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Quantidade de “enter” para posicionar o cabeçalho, apague em seguida <> <> <> UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE <> <> <> <> <> A ANÁLISE DE CUSTOS NA DECISÃO EMPRESARIAL <> <> <> Por: José Carlos da Silva <> <> <> Orientador Prof. Nelsom Magalhães Rio de Janeiro 2011

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Quantidade de “enter” para posicionar o cabeçalho, apague em seguida

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

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A ANÁLISE DE CUSTOS NA DECISÃO EMPRESARIAL <>

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Por: José Carlos da Silva

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Orientador

Prof. Nelsom Magalhães

Rio de Janeiro

2011

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

<>

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A ANÁLISE DE CUSTOS NA DECISÃO EMPRESARIAL

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Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em Engenharia da

Produção.

Por:José Carlos da Silva

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Mãe Maria Aparecida a minha

esposa Sandra Conceição, meus filhos Wilton

José, Camila Manhães, Carlos Daniel e Ana

Beatriz, aos meus irmãos, Manuel Vicente da

Silva, meu pai, in memorium, meus netos e

aos meus amigos que me incentivaram.

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a todo profissional

que através dos conhecimentos

adquiridos na sua graduação

acadêmica, em especial aos

formandos de Ciências Contábeis,

dedicarem-se ao melhor

desempenho de sua profissão na

análise e tomada de decisão com o

auxílio da ferramenta da

Contabilidade de Custos.

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RESUMO

Este trabalho de cunho descritivo aborda a Contabilidade de Custos dando ênfase ao aspecto gerencial, isto é, a sua utilização como uma ferramenta para a tomada de decisões empresariais, no capítulo I, abordaremos o surgimento da Contabilidade de Custos, onde ela iniciou como e a sua divisão na área industrial e de serviços, no capítulo II, apresentaremos a Contabilidade de Custos sendo abordada como uma ferramenta para processar e gerar informação para os sistemas da empresa ao nível gerencial, no capítulo III, o papel da Contabilidade de Custos auxiliando a Engenharia de Produção e por fiml a Conclusão mostrando a importância desta ferramenta para a organização.

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METODOLOGIA

Este trabalho monográfico tem como foco a apresentação da

Contabilidade de Custos e sua aplicação de forma descritiva no processo

produtivo e decisório de uma empresa, durante o desenvolvimento deste

trabalho, apresentaremos exemplos que abordem a utilização da Contabilidade

de Custos como ferramenta para a Tomada de Decisão, Controle de Custos e

Análises Estratégicas.

Para fundamentar este trabalho utilizaremos livros de Armando Catelli

(Controladoria), Ricardo J. Ferreira (Contabilidade de Custos), Osni Moura

Ribeiro (Contabilidade de Custos), Sérgio Ildícibus (Contabilidade Gerencial),

Edson Cordeiro da Silva (Contabilidade Empresarial para Gestão de Negócios),

Sergio Bulgacov (Manual de Gestão Empresarial), Silvério das Neves e Paulo

E. V .Vicenconti (Contabilidade de Custos) e Américo Matheus Florentino

(Gestão e Diagnóstico Empresarial).

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I

SURGIMENTO DA CONTABILIDADE DE CUSTOS 9

CAPÍTULO II

A CONTABILIDADE DE CUSTOS NA VISÃO GERENCIAL 16

CAPÍTULO III

ANÁLISE DO CUSTO/VOLUME/LUCRO APLICADOS NA 38

CONCLUSÃO 47

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 49

ÍNDICE 51

FOLHA DE AVALIAÇÃO 52

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INTRODUÇÃO

As mudanças econômicas, políticas e sócias ocorridas nos

últimos anos têm exigido cada vez mais adoção de medidas

adequadas a essa nova realidade, tornando-se vital aprender a

formular e implantar novas estratégias e avaliar o ambiente ao qual

estas novas estratégias vão-se adequar.

Vivemos em um mundo globalizado onde hoje quem detém a

informação detém o poder, neste aspecto, principalmente estratégico,

inserimos o conceito da Contabilidade de Custos que é uma área das

Ciências Contábeis, a ferramenta de Custos tem em sua essência:

coletar, classificar, analisar e gerar informações para os sistemas

empresariais responsáveis pelo processo decisório da organização.

Apresentaremos no capítulo I, um breve histórico onde

abordaremos o início do sistema de Custos, que se deu juntamente

com a Revolução Industrial, século XVIII e a principais fórmulas

utilizadas durante esse período histórico.

No capítulo II encontraremos uma Contabilidade de Custos

voltada como auxiliadora gerencial na coleta e transformação da

informação, através de relatórios gerenciais, descreveremos a

terminologia da Contabilidade de Custos, a diferenciação de custos, de

gastos, despesas e as principais classificações de Custos.

No capítulo III a análise de Custo/Volume/Lucro aplicadas a

Engenharia de Produção com as análises econômicas de Margem de

Contribuição, Sistema de Custeio ABC, Ponto de Equilíbrio

(Econômico, Financeiro e Contábil), Alavancagem Operacional e

Margem de Segurança dos Produtos.

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CAPÍTULO I

O SURGIMENTO DA CONTABILIDADE DE CUSTOS

Com o advento da chegada da Revolução Industrial (século XVIII), e

como conseqüência a proliferação das empresas industriais, a Contabilidade

Geral, viu-se às voltas com um novo fenômeno, pois atendia a um nicho do

mercado relacionado com empresas comerciais ou de atividades familiares o

qual não apresentava grandes complexidades, pois bastava a verificação do

valor das compras dos bens existentes, bastando uma simples na

documentação de aquisição a Contabilidade e a Apuração de Resultado e já

estavam prontas.

A Contabilidade de Custos aparece pela primeira vez como técnica

independente e sistemática, nos Estados Unidos da América, envolvendo a

produção industrial, sobretudo estudando os problemas de mão-de-obra e

repercussões no custo industrial.

Mas tarde, passou a preocupar-se, de modo menos empírico, com

os custos do material consumido nas operações. As despesas indiretas de

fabricação (também conhecidas como gastos gerais de fabricação, custos

indireto de fabricação ou overhead), são estudadas durante vários anos e hoje,

dentro da Contabilidade de Custos, existem critérios e técnicas que solucionam

o modo bastante adequado os problemas relacionados a esse aspecto.

Com o surgimento das empresas industriais, tornou-se necessário a

adaptação empresarial a este novo campo da Análise do Processo Industrial,

que passou a ser conhecido como: Gestão Financeira, Gestão de Custos,

Contabilidade de Custos, Contabilidade Gerencial ou Controladoria etc ..., ela

não dispunha, na época, de dados tão facilmente visualizados, sendo

necessário atribuir valor aos estoques, o seu valor na empresa comercial

estava sendo substituído por uma série de elementos que são agregados ao

processo produtivo industrial, conhecidos como fatores de produção (recursos

naturais, capital e trabalho), alocados na transformação do bem ou na

prestação de serviços. Silva Argumenta:

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“A necessidade de uma área específica da contabilidade

para dedicar-se aos custos e preços surgiu com a Revolução Industrial,

Século XVIII, quando o setor industrial começou a se desenvolver; a

dificuldade que tinha na época de determinar custos era muito grande.

Com o crescimento das empresas e o aumento da complexidade do

sistema de produção, verificou-se que as informações fornecidas,pela

contabilidade de custos eram potencialmente úteis como ajuda

gerencial.(2008, p.72).

A Contabilidade de Custos, teve no início, como principal função a

avaliação dos estoques em empresas industriais, que é procedimento muito

mais complexo do que nas empresas comerciais, uma vez que, envolve mais

que simples compra e revenda de mercadorias, são feitos pagamentos aos

fatores da produção (salário, aquisições e utilização de matérias primas,

lubrificantes, manutenção, depreciações dos equipamentos...). Esses gastos do

processo de produção eram incorporados ao valor dos estoques das empresas

no processo produtivo, por ocasião do encerramento do balanço

encontrávamos agora novos tipos de estoques no processo produtivo que são:

estoque de produtos em processos de elaboração (EPE) e estoque de produtos

acabados (EPA).

