Orientação Aos Pais Limites

17
O que é dar limites? Dar limites é igual dar possibilidade de respeitar regras básicas na vida, respeitando os outros e não somente as próprias vontades. A disciplina e indispensável, e essencial para o crescimento e desenvolvimento sadio. É fundamental acreditar que dar limites é iniciar o processo de compreensão e apreensão do outro. O limite não provoca necessariamente um trauma psicológico, ele é sim elemento fundamental na educação. Ninguém pode respeitar seus semelhantes se não aprender quais são os seus limites, e isso inclui compreender que nem sempre se pode fazer tudo o que se quer na vida. Impor limites cabe aos pais, porque é sua responsabilidade, e responsabilidade não se delega. Os pais são os disciplinadores mais eficazes, pois são eles que oferecem proteção, confiança e satisfazem suas necessidades. A escola pode colaborar, porém não irá substituir. Dar limites é: Ensinar que os direitos são iguais para todos; Ensinar que existem outras pessoas no mundo; Dizer "sim" sempre que possível e "não" sempre que necessário. Guarde o não para quando realmente for preciso; Só dizer não aos filhos quando houver uma razão concreta; Mostrar que muitas coisas podem ser feitas e outras não; Ensinar a tolerar pequenas frustrações no presente para que, no futuro, os problemas da vida possam ser superados com equilíbrio e maturidade

description

 Dar limites é igual dar possibilidade de respeitar regras básicas na vida, respeitando os outros e não somente as próprias vontades.

Transcript of Orientação Aos Pais Limites

Page 1: Orientação Aos Pais Limites

O que é dar limites?

Dar limites é igual dar possibilidade de respeitar regras básicas na vida, respeitando os outros e não somente as próprias vontades.

A disciplina e indispensável, e essencial para o crescimento e desenvolvimento sadio.

É fundamental acreditar que dar limites é iniciar o processo de compreensão e apreensão do outro.

O limite não provoca necessariamente um trauma psicológico, ele é sim elemento fundamental na educação.

Ninguém pode respeitar seus semelhantes se não aprender quais são os seus limites, e isso inclui compreender que nem sempre se pode fazer tudo o que se quer na vida.

Impor limites cabe aos pais, porque é sua responsabilidade, e responsabilidade não se delega.

Os pais são os disciplinadores mais eficazes, pois são eles que oferecem proteção, confiança e satisfazem suas necessidades. A escola pode colaborar, porém não irá substituir.

Dar limites é:

Ensinar que os direitos são iguais para todos;

Ensinar que existem outras pessoas no mundo;

Dizer "sim" sempre que possível e "não" sempre que necessário. Guarde o não para

quando realmente for preciso;

Só dizer não aos filhos quando houver uma razão concreta;

Mostrar que muitas coisas podem ser feitas e outras não;

Ensinar a tolerar pequenas frustrações no presente para que, no futuro, os

problemas da vida possam ser superados com equilíbrio e maturidade (a criança

que hoje aprendeu a esperar sua vez de ser servida à mesa amanhã não

considerará um insulto pessoal esperar a sua vez na fila do cinema);

Apresentar primeiro a obrigação e depois a diversão;

Desenvolver a capacidade de adiar a satisfação (se não conseguir hoje adiará para

amanhã);

Page 2: Orientação Aos Pais Limites

Saber discernir entre o que é uma necessidade dos filhos e não apenas um desejo;

Ensinar que a cada direito corresponde um dever principalmente;

Dar exemplo.

Dar limites não é:

Bater nos filhos para que se comportem;

Fazer só o que vocês, pai e mãe, estão com vontade de fazer;

Ser autoritário (dar ordens sem explicar o porquê, agir de acordo apenas com o seu

próprio interesse);

Gritar com a criança para ser atendido;

Deixar de atender as necessidades reais (fome, sede, segurança, afeto, interesse)

dos filhos, porque você hoje está cansado;

Invadir a privacidade que todo ser humano tem direito, provocar traumas

emocionais (toda criança tem capacidade de compreender um "não" sem ficar com

problemas, desde que este "não" venha acompanhado de agressões físicas ou

morais).

