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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Artigos

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Artigos

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PAPEL E RESÍDUOS SÓLIDOS: redução urgente, compromisso de

aluno consciente.

Isabel Aparecida Ribeiro1

Lucila AkikoNagashima2

Resumo. A problemática do lixo, como a quantidade e o destino dos resíduos sólidos gerados têm sido discutida por vários segmentos da sociedade, e as escolas como formadoras de cidadãos críticos, devem ter participações importantes nestas discussões. O propósito deste trabalho foi o de contribuir para promover uma discussão na redução de resíduos nas fontes geradoras, por meio de educação ambiental. A ausência de informação entre os alunos em relação ao custo de produção e de comercialização do papel e dos demais resíduos faz com que, seja imprescindível e necessário mostrar a importância da redução no consumo dos mesmos. A temática deste texto está alicerçada em pesquisa realizada na disciplina de Ciências com alunos do 6º ano, sendo estes do período vespertino do Colégio Estadual Olavo Bilac - EFM no município de Amaporã, no Estado do Paraná. A pesquisa teve como objetivo verificar a atuação dos alunos no levantamento de material reciclável, especificamente o papel desperdiçado diariamente nas salas de aula. A abordagem foi de cunho qualitativo e como instrumentos de pesquisa foram utilizados questionários respondidos pelos alunos da referida turma, atividades de campo, experimentos, entre outros. Foi efetuada também uma análise gravimétrica dos resíduos gerados em todas as turmas, tanto do período matutino como vespertino e noturno. Ficou evidenciado que as dificuldades estavam relacionadas às próprias deficiências na formação inicial. Os resultados obtidos mostraram o crescimento da preocupação com a questão ambiental no sentido de construir novos valores que possibilitem uma visão mais consciente dos problemas que ocorrem pela ação antrópica. É necessário também, buscar alternativas que propiciem uma contínua reflexão que culmine na mudança de mentalidade. Palavras-chave: Papel. Resíduos sólidos. Redução. Compromisso. Reutilização.

1. Introdução

A intervenção deste estudo buscou fortalecer a importância da educação

ambiental no processo de aprendizagem dos alunos, pois os mesmos já trazem um

conhecimento empírico que precisa ser enriquecido de forma que haja interação

entre professor, aluno e realidade. A educação ambiental tem que caminhar em

parceria com a escola no processo de aprendizagem, pois os educandos “[...] podem

muito cedo aprender a preservar e a entender a importância dos recursos naturais e

do meio ambiente para nossa vida” (GRIPPI, 2006, p. 116). Para tanto, o professor

deve intermediar constantemente no aprimoramento de hábitos saudáveis como a

redução do consumo, a reutilização e a seleção de resíduos para a reciclagem.

1 Professora da Rede Estadual de Educação NRE/Paranavaí. Licenciada em Ciências 1º Grau-

Habilitação em Matemática, Pós-graduada em Ensino da Matemática e Educação Especial. e-mail:[email protected] 2Docente do Colegiado de Ciências Biológicas e do programa stricto sensu da Universidade Estadual

do Paraná – campus de Paranavaí. e-mail: [email protected].

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Diante do comportamento apresentado pela sociedade em relação ao consumo,

desperdício e geração de resíduos, houve o propósito de desenvolver um trabalho

com os alunos na tentativa de analisar o nível de conhecimento dos mesmos e

tentar enriquecê-lo, intervindo com uma metodologia que vinculasse teoria e

atividades práticas, ou seja, trabalhar a teoria relacionando-a com o dia a dia por

meio de visitas de campo e atividades que, contemplem a importância da

reutilização, e também o processo da reciclagem. Neste trabalho, em todo momento

se ressaltou como prioridade a importância da redução do consumo. Diante deste

contexto, o objetivo deste artigo consistiu no estudo e análise dos dados coletados

no estudo de caso realizado no Colégio Estadual Olavo Bilac – EFM, localizado no

Município de Amaporã, Estado do Paraná. Assim, além desta introdução inicial, este

artigo se divide respectivamente em mais cinco tópicos: o segundo tópico trata de

uma sucinta revisão bibliográfica, o terceiro tópico descreve o desenvolvimento

metodológico realizado, o quarto tópico apresenta resultados obtidos, analisados e

discutidos, e o quinto tópico faz o fechamento com as considerações finais.