Apresentaremos as comparações na apuração do resultado da

empresa comercial e industrial onde ocorreu somente uma substituição da

conta compras por gastos efetuados na produção.

Empresa Comercial

Empresa Industrial

CMV = EI + C - EF

LB = V - CMV

CVM – Custos da Mercadorias Vendidas

EI – Estoque Inicial

C – Compras

EI – Estoque Final

LB – Lucro Bruto

V – Vendas

GPV = EI + GPP - EF

LB = V - CPV

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A apuração do Resultado Líquido, nas empresas comerciais e nas

empresas industriais:

Ao analisarmos o final do Resultado do Exercício, constatamos que

a Contabilidade de Custos pertence à área da Contabilidade que trata dos

gastos incorridos na produção de bens e serviços. E tem a sua aplicação em

qualquer organização que se deseje controlar os gastos necessários à

produção de bens ou serviços.

A Contabilidade de Custos pode ser dividida em Contabilidade de

Serviços ou Contabilidade Industrial. A Contabilidade de Serviços está

iniciando a sua difusão de estudo em nosso país, nesta forma encontraremos a

expressão Contabilidade de Custos como direcionada a atividade industrial,

Ferreira comenta: “a Contabilidade de Serviços é pouco estuda e aplicada em

nosso país” (2009, p. 1).

A Contabilidade de Custos não se destina ao público externo, as

suas informações produzidas, são utilizadas de forma estratégicas pela

gerência, elaborando relatórios para a administração. Que através dos mesmos

planejam as suas tomadas de decisões.

A Contabilidade de Serviços é a área da Contabilidade de Custos

que trata dos gastos incorridos na prestação de serviços. É o caso da

prestação de serviços hospitalares, escolares, bancários, de transporte, de

comunicação etc..., em uma escola podemos controlar os custos incorridos na

manutenção de uma de suas turmas: salários dos professores, material de

consumo, energia elétrica, aluguel, salário pessoal administrativo, auxiliar de

serviços e de apoio. Em se tratando da área hospitalar, na opinião de Gottlieb.

“como nos novos modelos a prestação de cuidados à

saúde e com a instalação dos processos de pagamento ou reembolso

LUCRO BRUTO (-) DESPESAS - Comerciais - Administrativas - Financeiras (=) RESULTADO LÍQUIDO

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predeterminado por procedimento e por captação (pagamento prévio

per capita de sócios de planos de saúde), o hospital que não consegue,

hoje, determinar o custo, nível de rentabilidade e utilização dos

recursos de determinados procedimentos, conforme a característica do

paciente, leva sérias desvantagens sobre as demais instituições que

possuem essa capacidade. (Gottlib apud Falk,2001, p.17)

A Contabilidade de Custos não deve ser implementada somente

para a identificação dos custos de serviços e produtos, para fins de prestação

de relatórios a agências externas, mas analisada por um processo analítico

para fins de atingir um objetivo organizacional, tal como maximização de lucro.

Análise de custos é uma ferramenta gerencial para melhoria do desempenho

da organização em termos de fornecer a informação necessária para a tomada

de decisões objetivas, visando à diminuição dos gastos ou o aumento da

receita,ou ambos.

A posição da Contabilidade Custos dentro da Contabilidade de

Geral, segundo Finkler.(1994, p.4).

b

Conforme Finkler (1994, p.4), uma boa definição da Contabilidade de

Custos atualmente desenvolvidas nos hospitais seria:

“um elemento da gerência financeira que gera informação sobre os

custos de uma organização e seus componentes. Como tal, a Contabilidade de

Contabilidade Geral

Contabilidade Financeira

Contabilidade de Custos

Contabilidade Gerencial

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Custos é um subconjunto da Contabilidade Geral; contabilidade gera

informação financeira para a tomada de decisões”.

Na figura anterior, identificaremos a influência de cada um dos

sistemas de informações; da seguinte forma:

A Contabilidade Financeira fornece informações primeiramente para

pessoas e entidades externas à instituição, tais como: bancos, fornecedores,

sócios, governos e demais organizações financeiras. Normalmente consiste em

informação referente à receita, balanços, fluxo de caixa e alterações em fundos

específicos.

A Contabilidade Gerencial, tem a sua utilização mais interna e

fornece informações aos administradores a fim de melhor gerenciar a

instituição.

Os relatórios não têm formato predefinido e podem ter informações

sobre custos em âmbito departamental, negociações sobre preços e taxas a

cobrar, e tem por finalidade fornecer dados para a elaboração do planejamento

estratégico e análise da rentabilidade da empresa.

A Contabilidade de Custos inclui a Gerencial, mas também focando

elementos da Financeira, que estão intimamente relacionados com a “medição

e o registro de custos” – que precisão ser enviados as entidades externas

reguladoras, nos casos dos hospitais, aos SUS – Sistema Único de Saúde ou

seguradoras privadas. Neste aspecto a Contabilidade de Custos estabelecem

seus como:

• Justificar custos ou computar o valor do reembolso;

• Prover informações para a tomada de decisões;

• Medir receita e bens para fins de relatórios de prestação de contas;

• Motivar gerentes e empregados.

A Contabilidade de Custos representa um assunto organizacional

básico que consiste em identificar recursos consumidos na produção/prestação

de serviços e atribuir um custo para esses recursos. Em um hospital o assunto

torna-se bastante complicado e consumidor de tempo. Feito adequadamente,

contudo, a informação resultante seria altamente informativa aplicável para

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gerentes gerais, financeiros e mesmos chefes de departamentos, na tomada de

decisões rotineiras e estratégicas.

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CAPÍTULO II

A CONTABILIDADE DE CUSTOS

NA VISÃO GERENCIAL

A Contabilidade de Custos processa as informações que em sua maioria

são não monetários, isto é, dados de operações de engenharia, dados

quantitativos para as formações de indicadores que serão relevantes para a

tomada de decisão gerencial. Podemos apresentar a Contabilidade como um

processador de informações que podem ser úteis para diversos níveis

gerenciais. O esquema a seguir apresenta a Contabilidade de Custos como

centro processador de informações segundo Leone. (2011, p. 21).

Feedback

Os dados recebidos pela Contabilidade de Custos, corresponde a

matéria-prima, e com os quais irá fabricar o produto acabado em forma de

informação.

O centro processador transforma em informações os sistemas de custos,

os critérios básicos, os procedimentos e os registros; é neste segundo

momento que se realiza o trabalho técnico do Contador de Custos: a

acumulação, a organização, a análise e interpretação dos dados e a geração

da informação.

As informações correspondem à fase nobre do processo, é a que

apresenta o resultado. A Contabilidade de Custos produz relatórios gerencias

para os diversos níveis hierárquicos da administração, e com os mesmos os

administradores possam planejar, controlar e decidir com maior eficiência e

eficácia os objetivos e as metas organizacionais.

Dados Contabilidade de Custos

Informação

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Bulgacov, descreve: “ Seu objetivo é o público interno, mais focado na

alta direção da empresa, que dela extrai informações para o planejamento,

avaliação e controle dos resultados” (2006, p.276)

Fundamentalmente, a Contabilidade de Custos refere-se hoje às

atividades de coleta e fornecimento de informações para as necessidades de

tomada de decisão de todos os tipos, desde as relacionadas com operações

repetitivas até as de natureza estratégica, não repetitivas, e, ainda, ajuda na

formulação das principais políticas das organizações.

A Contabilidade de Custos deve projetar sistema para que os dados

estejam prontos para solucionar os múltiplos problemas com que se defronta a

administração da empresa, pois classificar e relatar dados são essenciais ao

próprio desempenho da função Contábil.

A Contabilidade de Custos colhe dados internos e externos, monetários

e não monetários, mas quantitativos. Atualmente, em virtude das crescentes

responsabilidades, diante das novas exigências por parte dos administradores,

a Contabilidade de Custos está cada vez mais utilizando dados quantitativos

não monetários, colhendo-os, organizando-os e produzindo informações

gerenciais de alta relevância, baseadas nesses dados.

Jack Gray e Kenneth Johnston afirmam que as informações produzidas

pela Contabilidade “devem ser quantificadas, ou seja, expressas em termos

monetários ou de alguma unidade de medidas, ou de algum índice definido de

realização ou desempenho”. (1977, p.24).

