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BOLETIM MENSAL JULHO / 2013
web: http://www.cecferro.pt Apartado 21495 – 1134-001 Lisboa e-mail: [email protected]
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COMEMORAÇÕES DO 24º ANIVERSÁRIO DO C.E.C.
Decorreram da melhor maneira, as comemorações do
nosso 24º Aniversário, no passado dia 15 de Junho.
Apesar de se ter optado pelo Plano B, pois inicialmente
estaria previsto uma deslocação à cidade do Porto, com
visita ao Metro do Porto, esta deslocação à vila de Car-
regal do Sal superou as nossas espectativas.
O sr. Lino Dias, ferroviário reformado e habitante
daquela localidade, e que foi o último Chefe de Estação
de Carregal do Sal, ao saber da intenção no nosso Clube
em comemorar o aniversário naquele concelho, desen-
volvem de imediato contactos ao nível da autarquia, de
modo a que fossemos recebi-
dos honrosamente.
As honras tiveram inicio logo
à chegada da nossa comitiva à
estação de Carregal do Sal,
onde um autocarro da Câmara
Municipal nos aguardava, para
nos levar num pequeno roteiro
turístico pela zona e depois
até ao restaurante. Até à hora
do almoço, fomos guiados e
conduzidos pela técnica do património, a Dr.ª. Paula
Teles, que nos levou numa primeira paragem, ao núcleo
museológico do complexo patrimonial dos Cabris. Pas-
sando depois pela capela românica de Travanca de S.
Tomé, seguimos em direcção de Cabanas de Viriato.
Nesta vila, depois de visita a locais de memória de
Aristides de Sousa Mendes, o nosso grupo juntou-se a
um outro em frente da Casa do Passal, para ouvir uma
palestra proferida por Luís Fidalgo, vice-presidente da
Câmara, sobre o antigo cônsul de Bordéus e as movi-
mentações a favor da reconstrução da casa onde viveu
aquela ilustre e heroica figura nacional. De salientar que
a Casa do Passal se encontra de momento em avançado
estado de degradação, o que provocou uma enorme
consternação nos nossos associados.
Rumando em direcção do restaurante onde se iria rea-
lizar o nosso almoço de aniversário, o autocarro passou
ainda em frente da estação de Oliveirinha, de forma a se
dar uma olhadela ao conjunto de máquinas e veículos
ali estacionados no estaleiro da Somafel. Após o fabulo-
so almoço de vitela assada, fomos visitar o Museu
Municipal que fica muito próxi-
mo do restaurante, e um
pequeno passeio pedonal até à
Piscinas Municipais para uns
momentos de lazer na sua
esplanada. Como surpresa final,
o autocarro da Câmara Munici-
pal foi buscar o nosso grupo
para nos conduzir até á estação
ferroviária.
Foi de facto um dia muito bem
passado, tendo o grupo de entusiastas ficando muito
satisfeito e impressionado. O único senão, terá sido o
reduzido número de participantes, comparando com os
anos anteriores. O momento actual que atravessamos,
decerto que contribui para isso, mas não justifica tudo,
Resta-nos agradecer a grande amabilidade e cortesia
da autarquia e em especial do nosso amigo Lino Dias.
Decerto que voltaremos de bom grado a este local
agradável.
António Gonçalves
Na página seguinte, mais fotos do passeio
Clube de Entusiastas do Caminho-de-Ferro – Boletim Mensal Sobre Carris – Julho de 2013 1
www.youtube.com/user/cecferro
http://www.flickr.com/photos/cecferro/
• CEC – cultura e lazer •
3300 SSEETT 11998899
Chegada da comitiva a Carregal do Sal Foto: José Fiães
O autocarro da Câmara aguardando o C.E.C. Foto: José Fiães
Visita ao núcleo museológico de Cabris Foto: José Fiães
O aspecto degradado da casa de Aristides Mendes
Foto: Pedro Flora
O tradicional corte Bolo Aniversário
Foto: Pedro Flora
Grupo C.E.C. de visita ao Museu Municipal
Foto: Pedro Flora
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4º PACOTE FERROVIÁRIO: O QUE VAI MUDAR ?
Por Valdemar Tomás
MOBILIDADE – Transporte público de qualidade pub.
Clube de Entusiastas do Caminho-de-Ferro – Boletim Mensal Sobre Carris – Julho de 2013 2
• CEC – reportagem •
No Auditório do BES (Lisboa), teve lugar no dia 29 de
Maio p.p. o Seminário / 4º. Pacote Ferroviário: o que vai
mudar?, promovido pela Fernave e, onde intervieram
representantes da CP, Refer, IMT, Renfe e, a empresa de
consultadoria M.Moura. Pela extensão do tema que se
viria a desenvolver pelos oradores ao longo de quatro
horas, deixamos, aqui, alguns apontamentos extraídos
das intervenções, por nos parecer serem os mais signifi-
cativos e, cuja reflexão sobre o 4º. Pacote Ferroviário e
suas implicações para o setor a nível nacional e interna-
cional, deverá ser um imperativo de todos que se inte-
ressam pela temática do caminho-de-ferro em perma-
nente evolução no seu histórico percurso.
