies como

s e S. e ea pombinha também convergem paraáreas onde os taquarais estejam frutificando.

Os participantes nessa façanha são de duas categori-as: (1) as espécies residentes, porém consideravelmenteaumentadas em número pela afluência de adventícios e(2) as espécies chegadas de fora, desaparecendo por com-pleto quando acaba o arroz de taquara.

Geralmente (pereira 1941) a floração da taquara ocor-re pelo fim do ano (como vimos em novembro de 1981,Rio de Janeiro), surgindo os frutos nos primeiros mesesdo ano seguinte. Em 1952 a frutificação ocorreu em ju-lho. Supõe-se uma coordenação desse ciclo com os ci-clos de manchas solares. Ao que parece a floração dataquara ocorre em anos muito secos e seria uma autode-fesa da planta antes de morrer, deixando sementes emabundância. Situação semelhante acontece com os bam-bus da África (Zâmbia), o~de sua frutificação atrai es-pécies de Estrildidae, cuja distribuição é errática, no es- .paço e no tempo (Iackson 1972). Ocorre simultaneamenteespantosa multiplicação de roedores, os "ratos-de-arroz"

. (várias espécies, entre elas e o rato-de-casa,que depois invadem as plantações e final-

mente sucumbem numa grande mortandade; não parti-cipam os "ratos-da-taquara", ,que não são granívoros.

Várias espécies, como to escense oc , procuram as frutas da embaúba e aquelas dasbananeirinhas-do-mato, sp. oospi e isgosta do arilo das frutinhas do"pinheírinho "

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758 ORNITOLOGIA BRASILEIRA

6'0,

Os to estão entre os numerosos con-sumidores dos frutos da palmeira (v.Thraupinae). e comem brotos.

come folhas da canema sp.). Asespécies florestais e

da Amazônia são essencialmente frugívoros.Vimos e petiscar o lí-quido adocicado excretado por pulgões (v.Trochilidae).. É comum uma alimentação mista. Vimos

tirar insetos presos em teias de aranhas, indode uma teia a outra chegando a executar curtos vôoslibrados. Observamos igualmentevoando atrás de pequenos insetos. Na alimentação daprole os artrópodes representam grande papel até paraespécies como o curió, granívoras por excelência. O tico-tico ceva seus filhotes exclusivamente com alimentodesta ordem.

Catam sementes no próprio colmo ou no solo. Paracomer mais comodamente as Sporophilavergam uma has-te de capim até o chão após tê-Ia colhido em pleno vôo;tiram as sementes empurrando a panícula por debaixodos dedos, com os quais a fixam para poder extrair aparte alimentícia. Muitas espécies arborícolas neotropi-cais descem ao solo para comer locomovendo-se, aí, aossaltos. Alguns, como e possu--em uma técnica especial própria para remover uma ca-mada superficial de folhas ou terra solta que recubra oalimento (sementes, artrópodes etc.): perscrutando o ter-reno à sua frente pulam duas vezes consecutivas

até 4 vezes) verticalmente sem alterar a po-sição das pernas e esgravatando o chão com ambos ospés sincronizadamente jogando para trás o materialimpeditivo. A tendência de executar tal movimento pelotico-tico é tão forte que mesmo quando come algo sobreuma lage de cimento limpo ou num quintal pula damesma forma. Este comportamento, ligado a pés relati-vamente grandes e a um revestimento diverso de esca-mas na base dos dois dedos externos, é típico a diversosEmberizinae que se locomovem no solo pulando.

com a mesma estrutura no pé (possui uma es-cama basal ao invés de duas), joga os detritos para olado com um movimento rápido de bico como fazem, p.ex., os sabiás; já puxa, com o bico, as folhascaídas àsvezescom notável vigor.

Os representantes mais terrícolas como ,.,

e andam no solo e até corremtal qual um rato.Ammoâramus revela a mesma tendên-cia de agachar-se e não voar se perseguida.pode ser confundido no campo com Há tam-bém nestas espécies um caminhar rápido ou saltitar.

revela grande habilidade paralocomover-se em taboais e capínzaís, às vezes segura-se

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em colmos ou galhos separados no que lembra espéciespaludícolas como saracuras e garças (técnica ligada adedos longos).

Causam admiração os bandos de que se re-únem à beira das cacimbas na caatinga do Nordeste, ouem poços naturais e margem dos rios no Pantanal doMato Grosso, a fim de beber e tomar banho. Em regiõesextremamente secas, como no cerrado, aproveitam-se doorvalho para se banharem (p. ex. us). Obanho de areia ocorre com . e

_ gostam de esfregar os lados da cabeça acima dosolhos, mantendo os mesmos fechados. Usam às vezesformigas para "formicar-se", como vimos acontecer comos e similis; a formiga utilizada pelotíco-tico conforme observação de1975era aCamponoius

.dus (A.G.M. Coelho, Pernambuco). Poucosemberizídeos (orno , e se-guem bandos de pássaros; na floresta, anunciando delonge tais associações. dormem em capinzaisaltos, taboais e canaviais onde afundam, vergando oscolmos ao pousarem juntinhas sobre o caule.

e aprendem' em cativeiro a puxaruma vasilha de água amarrada sob o poleiro. Tal truqueera praticado desde a Idade Média na Europa com opintassilgo local,

Os movimentos necessários para colher o fioque prende a vasilha são os mesmos que o pássaro fazpara puxar uma espigueta de capim sob a pata.

í

Durante a reprodução vivem estritamente aos casaissendo extremamente fiéis a um território, que o machodefende energicamente contra a aproximação de outrosmachos de sua espécie. Tornam-se assim fáceis vítimasde caçadores que utilizam armadilhas -com chamariz.Um tico-tico ataca tenazmente seu reflexo em uma calo-ta de automóvel estacionado em seu território. Tal ar-dor nota-se também quando, p. ex., as gaiolas de doiscuriós machos são colocadas perto uma da outra. Osoponentes irritam-se e emitem um canto penetrante,

. chiado (chamado "serra") para amedrontar e repelir oadversário. Nesta mesma situação (comportamento"agonístico") os se esticam verticalmentemostrando toda a sua altura e exibindo o padrão carac-terístico do pescoço anterior e barriga, o que demonstrao efeito seletivo de tal colorido. Os e i ,ao contrário, abaixam-se abrindo as asas e inclinando-se para frente de bico meio AP.ertoquando v~9_.brigar.

Nas lutas e diante das fêmeas, as espécies de colori-do negro ou azul-escuro, como ,

e , estendem as asas expondo a cor bran-ca de sua parte inferior arrepiando as respectivas penastal e qual os desta maneira o bicudo quaseque se esconde atrás de sua asa levantada que é mantidavoltada para a fêmea. Além disso, vibra as asas emove

-\

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EMBERIZINAE / CARDINALINAE 759

'ã" longa ca-uda para cima epaIa< os.Iados-parando-oe ;movimento estando a mesma em qualquer posição.Os movimentos laterais de cauda são típicos tambémem certas ejá e possuem outros tipos de movi-mentos de cauda.

A determinação da natureza desta movimentação éusada em estudos filogenéticos. Importam no caso trêsaspectos principais, a saber: a amplitude vertical do mo-vimento, se a cauda é aberta e em que extensão e, final-mente, movimentos laterais.

O macho de traz comida para sua fê-mea. macho regurgita o alimento para acompanheira.

O ninho é uma tigela aberta, rala em algumas espé-cies (p. ex. e espessa em outras (p. ex.

sendo construído freqüentemente a-poucaaltura e mesmo no chão sob o capim, p. ex.Às vezes alguns casais deste canário situam seus res-pectivos ninhos próximos uns dos outros.

faz na ramagem um ninho esféricocom entrada lateral; consta (Marcondes-Machado 1974)que às vezes constrói uma "segunda entrada" falsa,obstruída e mais visível que a primeira, aparentementeuma adaptação contra predadores (v. bico-de-lacre).

sp. constrói um grande ninho esférico no soloda mata. faz uma cestinha bem acabadaem buracos, freqüentemente em ninhos de outros pás-saros, sobretudo no de joão-de-barro. Parece que

ocupa buracos em barrancos, enchendo-os commaterial de ninho (Minas Gerais) ..

As espécies que nidificam no solo, comoe costumam atrair a atenção de

possíveis predadores procurando afastá-l os das cerca- .nias do ninho despistando-os.

Fig.305.Ninho de tico-tico-do-mato, t.duas fases da construção, esquema.A,

funil, composto de folhas secas,colocadasem pé; nomeio uma cavidade aberta de 6 x 6cm,precursora dacâmara incubatória.B, ninho no~.~dias depois, .h~'

acabado,perfeitamente embutido na camada naturalde folhas caídas que cobrem o solo da mata; o eixo dacavidade (câmara de incubação)virou cercade 30°efoi atapetado com cipó e raizes, formando umaconstrução sólida dentro do tapete natural de folhascaídas.Limoeiro,Espírito Santo,dezembro 1940.Original,H. Sick.

Há bastante variação no colorido dosOV8S, os des,p. ex., são de campo esverdeado com uma

coroa de salpicos avermelhados no pólo obtuso; regis-tramos sensíveis diferenças de forma, colorido e dese-nho dentro da mesma postura, o que ocorre também emoutras espécies. Os ovos de são lustrosos,de campo azul-verde e providos de uma estreita coroade rabiscos e pontos pretos. Embora postos em ninhoscobertos, os ovos de e são também man-chados; o inverso ocorre com e

que, malgrado construíremninhos abertos, têm ovos uniformemente azulados. Aincubação e a permanência dos filhotes no ninho sãomuito curtos em 10 e 9 dias respecti-vamente (StahlI984). O período de incubação é, no casode e de 12 a 13 dias (Rio deJaneiro) e no bicudo 14 dias (Minas Gerais). Consta so-bre este último que nascem mais machos do que fême-as. Os pais se revezam na alimentação dos ninhegos. Emsua maioria trazem como, p. ex., o, tico-tico, alguns ar-trópodes amassados em uma bola na ponta do bico ou,quando os filhotes já estão mais crescidos, insetos maio-res e inteiros presos entre as maxilas. Algumas espécies,como não levam a ceva no bico, mas engo-lem; e digerem-na parcialmente no papo para depoisregurgitá-la sob forma de uma massa que é então minis-trada. Consta que todos os ninhegos da família têm bocavermelha. Os jovens o abandonam o ninho;entre o nono e décimo segundo dia de vida, os bicudosa partir do décimo quinto. Ainda são cevados pelos paisdurante alguns dias, ambos só tornam-se independen-tes, após 20-30 dias de nascidos. Os jovensestabelecem território próprio entre o 5° e 110 mês devida; a fêmea nova do bicudo pode reproduzir-se já com9-10 meses e o macho um pouco depois.

_O bicudo faz de duas a três posturas por ano conse-cutivamente (Minas Gerais); consta. que a bicuda inicianova postura trinta ou quarenta dias depois do nasci-mento da prole anterior, dependendo esta oscilação daschuvas que vão garantir alimentação abundante. Em re-giões equatoriais (pará), o tiziu pare-ce procriar em qualquer época do ano;' cada indivíduo,porém, possui seu ciclo delimitado em três posturas emum ano; em cativeiro foram registradas 8 posturas su-cessivas.

Ao contrário da maioria dos Passeriformes, osEmberizinae e Cardinalinae nem sempre cuidam cons-cienciosamente da higiene do ninho, principalmentequando as crias passam de uma certa idade; encontra-mos um ninho de com as bordas cobertaspelos dejetos dos filhotes que o tinham abandonado hápouco tempo; o mesmo' observou-se ocorrer com o

Vários Emberizinae e Cardinalinae são vítimas dogaudério, ensis. No Brasil os ovos dest~parasito foram encontrados em ninhos de doze espéciesdestas subfamílias (v. ensis) ..O tico-tico

~.....:

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760 ORNITOLOGIA BRASILEIRA

é, contudo, o único que regulà' "tda: o gaudério,com isso sofrendo pesadas perdas de sua própria prole;a pressão exercida chega a ser tão grande que, em certoslocais, o tico-tico é praticamente eliminado por esteicteríneo e, portanto, não pelo pardal como vulgarmen-te se fala.

A maioria dos Emberizinae e Cardinalinae vive empaisagens abertas ou meio abertas, campos de 'cultura,mata secundária, orla de mata, beira de rios, cerrado,caatinga, pântanos, etc. A vida de certas espécies (p. ex.

em capinzaiscortantes levaria a forte abrasão da plumagem, sobretu-do da cauda ~ do manto, tal como se dá com outros Pas-seriformes terrícolas como Icterinae. Para atenuar o pro-blema estas aves costumam manter a cauda horizontal,diminuindo assim o atrito na vegetação que friccionamais o lado dorsal do pássaro que se locomove no solo.O contato permanente com a terra pode provocar (p. ex.em a impregnação da plumagem coma cor do solo do local, sobretudo onde este é de terravermelha.

Diversas espécies granívoras tornam-se sinantropas.De 1963 para cá aumentou, p. ex., a população de

e de S. ao redor deBrasília, em conseqüência da introdução de gramíneasaltamente sementíferas, como o "capim-colonião" ou

- que antes ali não exis-tiam. Em contraposíção diminuíram na mesma área es-pécies como e que sus-tentam-se mais às custas de sementes de plantas nativasdo cerrado, que são eliminadas pela atividade humana;devido a este mesmo problema em relação à vegetaçãodas veredas e dos pântanos dessa mesma região, verifi-

.camos que etornaram-se mais raros ou mesmo desapareceram deuma vez, devendo considerar-se nesse caso também ofato de serem espécies cobiçadas no comércio. Para aregião de Corumbá (Mato Grosso), em conseqüência daintrodução de gramíneas forrageiras, imigrou por voltade 1962 o curió e, mais recentemente, o bicudo. V tam-bém sob Alimentação (periodicidade da taquara) eRepovoamentos.

Poucas espécies de Emberizinae e Cardinalinae in-vadiram os biótopos florestais; o caso mais notável semdúvida seria aquele do gênero representantesemiterrfcola cujo aspecto absolutamente não correspon-de ao deuma ave florestal, o que sugere que a sua adap-tação a. esse ambienteé evento relativamente recente.Também e seu substituto setentrio-nal, conquistaram a floresta nelanidificando no estrato médio e mesmo no superior (aocontrário de dali passam, em vôo alto, a vere-das e pântanos; S. chega mesmo a sobrevoarcidades.

':-;i , Em capoeiras-do báDémmazonas (p. ex. rio Guamá)e tornam-se abun-

dantes, sendo porém superados em larga margem pelapipira, e pelos piprídeos,

e .

A distribuição de Emberizinae e Cardinalinae brasi-leiros apresenta os padrões mais variados, testemunhode grandes e repetidas alterações climáticas. Sendo es-tes geralmente aves não floresrais, o desenvolvimentoda Amazônia agiu como um grande obstáculo, fragmen-tando a distribuição de certas espécies de forma que es-tas existem atualmente em áreas largamente disjuntas

. ao sul e norte da Amazônia. Isto deu-se, p. ex., com ocanário-da-terra, com a patativa,

e com o caboclinho,, cada qual em condições específicas; em todos

eles, contudo, nota-se muito pouca diferença quanto acaracteres externos entre as populações setentrionais emeridionais. Essa situação leva à conclusão de que asditas separações são relativamente recentes.

Mais complexo é o caso do gênero gus,onde evoluiu uma população cinzenta, C. e ou-tra vermelha, C. Ambos encontram-se em cer-tos lugares ao sul da Amazônia- onde cruzam, compor-tando-se como raças geográficas (v. também sob. mas nunca conseguimos observá-los nomesmo local; ambos reaparecem ao norte da Amazôniaem populações disjuntas.

Especiação geográfica marcante ocorreu também nogênero havendo dois grupos principais cujosrespectivos membros, aloespécies que compõem umasuperespécie, se excluem geograficamente. No primei-ro grupo estaria do nordeste do Bra-sil e seu substituto meridional. Nosegundo grupo agrupar-se-iam da Ama-zônia, do Brasil central e ,representante meridional. As áreas dee P. portanto um representante de cadasuperespécie, se interpenetram na região do Pantanaldo Mato Grosso.

Outros elementos campestres, como eestão restritos às regiões do cerrado do cen-

trodo Brasil. Encontramos , espé-cie de campo limpo do Brasil central, no estuário doAmazonas, o que sugere uma origem antiga (e não re-cente, antropogênica) dos campos da ilha de Marajó, que,diversas vezes inundada, possibilitou o estabelecimen-to ~âatual fauna càrnpestre'há 4-5 mil anos. Não sendotão fácil localizar este pássaro terrícola, é provável quesejam encontradas ainda mais populações em regiõescampestres antes contíguas e atualmente disjuntas. .

representante florestal, demonstra tambémo fenômeno da substituição geográfica.

, de vasta distribuição na AmazôniaeBrasil

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EMBERIZINAE / CARDINALlNAE 761

oríéntát"éiésubstituído "méTilironalmente porambos encontram-se no Brasil central. .-

Elementos meridionais-andinos como quepenetraram no sul do país, avançaram para o norte atéas regiões serranas mineiras e espírito-santenses. Aí

aparentada à , ocupa os campos dealtitude. Um caso de endemismo florestal do Brasil este-meridional é substituto de

que por sua vez alcança os Andes.Raças geográficas bem distintas quanto ao colorido

evoluíram, p. ex., no coleiro-do-brejo, .O mesmo se observa, residindo a diferença no tamanho:entre as subespécies de As duasformas de bicudo contudo consistem em duas espécies.

Já chamamos a atenção para um caboclinho,no qual encontramos uma raça lo-

cal de aspecto efeminado. Existem paralelos na avifau-na de ilhas oceânicas no mar das Antilhas e no VelhoMundo. Existem vários endemismos em Emberizinae eCardinalinae brasileiros, sendo o mais notável

g cuja distribuição é muito seme-lhante à dos beija-flores O gênero éecologicamente uma boa analogia ao grande gênero

c (Lonchurinae, Estrildidae) da regiãopaleotrópica (Fry 1983).

Muitas espécies executam, após a reprodução, mi-grações em escala variável sobre as quais sabe-se muitopouco. Geralmente apenas se nota que uma espécie (p.ex. aparece para nidificar em uma dadaregião e depois some, tomando rumo desconhecido. Se-ria necessário anilhar indivíduos de certas populaçõese realizar observações sistemáticas durante o ano todo.Parece certo que, no Brasil, os motivos de migrações se-jam tróficos e não climáticos. Partem, p. ex.,

, 5. e 5. do planaltocatarinense antes do começo do frio (que é intenso naregião) em busca de gramíneas e ciperáceas sementíferas.Aparecem grandes bandos migrantes de

em novembro-dezembro no Pantanal doMato Grosso. Significativo para exemplificar a exten-'são destas migrações é o fato de termos encontrado, nasegunda metade de setembro, muitas centenas de

migrantes em capinzais carregados de semen-tes (o"canevão" numa ilha noaltoSão Francisco, Minas Gerais. Assinalamos onze es-pécies do gêneroSporophila das mais diversas procedên-cias geográficas. Tivemos, assim, representantes meri-dionais como 5. , 5. e , S. e5. ao lado de 5. (represen-tante setentrional da espécie), 5. (do Bra-sil médio-oriental), além de 5. e 5..estavam presentes também 5. 5.e S.c nei , o último da Amazônia.

Outro caso interessante- é~ffdo'ic is luie no sul-v--.do Brasil, aonde chega em bandos de milhares ao pontode tomar-se, nos meses de maio a julho, uma das avesmais abundantes do Rio Grande do Sul. Tais grupos (queassociavam-se a e são provavel-mente oriundos de países meridionais adjacentes.

é também migratório.Registramos migrações verticais (p. ex.

e S. e na região serrana do EspíritoSanto. No Itatiaia, Rio de Janeiro, se deslocam durante oinverno espécies do alto (como e

e a altitudes mais baixas (E.Gouvêa). Sobre as concentrações de snos taquarais (o que também é efeito de uma migração),vide o item Alimentação.

Apenas um representante chega-nos como imigran-te, trata-se de que vem da América doNorte e que alcança as porções extremo-setentrionais dopaís. Esta espécie costuma migrarànoite traindo-se pelavoz, tal qual a "triste pia" Icterinae), umoutro migrante setentrional.

Os emberizídeos pertencem aos poucos Passerifor-mes que se conhecem serem parasitados ocasionalmen-te por hipoboscídeos ou pupíparos. uliginoeushospedaOl (V Hirundinidae e Troglodytidae).

Ocorrem várias hibridações (sobretudo nos gênerose produzidos naturalmente em

aves não cativas. Admitimos que tal cruzamento sem-pre ocorreu em escala reduzida e sem ter sido reconhe-cido sempre como tal. Este seria, p. ex., o caso do cha-mado um híbrido procedente deSão Paulo que foi descrito como espécie já em 1870.

Ultimamente a interferência humana tem concorri-do em larga escala para incentivar o presente fenôme-no, o que se dá através de: (1) alteração ou extinção dapaisagem primitiva, possibilitando o contato de avesque, originalmente, viviam separadas, (2) diminuição donúmero de indivíduos, sobretudo machos, em conseqü-ência da perseguição que lhes é movida pelo homem, oque deixa as fêmeas sem machos de sua espécie para seacasalarem. Soubemos de um caso em que um machode reconhecível individualmen-te pelo canto, tinha três famílias (da mesma espécie) aomesmo tempo (Petrópolis, Rio de Janeiro, Hugo S.Lopes).

Híbridos adquiridos no comércio geralÍnente não têmindicação segura de procedência, porém sabemos seremoriundos dos Estados mais variados como Minas Ge-rais, São Paulo, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.Contribui na identificação o comportamento ~,I?ovimen-

,liI'

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762' ORNITOLOGIA BRASILEIRA

tos-da asascaudacetc.),e a vocaliq;iiçã,.o.(fgic\maª,ª,.;Canto~,.,.=pagaç(\o o fato de os indivíduos não serem tão faolmen-Este entretanto pode ser misto ou puro, neste último caso te aceitos por indivíduos de ascendência pura.de uma ou de outra espécie parental e às vezes não pode Em cativeiro os cardeais n eservir de base para indicação de ascendência. Além produzem híbridos férteis, o que correspondedisso, os indivíduos em cativeiro facilmente apren- ao esperado, pois ambos são substitutos geográficos (v.dem vozes de outras espécies, o que aumenta mais sob Distribuição).ainda a confusão. Seja mencionado ainda que em cativeiro, conseguiu-

Entre Emberizinae selvagens de ascendência híbrida se alguns cruzamentos de parentesco menos próximo,que registramos desde 1959 (Sick 1963) figuraram até sobretudo de canárias-belgas com várias espécies brasi-1976 os seguintes pertencentes aos dois gêneros supra- leiras, p. ex., eo x canária; j c n xcitados: canária e s x canária; os descen-

1 - x dentes eram inférteis. Uma fêmea de o c on2 - x cruzou com um e um s3 - x (Oliveira 1984b).V. também sob Icterinae.4 - x.5 - x6 - x

7 - x8 - x9 - b. x10 b. bouu x11 - x12 ~ bouu x

Em vários dos casos acima vimos mais de um indi-víduo híbrido do mesmo tipo. Soubemos ainda de ummestiço de frontaiis x pro-duzido em cativeiro. Tais cruzamentos demonstram umparentesco entre as espécies em questão, mais próximodo que esperaria um cientista de gabinete mas menosestranho para aquele que conhece as 'aves vivas e sabeque se pode atrair, p. ex., um bicudo briguento com umcurió. Um híbrido bicudo x curió é chamado bicurió,produzido também em cativeiro. Ocorrem hibridaçõesem liberdade também com outros gêneros corno

x e P. x. Advertimos contra conclusões precipitadas

a respeito da ascendência de indivíduos anormais queaparecem sem indicação genealógica nenhuma. Podemsurgir nos híbridos caracteres de profunda origem ge-nética, não manifestados no fenótipo dospaís".

O elevado interesse dos passarinheiros em qualquermestiçagem e sobretudo por híbridos de emberizíneosresultou, já no começo do atual século, em campanhassistemáticas de soltar "papa-capins"; p. ex.,nig no interior de São Paulo para provocar cru-zamentos (Sick 1963). Vemos nisto lamentável falsifica-ção da fauna, ao passo que uma mestiçagem bem con-trolada e!fl cativeiro proporciona indicações científicasvaliosas. O ocasional cruzamento na natureza não cons-titui problema para a "pureza" da fauna local por dl!~srazões:. ou porque os híbridos são estéreis ou porque,caso não o sejam, constituiria sério obstáculo à sua pro-

declínio, ,

São os pássaros mais procurados pelo comércio clan-destino de aves silvestres. Sua rarefação ao redor doscentros mais populosos atingiu especialmente obicudo,o curió e o azulão. Também p. ex. a patatíva-verdadeira,

pumblea, vai se tornando escassa e até mesmoo canário-da-terra está desaparecendo. Finalmente pas-sou-se o tempo em que peles de espécies vistosas eramexportadas para a Europa como material decorativo. Amoda sempre mostrou tais tendências destruidoras paracom a fauna.

Deve ser acrescentado ainda que representantes comool e o , que voam baixo, são freqüentemen-

te atropelados nas estradas.Constitui esporte indigno a realização de brigas de

canários-da-terra, repetindo-se assim o absurdo das bri-gas de galo.

Ainda há pouca criação de Emberizinae eCardinalinae nacionais em cativeiro, pois, até há poucoera mais fácil adquirir exemplares silvestres no comér-cio. O canário-da-terra e o tiziu são apontados como osde propagação mais fácil; o primeiro pode ser criadoem regime de semicativeiro, mantendo-se aberta a por-ta do gaiolão. Interessante é a criação do bicudo e docurió, sendo este último considerado o "rei" dos pássa-ros canoros (v. concursos sob o item

golensis). Um reprodutor de bicudo, ativo durante 18anos, teve "47 filhos e dezenas de netos e bisnetos" (No-gueira Neto 1973).

Nos últimos tempos a multiplicação das espécies dogênero tomou-se importante, visandoàsubs-tituição de exemplares capturados, o que se torna dia a?ia menos possível, menos pelo cumprimento da lei queproíbe este comércio, mais pela natural rarefação a queconduz a perseguição encarniçada que lhes movem.

47 Quando cita-seum cruzamento, é regra colocar-seemprimeiro lugar opai: Vistodesconhecermosa ascendênciados híbridosaqui citados,em primeiro lugar colocamosa espéciecujoscaracteressão maispronunciados no indivíduo em foco.

48 Sobrehibridações entre elis e canário-do-reino,v.Fringillidae.

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EMBERIZINAE / CARDINALINAE 763

Os indivíduos nascidos e criados-em cativeiroadaptam-se melhor à vida reclusa, vivendo bem em viveiros me-nores. Enio Flecha(1987) obteve de1976 a 1985, commédia anual de10 casais acasalados,188 ovos e58 fi-lhotes nascidos do curió. Consta, porém, que osexemplares conseguidos no ambiente artificial deixama desejar notadamente quanto às qualidades exigidas nostorneios (Coimbra Filho1986). Lança-se mão de darem-se as posturas e as ninhadas abandonadas, tanto dobicudo como docurió, a canárias-do-reino que delascuidam conscienciosamente.

O próximo passo seria não apenas pensar no lucroque estes pássaros podem dar, mas simcriá-los pararepovoar locais de onde foram exterminados. Houveresultados bem-sucedidos neste sentido em Minas Ge-rais, usando-se fêmeas de bicudo nascidas em cativeiro.Os espécimens foram liberados de fins de agosto à pri-meira quinzena de setembro, época em que permanece-ram em locais adequados até que vieram os machos, queainda existiam na região. Os resultados foram tidos comofavoráveis. Evidentemente cuidou-se de proteger o sí-tio em questão da ação de caçadoresatravés de severafiscalização (Hugo E. F. Werneck).

Houve tentativas, em parte igualmente bem-sucedi-das, de transplantações do canário-da-terra,

o O galo-de-campina, foi in-troduzido na Ilha das Enxadas, Rio de Janeiro, o carde-al, P coronaia, nas Ilhas Hawaí.

Existiam bicudos e curiós na região do Parque Naci-onal do Itatiaia; atualmente estão começando a emigrar,pois a floresta está protegida e tornando-se densa, fican-do escassos os lugares abertos com gramíneas, etc.,hábitatdaqueles emberizíneos (E.Gouvêa).É confortanteverificar que, tanto o curió como o bicudo, expandemsua área em certos locais em conseqüência do plantiode gramíneas introduzidas, conforme observado por nósem 1972 em Mato Grosso.

Caso sejam bem tratados, os emberizíneos podem serbastante longevos em cativeiro; um coleiro,

p. ex., pode chegar a viver em ótimo estado18 anos, um curió22 anos e um bicudo26; consta mes-mo que um bicudo chegou a41 anos em cativeiro noRio de Janeiro, mas com sérios problemas de saúde nofim da vida devido à sua idade avançada.

e

A atração que estas aves representam comoxerimbabos choca-se com as acusações de que os repre-sentantes deste grupo seriam nocivosà lavoura. Já fala-mos sobre as verdadeiras coortes de ao sul doBrasil, às quais se associa uma outra multidão de "pás-saros-pretos" (icteríneos e algumas acusadosde assolar os arrozais. Afirma-se que causa danos emmilharais e que com seu hábito de esgravatara terra, arranca sementes prejudicando a horticultura.

O tico-tico., entretantoj.-coxnpensa--la:rgamente os estra-gos que porventura possa fazer destruindo insetos "no-civos" em grande número, como as "vaquinhas",Chrysomelidae.

_ dos e e

1. Trinca-ferro e afins, , de porte relativamen-te grande, cauda longa, 5 espécies de garganta clara (Pr.42,8), uma de garganta negra . V.tam-bém (item 11).

2. Furriel cardeal-amareloe afins, de porte grande como as prece-

dentes, de lado inferior amarelo:(pr. 42, 9), (Pr.42, 11)e

de lado inferior vermelho:macho ..

3. Cardeais e galos-de-campina, (Pr.42, 10),de porte médio, cabeça mais ou menos extensamente ver-melha, 5 espécies.

4. Azulão e azulinho Pr. 43, 1), campa-inha-azul de bico amarelo) e negrinho-do-mato de porte médio ou menor,azul-escuro.

5. Bicudo e curió , O.e 0, golensis, Pr. 43, 2, de barriga casta-

nha), de porte médio.6. Tiziu figo 308), cigarra-bambu

e cigarrinha-do-coqueiro ,de porte menor, negro ou cor de fuligem, os dois últi-mos sem branco por baixo das asas.

7. Papa-capins, caboclinhose afins pe-quenos, 23 espécies de colorido variado, barriga bran-ca, castanha ou negra, às vezes uma coleira, bico negroou amarelo (Pr.43, 3, figo 309-11). Uma espécie maioresverdeada: pichochó o ·

8. Canários-da-terra Pr,43, 9), 4espécies ama-reladas.

9. Tico-tico Pr. 43, 4); tico-tico-da-mataPr. 43, 5, duas espécies); tico-tico-do-campo

Pr. 43, 10,duas espécies pequenas cam-pestres) e (desenho berrante preto e bran-co na cabeça, campestre); quem-te-vestiu e afins

, Pr. 43, 6, 3 espécies com ferrugem vivo e2espécies cinzentas e brancas, figo307); galinho-da-serra

cinzento, de risco vermelho nopíleo) e o tico-tico-rei , Pr. 43,8) V. também (extremo Sul) e (extremoNorte).

10. Canário-da-campo es, Pr. 43, 11,duasespécies), sabiá-do-banhado duas espéci-es) e (fig. 306), espéciescampestres rabudas,de tamanho médio ou menor, esverdeadas oupardacentas.

11. Oito representantes que não se enqu~,dram nos

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764 ORNITOLOGIA BRASILEIRA

. ~.'; '-'; grupos anteriores~-rrüneirinho Pr.43,?), pi-mentão figo 312), (ex-

SUBFAMíUA EMBERIZINAE

TICO-TICO, Pr. 43, 4

15cm. É um dos pássaros mais populares e estima-dos no Brasil este-meridional.O pequeno topete, o de-senho estria do da cabeça e o colar ferrugíneo são carac-terísticos da espécie, sendo, geralmente, menos pronun-ciados no sexo feminino. Jovem sem as faixas na cabeça,sem a nódoa preta ao lado do pescoço e sem o colar ver-melho, possuindo manchinhas negras no peito. "tic"(chamada, "tico-tico"); fino "tist" (advertência, perto doninho); melodia de 4 a 5 assobios claros bem pronuncia-dos, o começo da estrofe é acentuado, por exemplo:"dü-bí (ex-Guanabara); o fraseado e o timbre do cantovariam conforme a população e a região, ocorrendo, porexemplo, notas dia tônicas e um assobio adicional. Hámais vocalizações do tico, como um gorjear em piano egritos quando briga; fora da época de reprodução pro-duz às vezes canto diurno incompleto, a meia voz

já canta com meio ano de idade (v. Introdu-ção). A cantilena maviosa e insinuante do tico-tico con-quistou-lhe as simpatias do povo, que lhe interpreta aestrofe/or várias formas, por exemplo: "Maria acorda!É dia! dia!" ou "Nosso ranchinho assim 'tava bom".

e de Ao cair da noite emiteum canto diferente, forte, caracterizado por prolonga-mento e acentuação das últimas notas, cómo: "hü, djü,djü, Esse canto noturno que deixa ouvir dopoleiro onde pernoita (situado às vezes alto, p. ex., nopenacho de um coqueiro onde, de dia, quase não pene-tra) é geralmente emitido uma vez só por indivíduo, aoanoitecer ou pouco tempo (aproximadamente uma hora)após o escurecimento;é produzido raras vezes noiteadentro e ainda mais excepcionalmente de madrugada;às vezesé repetido pelo indivíduo, após intervalo de, p.ex., 7 a 10 minutos. Apenas certos indivíduos dispostosproduzem o canto noturno. Raras vezes o canto notur-no ocorre em pleno dia, sendo então emitido a meia voznos intervalos de canto diurnos, fortes e normais; istoparece ser uma espécie de "treino" da vocalização comose conhece em muitos pássaros canoros. Existem dife-renças.individuaisdo canto noturno, mas não notamosalteração geográfica, ao contrário do canto diurno. Re-gistramos o canto noturno desde 1940 nas seguintes re-giões: Espírito Santo, Rio de Janeiro, ex-Guanabara, Mi-nas Gerais, São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande doSul, Goiás, sul do Pará (Cachimbo, Cururu), também noChile e no Peru. Acontece, excepciOIla}mente, do ticoemitir à noite o canto diurno.

O canto noturno causa impressão tão diferente do

tremo oeste do ~ásil)'e quatro espécies -do extremo"Norte: Doloepingus, e .~

canto diurno que o leigo no assunto pode tomá-lo porvocalização de outra espécie de pássaro.É interessantenotar que o canto noturno ocC?rrede dia em situação deextremo susto quando aparece um gavião caçando,P:ex., ou sendo pro-duzido uma vez só, com todo o vigor. Mal se acreditaque o canto noturno, emitido regularmente ao anoite-cer, possa ser provocado por um susto.O canto notur-no do tico-tico, familiar a nós há 50 anos, escapou aoscientistas analisadores como E Nottebohm (1969), queanalisou 523 indivíduos e estudou com afinco o cantode na Argentina. A única referência a respei-to talvez a encontraremos na obra do naturalista e poetaW. H. Hudson (1920), que diz que o tico-tico canta tam-bém à noite e no silêncio escuro; sua estrofe soa

Não conseguimos gravar o cantonoturno do tico-tico, razão pela qual não publicamosalgo a respeito. Finalmente em 1988 o canto noturno dotico-tico foi "descoberto" por Lougheed& Handford(1989), desconhecendo os nossos estudos.

Habita paisagens abertas, campos decultura, fazendas, jardins, até em pátios e coberturasajardinados: é abundante em regiões de clima tempera-do, como nas montanhas do Sudeste (serra daMantiqueira, etc.), até nos seus cumes mais altos, expos-tos a ventos fortes e frios; o hábitat apropriado do ticoaumenta constantemente pelo desmatamento e drena-gem, o pássaro torna se facilmente sinantropo; penetraaté nas cidades quando há ajardinamento suficiente, ni-diflcando p. ex. durante anos ao lado do Palácio da Cul-tura no centro do Rio. Entre os traços interessantes deseu comportamento figura a técnica de esgravatàr ali-mento no solo por meio de pequenos pulos (v.Hábitos).

No Brasil é o principal hospe-deiro do gaudério, Nas áreas maisvasculhadas por esse parasito as perdas do tico são tan-tas que sua extinção seria 'iminente se não houvesse ou:tras paragens em que o emberizíneo cria à vontade. Epouco provável haver diferenças das épocas de repro-dução das duas espécies, resultando isto em vantagempará o tico: achamos no Rio ninhos do tico com ovos efilhotes em junho (fim de outono) e, em certos anos, re-gistramos o canto intensivo de' julho e --.",.,agosto (inverno local).

De 83 ninhos de cuja evolução acompa-nhamos na Ilha Grande, Rio de Janeiro, em 1944,51 (61%)estavam parasitados pelo gaudério. Neles havia ao todo152 ovos de tico (e 94 ovos do gaudério) dos quais 62(41%) dos ticos eclodiram. Dos ticos ninhegos,~? (59%)

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EMBERIZINAE / CARDINALINAE 765

voaram. O sucessodo=tíco estava reduzido 'a 21 (25%)dos 83 ninhos. Dos 37 juvenis que voaram, 22 (59%)-provinham de ninhos isentos do parasito. Houve trêscasos em que ticos e gaudérios foram criados juntos ecom sucesso - provando que as afirmativas generali-zadas de que o gaudério é sempre o mais forte induzema erro. Pode ser que a salvação dos ticos seja os filhotesdo gaudério serem severamente parasitados pelo bernede passarinho, mais ainda do que os do tico-tico.

A opinião geral, baseada em conhecimentos pura-mente teóricos da matéria, ensina que o tico está sendoexpulso pelo pardal intruso, . Isto cons-ta, p. ex., na do de C. de Mello Leitão(1937): "O tico-tico, antes tão comum e dando um ar ale-gre ao Rio de Janeiro, donde foi expulso pelo invasorpardal". Essa interpretação errada é dada mais por opi-nantes que não sabem distinguir um tico-tico de umpardal ou não tomaram em consideração que tico e par-dal possuem bionomia radicalmente diversa: os ticosvivem em casais isolados, cada macho atacando furio-samente o tico vizinho se este invade seu território quetem aproximadamente 30m de diâmetro. Não é ave dacidade, e sim morador do campo, das capoeiras e quin-tais; faz seu ninho a pouca altura em densos arbustos,cercas vivas e no meio de vegetação quase rasteira, so-bre barrancos, cobertos de falsa hera , ouaté no solo, sob o capim.

O pardal, ao contrário, embora também viva em ca-sais, gosta de associar-se em colônias para nidificar, ins-talando-se no alto das casas ~ aparecendo em bandosquando procura seu alimento. Por isso o tico sempre serámuito menos numeroso do que o pardal. Diz o povo,que antes de ser introduzido o pardal, existiram bandosde tico-tico, mas neste caso já está provado que não eramticos. Bandos de tico-ticos se formam apenas durantemigrações invernais, no extremo sul. Formulou bemHélio F. A. Camargo: "a idéia de o pardal, o bem dota-do, expulsar o tico-tico, resulta de ser o pardal mais abun-dante que o tico-tico criando a falsa impressão deste tersido desalojado por aquele".

De fato o tico-tico é pouco atingido pelas atividadesdo pardal. O tico afugenta o pardal no comedouro. Opardal também não é concorrente do tico na época dareprodução, pois as exigências dos dois pássaros parainstalar seu ninho são inteiramente diferentes. O tico éatingido pelo descuido do ajardinamento nas cidades,do qual o tico necessita para se alimentar e nidificar.Assim, corri o crescimento urbano o hábitat natural doticovai desaparecendo e o pássaro foge para subúrbiosde população humana menos densa. O tico-tico é, por-tanto, expulso pelo próprio homem, sendo vítima daurbanização e do gaudério e não do pardal.

Efetua-se do México e da América Central,através da maior parte da América do Sul, até a Terra doFogo, com muitas lacunas que, geralmente, correspon-dem a regiões de clima tropical, que não agradam aotico-tico que aí coloniza regiões montanhosas onde cos-

"tumaserabundante, p. ex.: no Alto do Itatiaia, Rio deJaneiro. Formaram-se muitas raças geográficas; é umadas aves mais abundantes do Chile; nos Andes alcançaS.OOOm e É encontrado em todas as re-giões do Brasil, excetuando a Amazônia onde há flores-tas, mas ocorre em certas áreas campestres e regiões ser-ranas na hiléia, de clima mais ameno, p. ex., Serra dosCarajás, 700m (pará); existe no Amapá, mas parece fal-tar na região de Belém e na Ilha de Marajó, Pará. No sul(Rio Grande do Sul, Paraná) é migratório, aparece aliem bandos que devem ser procedentes dos países adja-centes meridionais.É considerado substituto de ,gênero largamente distribuído na América do Norte(Mayr & Short 1970).

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TIC0-TICO-DO-CAMPO-VERDADEIRO,

Pr. 43, 10

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12cm. Pequena espécie, campestre eterrícola, comumfora da Amazônia. Partes superiores cinzentas estriadasde negro e com tintas cor-de-ferrugem, destaca-se umamancha amarela anteocular; encontro (oculto) tambémamarelo; jovem com o peito maculado de anegrado, o-correm modificações no colorido da plumagem (quepode, p. ex., apresentar-se avermelhada) devido à im-pregnação da mesma com a terra. fina como a deum inseto: "zip", às vezes repetido;"suít" (chamada);canto fino e tilitante "di-diii dí-i,i,i". Vive nos campossecos com gramíneas e ciperáceas baixas, terrenos culti-vados. 'Corre e pula pelo solo agachando-se como umratinho, passa facilmente desapercebido;empoleíra paracantar. Ocorre em duas áreas bastante disjuntas, uma aonorte da Amazônia (das Guianas e VenezuelaàColôm-bia e extremo norte do Brasil em Roraima, Monte Ale-gre, Marajó, Pará) e outra ao sul: algumas áreas campes-tres isoladas dentro da Hiléia, p. ex., Santarém e Humaitá(alto Madeira), todo o Brasil ao sul da Hiléia, Bolívia,Paraguai, Argentina e Uruguai. "Tico-rato", "Corre-cor-re", "Canário-do-campo", :'Tico-tico-do-pasto" e"Tringolim" (Minas Gerais), "Salta-caminho", "Tico-tico-do-campo?", "Tico-tico-mascarado=". V.ro (que é mais pardo), (mais verde, flo-restal), o (maior), as e a seguinte.

CrCARRINHA-OO-CAMPO, ons

[13,Scm] Encontrado apenas na Amazônia, se distin-gue da precedente por larga sobrancelha amarela, e maisamarelo em torno do olho e na região malar; distingue-ee- luteo por ter o bico mais fino e o lado infe-rior branco (em vez de amarelo). finíssimo zunirmonótono, bissilábico "zürrr-zürrr" (canto, inteiramen-te diferente da espécie precedente). Corre e pula atravésde campos ralos, aciona ligeiramente a cauda em senti-do vertical, lembrando em cidades comoSantarém e Manaus pousa às vezes nosedifícios do cen-

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766. ORNITOLOGIABRASILEIRA

._"' .~.- tro para cantar. Ocorre da Venezuela à-B~Üvia e àb~ira-

meridiori.al do Amazonas, do Acre e baixos Tapajós eTocantins a Belém, Pará e Maranhão. Parece ser substi-tuto geográfico, sobretudo amazônico, de

ressaltamos porém que o canto das duas es-pécies é essencialmente diferente e, ao que parece, tam-bém o são alguns outros traços de suas bionomias. "Tico-tico-cigarra "'.

CIGARRA-BAMBU,

13cm. Restrito ao Sudeste, lembra, na plumagem,tendo porém o bico cônico extremamente

pontudo; plumagem cinzento-azulada uniforme, inclu-indo o lado inferior das asas, bico negro, pernas pardo-rosadas claras; fêmea de partes superiores oliva-escu-ras sendo esbranquiçada nas partes inferiores com osflancos e peito esverdeados, a garganta e papo estria dosde anegrado, mandíbula amarelada. finíssimo "tzri","zib" (chamada); estrofe bissilábica e monótona de piostilitantes em andamento rápido, lembrando ouo zunir de uma cigarra: "zi, zi-zschrf", "zs,s,s, s,s,zlí","zs,zs zs,zs-s,s,s,s,s," a segunda parte da estrofe em pia-no como um eco. Canta freqüentemente enquanto voaentre dois galhos a alguns metros de altura, dentro damata sombria sob as copas; locomove-se nesta ocasiãosempre em trajetória horizontal ou ligeiramente descen-dente, batendo desajeitadamente as asas com as rêmiges

_espalhadas obliquamente para baixo e as pernas pen-dentes. Vive na mata não muito densa (porém sombria),taquarais (onde ocorre em grande número quando há o"arroz de taquara", depois desaparece). Ocorre do Espí-rito Santo e Minas Gerais ao Rio Grande do Sul, Argen-tina e Paraguai. "Cigarra-coqueiro", "Pichochó-bambu","Catatau*".

TrcO-TICO-DO-BANHADO,

Fig.3.06

14cm. Representante campestre com cauda compri-da, larga, graduada e flexível que toma metade do com-primento total, o bico pontudo lembra loro esobrancelha brancos e às vezes também em tomo do olhoé branco; lados da cabeça e partes superiores cinzentos,dorso estriado de preto, bordas das penas das asaspardacentas; partes inferiores pardo-amareladas claras,garganta esbranquiçada: fêmea e imaturo maispardacentos e estriados, cauda sem branco, como noadulto. grosso "dchãt", lembrando(às.ve~es seu vizinho, Santa Catarina) e

canto chiado "tzip, tzip, tzip ..." repetido ra-pidamente, seqüências bastante prolongadas, canta àsvezes voando, sobe em linha oblíqua e reta a dois metros,descendo depois e se afastando uns 15 metros. Habitaos tabuais e brejos em regiões campestres, procura seualimento (insetos) na base das plantas. Ocorre da Ar-

Fig. 306. lico-tico-do-banhado, Do o lbi s.

gentina, Uruguai e Paraguai ao Rio Grande do Sul,Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro (vales do Piraí eParaíba, alto Itatiaia) e Minas Gerais (serra do Caparaó,campos de altitude). Aparentado ao .

DruCA, VS

17,5cm. Espécie meridional do porte de um cardeal.Macho de partes superiores cinzento-claras assim comopeito e lados do corpo anterior, resto das partes inferio-res branco. As pontas das retrizes mais externas são tam-bém brancas, sendo as mesmas amiúde exibidas atra-vés de um curto abrir da cauda. Os lados do crisso cas-tanhos, bico negro. A fêmea éparda. "tzlit", "zlip ",lembrando a do sanhaço; canto melodioso e ressonante.Vive no campo com arbustos. Ocorre do Chile (onde éum dos pássaros mais abundantes) e da Argentina aoUruguai e Rio Grande do Sul (junho). "Diuca-comumt".

PEITO-PINHÃO, -~En

13,7cm. Espécie meridional de ocorrência local, pos-sui cauda longa como os seus congêneres; semelhante à

o l sendo menor e de bico mais fino; ladosuperior, também os lados da cabeça e uropígio, cinza-escuros cambiando para o esverdeado; espéculo bran-co-puro, bem como, a mancha sob o olho, garganta emeio da barriga; peito e lados do corpo acastanhados;fêmea mais pálida. Vive nas matas das serras altas doSudeste, do Caparaó, Minas Gerais, Itatiaia, Bocaina, Riode Janeiro, a São Paulo, Paraná, Santa Catarina e nor-deste- do Rio Gra~de do Sul. Muito menos comum doque l te da qual se distingue imediatamentepela faixa peitoral vermelha, falta-da sobrancelha bran-ca e pelos sinais brancos na cauda. "Vira-folhas".

QUEM--r:r:-VESTIU,

13,8cIn. Espécie meridional característica, de portebem mais delgado do que a descrita a seguir, à qual se

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EMBERIZINAE / CARDINALlNAE 767

;y.;i<'-. assemelha um põüco;"Iado superior pardo-ãcinzentadoescuro uniforme, faixa superciliar, estria malar e mentobrancos (resultando em curioso desenho em forma deum X visto de frente), lados da cabeça negros; lado infe-rior de um vivo ferrugíneo-escuro, exceto o abdômenque é branco; retrizes externas com pontas brancas.estrofe fortemente acentuada "bis-bís-tziü", trzi-tzwí-tziã" ( -te- "glad to meet ). Vive aoscasais,' a pouca altura, em densos arbustos e mata ribei-rinha. Ocorre da Argentina à Bolívia, Paraguai, Uruguaie sul do Brasil: Rio Grande do Sul, Santa Catarina (SãoJoaquim, Blumenau) e Paraná. "Bigorrinho" (RS).

