ÓRGÃO INFORMATIVO DO SINDICATO DOS ENGENHEIROS … · O BRASIL COMBATE ainda os efeitos de um de...

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ÓRGÃO INFORMATIVO DO SINDICATO DOS ENGENHEIROS NO ESTADO DE SÃO PAULO ANO XXVII Nº 342 42 42 42 42 1º A 15 DE MAIO DE 2009 je Jornal do Engenheiro v i s i t e n o s s o s i t e w w w . s e e s p . o r g . b r Filiado à Beatriz Arruda

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ÓRGÃO INFORMATIVO DO SINDICATO DOS ENGENHEIROS NO ESTADO DE SÃO PAULO ANO XXVII Nº 3333342 42 42 42 42 1º A 15 DE MAIO DE 2009jeJornal do

Engenheiro

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Editorial

2 JORNAL DO ENGENHEIRO

JORNAL DO ENGENHEIRO — Publicação quinzenal do Sindicato dos Engenheiros no Estado de São PauloDiretora responsável: Diretora responsável: Diretora responsável: Diretora responsável: Diretora responsável: Maria Célia Ribeiro Sapucahy; Conselho Editorial:Conselho Editorial:Conselho Editorial:Conselho Editorial:Conselho Editorial: Murilo Celso de Campos Pinheiro, João Carlos Gonçalves Bibbo, Celso Atienza, João Paulo Dutra, Henrique Monteiro Alves,Laerte Conceição Mathias de Oliveira, Carlos Alberto Guimarães Garcez, Antonio Roberto Martins, Fernando Palmezan Neto, Esdras Magalhães dos Santos Filho, Flávio José Albergaria de Oliveira Brízida,Marcos Wanderley Ferreira, Aristides Galvão, Celso Rodrigues, Cid Barbosa Lima Junior, Edilson Reis, Fabiane B. Ferraz, João Guilherme Vargas Netto, Maxwell Wagner Colombini Martins, NewtonGüenaga Filho, Osvaldo Passadore Junior, Renato Becker e Rubens Lansac Patrão Filho. ColaboraçãoColaboraçãoColaboraçãoColaboraçãoColaboração: Delegacias Sindicais. EditoraEditoraEditoraEditoraEditora: Rita Casaro. RRRRRepórteres:epórteres:epórteres:epórteres:epórteres: Rita Casaro, Soraya Misleh, Lourdes Silva eLucélia de Fátima Barbosa. Projeto gráfico: Projeto gráfico: Projeto gráfico: Projeto gráfico: Projeto gráfico: Maringoni. Diagramadores:. Diagramadores:. Diagramadores:. Diagramadores:. Diagramadores: Eliel Almeida e Francisco Fábio de Souza. Revisora: Revisora: Revisora: Revisora: Revisora: Soraya Misleh. Apoio à redação: Apoio à redação: Apoio à redação: Apoio à redação: Apoio à redação: Cyro Soares e Maurício Hermann.Sede:Sede:Sede:Sede:Sede: Rua Genebra, 25, Bela Vista – São Paulo – SP – CEP 01316-901 – Telefone: (11) 3113-2650 – Fax: (11) 3106-8829. E-mail: [email protected]. SiteSiteSiteSiteSite: : : : : www.seesp.org.br. Tiragem:Tiragem:Tiragem:Tiragem:Tiragem:23.000 exemplares. Fotolito eFotolito eFotolito eFotolito eFotolito e impressão:impressão:impressão:impressão:impressão: Folha Gráfica. Edição:Edição:Edição:Edição:Edição: 1º a 15 de maio de 2009. Artigos assinados Artigos assinados Artigos assinados Artigos assinados Artigos assinados são de responsabilidade dos autores, não refletindo a opinião do SEESP.

Eng. Murilo Celsode Campos PinheiroPresidente

Apesar das equivocadas lições doslivros didáticos e da heróica atuaçãodos quilombolas, não parece razoávelignorar o papel dos abolicionistas nocombate à escravidão. Entre esses, des-taca-se o engenheiro André Rebouças,que, negro liberto devido à ascendência

portuguesa paterna, não só engajou-secorajosamente em uma das batalhas so-ciais mais importantes da nossa histó-ria, como alcançou grandes feitos naprofissão que abraçou, motivo peloqual hoje empresta seu nome a inúme-ras avenidas, túneis e viadutos Brasilafora (leia reportagem na página 5).O papel da própria Princesa Isabel me-rece ser revisto à luz das correspon-dências mantidas entre ela e outros abo-licionistas, como demonstra carta queintegra o arquivo particular do Memo-rial Visconde de Mauá e que foi divulga-da pela revista Nossa História em 2006.Em 11 de agosto de 1889, meses antesda proclamação da República e da fugada família real, escrevia ela ao Viscon-de de Santa Vitória: “Com os fundosdoados pelo senhor, teremos oportu-nidade de colocar estes ex-escravos,agora livres, em terras suas própriastrabalhando na agricultura e na pecuáriae delas tirando seus próprios proventos.”De acordo com declaração do his-toriador Eduardo Silva, publicada narevista, o documento demonstra planospró-reforma agrária, o que faria toda adiferença e proporcionaria a emanci-pação concreta dos libertos. De quebra,