2. Revisão de Literatura

Historicamente o lixo faz parte da humanidade e a quantidade de sua

produção vem crescendo consideravelmente de forma desenfreada junto com a

população. De acordo com Gonçalves (2003),

A produção de lixo é inevitável e inexorável. Todos os processos geram resíduos, desde o mais elementar processo metabólico de uma célula até o mais complexo processo de produção industrial. Por outro lado, a lata de lixo não é um desintegrador mágico de matéria. A humanidade vive em ciclos de desenvolvimento e neste momento estamos vivendo um ápice de desperdício e irresponsabilidade na extração dos recursos naturais esgotáveis (GONÇALVES, 2003, p. 19).

É oportuno lembrar que atualmente se usa com maior frequência o termo

técnico “resíduo sólido” para a designação de lixo. Conforme Eigenheer (1997), foi

depois da metade do século XIX que houve a distinção entre lixo (resíduos sólidos) e

águas servidas (fezes, urina, etc.) e estas passaram a ser coletadas separadamente.

Pressupõe-se que o termo técnico passou a ser mais usado nesta época. Segundo a

Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT NBR 10004/2004) para seus

efeitos aplica-se a seguinte definição:

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[...] resíduos sólidos: Resíduos nos estados sólido e semi-sólido, que resultam de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água, ou exijam para isso soluções técnicas e economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia disponível (ABNT, 2004, p.1).

A Lei Federal nº 12.305 de 2 de agosto de 2010, denominada de Política

Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) no Título I das disposições gerais do capítulo

2 no Art. 3º define resíduo sólido sendo todo e qualquer,

[...] material, substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade, a cuja destinação final se procede, se propõe proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados sólido ou semissólido, bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos d’água, ou exijam para isso soluções técnica ou economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível (BRASIL, 2010, p. 1).

Diante de tais afirmações, percebe-se que os resíduos sólidos fazem parte de

todo processo de consumo e produção da sociedade, não podendo ser deixado de

lado, ou ser tratado como um caso à parte. É imprescindível que se tenha um

esclarecimento mais profundo e claro sobre os resíduos. A sociedade produz uma

imensa diversidade de resíduos, e esta vem atrelada às fábricas que, no século

XVIII, começaram a produção de objetos de consumo em larga escala, aumentando

assim consideravelmente a geração de resíduos diversificados (RODRIGUES;

CAVINATO, 2003).

Considerando todo o processo histórico, não dá para separar da vivência

humana a produção do lixo, suposto que o homem é um consumidor nato. Vale

ressaltar que este consumo não era tão desenfreado como se mostra na atualidade,

pois ele foi crescendo conforme a mudança de hábitos e costumes da humanidade.

Na interpretação de Rodrigues e Cavinato (2003, p. 6), “nos tempos mais remotos, o

lixo era produzido em pequena quantidade e constituído essencialmente de sobras

de alimentos”.

Na época dos nômades, lidar com os resíduos apresentava maior facilidade,

pois eles viviam mudando de lugar principalmente pela busca de alimentos, com isso

não havia acúmulo que os incomodassem, lembrando ainda que os resíduos eram

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basicamente orgânicos. A maior parte desses resíduos era composta por sobras de

alimentos (de origem animal e vegetal) e restos de roupas. Quando os homens

deixaram de ser nômades e aprenderam a plantar, colher, criar animais, fixar sua

moradia e formar vilas, houve um crescimento na geração de resíduos. Mas tais

resíduos começaram a ser aproveitados na alimentação dos animais e como adubo

nas plantações e hortas.

Com o passar dos anos, observou-se um crescimento populacional que gerou

aglomeração formando as cidades; nestas, já não se criavam mais animais nem se

tinha espaço para as plantações. Nesse sentido, os resíduos começaram a se

acumular havendo preocupação e desconforto.

Este trabalho de pesquisa além de discutir a problemática em relação aos

resíduos sólidos, enfatizou também o uso e o desperdício do papel, principalmente

na sala de aula, e verificando-se que o mesmo poderia ser utilizado de maneira

sustentável foi implementado um estudo objetivando abranger seu melhor

aproveitamento. A fabricação do papel acontece de acordo com formulações

específicas, atendendo às características necessárias para qual finalidade será

destinado, podendo ser usado para impressão, para escrita, para embalagens, fins

sanitários, cartolinas e especiais. O percentual da média anual de produção

brasileira de papel em relação ao tipo distribui-se da seguinte forma: 45% para

embalagens, 27% para impressão, 10% para cartões/cartolina, 9% para fins

sanitários, 6% para escrever e 3% para tipos especiais (GRIPPI, 2006).

