Orientações pedagógicas para o ano letivo de 2018...

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Orientações pedagógicas para o ano letivo de 2018 Superintendência de Políticas para a Educação Básica SUPED 2018

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Orientações pedagógicas para o ano letivo de 2018 Superintendência de Políticas para a Educação Básica

SUPED

2018

SECRETARIA DA EDUCAÇÃO DO ESTADO DA BAHIA SUPERINTENDÊNCIA DE POLÍTICAS PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA

Rui Costa

GOVERNADOR DO ESTADO DA BAHIA

João Leão

VICE-GOVERNADOR DO ESTADO DA BAHIA

Walter Pinheiro

SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DA BAHIA

Nildon Pitombo

SUBSECRETARIA

Ney Campello

SUPERINTENDÊNCIA DE POLÍTICAS PARA EDUCAÇÃO BÁSICA

Anny Carneiro

Cristina Santana

Sílvia Fonseca

ASSESSORIA PEDAGÓGICA

Edileuza Neris

DIRETORIA DE ARTICULAÇÃO PEDAGÓGICA

Rowenna Brito

DIRETORIA DE EDUCAÇÃO E SUAS MODALIDADES

Tereza Farias

DIRETORIA DE ENSINO MÉDIO

Nailton José de Menezes Rocha

REVISÃO TEXTUAL

Jefferson Santana dos Santos

APOIO TÉCNICO

2018

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ...................................................................................................... 5

1 O INÍCIO DO ANO LETIVO E O PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO ................. 7

1.1 AS PRIMEIRAS SEMANAS DE AULA ............................................................... 8

1.2 AULA INAUGURAL ............................................................................................ 8

1.3 RECEPÇÃO AOS/AS ESTUDANTES ................................................................ 9

1.4 DIAGNÓSTICO DA APRENDIZAGEM DOS/AS ESTUDANTES .................... 10

2 CICLO DOCENTE: PLANEJAMENTO, EXECUÇÃO E AVALIAÇÃO .................. 11

3 ORIENTAÇÕES ESPECÍFICAS ............................................................................ 14

3.1 EDUCAÇÃO ESPECIAL ................................................................................. 14

3.2 LÍDERES DE CLASSE ..................................................................................... 15

3.3 GÊNERO E SEXUALIDADE ............................................................................ 19

3.3.1 Inclusão do Nome Social ........................................................................... 20

3.4 EDUCAÇÃO DO CAMPO ................................................................................ 21

3.5 ENFRENTAMENTO AO BULLYING ................................................................ 23

3.6 EDUCAÇÃO ÉTNICO-RACIAIS ...................................................................... 26

3.7 EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA ............................................................... 29

3.8 COMISSÃO PERMANENTE DE AVALIAÇÃO - CPA ...................................... 30

3. 9 ENEM 100%.................................................................................................... 30

3.10 PROGRESSÃO PARCIAL ............................................................................. 31

3.11 NOVO PERFIL DE OFERTA.......................................................................... 32

3.11.1 Ensino Médio com Intermediação Tecnológica - EMITEc ........................ 33

3.11.2. Centro Juvenil de Ciência e Cultura - CJCC ........................................... 34

3.11.3 Escolas Culturais ..................................................................................... 36

3.11.4 Currículo BAHIA e Novas Arquiteturas Curriculares para o Ensino Médio

............................................................................................................................ 38

3.11.5 Outras Iniciativas ..................................................................................... 41

4 DESTAQUES ......................................................................................................... 43

4.1 IMPLEMENTAÇÃO DA BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR (BNCC) DA

EDUCAÇÃO INFANTIL E DO ENSINO FUNDAMENTAL ...................................... 43

4.2 CURSO DESPERTAR .................................................................................... 43

4.3 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (EAD) ................................................................... 45

4.4 PROGRAMA DE APOIO E ASSISTÊNCIA À SAÚDE DO/A ESTUDANTE E

PROFESSOR/A ..................................................................................................... 46

4.5 CENTROS NOTURNOS DE EDUCAÇÃO DA BAHIA - CENEB ...................... 48

4.6 PROJETO E-NOVA EDUCAÇÃO .................................................................... 48

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 49

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APRESENTAÇÃO

Este documento objetiva orientar as unidades escolares da Rede Estadual de

Ensino na implantação e implementação de ações pedagógicas no percurso do ano

letivo de 2018. Encontra-se estruturado em 04 partes, descritas a seguir.

A primeira parte, Início do Ano Letivo e o Projeto Político Pedagógico, faz um

convite para uma revisão do que foi planejado em 2017, retomando o Projeto Político

Pedagógico, enquanto instrumento orientador da prática educativa no âmbito da

unidade escolar. Encontram-se também sugestões de atividades para que a equipe

gestora possa organizar as primeiras semanas de aula, recepcionando e

diagnosticando o nível de aprendizagem dos/as estudantes: procedimentos didáticos

fundamentais para um bom começo do ano letivo.

Na segunda parte, denominada de Ciclo Docente: Planejamento, Execução e

Avaliação, são explicitados fundamentos teóricos e orientações referentes ao

planejamento dos/as professores/as, a materialização do planejamento, por meio da

execução dos Planos de Curso, de Unidade e de Aula, ressaltando a importância do

uso e diversificação dos recursos didáticos para a melhoria da aprendizagem dos/as

estudantes. A avaliação é apresentada como subsídio para o redimensionamento da

prática do/a professor/as com informações que orientam intervenções pedagógicas

adequadas e o acompanhamento da aprendizagem dos/as estudantes.

Na terceira parte, o documento apresenta “Orientações Específicas”,

destacando informações importantes sobre: Educação Especial, Líderes de Classe,

Gênero e Sexualidade, Educação do Campo, Enfrentamento ao Bullying, Educação

Étnicorraciais, Educação Escolar Indígena, Comissão Permanente de Avaliação,

ENEM 100%, Progressão Parcial e Novo Perfil de Oferta.

Em consonância com as exigências da sociedade atual que apontam para uma

educação contextualizada com o século XXI, emergem na Rede Estadual de Ensino

perfis de ofertas, apresentados nesse documento, que aliam educação, arte, ciência,

cultura e tecnologia para o desenvolvimento de uma ação educativa que atenda às

necessidades dos sujeitos e considere os seus territórios, enquanto espaços legítimos

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de pertencimento, de produção material de sua existência e das formas de ser e estar

no mundo.

Na quarta parte, “Destaques”, são anunciados ações/projetos voltados à

implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) da Educação Infantil e

do Ensino Fundamental, à oferta do Curso Despertar, à Educação a Distância (EaD),

ao Programa de Apoio e Assistência à Saúde do/a Estudante e do/a Professor/a e ao

e-Nova Educação. Essas ações/projetos deverão ser implantados no ano em curso e

exigirão articulações intersetoriais, com os Núcleos Territoriais de Educação (NTE),

as unidades escolares, Instituições de Ensino Superior (IES), organizações

governamentais e não governamentais.

Pelo seu conteúdo e intencionalidade, o documento “Orientações

Pedagógicas para o Ano Letivo de 2018”, exige da equipe gestora da unidade

escolar o conhecimento e o uso regular, visando subsidiar o planejamento das

atividades no decorrer do ano letivo.

Nesse sentido, constitui-se como um material de consulta permanente,

devendo ser utilizado durante a realização das Atividades Complementares (AC) para

esclarecer dúvidas no que se refere aos conteúdos abordados, organizar/orientar

momentos de estudos, definir estratégias pedagógicas e alinhar ações previstas no

Projeto Político Pedagógico para potencialização do processo de ensino e da

aprendizagem.

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1 O INÍCIO DO ANO LETIVO E O PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

O início de ano letivo nos convida para uma revisão do que foi planejado e

executado no ano anterior, mediante um trabalho realizado pelo coletivo da Unidade

Escolar, considerando as especificidades da comunidade a que atende, a legislação

vigente e as diretrizes emanadas pela Secretaria da Educação -SEC. Para dar início

a essa revisão, a comunidade escolar possui um importante instrumento que traduz

os anseios, cores, sons e formas dos sujeitos que compõem essa comunidade: o

Projeto Político Pedagógico.

Em 2017, as equipes gestoras das Unidades Escolares envidaram esforços

para a construção/reformulação coletiva do Projeto Político Pedagógico, ao tempo em

que desenvolviam ações previstas. Dando continuidade a esse trabalho, durante o

planejamento da Unidade Escolar para o ano letivo de 2018 é imprescindível a

realização da avaliação do que foi feito, do que

ainda não foi feito e do que poderá ser inserido

no Projeto Político Pedagógico.

Ao longo do ano letivo, será necessário

planejar uma ação de acompanhamento ao

Projeto Político Pedagógico. Para isso, é

importante que uma das atividades da equipe

gestora seja a de elaborar um cronograma, com

momentos específicos para avaliação das

ações, acompanhar e apoiar os(as)

responsáveis no desenvolvimento delas e

redimensioná-las a partir da identificação das

conquistas e das dificuldades que emergirem.

É sempre importante lembrar que o

planejamento das Atividades Complementares

(AC) deve estar articulado ao Projeto Político

Pedagógico, e, portanto, retomá-lo nas

discussões coletivas de planejamento da unidade escolar, oportunizando reflexões

Projeto Político Pedagógico

Na etimologia da palavra, projeto vem do latim projectu e significa lançar para adiante. Político refere-se ao compromisso com a formação do cidadão para um tipo de sociedade, enquanto que pedagógico diz respeito às ações educativas da escola no cumprimento dos seus propósitos e intencionalidades (SUPED, 2016). Segundo Veiga (2004, p. 37),

“o Projeto Político

Pedagógico é, em suma, um

instrumento clarificador da

ação educativa da escola em

sua totalidade”.