UMA BATALHA QUE NÃO TERMINOUO BRASIL COMBATE ainda os efeitos de um de seus mais tristes e vergonhosos episódios: a escravidão,que existiu oficialmente no País até 13 de maio de 1888, quando foi assinada a Lei Áurea. Divulgado pordécadas como um ato de simples benemerência da filha do Imperador, o feito acabou por ser rejeitadopelo movimento negro e por aqueles que lutam ainda pela abolição plena, ou seja, pelo fim da discriminaçãoracial e por iguais oportunidades para todos os brasileiros. A própria data comemorativa foi substituídapelo 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, em homenagem a Zumbi dos Palmares.

o documento conquista ainda para aPrincesa a simpatia do movimento fe-minista. Prossegue ela na missiva:“Quero agora dedicar-me a libertar asmulheres dos grilhões do cativeiro do-méstico, e isto será possível através dosufrágio feminino. Se a mulher podereinar, também pode votar.”Como se sabe, os planos de distribuirterras aos novos cidadãos jamais se con-cretizaram e a questão fundiária seguesendo um dos grandes nós a serem desa-tados no Brasil, herança de um processodeliberado de concentração de riquezae exclusão. Claro está que a luta não ter-minou, nem por isso merecem qualquerdesprestígio aqueles que a iniciaram.

Oficialmente comemoradoem 13 de maio, o fimda escravidão no Brasil nãodeu fim à desigualdade,mas é fruto de uma lutacorajosa. Entre osabolicionistas, estava oengenheiro André Rebouças.

Os irmãos André (sentado)e Antonio Rebouças.

JORNAL DO ENGENHEIRO 3

Opinião

Sua ART pode beneficiar oSindicato dos Engenheiros

Ao preencher o formulário da ART, nãoesqueça de anotar o código 068 no campo 31.Com isso, você destina 10% do valor para oSEESP. Fique atento: o campo não pode estarpreviamente preenchido.

operacionais do Prime, entre as quais a FVE(Fundação Valeparaibana de Ensino), mantene-dora da Univap.

Na sua qualidade de agente operacional, aFVE está organizando o processo de seleçãode até 120 empresas inovadoras emergentes(com menos de dois anos de existência,contados até 30 de abril de 2009) comoparticipantes do Prime. Após dois cursos, um

presencial de quatro dias e outro a distância,cada empreendimento selecionado receberá, apartir de novembro próximo, a importância deR$ 120.000,00, sem reembolso posterior àFinep, para contratar técnicos e gestor denegócio. Após 12 meses, poderão candidatar-se a receber, a juro zero, mais R$ 120.000,00dessa, com devolução em 120 parcelas mensais.

Os engenheiros são candidatos naturais a essaoferta e temos estado em contato com suas pro-postas, as quais, transformadas em negócios,ajudarão a aperfeiçoar o desenvolvimentosustentável que buscamos.

Antonio de Souza Teixeira Júnioré professor-doutor e vice-reitor da Univap

Incentivo à tecnologia na UnivapAntonio de Souza Teixeira Júnior

A PARTIR DE PORTARIA DO Ministro da Educação, após análisedo Conselho Federal de Educação, em 1º de abril de 1992, foi creden-ciada a Univap (Universidade do Vale do Paraíba). Bem antes disso,contudo, foram autorizados os cursos de Engenharia Elétrica e Civil, em1968, e de Arquitetura e Urbanismo, em 1969, todos nas faculdades entãoexistentes, que deram origem à universidade. Mais recentemente foramreconhecidos os de Engenharia de Materiais, Computação, Aeronáuticae Espaço, Biomédica, Ambiental, Alimentos e Química. A seguir, foramcredenciados mestrado e doutorado em Engenharia Biomédica.

A aceleração constante dos avanços tecno-lógicos faz crescer a relevância das médias, pe-quenas e microempresas de base tecnológica,alterando o perfil do engenheiro pretendido, quedeve somar, à base de conhecimentos científico--tecnológicos, a visão do mercado nacional einternacional e uma atitude pró-ativa em relaçãoao empreendedorismo, num mundo querestringe, via automação, o número de empregos.

A realização desse profissional está requeren-do maior conexão das escolas de engenhariacom o setor produtivo. É então cada vez maior anecessidade de estágios de alunos em empresas,de modo a completar sua formação mediante avivência do mundo dos negócios.

Problemas desse tipo levaram a Anprotec(Associação Nacional de Entidades Promotorasde Empreendimentos Inovadores) a buscar maiorinteração com o Ministério da Ciência e Tecnolo-gia, o que resultou na proposta, organizada pelaFinep (Financiadora de Estudos e Projetos), doprograma Prime (Primeira Empresa Inovadora).Dezessete entidades brasileiras foram sele-cionadas para assumir o papel de agentes

Fundação mantenedorada universidade é umadas participantesdo programa Prime,organizado pela Finep,que premia inovaçãonas empresas.

Preservação

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O trabalho inclui recobrir a vegetação local,restaurar e proteger as áreas degradadas quemargeiam cursos d´água, proteger os mananciaise conservar o solo. Cumprindo essas ações, olavrador é recompensado financeiramente peloserviço ambiental prestado.