Dar limites não se choca, nem é oposto a dar amor, carinho, atenção e segurança.

Dar limites não é ser autoritário

O autoritário é aquele que exerce o poder utilizando como referencial apenas o seu

ponto de vista, a força física ou poder, nunca levando em conta o que o outro deseja

ou pensa. O que conta, na maioria das vezes, é o seu próprio interesse.

Pai que tem autoridade, por outro lado, ouve e respeita seu filho, mas pode, por

vezes, ter de agir de forma mais dura, às vezes até impositivamente, mas que

sempre o objetivo será o bem estar do filho, protegê-lo de algum perigo ou orientá-

lo em direção a cidadania.

O que pode acontecer quando não se dá limites:

Page 3: Orientação Aos Pais Limites

1ª Etapa-Descontrole emocional, histeria, ataques de raiva

É normal na criança pequena (5-6), que ainda não tem nenhuma noção de valores, não sabe o que é certo e o que é errado.

O trabalho adequado nesta fase para impor limites consiste em incentivar as atitudes positivas e criticar as negativas, com o passar dos anos a criança terá aprendido as regras básicas da convivência e iniciado de forma sólida o processo de socialização (prontidão para conviver).

E se por insegurança, culpa ou medo os pais deixam de exercer essa atividade, o que ocorre? A tendência é que a criança tenha dificuldades para aceitar qualquer tipo de limite a seus desejos.

A criança que é atendida em tudo sempre que chora e esperneia tende a perpetuar esse tipo de conduta.

Começa a apreender a controlar o mundo através do grito, e depois talvez pela violência e agressão.

2ª Etapa-Dificuldade crescente de aceitação de limites

Sem orientação e sendo atendida sempre que bate, grita, esperneia, a criança vai adotando essa mecânica como forma de comunicação e controle do mundo e das pessoas.

Ex: Criança joga o prato longe dizendo que não quer mais comer, e a mãe, com carinho, mas com firmeza adota um ar desaprovador e fala: "isso não está certo, quando você não quiser mais, não coma, mas não jogue o prato no chão" ela vai entender que esta é uma ação que os outros desaprovam. Se, a cada vez que tiver atitudes deste tipo, a mãe agir da mesma forma, aos poucos abandona esta atitude, assumindo outra que de um retorno afetivo positivo. Aprovar o que a criança faz de bom, e reprovar (não agredir e humilhar) e não

estimular atitudes negativas, destrutivas ou agressivas.

Mas lembre-se, esse processo é longo, existem pais que são muito imediatistas, e em educação não dá para ser assim.

Regra Básica

Premiar e recompensar as atitudes positivas e ignorar ou reprovar as atitudes negativas.

3 Etapa - Distúrbios de conduta, desrespeito aos pais, colegas e autoridades, incapacidade de concentração, dificuldade para concluir tarefas, excitabilidade e baixo rendimento.

Page 4: Orientação Aos Pais Limites

Lembre-se que fazer só o que se quer e muito mais agradável do que fazer o que se deve ( lógica infantil).

Inicialmente a criança era tida como lindinha, tão cheia de personalidade, mas que nesse momento, estão achando a própria vida difícil de ser vivida com esse reizinho, insatisfeito, mandão e pronto para brigar o tempo todo, um verdadeiro tirano.

A escola não o suporta mais, não respeita autoridades, e difícil convencê-lo a fazer a tarefa, respeitar a fila, aguardar a sua vez...vizinhos vem a sua casa e acusam seu menino, de ter arranhado o carro novo na garagem...

Exagero? A criança que não aprende a ter limites cresce com uma deformação na percepção do outro. Só ela importa, o seu querer, seu bem estar, o seu prazer.

Conseqüências: Desinteresse pelos estudos

Falta de concentração

Falta de capacidade de suportar dificuldades

Falta de persistência

Desrespeito pelo outro.

