Oriente Médio
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OrienteMédio
Mauro Vranjac
1) Localização Geográfica• Posição
geográfica estratégica, localizado entre ÁFRICA, ÁSIA E EUROPA.
• Oriente Médio – termo sem localização definida.
2) GEOGRAFIA FÍSICA
• Formado predominantemente por PLANALTOS.
• As planícies são escassas, espremidas entre o mar e as montanhas, merecendo destaque a PLANÍCIE DA MESOPOTÂMIA, localizada entre os rios Tigre, Eufrates e Jordão.
3) CLIMA E VEGETAÇÃO• 90% das regiões possuem climas semi-áridos ou desérticos.→ baixo índice pluviométrico→ chuvas irregulares→grande amplitude térmica diária – dia: +40 graus, e noite
próxima de 0 grau.• Presença de climas úmidos somente nas regiões próximas
do litoral.• Vegetação Xerófila (adaptada a lugares secos) e estepes.
4) ECONOMIA
• Industrialização muito recente e ainda discreta.
• Maioria da população vive de atividades agropastoris (ovelhas, carneiros e camelos).
• Agricultura restrita as planícies dos grandes rios – destaque para agricultura mediterrânea – olivas, de cereais, trigo e cevada.
• Sistema de Jardinagem em Israel.
PETRÓLEO
Golfo Pérsico uma das mais estratégicas regiões do globo: a área concentra os maiores campos petrolíferos do mundo. Os países que o margeiam têm 35% da produção mundial e cerca de 66% das reservas.
Estreito de Ormuz:
Através dele é realizado a maior parte do escoamento do petróleo do Golfo, 60% do petróleo consumido pelo ocidente. Os Emirados Árabes disputa esse território com o Irã.
5) QUADRO HUMANO
• População superior a 210 milhões de habitantes.
• Conhecida como CALDEIRÃO ÉTNICO: região com mistura de vários grupos étnicos: ÁRABES (maioria), TURCOS, PERSAS, E JUDEUS.
• 70 % da população é MUÇULMANA.
Etnias e Religião
6) Conflitos Internos - Palestina• Expulsão da Palestina (70 d.C.) - Império Romano - diáspora
• 395 d.C. – Ocupada pelo Império Bizantino (Romano do Oriente)
• Séc. VII – conquistada pelos Árabes – expansão do islamismo – mas sem identidade única
• Séc. XI e XII – criação de um Estado cristão
• Séc. XVI – incorporada ao Império Turco-Otomano
• Séc. XIX – Nasce o Movimento Sionista
• 1897 - início do Movimento Sionista internacional por parte de Theodor Herzl – escritor húngaro de origem que fundou o movimento sionista
• A Rússia, que recebeu grande número de imigrantes judeus, eram comuns os Pogrons, manifestações coletivas e violentas contra judeus.
Movimento Sionista e os Pogrons
A Quadro “Depois do Pogron – pintor judeu lituano Lasar Segall
B Cartão do Ano Novo Judaico de 1900. Comemoração de família russa sendo recebida por comunidade judaica norte-americana.
A B
DECLARAÇÃO BALFOUR – 1917
"O Governo de Sua Majestade vê com simpatia o estabelecimento na Palestina de um lar nacional para o povo judeu e envidará seus melhores esforços para facilitar a conquista desse objetivos, ficando claramente entendido que nada será feito que possa prejudicar os direitos religiosos e civis das comunidades não judaicas existentes na Palestina ou os direitos e condições políticas usufruídas pelos judeus em qualquer outro país.”
Arthur James Balfour
Secretário da coroa britânica para Assuntos
Estrangeiros Primeira Guerra Mundial 1914 – 1918 Palestina sobre o domínio inglês
Jaffa - 1933 - policiais ingleses reprimem manifestações de nacionalistas árabes contra presença de judeus na Palestina
As Primeiras Reações Palestinas
Ruínas do hotel King David em Jerusalém, onde funcionava o QG dos britânicos. O edifício foi destruído por um atentado terrorista de sionistas radicais em 1946.
As Primeiras Reações
Palestinas
“[...] todo cruzamento de dois seres de valor desigual dá como produto um meio termo entre os valores dos pais [...] Tal ajuntamento está em contradição com a vontade da natureza, que tende a elevar o nível dos seres. Este objetivo não pode ser atingido pela união de indivíduos de valores diferentes, mas só pela vitória completa e definitiva dos que representam o mais alto valor. O papel do mais forte é o de dominar e não o de se fundir com o mais fraco, sacrificando assim sua própria grandeza.”