“Estamos lutando para que Piracicaba sejapioneira neste tipo de trabalho, mas o ideal é queos municípios pertencentes à Bacia do Corum-bataí também façam ações para conservar e me-

lhorar a qualidade e a quantidade da água”, afir-mou o vereador José Aparecido Longatto(PSDB), atual presidente da Câmara Municipalde Piracicaba e autor da proposta. Segundo ele, oprodutor rural não será obrigado a aderir ao plano,mas terá vantagens se o fizer. “O projeto visa asustentabilidade da propriedade, uma vez queestuda a melhor maneira de não inviabilizar otrabalho desse agricultor que será reembolsadopelo serviço prestado à sociedade.”

Para ser implementado, o plano depende daexecução de várias etapas, entre elas a aprovaçãodo projeto de lei que está sendo desenvolvido porLongatto e uma comissão técnica. O tema vemsendo abordado desde 2007 e, no dia 1° de abrildeste ano, foi realizada uma audiência pública parasaber a opinião de especialistas e da população.

“Estamos nos articulando para ver no quecada um pode contribuir. A princípio vislum-bramos a possibilidade de trabalhar no Rio Co-rumbataí por ser o grande fornecedor de águada cidade. É importante ressaltar que após aaprovação da lei teremos muito a fazer, comoidentificar áreas prioritárias, conseguir recursos,e a Prefeitura tem a responsabilidade de lideraresse processo”, informa Aurélio Padovezi, as-sistente de Conservação da Mata Atlântica daONG TNC (The Nature Conservancy).

Experiência bem-sucedidaIntegrante do sistema Cantareira que abas-

tece cerca de 50% da população de São Paulo,o município de Extrema (MG) foi o primeirodo Brasil a colocar em prática o “Conservadordas Águas”, o que ocorreu no final de 2006.Segundo Padovezi, a resistência inicial dosagricultores na cidade mineira foi vencida pela

Piracicaba pagará por serviços ambientaisLucélia Barbosa

SEM PODER CONTAR, desde o ano 2000, com as águas do rio queleva seu nome, a cidade de Piracicaba desenvolve um projeto paraevitar que também o Corumbataí tenha seu volume reduzido devido àpoluição. A saída, ainda em discussão, é o projeto “Conservador de Águas”,pelo qual o proprietário rural receberá assistência técnica e incentivo fi-nanceiro para obedecer ao Código Florestal Brasileiro, que prevê arecuperação e preservação das APPs (Áreas de Preservação Permanente).

DELEGACIAS DO SINDICATO – ALTA MOGIANA: Av. Mogiana, 1.885 – Ribeirão Preto – CEP: 14075-270 – Tels.: (16) 3628-1489 - 3969-1802 – E-mail: [email protected]. ARAÇATUBA: R. AntônioPavan, 75 – CEP: 16020-380 – Tel.: (18) 3622-8766 – E-mail: [email protected]. ARARAQUARA: R. São Bento, 700 – 10º and. – sala 103 – CEP: 14800-300 – Tel./Fax: (16) 3322-3109 – E-mail:[email protected]. BAIXADA SANTISTA: Av. Senador Pinheiro Machado, 424 – Santos – CEP: 11075-000 – Tel./Fax: (13) 3239-2050 – E-mail: [email protected]. BARRETOS: Av. Cinco, nº 1.145 –CEP 14783-091 – Telefones: (17) 3322-7189 - 3324-5805 - 3322-8958 – E-mails: [email protected] - [email protected] - [email protected]. BAURU: R. Domiciano Silva, 6-47 – CEP: 17014-031 – Tel./Fax: (14) 3224-1970 – Página: seesp.org.br/bauru.html – E-mail: [email protected]. BOTUCATU: R. Rangel Pestana, 639 – CEP: 18600-070 – Tel./Fax: (14) 3814-3590 – E-mail: [email protected]: R. Antônio Lapa, 1.162 – CEP: 13025-242 – Tels.: (19) 3251-8455 / 4220 – Fax: (19) 3251-8996 – E-mail: [email protected]. FRANCA: R. Voluntário Jaime de Aguilar Barbosa, 1.270 – CEP: 14403-365 – Tels.: (16) 3721-2079 - 3722-1827 – E-mail: [email protected]. GRANDE ABC: R. Antônio Bastos, 664 – Santo André – CEP: 09040-220 – Tel.: (11) 4438-7452 – Fax: (11) 4438-0817 – E-mail:[email protected]. GUARATINGUETÁ: R. Pedro Marcondes, 78 – sala 34 – CEP: 12500-340 – Tel./Fax: (12) 3122-3165 – E-mail: [email protected]. JACAREÍ: Av. Pensilvânia, 531– CEP: 12300-000 – Tel./Fax: (12) 3952-4840 – E-mail: [email protected]. JUNDIAÍ: R. Marechal Deodoro da Fonseca, 51 – CEP: 13201-002 – Tel.: (11) 4522-2437 – Fax: (11) 4521-4825 – E-mail: [email protected]. LINS: RuaSão Pedro, 241 – CEP: 16400-537 – Tel./Fax: (14) 3523-2890 – E-mail: [email protected]. MARÍLIA: R. Carlos Gomes, 312 – cj. 52 – CEP: 17501-000 – Tel./Fax: (14) 3422-2062 – E-mail: [email protected] DAS CRUZES: R. Coronel Souza Franco, 720 – CEP: 08710-020 – Tel./fax: (11) 4796-2582 – Tel.: (11) 4726-5066 – E-mail: [email protected]. PINDAMONHANGABA: R. Dr. Rubião Junior, 192 –2º andar – sala 25 – CEP: 12400-450 – Tel./Fax: (12) 3648-8239 – E-mail: [email protected]. PIRACICABA: R. Benjamin Constant, 1.575 – CEP: 13400-056 – Tel./Fax: (19) 3433-7112 – E-mail: [email protected] PRUDENTE: R. Joaquim Nabuco, 623 – 2º andar – sala 26 – CEP: 19010-071 – Tel./Fax: (18) 3222-7130 – E-mail: [email protected]. RIO CLARO: R. Cinco, 538 – sala 3 – CEP: 13500-040 – Tel./Fax: (19) 3534-9921 – E-mail: [email protected]. SÃO CARLOS: R. Rui Barbosa, 1.400 – CEP: 13560-330 – Tel./Fax: (16) 3307-9012 – E-mail: [email protected]. SÃO JOSÉ DOS CAMPOS: R. Santa Elza, 231– CEP: 12243-690 – Tel.: (12) 3921-5964 – Fax: (12) 3941-8369 – E-mail: [email protected]. SÃO JOSÉ DO RIO PRETO: R. Cândido Carneiro, 239 – CEP: 15014-200 – Tels./Fax: (17) 3232-6299 - 231-2544– E-mail: [email protected]. SOROCABA: R. da Penha, 140 – CEP: 18010-000 – Tel./Fax: (15) 3231-0505 / 3211-5300 – E-mail: [email protected]. TAUBATÉ: Rua Juca Esteves, 35 – CEP: 12080-330 –Tels.: (12) 3633-5411 - 3631-4047 – Fax: (12) 3633-7371 – E-mail: [email protected].

