OPERADORAS: É HORA DE PREPARAR A CAMPANHA · diante do desmonte de direitos por parte dos governos...

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ACORDOS COLETIVOS EM RISCO O ataque aos direitos dos trabalhadores não para. A manutenção dos Acordos Co- letivos durante o período de negociação, mantendo direitos conquistados, como os auxílios refeição e alimentação, até que patrões e empregados concluam o pro- cesso negocial, a chamada ultratividade, foi derrubada na Reforma Trabalhista. Agora, diante da pandemia, foi aprova- do pelo Congresso que essa prorrogação automática dos Acordos voltaria a vigo- rar, afinal todos os processos estão mais lentos e, diante da crise, seria necessário garantir direitos já conquistados. E o que fez o presidente Jair Bolsonaro? Vetou a ultratividade. Mais uma prova da in- sensibilidade em relação à realidade do trabalhador. Assim, temos um desafio ainda maior: negociar com as empresas para que os benefícios não sejam suspen- sos, caso as negociações se prolonguem. O Sinttel-Rio já começou a discutir a prorrogação dos Acordos para preservar direitos, como explica o coordenador-ge- ral, Luis Antônio: “A TIM já sinalizou com a possibilidade de manutenção do Acordo Coletivo durante a pandemia. Agora, va- mos negociar com as demais empresas. Não é possível admitir que, nesse quadro caótico, benefícios conquistados sejam suspensos. É lamentável que o Governo Federal tenha tomado mais essa decisão que prejudica o trabalhador”, afirma. Na contramão do que aconteceu em outros países da Europa e nos Estados Unidos, aqui no Brasil os casos de coronavírus se concentram na faixa etária de 20 a 49 anos, com números próximos de 500 mil pessoas infectadas. Os dados são do portal Covid-19 Brasil. No município do Rio de Janeiro, 43% dos registros são de pessoas entre 30 e 49 anos, ainda longe da terceira idade. Já com relação aos óbitos, estes se- guem a tendência mundial - 85% dos mortos no país têm acima de 60 anos. Ainda assim, o percentual de mortes observado entre brasileiros com menos de 50 anos tem sido maior do que o veri- ficado na Europa e nos Estados Unidos. No Brasil, 7% dos mortos tinham entre 40 e 50 anos; e 3,9% entre 20 e 39 anos. A pneumologista Margareth Dalcol- mo, da Fiocruz, foi a primeira a advertir, com veemência, ainda em março, que o país “rejuvenesceria” a doença, como resultado da combinação da pirâmide etária brasileira com o baixo grau de distanciamento social. “Não estamos falando de casos leves ou assintomáticos. Nos referimos a pes- soas que adoeceram com gravidade e engrossaram a triste estatística de casos confirmados. E casos confirmados em nosso país, sem testes e com altíssima subnotificação, são os mortos e os inter - nados em hospitais com um quadro grave da Covid-19”, salienta Dalcolmo. E a especialista faz um alerta importan- te: “O jovem tem mais defesas imunológi- cas, por isso, morre menos, mas não quer dizer que não adoeça com gravidade. A situação está grave demais. Muita gente ainda não entendeu que o distanciamento social é a única opção para conter o co- ronavírus”, enfatiza. JOVEM NÃO É IMUNE Entender que jovens também correm risco é fundamental para nossa catego- ria. Especialmente entre os trabalha- dores de call centers, mas também na rede e nas operadoras, onde a presença de jovens é marcante. Apesar das medidas adotadas pelas COVID-19 Trabalhador jovem também corre risco Aposentado e pensionista: pode vir coisa boa por aí! O Senado Federal discute a possibilidade de aprovar o Projeto de Lei que prevê o paga- mento do 14º salário emergen- cial, em dezembro de 2020, para aposentados e pensionistas do INSS. A ideia foi apresentada ao Senado, no início de julho, pelo presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH), o senador Paulo Paim (PT/RS). Com o 13º salário adiantado para maio e junho, por conta da pandemia causada pelo novo coronavírus, o pagamento do 14º seria uma forma de garantir esse benefício em dezembro. Segundo Paim, esse é um as- sunto de extrema relevância, pois muitos aposentados que ajudam a sustentar toda a famí- lia tiveram as despesas aumen- tadas em razão da pandemia. O Sinttel-Rio apoia essa ideia e convida a todos os aposentados e pensionistas