Operacoes de mecanica teoria

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    Eletricista de manuteno Operaes de mecnica - Teoria

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    Operaes de mecnica - Teoria 008451 (46.15.11.941-5) SENAI-SP, 2009. 4a Edio. Trabalho avaliado pelo Comit Tcnico de Processo de Usinagem e editorado por Meios Educacionais da Gerncia de Educao da Diretoria Tcnica do SENAI-SP.

    Avaliao Carlos Eduardo Binati Jos Roberto da Silva Rogrio Augusto Spatti

    Coordenao editorial Gilvan Lima da Silva 3a Edio, 2008. Editorao. 2a Edio, 2007. Trabalho editorado por Meios Educacionais da Gerncia de Educao da Diretoria Tcnica do SENAI-SP. 1a Edio, 2003. Trabalho revisto, organizado e atualizado a partir de contedos extrados da Intranet, por Meios Educacionais da Gerncia de Educao e CFP 1.22 da Diretoria Tcnica do SENAI-SP.

    Coordenao Airton Almeida de Moraes Seleo de contedos Antnio Moreno Neto

    Desenho tcnico Flavio Alves Dias Ivo da Rocha Silva

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    Sumrio

    Paqumetro 9

    Leitura do paqumetro em dcimo de milmetro 10 Micrmetro 13

    Caractersticas do micrmetro 15 Leitura do micrmetro no sistema mtrico 16

    Lima 21 Utilizao e conservao 22

    Rgua graduada 23 Rgua sem encosto 24 Rgua com encosto 24 Rgua de encosto interno 24 Rgua de dois encostos 25 Rgua de profundidade 25 Leitura da escala segundo o sistema mtrico 26 Leitura de escala segundo o sistema ingls 26 Conservao da rgua 27

    Instrumentos de traagem 29 Instrumentos e materiais 29 Desempeno 31 Rgua, riscador, esquadro 33 Riscador e compasso 33 Martelo e puno 35 Solues corantes 38

    Furadeiras 39 Tipos de furadeiras 39 Manuseio da furadeira 45

    Brocas 47 Broca helicoidal com haste cilndrica 48 Broca helicoidal com haste cnica 48 Caractersticas das brocas 50

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    Modificaes para aplicaes especficas 53 Brocas especiais 55 Brocas com pastilha de metal duro para concreto 55 Brocas de hlice rpida 56 Brocas de hlice lenta 56 Brocas de hlice lenta para plsticos termoestveis 57 Brocas para trabalhos pesados 57 Brocas extracurtas 57 Brocas em ao cobalto para aos-mangans 58

    Gabaritos 63 Conservao 64

    Machos de roscar 65 Sistema de rosca 66 Aplicao 66 Passo ou nmero de filetes por polegada 66 Dimetro externo ou nominal 66 Dimetro da espiga ou haste cilndrica 67 Sentido da rosca 67 Classificao dos machos de roscar, segundo o tipo de rosca 68

    Seleo de ferramentas para roscar 69 Condies de uso dos machos de roscar 70 Conservao 70

    Acessrios de travamento 71 Anis de reteno 71 Cupilhas 72

    Serra manual 73 Arco de serra 73 Lmina de serra 75 Seleo da lmina de serra 78

    Tesouras e mquinas de corte 81 Tesouras manuais 81 Tesouras de bancada 84 Normas de segurana 86

    Viradeiras manuais 87 Rebite de repuxo 91 Parafusos 97

    Parafusos 97 Chaves de fenda 101

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    Chave de fenda Phillips 103 Recuperao 103

    Serra tico-tico porttil 105 Constituio 105

    Referncias 107

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    Paqumetro um instrumento de preciso para tomar medidas lineares, ou seja, medidas que representam comprimento, largura, altura e espessura das peas. Permite a leitura de fraes de milmetros e de polegadas, atravs de uma escala chamada vernier ou nnio. A preciso do paqumetro de 0,02mm, 1/128 ou 0,001. O paqumetro composto de duas partes principais: Corpo fixo e corpo mvel. O corpo mvel chamado de cursor. no cursor que fica a escala vernier. Observe na figura os componentes do paqumetro.

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    Leitura do paqumetro em dcimo de milmetro A leitura em dcimos de milmetros feita na escala vernier.

    O vernier de milmetro tem comprimento total de 9mm. Est dividido em 10 partes iguais. Cada diviso do vernier vale, portanto: 9mm : 10 = 0,9mm; assim, cada diviso do vernier 0,1mm menor do que cada diviso da escala de milmetros. Para ler a medio em dcimos de milmetros, voc deve ler, na escala de milmetros, os milmetros inteiros antes do zero do vernier.

    Conte, depois os traos do vernier at que coincida com um trao da escala de milmetros, para obter os dcimos de milmetro.

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    Observe a figura abaixo.

    O zero do vernier de milmetros coincide exatamente com um dos traos da escala de milmetros. Veja que contando os traos da escala de milmetro desde zero, o 12 a medida que coincide com o zero do vernier. Portanto, a medida 12mm. Veja, agora, outro exemplo.