QUETE, e Pr. 43, 6

lS,Scm. Espécie abundante das serras altas do Su-deste e do extremo Sul. Fácil de se confundir com

oos cic da qual porém se distingue pela au-sência do colar peitoral castanho, pela presença de umalarga área ferrugínea no uropígio e, se vista de baixo,por grandes nódoas brancas das retrizes externas; fêmeamais pálida; jovem com o lado superior esverdeado ede sobrancelha, fronte e garganta amarelo-enxofre. .fina como a da saíra "pix", t ip suave "djãit", quepodem ser repetidos (chamada);t , voando; grosso"djâp" (advertência); canto tinindo, metálico "dsa-dse-lidle ..." repetido rapidamente; estrofes chilreando quelembram o canto deColib i "zip.zip, zíp-zíp,zip, zíp", "zip, zap, zip, zíp, zap" repetidamente. Ocor-re em qualquer mata de altitude, freqüentemente embosques de pinheirinhos; ocorre do Espírito Santo e Mi-nas Gerais (Caparaó) ao Rio de Janeiro (Itatiaia, Bocaina,Serra dos Órgãos), São Paulo, Paraná ao Rio Grande doSul, onde alcança o nível do mar; Uruguai, Paraguai eArgentina. "Quem-te-vestiu-da-serra", "Monterita" (Ar-gentina). Às vezes ao lado deoospi th (RJ) enig u (RS).

CAPACETINHO-DO-OCO-DO-PAU, cine eEn

13,3cm. Parecida com a espécie seguinte sendo mai-or e apenas com o loro e a região auricular anegrados,píleo cinzento cambiando para esverdeado como o res-to do lado superior; lado inferior branco, peito ligeira-mente amarelado, bico negro, íris vermelha; imaturo delados da cabeça pardos. Habita o cerrado de Mato Gros-so, Goiás, Minas Gerais e norte de São Paulo. "Andori-nha-do-oco-do-pau", "Capacetinho-cinza"". Provavel-mente substituto geográfico de P.l nol

CAPACETINHO, Fig. 307

12,Scm. Encontrado apenas no extremo sul, cabeçanegra, resto do lado superior cinzento, cauda negra, re-trizes externas com grandes nódoas brancas; lado infe-

rior branco; bico anegrado, íris vermelha; fêínea-com ape-nas vestígio de negro no píleo. forte chilreada, re-petindo a mesma frase. Vivena vegetação arbustiva nocampo, capim denso, beira de rio, às vezes em peque-nos bandos. Ocorre da Argentina e Paraguaià Bolívia,Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Uruguai.V

lioptil (que é bem mais delgada) eoospi cine"Capacetinho-do-sul *".

Fig.307.Capacetinho, i el leu

CANARINHO-RASTEIRO, lis c n

12,3cm. Espécie delgada de canário, distinguível poruma nódoa branca nas duas retrizes externas (de cadalado, visível do lado inferior da cauda fechada), bicopequeno; fêmea menos amarela, dorso pardacento.oassobio estridente i "tzi, tzi"; canto composto hete-rogêneo, começa ventríloquo "zle, zle, zle ..." passandodepois para um gorjeio rápido e crescente, que lembrauma cambaxirra, e culminando com uma série descen-dente de ressonantesi gosta de cantar voando, paratal sobe obliquamente para depois descer emitindo umtrinado melodioso e finalmente pousar em uma estacano pasto ou em um tronco. Vive no cerrado aberto, cam-po limpo, é ainda mais terrícola queic s l po-dendo mesmo ser confundido com um hus. Ocorrenos Andes da Argentinaà Colômbia, montanhas daVenezuela e Colômbia e Brasil: Mato Grosso, sul doPará (serra do Cachimbo, agosto), Goiás, Piauí, Bahia(Chapada Diamantina, janeiro, J. F.Pacheco, P.S.M. Fon-seca), Minas Gerais, sul de São Paulo e Paraná.É mi-gratório, desaparecendo periodicamente (julho, MinasGerais). "Canário-rasteiro?".

CANÁRIG-OO-AM.A "?;ONAS, c co n

ll,Scm. Semelhanteà espécie seguinte, porém sendonitidamente menor. O macho com a mesma cor amarelovivo de ic is , todavia apresentando as partessuperiores semestriação escura. A fêmeaé de partessuperiores pardo-oliváceas quase destituídas de man-chas escuras, rêmiges e retrizes margeadas de oliváceo,partes inferiores esbranquiçadas com o peito e fiancospardacentos. "tsi-tsuí", "zchilí" lembrando a espé-cie mencionada a seguir. Vive nos campos, campinas e

.(

. ~

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768 o. ORNITOLOGIA BRASILEIRA

cerrado. Ocorrê da Wffi!iúelá aoPeru e B'iâsil ~te"ôsúr-~-'n~m~os'íffi:âturos, podendo então causar prejuízos àdo Pará, Meio-Norte, vale do São Francisco, Goiás e Mato rizicultura.Grosso. "Canário-do-campo?". Reproduz-se sem dificuldade mesmo cativo.

Aparece então uma série de variações de plumagem:canela, isabel, lutina, arlequim e nevada. Cruzamentoscom o canário-do-reino não são fáceis de obter-se, poiseste, além de pertencer a outra família, tem também ou-tros hábitos, fazendo seu ninho sobre ramos e não emcavidades; os eventuais híbridos não são férteis. Háquem se utilize da índole muito ciosa e agressiva de cer-tos machos da espécie para utilizá-los como "canários-de-briga" em analogia com o igualmente detestável "es-porte" dos "galos-de-briga". Os dois contendores sãocolocados em uma gaiola especialmente grande, os es-pectadores fazem apostas em dinheiro em qual será ovencedor; tais lutas podem prolongar-se por mais demeia hora e terminam quando um dos pugnadores fogeou tomba ferido (não faltando mesmo ferimentos séri-os). .

Dis uiç Ocorre no Brasil, do Maranhão ao sul até oRio Grande do Sul e a oeste até Mato Grosso (Cuiabá,Pantanal), também nas ilhas do litoral de São Paulo eRio de Janeiro. Subespontâneo em lugares protegidoscomo ilhas na Baía da Guanabara, p. ex., Brocoió e Ilhadas Enxadas. Reaparece ao norte da Amazônia, Guia-nas à Colômbia. Introduzido em '1963 na ilha Trindadeonde é por enquanto a única ave terrestrenacional, em1975 ainda pouco freqüente(J. Becker), não se afastandoda área habitada pelo homem, tal qual os pombos (v.também galinha-de-angola). "Canário-da-horta", "Caná-rio-da-telha" (SC), "Canário-do-campo", "Chapinha"(MG), "Canário-do-chão" (BA), "Coroia" (fêmea de lu-tadores), "Canário-da-terra*".

CANÁRIO-DA-TERRA-VERDADEIRO,

Pr. 43, 9

13,Scm. Muito conhecido no Brasil extra-amazôni-co. Os machos das populações este-setentrionais

b siliensis que vai do Maranhão ao Paraná, v.prancha) lembram um canário-do-reino devido ao seuporte relativamente grande e ao colorido amarelo vivoe ao alaranjado do píleo anterior Já os machos das po-pulações meridionais de Santa Ca-tarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Argentina e Uru-guai) se assemelham àqueles de ci sendomenores e mais oliváceos que a forma típica e possuin-do estriação anegrada do dorso e flancos mais abundan-tes. Fêmea e jovem de ambas as formas com as partessuperiores pardo-oliváceas com densa estriação pardae por baixo esbranquiçados com estriação pardacenta;peito e crisso de fêmeas deb amarelados; asfêmeas assemelham-se às vezes aos machos. Freqüente-mente colorem-se com a terra local (p. ex. roxo) que im-pregna a plumagem caso estejam sujos de poeira ou deterra molhada. "zit", ressonante "tsüc", suave"suit": chilrear fluente, contínuo, interrompido por ca-dências em , interrompidas como se engasgasse,p. ex., "zip, zip,zílíp-züp, zip-zülap" etc. ("canto de es-talo", v. também s s i gorjear confuso erápido; a fêmea também pode cantar. O macho dispõede um canto de madrugada territorial extenso, áspero,

,fraseado bem diferente do canto diurno; pousado nomeio de densa folhagem (onde pernoitou, 'perto dacasa onde tinha o ninho) começa a vocalizar aindano escuro e continua durante o crepúsculo todo, umameia hora, sem a menor interrupção (Nova Fribur-go, Rio de Janeiro).H , , nidi , Vive noscampos secos e sujos, campos de cultura.caatinga, Cor-re no solo à procura de sementes, é comum aparecer juntocom o gaudério sendo mais arisco e desconfiado do queeste. Empoleira para cantar. Ao contrário dos outrosmembros do gênero nidifica em buracos, ocupa maiscomumente os ninhos do competindo às ve-zes com cheto e . Ocorrem agressões a an-dorinhas. Faz uso também dos montes de grave tos de

nu , e is parainstalar-se; é tão plástico neste aspecto que aproveita atémesmo uma caveira de boi pendurada ou um vão detelha em uma casá (daí o nome "canarinho-da-telha").Aceitam caixinhas ou bambus perfurados para nidifi-car, instalam-se ainda entre densas plantas epífitas. Sem-pre fazem, no espaço disponível, uma cestinha confor-tável. Chegam a chocar três vezes no mesmo ninho.Andam periodicamente em bandos, nos quais predomi-

TIPIO, s

12,Scm. O macho distingue-se daquele anterior porfaltar-lhe o amarelo no píleo, possuindo porém distintodesenho amarelo no loro e em torno do olho; garganta eventre também amarelo vivo, contrastando com umaestria malar e peito acinzentados; manto intensamenteestriado de anegrado. A fêmea, parecida, mas com me-nos amarelo. o típico assobio bissilábico "bi-dítz", "zi-zíss","tipío" (chamada); canto: ao contrário do anteriorpossui voz fina e melodiosa, entoa estrofes fluentes ebem variadas, indo do agudo para o grave às vezes comtrinados que lembram os do canário-do-reino emborasejam muito mais fracos; há também crescendos, cadên-cias ressonantes e séries de chamados, tudo em anda-mento'rápido. Canta preferivelmente enquanto voa, des-lizando mansamente para o solo com as asas obliqua-mente estendidas para cima e a cauda aberta; às vezes,também, deixa as pernas 'pendentes lembrando um

nthus. Também canta enquanto voa, de píleo arrepia-do, ao redor da fêmea, que fica pousada no solo.É terrí-cola, corre pelo chão tal e qual um .sem-

J

ft

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EMBERIZINAE / CARDINALINA, 769

pre_em~bap.dos, mesmo dtlra~ a reprodução; nidificaem grupos e, quando migra, reúnem-se às centenas emmoitas de taquara para dormir, associando-se então in-clusive a outras aves, p_ ex.,Grande do Sul). Vive nos campos limpos tanto secoscomo úmidos, no primeiro caso, às vezes, ao lado de

Ocorre do México à América Central aoChile e Argentina, ocorre em quase toda América do Sul.Localmente comum no Brasil oriental e meridional; naAmazônia existe apenas em certas áreas campestres, como,p. ex., ilha de Marajó. Nos Andes, a 3.000m de altitude.Canário-de-lote", "Patativa" (Bahia), "Cigarrinha (Mí-:nas 'Gerais), "Canário-do-rio-grande" de Janeiro),"Tico-tipió", "Canário-da-horta", "Canário-tipio" ".[Sibley & Monroe (1990) considera

como espécie autônoma.]

CANÁRIO-DO-CAMPO,

Pr. 43, 11

20cm. Espécie campestre comum de vasta distribui-ção, a cauda longa graduada (discretamentetransfasciada) toma mais que metade do total; lado su-perior de estrias negras contrastantes, encontro (geral-mente escondido) amarelo; bico forte- e um pouco cur-vo, amarelo de cume eira negra; pernas amarelas ou ro-sadas. Imaturo (jovem) de sobrancelha e lado inferioramarelo-enxofre em vez de branco-pardacento, lados dopeito esfriados, mandíbula esbranquiçada. fino"sbit",'penetrante "tsic": canto: assobio forte ressonan-te, de flexão ascendente como pergunta"djülí". apósumintervalo "responde" com uma frase de flexão descen-dente "djülã", as duas frases então formando uma uni-dade harmônica aos nossos ouvidos humanos; estrofede mais sílabas, por exemplo"wüt-wüt hí-zíü", variaconforme a população. Vive nos capinzais altos, secosou úmidos, anda e corre no solo, empoleira para cantare escrutinar os arredores, aciona a cauda para os lados epara cima, voa de cauda meio levantada. Ocorre de CostaRica através do norte deste continente à Bolívia, Argen-tina e Paraguai, Brasil campestre: Marajó (pará) ao Nor-deste, leste e Sul até o Rio Grande do Sul e Mato Grosso(alto Xingu, Chapa da, etc.). "Cabo-mole", "Tibirro"."Tibirro-do-campo?", (Espírito Santo).V a seguinte.

CANÁRIO-DO-BREJO,

Úkm. Espécie paludícola meridional, parecida coma precedente, sendo, porém, nitidamente menor, caudarelativamente mais curta,estriaçãodo lado superior maislarga e negra, lados da cabeça cinzentos em vez depardacentos, retrizes centrais mais entalhadas, maxilanegra, tômias e mandíbula amarelas; pernas pardacento-claras. inteiramente diferente da anterior: baixinho"dze, dze, dze","dch.dch.dch" (chamada, advertência);canto composto de cadências ásperas monótonas como

"wãd.wãd.wãd ... djád~Ldjáda,cMd9.,.::, lembrando ..ouctros pássaros paludícolas como(Troglodytidae) ou (Sylviidae, do VelhoMundo), "voz da paisagem"; às vezes estrofes maismelodiosas e ressonantes: "widje, widje, widje ...","tzlã,tzlã, tzlã ..."; canta às vezes em vôo: sobe 3 a 4m, prosse-guindo então na horizontal, com a cauda largamenteaberta, depois desce calado. Vive nos pântanos com

etc.. intercalados em regiões campestres, àsvezes brejos pequenos, quase secos com moitas decarqueja . e refugia-se na base dasplantas, mas voa às vezes alto para bem longe. Descritaem 1907 porH. von Ihering de São Paulo; foi reencon-trada por nós no Brasil (Santa Catarina, Paraná) em 1969,quando penetramos pela primeira vez na área da espé-cie, não sabendo que entretantoW. Partridge tinha cole-tado o pássaro na Argentina; em 1971 registramo-lo tam-bém no Rio'Crande do Sul. Ocorre no Paraguai. Ao ladode (SantaCatarina, Rio Grande do Sul), e

(Paraná). "Tibirro-do-brejo*".

SABIÁ-DO-BANHADO,

21,5cm. Grande espécie meridional, campestre, decauda longa, larga e arredondada, e de plumagem cheiae macia, bico alaranjado vivo e cumeeira negra; lado su-perior verde-oliva acinzentado, lados da cabeçaanegrados, asas de cor verde intensa, encontro amarelopartes inferiores cinzentas, lados e crisso pardacentos,abdômen esbranquiçado; o imaturoé de garganta e pes-coço anterior amarelo-enxofre, peito com manchas ne-gras, lembrando a vestimenta correspondente de

às vezes seu vizinho. forte"zit", "spit, spit, spit" (advertência), estrofe curta de as-sobios ressonantes bem pronunciados alternando comcadências esganiçadas, por exemplo.Ytzü-bfã", "zídelü- zídelü - práisd", "zi, zi, zi, zi - sbiliã", "süí-zí-zili". Vivenos pântanos com alguma vegetação alta, campos sujose úmidos, nos campos de altitude da Mantiqueira(Itatiaia, Rio de [arteiro; 1.800m, eCaparaó,Minas Ge-rais). Anda a passos largos sobre o solo, pousa nas pon-tas de arbustos, segurando-se, às vezes, em dois galhosde uma bifurcação, pousa sobre rochas, aciona a caudapara os lados e verticalmente, voa pesadamente com aspernas penduradas. Da Argentina, Uruguai e Paraguaiao Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Pau-lo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, também Bolívia."Perdizinha-do-campo", "Tlbirro-do-pampa?". V a se-guinte.

RABO-MOLE-DA-SERRA,

En I_

21,5cm. Endemismo das chapa das do interior deMinas Gerais e da Bahia muito parecidacoI)) a prece-

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770 ORNITOLOGIA BRASILEIRA

dente, por-ém com um anel estreito-branco ou .amarela-t-> capinzais altos, abundante.mesmo ao redor de habita- .,;;,do ,em tomo do olho (~anel é interrompido ~Íttero~epos- ções, arrozais, etc, Na área de Belérn (Pará) procria emtenormente) e uma linha da mesma coracima do loro qualquer época do ano, Em regiões mais meridionaisanegrado; dorso verde uniforme (não estriado ligeira- (p. ex. São Paulo) desaparece durante o inverno. Ocorremente como na precedente), garganta branco-amarela- do México à maior parte da América do Sul inclusive

~a ~;,mvez d~ c~e~to,~escura): apelido for,~e''bí~i'', ;,odo o Brasil, "Saltador", "Veludinho", "Papa-arroz',ulí ; canto pé-tíziíu .Descnto em 1844 da Amenca. Bate-estaca" (ex-Guanabara), "Serrador", "Serra-serra",

do Sul", foi redescoberto em 1926 por E. Snethlage per- "Alfaiate" (estes últimos quatro nomes obviamente com-to de Mariana, Minas Gerais,eem 1928por E. Kaempfer parando o movimento dos saltos àqueles de um bate-em Morro do Chapéu, Bahia. Nos gerais secos com pal- estaca ou ainda aos movimentos verticais do ato de ser-m~iras anãs ~espécies .de s na .Serra do Espinhaço, rar de um marceneiro ou do movimento do braço doMinas Gerais, em altitudes supenores a 900 metros. alfaiate ao medir uma peça de pano).É aparentada aosOcorre, p. ex., na Serra da Moeda, Serra do Caraça, Ser- famosos "fringilídeos de Darwin", Geospizinae, dasra do Cipó, Serra Gandarella, Serra da Piedade (G. T, ilhas de Galápagos. V. tambémospi eMattos). Reaparece em chapa das da Bahia central (Mor- us.ro do Chapéu). Substitui na Serra do Espinhaço, em lu-gares de altitude, g ensis, espécie maismeridional, tratando-se evidentemente de uma exclu-são competitiva de duas espécies gêmeas. EncontramosE. longic na Serra do Cipó (1.300 m) ao lado do bei-ja-flor, tes scut tus e o us su i is(Tyrannidae), outros endemismos-da região. Na área doMorro do Chapéu ocorre junto com stes elius."Tibirro-rupestre*".

TrzIU, Fig. 308

l1,4cm. É um dos mais comuns emberizíneos conhe-- cidos deste país. De bico cinza, macho, em plumagem

nupcíal, negro-azulado brilhante uniforme com as axi-lares e coberteiras inferiores da asa brancas, em certasregiões da Amazônia (p. ex. alto rio Negro) também pre-tas, mudando, após a época de reprodução, para umavestimenta de descanso de penas negras com borda es-branquiçada, mais conspícua nas partes inferiores. An-tes do período reprodutivo subseqüente realiza umanova muda, substituindo as penas tricolores por aque-las unifórmemente negras da plumagem nupcial (v.sobMorfologia). Fêmea e imaturo pardos nas partes supe-riores e esbranquiçados nas partes inferiores; o machoimaturo geralmente se apresenta com algum negro nacabeça. Macho subadulto ("pintão") semelhante aomacho adulto em plumagem de descanso, mas dele dis-tinguindo-se pelas largas orlas pardas das penas, maisdiscerníveis nas partes superiores; já pode ser sexual-mente maduro nesta fase, a qual pode prolongar-se porcerca de dois anos. estridente "tsic" (chamada); sé-rie de "ti-ti-ti..." (advertência); canto curto, esganíçadoe estereotipado, "ti-síu", emitido no decurso de um cur-to pulo vertical, que lhe é muito característico, execu-tando simultaneamente uma série de batidas de asa, quetanto expõem a brilhante mancha branca das axilares ecoberteiras inferiores como produzem um certo ruídocom as rêmiges; aterrissa no mesmo local para logo emseguida pular novamente podendo realizar séries de 12a 14 saltos por minuto. Vive em paisagens abertas,

,-\., III ,IJ

Fig.308.Tiziu, / t n , macho,à esquerdapulo-vôo durante o cantar.

PrCHOCHó, lis

13,4cm. Maior representante do gênero; possui bicogrosso, de tamanho bastante variado, mas com a consti-tuição característica de ser a maxila mais estreita que amandíbula, o que recorda as duas espécies que mencio-namos a seguir. Macho de plumagem pardo-oliváceacom uma estreita faixa pós-ocular, garganta e meio daspartes inferiores brancas ou esbranquiçadas; centro doabdômen amarelado: asa com duas faixas amarelas trans-versais. Há muita variação no colorido, aoqüe parece,devido à idade, às vezes aparecendo branco puro na fron-te, no píleo, e! ou nos lados do pescoço ("estrela", ma-cho adulto); também pode ter uma nítida estria malarda mesma cor; por outro lado, o dorso anterior e o altoda cabeça podem apresentar-se cinza-escuro, etc. A fê-mea é parecida com o macho porémrnaís esverdeada esem a lista branca pós-ocular. A fêmea e o macho sembranco são chamados "taquara". estridente "pitz";canto violento, uma espécie de açoitar "tchó-tchó-tchó-

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EMBERIZINAE / CARDINALlNAE 771

. tchüt", interpretado pelo povo corno "pichochó"; gorje- ..ar confuso e fluente. Toma-se em cativeiro o cantor maisincansável. Parece que a fêmea canta também. Habita ointerior da mata espessa, taquarais (v. Introdução), nosanos em que estes frutificam ocorrem em tão grandenúmero que se espalham por regiões onde não apare-cem normalmente,P: ex., na restinga da Marambaia (Riode Janeiro), associados a . Ocorre também emterrenos cultivados (arrozais, Rio Grande do Sul, do co-meço do ano até o final da safra em abril). Ocorre noParaguai, Argentina (em Misiones) e Brasil, do EspíritoSanto ao Rio Grande do Sul. "Chanchão", "Cacatau"(Minas Gerais), "Estalador", "Pichochó-estrela",

CIGARRA-VERDADEIRA,

10,Scm. Espécie meridional notável pelo formato es-tranho e particular do seu bico, o qual possui a maxilaestreita e angulosa, dobrada por sobre a mandíbula queé duas vezes mais grossa; no macho o bico é cor de mi-lho. Macho inteiramente ardósia com as coberteíras in-feriores da cauda branco-pardacentas e com o centro doabdômen e espéculo brancos; às vezes apresenta maisbranco, P: ex., em torno do olho, na sobrancelha, na gar-ganta, nos lados do pescoço e nas coberteiras superio-res das asas formando urna faixa; fêmea e jovem pardoscom o centro do abdômen meio esbranquiçado ou ama-relado, sendo imediatamente reconhecíveis pela formado bico. É comum aos machos, em cativeiro, conserva-rem a plumagem parda de jovem por vários anos, o que,provavelmente, também ocorre em ambiente natural,pois aparecem poucos machos em plumagem "adulta"característica. esrridence "zlit", bissilábico "i,

(chamada); (advertência); canto melodioso evariado, porém dominando um estridular monótono quelembra o zunido de urna cigarra"zí, si, si, si. ..", "zirrrrr",às vezes com som grave e agudo "s,s,s,s,s-s,s,s,s". Vivenos locais de derrubada de mata onde medra a ciperácea"navalha-de-macaco" sp.) cuja semente ado-ra; ocorre na beira da mata à altura média e mesmo maisacima, onde nidifica e de onde se desloca em longos vôosaltos para alcançar veredas, pântanos e arrozais. Ocorretanto em baixadas quentes (p. ex. lagoa de[uparanã,Espírito Santo, em julho, associado ae S. corno em regiões serranas (Teresópolis,Tinguá, Nova Friburgo no Rio de Janeiro e Alto da Ser-ra, São Paulo, onde se encontra com .Endemismo do Brasil merídio-oriental, da Bahia, MinasGerais e Espírito Santo a São Paulo e Paraná. Parece mi-grar, pois some periodicamente. Já desapareceu total-mente de Certas localidades (p. ex. a baixada de Santos eIguape, em São Paulo). "Patativa-chiadora", "Chiadora","Papa-capim-da-taquara*" (Minas Gerais). [Um sumá-rio de sua situação conservacionista e distribuição atuali-zada, estendendo-se ao leste do Paraguai e Misiones,Argentina, foi apresentado por Collaret . (1992).

GIGARRINHA-DO-NORl'E, o .e

[llcm] Substituto da anterior na Amazônia, asseme-lhando-se muito a ela tanto nos caracteres morfológicoscorno na bionomia. Os machos adultos costumam des-tacar-se pela berrante coloração amarelo-clara das unhas,que forma distintivo singular, e pela coloração amarelocarregada do bico. muito parecida com a da anteri-or, bissilábica e estridente "zi, zi" (chamada); zunidocorno o de urna cigarra, a estrofe às vezes, composta dediversas cadências em crescendo etc, p. ex., "zit-zs, s, s;s, s, s, s-s, s, s.s-s, s, s, s". Vive na orla da mata alta, nidificana ponta dos galhos, de preferência não baixo (p. ex. 8macima do solo); daí vai em vôo alto até a beira do riopara comer; voa alto o suficiente para chegar a visitarilhas no meio do rio Amazonas e sobrevoar Belém (pará).Ocorre do México à Bolívia e ao baixo Amazonas (Ama-pá,leste do'Pará). "Cigarra-bico-de-lacre", "Papa-capim-cigarra *".:

P APA-CAPIM-CINZA *,

[llcm] Parecido ao anterior mas bem mais claro, cin-zento, de unhas negras (em vez de amarelas). Rio Mucajaí(Boa Vista) e Maracá (Silva& Willis 1986). Guianas,Venezuela, Colômbia.

. PATATIVA-VERDADEIRA,

10,Scm.É urna das espécies canoras mais cobiçadas;macho cinza-azulado, mais claro nas partes inferiores, ecom o ment?, curta estria malar (bem típica para estaespécie), abdômen e espéculo brancos, freqüentementecom urna mácula branca logo abaixo do olho. Fêmea ejovens pardos mais claros nas partes inferiores. A colo-ração do bico varia entre o negro, o cinzento e o amare-lo, sendo que este último tipo, p. ex., é encontrado emGoiás e Minas Gerais ao lado das variações escuras; avariante amarela tanto pode se destacar já no "pintão"(corno observamos em Minas Gerais) corno pode apare-cer apenas após o segundo ano de vida ou mais (cornovimos em exemplares do Rio Grande do Sul). forte"tjãp" (chamada); seu canto é um dos mais finos e melo-diosos dentre os dos emberizíneos nacionais, são fre-qüentes os motivos de duas ou três sílabas bem pronun-ciadas e repetidas, p. ex., "djui-djui,djülõ-djülõ-díjülb-dijülb", gorjeia rapidamente lembrando àsvezes imita outras aves corno, p. ("bentevi")e Vive na orla da mata baixa intercalada comcampo, cerrado, vegetação ribeirinha, buritizai,:>;não seadapta a grarníneas alienígenas como tivemos oportu-nidade de observar no Distrito Federal. Ocorre da Ar-gentina ao Paraguai, Bolívia e Brasil no Rio Grande doSul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais,Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal (onde antigamen-te ocorria em bandos, setembro) e noroeste daBahía (ain-

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772. ORNITOLOGIA BRASILEIRA

da hoje em bandos, dezembro): também nas partes maissetentrionais da América do Sul, Marajó (pará), Rorai-ma e países adjacentes. Na sua área de ocorrência meri-dional (p. ex. Santa Catarina) desaparece durante o in-verno, aparentemente por falta de alimento. "Patativa-da-serra" (Minas Gerais, nome dado unicamente aosindivíduos de bico amarelo), "Patativa-do-cerrado","Patativa-da-amazônia". V

GOLA, COLElRA-DO-NORTE,

llcm. Espécie amazônica de bico grosso e negro apa-rentada com o rep~esentante ref~rido a se~~. ~achocom as partes supenores negras com o uroplglO cinzen-to e duas faixas na asa e espéculo brancos, partes inferi-ores e lados do pescoço também brancos; papo atraves-sado por uma estreita faixa negra formando uma coleiraàs vezes incompleta. A fêmea e o jovem são pardos maisclaros nas partes inferiores, sendo parecidos àqueles des. , contudo chamam a atenção pelo formato e cordo bico. "jãp" (chamada); o canto lembra o de S.

, sendo entretanto mais prolongado; às ve-zes imita outras aves. Vive no campo sujo, beira de ter-renos cultivados, etc. Ocorre do México à América doSul setentrional até os rios Juruá, baixoTapajós (pará) eBeléÍn (Pará). "Pintada" (Amapá), "Patativa" (Pará),"Coleiro-do-brejo-do-Amazonas" .

COLEIRO-DO-BREJO, Fig. 309

ll,5cm. Espécie meridional vistosa e de bico rombudoe negro. Macho com plumagem de complicado padrãopreto e branco ou preto e amarelado-canela. Alto e la-dos da cabeça negros com duas pequenas máculas su-pra e infra-oculares brancas, dorso anterior, asas e cau-da negros, dorso posterior cinzento, larga faixa peitoralnegra, espéculo e garganta brancos. Resto da plumagem(faixa nucal, uropígio e resto das partes inferiores) tantopode ser branco quase puro c. comocanela bem pronunciada em exemplares oriundos dointerior de São Paulo e Mato Grosso, denominados de"celeiros-do-brejo-do-oeste"e Fêmea e jovens mui-to parecidos com os da espécie anterior e com os de

sendo porém maiores e de bico maisgrosso do que os de ens. "gâb"mais cheia do que a de (chama-da); cantor gorjear de andamento rápido, com poucasoscilações para o agudo e o grave, misturado a chilrea-dos, pode ser rico em imitações de outras aves, p. ex.,

El e gosta de repetir osmotivos. Habita os pântanos de vegetação alta. Ocorredo Espírito Santo ao Rio Grande do Sul, Goiás, MatoGrosso, Paraguai, Uruguai eArgentina."Pássaro-frade"(Minas Gerais), "Coleira-do-sertão" (Espírito Santo). V

hil

Fig. 309. Celeiro-do-brejo, macho.

BIGODINHO, Fig. 310

llcm. Representante caracterizado no macho pela re-gião malar e faixa mediana do píleo brancas; a fêmea sedistingue das outras do gênero pelo porte mais esguio,cauda mais alonga da e bico pequeno com mandíbulaamarelo-clara. gorjear rápido emetálico que desem-boca em uma cadência principal característica, bastanteressonante "tjõ, tjõ, tjõ..." ou ainda "tj, ~, tj, tj-hútj" deestrutura semelhante à do canto des. , que émais agudo, o canto varia conforme a região (dialetos).Vive nos descampados, plantações e à beira de capoei-ra. É migratória no Espírito Santo e Paraná, aparecendoem dezembro para nidificar e sumindo em março e abril.No leste do Maranhão aparece apenas de maio em dian-te e no Piauí foi observadanidífícando em maio. Regis-trado das Guianas e Venezuela à Bolívia, Paraguai, Ar-gentina e Brasil até São Paulo, Paraná, Mato Grosso eGoiás. Na Venezuela migrantes, vindos do nordeste bra-sileiro, se traem lá pelo canto diferente (Schwartz 1975)."Estrelinha", "Cigarrinha" (Minas Gerais).

[ESTRELA-DO-NORTE,

llcm. Difere basicamente des. por não pos-suir a faixa branca do píleo. Migratória, ocorre aparen-temente apenas como visitante na bacia amazônica(Schwartz 1975). Reproduz no norte da Colômbia,Venezuela e Guianas.]

BAIANO,

llcm. Macho bem caracterizado pela coloração ne-gra uniforme da cabeça, garganta, pescoço e peito; dor-oso e asas oliváceos, cauda negra; partes inferiores ama-relo-pálidas ou brancas; espéculo ausente, bico cinzen-to-claro. A fêmea é muito parecida com a deo ophil

e ulescens, às vezes Sedistinguindo pela garganta maisesbranquiçada. fraco "split", metálico "tzi" (maisbreve que no o canto: estrofe.cur-

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EMBERIZINAE / CARDINALINAE 773

Fig. 310. Bigodinho, macho.

ta em andamento acelerado sendo pouco possante, lem-bra a vocalização de . Habita oscampos de cultura e capinzais altos; espécie de largadistribuição, é comum em muitos lugares, sendo tam-bém beneficiada pela introdução de gramíneasforrageiras. Ocorre da Costa Rica à Bolívia e Argentinae em todo o Brasil para o sul até o Paraná. "Papa-arroz","Coleiro-baiano", "Papa-capim-de-peito-preto", "Papa-capim-capuchinho*". Destacamos ainda que os exem-plares de partes inferiores brancas, "Papa-arroz-de-bar-riga-branca", "Papa-capim-de-costa-cinza*", pertencemà subespécie a qual foi ar-rolada algumas vezes como espécie separada (Sick 1962).

. Distingue-se pelo manto cinzento e, principalmente, pelabarriga branca; possui o bico tanto amarelado eesverdeado como esbranquiçado. Endêmica do Sudestedo Brasil (sudeste de Minas Gerais, Espírito Santo e Riode Janeiro), possui voz idêntica à dos exemplares deventre amarelado. Nidifica na zona serrana do EspíritoSanto de agosto em diante, desaparecendo no começodo ano, aparecendo periodicamente em outras regiõescomo Brasília (agosto/dezembro), onde é designadocomo "celeiro-paulista" (P. T. Z. Antas). Na sua regiãopode coabitar os mesmos locais e até mesmo cruzar com

PAPA-CAPIM-DO-BANANAL *,E,n "

[llcm] Conhecida apenas em Goiás (Porto do RioAraguaia), parecida com a mas de.bico maior e amarelado, 'apenas com a cabeça e gargan-ta negras, reluzentes, contrastando com o dorso pardo-amarelado. Ligeiríssima faixa infra-ocular e espéculobrancosrpartes inferiores branco-pardacentas, lados dopeito pintalgados de marrom. Vive à beira de lagos emcompanhia de outras espécies do gênero.

. [PAPA-CAPIM:.,.PRETO-E-BRANCO,

lu

llcm. Assemelha-se no padrão de distribuição decores a Distribui-se geralmente aolongo das baixas encostas dos Andes da Venezuela àBolívia. Encontrado pela primeira vez no Brasil em Cru-zeiro do Sul, Acre em 1992 (A. Whittaker).]

COLEIRINHO, PAPA-CAPIM,

Fig. 311

llcm. A espécie mais abundante e conhecida do gê-nero no Sudeste do Brasil. Macho com as partes superi-ores cinza-escuras, às vezes com uma tinta esverdeada;face, garganta anterior e faixa sobre o papo (colar) ne-gras; estriamalar, nódoa na garganta posterior e barri-ga brancas ou amareladas; espéculo tanto pode estarpresente como pode faltar; bico de colorido variado: cin-zento, amarelo, esverdeado ou anegrado, o que corres-ponde a várias denominações populares ("coleira-bico-laranja", "coleira-bico-de-chumbo",etc.). Fêmea pareci-da àquelas de e

. "tzri", "zlit" , "zjâ" (chama-da); o canto consiste em um gorjear rápido um tanto fra-co, a estrofe costuma atingir um ponto culminante se-guindo-se depois uma breve escala descendente, p. ex.,"djüle, djüle, djüle, djüle-djí-djülo, djülo-tschrrr", às ve-zes canta voando; há dialetos de diferentes populaçõesmesmo em vales vizinhos; os amadores classificam oscantos com terminologia própria, P: ex.,"tuí-tuí" (refe-rindo-se ao começo do canto), "canto serra" (quandobrigam); as fêmeas também podem cantar. Vive nos cam-pos de cultura e capinzais. Ocorre no Brasil centro-oci-dental e meridional (da Bahia ao Rio Grande do Sul),Uruguai à Bolívia, Peru e na margem direita do baixorio Amazonas a leste do Tapajós: parece não ocorrer noNordeste, região dominada porSegue a expansão de gramíneas forrageiras altamentesementíferas, invadindo assim áreas onde não ocorria(p. ex. o Distrito Federal). Some periodicamente, p. ex.,das regiões serranas do Espírito Santo e Rio Grande doSul. "Coleirinha-dupla", "Coleira-da-mata", "Paulista","Papa-capim-de-peito-amarelo" (sendo estes três últi-mos nomes referentes aos espécimens de partes inferio-res amareladas), "Coleirinha*".

GOLINHO, BREJAL, En

10,5cm -.,Típko do Nordeste, o macho assemelha-seàquele da 'espécie anterior, mas possui o bico menosdelgado e conspicuamente alaranjado, o colar peitoral énegro e a garganta toda branca; também os lados dopescoço são brancos, de forma que esta cor pode ser di-visada mesmo estando o espécime de costas. Uropígio eespéculo também brancos. gorjear fino, persistente

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774. ORNITOLOGIA BRASILEIRA

/

Fig. 311.Papa-capim, macho.

bem variado e rápido, podendo lembrar o canto derealiza imitações. Habita as veredas úmidas

da caatinga, onde costuma ser abundante, sendo, juntocom a as únicas espécies existentesdo gênero. Ocorre no Nordeste do Brasil, p. ex., no Piauí,Ceará, Pernambuco e Bahia, excepcionalmente até onorte do Espírito Santo (rio Itaúnas, dezembro) e MinasGerais. "Coleira-garganta-branca". V

.que é bem mais robusto.

CHORÃO,

12,Scm. Representante relativamente grande,rabilongo e de bico grosso e amarelo. O macho lembra,no colorido, aquele da delgada ten-do as partes superiores cinza uniformes; espéculo e ladoinferior brancos, este último às vezes lavado de cinzen-to. Fêmea e jovem pardos, lembrandopelo bico grande de cúlmen curvo: grosso "djãip","quâk" (advertência, semelhante àquela do pardal); aparte característica do canto é um assovio plangente as-cendente ii-i, ii-i repetido sem pressa. Habita amata baixa entremeada de campo e brejo. Ocorre na Ar-gentina, Paraguai, Bolívia e Brasil, da foz do rio Amazo-nas e Nordeste ao Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Pau-lo, Paraná, Goiás e Mato Grosso (até o alto rio Xingu)."Patativa-chorcna", (Minas Gerais), -vermelho" (Espírito Santo). V (fê-mea que possui o cúlmen negro, etc.).

CABOCLINHO-DQ-SERTÃO,

l.Ocm; Espécie pequena e pouco conhecida, o macholembra aquele de b. tendo porém aspartes superiores todas negras exceto pelo uropígio que

+é-ferrugíneo-ocréceo como as partes' inferiores-e os la-dos da cabeça. Possui também o bico rfiais forte e de corparda e negra. Ocorre nas paisagens abertas, campos,Brasil central (oeste de Mato Grosso) e leste da Bolívia."Caboclinho-campo-grande", "Caboclinho-de-papo-roxo?",

CABOCLINHO, Pr. 43, 3

lOcm. Geralmente o representante mais conhecidode um conjunto de dez espécies pequenas denominadasde "caboclinhos". Existem notáveis variações de colo-ração conforme a subespécie considerada, no Brasil ocor-rendo a saber:

1 - "Caboclinho-verdadeiro", "fradinho",Macho canela-avermelhado com o

boné, asas e cauda negros além de um grande espéculobranco. Ocorre do Brasil setentrional e oriental, da de-sembocadura do rio Amazonas ao nordeste de São Pau-lo e Goiás.

2 - "Caboclinho-paulista", "caboclinho-coroado",Macho de partes superiores

párdo-acinzentado-claras com apenas o boné negro.Partes inferiores esbranquiçadas às vezes cambiandopara o rosado ou amarelado. No Brasil, restrito a SãoPaulo, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul (v. prancha)Ocorre também na Argentina e Paraguai.

3 - "Bico-de-ferro", Ma-cho totalmente pardo, como o precedente, porém faltan-do-lhe o boné negro. Conserva sempre, portanto, umaplumagem semelhante à da fêmea, aparecendo em cer-tos exemplares apenas certos vestígios de preto no píleo(o que sugeriria erroneamente um indivíduo subad ulto)ou de cor de telha nas partes inferiores. Endêmico doRio de Janeiro (lagoa Feia, Sick 1967b). "Ferrinha".

As .fêmeas e jovens de todas as três subespécies sãopardos, os machos jovens geralmente reconhecíveis porpossuírem espéculo maior e bico anegrado. Após o pe-ríodo reprodutivo os machos das populações meridio-nais bouu em São Paulo e ob. no sul de Minas Gerais) mudam para umavestimenta de descanso reprodutivo ou eclipse, tornan-do-se semelhantes às fêmeas; nesta ocasião não apenasa plumagem, mas também a cor do bico muda, passan-do do negro para o amarelado (v. Introdução).o es-tridente "zlit", assovio bissilábico "üt-ít" (chama-da); canto extremamente variado, extenso e apressado,lembrando às vezes aquele de pode incluirtambém imitações intercaladas entre suas estrofes bempronunciadas, contínuas e fluentes, ..compostas debelíssimos assovios ressonantes tais como "it-út-ülo-ft":outros componentes típicos do canto são assovios pene-trantes e isolados tais como "ü-wíst" e cadên-cias ásperas "tzãrre-tzârre", "tarrre-tarrre" lembrandocertos pássaros paludícolas como

e ("voz da paisagem"). Viye nos

-

L

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EMBERIZINAE / CARDINALINAE 775

pântanos, GalllPos com. arbustos, localmente ~'1hs nu-merosos quando as gramíneas estão com sementes (v.sob Migrações). Ocorre do estuário do rio Amazonas(Amapá. Pará, ilha de Marajó) ao Nordeste, leste e Cen-tro do Brasil (até São Paulo, Goiás e Mato Grosso para osul); encontrado também na Argentina, Paraguaí, RioGrande do Sul (Passo Fundo) e em savanas ao norte dahiléia (Suriname). "Caboclinho-lindo" (Amapá, MinasGerais), "Coleirinho-do-brejo", "Caboclinho-frade"".

CABOCLINHO-LINDO,

10cm. Representante amazônico de bico negro. Ma-cho com as partes superiores pardo-oliváceas exceto ouropígio, que é castanho; espéculo branco; partes inferi-ores ferrugíneas. "zi", "zjü", "tzãp": canto melodi-oso com cadências de assobios claros' bem pronuncia-dos em andamento não apressado. Habita as paisagensabertas, campos de cultura, margens de estradas; naAmazônia setentrional é comum em muitas localidades.Ocorre das Guianas e Venezuela ao baixo rio Amazonase baixos rios Tapajós e Tocantins, também em Belém(Pará) e Amapá. "Patativa" (Pará), "Curió" (Pará),"Caboclinho-do-norte" .

CABC?CLINHO-DE-BARRIGA-VERMELHA,

10cm. Espécie meridional parecida com a anteriormas de bico fino e negro. Macho com as partes superio-res cinza-azuladas-claras; uropígio, partes inferiores elados da cabeça ferrugíneo-acanelados. Fêmeapardacenta. "zi", "zlit", canto chiado relativamen-te monótono. Vive nos brejos de áreas campestres.Émigratório, aparece, p. ex., no planalto de São Joaquim(Santa Catarina) pelo fim do ano (novembro, dezembro)para nidificar, desaparecendo em seguida, o que ocorrena mesma área com S. . Ocorre da Bolívia,Argentina, Paraguai e Uruguai ao Brasil no Rio Grandedo Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Mato Grossodo Sul e Goiás (indivíduos migrantes). "Caboclinho-roxinho", "Caboclinho-roxo'"', (Santa Catarina). V.a se-guinte.

CABOCLINHO-PARAGUAI,

10cm. Macho com as partes superiores cinza-az.ulad as (no adulto) ou pardo-acinzentadas (nosubadulto), coberteiras superiores da cauda e partes in-feriores ferrugíneo-escuras, garganta e.pAp,o n,egros,grande espéculo branco; bico negro ou amarelado. So-bre a plumagem de descanso v. sob Morfologia.suave "ziü", "djãp", "tzilü": seu canto, que lembra aque-le de é entoado mantendo o cantor asasas entreabertas, exibindo o lado inferior das mesmas.Habita os campos. Ocorre da Argentina, Uruguai, Para-

guai e Bolívia ao Rio Grande do Sul, Mato_~Grosso~,,ºoi.fÍ?,São Paulo e Minas Gerais (Pirapora, setembro). Os exem-plares encontrados no comércio costumam ser oriundosda Argentina ou Paraguai. "Paraguai-ito". Cogitou-seconsiderar esta espécie como uma mutação

o qual seria então uma forma polimórfica(Short 1969).

.CABOCLlNH0-DE-PAP0-BRANCO,

9,6cm. Rara e pequena espécie meridional, aparen-tada às duas anteriores. Macho com as partes superio-res cinzentas, exceto o uropígio, que é castanho; ladosda cabeça, garganta e peito de um branco puro resplan-decente; barriga castanha, espelho branco. Bico pardo-amarelado. Macho subadulto de manto pardo, papo sujode branco, etc. "ziã", ascendente ou descen-dente lembrando "zlit" (chamada).Vive nos capinzais altos, ricos em espécies sementíferas,banhados. Ocorre do Uruguai, Argentina e Paraguai aoBrasil no Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul (Cam-po Grande), São Paulo, Goiás e Minas Gerais (alto rioSão Francisco, setembro); os registros mais setentrionaisdevem corresponder a indivíduos migrantes fugitivosdo inverno.

CABOCLINHO-DE-FAIXA,

IOcm. Espécie comum na Amazônia, macho de par-tes superiores cinza-azuladas; no meio das partes infe-riores, da garganta às infracaudais, corre uma faixa cas-tanha que dá à ave aspecto bastante notável; asase cau-da negras bordadas com cinzento; espelho branco, biconegro. "ziãp". Vive nos capinzais nas margens dosrios e lagos. Ocorre das Cuianas e Venezuela à Bolívia eBrasil, no Acre, baixo rioTapajós (Pará) e rio São Fran-cisco (Pírapora, Minas Gerais, setembro). "Peito-roxo","Cabuculino" (Pará), "Caboclinho-amazonas","Caboclinho-de-pei to-castanho=".

CABOCLINHO-DE-SOBRE-FERRUGEM",

10cm. Cinzento, lados da cabeça, uropígio e lado in-ferior castanho, espelho branco. Parque Nacional dasErnas, Goiás, outubro de 1984, num grande bando mis-to (5. S. etc.) em brejo (A. Negret).Bolívia, Argentina.

CABOCLINHO-DE-CHAPÉU-CINZENTO,

10cm. Macho castanho-escuro de boné cinzento, asase cauda negras margeadas de cinzento; grande espéculo

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776 ORNITOLOGIA BRASILEIRA

branco, bico amarelo-claro. Viv-e nos capinzais. Ocorredo nordeste da Argentina, Paraguai e Brasil, no Rio Gran-de do Sul (São Borja), São Paulo, Mato Grosso do Sul(Campo Grande,Aquidauana), Goiás e Minas Gerais (rioSão Francisco, setembro). "Caboclinho-goiano","Caboclinho-vermelho*".

CABOCLINHO-OE-BARRIGA-PRETA,

En

IDem. Representante típico das regiões serranas ecampestres do sul do Brasil. Macho cinzento-claro coma garganta, peito, abdômen e coberteiras inferiores dacauda negros; asas e cauda também negras, espéculobranco, bico amarelo ou negro. Após o período de re-produção os machos adultos tomam-se pardos asseme-lhando-se às fêmeas (v. Introdução). parecida com ade . Nidifica em brejos isolados empaisagens campestres de altitude.É migratório, apareceem Santa Catarina (a l.OOOm de altura) para nidificar,em outubro-novembro, desaparecendo no começo doano (fevereiro-março). Observamo-Ia em março no RioGrande do Sul, enquanto se alimentava das sementesde (Gramineae),

(Cyperaceae) e(Iridaceae). Ocorre no Brasil meridional, do nordeste doRio Grande do Sul (a 98Dm de altitude) a Santa Catari-na, São Paulo, Minas Gerais (Campanha, Poços de Cal-das e em setembro em Pirapora) e Distrito Federal (fe-vereiro e maio). Em Santa Catarina coabita com

e e os mesmoslocais. "Caboclinho-bico-de-ferro".