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sobre concepção de ensino e da aprendizagem, relacionamento interpessoal,

ambiente educativo, competência socioemeocional, avaliação, metodologia, entre

tantos outros, pode ajudar na materialização do referido projeto, de acordo com as

especificidades e singularidade de cada Unidade Escolar.

1.1 AS PRIMEIRAS SEMANAS DE AULA

As primeiras semanas de aula marcam o reencontro de todos os segmentos da

comunidade escolar e a possibilidade de novos encontros. Começar bem, em um

ambiente acolhedor, harmônico, alegre e organizado deve ser uma meta da equipe

gestora da Unidade Escolar. Pode ser também a oportunidade para revisar ações,

comportamentos e atitudes que favoreceram o êxito do processo de ensino e da

aprendizagem, identificando aquelas que precisam ser fortalecidas, assim retomando

histórias de encontros e desencontros que precisam ser (re) significadas. Para ajudá-

los nessa tarefa, são retomadas aqui as orientações da Superintendência de Política

para Educação Básica/SUPED contidas nos documentos de 2015, 2016 e 2017.

1.2 AULA INAUGURAL

No primeiro dia de aula, a equipe gestora da unidade escolar, com a

participação dos/as estudantes, pode organizar uma aula inaugural para toda a

comunidade escolar, com atividades diferenciadas daquelas que acontecem

regularmente. Entre tantas atividades, podem ser realizadas: hasteamento das

bandeiras do Brasil e da Bahia, com entoação dos hinos; apresentação cultural; fala

institucional dos/as gestores/as e estudantes sobre expectativas e perspectivas do

trabalho no ano em curso, assim como palestras, rodas de conversa e mostra

pedagógica.

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1.3 RECEPÇÃO AOS/AS ESTUDANTES

Durante as primeiras semanas de aula, a equipe gestora da unidade escolar

pode planejar atividades com os objetivos de acolher os/as estudantes, apresentar o

corpo técnico e administrativo, informar sobre procedimentos e normas contidos no

Regimento Escolar Unificado, discutir sobre a atuação das lideranças de classe e

apresentar os projetos, entre outros.

Para isso, poderão ser realizadas plenárias, rodas de conversa, palestras,

oficinas, exibição de filmes, produção e exibição de vídeos pelos próprios estudantes,

apresentação cultural e murais de boas-vindas.

O processo vivenciado poderá ser registrado para socialização com toda a

comunidade escolar e local, compondo, posteriormente, os acervos da unidade

escolar.

Nas unidades escolares que possuem oferta compartilhada, é fundamental a

organização de momentos específicos com estudantes e familiares que estarão

vivenciando, nesse ano, a transição do 5º para o 6º ano, dos anos finais do Ensino

Fundamental e do 9º ano para a 1ª série do Ensino Médio, para orientá-los/as sobre

as especificidades do 6º ano e do Ensino Médio. Vale ressaltar que o 6º ano e a 1ª

série do Ensino Médio apresentam os indicadores educacionais mais críticos, das

suas respectivas etapas.

Nesse sentido, a gestão escolar precisa planejar atividades pedagógicas para

acolher os/as estudantes e seus familiares no ano e na série de transição de etapas,

no que diz respeito à apresentação das finalidades educacionais da nova etapa;

apresentação da composição da matriz curricular e dos conteúdos programáticos;

metodologias de ensino e processos avaliativos.

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1.4 DIAGNÓSTICO DA APRENDIZAGEM DOS/AS ESTUDANTES

O conhecimento do nível de aprendizagem dos/as estudantes é fundamental

para o planejamento e a realização de intervenções pedagógicas. Essa compreensão

faz a SUPED recomendar a realização de um diagnóstico do nível de aprendizagem

de todos/as os/as estudantes da Educação Básica pelos/as professores/as dos

componentes curriculares e das áreas do conhecimento.

Para a realização do diagnóstico, os/as professores/as deverão considerar os

conhecimentos definidos para a ano/série em que os/as estudantes estão

matriculados, selecionando atividades que evidenciam os conhecimentos já

construídos ou por construir. Caberá ao/a professor/a optar por uma metodologia que

desperte o interesse dos/as estudantes para a atividade, de forma a tornar o momento

significativo para todos/as (professor/a e estudantes). Conversar com os/as

estudantes sobre a importância do diagnóstico e de como resultado obtido o ajudará

a tomar decisões sobre o processo de ensino e de aprendizagem.

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2 CICLO DOCENTE: PLANEJAMENTO, EXECUÇÃO E AVALIAÇÃO

As atividades que compõem o ciclo docente são o planejamento, a execução e

a avaliação.

O planejamento faz parte da atividade do/a professor/a. Ele requer uma

intencionalidade. Para isso, é preciso ter um conhecimento geral e específico da área

que leciona, do nível de conhecimento dos/as seus/suas estudantes e aqueles

definidos para cada etapa da educação básica (SUPED, 2016). As informações

referentes às competências e habilidades exigidas por ano/série estão contidas nos

documentos “Orientações Curriculares e Subsídios Didáticos para a Organização do

Trabalho Pedagógico no Ensino Fundamental de Nove Anos” e “Orientações

Curriculares para o Ensino Médio”.

O espaço legítimo para o planejamento é o da Atividade Complementar (AC).

Esse momento de planejamento deve acontecer de forma individual e coletiva.

Individual para atender às especificidades de cada componente curricular e coletiva

para possibilitar a troca com outros professores/as (SUPED, 2016).

É importante salientar que a forma de estruturação do planejamento é uma

opção do/a professor/a, devendo responder às questões:

Figura 1 – Estruturação do Planejamento

Na Rede Estadual de Ensino, os/as professores/as são orientados/as para

elaborar o Plano de Curso, o Plano de Unidade e o Plano de Aula, por componentes

curriculares, considerando as áreas do conhecimento e as competências e

habilidades a serem desenvolvidas pelos/as estudantes, com vistas à articulação

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entre o percurso de construção das competências e habilidades a serem

desenvolvidas com os projetos e programas da SEC, dos projetos da própria unidade

escolar, bem como dos projetos e programas de parcerias estabelecidas com a

sociedade civil.

Em 2017, foi construído o Sistema de Apoio à Prática Pedagógica (SIAPP) para

inserção dos Planos de Curso e de Unidade, por meio do endereço

http://siapp.educacao.ba.gov.br/

Esse sistema tem o objetivo de disseminar informações, a nível sistêmico,

sobre a unidade escolar, seu currículo, suas intenções e especificidades na ação

educativa.

Os planos de aula devem orientar as ações dos/as professores, contendo

propostas inovadoras que atendam às necessidades de aprendizagens dos/as

estudantes evidenciadas nos diagnósticos realizados no decorrer do ano letivo. O

espaço legítimo de planejamento, e, portanto, de elaboração dos planos de aula é o

momento destinado às Atividades Complementares/AC.

O momento posterior ao planejamento é a execução. Ela está relacionada ao

“fazer pedagógico”, à materialização do que foi planejado. No caso específico, a

execução do Plano de Curso, do Plano de Unidade e do Plano de Aula.

Os Planos de Curso e de Unidade deverão ser construídos no início do ano

letivo, durante o período de planejamento de 2018, e postado no SIAPP, como já foi

orientado. O Plano de aula deve ser feito semanalmente, considerando a evolução da

aprendizagem dos estudantes.

“A aula é o momento em que o/a professor/a, com base no planejamento, promove a interação do/a estudante com o objeto de conhecimento. Ela deve promover a participação ativa deles/as, levando em consideração as experiências e o conhecimento que possuem como ponto de partida para novas aprendizagens. Deve ser contextualizada, dinâmica e diversificada para atender às diferentes formas de aprender dos/as estudantes” (SUPED, 2016).

Para possibilitar a aprendizagem dos/as estudantes, otimizando o tempo

pedagógico da aula, recomendamos:

apresentação geral da temática a ser abordada;

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levantamento do conhecimento prévio dos (as) estudantes;

apresentação de uma situação-problema, envolvendo a temática;

discussão sobre a situação-problema;

sistematização do conhecimento produzido;

avaliação da aula/processo vivenciado.

É sempre bom lembrar que a diversidade e a qualidade de recursos a serem

utilizados em uma aula podem contribuir para maior participação dos/as estudantes.

Assim, o uso de filmes, jornais, revistas, livros diversos, obras de arte, internet, na

aula, entre outros, pode se constituir em excelente recurso de apoio à aula do/a

professor/a, favorecendo a aprendizagem dos estudantes.

A avaliação do processo de ensino e da aprendizagem é outro aspecto do ciclo

docente. Ela é fundamental para verificar a eficácia do planejamento, o alcance dos

objetivos - sempre relacionados à aprendizagem dos/as estudantes, servindo para o

seu redimensionamento.

Institucionalizada por meio da Portaria Nº 6.562, de 17 de junho de 2016 e da

Instrução Normativa Nº 002, de 22 de Novembro de 2016, compreende-se que “a

avaliação deve estar a favor da aprendizagem para subsidiar os/as professores/as

com informações que orientem o planejamento, as intervenções pedagógicas e o

acompanhamento” (SUPED, 2017).

Vale relembrar que:

“O processo de ensino e da aprendizagem exige

acompanhamento. Nem sempre o que é ensinado é aprendido

pelos/as estudantes, no tempo planejado. As interações com o

meio, com professores/as e pares, na própria unidade escolar ou

fora dela, podem possibilitar a construção de conhecimentos fora

dos tempos definidos. Os/as professores/as precisam fazer o

acompanhamento da aprendizagem dos/as estudantes,

identificando o que já sabem e o que ainda não sabem para a

realização de intervenções pedagógicas que possibilitem o avanço

na aprendizagem” (SUPED, 2017).