Eliseu, argumenta:

“Uma das grandes utilidades dos sistemas de custos é

exatamente a sistematização criada para o registro de volumes

físicos consumidos e fabricados; a Contabilidade Financeira

costuma trabalhar só com valores monetários, mas a de Custos,

apesar de poder também fazê-lo, tem sua utilidade duplicada ou

triplicada com a utilização desses dados de natureza não

monetária”. (1978, p.32).

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As informações monetárias isoladas, para atender aos objetivos da

Contabilidade de Custos, não dispõem de relevância que possuem quando

relacionadas a algum dado não monetário, mas quantitativo.

A combinação de um dado monetário com um dado não monetário faz

surgir um terceiro dado, que chamamos de índice ou indicador, cuja natureza é

diferente da natureza original dos dois dados que o formaram. A procura por

esses indicadores é que consubstancia o trabalho atual do contador de custos

em qualquer tipo de empresa e para a análise econômica de qualquer tipo de

objeto ou atividade.

Os dados internos são provenientes dos próprios componentes

administrativos e operacionais da empresa. A Contabilidade de Custos

organiza, dimensiona e planeja a qualidade, a forma e as características dos

dados de setores fundamentais como o sistema de materiais, o sistema de

pessoal da produção e outros. Os dados externos serão os dados dos

concorrentes, do setor onde a empresa opera do governo e do ambiente

econômico e social em geral.

2.1 O SISTEMA DE APOIO A CONTABILIDADE DE CUSTOS

A empresa é um grande sistema, composto de vários subsistemas que

se completam no sentido de processar as informações, sentido de atingir seus

objetivos pelo uso do mínimo esforço possível.

A Contabilidade de Custos, para operar seus sistemas de custos, deverá

receber informações dos demais subsistemas. Florentino descreve: “A gestão

empresarial consiste....conjunto de sistemas que, agindo em constantes ciclos,

mantém o equilíbrio e a continuidade da empresa.(2004, p.17)

O sistema de matérias deve estar organizado para proporcionar

informações a Contabilidade de Custos quanto à aplicação dos materiais.

Dessas informações, o profissional de custos retirará a quantidade e o tipo dos

materiais requisitados, o seu custo e destino.

O sistema de mão-de-obra deverá fornecer a Contabilidade de Custos

às seguintes informações básicas: a classificação dos operários e dos

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empregados, a sua lotação, as horas de trabalho apontadas nas diversas

atividades, tanto produtivas como não produtivas e o valor dessas horas.

O sistema de Contabilidade Geral fornecerá à Contabilidade de Custos

informações quanto às demais despesas, seu valor e destinação. Além disso,

despesas de depreciação, de manutenção e de reparos e os parâmetros

quantitativos relacionados.

Se a empresa dispuser de um Sistema de Planejamento, este dever

indicar à Contabilidade de Custos dados de previsão monetários e não

monetários, que a ajudarão a produzir relatórios gerenciais mais úteis.

Do mesmo modo outros setores da empresa enviam dados para a

Contabilidade de Custos, à medida que se fazem necessárias.

Daí dizermos que os sistemas de custos, em sua função total, são auto-

reguláveis.

Os próprios setores (segmentos, objetos ou atividades), que compõem o

que classificamos como níveis gerenciais que recebem as informações de

custos, são os mesmos que enviam dados para a Contabilidade de Custos

possa que produzir essas informações. A ilustração a seguir apresenta os dois

lados da figura, segundo Leone (2011, p.41)

Assim, caso haja o fornecimento de dados incorretos ou atrasados, a

Contabilidades de Custos processará informações incorretas ou atrasadas.

Como os fornecedores de dados também receberão as informações, o

processo sofrerá uma correção automática e gradativa, motivada pelos próprios

usuários, que sentirão a necessidade de receber relatórios de custos corretos.

A contabilidade gerencial segundo Catelli “o processo de identificar ;, mensurar, acumular, analisar, preparar, interpretar e comunicar informações

Sistemas de apoio Níveis gerencias Contabilidade de Custos

Dados Informações

Correção automática e gradativa

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que auxiliem os gestores a atingir objetivos organizacionais” (Horngrenn apud

Catelli, 2004, p.5),.

2.2 TERMINOLOGIA DA CONTABILIDADE DE CUSTOS

Linguagem – Padrão

A Contabilidade de Custos não possui uma linguagem-padrão, podemos

encontrar diversas expressões com significados diferentes , como forma de

amenizar, autores como Neves e Vicenconti, apresentam uma terminologia de

acordo com a doutrine predominante.

Apresentaremos os termos que são usualmente utilizados na

Contabilidade de Custos, nas diferentes organizações. (2001, p.11-13).

GASTO – Renúncia de um ativo pela entidade com a finalidade de

obtenção de um bem ou serviço, representada pela entrega ou promessa de

entrega de um bem ou direitos (normalmente dinheiro).

É a contrapartida necessária à obtenção de um ou serviço.

Podemos dizer que gasto corresponde ao pagamento efetuado ou

desembolso.

Um gasto pode ter como contrapartida um investimento, um custo ou

uma despesa.

DESEMBOLSO – Pagamento resultante da aquisição de um bem ou

serviço. Pode ocorrer concomitantemente com o gasto (pagamento à vista) ou

depois deste (pagamento a prazo).

É o pagamento correspondente à aquisição de um bem ou serviço.

TIPOS DE GASTOS

a. INVESTIMENTOS

Gasto com bem ou serviço ativado em função de sua vida útil ou de

benefícios atribuíveis a períodos futuros.

É um gasto que tem como contrapartida um ativo. Corresponde à

aquisição de bens ou serviços que incorporam ao patrimônio como

um ativo.

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b. CUSTO

Gasto relativo a bem ou serviços utilizado na produção de outros

bens e serviços, são todos gastos relativos à atividade de

produção.

É um gasto necessário à produção de bens ou serviços.

correspondem a bens ou serviços utilizados na produção de outros

bens ou serviços.

Em sentido restrito, o custo só existe durante o processo de

produção do bem ou serviço. Assim enquanto o produto estiver em

fase de fabricação, os valores agregados na sua produção são

tratados como custos

c. DESPESA

Gasto com bem e serviços não utilizados nas atividades produtivas e

consumidos com a finalidade de obtenção de receitas.

É a redução patrimonial intencional com o objetivo de realização de

receita. Pode ocorrer da redução do ativo ou do aumento do passivo

exigível. Representa um sacrifício patrimonial voluntário necessário à

geração de receita.

d. PERDA

É um gasto não intencional decorrente de fatores externos fortuitos

ou da atividade produtiva normal da empresa. No 1º caso, são

considerados da mesma natureza que as Despesas e são lançadas

diretamente contra o resultado do exercício do período. No 2º caso,

onde se enquadram, por exemple, as perdas normais de matérias-

primas na produção industrial, integram o Custo de Produção do

Período.

Perda Normal ou Perda Produtiva decorre do processo normal de

produção e é tratada como custo. Representa o gasto intencional e

conhecido, envolvido na fabricação, que, de fato não se agrega ao

produto, mesmo embora seja computado como parte do seu custo.

Perda Anormal ou Perda Improdutiva é o sacrifício patrimonial

involuntário e anormal. Representa a redução do patrimônio por

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fatores alheios à vontade do empresário. Não se confunde com

despesa.

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2.3 CLASSIFICAÇÃO DE CUSTOS

Encontraremos vários tipos de custos, tanto quanto forem às

necessidades gerencias. O profissional de custos estabelece e prepara os tipos

de custos diferentes que vão atender às diferentes finalidades da

administração. Alguns tipos de custos são conhecidos e sua determinação pela

Contabilidade é uma atividade repetitiva, corrente. Outros tipos somente são

levantados ou estabelecidos à medida que a Administração necessita deles na

organização.

Segundo Leone podemos dividir os Custos em três classes: (2011,

p.55).

a. Custos para a determinação do lucro e a avaliação do patrimônio:

custos históricos ou reais, custos por natureza, custo fabril, custo

primário, custo de transformação, custo das mercadorias vendidas e

custos das mercadorias fabricadas.

b. Custos para o controle das operações: Custos direto e indireto,

custos-padrão, custos estimados e custos pela responsabilidade.

c. Custos para planejamento e tomada de decisões:Custos fixo,

variáveis e semi-variáveis.