vantagem financeira. “Assim que os primeirospagamentos foram feitos, a adesão foi au-mentando e hoje, na Bacia das Posses, a pri-meira em que trabalhamos, é de praticamentetodos os lavradores da região”, comemora.

Lá, os produtores são pagos pela Prefeiturade acordo com a dimensão da propriedade e aoportunidade de usar a terra como um todo,incluindo a recuperação de APP, conservaçãode floresta, manejo e boas práticas agrícolas. Osparceiros do projeto, como a ANA (AgênciaNacional de Águas), o IEF (Instituto Estadualde Florestas de Minas Gerais) e a TNC, se encar-regaram de financiar os custos envolvidos narestauração das mudas, insumos, maquináriospara fazer as estruturas de conservação de soloe pessoal para realizar o plantio e monitorar aconservação das águas. As áreas que precisavamde proteção foram identificadas a partir delevantamento realizado por técnicos da Prefei-tura, que definiram sete microbacias prioritárias.

Em São Paulo, existe um projeto similarainda em fase piloto intitulado “Produtor deáguas”, que também efetiva o pagamento pelosserviços ambientais aos produtores rurais.Desenvolvido pela Secretaria Estadual do MeioAmbiente, teve início em 2006 e será encerradoem dezembro próximo. “A ideia é fazer a de-monstração de várias técnicas de restauraçãoem diversas cidades do Estado. O programa jáfoi realizado em 15 municípios e muitos agri-cultores tiveram a oportunidade de receber arecuperação das áreas ciliares gratuitamente”,conta Marta Chaim Portas, engenheira agrôno-ma e supervisora técnica do projeto de recupe-ração de mata ciliar na Bacia do PCJ (rios Pira-cicaba, Capivari e Jundiaí) e Mogi-Guaçu.Reflorestamento com um ano de plantio em APP do Ribeirão Guamiun, afluente do Rio Piracicaba.

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Embora tenham nascido “livres”, condição privile-giada aos negros da época, e tido a oportunidade atémesmo de cursar especialização na Europa, segundoo historiador e jornalista Noedi Monteiro, nem porisso eram vistos como “iguais”. Mas “tiraram deletra o preconceito”. Ou na métrica, no cálculo. Comoengenheiros, suas contribuições emudeceram o ecoda discriminação. Eram eles André, Antonio e José,filhos de um respeitado rábula e grande abolicionista,Antonio, que, por sua ascendência paterna portuguesa,herdou a liberdade e a transferiu para seusdescendentes. Ao mais velho deles, André, legoutambém o ideal de igualdade. Este foi o único dosirmãos Rebouças a participar do movimentoabolicionista, conforme relato de Monteiro.