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3 ORIENTAÇÕES ESPECÍFICAS

As orientações pedagógicas que seguem visam subsidiar as unidades

escolares no desenvolvimento de ações, projetos ou programas e devem estar

contidas no PPP, instrumento que se “torna um documento vivo e eficiente na medida

em que serve de parâmetro para discutir referências, experiências e ações de curto,

médio e longo prazos", segundo Paulo Roberto Padilha, diretor do Instituto Paulo

Freire, em São Paulo.

3.1 EDUCAÇÃO ESPECIAL

A Educação Especial/Inclusiva é uma modalidade de Educação que perpassa

transversalmente por todos os níveis, etapas e modalidades de ensino, oferecendo

um conjunto de serviços e recursos especializados para complementar e/ou

suplementar o processo educacional dos/as estudantes com necessidades

educacionais especiais.

Em caráter suplementar, a Educação Especial oferece o Atendimento

Educacional Especializado (AEE) por meio de Salas de Recursos Multifuncionais que

elaboram, disponibilizam e aplicam recursos pedagógicos e de acessibilidade. O AEE

se distingue das atividades realizadas em salas de ensino comum, pois seu objetivo

é acompanhar e apoiar o/a estudante, fornecendo meios que proporcionem ou

ampliem suas habilidades funcionais, favorecendo a inclusão escolar e social.

As salas são implantadas nas escolas regulares e também nos Centros

Especializados em Educação Especial, que, além de oferecer o AEE, exercem um

papel importante nas regiões onde estão implantados, por desenvolverem ações

articuladas com as escolas da rede estadual e os municípios, promovendo formação

continuada em educação especial inclusiva, adaptação de material, acompanhamento

e apoio às salas de recursos multifuncionais.

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Assim, é necessário que a unidade escolar

possa redimensionar o Projeto Político

Pedagógico e seu planejamento, caso ainda

não o tenha feito, identificando a demanda e as

reais necessidades dos/as estudantes, para

desenvolver um currículo escolar inclusivo, que

garanta a aprendizagem e o processo de

avaliação, considerando o respeito às

especificidades, bem como os limites e

possibilidades, conforme estabelecido na

legislação sobre essa modalidade de ensino.

Para saber mais sobre Educação Inclusiva, acesse

as Diretrizes para a Educação Inclusiva no Estado

da Bahia no endereço:

www.educacao.ba.gov.br/educacaoespecial1

3.2 LÍDERES DE CLASSE

Nos últimos três anos, a SEC vem desenvolvendo o projeto de líderes de

classe, importante ação de empoderamento dos/as estudantes nas unidades

escolares por fomentar a participação cidadã desses/as representantes, na tomada

de decisões da gestão escolar democrática.

Lembrando!

Necessidades Especiais: cegueira, baixa visão, deficiência auditiva, surdez, surdocegueira, deficiência intelectual ou deficiência múltipla), transtornos globais do desenvolvimento (autismo, Síndrome de Asperger, Síndrome de Rett ou Transtorno desintegrativo da Infância) e altas habilidades/superdotação .

A inclusão socioeducacional dos estudantes com deficiência é um desafio a ser enfrentado por todos, e a transformação da escola não deve ser entendida como uma mera exigência do ordenamento legal, e sim, um compromisso inadiável das escolas como forma de garantir a esses estudantes o acesso à educação.

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Esse projeto nasceu de uma prática existente nas unidades escolares

estaduais quando, por meio de um processo de mobilização para eleição de líderes

de classes, os/as estudantes do Ensino Fundamental, Médio e Educação Profissional

escolhiam seus/suas representantes.

Em 2015, a SEC, por meio da SUPED, convoca as unidades escolares

estaduais para a institucionalização do projeto Líderes de Classe, com uma agenda

de atividades que contempla um processo de mobilização dos/as estudantes, a

eleição, a construção de um Plano de Ação, um processo de formação desses/as

jovens e adultos/as eleitos/as, a realização de Encontros Regionais e o Seminário

Estadual de Líderes de Classe, realizado em Salvador, com a representação de

estudantes dos vinte e sete Núcleos Territoriais de Educação (NTE).

Figura 2 – Líderes de Classe.

Nos anos seguintes, ocorreu a consolidação do projeto, que teve como marco

a publicação da Instrução Normativa, Nº 01/2017, de 25 de março do mesmo ano, a

qual estabelece procedimentos para a realização da eleição de líderes, tendo em vista

o incentivo, o fortalecimento e a valorização da participação dos/as estudantes, na

gestão democrática da unidade escolar.

Para 2018, as unidades escolares deverão dar continuidade ao Projeto,

inserindo no planejamento da gestão escolar as ações/atividade dos/as líderes de

classe, propostas no cronograma abaixo. Vale ressaltar a importância da

sensibilização dos/as professores/as nesse processo, especialmente no que se refere

à formação dos/as líderes eleitos/as. A orientação da SEC/SUPED é que sejam

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realizados três momentos formativos, com as temáticas: “Gestão Escolar

Democrática: os/as estudantes no debate”; “Enfrentamento ao Bullying e Combate ao

Racismo” e “O Sentido da Escola e Projeto de Vida” e essas formações deverão ser

realizadas por professores/as da própria unidade escolar ou convidados/as. A SUPED

disponibilizará texto base para subsidiar as discussões.

Entendemos que discutir, inicialmente, sobre essas três temáticas possibilitará

que esse/a estudante possa apropriar-se de princípios fundantes para a consolidação

de uma escola pública democrática e de qualidade: gerenciamento de uma instituição

de maneira que possibilite a participação, transparência e democracia, respeito à

pessoa humana e suas diferenças tornando o ambiente escolar mais seguro e

solidário e estímulo aos/as jovens para o desenvolvimento da capacidade de projetar

e acreditar nos sonhos e desejos e também contribuir para que desenvolvam as

capacidades para realizá-los.

Cronograma Líderes de Classe - 2018

PERÍODO AÇÃO RESPONSÁVEIS

26 a 28 de

março

Mobilização dos/as estudantes

para o processo de eleição 2017,

por meio de reuniões e

seminários internos. Discussões

sobre as atribuições dos/as

líderes de classe e estudo da

Instrução Normativa 01/2017.

Gestão e Colegiado

Escolar

02 e 03 de

abril

Constituição da Comissão

Eleitoral.

Gestão e Colegiado

Escolar

04 a 06 de

abril

Campanha dos/as estudantes. Estudantes

09 a 12 de

abril

Eleição. Cada UEE definirá o dia

da eleição, nesse período.

Gestão e Colegiado

Escolar

17 a 28 de

abril

Lançamento dos dados dos/as

líderes de classe no sistema e

atualização de telefones e e-

mails.

Gestão escolar

18

17 a 28 de

abril

Construção do Plano de Ação. Estudantes

02 a 05 de

maio

Lançamento do Plano de Ação,

no sistema.

Gestão escolar

Maio Encontro Territorial de Líderes de

Classe.

Núcleo Territorial de

Educação

Junho 1ª Formação na UEE. “Gestão

Escolar Democrática: os/as

estudantes no Debate”.

Gestão e Colegiado

Escolar

Agosto 2ª Formação na UEE.

“Enfrentamento ao Bullying e

Combate ao Racismo”.

Gestão e Colegiado

Escolar

Outubro 3ª Formação na UEE. “O Sentido

da Escola e Projeto de Vida”.

Gestão e Colegiado

Escolar

Novembro Encontro Territorial de Líderes de

Classe.

Núcleo Territorial de

Educação

Fonte: SUPED

O canal de escuta e de diálogo constituido com os/as estudantes, líderes de

classe, possibilita-lhes uma atuação mais efetiva nas discussões do cotidiano escolar,

na perspectiva da gestão democrática, consolidando a cultura de participação na

Rede Estadual de Ensino, ao tempo em que firma e aponta caminhos de engajamento,

responsabilização coletiva e, sobretudo, um forte sentimento de pertencimento com

os espaços escolares.

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3.3 GÊNERO E SEXUALIDADE

A contemporaneidade coloca desafios para a construção de uma educação

efetivamente inclusiva que respeite a diversidade

humana, social, cultural e econômica das populações

historicamente excluídas. Nessa perspectiva, a

discussão sobre as questões de gênero e sexualidades

no âmbito escolar se torna imperativa.

A inserção das questões de gênero e sexualidade nos

currículos escolares adquire especial relevância no atual

contexto histórico, quando verificamos os crescentes

índices de violência contra a mulher e contra a

população de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis,

Transexuais e Transgêneros/LGBT, a persistência das

desigualdades de gênero – ancorada no sexismo e

práticas misóginas, a disseminação do discurso do ódio,

fomentando a homofobia e, por fim, a vulnerabilidade da

laicidade da educação.

No Brasil, Estado Democrático de Direito, a constituição

da relação participativa entre Estado e sociedade já

acumula um conjunto de referências sobre a educação

para as relações de gênero e sexualidades, advindos de

diversos processos e espaços de diálogo, colocando na

pauta as aspirações dos/as cidadãos/as de direito.

Legislação

Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDBEN Nº 9394/96.

Decreto N°8.727 de 28 de abril de 2016.

Plano Nacional de Políticas Para Mulheres.

Lei 11.340 de 07 de agosto

De 2006

Resolução Nº 120 de 05 de

novembro de 2013.

Resolução Nº 1, de 17 de junho de 2004. Decreto Nº 4.377, de 13 De

setembro de 2002.

Lei Nº 10.639, de 9 de

janeiro de 2003

Lei Nº 11.645, de 10 de março de 2008

Resolução Nº 1, de 17 de junho de 2004

20

3.3.1 Inclusão do Nome Social

Em abril de 2016, na semana das Conferências Nacionais Conjuntas de

Direitos Humanos, foi publicado o Decreto Presidencial Nº 8.727/2016, que dispõe

sobre o uso do nome social e o reconhecimento da identidade de gênero de pessoas

travestis e transexuais no âmbito da administração pública federal.