4ª Etapa - Agressões físicas, descontrole, problemas de conduta, problemas psiquiátricos Se os pais agem quando a criança está ainda na 1a. etapa ( ataques histéricos,

birra ), a criança vai aprendendo a se conduzir na sociedade, internalizando valores, adquirindo respeito por si e pelos outros, vai experimentado o diálogo, sem necessidade de agredir, nem berrar e ofender.

Se também não intervirem na 2a. etapa (dificuldade de aceitar limites de forma crescente), a tendência é que a criança comece a ter problemas de comportamento e de ajuste social.

A situação fica mais dramática se acrescentarmos ainda uma personalidade agressiva, com baixa auto-estima, insegurança ou com potencial genético para desenvolver uma doença psiquiátrica.

Existe uma relação direta da falta de limites com a distorção do mundo, que pode levar a marginalização, ao álcool e as drogas.

Porque não bater?

Page 5: Orientação Aos Pais Limites

Porque bater nada tem a ver com ensinar a ter limites, na verdade, são

atitudes até opostas. Quem bate dá uma verdadeira aula de falta de limites

próprios e até covardia;

Porque existem formas mais eficientes e humanas de manter a disciplina, ex.

mensagens positivas;

Porque, com o tempo, a famosa palmadinha leve no bumbum, que tanta gente

defende como inofensiva, deixa de surtir efeito e acaba se transformando em

palmadas cada vez mais fortes e, ao final, em verdadeira surras;

Porque, mesmo obedecendo, a criança não aprende verdadeiramente, apenas

deixa de fazer certas coisas por medo de apanhar;

Porque depois, quando os pais se acalmam, sentem-se culpados e tendem a

afrouxar de novo os limites, para diminuir a culpa;

O que a palmada realmente ensina é:

A temer o mais forte, o maior ou mais poderoso;

Que o comportamento agressivo é válido;

Que a agressão física e uma atitude normal e praticável;

Que a força bruta e mais importante que a razão e o diálogo;

Que os pais, não são confiáveis;

Que ocultar ou omitir fatos pode dar bons resultados e evitar boas palmadas –

afinal, quando os pais não ficam sabendo dos erros ou das faltas dos filhos, não

batem;

Que de quem se espera amor podem vir pancada e agressão;

Mas como disciplinar sem bater?

Premiando ou recompensando o bom comportamentoÉ comum que os pais se esqueçam de elogiar os bons comportamentos.

Assim, as crianças ficam com a sensação de que não vale a pena fazer tudo certinho, afinal não recebem qualquer estímulo, às vezes, nem um simples olhar aprovador, porém, quando erram, o mundo parece que vai acabar, então para que se esforçar.

Page 6: Orientação Aos Pais Limites

A melhor forma de se alcançar um objetivo educacional é elogiando, incentivando e ressaltando tudo de bom que a criança faz.

Entendendo que premiar não é obrigatoriamente dar coisas materiais.Maior valor tem um carinho, um elogio sincero, o reconhecimento do esforço.

Ao longo dos anos, se os acostumarmos a serem comprados, subornados ou chantageados, eles aprenderão a agir dessa forma calculista, se ao contrário, lhe dermos carinho e aprovação, eles terão sua auto-estima elevada e, a cada dia, sentirão mais prazer em agir de forma adequada.

Fazendo com que a criança assuma a conseqüência de seus atos.Devemos conversar e agir quando eles erram, explicando, apontando e fazendo com que reflitam sobre suas atitudes incorretas, com o cuidado de nunca relacionar uma atitude a características pessoais.

Devemos criticar o fato, e não a criança. Apresente o fato como algo a ser analisado, repensado e refeito, sempre dentro das possibilidades da idade e compreensão da criança, nunca como algo imutável.

Assim, ele não se sentirá ofendido, nem humilhado, e acreditará que, mudando de atitude, tudo ficará bem.

Se você relacionar o fato a uma característica pessoal, a criança vai se sentir derrotada, sem possibilidade de mudanças.

É preciso que a criança compreenda que ela é responsável pelos seus atos e também, pelas suas conseqüências.