(Adolf Hitler – Mein Kampfk)
2ª Guerra Mundial
Fortalecimento da posição judáica
• Holocausto – diante do horror do holocausto judaico a questão israelense voltou a ser discutida;
• Tentativa de reparação histórica;
• Tentativa de apaziguar os conflitos judeus – palestinos;
O Estado de Israel e a Questão Palestina
A Partilha da Palestina Formação de dois Estados:
Israel e Palestina
Proposta da ONU em 1947Área do Estado Judeu 56,7%
Área do Estado Árabe 42,6%
Área Internacionalizada 0,7% de Jerusalém(cristianismo, islamismo, judaísmo)
1948 – Nasce o Estado de Israel• Rico, com liderança única e apoio dos EUA e
Europa.
1º Conflito: Guerra de Independência de Israel 1948-1949
• Países Árabes:Egito, Síria, Jordânia, Líbano, Iraque e povo palestino atacam Israel.
• Motivos:Impedir a formação do Estado de Israel e expulsar os judeus da Palestina.
• Israel vence e ocupa parte do território dos Palestinos; Egito ocupa a Faixa de Gaza; Jordânia ocupa a Cisjordânia
• Jerusalém é dividida: Parte Ocidental (domínio dos Judeus) e Parte Oriental (ocupação da Jordânia)
• Palestinos ficam sem seu território e Estado
Teatro de Guerra do Primeiro Conflito
A LIGA ÁRABELiga Árabe, nome corrente para a Liga de Estados Árabes, é uma organização de estados árabes fundada em 1945 no Cairo por sete países, com o objetivo de reforçar e coordenar os laços econômicos, sociais, políticos e culturais entre os seus membros, assim como mediar disputas entre estes.
Embora seja considerada pelas Nações Unidas uma organização regional, tal classificação não corresponde à realidade, visto que seus Membros estão espalhados pelos continentes africano e asiático. O principal fator de união, que era a vinculação com o mundo árabe, passou a ser a religião islâmica.
PaísEgitoIraqueJordâniaLíbanoArábia Saudita SíriaYemenLíbiaSudãoMarrocosTunísiaKuwaitArgéliaEmirados Árabes UnidosBahreinQatarOmãMauritâniaSomáliaPalestinaDjiboutiComores
Atualmente a Liga Árabe compreende vinte e dois estados, que possuem no total uma população superior a 200 milhões de habitantes.Os países-membros originais eram Líbano, Egito, Iraque, Síria, Emirado da Transjordânia (atual Jordânia), Arábia Saudita, Iêmen e representantes dos árabes palestinos. Posteriormente juntaram-se Sudão, Líbia, Tunísia, Marrocos, Kuait, Argélia, Iêmem do Sul, Bahrein, Qatar, Omã, Emirados Árabes Unidos, Mauritânia, Somália, e Djibuti.
Novo Posicionamento Geográfico Judeu
• Motivo: nacionalização do Canal de Suez pelo Egito frente a Inglaterra e França (Gamal Abnel Nasser assume o poder no Egito)
• Problema: reconhecimento de Israel cada vez mais difícil no mundo árabe
• Egito, Jordânia e Síria preparam um novo ataque a Israel
• Formação do Pan-arabismo
• Israel antecipa o ataque dos árabes e ataca primeiro
Conflito: Guerra do Canal de Suez 1956
PAN-ARABISMO: movimento político tendente a reunir os países de língua árabe e de civilização árabe numa grande comunidade de interesses
Fundamento: noção de existência de uma única nação árabe, fragmentada pelo imperialismo europeu
Principal bandeira geopolítica: oposição a Israel, que sintetizava, aos olhos dos árabes, a opressão colonial européia e a arrogância imperial do Ocidente
República Árabe Unida: projeto de formação de uma confederação, tentado por Egito e Síria (acabou fracassando melancolicamente)
2ª. Guerra Mundial
Sociedades árabes dominadasPelo império Turco-Otomano
Decadência otomana abre caminho para o IMPERIALISMO europeu
A partirdo séc. XVI
Independência do Egito1922
Plano de partilha da Palestina na ONU
1947
Proclamação da República no Egito1952
Guerra de Suez (retirada anglo-
francesa humilhante)
1956
PAN-ARABISMO
A partirdo séc. XIX
1952 Golpe de oficiais militares: GAMAL ABDEL NASSER no poder
Guerra árabe-israelense 1948-1949
Declaração Balfour promete Estado judaico na Palestina
1917
1962
Egito, Síria e Jordânia vs. Israel
Israel em apenas seis dias conquista:
• Toda Faixa de Gaza e a Península do Sinai* (do Egito)
• Colinas de Golan (da Síria)
• Toda a Cisjordânia* (da Jordânia)
• Toda cidade de Jerusalém.