Nome social se refere à designação pela qual a pessoa travesti ou transexual

se identifica e é socialmente reconhecida. De acordo com o Decreto, os órgãos e as

entidades da administração pública federal direta, autárquica e fundacional, deverão

adotar em seus atos e procedimentos o nome social da pessoa travesti ou transexual,

de acordo com seu requerimento.

Deverá também constar o campo “Nome Social”

nos registros de sistema de informação, de

cadastros, de programas, de serviços, de fichas,

de formulários, de prontuários e congênere. O

Nome Social deverá vir em destaque nestes

instrumentos, acompanhado do nome civil, o

qual deverá ser utilizado apenas para fins

administrativos internos.

Sendo assim, deverá constar nos documentos

oficiais o nome social da pessoa travesti ou

transexual (feminino e masculino), assim como

requerido pela interessada ou pelo interessado,

a qualquer tempo.

O Conselho Estadual de Educação

considerando a necessidade de garantir o

acesso e a permanência dos/as estudantes

travestis, transexuais e outros, em Ato aprovado

na 732ª Sessão do Conselho Pleno, da

Comissão de Direito Educacional, aprova

Faça parte do Movimento

#EscolaSemMachismo

Para subsidiar a elaboração do

Planejamento, indica-se o acesso aos

seguintes links:

1. Sexo, gênero e

poder: goo.gl/ZJ1zpzA

2. Violência e suas

interfaces: https://goo.gl/wZLGIX

3. Estereótipos de gênero e

esportes: https://goo.gl/R6AzgF

4.Estereótipos de gênero, raça/etnia

e mídia: https://goo.gl/7SZNyE

5. Estereótipos de gênero, carreiras e

profissões: diferenças e

desigualdades: https://goo.gl/MEEO

LO

6.Vulnerabilidades e

prevenção: https://goo.gl/AH9JgT

Resolução Nº 1, de 17 de junho de 2004

21

Resolução CEE N° 120, de 05 de novembro de 2013, que dispõe sobre a inclusão do

nome social dos/as estudantes travestis, transexuais e outros no tratamento, nos

registros escolares e acadêmicos nas instituições de ensino que integram o Sistema

de Ensino do Estado da Bahia.

3.4 EDUCAÇÃO DO CAMPO

O ponto de partida para a implementação de ações que renovem as

expectativas de avanço e possível transformação da realidade educacional do campo

é pensar em uma escola que respeite os desafios culturais e as realidades de todos

os sujeitos que fazem parte de cada comunidade, suas dificuldades e potencialidades,

seus processos de organização, anseios e necessidades.

Recomenda-se, portanto, que, durante os momentos de reflexão e

planejamento das ações/atividades para o ano letivo, o coletivo de cada unidade

escolar inicie o movimento de reconhecimento/fortalecimento da Identidade da Escola

do Campo e Quilombola, com a elaboração/reformulação do Projeto Político

Pedagógico, em conformidade com a realidade local e a diversidade da população

que ali vive e trabalha, na perspectiva de materializar, no cotidiano da escola, um

currículo que assegure aos/as estudantes um percurso formativo digno e

contextualizado.

Neste sentido, é preciso considerar que estamos tratando do processo

educativo dos diferentes povos do campo, com uma característica específica de

escola, definidos pelo Decreto 7.352/2010 de 04/11/2010, e Resoluções CEE Nº

103/2015, CEE Nº 68/2013, como:

22

Além da legislação citada, é necessário o conhecimento e estudo das

Resoluções do CNE/CEB N° 01/2002 e Nº 02/2008, instrumentos de defesa e

regulamentação da especificidade no atendimento às escolas do campo. Nesse

processo, é fundamental o envolvimento do coletivo dos sujeitos do campo: sindicatos,

movimentos e associações.

Outra tarefa essencial da escola é o mapeamento das condições reais de vida,

da cultura, das relações sociais e dos saberes construídos por gerações, nos

diferentes tempos e espaços, além de outros. O resultado desse mapeamento trará

elementos construtivos para o desenvolvimento do currículo e de práticas educativas,

articuladas com a dinâmica de vida dos povos ali representados no espaço escolar.

Para o planejamento pedagógico de 2018, recomenda-se o investimento da

equipe gestora na reflexão e tomada de decisões quanto ao processo de

elaboração/reformulação do Projeto Pedagógico Político, utilizando os materiais

instrucionais produzidos por essa Secretaria para esse fim e dentre eles destaca-se o

“Inventário da Realidade: guia metodológico para uso nas escolas do campo”,

Escola do campo: aquela situada em área rural, conforme definida pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ou aquela situada em área urbana, desde que atenda predominantemente a populações do campo. (art. 1º, inciso II).

Populações do campo: os agricultores familiares, os extrativistas, os pescadores artesanais, os ribeirinhos, os assentados e acampados da reforma agrária, os trabalhadores assalariados rurais, os quilombolas, os caiçaras, os povos da floresta, os caboclos e outros que produzam suas condições materiais de existência a partir do trabalho no meio rural. (art. 1º, inciso I).

23

elaborado pela Professora Roseli Caldart (2016).

Ressalta-se a importância de, durante o ano letivo, as escolas investirem na

organização de práticas voltadas ao processo de ensino e de aprendizagem, como

dinâmicas, momentos de reflexão, análise e tomada de decisões com base nos

resultados do IDEB e do desempenho dos/as estudantes nas avaliações internas e

externas, para planejamento de metas e estratégias, visando à melhoria do processo

de ensino e das aprendizagens dos/as estudantes.

É imprescindível que cada unidade escolar efetive o processo de

caracterização da escola do campo. Para isso são necessárias:

identificação da escola pelo nome, incluindo a expressão “campo”. Esse

registro deve ser encaminhado à coordenação;

elaboração do PPP em conformidade com a realidade local e a diversidade da

população do campo;

melhoria da qualidade do atendimento às populações do campo, por meio da

participação nas formações viabilizadas pelas Instituições de Ensino Superior

(IES).

3.5 ENFRENTAMENTO AO BULLYING

Uma das estratégias utilizadas pela rede estadual de ensino para o

fortalecimento da educação pública estadual é o estímulo à participação dos/as

estudantes como sujeitos do processo educacional. E a potencialização da

participação dos/as jovens emergem nas diversas experiências criativas

desenvolvidas no âmbito escolar, onde a pesquisa, o aprendizado e a cidadania

asseguram não apenas a inclusão educacional como também a participação deles/as

na construção de uma educação plural, cidadã e democrática.

No entanto, quando não há a oferta de modelos educativos humanistas,

capazes de estimular e orientar o comportamento de crianças, adolescentes e jovens

24

para a convivência social e para seu crescimento moral, fatores indispensáveis ao

sucesso do processo socioeducacional, emerge, muitas vezes, por parte de alguns

estudantes, o caminho da intolerância, que se expressa pela não aceitação das

diferenças pessoais inerentes a todos os seres humanos. Vive-se, na atualidade, o

desafio permanente de conviver com outras pessoas que não comungam das mesmas

ideias e valores em comum, e, ainda assim, é preciso que essas sejam legitimadas

nas suas diferentes formas de pensar e agir (Fante, 2011).

Diante desse quadro, segundo o Observatório da Infância (LOPES NETO;

MONTEIRO FILHO; SAAVEDRA, 2007),

emerge, muitas vezes, no cenário escolar, um

conjunto de atitudes agressivas, intencionais e

repetitivas, denominado costumeiramente como

Bullying, que ocorre sem motivação evidente, de

forma velada ou explícita, adotado por um ou

mais indivíduos contra outro/a(s), causando dor,

angústia e sofrimento.

Tais atitudes, que começam frequentemente

pela recusa da aceitação de uma diferença, seja

ela qual for, mas sempre envolvendo religião,

raça, estatura física, peso, cor dos cabelos,

deficiências visuais, auditivas e até mesmo

vocais, ampliam-se para a não aceitação

também das diferenças de ordem psicológica,

social, sexual e física.

A constatação dessas diferenças faz surgir

conflitos interpessoais de convivência, e os

métodos utilizados para solucioná-los são aqueles aprendidos nas vivências

experienciadas no modelo educativo a que o aluno foi submetido, que quase sempre

Para combate ao Bullying

Formar docentes e equipes pedagógicas para a implementação de ações de discussão, prevenção, orientação e encaminhamentos de enfrentamento ao bullying;

Implementar e disseminar campanhas de educação, conscientização e informação;

Instituir práticas de conduta e orientação aos pais, familiares e responsáveis diante da identificação de vítimas e agressores;

Promover a cidadania, a capacidade empática e o respeito, nos marcos de uma cultura de paz e compreensão mútua.

25

é expresso pela imposição de autoridade e pelo

emprego de vários tipos de atitudes e linguagens

violentas para fazê-lo obedecer (Fonseca &

Espírito Santo, 2014). Nesse ínterim, surge o

seguinte questionamento: como combater a

violência entre pares, o bullying, vivenciada no

ambiente escolar, que vem impactando a vida e o

processo de ensino e de aprendizagem dos/as

estudantes?

Cabe à gestão das unidades escolares, em

parceria com a Secretaria da Educação do Estado,

não apenas refletir e discutir sobre o aumento do

“Bullying”, violência entre pares, que vem afligindo

os cidadãos de forma geral, no entorno e na

comunidade escolar, mas também analisar (para

possíveis intervenções) os efeitos que

comportamentos violentos e agressivos geram naqueles indivíduos que sofrem

Bullying, tais como: estímulo à vingança, medo, frustração, vergonha e tentativas,

muitas vezes com êxito, de evasão e desistência dos estudos.

