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ORGANIZAÇÃO DOS ARQUIVOS DA COMPANHIA DE VIAÇÃO SÃO PAULO- MATO GROSSO 1 Ricardo da Silva Moreira [email protected] Marcos Gualberto Ruivo [email protected] Orientador: Jayro Gonçalves Melo [email protected] FCT/UNESP RESUMO No início do SécXX havia a necessidade de se abrir uma estrada boiadeira, que ligasse o estado de São Paulo ao até então estado do Mato-Grosso. Seu intuito era abrir um caminho direto entre o maior estado produtor de gado e as capitais paulista e carioca, além do porto de Santos. Dois fazendeiros, um do estado de São Paulo e o outro na parte Mato-Grossense financiaram sua construção e enviaram exploradores e trabalhadores para realizar o trabalho desbravador. Com a estrada vieram os primeiros povoados do Oeste paulista. Anos depois com a chegada da estrada de ferro Sorocabana veio a Cia de Viação São Paulo Mato-Grosso, responsável pela colonização das terras da região. O resultado dessa colonização foi à criação dos seus primeiros municípios. A Companhia tinha sede na cidade de Indiana e atuou até meados dos anos de 1980, e o prédio ainda existe e fica próximo à estação ferroviária. Parte da sua história está nos documentos lá encontrado, desde balanços de saldo, plantas de cidades planejadas e áreas rurais, até documentos de cunho jurídico e trabalhista. Este material hoje reside no CEDOC (Centro de Documentação e Memória Regional), que se localiza no núcleo Morumbi da FCT/UNESP – Presidente Prudente e é mantido sob a orientação do Professor Adj. Jayro Gonçalves Melo. Palavras Chave: Colonização, Estrada Boiadeira, Alta Sorocabana, 1 Iniciação Científica.

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ORGANIZAÇÃO DOS ARQUIVOS DA COMPANHIA DE VIAÇÃO SÃO PAULO-

MATO GROSSO1

Ricardo da Silva Moreira

[email protected]

Marcos Gualberto Ruivo

[email protected]

Orientador: Jayro Gonçalves Melo

[email protected]

FCT/UNESP

RESUMO No início do SécXX havia a necessidade de se abrir uma estrada boiadeira, que ligasse o estado de

São Paulo ao até então estado do Mato-Grosso. Seu intuito era abrir um caminho direto entre o

maior estado produtor de gado e as capitais paulista e carioca, além do porto de Santos. Dois

fazendeiros, um do estado de São Paulo e o outro na parte Mato-Grossense financiaram sua

construção e enviaram exploradores e trabalhadores para realizar o trabalho desbravador. Com a

estrada vieram os primeiros povoados do Oeste paulista. Anos depois com a chegada da estrada de

ferro Sorocabana veio a Cia de Viação São Paulo Mato-Grosso, responsável pela colonização das

terras da região. O resultado dessa colonização foi à criação dos seus primeiros municípios. A

Companhia tinha sede na cidade de Indiana e atuou até meados dos anos de 1980, e o prédio ainda

existe e fica próximo à estação ferroviária. Parte da sua história está nos documentos lá encontrado,

desde balanços de saldo, plantas de cidades planejadas e áreas rurais, até documentos de cunho

jurídico e trabalhista. Este material hoje reside no CEDOC (Centro de Documentação e Memória

Regional), que se localiza no núcleo Morumbi da FCT/UNESP – Presidente Prudente e é mantido

sob a orientação do Professor Adj. Jayro Gonçalves Melo.

Palavras Chave: Colonização, Estrada Boiadeira, Alta Sorocabana,

1 Iniciação Científica.

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INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como objetivo a apresentação da pesquisa e dos resultados obtidos

até o presente momento da organização e catalogação dos arquivos da Companhia de Viação São

Paulo-Mato Grosso encontrados abandonados no município de Indiana em março de 2004. Este

trabalho vem sendo realizado sob orientação do Prof°. Adj. Jayro Gonçalves Melo no CEDOC

(Centro de Documentação e Memória Regional) e tem como objetivo a organização e

disponibilização dos documentos primários da Companhia de Viação São Paulo-Mato Grosso para

fins de pesquisa, já que guardam valiosas informações a respeito da colonização na região da Alta

Sorocabana.

Para isso, primeiramente apresentaremos informações históricas sobre a Companhia.

Discorreremos a respeito de sua formação e atuação no comércio de gado e colonização a partir do

início do século XX com a construção da Estrada Boiadeira. Em seguida, faremos uma exposição a

respeito da metodologia utilizada para a organização do arquivo e suas etapas. Para finalizar,

apresentaremos os resultados obtidos até o presente momento com a organização e catalogação

dos documentos referentes à venda de datas urbanas no patrimônio de Indiana, de lotes rurais na

Fazenda Montalvão.