a pressionarem seus parlamentares para que votem a favor da PL 3.657/2020. Pois juntos somos mais fortes. E m setembro, teremos a data-base das empresas Tim, Vivo e Claro e em novembro será a vez da Oi. Em 2020, a negociação será ainda mais desafiadora. A nossa campanha, que vem enfrentando nos últimos anos uma luta intensa diante do desmonte de direitos por parte dos governos Temer e Bolsonaro, vai se dar agora num contexto conturbado de pandemia e de crise econômica profunda. A bem da verdade, as grandes empresas do setor, Vivo e Claro, principalmente, estão imunes a qualquer crise, são verdadeiros impérios. Mas esse quadro só nos dá a certeza de que temos que caminhar ainda mais em sintonia e unidade com o Sindicato, para superar os obstáculos impostos pelo isolamento social, os ataques sistemáticos do governo e ganância desenfreada das empresas. MANUTENÇÃO DO EMPREGO A pauta deverá ter como prioridade a manu- tenção dos postos de trabalho e dos Acordos Coletivos, com suas cláusulas econômicas e sociais, como o reajuste salarial e dos vales refeição e alimentação. E incluirá também a garantia de preservação dos postos de trabalho, fundamental diante do crescimento do desem- prego, e o pagamento do PPR. No contexto de pandemia, a discussão da renovação do Acordo Coletivo terá como pauta prioritária ainda a re- gulamentação do home office. (Veja mais sobre essa questão no verso desta edição). Para o coordenador-geral do Sinttel-Rio, Luís Antônio Souza, é urgente enfrentar o debate sobre a regulamentação do trabalho remoto e garantir que os trabalhadores não tenham perdas: “Algumas empresas já apontam que muitos dos trabalhadores em regime de tele- trabalho poderão não retornar após o fim da pandemia. Desta forma, questões fundamentais como jornada de trabalho, ajuda de custo para despesas como energia e internet, ergonomia etc precisam ser discutidas” avalia. Outro aspecto fundamental que já deve come- çar a ser tema de reflexão pelos trabalhadores é a necessidade de mobilização e pressão sobre as empresas, mesmo nestes tempos difíceis de pandemia. A união de todos será imprescindível para o sucesso da campanha salarial. empresas após pressão do Sinttel-Rio, que teve que recorrer à Justiça para ga- rantir que o protocolo de prevenção fosse cumprido, o risco existe, principalmente com a circulação em transporte público. Depois de quatro meses enfrentando a pandemia, todos já têm informações sobre as medidas de prevenção, mas não basta saber que é preciso usar máscara, lavar as mãos, utilizar álcool gel, evitar aproximação. É necessário transformar o conhecimento em rotina. A juventude não é barreira para a Covid-19. MAIS 75 MIL MORTES O número oficial de casos no Brasil é de quase 75 mil mortes e estamos perto de superar a marca triste de 2 milhões de casos confirmados. Entre eles, mui- tos que negavam o perigo da doença. Mesmo diante desses dados irrefutáveis assistimos incrédulos às manifestações de pessoas contra o uso de máscaras e o isolamento social. Além da responsabili- dade com a própria saúde, é necessário se preocupar em salvar o próximo. FONTE: O GLOBO OPERADORAS: É HORA DE PREPARAR A CAMPANHA O tempo voa! O segundo semestre começou e com ele a preparação da estratégia para a campanha salarial das operadoras. Neste período, temos uma das maiores e mais importantes campanhas salariais, envolvendo as grandes operadoras (Tim, Vivo, Oi, Claro entre outras). Mesmo com as demissões ocorridas, essa campanha envolve mais de 10 mil trabalhadores diretos das operadoras em todo país. ALEXANDRE BERSOT / PXHERE Ato da campanha salarial 2019, na Oi Praia de Botafogo ARQUIVO

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Page 1: OPERADORAS: É HORA DE PREPARAR A CAMPANHA · diante do desmonte de direitos por parte dos governos Temer e Bolsonaro, vai se dar agora num contexto conturbado de pandemia e de crise

ACORDOS COLETIVOS EM RISCO

O ataque aos direitos dos trabalhadores não para. A manutenção dos Acordos Co-letivos durante o período de negociação, mantendo direitos conquistados, como os auxílios refeição e alimentação, até que patrões e empregados concluam o pro-cesso negocial, a chamada ultratividade, foi derrubada na Reforma Trabalhista.