BICUDINHO,

13,Scm. Representante amazônico que se distingueda espécie citada a seguir pelo talhe menor, o que já éapreciável nos indivíduos pardos, que não são muitomaiores que um curió. Outro distintivo importante estáno bico, que é menor e mais liso, não tendo, na superfí-cie, uma estrutura óssea que forme entalhes, como seobserva em também não desen-volve sequer vestígio de "dente" na maxila. maisfraca do que a da espécie seguinte. Vive nos locais pan-tanosos com arbustos e.árvores; é relativamente comumna margem esquerda do baixo Amazonas (p. ex.

.Mazagão, .Macapá) também no interior do Amapá (p._ ex. Pto. Platon, durante a safra de arroz) e ilhas

(Mexiana); ocorre no rio Negro e mais para o norte:Guianas, Venezuela, Colômbia e nordeste do Peru; nãoevoluíram raças geográficas e não há indicação sobrecruzamento no ambiente natural com o bicudo

com o qual se encontra no Ama-pá, provando que e i são espéciesdiferentes (Sick 1967c). "Bicudo-do-norte",

BrcUDO, BrCU00-VERDADEIRO,

Iôcm. Caracterizado pelo bico muito grosso, cuja su-perfície apresenta uma estrutura óssea irregularchanfrada, que dá uma aparência "rajada" ao conjunto,também apresenta um "dente" na maxila. O macho étotalmente negro uniforme reluzente com reflexos azuisesverdeados com um grande espéculo, coberteiras infe-riores das asas e axilares brancas. Fêmea e juvenil par-do-escuros, reconhecíveis pelo tamanho do corpo e fei-tio do bico, idênticos ao do macho adulto. forte"djãp", "quãk", "tchoc", "tchüc"; canto aflautado deandamento rápido, com saltos tanto para tons a~doscomo graves e às vezes de timbre metálico; varia bas-tante conforme a procedência do cantor, na classificaçãodos aficionados há, por exemplo, os tipos "flauta","cocotil", "araguari" (que é uma cidade de Minas Ge-rais), etc.; a fêmea também canta, às vezes, até mais emelhor que o macho.É atualmente no Brasil um dospássaros canoros mais afamados e procurados, desta-que este que, há meio século atrás, não possuía (questãode moda). Sobre "concursos de canto" v. sob curió, so-bre desenvolvimento do canto, comportamento, repro-dução e muda v. Introdução. Habita as veredas com ar-bustos, beira de capões brejos, etc. Ocorre da AméricaCentral à Bolívia, Colômbia e Brasil na margem seten-trional do baixo Amazonas (Macapá e Mazagão noAmapá), Rondônia, Mato Grosso, Goiás, Distrito Fede-ral, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e EspíritoSanto. Localmente na Bahia (poções, Boa Nova), Alagoase sudeste do Pará. Evoluíram seis raças geográficas, noBrasil apenas O. , as outras (p. ex. O.gig da Bolívia) ocorrem no norte e oeste docontinente. Ocorrem híbridos silvestres O. i ni xO. g ~nsis,os "bicuriós", de aparência teratológica,valentes mas sem fibra, inférteis (v. Hibriçlação).

CURIÓ, AVINHAOO,

Pr. 43, 2

13cm. É atualmente o pássaro canoro mais cobiçadodo país. O macho é inconfundível, sendo totalmente ne-gro com o ventre castanho e o encontro e lado inferiordas asas brancos; pode possuir ou não um espéculo bran-co que, outrossim, varia muito de tamanho. Bico, tantono macho como na fêmea e imaturo, negro, de cúlmenreto e de tamanho muito variável. Fêmea e jovens par-dos sem espéculo sendo reconhecíveis pela aparênciageral. "djüp", "djãp" (chamada); o canto consiste~m uma estrofe melodiosa e fluente, destacando-se pelo.chamado "assovio" ou "canto corrido", que é uma esca-la musical descendente de assovios sonoros bem fortescompondo uma vocalização única entre os pássaros na-cionais.

odo o, co Nesta espécie evoluíram,no hábitat natural, diversos tipos de dialetos. As varia-

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EMBERIZINAE / CARDINALINAE 777

ções do canto são classfícadas pelos passarinheiros pordesignações g~r';im:enteonomatopéicas (p. ex.: "víví-tetéo", "vovô-víu" e "filifute" no Rio de Janeiro) ou li-gadas à procedência ("paracambi", que é uma cidadedo Estado do Rio de Janeiro), "praia-grande" no centro-sul. Um profissional no treinamento de curiós, N. P.Martins, Rio de Janeiro, produziu cassetes de um bomcanto de "paracambi", tendo vendido 50.000 cópias até1986. Os afeiçoados deixam correr a fita dia e noite aolado de um curió jovem (começam a cantar com 6 me-ses) para que ele aprenda o "bom canto". Os curiós maisapreciados são aqueles que não "racham" o canto (istoé, não interrompem a seqüência melodiosa e fluente comchilreados) e os que repetem o "assovio"; pode haverseqüências de 6, 10, 13 ou mais repetições em um únicocanto. Diz-se que o pássaro" está matando" se canta maisque qualquer outro e que é "grego" se não presta. Hámuitos entusiastas que se dedicam a esta matéria, exis-tindo inúmeros "clubes do curió" e uma "FederaçãoNacional dos Criadores de Bicudos e Curiós" (PENABIO),com o boletim "O Bicurió", fundado em 1969.

São organizados torneios com até 200 curiós onde ocritério classificatório dá-se por intermédio do númerode pontos, sendo o vencedor o que entoou um maior'número de cantos num espaço de tempo predetermina-do (p. ex. 5 ou 30 minutos). Sob este aspecto foram re-gistradas, p.ex., 223 "cantadas" de um curió procedentede Alagoas em um espaço de 30 minutos no ano de 1972;sob este ângulo o campeoníssimo "Patinho" (oriundode [undiaí e participante de 23 concursos durante 23 anosconsecutivos obtendo 12 primeiros lugares) alcançou anotável cifra de 295 "cantadas"erri ateia hora. Fala-sede 300 a 350 cantos em 25 minutos e de 35 a 40 cantosem 10 minutos. O fluminense "Filipe" produziu 80 can-tos em cinco minutos, ganhando o Torneio Nacional deCuriós, em 1980. Nos concursos participam tambémbicudos; houve um encontro em Jundiaí, São Paulo, noano de 1968, que congregou 70 curiós e 62 bicudos. Nosupracitado torneio de 1972, um bicudo alcançou a cifrade 292 "cantadas" em 10 minutos. Um macho que brigacom um outro emite uma vocalização diferente, um gor-jeio apressado e pouco melodioso chamado vulgarmen-te de "serra" (v. Introdução). Às vezes a fêmea do curiópode cantar também.

O valor de um curió-campeão pode ser o de um car-ro novo. A morte de um tal campeão é anunciada nosperiódicos especializa dos como o falecimento de umapessoa pública importante.É evidente que o sensacio-nal espetáculo dos concursos com indivíduos selecio-nados de gaiola toma-se esporte e negócio, afastando-se muito do estudo puro das aves e da sua preservação.Os torneios sá'õ realmente ilegais já que neles os partici-pantes são espécimens de procedência selvagem, captu-rados sem autorização. Nota-se que certos tipos muitoprocurados de curió, como o curió-tanoeiro da baixadade Jacarepaguá, subúrbio da Cidade dç Rio de Janeiro,já desapareceram na natureza (Coimbra Filho 1986).

H bí ~dist bui . _ t no .i .à.p.~ira da mata.~,pântanos, na procura de sementes de firirica,pen/sotundus, penetra dentro da mata. Ocorre do México à

Bolívia, Paraguai e Argentina e todas as regiões do Bra-sil. A subespécie setentrional s golensis

dus (o "curió-do-norte") ainda é comum distinguin-,do-se do anterior pelo bico menos grosso e cauda maiscurta. Podemos encontrar exemplares totalmente negrqsapenas com o lado inferior das asas e espéculo brancoscomo vimos em um indivíd uo vindo de Goiás. "Bicudo","Peito-roxo" (pará). A designação específica golensisse explica por erro de procedência do primeiro indiví-duo conhecido da espécie (designado como oriundo deAngola) descrito por Linnaeus em 1766.

NEGRINHO-DO-MATO, e

13cm. Espécie de bico cinza-escuro forte e curto.Macho inteiramente xistáceo-azulado fosco aparentan-do ser negro a distância; só as coberteiras inferiores dasasas são brancas sendo notadas apenas em certas ocasi-ões, p. ex., quando a ave alça vôo. A fêmea é pardo-ferrugínea mais clara nas partes inferiores e assemelha-se à fêmea do curió. "psit", "pix" (chamada); gorje-ar mavioso em piano, timbre de sse p. ex.: "dzü,dzü-züilo-dzü, dzü", repetido consecutivamente a cur-tos intervalos (canto). Vive a uma altura de 2 a 3 metrosno interior de densa mata secundária, mata altaentremeada de pinheiros (Rio Grande do Sul). Ocorreno Paraguai, Argentina (em Misiones) e Brasil, Mara-nhão. Rio de Janeiro (Itatiaia, Serra dos Órgãos), MinasGerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grandedo Sul. No Brasil oriental de ocorrência muito local. NoRio Grande do Sul às vezes ao lado dese bV i s e ospi . "Cigarrinha-da-taquara*".

P APA~APIM-DE-COLEIRA ". Dolospingusides

12cm. De bico grosso e côníco, plumagem no machonegra com nuca, dragona, espéculo, uropígio e barrigabrancos; fêmea pardo-acanelada com a garganta e cen-tro do abdômen esbranquiçados. Vive na vegetação se-cundária e plantações. Ocorre na Venezuela, e no Brasil,no alto rio Negro.

PATATIVA-DA-AMAZÔNIA, eni

13,5cm. Macho ardósia-anegrado distinguindo-se pe-las coberteiras inferiores da cauda castanhas e pelo bicoamarelo. A fêmea é pardo-olivácea estriada nas partessuperiores com o crisso castanho. Habita as zonasarbustivas nas montanhas. Ocorre nos Andes colombia-nos, Venezuela e zona fronteiriça desta última com oBrasil (Roraima). "Cigarrinha-do-páramo*". ,"

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778. ORNITOLOGIA BRASILEIRA

CIGARRA ~DO-COQUEIRO, ... ·

12,3cm. Macho totalmente fuligem-escuro, às ve-'zes cambiando ou para o negro-carvão. ou para ooliváceo; fêmea de partes superiores pardo-acinzen-tadas-escuras quase sem tonalidade esverdeada, par-tes inferiores mais claras, abdômen esbranquiçado,ambos os sexos de pernas pardo-escuras; espécie debico grosso, preto no macho e preto com a mandíbu-la amarela na fêmea. estrofe aguda e estridente"zíriri-ri". Vive nos capinzais, à beira da mata, bre-jos, jardins, etc.; é freqüentador dos taquarais queestão .frutificando (v. Introdução). Ocorre naVenezuela, Colômbia e sudeste e sudoeste do Brasil,localmente de Pernambuco ao Paraná, Minas Geraise Mato Grosso. "Trigolino" (Minas Gerais); "Cigar-ra-preta", "Cigarra", "Cígarrtnha-do-coqueiro';".Pode ser confundido com mas émenor, tem o bico mais forte, as pernas escuras e lhefalta a tonalidade azulada da plumagem desta última;a fêmea não tem o estriamento por baixo; ao contráriode e sem branco por baixo dasasas; v. também e S.

TICO-TICO-DO-MATO-DE-BICO-PRETO,

Pr. 43, 5

15,3cm. Representante silvestre singular lembrandoum tico-tico sem topete. O macho com a cabeça e o peitocoloridos berrantemente de preto e branco, dorso ver-de, mento negro (este não aparecendo na prancha). Bicototalmente negro, encontro e dragona amarelo-ouro

·t. Brasil setentrional, central e ori-ental, Bahia, Espírito Santo; rio Doce) ou apresentandoo amarelo das asas menos pronunciado e a mandíbulaamarelada t. regiões serranas doEspírito Santo e Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grandedo Sul). A fêmea é semelhante ao macho diferindo destepelas partes inferiores ligeiramente pardacentas e pelocolar negro interrompido. fina como a de um ca-mundongo "bis-bist' (chamada); estrofe chiada, ascen-dente inicialmente para depois descender, de aproxima-damente quatro sílabas "si-si-si-si" lembrando

que é às vezes seu vizinho. Cons-trói, volumoso ninho esférico no solo (v. Introdução).Vive na orla da mata cerrada, de onde jamais sai, a pou-ca altura ou pulando no solo, destaca-se pelo coloridoberrante até na sombra mais profunda. Ocorre das Gui-anas e Venezuela à Bolívia; da margem direita do rioAmazonas, do Madeira, altos rios Tapajós e Xingu e riodas Mortes (MT) a Goiás e leste do Pará, Maranhão, Piauía Pernambuco e Bahia: Brasil oriental: leste de MinasGerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro (região serrana)ao Rio Grande do SuL "Pai-pedro", "Coroado", "Salta-caminho" (Ceará), "Jesus-meu-deus" (Bahia), "Tico-tico-celeiro" (Minas Gerais),"Tico-tico-da-matat". V a se-guinte.

TICO-TICO-DO-MATO-DE-BICO-AMAlZELO, n

[15-16,5cm] Extremamente parecido com o anterior,porém sempre apresentando o bico amarelo-avermelha-do; difere também pelo mento branco. Tanto pode ter odorso verde da Bahia,oeste de Minas Gerais, norte e centro de São Paulo, sulde Goiás, Mato Grosso, oeste do Pará, Paraguai e Ar-gentina) como cinzento o de illii dooeste de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Bolívia). Constaque ocorre às vezes no Brasil central (Bahia, Mato Gros-so e nordeste de São Paulo) ao lado de i iiu scom o qual parece formar uma superespécie. "Tico-tico-de-bico-amarelo*".

TICO-TICO~.cANTOR*,

15,6cm. Lembra um em sua aparência sen-do contudo menos contrastante no colorido. Cabeça cin-zenta com duas faixas negras em cada lado, mento ver-de acinzentado, partes inferiores brancas, peito cinzen-to, bico anegrado com a base da mandíbula amarelada.

totalmente diferente de estrofe curta, me-lodiosa, de pios bem pronunciados "tziü-tzie,tzie,tzie,tzie,tzie-tziü" lembrando um Ocorre deHonduras à Colômbia e contrafortes andinos. No Brasilapenas em Roraima, onde é comum.

TICO-TICO-DO-TEPUI*, es pe

16,5cm. Ave robusta com o aspecto que recorda o deum traupíneo, por cima cinzento-escuro, por baixo ama-relado, lados da garganta ferrugíneos. Vive a pouca al-tura ou no solo, escondida em vegetação cerrada. Ocor-re em Roraima (região fronteiriça com a Venezuela) e doMéxico à Argentina.

MINEIRINHO, Pr. 43, 7

1l,3cm. É notável pelo topete nucal presente em am-bos os sexos; possui bico pontudo; macho de coloridomuito original: preto, branco e amarelo-ferrugíneo (v.prancha). A fêmea é parda, de asa negra com espéculobranco (que o macho também possui) e de partes inferi-ores amareladas. fina como a de um inseto"tzí-tzí"(chamada); possui um canto de madrugada, o qual con-siste em uma modesta estrofe trissilábica "tzli-tzli-tzliii"emitida pelo pássaro pousado abertamente na ponta deum galho. Vive a pouca altura em arbustos ou árvoresno cerrado; desce ao solo para alimentar-se onde selocomove pulando; forma pequenos bandos. Ocorre naArgentina (Misiones) e Brasil, no sudeste do Pará e inte-rior do Maranhão, Piauí, Bahia, Minas Gerais, norte deSão Paulo, Goiás e Mato Grosso. "Vigilante" (MinasGerais), "Bavezinho" (São Paulo). Em Goiás desaparececom o começo das chuvas.

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EMBERIZINAE/ CARDINALlNAE 779

TrCO-TICO-DO-CAMPO, -

13cm, Emberizíneo campestre singular, de píleo e la-dos da cabeça negros e longa faixa superciliar brancaresplandecente (lembrando todo o lado infe-rior branco; são também brancas as nódoas nas pontasdas retrizes; manto esverdeado com estriação pardo-acastanhada, encontro amarelo; maxila negra, mandíbulaamarela; indivíduos de cabeça parda (sem negro), peitopintalgado e mandíbula pouco contrastante embora se-jam designados como fêmeas, são provavelmente ima-turos. estridente "trzri", suave "sbit", lembrandoAinmodramus; canto chiado bissilábico "zírrr-i", Vive nocampo limpo, corre no solo, sobe às hastes de capim eervas para cantar, Ocorre em Goiás, Mato Grosso, Mi-nas Gerais (Poços de Caldas, etc.), São Paulo, Paraná.Bolívia, Paraguai e Argentina, tambémMarajó (pará, Sick1967a), ao lado de etc.

CARDEAL-AMARELO,

Pr. 42, 11

19,2cm. Representante campestre meridional incon-fundível pelo longo topete negro que levanta vertical-mente. Plumagem verde e amarela viva. Fêmea com fai-xa superciliar e estria malar brancos, peito cinzento."zip" (chamada); vozearia bem pronunciada, de4 a 5sílabas, sendo o final acentuado "qüi-qüui-tzi-tzuít, aparte que se segue é bem indistintamente pronunciada,como se a ave se "atrapalhasse" ao emiti-Ia; assobio for-te, esganiçado, vibra as asas ao emiti-h Habita o cam-po sujo, anda no solo à procura de alimento. Ocorre daArgentina e Uruguai ao sul do Rio Grande do SuL

GALINHO-DA-SERRA,

13,3cm, Espécie próxima à seguinte, a qual substituino Brasil centro-oriental, Macho de partes superiores cin-zentas com a base do topete negra e o centro do mesmoescarlate como o da espécie anterior, partes inferioreslavadas de cinzento. A fêmea é parda-acinzentada naspartes superiores, esbranquiçada nas partes inferiores,com o peito e os lados estriados de cinzento. Quandoestá tranqüilo, o vermelho do píleo não aparece, obser-vando-se apenas uma estreita faixa negra longitudinalno centro do píleo, também não se nota vestígio de to-pete. Na medida em que se irrequieta aparece, surpre-endéntemente, um topete com uma estria escarlate nomeio do negro que muitas vezes apenas se antevê; nosinstantes de maior excitação demonstra o efeito máxi-mo, levantando verticalmente todas as penas do píleoapresentando assim uma larga área vermelha brilhanterealçada, de cada lado, por uma estreita faixa negra, querecordam dois chifres, quando vistas de frente. pa-recida com a de C. suave "zígg" (chamada);seqüência apressada de aproximadamente seis; "djiwít-

dwít" de pouco volume (canto )i-caaência mais ressonan-te de repetidos "ss-ss-szr" lembrando um pouco o cantode Vive na mata seca baixa e rala, restinga, ca-atinga. Sua distribuição é tão disjunta como a da espé-cie seguinte: norte da Venezuela e Colômbia e tambémno Brasil do Nordeste, leste (até a ex-Guanabara e Mi-nas Gerais: Belo Horizonte, Sete Lagoas, Pirapora, Valedo [equitinhonha, Januária) e Brasil central em Goiás,Distrito Federal e Mato Grosso (alto Xingu, alto Juruena).Pode ser 'considerado coespecífico com

. "Cravina", "Tico-tico-rei-cinza", "Tico-tico-do-sertão" (Minas Gerais), "Abre-fecha" (Minas Gerais).

TrC0-TICO-REI,

Pr. 43, 9

13,3cm. De vastíssima distribuição, substitui a espé-cie anterior no Brasil meridional, central e ocidentaL Omacho é inconfundível pelo colorido geral vermelhopardacento-escuro, topetudo, destaca-se a base escarla-te do topete. A fêmea é de partes superiores pardo-escu-ras, uropígio e partes inferiores avermelhadas, brancoao redor dos olhos e do mento. "tzic" (chamada);estrofe trissilábica, tal como"djülü - djülü djülüd", ra-pidamente repetida (canto), às vezes mesmo durante ovôo no crepúsculo; canto de madrugada "zwit-zwít-zit",repetido também em andamento rápido. Vive na matasecundária rala e baixa, cerrado; próximo ao chão oulocornovendo-se em longos pulos no solo, fazendo ru-mor nas folhas secas,É abundante em certas áreas; suaárea geográfica atual abarca duas áreas totalmentedisjuntas: a primeira nas Guianas e leste do Pará (Belém)e a segunda de Mato Grosso (Cuiabá, Xavantina, rio dasMortes etc.) e Goiás ao oeste de Minas Gerais (Ituiutaba,Uberlândia, Uberaba, Araxá), São Paulo, Paraná, SantaCatarina, Rio Grande do Sul, Uruguai, Paraguai, Argen-tina, Bolívia e Peru, Em Mato Grosso, Goiás e oeste deMinas Gerais aproxima-se deencontrando-se com ele em certos locais e com elehibridando-se. Temos um híbrido oriundo de Brasília evimos diversos oufros em cativeiro, todos de procedên-cia desconhecida exceto um vindo de Minas Gerais, Vistoque os híbridos são férteis (Marcondes-Machado 1980),C. pode ser considerado subespécie deC.

o qual é a espécie mais antiga. Preferimosmantê-Ias como espécies ou serni-espécies. "Vinte-um-pintado", "Galo-do-mato", "Cravina", "Poguinho","Tico-tico-rei-verrnelho+" .

CARDEAL,

Lêem, Espécie meridional bastante semelhante à quemencionamos a seguir, porém, sendo inconfundível porseu grande topete vermelho (vivo no macho e pálido nafêmea) que é sempre mantido ereto. Partes superiorescinza-claras uniformes, bico esbranquiçado; imaturo

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780' ORNITOLOGIA BRASILEIRA

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pardacento COm. t-opete ferrugíneo. "tchiríp", rou-CO, lembrando o pardal; suave "uit"; canto variado sen-do uma cadência de curtos assobios sonoros destaca-dos, como o timbre de um sabiá: "tzilüp-tjüp" repetido,ou "dü-düe-dô- dü-diô": gorjear fluente, estrofes comoestas são emitidas conjuntamente pelo casal; canta às ve-zes a meia voz; em cativeiro imita outros pássaros como,p. ex., sabiás. Vive no campo mesclado com vegetaçãomais alta, isolados. Ocorre da Argentina à Bolívia, Para-guai, Uruguai e Brasil no Rio Grande do Sul e oeste deMato Grosso (Pantanal) onde se encontra com

com o qual parece competir, pois habitam a re-gião aos casais em número reduzido ao contrário deP.

que é abundante. Introduzido no Havaí. "Galo-de-campina" (Mato Grosso), "Cardeal-do-sul?". Substi-tui geograficamente do. Nordeste doBrasil, com o qual, aliás, cruza em cativeiro, produzin-do prole fértil.

GALO-DA-CAMPINA, EnPr. 42, 10

17,2cm. Um dos pássaros mais típicos do interior doNordeste do Brasil. Plumagem da cabeça vermelha, curtae ereta aparentando ser uma pelúcia, sobretudo na nucado macho; ao contrário dasespéciescitadas a seguir, nãopossui gravata negra. Partes superiores cinzentas excetoo dorso anterior que é composto de penas negras noápice e brancas na base, o que dá ao conjunto um aspec-to escamoso de negro e branco. Dorso posterior e cober-te iras superiores das asas manchadas de negro; maxilaanegrada, mandíbula cinzento-clara. Fêmea com ooccipui menos arrepiado, imaturo com as partes superi-ores pardo-anegradas, barriga branca e gargantaferrugínea. grito grosso "quãík", "djã-djât": ambosos sexos cantam sonora e monotonamente, entoandocerca de 12 assobios consecutivos fortes emonossilábicos, em parte chilreando e em parte emitin-do-os à meia voz; gorjear fluente lembrando um estor-ninho' (Sturnidae) do Velho Mundo. Vive na mata baixarala e bem ensolarada (caatinga), onde às vezes é o pás-saro mais abundante. Para comer anda' e saltita no solo.Ocorre no Nordeste do Brasil, do sul do Maranhão aointerior de Pernambuco e Bahia. Expande sua distribui-ção ocupando novas áreas (sul da Bahia, 1975 e MinasGerais, Pirapora, 1973). Os casais escapados do cativeiropodem criar em liberdade, p. ex., no Rio de Janeiro (Niterói,Santa Cruze Ilha das Enxadas).É uma das espécies que

mais pesa-do tributo paga ao comércio 'ilegalde aves. sil- .vestres. "Cabeça-vermelha", "Cardeal-do-nordeste".

GALG-DE-CAMPINA-DA-AMAZÔNIA,

[16,5cm] Representante amazônico um pouco maisdelgado que o anterior. Partes superiores uniformemente

'negras, garganta vermelha, "gravata" negra; bico fino enegro, base da mandíbula branco-rosada, pernas negras.Imaturo com a cabeça e resto das partes superiores par-das, garganta canela, maxila e pernas negras e base damandíbula branca. "tchãp", "tchelãp" (chamada);canto, bissilábico "tüít-tzíâ" repetido sem pressa; gorje-ar variado, meIo di osc em andamento rápido; às vezesfaz imitações. Viveàbeira de rio e mata de várzea. Ocorredas Guianas, Venezuela e Amazônia para o sul até aBolívia, Acre, noroeste de Mato Grosso (Guaporé) e Pará(baixo Tapajós (jacareacanga), baixo Araguaia, Tocan-tins), noroeste do Tocantins e Maranhão. "Cardeal","Tangará", "Cardeal-da-amazôniat" (Amazônia).

CARDEAL-DE-GOIÁS*, En

[16,5cm] De partes superiores e gravata negros, quetambém se estende até a cabeça, onde apenas o píleo eos "bigodes" são vermelhos de tonalidade bem escura,as penas são brilhantes com a raque branca; bico negro,base da mandíbula mais clara, pernas cinza-escuras.distinta, "tschrik", lembrando estrofe vi-gorosa, descendente, de assovios roucos "tchük-tchik-tchük- tchük" (canto). Vive na mata ribeirinha, a poucaaltura sobre a água ou nas copas das árvores em peque-nos bandos. Ocorre a oeste de Goiás e Tocantins (rioAraguaia, ilha do Bananal) e Mato Grosso (rio Cristali-no, alto Xingu). Parecida tanto com a espécie anteriorcomo com a que se segue; todas três podem ser conside-radas alo espécies que compõem uma superespécie.

CAVALARIA,

[16,5cm] Muito parecido com ris, seusubstituto geográfico, mas com todo o bico e as pernastanto amarelo-claros como cor-de-laranja, cor-de-rosa eesbranquiçados. Habita os pântanos, margens de rio,campo aberto. Ocorre da Bolívia ao oeste de Mato Gros-so (Pantanal), Argentina e Paraguai. Comum no Panta-nal, onde ocorre em bandos maciços (daí o nome popu-lar de "cavalaria"). "Cardeal", "Galo-de-campina-do-oeste", "Cardeal-do-pantanal=". V

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EMBERIZINAE / CARDINALINAE 781

SUBFAMÍLlA CARDINA.UNAE

o texto introdutório sobre os Cardinalinae está com-binado com o texto relativoà subfamília precedente: /Emberizinae

FURRIEL, . Pr. 42, 9

17cm. Representante muito característico, amarelocom máscara negra; sua coloração berrante e sua voca-lízação poderiam sugerir um traupíneo. assobioforte e curto, pouco melodioso, esganiçado no início"tchri gWi.-glíii."(canto). Em pequenos bandos, freqüen-temente associado a outros pássaros, como saíras, quan-do visita árvores frutíferas. Viveà beira da mata.e po-mares. Ocorre do Panamáà Amazônia e Brasil orientalno Ceará e de Pernambuco ao leste de Minas Gerais, Es-pírito Santo e Rio de Janeiro (ex-Guanabara, Serra doMendanha). "Canário-do-mato", "Purriel-canário*" (Es-pírito Santo). V. fêmea.

FURRIEL-DE-ENCONTRO*,

[16cm. Habitante das copas e bordas das florestas deterra firme da Amazônia ocidental: Colômbia, Equador,Peru e Bolívia. No Brasil sua distribuição acompanhapara leste, principalmente, a região dominada pelas ca-beceiras dos tributários da margem direita do Solimões

- e Amazonas, P: ex.: alto Purus, Rondônia, noroeste deMato Grosso e sul do Pará (Carajás).]

BICUDO-ENCARNADO,

20cm. Existente apenas na Amazônia, possui bico ain-da maior que o da espécie anterior. Plumagem magnífi-ca, macho de cabeça e garganta negros e resto do corpo.cor-de-rosa, um pouco mais claro nas partes inferiores;fêmea de cabeça negra como o macho mas com as par-tes superiores oliváceas e o lado ventral alaranjado. Vivena mata alta de terra firme a média altura. Ocorre dasGuianas e Venezuela ao baixo Amazonas (Belém, Pará).V. e . "Purriel-rosa*".

PIMENTÃO, Fig. 312

22,5cm. Espécie grande, rabilonga, de bico enorme evermelho. Plumagem cinza-azulada bem escura, asas ecauda anegradas: pescoço anterior negro no macho ecinzento na fêmea, coberteiras inferiores das asas bran-cas. estridente "psiã", "ksí", "gaüt", "gsiiii." (cha-mada, advertência); canto curto, sonoro, freqüentemen-te bissilábico "drüit-wótju". Ocorrem diferenças regio-

nais do canto (dialetos, v. Introdução). Vive na mata den-sa, às vezes ao lado deCissopis (Thraupinae). Ocorre dePernambuco,Alagoas, Bahia e Minas Gerais ao Rio Gran-de do Sul, Argentina (Misiones) e Paraguai. "Bico-de-pimenta", "Guaranisinga" (SP).

BICO-ENCARNADO*,

19cm. Muito parecido ao anterior, porém, tendo ocentro da garganta branca. canto parecido ao do pre-cedente, seqüência bi ou trissilábica "dülid-düdülid-diüii". Ocorre da Nicaráguaà Bolívia, Juruá (Acre, Ama-zonas), baixo Tapajós, leste do Pará e norte do Mara-nhão. "Bi<!o-de-pimenta-da-amazônia".

TEMPERA-VIOLA,

19,5cm.,Muito parecido com S. mas tendo todoo lado superior verde inclusive ambas as faces da cau-da. Garganta anterior branca; garganta posterior e co-berteiras inferiores da cauda ferrugíneas, estria malar ebico negros. suave "zic", "zip", "tin-tin-tin" (metá-lico - chamada); estrofe curta e suave, de flexão inter-rogativa em seqüência ascendente, "djülõ-tjíd" que é"respondida" pelo mesmo indivíduo logo depois poruma seqüência descendente"djü-Iü-lo", resultando areunião das duas partes numa estrofe única bem acaba-da que pode lembrar c cadências mais prolon-gadas. Vive à beira da mata e de plantações; forrageiana folhagem em altura média. Ocorre do México ao Pa-raguai e Brasil central e oriental, para o sul até o Rio de

Fig.312.Pimentão, ginosus.

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782' ORNITOLOGIABRASILEIRA

Janeiro. "Sabíá-pimenta", "Trinca-ferro", "Sabíá-gongá';(Pará, Pernambuco), "Estevam" (Bahia). Localmentesintópico com similis (p. ex. na baixadafluminense). Não penetra em regiões serranas. V. S.

llosus (também de garganta amarela), s eg (que é campestre).

TRINCA-FERRG-VERDADEIRO,

Pr. 42, 8

20cm. Ao sul da Amazônia o representante mais co-nhecido do gênero. Bico forte (daí o nome popular "Trin-ca-ferro" aplicado a todos os e cauda avantaja-da; muito parecido com S. e S. ens, ladosuperior verde exceto a cauda, xistácea em ambas as fa-ces; garganta branca (às vezes amarelada no centro), es-tria malar realçada de branco, bochechas xistáceas. Ju-venil de peito e abdômen estria dos de negro. forte"zip", baixinho "gigügü": canto menos suave do que ode S. e muito bem pronunciado, estrofe de cin-co assobios límpídos sendo o segundo e penúltimo maisaltos, este com forte acento: "dü-di dü- dí-dü" (ex-Gua-nabara) interpretado como "bom-d ia-seu-chico"(Petrópolis); o fraseado altera-se conforme a região. Ju-venil pia um "iü", Vive à beira da mata, tanto nas baixa-das (às vezes ao lado de como nasmontanhas. Ocorre no Brasil este-meridional (daBahia ao Rio Grande do Sul) e central, Bolívia, Para-guai, Argentina e Uruguai. "Esteves" (Bahia), "Tico-tico-guloso", "Bico-de-ferro", "Pixarro", "Trinca-ter-ro-de-asa-verde?" .

SABIÁ-GONGÁ,

20cm. Espécie de larga distribuição, muito se asse-melha com os dois anteriores. Distingue-se de amboscontudo pela cor escura quase sem tintas verdes na par-te superior; cauda anegrada, garganta com vestígio deamarelo e abdômen ferrugíneo. Juvenil de costas e peitoesverdeados e bico com manchas 'cinzentas. estrofede 4 - 5 ou pouco mais assobios fortes lembrando o galo-de-campina: "djub djub djub-dàõ": às vezes canta emdueto com a fêmea que emite estrofe mais simples, se-qüências de grosseiras "tchap, tchap, tchap", Vive à bei-ra de rio, pântanos e campos sujos. Em qualquer estratoarbóreo. Desce aos capinzais. Ocorre do México à Bolí-via, Argentina, Uruguai e Brasil (Amazônia, Bahia, Mi-nas Gerais, Maranhão, Piauí e Mato Grosso). "Trinca-ferro-da-amazônia", "Gonga*".

BICO-GROSSO,

19,5cm. Chama a atenção pelo bico muito grosso, altoe amarelo na base. Partes superiores cinza-escuras qua-se sem verde, sobrancelha branca iniciando-se na basedo bico, partes inferiores ferrugíneas; fêmea de costas

verdes; o imaturo com partes superiores-verdes eo biconegro. estrofe de quatro pios fortes sendo o terceiromais alto, canta de agosto em diante (Serra da Bocaina).Vive na orla da mata, jardins, localmente nas altas ser-ras do Sudeste do Brasil onde é o t dominante; àsvezes encontra-se ao lado da espécie anterior. Ocorre doEspírito Santo (Serra do Caparaó) ao Rio de Janeiro (Serrado Itatiaia, entre outras) e daí até o nordeste do Rio Gran-de do Sul e leste da Argentina."Botió", "Trinca-ferro-bicudo*". V. S. os s.

PATETÃO, is

20cm. Bem parecido com o anterior, mas dele se des-tacando imediatamente por ter o bico "normal" e nãoexcepcionalmente grosso, com desenho alaranjado namandíbula; larga estria pós-ocular amarelada, gargantaamarela, colar negro atravessando o papo. estrofecurta e ressonante, do timbre daquela dedo ini n "tzü-zwíã", "tzip, tzip-tjíã", que é emitidatanto de madrugada como de dia. Vive na mata ribeiri-nha densa, etc. Ocorre da Argentina à Bolívia, Peru, Pa-raguai e Brasil, Mato Crosso do Sul e Rio Grande doSul. Parece hibridar-se naturalmente com a espécie an-terior em Corrientes, Argentina. "Trinca-ferro-patetão*".

BICO-DE-PIMENTA, ollis

20cm. Elemento campestre inconfundível pela más-cara e pescoço anterior negros e pelo bico laranja-aver-me lha do; partes superiores cinza-pardacentas, partesinferiores cinza-amareladas claras, juvenil com as par-tes superiores, cabeça e pescoço anterior pardos, bicoanegrado e partes inferiores estriadas. fino "pist","biditz" (chamada, diagnóstica para a espécie lembran-do um tuim, canto: curta estrofe estereotipada"zibele-bízewi", tanto emitida durante um vôo horizon-tal, que o indivíduo dá, entre uma árvore e outra, comoentoada em companhia de mais dois ou três parceirospousados próximos uns dós outros sem se mostraremagressivos; realizam gritarias coletivas com váriosespécimens durante as horas matinais, quando entãovocalizam um "buit", Possui comportamento diferentedo de outros lt to . Habita o cerrado e paisagens aber-tas correspondentes, desce no solo e nas estradas, arre-bita e aciona a cauda para baixo. Ocorre no Paraguai,Bolívia e Brasil, de Mato Grosso e Goiás ao interior daregiãoleste e Nordeste. "Batuqueiro". Seu comportamen-to recorda mais o de um traupíneo como hocelusdo que o de um .

AZULINHO, s e e

14,Scm. Espécie meridional, quase que uma minia-tura do azulão, mas menos robusta, de pernas mais lon-gas e de bico relativamente pequeno, negro na maxila e

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EMBERIZINAE / CARDINALINAE 783

branquicento na mandíbula. Macho azulado com tona-lidades cinzentas ou verdoengas, faltam-lhe as áreasazuis brilhantes destacadas na cabeça e asas que encon-tramos no azulão. A fêmea distingue-se daquela doazulão mais pelo que pela coloração. "psit","djãt" (advertência); canto fluente de andamento rápi-do, sem modulações apreciáveis. O timbre suave podelembrar aquele de (o qual podeàs vezes coabitar os mesmos locais). Vive à beira da matabaixa, arbustos em baixadas úmidas ribeirinhas, pânta-nos, ilhas fluviais (p. ex. no alto rio Paraná). Às vezes aolado de Ocorre da Argentina e Uru--guai até o oeste de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Pa-raguai. V . "Azulínho-do-sul'". [Um macho,possivelmente em movimento migratório, foi observa-do em julho de 1989 na região de Patrocínio, MG (R.Parrini).] .

AZULÃO-DA-AMAZÔNIA,

16cm. No Brasil dá-nos a impressão de ser"o substi-tuto amazônico da espécie citada a seguir, com a qual separece muito, diferindo pelo bico um pouco mais longoe menos intumescido. A fêmea distingue-se bem daque-la da espécie seguinte por ser parda mais escura, sobre-tudo nas partes inferiores. forte "spit" (advertên-cia); canto inteiramente diferente do da espécie seguin-te, p. ex.: uma seqüência de 4 a 6 pios claros e monóto-nos seguidos por um pio mais baixo, menos pronuncia-do: tzü-zülü". Vive à altura média nointerior da mata, capoeírão, vegetação ribeirinha, matade igapó. Ocorre do. México ao norte da América do Sule daí até a Bolívia, norte do Mato Grosso (alto Xingu),leste do Pará (onde é relativamente comum em for-mações secundárias) e norte do Maranhão, "Azulão-da-mata"".

AZULÃO, AZULÃO-VERDADEIRO,

Pr. 43, 1

lS,Scm. Espécie bastante conhecida no Sudeste doBrasil através do comércio de aves. De bico avantajadoe negro; macho totalmente azul-escuro com a fronte, so-brancelhas, máculas do loro e parte das coberteiras su-periores da asa azuis brilhantes. A fêmea e o imaturo .são pardos uniformes um pouco mais claros nas partesinferiores. "djãt", "quâ" (chamada, advertência).Canto sonoro e melodioso, bastante intenso, fluente eextenso, alterna cadências mais altascom algumas maisbaixas; emite um canto diverso no crepúsculo e pelamadrugada. Vive nas brenhas e beira de pântanos, for-mações secundáriasespessas, plantações. Sobe ao topode arbustos e árvores de altura 'média para cantar; seexcitado arrepia as penas da cabeça. Ocorre do Nordes-

te ao Rio Grande do Sul, Brasil central (Coiáa.Mato Gros-so até o rio das Mortes e Cuiabá). Bolívia, Paraguai eArgentina. Também no norte da Venezuela e Colômbia."Azulão-bicudo", "Curundi-azul", "Tiatã", "Azulão-do-nordeste", "Azulão-do-sul". Aproxima-se, em MatoGrosso, da região ocupada por e op oides. An-

o tes conhecida por é por decisão daC.I.N.Z. (Conselho Internacional de Nomenclatura Zo-ológica) citada como para evitarhomonímia com , Indigo g, espé-cie norte-americana, que migra para o nosso continente.V e V também oitem "Hibridação".

CAMPATI;JHA-AZUL,

13cm ..Espécie campestre de porte delgado com obico fino, cônico e cor-de-laranja, pernas averrnelha-das. Macho azul-escuro uniforme, fêmea de partes su-periores pardo-avermelhadas e de partes inferioresbranco-pardacentas estriadas de pardo. muitoalta e metálica, o canto é um tilintar, que lembra o de

Habita o campo e o 'cerradoaberto; corre no solo entre as pedras e o capim ralo;voa bem, pousa em galhos altos para cantar. Ocorrena Bolívia e Brasil, do Maranhão e sudeste do Paráao Piauí, Bahia, oeste de Minas Gerais, Goiás, Distri-to Federal e Ma to Grosso. "Azulinho-de-bico-d e-ouro".

REI-DO-BOSQUE, VS

20cm. Partes superiores, cabeça, garganta e papo ne-gros, ventre amarelo, asas e cauda com desenho bran-co.-Imaturo pardo, em vez de negro, e com os lados infe-riores manchados. suave "guíp"; seu canto lembraaquele do cardeal o . Vive na mata, no topo dasárvores. Ocorre da Venezuela à Bolívia, Argentina e Pa-raguai. Apenas no extremo sudoeste do Brasil (oeste deMato Grosso, Cáceres, Miranda, agosto). Aparece ocasi-onalmente no comércio clandestino de aves silvestres,pois é bom cantor.

PAPA-CAPIM-AMERICANO, VN

12,Scm. Migrante setentrional que, quando aquichega, porta a plumagem de descanso reprodutivo,lembrando então uma pardoca (fêmea de

destacando-se desta contudo por umadragona castanha e pelo peito amarelado. Vive noscampos. Inverna no norte da América do Sul, inclu-sive no Brasil, em Roraima (março).É o Di el dosamericanos (nome onomatopáico). V introdução eDo (Icterinae).

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784 ORNITOLOGIA BRASILEIRA

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ICTER1NAE 785

CHOPIM, PÁSSARO-PRETO, JAPU, CORRUPIÃO e afins: SU13FAM1UAlcTERINAE(37)'

Oscines exclusivos do Novo Mundo, de origem nor-te-americana, imigraram cedo para a América do Sul ehoje se distribuem do Árticoà Terra do Fogo, com amaior diversificação neste continente, Recentemente

01 1983) incluído nagrande Família Emberizidae, ao lado de Parulinae,Coerebinae, Thraupinae, Cardinalinae e Emberizinae.Fósseis do Pleistoceno da Flórida e do Brasil, Minas Ge-rais, Aparentados aos Emberizinae, de origem america-na. A nossa observação de que um garibaldi,Agelaius

cruza com fêmeas de canários-do-reino de-monstra vivamente a afinidade com os Carduelinae doVelho Mundo. Soubemos ainda de um cruzamento en-tre e -(Rio Grande do Sul; em cativeiro); o casal produziu doisfilhotes, um deles se desenvolvendo normalmente. OsIcteríneos são Oscines de nove primárias (v.também sobOscines). Os Icteríneos se assemelham aos estorninhos(Sturnidae), do Velho Mundo, o que parece ser resulta-do de uma evolução análoga".

Os Icteríneos nada têm em comum com os tecelões(Ploceinae) da África, ao contrário da opinião de leigos,que têm em vista os ninhos tecidos de vários Icteríneos,como o japu. Pode-se porém dizer que, ecologicamente,

corresponde ao ploceídeoEuplectes,enquanto(incluindo corresponde ao motacilídeo

africano (Fry 1983).

Grupo heterogêneo em tamanho e colorido. Comuma todos os Icteríneos é o bico cônico e liso, em muitoscasos notavelmente pontiagudo, tomando a forma deuma pinça ou de um compasso. Em (inclu-indo e Cacicus, a base superior do bico éintumescida e prolongada sobre a fronte. Nosjoões- .congos existe uma área nua vermelho-clara abaixo doolho. É vantagem para todos os Icteríneos não teremplumagem alta em frente ao olho, para não obstruir avista durante o hábito singular destas aves de perscru-tarem a área entre as pontas das mandíbulas abertasdurante o ato de "espaçar" (v. alimentação). EmIcteríneos evoluiu uma adaptação do crânio à técnicade espaçar,DO sentido de que o olho fique na altura dacomissura do bico e não acima dela. O bico delembra o dos Emberizinae, mas o comportamento dos

é típico para os Icteríneos. Não há cerdas emtorno do bico nesta família. Pernas e dedos fortes.

No colorido dominam o negro e o amarelo. O ama-

relo é freqüentemente localizado nas coberteiras superi-ores das asas, na "dragona": pode ser restrito às cober-teiras pequenas, próximas ao braço, sendo então apenasrevelado quando o pássaro estica as asas (p. ex.

pode ser mais extenso (p. ex.ou pode abranger as coberteiras médias

em ambos os casos bem visível até duran-te o descanso. O amarelo da cauda, quando existe (japus,xexéu), torna-se bastante visível quando as retrizes sãoexpandidas ou em vôo. Alguns, como os figu-ram entre as aves de colorido mais berrante deste conti-nente. Em cativeiro o amarelo vivo desbota, mas suacoloração pode ser reativada na próxima muda por do-ses de cantaxantina. Ocorre esplêndido escarlate (polí-cia inglesa, etc.).

Nos e aparece um desenho transver-sal na cauda e nas secundárias internas. completao seu belo traje de núpcias, negro e vermelho, por des-gaste de penas pertencentesà plumagem de descanso. Aabrasão torna-se, portanto, processo desejável no senti-do de um embelezamento. O contrário (perigo da abrasãopara a plumagem) se nota no caso das rêmiges deave terrícola muito exposta ao constante desgaste porcapim cortante. Essa situação levou à evolução de umprologamento das secundárias internas (terciárias) quechegam a cobrir a ponta da asa, pois a abrasão atua maisde cima para baixo; um desgaste excessivo prejudica acapacidade de vôo, Nestas espécies há a necessidade demudar as terciárias duas vezes por ano. A ponta da cau-da, à qual falta uma proteção, quebra sucessivamenteem larga extensão (v. também O triste-pia,

pássaro que executa migraçõesextremamente longas, muda duas vezes por ano a plu-magem toda (incluindo portantorêmíges e retrizes), ocor-rendo uma dessas mudas (a muda pré-nupcial) durantea sua estadia na América do Sul.

O macho subadulto de é preto,coberto de bordas pardas em grau variável, correspon-dendo, ao que parece, ao "pintão" do tiziu,

(Emberizinae). Os japus têm um topete nucal;e penas endurecidas brilhantes no

píleo. A plumagem é espessa e lisa. Exalam cheiro típi-co, semelhante ao da barata. A água na qual tómam ba-nho se cobre com uma camada mal cheirosa.É curiosoque Fernão Cardim há 400 anos anotou que o japu tem"um 'cheiro muito forte quando se irrita". Todos osIcteríneos têm esse cheiro, que é o cheiro típico da famí-lia. O cheiro vem das penas enãoda pele. Mesmo uma ~colônia pequena de Icteríneos produz cheiro forte, atra-

49 O estorninho-vulgar, (famíliaSturnidae), do VelhoMundo, introduzido nos EUAe nas Antilhas, onde setomou praga, já alcançou a Venezuela,como passageiro clandestino, porém desapareceu (Sick1968).Ao que parece começa aconquistar a área de BuenosAires,Argentina.Ainda não foi registrado no Brasil.

-

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786 ORNITOLOGIA BRASILEIRA

indo assim insetos. Os filhotes ainda-nús"1:heiram pou-co, pelo menos para o nosso olfato fraco, mas suficientepara exercer forte atração sobre as moscas parasíticas.Observamos num ninho de tico-tico que um filhote de

estava cheio de larvas deenquanto os meio-irmãos-tiquinhos não foram moles-tados pelas moscas. O cometário de Cardim de que ocheiro é.mais forte quando o pássaro se irrita, pode seruma conclusão antropomórfica: igualar o cheiro da aveao suor das pessoas.

Em vários casos atrai a atenção a cor da íris, p. ex.amarelo-esbranquiçada

azul-claraou vermelha a

cor da íris muda com a idade e há também diferençasentre os sexos.

Há algumas espécies muito parecidas vivendo umaao lado da outra, como e M.

os e. A determinação das numerosas espécies negras

requer o máximo de atenção; o conhecimento da voz,nem sempre facilita a pesquisa.

Os sexos são desiguais no colorido, como noe , representantes paludícolas ou campestres, ousemelhantes, como nas espécies nacionais de (nasespécies norte-americanas deste gênero há dimorfismosexual acentuado). As várias raças geográficas de

são reconhecíveis apenas no sexo fe-minino (heteroginia, v. Formicaridae). O macho do joão-congo, tem na base inferior damandíbula um churnaço nu que, com a penetração dosangue, torna-se violáceo.