OBJETIVOS

Entendemos que os documentos históricos mantidos no Centro de Documentação e Memória

Regional são de imprescindível valor para a memória da região e do Brasil. Por isso se fazem

necessárias a preservação, a catalogação e o armazenamento adequado desses bens. Bens esses

que pretendemos disponibilizar tanto na rede mundial de computadores quanto em mídia digital. E

posteriormente com os devidos cuidados esses documentos estarão disponíveis para consulta em

nosso próprio espaço físico. Esse trabalho tem o intuito de democratizar o acesso à informação

sobre esse recorte histórico da contando como se deu grande parte do processo de ocupação da

região.

CONSTITUIÇÃO DA COMPANHIA DE VIAÇÃO SÃO PAULO-MATO GROSSO

Devido à necessidade imposta pelo crescente mercado consumidor de carnes no início do

século XX nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, urgia a necessidade de se construir um

caminho mais curto, que ligasse os campos da Vacaria, região ao sul do Estado do Mato Grosso, e

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estas duas cidades de maneira rápida e eficiente, já que os caminhos existentes eram mais longos.

Era preciso passar pelo triângulo mineiro até atingir a zona de influência da E.F. Mogiana ou a região

de Barretos e seguir o caminho para São Paulo e Rio onde o gado era abatido e sua carne

distribuída.

A

ssim, a constituição de um caminho mais curto atenderia tanto aos interesses dos criadores de gado,

quanto à demanda por novas zonas produtoras de café, cuja cultura se encontrava em franca

expansão, mas de produtividade decadente nas zonas pioneiras2. Um novo caminho também

resolveria o problema de isolamento do Estado do Mato Grosso, favorecendo o intercâmbio das

zonas produtoras de Gado com as consumidoras. De outro lado, resolveria o problema do

despovoamento da região entre os Rios do Peixe e Paranapanema, local que até início do século XX

figurava nos mapas oficiais como “terrenos desconhecidos”, deixando à disposição um enorme

espaço para a reprodução capitalista3.

Devido a essas necessidades urgentes e à possibilidade de conferir uma dinâmica capitalista

à região até então inóspita e “atrasada”, criou-se a Comissão Alto Paraná. Tempos depois de sua

criação, o engenheiro alemão Olavo Hummel a chefiou e abriu abriu uma estrada ligando o povoado

de São Mateus, no município de Campos Novos do Paranapanema, à barranca do Rio Paraná. Isso

foi em 1894. Devido ao temor de ataques dos índios Caingangs, que habitavam a região, e à falta de

2 Monbeig, 1984, p153. 3 Abreu. Formação histórica de uma cidade pioneira paulista: Presidente Prudente. p.28, 1972.

Figura 1: A estrada boiadeira e as vias tradicionais por onde o gado escoava em direção

à São Paulo e Rio de Janeiro.

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um caminho do lado mato-grossense que permitisse a concretização do intercâmbio, a estrada ficou

sem uso e foi reabsorvida pela mata. Exceto em um trecho de quatorze quilômetros, no restante do

percurso a estrada possuía uma largura de quatro metros. Nos quatorze quilômetros a largura era

de dois metros. O fato de ser uma estrada larga em sua maior extensão, deixa explícito que sua

finalidade não era apenas geopolítica mas comportava um interesse do governo por atividades

comerciais.

Interessado pela construção da estrada, de maneira que houvesse uma viabilização

econômica, Francisco Tibiriçá une-se a um fazendeiro da região de Ribeirão Preto, Arhtur

Diederichsen, para dar nova dinâmica à empreitada. O primeiro responsabilizou-se pela construção

da estrada no lado mato-grossense, e o segundo faria o serviço do lado paulista. Ficou então

constituída a firma Diederichsen & Tibiriçá, que iniciou a construção da Estrada Boiadeira em maio

de 1906. Saia de São Mateus, perfazendo o mesmo caminho da estrada aberta anteriormente,

ficando pronta no fim do mesmo ano. Do lado mato-grossense, uma estrada já havia sido aberta pelo

sertanejo Manoel da Costa Lima, conhecido pelo vulgo de Major Cecílio. Major Cecílio concedeu a

estrada e os vapores que faziam os serviços de travessia e transporte na bacia o rio Paraná à

Diederichsen & Tibiriçá pela quantia de 200 contos de Réis. Assim, encontrava-se aberto o trânsito

de boiadas entre os dois estados e a firma mudou o seu nome para “Companhia de Viação São

Paulo-Mato Grosso”, mudança que segundo Abreu (1976, p.209):

Deve-se à ampliação dos negócios da firma que se orientarão nos ramos de criação de gado, venda de gado magro para engorda e exploração da Estrada Boiadeira com seus pousos e passagem de balsa pelo Rio Paraná, das boiadas de particulares; navegação pela bacia do Rio Paraná; comercialização dos gêneros em armazéns gerais e colonização de terras.