2º Conflito: Guerra dos Seis Dias 1967
PÓS – GUERRA DOS SEIS DIAS Aumento do Sionismo, Israel incentiva a criação de
assentamentos Judaicos na Faixa de Gaza e na Cisjordânia
3º Conflito: Guerra do Yom Kippur 1973
Egito, Síria e Jordânia vs.
IsraelMotivos: recuperar territórios perdidos e expandir o pan-arabismo.
Ataque no Dia do Perdão (06/10) – vantagem militar e estratégica (Egito e Síria)
Nova vitória israelense mas sem ocupação (URSS aliada dos árabes)
Posição Mundial: CRISE MUNDIAL DO PETRÓLEO
• Resultante da derrota dos países da Liga Árabe na Guerra do Yom Kippur.
• Redução na produção de barris de petróleo.
• Fortalecimento da Petrobrás
• Autossuficiência em termos de produção de Petróleo
• Desenvolvimento do Pró-Álcool
Posição Mundial: CRISE BRASILEIRA DO PETRÓLEO
• OLP – Organização para a Libertação da Palestina
• 1975 – Israel expulsa militantes da OLP da Cisjordânia e da Faixa de Gaza. Novo QG da OLP: Beirute – Líbano
• 1988 – OLP reconhece as fronteiras de Israel
Yasser Arafat líder da OLP
ACORDO DE CAMP DAVID – 1978 e 1979
Israel devolve a Península do Sinai para o Egito. Em troca o Egito se compromete nunca mais atacar Israel e
reconhece o Estado de Israel.
• Anuar Sadat (Egito): Passa a ser considerado traidor pelos defensores da causa Palestina. Assassinado em 1981.
• Jimmy Carter (EUA)
• Menahem Begin (Israel)
JudeusPalestinos
7) INTIFADASRevolta dos palestinos contra a ocupação israelense.
Guerra de Pedras
• 1987 – Primeira Intifada
• 2000 – Segunda Intifada
ACORDO DE OSLO - 1993
Local: Noruega e EUA (política)
Intermediação: Diplomatas da Noruega
Partes: OLP-Yasser Arafat e Israel-Ytizak Rabin
Acordo: Israel cede Jericó (na Cisjordânia) e mais 80% das cidades da faixa de Gaza para a ANP (Autoridade Nacional Palestina)
ACORDO DE OSLO II - 1995
Local: EUA
Partes: ANP (Yasser Arafat) e Israel (Ytizak Rabin) (eleições)
Acordo: Aumenta as áreas sob controle dos Palestinos:* Seis cidades: Jenin, Naplouse, Tulkaren, Kalkiya, Rammallah e Belém;
* Nablus controle parcial
1995: Assassinato de Ytizak Rabin, por um radical Judeu quem assume é Banjamin Netanyahu (contra o acordo)
1995-1996: Ondas de atentados terroristas em Israel
ELEIÇÕES EM ISRAEL - 1996Vitória do Likud – Partido de Direita, elegendo o
Primeiro Ministro: Benjamin NetanyahuFim das Negociações
Vitória do Partido Trabalhista/Esquerda elegendo o Primeiro Ministro: Ehud BarakRetomada das NegociaçõesDevolução do Sul do Líbano
NOVAS ELEIÇÕES - 1999
Levante de Jerusalém ou Nova Intifada - 2000A crise começou no dia 28 de setembro, quando o político israelense Ariel Sharon visitou um local sagrado para os muçulmanos (Esplanada das Mesquitas) fazendo declarações ofensivas aos palestinos. Os palestinos ficaram irados com a visita, e responderam com a destruição de um local sagrado judeu.Nas três semanas de conflito que se seguiram, mais de 100 pessoas foram mortas -a grande maioria palestinas.