Agora, diante da pandemia, foi aprova-do pelo Congresso que essa prorrogação automática dos Acordos voltaria a vigo-rar, afinal todos os processos estão mais lentos e, diante da crise, seria necessário garantir direitos já conquistados. E o que fez o presidente Jair Bolsonaro? Vetou a ultratividade. Mais uma prova da in-sensibilidade em relação à realidade do trabalhador. Assim, temos um desafio ainda maior: negociar com as empresas para que os benefícios não sejam suspen-sos, caso as negociações se prolonguem. O Sinttel-Rio já começou a discutir a prorrogação dos Acordos para preservar direitos, como explica o coordenador-ge-ral, Luis Antônio: “A TIM já sinalizou com a possibilidade de manutenção do Acordo Coletivo durante a pandemia. Agora, va-mos negociar com as demais empresas. Não é possível admitir que, nesse quadro caótico, benefícios conquistados sejam suspensos. É lamentável que o Governo Federal tenha tomado mais essa decisão que prejudica o trabalhador”, afirma.

Na contramão do que aconteceu em outros países da Europa e nos Estados Unidos, aqui no Brasil os casos de coronavírus se concentram na faixa etária de 20 a 49 anos, com números próximos de 500 mil pessoas infectadas. Os dados são do portal Covid-19 Brasil. No município do Rio de Janeiro, 43% dos registros são de pessoas entre 30 e 49 anos, ainda longe da terceira idade.

Já com relação aos óbitos, estes se-guem a tendência mundial - 85% dos mortos no país têm acima de 60 anos. Ainda assim, o percentual de mortes observado entre brasileiros com menos de 50 anos tem sido maior do que o veri-ficado na Europa e nos Estados Unidos. No Brasil, 7% dos mortos tinham entre 40 e 50 anos; e 3,9% entre 20 e 39 anos.

A pneumologista Margareth Dalcol-mo, da Fiocruz, foi a primeira a advertir, com veemência, ainda em março, que o país “rejuvenesceria” a doença, como resultado da combinação da pirâmide etária brasileira com o baixo grau de distanciamento social.

“Não estamos falando de casos leves ou assintomáticos. Nos referimos a pes-

soas que adoeceram com gravidade e engrossaram a triste estatística de casos confirmados. E casos confirmados em nosso país, sem testes e com altíssima subnotificação, são os mortos e os inter-nados em hospitais com um quadro grave da Covid-19”, salienta Dalcolmo.

E a especialista faz um alerta importan-te: “O jovem tem mais defesas imunológi-cas, por isso, morre menos, mas não quer dizer que não adoeça com gravidade. A situação está grave demais. Muita gente

ainda não entendeu que o distanciamento social é a única opção para conter o co-ronavírus”, enfatiza.

JOVEM NÃO É IMUNEEntender que jovens também correm

risco é fundamental para nossa catego-ria. Especialmente entre os trabalha-dores de call centers, mas também na rede e nas operadoras, onde a presença de jovens é marcante.

Apesar das medidas adotadas pelas

COVID-19Trabalhador jovem também corre risco

Aposentado e pensionista: pode vir coisa

boa por aí!O Senado Federal discute

a possibilidade de aprovar o Projeto de Lei que prevê o paga-mento do 14º salário emergen-cial, em dezembro de 2020, para aposentados e pensionistas do INSS. A ideia foi apresentada ao Senado, no início de julho, pelo presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH), o senador Paulo Paim (PT/RS).