Em 31 de Janeiro de 2013 o Parlamento Europeu e do
Conselho apresentou a Proposta de Diretiva que altera,
no essencial, a Diretiva de Novembro de 2012, que
estabelece um espaço ferroviário europeu único, no que
respeita à abertura do mercado nacional de transporte
ferroviário de passageiros e à governação da infraestru-
tura ferroviária.
No Livro Branco sobre a politica de transportes, adota-
do em 28 de Março de 2011 a Comissão expôs a sua
visão de um espaço ferroviário único europeu com um
mercado ferroviário interno onde as empresas ferroviá-
rias europeias possam prestar serviços sem enfrentarem
obstáculos técnicos e administrativos desnecessários.
Várias iniciativas políticas reconheceram as potenciali-
dades da infraestrutura ferroviária como espinha dorsal
do mercado interno e motor do desenvolvimento sus-
tentável. As conclusões do Conselho Europeu de Janeiro
de 2012 realçaram a importância de libertar o potencial
de crescimento de um mercado único totalmente inte-
grado, incluindo medidas relativas às indústrias em
rede.
Na última década, três «pacotes» legislativos ferroviá-
rios abriram progressivamente os mercados nacionais e
tornaram o caminho-de-ferro mais competitivo e inte-
roperável a nível da UE. No entanto, e apesar do consi-
derável desenvolvimento do «acervo da UE», a quota de
mercado do modo ferroviário no transporte intra-UE
tem permanecido modesta. A presente proposta incide
precisamente sobre os obstáculos remanescentes que
limitam a eficácia dos mercados ferroviários.
Em paralelo, a Comissão propôs, para o próximo qua-
dro financeiro plurianual 2014-2020, a criação do
«Mecanismo Interligar a Europa» (MIE) e a afectação de
31 700 milhões de euros,da dotação total de 50 000
milhões de euros, à infraestrutura de transportes.
O objetivo principal da política de transportes da
União Europeia é criar um mercado interno através de
um nível de concorrência elevado e do desenvolvi-
mento harmonioso, equilibrado e sustentável das
atividades económicas. O Livro Branco sobre a políti-
ca de transportes, de 2011, indicou que em 2050 o
caminho-de-ferro deverá ser responsável pela maior
parte do transporte de médio curso de passageiros.
Esta transferência modal contribuiria para a redução
de 20% das emissões de gases com efeito de estufa
prevista na Agenda Europa 2020 de crescimento inte-
ligente, sustentável e inovador. O Livro Branco con-
cluiu que nenhuma transformação fundamental ocor-
reria no sistema de transportes sem o sustentáculo
de uma infraestrutura ferroviária adequada e utilizada
de forma mais racional.
Na última década, o crescimento do tráfego ferro-
viário de passageiros não foi suficiente para aumentar
a quota de mercado deste modo de transporte relati-
vamente aos modos de transporte rodoviário e aéreo.
Essa quota de mercado, que na União Europeia
ascende a 6%, manteve-se relativamente estável. Os
serviços de transporte ferroviário de passageiros não
conseguiram acompanhar a evolução das necessida-
des em termos de oferta ou de qualidade.
As empresas ferroviárias beneficiam do direito de
acesso, em condições equitativas, não discriminató-
rias e transparentes, às infraestruturas ferroviárias de
todos os Estados-Membros para fins de exploração
de todo o tipo de serviços de transporte ferroviário
de passageiros. As empresas ferroviárias podem
embarcar e desembarcar passageiros em qualquer
estação. Esse direito inclui o acesso às infraestruturas
de ligação das instalações de serviço.
É, pois, neste contexto, que se estabeleceram objecti-
vos gerais e, específicos, obedecendo às seguintes
estratégias:
SEPARAÇÃO ESTRUTURAL
Reforço do papel do gestor da infraestrutura
Desenvolvimento da rede ferroviária
Cooperação entre os gestores da infraestrutura
ferroviária europeus
Separação integral entre gestão e operação
AGÊNCIA FERROVIÁRIA EUROPEIA
Agência como entidade emissora de autorizações de
veículos em serviço e de certificados de segurança.
•Incremento da transparência com a constituição de um
órgão de apelo totalmente independente;
•Coordenação/monitorização e controlo dos processos
por parte da agência.
CONCRETIZAÇÃO DO ESPAÇO ÚNICO EUROPEU FERRO-
VIÁRIO
•Liberalização do mercado doméstico de transporte
ferroviário de passageiros;
•Transparência nas organizações (separação entre ges-
tão e operação);
•Aumento da segurança e qualidade do serviço;
•Promoção da concorrência e aumento da quantidade e
qualidade do serviço prestado.