Devido a esta ampliação em seus negócios, em 1907 foi aberta a Fazenda Indiana, que a

princípio tinha como finalidade apenas o abastecimento da companhia, mas passou a ser o centro

dos seus negócios, tornando-se um entreposto que abasteceu a região da Sorocabana e as casas

comerciais do sul do Mato Grosso assim como uma grande invernada onde se concentrava quase a

totalidade do gado vendido a São Paulo e Rio de Janeiro.

Além da Fazenda Indiana, vários pousos foram abertos para dar apoio à passagem das

boiadas. O acesso a eles era livra para a companhia, mas os particulares pagavam pedágio e

estada. Devido à importância da abertura da estrada, a Companhia ganhou a concessão de grandes

faixas de terra, tanto no estado do Mato Grosso como no Estado de São Paulo. ABREU (1976,

p.212) refere-se a tais propriedades no Estado de São Paulo nos seguintes termos:

Gleba Caiuá-Veado, próxima ao porto Tibiriçá, concessão de terras devolutas pelo Estado de São Paulo, com 72.000 hectares; pousos da Estrada Boiadeira, num total de 2.000 alqueires, comprados da viúva Militânia Cândida Marques, dentro da Fazenda Pirapó-Santo Anastácio; gleba Indiana, compreendendo as fazendas Laranja Doce, Capivari, Flores e Jaguaretê, com aproximadamente 70.000 hectares; Fazenda Montalvão, nas proximidades da cidade de Presidente Prudente com

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aproximadamente 70.000 hectares; Fazenda Monte Alegre, à margem direita do Rio do Peixe, perto da cidade de Mariápolis, com 14.000 hectares. No estado do Mato Grosso, havia as seguintes propriedades: Fazenda Fazenda Formosa à margem direita do Rio Pardo, e Fazenda Limeira, à margem esquerda do Rio Pardo, num total aproximado, de 72.000 hectares; Fazenda Pedra, à margem direita do Rio Pardo, exatamente no ponto da confluência deste com o Anhanduí, com aproximadamente, 66.000 hectares; Fazenda Porto Alegre, à margem direita do Rio Anhanduí, com aproximadamente 28.000 hjectares; Fazenda São Francisco, à margem esquerda do Rio Anhanduí, vizinha com a anterior, com aproximadamente, 40.000 hectares; Fazenda Samambaia dividida em quatro glebas: Caiuás, Iguassú, Machado e Recanto, desde o Rio Ivinhema até o Rio Samambaia com aproximadamente, 76.000 hectares.

A venda de terras começa com o início da operação da companhia, como se pode observar nas

palavras de Francisco Witacker:

“Eu, na Indiana sob a pressão dos coroados [...] fazia explorações, comprava e dividia terras, instalava retiros, planejava e executava instalações que ali existem ou os seus vestígios e superintendia todas as ações” (grifo nosso). (Abreu, 1965, p.459).

Além da venda de terras, a Companhia pretendia monopolizar o comércio atacadista no sul

do MT, fundando duas casas comerciais: Porto Alegre (Rio Anhanduí) e Entre Rios (Rio Ivinhema).

Figura 2: demarcação das propriedades da companhia na época

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Para a operação e administração dessas casas e do comércio atacadista, fundou-se a Companhia

Comercial do Alto Paraná.

A chegada da Estrada de Ferro Sorocabana à região de monopólio da Companhia fez a

estrada Boiadeira cair em desuso, mas alavancou a formação de núcleos coloniais que se

configuraram ao longo da ferrovia como um rosário4 e deram suporte à venda dos lotes rurais.

Por volta de 1930 a companhia foi vendida a um capitalista alemão, proprietário de minas de

salitre no Chile. Ele a manteve até o início da década de 1940, quando a vendeu para Jan Bata,

industrial checo, conhecido como o “Rei dos Calçados”, por ser o maior produtor mundial neste setor

até o início da Segunda Guerra Mundial.

Jan Bata dinamizou as atividades da companhia, já que vinha com uma mentalidade bastante

influenciada pelas idéias de Henry Ford, idéias que tentou implementar na sua fábrica de sapatos em

Batatuba e na organização dos núcleos coloniais fundados por ele. Embora várias mudanças tenham

ocorrido na sua administração, sob o comando de Jan Bata, a Companhia continuou tendo as

mesmas finalidades de quando foi fundada, como se pode observar nos Estatutos aprovados pela

assembléia extraordinária realizada em 19415.