Como fazer nossos filhos assumirem as conseqüências de seus atos

Usando prêmios ou recompensasSe você elogia ou premia os atos positivos, seu filho aprende que atitudes aprovadas podem lhe trazer grande prazer.Ex. se ele espontaneamente lhe ajuda a arrumar a mesa, mostre como isso e democrático e como você fica orgulhosa.

Lembrando que premiar e sempre melhor que castigarTanto o elogio quanto o premio devem ser adequados a dimensão do ato. Nem de mais, nem de menos.

Page 7: Orientação Aos Pais Limites

A punição eficaz deve ser dada imediatamente. Consiste em retirar reforçadores e fornecer um meio claro de voltar a ganhá-los. Emprega sinais de aviso.

O castigo é prejudicial quando é dissociado do mau comportamento. É perigoso quando excede a falta cometida.

Acreditando que responsabilização pode ser necessária algumas vezes

Mesmo elogiando e ressaltando qualidades, nem sempre eles agirão da forma pela qual orientamos.

As regras do jogo devem ficar claras, muitos pais não fazem idéia do quanto essa explicitação pode ajudar.

Cumprindo e fazendo cumprir as regrasEstabelecida uma regra, não abra mão. A não ser que perceba que ela se tornou inadequada. Ex: checar tarefas 6 anos viável, 12 inviável.

Ao alterar uma regra, explique os motivos.

Se ele insiste em não cumprir com aquilo que foi estabelecido, será necessário que ele assuma as conseqüências de seus atos.

Conseqüência castigo. Nunca ameace de tratar o caso mais tarde, ou deixe a punição para ser dada pelo outro.

E execute... não faça ameaças que não esteja disposta a cumprirA conseqüência não precisa, e não deve, ser extremada e nem terrível. As crianças reagem a coisas diferentes.

Lembretes fundamentais:

Toda conseqüência deve ser adequada e proporcional ao que foi feito.

Devem ser imediatas.

As conseqüências por atos positivos não podem ser esquecidas, às vezes,

sá percebemos o que nos irrita ou contraria. PREMIAR ATITUDES POSITIVAS

é tão importante quanto não deixar de corrigir os erros.

Trate seus filhos com igualdade. Nossos filhos têm uma percepção muito

forte com relação as injustiças ou protecionismos.

Page 8: Orientação Aos Pais Limites

Por pior que seja o seu dia, seja coerente. Brigue com quem, de fato, o

desrespeitou e jamais descarregue nos mais fracos, muito menos nos

filhos.

Como não perder a autoridade ao disciplinar

Cumpra o que disseAmeaçou, executePrometeu, faça

Seja coerenteO que não pode, não pode nunca;Não mude de atitude como quem muda de roupa;

Faça com que seus filhos gradualmente assumam responsabilidadesDeixe que eles participem das decisões sobre prêmios ou conseqüências

Cuidado com o que diz e com o modo que dizCritique o ato e nunca a pessoaNão desenterre fantasmas, a não ser que tenham relações com o caso.Não fique com pena da criança, se ela chora ou fica triste.

Á medida em que os anos passam, a criança apresenta novas necessidades, por isso...

Necessidade é algo inevitável, algo que, se não atendido, pode levar o indivíduo a ter problemas sérios no seu desenvolvimento, seja físico, intelectual ou emocional.

Desejo é a vontade de possuir algo, de realizar algo, que pode ou não ser importante para o desenvolvimento. Está mais vinculado ao prazer.

Compreendendo essa diferença fica bem mais fácil distinguir quando se deve e quando não se deve atender aos filhos.Necessidade DesejoComer quando esta faminto Comer chocolate em vez de almoçar Beber quando esta com sede Beber apenas refrigeranteBrincar Brincar com o aparelho de som novo do papai Dormir Dormir em vez de ir à escola, ficar acordado de

madrugadaUsar roupas adequadas e confortáveis

Exigir roupas de determinadas marcas

Passear e relaxar Exigir dos pais viagens ao exterior a cada ano Todo pai tem o dever de atender as3 necessidades de seu filho, quanto aos desejos, há que analisa-los, para depois decidir:

Page 9: Orientação Aos Pais Limites

Pense se estes desejos são aceitáveis ?