São inúmeras as utilizações do papel e grande sua produção, portanto é

inevitável que se realize o processo de reciclagem. Rodrigues e Cavinato (2003)

relatam que há algumas peculiaridades quanto à reciclagem, pois para alguns tipos

de resíduos de papel, como material molhado ou sujo de fezes não é viável este

processo. Dentro dos diversos tipos de papel existentes, faz-se a seguinte

separação quanto aos recicláveis e não recicláveis:

Recicláveis: jornais, revistas, catálogos, envelopes, formulários, papéis plastificados, caixas de papelão, impressos em geral, embalagens longa-vida, papéis timbrados e rascunhos. Não recicláveis: papéis higiênicos, papéis-carbono, fotografias, fitas adesivas e etiquetas adesivas (NANI, 2012, p. 24).

Comparando-se os dados de produção dos tipos de papel no Brasil com as

variedades que podem ser recicladas, percebe-se que, os de maior produção podem

passar por este processo importante vindo a contribuir economicamente. Conforme

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ressalta Nani (2012, p. 24), “[...] reciclando uma tonelada, poupamos 4.200 kw/h de

energias e 26.495 litros de água. Evitamos o corte de 17 árvores e o lançamento de

27kg de poluição no ar.”

No sentido ecológico Barbosa Júnior (2006) relata que,

O papel é um lixo nobre, pois sua reciclagem preserva o meio ambiente evitando o corte de milhões de árvores que através da fotossíntese ainda absorve o gás carbônico da atmosfera e na liberação do oxigênio para a mesma, isso torna o ar que respiramos com maior qualidade (BARBOSA JÚNIOR, 2006, p. 25).

O processo de reciclagem do papel deve ter importância na reutilização de

materiais, pois reciclá-lo apresenta vantagens, isto é, diminui seu envio para aterros,

economiza matéria-prima, água e energia mais do que na fabricação de papel novo

(GRIPPI, 2006, p. 45).

3. Metodologia

Este trabalho se enquadrou de acordo com a abordagem, ao método de

pesquisa e aos instrumentos utilizados para a coleta de dados que foram os

questionários, estudo de campo, observação e participação direta, experimentos,

além da análise gravimétrica dos resíduos gerados nas salas de aula. O trabalho

realizado apresenta características tanto qualitativa como quantitativa de um estudo

de caso que analisa o comportamento dos alunos do sexto ano do ensino

fundamental diante da problemática dos resíduos sólidos.

O primeiro instrumento utilizado na coleta de dados foi um questionário na

forma de pré-teste respondido pelos 33 alunos da turma com o objetivo de

diagnosticar o nível de conhecimento dos mesmos. O material é apresentado na

Tabela 1 abrangendo questões objetivas e subjetivas cuja análise serviu como

parâmetro para dar sequência ao desenvolvimento da pesquisa.

Tabela 1 - Pré-teste Pré-teste aplicado aos 33 alunos com questões objetivas e subjetivas:

1 - Considerando o que já sabe, o que é lixo para você? ( ) tudo aquilo que se joga fora ( ) o que não serve mais ( ) coisas velhas ( ) outro( ) o que já usei e que talvez possa ser reutilizado

2 - Você já ouviu falar em resíduos sólidos? ( ) sim ( ) não

3 - Se você já ouviu falar em resíduos sólidos, como você os define? ( ) tudo aquilo que se joga fora e não é reaproveitado ( ) tudo que vai para a fossa ( ) tudo que descartamos exceto o esgoto ( ) todos os restos das atividades humanas domésticas, industriais, comerciais, hospitalares, agrícolas e de varrição

4 - Você reutiliza os materiais antes de jogá-los fora? ( ) sim ( ) não Dê exemplos:

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5 - Para onde vai o lixo da sua residência? ( ) é enterrado no quintal ( ) é levado pelo caminhão da coleta ( ) outro ( ) é queimado

6 - Na sua cidade tem coleta de lixo? ( ) sim ( )não

7 - Se na sua cidade tem coleta de lixo, como você armazena este lixo para ser coletado? ( ) ensacado em sacola de supermercado ( ) ensacado em sacos próprios de lixo ( ) é jogado na rua e os coletores pegam ( ) é jogado em um tambor ou recipiente e os coletores despejam no caminhão

8- Você sabe para onde é encaminhado o lixo coletado pelo caminhão? ( ) sim ( ) não

9 - Com suas palavras defina o que é: Lixão: Aterro controlado: Aterro sanitário:

10 - Você já deve ter ouvido falar em coleta seletiva. Na sua opinião, qual a definição correta? ( ) coleta de todo o lixo junto ( ) coleta de todo o lixo separado conforme as características, tipo papel, plástico, vidro, metal, e outros

11 - O que é reciclagem para você?