Descreveremos as Classificações dos Custos apresentados por Ferreira:

(2009, p.23)

Custos Diretos – são os custos apropriados diretamente a cada produto

fabricado, sem a necessidade de rateios ou estimativas. Podem perfeitamente

ser identificados na composição do custo do produto.

Todo custo se relaciona com a produção. Todavia, o custo é classifica

como direto ou indireto de acordo com a sua identificação com determinado

produto fabricado, e não com a produção como um todo.

Exemplo de custos diretos: materiais-prima consumidas, as embalagens

aplicadas no processo, a mão-de-obra diretamente aplicada ao produto.

Custos Indiretos – são aqueles apropriados aos produtos fabricados

mediante rateio ou estimativa, por não poderem ser identificados de forma

precisa na composição dos custos dos produtos.

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Exemplo de configuração de monografia A Vez do Mestre

23

Exemplos de custos indiretos: aluguel da fábrica, depreciação dos

equipamentos da fábrica, seguro da fábrica, salários dos supervisores dos

chefes do pessoal da produção, energia elétrica consumida na fábrica, salários

dos operários que não trabalhem diretamente na produção do produto

(segurança, vigia, limpeza e manutenção).

Obs. Se a empresa produz apenas um produto, todos os seus custos

são diretos. (Neves e Viceconti, 2001, p.18)

Custos Fixos

São aqueles cujos valores são os mesmos qualquer que seja o volume

de produção da empresa. É o caso, do aluguel da fábrica, o IPTU da fábrica...,

Este será cobrado mesmo que a empresa não atinja seus nível de produção ou

nada esteja produzindo.

Custo fixo repetitivo – quando o seu valor é igual em vários períodos.

É o caso do aluguel e depreciação, valores que se repetem a cada mês.

Custo fixo não repetitivo – quando o seu valor é diferente em cada

período, muito embora não dependa da quantidade produzida. É o caso dos

gastos com manutenção, cujo valor apresenta constante variações.

Custo fixo unitário – os custos fixos totais não são alterados em função

do volume de produção, mas os custos fixos por unidade variam inversamente

proporcional à quantidade produzida. O custo fixo unitário é obtido mediante a

divisão do custo fixo total pela quantidade produzida.

Custos semifixos ou custos por degraus – são custos que são fixos

numa determinada faixa de produção, mas que variam se há mudança desta

faixa, exemplo férias dos supervisores.

Custos Variáveis

São aqueles cujos valores se alteram em função do volume de produção

da empresa.

Custo variável unitário – enquanto que os custos variáveis totais são

aumentados ou diminuídos de acordo com o aumento ou diminuição da

quantidade produzida, os custos variáveis unitários, permanecem constantes,

qualquer que seja o volume de produção.

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Exemplo de configuração de monografia A Vez do Mestre

24

Custos semivariáveis – são custos que variam com o nível de

produção que, entretanto, têm uma parcela fixa mesmo que nada seja

produzido. É o caso da energia elétrica, água, que a concessionária cobra uma

taxa mesmo que nada seja consumido/gasto no período.

Despesas Fixas e Variáveis

A classificação como direto e indireto é exclusiva dos custos, mas as

despesas podem receber a classificação de variáveis e fixas, porém definidas

em função do volume de vendas e não do volume de produção. Assim por

exemplo, as comissões pagas aos vendedores, ICMS sobre vendas, são

consideradas como despesas variáveis, enquanto que o aluguel do escritório

da administração, salário do pessoal administrativo é uma despesa fixa, já que

deve ser pago independente das vendas realizadas.

2.4 OUTRAS TERMINOLOGIAS DE CUSTOS

O esquema a seguir corresponde a apuração completa dos Custos

dos Produtos Vendidos e do Resultado Industrial, apresentados por Neves e

Vicenconti (2000, p.41)

APURAÇÃO DO CPV 1.Estoque Inicial de Material Direto (EIMD) 2.(+) Compra de Material Direto (CMD) 3.(-) Estoque Final de Material Direto (EFMD) 4.(=) Material Direto Consumido (MD)

5.(+) Mão-de-Obra Direta (MOD) 6.(+) Custos Indiretos de Fabricação (CIF) ou (GGF) 7.(=) Custo de Produção do Período (CPP)

8.(+) Estoque Inicial de Produtos em Elaboração (EIPE) 9.(-) Estoque Final de Produtos em Elaboração (EFPE) 10.(=) Custo da Produção Acabada do Período (CPA)

11.(+) Estoque Inicial de Produtos Acabados (EIPA) 12.(-) Estoque Final de Produtos Acabados (EEPA) 13.(=) Custos dos Produtos Vendidos (CPV)

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Exemplo de configuração de monografia A Vez do Mestre

25

APURAÇÃO DO RESULTADO 1.Vendas Líquidas (VL) 2.(-) Custos dos Produtos Vendidos (CPV) 3.(=) Lucro Operacional Bruto (LB) = (RI) Resultado Industrial 4.(-) Despesas Operacionais 5.(+) Outras Despesas e Receitas Operacionais 6.(=) Lucro Operacional Líquido 7.(+) Resultado não Operacional 8.(=) Lucro Líquido antes dos Impostos e das Participações 9.(-) Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido 10.(-) Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas 11.(-) Participações 12.(=) Lucro Líquido do Exercício

FLUXOGRAMA

MATERIAIS DIRETOS CONSUMIDOS

(MD) = ESTOQUE INICIAL

+ COMPRAS (-) ESTOQUE FINAL

MÃO-DE-OBRA DIRETA (MOD)

GASTOS GERAIS DE FABRICAÇÃO (GGF) OU (CIF)

CUSTO DE PRODUÇÃO DO PERÍODO (CPP) (+)

ESTOQUE INICIAL DOS PRODUTOS

EM ELABORAÇÃO (EIPE)

CUSTO DOS PRODUTOS ACABADOS NO PERÍODO (CPA) (+)

ESTOQUE FINAL DE PRODUTOS EM ELABORAÇÃO (EFPE)

ESTOQUE INICIAL DOS

PRODUTOS ACABADOS (EIPA)

ESTOQUE FINAL DOS PRODUTOS ACABADOS (EFPA)

(+)

(+) (-)

(-)

CUSTOS DOS PRODUTOS VENDIDOS NO PERÍODO CPV

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Exemplo de configuração de monografia A Vez do Mestre

26

CPP – CUSTO DE PRODUÇÃO DO PERÍODO ou

EPP – ESTOQUE DE PRODUTOS EM ELABORAÇÃO

É o total de custos incorridos com a produção do período, independente

do que foi acabado. Os custos de produção de um determinado mês

representam: a matéria-prima consumida, mão-de-obra utilizada e o custo

indireto de fabricação/gastos gerais de fabricação/gastos gerais de produção,

ou seja:

CPP = MP + MOD + CIF

CPA – CUSTO DA PRODUÇÃO ACABADA

É o total de custos acumulados na produção acabada no período,

mesmo que tenha sido iniciada em um mês e acabada no mês seguinte, o

custo da produção acabada desse produto corresponde aos gastos nos 2

meses, com MP, MOD e CIF.

Corresponde:

CPA = EI + CPP - EF

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Exemplo de configuração de monografia A Vez do Mestre

27

CUSTO PRIMÁRIO

É equivalente à soma dos materiais diretos consumidos e a mão-de-obra

aplicada. Para alguns autores considera-se somente a matérias-prima

consumida e a mão-de-obra aplicada.

CP = MP + MOD

CUSTO DE TRANSFORMAÇÃO OU CONVERSÃO

É soma da mão-de-obra direta mais os gastos gerais de fabricação. São

os gastos necessários à transformação dos materiais diretos em produtos

acabados.

CT = MOD + GGF

CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS

É o total dos custos dos produtos fabricados que foram vendidos.

Equivalente aos gastos com material direto, mão-de-obra direta e custos

indiretos de fabricação dos bens que foram vendidos.