    Agora, o zero do vernier de milmetros no coincide exatamente com nenhum trao da escala de milmetros. O zero do vernier est entre os traos 15 e 16 da escala de milmetros. Nesse caso, fique com a menor medida, que 15, ou seja, a medida que aparece antes do zero de vernier.

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    Em seguida, observe onde um dos traos do vernier de milmetros coincide com um dos traos da escala de milmetros. Os traos coincidem no nmero 3 do vernier de milmetros. Ento, a medida 15,33mm. Observe este novo exemplo.

    A medida 1,35mm porque o 1 da escala de milmetros est antes do zero do vernier e a coincidncia se d no 3 trao do vernier. Repare no ltimo exemplo.

    Neste caso, a medida 59,4mm porque o 59 da escala de milmetros est antes do zero do vernier e a coincidncia se d no 4 trao do vernier

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    Micrmetro Micrmetro um instrumento que permite a leitura em centsimos e milsimos de milmetro de maneira simples, mais rigorosa e exata que o paqumetro. O princpio de funcionamento do micrmetro assemelha-se ao do sistema parafuso e porca. O parafuso, ao dar uma volta completa em uma porca fixa, provoca um deslocamento igual ao seu passo.

    Desse modo, dividindo-se a cabea do parafuso, podem-se avaliar fraes menores que uma volta e, com isso, medir comprimentos menores do que o passo do parafuso.

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    As partes componentes de um micrmetro so: arco, faces de medio, batente, fuso micromtrico, bainha, bucha interna, porca de ajuste, catraca, tambor, trava e isolante trmico.

    O arco feito de ao especial ou fundido, tratado termicamente para eliminar tenses internas. O isolante trmico evita a dilatao do arco, onde est fixado, porque isola a transmisso de calor das mos para o instrumento. O fuso micromtrico construdo de ao especial temperado e retificado para garantir exatido do passo da rosca. As faces de medio tocam a pea a ser medida e, para isso, apresentam-se rigorosamente planas e paralelas. Em alguns instrumentos, os contatos so de metal duro de alta resistncia ao desgaste. A porca de ajuste permite o ajuste da folga do fuso micromtrico quando isso necessrio. O tambor onde se localiza a escala centesimal. Gira ligado ao fuso micromtrico; portanto, a cada volta seu deslocamento igual ao passo do fuso micromtrico. A catraca ou frico assegura uma presso de medio constante. A trava permite imobilizar o fuso numa medida pr-determinada.

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    Caractersticas do micrmetro O micrmetro caracteriza-se pela capacidade, pela resoluo e pela aplicao. A capacidade de medio do micrmetro geralmente de 25mm ou uma polegada, variando o tamanho do arco de 25 em 25mm ou de 1 em 1. Pode chegar a 2000mm ou 80. A resoluo pode ser de 0,01mm; 0, 001mm; .001 (um milsimo de polegada) ou .0001 (um dcimo de milsimo de polegada). No micrmetro de 0 a 25mm ou de 0 a 1, quando as faces dos contatos esto juntas, a borda do tambor coincide com o trao zero da bainha. A linha longitudinal, gravada na bainha, coincide com o zero da escala do tambor.

    A aplicao do micrmetro variada, segundo a necessidade. Assim, existem micrmetros de medida externa e de medida interna. Micrmetro contador mecnico para uso comum, porm sua leitura pode ser efetuada no tambor ou no contador mecnico; facilita a leitura independentemente da posio de observao, evitando o erro de paralaxe.

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    Micrmetro digital eletrnico Ideal para leitura rpida, livre de erros de paralaxe, prprio para uso em controle estatstico de processos, juntamente com microprocessadores.

    Leitura do micrmetro no sistema mtrico A leitura no sistema mtrico considera resolues de 0,01mm e de 0,001mm. Micrmetro com resoluo de 0, 01mm A cada volta do tambor, o fuso micromtrico avana uma distncia chamada passo. A resoluo de uma medida tomada em um micrmetro corresponde ao menor deslocamento de seu fuso; para obter a medida, divide-se o passo pelo nmero de divises do tambor.

    tambor do divises de nmerocomicromtri fuso do rosca de passosoluoRe =

    Se o passo da rosca de 0,5mm e o tambor tem 50 divises, a resoluo ser:

    R = 0 550

    , mm = 0,01mm

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    A leitura no micrmetro com resoluo de 0,01mm deve obedecer s seguintes etapas: Leitura dos milmetros inteiros na escala da bainha; Leitura dos meios milmetros, tambm na escala da bainha; Leitura dos centsimos de milmetro na escala do tambor. Tomando como exemplos as ilustraes a seguir, as leituras sero:

    17,00 mm (escala dos mm da bainha) +0,50 mm (escala dos meios mm da bainha) 0,32 mm (escala centesimal do tambor) 17,82 mm Leitura total

    23,00 mm (escala dos mm da bainha) +0,00 mm (escala dos meios mm da bainha) 0,09 mm (escala centesimal do tambor) 23,09 mm Leitura total