12 - Você sabe para que se faz a coleta seletiva? ( ) para o lixo não ficar todo misturado ( ) para facilitar o trabalho da reciclagem

13 - Na sua escola qual o tipo de lixo (resíduo) que apresenta maior geração? ( ) orgânico ( ) plástico ( ) papel

14 - Na sua escola tem coleta seletiva? ( ) sim ( ) não

15 - Você acha que tem algum lixo da escola que poderia ser reaproveitado? ( ) sim ( ) não Qual?

16 - O que você faz com as folhas limpas que sobram do caderno no final do ano? ( ) guardo o caderno e não utilizo mais ( ) jogo fora ( ) arranco as folhas para brincar ( ) outros

17 - Assinale o que você acha que pode ser reciclado: ( ) papel toalha ( ) fralda descartável ( ) vidros ( ) papel higiênico ( ) lixo hospitalar ( ) alumínio ( ) papelão ( ) restos de comida ( ) sacolas plásticas ( ) garrafas PET ( ) pilhas e baterias

18 - Dos materiais abaixo citados, o que você acha que pode ser reutilizado? ( ) folhas limpas de cadernos velhos ( ) sacolas plásticas ( ) potes plásticos de sorvete ( ) papel de bala ( ) embalagens de vidro

19 - Que tipos de problemas o lixo pode trazer para a sociedade? ( ) ocupação de grandes espaços ( ) proliferação de insetos ( ) nenhum ( ) poluição do solo ( ) poluição dos lençóis freáticos

20 - Para você o que é mais importante em relação ao lixo: reduzir, reutilizar ou reciclar? Justifique:

Fonte: RIBEIRO, 2014

O segundo instrumento se caracterizou nos dados coletados a partir da

análise gravimétrica dos resíduos gerados em todas as salas de aula e no setor

administrativo da instituição de ensino. A pesquisa recebeu auxílio dos agentes

educacionais 1 e 2, dos professores, da equipe pedagógica, direção e direção

auxiliar e alunos. As Tabelas 2 e 3 foram organizadas para registro dos dados

coletados, para que posteriormente fossem plotados em gráficos, tarefas realizadas

pelos alunos do segundo ano do Ensino Médio, na disciplina de Matemática,

caracterizando desta forma um trabalho interdisciplinar.

Tabela 2 - Lixo coletado no Colégio Estadual Olavo Bilac - EFM de Amaporã no período de ___/___ a ___/___ de 2014.

Tipo de matéria Peso em quilogramas (kg) Percentual (%)

Papel

Plástico

Vidro

Alumínio

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Matéria Orgânica

Outros Total

Fonte: RIBEIRO, 2014

Tabela 3 - Quantidade em quilogramas (kg) de lixo gerado no período de uma semana no Colégio Estadual Olavo Bilac – EFM de Amaporã.

Turma

Quantidade em quilogramas (kg) de lixo gerado por dia durante uma semana

Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Segunda Terça

6º A

6º B

6º C

7º A

7º B

7º C

8º A

8º B

8º C

9º A

9º B

9º C

9º D

1º A

1º B

1º C

1º D

2º A

2º B

2º C

3º A

3º B

3º C

Sala dos Professores

Secretaria

Equipe Pedagógica

Direção

Biblioteca

Sala de Recursos Total

Fonte: RIBEIRO, 2014

Após a coleta dos dados, dedicou-se à pesquisa dos textos impressos e em

slides, vídeos, análise de charges e de gráficos, sempre buscando o

aperfeiçoamento do conhecimento sobre resíduos sólidos. Também foi realizado

estudo de campo com visitas ao aterro controlado do município de Amaporã, ao

aterro sanitário e à Cooperativa de Seleção de Materiais Recicláveis e Prestação de

Serviços de Paranavaí (COOPERVAÍ), no município de Paranavaí. Ainda com

participação dos alunos foi efetuada a reciclagem de uma parcela do papel que foi

coletado na semana de realização da análise gravimétrica. O intuito da reciclagem

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do papel foi a de mostrar o seu processo, e aproveitá-lo na confecção das capas das

agendas ou blocos de rascunho, destacando que no miolo foram empregadas as

folhas de caderno dos alunos que sobraram dos anos anteriores.

No decorrer de todo este trabalho foram sendo observadas as atitudes,

participações, e ainda os comportamentos dos alunos diante de cada atividade e

instrumento apresentado. A Tabela 4 ilustra as questões do pós-teste que serviram

como parâmetro para avaliação do desenvolvimento do projeto.