2.5 TIPOS DE CUSTEIO E SUAS FINALIDADES

Um sistema de custeio num critério por meio do qual os custos são

apropriados à produção. De acordo com o sistema adotado, determinados

custos podem ou não fazer parte dos gastos de produção. Portanto, é preciso

que as pessoas interessadas nas informações fornecidas pela Contabilidade de

Custos considerem qual foi sistema de custeio adotado pela empresa e quais

os seus efeitos sobre a composição dos custos de produção.

CUSTEIO POR ABSORÇÃO

Também conhecido como Custeio Pleno, consiste na apropriação de

todos os custos (sejam eles fixos ou variáveis) à produção do período. Os

gastos não fabris (despesas) são excluídos.

O grande inconveniente na adoção por absorção diz respeito aos custos

fixos.

Os custos fixos são necessários para que a indústria esteja em

condições de produzir. Ele são custos ocorridos independentemente da

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Exemplo de configuração de monografia A Vez do Mestre

28

quantidade que venha a ser produzida (até certo limite), já que não sofrem

variações em razão do volume de produção.

Os custos fixos são indiretos, sendo apropriados por estimativas mais ou

menos arbitrárias. Isso faz com que o custo de fabricação de um produto possa

variar de acordo com os critérios adotados para a apropriação dos custos fixos.

Por conseqüência, o resultado apurado na venda de um produto pode variar de

acordo coma parcela de custos fixos que a ele se decida apropriar.

Outro inconveniente é o fato de que os custos fixos unitários variam de

acordo com as quantidades produzidas (em razão inversa). Com o aumento do

volume de produção, ocorre a redução de custo fixo unitário.

A distinção principal no custeio por absorção é entre custos e despesas.

A separação é importante por que as despesas são contabilizadas

imediatamente contra o resultado do período, enquanto somente os custos

relativos aos produtos vendidos terão idêntico tratamento. Os custos relativos

aos produtos em elaboração e aos produtos acabados que não tenham sido

vendidos estarão ativados em estoque destes produtos.

Neves e Viceconti, apresentam, uma definição de custos e despesas.

Empresa, que fabrica 1.000 unidades de um produto, incorrendo em

custos de $9.000,00 e despesas operacionais de $3.000,00. Foram vendidas

800 unidades a $20,00, num total de $16.000,00.

O custo unitário de cada produto fabricado será:

A Demonstração de Resultado da empresa será

Vendas $16.000,00

Custo dos Produtos Vendidos (800 und. * $9,00) ($7.200,00)

(=) Lucro Bruto $8.800,00

Despesas Operacionais ($3.000,00)

Lucro Líquido $5.800,00

Custo Unitário = R$ 9.000,00 = R$ 9,00 1.000

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Exemplo de configuração de monografia A Vez do Mestre

29

Se o custo de $1.000,00 tivesse sido classificado erroneamente como

despesa, o custo unitário de fabricação diminuiria para 8,00

($8.000,00/$1.000,00), as despesas operacionais aumentariam para $4.000,00.

A Demonstração de Resultado passaria a ser:

Vendas $16.000,00

Custo dos Produtos Vendidos (800 und. * $8,00) ($6.400,00)

(=) Lucro Bruto $9.600,00

Despesas Operacionais ($4.000,00)

Lucro Líquido $5.600,00

A classificação incorreta de um custo como uma despesa reduziu o lucro

líquido da empresa, pois ele foi totalmente deduzido na apuração do resultado

($1.000,00) em vez de ter sido deduzida apenas a parcela referente à produção

vendida. Este fato é que explica a diferença de R$200,00 de lucro no resultado

do correto. (2001, p.24).

O Custeio por absorção é o único aceito pela Auditoria externa, porque

atende aos Princípios Contábeis da Realização da Receita, da Competência e

da Confrontação e também é o único aceito pela Receita Federal, nas

Declarações de Imposto de Renda Pessoa Jurídica.

Definições dos Princípios Contábeis mencionados:

• Princípio da Realização da Receita – Ocorre a realização da receita

quando da transferência do bem ou serviço vendido para terceiros.

• Princípio da Confrontação – As despesas devem ser reconhecidos

à medida que são realizadas as receitas que ajudam a gerar (direta

ou indiretamente).

• Princípio da Competência – As despesas e receitas devam ser

reconhecidas nos períodos a que competirem, ou seja, no período

em que ocorrer o fato gerador.

CUSTEIO VARIÁVEL

O sistema de custeio variável também conhecido como sistema de

custeio direto, em virtude de os custos variáveis serem, como regra, diretos.

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Exemplo de configuração de monografia A Vez do Mestre

30

Mas, em razão de nesse método serem apropriados à produção tanto os

custos variáveis quanto os variáveis indiretos.

Para Neves e Viceconti,este custeio “fere os princípios contábeis da

Realização, Competência e Confrontação, porque os custos fixos são

reconhecidos como despesas mesmo que nem todos os produtos fabricados

tenham sido vendidos.(2000, p.25)

É o método de custeio variável é adotado para fins gerenciais,

principalmente no processo administrativo de tomada de decisão. O uso do

Custeio por Absorção pode induzir a decisões errôneas sobre a produção.

Exemplo de Custeio por Absorção e Custeio Variável

Custos Variáveis Totais 15.000,00 - Custos Fixos Totais 5.000,00

Despesas Administrativas 3.000,00 - Despesas de Vendas 2.000,00

• Venda de toda produção

Demonstração do Resultado Custeio

por Absorção Variável Vendas Brutas R$ 40.000,00 R$ 40.000,00 C P V -R$ 20.000,00 -R$ 15.000,00 Lucro Bruto R$ 20.000,00 R$ 25.000,00 Despesas Administrativas -R$ 3.000,00 -R$ 3.000,00 Despesas de Vendas -R$ 2.000,00 -R$ 2.000,00 Custos Fixos R$ - -R$ 5.000,00 Lucro Líquido R$ 15.000,00 R$ 15.000,00

• Na Venda de 80% da produção, no valor de R$50.000,00

Custos Variáveis Totais 20.000,00 - Custos Fixos Totais 10.000,00

Despesas Administrativas 5.000,00 - Despesas de Vendas 4.000,00

Demonstração do Resultado Custeio

por Absorção Variável Vendas Brutas R$ 50.000,00 R$ 50.000,00 C P V -R$ 24.000,00 -R$ 16.000,00 Lucro Bruto R$ 26.000,00 R$ 34.000,00 Despesas Administrativas -R$ 5.000,00 -R$ 5.000,00 Despesas de Vendas -R$ 4.000,00 -R$ 4.000,00 Custos Fixos R$ - -R$ 10.000,00 Lucro Líquido R$ 17.000,00 R$ 15.000,00

CPV = 30.000,00 * 80% = 24.000,00 Custeio por Absorção

CPV = 20.000,00 * 80% = 16.000,00 Custeio Variável

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Exemplo de configuração de monografia A Vez do Mestre

31

Em comparação com custeio por absorção, o sistema de custeio variável

antecipa a apropriação dos custos fixos ao resultado. Os resultados

acumulados, porém são iguais nos dois métodos. No custeio por absorção,

todos os custos são apropriados ao resultado dentro do custo dos produtos

vendidos, enquanto, no custeio variável, os custos fixos são integralmente

apropriados como se fossem despesas operacionais.

SISTEMA DE CUSTEIO ABC

É chamado de Custeio ABC (Activity Based Costing) é um método de

custeio que, como o próprio nome indica, está baseado nas atividades que a

empresa efetua no processo de fabricação de seus produtos.

A origem do método de Custeio ABC proveio do significativo aumento

dos chamados Custos Indiretos de Fabricação (overhead costs) na produção

industrial nas últimas décadas.

No início da atividade industrial no mundo contemporâneo, os elementos

mais importante do custo de produção de uma empresa eram os Materiais

Diretos e a Mão-de-Obra Direta, cuja apropriação se faz diretamente aos

produtos. As distorções nos custos dos produtos provocadas pelo rateio dos

Custos Indiretos de Fabricação (CIF) em base de estimativas tinham pequena

influência na determinação do custo vendido e, portanto, na apuração de sua

margem de lucratividade.