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    Micrmetro com resoluo de 0,001mm No caso de micrmetro com nnio, este indica o valor a ser acrescentado leitura obtida na bainha e no tambor. A medida indicada pelo nnio igual leitura do tambor, dividida pelo nmero de divises do nnio. Se o nnio tiver dez divises marcadas na bainha, a resoluo ser:

    R = 0 0110, = 0,001mm

    A leitura no micrmetro com resoluo de 0,001mm obedece s seguintes etapas: Leitura dos milmetros inteiros na escala da bainha; Leitura dos meios milmetros na mesma escala; Leitura dos centsimos na escala do tambor; Leitura dos milsimos som auxlio do nnio da bainha, verificando qual dos traos

    do nnio coincide com o trao do tambor. A leitura final ser a soma dessas quatro leituras parciais. Exemplos

    A = 20,000 mm + B = 0,500 mm C = 0,110 mm D = 0,008 mm Total = 20,618 mm

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    A = 18,000 mm + B = 0,090 mm C = 0,006 mm Total = 18,096 mm

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    Lima uma ferramenta empregada para limar, isto , para desbastar ou dar acabamento em superfcies metlicas. feita de ao-carbono, temperada, manual e denticulada.

    O denticulado ou picado das limas classificado de acordo com a inclinao e tamanho dos dentes. Quanto inclinao, o picado pode ser simples ou duplo (cruzado). Quanto ao tamanho dos dentes as limas podem ser: Bastardas ou muras.

    Bastarda Mura As limas mais usuais medem 100, 150, 200, 250 e 300mm de comprimento.

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    Utilizao e conservao Para serem usadas com segurana e bom rendimento, as limas devem estar bem

    encabadas, limpas e com o picado em bom estado de corte. Para limpeza e desobstruo do picado, use uma vareta ou barra de metal macio,

    de cobre ou lato, de ponta achatada.

    Para conservao, evite choques, proteja a lima contra umidade, a fim de evitar

    oxidao, e evite o contato entre as limas para no estragar os denticulados.

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    Rgua graduada Rgua graduada ou escala uma lmina de ao, geralmente inoxidvel, graduada em unidades do sistema mtrico e/ou sistema ingls. utilizada para medidas lineares que admitem erros superiores menor graduao da rgua, que normalmente equivale a

    0,5mm ou 132

    " .

    As rguas graduadas apresentam-se nas dimenses de 150, 200, 250, 300, 500, 600, 1000, 1500, 2000 e 3000mm. As mais comuns so as de 150mm (6) e 300mm (12). De modo geral, uma escala confivel deve apresentar bom acabamento, bordas retas e bem definidas e faces polidas. As rguas de manuseio constante devem ser de ao inoxidvel ou de metal tratado termicamente. necessrio que os traos da escala sejam gravados, uniformes, eqidistantes e finos. A retitude e o erro mximo admiss-vel das divises obedecem a normas internacionais.

    Existem cinco tipos de rgua graduada: sem encosto, com encosto, de encosto interno, de encosto externo, de dois encostos e de profundidade.

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    Rgua sem encosto Utilizada na medio de peas planas com ou sem face de referncia. Neste caso, deve-se subtrair do resultado o valor do ponto de referncia.

    Rgua com encosto Destinada medio de comprimento a partir de uma face externa, utilizada como en-costo.

    Rgua de encosto interno A rgua de encosto interno destinada a medies de peas que apresentam faces internas de referncia.

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    Rgua de dois encostos Dotada de duas escalas: uma com referncia interna e outra com referncia externa. utilizada principalmente pelos ferreiros.

    Rgua de profundidade Utilizada nas medies de canais ou rebaixos internos.

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    Leitura da escala segundo o sistema mtrico Cada centmetro na escala encontra-se dividido em 10 partes iguais e cada parte equi-vale a 1mm.

    Leitura da escala segundo o sistema ingls No sistema ingls de polegada fracionria, a polegada se divide em 2,4,8,16 ... partes iguais. As melhores escalas apresentam 32 divises por polegada, enquanto as de-

    mais s apresentam fraes de 116

    " de polegada. Deve-se observar que somente esto

    indicadas as fraes de numerador mpar.

    Sempre que as fraes de polegada apresentarem numeradores pares, a frao

    simplificada: 216

    " = 18" ; 6

    16" = 3

    8"

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    A leitura consiste em verificar qual trao coincide com a extremidade do objeto, obser-vando-se a altura do trao, que facilita a indicao das partes em que a polegada foi

    dividida. No exemplo que segue, o objeto tem 1 18" (uma polegada e um oitavo).

    Conservao da rgua Para boa conservao, deve-se evitar deix-la em contato com outras ferramentas ou cair; no flexion-la ou torc-la para evitar que empene ou quebre; limp-la aps o uso; proteg-la contra oxidao usando leo, quando necessrio.