Saindo do campo social para o científico-tecno-lógico, a ele é atribuída, ainda de acordo com ohistoriador, a introdução da técnica de concreto ar-mado no Brasil. A primeira ponte feita desse modoencontra-se em Piracicaba, interior do Estado, e

leva a assinatura dos Rebouças. “Está pronta desdemaio de 1875.” Foi projetada por Antonio em 1873,como conta Monteiro, com o objetivo de vencer “afúria das cheias que arrastavam toda e qualquerponte de madeira instalada abaixo do salto (do RioPiracicaba)”. Assim, a primeira estratégia foi plane-jar a travessia acima da queda d´água. “Em 1874,Antonio realiza os cálculos sobre a resistência daponte e pessoalmente parte para as sondagens doterreno, para as fundações das bases de chumbo,que seriam enterradas no basalto e recobertas porconcreto, vencendo a dureza da rocha de origemvulcânica, que forma o piso do leito do rio; parasustentar os pilares, a chapa naval alemã e a pesadís-sima estrutura da travessia, de 273 toneladas.” Ohistoriador enfatiza que ele conseguiu construir semdesviar o leito do rio, a não ser nos locais em queficariam as bases. “Já era uma obra sustentável, àépoca.” Na execução da sondagem, Antonio contraiumalária e faleceu antes de ver sua obra terminada, aos34 anos. A conclusão ficou a cargo de seu irmão,André. Conforme explica Monteiro, a ponte foi am-pliada em 1987, mas mantém a base original, queabrange 13 pilares. “Foi feita para sustentar quatrolocomotivas.” Além desse empreendimento, os irmãosRebouças participaram na construção de outras obrasimportantes, em todo o Brasil, como estradas de ferroe cais de portos. José, por exemplo, foi autor daestação de trem da Companhia Ituana e traçou,juntamente com o engenheiro Saturnino de Brito, oprojeto da rede de esgoto de Piracicaba, em 1893,como destaca o diretor de patrimônio histórico doIpplap (Instituto de Pesquisas e Planejamento de

Piracicaba), arquiteto Marcelo Cachioni. Os trêsdeixaram, salienta Monteiro, um legado para aengenharia nacional “de novas técnicas, arrojamento,criando um know how para a construção pesada”.

Luta pela aboliçãoO mais famoso dos Rebouças, André, nasceu

em Cachoeira, na Bahia, em 1838, e morreu naIlha da Madeira, em Portugal, em 1898. Eramuito próximo da família imperial e a acompa-nhou na viagem de volta àquele país, quando acorte deixou suas instalações no Brasil.

Destacou-se na luta pela abolição, integrandoinclusive uma associação brasileira de combateà escravidão. “Ele era empenhado nessa questão.Escrevia sobre isso e botava dinheiro do bolsopara que o movimento pudesse crescer.” Apóster sido decretada a Lei Áurea, passou a reivindi-car que o Estado indenizasse e reparasse os li-bertos das algemas. O 13 de maio não encerravaa luta pela igualdade, dava início a uma novaetapa. “Imposta pela sociedade, pela elite daépoca, a data não trouxe nenhum benefício aosnegros, que foram jogados nas ruas, sem tra-balho e sem qualquer condição.” A desigualdadeque vemos hoje, com outra roupagem e nomes,é consequência. Resgatar a história de personali-dades como os irmãos Rebouças é promover adevida valorização dos negros no Brasil, consi-dera Monteiro. “Brigamos por esse reconheci-mento e divulgação”, ressalta.

* Colaborou Aristides Junqueira

ENGENHARIA A SERVIÇO DA igualdadeSoraya Misleh*

EM PLENO SÉCULO XIX, aindaantes da abolição da escravatura, em13 de maio de 1888, três negros senotabilizaram na engenharia, deixan-do seu legado ao País: os irmãosRebouças. Seu nome hoje estampaplacas de túneis, ruas e avenidasfamosas em cidades como a Capitalpaulista, contudo, o desafio queenfrentaram é de domínio de poucos.

Ponte do Piracicaba, primeira feita em concreto armado no Brasil, uma das inúmeras obras que levam a assinatura dos Rebouças.

Ainda antes da aboliçãoda escravatura, trêsnegros – os irmãosRebouças – deixaramum legado denovas técnicas earrojamento, vencendoas barreiras impostaspela discriminação.

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Sindical

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Como nos últimos dois mandatos, a segurança noprocesso foi garantida por sistemas criptografa-dos. À gestão 2010-2013, a diretoria do sindicatoserá empossada em janeiro do próximo ano eimplementará programa de trabalho que tem comoprioridade absoluta a ação sindical (confira na edição341 do JE, disponível no site www.seesp.org.br).Além disso, a meta é participar de debates per-tinentes à engenharia e somar esforços com oconjunto do movimento dos trabalhadores, paragarantir novas conquistas, como informa Pinheironesta entrevista ao Jornal do Engenheiro.

Qual a sua avaliação em relação à gestão que se encerraneste ano de 2009? Quais as principais conquistas?A atual gestão continua até 31 de dezembro,portanto, ainda há bastante trabalho pela frente.No entanto, já é possível dizer que as conquistasforam muitas e relevantes. O SEESP cresceupolítica e institucionalmente, ampliamos e con-solidamos negociações coletivas, aprimoramosa prestação de serviços aos associados e nossainfraestrutura na sede e no Interior.