Há grandes diferenças de tamanho entre os sexos emespécies nas quais macho e fêmea têm colorido seme-lhante, como , e as quaissão polígamas, os primeiros vivendo em colônias na flo-resta, o último um parasito. O macho pode pesar o do-bro da fêmea. Verificamos que a diferença do tamanho éinterpretada pelos índios do Brasil central e da Amazô-nia como sinal de casta: os pequenos (as fêmeas) são ostrabalhadores, os grandes são os capitães ou caciques("cacique" = chefe, do taino, língua das tribos Aruaque,de Hispaniola, Caribe, com vários representantes no Bra-sil setentrional). Achamos provável que o nome científi-co dado em 1799 por Lacépêde, se deriva dadenominação "cacique", transmitida pelos primeirosnaturalistas viajantes em relação a estas aves. O nometornou-se usadonas várias línguas, p. ex., Wied, 1831die en (compreendendo e e,

- em inglês, (apenas paraAs fêmeas e os imaturos de , e outros

são de modesto colorido pardacento e estriado, difícilde se descrever em poucas palavras. Ocorrem na natu-reza exemplares mutantes cor-de-canela p.ex., em , e

foram também registrados albinos, na nature-za, p. ex. em (Minas Gerais), e indivíduos

com penas brancas isoladas, p, ex.pnl (Xingu,Mato Grosso) e (v. P~. 39, 2). Quase não hápássaros semelhantes de outras famílias. O triste-piaDoli pode passar por um emberizinae. O gaudériolembra um tiê-preto ou um boiadeiro jo-vem ambos consideradostraupíneos. A polícia-inglesa, de gargantaescarlate, lembra em plumagem masculinaadulta. É notável que o nosso pedro-celouro,

icteríneo marcante, é muito parecido a umcarninheiro africano, eus, da família dosmotacilídeos: evolução convergente, tendo ocorrido empaisagens correspondentes - campos e savanas, respec-tivamente.

,

A voz da maioria consiste em assovios; eestão entre os pássaros de vozes mais me-

lodiosas deste país, razão pela qual os reinóis chama-ram de "rouxinol", designação correta para a avemais canora da Europa que, entretanto no as-pecto e na voz é completamente diferente.É impossíveltransmitir uma impressão convincente desses cantos pormeio de descrições gráficas, pode-se apenas chamar aatenção para alguns elementos característicos que pos-sibilitam reconhecer a espécie. Os exemplares engaiola-dos e selvagens, às vezes, imitam vozes de outras aves emamíferos com a maior perfeição, separando as imita-ções umas das outras, não as misturando, P: ex.,C cicus

Incluem às vezes vozes de aves noturnas e aconte-ce de "reunirem" espécies aparentadas, imitando p. ex.um tucano e depois um araçari. Os machos de umà co-lônia de têm o mesmo tipo de canto, dife-rente de outras colônias (Feekes 1977). A fêmea de vári-as espécies canta também, mas não alcança sempre amaestria do macho; a de sis, porém, àsvezes canta até melhor do que o macho.

Tomam as posições mais grotescas durante o canto,fazem reverências e ficam às vezes até pendurados sobo poleiro, sacodem as asas violentamente, produzindoruído intenso (música instrumental). É freqüente umesticar vertical do pescoço, no qual a ave pode tocar agarganta com o bico. Tais demonstrações são muito ca-racterísticas da família, e se repetem, com certas modifi-cações, em várias espécies, sugerindo parentesco maisíntimo de certos grupos, p. ex., dos "pássaros-pretos",aos quais se reuniria o ira-tauá, us,espécie em grande parte amarela. Estas cerimônias, nasua maioria, procuram fazer o indivíduo parecer maiordo que é.

Em cativeiro o corrupião aprende qualquer tom, re-produzindo também música, como o hino nacional.Muda, às vezes bruscamente, a altura e a tonalidade davoz e também o ritmo do canto, a ponto de se ter a im-pressão de que são dois pássaros cantando ao mesmotempo. São também capazes de cantar a meia-voz;'P:

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.'ICTERINAE 787

ex., A voz tem àsV~eS um tom sin-gular, nasal paré\ o nosso ouvido, resultando de certosharmônicos coexistentes. tem um can-to notável de madrugada.

As espécies paludícolas e campestres, comoe cantam amiúde durante o vôo; suas

vozes costumam dominar varjões e pântanos. Cantamtambém no pouso coletivo,P: ex., uma moita de taqua-ra, reunidos às centenas, fazendo um barulho estonte-ante, cantando e gritando (p. ex.

As vozes de chamada e advertên-cia de muitas espécies são bem parecidas. O tipo de alar:me-numa colônia é diferente do que é dado fora de suaárea. Ao alarme de japus reagem também outras avesque moram perto das respectivas colônias. Existem piosemitidos apenas por filhotes após terem saído do ninho,facilitando sua localização pelos adultos que os alimen-tam v.

-

Alimento misto, variando até entre indivíduos damesma espécie e dependendo da época do ano. Extraor-dinária é sua técnica para localizar comida oculta: in-troduzem o bico pontiagudo fechado, p. ex., numa fru-ta, em material elástico (ou fofo) como brotos, folhas en-roladas, flores, favos e pau podre ou abaixo de casca, edepois abrem as mandíbulas, forçando o material ins-pecionado, técnica que chamamos "espaçar", fazendoassim um buraco que serve para olharem por dentro dacavidade e, eventualmente, retirarem o alimento procu-rado ou chuparem o sumo. Essa atividade implica umaposição diferente dos olhos. Os sofrês mansos forçamassim a abertura de dedos e lábios fechados do seu dono,demonstrando-nos com que força notável aplicam essatécnica, grande invenção da natureza, usada também naconfecção do ninho. São dotados de adaptação muscu-lar especial: aumento e inserção diferente do depressormandibular (Beecher 1950, Zusi 1959).A finalidade des-te bico extremamente pontiagudo não é portanto servirsimplesmente como pinça. martela iguala um pica-pau, sobre vegetais fofos, depois "espaça" etira a comida porventura encontrada. O estorninho daEuropa (Sturnidae em geral), os corvídeos, cerebíneose outros Passeriformes não-brasileiros possuem amesma técnica.

Entre os frutos mais procurados por e osofrê, estão os cocos maduros do buriti,

. O mesmo adora a seiva contida nas flo-res do mandacaru cactáceaarborescente típica do Nordeste e come as floresdo ipê-amarelo: gosta também das grandes frutas vermelhasdo mandacaru que abre com seu bico pontudo, facili-tando a exploração posterior por outras aves como pom-binhas e o galo-de-campina. procuraas flores do algodão-do-brejo,Hibiscus encon-

tramas nos molhos floridos de erva-de-passarinho, i Cremos que icteríneos,como os traupíneos, contribuem em alto grau com apolinização. come além de sementes einsetos também brotos de plantas herbáceas.

vira pequenas pedras, cata carrapatos,pousando sobre porcos, vacas e cavalos, come no lixo eacompanha o gado para se aproveitar de insetos afu-gentados, à maneira de anus e gaudérios. Os últimospousam sobre ovelhas para ampliar o horizonte na ca-çada, e tiram, ocasionalmente, insetos da pelagem gros-sa desses animais. andando por umpasto lamacento, revira qualquer torrão de terra maissaliente, enfiando o bico por baixo dele, levantando-o ejogando-o para o lado com o propósito de descobrir ali-mento. Gaudério, melro e gostam de re-mexer nos excrementos de gado ("vira-bosta"), talvez àprocura de grãos não digeridos pelos bovinos e não embusca de larvas de moscas. thilius e .inspecionam folhas flutuantes coma técnica típica deabrir o bico, "espaçando" os vegetais. e

apanham insetos atropelados nas estradas.pega às vezes insetos em vôo, como

faz um papa-moscas. [apus, xexéus e saquei-am às vezes ninhos de pássaros; apanham cupins sobreos cupinzeiros ou no ar, não despreza nemmesmo centopéias; gostam de frutas da ernbaúba, etc.Os dedos são às vezes usados para segurar uma presa,inclusive flores, antes de comê-Ia (joão-congo, polícia-inglesa).

Voam bem, produzem sussurro sonoro com asrêmiges, atraindo muito a atenção, p. ex.e A algumas batidas segue-se um apertar dasasas ao corpo. voa com certa dificulda-de. No solo andam de postura ereta; os so-bretudo M. correm e pulam no chão, de caudameio levantada. Os correm sobre plantas flutu-antes e trepam no taboal segurando-se em colmos sepa-rados, à feição de saracuras ou socós.

Sobre a importante e singular técnica empregada du-rante a busca de alimentos, etc., o "espaçar", v. sob Mor-foiagia e Alimentação. .

É surpreendente que , que devido aoseu colorido predominantemente amarelo parece seraparentado ao grupo dos tenha hábitos que seassemelham mais aos de certos "pássaros-pretos".

A !~ndência gregá~!a dentro da espécie de váriosIcteríneos sobressai mais nos representantes paludícolas,que confluem às vezes às centenas e mesmo aos milha-res a um determinado ponto, durante certas épocas.

torna-se localmente (p. ex. no RioGrande do Sul) o pássaro mais numeroso. Em certas re-

.giões os bandos de não s~o meno-

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788. ORNITOLOGIA BRASILEIRA

res.As diversas espécies de icteríneos geralmente man-têm seus bandos separados, mas às vezes um bando seassocia a outro, p. ex., 80 gaudérios, 20

e 6 (Rio Grande do Sul). .Os bandos dos "pássaros-pretos" que assolam os ar-

rozais mostram o que se chamou "mimetismo social"(Moynihan 1960), que é uma associação de espécies deaves que têm colorido e padrão de desenho semelhante(v. o nosso "Cada qual com seu igual",

. Essas aves, vivendo no mesmo hábitat,são geralmente aparentadas e adaptadas a um alimentosemelhante. Aos icteríneos negros se associa o tiziu,

um emberizíneo. '.Na Amazônia, ao cair da tarde, os bandos de japus

oferecem um espetáculo grandicso quando voam sobrea floresta rumo ao lugar de pernoite c91etivo, que podesituar-se em ilhas fluviais, emitindo então um certo pioa curtos intervalos; esses vôos lembram as atividadescorrespondentes de papagaios e araras. No Espírito San-to registramos, durante a época da reprodução, intensodeslocamento de que à tardinha, sedirigiam em vôo baixo, rasante, para certos tabuais, vol- .tando de madrugada para as matas. No lugar do per-noite, que podem ser também pirisais e juncais, se en-contram várias espécies de icteríneos.

Os companheiros arrumam-se reciprocamente a plu-.magem (p. ex. Há ce-rimônias pré-nupciais notáveis.Vimos cortejos entreduas espécies, p. ex., um prova-velmente macho, cumprimentando um

, aparentemente uma fêmea, a qual porém nãoatendeu ao galanteio.

A reprodução dos icteríneos é sobremaneira interes-sante, pois oferece a maior variação. Pode se observartoda a escala entre condições normais; abrangendo es-pécies monógamas e polígamas, até dentro do mesmogênero: enquanto é monógamo,M. vive em promiscuidade. Podemos distin-guir três fases: (1) espécies que fazem seu ninho ondecriam; (2) espécies que não constroem ninho, mas ocu-pam ninhos alheios onde então criam normalmente;(3) espécies parasitas que perderam tanto a habilida-de e fazer um ninho próprio como o instinto de cui-dar da prole.

1. Espécies. que ninho onde .Exis-tem quatro tipos de nidificação:

1.1- Fazem uma cestinha aberta, funda, bem forra-.. adiciona lodo), posta numa for quilha a

pouca altura ou a alguns metros do solo, às vezes numpenacho de coqueiro (p. ex. ,

o ninho pode ser. arrumado no capim (p.

.ex, n às vezes sobre a ãguaIp. ex.e sthilius). Os e têm a tendência de formar colônias;os ge da Califórnia reúnem muitos milha-res de casais. eistes constrói na macega no chãouma tigela rasa, aberta em cima mas bem protegida porcapim debruçado. Consta que, e às vezes faz umninho semicoberto ou coberto, com acesso lateral. Estespássaros serniterrícolas recorrem ao ardil de despistardo ninho possíveis inimigos.

1.2- O ninho de de formatoelipsóide, com uma pequena entrada lateral, consiste emum trançado de palha afixado ao junco um metro acimada água.

1.3 - Tecem uma bolsa suspensa num galho ou nasextremidades de folhas de palmeiras. As várias espéciesse distinguem pelo comprimento e largura do saco, for- .ma e localização de entradas, material usado e acaba-mento. O ninho deIc , p. ex., é relativa-mente curto e frouxo, feito de talos largos, secos, que sedestacam pelo seu colorido amarelo. O ninho, tambémsolitário, de cus é longo e densamentetecido de "crina vegetal" negra (hifas do cogumelo

50 ou barba-de-pau usneoides).Como entrada serve uma fenda na estreita parte superi-or - ao contrário de ninhos de bolsa de certos tiranídeos,como cujo acesso é por baixo e cujas pare-des são coladas em vez tecidas. E interessante a compa-ração com os ninhos dos tecelões africanos, parentes dopardal.

Os ninhos dos japus são feitos também de barba-de-velho e alcançam dois metros de comprimento; na fun-da bolsa há uma almofada de folhas secas, etc.; necessi-tam de duas a três semanas para terminar a construção

de Pode acontecer de dois ninhosencostarem superficialmente um no outro e neste casosão entrelaçados pelas respectivas donas.

Analisando os e achamos três ni-nhos firmemente reunidos em toda extensão: um ninhonormal, os dois outros de entrada por baixo,presumivelmente servindo apenas como dormitórios.Vedam melhor a entrada quando começa a entrar chu-va. Costumam fazer um novo ninho para cada postura,freqüentemente ao lado do velho (cujo fundo às vezesse abre), o que se nota mais facilmente em espécies nãocoloniais como cicus . Consertam tambémninhos usados.

Os ventos fortes derrubam os ninhos contendo ovosou filhotes. Soubemos de casos em que os pais continu-aram a alimentar seus filhotes que estavam num ninhocaído ao solo. Os ninhos são destruídos por chuva pesa-da, importante fator-limite da época de nidifieação. '.. '

colius faz duas a três posturas anuais(Rio de Janeiro). Consta que na Amazônia peruana, a

ocolius l s amarra seus ninhos nas folhas

50 s,"crina vegetal", um fungo,é usado também por muitos pássaros na África (Collias& Collias1964).

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ICTERINAE 789

-

Fig.313. Material de construção do ninho de Passerifor-mes. "Crina vegetal" sp.), tirada de umninho de soldado, Minas Gerais;chapéu com os esporos do fungo, aumento maior.B,"Barba-de-pau" usneoides),Teresópolis,Riode Janeiro;b, hastilha viva, com uma flor(c); d, hastilhamorta, a parte verde raspada, resultando aspecto maisfino da hastilha (seg. Sick1957).

de urna árvore; as folhas e junto com elas os ninhoscaem periodicamente, após a reprodução das aves(Koepcke 1972). .

Os (excluindo C. e C. ejapus formam colônias. Cada uma destas costuma serconfinada a uma única árvore, p. ex., um buritizeiro(Mato Grosso, joão-congo). O tamanho das colônias va-ria muito. Registramos p. ex. 59 ninhos de guaxe, nãocontando os velhos (Espírito Santo). Há colônias bemmaiores de xexéus e de japus. Marcgrave (1648) relatasobre uma colônia de no Nordeste brasilei-ro, com mais de 400 ninhos numa única árvore. Ocor-rem colônias mistas, associando-se p. ex. alguns

a um grupo de oua ocupando

geralmente cada espécie certa parte da árvore, ficandoos mais concentrados. No meio dessas colôniasé comum haver um grande vespeiro, um ninho de abe-lhas ou vários formigueiros (v. figo228, Tyrannidae); asabelhas i Meliponidae) não têm ferrão, mas sãobastante agressivas. Essa simbiose, parecendo deexpli-

cação tão fácil e evidente, tem, em última análise, umacausa menos aparente: salvar os filhotes dos icteríneosde um parasitismo duplo que constitui o maior perigode vida para eles. Por causa do cheiro forte dessas avesas moscas são atraídas em quantidade incalcu-

lável. Pode-se observar até 30 dessas moscas voando-aoredor de um ninho. Uma fêmea coloca quatro ovos oularvas vivas sobre o ninhego, e mais: os sãoparasitados por ácaros que então passam para os pássa-ros - um - agravando a situação dosninhegos, que em muitos casos morrem (Smith 1978 emuitas outras publicações). Descobriu-se que a presen-ça dos himenópteros reduz a penetração dasna colônia dos Icteríneos a um mínimo. As , ins-taladas em cupinzeiros arbóreos, circulam o dia inteiroao redor da respectiva copa, não deixando aproximar-se outros insetos, muitos deles possíveis predadores dosninhos dos himenópteros. Uma perseguição ativa das

pelos himenópteros não foi contudo regis-trada. Quando o vespeiro é abandonado ou retiradodas proximidades da colônia, os icteríneos abando-nam o local.

Não deve ser por acaso que as aves que se associama himenópteros fazem seus ninhos fechados. Os ninhegossão tão pouco imunes quanto os adultos aos ataques deinsetos. Sem dúvida a cobertura do corpo por penas éuma boa proteção mas as penas dos icteríneos não cons-tituem uma proteção melhor contra picadas do que aspenas de outras aves, como p. ex. tucanos. Quando es-tes querem predar os ninhos dos icteríneos são afugen-tados pelos himenópteros. Estes atacam também osicteríneos quando estão construindo seus ninhos, masnão chegam a ser capazes de expulsar os novos vizi-nhos. Embora sejam as aves qUe procuram a vizinhançados himenópteros, estes podem aferir uma certa vanta-gem: proteção contra aves consumidoras e predadorasde mel e larvas (como os gaviões e odon

, que são atacados pelos himenópteros mas.também, até certo ponto, pelas aves associadas, sobre-tudo o briguento tiranídeo inquili-no certo de tantas colônias de . Na América Cen-tral onde Neal Smith trabalhou, associou-se aosIcteríneos também .

Icteríneos (e outras aves) escolhem com freqüênciaárvores de tronco liso e alto e colocam seu ninho na pontade um galho para se proteger melhor contra macacos,gambás e outros predadores. Outro meio de defesa dos

consiste em instalarem-se sobre a água. Às ve-zes os ninhos são afixados em posição tão baixa que nascheias quase são alcançados pela água

Espírito Santo). Na Amazônia são atrati-vas as árvores existentes nas numerosas ilhas fluviaisqUe dão uma melhor proteção contra cobras.

Nas espécies florestais que vivem em colônias (japus,xexéus, guaxes), a fêmea costuma encarregar-se sozinhada construção do ninho (v. figo316).e dos cuidados aosfilhotes. Nesses icteríneos reina a poligamia (poÜginia),sobretudo nos casos onde há dimorfismo sexual acen-tuado: os machos são bem maiores e em número maisreduzido do que as fêmeas (o que é patente nos japus).O número de machos encontrados nas colônias não éconstante, sendo maior durante o começo da ocupação

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790 ORNITOLOGIA BRASILEIRA

da colônia. O controle da relação numérica dos sexosnas colôniasé dificultado pela participação de machosque não são reconhecíveis como tais, pois não são niti-damente maiores e têm o mesmo colorido da pluma-gem que as fêmeas.

Anilhamento colorido começou a relevar alguns de-talhes da complicada hierarquia dessas colônias. Os ma-chos tornam-se adultos dominantes com 3 a 4 anos (elesvivem 5à 6 anos). As fêmeas maiores dominantes recla-mam para os seus ninhos os locais mais seguros dentroda colônia, enquanto as fêmeas menores mais fracas têmque nidificar na periferia.

As-colônias pequenas, p. ex., de três ninhos do guaxe,podem ser atendidas por três casais, os machos ajudan-do um pouco na confecção dos ninhos e participandona alimentação dos filhotes. Tais colônias muito peque-nas, que carecem de boa defesa, são abandonadas, ..asaves se associam a colônias maiores. Não há dúvida;quanto mais ninhos, maior a proteção. A atividadedosgrandes machos dos japus nas colônias é principalmen-te a função de sentinela; não faltam investidas agressi-vas contra intrusos, também do lado das fêmeas.

Um grupo de ninhos de japus, balançando numa ár-vore altaneira, é um dos espetáculos mais atraentes ofe-recidos pelas matas neotropicais, que encontramos des-crito já nos primeiros relatos sobre o Brasil, entre os quaiso de Fernão Cardim, no século XVI.

1.4 - O melro reproduz-se ge-ralmente em buracos, mas consegue adaptar-se a várias

. condições. Chega a acomodar-se em paredões de arenito.corroídos pela erosão, como existem em Vila Velha,Paraná. Em alguns casos acolchoa a câmara com boaquantidade de material, em outros <;ompouca ou quasenada; parece estar em vias de perder o instinto de cons-truir seu próprio ninho, aproximando-se às espécies tra-tadas no item seguinte.

2. Espécies que ninhoAlguns icteríneos aproveitam-se do ninho de outro pás-saro onde criam sua prole ("nidoparasitismo" ou"cleptoparasitismo", a última palavra é mais usada pararoubo de alimento, v. p. ex. tesourão, Figuramentre estes o sofrê, eAmbos preferem os grandes ninhos de gravetos defumarídeos, como Consta que

é capaz de construir o próprio ninho. I.se comporta às vezes de modo agressivo para

com as aves cujo ninho ocupa, enxota-as e chega até aretirar-lhe os filhotes, lançando-os ao solo, ao depositarno ninho os seus ovos; incuba, às vezes, ovos dogaudério. G. T. Mattos viu em duas regiões de MinasGerais, I. alimentar um filhote de

. Foi surpresa que Anita Studer observou emAlagoas um casal de levar capim paraconstruir seu ninho num buraco de uma palmeira .

.3. Espécies .É bem conhecido que o gaudérioou chopim, põe seus ovos no ni-nho do tico-tico. No Brasil foram registrados até agora

58 espécies diferentes de pássaros molestados pelogaudério. A ação deste parasitismo é muito diferente dado cuco europeu, cujo parasitismo evoluiu independen-temente. Uma das diferenças básicas é que o gaudériorecém-saído do ovo não tem o instinto furibundo quefaz o cuco esvaziar o ninho e carregar para fora tudo oque nele há, sejam ovos ou filhotes. Comparadas com aperfeição que evoluiu no parasitismo do cuco verdadei-ro, as adaptações dos são poucas. O jovemgaudério é criado não raras vezes junto com os meio-irmãos, mas o mais comum é estes morrerem por faltade espaço e por pedirem alimento com menos vigor; ofilhote de desenvolvendo-se mais rapidamen-te do que os filhotes dos hospedeiros, ganham desde ocomeço. O gaudério é polígamo e se distingue por ex-cesso de machos.

Há, no Brasil, uma segunda espécie parasita do gê-nero: Seu parasitismo é seletivo.No Sul, no centro da sua área de ocorrência, põe no ni-nho de (v. item 2). Verificamos que, noParaná, parasita o melro,

chopi. Existe mais uma espécie parasita, airaúna, que se especializou em pôrnos ninhos de bolsa dos xexéus e japus, comportando-se portanto de modo seletivo.

e

Os ovos são de forma alongada e de casca bem gros-sa, tanto nas espécies não parasitas como nas parasitas .A casca do ovo de é 30% mais es-pessa que seria esperado visto o tamanho do ovo (Spaw& Rohwer 1987). Sobre o campo alva cento hámarmorização de cor vermelho-violácea, em parte des-botada (japu, dois ovos, Rio de Janeiro). Ocorrem ovosde cor cinza-az ulad a com pouco desenho negro

geralmente postura de 4 ovos).põe ovos azul-claros, pintalgados de ne-

gro; semelhantes aos ovos recentemente descobertos deA incubação, executada pela fêmea sozi-

nha, é de 14 dias no caso do melro. O macho do melroajuda a fêmea a cuidar dos filhotes. O tempo de perma-nência no ninho varia; enquanto o gaudério, como pa-rasito, necessita apenas 11a 12 dias, constam 18dias parao melro e 30 ou mais dias para espécies grandes como ojoão-congo. O ninhego do gaudério não tem o instintode se salvar: se mexermos, p. ex., num ninho de tico-tico, os tiquinhos pulam do ninho, o gaudério fica. Osninhos de e p. ex., são atendidosàs vezes por vários indivíduos the nest).

A maior concentração de icteríneos ocorre no noro-este do continente: 23 espécies. Há um outro centro nasregiões campestres e paludícolas do Rio Grande do Sul

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ICTERINAE 791

Fig.314.Distribuição do joão-congo,- e aliados,superespécie (modificado a partir deHaffer 1974b).Círculos abertos etracejado vertical: b. Círculosfechados e barras verticais:. b.Círculos semicheios e pontilhado:. b.

(zona híbrida entre. b.e Triângulosabertos:

. Triângulos fechados:. Tracejadohorizontal:.

(registrosnão estão plotados). Símbolosassinalam localidades de registros.

e Uruguai: 17 a 18 espécies. No Rio de Janeiro (ex-Esta-do da Guanabara), registramos 7 espécies.

A distribuição de icteríneos através de vastas regi-ões deste continente e a separação de populações emconseqüência de alterações climáticas e fitogeográficas,levaram à evolução de raças geográficas bem distintas,como em .e eistes i Algumas populações, bastante altera-das durante um isolamento prolongado, entraram maistarde de novo em contato, misturando-se em extensasáreas. Isto aconteceu,P: ex., com dois representantes doinhapim, no centro do continente, ecom os joão-congos, c no sul doAmazonas, o último caso sendo, até certo ponto, fenô-meno correspondente ao que aconteceu com dois tuca-nos, ao sul e ao norte do Amazonas.

Em evoluíram raças geográficasdistinguíveis apenas nas fêmeas e nos imaturos, enquan-to os machos adultos correspondentes são de cor negrauniforme em todas as regiões ("heteroginia",v.Formicariidae).

Testemunho de uma invasão recente da América doNorte é o caso de cujas populações, hojeresidentes no norte deste continente, incluindo o Brasilsetentrional; são extremamente semelhantes ao represen-tante da América do Norte oriental: fenômenozoogeográfico interessante, extensivo a várias aves dearribação quevêm para a América do Sul e nas quaispredominam também aquelas que são procedentes daparte oriental da América do Norte e não da ocidental;como talvez seria de se esperar.

As espécies de e são benefici-adas pelo desmatamento: alargam constantemente suaárea de dispersão.

,.,-

\lrIClr

Os ("carretão", etc.) são considerados os re-presentantes mais primitivos da família, os s(japus) passam por ser os mais evoluídos.

, espécie parda, parece ser um tipo ancestral com-parado com os congêneres pretos: ensise M. O mais interessante é que o jovem M.

tem padrão de plumagem muito parecidoao dos M. ius adultos que o criam.

- As espécies residentes no Sul, comoe , procuram, durante

o inverno, outras regiões (v.p. ex.:A tendência dos Icteríneos de deslocar-se torna-se pa-tente quando, p. ex., um bando de ruficapillusaparece numa ilha oceânica, como as das Moleques doSul, Santa Catarina (Lenir A. Rosário). O triste-pia,

visitante da América do Nortedurante o inverno setentrional, cruza o Mar das Antilhase vem da costa da Venezuela diretamente ao Brasil centrale àArgentina, uma das migrações mais extensas registra-das de Passeriformes, regressa à sua pátria nos EUA eCanadá para reproduzir, após uma ausência de meio ano.Deslocamentos à hora de recolher v. sob Hábitos.

Os filhotes são freqüentemente infestados por mos-cas: os bernes de passarinhos. Num único ninho de tico-tico, no qual foram criados um gaudério e dois ticos,encontramos 52 larvas desse díptero

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encrisaladas no fundo do ninho (Rio deIaneírojJvomunicípio do Rio de Janeiro os filhotes de gaudério emninho de tico-tico são às vezes tão severamente parasi-tados pelas referidas larvas hematófagas que morrem.Desta maneira os ninhos do tico são liberados dosgaudérios introduzidos, podendo os tiquinhos se desen-volver normalmente, pois são pouco ou não parasita-dos pelo berne. Achamos num ninho dé tico-tico. nomunicípio do Rio de Janeiro, um filhote de gaudério jácrescido, parasitado por 14 larvas de s

g o seu irmão de criação não apresentou lar-va nenhuma. Supomos ser o cheiro dos gaudérios queatrai as moscas. Consta que os filhotes de ti-ram os ovos e larvas de bernes dos seus irmãos de cria-ção, podendo até salvar a vida deles (Smith 1968).

Encontramos também muitos bernes de passarinhoem filhotes de xexéu, guaxe ejoão-congo. 'Os últimoscostumam ter ácaros na pele da cabeça.À noite são in-comodados por mosquitos. Achamos freqüentementenematódeos por baixo das pálpebras do joão-congo, tal-vez transmitidos por mosquitos. Do olho de

e foi descrita no olho devive ceph lopte

Não há fauna nidícola rica e específica nos ninhos debolsa de Icteríneos, pois este tipo de ninho é bem menosduradouro que p.ex.,.' os burgos compactos dosfurnarídeos, Achamos em ninhos do guaxe inquilinoscasuais, como percevejos reduvídeos (E sp.), for-migas e pererecas, animais para os quais o ninho dopássaro é simples extensão do seu hábitat natural nosgalhos.

Entre os inimigos que saqueiam os ninhos de bolsade xexéus, etc., estão, cobras, macacos, araçaris e o ga-víão-carijó, . Ficamos admirados emverno Piauí como os filhotes da graúna ,em ninhos localizados altamente sobre o chão em bura-cos de buritizeiros, foram saqueados por duas cobrasnão venenosas: a canínana s) e ajararacuçu-do-brejo

Consta que toda uma colônia de japus investe às ve-zes contra agressores, aos gritos, rumores de asas e bica-das. Nós vimos pouca defesa,P: ex., no caso de ataquepor tucanos. Quando os machos dos japus dão o alarme,as fêmeas abandonam os ninhos e precipitam-se ao estra-to inferior da mata. Observamos um guaxe perseguir umurubu que passava voando. Os guaxes toleram o canário-da-terra que ocupa um ninho velho na periferia da colônia.

A tendência dos icteríneos coloniais cicus cede agregar alguns ninhos, entre eles velhos, pode tor-nar-se vantagem contra predadores que desistem do as-salto quando encontram ninhos vazios. Num levanta-mento sobre no Peru apenas 406 de 1.129ninhos, 36%, foram destruídos; considerada uma perdabaixa (Robinson 1985).

Neal Smith tem chamado a atenção para o fatoqueabelhas e vespas são a melhor defesa para a colônia. Eletem visto estes insetos atacarem gaviõesP: ex.:D ius.Eles também atacam os icteríneos, mas estes não são in-comodados o suficiente para abandonar a colônia.

Problemas sérios criam as visitas da iraúna,id , parasita notório, que vem para pôr seu ovo

num dos ninhos. Curioso é que os filhotes daphidutiram ovos e larvas de também de seus meio-irmãos. Fraga (1984) observou que um filhote de

s tirou os bernes do seu meio-irmão-pa-rasita M. . A retirada de bernes pelas própri-as aves é, talvez, mais difundido. Foi encontrado em fi-lhotes de s retirados do seu grandeninho fechado por A. Studer, vestígios de orifícios dei-xados na pele por larvas de berne, que só podiam pro-vir de larvas maduras que saíram e se deixaram cair nofundo do ninho para empupar - ou de larvas extra-ídas pelos próprios pássaros, no caso provavelmentepelos pais.

Diferente é o caso do tiranídeo tus leuc s,inquilino "regular" nas colônias de xexéus e japus: nãoé parasita no sentido da iraúna, mas ~cupa um dos ni-nhos para nele Criar (nidoparasitismo). eg s não secontenta com um ninho velho, exigindo um novo, noqual um icteríneo põe ou choca; sua impertinência é tãogrande que chega a expulsar toda uma pequena colônia(fig. 238, Tyrannidae).

É notável a indiferença da maioria das espécies víti-mas do gaudério para com esse parasito perigoso: nãoreconhecem nele o perigo imediato. Do outro lado

ensis mostra-se agressivo, ataca p. ex.um carrapateiro que aparece por perto; como fazemoutros Passeriformes. Numa colônia de liusbi vimos uma fêmea de i inspecionartrês ninhos sem nenhum japu reagir.

A freqüente associação de n com otiranídeo o aguarda ainda umainterpretação razoável. Após nosso registro desse fenô-meno em 1966, no Rio Grande do Sul, seguiram obser-vações sistemáticas de W. Belton (Belton 1985: 172) du-rante vários anos. Não descobrimos qualquer interaçãoentre as duas espécies, como, p. ex., comer juntos. Con-firmou-se que é que procuraHete o o .

e

Um macho de garibaldi, g s us, viven-do em cativeiro no Rio de Janeiro com duas fêmeas decanário-do-reino, foi capaz de produzir vários descen-dentes, num total de sete, no período de oito meses. Ocanário-do-reino pertence aos Carduelinae. Cinco dosfilhotes morreram pequenos, com 2 a 27 dias. Um sextofilhote, com a aparência de canário, mas mal proporcio-nado, morreu com quase oito meses. Somente um filho-te, que se assemelhava a uma fêmea del us

pillus, desenvolveu-se muito bem. Posteriormen-

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ICTERINAE 793

te, comprovou-se ser o mesmo realmente uma fêmea,ao ser acasalado com um macho de canário-do-reino (Flá-via S. Lobo). Da primeira postura deste casal nasceu umfilhote, sendo provada assim a fertilidade da fêmea mes-tiça. Soubemos de mais cruzamentos entre

e com emberizíneos, emcativeiro, P: ex., com os cardeais e P

e com o canário-da-terra (Oli-veira 1984). Ocorrem cruzamentos entre duas espéciesde no México em natureza (Olson 1983). Uma talhibridação não chega a ser surpreendente quando seconsideram as afinidades dessas aves, indicadas poranálises eletroforéticas e de hemoglobina (Sibley 1970).

Principalmente mas tambémalguns (sobretudo .

e outros causam danos nos arrozais, planta-ções de sorgo e lavouras de cereais em geral;também em milharais recém-plantados, arrancando bro-tos. Fala-se muito no interior de "pássaros-pretos", re-ferindo-se a várias espécies negras, pragas da lavoura,como e Seus bandosfazem lembrar os bandos malquistos dos estorninhosna Europa e nos EUA, os quais são afugentados (nãoeliminados!) pela irradiação dos seus gritos de alarmepor meio do aparelho eletrônico automático,sucessor moderno de vigias bulhentos (garotos) quepermanecem o dia todo no arrozal. Necessitamos demais observações e análises estomacais para conhecer

melhor a dieta dessas aves.Épossível que a grande quan-tidade de insetos (incluindo insetos considerados pra-ga) consumida por representantes como o com-pense os estragos que causam na lavoura. O eoutras aves se aproveitam bem do arroz esparramado eperdido no chão, após a safra.[apusdanificam às vezesfrutas de cacau e bananas. No Rio Grande do Sul a re-produção de que Belton (1985) julgaser agora a ave mais numerosa naquele estado, está bemsincronizada com o desenvolvimento do arroz; os filho-tes são alimentados com insetos (Fallavena 1988).

Já foi apontado, o dano que o gaudério faz extermi-nando o tico-tico, situação freqüentemente mal-interpre-tada, culpando-se o pardal pelo desaparecimento do tico.

Pagam seu tributo, pois são caçados, pela sua carne(japu) ou para entrarem no comércio ilegal de pássaros,devido ao qual melro e inhapim já se tornaram escassosao redor de cidades como o Rio de Janeiro. Ao longo darodovia Rio-Bahia estão acabando com os sofrês: cap-turam centenas e milhares, p. ex. na região de Mata Ver-de e Divisópolis, e levam-nos, já moribundos, a centroscomo Cândido Sales, ltaobim e Vitória da Conquista; amaioria morre nos gaiolões, de subnutrição, antes de se-rem vendidos.

Os índios apreciam muito as penas caudais doura-

das dos japus para confeccionar seus diademas; váriastribos, p. ex. Kajabi, Mato Grosso, e índios do rio Bran-co, usam peles inteiras de icferíneos (p. ex.como pendentes.

Sofrê, melro e outros tomam-se perfeitamente man-sos, cantam sobre o dedo do dono; parecem adotar umacerta pessoa como substituto de um indivíduo da pró-pria espécie; não procuram fugir. O corrupião pode vi-ver 23 anos em cativeiro.

Há uma lenda que se refere à associação das vespasaos ninhos dos icteríneos. Os xexéus tinham inimigosque quebravam seus ovos e matavam seus filhotes quan-do eles saíam do ninho em busca de alimento. Os xexéussolicitaram às vespas que fossem madrinhas dos seusfilhos e assim as vespas construíram sua casa perto dosninhos dessas aves para velar pelos filhotes das mes-mas.

Na gíria: se fala de "ninho de guaxe", deparando-secom uma balbúrdia, referindo-se à aparência da super-fície do ninho desses icteríneos - aos olhos do natura-lista uma obra admirável.

dos

Não se enquadram nesta lista ,e

nem as fêmeas e imaturos de algumas espé-cies como e

1. Grandes, tamanho de gralha, lados da cauda ama-relos: (Pr. 39, 1-2).

2. Negro uniforme: (Pr.39, 3) e

M. (o último v. também item 3),Scaphidura(fig. 321), (bico esbranquiça-

do), ,chopi (fig. 319),

(Pr.-39, 5) e (no imaturo, a coré mais pardo-anegrada; adulto v. próximo item).

3. Negro e vermelho:, (Pr. 39, 6),

e (v. também 'item 2).4. Negro com sinais amarelos: (Pr. 39, 4),

thilius, (a "dragona" pode ser marromem vez de amarela) e .

5. Negro com áreas amarelas extensas:, (pr. 39, 8) eI.

(Pr. 39, 7), e

JAPU-DE-RABO-VERDE\

31-34cm. É espécie do Alto Amazonas, com a baseda maxila intumescida, plumagem negra, vértice, ladosdo pescoço e as costas marrons, lados da cauda na baseamarelos. Vive na mata. Ocorre do Equador e Peru ao[uruá, Amazonas.

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794. ORNITOLOGIABRASILEIRA

UAPU-DE-CAPACETE,

30cm (macho), 23cm (fêmea). Representante da Ama-zônia ocidental. Assinalado no Brasil pela primeira vezem 1992:Eirunepé, alto [uruá, Amazonas (A. Whittaker).Conhecido anteriormente apenas para o leste do Equa-dor e Peru e mais recentemente também para a Bolívia(Parker et 1991).]

JAPU, REI-CONGO,

Pr. 39,2

34-45cm, 155-360 g. Representante mais conhecidodos icteríneos grandes, atraindo a atenção com sua lon-ga cauda amarela que caracteriza todas as espécies dogênero; o macho é especialmente maior.o , ôsuave" gué" (chamada, em vôo); canto "go, go,go-zjío-go, go,gó", à parte, no meio, um som ventríloquo estri-dente, quando termina a estrofe se inclina para frente esacode violentamente as asas, produzindo forte sussur-ro. Vive aos bandos, faz grandes ninhos emforma de bolsa, alguns, às vezes muitos, juntos, em ár-vores altaneiras, semelhante a outros japus. Ocorre doPanamá ao norte do continente, à Bolívia e Argentina, eem todas as regiões do Brasil exceto no Rio Grande doSul. É escasso ou não existente onde falta mata alta."Japu-gamela" (Bahia), "[apu-preto", "Fura-banana"(Minas Gerais).

Fig.315. [apu-pardo, s , cerimô-nia pré-nupcial do macho (seg.E. Schãfer 1957).

JAPU-VERDE,

[36-51cm] Espécie amazônica, colorido semelhanteao de Pbi c (que é maior), mas de costasverdes (em vez de castanhas), o bico esbranquiçado componta encarnada, faltando-lhe a área nua atrás da man-díbula. "quat" (advertência); baixinho"quoa" (chamada); canto parecido com o da preceden-te, combinado com violenta cerimônia fazendo às vezesuma cambalhota em volta do galho. Ocorre das Guia-nas e Venezuela até o sul do Amazonas: do [uruá aomédio Tapajós, Belém e Maranhão. "João-congo".

JAPU-PARDO,

[34,5-49cm] Encontrado apenas no alto Amazonas,grande como as precedentes, pardo-acastanhado, excetoa cabeça que é verde; as retrizes laterais com vexilo ex-terno pardo; o bico negro. Ocorre da região do Solimõese Juruá, até a Bolívia e Venezuela. Nidifica às vezes emcolônias de P a parte superior do seu ninhoé mais larga que a do P. [A espécie mais co-mum do gênero nas florestas de várzea do Mamirauá,médio Solimões, "[apó-marrom" (J. F. Pacheco).]

JAPUAÇU, JOÃO-CONGO,

Pr. 39, 1

37-50c:;m.A maior espécie, de vasta distribuição noalto Amazonas (P. c substituída noleste do Pará por estemenor, 45cm, cabeça, pescoço e peito negros, manto;barriga e calças castanhos, bico negro, sua ponta e a áreanua atrás da mandíbula são vermelhas. Diferença mui-to acentuada no tamanho dos sexos (fêmeas pequenas).

'cerimõnias: forte "tác" (advertência); sonoro "drrót"(chamada); suave "dwot" (voando, também a voz típicaquando se dirigem aos bandos para o lugar de dormida,v. Vocalização); um vozeirão ressonante, o, o, o,o, o, o, o", termina com profunda inclinação para a fren-te e um sacudir barulhento de asas e cauda. Vive associ-ado em grandes grupos, às vezes junto comP .Ocorre da Venezuela à Bolívia, parte ocidental da Ama-zônia brasileira, até o norte de Mato Grosso e oeste doPará (P. do lado esquerdo do baixoTocantins ao norte do Maranhão (P.Há uma grande zona de cruzamento entre P.

e P c do lado esquerdo dobaixo Tapajós e em todaregião do Xingu, até oAraguaia;nei é um desses produtos híbridos (v. figo314). "Japu-de-bico-encarnado" (P

XEXÉU, JAPIM, Pr. 39, 4

22-29cm, 60-98 g. Espécie muito conhecida, excetono Sul. Hábito robusto, o macho bem maior; o imaturo é

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. ICTERINAE 795

Fig.316. Xexéu, construindo seu ninho.

de cor de fuligem em vez de negra. , rui-doso "chârp": o canto do indivíduo é tão variado quenão raro causa a impressão de um coro de vários exem-plares; ventríloquo; é comum os indivíduos selvagensimitarem perfeitamente aves e mamíferos, p. ex., tuca-nos, araçaris, papagaios, periquitos, gaviões ,

marfim-pescador e pássaros comoe nos mamíferos, notamos a imitação daariranha (alto Xingu, Mato Grosso, 1947); durante o cantose abaixa, de asas meio caídas, e eriça a plumagem douropígio, exibindo o amarelo berrante, alterando tantoseu aspecto que não se sabe mais qual é a parte anteriore qual a parte posterior do corpo. Sobre dialetos v. Voca-lização. i as colônias pequenas ou grandes ins-talam-se freqüentemente em árvores baixas do cerradona orla da mata de galeria, muitas vezes em galhos co-bertos com ninhos de formigas e alguns vespeiros (v.figo 228, Tyrannidae). O ninho, feito de folíolos de pal-meiras, é uma bolsa relativamente curta e larga; os ni-nhos costumam estar bem juntinhos. Na Amazônia éuma das aves cujos bandos mais despertam a atenção,principalmente nas várzeas e beiras de rio. Ocorre doPanamá ao norte do continente, até a Bolívia, Mato Gros-so do Sul, Goiás e sul da Bahia."[apuíra", "João-conguinho", "[apim-xexéu?".

GUAXE, JAPlRA,

23-26cm. Negro com brilho de aço, uropígio e cober-teiras superiores da cauda vermelhos, bico amarelo-esverdeado claro; imaturo cor de fuligem, uropígio ape-nas avermelhado. rouco "guaxe", misturado comassovios; estridente "tchalp" e bufando "ft-ft-ft" (voan-

.do); canto barulhento "quát,quát-prrrío ío-tík-ío quát,quát ..."; não registramos imitações; o cerimonial é me-nos elaborado do que o de a lo-calização das colônias varia: baixo sobre a água, alto emárvores no meio da mata ou em palmeiras na orla dafloresta. O material do ninho é constituído de váriosvegetais. Prefere baixadas quentes com florestas (p. ex.Espírito Santo, Rio de Janeiro). Ocorre do norte do con-tinente, através da Amazônia, localmente até o Juruá,baixo Tapajós e Belém (Pará), Brasil oriental e centro-meridional, também Pernambuco, sul da Bahia, Espíri-to Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, RioGrande do Sul, Goiás e Mato Grosso do Sul; Paraguai eArgentina. "[apiim-do-mato", "[apilm-de-costas-verme-lhas", "Japim-guaxe*".

SOLDADO, TECELÃO,

20,5cm. Espécie meridional delgada, de cauda lon-ga; negra, coberteiras superiores médias das asas ama-relas cor de enxofre (bem visíveis), também uropígio;bico cinzento-azulado claro, íris branca ou pardo-clara.

nasal "quã-à" (advertência); canto me-lodioso de grande beleza, timbre lembrandocorrupião,p. ex. "dü, dülió-dí di", repetido sem pressa; imita, p.ex., quando canta fica às vezes pen-durado sob o galho, semelhante a certas espécies de japu;quando canta sobre o galho faz reverências ("melro-monjolo"). faz um ninho de bolsa, com crinavegetal preta v. Reprodução), tecido com aprecisão de uma máquina, o comprimento do ninho éde 58cm (Minas Gerais). Vive solitário, aos casais, aocontrário dos precedentes, no interior da mata. Ocorreda Argentina à Bolívia, Paraguai, Uruguai e Sudeste doBrasil, até o Rio de Janeiro (restrito às regiões serranas,Itatiaia, ete.) e Mato Grosso do Sul (mata ribeirinha)."Pega" (Mato Grosso), "Melro", "Nhapim", "[apim-sol-dado?".

.. lRAÚNA-DE-BICO-BRANCO,

23-27cm. Menos robusto do que o guaxe, com ensaiode topete, rabudo, negro uniforme, sendo bastante visí-velo bico branco-esverdeado, íris parda, não se destaca.

forte "qusã": canto variado, p. ex."üit, üit, üit...",seguido por um gorjear tão diferente que parece provirde um outro indivíduo: imita bem, p. ex., o martim-pes-cador, seu vizinho (arremedado também pelo xexéu, nomesmo local, Pernambuco). i ç o ninho é uma

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796 ORNITOLOGIA BRASILEIRA

bolsa comprida (p. ex. 80cm; a maior largura, embaixo,13cm), muito bem trabalhada de material flexível ama-relo, capim e talos, afixada, p. ex., num pé denão vive em colônias.É geralmente pouco comum, viveem mata alagada, traindo-se pela voz. Ocorre daVenezuela à Bolívia e ao sul do Amazonas (baixo Tapa-jós, Pará), Marajó, Nordeste, Goiás, Mato Grosso, Mi-nas Gerais, São Paulo, Paraná, Paraguai, Uruguai e Ar-gentina. "Bauá" (pernambuco), "Bom-é" (Ceará), "Japim-preto*". Mais aparentada com a espécie precedente. V.

lNHAPIM, ENCONTRO,

21cm, 43 g. Corpo delgado, cauda longa, bico finoe curvo; é negro, a dragona varia na cor, conforme aregião:

1. Dragona amarelo-enxofre: Amazônia, "Primave-ra", "Rouxinol-de-encontro-amarelo", L

v. também item 4.2. Dragona castanha: Mato Grosso do Sul, oeste do

Paraná, Rio Grande do Sul, "Encontro", 1..

3. Dragona amarelo-laranja, sem amarelo por baixodas asas: sul de Goiás, oeste de Minas Gerais, oeste deSão Paulo, sudeste de Mato Grosso do Sul, "Pega", "Sol-dado",1. constitui uma popu-lação mista, proveniente do cruzamento entre I.

. e 1. e como talnão merece uma designação própria, portanto, o nomeI. entra na sinonímia de 1.

nome mais antigo. A designa-ção de tal híbrido seria: c. x c.

4. Dragona amarelo-enxofre, da mesma cor são ascoberteiras inferiores das asas e as calças: Brasil orien-tal, Maranhão ao Rio de Janeiro, "Inhapim", "Xexéu-de-banana", "Pega" "Soldado", "Encontro", 1.

. ."tjíc" (chamada,lembrandoMimus rou-

co canto ressonante, melodioso, ou estacado oufluente, motivos como "dlüid-trrrã", às vezes imitaçõesde outras aves como Chama a atenção com

.movimentos bruscos da cauda. solitário, fazum ninho largo, de bolsa. Vive na orla da mata, emcocais, etc. Ocorre da parte setentrional do continente àBolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai, e em todas asregiões do Brasil. V.a seguinte. .

