Organização fundamental de um texto/ narração/figura e tema Um texto organiza-se em torno de...

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Organização Organização fundamental de um fundamental de um texto/ texto/ narração/figura e narração/figura e tema tema Um texto organiza-se em Um texto organiza-se em torno de suposições de torno de suposições de sentido: liberdade x sentido: liberdade x submissão; vida x morte; submissão; vida x morte; natureza x civilização natureza x civilização

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Organização Organização fundamental de um fundamental de um

texto/ texto/ narração/figura e narração/figura e

tema tema Um texto organiza-se em torno Um texto organiza-se em torno de suposições de sentido: de suposições de sentido: liberdade x submissão; vida x liberdade x submissão; vida x morte;morte;natureza x civilizaçãonatureza x civilização

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organizaçãoorganização

O objetivo final da análise de O objetivo final da análise de um texto não é, apenas, um texto não é, apenas, encontrar a oposição que encontrar a oposição que constitui sua organização constitui sua organização fundamental. No entanto, é fundamental. No entanto, é importante compreendê-la, já importante compreendê-la, já que ela dá unidade aos que ela dá unidade aos elementos de superfícieelementos de superfície

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NARRAÇÃONARRAÇÃO

Costuma-se classificar os Costuma-se classificar os textos em gêneros que se textos em gêneros que se estruturam com base em estruturam com base em diferentes modos de diferentes modos de organização do discurso: organização do discurso: narração, descrição, exposição, narração, descrição, exposição, argumentação, injunção e argumentação, injunção e diálogo. diálogo.

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Mas convém esclarecer que esses modos de Mas convém esclarecer que esses modos de organização do discurso podem se combinar organização do discurso podem se combinar para compor o texto, cada um desempenhando para compor o texto, cada um desempenhando uma determinada função: a narração pode ser uma determinada função: a narração pode ser o eixo condutor do texto, entremeada por o eixo condutor do texto, entremeada por descrições de personagens ou cenários; a descrições de personagens ou cenários; a discussão de um problema pode ser discussão de um problema pode ser entremeada por pequenas narrativas que entremeada por pequenas narrativas que ilustrem os argumentos contra ou a favor de ilustrem os argumentos contra ou a favor de um determinado ponto de vista e assim por um determinado ponto de vista e assim por diante. Há uma dominância de um tipo sobre diante. Há uma dominância de um tipo sobre os demais, definindo-se, portanto, o texto em os demais, definindo-se, portanto, o texto em função da categoria dominante. função da categoria dominante.

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Figuras - são os elementos concretos Figuras - são os elementos concretos presentes no texto, são palavras ou presentes no texto, são palavras ou expressões que correspondem a algo expressões que correspondem a algo existente no mundo natural. O mundo existente no mundo natural. O mundo natural não quer dizer apenas o natural não quer dizer apenas o mundo realmente existente, mas mundo realmente existente, mas também os mundos fictícios criados também os mundos fictícios criados pela imaginação humana.pela imaginação humana.

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Temas - são os elementos abstratos, Temas - são os elementos abstratos, são as palavras ou expressões que são as palavras ou expressões que não correspondem a algo existente não correspondem a algo existente no mundo natural, mas a elementos no mundo natural, mas a elementos que organizam, categorizam, que organizam, categorizam, ordenam a realidade percebida pelos ordenam a realidade percebida pelos sentidos.sentidos.

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Há dois níveis de concretização dos Há dois níveis de concretização dos esquemas narrativos: o temático e o esquemas narrativos: o temático e o figurativo. O figurativo é mais figurativo. O figurativo é mais concreto do que o temático, cria um concreto do que o temático, cria um efeito de realidade, pois constrói efeito de realidade, pois constrói uma cena real, com gente, bichos, uma cena real, com gente, bichos, cores, etc. Por isso representa o cores, etc. Por isso representa o mundo no texto.   mundo no texto.  