Quais as perspectivas e prioridadespara a gestão 2010-2013?O plano é dar prosseguimento ao que vem dandocerto, pautados no programa de trabalho queelaboramos para esse período. A prioridadeabsoluta é a ação sindical que implica defesaincansável dos interesses dos engenheiros, lutan-do tanto pela manutenção das conquistas já al-cançadas quanto por novas e justas reivindicaçõesda categoria. Além disso, é nossa meta somaresforços com o conjunto do movimento sindicalbrasileiro para lutar por questões de interessegeral, como a implementação da Convenção 158da OIT (Organização Internacional do Traba-lho), que proíbe a demissão imotivada, e a reduçãoda jornada sem redução salarial. Também estãona nossa pauta ações voltadas à inclusão dosprofissionais no mercado de trabalho, comprogramas especiais voltados ao recém-formadoe ao autônomo, por exemplo.

Na linha de fortalecimento do SEESP, houveinclusive aquisição de imóveis para instalaçãode delegacias sindicais. Essa política deve tercontinuidade? O que está previsto nesse sentido?Sim, a política está posta e é essencial paragarantir estabilidade ao funcionamento dasdelegacias sindicais e melhor atendimento aoengenheiro no Interior do Estado. Obviamente,essas aquisições acontecerão à medida que anecessidade e a oportunidade ideal se colocareme houver possibilidade financeira.

A adesão ao projeto “Cresce Brasil + Engenharia+ Desenvolvimento” vem ao encontro daproposta do SEESP de influenciar na construçãode políticas públicas. Quais os planos para2010-2013 em relação a isso?O “Cresce Brasil” é um projeto permanente daFNE (Federação Nacional dos Engenheiros) eassim também é o engajamento do SEESP, quebusca contribuir com o trabalho nacional atuandono âmbito estadual. Um dos pontos desse traba-lho é aprimorar o Conselho Tecnológico e implan-tar novos regionais (além dos atuais 19) queajam efetivamente nos municípios. Também man-teremos nosso esforço de participar ativamentedos debates sobre as áreas pertinentes àengenharia, como transportes, saneamento,habitação e comunicações.

ELEITA diretoria do SEESP PARA 2010-2013Soraya Misleh

ENCABEÇADA POR Murilo Celso de Campos Pinheiro, que disputou areeleição à presidência do SEESP, a chapa “Trabalho–Integração–Com-promisso” obteve 95% dos votos válidos a seu favor, ante apenas 5% debrancos e nulos. O pleito que garantiu a escolha dos representantes dosengenheiros no Estado para os próximos quatro anos ocorreu entre 14 e 16de abril último, pela Internet. Assim, todos os associados quites com o SEESPpuderam exercer seu direito ao voto, independentemente de onde estivessem.

Diretoria eleitaDiretoria eleitaDiretoria eleitaDiretoria eleitaDiretoria eleitaEXECUTIVA

Presidente Presidente Presidente Presidente Presidente Murilo Celso de Campos PinheiroVice-presidentesVice-presidentesVice-presidentesVice-presidentesVice-presidentes Carlos AlbertoGuimarães Garcez, Celso Atienza,João Paulo Dutra, João Carlos GonçalvesBibbo, Henrique Monteiro Alves eLaerte Conceição Mathias de Oliveira1º secretário 1º secretário 1º secretário 1º secretário 1º secretário Fernando Palmezan Neto2º secretário 2º secretário 2º secretário 2º secretário 2º secretário Antônio Roberto Martins3º secretário 3º secretário 3º secretário 3º secretário 3º secretário Edílson Reis1º tesoureiro 1º tesoureiro 1º tesoureiro 1º tesoureiro 1º tesoureiro Esdras M. dos Santos Filho2º tesoureiro 2º tesoureiro 2º tesoureiro 2º tesoureiro 2º tesoureiro Flávio José A. de Oliveira Brízida3º tesoureiro 3º tesoureiro 3º tesoureiro 3º tesoureiro 3º tesoureiro Marcos Wanderley FerreiraRepresentantes na FNE Representantes na FNE Representantes na FNE Representantes na FNE Representantes na FNE Allen Haberte Antonio Carlos Therezo Mattos (titulares);Ubirajara Tannuri Felix e Maria CéliaRibeiro Sapucahy (suplentes)

PRESIDENTES DAS DELEGACIAS SINDICAIS

Nelson Martins da Costa (Alta Mogiana);José Maria Morandini Paoliello(Araçatuba); João Luiz Braguini(Araraquara); Newton Guenaga Filho(Baixada Santista); Luiz Antônio MoreiraSalata (Barretos); Luiz Roberto Pagani(Bauru); Nivaldo José Cruz (Botucatu);Rubens Lansac Patrão Filho (Campinas);José Chozem Kochi (Franca); SilvanaGuarnieri (Grande ABC); José Luiz Pardal(Guaratinguetá); Roberto Benedito RequenaJuvele (Jacareí); Luiz Antonio PellegriniBandini (Jundiaí); Juliano Munhoz Beltani(Lins); Luiz Fernando Napoleone (Marília);Mário Edison Picchi Gallego (Mogi dasCruzes); André Sierra Filho(Pindamonhangaba); Walter AntônioBecari (Piracicaba); Manoel Carlos deMoraes Guerra (Presidente Prudente);Maxwell Wagner Colombini Martins (RioClaro); Miguel Guzzardi Filho (São Carlos);Amaury Hernandes (São José do Rio Preto);Odair Bucci (São José dos Campos); RicardoJosé Coelho Lessa (Sorocaba); BrenoBotelho Ferraz Amaral Gurgel (Taubaté).Murilo Pinheiro vota na sede do SEESP: reeleição.