ROUXINOL-DO-RIO-NEGRO,

[20,S-21cm] Parecido com o precedentec porém com mais áreas de amarelo-ouro: boné (prolongado nos lados), uropígio e uma fai-xa sobre o crisso. "pit", "tchat"; canto mavioso, maissuave que o do corrupião, rico em imitações; pode can-

tar veementemente, pendurado por baixo do poleiro,expandindo asas e cauda. constrói seu ninhoem bolsa no miriti, amarrando-o nosfolíolos de palmas secas, tombadas, que pendem verti-calmente. Vive na mata de galeria e palmares. Ocorredas Guianas e Venezuela até os altos rios Negro e Bran-co. Cruza localmente, na região do Solimões, com s

o qual substitui na parte setentrional do altoAmazonas. Pode ser considerado raça geográfica de 1.

"Corrupião-do-rio-negro*".

I

~ i-." I

JOÃO-PINTO-AMARELO,

20,Scm. Apenas ao norte do Amazonas, mais delga-do que o precedente, amarelo, pequena máscara, gar-ganta, as asas e cauda negras, asa com bordas brancas,íris escura. canto melodioso. constróininho de bolsa pendente. Vive nos pântanos e à beira derios. Ocorre das Guianas e Venezuela até Roraima."Corrupião-amarelo*" .

~II

CORRUPIÃO, SOFRÊ, Pr. 39, 8

23cm. Uma das aves mais lindas e, em matéria devoz, das mais dotadas deste continente, representada noBrasil em duas formas geográficas, consideradas geral-mente espécies diversas: (1) "Sofrê", "Concriz","Corrupião", j. , cabeça e dorso negros .Ocorre do Maranhãoà Bahia, Minas Gerais;v. prancha.(2) "João-pinto", "Rouxinol", s,alto da cabeça e costas cor de laranja. Ocorre do nortedo continente e da Amazônia até os rios Paraguai ePiquiri, Mato Grosso. "críc" (chamada, advertên-cia); canto claro e sonoro, de plangente maviosidade, ouentonação melancólica, freqüentemente motivosbissilábicos, repetidos, como "tjü-tjô, tjü-íjõ,tjü-tjõ", res-sonantes"tõtõtô ...", "ió, ió, ió...", "kon-kri". A vocaliza-ção de I. j. pode assemelhar-se bastante à dacambaxirra sua vizinha nacaatinga. Emitem também gritos ventríloquos e roucose imitações; os exemplares que vivem em regime desemi-dornesticação ou em gaiolas aprendem a arreme-dar até trechos de música (v. Vocalização); tomam posi-ções grotescas quando cantam, ficam de cabeça parabaixo ou esticam o pescoço exageradamente para cima,"gelando",levantam a cauda. Têm sussurro forte de vôo,soando como"toló-toló-toló ...".

. Ocupa os ninhos fechados degravetos secos de fumarídeos: s e

às vezes aproveita um ninho dexexéu do bentevi eaté do joão-de-barro (Bahia). Tem casos em que ele mes-mo constrói v. Reprodução.É o ornamento mais típicoda caatinga e das zonas descampadas secas, gosta depousar p. ex. sobre altas cactáceas. Ocorre da Guiana eVenezuela à Bolívia, Paraguai e Brasil. Introduzido na

r

r

r

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ICTERINAE . 797

j

ilha de ltamaracá, Pernambuco, por volta de 1928. ryIui-to procurado como pássaro de estimação, torna-seaprazível pela mansidão e vivacidade, nem foge quan-do tirado da gaiola, aprende diversos truques. Ave naci-onal da Venezuela. Tem muita semelhança com o

dos EUA, este porém dedimorfismo sexual acentuado. [Geralmente considera-da conspecífica com mas difere em voz,hábitat e plumagem (Hilty & Brown 1986:571).]

PASSARO-PRETO-DE-VESTE-AMARELA,

21cm, 43 g. Espécie meridional não comum, cabeça etodo o lado inferior amarelo-vivo, também dragona,uropígio e lado inferior das asas, peito cambiando paracor de caramelo; resto da plumagem negra; fêmea porcima pardacenta estriada de negro, sobrancelha, dragonae uropígio amarelos, também o lado inferior. bissi-lábico "tjüp-tjap" (chamada); "dwat-dwat" (advertên-cia); canto chiado pouco ressonante, estrofe curta e sim-ples: "tzi-di-di-tzi". o ninho é uma cestinhafunda, colocada no capim. Aos casais, em brejos no cam-po, pousam em arbustos e nos altos Da Ar-gentina ao Paraguai, Uruguai e Brasil meridional: RioGrande do Sul e Santa Catarina. Pequenos bandos asso-ciados freqüentemente ao tiranídeo

é quase regra que os dois pássaros, tão dife-rentes um do outro, apareçam juntos. Nessa associação

é a parte ativa, procurando o tiranídeo. "Ves-te-amarela *" .

lRATAuA-GRANDE,

Pr. 39, 7

27-31cm. Espécie grande da Amazônia, lembra naplumagem os possui, porém, o comportamentodos "pássaros-pretos"

, etc.). Máscara e lados da garganta nus de cornegra; nos imaturos cinzentos, estes de boné negro.grito que lembra uma gralha; metálico "tic", "tílili","tchülülü": canto ressonante, um tanto monótono,"djõp-djõ, djõ, djõ-djõp, djõp", arrepiando a plumagem docorpo. O ninho é uma cesta numa forquilha;instala-se também no penacho de uma palmeira. Andano solo, remexe estrume de gado, como fazem os

. Vive em campos úmidos, praias lodosas, mataalagada e ribeirinha, comum na região da foz do Ama-zonas, como em Marajó. Das Guianas à Amazônia, parao sul até os baixos Tapajós e Tocantins.

SARGENTO, thilius

17cm. Encontrado apenas no sul, quando pousa apa-rece negro uniforme, porém tem "dragona" e cobertei-ras inferiores das asas amarelas cor de enxofre: a fêmea

e o imaturo são estriados e orla dos de pardacento, tam-bém reconhecíveis pela dragona quando abrem as asas.

o "djak" (chamada); canto melodioso um poucoesganiçado, de baixa intensidade, p. ex. "s ...

no capim. Vive nos pântanos, tabuais, regi-ões campestres sem árvores, corre sobre plantas flutu-antes. Ocorre do Chile e Argentina até o altiplano daBolívia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.

lRATAUA-PEQUENO,

17cm. Negro, exceto a cabeça e o papo que são ama-relos; a fêmea é oliváceo-anegrada, manchada, reconhe-cível pelo boné, sobrancelha e garganta amarelos."tchak" (voando); canto: seqüência de pios Iímpidos,ressonantes, terminando num prolongado "tzi-tzri".

faz uma cestinha aberta numa forquilha. Vivenos pântanos, várzea, onde é localmente comum. Ocor-re das Guianas até o Amazonas, Amapá, Belém, bab<oTapajós, [uruá, rio Negro, Colômbia e Peru,

CARRETÃO, . Pr. 39,5

19,5cm. Negro uniforme com brilho de seda; fêmea eimaturo com lado superior pardo-anegrado, estriado deoliváceo e marrom, asas com bordas ferrugíneas, ladoinferior amarelo sujo, um tanto rajado de negro (noAmapá e Maranhão de cabeça e peito negros,. c.

bico acentuadamente pontiagudo, caráter di-agnóstico com . "djep" (chama-da, lembra a voz do precedente e do pardal). Canta decauda expandida e plumagem arrepiada, também emvôo; certas estrofes podem lembrar a vocalização de

(Troglodytidae) às vezes seu vizinho, "íe, íe,íe, íe, íe, íe, íe, pousado, dirigindo o bico para cima.Quando amedronta um rival se dirige obliquamente parafrente, em silêncio (comportamento diferente de.

. Brejos. Ocorrência local, geralmente poucofreqüente, pode ser sintópico com a espécie seguinte. Aonorte do baixo Amazonas, Maranhão, Bahia, Minas Ge-rais (Teófilo Otoni), Rio de Janeiro (estado e município),sistema do Paraná: São Paulo, Goiás, Mato Grosso, Pa-raguai, Bolívia e Argentina. Raças geográficas reconhe-cíveis apenas no sexo feminino (heteroginia). V.

. .

. GARIBALDI,

17,5cm. Espécie paludícola comum, de vasta distri-buição, negro-azulado reluzente, boné ferrugíneo-acas-tanhado, também garganta e peito; a fêmea pardo-olivácea, o lado inferior mais claro, barriga e lado su-perior estria dos de negro e pardacento-claro, gargantaamarelada (ao contrário de jovens de

, bico "normal", curto, caráter diagnósticog Macho' subadulto preto.mancha-

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798 ORNITOLOGIA BRASILEIRA

do de pardo (v. Morfología). Q , chamada"püt", "tzjü", "tchat"; canto um canto monótono masmelodioso e puro, do timbre do canário-do-reino, p. ex."tzi-tzjs-dü, dü, dü dü, dü", "di, di, di di-di, di, di, di,di" ("dó-ré-mi"), às vezes uns roucos "ga" e outros ele-mentos não suaves; a algazarra durante as reuniões cre-pusculares lembra aquela dos pardais. Canta freqüente-mente em vôo, ao descer planando de asas e cauda bemesticadas, a parte anterior do corpo aprumada, pluma-gem eriçada; no poleiro emite estrofe curta, "si, si, si-gra", também em posição ereta, arrepiando as-'penas evibrando as asas. ninho em forma de cesti-nha b-em estofada de lã, etc., numa forquilha de arbustono brejo ou numa árvore ou palmeira. O macho e a fê-mea são capazes de construir, molham a palha usadaantes de aplicá-Ia no ninho. Um macho, vivendo numviveiro junto com duas fêmeas de canário-belga com asquais cruzou (v. Cruzamentos interfamiliares), fez umninho ao lado do ninho da fêmea com a qual era casadona ocasião. Muito sociável, em regiões paludosas exten-sas forma bandos de centenas, torna-se ali a ave maisnumerosa, sua voz maviosa domina aquelas paisagens.Da Guiana Francesa à foz do Amazonas e Maranhão,Nordeste ao sul de Goiás, Santa Catarina, Rio Grandedo Sul, sudoeste de Mato Grosso e regiões adjacentes,também Rio de Janeiro e São Paulo. Ave meio nômade,pode se tornar praga. "Casaca-de-couro" (Bahia),"Doremi" (Minas Gerais).

POLÍCIA-INGLESA-DO-NORTE*,

Pr. 39, 6

17-19cm. Ave paludícola amazônica; as asas largaslogo indicam a espécie, sem que se destaque qualquercor, cauda curta. O macho, durante a reprodução, tem ocolorido muito vivo; o vermelho das coberteiras superi-ores pequenas das asas destaca-se em vôo, quando a aveé vista por trás; o negro quase uniforme do lado superi-or é provocado por abrasão de uma orla pardacenta daspenas; no lado inferior há processo semelhante; a fêmeaé parda, o peito com vestígio de vermelho, larga faixasupra-ocular creme; o imaturo é parecido com a fêmeamas sem o vermelho, lado inferior com alguma estriaçãonegra-pode lembrar o imaturo deSobre a abrasão como perigo à conservação das rêmigesv. Morfologia.

rouco "pschi". [Ocorre nas áreas não florestadas daAmazônia brasileira, incluindo as ilhas com vegetaçãopioneira rala dos rios principais. Chega a pastos recen-temente criados e que ainda estão ilhados pelas regiõesainda densamente florestadas da região do Solimões .(Pacheco 1995). Também nas Guianas, Venezuela, Co-lômbia, Equador, norte do Peru, além da Costa Rica ePanamá.] Consta que no começo do nosso século ocu-pou os campos artificiais na foz do Xingu, Pará. Namaioria desses casos torna-se dentro de pouco tempo

abundante, às vezes porém escasseia mais tarde ou de-saparece. Espalha-se também por outros países, como aColômbia. "Papa-arroz" (Amapá), "Baieta" (Marajó),"Pipira-do-campo" (Pará).

POLÍCIA-INGLESA-DO-SUL ", supe s

18cm. A plumagem do macho copia o representantesetentrional, L. is, mas apresenta uma nítida faixapós-ocular branca. A fêmea é no campo indistinguívelda forma do norte. penetrante "í" (chamada maisusada); pio parecido, ainda mais penetrante, "pist" (alar-me, aviso da presença de gavião); "tchit-tchit", "tcha","quác"; canto esganiçado, "zi-Ii-li-í", amiúde em vôo,desce pairando, de asas e cauda bem abertas.idi cç o ninho é uma cestinha aberta, no chão, escondidopor baixo do .capim.

amplia constantemente sua área,aproveitando-se do tremendo desmatamento, invadecampos de cultura, aeroportos, aterros, etc., às vezes atélugares secos. Era desconhecido no Rio de Janeiro aindana década de 50, registramo-Ia em 1960 em Cabo Frio;em 1961 na Lagoa Feia; imigrou em 1961 para a regiãodo rio Itabapoana, em 1962 para Itaguaí, às portas doex-Estado da Guanabara; em 1964 já era comum emJacarepaguá, em 1969 apareceu no aeroporto SantosDumont e na praia do Flamengo. Ao mesmo tempo imi-grou para o leste de São Paulo (Caraguatatuba, por vol-ta de 1960, S. Sebastião, 1964; Hélio F. A. Camargo).

Habita o varjão e os campos úmidos de vegetaçãorasteira. Ocorre da Argentina ao sul do Peru e em quasetodo o Brasil extra-amazônico. "Puxa-verão", "Cheque"(Ceará), "Flamengo" (Rio de Janeiro). Na morfologia(plumagem juvenil) e no comportamento (em bandos,canto em vôo) se assemelham mais age us.

PEITO-VERMELH0-GRANDE,

VS Am

22,5cm. Observado apenas no extremo sul, parecidocom um indivíduo subadulto do precedente, porém bemmais robusto, de bico longo como uma pinça, longa lis-ta supercilíar esbranquiçada, passando para vermelhoentre o olho e o bico, encontro e lado inferior verme-lhos, exceto os lados e o abdômen que são cinzentos enegros, lado inferior da asa preto, igual a .

"chip", "ta, ta, ta" (chamada); canta em vôo de ma-neira semelhante ao precedente. Vive nos campos secosde grarníneas em touceiras, e nos campos de cultura.Ocorre da Argentina ao Uruguai e Brasil meridional: RioGrande dosui, Paraná esporadicamente. [A utilizaçãoaqui do nome ell is para esta espécie aus-tral conforme adotado por Sibley & Monroe (1990) eCollar et (1992), envolvendo um curioso problemanomenclatural, carece de explicações para ser melhorcompreendida. i is de Linné (1758) é a de-

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ICTERINAE 799

Fig. 317.Pedro-celouro, .

nominação original e mais antiga da nossa polícia-in-glesa-do-norte, (v.acima); por outro lado,

de Linné (1771) baseado num "estorni-nho" preto evermelho do "estreito.de Magalhães", des-crito a parte, refere-se atualmente a espécie habitualmen-te conhecida entre nós como e .O segundo nome de Linné foi utilizado por muito tem-po, por engano, para uma terceira espécie,igualmente meridional (descrita do Chile, figurandoantes como até o artigo de Short (1968).Nele, Short esclareceu a identidade das espécies envol-vidas reunindo todas no gêneroStumella, bem corno su-geriu o tratamento de espécie independente para a polí-cia-inglesa-do-sul, (v. acima). Como.o códi-go internacional de nomenclatura zoológica (v.LCZ.N.1985) estabelece que duas espécies não podem ter omesmo nome quando partes de um mesmo gênero, nes-te caso o nome de Linné (1771) foi su-primido por ser homônimo a de Linné (1758),respeitando também outro preceito do mesmo código,"a lei da prioridade" (cronológica). A espécie meridio-nal e ameaçada aqui tratada manteve o nome S.até recentemente, quando o desimpedimento na utiliza-ção do nome de Linné (1771) surgiu com o re-tomo da polícia-inglesa-do-norte ao gênero con-forme sugerido por Remsen& Parker (1987) e adotadopor Sibley & Monroe (1990).]

PEDRO-CELOURO, Fig. 317

20,5cm._Espécie terrícola setentrional, descendentedos americanos, de bico ainda mais longodo que a precedente, pés grandes; com o lado superiorestria do de negro, castanho e esbranquiçado, lembran-do uma codorna, uma faixa pós-ocular e outra no vérti-ce brancas; lado inferior amarelo, papo atravessado porum colar negro; lados da cauda brancos. "tjit, fjit"

(chamada). Canto: estrofe curta, melodiosa, ondulada,P: ex. "djü-djilediâ-dâ", "zü-zí-delã-dü-dõ", í ic çno chão. Corre no solo, esconde-se atrás de touceiras decapim, quando desconfiado levanta o bico obliquamen-te. Vive em campo limpo. Residente no norte do conti-nente, até o Amazonas (Uaupés), Roraima, Amapá,Marajó e baixo Tocantins (Cametá, Pará); América Cen-tral e América do Norte oriental (não ocidental) até oCanadá: "Eastern Meadowlark". "Peito-amarelo-celouro*". \ .

CHOPIM -DO-BREJO,

24cm. Espécie do Brasil central e meridional, pardo-anegrada, dorso cambiando para oliváceo, dragona, u-ropígio, barriga e lado inferior das asas amarelos."tac-tac" (chamada, voando); assobiar forte um tantorouco, fraseado esquemático como "gruíp-gruit-gruit",repetido, exibindo o uropígio arrepiado; é comum al-guns indivíduos cantarem juntos, pousados a um pal-mo de distância um do outro; cantam também em vôoquando o bando muda para outro lugar. oninho é uma cesta aberta; no interior do fundo do ninhose acha boa quantidade de barro que dá ao ninho umpeso surpreendente. Habita o varjão. Ocorre da Argen-tina, Uruguai e Paraguai ao Mato Grosso do Sul, Goiás,Distrito Federal, Minas Gerais, Santa Catarina e Rio deJaneiro. Em Minas Gerais, apreciado localmente comopássaro de gaiola devido ao seu canto melodioso.el-ro-amarelo", "Melro-d'angola", "Melro-mineiro", "Pás-saro-preta-soldado" (Minas Gerais, todos esses nomes)."Dragão-do-brejo*". V o seguinte.

,II

i

DRAGÃO,

[23,5cm] Peso 74 g. Parecido com o precedente, maisesbelto, falta-lhe o amarelo no uropígio; os lados do cor-po são pardos, bico mais longo. "tá, ta, ta", "psíü"(advertência, chamada), "tzaka-zfà", repetido pelo ban-do todo em vôo; curto gorjear, começando com"zíã".

Vive no pântano e no campo. Ocorre da Argentina eUruguai a Santa Catarina; geralmente não se associaàespécie precedente; localmente (sul"do Rio Grande doSul) é a única espécie do gênero. "Dragão-do-banhado?".

, .

CARDEAL-DO-BANHADO,

.

23cm. Espécie paludícola singular, de bico extrema-mente pontiagudo, asas largas (vôo pesado), cauda com- .. ",-,prida. Negro,cabeça,peito e calças escarlates; jovem corde fuligem uniforme, trai-se pela forma peculiar do bico.

"tjac", "tjat-tjat": pio fortíssimo "uiit"; assobiarlímpido, saltos para grave de uma oitava e mais, p. ex."hílili-hólolo". faz um ninho fechado comentrada lateral. Sobre a técnica peculiar de usar o bico

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800' ORNITOLOGIA BRASILEIRA

Fig.318.Ninho doAnumará, forbesi, penden-do entre galhos.O suporte situado abaixo do ninhoédesnecessário (seg.Studer& Vieilliard1988). .

pontiagudo v.Alimentação. Pântanos com água profun-da, tabuais e juncais, beira de canais e rios com densavegetação paIudícola. Da Argentina à Bolívia, Paraguai,Uruguai e Brasil: Rio Grande do Sul, Santa Catarina eMato Grosso (Pantanal), também Gurupi (Estado deTocantins). "João-pinto-do-brejo", "Doremi*".

ANUMARÁ, En

22cm. Espécie facilmente confundida comchopi,porém de mandíbula lisa, não sulca da,

o culmen é achatado. Pele nua atrás da mandíbula co-berta de verrugas. A plumagem é preto-fuliginosa, sembrilho azul, as penas estreitas do píleo possuem as raques .mais brilhantes, estas aparecendo também no peito e nodorso. A asa é mais curta e redonda, cobrindo apenas ouropígio.Abre freqüentemente o bico, mostrando a bocavermelha, chamando muito a atenção temboca preta).' Sempre em pequenos grupos, também du-rante a reprodução. Até a década de 60 era uma ave mis-teriosa. Foi estudada na natureza (Alagoas) pela primeiravez por Anita Studer de 1981 em diante (Studer&Vielliard 1988). completamente diversa da de

emite um trissilábico "pi-li-lit". Ocanto é um estranho bufar forte nabeira da mata e brejo; na copa deP: ex. mangueiras ondeconstrói um cesto bem acabado(fig, 318); põe 3 a 4 ovosazul-claros com pouco desenho preto. Em Alagoas osninhos foram de 64% até 100%parasitados por

(Studer & Vielliard 1988), privando a espéciede constituir descendentes. São conhecidas duas áreasisoladas de ocorrência: Nordeste_ (Pernambuco eAlagoas) e Minas Gerais (Raul Soares, Parque do RioDoce, Barra do Piracicaba). A outra espécie do gênero,

ocorre. no sul do Chile e da Argentina,possui um canto agradável sendo procurado como pás-saro de gaiola, consta até que aprende palavras, seme-lhante aos papagaios.

MELRO, GRAÚNA, chopi Fig.319

21,5-25,5cm. Negro uniforme com brilho de seda, pe-nas da cabeça estreitas e pontudas, bico negro com pro-fundos sulcos na base. Os exemplares do Nordeste("graúna", "graúna-verdadeira", "melro",chopi são consideravelmente maiores e maisreluzentes do que os exemplares do sul ou do Brasil cen-tral ("pássaro-preto", "melro", "vira-bosta", "vira-cam-po", "graúna", G.chopi chopi,peso 66 a 85 g). ,

baixinho "kát"; assovio agudo, "íü-djüp","tüp-i" (chamada); canto composto de assovios resso-nantes e maviosos bem variados, em parte mais prolon-gados e repetidos, misturados com curtos tons roucos,p. ex. i, i-djülid, djülid, ziürrr", "chopí-chopí; costu-ma começar com pios monossilábicos espaçados, passapara assovios bissilábicos e só depois entoa o canto, de-senvolvido com todo o vigor; há transliterações do can-to, como "Planta Joaquim, planta Joaquim, eu arranco,arranco"; é um dos cantos mais melodiosos e fortes depássaros deste país, ainda mais impressionante quandocantam vários indivíduos, como freqüentemente acon-tece em distritos rurais, no interior. Canta em posiçãoereta, vibrando as asas. A fêmea também canta, mas cos-tuma faltar-lhe o "ziürrr". nidifica em árvo-res ocas, também em troncos de palmeiras e em ninhosde pica-pau, freqüentemente bem no alto, mas tambémem lugar baixo, p.ex. em mourões, por dentro dopenacho de coqueiros e nas densas copas dos pinheiros;instala-se no montão de galhos que o jaburu junta comoninho (Mato Grosso) ou rrurn ninho abandonado dojoão-

de-barro (Minas Gerais). Ocupa buracos em barrancos(Minas Gerais) e cupinzeiros terrestres esburacados. Àsvezes cria num ninho aberto situado numa forquilha deum galho distante do tronco de árvore densa e alta comoo guapuruvu, aproveitando-se provavelmente do ninhovelho de um outro pássaro (Paraná). Vive nos camposde cultura, pastos e plantações com 'árvores isoladas,mortas, remanescentes da mata, palmares (tambémburitizais), região dos pinhais, etc. Ocorre no Brasil não-amazônico: Nordeste, leste, Sul eCentro-Oeste, até a Bo-lívia, Paraguai, Argentina e Uruguai. "Pássaro-preto","Chupão" (Mato Grosso), "Arranca-milho", "Chopim";a designação "chopi" é nome indígena onomatopéico,

Fig.319.Graúna, chopi

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ICTERINAE 801

usado ainda na Argentina, etc.; "gra-una", etimologia:guira-una = ave preta.É muito procurado pelos matutoscomo ave canora, já se tornando escasso nas regiões maispovoadas. V. , ee cos-

lRAÚNA-vELADA *,

23cm. Parecido com porém, de bicomais curto, plumagem na parte anterior da cabeça comopelúcia, íris marrom, pés pequenos; é mais rabudo doque Vive em bandos à beira dos rios; ocorredo Guaporé e Madeira ao [avari, rio Negro até Venezuela.

lRAÚNA-DA-GUIANA*,

27cm. Negro, bases das penas do uropígio brancas,axilares amarelas. Ocorre de Roraima à Venezuela eGuianas.

lRAÚNA-Do-NORTE,

23cm. Encontrado apenas ao norte do Amazonas, édo tamanho de de cauda mais longa, gra-duada, com as bordas elevadas como uma calha, bicolongo um pouco curvo, pés grandes; é negro uniformecom brilho azul, íris amarela ou branca. penetrante"ksãik.ksãik ...", "squit... faz um cesto pro-fundo, aplicando alguma lama. Vive em bandos ao redorde casas e vilas, às vezes junto com .Ocorre das Antilhas ao Amapá. "Iraúna-do-caribe*".

ASA-DE-TELHA,

17cm. Pardo, lados da cabeça e bico anegrados, asascom largas bordas acastanhadas, centro das penas ne-gro, cauda pardo-anegrada. Os sexos iguais. guin-chando "châit", "tchap" (chamada); série de assoviosmelodiosos ("tordo-músico", Argentina) que podemlembrar o canto da graúna, destacando-se às vezes umestridente freqüentemente alguns machos cantamem conjunto, participam também as fêmeas. O assovio"tzrí" ou tem um papel especial como canto demadrugada (Rio Grande do Sul, janeiro). nãoé parasito, cria normalmente, instala-se nos grandes ni-nhos de grave tos entrelaçados de furnarídeos como

(Rio Grande do Sul), ee (Mato Grosso) e (Bahia),

acolchoando a câmara com capim, etc., ou constrói seupróprio ninho, aberto (tigela frouxa)", numa forquilha.O macho constrói também. Consta que às vezes duas ouaté mais fêmeas de M. põem no mesmo ninho.Éparasitado regularmente por . Ofilhote pequeno de M. se distingue de M.

il por possuir uma mancha escura subtermi-

nal no bico quenãoexiste no M. ill e M.ensis (Fraga 1979,região de Buenos Aires). O fi-

lhote de M. torna-se maior do que o de M.. Costuma aparecer em bandos de 4 a 6. Habita as

paisagens abertas com árvores isoladas e capões,carnaubais e caatinga. Ocorre do Nordeste ao interiorde Minas Gerais, Mato Grosso e Rio Grande do Sul epaíses adjacentes, às vezes até o Chile. Pode lembrar umpardal, um fumarídeo ou a fêmea de um tiê-preto; mui-to semelhante ao jovem da espécie que se segue.

CHOPIM-AZEVICHE,

18-21cm, 47-63 g. Representante meridional, muitoparecido com a espécie adiahte descrita, um pouco mai-or, de cauda mais longa e bico mais curto, plumagemquase sem 'brilho; uma parte das coberteiras inferioresdas asas e axilares castanhas, difícil de ver (só macho);sexos semelhantes, mas fêmea menor; jovem e imaturosão muito diferentes, de plumagem considerada ances-tral, parda, indiscernível de quando saido ninho (o que se dá após aproximadamente 12 dias);não demora, porém, a começar a mudar para a pluma-gem negra no corpo e na cabeça, traindo-se, nessa plu-magem mista, facilmente como representante desta'es-pécie. ce grito rouco, "kschrr", "tschâ",

muito diferente da voz de M. , traiimediatamente canto do macho em frente àfêmea, ambos pousados:"zilít-zchâ", o macho espalhan-do asas e cauda horizontalmente e esticando a cabeçapara a frente como que fazendo uma reverência, portan-to cerimônia bem diferente da que M. ensis execu-ta. O macho exibe a axila vermelha.

em casais (parece ser monógamo) e pe-quenos bandos. Parasito como ,flagela, ao que parece, apenas (Argen-tina). Os ovos são extremamente variáveis: avermelha-dos, azulados, esverdeados, cinzentos, amarelados oubrancos, sem demonstrar uma tendência de mimetismoaOSovos do hospedeiro (Argentina, Fraga 1983). Tempode choco 12 a 13 dias em ninho de . NoParaná (Rolândia), onde imigrouhá alguns anos e onde não vimos M. , o "chopim-marrão", um dos nomes usados para M. s,parasita o melro,Gno chopi, que cria os parasi-tos junto com os seus filhotes, como o faz M.b dius. Re-gistramos em 1973 (Rolândia) a criação de 3 M.

e 1 juntos, num segundo caso 1M. e 3 M. num terceiro caso 1M.

, 3 M. sis e.1: há casosem que o melro apenas cria "chorões".

Campos com árvores esparsas, fazendas. Da Argen-tina, Uruguai, Paraguai e Bolívia ao sul de Mato Gros-so, Rio Grande do Sul e Paraná, excepcionalmente maisao norte: Rio de Janeiro (28 de agosto de 1959, dois ima-turos); um registro de Pernambuco mencionado na pri-

, I

I:I.

I

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802 ORNITOLOGIA BRASILEIRA

meira edição refere-se a M. "Namura"(Paraná), "Chorão" (Paraná), "Ch~pim", "C.hopim-pícumã?".Pode assemelhar-se a o imaturopardo lembra a fêmea de .

CHOPIM, GAUDÉRIO, MARIA-PRETA,

Pr. 39, 3

16,5-21,5~m, 42-52 g. Pássaro bem conhecido em todoo Brasil. Macho azul-violeta fortemente brilhante, asasesverdeadas reluzentes; fêmea menor, marrom-fuligem,de 'dorso negro; há muita variação em tamanho (tam-bém dos machos) e colorido, ocorrem fêmeas totalmen-te negras porém menos reluzentes do que os machosadultos; 'os imaturos são de lado superior negro sembrilho (macho) ou pardacento manchado (fêmea), ladoinferior em ambos mais ou menos rajado de esbranqui-çado e negro; o sexo é reconhecível já na plumagem ju-venil: macho anegrado, fêmea marrom-fuligem. ce-

alto e estridente, "spitititi ..." (advertência); bai-xinho .':djóc"; bufa quando briga; canta pousando emfrente à fêmea "prro-prro-prro-zlíjü", com a seguinte

.c'erimônia: estica-se verticalmente, aplicando o bicoàgarganta e arrepiando toda a plumagem; canto: umtilintar apressado, muitas vezes prolongado, emitido emvôo, ou então quando voa em tomo ~a fêmea pousada.

o ciclo reprodutivo deda América do Norte (parente próximo de M.

pesquisado em todos os detalhes (Scott&Ankney 1983), é ininterrupto durante três meses (há cá1-culós de mais meses de produtividade), possibilitandoque 'o parasita. se aproveite de qualquer oportunidadepara pôr num dos ninhos das suas vítimas. Tal imensaprodutividade, que é típica para a galinha doméstica nãoé conhecida para outros Passeriformes. Nesses parasi-tas reina franca poligamia. Aparentemente há mais ma-chos do que fêmeas integralmente de outras aves paracuidar dos seus ovos e filhotes. Quanto a M.há, no Brasil, documentação sobre 58 espécies, represen-tantes de 9 famílias de Passeriformes em cujos ninhosforam encontrados ovos do gaudério ou que foram ob-servados alimentando seus filhotes. Apenas os represen-tantes da segunda categoria (alimentando enteados)podem ser designados "hospedeiros" do gaudério. Se-gue a lista total das espécies atingidas pelo gaudério noBrasil".

"Furnariidae (5): us,

-e-.

Tyrannidae (Ia):

e ,tus,

Troglodytidae (1):Mimidae (1):Turdidae (1):Motacillidae (1): lutescensEmberizinae (10): ,

,e C.

,,

Cardinalinae (2):Thraupinae (13): , .

e , eR. ,

,

Parulinae (2):

Vireonidae (2): chioi, poicilotisIcterinae (9): ,

chopí,(cri-

ando no ninho de

Passeridae (1):

Em toda área de ocorrência desãoregistradas 201 espécies (Friedmann& KiÍf 1985)(atéuma pombínhal) em cujos ninhos foram achados ovosdo gaudério. Muitas dessas espécies não criam o parasi-to, pois os ovos de são abandonados peloshospedeiros (v. também o saci, Cuculidae).Foram achados ovos do gaudério até em ninhos de

sp. (os respectivos ninhos foram abandona-dos). Naquele total de mais de 200 há muitas espéciesque ocorrem também no Brasil, .onde ainda não foramregistradas como vítimas do gaudério. Com mais ob-servações, a lista de pássaros parasitados neste paísdeverá ser muito ampliada, somado ao fato de que o

.gaudério, beneficiado pela expansão agrícola, penetraem regiões onde encontra "novos" hospedeiros em po-tencial. Temos porém a impressão que, no Brasil, a con-centração do parasito em certas espécies, sobretudo otico-tico, limita o número de hospedeiros.

Na região austro-oriental do Brasil (como tambémna Argentina e no Uruguai) o gaudério procura comohospedeiro principalmente o tico-tico,

neste país, em geral, o únic,o pássaro conheci~opor todos como responsável pela criação de n

Num total de 95 ninhos desse emberizíneo

51 A documentação sobre muitos desses casos se acha nas publicações de H. Friedmann, mais recentemente em Friedmann&Kiff1985,e de H. Sick1958;quase todos os dados mais recentes são tirados do diário do autor.

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ICTERINAE 803

Fig.320.Tico-tico, alimentando um filhote de gaudério, .

na Ilha Grande (Rio de Janeiro), encontramos 57 (60%)molestados pelo parasito. As estimativas para as outraspartes do Brasil, p. ex. Viçosa, Minas Gerais, fazem apercentagem subir a 75%, estatística que deve valer tam-bém para outros estados meridionais como o Paraná. Apercentagem sobe até mais, como verificamos no Rio deJaneiro (estado e município), onde quase não se acha umninho de tico-tico que não contenha um ou mais ovosdo parasito. É óbvio que, nessas condições, a diminui-ção ou até a eliminação do tico é obra do gaudério e nãodo pardal. Há, porém, lugares onde os filhotes dogaudério, criados por tico-ticos, são controlados porexcesso de larvas de bernes de passarinhos. A multipli-cação do gaudério pode ser tanta que numa áreaempobrecida em aves, como p. ex. a Quinta da Boa Vis-.ta no Rio de Janeiro, não pode haver número suficientede ninhos para esse parasita depositar seus ovos.

Outras espécies são atingidas apenas excepcional-mente. No Sudeste do Brasil o gaudério é criado nãoraras vezes por sanhaços. Na área de Jacarepaguá, Riode Janeiro, o icteríneo põe com tanta freqüência nos ni-nhos do tiê-sangue, que este pra-ticamente não consegue salvar os próprios filhotes. Naregião de Pirapora, Minas Gerais, o gaudério é criadocom alguma freqüência pelo sofrê, , emninhos abandonados do joão-de-pau,

o hospedeiro principal do parasito é ali tam-bém o tico-tico.

Consta que na Amazônia s põeregularmente no ninho da viuvinha,le pássaro palustre. No norte da Argentina ojoão-de-barro é a espécie mais castigada; quanto ao Bra-sil, temos apenas uma confirmação do Rio Grande doSul sobre o parasitismo do gaudério para com o joão-de-barro. Na área de Buenos Aires, Fraga(1985) achou78,1%dos ninhos de parasitados pelogaudério. Um dos últimos acréscimos à nossa lista doshospedeiros do gaudério é o pardal,(Rio de Janeiro, São Paulo). Esperava-se até que.o

pudesse manter sob controle a po-pulação de pardais em Ribeirão Preto e Rio Claro, SãoPaulo (Warwick E. Kerr); supomos que, nesse caso, in-flui o local de nidificação dos pardais, possivelmentemais facilmente acessível para os chopins, e a pré-adap-tação de gaudérios já criados em ninhos de pardais.Durante os nossos levantamentos sobre o gaudério naIlha Grande; Rio de Janeiro,1943/44, estranhamos àsvezes que este não parasitasse maior número de ~)Utrasespécies. Umsabíá-poca, p. ex., fez seu ninho dois anosseguidos no mesmo ponto, onde os gaudérios não podi-am ter deixado de o notar, e não foi importunado. Opedinchar 'do filhote de ensisse dirige aqualquer pássaro que se aproxime e induz também vi-zinhos a participarem da ceva do insaciável; normalmen-te os filhotes de pássaros pedincham apenas para seuspais, como faz também o jovem quenão.é parasito.

, dos os ovos desão extremamente variáveis. Há dois tipos

básicos de forma oval e redondo, às vezes quase esféri-co. A casca pode ser sem brilho ou lustrosa. A colora-ção, em muitos casos (p. ex. no Rio de Janeiro), é de umtom geral vermelho-claro ou verde, coberto de manchase pintas. Apareceram também ovos uniformemente bran-co-esverdeados (Bahia, Rio Grande do Sul). Em cadaregião dominam certos tipos. Embora haja, ovos dechopim que muito se pareçam, p. ex., com os do tico-tico, do sabiá-do-campo ou até de um furnarídeo (de corbranca pura), encontram-se por toda a parte todos ostipos. Os hospedeiros geralmente aceitam todos essesdiferentes ovos, em flagrante contraste com oparasitísmo altamente seletivo dos cuculídeos mais evo-luídos no Velho Mundo: onde os hospedeiros aceitamapenas ovos perfeitamente similares aos seus própriosovos. Tal adaptação notável evoluiu pela atitude seleti-va da espécie poedeira: ela põe apenas em ninhos da

. sua própria cria doura ou mãe-substituta. Existem ovosmiméticos no icteríneo . ninus na

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804 ORNITOLOGIA BRASILEIRA

Argentina joga fora quase todos os ovos brancos dogaudério (Fraga1985).

Embora os ovos de várias fêmeas do mesmo localpossam ser bem semelhantes uns aos outros, o quocien-te de Rey (multiplica-se o comprimento do ovo pela lar-gura do mesmo, em milímetros, dividindo em seguidao produto pelo peso da casca vazia, em miligramas) re-vela diferenças signiticativas entre os indivíduos e pro-va a quase homogeneidade dos ovos de uma determi-nada fêmea, permitindo desta maneira a classificaçãodos ovos segundo a poedeiraG. Ottow, in Sick, 1958)52.Chegamos assim à conclusão que uma gaudéria não põemais de-um ovo em cada ninho, mas que até 7 gaudériasvisitaram o mesmo ninho do tico~tico, num certo caso 4,no decorrer de uma só madrugada. As fêmeas não seexcluem numa certa área; aáreade uma fêmea é de21 a48 ha (Fraga1983).

Os ninhos podem ficar abarrotados de ovos; já con-tamos 6 num ninho de tico-tico (Rio de Janeiro, MinasGerais); com dois ovos de gaudério e dois a três do ticoo ninho já está cheio. No ninho folgado de

foram registrados até14 ovos de gaudério,postos possivelmente por14 fêmeas; o recorde é de 37ovos de gaudério num ninho de joão-de-barro (Argenti-na). Consta que o potencial por postura de uma gaudériaé de 4 a 5 ovos ou até mais, havendo apenas um interva-lo de dois a três dias entre as posturas. O número deposturas deve variar conforme a região. Uma fêmea de

(América do Norte) põe anualmente, em.seis semanas,40 ovos, a maior produtividade conheci-da em Passeriformes. Ela vive apenas dois anos repro-duzindo, portanto põe um total de80ovos na vida (Scott& Ankney 1980).

Os ninhos sobrecarregados são abandonados pelo le-gítimo dono. Visto que as gaudérias costumam bicar osovos que encontram (ato praticado também por machosque participam na busca de ninhos, parece inclusive quechupam às vezes um pouco do conteúdo), cada visitade um parasito aumenta o perigo para todo o conteúdodo ninho, inclusive para os ovos de . Talvez otipo redondo de ovo de M. e a sua espessuramaior dêem certa proteção contra o perigo de ser fura-do. As gaudérias lançam às vezes ovos fora do ninho.Acontece ainda, embora não seja ocorrência comum, degaudérias porem seus ovos em ninhos velhos, abando-nados. Há portanto tremenda perda de ovos do parasi-to. De um total de94 ovos de. . postos em83 ninhos de tico eclodiram41 (44%),levando pequenavantagem sobre os ticos, que atingiram apenas41 %(Sick 1958). Em BuenosAires, Fraga(1985) notou que102 ovos de gaudério resultaram em apenas 6 filho-tes que voaram. .

A incubação do ovo do gaudério em ninho de tico-tico leva 11 a 12 dias, portanto menos um dia que osovos do hospedeiro, adaptação vantajosa do parasito. Adeposição antecipada dos ovos do parasito no ninho dohospedeiro, isto é, no dia ou mesmo antes que o ticoponha seu primeiro ovo é de máxima importância. Veri-ficamos que normalmente os ticos não continuam a in-cubar, a não ser por três dias depois que o primeiro ovoeclodiu. Os gaudérios, às vezes, saem do ovo simulta-neamente com os ticos. Não notamos quaisquer vestígi-os de terem os gaudérios ninhegos tentado eliminar oconteúdo do ninho. Pode acontecer de um filhote degaudério sentar em cima de um meio-irmão menor, "semquerer"; os chopins pedincham com mais insistência doque os tiquinhos; sua alimentação consiste de insetos,apenas depois de ter saído do ninho os gaudérios tor-nam-se granívoros. O interior da boca dos gaudérios évermelho, como o dos ticos. Não é tão raro um gaudérioe um ou dois ticos se desenvolverem juntos; às vezesvingam dois chopins, excepcionalmente três, ou doischopins e dois ticos.

Foi achado um ninho de contendoum pequeno filhote (3 g) de e um filhotão de

(25 g); no final ambos voaram (A. Studer).Verificamos que pode criar 4 M.de uma vez (Paraná). Registramos que, de51 ninhosparasitados de 25 (49%) tiveram êxito, pro-duzindo 24 gaudérios e15 ticos que tomaram vôo. Dosgaudérios eclodidos chegaram a voar59%, o sucesso dosparasitos atingiu26%, o dos ticos nem24%.Após teremabandonado o ninho, os filhotes acompanham ainda porduas semanas os padrastos, cuja atenção chamam pormeio de um fino "klip" que nada tem a vercom o pedinchar grosseiro durante ou antes da alimen-tação (fig.320). Acontece de um jovem gaudério perse-guir ainda sua madrasta quando ela já começa a incubaroutra postura. Possivelmente o fortíssímo.pedínchar doinsaciável é um fator importante na eliminação de fi-lhotes de por gaviões como

e, habitam

paisagens meio abertas, campos de cultura e pastos.Associam-se ao gado sobre o qual pousam para ampliarseu horizonte. Os bandos de gaudérios tornam-se pro-blema para a lavoura; invadem periodicamente cidades,descem nas relvas e pernoitam em árvores de parques eruas, junto com pardais. Ocorre do Panamá e das Anti-lhas, através da maior parte da América do Sul, atéli

Argentina e o Chile, e em todas as regiões do Brasil."Vira-bosta", "Iraúna" (Amazônia), "Azulão", "Papa-arroz", "Parasita", "Anu" (Rio Grande do Sul), "Maria-preta", "Engana-tico", "Grumará" (Espírito Santo),

52Levantamentos minuciosos sobre a cambaxirra, , mostraram que os ovos de uma mesma fêmea têm dimen-sões muito semelhantes; a variação existenteé menor do que aquela que ocorre entre fêmeas diversas (Kendeigh 1975).A formados ovos,postos pela mesma fêmea, pode ser diferente,p. ex.nos cracídeos (mutum). . ,.,

L

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ICTERINAE 805

Fig. 321. Iraúna-grande, cerimô-nia do macho diante da fêmea. Xavantina, MatoGrosso, 1947.Original,H. Sick.

"Chopim-gaudério*". A alcunha de "chopim" para opovo significa o marido malandro e preguiçoso que viveà custa do trabalho da mulher. V as duas seguintes.

lRAÚNA-GRANDE,

30-35cm, 130-176 g. O maior dos icteríneos; negro-uniforme, brilhante, de cauda comprida, pescoço engros-sado por prolongamento das penas, razão pela qual a

cabeça apa~ece pequena, bico forte, negro, a fêmea ima- .tura já é mais corpulenta do que a graúna, o macho mai-or do que o anu, cor da íris castanha, ver-de ou esbranquiçada. grita "tche-tche-tche"; um miado; "dak" baixinho; geralmente calado;estrofe estridente mas melodiosa: "tjüli, tchi, tchi, tchi,tchi", o pássaro entufando o pescoço e baixando o bico.A cerimônia diante da fêmea lembra a debo estica o pescoço para cima apontando o bicoà garganta, inflando ao mesmo tempo a farta plumagemdo pescoço (fig. 321). Vive solitário ou em pequenos ban-dos, anda de postura ereta nos pastos, perto do gado,cavalos ou porcos (tira carrapatos), pousa sobrecapivaras semi-submersas (Pantanal, Mato Grosso),locomove-se nas praias de rios ou sobre rochas dentrode rios, vira pedras, pousa em árvores altas isoladas.Vôo singular, barulhento. põe nos ninhosbolsiformes de outros Icteríneos e C.

ovo verde commanchas negras. Existem ovos de campo azul-claro eoutros de campo branco (Suriname). Na América Cen-tral ocorrem ovos muito bem adaptados ao colorido dos.hospedeiros. Os ovos do parasito são bem maiores doque os de Consta que a incubação dos ovos de

pode ser 5 a 7 dias mais curta do que nos

ÁREA DE INVERNADA=

Fig. 322.As migrações do Triste-pia,Da sua área dereprodução na América do

Norte migra ao centro da América do Sul.A direitamacho em plumagem de núpcias,à esquerda pluma-gem de descanso reprodutivo (seg.LincoIn1950).

hospedeiros. Habita áreas campestres onde se alimenta,na orla do arvoredo onde vivem as aves em cujos ni-nhos põe. Ocorre do México a Bolívia e Argentina e emtodas as regiões do Brasil; fora da Amazônia pouco co-mum. "Melrão" (Rio de Janeiro), "Rexenxão", "Graúna","Chico-preto", "Vira -bosta -grande", "La u -na -ná"(Iuruna, Mato Grosso). V .

TRISTE-PIA, VN

16cm. Registrado apenas corno visitante da Américado Norte, lembra na sua plumagem de descanso repro-dutivo, quando 'vem ao Brasil pelo fim do ano, urnapardoca ou a fêmea de , porém de caudarígida e unha traseira longa, faixa branca superciliarrealçada por urna faixa anegrada pós-ocular e outra aolado do vértice; lado inferior amarelado. Entre janeiro emarço, antes de regressar à sua pátria no extremo norte(Canadá, norte dos EUA), muda toda a plumagem. Omacho adquire então o traje de núpcias: cabeça anteriore todo 'lado inferior negro-uniformes (freqüentementeas penas com barras amarelas), lado superior com gran-de v branco. monossilábico "pink", tilintante ou

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806 ORNITOLOGIA BRASILEIRA

metálico, emitido em vôo, também durante a migração,à noite; traindo sua presença. No Brasil não registramoso seu canto. Vive nos pântanos, plantações de arroz esorgo, campos, muitas vezes associado aloth us e

ge . Observado, p. ex., no Amazonas (rios Negro eJuruá, outubro), Mato Grosso (novembro, março), RioGrande do Sul (dezembro); ocasionalmente no Brasiloriental no verão, em pequenos grupos. Também captu-rado, p. ex. na Marambaia e em Cabo Frio, Rio de Janei-ro, oferecido como pássaro de gaiola. Vai até a Argenti-na, Paraguai e Bolívia. (Argentina). Um dos

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mente ao registro. Os anilha dores norte-americanos es-tão marcando osobolin com 6 marcas pintadas dife-rentes na cauda que identificam a ave; qualquer pessoaque localizar um desses indivíduos deve escrever parao nding b., l MD 20708 Estados Unidos.O obo está entre as aves terrestres que executamas migrações anuais mais extensas conhecidas nasAméricas, cobrindo mais de 20.000 quilômetros, idae volta (fig. 322).

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808. ORNITOLOGIA BRASILEIRA

FAMÍLIA FRINGILLIDAE

PINTASSILGOS e afins: SUBFAMfLIA CARDUELINAE (2)

Os Fringillidae formam uma família tipicamentepaleártica, do Velho Mundo, de onde colonizaram oNovo Mundo, a África, etc. A designação "fringilídeo",foi aplicada à qualquer passarinho canoro granívoro dasubordem Oscines, podendo pertencer a várias famíliase subfamílias de descendência diferente (v. acima sobEmberizidae). Sob o ponto de vista sistemático o nome"Fringillidae" foi usado, até recentemente, para o agru-pamento dos atuais Emberizinae e Cardinalinae da fa-mília Emberizidae.