Com o 13º salário adiantado para maio e junho, por conta da pandemia causada pelo novo coronavírus, o pagamento do 14º seria uma forma de garantir esse benefício em dezembro. Segundo Paim, esse é um as-sunto de extrema relevância, pois muitos aposentados que ajudam a sustentar toda a famí-lia tiveram as despesas aumen-tadas em razão da pandemia.

O Sinttel-Rio apoia essa ideia e convida a todos os aposentados e pensionistas a pressionarem seus parlamentares para que votem a favor da PL 3.657/2020. Pois juntos somos mais fortes.

Em setembro, teremos a data-base das empresas Tim, Vivo e Claro e em novembro será a vez da Oi. Em 2020, a negociação será ainda mais desafiadora. A nossa campanha, que vem

enfrentando nos últimos anos uma luta intensa diante do desmonte de direitos por parte dos governos Temer e Bolsonaro, vai se dar agora num contexto conturbado de pandemia e de crise econômica profunda. A bem da verdade, as grandes empresas do setor, Vivo e Claro, principalmente, estão imunes a qualquer crise, são verdadeiros impérios.

Mas esse quadro só nos dá a certeza de que temos que caminhar ainda mais em sintonia e unidade com o Sindicato, para superar os obstáculos impostos pelo isolamento social, os ataques sistemáticos do governo e ganância desenfreada das empresas.

MANUTENÇÃO DO EMPREGOA pauta deverá ter como prioridade a manu-

tenção dos postos de trabalho e dos Acordos Coletivos, com suas cláusulas econômicas e sociais, como o reajuste salarial e dos vales refeição e alimentação. E incluirá também a garantia de preservação dos postos de trabalho, fundamental diante do crescimento do desem-prego, e o pagamento do PPR. No contexto de pandemia, a discussão da renovação do Acordo Coletivo terá como pauta prioritária ainda a re-gulamentação do home office. (Veja mais sobre essa questão no verso desta edição).

Para o coordenador-geral do Sinttel-Rio, Luís Antônio Souza, é urgente enfrentar o debate sobre a regulamentação do trabalho remoto

e garantir que os trabalhadores não tenham perdas: “Algumas empresas já apontam que muitos dos trabalhadores em regime de tele-trabalho poderão não retornar após o fim da pandemia. Desta forma, questões fundamentais como jornada de trabalho, ajuda de custo para despesas como energia e internet, ergonomia etc precisam ser discutidas” avalia.

Outro aspecto fundamental que já deve come-çar a ser tema de reflexão pelos trabalhadores é a necessidade de mobilização e pressão sobre as empresas, mesmo nestes tempos difíceis de pandemia. A união de todos será imprescindível para o sucesso da campanha salarial.

empresas após pressão do Sinttel-Rio, que teve que recorrer à Justiça para ga-rantir que o protocolo de prevenção fosse cumprido, o risco existe, principalmente com a circulação em transporte público. Depois de quatro meses enfrentando a pandemia, todos já têm informações sobre as medidas de prevenção, mas não basta saber que é preciso usar máscara, lavar as mãos, utilizar álcool gel, evitar aproximação. É necessário transformar o conhecimento em rotina. A juventude não é barreira para a Covid-19.

MAIS 75 MIL MORTESO número oficial de casos no Brasil é

de quase 75 mil mortes e estamos perto de superar a marca triste de 2 milhões de casos confirmados. Entre eles, mui-tos que negavam o perigo da doença. Mesmo diante desses dados irrefutáveis assistimos incrédulos às manifestações de pessoas contra o uso de máscaras e o isolamento social. Além da responsabili-dade com a própria saúde, é necessário se preocupar em salvar o próximo.

FONTE: O GLOBO

OPERADORAS: É HORA DE PREPARAR A CAMPANHAO tempo voa! O segundo semestre começou e com ele a preparação da estratégia para a campanha salarial das operadoras. Neste período, temos uma das maiores e mais importantes campanhas salariais, envolvendo as grandes operadoras (Tim, Vivo, Oi, Claro entre outras). Mesmo com as demissões ocorridas, essa campanha envolve mais de 10 mil trabalhadores diretos das operadoras em todo país.