A chapa vitoriosaobteve 95% dosvotos válidos.Continuidade eavanços estão nosseus planos.

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Engenheiro XXI

JORNAL DO ENGENHEIRO 7

CAMPINASInstituto Biológico deCampinas/Apta e Coordenadoriade Defesa AgropecuáriaSite: www.infobibos.comTelefone : (19) 3014-0148• XXXI Curso para habilitação de

engenheiros agrônomos paraemissão de CFO/CFOC(Certificado Fitossanitário deOrigem e CertificadoFitossanitário de OrigemConsolidado). Os profissionais daárea receberão orientação geral sobre asnormas de certificação fitossanitária eespecífica sobre classificaçãotaxonômica, monitoramento,levantamento, mapeamento, prevenção econtrole. O curso será realizado entre osdias 12 e 14 de maio, das 8h às 17h, noauditório da CDA, localizado na AvenidaBrasil, 2.340. As inscrições vão atédia 7 de maio e o custo é de R$ 500,00.

SÃO PAULOAcademia de Engenhariae ArquiteturaSite: www.aeacursos.com.brE-mail: [email protected]: (11) 3868-3090• Arquitetura sustentável –

energia, tecnologia e meioambiente. Para introduzir, atualizare aperfeiçoar os conceitos, técnicas,tecnologias, metodologias,particularidades e ferramentas úteis aodesenvolvimento de projetos deedificações sustentáveis, energeticamenteeficientes e adequadas ao meio ambiente.

Entre os temas, energia edesenvolvimento,panorama energéticomundial e brasileiro, ecologia urbana,arquitetura bioclimática, critérios deconforto ambiental, geometria solar,soluções passivas para ventilação eiluminação naturais, energias alternativas(eólica, geotérmica e solar), coletoressolares para aquecimento de água,energia solar fotovoltaica e estudosde casos brasileiros. O curso serárealizado nos dias 29 e 30 de maio, das 9hàs 18h, na Rua Miguel Cabrera, 43.O custo é de R$ 890,00 e as inscriçõesvão até o dia 20 de maio.

Instituto de EngenhariaSite: www.institutodeengenharia.org.brE-mail: [email protected]: (11) 3466-9253• Durabilidade das estruturas de

concreto. Para compreender adurabilidade e a manutenção doconcreto. O curso abordará as causas depatologias estruturais, imagens e cases,mecanismo de envelhecimento,corrosão, esforços na execução e açãono tempo, efeito de várias substânciassobre o concreto, ações preventivas ecorretivas, projeto, especificações,diagnóstico e considerações sobrecustos. As aulas acontecem dias 26 e 27de maio, das 19h às 23h, no auditóriodo IE, localizado na Avenida Dr. DantePazzanese, 120. As inscrições vão atédia 20 de maio e o preço é de R$ 180,00para associados ao instituto e deR$ 240,00 para não associados.

Disponível em diversos lugares do Brasil,com diferentes intensidades, a energia eólica éconsiderada a mais limpa do planeta e, portanto,uma boa alternativa às fontes não renováveis.As perspectivas para a sua utilização são cadavez maiores, pois apresentam um custo reduzidoem relação a outras opções.

Para aprofundar o conhecimento dosparticipantes, o seminário abordará os grandesdesafios do setor eólico, como os custos deprodução, a viabilidade econômica dos parquese os incentivos tributários que podem transformaros cata-ventos em alternativa de empreendimentocom perspectivas de longo prazo.

O evento será realizado das 9h às 18h noauditório Caex Berrini, localizado na Rua Flóri-da, 1.758, 7° andar, na Capital.

Mais informações sobre aprogramação e inscrições no sitewww.canalexecutivo.com, pelotelefone (11) 3513-9600 ou [email protected] custo é de R$ 2.350,00.

Energia eólica é tema deseminário em São PauloACONTECE NO DIA 13 de maio, em São Paulo, a segunda ediçãodo seminário “Energia eólica – investimentos e desafios para ageração de energia limpa no Brasil”. Promovido pelo Canal Executivo,o evento é voltado a presidentes, diretores e responsáveis pelas áreas deregulação, planejamento, projetos, desenvolvimento de negócios, opera-ções e energias renováveis de empresas nacionais e multinacionais.

Cursos Cursos Cursos Cursos Cursos Cursos Cursos

Em sua segundaedição, o eventoabordará os grandesdesafios do setor.

Canteiro

8 JORNAL DO ENGENHEIRO

Assinado acordo entre CPFL e SEESPEmpresa e sindicato assinaram em 14 de abril último

o Acordo Coletivo de Trabalho para vigorar no período de 1º dejunho de 2008 a 31 de maio de 2010. Com isso, foi posto fim

ao processo de dissídio coletivo decorrente de impasse nasnegociações do ano passado. Garantiu-se, assim, reajuste de 6,3%

a partir de abril de 2008 e da PLR conforme nova metodologia.