Tabela 4 - Pós-teste. Pós-teste aplicado aos 29 alunos, contendo questões objetivas e subjetivas após o

desenvolvimento do trabalho:

1 - Após ter recebido informações sobre os resíduos sólidos, o que você faria hoje com o lixo gerado na sua residência? (Pode ser assinalada mais de uma questão) ( ) jogaria todo fora ( ) faria a separação do que pode ser reutilizado e/ ou reciclado ( ) queimaria todo ele ( ) enterraria todo ele ( ) separaria o lixo orgânico para compostagem ( ) colocaria o que não pode ser reutilizado nem reciclado para que seja coletado pelo caminhão que o encaminharia até o aterro controlado da cidade

2 - Atualmente como você definiria Resíduos Sólidos? ( ) tudo aquilo que se joga fora e não é reaproveitado ( ) tudo que vai para a fossa ( ) tudo que descartamos, exceto o esgoto ( ) todos os restos das atividades humanas domésticas, industriais, comerciais, hospitalares, agrícolas e de varrição

3 - Dê exemplos de materiais que você pode reutilizar antes de descartá-los direto para o lixo:

4 - O que você considera ser coleta seletiva? ( ) É a coleta só de papéis ( ) É a coleta de todo o lixo misturado ( ) É a coleta dos resíduos já separados, conforme o tipo: papel, vidro, plástico, alumínio e orgânico

5 - Você acha que seria importante a sua cidade ter coleta seletiva? Justifique:

6 - Você sabe para que se faz a coleta seletiva? ( ) Para o lixo não ficar todo misturado ( ) Para facilitar o trabalho da reciclagem

7- Assinale o que você acha que pode ser reciclado: ( ) papel toalha ( ) fralda descartável( ) vidro ( ) papel higiênico ( ) lixo hospitalar ( ) alumínio ( ) papelão ( ) restos de comida ( ) sacolas plásticas ( ) garrafas PET ( ) pilhas e baterias

8 - Na sua escola qual o tipo de lixo (resíduo) que mais é gerado? ( ) orgânico ( ) plástico ( ) papel

9 - Você acha que tem algum lixo da escola que poderia ser reaproveitado? ( ) sim ( ) não Qual?

10 - Após as visitas aos aterros sanitários e à COOPERVAÍ e os estudos realizados, qual a melhor maneira de dispor aquele material que não pode ser reutilizado, nem reciclado? Por quê?

11 - Quais prejuízos podem acarretar os lixões a céu aberto e os aterros controlados ao ambiente em que vivemos?

12 – Mesmo que o aterro sanitário seja mais viável para nossa realidade em relação à disposição dos rejeitos, por que é importante nós reduzirmos nosso consumo?

13 - Qual a sua opinião sobre o reaproveitamento das folhas brancas dos cadernos velhos?

14 - O que seria o mais correto ambientalmente: ( ) diminuir o consumo não gastando nem arrancando folhas em vão? ( ) gastar em vão, porque depois vai para a reciclagem. Qual processo teria menos custo para a natureza e para o nosso bolso? Justifique:

15 - O que você concluiu da Política Nacional de Resíduos Sólidos? Que benefícios ela trará ao país, ao estado e principalmente ao seu município?

16- Depois de todo trabalho realizado sobre os resíduos sólidos, ter visitado os aterros e a cooperativa, ter reaproveitado as folhas brancas dos cadernos e reciclado os papéis usados, o que mudou em você hoje, a respeito do lixo que gera?

Fonte: RIBEIRO, 2014.

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4. Resultados e Discussão

Aqui segue a apresentação dos dados coletados na pesquisa do estudo de

caso, ficando distribuídos sequencialmente os resultados do pré-teste, da análise

gravimétrica, da reciclagem do papel, como também confecção das agendas e

resultados do pós-teste. Vale ressaltar que não serão apresentados gráficos de

todas as questões do pré-teste e do pós-teste, mas os resultados abordarão todo o

tema trabalhado, de forma complementar entre uma questão e outra. Iniciando a

análise do pré-teste pôde-se observar que para mais da metade dos alunos o lixo é

algo que fica “velho”, que “não serve mais”, cujo destino é “jogar fora” sem

demonstrar nenhuma preocupação com a reutilização (Figura 1). Já na Figura 2

observa-se que os alunos apresentaram dúvidas sobre o que são resíduos sólidos.

Dúvidas essas que também ficaram evidenciadas em relação ao descarte,

reutilização e reciclagem. Isso se justificou quando 60,6% dos alunos responderam

que desconheciam o termo “resíduos sólidos”.

Figura 1 - Considerando o que já sabe, o que é lixo para você?

Fonte: RIBEIRO, 2014

Figura 2 - Se você já ouviu falar em resíduos sólidos, como você os define?