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FIGURA TEMAFIGURA TEMA Um asno, vítima da fome e da sede, Um asno, vítima da fome e da sede,

depois de longa caminhada, encontrou depois de longa caminhada, encontrou um campo de viçoso feno ao lado do um campo de viçoso feno ao lado do qual corria um regato de límpidas águas. qual corria um regato de límpidas águas. Consumido pela fome e pela sede, Consumido pela fome e pela sede, começou a hesitar, não sabendo se antes começou a hesitar, não sabendo se antes comia do feno e depois bebia da água ou comia do feno e depois bebia da água ou se antes saciava a sede e depois aplacava se antes saciava a sede e depois aplacava a fome. Assim, perdido na indecisão, a fome. Assim, perdido na indecisão, morreu de fome e de sede.(Fábula de morreu de fome e de sede.(Fábula de Buridan, Filósofo da Idade Média)Buridan, Filósofo da Idade Média)

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TEMATEMA

Um indivíduo, colocado Um indivíduo, colocado diante de dois objetos diante de dois objetos igualmente desejados, igualmente desejados, pode ficar de tal forma pode ficar de tal forma indeciso que acaba por indeciso que acaba por perder a ambos.perder a ambos.

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NARRAÇÃONARRAÇÃO

FIGURATIVOFIGURATIVO MUDANÇAS DE SITUAÇÃO E MUDANÇAS DE SITUAÇÃO E

TRANSFORMAÇÃO DE ESTADOTRANSFORMAÇÃO DE ESTADO Personagem; Personagem;

enredo;tempo;espaço;foco narrativo( enredo;tempo;espaço;foco narrativo( 1ªpessoa/3ªpessoa);ambiente.1ªpessoa/3ªpessoa);ambiente.

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RELAÇÃO DE ANTERIORIDADE E RELAÇÃO DE ANTERIORIDADE E POSTERIORIDADEPOSTERIORIDADE

TEMPOS VERBAIS NO TEMPOS VERBAIS NO SUBSISTEMA DO PASSADOSUBSISTEMA DO PASSADO

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EXEMPLOEXEMPLO Tragédia brasileiraTragédia brasileira Misael, funcionário da Fazenda, com 63 anos de Misael, funcionário da Fazenda, com 63 anos de

idade.idade.Conheceu Maria Elvira na Lapa — prostituída com Conheceu Maria Elvira na Lapa — prostituída com sífilis, dermite nos dedos, uma aliança empenhada sífilis, dermite nos dedos, uma aliança empenhada e os dentes em petição de miséria.e os dentes em petição de miséria.Misael tirou Maria Elvira da vida, instalou-a num Misael tirou Maria Elvira da vida, instalou-a num sobrado no Estácio, pagou médico, dentista, sobrado no Estácio, pagou médico, dentista, manicura... Dava tudo quanto ela queria.manicura... Dava tudo quanto ela queria.Quando Maria Elvira se apanhou de boca bonita, Quando Maria Elvira se apanhou de boca bonita, arranjou logo um namorado.arranjou logo um namorado.Misael não queria escândalo. Podia dar urna surra, Misael não queria escândalo. Podia dar urna surra, um tiro, urna facada. Não fez nada disso: mudou um tiro, urna facada. Não fez nada disso: mudou de casa.de casa.Viveram três anos assim.Viveram três anos assim.

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Toda vez que Maria Elvira arranjava Toda vez que Maria Elvira arranjava namorado, Misael mudava de casa.namorado, Misael mudava de casa.Os amantes moraram no Estácio, Os amantes moraram no Estácio, Rocha, Catete, Rua General Pedra, Rocha, Catete, Rua General Pedra, Olaria, Ramos, Bom Sucesso, Vila Olaria, Ramos, Bom Sucesso, Vila Isabel, Rua Marquês de Sapucaí, Isabel, Rua Marquês de Sapucaí, Niterói, encantado, Rua Clapp, outra Niterói, encantado, Rua Clapp, outra vez no Estácio, Todos os Santos, vez no Estácio, Todos os Santos, Catumbi, Lavradio, Boca do Mato, Catumbi, Lavradio, Boca do Mato, Inválidos... Inválidos...

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Por fim na Rua da Constituição, onde Por fim na Rua da Constituição, onde Misael, privado de sentidos e Misael, privado de sentidos e inteligência , matou-a com seis tiros, inteligência , matou-a com seis tiros, e a polícia foi encontra-la caída em e a polícia foi encontra-la caída em decúbito dorsal, vestida de organdi decúbito dorsal, vestida de organdi azul. azul.