A proposta pedagógica da SUPED tem como ponto de partida políticas,

fundamentos, princípios e valores que visam estimular, a partir do diálogo e da

articulação coletiva, a melhoria dos indicadores educacionais, assim como o

desenvolvimento social, econômico, cultural e a consciência cidadã dos/as

estudantes, além da dos/as gestores/as, professores/as e outros/as profissionais da

Rede Estadual de Ensino.

A gestão escolar que prima por uma escola que busque promover a

socialização dos/as estudantes deve desenvolver ações de combate às mais diversas

manifestações de Bullying e identificar alternativas para gerenciar conflitos que

emergem a partir das mais diversas manifestações de vivências autoritárias na

unidade escolar e no entorno da mesma.

Para combate ao Bullying

Evitar, tanto quanto possível, a punição dos agressores, privilegiando mecanismos e instrumentos alternativos que promovam a efetiva responsabilização e a mudança de comportamento hostil;

Promover medidas de conscientização, prevenção e combate a todos os tipos de violência ou constrangimento físico e psicológico, cometidas por alunos, professores e outros profissionais integrantes de escola e de comunidade escolar.

26

Um dos suportes legais que a escola possui atualmente é a Lei nº 13.185/2015

que institui o Programa de Combate à Intimidação Sistemática (Bullying) e certamente

ajudará a comunidade escolar e local a tornar a escola um espaço de convivência e

de inserção social.

3.6 EDUCAÇÃO ÉTNICO-RACIAIS

Resgatando as informações e orientações contidas no documento da SUPED

referente ao ano de 2017, disponibilizadas no Portal da Educação durante a Jornada

Pedagógica, que considerou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD)

de 2014, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística/IBGE, que

aponta o percentual de 53,6% da população brasileira como sendo constituída por

pretos/as e pardos/as e a população baiana sendo composta por 51.7% de população

negra e 27.300 de população indígena, retomamos o debate nesse documento sobre

a necessidade da implementação de ações e atividades pedagógicas que contemplem

temática da História e Cultura Afro-brasileira e Indígena.

Mesmo o Estado da Bahia sendo detentor de expressiva parcela de fortes

representações culturais da população afrodescendente, as pessoas pretas e pardas,

bem como os povos indígenas, ainda vivenciam atos discriminatórios e racistas.

Chimamanda Adichie1 nos fala do perigo de uma única história e, em tempo,

salienta que a mesma história que destrói a cultura de um povo, também pode ser usada

para humanizar uma população. Assim, sabemos que o trabalho com a diversidade

cultural vem se constituindo em um grande desafio que precisa ser assumido por

todos/as que atuam no campo educacional, visto que a escola, como uma instituição

formadora, exerce um grande papel no processo de desconstrução de mitos e ideias

preconcebidas acerca da história e cultura Africana e Indígena.

1 Disponível em < https://papodehomem.com.br/o-perigo-de-uma-unica-historia/> acessado em 03 de jan de

2017.

27

Figura 3 - Indígenas e quilombolas: eternas “ameaças” à ordem e ao progresso2

Nessa perspectiva, o trabalho com a diversidade é mesmo um desafio que

precisa ser assumido por todos/as, tratado no Projeto Político Pedagógico, com ações

regulares de combate ao preconceito de gênero, raça/etnia, credo, etária, entre outros,

no cotidiano das unidades escolares. A produção acadêmica disponível acerca da

diversidade torna essa tarefa mais fácil se colocada para estudo e compartilhamento

de experiências, nos momentos da Atividade Educação e suas Modalidades

Complementar (AC). Portanto, fazê-lo em um processo de formação continuada que

deverá acontecer nesses momentos é uma necessidade.

A legislação vigente se constitui em um instrumento importante no combate ao

preconceito, contudo, para a mudança de atitude e comportamento, é fundamental um

trabalho pedagógico que envolva toda a comunidade escolar.

É nesse contexto que se situam as Leis 10.639/03 e 11.645/08. Passos

significativos foram dados pela Secretaria da Educação com a criação da Diretoria de

Educação e suas Modalidades, da Coordenação de Diversidade e da Coordenação

de Educação Indígena que são exemplos dessa conquista, contudo precisamos

ampliar a discussão dessas temáticas para o desenvolvimento de ações, no âmbito

da unidade escolar, com vistas à inserção da cultura afro-brasileira e indígena no

currículo, o que exige o conhecimento por parte dos professores/as, assegurando que

estas cheguem aos/as estudantes.

2 Fonte: https://www.geledes.org.br/indigenas-e-quilombolas-eternas-ameacas-ordem-e-ao-progresso/

28

Os/as professores/as da unidade escolar precisam ampliar o diálogo com seus

pares, nas reuniões de AC, articulando seus planejamentos, visando a uma unidade

na prática pedagógica. Nesse processo, a SEC, por meio da SUPED e do Instituto

Anísio Teixeira (IAT), vem buscando a captação de recursos financeiros, junto ao

Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica (FNDE), visando à

viabilização de um processo de formação continuada, nas modalidades presencial e

à distância, para implementação das Leis 10.639/03 e 11.645/08.

Contudo, aliado a esse processo, compreendemos que as unidades escolares

podem trazer as supracitadas Leis para o Projeto Político Pedagógico, implementando

ações como:

divulgação ampla das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das

Relações Étnico-Raciais e para o E nsino de História e Cultura Afro-

Brasileira e Africana para a garantia do direito à educação e para o combate ao

racismo;

divulgação de livros, filmes e revistas referentes às duas temáticas para as

escolas que sirvam de subsídios para discussão e debates nas salas de aula;

constituição de encontros regulares para discussão, na própria unidade

escolar, com maciça participação dos líderes de classe, com o propósito de

construir uma agenda de trabalho para todo o ano letivo, visando ao diagnóstico

e encaminhamentos de ações para o combate ao racismo;

programação de aulas, integrando disciplinas, para discussão de conteúdos

específicos sobre a cultura Africana e Indígena;

realização de rodas de conversa com a participação da sociedade civil

organizada para tratar das questões de raça e etnia;

exibição de filmes para ampliação dos espaços e formas de discussão das

questões abordadas, com a participação de estudantes de diferentes anos;

promoção de estudos e pesquisas sobre a comunidade, valorizando a cultura

local e reafirmando as identidades;

Adequação do currículo da Educação Básica e de suas Modalidades às

demandas das Leis 10.639/2003 e 11.645/2008.

29

3.7 EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA

Figura 4 - Comunidade Pataxó - Porto Seguro, 2016

O Projeto Político-Pedagógico, expressão da autonomia e da identidade

escolar, é uma referência importante na garantia do direito a uma educação escolar

diferenciada, devendo apresentar os princípios e objetivos da Educação Escolar

Indígena de acordo com as Diretrizes Curriculares instituídas no âmbito nacional e

estadual, bem como as aspirações das comunidades indígenas em relação à

educação escolar.

Em 2018, as escolas indígenas deverão participar de encontros formativos com

vistas à elaboração e/ou reformulação dos seus Projetos Político Pedagógico. Para

tanto, deverão indicar como participantes desses encontros formativos, pessoas com

capacidade técnica e comprometimento com o cumprimento das ações pactuadas nas

formações, visando à consecução do objetivo já citado.

A educação escolar indígena, pautada pelos princípios da igualdade social, da

diferença, da especificidade, do bilinguismo e da interculturalidade já preconizadas

em legislações de âmbito nacional, reclama a necessidade de construção de

normativas que orientem os sistemas de ensino, nas esferas estadual e municipal,

para o atendimento educacional das populações indígenas do Estado.

Nesta perspectiva, as escolas indígenas devem participar ativamente das

discussões a serem realizadas nos Territórios para elaboração das Diretrizes

Curriculares Estaduais da Educação Escolar Indígena.

A Coordenação de Educação Indígena apoiará projetos desenvolvidos pelas

escolas indígenas que tenham cunho cultural, artístico e desportivo e que visem à

inovação e ao fortalecimento de um currículo escolar que valorize a identidade cultural

30

dos Povos Indígenas da Bahia. Esses projetos deverão ser encaminhados à

Coordenação até o dia 15 de março de 2018.

3.8 COMISSÃO PERMANENTE DE AVALIAÇÃO - CPA

As Comissões Permanentes de Avaliação, autorizadas pelo Conselho Estadual

de Educação (CEE), são instâncias educacionais, instaladas e vinculadas técnico,

pedagógico e administrativamente às Unidades Escolares da Rede Estadual de

Ensino.

A finalidade primordial das Comissões é a realização de exames supletivos,

oportunizando a certificação da escolaridade nas etapas do Ensino Fundamental e

Médio para jovens e adultos/as que não conseguiram concluir sua escolaridade

regularmente. Em 2018, as Comissões de Avaliação contarão com um sistema 100%

on-line e uma ampliação de sua oferta para mais Territórios.

Atualmente, a oferta da CPA se dá em 4 Unidades Escolares da Capital e mais

14 Núcleos Territoriais de Educação (NTE), perfazendo 19 Núcleos de Atendimento,

certificando os/as estudantes para o Ensino Fundamental, jovens a partir de 15 anos

e para o Ensino Médio, jovens a partir de 18 anos de idade.

O agendamento para realização das provas da CPA acontece por meio do

site: www.cpa.educacao.ba.gov.br.

Maiores informações, calendários e conteúdos dos Exames estão disponíveis

no Portal da Educação:www.educação.ba.gov.br/ Escolas/ Educação Básica/

Educação para Jovens e Adultos/Exame supletivo CPA.