ALEXANDRE BERSOT / PXHERE

Ato da campanha salarial 2019, na Oi Praia de Botafogo

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SEREDE

OI

humor 1.718

Rua Morais e Silva, 94 - Maracanã - RJ - CEP 20271-030 - Tel.: 2204-9300E-mail Geral [email protected] - Portal www.sinttelrio.org.br

E-mail Jurídico [email protected] - E-mail Imprensa [email protected]

DIRETORA DE COMUNICAÇÃOKeila Machado ([email protected])

REDAÇÃO e EDIÇÃO Socorro Andrade (Reg. 460 DRT/PB - [email protected])

PRODUTORA DE CONTEÚDO DO PORTALCamila Palmares

ILUSTRAÇÃO Alexandre Bersot (http://www.behance.net/alexandrebersot)

DIAGRAMAÇÃOL&B Comunicação Ltda

O Sirius das telecomunicações

No sábado, 11/07, o Laboratório Nacio-nal de Luz Síncroton (LNLS), de Campi-nas, anunciou as primeiras imagens do Sirius, o maior acelerador de elétrons do Brasil e um dos mais avançados do mundo. Qual a importância desse feito? O LNLS, responsável pelo projeto Sirius, destacou: “nesses primeiros experimen-tos foram radiografadas proteínas do novo coronavírus. A expectativa é que a ferramenta seja cada vez mais empregada para tentar entender o vírus e combater a pandemia. A versatilidade de uma fonte de luz síncrotron permite o desenvolvimento de pesquisas em áreas estratégicas, como energia, alimentação, meio ambiente, saúde, defesa e vários outros”.

Outro grande exemplo de instituição nacional de pesquisa é o Cenpes (Cen-tro de Pesquisa e Desenvolvimento) da Petrobrás. É um dos mais importantes complexos de pesquisa aplicada do mundo, com laboratórios avançados e salas de simulações e imersão em pro-cessos da indústria de energia. Devido ao pioneirismo da Petrobras no campo de exploração de águas profundas, o Cenpes teve vital importância na criação de tecnologia para a descoberta do pré--sal que não estava disponível para ser adquirida em nenhum lugar no mundo. Mesmo com o atual governo tentando destruir a Petrobrás, continuamos a ser uma referência mundial.

E nas telecomunicações?Estamos vivendo uma nova “guerra

fria”, desta vez entre a China e os EUA – a guerra do 5G. Em todo o mundo há um investimento pesado em pesquisa e desenvolvimento. Os EUA, por exemplo, tentam sabotar a Huawei, a operadora chinesa que é líder global em soluções de Tecnologia da Informação e Comu-nicação (TIC).

O Brasil, infelizmente, fez uma escolha equivocada com a privatização do setor de telecomunicações, em 1998. Naquela ocasião, tínhamos o único centro de pes-quisa fora do eixo Europa, Japão, EUA: o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Telebrás (CPqD). Com o CPqD obtivemos o controle da tecnologia da fibra ótica, de centrais eletrônicas. Exportávamos o cartão indutivo para telefone público para a China – repetimos: para a China!!! Era um verdadeiro Sirius das telecomunica-ções. Mas abrimos mão de disputarmos essa estratégica área do conhecimento.

Nesse cenário mundial, apesar de toda conjuntura contrária em nosso país, precisamos exigir que haja investimento em conhecimento, fortalecimento das universidades públicas em relação às tele-comunicações/tecnologia da informação. Exigir que as operadoras de telecomuni-cações no Brasil não se apropriem apenas dos lucros para seus acionistas, e, sim, garantam investimento em capacitação, em conhecimento, em pesquisa.