Manuel Bandeira Manuel Bandeira

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EXEMPLOEXEMPLO O quê? Romance conturbado, que resulta O quê? Romance conturbado, que resulta

em crime passional. em crime passional. Quem? Misael e Maria Elvira. Quem? Misael e Maria Elvira. Como? O envolvimento inconseqüente de Como? O envolvimento inconseqüente de

um homem de 63 anos com uma prostituta. um homem de 63 anos com uma prostituta. Onde? Lapa, Estácio, Rocha, Catete e Onde? Lapa, Estácio, Rocha, Catete e

vários outros lugares. vários outros lugares. Quando? Duração do relacionamento: três Quando? Duração do relacionamento: três

anos. anos. Por quê? Promiscuidade de Maria Elvira. Por quê? Promiscuidade de Maria Elvira.

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Lá vem o acendedor de lampiões da rua!Lá vem o acendedor de lampiões da rua!Este mesmo que vem infatigavelmente,Este mesmo que vem infatigavelmente,Parodiar o sol e associar-se à luaParodiar o sol e associar-se à luaQuando a sombra da noite enegrece o Quando a sombra da noite enegrece o poente!poente!

Um, dois, três lampiões, acende e continuaUm, dois, três lampiões, acende e continuaOutros mais a acender imperturbavelmente,Outros mais a acender imperturbavelmente,À medida que a noite aos poucos se acentuaÀ medida que a noite aos poucos se acentuaE a palidez da lua apenas se pressente.E a palidez da lua apenas se pressente.

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Triste ironia atroz que o senso humano irrita: Triste ironia atroz que o senso humano irrita: ——Ele que doira a noite e ilumina a cidade,Ele que doira a noite e ilumina a cidade,Talvez não tenha luz na choupana em que Talvez não tenha luz na choupana em que habita.habita.

Tanta gente também nos outros insinuaTanta gente também nos outros insinuaCrenças, religiões, amor, felicidade,Crenças, religiões, amor, felicidade,Como este acendedor de lampiões da ruaComo este acendedor de lampiões da rua

Jorge Matheus de Lima (n. em União de (n. em União de Palmares, Alagoas a 23 Abr 1893, m. no Rio Palmares, Alagoas a 23 Abr 1893, m. no Rio de Janeiro a 15 Nov 1953) de Janeiro a 15 Nov 1953)

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RELATÓRIORELATÓRIO

NARRAÇÃO/ NARRAÇÃO/ DESCRIÇÃO/DISSERTAÇÃODESCRIÇÃO/DISSERTAÇÃO

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DESCRIÇÃODESCRIÇÃO

Descrever é explicar com palavras o Descrever é explicar com palavras o que se viu e se observou. A descrição é que se viu e se observou. A descrição é estática, sem movimento, desprovida estática, sem movimento, desprovida de ação. Na descrição o ser, o objeto de ação. Na descrição o ser, o objeto ou ambiente são importantes, ou ambiente são importantes, ocupando lugar de destaque na frase o ocupando lugar de destaque na frase o substantivo e o adjetivo.substantivo e o adjetivo.

FIGURATIVOFIGURATIVO AÇÕES CONCOMITANTESAÇÕES CONCOMITANTES SISTEMA DO PRESENTESISTEMA DO PRESENTE

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Elementos básicos de uma descrição:Elementos básicos de uma descrição:

- identificar os elementos; - identificar os elementos; - situar o elemento (lugar que ele ocupa no tempo e no - situar o elemento (lugar que ele ocupa no tempo e no espaço); espaço); - qualificar o elemento dando-lhe características e - qualificar o elemento dando-lhe características e apresentando um julgamento sobre ele. apresentando um julgamento sobre ele.

A descrição pode ser apresentada sob duas formas:A descrição pode ser apresentada sob duas formas:

- descrição objetiva:- descrição objetiva: quando o objeto, ser, ambiente são quando o objeto, ser, ambiente são apresentados como realmente são; apresentados como realmente são; - descrição subjetiva:- descrição subjetiva: quando o objeto, ser, ambiente são quando o objeto, ser, ambiente são transfigurados pela emoção de quem escreve. transfigurados pela emoção de quem escreve.