Assim, com a introdução de novos elementos jurídicos
no processo legislativo, já, concluído, este será subme-
tido à votação na Comissão Parlamentar dos Transpor-
tes do Parlamento Europeu em 26 de Novembro de
2013. Em Janeiro de 2014 está prevista a votação em
Sessão Plenária do Parlamento Europeu. Caso o Conse-
lho venha a rejeitar a Proposta de Alterações do Parla-
mento Europeu, haverá 2ª. Leitura em 2014/2015.
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APESAR DO MOMENTO ACTUAL EM QUE
VIVEMOS, A DIRECÇÃO DO C.E.C. DESEJA A
TODOS OS ASSOCIADOS UMAS ÓPTIMAS
FÉRIAS, COM VIAGENS DE COMBOIO…
cria ESPAÇOS para as emoções pub.
Clube de Entusiastas do Caminho-de-Ferro – Boletim Mensal Sobre Carris – Julho de 2013 3
• CEC – Clube •
ENCERRAMENTO DA NOSSA SEDE
Como é habitual nesta altura do ano, aproveitando o período de férias, e para descanso dos colegas em serviço à
nossa sede, esta vai estar encerrada para os habituais convívios de sábado à tarde, durante o próximo mês de Agos-
to. Reabrirá nos moldes habituais, no dia 7 de Setembro (sábado).
Também como é habitual, em caso de uma necessidade especial, poder-se-á sempre contactar com o amigo José
Pinheiro, através do telefone 936 404 618
HOMENAGEM A VALDEMAR ALVES
Realizou-se no passado dia 20 de Junho, pela Câmara Municipal de Sintra, a justa homenagem ao falecido funcioná-
rio e nosso querido associado, Valdemar Alves. Este grande entusiasta do Eléctrico de Sintra, tem a partir de agora o
seu nome no local onde mais gostava de estar, as instalações da Ribeira de Sintra. Por decisão da Câmara Municipal
de Sintra, o “car ban” da Ribeira de Sintra, tem a partir de agora a denominação “Complexo Valdemar Alves”.
Na sessão de homenagem, na Vila Alda, foi entregue à família pelo presidente da Câmara, a título póstumo a meda-
lha de ouro do Município. O C.E.C. esteve presente nesta homenagem com diversos elementos do seu elenco directivo.
O filho do homenageado recebendo a medalha de ouro do Municipio. Foto: Pedro Flora
Um promemor da assistência com elementos do C.E.C. Foto: Pedro Flora
Placa de homenagem na Ribeira de Sintra Foto: Pedro Flora
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COMBOIO (POUCO) HISTÓRICO DE VOLTA AO DOURO
Este Verão o comboio turístico entre a Régua
e o Tua, não vai contar com a habitual loco-
motiva a vapor. Em seu lugar, a CP vai utilizar
a locomotiva diesel 1424, que ostenta as
cores originais dos anos sessenta, e baixa os
preços da viagem de 45 para 35 euros.
No entanto a CP promete (???) que o com-
boio a vapor regressará em 2014, depois de
reconverter a locomotiva 0186 que deixará de
trabalhar a carvão, passando a caldeira a ser
aquecida com a queima de fuel-oléo. Para a
CP representa uma diminuição significativa
dos custos de produção. O comboio a vapor
no Douro foi lançado em 1998 e está longe
de ter proporcionado lucros à empresa. Só
nos últimos cinco anos acumulou 370 mil
euros de prejuízos, o que levou a CP a pon-
derar acabar com o serviço.
Mas, segundo fonte oficial da empresa, esta considerou “ que a importância do produto justifica a sua continuidade,
pelo relevo que assume ao nível do turismo da região, da imagem da CP, em particular, e da ferrovia em geral” . Daí a
opção pelo meio termo, que será a manutenção do comboio turístico com locomotiva a diesel, que é mais barata do
que o vapor, regressando a velha 0186 aos carris do Douro no próximo ano.
A ver vamos.
Ficha Técnica
Propriedade: CEC – Clube de Entusiastas do Caminho-de-Ferro Edição: Direcção do CEC Redacção: António Gonçalves; João Paulo Ferrei-ra; Valdemar Tomás Tiragem: 150 exemplares Dobragem: José Pinheiro; Valdemar Tomás Publicação Periódica: 12 números/ano;
Distribuição: sócios do CEC; ; REFER; EMEF; Fertagus; Metropolitano de Lisboa; Hemeroteca de Lisboa; Transportes em Revista; Edição Digital: ficheiro em formato PDF. Os sócios do CEC interessados em receber o Sobre Carris digital, deverão fazer o pedido para os e-mails: [email protected] ou [email protected]
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• CEC – informação diversa •