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    Instrumentos de traagem

    Antes que seja iniciada a usinagem de peas em bruto produzidas por forjamento ou por fundio, ou de peas pr-usinadas, realiza-se uma operao que indica o local e a quantidade de material a ser retirado. Essa operao se chama traagem. Instrumentos e materiais Para realizar a traagem, necessrio ter alguns instrumentos e materiais. Os instrumentos so muitos e variados: desempeno, escala, graminho, riscador, rgua de traar, suta, compasso, esquadro e cruz de centrar, puno e martelo, blocos prismticos, macacos de altura varivel, cantoneiras, cubos de traagem. Para cada etapa da traagem, um desses instrumentos ou grupos de instrumentos usado. Assim, para apoiar a pea, usa-se o desempeno.

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    Para medir, usa-se a escala e o gonimetro ou calibrador traador. Para traar, usa-se o riscador, o compasso e o calibrador traador.

    Dependendo do formato da pea, e da maneira como precisa ser apoiada, necessrio tambm usar calos, macacos, cantoneiras e/ou o cubo de traagem.

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    Para auxiliar na traagem, usa-se rgua, esquadros com base, esquadro de centrar, suta, tampes, gabaritos.

    Para marcar, usam-se um puno e um martelo.

    Desempeno

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    O desempeno um bloco robusto, retangular ou quadrado, construdo de ferro fundido ou granito. Sua face superior rigorosamente plana.

    O plano de referncia serve para traado com calibrador traador ou para a verificao de superfcies planas. Os desempenos so tecnicamente projetados e cuidadosamente construdos com ferro fundido de qualidade especial. As nervuras so projetadas e dispostas de tal forma que no permitem deformaes, mantendo bem plana a face de controle. Os desempenos apresentam, em geral, as dimenses mostradas no quadro a seguir.

    Dimenses (mm) 400 x 250 1.000 x 1.000 400 x 400 1.600 x 1.000 630 x 400 2.000 x 1.000 630 x 630 3.000 x 1.000 1000 x 630

    Os desempenos devem ser manuseadas com o mximo cuidado e mantidos bem nivelados com o auxlio dos ps niveladores. Alm disso, no devem sofrer golpes que possam danificar sua superfcie.

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    aconselhvel alternar a superfcie de uso do desempeno para que o desgaste seja regular em todo o seu plano. Ele deve ser mantido limpo, untado com leo anti-corrosivo e protegido com um tampo de madeira. Rgua, riscador, esquadro

    A rgua de traar fabricada de ao-carbono, sem escala, com faces planas e paralelas. Tem uma das bordas biselada, ou seja, chanfrada. Ela serve de guia para o riscador, quando se traam linhas retas.

    O esquadro que serve de guia ao riscador quando so traadas linhas perpendiculares a uma face de referncia, chamado de esquadro com base. Ele constitudo de ao-carbono retificado e, s vezes, temperado. Riscador e compasso O riscador tambm fabricado com ao-carbono e tem a ponta temperada. Pode tambm ter a ponta feita de metal duro afilada em formato cnico num ngulo de 15o.

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    Geralmente o riscador tem o corpo recartilhado para facilitar a empunhadura ao riscar. Seu comprimento varia de 120 a 150mm.

    Riscador Compasso O compasso um instrumento construdo em ao-carbono ou em ao especial, dotado de duas pernas que se abrem ou se fecham por meio de uma articulao. Ele constitudo por um pino de manejo, um sistema de articulao e um sistema de regulagem que permitem a fixao das pernas na abertura com a medida desejada. Ele usado para traar circunferncias e arcos de circunferncias.

    Para melhor conservao, aps o uso, todos esses instrumentos devem ser limpos, lubrificados e guardados em local apropriado livre de umidade e de contato com outras ferramentas.

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    Martelo e puno O martelo uma ferramenta manual que serve para produzir choques. O martelo pode ser de dois tipos: de pena e de bola.

    Tanto o martelo de bola quanto o martelo de pena apresentam as partes mostradas na ilustrao a seguir.

    A face de choque (pancada) ligeiramente abaulada. A bola (semi-esfrica) e a pena (arredondada na extremidade) so usadas para trabalhos de rebitagem e de forja. O olhal, orifcio de seo oval, onde se introduz a espiga do cabo geralmente estreitado na parte central. A cabea e a bola (ou a pena) so tratadas termicamente, para terem a dureza aumentada e para resistirem aos choques.

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    A madeira do cabo deve ser flexvel, sem defeitos e de boa qualidade. Sua seo oval para possibilitar maior firmeza na empunhadura. O comprimento vai de 30 a 35cm. O engastamento no olhal garantido por uma cunha de ao cravada na extremidade do cabo. Essa cunha abre as fibras da madeira de modo que a ponta do cabo fique bem apertada contra a superfcie do olhal. O estreitamento do cabo aumenta a flexibilidade e ajuda o golpe pois age como amortecedor e diminui a fadiga do punho do operador. A figura a seguir mostra a posio correta de segurar o martelo. A energia bem aproveitada quando a ferramenta segurada pela extremidade do cabo.