3. 9 ENEM 100%

Em 2017, a Secretaria da Educação, por meio da SUPED, com vistas à

ampliação e qualificação da participação dos/as estudantes da Rede Estadual de

31

Ensino, no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), e o acesso ao ensino superior

realizou o ENEM 100%, projeto estruturado em quatro (04) etapas:

I - Documentação e Inscrição;

II - Fortalecimento das Aprendizagens;

IV - Oficinas de Redação - REDIJAÊ

V- Apoio logístico para a realização do Exame

Para operacionalização do ENEM 100%, as unidades escolares realizaram

uma série de atividades, dentro das etapas supramencionadas: oficinas pedagógicas

com os/as professores/as das unidades escolares, por área de conhecimento para

alinhamento dos conteúdos e metodologias a serem ministrados; reuniões durante a

realização das Atividades Complementares compartilhadas; simulados; aulões e

envio, pelos/as estudantes, de duas redações ao ambiente virtual da plataforma Anísio

Teixeira, para análise e devolução com as devidas observações para aperfeiçoamento

da escrita dissertativa (Redijaê).

No ano em curso, será realizada a 2ª edição do ENEM 100% e,

consequentemente, é importante a inserção dessa ação no planejamento anual das

unidades escolares que ofertam o Ensino Médio. Posteriormente, serão

encaminhadas as Orientações do Enem 100%.

3.10 PROGRESSÃO PARCIAL

A Progressão Parcial, amparada pelas Portarias Nº 5.872 de 2011, Portaria de

Avaliação Nº 6.562/2016 e a Instrução Normativa nº 002/16, é um dispositivo

pedagógico que permite aos/as estudantes, com dependência em até três (03)

componentes curriculares, a continuidade dos seus estudos, exceto nos anos/séries

finais do Ensino Fundamental e Médio. Ela acontece de duas formas básicas:

1. em classes regulares, quando a unidade escolar possui oferta no turno oposto.

Nesse caso, a escola precisa ofertar ao/a estudantes a Progressão Parcial.

2. em classes especiais, quando a unidade escolar não possui oferta no turno

oposto, mas pode constituir classes para atender aos/as estudantes.

32

Observação: O detalhamento dessas formas de atendimento, é apresentado na

Instrução Normativa N° 002/2016, Itens 9.1.2 (Progressão Parcial em Classes

Especiais) e 9.1.2.1 (Organização da oferta da Progressão Parcial em Classes

Especiais).

Para operacionalização da Progressão Parcial, no ano letivo de 2018, foi

expedido para os NTE, Ofício Circular Nº 09/2018, com rubrica conjunta da SUDEPE

e da SUPED. Recomenda-se a todas as unidades escolares o acesso às informações

contidas nesse documento.

Ao longo do ano letivo, é importante que a unidade escolar programe reuniões

cuja pauta seja a Progressão Parcial, abordando os seguintes itens:

Média histórica do quantitativo de estudantes atendidos pela oferta da

Progressão Parcial, na Unidade Escolar;

Acompanhamento das aprendizagens dos estudantes, durante o ano letivo;

Acompanhamento das taxas de rendimentos escolares em componentes

curriculares, ao final de cada Unidade Letiva.

3.11 NOVO PERFIL DE OFERTA

A assunção do compromisso da SEC na efetivação de uma educação que

contém no seu planejamento estratégico objetivos voltados a salas de aulas

contextualizadas no século XXI, melhoria da aprendizagem com estudantes e

professores/as motivados e uma educação contextualizada no território e sua

economia cria possibilidades para ampliação de ofertas de ensino que atendam às

especificidades e singularidades das unidades escolares.

A proposição de ampliação de oferta de ensino e de aprendizagem trata de

novos atendimentos a estudantes da rede estadual (crianças da educação do campo,

quilombolas, indígenas, povos tradicionais, adolescentes, jovens trabalhadores/as ou

33

não, adultos/as trabalhadores/as ou não e idosos/as), considerando as necessidades

dos/as estudantes, o cumprimento da função social da escola, o papel dos/as

profissionais da educação no exercício das suas funções no âmbito da unidade

escolar e no âmbito da Secretaria da Educação ao institucionalizar os processos de

ensino e da aprendizagem.

A SEC, nos últimos anos, antevendo tais necessidades e priorizando a

formação humana e integral dos/as estudantes, já preconizava um novo perfil de

oferta para a rede estadual de ensino que vem sendo delineado a partir da

implementação do EMITEc (2011), Centro Juvenil de Ciência e Cultura - CJCC (2015),

Escolas Culturais (2017) e Currículo Bahia e Novas Arquiteturas Curriculares para o

Ensino (2017).

3.11.1 Ensino Médio com Intermediação Tecnológica - EMITEc

A Secretaria da Educação do Estado da Bahia (SEC-BA), por meio da

Superintendência de Políticas para a Educação Básica (SUPED), é pioneira no Brasil

no que tange à implementação de um novo perfil de oferta de Ensino Médio,

denominado Ensino Médio com Intermediação Tecnológica (EMITec) implantado em

2011. O desenvolvimento de um modelo inovador de educação surgiu da necessidade

de oportunizar a jovens e adultos/as baianos/as que residem em localidades distantes

dos centros urbanos o acesso e conclusão do Ensino Médio.

Aliando tecnologia e interatividade, as aulas do EMITEC são transmitidas

diretamente dos estúdios de TV instalados no Instituto Anísio Teixeira, em Salvador,

via satélite e em tempo real, para telessalas de aulas situadas em diferentes

localidades do Estado da Bahia. As aulas são ofertadas nas três séries do Ensino

Médio, de segunda-feira a sexta-feira, nos três turnos, cumprindo com os 200

(duzentos) dias letivos estabelecidos na Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional nº. 9.394/96.

34

Nesse modelo, os/as estudantes, em salas de aula localizadas em suas

comunidades, nos vários municípios parceiros, orientados pelo/a professor/a

mediador/a e conectados com os estúdios do EMITec, podem interagir com os

professores/as especialistas, posicionando-se diante da câmera nas respectivas salas

de aula, com transmissão de imagem, voz e dados, resultando em um diálogo efetivo

que garante a completa comunicação em tempo real.

Os/as mediadores/as contam com um Ambiente Virtual de Aprendizagem

(AVA), que serve como repositório dinâmico de materiais didáticos (módulos, listas de

exercícios e as próprias videoaulas editadas), instrumentos de avaliação, bem como

meio de interação entre direção, coordenação, professores/as especialistas e

mediadores/as.

O EMITec, desde 2011, possibilitou a conclusão do Ensino Médio a um total

de 32.352 estudantes. Só em 2017, este novo perfil de oferta atendeu a 21.120

estudantes que moram em áreas de difícil acesso no Estado da Bahia, alcançando

414 localidades, em 150 municípios. Assim, o EMITEC se configura como uma política

educacional, por se tratar de uma ação governamental para atender a demanda de

oferta do Ensino Médio em localidades de difícil acesso e carente de profissionais da

Educação Básica para atuar na docência dos diversos componentes curriculares das

áreas do conhecimento (Linguagens, Matemática, Ciências Humanas e Ciências da

Natureza).

3.11.2. Centro Juvenil de Ciência e Cultura - CJCC

O Centro Juvenil de Ciência e Cultura é uma iniciativa de educação complementar da

Secretaria da Educação do Estado da Bahia, voltada a estudantes do Ensino Médio.

São unidades escolares independentes, instaladas em espaços existentes da rede

estadual e funcionando no contraturno do ensino regular.

35

Objetivos

• Promover o acesso dos/as estudantes às temáticas contemporâneas, com

ênfase na compreensão dos fatos, questões, invenções, avanços e conquistas

sociais, artísticas, culturais, científicas e tecnológicas, com reflexos na

convivência humana e cidadã.

• Criar um ambiente para a experimentação de cursos, formatos e conteúdos

educacionais, de forma a potencializar o funcionamento da rede escolar formal.

• Oferecer aos/as estudantes do Ensino Médio grande diversidade de

atividades culturais e de acesso ao conhecimento científico.

• Provocar a curiosidade dos/as estudantes e incentivá-los a criar uma nova

relação com o ato de aprender, motivada pelo prazer da descoberta.

• Ampliar a jornada escolar, promovendo o convívio entre os/as estudantes e

configurando o ambiente escolar como um espaço para interseção de

conhecimentos e promoção da cidadania.

O CJCC vem possibilitando a ampliação do acesso à educação integral, o

estímulo às inovações e ao uso das tecnologias como instrumentos pedagógicos e de

gestão educacional, assim como a promoção da inovação e diversificação de formatos

de ensino e de aprendizagem:

Ampliação do acesso à educação

integral

• Favorecimento ao tempo de

permanência dos estudantes.

• Ampliação do tempo que os

estudantes dedicam a

atividades de aprendizagem.

• Diversificação da relação dos

estudantes com a educação

(maior fruição e abordagem

interdisciplinar para

atividades científicas e

culturais)

36

3.11.3 Escolas Culturais

O Projeto Escolas Culturais é uma parceria interinstitucional entre a SEC,

Secretarias de Cultura - SECULT, Educação e Justiça, Cidadania, Direitos Humanos

e Desenvolvimento Social - SJDHDS e a Casa Civil, por meio do Fundo de Combate

à Pobreza. Nesse contexto, o referido projeto propõe fortalecer e dinamizar as

escolas, por meio da cultura, em benefício da comunidade.

Figura 5 – Escolas Culturais

Inovação e diversificação de

formatos de ensino e de

aprendizagem

• Produção e disseminação

de metodologias.

• Criação de um ambiente

de experimentação

científica.

Estímulo às inovações e o

uso das tecnologias como

instrumentos

pedagógicos e de gestão

educacional

• Criação de banco

de referências de

objetos

educacionais

digitais

multimídia.

• Customização dos

objetos

educacionais.

• Produção e uso de

games

educacionais.

37

Diante dessa perspectiva, as ações objetivam a promoção do acesso

sociocultural de jovens e crianças de municípios baianos, por meio da universalização

do acesso às instalações e serviços oferecidos pelas unidades escolares e pela

Secretaria de Cultura do Estado.