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Prima Julieta, jovem viúva, aparecia de vez em Prima Julieta, jovem viúva, aparecia de vez em quando na casa de meus pais ou na de minhas quando na casa de meus pais ou na de minhas tias. O marido, que lhe deixara uma fortuna tias. O marido, que lhe deixara uma fortuna substancial, pertencia ao ramo rico da família substancial, pertencia ao ramo rico da família Monteiro de Barros. Nós éramos do ramo pobre. Monteiro de Barros. Nós éramos do ramo pobre. Prima Julieta possuía uma casa no Rio e outra Prima Julieta possuía uma casa no Rio e outra em Juiz de Fora. Morava em companhia de uma em Juiz de Fora. Morava em companhia de uma filha adotiva. E já fora três vezes à Europa. filha adotiva. E já fora três vezes à Europa. Prima Julieta irradiava um fascínio singular. Era Prima Julieta irradiava um fascínio singular. Era a feminilidade em pessoa. Quando a conheci, a feminilidade em pessoa. Quando a conheci, sendo ainda garoto e já sensibilíssimo ao charme sendo ainda garoto e já sensibilíssimo ao charme feminino, teria ela uns trinta ou trinta e dois feminino, teria ela uns trinta ou trinta e dois anos de idade. anos de idade.

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Apenas pelo seu andar percebia-se que era uma deusa, diz Apenas pelo seu andar percebia-se que era uma deusa, diz Virgílio de outra mulher. Prima Julieta caminhava em ritmo Virgílio de outra mulher. Prima Julieta caminhava em ritmo lento, agitando a cabeça para trás, remando os belos lento, agitando a cabeça para trás, remando os belos braços brancos. A cabeleira loura incluía reflexos braços brancos. A cabeleira loura incluía reflexos metálicos. Ancas poderosas. Os olhos de um verde azulado metálicos. Ancas poderosas. Os olhos de um verde azulado borboleteavam. A voz rouca e ácida, em dois planos; voz de borboleteavam. A voz rouca e ácida, em dois planos; voz de pessoa da alta sociedade. Uma vez descobri admirado sua pessoa da alta sociedade. Uma vez descobri admirado sua nuca, que naquele tempo chamavam de cangote, nome nuca, que naquele tempo chamavam de cangote, nome expressivo: pressupõe jugo e domínio. No caso somos nós, expressivo: pressupõe jugo e domínio. No caso somos nós, homens, a sofrer a canga. Descobri por intuição a beleza homens, a sofrer a canga. Descobri por intuição a beleza do cangote e do pescoço feminino, não querendo com isto do cangote e do pescoço feminino, não querendo com isto dizer que subestimava outras regiões do universo. dizer que subestimava outras regiões do universo.

                          MENDES, Murilo. A idade do serrote. Rio                           MENDES, Murilo. A idade do serrote. Rio de Janeiro, de Janeiro,                           Sabiá, 1968. p. 88-9.                           Sabiá, 1968. p. 88-9.

Por Marina CabralPor Marina Cabral

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EXEMPLOEXEMPLO

INTRODUÇÃO : indicação do INTRODUÇÃO : indicação do assunto, objetivos,pessoas assunto, objetivos,pessoas envolvidasenvolvidas

DESENVOLVIMENTO: relato DESENVOLVIMENTO: relato minucioso do fato ( narração), data e minucioso do fato ( narração), data e local, processo e métodolocal, processo e método

CONCLUSÃO: CONCLUSÃO:

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EXEMPLOEXEMPLO Relatório apresentado à professora Maricinéia Relatório apresentado à professora Maricinéia

Meireles sobre o seminário de educação Meireles sobre o seminário de educação realizado no dia ------, das ------ às--------.O objetivo realizado no dia ------, das ------ às--------.O objetivo deste consiste em demonstrar o conhecimento deste consiste em demonstrar o conhecimento adquirido, bem como apresentar, de forma adquirido, bem como apresentar, de forma concreta, material para compor horas de concreta, material para compor horas de atividade complementar.atividade complementar.

O seminário começou às---- com a apresentação do O seminário começou às---- com a apresentação do palestrante-------- feita pela coordenadora do palestrante-------- feita pela coordenadora do curso........curso........

Após as apresentações deu-se início a palestra Após as apresentações deu-se início a palestra sobre------sobre------

......