    O punho de quem martela que faz o trabalho no martelamento. A amplitude do movimento do martelo de cerca de um quarto de crculo, ou seja, 90. O puno outro instrumento usado na traagem. um instrumento fabricado de ao-carbono, temperado, com um comprimento entre 100 e 125mm, ponta cnica e corpo cilndrico recartilhado ou octogonal (com oito lados).

    O corpo do puno recartilhado ou octogonal serve para auxiliar a empunhadura da ferramenta durante o uso, impedindo que ele escorregue da mo.

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    Essa ferramenta usada para marcar pontos de referncia no traado e centros para furao de peas. A marcao feita por meio de pancadas dadas com martelo na cabea do puno.

    O puno classificado de acordo com o ngulo da ponta. Existem punes de 30, 60, 90, 120. Os punes de 30 e 60 so usados quando se deseja marcar os centros e os pontos de referncia com mais intensidade. Os punes de 90 e 120 so usados para fazer marcaes leves e guias para pontas de brocas.

    Tipos Usos

    Marca traos de referncia.

    Marca centros que servem de guias para pontas de brocas.

    Para marcar, o puno deve ser apoiado sobre o ponto desejado e inclinado para a frente, a fim de facilitar a viso do operador.

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    Em seguida, o puno colocado na posio perpendicular pea para receber o golpe do martelo. Esse golpe deve ser nico e sua intensidade deve ser compatvel com a marcao desejada e com a espessura do material puncionado. Solues corantes Para que o traado seja mais ntido, as superfcies das peas devem ser pintadas com solues corantes. O tipo de soluo depende da superfcie do material e do controle do traado. O quadro a seguir resume as informaes sobre essas solues.

    Substncia Composio Superfcie Traado

    Verniz Goma-laca, lcool, anilina.

    Lisa ou polida Rigoroso

    Soluo de alvaiade Alvaiade, gua ou lcool

    Em bruto Sem rigor

    Gesso diludo

    Gesso, gua, cola comum de madeira, leo de linhaa, secante.

    Em bruto Sem rigor

    Gesso seco Gesso comum (giz) Em bruto Pouco rigoroso

    Tinta J preparada no comrcio

    Lisa Rigoroso

    Crditos Comit Tcnico de Processos de Usinagem/2008

    Elaborador: Regina Clia Roland Novaes Selma Ziedas

    Conteudista: Abilio Jos Weber Adriano Ruiz Secco

    Ilustrador: Jos Joaquim Pecegueiro Jos Luciano de Souza Filho Leury Giacomeli

    Carlos Eduardo Binati Jos Roberto da Silva Rogrio Augusto Spatti

  • Operaes de mecnica - Teoria Avaliado pelo Comit Tcnico de Processos de Usinagem/2007.

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    Furadeiras

    Furadeira uma mquina-ferramenta que permite executar operaes como furar, roscar com machos, rebaixar, escarear e alargar furos. Essas operaes so executadas pelo movimento de rotao e avano das ferramentas fixadas no eixo principal da mquina. O movimento de rotao transmitido por um sistema de engrenagens ou de polias, impulsionados por um motor eltrico. O avano transmitido por um sistema de engrenagem (pinho e cremalheira) que pode ser manual ou automtico. Tipos de furadeiras A escolha da furadeira est relacionada ao tipo de trabalho que ser realizado. Assim, temos: Furadeira porttil; Furadeira sensitiva; Furadeira de bases magntica; Furadeira de coluna; Furadeira radial; Furadeira mltipla; Furadeira de fusos mltiplos.

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    A furadeira porttil usada em montagens, na execuo de furos de fixao de pinos, cavilhas e parafusos em peas muito grandes como turbinas e carrocerias, quando h necessidade de trabalhar no prprio local devido ao difcil acesso de uma furadeira maior.

    Esse tipo de furadeira tambm usado em servios de manuteno para a extrao de elementos de mquinas tais como parafusos e prisioneiros. Pode ser eltrica e tambm pneumtica. A furadeira sensitiva a mais simples das mquinas-ferramentas destinadas furao de peas. indicada para usinagem de peas de pequeno porte e furos com dimetros de at 15mm.

    Tem o nome de sensitiva porque o avano feito manualmente pelo operador, o qual regula a penetrao da ferramenta em funo da resistncia que o material oferece.

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    A furadeira de coluna tem esse nome porque seu suporte principal uma coluna na qual esto montados o sistema de transmisso de movimento, a mesa e a base. A coluna permite deslocar e girar o sistema de transmisso e a mesa, segundo o tamanho das peas. A furadeira de coluna pode ser:

    a. de bancada (tambm chamada de sensitiva, porque o avano da ferramenta

    dado pela fora do operador) - tem motores de pequena potncia e empregada para fazer furos de at 15mm de dimetro. A transmisso do movimento feita por meio de sistema de polias e correias.

    Furadeira de coluna de bancada

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    b. de piso - geralmente usada para a furao de peas grandes com dimetros maiores do que os das furadeiras de bancada. Possui uma mesa giratria que permite maior aproveitamento em peas com formatos irregulares. Apresenta, tambm, mecanismo para avano automtico do eixo rvore. Normalmente a transmisso de movimento feita por engrenagens.