Esta ação visa potencializar os projetos artísticos e culturais que a escolas

desenvolvem, como os trabalhos com produção musical e audiovisual vistos como

ferramentas pedagógicas que possibilitem um melhor resultado no processo de ensino

e de aprendizagem dos/as estudantes da Rede Estadual de Ensino.

Outro aspecto relevante do projeto é a possibilidade de estimular o aprendizado

das disciplinas tradicionais por meio das abordagens artísticas e culturais, à luz do

paradigma da estética da sensibilidade como princípio curricular, previsto nas

normativas denominadas de Diretrizes Curriculares Nacionais, no contexto da

Educação Básica brasileira.

Critérios para seleção das escolas:

01 (uma) unidade escolar por município;

Sede de Núcleo Territorial;

Escolas com auditórios;

Municípios com projetos apoiados pelos Núcleos Estaduais de Orquestras

Juvenis e Infantis da Bahia - Neojibá;

Municípios com Equipamentos Culturais (Centro de Cultura e/ou Ponto de Cultura).

O Projeto Escolas Culturais prevê a dinamização de produtos culturais nas

escolas públicas estaduais por meio do apoio a programações culturais, produzidas e

realizadas pelas comunidades locais, em torno do ambiente escolar. Sua concepção

investe na interseção destes campos: encontro da cultura com a educação, a justiça,

os direitos humanos e o desenvolvimento social. A união destas forças, imensas em

si e gigantescas em articulação, reage então a desafios sociais que vêm sendo

enfrentados pela e na escola.

Para o desenvolvimento do projeto Escola Culturais nas unidades escolares foi

criado um Núcleo Permanente de Arte e Cultura com o objetivo de gerenciar produtos

38

e recursos destinados a uma programação cultural anual, construída de forma

articulada com os pontos de cultura da localidade.

Esses núcleos são formados por agentes escolares e comunitários entre os

quais se destacam os/as estudantes dos projetos FACE (Festival Anual da Canção

Estudantil), AVE (Artes Visuais Estudantis) e TAL (Tempos de Arte Literária), entre

outros e têm como um dos objetivos potencializar os projetos de arte e cultura

desenvolvidos nas salas de aula, abrindo a escola para a comunidade ao tempo em

que legitima a vocação do Território de Identidade onde está inserida.

3.11.4 Currículo BAHIA e Novas Arquiteturas Curriculares para o Ensino Médio

Considerando a necessidade de atender ao disposto na Lei Nº 13.415/2017,

que trata da Reforma do Ensino Médio, a Secretaria da Educação do Estado vem

desenvolvendo inúmeras ações com foco na construção dos princípios norteadores

para os redesenhos curriculares do Ensino Médio:

constituição de um Grupo de Trabalho integrando diversos setores da

Secretaria da Educação do Estado;

realização de 27 Seminários Territoriais “Ensino Médio em Debate”, em cada

um dos NTE;

promoção de debate e escuta efetiva com a comunidade educacional, de modo

territorializado, sobre a pauta nacional do Ensino Médio, buscando elementos

constitutivos para a elaboração das Novas Arquiteturas Curriculares para o

Ensino Médio

A implementação da Lei 13.415/2017, na Rede Estadual de Educação da

Bahia, levará em consideração a formação humana Integral dos/as estudantes à luz

de uma educação para o Século XXI e terá como premissa o fortalecimento do Ensino

Médio a partir do lastro de autonomia já conferido aos estados pela Lei de Diretrizes

e Bases - LDB, bem como o cumprimento da estratégia 3.1, vinculada à Meta 3 do

39

Plano Nacional de Educação e as estratégias 3.2 e 3.12, vinculadas ao Plano Estadual

da Educação.

Plano Nacional de Educação - Meta 3

Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de

15 (quinze) a 17 (dezessete) anos e elevar, até o final do período de

vigência deste PNE, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 85%

(oitenta e cinco por cento).

Plano Nacional de Educação - Estratégia 3.1

Institucionalizar programa nacional de diversificação curricular do

ensino médio a fim de incentivar abordagens interdisciplinares

estruturadas pela relação entre teoria e prática, discriminando-se

conteúdos obrigatórios e conteúdos eletivos articulados em dimensões

temáticas como ciência, trabalho, cultura e esporte apoiado por meio

de ações de aquisição de equipamentos e laboratórios, produção de

material didático específico e formação continuada de professores.

Plano Estadual de Educação - Meta 3

Expandir gradativamente o atendimento escolar para toda população de 15

(quinze) a 17 (dezessete) anos e elevar, até o final de período de vigência deste

PEE - BA, a taxa líquida de matrículas no Ensino Médio para 85% (oitenta e cinco

por cento).

40

Em 2018, a gestão escolar deve assegurar nas unidades escolares momentos

de estudos e de reflexões sobre a Lei 13.415/2017, tanto no espaço da Atividade

Complementar (AC) quanto em momentos que integrem os/as estudantes,

organizando seminários com a comunidade escolar. Estudantes, professores/as/ e

gestores/as são convidados a contribuir com a Consulta Pública sobre as Novas

Arquiteturas Curriculares para o Ensino Médio que está disponível no Portal da

Educação, até o dia 28 de fevereiro, por meio do link:

http://escolas.educacao.ba.gov.br/noticias/consulta-publica-novas-arquiteturas-

curriculares-para-o-ensino-medio

Ainda no ano em curso, apenas os 10 Centros Noturnos de Educação e os 14

Colégios da Polícia Militar – CPM iniciarão a implementação de Novas Arquiteturas

Curriculares para o Ensino Médio. A efetivação desse processo se deu em

decorrência de uma série de discussões, proposições e validação coletiva em

Seminários Estaduais específicos que integraram representantes dos CPM e Centros

Noturnos de Educação Baiana - CENEB, de modo que essas unidades escolares

darão os primeiros passos para a flexibilização curricular apontada na Estratégia 3.1

do PNE, no Ensino Médio Seriado de tempo parcial.

Plano Estadual de Educação

Estratégia 3.2

Fortalecer as iniciativas estaduais de renovação do Ensino Médio, em articulação

com os programas nacionais, a fim de fomentar práticas pedagógicas com

abordagens interdisciplinares, nas dimensões do trabalho, das linguagens, das

tecnologias, da cultura e das múltiplas vivências esportivas, com destaque para as

escolas do campo, quilombolas, de grupos itinerantes e comunidades tradicionais,

nas quais devem ser consideradas as experiências e realidades sociais dos

respectivos espaços de vivência dos estudantes.

Estratégia 3.12

Redimensionar a oferta de Ensino Médio nos turnos diurno e noturno, bem como a

distribuição territorial das escolas de Ensino Médio, de forma a atender a toda a

demanda, de acordo com as necessidades específicas dos estudantes e das

comunidades.

41

No início do 2º semestre de 2018, acontecerá a continuidade da realização do

2º Ciclo de Seminários Territoriais “Ensino Médio em Debate”, para construir junto às

Unidades Escolares os redesenhos curriculares que irão compor o Currículo BAHIA.

3.11.5 Outras Iniciativas

Em um movimento de fortalecimento de ações que nascem nos Territórios para

o atendimento aos/as estudantes são identificadas experiências relacionadas à

Educação Profissional e à Educação Básica, a exemplo dos Complexos Integrados

de Educação - CIE.

Os Complexos Integrados de Educação resultam de parcerias estabelecidas

entre a Secretaria da Educação e Instituições de Ensino Superior (IES) públicas com

o objetivo de promover inovações pedagógicas no currículo, aprimorando os

processos formativos da docência. Amparados pelo Decreto Nº 16.718, de 11 de maio

de 2016, os CIEs vêm funcionando em quatro Territórios de Identidade, nos

municípios de Itabuna, Porto Seguro, Itamaraju, Eunápolis e Ipiaú.

Cada CIE é composto por:

1. Unidade Escolar de Ensino Médio Integral;

2. Centro Noturno de Educação;

3. Centro de Formação Docente Continuada;

4. Colégio Universitário.

Cada complexo oferta, no mesmo espaço, o ensino superior, com as

Licenciaturas Interdisciplinares (LI) e a formação docente para professores/as da

Educação Básica em um modelo de gestão compartilhada que integra o Ensino Médio

e Ensino Noturno.

Dentre as inovações curriculares, destaca-se a Estação dos Saberes. A

Estação dos Saberes é um desenho de oferta para os/as estudantes que rompe com

o modelo tradicional de enturmação, desenvolvendo as seguintes atividades:

42

1. Constituição de grupos de estudos com a oferta de temas definidos por meio

de sugestões de estudantes e professores/as;

2. Organização do tempo de estudo dentro da carga horária escolar,

trimestralmente, de forma multissérie e interdisciplinar;

3. Dinamização do ambiente escolar, por meio de uma proposta curricular que

considera o interesse dos/as estudantes;

4. Promoção do empoderamento estudantil, mediante a oferta de uma proposta

curricular diversificada onde os princípios da tecnologia, ciência e trabalho

permeiam as atividades acadêmicas do/as estudantes.

Outras iniciativas de desenho curricular podem ser pensadas pelas unidades

escolares da Rede Estadual de Ensino de modo a fomentar, reconhecer e valorizar a

competência técnica, o potencial criativo e criador dos/as professores/as, com

possibilidades de utilização dos equipamentos sociais do entorno e da própria unidade

para o desenvolvimento de propostas contidas no Projeto Político Pedagógico que

reverberem na melhoria do processo de ensino e da aprendizagem.

43

4 DESTAQUES

Nesse tópico, são apresentadas ações e/ou projetos que se encontram em

discussão interna e serão implementados durante o ano letivo.