Visite o portal w.ww.institutotelecom.com.br EDITAL DE CONVOCAÇÃO

ASSEMBLEIAS EXTRAORDINÁRIAS DE ELEIÇÃO DE REPRESENTANTE SINDICAL

O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Telecomunicações, Transmissão de Dados e Correio Eletrônico, Telefonia Móvel Celular, Serviços Troncalizados de Comunicação, Radiochamadas, Telemarketing, Projeto, Construção, Instalação e Operação de Equipamento e Meios Físicos de Transmissão de Sinal, Similares e Operadores de Mesas Telefônicas no Estado do Rio de Janeiro – SINTTEL/RJ, convoca os associados empregados da Serede lotados nos endereços relacionados para a respectiva Assembleia Extraordinária de Eleição do Representante Sindical dos Trabalhadores no referido local de trabalho, a serem realizadas em primeira convocação, ou 30 minutos mais tarde em segunda e última convocação, conforme segue: 1) Rua Hélio Matos, 715 - Niterói, dia 16/07 às 7hs; 2) Rua João Vicente, 1067 – Bento Ribeiro, dia 16/07 às 7hs; e 3) Rua Pe. Telêmaco, 97 - Cascadura, dia 22/07 às 7hs.

Rio de Janeiro, 14 de julho de 2020Luís Antônio Souza da Silva

Coordenador Geral – SINTTEL RJ

O Sinttel-Rio está superconectado e quer estar com você em todos os momentos, sejam eles de luta, desafios, dúvidas e, também, nas conquistas, é claro!

Acompanhe o sindicato nas nossas redes sociais. São canais de comunicação criados para levar até você todas as informações da sua categoria e também para te ouvir. Por lá, você pode enviar dúvidas sobre a sua empresa, sobre como se sindicalizar e todas as possibi-lidades em que o Sinttel-Rio pode atuar, além de denúncias, com a garantia de anonimato.

A pressão é grande? Não tem jeito, o caminho é focar na organização e na união. Apesar de todos os ataques aos sin-dicatos, os trabalhadores já entenderam que precisam fortalecer suas entidades para não perder direitos. Por isso, as eleições de representantes sindicais têm

mobilizado o pessoal de telecom. Nos últimos dias, foram realizadas

eleições na Serede e na Oi. Os diretores Geison Rocha e Amilton Barros esti-veram nas unidades de São Conrado, Guaratiba, Unamar, Araruama, Cabo Frio e Nilópolis conversando com os

A pandemia do novo co-ronavírus, que impôs a muitos brasileiros o isolamento social a par-tir de março, forçou as

empresas e os Sindicatos a discutirem a implementação do home office. Foi uma boa alternativa considerando a necessidade de preservar a saúde dos trabalhadores e reduzir as chances de contaminação.

Agora, vivemos outro momento. As empresas perceberam que o teletraba-lho pode ser um grande negócio para elas e não se fala mais de outra coisa no mercado. Elas querem manter o novo regime após a pandemia. O assunto ganha as páginas de jornais e o horário nobre nos telejornais. E só há espaços para se contar as vantagens do chamado ‘novo normal’. Mas nem tudo são flores no trabalho em casa.

A euforia dos empresários com o

home office é grande. Eles querem reduzir custos cortando salários e benefícios, conforme já sugeriu o presi-dente do Banco Santander, Sérgio Rial. Aliás, o Santander já demitiu durante a pandemia mais de 400 trabalhadores no Brasil, o que não fez em nenhum outro país onde atua.

É óbvio que há vantagens em traba-lhar em casa e que há trabalhadores que por razões pessoais vão preferir essa modalidade, mas o Sinttel-Rio está atento ao movimento das empresas e lutará para não permitir que quem trabalhe em regime de home office seja prejudicado. Há mais dúvidas do que certezas quanto aos direitos dos trabalhadores nessa modalidade.

VANTAGENS E DESVANTAGENS

O Sinttel-Rio realizou no final de março, logo no início do isolamento

social, uma pesquisa com os trabalha-dores de diversas empresas do setor, que foram colocados em regime de home office. Nela, eles destacaram as vantagens e desvantagens da modalidade. Os aspectos levantados são os mesmos apontados por outros trabalhadores.