Os Fringillidae, no sentido atual, estão representa-dos na América do Sul apenas pela subf amíliaCarduelinae, isto é os píntassílgos." Os Carduelinae sãoum grupo grande (mais de 120 espécies) de larga distri-buição na América do Norte e no Velho Mundo de ondese originaram. Destaca-se o canário-do-reino (v. apêndi-ce Fringillidae). Ocorrem cruzamentos com Icterinae (v.Icterinae, cruzamentos 'interfamiliares).

No nosso continente existe um total de 12 espéciesde Carduelinae, todas do gênero , residindo so-

, bretudo no domínio dos Andes, vivendo em parte emaltitudes consideráveis. Os Carduelinae encontraram nosAndes, que podiam colonizar facilmente vindo daAmé-rica Central, um clima semelhante a das plagas das quaisvieram. Chegaram a Terra do Fogo; invadiram tambémalgumas regiões de clima subtropical e tropical.

O gênero Carduelis é bastante homogêneo, tanto namorfologia (há variação na forma do bico, indicandouma alimentação diferente), como na vocalização quetem um padrão típico, reconhecível em qualquer partedo mundo onde existem pintassilgos, seja o Brasil,os Andes ou a Europa. No Brasil existem apenas duasespécies.

A existência da coroinha, , tanto nonordeste brasileiro como no nordeste venezuelano, pa-rece comprovar a extensão contínua do ecossistema dacaatinga (ou paisagens correspondentes) do nordestebrasileiro até a Venezuela, nos períodos áridos pleisto-cênicos, área que veio a ser interrompida pelas emboca-duras do Orinoco e do Amazonas.

Os Cardtielinae seriam o grupo de pássarosgranívoros mais especializado dentre os Passeriformes,que parecem ser originalmente consumidores de bagase artrópodes. O processo de seccionar, adequado para

abrir sementes de dicotiledôneas de casca mais dura, éempregado pelos Carduelinae (fig. 323) sendo mais ela-borada a movimentação; a mandíbula afiada como umafaca, executa movimentos de trás para adiante cortandoo alimento que a ave fixa apertando-o de encontro aopalatino (que possui estrutura diversa), através da lín-gua, ao bico fino e relativamente longo de elis cor-responde uma língua longa e estreita. s alimen-tam sua prole apenas com sementes. Eles não levam ali-mento no bico diretamente aos filhotes e sim engolem edigerem parcialmente no papo as sementes para depoisregurgitá-Ias em forma de papa e administrá-Ias.

É especialmente característico nos Carduelinae (o gê-nero uelis no nosso caso) quando para assustar uminimigo assume uma posição agachada, abrindo as asase mantendo o bico meio aberto.

a

B

d

9

e

b

Fig. 323.Movimentos do bico no preparo de umasemente em representantes dos Carduelinae(píntassílgo,C elis). , modo de cortar: , aspectode lado, c de frente.B, modo de descascar:d, e.].aspecto de frente;g, de lado. A chapa pontilhadacorrespondeàposição da maxila imóvel, as flechasbrancas indicam a direção do movimento da mandíbu-la; a tômia da maxilaédeixada em branco para sermostrada a posição da semente dentro do bico (seg.Ziswiler 1965).

53A outra subfamília, Fringillinae, pequeno grupo paleártíco,àqual pertence o tentilhão, gilI coelebs,um dos pássaros maispopulares da Europa, não ocorre neste continente. ._,

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FRINGILLIDAE 809

COROINHA, PINTASSILGO-DO-NORDESTE,

10,Scm. Pássaro do Nordeste, se distingue dopintassilgo comum por ter apenas o boné negro, sendoos lados da cabeça e todo lado inferior amarelos, como éo uropígio e as coberceiras superiores da cauda; fêmeasem o chapéu preto. gorjear rápido, tilitante. Ceará,Pemambuco, Alagoas e norte da Bahia onde, na décadade 1970, ainda não era rara; também nordeste daVenezuela. Está ameaça da pelo fato de ser muito limita-da sua área de ocorrência. "Pintassilvio" (pemambuco),"Pintassilgo-baiano". Lembra superficialmente ogold

americano, que não vem a estecontinente.

PINTASSILGO, . Fig. 324

llcm. Espécie de vasta distribuição neste continen-te, bem conhecida no Brasil meridional como pássarode gaiola; cabeça e pescoço anterior negros, dorso ver-de, lado inferior, duas faixas na asa e uropígio amarelos;fêmea de cabeça e lado inferior oliváceos, mais facilmen-te reconhecível pelas faixas amarelas da asa que sãoiguais às do macho. "djâ-s", "dsüãr" (chamada);"djãt-djãt" (voando); gorjear fino bastante variado emandamento rapidíssimo, estrofes longas intercalandoimitações de outras aves como

advertência de tico-tico, etc.; canta também em vôo. Temperamento muitoinquieto, sacode as asas e a cauda, vôo extremamenteondulado. Vive na mata secundária aberta, árvores emplantações e quintais, pinhais (regiões serranas do Su-deste, "pintassilgo-dos-campos-de-altitude"), cerrado,etc., nidifica tanto nas copas das araucárias mais altascomo em cafeeiros, aparece nas paisagens mais diver-sas durante suas migrações invernais, depois sumindopor completo. Ocorre no norte e noroeste do continente,muitas vezes em populações isoladas, P: ex. alto RioBranco (RR); ao sul da Amazônia, localmente do Brasileste-meridional e centro-ocidental até a Argentina (pro-víncia Rio Negro). "Pintassilva", "Pintassilgo-mineiro","Pintassilgo-de-cabeça-preta*". Os machos de

e C. são cruzados com a fêmea do"Canário-do-reino", escolhendo-se fêmeas pequenasdeste último. O híbrido obtido, o "Pintagol", é muitoprocurado por suas virtudes como excelente cantor.

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Fig. 324.Pintassilgo, macho.

"Canário-do-reino", "canário-belga", pássaro domes-ticado há mais de 300 anos no mundo todo; é descen-dente do canário silvestre, procedentedo arquipélago das Canárias. Graças a técnicas de cria-ção e cruzamento foi possível produzir inúmeras varie-dades de cor, tipo de plumagem e canto deste pássaro.A facilidade de cruzamento do canário-do-reino com ospintassilgos americanos explica-se pelo fato depertencerem ambos à mesma subfarnília, oriunda doVelho Mundo, ao contrário do "canário-da-terra" nacio-nal que pertence à Emberizinae, subfamíliaamericana.

O "pintassilgo-da-virgínia" ou "pintassilgo-da-venezuela", belíssima espécie ver-melha e negra, é cruzado com o canário-do-reino paraproduzir os canários de cor, designados também por"pintagol", sendo estes férteis. é es-pécie procedente da Venezuela e Colômbia que se en-contra em declínio considerável; o nome "Virgínia" seexplica pelo fato de ter o comércio com estes pássarosestado em mãos de americanos. C. é repro-duzido em cativeiro no hemisfério setentrional comfacilidade; cruza com C. , sendo os des-cendentes férteis.

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810' ORNITOLOGIA BRASILEIRA

PARDAL: FAMíLIA PASSERIDAE (1)

Grande família de Oscines do Velho Mundo (África,Eurásia, Malásia, etc.), aparentada aos tecelões,Ploceidae. Considerada antes subfamília dosploceídeos:Passerinae, abrangendo vários gêneros com um bomnúmero de espécies. No Brasil o pardal foi introduzidoda Europa.

Bico forte e cônico, próprio para esmagar sementes.Comem também insetos, sendo o pardal onívoro. Vozrouca, barulhenta, canto pouco desenvolvido, ao con-trário dos emberizídeos, dos quais diferem também pe-las cerimônias pré-nupciais, pela falta de rivalidade en-tre os machos, por não estabelecer um território em tor-no do ninho (defendem apenas o próprio ninho) e porconfeccionar um ninho coberto, exceção nosemberizídeos.

Movimentam-se sobre os galhos e no solo, pulando;têm tarso e dedos curtos. São gregários, nidificam ge-ralmente em colônias.V também apêndice: SubfamíliaPloceinae (tecelões).

PARDAL, Fig. 325

14,8cm, 30g. O macho adulto se distingue pela "gra-vata" e bico negros e pelo píleo cinzento uniforme, semriscos pretos (ao contrário dotico-tico) que nunca for-ma um topete; bico negro, tornando-se amarelado du-rante o descanso reprodutivo; fêmea ("pardoca") e ima-turo são mais semelhantes ao tico, sendo mais corpu-lentos, de bico mais grosso e faltando o topete; pluma-gem pardacenta, faixa pós-ocular clara, lado inferiorbranco-sujo uniforme, bico pardo. Ocorrem às vezes in-divíduos com penas brancas, existe uma mutação cane-la e uma lutina.

grossa e ruidosa, chamando mais a atenção quan-do se reúnemà tarde no lugar de dormida coletiva.Énotável como nesta última ocasião, o chilrear dos nu-merosos pardais reunidos se ordena num ritmo regular,quase uníssono (v.anu-coroca). Ocorre também forte gri-taria coletiva de dia (v.sob Reprodução). Existe um can-to, embora modesto, em prolongado, em "pia-no", intercalando um pio suave "rrrü-rrrü"; registramosesse canto de machos adultos de bico preto, e de ma-chos juvenis (ex-Guanabara).

o macho corteja a fêmea pulando em tor-no dela, com as asas caídas, cauda arrebitada e gritan-do; essa vozeria chama mais machos e leva então a umaconfusão geral até a fêmea fugir. Consta que os casaisficam acasalados pela vida inteira.

Nidifica, no Brasil, em beirais e outras partes de cons-truções humanas que oferecem cavidades e fendas, ge-ralmente em boa altura. A verticalização moderna dascidades dificulta a acomodação do pardal nas constru-ções e diminui seu número no centro das metrópoles.Écapaz, porém, de achar novas possibilidades para es-conder ~eu ninho, p. ex. paredes esburacadas, no interi-or de lâmpadas de mercúrio e até em armaduras da si-nalização de trâfego ("semáforos"). Aproveita-se depombais. O ninho do joão-de-barro deve ser para o par-dal reminiscência mais sugestiva de uma cavidade emconstruções de pedras (Rio Grande do Sul, SantaCata-rina, Minas Gerais). Instala-se às vezes em ocos de árvo-res e palmeiras mortas ou na base dos penachos de co-queiros, p. ex. da macaúba e na parte superior do fustedo dendê. Ocasionalmente ocupa os burgos de gravetosdo cochicho, que podem acomodaraté alguns casais de pardais (RJ, RS); usa também ni-nhos do joão-garrancho i (MinasGerais). Há, excepcionalmente, ninhos arborícolas so-bre galhos (vistos por nós em Nova Friburgo, RJ), mos-trando uma construção esférica mal arrumada, meio

B AFig. 325.Pardal, d. esticus,macho (A) e fêmea (B).

1

ft

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PASSERIDAE 811

grande e com entrada lateral, sendo tão pouco tecidoscomo os ninhos de dentro de cavidades que ostentamapenas ensaio de um teto. Os ninhos postos livrementesobre galhos podem lembrar o ninho do trogloditídeo

. O pardal, sobretudo o macho,é muito propenso a reunir vultoso material de constru-ção que "empilha" num monte frouxo e desordenado,no que difere inteiramente dos "tecelões", dos verda-deiros Ploceidae (v. apêndice); providencia ricoestofamento com capim, algodão e farrapos, às vezesem tal excesso que chega a sair pelo orifício e entupircalhas, etc.; ata peta o interior da câmara com penas, àsvezes com confete, em tempos de carnaval (ex-Guana-bara). O ninho quente protege o pardal nas regiões friaspara onde também imigrou (atravessou até o círculopolar). O ninho é utilizado mais de uma vez.

Os ovos (4, ex-Guanabara) são densamente mancha-dos, seu colorido varia, às vezes, consideravelmente den-tro da mesma postura. São incubados 12 dias pelo casal.Os filhotes nascem nus (ao contrário dos emberizídeosque ostentam plumas) e são alimentados pelos pais que,no começo, dão a ceva em forma de pequenas bolas, aglo-merando o alimento. Mais tarde, a comida, quase exclu-sivamente pequenos artrópodes e suas larvas, é carre-gada pelos pais no bico. A. Ruschi observou umapardoca que tirou larvas-bernes dos filhotes, comendoalgumas e dando outras como alimento aos filhotes.Quando os filhotes abandonam o ninho, com 10 dias oumais, passam para uma dieta mais vegetariana. Há lim-peza do-ninho pelos pais; os adultos tomam banho tan-to n' água como na poeira. Os filhotes freqüentementeregressam ao ninho paterno para dormir nele duran-te algum tempo. Há várias posturas por período dereprodução.

Sobre os casos em que o pardal é parasitado pelogaudério, há pouca informação,refletindo o fato de que os ninhos dos pardais geralmentenão são alcançáveis pelo icteríneo. Existem registros doRio de Janeiro (1929, 1969 e 1981, Sick 1971), de Rio Cla-ro e de Ribeirão Preto, São Paulo (W. E. Kerr, desde 1962).A situação em Rio Claro revelou perspectivas de vir opardal a ser controlado pelo gaudério. Em Ribeirão Pre-to os pardais reproduziram na varanda aberta -sobre vi-gas do Colégio "Vita e Pax" (W. Engels, nos anos de1973/74); os ninhos dos pardais, visíveis de longe, fo-ram visitados regularmente por gaudérios; o fechamen-to da varanda pôs fim a essa particularidade que pode-ria repetir-se em qualquer outro lugar. Dois filhotes pe-quenos de retirados de um ninho

da graúna colocados experimental-mente num ninho de pardais, foram criados nórmal-mente por estes.

, no é pássaro de cidade,elemento tipicamente sinantropo que se adapta melhorao ambiente das cidades que qualquer outra ave. O cen-

. tro de disseminação do pardal se situa no Oriente Pró-ximo; habita hoje boa parte da região paleártica e da Ásia.Na América do Norte e Cuba foi introduzido já em 1850,na Argentina em 1872. Agora existe da Terra do Fogo eChile até a costa do Peru e do Equador, além de Colôm-bia e Bolívia. No Brasil chegou quase ao equador.É van-tagem para a irradiação do pardal, neste continente, ofato de que, ao contrário p. ex. da África (onde foi tam-bém introduzido), não existem congêneres de exigênci-as bióticas semelhantes: o pardal encontrou aqui um "ni-cho" aberto. Foi também introduzido na Austrália.

Dis no Consta que o pardal foi intro-duzido no Rio de Janeiro em 1906 por Antônio B. Ribei-ro, que trouxe de Leça da Palmeira, Portugal, 200 indi-víduos, para soltá-Ios no Campo de Santana, tendo aaprovação do prefeito Pereira Passos; alegaram colabo-rar com Oswaldo Cruz na sua campanha de higienizaçãoda cidade pois os pardais eram considerados inimigosdos mosquitos e outros insetos transmissores das enfer-midades que então grassavam no Rio (Sick-1971).54

Na subseqüente expansão dos pardais pelas terrasdo Brasil houve também muita transferência proposita-da, tanto com o intuito de ser solto no novo destino, comopara negociar com esse pássaro que era desconhecidopara a população do interior.

A ocupação do país pelo pardal é portanto um pro-cesso mais artificial do que natural. Decisiva foi a cons-trução de estradas, sobretudo após a fundação de Brasília(1957)55e o subseqüente aumento de tráfego. Antes des-se_desenvolvimento moderno, a disseminação do par-dal seguiu sobretudo as poucas estradas de ferro exis-tentes e também os rios como importantes caminhos decomunicação no interior. Vimos em Pirapora (1973) comoo pardal viaja nas grandes embarcações, na parte minei-ra do rio São Francisco, como passageiro clandestino; épossível que assim tenha alcançado Petrolina e Cabrobó(Pernambuco, 1971) na margem setentrional deste rio.Existe em Alagoas e Rio Grande do Norte. Foi levadotambém de navio de um porto ao outro na costa. Ape-nas assim pode ter alcançado Belém (Pará), o que se deuhá 40 anos; mais recentemente.foi transportado p. ex. deSantos (SP) para Recife. Não falta absolutamente inicia-tiva própria no pardal para conquistar novas áreas; apa-

.') "'--

54 Consta, outrossim, que foi Garcia Redondo que mandou vir pardais da Europa, considerados "muito proveitosos, sendoinsetívoros por excelência" e soltou-os no Rio, em setembro de 1907. Ainda em 1964 foi recomendado por um grande jornal doNordeste "importar pardais para embelezar os parques e jardins!' e para liquidar com as "lacerdinhas" que infestam praças. Outrojornal do Nordeste, sob o tema Ecologia, apresenta o pardal como "mau caráter".

55A citação de ano, neste capítulo, se refereà data na qual o pardal foi registrado por nós ou por nossos colaboradores norespectivo local; em muitos casos ele chegou ali já antes.

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812. ORNITOLOGIA BRASILEIRA

rece p. ex. em fazendas distantes de núcleos urbanos,como registramos no Rio das Mortes e no Pantanal (MatoGrosso).

Houve também outras introduções da Europa, p. ex.da França, tratando-se sempre da raça típica

Uma das regiões mais densamen-te povoadas pelo pardal neste país é o Rio Grande doSul onde a ocupação se processou entre 1910 e 1923. EmBelo Horizonte (Minas Gerais) o pardal já era comumem 1912,tendo sido levado para a cidade recém-fundadamesmo antes de 1910; para Uberaba veio em 1930, paraPoços de Caldas em 1934. Em Mato Grosso o pardal pe-netrou vindo do Paraguai; em 1925 já se aproximava dascabeceiras do Araguaia. Em Cuiabá, ponto central geo-gráfico do continente, apareceu apenas em 1952 e, nomesmo ano, no Rio das Mortes (Araés, MT), em 1954em Aragarças (Goiás). Vinte anos mais tarde tinha ocu-pado todas as microrregiões de Goiás, sendo a regiãomais densamente povoada, a de Goiânia; de 157 questi-onários enviados às prefeituras municipais, foram rece-bidos 156 com respostas positivas, afirmando a presen-ça do pardal; apenas um teve resposta negativa (Lemos1976). O pardal atingiu também o alto Xingu (MT, nú-cleo Fontoura, 1972, W Bokermann), ligado desde al-gum tempo por uma estrada com a região do rioAraguaia. .

Foi introduzido por diversos particulares em 1959em Brasília (Distrito Federal) e, acompanhando a estra-da Belém-Brasília, já chegou a Marabá (Tocantins, Pará,

"onde nidificou em 1964), Estreito e ltinga (divisa Mara-nhão/Pará, 1973, a 450km ao sul de Belém); foi registra-do também em ltupiranga, Pará, ao norte de Marabá(Smith 1974):

Uma implantação do pardal em Belém (PA) por vol-ta de 1928 fracassou. Indivíduos nascidos à beira daBelém-Brasília talvez possam ser previamente adapta-dos, para agüentar melhor o clima equatorial do quepardais trazidos do sul, soltos em clima amazônico. Emdezembro de 1977 encontramos o pardal em CapitãoPoço, PA, e até em Salinópolis, PA (na costa, ao norte deBelém, 70km ao sul do equador). Finalmente em novem-bro de 1978 o pardal foi registrado em Belém (Smith1980), alcançando essa área, subespontaneamente, vin-do do leste (Zona Bragantina) e não do sul, ao que pare-ce. Em 1985 estava bem estabelecido em Belém (F. C.Novaes). Em 1982 pardais foram encontrados no Colé-gio do Carmo, Balbína, rio Urubu, perto de Manaus,Amazonas. Em Manaus mesmo foi registrado apenas em1987. [No Amapá, existe em pequeno número na capitalMacapá e na vizinha cidade de Santana, janeiro de 1994

. "(f.'"F. Pacheco, C. Bauer).]

Embora levado para Vitória (Espírito Santo) já em1928, demorou em sua expansão ao norte do rio Doce,Córrego Bley em 1959. Apenas em 1969 foi encontradona Bahia (Potiraguá), em 1971 também em Jequié eItabuna, outrossim em Vitória da Conquista (1973), XiqueXique (1974), Governador Valadares (1961) a outras ci-

. dades (A. G. M. Coelho). Achamos o pardal em Barrei-ras e Formosa do Rio- Preto, noroeste da Bahia, em 1974(fora introduzido lá já há alguns anos). Hoje se encontraem quase toda parte do Recôncavo Baiano. Sobre suaintrodução na cidade de Salvador recebemos apenas re-centementeuma informação positiva (1981,J.Davidson).

Existe pouca documentação sobre a introdução dopardal nas ilhas oceânicas brasileiras. O pardal aindanão apareceu em Fernando de Noronha (informes re-centes de janeiro de 1990). Na mesma época também ailha de Trindade a presença do pardal foi negativa; pa-

- rece que lá houve um registro do pardal em 1984.Foi uma grande surpresa encontrar pardais no Atol

das Rocas, ilhas sem água potável (250km do continen-te, 150km a oeste de Fernando de Noronha), em marçode 1971, observando-se um casal junto às ruínas da casado faroleiro, c?m a plumagem em péssimo estado. Con-seguiram sobreviver, oportunistas que são, comendopequenas beldroegas-da-praia (Portulacaceae?) e pul-gões-da-praia (minúsculos crustáceos). Reproduzi-ram-se e dez anos depois (1985) foram contados 16indivíduos, aparentemente em estado razoável desaúde (P. T. Z. Antas). .

Os pardais devem ter chegado lá como passageirosclandestinos, procedentes de Natal, Rio Grande do Nor-te, onde estão ac1imatados. Em fevereiro de 1990 foramregistra dos ainda, em número reduzido (P T. Z. Antas).

A umidade excessiva é fator lirnitante para a exis-tência do pardal, como sabemos p. ex. da África. Foi re-gistrado no Brasil que os temporais causam a mortan-dade de pardais (ex-Guanabara, Rio de Janeiro, São Pau-lo), assim como a chuva de granizo (Nova Friburgo, RJ)

. que é um acontecimento raro neste país.Por curiosidade mencionamos que um pardal morto

foi achado na ilha King George, ilhas Shetland do Sul(Antártica) em janeiro de 1984, provavelmente um pas-sageiro clandestino de avião (M. Sander).

, os ninhosde pardais podem abrigar o barbeiro, transmissor da do-ença de Chagas. Recentemente (Forattini 1971) foramencontradas ninfas do barbeiro, s did , afixa-das nas penas de pardais em São Paulo. Foi registradono Uruguai que o percevejo i queocorre nos ninhos do joão-de-barro, se instala em ninhosde pardais.

O pardal é um dos poucos Passeriformes brasileirosnos quais foi confirmada a presença de gondii,micróbio causador da toxoplasmose (Giovannoni 1954)v. também sob pombo. Os pardais poderiam ser disse-minadores do vírus da peste aviá ria e da doença deNewcastle. Nos seus ninhos vivem muitos ácares.

Num único filhote de pardal, no Rio, foram encon-tradas 18 larvas de berne-de-passarinho sp.)que aparentemente foram a causa da morte do pássarojá saído do ninho. O total das larvas pesou no final1,5g,mais de 10% do peso do filhote (14,5 g). As larvas quehaviam se instalado nas asas, pernas, dorso e regiões

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PASSERIDA~ 813

malares da avezinha, abandonaram sua vítima, cevadapelos pais até a última hora, logo após da sua morte(LP. Gonzaga).

todos estão de acordo sobre os prejuízosque o pardal causa nas hortas e pomares, danificandosementeiras'e as culturas de milho, arroz, mudas de ár-vores, etc., quando estão brotando. Além-mar o pardalseguiu o cultivo do trigo, na América acompanha asculturas de arroz e milho, além de seguir a criação deanimais domésticos como a suinocultura.É extraordi-nário como o pardal descobre sempre novas fontes dealimento graças à observação atenta, verificando logose há vantagem de um novo prato. Aprende p. ex. a be-ber nos vidros alimentadores para beija-flores, agarran-do-se nos bicos dos frascos. Está entre os fregueses re-gulares dos cocos da palmeira dendê. Descobriu se-mentes de essências florestais depositadas em caixas(abertas) dentro de compartimento fechado, acessívelapenas pelo beiral do telhado (Rio de Janeiro, J. Lanna).Revolve o solo com rápidos movimentos laterais do bico(o tico se utiliza das pernas) para tirar alimento escon-dido pelo vento ou chuva. Consta que pardais devora-ram uma saca de arroz num armazém (não foram aju-dados por ratos?), para citar mais uma estripulia (Mi-nas Gerais). Costumam também procurar restos de co-mida nas latas e montes de lixo.

Em compensação destroem insetos em quantidadesconsideráveis durante o tempo da reprodução; incluin-do insetos nocivos, como piolhos-de-plantas,lacerdinhas, lagartas e aranhas. Apanha às vezes cupinse formigas em revoada e pequenas borboletas, manten-do-se em vôo por algum tempo. Aproveita-se ocasio-nalmente da ação das formigas-de-correição pegandoartrópodes em fuga (ex-Guanabara).

Baseado num questionário distribuído em Goiás, Le-mos (1976) concluiu que: (1.) o pardal causa danos à agri-cultura e à horticultura, (2.) o pardal tem preferência peloarroz, seguindo-se o milho, hortaliças, grãos e frutas,(3.) o pardal contribui para a limpeza das cidades, ex-terminando insetos e alimentando-se de resíduos e li-xos das casas.

Nos EUA foi pesquisada a alimentação do pardal ba-seando-se no conteúdo estomacal de 8.004 indivíduos:19,64% útil (sobretudo ingestão de insetos daninhos),24,78% neutro e 55,58% nocivo à economia humana. Acomida dos ninhegos foi de 59,38% útil (Kalmbach 1940).

Outra acusação é que o par-dal afugenta pássaros nacionais. Isto é verdade no casode espéciesque possuem modo semelhante de nidificar(instalação em cavidades de construções humanas),como canários-da-terra, andorinhas e cambaxirras. Foivisto perseguir um joão-de-barro, em vôo, bicando-o nacabeça. No mesmo local o pardal não enxotou ojoão-de-barro do seu ninho o que foi feito, porém, por umcasal de tuins (M. I. Ferolla). Vimos em Goiás opardal expulsar pássaros residentes em coqueiros (1959).A fêmea do pardal é mais agressiva do que o macho.

Não há tal competição entre pardal e tico-tico pois estetem outras exigências para instalar seu ninho. Um tico-tico é, por temperamento, mais agressivo do que o par-dal e costuma afugentar o intruso se este não chega embando. Vimos até um tico novo, alimentado ainda pelospais, enxotar um pardal e urna pombinha do comedouro.

, A acusação de que o pardal expulsa outros pássaros docomedouro é verídica quando p. ex. alguns pardais des-cem ao solo onde os canários-da-terra se alimentam.

A simples presença de pardais, sua gritaria e suasatitudes petulantes ameaçam e incomodam outros pás-saros e podem acabar por afastá-Ios de vez, à medidaque o número de pardais aumenta. A quantidade depardais existente num certo local é melhor indicada pelaalgazarra que fazem antes de dormir, nas copas cerra-das das árvores. Ali às vezes o gaudério junta-se a eles.O pardal possui grande potencial biótico e, numerica-mente, passa por ser a segunda ou terceira ave do Mun-do; a ave mais numerosa é a galinha doméstica, vindo aseguir o estorninho, is, outra espécie in-vasora. O pardal foi capaz de multiplicar sua área dedispersão no mundo, durante cem anos, aproveitando-se do homem como quarteleiro.

, longe entre os inimigos naturais do par-dal, que não são poucos no Brasil, estão ratos, gambás(Didelphis sp.) e possivelmente vampiros(Des

que habitam os mesmosforros de casas e igre-jas. A suindara apanha pardais no local dadormida coletiva nas árvores. Os ninhos dos pardais sãoàs vezes saqueados pelo anu-branco e pelo chimango

o Rio Grande do Sul e Chile).É raro ogaudério ou chopim descobrirem o ninho do pardal parapôr seu ovo, contribuindo para a dizimação desse in-truso. Nos quintais move caça aospardais. A mortalidade de indivíduos no seu primeiroano de vida é muito alta (45 a 70%, calculado na Euro-pa). Foram registrados pardais de cinco, sete e 13 anosde idade no seu hábitat natural na Europa e em cativei-ro foram até 23 anos.

Os métodos de combate ao pardal encontram as maisvariadas dificuldades, a começar com a inteligência des-se pássaro: o pardal está sempre atento e desconfiado,nunca se torna manso. Percebe imediatamente quandoé perseguido e some. Essa atitude levou o pardal a umsucesso incomparável no mundo das aves: resistir a qual-quer perseguição e ocupar sempre novas áreas.

O meio mais eficiente de combate, o emprego de tri-go envenenado, envolveria a matança de tico-ticos, ca-nários e outras aves granívoras, ameaçando também cri-anças e animais domésticos. Empregam-se no hemisfé-rio setentrional meios sonoros: transmissão por alto-falante de gritos de pavor e de alerta, gravados em fitasmagnéticas quando era mostrado um gato a um bandode pardais engaiolado. Mas, assim, os pardais são ape-nas transferidos para outro ponto. Solução elegante se-ria o uso de um antifertilizante adicionado ao trigo ofe-recido aos pardais como alimento, método aplicado em

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814 ORNITOLOGIA BRASILEIRA

pombos nos EUA: os indivíduos atingidos põem e incu-bam normalmente, mas os ovos não eclodem. Esse mé-todo, porém, implica em inconvenientes semelhantes aodo trigo envenenado: de eliminação de outros pássarosgranívoros e o custo elevado. Restam, portanto, os mei-os simples menos drásticos: extirpar ninhos, ovos e fi-lhotes e capturar ou afugentar os adultos, tudo isso,porém, sem ajuda de crianças. Achamos prematuro pro-mover urna "Semana de Combate ao Pardal", corno foiproposto em1972,visto que a população freqüentementeconfunde o pardal com outros pássaros, corno o tíco-tico.

O pardal foi posto pelo Ministério da Agricultura(portaria n°1 de 5-1-1957) na lista de animais nocivosdeste país, figurando em primeiro lugar, seguido pormorcegos hematófagos, ratos e cobras peçonhentas, etc.Essa atitude foi comentada, em1965, pelo saudosoVivaldo Coaracy:"Não haverá nisso muito preconceito,talvez até um pouco de xenofobia, por ser o pardal aveimportada?".

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muda)

O pardal já se tornou inexterminável. Assim sen-do, vamos pelo menos alegrar-nos com a bonita apa-rência deste pássaro e não nos esqueçamos de quenós mesmos o introduzimos de além-mar. "Pardal-doméstico?".

Os "tecelões", membros da subfamília Ploceinae, sãocriados em viveiros no Brasil, p. ex. a viúva-do-paraíso,

(v.Tyrannidae, sob . Nãoocorrem em estado selvagem neste país. Alcançam umgrau de perfeição na construção do ninho que dificil-mente é atingido por outras aves. A aparência dos ni-nhos dos tecelões lembra remotamente os ninhos debolsa dos icteríneos nacionais, p. ex. o guaxe. A nidi-ficação dos Ploceidae é, portanto, muito diferente da dosPasseridae aos quais pertence o pardal.V. tambémEstrildidae .:

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~II

III

--I

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ESTRILDIDAE 815

BICO-DE"'LACRE: FAMíLIA ESTRILDIDAE (1)

Oscines do Velho Mundo (África,Austrália, etc.) quesomam cerca de 120 espécies; uma delas, o bico-de-Ia-cre, foi introduzida no Brasil. Aparentados aos Ploceidae.O parentesco com o pardal é reduzido.

São geralmente pássaros de porte franzino. O distin-tivo morfológico mais proeminente são as protuberân-cias branco-resplandecentes na base da maxila e da man-díbula dos filhotes. Essas partes refletem a luz, apare-cendo como fosforescentes no interior escuro do ninho(que é fechado, com acesso pequeno e lateral), orientan-do os pais na localização das cabeças dos filhotes quan-do queremcevá-Ios (fig. 326). O interior da boca, princi-palmente o pala tino, dos filhotes ostenta pontos e linhasnegro-azulado, vermelhos, etc., conforme a espécie. Asprotuberâncias secam depois que os filhotes deixam oninho mas permanece o desenho na boca. A plumageme o bico dos adultos têm colorido vivo.

BrCO-DE-LACRE, Pr. 39,9

10,7cm, 7,5g. Pássaro campestre gregário, porte se-melhante ao dos papa-capins. Cauda relativamente lon-ga e larga, bico e máscara encarnados (bico como quelacreado). Os sexos são parecidos, crisso e coberteirasinferiores da cauda negros no macho, pardo-escuros nafêmea; imaturo de bico negro, quase sem a ondulaçãoda plumagem. "tzã, tzã, tzâ" (chamada); o canto éuma estrofe curta, estereotipada, repetida algumas ve-zes: "gli, gli, dâ-hía".

Fig.326.Bico-de-Iacre, filhote de novedias, mostrando asprotuberâncias resplandecentes naboca. Desenho de Raul Garcia (seg.uma fotografia deJ. Nicolai).

, -

gosta de capim alto, sementífero como o"colonião" ou "murumbu", variedades de

gramíneas introduzi das da África, como opróprio "bico-de-lacre", que vem da parte meridionaldo continente negro. O adulto vive exclusivamente desementes desse capim. Bebem "sugando", semelhanteàs pombas.

Associam-se em bandos de meia dúzia ou mais. Ig-noram emberizíneos como coleirinhas quando se encon-tram nos capinzais à procura de sementes. Não há, por-tanto, conflito com pássaros nacionais. Apesar de seremoriundos de clima extremamente quente parecem nãoemigrar por ocasião do inverno de regiões como SãoPaulo (capital) e Porto Alegre (RS); devem passar entãoa alimentar-se de modo diferente. Ocorrem deslocamen-tos, pois desaparecem depois de terem criado os filho-tes e após o término da frutificação dos capinzais locais;os bandos aumentam e diminuem periodicamente. Cons-ta que em Brasília desaparece no período seco.

o macho canta em frente à fêmea,genufletindo e agitando a cauda para os lados, às vezessegurando no bico uma panícula de capim cortado, ce-rimônia que pode ser interpretada como ritual de cons-truir o ninho. O canto das Estrildidae é parte integrantedas cerimônias pré-nupciais, não sendo usado paraanunciar e defender um território; os machos não seagridem. O casal constrói em conjunto em arbustos fe-chados, inclusive buganvílias e cercas vivas; o ninhoéesférico ou oval, de paredes grossas e resistentes, que

.. não são tecidas, sendo compostas de hastes de capim(as mesmas espécies de gramíneas das quais se alimen-ta) e algumas penas de galinha ou algodão. O ninho éacessível por um tubo estreito, redondo, protegido porum toldo dirigido obliquamente para- baixo que dificul-ta achar a entrada.

Constrói às vezes um pequeno sobreninho frouxo deparedes finas e entrada lateral larga, visível de longe,servindo como base o teto plano do ninho de baixo {figo327). Podemos facilmente convencer-nos que esta cons-trução adicional é um ninho fictício; que atraiaatençãode qualquer observador, portanto, também de um pre-dador perigoso, desviando do acesso verdadeiro queconduz à câmara incubatória. Consta que o macho de

que na África constrói também umsobreninho, usa este às vezes para dormir à noite. Omacho do nosso bico-de-lacre costuma dormir no ninhode baixo, junto com a fêmea; v. também sob

. O bico-de-lacre preparq às vezes uma entrada su-perior do ninho, bem no ápice do mesmo; tais ninhossão abandonados pouco depois. Alguns ninhos podemunir-se parcialmente. Há ninhos pequenos oviformesmal acabados, servindo, como parece, apenas como dor-mitórios. Ovos (3 minúsculos) branco-uniformes, cho-cados pelo casal durante 11 dias. Os filhotes não pedín-

.I

!nI

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816 ORNITOLOGIA BRASILEIRA

cham alçando-se verticalmente, ma-ssim de pescoço dei_otado, virando apenas a boca para cima ostentando dese-nho característico (v. Morfología): são alimentados pe-los pais com pequenas bolas, regurgitadas e transferi dasnum processo prolongado. Tais bolas contêm durante aprimeira semana insetos. Costuma reinar perfeita lim-peza no ninho (o ,.que não vale sempre para o gênero

Os filhotes ficam um longo tempo no ninho(17 a 19 dias).

no Segundo vagas referências foitrazido para o Brasil em navios negreiros durante o rei-nado de D. Pedro L Certo é que, por volta de 1870, JoséTorreRossmann soltou bicos-de-lacre em vários luga-res do interior de São Paulo.É provável que algum tri-pulante tenha trazido a espécie diretamente da África a

- Santos, onde o pai da citada pessoa era um grandeship(A. R. Carvalhaes). Entretanto o bico-de-lacre

foi levado a outros estados, pois sua distribuição é ain-da menos espontânea do que a do pardal, devido a suacapacidade de vôo ser mais reduzida. Existe apenas nosarredores de algumas cidades.

Por volta de 1918 já vivia solto em Lins de Vasconce-los, em 1924 não era raro em Santa Teresa (ex-Guanaba-ra); existe hoje também em ilhas da Baía de Guanabara.Ocorre no Rio em vários lugares, como Niterói ePetrópolis. Em Vitória (ES) apareceu em estado livredepois de 1940, em Salvador (BA) apenas a partir de1953. Em Recife (PE) o vimos em 1967, e no mesmo anoem Manaus (AM) para onde foi levado de avião. No .Nordeste (Pernambuco) o nome "bico-de-lacre" é usa-do para designar um rato silvestre local,

Em Brasília (DF) ocorre desde 1964; de umgaiolão com 100 indivíduos escapou a metade. Foi in-troduzido em 1968 em Campo Grande (Mato Grosso), éencontrado também em Minas Gerais, p.ex., Nova Lima(desde 1950) e vários outros lugares, como Belo Hori-zonte (1967). Foi registrado em Londrina,Paraná,1973e solto em Florianópolis (Santa Catarina) entre 1928 e1930 por Adolfo Kínder, de lá conquistando a costa docontinente adjacente. Em Blumenau apareceu entre 1940e 1945. Ocorre em Porto Alegre, RS, introduzido antesde 1965, quando foi trazido de Santa Catarina. Visto pelaprimeira vez em Belém, Pará, em 1977 (F. C. Novaes)."Beijo-de-moça" (Minas Gerais). "Bico-de-lacre-co-mum"". Introduzido na Ilha da Trindade.

Immelrnann, K. 1968.J. Om. 109:284-99.(vocalização)Oren, D. C.& N. J.Smith.1981. 93:281-82. ,

Amazônia)" _Sick, H. -1966. Cienc. 38:169-71. (identificação,

ocorrência).'

f-----12.5 em ------1

Fig.327. Ninho do bico-de-lacre, Acimado ninho principal foi construído um pequenosobrenínho, servindo, provavelmente, ao macho paradormir. Rio de Janeiro, janeiro,1982.Original, H. Sick.

espécies, Continua a ser ven-dido e, possivelmente, tem havido novas introduçõesde além-mar. A espécie forma diversas raças geográfi-cas na África que se misturam em cativeiros. Há .umaoutra espécie, (antigamentebem parecida com porém de coberteirasinferiores da cauda brancas e de retrizes externasmarginadas de branco; é também vendida no Brasil,porém mais raramente do que por en-quanto parece não existir em liberdade neste país.

Existem outros estrildídeos, oferecidos no comércioe reproduzidos em cativeiro no Brasil, não ocorrendoaqui em estado selvagem. São freqüentemente de colo-rido esplêndido, como o Diamante-de-gould,

de cauda pontiaguda, da Austrália. Represen-tante grande, de bochechas brancas e bicão vermelho, éo calafate, pada ou pardal-de-java, , do-mesticada durante os séculos, como o canário-do-reinoe o periquito-da-austrália.

Voss,W.A. 1979. , s , NovoHamburgo,RS)*

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1

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'--'!!

I

~1

1

Page 86: Ornitologia Brasileira - Helmut Sick 2ed-04

1 !

Índice de Espécies

,!.'

NOMES CIENTÍFICOS

I

I'II,I

nsis 236nopt 236

n s dis 236235

.. 236e 236

235236

s g 575c 242

ing g 196367

odo cinthinus 366o nchus le 366

337ous stolidus 337

ollis 458'c gul 458

co ende 713712

nthus 712lutescens 712

nthus e i 713ophi g e t 645

n 574o s st neiceps 298

o o s 462onicus 187

368opte 368

couloni 369368

se , 369c n 297c s 298

es gle 297ides c 297ides e 297

g un 290g 370

371g ct 371g 370

pe 371g sols is 370

ddellii . 371

Accipite 249ccipite e 249cipite 250c 249

574319404

. o 430207797

g 797797

g thilius 797j 216

c s 623623

idon 681297777

i 462chionopectus 462

462i 462

462i 462

i 462378379

o 378o 378

378379

e 378379379377378379378237799765765576

nops [uscus 576n cui 236

Page 87: Ornitologia Brasileira - Helmut Sick 2ed-04

838. ORNITOLOGIABRASILEIRA

cine 204""'cocoi : 204pu u 204

/loides 207i 319

778nus 778

t 778l l 622

io ,404404

thenes b 568hudsoni 568

thenes l e 568n nit 251

t lot iccus pil ~ 611I tes 778t t 681

l 681til 625

ci 625l 625

tt ph 625l rufus 625

ttil sp us 625l llus 463

u scut tus 463/ 499

u nchus us 499lus dó 577

to olus infuscatus 577t lus leu us 577i lus l 578i lus och l 578t us 578

olus ubiginosus 577lus us 578ul u 458

Bloni 501

l 321us 478

ihengus 477ute us bi t tus 722

ileute s cul us 722leut I lus 721leut us leucobl 722

l 722533575

us 535209

ul 481l is 481

374is cb t 375

ot is 374ot is nct 375otoge s ti 374ot is ico s 374

ubo gi us 402ubulcus ibis 205ucco is 487

lus 486487326

. ................ .......... 252eo 250

o .. 250251251251251253252

/lus u 254Buiorides 206

cC ce 794

cicus 795C cicus 795C us solit 795

237C 321

320C 320

320C 321

320320320

o ............... ................................464leucoph 236 .