    Furadeira de coluna de piso A furadeira radial empregada para abrir furos em peas pesadas volumosas e difceis de alinhar. Possui um potente brao horizontal que pode ser abaixado e levantado e capaz de girar em torno da coluna. Esse brao, por sua vez, contm o eixo porta-ferramenta que tambm pode ser deslocado horizontalmente ao longo do brao. Isso permite furar em vrias posies sem mover a pea. O avano da ferramenta tambm automtico.

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    A furadeira mltipla possui vrios fusos alinhados para executar operaes sucessivas ou simultneas em uma nica pea ou em diversas peas ao mesmo tempo. usada em operaes seriadas nas quais preciso fazer furos de diversas medidas. A furadeira de fusos mltiplos aquela na qual os fusos trabalham juntos, em feixes. Cada um dos fusos pode ter uma ferramenta diferente de modo que possvel fazer furos diferentes ao mesmo tempo na mesma pea. Em alguns modelos, a mesa gira sobre seu eixo central. usada em usinagem de uma s pea com vrios furos, como blocos de motores, por exemplo, e produzida em grandes quantidade de peas seriadas.

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    Partes da furadeira de coluna As principais partes de uma furadeira de coluna so: motor, cabeote motriz, coluna, rvore ou eixo principal, mesa porta-peas e base.

    O motor fornece energia que impulsiona o sistema de engrenagens ou de polias. O cabeote motriz a parte da mquina na qual se localiza o sistema de engrenagens ou polias e a rvore (ou eixo principal). O sistema de engrenagens ou polias responsvel pela transformao e seleo de rotaes transmitidos rvore ou eixo principal. A rvore (ou eixo principal), montada na cabea motriz, o elemento responsvel pela fixao da ferramenta diretamente em seu eixo ou por meio de um acessrio chamado de mandril. essa rvore que transmite o movimento transformado pelo sistema de engrenagens ou polias ferramenta e permite que esta execute a operao desejada. A coluna o suporte da cabea motriz. Dispe de guias verticais sobre as quais deslizam a cabea motriz e a mesa porta-pea.

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    A mesa porta-pea a parte da mquina onde a pea fixada. Ela pode ter movimentos verticais, giratrios e de inclinao. A base o plano de apoio da mquina para a fixao no piso ou na bancada. Pode ser utilizada como mesa porta-pea quando a pea de grandes dimenses. O movimento de avano de uma broca ou de qualquer outra ferramenta fixada no eixo principal da furadeira de coluna pode ser executado manual ou automaticamente. As furadeiras com avano manual so as mais comuns. Nessas furadeiras, o avano controlado pelo operador, quando se executa trabalhos que no exigem grande preciso. As furadeiras de coluna de piso, radiais, mltiplas e de fusos mltiplos tm avano automtico. Isso permite a execuo de furos com melhor acabamento. Elas so usadas principalmente na fabricao de motores e mquinas. Manuseio da furadeira Para obter um bom resultado nas operaes com a furadeira, a ferramenta deve estar firmemente presa mquina a fim de que gire perfeitamente centralizada. A pea, por sua vez, deve estar igualmente presa com firmeza mesa da mquina. Se o furo a ser executado for muito grande, deve-se fazer uma pr furao com brocas menores. Uma broca de haste cnica no deve jamais ser presa a um mandril que indicado para ferramentas de haste cilndrica paralela. Para retirar a ferramenta deve-se usar unicamente a ferramenta adequada.

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    Crditos Comit Tcnico de Processos de Usinagem/2007

    Elaborador: Regina Clia Roland Novaes Selma Ziedas Conteudista: Abilio Jos Weber Adriano Ruiz Secco Ilustrador: Jos Joaquim Pecegueiro Jos Luciano de Souza Filho Leury Giacomeli

    Carlos Eduardo Binati Jos Roberto da Silva Rogrio Augusto Spatti

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    Brocas

    A broca uma ferramenta de corte geralmente de forma cilndrica, fabricada com ao rpido, ao carbono, ou com ao carbono com ponta de metal duro soldada ou fixada mecanicamente, destinada execuo de furos cilndricos. Essa ferramenta pode ser fixada em mquinas como torno, fresadora, furadeira, mandriladora. Nos tornos, as brocas so estacionrias, ou seja, o movimento de corte promovido pela pea em rotao. J nas fresadoras, furadeiras e nas mandriladoras, o movimento de corte feito pela broca em rotao.

    A broca do tipo helicoidal de ao rpido a mais usada em mecnica. Por isso, preciso conhecer suas caractersticas de construo e nomenclatura. As brocas so construdas conforme a norma NBR 6176. A nomenclatura de suas partes componentes e seus correspondentes em termos usuais em mecnica esto apresentados a seguir.

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    Broca helicoidal com haste cilndrica: A broca de haste cilndrica colocada no mandril, que por sua vez est encaixado no eixo principal da furadeira. Esse tipo de broca usado para furos de pequeno dimetro que demandam pequeno esforo de corte.