CATALOGAÇÃO DOS DOCUMENTOS E FORMAÇÃO DE BANCO DE DADOS

Com a fim da Companhia em meados da década de1980, vários documentos foram

abandonados em sua sede, na cidade de Indiana. Espalhados em cômodos de um casarão que

servirá de armazém da Companhia, tais documentos foram encontrados em meados de 2003. Antes

de serem levados à Faculdade de Ciências e Tecnologia no início de 2005, tais achados estiveram

sob a guarda da ONG SACEA (Sociedade Amigos da Cultura Educação e Arte), localizada no

município de Presidente Venceslau.

Reconhecida sua importância para melhor compreender a colonização e a formação da rede

urbana da região, os documentos vêm sendo catalogados e arquivados. A metodologia consiste na

separação dos documentos por tipo (documentos fiscais, de recursos humanos, atas, publicações no

diário oficial, material cartográfico, contas, escrituras) e na sua organização em ordem cronológica. O

objetivo é gerar um banco de dados em forma de planilha e disponibiliza-lo ao público em duas

4 Mombeig, 1984, p.184. 5 Abaixo, transcrição do títuloII, Fins e operações da Companhia

Artigo 5.º - A Companhia tem por fim: § 1.º – principalmente realizar e explorar as concessões a ela transferidas pelos Snrs. Arthur Diederichsen e Dr. Francisco Tibiriçá, obtidas no Estado de São Paulo, por contrato de 6 de outubro de 1904 e do estado de Mato Grosso, por contrato de 27 de agosto de 1902 e 15 de abril de 1904, escriturs públicas e títulos subseqüentes e outros contratos congêneres já celebrados ou por celebrar. § 2.º – Explorar a indústria de navegação e transportes no Rio Paraná e seus afuentes. § 3.º – Explorar a criação de gado em suas fazendas. § 4.º – Dividir em lotes e vender, as terras de suas concessões e outras de sua propriedade, nelas estabelecer núcleos coloniais ou cultiva-las por conta própria. § 5.º – Contatar com os governos a arrecadação de qualquer taxa ou imposto nas zonas de suas concessões. § 6.º – Qualquer outro empreendimento comercial, agrícola ou industrial relacionado com seus negócios é resolvido pela Assembléia Geral.

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formas: na rede, onde a facilidade de acesso permitirá que pessoas de outras instituições possam

consultá-lo, e em CDs.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Embora haja muitas dificuldades, o trabalho com tais documentos possibilita novos estudos

sobre a formação de diversos municípios da Região da Alta Sorocabana e sobre a colonização nas

áreas rurais adjacentes. Os estudos podem ser feitos através da análise dos mapas e documentos, e

possibilitar a compreensão da visão de Jan Bata como colonizador e sua idéia sobre a formação dos

núcleos urbanos. Tais núcleos apresentavam-se sempre com as mesmas características: traçados

ortogonais e quadras com o mesmo tamanho (100m x 100m), como se pode ver nas plantas de

Mariápolis/SP, Indiana/SP, Regente Feijó/SP, Bartira/SP e Boa Esperança/SP. Uma vez que este

trabalho encontra-se ainda em andamento, limitamos-nos a apresentar os resultados parciais

colhidos do estudo de duas formas de loteamento realizadas pela Companhia, a primeira, urbana, no

município de Indiana, a segunda, rural, na Fazenda Montalvão, município de Martinópolis.

BIBLIOGRAFIA

ABREU, Dióres Santos. Formação histórica de uma cidade pioneira paulista: Presidente Prudente. Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Presidente Prudente, 1972. ___________________. O desbravamento da Alta Sorocabana por um bandeirante moderno: Capitão Francisco Whitaker. Separata da Revista História (USP), São Paulo, n.º 62, p. 447-462, 1965. ___________________. Comunicações entre o sul de Mato Grosso e o sudoeste de São Paulo: O comércio de Gado. Separata da Revista História (USP), São Paulo, n.º 105, p. 191-214, 1976. BATISTA, Luis Carlos & MARTINS JÚNIOR, Carlos & ZILANI, José Carlos. Resgate e construção da memória e da história da colonização do sudeste de Mato Grosso do Sul. http://www.igeo.uerj.br/VICBG-2004/Eixo5/e5%20089.htm acesso dia 22/06/2005. CASSARES, Norma C. Como fazer conservação preventiva em arquivos e bibliotecas. Arquivo do Estado/Imprensa Oficial. São Paulo, 2000. D´INCAO, Maria Ângela & NASCIMENTO, Luiz E. P. Presidente Wenceslau, uma região, a cidade e sua gente. Letras à Margem. Presidente Venceslau, 2002. LEITE, José Ferrari. A Alta Sorocabana e o Espaço polarizado de Presidente Prudente. Presidente Prudente. Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Presidente Prudente, 1972. MOMBEIG, Pierre. Pioneiros e fazendeiros de São Paulo. São Paulo: Polis, 1984. SILVA, Zélia Lopes da (org). Arquivos Patrimônio e Memória: Trajetórias e Perspectivas. São Paulo. Editora UNESP, 2000.