Fonte: RIBEIRO, 2014

0

5

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15

7

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1

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0

Qu

anti

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e al

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os

Alternativas de respostas

tudo aquilo que se joga fora

o que não serve mais

coisas velhas

o que já usei e que talvezpossa ser reutiizadooutro

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Dos 33 alunos que realizaram o pré-teste, 30 deles responderam que

reutilizam materiais como sacolas, papel, plástico, potes de margarina, de maionese

e garrafas PET, porém afirmaram que poderiam ampliar esta iniciativa. Em relação

ao papel, verificou-se que o destino final é o lixo, sem nenhuma preocupação com o

reaproveitamento ou reciclagem. Os resultados apresentados nas Figuras 3 e 4 do

pós-teste evidenciaram a importância deste trabalho de sensibilização e

conscientização no uso de recursos naturais, pois entenderam que a mudança de

hábitos não implica na redução do padrão de vida, mas num reordenamento no

consumo cotidiano, o que pode ser observado na Figura 5.

Figura 3 - Atualmente como você definiria Resíduos Sólidos?

Fonte: RIBEIRO, 2014

Figura 4. Após ter recebido informações sobre os resíduos sólidos, o que você faria hoje com o lixo gerado na sua residência?

Fonte: RIBEIRO, 2014

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Figura 5. Dê exemplos de materiais que você pode reutilizar antes de descartá-los direto para o lixo.

Fonte: RIBEIRO, 2014

Levando-se em conta que no município de Amaporã é realizada a coleta de

lixo pelos caminhões da prefeitura, apenas três alunos responderam que queimam o

lixo, pois os mesmos residem em área rural onde não é beneficiada pela coleta.

Quanto ao armazenamento do lixo para a coleta, 64% dos alunos responderam que

utilizam sacos próprios de lixo e 36% colocam em sacolas de supermercado,

evidenciando desta forma o reaproveitamento do material. Mesmo não havendo

serviço de coleta seletiva no município, vale destacar que foram exploradas

questões sobre a reciclagem e reutilização do material. Analisando a Figura 6

observa-se que muitos alunos ainda não tinham noção do que é a coleta seletiva.

Responderam que na escola era realizada segregação dos resíduos na origem,

porém tais iniciativas não foram ainda incorporadas na cultura escolar,

principalmente pelos alunos. A escola dispõe de coletores coloridos para efetuar a

segregação dos resíduos, o que caracterizou para a maioria como uma adoção de

coleta seletiva pelo município de Amaporã.

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Figura 6 - Você já deve ter ouvido falar em coleta seletiva. Na sua opinião, qual a definição correta?

Fonte: RIBEIRO, 2014

Pôde também perceber que tinham uma visão equivocada do processo da

reciclagem, observada pelas respostas dos alunos quando questionados sobre o

que seria a reciclagem: “Aproveitar o material de outra maneira”, “Uma coisa que

jogamos que pode usar em outra coisa”, “Reaproveitar aquilo que vai para o lixo”,

“Lixo no lixo”, “Transformar o velho em novo”, “Aquilo que usa e dá para usar de

novo”, “Uma pessoa que pega algum lixo que serve”, “O que joga no lixo uma

latinha”, “Separar para utilizar outra vez”, “Garrafa PET”, entre outras declarações.

Uma boa parcela dos alunos demonstrou conhecimento de que na coleta seletiva, a

separação do material é realizada conforme suas características, mas a maioria

apresentou conceitos equivocados entre reciclagem e reutilização. É sabido que

nem tudo pode ser reutilizado, mas uma grande diversidade de materiais pode

passar pelo processo da reciclagem, que sucede o trabalho da coleta seletiva

realizado corretamente por todos os cidadãos.

Contudo, após as atividades que enfatizaram a importância da separação dos

resíduos na fonte e as visitas aos aterros, como também à cooperativa de

segregação, 86,2% dos alunos responderam corretamente a questão do pós-teste

sobre o que consideram ser a coleta seletiva, 10,3% responderam ser a coleta do

lixo todo misturado e somente 3,4% respondeu ser a coleta somente de papel.

Questionados sobre a importância da implantação da coleta seletiva na cidade, os

alunos brindaram com as seguintes respostas: “Sim, porque iria ficar melhor”, “Não

teria mau cheiro”, “Porque senão junta muito lixo”, “Sim, não poluiria o ar”, “Porque a

cidade precisa e fica mais fácil para a reciclagem e para quem trabalha no lixão”,

“Sim, para que o lixo não prejudicasse o solo”, “Para não ir para o lixão”, “Para não

poluir o solo”, “Porque dá para separar, levar para usina e fazer tudo de novo”, “Vai

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melhorar o ambiente e diminuir a poluição do ar”, “Para não pegar doença”, “Reduzir

o lixo”, “Ajudar a cidade e separar o papel do vidro”, “Para não misturar o lixo”,

“Reciclar todo o lixo e diminuir os mosquitos, e também o mau cheiro”, “Para os lixos

reciclados irem para a segregação”, “Para os materiais irem para a reciclagem e não

para o lixão sem fazer nada”, “Para o lixo não ficar a céu aberto”, “Porque iríamos ter

que queimar o lixo e iria poluir o ar”.