    Broca helicoidal de haste cilndrica

    Broca helicoidal com haste cnica: A broca de haste cnica usada para fazer furos que demandam grande esforo de corte. Essa broca encaixada diretamente no eixo principal da furadeira, sob presso: desse modo, suporta grandes esforos.

    Broca helicoidal de haste cnica

    Vejamos a seguir, a nomenclatura das partes que compem uma broca helicoidal, conforme NBR 6176:

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    Nomenclatura NBR 6176 Termos usuais

    Nomenclatura NBR 6176 Termos usuais

    1. comprimento da ponta --- 12. superfcie de sada ---

    2. comprimento utilizvel comprimento de corte 13. largura da superfcie lateral de folga largura do rebaixo

    3. comprimento do canal --- 14. comprimento da

    superfcie lateral de folga

    4. comprimento da haste --- 15. guia dimetro do rebaixo 5. comprimento do

    rebaixo comprimento do pescoo 16. aresta transversal

    6. comprimento total --- 17. dimetro da broca filete cilndrico 7. superfcie principal de

    folga superfcie detalonada 18. quina centro morto

    8. ponta de corte --- 19. canal ---

    9. largura da guia largura do filete cilndrico 20. espessura k do ncleo ---

    10. aresta lateral --- 21. superfcie lateral de folga ---

    11. aresta principal de corte --- alma na porta

    Fonte: Manual Tcnico SKF Ferramentas S/A, 1987, p. 7.

    Para fins de fixao e afiao, a broca dividida em trs partes: haste, corpo e ponta. A haste a parte que fica presa mquina. Ela pode ser cilndrica ou cnica, dependendo de seu dimetro, conforme ilustrado anteriormente.

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    O corpo a parte que serve de guia e corresponde ao comprimento til da ferramenta. Quando se trata de broca helicoidal, o corpo tem dois canais em forma de hlice espiralada. Devido a esta forma helicoidal e ao giro da broca, os cavacos produzidos pelas arestas cortantes so elevados e lanados para fora do furo. No caso de broca canho, ele formado por uma aresta plana. A ponta a extremidade cortante que recebe a afiao. Forma um ngulo de ponta () que varia de acordo com o material a ser furado.

    A broca corta com as suas duas arestas cortantes como um sistema de duas ferramentas. Isso permite formar dois cavacos simtricos. Alm de permitir a sada do cavaco, os canais helicoidais permitem a entrada do lquido de refrigerao e lubrificao na zona de corte. As guias que limitam os canais helicoidais guiam a broca no furo. Elas so cilndricas e suficientemente finas para reduzir o atrito nas paredes do orifcio. As bordas das guias constituem as arestas laterais da broca. A aresta principal de corte constituda pela superfcie de sada da broca e a superfcie de folga. Caractersticas das brocas A broca caracterizada pelas dimenses, pelo material com o qual fabricada e pelos seguintes ngulos:

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    1. ngulo de hlice (indicado pela letra grega , l-se gama) - auxilia no desprendimento do cavaco e no controle do acabamento e da profundidade do furo. Deve ser determinado de acordo com o material a ser furado: para material mais duro, ngulo mais fechado; para material mais macio, ngulo mais aberto. formado pelo eixo de simetriada broca e a linha de inclinao da hlice. Conforme o ngulo a broca e classifica em N, H, W.

    ngulo da broca Classificao quanto ao ngulo de hlice ngulo da ponta () Aplicao

    80 Materiais prensados, ebonite, nilon, PVC, mrmore, granito.

    118 Ferro fundido duro, lato, bronze, celeron, baquelite.

    Tipo H - para materiais duros, tenazes e/ou que produzem cavaco curto (descontnuo).

    140 Ao de alta liga.

    130 Ao alto carbono.

    Tipo N - para materiais de tenacidade e dureza normais. 118 Ao macio, ferro fundido, ao-liga.

    Tipo W - para materiais macios e/ou que produzem cavaco longo.

    130 Alumnio, zinco, cobre, madeira, plstico.

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    2. ngulo lateral de folga (representado pela letra grega , l-se alfa) - tem a funo de reduzir o atrito entre a broca e a pea. Isso facilita a penetrao da broca no material. Sua medida varia entre 6 e 27, de acordo com o dimetro da broca. Ele tambm deve ser determinado de acordo com o material a ser furado: quanto mais duro o material, menor o ngulo de folga.

    3. ngulo de ponta (representado pela letra grega , l-se sigma) - corresponde ao

    ngulo formado pelas arestas cortantes da broca. Tambm determinado pela resistncia do material a ser furado.

    muito importante que as arestas cortantes tenham o mesmo comprimento e formem ngulos iguais em relao ao eixo da broca (A = A').

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    Existem verificadores especficos para verificar o ngulo da broca.