4.1 IMPLEMENTAÇÃO DA BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR (BNCC) DA

EDUCAÇÃO INFANTIL E DO ENSINO FUNDAMENTAL

Após a homologação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) da

Educação Infantil e do Ensino Fundamental, por meio da Resolução CNE/CP nº

02/2017, publicada no dia 20 de dezembro de 2017, a Secretaria da Educação (SEC)

está organizando o processo de implementação da BNCC em regime de colaboração

com a União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime-BA).

A perspectiva é que, até o final do ano letivo de 2018, as unidades escolares das redes

públicas e privada (re)elaborem seus currículos de acordo com as orientações

apresentadas na BNCC. Para isso, a SEC apresentará uma proposta de

implementação da BNCC com detalhamento de atividades, prazos, produtos e

responsáveis.

4.2 CURSO DESPERTAR

A Secretaria da Educação, por meio da Superintendência de Políticas para

a Educação Básica (SUPED), estabeleceu parceria com o Serviço Brasileiro de

Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), entidade privada, sem fins

lucrativos, que tem a missão de promover a competitividade e o desenvolvimento

das micro e pequenas empresas e fomentar o empreendedorismo.

44

A parceria estabelecida entre a SEC e o SEBRAE possibilitará a oferta do

curso Despertar para profissionais da educação e estudantes do Ensino Médio da

Rede Estadual de Ensino com o objetivo de propiciar ao/a estudante o acesso a

ferramentas de empreendedorismo para que sejam mais conhecedores/as de suas

próprias capacidades, tanto na vida pessoal quanto profissional e deem

continuidade aos seus projetos de forma autônoma, buscando novos horizontes.

Com o propósito de disseminar as informações advindas da formação e, assim,

potencializar as aprendizagens necessárias para que os/as estudantes se apropriem

dos conteúdos específicos referentes ao empreendedorismo, o Sebrae oferecerá

formação específica para profissionais da Rede Estadual que atuarão como

multiplicadores/as desse processo.

Para 2018, o curso terá a abrangência descrita no quadro abaixo.

Abrangência 2018

Fonte: Coordenação de Ensino Fundamental - SUPED

Observação: Os quantitativos referentes à abrangência do curso Despertar na Rede Estadual de

Ensino são passíveis de alteração.

Público

Quantitativo

NTE Unidades Escolares Profissionais da Educação

Estudantes

Equipe técnico-pedagógica das escolas que ofertam Educação Integral

11 30 378 18.900

Equipe técnico-pedagógica dos Centros Noturnos/EJA

07 10 117 5.850

Equipe técnio-pedagógica das escolas que ofertam o Núcleo de Investigações Avançadas da Consciência (NIAC)

01 05 150 7.500

Coordenadores/as Pedagógicos/as (40h)

20 141 7.050

TOTAL 39.300

45

Cronograma Geral de Atividades 2018

Atividades Prazo

Divulgação do Curso 01 a 16/02

Período de inscrição e envio de documentos por meio

digital

19 a 21/02

Análise e validação das Inscrições 22/02

Divulgação das Inscrições validadas 23/02

Início da Formação dos/as profissionais da educação 26/02

Aplicação da Metodologia com os/as estudantes abril

Encontros com profissionais da educação, para

avaliação de resultados

maio

Fonte: SUPED

4.3 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (EAD)

Diante da necessidade de atualização pedagógica dos/as professores/as para

a construção de competências necessárias voltadas às metodologias que fomentem

o diálogo e a reflexão sobre a prática, no âmbito da unidade escolar, e da necessidade

de diversificação de ofertas para o atendimento às demandas dos/as estudantes, a

SEC vem promovendo iniciativas de formação continuada e serviço, na

modalidade à distância.

De acordo com Espírito Santo (2014), como processo educativo, a EaD

apresenta muitos pontos de convergência com a educação na modalidade presencial,

no entanto, a educação a distância apresenta algumas características específicas que

a diferencia, a saber:

a) estudantes e professores estão separados pelo tempo e espaço,

proporcionando a inclusão de estudantes impossibilitados de assistirem a

cursos presenciais;

b) estudos individualizados e independentes: participação ativa do/a estudante

qual autor/a de suas práticas e reflexões;

46

c) complexa estrutura organizacional para atender ao estudante: um sistema EaD

com subsistemas integrados, comunicação, tutoria, produção de material

didático, entre outros;

d) estudantes aprendem de forma independente e individualizada

(autoaprendizagem), pois a aprendizagem pode ocorrer por meio das

interações sociais com os colegas dos cursos, tutores e professores, em tempo

real (chat, telefone, videoconferência, áudio, web) e em tempos diferentes (uso

de fóruns de discussões, e-mail, tarefas dirigidas);

e) comunicação multidirecional: possibilidade do estudante dialogar com outros

estudantes, tutores e professores, apesar do distanciamento geográfico;

f) flexibilidade que possibilita atender aos estilos de aprendizagens do estudante,

com itinerários formativos diferenciados e considerando suas demandas

profissionais e familiares.

g) cursos concomitantemente acessíveis em virtude da economia de escola,

resultante da inclusão de um elevado número de estudantes.

Em 2018, a Secretaria da Educação realizará o curso “Uso Pedagógico de

Tecnologias Educacionais” como mais uma ação para o fortalecimento do eixo

pedagógico das unidades escolares. Com essa ação, espera-se o uso, pelos/as

professores/as, da tecnologia na sala de aula no tratamento aos componentes

curriculares das diversas áreas do conhecimento, reconhecendo a natureza

transformadora das tecnologias educacionais, tanto na dimensão operacional quanto

na dimensão humana.

4.4 PROGRAMA DE APOIO E ASSISTÊNCIA À SAÚDE DO/A ESTUDANTE E

PROFESSOR/A

A Secretaria da Educação vem realizando o Programa Saúde do Professor

como uma iniciativa inovadora e pioneira que leva ações e serviços voltados para o

cuidado e atenção à saúde do/a professor/a da Rede Pública Estadual de Ensino. Os

objetivos do Programa são:

47

• Reduzir os riscos no ambiente e da organização do trabalho com medidas de

controle, avaliação e monitoramento.

• Promover ações potencializadoras para melhoria da qualidade de vida, das

relações interpessoais e de bem-estar biopsicossocial do/a professor/a.

• Implementar ações de prevenção e promoção da saúde no ambiente de

trabalho.

• Realizar ações de acompanhamento e intervenção para as demandas

prioritárias.

• Propor e elaborar diretrizes para a construção de uma política pública de

atenção à saúde do/a professor/a.

Utilizando como metodologia a realização de

oficinas e acompanhamento nas unidades escolares,

ações coletivas e acolhimento personalizado e

individualizado no SAC Educação, o programa atende o/a

professor/a por meio de uma escuta técnica e qualificada

com o foco nas relações interpessoais, orientando no que

for necessário seja nas dificuldades ou nas alternativas

para o convívio escolar.

Em 2018, a SEC, por meio da SUPED, de forma articulada com os NTE, as

unidades escolares e setores da SEC, pretende estender o atendimento aos/as

estudantes e assim contribuir para o enfrentamento de fenômenos que vêm se

propagando nos ambientes virtuais e reais: Bullying, construção de violências físicas e

simbólicas, por meio da implementação e implantação do Programa de Apoio e

Assistência à Saúde do/a Estudante e Professor/a.

Nesse sentido, um processo de discussão intersetorial vem sendo realizado para

o delineamento de uma proposta que estruture Núcleos Multidisciplinares compostos por

profissionais da área de Psicologia, Pedagogia, com ênfase na Psicopedagogia e

Assistência Social, entre outros, para o atendimento aos/as professores/as e estudantes.

Tornar-se-á necessária também a realização de uma articulação institucional

entre a SEC e as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, com apoio dos Centros

48

Psicossociais (CAPS), para integração entre as ações de educação e saúde e assim,

ampliar o alcance das ações promotoras do bem estar (físico e mental) aos/as

estudantes e professores/as da Rede Estadual de Ensino.

4.5 CENTROS NOTURNOS DE EDUCAÇÃO DA BAHIA - CENEB

Os Centros Noturnos de Educação da Bahia são unidades escolares criadas

para atender especificamente à Educação Noturna lançando novos olhares sobre a

ação pedagógica e as especificidades dos sujeitos atendidos.

Os CENEB funcionam com uma proposta pedagógica pautada em três eixos

temáticos: Mundo do Trabalho, Ciência e Tecnologia, e Arte e Cultura, dialogando

com as ofertas da Educação de Jovens e Adultos, do Ensino Médio, da Educação à

Distância e da Educação Profissional.

4.6 PROJETO E-NOVA EDUCAÇÃO

A partir do Programa Educar para Transformar (PPA 2016/2019) e do Plano

Estadual de Educação (2016/2026), a Secretaria da Educação lançará um projeto

composto por eixos temáticos que darão conta do escopo da maior parte dos, até

então, chamados “projetos estruturantes”. Cada eixo terá um edital próprio e os

antigos projetos correspondentes serão extintos à medida em que forem publicados

os resultados dos processos seletivos de cada edital.

O objetivo deste novo projeto é a melhoria da aprendizagem a partir de práticas

pedagógicas contextualizadas no Século XXI e da articulação das políticas

educacionais do Estado com os seus territórios. Neste sentido, os editais priorizarão

a participação de professores e coordenadores pedagógicos lotados em unidades

escolares da rede estadual.

49

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incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História

51

e Cultura Afro-Brasileira", e dá outras providências. 2003. Disponível em:

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dezembro de 1996, modificada pela Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que

estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial

da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e

Indígena”. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-

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Discriminação contra as Mulheres e da Convenção Interamericana para Prevenir,

Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher; dispõe sobre a criação dos Juizados de

Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera o Código de Processo Penal, o

Código Penal e a Lei de Execução Penal; e dá outras providências. Disponível em:

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