Diante dessas respostas, verifica-se que compreenderam a importância da

coleta seletiva, pois ao questioná-los sobre a finalidade da coleta, 17 alunos

responderam que era para facilitar o processo da reciclagem, enquanto que 12

responderam que evitaria a “mistura” do lixo. Durante a realização de uma oficina na

Semana de Integração Comunidade/Escola, os alunos tiveram oportunidade de

apresentar atividades sobre reciclagem e estender o conhecimento para a família e

comunidade.

Quanto à disposição dos resíduos e dos rejeitos, no pré-teste, 76% dos

alunos responderam que sabiam do seu destino (porém inadequado, pois se trata de

lixão a céu aberto da cidade), enquanto que 24% responderam que desconhecia o

local onde é depositado todo o lixo recolhido no município.

Considerando que alguns alunos mostraram conhecimento sobre o destino do

lixo, questionou-se também sobre os tipos de disposições mais comuns que existem

nos municípios, e qual é a mais viável e ambientalmente correta. Solicitados a

conceituar o que é o lixão, responderam: “Um lugar com uma enorme quantidade de

lixo”, “Deve ser bem longe da cidade”, “É onde o caminhão leva o lixo”, “É um buraco

gigante de jogar o lixo”, entre outras respostas. Ao discutir outra forma de

disposição, o aterro controlado, 12 alunos responderam que não sabiam e o restante

não respondeu. Em relação ao aterro sanitário, 11 alunos responderam que não

sabiam, um aluno respondeu que é para “Onde vai o lixo separado e não tem fedor”,

e o restante não respondeu. Nessas discussões ficou evidente que os alunos não

tinham conhecimento sobre a forma correta de disposição dos resíduos e nem qual

a mais adequada ambientalmente. Já na fase de discussão dos resultados do pós-

teste, foram novamente questionados sobre as formas de disposição dos resíduos

sólidos, mais especificamente sobre as características do aterro sanitário e por que

é a forma mais adequada de disposição, obtendo as seguintes respostas: “No aterro

sanitário porque o chorume é tratado e o gás é queimado”, “No aterro sanitário,

porque o solo fica protegido”, “No aterro sanitário, porque o solo fica protegido e o

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gás é queimado”, “No aterro sanitário porque o solo é protegido, e o chorume é

tratado de maneira correta”, “No aterro sanitário o solo é protegido com uma manta

preta e o chorume é tratado”, “Porque o solo tem proteção e a infecção não atinge”.

Ainda ao efetuar a comparação entre o lixão e o aterro sanitário, destacaram-

se as seguintes respostas referindo se ao lixão: “Muitos insetos e chorume não

tratado”, “Muitos insetos, mau cheiro e solo sem proteção”, “Muitos insetos, animais

e poluição do solo”, entre outras respostas.

Também foi efetuada uma análise gravimétrica no ambiente escolar, durante

uma semana, cujos resultados constam na Tabela 5 e na Figura 7. Observa-se que

o papel é o campeão na geração de resíduos, seguido de material orgânico e

plástico, totalizando 8,989 kg; 2,783 kg e 2,077 kg, respectivamente.

Tabela 5. Resultados da análise gravimétrica Componentes dos resíduos sólidos (valores em gramas)

Turmas

Papel

Plástico

Vidro

Orgânico

Alumínio

Outros

Total

6ºA 423 20 0 123 0 87 653 6ºB 302 55 0 75 0 119 551 6ºC 331 84 0 102 19 29 565 7ºA 94 105 0 79 0 18 296 7ºB 61 84 0 57 9 15 226 7ºC 385 85 0 54 0 67 591 8ºA 244 39 0 29 0 28 340 8ºB 951 64 0 48 0 106 1169 8ºC 413 84 0 48 0 21 566 9ºA 197 26 0 63 0 14 300 9ºB 186 76 0 48 0 17 327 9ºC 192 58 0 25 0 20 295 9ºD 110 29 0 63 0 26 228 1ºA 216 63 0 111 0 60 450 1ºB 181 36 0 53 0 59 329 1ºC 147 55 0 39 0 9 250 2ºA 193 41 0 72 0 43 349 2ºB 100 18 0 9 0 18 145 2ºC 165 83 0 23 0 2 273 3ºA 238 101 0 37 0 65 441 3ºB 119 20 0 44 0 4 187 3ºC 113 41 0 32 0 2 188

Secretaria 1159 120 0 244 0 11 1534 Direção 1103 108 0 0 3 4 1218

Equipe

Pedagógica 615 23 0 220 15 0 873

Sala dos Professores

330 378 0 1044 14 45 1811

Biblioteca 314 141 0 11 0 11 477

Sala de Recursos

107 40 0 30 3 4 184

TOTAL 8989 2077 0 2783 63 904 14816

Fonte: RIBEIRO, 2014.