c 181t 663

leucopogon 517C leucos 517

ilus 517517

o 603h 4~6

C 456589

C 589is 589

l 692C 691C o 491

491

~~~:~~~~%;;::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::: !~~419

C lgus 419C hi 420

lgus 418419

C nig escens 420C i uulus 420

ulgus rufus 418418

C t 419610

l 809C 809

. 305661662781781

Casiornis u 625C 625

204777329

tes 224s ., 224

I'1

Page 88: Ornitologia Brasileira - Helmut Sick 2ed-04

íNDICE DE ESPÉCIES 839

_ t tes I b otos , 229:.fuscescens : ., :<~ - . , .... 703

C 704th us us tus 703

C t 319CeIeus 514CeIeus 514CeIeus I 515

/ Celeus 514Celeus lugub 514Celeus spect lis , , 515Celeus to 515CeIeus 515

l o tus 666ibis 213

C i 543Ce 544C 543

544C l 544Ce co 544

i 544Ce nig escens 544

544t 544

t is 571C i is l 571

le 474,.., , ,.., , , , 430

430429

ci 429Ch 429

pel 429430550

C , 550nobilis 550

550c 316

316us 316us 316

itosp 778u t 242

Chelidopte 489Chionis 328Ch 646Chiroxiphia 645Chl 335Ch/o estes not tus 460

le 475474

le 474, 475

Ch/o 749Ch/o 746Ch/ u 650

460Ch/ isugus 460

unci 248Ch les iipennis 417Cho eiles no .. 417Ch deiles pusillus 417Ch deiles upest , 417Ch les li 417

/ is osquitus 458Ch oenone 461

403,.., , 404

--

Cich/ l -8__Cichlopsis 703

g 219Cinclodesfuscus : , 565Cinclodes 564

255, , 256

Cissopis 737pl , 692

C/ 348Ç/ is 348

l toides 574C 537

462fuscatus " , 617

Cnipodectes , 614C 387

387C h us 387

387387387388

C cochl 210Coe l 725

513C os 513

513457

C de , , , 457se 458

Colinus ,..,.. , ..,..283colonus , ,..,.. .. 622

ennensis , 345, , 345

344345345

Columba plumbea , 346,.. 345

346C 347C i ,,347C 347

picui 348C / 348Coniopti/on 663Coni 750Coni 751

specios , 750629628

C pe 556, , 556

C l 556556

, 556g 556

736Conoth 736Coniopus ,617Contopus 617Contopus 617

, 617Coniopus 617Contopus ens 617C 224C 648C 779

..................................... 574

t

I

II

Page 89: Ornitologia Brasileira - Helmut Sick 2ed-04

840' ORNITOLOGIA BRASILEIRA

779phospingus 779

610610235662

C 662662662

t 299coiumix 285

572c g 572

C e e 572- nioleuc obs 572

c 571572

i 572572572

ecto 281280

sc 280280

o g 388389

e 165164164

cine 163164164

noc 164obsoletus 163

ellus 165soui 163

C 165Crvpturellus taiaupa 165

163164

Culici 607800

es s 750eus 750

niiidus 749743685686686

o ellus 686685

o gon , 687686

noc 686spi 368

c ensis 715gnus e c 235

s 533Ç 533

694oides 429

phelpsi 429lus 429

428g 736

DD lbi ent is 749

n 749

. . i ,D ~l.s l ente 749D nie l ne 749D nis nig es 749

iion c ense 180s e s 264

D 264Dec c longic ud 585Deco sticto e 585

ig 586De oci 584

cl 585De ocincl 585De ptes i 587De ocol ptes ho nsi 587De oco 587De ocol ptes s 587Dend c g n 234

oc bicolo 234Dend idu 234De 723Dend oic sc 723Dend oi 723Dend i i 723De c s 380Di cinct 540

.g;~;~~~:~~~~~.:::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::~~~D e c ut 176Dio chlo nchos 176Dio ed sosto 176

o 176Dio ed ul ns 176Dio ede e 176Diopsit nobilis 369Discosu longi 459Diuc diu 766Do/ichon o o us 805Dolospingus ingilloides 777Don bius c 692Do osp 766D jo 452

o ococ p oninus 390D ococc p i nellus 390

- o d illei 543hi e gin 542

o genei 542phil 543

D phil oc o g 543D op . 542D ophil 543D nis 585D ocopus g e 515D ocopus line 515D sith us lis 537

537D s stictotho 537

s opt s 537

..

EEg ett c e 205.Eg ett thul 205Ete colo 205E eni lbiceps 605El n c quensis 605El ni ist t o 605El n g te 604El esoleu 605El ni 605

eni p e ~ 605

Page 90: Ornitologia Brasileira - Helmut Sick 2ed-04

íNDICE DE ESPÉCIES 841

-

e s ...... 605pe eiei .~.~ 605

e 604605604

s 247Elanus le 247

c 477Eleot 420

c 769oides 769

e g long 769pl tensis > 769

illii 617Empidonomus 629

815Eubucco oni 491Eubucco 491

s penic 739Eudoci e 213Eudromias llis 316

s 188ophus 187

Eupeiomena c o 456Eupho 746Euphonia 745

chlo otic 744Euphonia 745

. Euphonia 745Euphoni inschi 744Euphonia s 745

745Euphonia 746Euphoni 744Euphonia 745Euphonia 744Euphonia g e .. 745Eu he 304

e 608608

Fus 268

de eucus 267e 268pe g nus 265

lco 268268

o 457621

c nenge 622c pic 621

, 551o i ús 551

ic 551c s 542

o 541ihe gi 542lit s 542

ste 542, 541

í .. . 542374

sc 374o gius 374ede e unduli 534ede 534

t l ~ 200cens 198

G

eg ~ ,~ 199g :.;184

ege o 184i 300

i le 301Fulica ns 301

us ci oides 179us igulus 566

u leucopus 566567

rufus 565Furnarius 566

leucotis ~ 481481

to 482G lbul i 482G lbul c 483

ens 482nicollis 481

de 483482

G lb leucog 482482

p gu i , 322in go undul 322inul chlo 300

g esiicus 284o su nsonii 247

Gelochelidon nilotic 335Ge tes poec 564Geositt cunicul 564Ge e 721Geo gon 349Geo gon 349Geo gon ce 349

tus el noleucus 250scens 256

.. 327Cl 403Gl uc~d~ . 403

ucidi minutissimum 403Gl cis do nii 453Gl ucis sui 453

o chus u 585Gno chopi 800G eludens 552

i gu lensis 552551

n ellus pel elni 721s s s 376

se io oc 629Gu g oub 369Gube c st t 779Gub net~s 624

gUl 389571

gis 337G odents 667G o c 797

it s leuc pis . 548nopi s gul 548

G s s l ini 548

HH i bi 741H tode s is 664

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ORNITOLOGIA BRASILEIRA

nt topus ~ 310/ e ;0 ::.: 181

uni 766248

diodon 248pi 254

254464

Helico/estes ius 249Heliob/etus 578

463Hel 463

u 464464464

Hel 302Hel 464

llis 738gui 738

l 738diops 611

612611

i 612612612612

iccus 611iccus 612

612H , 612

nidipendulus 611iccus obso/etus ,..611

t 611i 611i 612

/ 693262540541541

l 541l pil 541l us 541

He 540stict 541

541t 651

lint 651239

/ 619niopus 325

624682682315

lis n 420H is.c/ 420

d 586tii 586

/ t 587t un is 586

h ch su 461H is s 461

is 461, 578

575o be 552

552552

, .. 552 - ../us 717

nneiceps , 718/ophi/us h 718

717eiceps 718

i/us is 717poici/otis 717

717717717549549549

enops 621546546546546533

,.. ..

I--

IIcte 796

796796796

ippiensis 249248'648

i 606606663663663208209

J220

t 481483307

K, 620

620hudsoni 621Iophotes 619

620620620620

st 621

L801737660739739

e 626us t ic 334

belche 333334333

c .. 334

Page 92: Ornitologia Brasileira - Helmut Sick 2ed-04

"íNDICE DE ESPt:CIES 843

ipennis 3:14.pipi 334lus lis 298/us 299

llus 298llus 299

t 298299298

eule í 617629798

tes , 798e i 589

588588

l 588588

t pl 568567

t 568248608

t l 349349619

cus _ 461l is 461

u 251252

.ÇQl l 252~ 252

t pol 252252

g iseus 322cu ost is 567

ti t 567322

l 322t 523l 664

664664579

ch l 459gouldii 459

nis 459o 459

in 459t 402

eulophotes 610t iccus l 610t 610

u 417

M649650

nis 624534

en s 534l i 801

gig nteus 179tes h lli 179lis 420l 488

488488487

. , ..... .. .. .. . ~ . .., .... ...... 648e .... . ......4.: 605

628537579516516

c 515ons 515

523457238524524

is nsis 213h ls 574

Ilis 263dol/ei 264l/is 263

263tes 696

694694694488299541

i 264265709709

. 709. lli 608

608608739281282281801802

ll is 801478488489488488254192624

c l 619219627627

l 627627616

, 616721

ius 721629

us ...................... ...... , 629604

l 604604

i s 604i 616

616373610

Page 93: Ornitologia Brasileira - Helmut Sick 2ed-04

844. ORNITOLOGIA BRASILEIRA

~ 610ic t~s nensis 628

628is 628

628548547548

c goeldii 548548548

longipes 547l 547

548. , 548

547leucoph 546lu 546

546leucus , 546

o chi/us igi/ 540549

n 552552539

i lis 540e 538

behni 540l 539

539539

l 538l is 538

u t 539538539

l 539gi 540

539539

longipennis 540l iesii 540

ino 538539

u o 539539538

e u sunensis 539538

unicol ~ 538539

N371375586

i t 738ei 738

lidon lis 681hen 235

ops 299ntes ni 537phus 391

puche ii 391u ipennis 391

391- ~ c ~ = ? 6,51

651s 651

- escens .. . ..~ 651eop~ 651

........... ....................................... 650736

l is t 619237

t 236l 488

l 488488

.- 488486486

tectus 486282166166166681321

ius 321286

l 207e 410

b 410410

seus 410leucop. 410

c nvcticorax 207c l 309

418418418487

s 487487

l 487

o184

leuco 184Ochtho 618

284284284

/us 692o 615

Opistho 287724735

ine 603277

c , 277277

o 277277277

. 277t 739

369, 776

776776

Otus 401Otus cholib 400Otus 402Otus 402O 670

do . 239

----j

I

-..r- ~.

--

I--I

II,I-.,

~ I

II

-"11

Page 94: Ornitologia Brasileira - Helmut Sick 2ed-04

íNDIéE DE ESPÉCIES 845

t ~,! 239

h til be/ i 181pti/ t t 181

phus t 631h us 632h 632h phus po 632h 632

632lidus , 632

us idis 631ion 258

nsis 430teo unicinctus 251

780t 780

c t 779i do .. 780

780l 720

810nii 783

783i 782

193lope 277lope 278

l 278lope 277lope och t 278lope pil 279lope l 277

cnosiol ensis 547nostol l 547

tol l 547n 547nostol 547

781lus lo 666

l us th 573573

Il i ns 572l us st i ticoIlis 574

603ogne 680l i l 722n eihe eus 189

thon lept 189h tho nis bou 454

t eu 454is gouneIlei 455

iseogul is 456t hispidus 454

is i 456is l 456

h h l 453i is tte , 455

philippi 454t t i 455

. t is 455nis p 455

h lidus 454h 455

nis supe iliosus 453335194

opus , 325

469euciicius 783

i 660licto 627

321llus 576

576577

h 577lichtensteini 577

577577577577213550550

melanops 567u 176

o 177669669

us 228chilensis 227

227602603603

i _ 603602

e 609609610

lis 609us 608

609609

. 609609609609

e 609c 609

672388388

~~;;fd:l~~!~~.::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::~~~514514513514514512512

s 512511512512512512513

nebulosus 512512

e is 512s sp ilog 511

512207375375

1'"

Page 95: Ornitologia Brasileira - Helmut Sick 2ed-04

846. ORNITOLOGIA BRASILEIRA

376 "".iono c 376

t 376itt /t in 376

~;~~~!~~7~ ::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::~;;onus nst s 376

e g 279ipile pipile 279

l 645chlo e 643

~:~~:~~:~!~~.:::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::~!~642

ciic 645i i 645

Pipra 644naiiereri : 645

643u ill 642

Pipra se e : 644s i 644

l 644743

p s chl is 669ites 669g 741

ng le 742o/i 741u 741

ngus sul tus 627h lbi ons 548lus liginosus 781

781l cichl l ipes 704

ic leucops 704l inchus tus 615l chus leuco hus 615

inchus s eus 615nchos 615

t chus 615leg dis chihi 215

315lu is t 315

n 418173

o podiceps 174e ei 612

iccus lis 612oe s 571

l scu tus 571olioptil o 698lio 698lioptil l te 698ioptil 698

ol bo 265l nct 463

tus /is 607l tidús su li 607lqt us gu 461

t 461i 767

l 767ospi e e 767

oospi nig 766oospi cic 766ope l ngsdo 459

p iops l nops 299p ol ol 662

osp lescens ......... ........... 783

~o ul l s ,.,. 300ph tinic 300

n lbicollis 298i nt 298

ocell cti lis 181oce ci e 181ocni 667ocn 668ocn nudicollis 667

ne 680ogne est 680

ne subis 680op ollis 369

c n 369oco/ius gusti ns 794oco/ius bi s 794

/ius dec s 794oco/ius l 793co/ius o~e 794

s t is 794eudocolopt i s 607eudocolopte s e i 607

seudoleistes g o 799seudoleistes escens 799

udose c 575udoseisu lophotes 575

ilo phus gutt tus 524h epii 293

sop le opte 293sop u is 293

d oni n 180b o s 180

e o h 181e o ince 180e o lessonii 181

te o o 181te oglossus 499

oglossus 500us h 500us bito qu tus 500

e oglossus c t notis 499t lossus insc s 499te glossus 500e oglossus s 499

oglossus 499nus lis .. 182

inus s 182inusg iseus 182

s lhe i 182nus inus 182

u eni ld 402s icill t 402ptil stell .. 537len 545.

gle leuconot 544igle leucopte 545

617e 665

hoco ceps 737c ue 371de illei 371eg eg 373

372h leucotis 372

el nu 373olin 372

pe 372

~~~~~~ ~~~ i

-

Page 96: Ornitologia Brasileira - Helmut Sick 2ed-04

íNDICE DE ESPÉCIES 847

Q665

Quis lug , 801

R297297

nig 297guinolentus 296

501toco · 502

502501

e 697742

e/us 742742453

c 614on e e 614

igon 614431168

i be epschi 549eg 549g ops , 549

eg ho 549g e 549

c o 404545

c/us 614165626626681

o nd 173575

sociabi/is 249upi 670

g 251nig 339

se 535

s 535luctuosus 535

e o 535782

s 782escens 782

782781782224

tos 237624805

l 348c 652

s 652escens 652

l 736736568

o g ophil 569n 547

c/e 579/e c cuh~ 579

c s 579s g 579

e s o 579s indigoticus 526

opus n s 525c opus ps ho pus 526

lopus spe e 525no ensis 724

elenide c 500e gouldii 500e s 500

ele 500e .., 500

737g euc 606g nig ns 606g subc 606

g c 724Sica/is 767

c is c 767lis eol 768

c s luieo 768ops uc e 576

stes sibil 626iseic 585

550onoic ides 568

e to c 403niscus ge icus 187

783s 255

etus 255s 255

o s 773i 772

ophil bou euil 774ophi/ bou onides 772ophi/ c escens 773

o o nei is 775o cinn 775o ophi/ col/ 772o c o is 771

il o 770o ophi 775

po ophi 775o o inte edi 771o ophil leuc 774

ophi/ lineol 772luctuos 773

e/ ste 776o i nops 773o ophil 775

nig ol/is 772nig o 774

o p lust is 775ophil 771o ollis 775

o schis 771e t c ipensis 406

opus colo 325gidopte collis .681

e o di tus 743is l l ndi 458

e o ius longic 330o s 329

e c us 329e i 336

te doug 336

I;>~\"

}f.;

t~}

I,.

Page 97: Ornitologia Brasileira - Helmut Sick 2ed-04

848. ORNITOLOGIA BRASILEIRA

eu g 336.

s ~~~undi 335

te n hi 335n i 336

e 335is 337

e n i 336t 336

e it 336g toides 606

tig .......................................... ...........606e ne biscut 428

_ e is 428lophil 404

t nell g 799 I

ll ili 798t ph lo s i 541ubleg tus odestus 603

l~ tu~ o ..603sut 603

l t 191le ste 192

l 191scens 570

ll gu e 570l 570

che 571ll s 570

on s 569. ll is nsis 570

ll 570in 569

connelli 570h l is q 570

is l 569ís 570

ll is 570l spi i 569

l is hit 569l l 576

g sibil i 207

Tg 606

cus , 173e 679

leueo o 679c o us 740

739s luctuosus 740

c us e 739us phoenicius 740

h honus e 740us us 740'

h honus i us 740c g» 749

g n 748ng chilensis 746g nicollis 748g c nocep 747

te 748t 747

ng des esti 747ng 746

g 747g 748

ng i 746

nig ocinct 748ng pe i n 748g punet , 747g i 747g seledon 747

748ng 748ng st 747niscus nus 166

pe e 389spilus h stictus 462

534e e iccus s 616e e e lis 543

t 543e 543e e ~~o~iopti 543e ui 751

lu u 460g opis 460

460o nes desi eus 538o s e esius 537o es inus 538

nes sehist nus 538h ophilus thiops 536

ophilus. us 536nophilus e eseens 536

e ptoleueus 536ophilus 535

h lus insignis 537ilus inus 536

cine eus , 536lus tus 535

ophilus punct tus 536hilus c 536

ophilus schist ceus 536nophilus to qu s 536

isticus escens 213he tus 213

ci 327hl popsis i 737

upis bo ensis 743upis 743

h is episcopus 742743

upis 743is c 742

enetes le s 453ipoph juscieeps 572ipoph 572o s co 692otho g s 692otho g iseus 693otho us us 693t leucotis 693

long o 693u 778

g c 208g lin tu 208

~&~~:~~':dÚ ::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::: ~~iguit ius 163

s jo 162n us s ius 162n t o 162

n 632j inquisi 633

se i 633odi so o ............................. 613

Page 98: Ornitologia Brasileira - Helmut Sick 2ed-04

íNDICE DE ESPÉCIES 849

o 613di osn u 613

614d t cu/ 613

ost pict 613613

po/ioceph 613t 614

d 613odi ost 613

i ilis 614ol i l n 614

lus 614ol sulph 614

1~;~Ef::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::J~~ouit l 375

~~:~~~J:~~.~~..:::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::~~;icho upis l 740

l 380319319

i 319693

l ulus 693

E~~~~ . !~~470

rufus ; 470u 470

l us ..~ 471470

ites sub llis .. 321u dus lbicollis 707u dus linus 705

tus 706h lli 7q6ignobitis 706

706dus l 705

nudigenis 706dus ol 705

nt 705us l 704nneutes stol 652nneutes i 652

sul 630nulus 604

lbogul 631nus 631

. el licus 630nnus 630nnus 631

l 393

uli t 348

vllus chi/ensis 315

516l 517

s 517i 516

e íis~ 516516

iloquus 717716716716716

leucotis 715i 770

g 223

w724

xh 797

650

::::::J~i579631586586586586663662662588587

necopinus 587obsoletus 588

588lotus 588

i picus ., 587588

c 618619

~~l::~. ~i~z

undui 209346603316764

!~

Page 99: Ornitologia Brasileira - Helmut Sick 2ed-04

- J

NOMES VERNÁCULOS

AAbre-asa-da-mata 608Abre-asa-de-cabeça-cinza : 608Açanã-preta 298Acauã ; 262Acrobata : S74Acurana 420

~::~~~~~.::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::~~~Águia-pescadora 258Agulha-de-garganta-branca 481Albatroz-arisco 176Albatroz-de-cabeça-cínza 176Albatroz-de-nariz-amarelo 176Albatroz-de-sobrancelha 176Albatroz-gigante 176Albatroz-real , 176Alegrinho 606Alegrinho-balança-rabo : 606Alegrinho-de-garganta-branca 605Alegrínho-do-chaco 606Alegrinho-do-rio 606Alma-de-gato 388Alma-de-mestre 184Amarelinho 606Anacã 380Anambé-azul 662Anambé-branco-"de-bochecha-parda 633Anambé-branco-de-mãscara-negra 633Anambé-branco-de-rabo-preto 632Anambé-de-asa-branca ; 663Anambé-de-cara-preta 663Anambé-de-coroa 663Anambé-de-peito-roxo 662Anambé-de-rabo-branco 662Anambé-fusco 663Anambé-militar : 664Anambé-pombo 667Anambé-pompadora 662

~:â~::~~~.::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::~~~Anambezinho 663Andarilho 564Andorinha-azul 680Andorinha-de-bando 682Andorinha-de-coleira 681Andorinha-de-dorso-acanelado 682Andorinha-de-sobre-branco , 679Andorinha-do-barranco 681Andorinha-do-campo 680Andorinha-do-mar-preta 337Andorinha-do-rio , 679Andorinha-do-sul 680Andorinha-doméstica-grande 680Andorinha-morena 681Andorinha-pequena-de-casa ; 681

Andorinha-serrador 681Andorinhão-de-Chapman 429Andorinhão-de-coleira, Taperuçu 428Andorinhão-de-coleira-falha 428Andorinhão-de-rabo-curto 430Andorinhão-de-sobre-branco 430Andorinhão-de-sobre-cinzento 429Andorinhão-do-temporal 430Andorinhão-estofador 430Andorinhão-migrante 429Andorinhão-preto-da-cascata 429Andorinhão-serrano 430Andorínhão-velho-da-cascata 428Anhuma 242Anu-branco 389Anu-coroca 389Anu-preto 388Anumará 800Apuim-de-asa-vermelha 375Apuím-de-cauda-amarela 375Apuim-de-cauda-vermelha 375Apuim-de-costa-azul 375Araçari-banana 501Araçarí-castanho 499Araçari-de-bíco-branco 499Araçari-de-bico-de-marfim 500Araçari-de-bico-marrom 500Araçari-de-cinta-dupla 499Araça~-d~pe.scoço-vermelho 500Araçari-miudínho " 499Araçari-miudinho-de-bico-riscado 499Araçari-mulato : 500Araçari-negro ,.. 500Araçari-poca 500Aracuã-de-barriga-branca 277Aracuã-de-cabeça-avermelhada 277Aracuã-de-sobrancelhas 277Aracuã-do-pantanal 277Aracuã-escamoso 277Aracuã-pequeno 277Aracuã-pintado 277Arapaçu-assobiador 588Arapaçu-barrado 587

. Arapaçu-beija-flor : 589Arapaçu-canela 586Arapaçu-da-taoca 585Arapaçu-de-barriga-píntada 587Arapaçu-de-bico-branco 587Arapaçu-de-bico-comprido 586Arapaçu-de-bico-curvo 589Arapaçu-de-bíco-de-cunha 585Arapaçu-de-bíco-torto 589Arapaçu-de-bico-vermelho 586Arapaçu-de-garganta-amarela 587Arapaçu-de-garganta-branca ;: 586

I--

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íND1CE DE ESPÉCIES 851

Arapaçu-de-garganta-pintada v 585 BArapaçu-de-listras-brancas 589Arapaçu-de-loro-cinza 586Arapaçu-de-spix 588Arapaçu-do-campo 586Arapaçu-do-cerrado 588Arapaçu-do-nordeste 586Arapaçu-elegante 588Arapaçu-escamado 588Arapaçu-ferrugem 587Arapaçu-grande 587Arapaçu-liso 585Arapaçu-listrado 588Arapaçu-marrom 587Arapaçu-meio-barrado 587Arapaçu-ocelado 588Arapaçu-pardo 584Arapaçu-platino 585Arapaçu-rabudo : 585Arapaçu-rajado ::. 588Arapaçu-riscado 588Arapaçu-uniforme 586Arapaçu-verde 585Arapaçu-vermelho 586Arapapá 210Araponga, Ferreiro -, 667Araponga-do-horto , 670Araponga-do-nordeste, Guiraponga 668Arara-azul-de-Lear 366Arara-azul-grande 366Arara-azul-pequena 367Arara-canga 368Arara-de-barriga-amarela, canindé 368Arara-vermelha-grande 368Ararinha-azul 368Ariramba-acobreada 482Ariramba-da-mata 482Ariramba-de-barba-branca 482Ariramba-de-bico-amarelo 482Ariramba-de-capoeira 482Ariramba-de-cauda-verde 482Ariramba-do-paraíso 483Ariramba-grande-da-mata-virgem 483Ariramba-preta 481Ariramba-vermelha 481Ariramba-violácea 483Arirambinha : 475Arredio 572Arredio-de-papo-amarelo 572Arredio-do-rio 572Arredio-meridional ~ 572

~~~e;~~.~~.:::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::~~!Asa-branca, pombão 345Asa-de-sabre 456Asa-de-sabre-canela 456Asa-de-telha 801Assanhadinho 616Assanhadinho-de-cauda-preta , 616Assobiador-do-castanhal 715Atobá,Alcatraz 192Atobá-australiano 192Atobá-de-pé-vermelho 191Atobá-grande 191Avoante, pomba-de-bando 346Azulão.Azulão-verdadeiro 783Azulão-da-amazôriia 783Azulinho 782Azulona 162

Bacurau-cauda-barrada .: 418Bacurau-da-praia 417Bacurau-da-telha 418Bacurau-de-asa-fina 417Bacurau-de-cauda-branca 419Bacurau-de-lajeado 420Bacurau-de-tepui 419Bacurau-do-são-francisco 417Bacurau-norteamericano 417Bacurau-ocelado 418Bacurau-pequeno 420Bacurau-rabo-branco 419Bacurau-rabo-de-seda 418Bacurau-rabo-maculado 419Bacurau-tesoura 420Bacurau-tesoura-gigante 420Bacurauzinho 417Bacurauzinho-da-caatinga , 420

~:f~;~.:::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::: ~~~Balança-rabo-canela 453Balança-rabo-da-copa 698Balança-rabo-de-bico-torto 453Balança-rabo-de-chapéu-preto 698Balança-rabo-de-garganta-preta : 453Balança-rabo-de-máscara : : 698Balança-rabo-leitoso 698Bandeira-do-campo 623Bandeirinha 459Bandoleta 736Barbudinho ._ 608Barbudinho-do-tepui 610Barbudo-de-coleira 488Barbudo-de-pescoço-ferrugem 488Barbudo-pardo 488Barranqueiro-camurça 578Barranqueiro-de-coroa-castanha 578Barranqueíro-de-olho-branco , 577Barranqueiro-de-roraima -: 578Barranqueiro-de-topete 577Barranqueiro-escuro 578Barranqueiro-ferrugem 577Barranqueiro-pardo 577Barulhento 608Bate-bico 567Bate-pára 625Batuira-bicuda 316Batuíra-de-bando 316Batuíra-de-coleira 316Batuíra-de-coleíra-dupla 316Batuíra-de-esporão : 315Batuíra-de-papo-ferrugíneo 316Batuíra-de-peito-tijolo 316Batuiruçu 315Batuiruçu-de-axila-preta 315Beija-flor-azul-de-rabo-branco : 457Beija-flor-brilho-de-fogo 463Beija-flor-cinza 462Beija-flor-da-costa-violeta 460Beija-flor-de-banda-branca :: ,:<" -v , ..... .. ......... 462Beija-flor-de-barriga-branca 462Beija-flor-de-barriga-verde 462Beija-flor-de-bico-preto 462Beija-flor-de-bico-virado : 458Beija-flor-de-bochecha-azul 464Beija-flor-de-cauda-dourada 461Beija-flor-de-garganta-azul ::: 460

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852. ORNITOLOGIA BRASILEIRA

... " ".,-rBeija-flor-de-garganta-verde 462Beija-flor-de-gravata-verde 463Beija-flor-de-gravata-vermelha 463Beija-flor-de-orelha-violeta 458Beija-flor-de-peito-azul 462Beija-flor-de-topete ................................. ............... 458Beija-flor-de-veste-verde : 458Beija-flor-dourado 461Beija-flor-dourado-de-bico-curvo ; 461Beija-flor-estrela 463Beija-flor-grande-do-mato 453Beija-fior-marrom-de-orelha-azul 457Beíja-flor-píntado 461Beija-flor-preto 458

_ Beija-flor-preto-e-branco 457Beija-flor-roxo 461Beija-flor-rubi, Papo-de-fogo 462Beija-flor-safira : 461Beija-flor-tesoura-verde 460Beija-flor-verde : 461Betja-flor-verde-e-branco 462Beija-flor-vermelho 458Beija-flor-violeta 457Benedito-de-testa-amarela 515Benedito-de-testa-vermelha 515Bentevi, Bentevi-de-coroa 627Bentevi-barulhento 628Bentevi-da-copa 629Bentevi-de-barriga-sulfúrea 629Bentevi-de-cabeça-cinza 628Bentevi-do-gado 624Benteví-pequeno 628Bentevi-pirata 629Benteví-rajado 629Bentevizinho-de-asa-ferrugínea 628Bentevizinho-do-brejo 627Bentevizinho-penacho-vermelho 628Besourão-cínza 454Besourão-de-rabo-branco 453Besourão-de-sobre-amarelo 455Besourão-do-bico-grande 453Besourinho 456Besourinho-da-mata 455Besourínho-de-bíco-vermelho 460Bichoita 569Bico-assovelado 697Bico-assovelado-de-coleíra 696Bico-chato-amarelo 614Bico-chato-da-copa 614Bico-chato-de-cabeça-cinza 614Bico-chato-de-orelha-preta 614Bico-chato-de-rabo-vermelho : 614Bico-chato-grande 614Bico-de-agulha-de-rabo-vermelho 482Bico-de-brasa 488Bico-de-brasa-de-testa-branca 488Bíco-de-lacre 488Bico-de-lacre 815

,Bico-dé-lança 452, Bico-de-pimenta 782

Bico-de-veludo 736Bico-encarnado 781Bico-grosso 782Bico-reto-azul : 464Bico-reto-cinzento 464Bico-reto-de-banda-branca 464Bico-roxo : ; 239Bico-virado-carijó 578Bico-virado-da-caatinga 579Bico-virado-da-copa 579

Bico-virado-fino 579Bico-virado-miúdo ; ; 578Bicudinho 776Bícudínho-do-brejo 541Bicudo, Bicudo-verdadeiro 776Bicudo-encarnado 781Bigodinho 772Biguá 194Biguatinga ; 196Birro, Melanerpes candidus : , 516Bobo-escuro 182Bobo-grande 181Bobo-grande-de-sobre-branco 182Bobo-pequeno 182Boininha 568Bonito-do-campo 746Borboletinha-baiano 609Borboletinha-do-mato 609Borboletinha-guianense 609Borralhara 534Borralhara-assobiadora 534Borralhara-do-norte 534Borralhara-ondulada 534Brilhante-veludo 463Buraqueira, coruja-do-campo : 403

cCabeça-branca ..: 643Cabeça-de-ouro 642Cabeça-de-prata 644Cabeça-encarnada 642Cabeça-seca, Passarão 219Cabecínha-castanha 737.Cabeçudo 608Caboclinho 774Caboclinho-de-barriga-preta 776Caboclínho-de-barríga-vermelha 775Caboclínho-de-chapéu-cinzento 775Caboclinho-de-faixa 775Caboclinho-de-papo-branco : 775Caboclinho-de-sobre-ferrugem 775Caboclinho-do-sertão 774Caboclínho-Iindo 775Caboclínho-peraguai , 775Caburé 403Caburé-acanelado 404Caburé-da-amazônia 403Caburé-miudinho 403Caçula 610Caga-sebínho-penacho 610Cais-cais 745Calandra-de-três-rabos 709Calcinha-branca 681Cambacica, Mariquita 725Cambada-de-chaves, Celeiro-de-bando 746Cambaxirra-cinzenta 692Caminheiro-de-barriga-acanelada 712Camínheiro-de-espora 713Caminheiro-de-unha-curta 712Caminheiro-grande 713Caminheiro-zumbidor 712Campainha-azul 783Canarinho-rasteiro 767Canário-da-terra-verdadeiro 768Canário-do-amazonas 767Canário-do-brejo 769Canário-do-campo 769Canário-do-mato : ~ 721Canário-sapá :.,' 737

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íNDICE DE ESP~CIES 853

Cancã : , õ 687Caneleirinho-de-chapéu-preto 669Caneleiro 625Caneleiro 631Caneleiro-bordado 632Caneleiro-cinzento 632Caneleiro-de-chapéu-negro 632Caneleiro-de-guiana 632Caneleiro-enxofre 625Caneleiro-pequeno ..................................................... 632Caneleiro-preto 632Caneleiro-verde 631Cantador-amarelo 546Capacetinho 767Capacetinho-do-oco-do-pau 767Capitão-castanho 625Capitão-de-bigode-carijó 491Capitão-de-bigode-de-boné-vennelho 491Capitão-de-bigode-de-cinta 491Capitão-de-bigode-lirnão ., 491Capitão-de-colar-amarelo 491Capitão-de-peito-marrom 491Capitão-de-saira 625Capitão-de-saira-amarelo 625Capitão-do-mato : 486Capitão-do-mato-pequeno 486Capororoca 235Cara-dourada 609Cara-pintada 609Caracará 265Carachué 706Carachué-bico-preto 706Carachué-de-bico-amarelo : 706Caracoleiro : 248Caramujeiro 249Caranguejeiro 253Carão 290Caraúna, Tapicuru 215Cardeal 779Cardeal-amarelo 779Cardeal-de-goiás 780Cardeal-do-banhado 799Carqueja-de-bico-amarelo 301Carqueja-de-bico-manchado 300Carqueja-de-escudo-roxo 301Carrapateiro 264Carretão 797Carretão ................ ..................................................... 737Casaca-de-couro 575Casaca-de-couro-amarelo 566Casaca-de-couro-da-lama 566Catatau, Garrinchão 691Catirumbava 739Catraca , ; 611Caturrita 373Cauré 268Cavacué 378Cavalaria 780Chauá 378Chibante 660Chibum : 605Chifre-de-ouro cav 464

. Chimango 265Chincoã-de-bico-vennelho 388Chincoã-pequeno 388Choca-barrada 535Choca-bate-cabo 536Choca-canela 536Choca-cantadora 537Choca-d'água , 535

Choca-da-mata 536Choca-de-asa-vermelha 536Choca-de-cauda-pintada 535Choca-de-chapéu-vermelho 536Choca-de-crista-preta 535Choca-de-garganta-preta 537Choca-de-olho-vermelho : 536Choca-de-roraima 537Choca-do-bambu :.. 533Choca-do-nordeste 535Choca-lisa 536Choca-listrada 535Choca-murina 536Choca-pintada 537Choca-preta 537Choca-preta-e-cinza 536Choca-selada 536Chocão-carijó 533Chopim, Gaudério, Maria-preta 802Chopim-azeviche 801Chopim-do-brejo 799Choquinha-carijó 543Choquinha-chumbo 537Choquinha-cinzenta 538Choquinha-da-garganta-pintada 538Choquinha-da-serra 542Choquinha-da-várzea 540Choquinha-de-alagoas : 538Choquinha-de-asa-comprida : 540Choquinha-de-asa-ferrugem 537Choquinha-de-asa-lisa 540Choquinha-de-barriga-parda 538Choquinha-de-barriga-ruiva 539Choquinha-de-bico-curto 539Choquinha-de-cauda-ruiva 539Choquinha-de-coroa-listrada 539Choquinha-de-dorso-vennelho 543Choquinha-de-flanco-branco 538Choquinha-de-garganta-amarela 539Choquinha-de-garganta-carijó 539Choquínha-de-garganta-cínza 540Choquinha-de-garganta-clara 539Choquinha-de-ihering 540Choquinha-de-olho-branco 539Choquinha-de-peito-pintado s, 537Choquinha-de-peito-riscado 539Choquinha-de-rabo-cintado 539Choquinha-do-oeste 539Choquinha-do-tapajós 539Choquinha-estriada 538Choquinha-flurninense 538Choquinha-lisa 537Choquinha-miúda 539Choquinha-omada 539Choquinha-pequena 538Chora-chuva-de-bico-amarelo 489Chorão 774Choró-boi 534Chorona-cinza 626Chororão : 164Chororó-cinzento 543

. -Chororó-de-goiás 544Chororó-de-manu 544Chororó-didi 544Chororó-do-pantanal 544Chororó-do-río-branco 544Chororó-escuro 544Chororó-negro 544

~~~~~~~~~t~~:::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::.:':::::::::~!~

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854. ORNITOLOGIA BRASILEIRA

Chororozinho :: 164Chorozinho-de-asa-vennelha - 540Chorozinho-de-bico-comprido 541Chorozinho-de-boné 541Chorozinho-de-cabeça-pintada 541Chorozinho-de-cauda-píntada 541Chorozínho-de-chapéu-preto 540Chorozinho-de-costa-manchada 541Chorozinho-de-papo-preto 541Chorozinho-de-roraima 541Chupa-dente 556Chupa-dente-de-capuz 556Chupa-dente-de-cinta 556Chupa-dente-do-peru 556

- Chupa-dente-grande 556Cigana 287Cigarra-bambu 766Cigarra-do-campo 736Cigarra-do-coqueiro 778Cigarra-verdadeira ; : : 771Cigarrinha-do-carnpo 765Cigarrinha-do-norte ; 771Cisne-de-pescoço-preto 235Cisqueiro 574Cochicho 574Cocoruta 604Codorna doméstica _ 285Codorna-comum, Perdizinho , 166Codornà-do-nordeste 166Codorna-mineira, Buraqueira 166Colegial, Negrito 619Coleirinho, papa-capim 773Coleiro-do-brejo : 772Colhereiro.Ajajá 216Combatente 321Condor-dos-andes 223Coperete 575Corcovado 284Corneteiro-da-mata 523Coroa-de-fogo ; 651Corocochó ................................... ............................... 661Corocoró 213Coroinha, Pintassilgo-do-nordeste 809Corredor-crestudo 574Corruíra, Cambaxirra 693Corruíra-do-campo 692Corruíra-do-tepui 693Corrupíão, Sofrê 796Corta-água, talha-mar 339Corta-ramos-de-rabo-branco 672Corucão 418Coruja-de-carapuça 402Coruja-do-mato 404Coruja-listrada 404Coruja-orelhuda 404Coruja-preta 403Corujão-orelhudo, jacurutu 402Corujinha-do-mato 400Çorujinha-do-sul 402Corujinha-orelhuda 402Corujinha-sapo 401Cotínga-azul 662C0t!n9a-de-garganta-encamada 662Crejoá 662Cricrió, Tropeiro 664Cricrió-de-cínta-vermelha 664Cuitelão 481Cuiú-cuiú 376Cujubi .' 279Curíango, bacurau : : 418

Curiango-do-banhado : 420Curica, Papagaio-do-mangue 379Curica-caica : 376Curica-de-bochecha-laranja 376Curica-urubu 376Curica-verde 376Curicaca 213Curió, avinhado 776Curriqueiro 564Curutié 571Cuspidor-de-máscara-preta 556

DDançador-de-cauda-graduada 643Dançador-de-coroa-dourada 644Dançador-de-crista 643Dançador-do- Tepui 644Dançarino-de-crista-amarela 651Dançarino-de-garganta-branca 648Dançarino-olivâceo 650Diablotim 181Diglossa-grande-do-Roraima 750Diuca 766Douradinha 747Dragão : 799

EEma, Rhea americana 168Enferrujadinho 650Enferrujado 617Entufado : 524Entufado-baiano 524Esmeralda-de-calda-azul 460Esmerilhão 268Estalador : 610Estalador-do-Norte 610Estalinho 609Estrela-de-garganta-violeta 463Estrela-do-norte 772Estrelinha, tesourinha 464Estrelinha-preta 571

FFaigão 181Falaropo-de-bico-grosso 325Falcão-de-coleira 268Falcão-de-peito-vermelho : 267Falcão-peregrino 265Felipe-do-tepuí : 616Ferrelrínho-da-capoeíra 613Perreirinho-de-cara-canela 613Ferreirinho-de-cara-parda 614Ferreirinho-de-sobrancelha 613Ferreirínho-de-testa-parda 613Ferreirinho-estriado 613Ferreirinho-ferrugem 614Ferreirinho-pintado 613Ferro-velho 746Fi-fi grande : : ; ;..;;;:.; : 745Fi-fi verdadeiro, Vivi 744Figuinha-amazônica 751Figuinha-de-rabo-castanho 750Figuinha-do-mangue : 750Filipe 616Flamingo 227Flamingo-chileno 227Flamingo-Grande-dos-Andes :: 228

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íNDICE DE ESPÉCIES 855

Flau\:ÍIIL. , :.: 652Flautim-marrom ; 652

::~:=f::~.:::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::: ~~~Flautista-do-tepui 694Fogo-apagou 348Fonnigueiro-chumbo 548Pormígueíro-cínza 547Formigueiro-da-serra 542Formigueiro-de-asa-pintada 547Formigueiro-de-barriga-branca 547Formigueiro-de-barriga-cinza 548Fonnigueiro-de-barriga-preta 542Formigueiro-de-cabeça-negra 542Pormígueiro-de-cabeça-preta 547Pormigueiro-de-cara-preta 546Fonnigueiro-de-cauda-castanha 548Pormigueíro-de-cauda-ruiva 547Fonnigueiro-de-goeldi 548Formigueiro-de-peito-preto 548Formigueiro-de-taoca 548Pormigueiro-do-bambu 547Pormígueiro-do-caura 547Formigueiro-do-litoral 542Formigueiro-do-nordeste 542Formigueiro-ferrugem 547Pormígueíro-grande 548Formigueiro-liso 546Formigueiro-preto-e-branco : 546Frango-d'água-azul 300Frango-d'água-carijó 299Frango-d'água-comum 300Frango-d'água-pequeno 300Freirinha-amarelada 488Freírínha-de-cabeça-castanha 488Freírinha-de-coroa-castanha 488Fruchu-de-barriga-arnarela 651Fruchu-do-carrasco 651Fruxu 651Fruxu-baiano 651 _Pruxu-do-cerradão 651Fura-barreira 578Fura-buxo-de-capuz 180Fura-flor-escamado 750Fura-mato 371Furriel 781Furriel-de-encontro 781Fuselo 322

GGainambé, Araponga-da-Amazônia 667Gaivota rapineira-pomarina 329Gaivota-alegre 334Gaivota-de-cabeça-cinza 334Caivota-de-Delaware 333Caívota-de-Pranklin 334Gaivota-de-rabo-preto 333Gaivota-maria-velha 334Caivota-rapineíra-comum : 329Gaivota-rapineira-grande 329Gaivotão , 334Calinha-d' angola 286Galinha-do-mato 551Galinha-doméstica 284'Calinho-da-serra 779Galito 623Galo-da-campina 780Galo-da-serra 670Galo-de-campina-da-amazônia 780

Garça-azul 2Q5Garça-branca-grande : 204Garça-branca-pequena : 205Garça-caranguejeira ; 207Garça-da-mata _ 207Garça-real 207Garça-real-européia 204Garça-roxa 204Carça-tricolor 205Garça-vaqueira 205Garibaldi 797Garrincha-chorona 568Garrincha-cinza 693Garrincha-do-oeste 693Carríncha-dos-lhanos ..: 692Garrinchão-coraia 692Garrinchão-de-barriga-vermelha 693Carrínchão-de-bico-grande 693Garrinchão-pai-avô 692Gaturamo-anão 744Gaturamo-capim 744Caturamo-de-barriga-branca 745Gaturamo-de-bico-grosso _ : 745Gaturamo-do-norte ................. ............................... 745Gaturamo-preto 746Gaturamo-rei 745Gaturamo-verdadeiro 744Gaturamo-verde 745Gaúcha d'água 619Gaúcho-chocolate 619Gavião-asa-de-telha 251Gavião-azul 252Gavião-belo 252Gavião-bombachinha 248Gavião-bombachinha-grande 249Gavião-caboclo 252Gavião-caburé : 263Gavião-carijó 251Gavião-da-cabeça-cinza 248Gavião-de-anta 264Gavião-de-asa-larga 251Gavião-de-cara-preta 252Gavião-de-cauda-curta 251Gavião-de-penacho 255Cavíão-de-rabo-barrado 250Gavião-de-rabo-branco 250Gavião-de-sobre-branco 251Gavião-do-igapó 249Gavião-do-mangue 255Gavião-rnateiro 263Gavião-miudinho 249Gavião-miúdo 250Gavião-papa-gafanhoto 251Gavião-pato : 255Gavião-pedrês 251Gavião-pega-macaco 255Gavião-pernilongo 256Gavião-pomba 252Gavião-pombo-da-amazônia 251Gavião-pombo-grande 252Gavião-preto 254Gavião-real, Uiraçu-verdadeiro 254Gavião-relógio 263Gavião-tesoura 247Gavião-vaqueiro 252Gaviãozinho 247Gemedeira 349Gibão-de-courc 624Gola, Coleira-do-norte 772Golinho, Brejal . 773

II

Page 105: Ornitologia Brasileira - Helmut Sick 2ed-04

856' ORNITOLOGIA BRASILEIRA

Gralha-azul 685Gralha-da-guiana : 686Gralha-de-nuca-azul 686Gralha-do-campo :. 686Gralha-do-pantanal ' 685

g~~:~~:~fÍ~~~ :::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::~~~Gralhão 264Gravatazeiro 545Graveteiro 573Grazina 337Crazina-de-bico-curto 180Grazina-de-cabeça-branca : 181Grazina-mole 181

- Grimpeirinho 568Grimpeiro 567Gritador : 626Guácharo 406Guará 213Guaracava-de-barriga-amarela : 604Guaracava-de-bico-pequeno : 605Guaracava-de-crista-branca 605Guaracava-de-olheiras 604Guaracava-de-penacho-amarelo 604Guaracava-de-topete-uniforme 605Guaracava-de-topete-vermelho 605Cuaracava-do-rio 605Guaracava-grande 604Guaracava-serrana 605Guaracavuçu 617Guarda-floresta 549Guarda-várzea 549Guaruba 369Guaxe, Japira : 795

IInhambu-carapé 166Inhambu-chintã 165Inhambu-chororó 165Inhambu-de-cabeça-vermelha : 162Inhambu-de-coroa-preta 164Inhambu-de-pé-cínza 164Inhambu-de-perna-vermelha 164Inhambu-galinha 163Inhambu-guaçu 163Inhambu-listrado 165Inhambu-preto ; 163Inhambu-relógio 165Inhapim, Encontro ; 796Ipecuá 537Iratauá-grande 797Iratauá-pequeno 797Iraúna-da-guíana 801Iraúna-de-bico-branco 795Iraúna-do-norte 801Iraúna-grande 805Iraúna-velada 801

-Trerê 234Irrê 627

J [aburu, Tuiuiú 220[acamim-de-costa-branca 293[acamim-de-costa-cinzenta 293[acamim-de-costa-verde 293[açanã, piaçoca , , 307[acu-de-barriga-castanha 278

. [acu-de-cocuruto-branco 279

. t:~~~;~~~.::::::::::::::::::::::::::::::: ::::::::::::::::::::::::::::::::::~~~Jacu-estalo-de-asa-vermelha 391Jacu-estalo-de-bico-vermelho 391[acu-estalo-escarnoso 391Jacucaca 278Jacuguaçu, Jacuaçu : 277Jacumirim 278[acupernba 277Jacutinga 279[andaia 370[aó 163[aó-do-sul, Zabelê 164[apacanim, Batuquira 692Iapu, Rei-congo 794[apu-de-capacete 794[apu-de-rabo-verde 793[apu-pardo 794Japu-verde 794[apuaçu, [oão-congo 794[oão-baiano 569João-barbudo 487João-bobo, Dormião 487[oão-botina 573João-chique-chique 571João-corta-pau 418[oão-da-canarana 571João-de-barba-grisalha 571João-de-barriga-branca 570João-de-barro 565João-de-bico-pálido 566João-de-cabeça-cinza : 572João-de-pau 572.João-de-peito-escuro 570[oão-de-Roraírna 575[oão-do-araguaia .: 570João-do-pantanal 570[oão-do-tepuí 572[oão-escamoso 572

:::::::::::::::::::::::::::::~:::::::::::::::::::::::::::::::::::~~~João-grilo 570João-liso 572João-pintado 572João-pinto-amarelo 796[oão-platino 568João-pobre 606João-porca 579João-teneném 569[oão-tenenérn-becuá 570[oão-tenenérn-castanho 570[oão-teneném-da-mata 570Joãozinho 567Iunqueíro-de-bico-curvo 567J~~ueiro-de-bico-reto 567[uriti 349[uriti-safira 349[uriti-verrnelha 349Juruva 477Juruviara 716Juruviara-barbuda 717Iuruviara-de-noronha 716[uruviara-norte-americano 716[uruviara-verde-amarelada 716

LLavadeira-de-cabeça-branca 622Lavadeira-de-cara-branca 621Lavadeira-do-norte ,..; 621

Page 106: Ornitologia Brasileira - Helmut Sick 2ed-04

íNDICE DE ESPÉCIES 857

.Lavadeira-mascarada 622Lenheiro 568Lenheiro-da-serra-do-cipó 568LiInpa-folha-coroado 576LiInpa-folha-de-asa-castanha : 577LiInpa-folha-de-bico-virado 576Limpa-folha-de-cauda-ruiva 577Límpa-folha-de-sobre-ruívo 577Límpa-folha-do-breio 576Limpa-folha-do-burití 575Limpa-folha-do-nordeste 577Limpa-folha-miúdo 576Límpa-folha-ocrãcea : 577Limpa-folha-picanço 575Limpa-folha-riscado : 575Lírnpa-folha-testa-baia 577Limpa-folha-vermelho 577

MMaçaricão 321Maçaricão-de-bico-virado 322Maçarico-acanelado 321Maçarico-branco 321Maçarico-de-asa-branca 319Maçarico-de-bico-fino 320Maçarico-de-colete 320Maçarico-de-papo-vermelho 320Maçarico-de-pema-amarela :.. 319Maçarico-de-sobre-branco 320Maçarico-do-campo 321Maçarico-esquimó 321Maçarico-grande-de-perria-amarela 319Maçarico-pernilongo 321Maçarico-píntado 319Maçarico-rasteirinho 320Maçarico-real 213Maçarico-solitárío 319Maçariquinho 320Macuco 162Macuquinho 526Macuquinho-baiano 526Macuru 488Macuru-de-peito-marrom 486Macuru-papa-mosca 488Mãe-da-lua-gigante 410Mãe-da-lua-parda 410Mãe-da-taoca-arlequirn 549Mãe-de-taoca : 550Mãe-de-taoca-avermelhada 550Mãe-de-taoca-bochechuda 548Mãe-de-taoca-cabeçuda 549Mãe-de-taoca-cristada 549Mãe-de-taoca-de-cara-branca 549Mãe-de-taoca-de-cauda-barrada 548Mãe-de-taoca-de-garganta-vermelha 548Mãe-de-taoca-dourada 550Mãe-de-taoca-papuda 549Maguari, João-Grande 219Maitaca-de-cabeça-azul, suia 376Maitaca-de-Maxímiliano :. 377Maitaca-roxa 377Maracanã-de-cabeça-azul 369Maracanã-de-cara-arnarela 369Maracanã-de-colar 369Maracanã-do-buriti 369Maracanã-guaçu 369Maracanã-nobre 369Maria-bicudinha 612Maria-bonita ,' 612

Maria-branca, PriInavera 618

~~:~:~:rk~~~::::::::::::::::::::::~::.::::.::::.::::::::':::::::::::::::~~~.Maria-cavaleira 627Maria-cavaleira-de-rabo-enferrujado 627Maria-cavaleira-pequena 627Maria-corruíra 608Maria-da-campina 612Maria-da-copa ; 604Maria-da-praia 618Maria-da-restinga : 609Maria-de-cauda-escura 614Maria-de-olho-branco 612Maria-de-olho-claro 611Maria-de-peito-machetado 612Maria-de-testa-preta 609Maria-do-madeira 613Maria-do-nordeste 612Maria-faceira 207Maria-fibiu 617Maria-fiteira 610

~:~:~~.::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::~i~Maria-pechim 604

~~:~~:~:~~.:::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::~~~María-pícaça 612Maria-preta-acinzentada 621Maria-preta-de-bico-azulado 620Maria-preta-de-cauda-ruiva 620Maria-preta-de-garganta-vermelha 620Maria-preta-de-penacho 619Maria-preta-do-nordeste 620Maria-preta-do-sul 621Maria-preta-ribeirinha 620Maria-sebinha 612Maria-te-viu : :.. 604Maria-topetuda 610Marianinha 375Marianinha-amarela 610Maríanínha-da-cabeça-preta 375Mariquita 720Mariquita-amarela 723Mariquita-azul 723Mariquita-boreal 724Mariquita-cinza 721Mariquita-de-cabeça-parda 721Mariquita-de-connecticut 724Mariquíta-de-perna-clara 723Mariquíta-de-rabo-vermelho 724 .Mariquita-do-canadá : 724Mariquita-papo-de-fogo 723Marreca parda 236Marreca-arrebio 236Marreca-caneleira : 234Marreca-colhereira 236Marreca-colorada 236Marreca-cricri 236Marreca-de-asa-azul 236Marreca-de-cabeça-preta 239Marreca-de-coleira 236Marreca-oveira 235Marreca-pardinha :.:.: 235Marreca-pé-na-bunda 239Marreca-toicinho : 236Marrecão 236Martim-pescador-pequeno 474Martím-pescador-da-mata 475Martím-pescador-grande 474Martim-pescador-verde, Ariramba-verde ..,.. ...........474