À medida que a atividade industrial foi ficando mais complexa,

principalmente com o maior grau de mecanização e automação dos processos

produtivos, houve um aumento considerável dos Custos Indiretos de

Fabricação e, por esse motivo, eles passaram a representar, em muitos casos,

a maior parcela dos custos de produção de uma empresa. Caso fossem

cometidos erros no rateio dos CIF aos produtos fabricados pela empresa – uma

vez que todo rateio de uma base arbitrária – os gerentes de processos

poderiam cometer erros no processo de tomada de decisões, já que os

cálculos de lucratividade dos produtos poderiam estar incorretos.

Nesse cenário, surgiu o Custeio ABC como uma forma de tentar alocar

os recursos produtivos da empresa de uma forma mais eficiente.

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Exemplo de configuração de monografia A Vez do Mestre

32

O pressuposto do ABC é que os recursos (fatores produtivos) da

empresa são consumidos pelas suas atividades e não pelos produtos que ela

fabrica. Os produtos são conseqüência das atividades efetuadas pela empresa

para fabricá-las e comercializá-las.

No Custeio ABC, o objetivo é rastrear quais as atividades da empresa

que estão consumindo de forma mais significativa seus recursos. Os custos

são direcionados para essas atividades e desta para os bens fabricados. O

rastreamento de custos que está implícito no método de Custeio ABC é um

processo muito mais complexo e sofisticado do que o simples rateio do CIF aos

produtos. É necessário Alencar as atividades que a empresa efetua no

processo de fabricação, verificar quais os recursos que estão sendo

consumidos por elas, direcionar os custos para essas atividades e delas para

os produtos.

A atribuição dos custos às atividades, quando não puder ser efetuada

diretamente, deve ser feita da utilização de direcionadores de recursos, que

são indicadores da forma como as atividades consomem os recursos

produtivos.

Tanto os direcionadores de recursos quanto os direcionadores de

atividades, embora tenham finalidades diferentes, são denominados

direcionadores de custos (cost drivers).

Ferreira, destaca: “O ABC também pode ser adotado para os custos

diretos, mais nesse caso não teremos diferenças sensíveis em relação aos

métodos tradicionais de custeio. Assim, a diferença fundamental entre ABC e

os métodos tradicionais de custos está no tratamento dado aos custos

indiretos” (2009, p.127).

Os direcionadores de atividades identificam o modo como os produtos

estão relacionados às atividades e é utilizado para a alocação dos custos das

atividades ao produtos.

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Exemplo de configuração de monografia A Vez do Mestre

33

O custeamento por atividades (ABC) é um processo bastante complexo,

pois envolve os seguintes procedimentos:, segundo Neves e Viceconti, (2001,

p.129)

1. Identificação das atividades exercidas por departamento da

empresa;

2. Mensuração da quantidade de recursos que são consumidos por

uma atividade de recursos que são consumidos por uma atividade –

essa etapa é feita através da atribuição direta do custo ou, quando

impossível esta, através da utilização dos direcionadores de

recursos;

3. Atribuições dos custos das atividades aos produtos através da

utilização dos direcionadores de atividades.

Exemplo prático:

1) Produção da companhia Delta.

Produtos Cia. Delta Preço de Venda Produção Mensal Custo Direto Unt.

X 8,00 10.000 2,00

Y 14,00 5.000 3,00

Z 24,00 4.000 5,00

2) Custos Indiretos de Fabricação

Aluguel e Seguro da Fábrica R$40.000,00

Mão-de-Obra Indireta R$90.000,00

Material de Consumo R$20.000,00

Total R$150.000,00

3) Atividades desenvolvidas pela Empresa:

Departamentos Atividades

Compras Compras

Produção Atividade de Industrial 1

Atividade de Industrial 2

Acabamento Acabar

Despachar

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Exemplo de configuração de monografia A Vez do Mestre

34

Aluguel e Seguro da Fábrica –

Mão-de-Obra Indireta –

Material de Consumo –

As áreas ocupadas por cada atividade, em percentual.

Atividades % por área

Compras 20%

Atividade Industrial 1 25%

Atividade Industrial 2 30%

Acabar 15%

Despachar 10%

TOTAL 100%

O direcionador do recurso é a área utilizada pela atividade, uma vez que o valor do aluguel e do seguro da fábrica dependem da área.

Atribuição direta às atividades, uma vez que cada uma delas tem funcionários indiretos próprios. Os valores atribuídos pelo pessoal da empresa foram os seguintes:

• Compras R$10.000,00 • At. Industrial1 R$30.000,00 • At. Industrial 2 R$40.000,00 • Acabamento R$ 8.000,00 • Despacho R$2.000,00

Atribuição direta às atividades através das requisições de material de cada departamento. Os valores atribuídos pelo almoxarifado foram:

• Compras R$2.000,00 • At. Industrial1 R$5.000,00 • At. Industrial 2 R$8.000,00 • Acabamento R$ 3.000,00 • Despacho R$2.000,00

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Exemplo de configuração de monografia A Vez do Mestre

35

O quadro a seguir apresenta a distribuição por custos indiretos às

atividades. P.32

Atividade Aluguel

+Seguro

MOI Material de

Consumo

TOTAL

Compras 8.000,00 10.000,00 2.000,00 20.000,00

Atividade Industrial 1 10.000,00 30.000,00 5.000,00 45.000,00

Atividade Industrial 2 12.000,00 40.000,00 8.000,00 60.000,00

Acabamento 6.000,00 8.000,00 3.000,00 17.000,00

Despacho 4.000,00 2.000,00 2.000,00 8.0000,00

TOTAL R$ 40.000,00 90.000,00 20.000,00 150.000,00

ATRIBUIÇÕES DOS CUSTOS DAS ATIVIDADES AOS PRODUTOS

A atribuição dos custos das atividades aos produtos é feita através da

utilização de um direcionador de atividades, que é um indicador de quanto os

produtos consomem de cada atividade. A seguir um exemplo de direcionadores

de atividade.

Atividade Direcionadores de

Atividades

X Y Z TOTAL

Compras Nº de pedidos 30% 20% 50% 100%

Atividade Industrial 1 Tempo de produção 5% 50% 45% 100%

Atividade Industrial 2 Tempo de produção 25% 35% 40% 100%

Acabamento Tempo de operação 35% 30% 35% 100%

Despacho Tempo de operação 40% 30% 30% 100%

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Exemplo de configuração de monografia A Vez do Mestre

36

Quadro Resumo

Atividade/Produto X Y Z TOTAL

Compras 6.000,00 4.000,00 10.000,00 20.000,00

Atividade Industrial 1 2.250,00 22.500,00 20.250,00 45.000,00

Atividade Industrial 2 15.000,00 21.000,00 24.000,00 60.000,00

Acabamento 5.950,00 5.100,00 5.950,00 17.000,00

Despacho 3.200,00 2.400,00 2.400,00 8.000,00

TOTAL 32.400,00 55.000,00 62.600,00 150.000,00

CIF Unitários 3,24 11,00 15,65

Custos Diretos Unt. 2,00 3,00 5,00

Custo Unitário Total 5,24 14,00 20,65

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Exemplo de configuração de monografia A Vez do Mestre

37

CAPÍTULO III

ANÁLISE DO CUSTO/VOLUME/LUCRO

APLICADAS NA ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

A análise do custo/volume/lucro determina a influência no lucro causada

por oscilações nas quantidades vendidas e nos custos. Os princípios desta

análise estão relacionados à utilização de sistemas de custo que ajudam no

processo decisório de curto prazo. Esta análise é um instrumento utilizado para

projetar o lucro, que seria obtido a diversos níveis possíveis de produção e

vendas, bem como para analisar o impacto sobre o lucro de modificações no

preço de venda, nos custos ou em ambos, ela é baseada no Custeio Variável.

Esta análise econômica, direciona para três relevantes conceitos: Margem de

Contribuição, Ponto de Equilíbrio e Alavancagem Operacional.

3.1 MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO

É o volume de vendas menos os custos variáveis, isso representa o

lucro variável; portanto, a margem de contribuição unitária equivale ao preço de

venda unitário do produto ou serviço menos os custos e despesas por unidade

do produto ou serviço. Para cada unidade vendida a empresa lucrará certo

valor, multiplicando pelo total vendido, terá a margem de contribuição total do

produto ou serviço da empresa.