Quais você quer atender?

Analise para ver quais os que extrapolam os limites do desenvolvimento

normal e saudável.

Pensem sempre se atender a um desejo irá favorecer o bom desenvolvimento da criança, a aceitação de seus limites, o respeito pelo o outro.

Page 10: Orientação Aos Pais Limites

Faça com que as coisas permaneçam positivas – diga não e, em seguida, o que ela

deve e pode fazer. Assim, embora tenha recebido um limite, não se sentira sem

opções e compreendera que não pode fazer uma coisa, mas possui alternativas.

Use prêmios e recompensas imediatos, e não se esqueça de reagir em seguida ao

mau comportamento. Deixar para depois não funciona – a criança pequena já

esqueceu por que esta sendo castigada, e não aprende a diferenciar o bom do mau

comportamento.

Ignore um mau comportamento que não esta prejudicando ninguém, nessa faixa,

muitas vezes ocorre comportamentos inadequados, as emoções ainda são muito

fortes e pouco controladas. E bom que ele possa externar seus sentimentos em

alguns momentos.

Acessos de cólera ou mau humor

São freqüentes nessa idade.

Ignorar e a melhor maneira de eliminar.

Quanto menos você falar e tentar convence-la, melhor e mais rápido o efeito.

Não tenha um acesso de cólera também, não aja como se tivesse a mesma idade de

seu filho.

Conduza-a um local onde não possa machucar-se.

Retire-se.

Se ela tentar agredir, chutar, jogar coisas simplesmente impeça-a, segurando-a com

firmeza, porem sempre sem machuca-la e, muito menos, sem fazer o mesmo com

ela.

Depois que se acalmar, converse sobre o que ele sentiu.

Page 11: Orientação Aos Pais Limites

Tenha normas coerentes de disciplina

Regras justas e coerentes, capazes de serem cumpridas

Regras para o que for necessário, não se deve transformar a casa num quartel.

Estabeleça as regras e comunique, no entanto, não transforme isso numa batalha

infernal e diária. Faca com que ela seja cumprida, mas com calma. Avise com

antecedência.

E importante explicar o porque3 de determinadas regras, nessa idade a criança já

entende e tem um senso de justiça bastante desenvolvido.

Defina as normas antes que os problemas surjam.

As vezes, mesmo ciente das regras, as crianças teimam e insistem em mudar o que

foi estabelecido, aja negando quando necessário e, eventualmente, concedendo se

não houver problemas.

Lembre-se, porem, que se você ceder muitas vezes, sera3 cada vez mais difícil

restabelecer o combinado.

Técnicas a serem utilizadas

Utilize o sistema de prêmios e consequências;

Premie a boa conduta;

Suspenda os prêmios quando surgir a má conduta;

Faca com que a criança se responsabilize mais por seus atos;

Estimule atividades autônomas que já podem fazer sozinhos;

Encarregue-o de pequenas tarefas, eles adoram isso;

Deixe que ela participe da escolha de consequências de ma conduta;

Mantenha todos os 3itens da faixa anterior

Estabeleça períodos de repouso ou atividades mais sossegadas

Page 12: Orientação Aos Pais Limites

Devido a grande atividade física, as crianças vão ficando cada vez mais excitadas. E

importante determinar a hora da tarefa, da atividade física, de brincar com amigos e

a hora do não fazer nada. E fundamental que haja tempo para tudo, sem

sobrecargas.

Acostume seus filhos a dizerem onde estarão e com quem. Mostre que e uma

questão de segurança para eles e para vocês. E importante fortalecer este habito,

que será extremamente importante na adolescência. Procure conhecer os amigos,

onde mora, quem são os pais.

Não se esqueça de ter sempre um tempo diário, para conversar com eles.

Estabeleça um clima que permita expor as suas idéias, não tente impor seu ponto

de vista, mesmo que expresse conceitos totalmente diferentes aos seus. Depois que

eles terminarem, diga com clareza o que pensa a respeito. Se você começar a falar,

falar e falar, o papo terminara logo, e o momento do dialogo não ocorrera nunca.