A maioria sinaliza como vantagens:=Ganho de qualidade de vida;=Fim do estresse no deslocamento

até o local de trabalho;=Ambiente de trabalho mais con-

fortável, tranquilo e seguro;=Mais tempo livre (economia do

tempo gasto no transporte);Já as desvantagens foram:=Arcar com os custos de infraes-

trutura (luz, internet de qualidade); =Falta de equipamentos como me-

sas e cadeiras adequadas (ergonomia), computador;=Distanciamento social dos cole-

gas, a falta de interação;Com relação aos gastos com a in-

fraestrutura para trabalhar em casa, o Sinttel-Rio conseguiu fazer com que algumas empresas pagassem um adicional ao funcionário como forma de compensar os gastos, mas a maioria delas ainda se nega a fazer esse repasse.

MUITAS DÚVIDASDe acordo com a nossa pesquisa,

os trabalhadores têm mais dúvidas do que certezas sobre os direitos e deveres no trabalho em home office e não é para menos. O que é celebrado pelos empresários acerca do novo regime de trabalho deixa a todos com a pulga atrás da orelha. Eles não jogam para perder. Mas eles não vão ganhar esse jogo facilmente. A nossa receita para garantir o empate é a união dos trabalhadores no for-talecimento do Sinttel-Rio. Faça isso se sindicalizando.

A resposta às dúvidas dos trabalha-dores serão respondidas à medida que o trabalho remoto se tornar efetivo. Muitas das questões levantadas dão conta, por exemplo, de como o home office é definido na CLT. Entre elas, se o trabalhador deve responder e-mails ou mensagens de WhatsApp fora do horário de trabalho e se acidentes domésticos durante o expediente se-rão caracterizados como acidente de trabalho. Essas são apenas algumas das muitas perguntas que não querem calar e que precisam ser esclarecidas sem prejuízo para o trabalhador.

Acompanhe a gente!Site: sinttelrio.org.br

Instagram: @SinttelRioYoutube: WebTV Sinttel-Rio

Twitter: @SinttelRioWhatsapp: (21) 98136 0325

Sinttel-Rio conectado a você!Na pandemia, essa conexão virtual ganhou

ainda mais importância. Empodere-se. Apoie. Junte-se a nós nessa luta. Porque juntos somos mais fortes!

REPRESENTANTES SINDICAIS

Novos representantes eleitos fortalecem a lutaConheça os novos

representantes sindicais:

LOCAL

Guaratiba

Unamar  Araruama  Cabo Frio  Nilópolis

Bento Ribeiro

São Conrado

NOME

Marcelo Peçanha Pires

Diones Brandão da SilvaFagner Frazão Rodrigues

Cleber Sales cunhaThiago Sousa de Moraes Carlos Eduardo da Silva GonçalvesLuís Carlos Gonçalves Pinto Wallace Caxias Alves

Jorge Marcelo Duque Moura

Rodrigo Almeida Conceição SantosRonaldo Leal Ferreira

LOCAL

CABO FRIO

NOME

Cassiano Sales Cunha

funcionários das duas empresas, fazendo o debate sobre a atuação do Sinttel-Rio e organizando a eleição nos locais de trabalho. Agora, contamos com 12 novos representantes sindicais. Se você é des-sas unidades da Serede e da Oi, precisa conhecê-los. Eles estão disponíveis para dar o apoio necessário e juntar mais gente nessa luta. Sindicalize-se e venha com a gente.

O diretor Amilton Barros, avalia que os trabalhadores da Serede, mesmo com os recentes cortes na empresa, entendem a importância de caminhar ao lado do Sindicato. “Trabalhadores estão apre-ensivos com as demissões, entretanto mostraram disposição para participar e estão ansiosos pelo início da campanha salarial de 2020. O Sinttel-Rio está cobrando junto à Serede e ao Sindicato Patronal o início das negociações ainda para este mês de julho”.

O HOME OFFICE SERÁ UMA REALIDADE APÓS A PANDEMIAA nova lei trabalhista (№ 13.467), sancionada por Michel Temer em julho de 2017, foi um impulso significativo à adoção do home office por grande parte do empresariado brasileiro ainda cético em relação a isso. A flexibilidade de direitos previstos na nova lei, que além do teletrabalho legalizou a absurda jornada intermitente, foi o aval para que eles se interessassem.

ALEXANDRE BERSOT