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R E Q U E R I M E N T O ______________________________________________________, portador da Carteira de Identidade nº. ____________________, CPF nº _______________________, residente e domiciliado à ______________________________________________________________ _________________________________________________________________________, nascido em ___/___/_____, estudante do curso de _____________________________ na _________________________________________________________________________, habilitado ao ENADE 2008 como _______________________________, nos termos do Artigo 3º da Portaria Normativa nº. 3/2008, REQUER dispensa da

obrigatoriedade do ENADE 2008, amparado no disposto no § 5º do Artigo 5º da Lei nº.

10.861/2004, pautado na impossibilidade de comparecimento ao Exame realizado no dia 09 de

novembro de 2008, em face de ___________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________

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PETIÇÃO CRIMINAL PETIÇÃO CRIMINAL HABEAS CORPUSHABEAS CORPUS

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SANTA CATARINA.ESTADO DE SANTA CATARINA.    

   PROCESSO Nº PROCESSO Nº 135.06.000414-6135.06.000414-6

ACUSADO: XXXXACUSADO: XXXX ADVOGADOADVOGADO, brasileira, solteira, advogada, inscrita na OAB/SC , brasileira, solteira, advogada, inscrita na OAB/SC

sob o nº 0000, com endereço profissional na Avenida Prefeito José sob o nº 0000, com endereço profissional na Avenida Prefeito José Juvenal Mafra, nº 370,  Centro, na Cidade de Navegantes/SC,  Juvenal Mafra, nº 370,  Centro, na Cidade de Navegantes/SC,  CEP: 88.375-000, telefones (47) 3342-3452, 8415-4150, onde CEP: 88.375-000, telefones (47) 3342-3452, 8415-4150, onde recebe avisos e intimações, vem “mui” respeitosamente perante recebe avisos e intimações, vem “mui” respeitosamente perante V. Exa., com fundamento nos artigos V. Exa., com fundamento nos artigos 647 e 648 do Código de 647 e 648 do Código de Processo Penal e artigo 5º, inciso LXVIII da Constituição da Processo Penal e artigo 5º, inciso LXVIII da Constituição da RepúblicaRepública, impetrar a presente ordem de , impetrar a presente ordem de

HABEAS CORPUSHABEAS CORPUS, , em favor de em favor de XXXXX,XXXXX, brasileiro, amasiado, autônomo, residente e domiciliado brasileiro, amasiado, autônomo, residente e domiciliado

na Rua XXXX, na Cidade de Navegantes/SC, CEP: 00.000-000, na Rua XXXX, na Cidade de Navegantes/SC, CEP: 00.000-000, tendo em vista as seguintes razões de fato e de direito a seguir tendo em vista as seguintes razões de fato e de direito a seguir expostos.expostos.

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DOS FATOSDOS FATOS O Paciente encontra-se preso desde o dia O Paciente encontra-se preso desde o dia 04 de fevereiro de 200604 de fevereiro de 2006, em , em

razão de “flagrante”, por infringência ao disposto no art. 12 da Lei razão de “flagrante”, por infringência ao disposto no art. 12 da Lei 6368/76.6368/76.

Referida prisão em flagrante aconteceu em  razão de que supostamente Referida prisão em flagrante aconteceu em  razão de que supostamente naquela data, por volta das 21:30 hs, o mesmo adquiriu 01 (uma) naquela data, por volta das 21:30 hs, o mesmo adquiriu 01 (uma) buchinha de substância entorpecente, vulgarmente conhecida como buchinha de substância entorpecente, vulgarmente conhecida como “Maconha”, pesando aproximadamente 03 (três) gramas e 05 (cinco) “Maconha”, pesando aproximadamente 03 (três) gramas e 05 (cinco) buchinhas de substância entorpecente, vulgarmente conhecida como buchinhas de substância entorpecente, vulgarmente conhecida como “Crack”, pesando aproximadamente 02 (dois) gramas, de um terceiro a “Crack”, pesando aproximadamente 02 (dois) gramas, de um terceiro a ser identificado na instrução processual, transportando-as no seu veículo ser identificado na instrução processual, transportando-as no seu veículo Parati.Parati.