Alerte sobre a possibilidade de oferecerem drogas. Desenvolver nos filhos a

capacidade para dizer não.

Prepare-o para todo tipo de pressão do grupo, principalmente quando estiverem

pretendendo fazer alguma coisa contra as regras. Ensine algumas desculpas que

não o deixaram tão por baixo.

Seja totalmente claro, para que ele saiba qual e a postura de vocês, pais.

Peca-lhes que comuniquem a vocês, se ocorrer.

Fale claramente com seu filho sobre a questão da dependência.

Não confunda respeito com falta de supervisão. Supervisionar, estar atento e muito

diferente de invadir a liberdade.

Tolere pequenas rebeldias, não faca cavalo de batalha por tudo. A necessidade de

independência e de tomar decisões começa a se acentuar nessa fase da vida. Aceite

e oriente as decisões positivas, critique as inadequadas.

Premie e recompense a atitude adequada.

Responsabilize-o por atos inadequados, já estão muito conscientes dos seus atos e

suas conseqüências.

Page 13: Orientação Aos Pais Limites

De afeto, mesmo que eles demonstrem não querer ou exibam certa aversão ao

contato físico, não acreditem. Há outras formas de demonstrar carinho>um sorriso,

elogiar a roupa, dizer que gostou do seu novo corte de cabelo.

E muito importante que os pais tenham muita clareza sobre as características

normais dessa idade, para que possam aceitar melhor as posturas, que a primeira

vista, podem parecer total desafio ou enfrentamento.

Evite brigas desnecessárias, uma conversa seria em muitos casos inevitável,

podendo haver sanções, como cortar parte da mesada.

Seja justo e equilibrado. Estabeleça um principio, enquanto estiverem

destemperados, nada de papo.

Tolere seus momentos de mau humor, mudez absoluta, cara feia e resmungos,

desde que não ultrapassem os limites da civilidade. Quando ele estiver bem, mostre

o quanto este tipo de atitude incomoda e magoa os outros, no entanto, garanta-lhe

este direito desde que as regras de civilidade não sejam esquecidas. (Ex. bom dia ao

acordar)

Saiba ouvir os filhos, desde que queiram falar. Aguarde o momento mais favorável.

Ser pai de jovem e realmente uma arte, mas com grandes compensações. Não

comece a criticar, a falar junto.

Os pais devem ser claros e objetivos quanto a posturas que considerem aceitáveis

ou não.

Seja coerente e estabeleça regras viáveis de serem cumpridas. (Ex. horário de voltar

para casa)

Todos os jovens sentem-se inseguros e desconfortáveis com tantas mudanças

corporais, procure sempre mostrar que todas as pessoas têm pontos positivos e

negativos, ressalte o que ela tem de bom, inclusive aspectos não físicos.

Valorize todas as conquistas, além de transmitir segurança, isto permite que,

quando uma critica ou limite se tornem necessários, eles aceitem com menor

resistência.

Lembre-se, eles detestam que os pais se misturem dando uma de coleguinha dos

amigos. Não deixe para conversar apenas quando tiver que dar uma bronca ou

colocar limites.

Page 14: Orientação Aos Pais Limites

Vá direto ao ponto, sem rodeios, mas fale com suavidade e docemente, embora com

firmeza.

Não disfarce o seu ponto de vista, com medo de desagradar o seu filho, não deixe

de dizer o que pensa sobre todos os assuntos.

Não aceite que saiam sem dizer onde estarão e com quem. Esteja disponível, para

buscá-los sempre que necessário. Explique a questão da segurança e não do

controle. Mostrando os sentimentos e as preocupações eles talvez nos

compreendam.

Observe seu filho, talvez você descubra que ele tem razão quando reclama de que

você o trata como criança.

Os jovens querem ser independentes, mas é preciso que essa independência não se

desvincule da responsabilidade. À medida que crescem e conquistam

independência, devem também conquistar alguns deveres, tais como: pagamentos

bancários, ir à farmácia, lavar o tênis, etc. Desperte neles o prazer de poder

participar, de produzir e de mostrar suas capacidades.