Leone argumenta:

“A Contribuição Marginal (ou Margem de Contribuição) é a diferença

entre as receitas e os custos diretos e variáveis identificados a um produto,

linha de produtos, serviços, processos, segmentos, enfim a cada um dos

objetos em que se pode dividir a atividade de uma empresa”. (2011, p.380)

A Margem de Contribuição Unitária é igual ao Preço de Venda Unitário

menos o Custo Variável Unitário e as Despesas Variáveis Unitárias.

MC Unt. = PV unt. – (CV unt. + DV unt.)

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Exemplo de configuração de monografia A Vez do Mestre

38

Exemplo

Custos e despesas variáveis do produto x em R$

Matéria-prima e materiais diretos 540,00

Materiais indiretos variáveis 26,00

Mão-de-obra direta 250,00

Comissões (15% de R$2.000,00) 300,00

Total custo variável 1.116,00

Produto X em R$

Preço de venda unitário 2.000,00 100%

Custo variável unitário 1.116,00 55,8%

Margem de contribuição unitária 884,00 44,2%

Para cada unidade do Produto x vendido, a empresa recebe um lucro

unitário de R$884,00; isso representa a contribuição que o Produto X dá à

empresa, para cobrir todos os custos e despesas fixas e também fornecer a

margem de lucratividade desejada.

3.2 PONTO DE EQUILÍBRIO (Break-Even Point)

O ponto de equilíbrio (P.E.) representa as receitas, que a empresa

precisa produzir e vender para pagar os custos e despesas fixas, além dos

custos e despesa varáveis em que ela incorre para fabricar e vender o produto.

No ponto de equilíbrio,não existe lucro ou prejuízo; o lucro é zero. A partir de

volumes adicionais de produção ou de venda é que a empresa passa a lucrar.

É interessante que cada empresa saiba precisamente o seu P. E. global

e por produto individual, pois isso indica o nível mínimo de atividade que a

organização deve operar.

Para Ferreira:

“O ponto de equilíbrio ... é aquele que produzindo e vendendo um

determinado número a de unidades, a indústria apura resultado igual a zero,

isto é, não há lucro nem prejuízo”(2009, p.97).

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Exemplo de configuração de monografia A Vez do Mestre

39

Ponto de Equilíbrio em Quantidades

Q = Quantidade

CF = Custos e despesas fixas

Mcu = Margem de Contribuição Unitária

Q = CF

Mcu

Exemplo:

Custos e despesas fixas R$10.000,00

Margem de Contribuição Unitária R$2,50

Q= R$10.000/2,50 = 4.000 unidades 0

Ponto de Equilíbrio Contábil

É a quantidade que equilibra a receita total com a soma dos custos e

despesas relativos aos produtos vendidos.

PE = CFT +CDFT

MCU

Exemplo:

Receitas de Vendas (4.000 *R$3,00) R$12.000,00

Custos e despesas variáveis (4.000 * R$0,50) (R$2.000,00)

Margem de Contribuição R$10.000,00

Custos e despesas fixas (R$10.000,00)

Lucro 0

O ponto de equilíbrio operacional corresponde à quantidade de vendas

que deve ser feita para cobrir todos os custos e as despesas fixas, deixando

de fora as despesas financeiras e não operacionais. Assim, o ponto de

equilíbrio operacional considera os seguintes itens:

• Receita de vendas.

• Custos variáveis – equivalem ao custo dos produtos

vendidos/produzidos.

• Despesas variáveis – equivalem às despesas operacionais tanto

administrativas quanto de vendas.

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Exemplo de configuração de monografia A Vez do Mestre

40

• Custos fixos – equivalem ao custo dos produtos

vendidos/produzidos.

• Despesas fixas – equivalem às despesas operacionais.

Ponto de Equilíbrio Econômico e/ou Meta

É a quantidade que se iguala a receita total com a soma dos custos e

despesas acrescidas de uma remuneração mínima sobre o capital investido na

empresa. Esta remuneração mínima corresponde a taxa de juros de mercado

multiplicada pelo capital e é denominada pelos economista como Custo de

Oportunidade. O custo de oportunidade representa a remuneração que a

empresa obteria se aplica-se seu capital no mercado financeiro, ao invés de no

seu próprio negócio.

Q = CF+ Lucro

Mcu

Exemplo:

PEE = (10.000 + 1.000)/2,5 = 4.400 unidades

Receitas de Vendas (4.400 *R$3,00) R$13.200,00

Custos e despesas variáveis (4.400 * R$0,50) (R$2.200,00)

Margem de Contribuição R$11.000,00

Custos e despesas fixas (R$10.000,00)

Lucro R$1.000,00

Ponto de Equilíbrio Financeiro

É a quantidade que iguala a receita total com a soma dos custos e

despesas que representam desembolso financeiro para a empresa. Assim, por

exemplo, os encargos de depreciação são excluídos do cálculo do PEF por não

representarem desembolso para a empresa.

PEF = CF- Depreciação

Mcu

Exemplo:

PEF = (10.000 -1.000)/2,5 = 3.600 unidades

Receitas de Vendas (3.600 *R$3,00) R$10.800,00

Custos e despesas variáveis (4.000 * R$0,50) (R$1.800,00)

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Exemplo de configuração de monografia A Vez do Mestre

41

Margem de Contribuição R$9.000,00

Custos e despesas fixas (R$10.000,00)

Lucro Prejuízo) (R$1.000,00)

O uso da análise do Ponto de Equilíbrio nas decisões gerenciais, tem

por finalidade:

O aumento ou diminuição do preço de vendas, custos variáveis dos

custos finais, na modificação da combinação de produtos, alterar os estoques

finais de produtos acabados, emprega o ponto de equilíbrio financeiro e

analisar os lucros quando o custo fixo varia por degraus.

Neves e Viceconti apresentam uma análise a respeito dos itens

abordados anteriormente: (2001, p.160-161).

RT = PV * Q

CT = CF + (CVu * Q) logo,

LT = RT – CT

LT = PV * Q – CF – CVu * Q

LT = (PV – CVu)*Q – CF

LT = MCu * Q – CF

Ou seja, o Lucro Total corresponde à multiplicação da Margem de

Contribuição Unitária pela Quantidade vendida (MCu * Q) menos o total de

Custos Fixos.

Exemplo:

Dados para o ponto de equilíbrio.

Custos mais despesas variáveis por unidade CVu: R$30,00

Preço de venda do produto: R$70,00

Custos mais despesas fixos CF: R$100.000

MC = 70,00 – 30,00 = 40,00

PE = 100.000,00 = 2.500 unidades

40,00

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Exemplo de configuração de monografia A Vez do Mestre

42

Calculando-se o lucro para algumas quantidades superiores a 2500

unidades, tem-se:

Q P RT = P * Q CF CV CV = Cvu * Q CT LUCRO 2500 70,00 175.000,00 100.000,00 30,00 75.000,00 175.000,00 - 2501 70,00 175.070,00 100.000,00 30,00 75.030,00 175.030,00 40,00 2504 70,00 175.280,00 100.000,00 30,00 75.120,00 175.120,00 160,00 2508 70,00 175.560,00 100.000,00 30,00 75.240,00 175.240,00 320,00

Percebe-se claramente que, para cada unidade adicional colocada no

mercado, o lucro da empresa aumenta em R$40,00, o que corresponde ao

valor da margem de contribuição unitária.

Uma vez que as vendas ultrapassem o ponto de equilíbrio, o lucro da

empresa será sempre crescente.

Portanto, quanto maior o volume de produção e vendas, após o PE,

maior o lucro da empresa, mas são é somente isso que ocorre. O aumento do

lucro decorrente de uma determinada elevação do volume de vendas será

sempre maior, em termos de que o respectivo aumento de vendas. Esse

fenômeno é conhecido como Alavancagem Operacional, cuja mensuração é

feita através de um coeficiente denominado Grau de Alavancagem Operacional

(GAO).

3.3 ALAVANCAGEM

A alavancagem ressalta-se pela sua capacidade de usar recursos já

existentes para melhorar o desempenho da companhia. Ela utiliza os ativos

operacionais e/ou recursos financeiros, com custos e despesas fixas,

objetivando aumentar o retorno dos acionistas.