MESQUITA DE AL AQSA
2000 - Novo Primeiro Ministro em Israel: Ariel Sharon – adepto a ataques preventivos contra
palestinos
Ações de Sharon Separação do território de Israel das áreas habitadas pelos palestinos: Muro da Vergonha ou Novo Muro de Berlim
O Muro Israelense
Invasão de cidades palestinas: repressão ao terrorismo - “Guerra Contra o Terror”
Retirada das colônias judaicas da Faixa de Gaza e da Cisjordânia
2004 – Morre Yasser Arafat – assume Mahmound Abbas
Fatos Recentes
Atual liderança da ANP: Grupo Hamas
2006-Ataque israelense a bases militares do:
* Hezbollah, Sul do Líbano e Beirut
* Hamas, Faixa de Gaza
Novos ataques perante a construção do Muro de Berlim
Ápice com ataques do Hamas em dezembro de 2008 e retaliação Israelense
Problemas que dificultam a Paz Destino de Jerusalém:
*Judeus consideram Jerusalém sua capital eterna e indivisível;
*Palestinos querem a parte oriental de Jerusalém como a capital de um futuro Estado Palestino.
Grupos radicais entre os árabes e judeus;
Refugiados Palestinos: Israel se recusa a aceitar o retorno de três milhões de palestinos refugiados;
Água: Palestinos querem uma divisão eqüitativa dos lençóis freáticos; Israel quer ter controle sobre 80% dos lençóis freáticos.
PALESTINA
HAMAS
JIHAD
HEZBOLLAH
H A M AS Líder: Ahmed Yassin;
Características: grupo com um braço militar e outro político. O político faz trabalhos sociais em campos de refugiados. O militar foi o primeiro a usar homens-bomba na região, em 1992;
Objetivo: destruir Israel e criar um Estado islâmico na região, sob o controle dos palestinos;
Efetivo: entre 200 e 300 militantes. Tem facilidade em recrutar voluntários porque é atualmente a facção mais popular entre os palestinos.
O grupo extremista Hamas assume o poder
A principal organização islâmica militante palestina, parece ter traduzido a popularidade de sua luta em votos, vencendo as primeiras eleições parlamentares palestinas desde 1996.
Considerada uma organização terrorista por Israel, Estados Unidos e União Européia, o grupo é visto por seus correligionários como uma força legítima de luta defendendo os palestinos da brutal ocupação militar israelense.
O grupo, criado em 1987 no início da primeira Intifada, tem como objetivo, a curto prazo, expulsar as forças israelenses dos territórios ocupados através de ataques contra os soldados e os colonos judeus e - mais controversialmente - contra civis israelenses.
O Hamas insiste que a retirada israelense da faixa de Gaza em 2008 foi uma vitória de sua política.
HAMAS
JIHAD ISLÂMICA Líder: Ramadan Shallah, ex-professor da Universidade do Estado da Flórida;
Características: é a mais independente das facções extremistas. Recebe financiamento principalmente do Irã;
Objetivo: destruir Israel e criar um Estado islâmico na região, sob o controle dos palestinos;
Efetivo: entre setenta e 100 terroristas. Tem dificuldade para recrutar colaboradores por contar com apoio restrito da população
JIHAD
PALESTINA
HAMAS
JIHAD
HEZBOLLAH
BRIGADA AL AQSA
Líder: Marwan Barghouti;
Características: em tese, é uma dissidência do grupo chefiado por Yasser Arafat, a Fatah. Apareceu recentemente, depois do fracasso das negociações de paz. Responde hoje por cerca de 70% dos atentados contra israelenses;
Objetivo: assustar os israelenses de modo a obter maiores concessões numa negociação de paz;
Efetivo: cerca de 1 000 homens .
HEZBOLAH Líder: Xeque Hassan Nasrallah;
Características: grupo fundamentalista xiita do Líbano que existe desde 1982. Foi criado para combater as tropas israelenses que ocupavam o sul do país. É sustentado pelos iranianos. Suas lideranças decidiram apoiar os palestinos;
Objetivo: criar um Estado islâmico no Líbano, destruir Israel e transformar Jerusalém numa cidade muçulmana;
Efetivo: cerca de 800 combatentes ativos e 2 000 reservistas .
HEZBOLLAH
Colonização Israelense nos Territórios Ocupados
JORNAL NACIONAL
Conflito Palestina