A Senag (Associação dos Enge-nheiros, Arquitetos e Agrônomos daRegião Administrativa de Lins)realizou na cidade, no dia 4 de abrilúltimo, jantar dançante em come-moração ao Profissional do Ano de2008. Na ocasião, foi homenageada

Vacinação contra a gripeOs associados ao SEESP poderão tomar a vacina contra a gripe

na sede do SEESP, na Rua Genebra, 25, Bela Vista, São Paulo/SP, nodia 13 de maio, das 14h às 18h. O valor é R$ 29,75. Basta agendar

aplicação no Departamento de Benefícios, pelo telefone (11) 3113-2664.

a arquiteta Paula do Amaral Grossi, aqual está cuidando da reforma e deco-ração da nova sede da Delegacia Sin-dical do SEESP em Lins. O presiden-te dessa, Milson Cesar Pagliarini,aproveitou o ensejo para lhe presentearcom uma lembrança (veja foto).

Homenagem em Lins

No dia 23 de abril, aproximada-mente 300 pessoas se reuniram noBuffet Jóia, na Estrada Taubaté--Ubatuba, para celebrar os 25 anosda Delegacia Sindical do SEESPem Taubaté – completados em 28de fevereiro. Na ocasião, foramhomenageados ex-presidentes e ex-diretores, além do seu fundador, CarlosAlberto Guimarães Garcez, do presi-dente estadual do sindicato, MuriloCelso de Campos Pinheiro, e do

DELEGACIA DO SEESP EM

TAUBATÉ COMEMORA 25 ANOS

vereador da cidade Luiz GonzagaSoares, o Luizinho da Farmácia (PR),o qual foi o responsável por decretona Câmara local que criou o Dia doEngenheiro – comemorado pelaprimeira vez no município em 10 dedezembro último. No evento quecelebrou os 25 anos da delegacia, oqual reuniu diversas autoridades deTaubaté e estaduais, os participantespuderam usufruir de jantar e baile, bemcomo acompanhar queima de fogos.

O tema dominante nas comemo-rações do Dia do Trabalhador – 1ºde maio – não poderia ser outro: adefesa de ações contra a crise, pelodesenvolvimento e pleno emprego.A agenda deste ano do movimentosindical tem sido delineada pelaconjuntura preocupante e a luta porimpedir que se transfira a conta daturbulência financeira global para ostrabalhadores. Para João GuilhermeVargas Netto, cientista político econsultor sindical do SEESP, as am-plas manifestações, embora diversi-ficadas, refletem o estado de espíritounitário e de resistência. “O fato dese realizarem vários atos não é con-traditório a isso. Respeita a tradiçãoe experiência de cada destacamento,mantendo eixos convergentes e

ideias compatíveis, o que aponta opotencial de unidade de ação domovimento sindical.”

Na sua ótica, o 1º de maio nãoencerra a jornada, mas contribui aocumprimento das tarefas dos repre-sentantes dos trabalhadores na atuali-dade. Essas se fundamentam em qua-tro eixos, que devem dominar a agen-da sindical neste segundo trimestredo ano: o fortalecimento das cam-panhas salariais; o acompanhamentoe reivindicação de avanços nas ques-tões de interesse dos trabalhadoresque encontram-se estagnadas noLegislativo; a participação ativa paraadoção de medidas anticíclicas nossetores atingidos pela crise; e o refor-ço às exigências de decisões relativasà macroeconomia, como redução de

juros e spreads. “Em 30 de marçofizemos um ato unitário. Estamosagora discutindo uma marcha aBrasília para pleitear a queda de juros,e a coordenação das centrais é o cami-nho para a mobilização dos trabalha-dores”, enfatiza Wagner Gomes,presidente da CTB (Central dos Traba-lhadores e Trabalhadoras do Brasil).A tendência ao chamado por unidadede ação é atestada por João CarlosGonçalves, o Juruna, secretário-geralda Força Sindical. O diretor executivoda CUT (Central Única dos Trabalha-dores), Julio Turra, aponta a disposi-ção de a entidade participar de açõesconjuntas. Ambas realizarão nosegundo semestre seus congressos eo tema do emprego e desenvolvi-mento deverá nortear os debates.

1º de maio pelo desenvolvimento e emprego

Na oportunidade, Murilo Pinheiro (à direita) esteve entre os homenageados erecebeu placa das mãos do fundador da delegacia, Carlos Alberto Garcez.

Oportunidades

Segundo levantamento feitoaté dia 22 de abril último, aárea de Oportunidades &

DesenvolvimentoProfissional do SEESPdispõe de vagas para

engenheiros nas seguintesmodalidades e quantidades

assinaladas: civil(seis), mecânica (duas),

alimentos e segurança dotrabalho, além de

arquitetura (uma cada).Para se cadastrar e inserirseu currículo, acesse o site

www.seesp.org.br, linkOportunidade Profissional.

Mais informações pelotelefone (11) 3113-2666.

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