A alavancagem é considerada é considerada um instrumento de gestão

financeira que pode trazer efeitos positivos ou negativos. Em ocasiões das

receitas e lucros, ela é favorável à existência de custos fixos, mas em ocasiões

de queda é desfavorável os três tipos de alavancagem são: Operacional,

financeiro e combinada.

LEMES JR. ET AL.(2002) definem a alavancagem como

sendo o uso de ativos operacionais e/ou de recursos financeiros,

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Exemplo de configuração de monografia A Vez do Mestre

43

com custos e despesas fixas, visando aumentar o retorno dos

acionistas. Afirmam também que a alavancagem é um

instrumento de gestão financeira que pode se trazer efeitos

positivos ou negativos. Em situações de crescimento das receitas

e dos lucros, é benéfica a existência de custos fixos. Em situação

de queda de produção e receita, é desfavorável.

Abordaremos a Alvancagem Operacional que trata do foco do nosso

trabalho monográfico que a análise da Contabilidade de Custos.

Alavancagem Operacional

Corresponde a possibilidade de acréscimo de lucro operacional (LAJIR),

mediante o aumento da quantidade produzida e vendida pela empresa,

procurando maximizar custos e despesas fixas. Ela depende da margem de

contribuição , isto é, do impacto dos custos e das despesas variáveis sobre o

preço de venda unitário e dos valores dos custos e das despesas fixas.

Podemos encontrar nas empresas produtos que possuam alavancagem maior

que outros, em decorrência dessas variáveis.

A alavancagem operacional corresponde à relação entre crescimento do

lucro antes de juros e IR e o crescimento das receitas operacionais.

Variação do lucro total

G. A. O.= Variação percentual do lucro total = lucro total

Variação percentual de vendas Variação da Quantidade final

Quantidade inicial

O G. A. O. tem por valor a diferente para cada quantidade de vendas.

Analisando a fórmula anterior:

LUCRO TOTAL

Para Q = 3.000; (3.000-2.500) * R$40,00 = R$20.000,00

Para Q = 3.600; (3.600-2.500) * R$40,00 = R$44.000,00

Para Q = 4.500; (4.500-2.500) * R$40,00 = R$80.000,00

Para Q = 6.000; (6.000-2.500) * R$40,00 = R$140.000,00

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Exemplo de configuração de monografia A Vez do Mestre

44

Encontraremos os seguintes G. A. O.:

Para Porter: “As flutuações podem ser provocadas pelo ciclo econômico,

desenvolvimentos competitivos ou no mercado, e assim por diante. Assim a

integração aumenta a alavancagem operacional da empresa., expondo-a

maiores oscilações cíclicas em seus ganhos” (Porter, 2004, p. 323-324).

O nome Alavancagem Operacional decorre da similaridade do princípio

da alavanca. Uma força aplicada para o aumento das vendas causa um

acréscimo mais proporcional nos lucros da empresa.

3.4 MARGEM DE SEGURANÇA

Corresponde ao percentual e redução de vendas que a empresa pode

suportar sem que tenha prejuízo, utilizaremos a informações da página 37,

para resolução desse conceito.

Se a empresa apresentar um volume de vendas de 3.000 unidades e

seu ponto de equilíbrio for de 2.500 unidades a sua MS será de 16,67%:

44.000-20.000

24.000 20.000 = 20.000 = 1,2 = 6

3.600-3000

600

0,2 3000

3000

80.000-44.000

36.000

44.000 = 44.000 = . 09/11 = 36 = 3,27... 4.500-3.600

900

.9/36

11

3.600

3.600

140.000-80.000

60.000

80.000 = 80.000 = . 3/4 = 9 =2,25 6.000-4.500

1.500

. 1/3

4

4.500

4.500 gggg

MS= Q – Qi = 3.000 -2.500

= 500

= 1

= 16,67%

Q

3.000

3.000

6

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Exemplo de configuração de monografia A Vez do Mestre

45

Se o volume de vendas da empresa aumentasse para 4.500 unidades, a

MS se elevaria para 44,44%.

Obs.: quanto mais distante o volume das vendas estiver do ponto de

equilíbrio, maior será a Margem de Segurança.

MS= Q – Qi = 4.500 -2.500

= 2.000

= 4

= 44,44%

Q

4.500

4.500

9

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46

CONCLUSÃO

As mudanças econômicas, políticas e sociais ocorridas nos últimos anos

tem exigido cada vez mais a adoção de medidas decisivas adequadas a essa

nova realidade, tornando-se vital aprender a formular e implementar novas

estratégias e avaliar o ambiente (interno e externo) das organizações, ao qual

estas novas estratégias vão-se adequar.

Os objetivos da empresa devem ser formulados com base em sua

missão, a fim de nortear/orientar sua atuação, visando alcançá-los. Entre os

objetivos encontraremos os mais gerais de uma organização e destacam-se os

objetivos sociais, econômicos e financeiros, que devem ser conciliados, por

serem fundamentais para que a empresa mantenha seus resultados positivos.

Concluímos que o mercado está cada vez mais competitivo, mutável e

globalizado. As empresas brasileiras que acompanham as mudanças,

ganharão competitividade no mercado, ou seja, as que buscarem ferramentas

apropriadas para rever processos, analisar relatórios, reduzir/otimizar custos,

projetar e implementar adequadamente novas estratégias, tudo isso, visando a

sobrevivência da empresa, terão uma vida de maior lucratividade e

preservando a sua continuidade.

Concluímos que a Contabilidade de Custos passou a ter um importante

papel como sistema de informações gerenciais conseguindo um lugar de

destaque dentro das empresas. Vale ressaltar que a concorrência é cada vez

mais acirrada, acontecem mudanças constantes, alteram-se com freqüência a

quantidade e a qualidade das informações demandadas pela companhia; isto,

aliado a sua função um tanto quanto recente de auxílio gerencial, faz com que

haja um contínuo e rápido aperfeiçoamento nos procedimentos da

Contabilidade de Custos

A Contabilidade de Custos vem apresentando evoluções técnicas e

teóricas ao longo desses últimos anos. É uma ferramenta eficaz na geração de

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Exemplo de configuração de monografia A Vez do Mestre

47

informações para a tomada de decisão e deve ser utilizada pela com

veemência pela gestão empresarial. Para Catelli e Guerreiro (1992:11),

“a informação do resultado econômico gerado por uma atividade

permite a identificação da formação do lucro, ou seja, quais atividades

contribuem mais ou menos para a formação do resultado econômico global da

empresa, qual atividade vale a pena terceirizar, qual atividade vale apena

manter, e qual a perda econômica pela manutenção de atividades estratégicas

deficitárias’.

Ficará mais fácil a cada dia a tomada de decisão no ambiente

empresarial, se passar a utilizar as informações do custeio por absorção,

custeio variável, da margem de contribuição, do ponto de equilíbrio,

alavancagem, fornecidos pela Contabilidade de Custos que foram obtidas

durante o processo produtivo da organização.

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Exemplo de configuração de monografia A Vez do Mestre

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50

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

SURGIMENTO DA CONTABILIDDE DE CUSTOS 9

CAPÍTULO II

A CONTABILIDADE DE CUSTOS NA VISÃO GERENCIAL 15

2.1 O Sistema de apoio a Contabilidade de Custos 18

2.2 Terminologia da Contabilidade de Custos 19

2.3 Classificação de Custos 22

2.4 Outras terminologias de Custos 24

2.5 Tipos de Custeio e suas Finalidades 27

CAPÍTULO III

ANÁLISE DO CUSTO/VOLUME/LUCRO APLICADO A

ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 37

3.1 Margem de Contribuição 37

3.2 Ponto de Equilíbrio 38

3.3 Alavancagem 42

3.4 Margem de Segurança 44

CONCLUSÃO 46

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 48

ÍNDICE 50

FOLHA DE AVALIAÇÃO 51

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51

FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição: Instituto a Vez do Mestre

Título da Monografia: A Análise de Custos na Decisão Empresarial

Autor: José Carlos da Silva

Data da entrega: 27/07/2011

Avaliado por: Prof.º Nelsom Magalhães