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Figura 7 - Tipos de Resíduos gerados no Colégio Estadual Olavo Bilac – EFM no período de realização da análise gravimétrica.

Fonte: RIBEIRO, 2014.

Outra atividade que mereceu destaque foi a confecção de blocos, sendo o

miolo composto de folhas dos cadernos que sobraram em anos anteriores e a capa

preparada com papel reciclado a partir dos papeis gerados na instituição escolar.

Durante todas as atividades descritas, sempre foram enfatizadas as

necessidades da segregação correta dos resíduos na origem, o conceito de

reciclagem e reutilização. Durante a fase de conclusão, os alunos demonstraram

todo o conhecimento agregado resumindo em pequenas frases: “Hoje não jogo mais

comida no lixo”, “Diminuir o lixo, comprar o necessário e reutilizar mais”, “Hoje sei

que posso reciclar e diminuir o lixo”, “Não vou mais arrancar a folha quando errar e

sim passar um corretivo”, “Reaproveito os vidros”, “Tem que diminuir a geração de

lixo”, “Podemos reciclar muito”, entre outras.

5. Considerações Finais

Durante o desenvolvimento das atividades observou-se que os alunos, na maioria,

sentem necessidade de mudar suas atitudes em relação ao processo de

transformação ambiental. Todos os alunos demonstraram um comportamento que é

o resultado do conhecimento incorporado que permite comprometer-se e sentir

interesse e preocupação pelo meio ambiente, de tal modo, que possam participar

ativamente da sua melhoria e proteção. As diretrizes curriculares enfatizam essa

importância de se trabalhar na Escola a sensibilidade e a responsabilidade das

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nossas gerações pela manutenção e conservação de um meio ambiente saudável.

Sabe-se que a Educação Ambiental sozinha não é suficiente para mudar os rumos

do planeta, mas certamente é condição necessária para isso. Ela será uma porta de

entrada para motivar os alunos a mudarem seus hábitos inadequados por hábitos

ecologicamente corretos. O resultado exitoso é apenas o início, e os resultados

chegarão a médio e longo prazo, pelas atividades que sucederão outras atividades,

enfatizando a importância de se discutir também o papel da comunidade na

implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos.

REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT 10004/2004. Resíduos sólidos – Classificação. 71p. Disponível em:

<http://www.aslaa.com.br/legislacoes/NBR%20n%2010004-2004.pdf>. Acesso em: 02 jul. 2013. BARBOSA JÚNIOR, José de Siqueira. Reciclagem de papel. 2006. 35 f.

Monografia (Especialização em Ciências Ambientais), Fundação de Ensino Superior de Olinda – FUNESO, Olinda, 2006. Disponível em: <http://www.passavante.pro.br/teses/monografia_jose_junior.pdf>. Acesso em: 02 jul. 2013. BRASIL. Lei 12.305/2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, altera a

Lei nº 9605, de 12 de fevereiro de 1998, e dá outras providências. MMA: Brasília, ago. 2010. 29 p. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm>. Acesso em: 16 jun. 2013. EIGENHEER, Emílio Maciel. A história do lixo: a limpeza urbana através dos tempos. Porto Alegre: S. Lobo, 1997. 144 p. GONÇALVES, Pólita. A reciclagem integradora dos aspectos ambientais, sociais e econômicos. Rio de Janeiro: Dp&a: Fase, 2003. 184 p.

GRIPPI, Sidney. Lixo: reciclagem e sua história. 2. ed. Rio de Janeiro: Interciência,

2006. 166 p. NANI, Everton Luiz. Meio ambiente e reciclagem: um caminho a ser seguido. 1. ed. Curitiba: Juruá, 2012. 58 p. RIBEIRO, Isabel Aparecida. Figuras 1, 2, 3, 4, 5, 6, e 7. Amaporã, 2014.

______Tabelas 1, 2 3,4 e 5. Amaporã, 2014.

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RODRIGUES, Francisco Luiz; CAVINATO, Vilma Maria. Lixo: De onde vem? Para

onde vai?. 2. ed. São Paulo: Moderna, 2003. 95 p.