Page 107: Ornitologia Brasileira - Helmut Sick 2ed-04

858. ORNITOLOGIA BRASILEIRA

Matracão : ~ 533Maú, Pássaro-boi ::: :: 666

~~~~!~~.:::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::~~~Mergulhão 174Mergulhão-de-cara-branca 173Mergulhão-grande, chorona 173Mergulhão-pequeno 173Mineirinho 778Miudinho 610'Mocho-diabo 404Mocho-dos-banhados : 404Murucututu : 402Murucututu-de-barriga-amarela 402-Mutum-cavalo 281Mutum-de-penacho 280Mutum-do-nordeste 281Mutum-do-norte 282MutuIn-do-sudeste 280Mutum-fava 280Mutum-poranga 281

NNão-pode-parar 609Narceja, batuíra : 322Narceja-de-bico-torto 309Narceja-de-costas-brancas 322Narcejão, galinhola 322Negaça : 747Negrinho-do-mato 777Neinei, Bentevi-de-bico-chato 628Noívínha 619Noivinha-branca 619Noivinha-coroada 619Noívínha-de-rabo-preto t .. .............. 619

oOlho-falso , 611

pPainho-de-barriga-branca 184Painho-de-barriga-preta 184Papa-cacau 378Papa-capim-americano 783Papa-capim-cinza 771Papa-capim-de-coleira 777Papa-capim-do-bananal : 773Papa-capim-preto-e-branco 773Papa-formigas-barrado : 533Papa-formigas-cantador 546Papa-formigas-de-bando 541Papa-formigas-de-grota 547Papa-formigas-de-sobrancelha 546Papa-formigas-de-topete 548Papa-formigas-do-igarapé 547Papa-formigas-pardo 541Papa-formigas-vermelho 541Papa-lagarta 387Papa-lagarta-cinzento 387Papa-lagarta-de-bico-preto 387Papa-lagarta-de-Euler , 387Papa-lagarta-de-papo-ferrugem 388Papa-lagarta-do-mangue : 387Papa-lagarta-norte-americano 387Papa-moscas-canela 607Papa-moscas-cinzento 617Papa-moscas-de-costas-cinzentas : 607

Papa-moscas-de-olheiras ::- 609Papa-moscas-do-campo : 607Papa-moscas-do-sertão 606Papa-moscas-estrela 611Papa-moscas-uirapuru 616Papa-piri 606Papa-taoca 544Papa-taoca-da-bahia 545Papa-taoca-do-sul 545Papagaio-campeiro 379Papagaio-da-serra 377Papagaio-de-bochecha-azul 378Papagaio-de-cara-roxa 378Papagaio-de-peito-roxo 379Papagaio-dos-garbes 379Papagaio-galego 378Papagaio-moleiro 379Papagaio-verdadeiro 378Papinho-amarelo 669Papo-branco 461Papo-branco : 535Pararu .: 348Pardal 810Pardal 810Pardela-cinza 181Pardela-da- Trindade 180Pardela-de-asa-larga 182Pardela-de-bico-de-pato 181Pardela-pequena 182Pardela-preta 181Pardelão-gigante : 179Par~~lão-prateado , 179Pann 349Pássaro-preto-de-veste-amarela 797.Patativa-da-amazônia 777Patativa-verdadeira 771Patetão 782Patinho 615Patinho-de-coroa-branca 615Patinho-de-coroa-dourada 615Patinho-escuro 615Patinho-gigante 615Pato-corredor 235Pato-do-mato ............................ .................................. 237Pato-mergulhão : 238Paturi-preta 237Pavão-do-mato 665Pavãozinho-do-pará 304Pé-vermelho,Ananaí 237Pedreiro 564Pedreiro-dos-andes 565Pedro-celouro 799Peitica 629Pe~tica-d~-chapéu-preto 629Peito-carijó 462Peito-pinhão 766Peito-vermelho-grande 798Peitoril 681Peixe-frito-pavonino 390Peixe-frito-verdadeiro 390Pelicano-pardo 193Peneira 247Perdiz, Perdigão 165Perdiz-do-mar 327Periquitão 370Periquitão-maracanã 370Periquito-da-caatinga 371Periquito-de-asa-branca 374Periquito-de-bochecha-parda ................................... . 371Periquito-de-cabeça-preta 371

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íNDICE DE ESPÉCIES 859

Periquito-de-cabeça-suja :?ZlPeriquito-de-encontro amarelo 374Periquito-do-tepui 375Periquito-rei, Periquito-estrela 371

~:~~~~~i~~.:::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::~~~Petrel-gigante-do-norte 179Petrirn 569Pia-cobra 721Piau-de-costa-c1ara 177

~~~~~~~~o.:::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::~~~Pica-pau-amarelo 515Pica-pau-anão-barrado 511Pica-pau-anão-carij6 512Pica-pau-anão-creme 512Pica-pau-anão-da-caatinga 513Pica-pau-anão-da-várzea 512Pica-pau-anão-de-Pemambuco 512Pica-pau-anão-de-pescoço-branco 511Pica-pau-anão-de-pintas-amarelas 512Pica-pau-anão-do-Amazonas 512Pica-pau-anão-dourado 512Pica-pau-anão-escamado 512Pica-pau-anão-fusco 512Pica-pau-anão-pintalgado 512Pica-pau-anão-vermelho 512Pica-pau-barrado 515Pica-pau-bufador 513Pica-pau-chocolate 514Pica-pau-chorão 517Pica-pau-de-banda-branca 515Pica-pau-de-barriga-preta 517Pica-pau-de-barriga-vermelha 517Pica-pau-de-cabeça-amarela 514Pica-pau-de-cara-amarela 515Pica-pau-de-colar-dotirado 517Pica-pau-de-coleira 515Pica-pau-de-garganta-branca 514Pica-pau-de-peito-pontilhado 513Pica-pau-de-sobre-vermelho : 517Pica-pau-de-testa-branca 516Pica-pau-de-topete-vermelho 517Pica-pau-do-campo 513Pica-pau-dourado 514Pica-pau-dourado-escuro 514Pica-pau-lindo 515Pica-pau-louro 514Pica-pau-oliváceo 514Pica-pau-rei 517Pica-pau-verde-barrado 513Pica-pauzinho-anão 516Pica-pauzinho-avermelhado 516Pica-pauzinho-chocolate 514Pica-pauzinho-de-testa-pintada 516Pica-pauzinho-verde-carij6 516Pichochó 770Pichororé 569Pimentão 781Pinguim-de-magalhães 187Pinguim-de-penacho-amarelo 188P~gu~-d~testa-amarela 187Pinguím-rei 187Pintadinho 543Pintassilgo : 809Pinto-d'água 298Pinto-d:~gua-av~::nelhado 299Pinto-d agua-carlJo 299Pinto-d'água-comum 298Pinto-da-mata-de-cara-preta 551

.. ..~----

Pinto-da-mata-de-fronte-ruiva , ,., 551Pinto-do-mato : : : : 552Pinto-do-mato-carij6 .::: ::: 549Pintor-verdadeiro 746Pipira vermelha 742Pipira-azul 743Pipira-da-taoca 739Pipira-de-asa-branca 739Pipira-de-bico-vermelho 737Pipira-de-máscara 742Pipira-de-natterer 739Pipira-olivácea 739Pipira-parda 739Pipira-preta 740Piru-piru : . 310Písa-n'água 325Pitiguari : 715Piu-piu 540Piui-boreal 617Piui-de-topete : 617Piui-preto 617Piui-queixado 617Piui-verdadeiro 617Poaieiro-de-sobrancelha 603Poiaeiro-de-cabeça-cinza 603Poiaeiro-de-pata-fina 603Poiaeiro-do-grotão 603Poiaeiro-do-sul 602Poiaeiro-serrano 603Poiaeiro-verde 602Polícia-do-mato 721Polícia-inglesa-do-norte 798Polícia-inglesa-do-sul 798Pomba de-espelho 348Pomba-amargosa 346Pomba-amargosa-da-Amazônia 346Pomba-antártica 328Pomba-de-coleira-branca 345Pomba-da-Cabo 180Pomba-do-orvalho 345Pomba-galega : : 345Pomba-trocal 345Pombo, pombo-doméstico 344Pretinho 650Pretinho-do-igap6 620Prião-azul 181Puco-puco-menor 327Pula-pula 722Pula-pula-assobiador 722Pula-pula-de-duas-fitas 722PuIa-pula-de-sobrancelha 722Pula-pula-ribeirinho 722Puruchém 571Putrião, Pato-de-crista 237

QQuem-te-vestiu 766Quero-quero 315Quete 767Quiriquiri 268

RRabo-amarelo 572Rabo-branco-amarelo 454Rabo-branco-de-barriga-fulva 455Rabo-branco-de-bico-preto 454Rabo-branco-de-cauda-larga 455Rabo-branco-de-garganta-cinza ................ , 456

I"t

'1'

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860. ORNITOLOGIA BRASILEIRA

Rabo-branco-de~garganta-escura 456R~bo-bril.,1.co-de-garganta-rajada 454 .Rabo-branc~de-sobre-amarelo 455Rabo-branco-do-rupununi 455Rabo-branco-miúdo ...................... ............................. 454Rabo-de-arame 645

t :Rabo-de-espinho :;.== 459Rabo-de-junco-preto 330Rabo-de-palha 189Rabo-de-palha-de-bico-Iarania 189Rabo-mole-da-serra ................................................ .. 769Rabudinho ; 568Rapazinho-carijó 487Rapazinh~de-boné-vermeJho 486

_Rapazinho-de-colar 487Rapazínho-do-chaco 487Rapazinho-dos-velhos 487Rapazínho-estríado 487Rei-do-bosque 783Relógio, Ferreirinho : 613Rendadinho 549Rendeira 648Ripina : 248Risadinha 603Rola, rolinha 348Rola-vaqueira 348Rolinha-branca , 348Rolinha-cinzenta 347Rolinha-de-asa-canela 347Rolinha-do-planalto 347Rouxinol-do-rio-negro 796

sSabiá-barranco 705Sabiá-bicolor : 706Sabiá-castanho 703Sabíá-cíca 380Sabiá-coleira, Carachué-coleira 707Sabiá-da-mata , 706 .Sabiá-da-praia : 709Sabiá-de-cabeça-preta 705Sabiá-de-cara-çinza 704Sabiá-de-óculos 703Sabiá-do-banhado 769Sabiá-do-campo,Arrebita-rabo 709Sabiá-ferreiro 704Sabiá-gongá 782Sabiá-Iaranjeira 705Sabiá-norte-americano 703Sabiá-pirnenta 662Sabiá-poca 705Sabiá-preto : 704Sabiá-una ; 704Saci 389Saí-amarelo 749Saí-andorinha 751Saí-azul, saíra 749Saí-azul-de-pernas-vermelhas, Saíra-beija-flor 750Saí-de-barriga-branca 749Saí-de-bico-curto 749Saí-de-máscara-preta 749Saí-de-pema-amarela 750Saí-de-pernas-pretas 749Saí-verde, Tem-tem 749Saíra-amarelo : 748Saíra-apunhalada . 738Saíra-carijó 748Saíra-da-mata 738Saíra-de-barriga-amarela 747

Saíra-dé-cabeça-ââuf : ::; : 748Saíra-de-cabeça-castanha 748Saíra-de-cabeça-preta : 748Saíra-de-chapéu-preto 738Saíra-de-papo-preto 738Saíra-diamante 748Saíra-galega 738Saíra-lagarta 747Saíra-mascarada 748Saíra-militar, Saíra-lenço 747Saíra-opala : 749Saíra-ouro 747Saíra-pintada 747Saíra-sapucaia 748Sanã 296Sanã-amarela 298Sanã-carijó 298Sanã-de-cabeça-castanha 298Sanã-de-cara-ruiva 298Sanã-zebrada : 299Sanhaço-cinzento 742Sanhaço-da-amazônia 742Sanhaço-de-asa-branca 742Sanhaço-de-coleira .............................. ..................... 736Sanhaço-de-encontro-amarelo 743Sanhaço-de-encontro-azul 743Sanhaço-de-fogo 741Sanhaço-do-coqueiro 743Sanhaço-escarlate 741Sanhaço-frade 743Sanhaço-papa-laranjas 743Sanhaço-pardo 735Sanhaço-vermelho 741Saracura-carijó 297Saracura-da-praia 297Saracura-de-asa-vermelha 298Saracura-do-mato 297Saracura-sanã 297Saracura-sanã-dos-mangues 297Saracuraçu ; 297Saracurinha-da-mata 297Sargento 797Saripoca-de-bico-castanho 500Saripoca-de-coleira 500Saripoca-de-Gould .: 500Saudade,Assobiador 661Saudade-de-asa-cinza 661Saurá 669Saurá-de-pescoço-preto 669Sauveiro-do-norte : 249Savacu 207-Savacu-de-coroa 207Sebinho-de-olho-de-ouro 611Sebinho-rajado-amarelo 611Seriema 305Sertanejo 603Sertanejo-escuro , 603Sete-cores 747Sete-cores-da-amazônia 746Siricora-rnirim 299Soc6-boi 208Soc6-boi-baio 209Socó-boi-escuro 208Soc6-grande 204Socoí-amarelo 209Socoí-vermelho . 208Socoí-ziguezague 209Socozinho 206Soldadinho 645Soldado, Tecelão ::'795

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íNDICE DE ESpfCIES 861

Solta-asa ................................. ..... : 546Solta-asa-do-norte ~ 546Sovela-vermelha 481Sovi 248Suindara, coruja-da-igreja 393Suiriri 630Suiriri-cinza 631Suírirí-cinzento 603Suiriri-de-garganta-branca ; 631suírtrí-de-gargante-rajada 630

~:~~~~~~~~~~.::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::~~iSupi, Abre-asas 608Surucuá-açu 469Surucuá-de-barriga-amarela 470Surucuá-de-barriga-vermelha 471Surucuá-de-cauda-preta 469Surucuá-de-coleira 470Surucuá-de-peito-azul 470Surucuá-grande-de-barriga-amarela 470Surucuá-mascarado 470Surucuá-miudinho 471

TTachã 242Tachuri-campainha 611Tanatau : 264Tangará, Dançador 646Tangará-falso 645Tangará-rajado 650Tangarazinho 648Tapaculo-de-brasília 525Tapaculo-de-colarlnho 523Tapaculo-pintado 524Tapaculo-preto , 525Taperá-de-garganta-branca 429Tapereira 184Taperuçu-de-coleira-castanha 429Taperuçu-do-tepui 429Tapicuru-de-cara-pelada 213Tartaranhão-cinza 256Tatac 569Tauató-pintado 249Tem-tem-de-crista-amarela 740Tem-tern-de-dragona-branca 740Tem-tern-de-dragona-verrnelha 740Tem-tem-de-topete-ferrugíneo 740Tempera-viola 781Teque-teque,Ferreirinho ; 613Tesoura 630Tesoura-cinzenta 624Tesoura-de-fronte-violeta 460Tesoura-do-brejo 624Tesourão 456Tesourão, Rabo-forcado, João-grande 198Tesourão-grande 199Tesourão-pequeno 200Tesotirinha 431Tesourínha-da-mata 660Téu-téu-da-savana 326Tico-tico 764Tico-tico-cantor 778Tico-tico-do-banhado 766Tico-tico-do-campo 779Tico-tíco-do-campo-verdadeiro .; 765Tico-tico-do-mato-de-bico-amarelo 778Tico-tíco-do-mato-de-bico-preto 778Tico-tico-do-tepui 778Tico-tico-rei 779

Tiê-bicudo 736Tiê-de-topete : 740Tiê-do-mato-grosso 741TIê-galo 739Tiê-preto : 740Tiê-preto-e-branco 736TIê-sangue 742Tietê-de-coroa 663TIetinga 737TIjerila 631]' -barriga-amarela 625Tmguaçu-ferrugem 625TIo-tio 574TIpio 768Tiriba-de-cara-suja 372Tiriba-de-cauda-roxa 373Tiriba-de-orelha-branca 372Tiriba-de-testa-azul 373Tiriba-de-testa-vermelha 372Tiriba-fogo 371Tiriba-fura-mata 373Tiriba-pérola 372Tiriba-rupestre 373Tiririzinho-do-mato ...................... .............................. 611TIziu 770Topázio-de-fogo 463Topetínho-do-brasíl-central 459Topetinho-pavão 459Topetinho-vermelho 459Torom-carijó 552Torom-de-peito-pardo 552'Iorom-do-nordeste 552Torom-torom _ 552Tovaca-campainha 550Tovaca-cantador 550Tovaca-de-rabo-vermelho 550Tovaca-estriada 550Tovaca-patinho 552Tovacuçu 551Tovacuçu-corujínha : 557-Tovacuçu-xodó 552Tovaquinha 540Trepador-coleira 576'Irepador-quiete 576Trepador-sobrancelha 578Trepadorzinho 578Três-potes 297Tricolino 607Tricolino-dourado 607Trinca-ferro-verdadeiro : 782'Irinta-réis-anão 336Trínta-réis-antártico 336Trinta-réis-ártico 335'Irinta-réis-boreal 335Trinta-réis-das-rocas 336Trinta-réis-de-bando- 337Trinta-réís-de-bico-amarelo 336Trinta-réis-de-bico-preto 335Trinta-réis-de-bíco-verrnelho 335Trinta-réis-de-coroa-branca 336'Irinta-réis-de-Porster 336Trinta-réis-grande ............................................... ........ 335'Irinta-réis-miúdo 336

~~:~~::~~~ft'~.::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::~~~Trinta-réis-real 336Trinta-réis-róseo 336Triste-pia 805Trombeteiro 213Tropeiro-da-serra : ;:, 664

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862. ORNITOLOGIA BRASILEIRA

Trovoada 542. Trovoada-de-bertoni , 542Trovoada-listrada , " : 543Tucaninho-de-nariz-amarelo 499Tucaninho-verde " .., ,.." ' .., 499Tucano-de-bico-preto , ', 501Tucano-de-bico-verde ,.." ,..",.""", 501Tucano-grande-de-papo-branco : , 502Tucanuçu " ,.., " , """"" : 502'fucão , , ~ 605Tufinho-verde , , 459Tufinho-vermelho , , , 459'Tuim , , : 374Tuim-de-bico-escuro , , " 374l'uim-santo 374Tuipara-de-asa-azul , ,.., ", 374Tuipara-de-asa-laranja , 375Tuipara-estrelinha , 375Tuju : , 417Tuque , ,.; 605Tuturim,Sururina , , 163Turuturu , : 299

uUdu , ,., .' 478Udu-de-bico-largo , , , , 477Udu-de-coroa-azul , , 478Uipí , 570Uiraçu-falso ,....................................... , 254Uirapuru-azul- ",., " 538Uirapuru-cigarra ,., 649Uirapuru-de-asa-branca , 694Uirapuru-de-chapéu-azul ,.,., 643Uirapuru-de-chapéu-branco , , 645Uirapuru-de-garganta-preta " 538Uírapuru-de-peito-branco " 693Uirapuru-estrela .' , , 644Uirapuru-laranja , , , , , 645Uirapuru-selado 538Uirapuru-veado , " : 694.Uirapuru-verdadeiro, Músico 694Uirapuru-vermelho , 645Uirapuruzinho 652Uirapuruzinho-do-norte , , ,. 652Uru, Capoeira 284Uru-de-topete , , ' 284

v

- - Uru-do-.campo . 283Urubu-da-mata " ,.", , , 224Urubu-de-cabeça-amarela .,: , , 224Urubu-de-cabeça-preta, Urubu-comum 224Urubu-de-cabeça-vermelha .., , 224Urubu-rei 224Urubuzinho.Andorinha-do-mato .' 489Urumutum 282Urutau , , 410Urutau-de-asa-branca ,.. 410Urutau-ferrugem , 410

Verão, Príncipe : 617'Verdinho-coroado , ".,."" , 717Verdinho-da-várzea , " " , 717Vira-folha-de-bico-curto " ..,.., "" ,., , 579Vira-folha-de-garganta-cinza , ".,., .., ,.',." .. 579Vira-folha-de-peito-vermelho , , " .., 579Vira-folha-pardo , , ,..,.."." , 579Vira-folhas , , 579Vira-pedras , " , , 319Vissiá " ,' , , ".,.", 626Vissiá-cantor , , , , , ,..,.". 626Vite-vite " , , , 717Vite-vite-camurça , , 717Vite-vite-de-barriga-amarela ,.." , , 718Vite-vite-de-cabeça-cinza , "., , ". 717Vite-vite-de-cabeça-marrom " " , ,.., 718Vite-vite-de-olho-cinza , : " " ,., , 717Vite-vite-do-tepui ", , "" " , 717Vite-vite-uirapuru , , , , 718Viúva." " , 743Viuvinha , , "., 622Viuvinha-de-óculos " 621

xXexéu, [apim ;:94

zZidedê , , ", , ,..,., " 543Zidedê-de-asa-cinza , , 543Zidedê-de-encontro ,., , , 543Zidedê-do-nordeste ,.., , 543

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PRANCHAS

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1

8

PRANCHA 1

Tinamidae

I. jVlacucó, l7 s. sol/ t2. Inhambu-galinha, nu s

gu tus3. Inhambu-guaçu, Ct ptll e/llIs

o. obsoletus4. Jaó, llus ti. tt/ldul ls

Zabelê.noc i e/e. fêmea

6. Inhambu-relógio.O ptu elllls iguloslts,macho

7. Inhambu-carapé,us

8. Codorna-comum, /cuios

9. Inhambu-chororó,O)p t e//us parvirosrris

10. Perdiz, Perdigão,RIZJ'ncllO/lIs . nrfoscens

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1

í. I1

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5. Atobá, teu ste 5a.lançando-se ao mar

- .>=:-

PRANCHA 2Diomedeidae (4), Sulidae (5), Phalacrocoracidae (2), Anhingidae (1), e Fregatidae (3)

1. BiguJltinga,'An/lI1lga a.fêmea

2. Biguá, c. imaturo

3. Tesourão, lll(lgnijicel1s,macho adulto; 3a. imaturo

4. Albatroz-de-sobrancelha,D d s,adulto

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5

4

PRANCHA 3Ardeidae (1,2,4,8), Cochleariidae (3), Threskiornithidae (5-7), e Aramidae (9)

L Socó-boi, ig isol7lo/n, adulto; Ia.

imaturo2. Garça-da-mata,

i3. Arapapá, C tus c.

coeI!I nus

4. Maria-faceira, gl71slbt

5. Curicaca, e c.c

6. Guará, Etldocillltls ,macho fora do tempo dareprodução

7. Colhereiro, e jadulto durante areprodução

~. Socozinho, lI/o ides s.

9. Carão, g. l

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3

1. Cabeça-seca. .l c/eno

2. Garça-branca-pequena,Eg /

3. Socoí-vermelho. chusilis, macho

4. Corocoró, e inibis ~I

PRANCHA 4Ardeidae (2,3). Ciconiidae (I). Threskiornithidae (4)

f-..,

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,....

-

. 1. Asa-branca, Delldm(I~[(II(/autUI11I1{tI/S c%

2. Pato-corredor. Neochr!11

3. Pé-vermelho, one/Jmsi/iensis, machovoando: 3a. fêmeapousada

4. Pato-mergulhão, Mergusoctosetaceus, machopousado; 4a. fêmeavoando

5. Tachã, Chollno lor'quota

PRANCHA 5Anhimidae (5). Anatidae (1-4)

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~I

PRANCHA 6Cathartidae (1-3), Pandionidae (6), Falconidae (4,5)

1. Urubu-de-cabeça-preta,. s

2. Urubu-de-cabeça-vermelha,t es li(jiCO//t

3. Urubu-rei, nus4. Caracará, O~l ls p. p/ nclls

5. Carrapateiro,clll imaturo

6. Águia-pescadora,i /lIs .

L,

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I

1. Gavião-tesoura. E !Ioidesforficatus

2. Gavião-carijó, RlfjJomisni s is

3. Gavião-pomba, Lellcop/el'lll:r/

4. Sovi, !c/tili p/1I1l1 , imaturoS. Gavião-do-mangue,

bl lli, fêmea adulta6. Falcão-peregrino, Fa/co

p tts ssp.

7. Caramujeiro, Ros/dzamussociabtlis

8. Carrapateiro, ladulto

,I1

PRANCHA 7Accipitridae (1-5,7). Falconidae (6,8)

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2

6

"I

~.

PRANCHA 8Accipitridae (1,2,4), 'Falconidae (3,5-9)

1. Gavião-carijó, o isnipllll7li.s

2. Ripina, H b. blde lls3. Acauã, H etotl7 c.

imaturo

4. Gaviãozinho, C p s.//

5. Gavião-caburé. /c I:icolli.s

6. Gavião-relógio, /c s., imaturo

7. Falcão-de-coleira, fsubadulto

8. Quiriquiri, /co s use, macho; 8a. fêmea

9. Cauré, jigul i.s

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1

4

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',,"", -

PRANCHA 9Accipitridae

l.--Gavião-de-penacho,o.

subadulto2. Gavião-pega-macaco.

i ,imaturo

3. Caracoleiro, Choancoraras

4. Gavião-caboclo, t/teog s- l s

5. Gavião-pernilongo,Ge ospi scens

ctlis

6. Ga vião-de-rabo-branco,uteo us

7. Gavião-real, H pi i

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PRANCHA 10Cracidae (1-7), Phasianidae (8), Opisthocomidae (9)

1. Míitum-cavalo,2. Urumutum,

3. Mutum-de-penacho, .fasciolara, macho; 3a.fêmea

4. Jacuguaçu, enelope obscuS. Jacupemba, enelope

supe cui is j6. Aracuã-pintado, is g.

gl t

7. Jacutinga, j til1go8. Um, opho s c. e9. Cigana, OpisthoCOI7

~

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.....

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5

7

5a

PRANCHA 11Psophidae (1), Rallidae (2-6). Eurypygidae (7)

1. Jacamirn-de-costas-verdes,v. dis

2. Sanã-carijó, o .lbico/lis

3. Três-potes, ides c.c /

4. Pi nto-d' água-comum,e 1Il.

. Frango-d'água-azul,/ l uuc .

adulto: imaturo,nadando

6. Frango-d' água-comum,C us ga/eara

7. Pavãozinho-do-Pará,Eu 1. /ie

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PRANCHA 12Haematopodidae (4). Scolopacidae(2,5,6), Recurvirostridae (I), Phalaropidae

1. Pernilongo, Húllt7ll(ojJlIs1IIe1(7Ill/rllS

2. Maçarico-de-perna-amarela.Tringa jlall/iJes.plumagem de descansoreprodutivo

3. Pisa-n' água,Steganop/tsco/ , descanso

4. Piru-piru, Hoem%plfspalliattls

5. Maçarico-pintado, Actitiscu descanso

6. Maçarico-branco, Ca!tdrisalba, descanso

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I

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1.' Batuiruçu. lplumagem de descanso

2. Quero-quero.clulensú

3. Batuíra-esporão.Hoplo.n

4. Baruíra-de-coleira.ls

5. Batuíra-de-bando, Ch s, imaturo

6. Maçaricão, elliusph pus huds icus

7. Maçarico-rasteirinho, C l,d,.ispusillo, descanso

PRANCHA 13Charadriidae (1-5). Scolopacidae (6.7)

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PRANCHA 14Stercorariidae (1), Laridae (2-6), Caprirnulgidae (7)

1. Gaivota-rapineira-cornurn.e c nus p

imaturo2. Trinta-réis-grande, P/wefllsa

si3. Gaivotão, dOll/illicmlf/s

4. Trinta-réis-real,, plumagem de

descansoS. Trinta-réis-de-bico-verrnelho,

Srema /linmdillacea, emplumagem dereprodução; Sa. imaturo

1

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t)..

_____ ---".l.\\.

J6. Trinta-réis-anão,

ci/i , plumagemde reprodução

7. Bacurau-da-praia, eiless

J

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2a 1

PRANCHA 15Columbidae (1-5), Cuculidae (6-10)

LJuriti, e u

2. Rolinha, /.o macho; 2a.

fêmea, irritada3. Avoante, c

c - e

4. Rola-vaqueira, .i ts

5. Pornba-trocal, Cspeci macho

6. Alma-de-gato,o

7. Saci, /I.

8. Papa-lagarta, Cocc usi co hus

9. Peixe-frito-pavonino,o oco p inus

10. Jacu-estalo, o g.geo.

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PRANCHA 16Psi ttacidae

1

7If.

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1

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8

10

1. .Arara-azul-de-Iear.chus t

2. Ararinha-azul, C psi

3. Arara-azul- grande,

l7 intlúnlls

4. Maracanã-de-cara-arnarel a,t

5. Maracanã-nobre, Dnooü/s cu

6. Canindé, .7. Arara-vermelha-grande,

8. Guaruba, G u oub

9. Marianinha, tes fIeuco te

10. Apuim-de-cauda-amarela,out! s

11. Tuipara-de-asa-Iaranja,o pte us

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P. .B.

PRANCHA 17Psittacidae

I. Papagaio-verdadeiro,.

2. Papagaio-de-peito-roxo.v/nacea

3. Curica, . oni4. Chauá,5. Anacã, Derop~ms a.

accip,tri/llls

6. Curica-urubu, Piol/opsirraI'ulrurina

7. Maitaca-de-rnaximiliano.Pio!l"s Illaxilllilial/i .r/r

8. Jandaia-verdade ira,Ararll/ga.rolsrtiialú jal/dam

9. Periquito-rei, Arar/nea aurea10. Tiriba-de-testa-verrne lha.

Pyrrllllra jivl/rallsc/lfi-tiJepe

I I. Tiri ba-de-orelha-branca,Pvrr/urra ! Ieucoris

12. Tuirn, ForjJlIs .r.gius

13. Periquito-de-encontro-amarelo, Br%gerú c/liriri

1.1

I.

Page 131: Ornitologia Brasileira - Helmut Sick 2ed-04

8

;1;

~1~

-~-4

1~-J

"~--J

~.

PRANCHA 18Strigidae (1-5), Nyctibiidae (6), Caprimulgidae (7,8)

,l. Coruja-listrada, tlop/ul

2, Corujinha-do-rnato, O c.cho

3 . Murucu tutu-de- barriga-amarela, i

is veja otexto

4. Coruja-orelhuda, /1Íllopt n.c o

Caburé, G cldiusi/i 5a. fase

ferrugínea6. Urutau, tlbitts g iseus

7. Curiango, / c .icollis

8. Bacurau-tesoura-g igante,ops is c e

Page 132: Ornitologia Brasileira - Helmut Sick 2ed-04

-

PRANCHA 19Caprimulgidae (1.2), Apodidae (3,4), Hirundinidae (5)

1. Bacurau-tesoura, Hlb sili macho adulto;Ia. fêmea

2. Bacurau-de-asa-fina,. acuripennis

3. Andorinhão-do-temporal,e

4. Andorinhão-de-coleira,e

5. Andorinha-de-sobre-branca,c I.

Page 133: Ornitologia Brasileira - Helmut Sick 2ed-04

I-..,

PRANCHA 20Trochilidae

1. Tesourão, -, macho

2. Tesoura-de-fronte-violeta,g! is,

macho; 2a. fêmaa3. Beija-flor-de-bochecha-azul,

Heliot . macho

4. Rabo-branco-de-sobre-amarelo,

s. Topetinho-vermelho,magrufica,

_ macho; 5a. fêmea6. Beija-flor-brilho-de-fogo,

I macho

7. Estrelinha, C !!macho; 7a.

fêmea8. Papo-de-fogo, C l

rubricauda, macho; 8a.fêmea

Page 134: Ornitologia Brasileira - Helmut Sick 2ed-04

PRANCHA 21Trochilidae

10 ~.B.

1. Beija-flor-vermelho,

macho2. Besourinho-de-bico-

vermelho,, macho; 2a.

fêmea3. Beija-fIor-de-topete,

te is l l dt,macho; 3a. fêmea

4. Papo-branco, eucoc/tlo sco!!is

5. Beija-fIor-de-orelha-violeta,s o s

6. Beija-fIor-preto,t cot ni s,

macho; 6a. fêmea7. Beija-fIor-roxo, H !

c nus i i ,macho; 7a. fêmea .;

8. Beija-flor-de-garganta-verde,tli n

9. Beija-fIor-cinza, chci och!o

10. Bico-reto-de-banda-branca,He/ st s

I

II

Page 135: Ornitologia Brasileira - Helmut Sick 2ed-04

1

L

i......,r......,

T

r

1

PRANCHA 22Trogonidae (1-3), A1cedinidae (4-5), Momotidae (6)

1. Surucuá-grande-de-barriga-amarela, ogon indis,macho; Ia. fêmea

2. Surucuá-açu, /p oninus, macho

3. Surucuá-de-coleira, gon c.c s, macho; 3a. fêmea

4. Martim-pescador-grande,C le fêmea

5. Arirambinha, Chlo le .macho

6. Juruva, I;

Page 136: Ornitologia Brasileira - Helmut Sick 2ed-04

PRANCHA 23Galbulidae (1,2), Bucconidae (3-6), Capitonidae (7)

1. Ariramba-grande-da-rnata-virgem, .

, macho2. Bico-de-agulha-de-rabo-

vermelho, G lbu!ruficauda rufovindis,macho

3. João-barbudo,srr/ara

4. João-bobo. lsc/racurir5. Rapazinho-carijó, cco

l -

6. Macuru. O u7. Capitão-de-bigode-carijó,

n. Iliger, macho;7a. fêmea

Page 137: Ornitologia Brasileira - Helmut Sick 2ed-04

PRANCHA 24Ramphastidae

I. Tucano-grande-de-papo-branco,

cu ie2. Tucano-de-bico-verde,

dico/o3. Tucano-de-bico-preto,

s/os tle//úllIs nel

4. Tucanuçu, osl ls

5. Araçari-castanho,Prerog/ossus casrauor/s

6. Araçari-rnulato,

7. Araçari-banana, i/lontusillont

8. Araçari-poca. l7ldes is, macho; 8a.

fêmea

. -'.

7

Page 138: Ornitologia Brasileira - Helmut Sick 2ed-04

PRANCHA 25Picidae

1

5

10

I. Picapau-de-banda-branca,

2. Benedito-de-testa-amarela,

fêmea; 2a. macho3. Picapau-do-carnpo,

c. , macho4. Picapau-rei, 1sI:

s , macho

s. Picapau-chocolate, Celeuse macho

6. Picapau-de-cabeça-arnarela,. macho

7. Picapau-chorão, icoidesmrxrus, macho

8. Picapau-verde-barrado,,

macho; 8a. fêmea

9. Picapau-bufador, icúlus., macho; 9a.

fêmea10. Picapauz inho-de-testa-

pintada, ili is. macho; lOa.

fêmea11. Picapau-anão-barrado,

macho; l l a. fêmea

Page 139: Ornitologia Brasileira - Helmut Sick 2ed-04

PRANCHA 26Dendrocolaptidae

,

. ,

r

1

1--

1. Arapaçu-de-bico-cornprido,I o is

2. Arapaçu-de-gárganta-branca,. lbicollis

3. Arapaçu-de-garganta-amarela, ncg

4. Arapaçu-grande,Dend ocol tes p.

ost is5. Arapaçu-de-bico-de-cunha,

Gl spi u6. Arapaçu-de-bico-torto,

s7. Arapaçu-liso, Dend oci .

j

8. Arapaçu-de-bico-branco,p. picus

9. Arapaçu-rajado,eptdocol ptes s

te10. Arapaçu-verde,

s ptilus

Page 140: Ornitologia Brasileira - Helmut Sick 2ed-04

6

PRANCHA 27Furnariidae

1. Andarilho, G tespoeciiopte

2. João-de-barro, n iusu. tls ius

3. João-tenenérn, ll is s.sp

4. Bichoita, oeniophp ph

5. Arredio-pálido, o/eui

6. João-pau, e

7. Casaca-de-couro,c.

8. Trepador-quiete,_ l t9. João-porca, i n.

10. Barranqueiro-de-olho-branco, o !/

11. Trepador-sobrancelha,Cichloco/ ieucop

12. Limpa-folha-ocrácea,ht! lichún

13. Bico-virado-miúdo, enopsn s

14. Vira-folhas, s.

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PRANCHA 28Formicariidae

'~. -~

I.

1

.. 1

.-...

L

1. Choca-bate-cabo,ilus punc

stictu us, macho2. Choquinha-de-peito-pintado,

D t us s t/to .macho; 2a. fêmea

3. Choquinha-de-dorso-vermelho, Doc g macho; 3a.fêmea

4. Choquinha-de-flanco-branco,

macho; 4a.fêmea

5. Papa-formigas-vermelho,ci . n

macho; 5a. fêmea

6. Chorozinho-de-asa-vermelha, H usI: i , macho;6a. fêmea

7. Papa- formigas-de- grota,i

macho; 7a. fêmea8. Guarda-floresta, H

och macho

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PRANCHA 29Formicariidae (1-4), Rhinocryptidae (5), Tyrannidae (6)

I. Tovacuçu,i to

2. Galinha-do-mato, /n

3. Mãe-taoca, h/egopsis

4. Cuspidor-de-rnãscara-preta,

macho; 4a. fêmea

5. Tapaculo-pintado,

6. Estalador,/

~----

Page 143: Ornitologia Brasileira - Helmut Sick 2ed-04

1

.. ~

PRANCHA 30Cotingidae (1-6), Tyrannidae (7-9)

L ci carrufex,macho

2. Corocochó, C

3. Tesourinha-da-rnata,is,

macho

4. Crejoá, Co culmacho

5. Anambé-azul, Cotin nmacho; 5a. fêmea

6. Anambé-de-asa-branca,op

7. Caneleiro-verde,us J.( indis

8. Caneleiro,9. Capitão-de-saíra, il us

Page 144: Ornitologia Brasileira - Helmut Sick 2ed-04

1.. Ga1o-da-serra,macho; ia.

fêmea2. Pavão-do-mato, s.

macho

3. Anambé-una, (!uemacho

4. Anambé-militar,to s,

macho

5. Pássaro-boi,macho

6. Chorona-cinza,

1

PRANCHA 31Cotingidae (1-5), Tyrannidae (6)

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---,3

J~2 -.\

~

3 .~

PRANCHA 32Cotingidae (l), Pipridae (2-14)

1. Caneleirinho-de-chapéu-preto, pile tus.macho

2. Tangará-rajado,op I: s,

macho3. U irapuru -de-chapéu -azul,

/3a. c.machos adultos

4. Uirapuru-Iaranja, fs , macho

adulto; 4a. fêmea5.. Cabeça-de-prata, i

macho6. Cabeça-encarnada,

machoadulto; 6a. fêmea

7. Uirapuru estrela,se . macho

8. Uirapuruzinho,

3a

5

!t

f.B.

9. Fruxu-baiano,i macho adulto

10. Tangará,macho

1I. Tangarazinho, li/i is. macho

12. Coroa-de-fogo, Hus, macho

13. Rabo-de-arame,i macho

14. Soldadinho,

Page 146: Ornitologia Brasileira - Helmut Sick 2ed-04

.-.

9a

PRANCHA 33Cotingidae (1,2), Pipridae (3,4), Tyrannidae (5-9)

5. Maria-preta-de-bico-azulado,nipo/eglts ,

fêmea6. Maria-cavaleira-de-rabo-

enferrujado, . husu/us e

I. Araponga-do-horto,uncus ist us

2. Papinho-arnarelo, üesc/ /o

3. Eri.ferrujadinho, opipo

4. Flautim, escens

7. Benteviz inho-de-asa-ferrugínea, i

8. Suiriri, 7

9. Verão, /us I: ubinus,macho; 9a. fêmea

,

I-,..

Page 147: Ornitologia Brasileira - Helmut Sick 2ed-04

PRANCHA 34Tyrannidae

-",, ,"-'.J

~

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4~

I-I

-J.j

-.J

-l

1. Berítevi-pequeno, Conopig

2. Barulhento, uselo

3. Tricolino, coloptese

4. Alegrinho,s ist

Guaracava-de-penacho-amarelo,

______ --

6. Guaracava-de-barri ga-~amarela, E l

7. Risadinha, toàso/erum

8. Piolhinho, ll)fasctarus l

9. Cabeçudo,c

10. Abre-asas,. ,

11. Teque-teque, odip

12. Ferreirinho-de-cara-canela,i os plu beiceps

13. Caçula, i s tus14. Papa-piri, s

ub15. Papa-moscas-uirapuru,

e

Page 148: Ornitologia Brasileira - Helmut Sick 2ed-04

-.. ..

PRANCHA 35Tyrannidae

2

1

57

I. Enferrujado, La/llro/ricclIseu/

2. Bentevi, Pirallgus slI/p/llIra/lIs3. Assanhadinho, Myiobills

barba/as masraca/is4. Filipe, Myiopllobtls fasciatus,

macho5. Caga-sebinho-penacho,

o ccus ga/ea/lIs

6. Patinho, Pla!l"nirclwsvsraceus

7. Gibão-de-couro, Hinllld/Íleajérmgillea

8. Bico-chato-de-rabo:yermelho, Ra/1/p//o/ni{ollmficallda

9. Sebinho-rajado-arnarelo,He/1/t/!'lccllS s/ria/icol/is

10. Maria-leque,Onyclzo h 1"11c/ras c.coronarus

11. Papa-moscas-de-olheiras,P/~j/loSC{l/1esous

12. Mari ani nha-amare la,Capsielllpisj1aveola

13. Bico-chato-de-orelha-preta,TolmO/llJ'las slIlp/71/rescens

Page 149: Ornitologia Brasileira - Helmut Sick 2ed-04

'I

---I

2

.,.. ....' ,I

~

PRANCHA 36Hirundinidae

5

-'"\1

1. Andorinha-pequena-de-casa,iochebdon c.no

2. Andorinha-doméstica-grande, gne

ic3. Andorinha-do-campo,

eop ogne

4. Andorinha-do-rio,cines

5. Ca1cinha-branca, ont. IÍ

6. Andorinba-serrador,elgldo . s

7. Andorinha-morena,Alopochelidon fucata

8. Peitoril, . c9. Andorinha-de-bando,

H t

10. Andorinha-do-barranco,.

Page 150: Ornitologia Brasileira - Helmut Sick 2ed-04

'1I

. 1. Gralha-azul, C

2. Cancã,opogon

3. Japacanim, .

4. Sabiá-castanho, Cichlopsisleucogen

Sabiá-da-mata, f..

6. Sal'íiá-laranjeira, .

7. Sabiá-poca,

8. Sabiá-barranco, lleú

PRANCHA 37Corvidae (1,2), Troglodytidae (3), Turdinae (4-8)

-.

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PRANCHA 38Troglodytidae (1-7), Sylviinae (8), Estrildidae (9)

1:-'Uirapllru-de-peito-branco,Herucormna Ieucosticra

2. Garrinchão-de-barriga-vermelha, llste c/lls

3. Uirapuru-verdadeiro.s

n . u/o s

4. Ui rapuru-veado,171.

1II00gil7a/lIs

5. Corru íra-do-carnpo,Ci s p. ensis

6. Cambaxirra, /es.

7. Catatau. C/ ssp.

8. Bico-assovelado,lllpl lllts

uste s9. Bico-de-lacre, Es/ /d ,

macho, pousado numapanícula de capimcolonião, Pan/cum117a.x un li 111

Page 152: Ornitologia Brasileira - Helmut Sick 2ed-04

I. Japuaçu, oco/ib(/ i es

2. Japu, s oco/iusdecumanusculosus

3. Chopim, %th s b.bo machoadulto; 3a. fêmea

4. Xexéu, c/cus c.5. Carretão, c.

c nopus, machosubadulto; 5a. fêmea

6. Polícia-inglesa-do-sul, eistessupe c macho: 6a.fêmea

7. Iratauá-grande,

8. Corrupião, /c usj c

I

i'I

PRANCHA 39Icterinae

Page 153: Ornitologia Brasileira - Helmut Sick 2ed-04

-

PRANCHA 40Vireonidae (6-8), Parulinae (9-12), Coerebinae (2), Thraupinae (1,3-5)

1. Saíra-beija-flor, C ne es c.c , macho; 1a.fêmea

2. Carnbacica, Coe eb eolc lo , querendofurar flor de iscus

eus varopendulpara obter o nectar

3. Saí-verde, Chlo op .

spi macho

4. Saí-azul, D C. ,macho; 4a. fêmea

5. Figuinha-de-rabo-castanho,Conimacho; 5a. fêmea

6. Juruviara, í C. c7. Verdinho-coroado, H lop/ultts

p. poictlo8. Pitiguari, c glijOIle/lsis

oc/uocepn

9. Mariquita, pÍllo u i

10. Pia-cobra, Geohs ,

macho11. Pula-pula, i

cuiici eucus12. Polícia-do-mato, /e/lus

p. peizein), macho; l2a.fêmea

Page 154: Ornitologia Brasileira - Helmut Sick 2ed-04

1 2

4a II

PRANCHA 41Thraupinae

1. Saí-andorinha, i, macho, 1a. fêmea

2. Bonito-do-campo,c. ne

macho3. Fi-fi verdadeiro, Eup/lOll

c s is,macho, 3a. fêmea

4. Ferro-velho, EUp/lollpect lis, macho, 4a.fêmea

5. Saíra-diamante, ng ee/ macho

6. Negaça, p.pu/rcrara7. Saír~-militar, c.

c e macho

8. Saíra-amarelo, c.c n , macho

.9. Sete-cores, se!edon,macho

10. Sanhaço-de-encontro-azul,pis c opt

11. Sanhaço-do-coqueiro,p. p

Page 155: Ornitologia Brasileira - Helmut Sick 2ed-04

---,')

III

'!

I

~I

5 -"1

I

PRANCHA 42P.S.

Thraupinae (1-7), Emberizinae (10-11), Cardinalinae (8-9)

-l. Tiê-sangue, /lOce/lIs, macho,

Ia. fêmea2. Saíra-da-mata, He th o lpis

c , macho, 2a.fêmea

3. Sanhaço-de-fogo, /fiava s , macho, 3a.fêmea

4. Viúva, deo n.no macho

5, Tiê-preto,, fêmea

6. Bico-de-veludo,clustoc /

tl/us .7. Pipira-de-asa-branca, l(

machosubadulto, 7a. fêmea

8. Trinca-ferro-verdadeiro,s. stÍ71ilis

9. Furriel, o stes c.densis

10. Galo-da-campina,ini

11. Cardeal-amarelo,Gube c ist

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--.- ._- --....--- -----;z.I

1a

3

PRANCHA 43Emberizinae (2-11), Cardinal inae (I)

I. Azulão, sse b ~macho, Ia. fêmea

2. Curió, o s ./ensis, macho, 2a.

fêmea3. Caboclinho-paul ista,

opile to, macho, 3a. fêmea

4. Tico-tico, on

5. Tico-tico-do-rnato-de-bico-.preto, on t.t s

6. Quete, osp/ « I.7. Mineirinho, Ch

eu8. Tico-tico-rei, COl)p/lOspingus

cucu tus bescens,macho

9. Canário-da-terra-verdadeiro,lis lleolo b iensis,

macho, 9a. fêmea10. Tico-tico-do-campo-

verdadeiro, shUl

. 11. Canário-do-campo,E b ide. he co

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,rII

-..

PRANCHA 44Rallidae (9), Columbidae (10), Psittacidae (4,5,7,8), Nyctibiidae (1), Galbulidae (2), Capitonidae (3), Picidae (6)

1. Urutau-de-asa-branca, .bius Ieucopt

2. Cuitelão,

3. Capi tão-de- bigode-de-cin ta,C tlo dayi, macho, 3a.fêmea

4. Papagaio-de-cara-roxa,

5. Sabiá-cica, cl macho

6. Picapau-de-cara-amarela,.

macho, 6a. fêmea7. Guaruba.

8. Tiríba-pérola,penara

9. Saracura-da-praia, es

10. Rolinha-do-planalto,C bi .macho

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7

4a

5. Saíra-apunhalada,

6. Rabo-branco-de-cauda-Iarga,llOe/llOl7lisgOltllellei

7. Balança- rabo-canela, C isdo . macho

8. Bico~virado-da-caatinga,

9. Zidedê-do-nordeste, e llSi~Á:I~macho, 9a. fêmea

PRANCHA 45Trochilidae (l,fi,7), Rhinocryptidae (12), Formicariidae (4,9-11), Fumariidae (8), Pipridae (3), Cotingidae (2), Thraupinae (5)

1. Beija-flor-de-gravata-verde,t s , macho

2. Tietê-de-coroa,c st t macho, 2a. fêmea

3. Dançador-de-coroa-dourada,/I . macho,

3a. fêmea4. Formigueiro-de-cabeça-

negra,notos, macho. 4a.

fêmea .

10. Chororó-cinzento,C imacho

11. Gravatazeiro, hopol7lismacho

12. Tapaculo-de-brasília,pit

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Colar de uma índia Kaapor (Urubu) da região do rio Gurupi. Maranhão. A porção do colar que se dispõe ao reelorelo pescoço é feita de penas da parte superior do peito do tucano-de-bico-preto,RO/l/pllOSIOS I'r'tellill/ls. O "medalhão"ou "pingente" em forma de inseto é confeccionado no centro por retrizes do saurá,PllOeflicirclfS canufe», delineado'por rêrniges e pequenas penas da garganta do anarnbé-azul.COlitrga . Todas estas três espécies de aves sãoe uvontrudus na Arnaz ôui a.-'-------

PRANCHA 46 PLUMÁRIA INDÍGENA

Page 160: Ornitologia Brasileira - Helmut Sick 2ed-04

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LO'tlA dtL.."a.t~r lerla~o~nouo.m.~tl""".Inl'~". .'~ono;,uI""",CQ",lino I-~V / \ / 'I' \- \~~ .,.,..~./11s. col..., /,~ / \ r---~----j----7.- -~

PRANCHA 47' MAPA MUNDI DE ALBERTO CANTINO, 1502

Reprodução de uma porção do nHIP.a mostrando a costa brasi le ira. Este mapa, desenhado por exploradores portugueses foi roubado em Lisboa peloitaliano, Alberto 'Cantino, a mando do Duque de Ferrara, Hercules d'Este. O original está depositado atualmente na Biblioteca Estense em Modena, naltália. Esta cópia foi feita cio famoso livro: História da Colonização Portuguesa do Brasil, Vol. 1,1921, Porto, Portugal: Litografia Nacional.

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Page 161: Ornitologia Brasileira - Helmut Sick 2ed-04

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