Ao ser surpreendido por policiais que, após dar uma busca no interior do Ao ser surpreendido por policiais que, após dar uma busca no interior do veículo, localizaram as substâncias entorpecentes e deram voz de prisão veículo, localizaram as substâncias entorpecentes e deram voz de prisão ao Acusado, o encaminhando para a Delegacia de Polícia de ao Acusado, o encaminhando para a Delegacia de Polícia de Navegantes/SC, sendo posteriormente conduzido à Penitenciária da Navegantes/SC, sendo posteriormente conduzido à Penitenciária da Cidade de Itajaí/SC.Cidade de Itajaí/SC.

DOS BONS ANTECEDENTES DO PACIENTE e DO DIREITO À DOS BONS ANTECEDENTES DO PACIENTE e DO DIREITO À LIBERDADE PROVISÓRIALIBERDADE PROVISÓRIA

Cumpre ressaltar Exa., antes de qualquer coisa, e acima de tudo, que o Cumpre ressaltar Exa., antes de qualquer coisa, e acima de tudo, que o Acusado Acusado XXXXX XXXXX é pessoa íntegra, de bons antecedentes e que jamais é pessoa íntegra, de bons antecedentes e que jamais respondeu a qualquer processo crime.respondeu a qualquer processo crime.

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O Paciente é primário, possui bons antecedentes, tem O Paciente é primário, possui bons antecedentes, tem família constituída, residência fixa. Inexistem, pois, família constituída, residência fixa. Inexistem, pois, motivos para que sua prisão preventiva seja mantida. Tal motivos para que sua prisão preventiva seja mantida. Tal fato por si só, autoriza a concessão de sua liberdade fato por si só, autoriza a concessão de sua liberdade provisória, sendo aliás, provisória, sendo aliás, data vênia,data vênia, um direito seu. um direito seu.

O Paciente sempre teve domicílio e residência fixa na O Paciente sempre teve domicílio e residência fixa na Cidade de Navegantes/SC, desde que nasceu reside no Cidade de Navegantes/SC, desde que nasceu reside no mesmo local com sua família, logo veio a conviver em mesmo local com sua família, logo veio a conviver em união estável, continuando a morar no mesmo local até a união estável, continuando a morar no mesmo local até a data de hoje.data de hoje.

Ocorre Eméritos Julgadores que, o Acusado é usuário de Ocorre Eméritos Julgadores que, o Acusado é usuário de substância entorpecente há pouco mais de um ano, sendo substância entorpecente há pouco mais de um ano, sendo até mesmo que sua família vem auxiliando e ajudando em até mesmo que sua família vem auxiliando e ajudando em sua recuperação, o internando em clínicas para viciados, sua recuperação, o internando em clínicas para viciados, com a intenção que o mesmo supere esse vício, sendo que com a intenção que o mesmo supere esse vício, sendo que o mesmo não deveria ter sido autuado como traficante, o mesmo não deveria ter sido autuado como traficante, mas sim não passa de um mero usuário que tenta largar a mas sim não passa de um mero usuário que tenta largar a dependênciadependência

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(...)(...) CONCLUSÕESCONCLUSÕES Por todas estas razões o Paciente confia em que este Por todas estas razões o Paciente confia em que este

Tribunal, fiel à sua gloriosa tradição, conhecendo o Tribunal, fiel à sua gloriosa tradição, conhecendo o pedido, haverá de conceder a presente ordem de pedido, haverá de conceder a presente ordem de HABEAS CORPUSHABEAS CORPUS, para conceder ao mesmo o , para conceder ao mesmo o benefício de aguardar em liberdade o desenrolar de benefício de aguardar em liberdade o desenrolar de seu processo, mediante termo de comparecimento a seu processo, mediante termo de comparecimento a todos os atos, sendo expedido Alvará de Soltura, o todos os atos, sendo expedido Alvará de Soltura, o que se fará singela homenagem ao que se fará singela homenagem ao DIREITODIREITO e à e à JUSTIÇA!JUSTIÇA!

Termos em que,Termos em que, Espera deferimento.Espera deferimento. Navegantes (SC), 23 de março de 2006.Navegantes (SC), 23 de março de 2006. CYNARA BEATRIZ DE OLIVEIRA MESQUITACYNARA BEATRIZ DE OLIVEIRA MESQUITA

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