    Modificaes para aplicaes especficas Quando uma broca comum no proporciona um rendimento satisfatrio em um trabalho especfico e a quantidade de furos no justifica a compra de uma broca especial, pode-se fazer algumas modificaes nas brocas do tipo N e obter os mesmos resultados. Pode-se, por exemplo, modificar o ngulo da ponta, tornando-o mais obtuso. Isso proporciona bons resultados na furao de materiais duros, como aos de alto carbono. Para a usinagem de chapas finas so freqentes duas dificuldades: a primeira que os furos obtidos no so redondos, s vezes adquirindo a forma triangular; a segunda que a parte final do furo na chapa apresenta-se com muitas rebarbas.

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    A forma de evitar esses problemas afiar a broca de modo que o ngulo de ponta fique mais obtuso e reduzir a aresta transversal de corte.

    Para a usinagem de ferro fundido, primeiramente afia-se a broca com um ngulo normal de 118. Posteriormente, a parte externa da aresta principal de corte, medindo 1/3 do comprimento total dessa aresta, afiada com 90.

    Para a usinagem de cobre e suas ligas, como o lato, o ngulo lateral de sada (ngulo de hlice) da broca deve ser ligeiramente alterado para se obter um ngulo de corte de 5 a 10, que ajuda a quebrar o cavaco. Essa alterao deve ser feita nas arestas principais de corte em aproximadamente 70% de seu comprimento.

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    A tabela a seguir mostra algumas afiaes especiais, conforme norma NBR 6176.

    Afiaes especiais Tipo de afiao Aplicaes

    Formato A Reduo da aresta transversal Para aos at 900 N/mm

    2

    Formato B Reduo da aresta transversal com correo da aresta principal de corte

    Ao com mais de 900 N/mm2 Ao para molas Ao ao mangans Ferro fundido

    Formato C Afiao em cruz Ao com mais de 900 N/mm

    2

    Formato D Afiao com cone duplo Ferro fundido

    Formato E Ponta para centrar

    Ligas de alumnio, cobre e zinco Chapa fina Papel

    Brocas especiais Alm da broca helicoidal existem outros tipos de brocas para usinagens especiais.

    Alm das brocas helicoidais comuns com haste cilndrica ou cnica, h, no comrcio,

    outros tipos de brocas para servios especiais. Tais brocas tambm apresentam haste

    cilndrica ou cnica e alguns tipos so descritos a seguir.

    Brocas com pastilha de metal duro para concreto

    A ponta desses tipos de brocas dimensionada para propiciar maior rendimento

    possvel, combinando a alta resistncia ruptura com a alta resistncia ao desgaste.

    O corpo dessas brocas construdo em ao-cromo temperado e seus canais so

    projetados para assegurar um transporte fcil do p, evitando o risco de obstruo e

    aquecimento da broca.

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    O ngulo da ponta dessas brocas de 115 e o comprimento da haste pode ser

    normal, longo, extra-longo ou reduzido.

    Brocas de hlice rpida

    Estas brocas so indicadas para a usinagem eficiente de ligas de alumnio, cobre e

    outros metais no-ferrosos, porm so indicadas somente nos casos em que as peas

    encontram-se fixas enquanto as brocas giram.

    A hlice rpida, por ter maior ngulo de corte nas arestas principais, melhora tanto o

    rendimento como a rpida sada dos cavacos, o que evita a obstruo dos canais.

    Os canais so mais largos que o normal, exatamente para evitar a obstruo, e as

    guias da broca so mais estreitas a fim de reduzir o atrito e minimizar o incrustamento

    de material.

    Brocas de hlice lenta

    So projetadas para usinar lato, bronze fosforoso, etc. A hlice lenta, por ter menor

    ngulo de corte nas arestas principais, produz o cavaco desejado para essa classe de

    materiais.

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    Como nas brocas com hlice rpida, as guias so mais estreitas e os canais mais

    largos que os das brocas normais.

    Brocas de hlice lenta para plsticos termoestveis Estas brocas possuem as mesmas caractersticas que as brocas de hlice lenta para lato, exceo feita ao ngulo da ponta que, geralmente, de 60. So recomendadas para furar baquelite, ebonite, vulcanite e outros tipos de plsticos termoestveis, isto , plsticos que resistem s deformaes causadas pelo aquecimento.

    Brocas para trabalhos pesados So indicadas para usinar aos inoxidveis muito duros e outros aos de difcil usinagem. Por terem o ncleo reforado em relao s brocas normais, podem suportar maiores esforos de corte. A geometria dos canais assegura uma adequada sada dos cavacos, inclusive nos casos em que se usinam furos com profundidades superiores a trs vezes o dimetro.

    Brocas extracurtas So brocas com corte direita ou esquerda cujo comprimento do canal igual metade do comprimento do canal das sries curtas. Isso as torna mais robustas e

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    especialmente indicadas para uso em furadeiras manuais em que se requer uma maior rigidez. Devido ao seu comprimento reduzido, estas brocas so preferencialmente utilizadas em tornos revlver e tornos automticos, em que o espao muito restrito.

    Brocas em ao cobalto para aos-mangans Estas brocas so utilizadas para usinar aos-mangans (12% a 14% de mangans), os quais no podem ser usinados satisfatoriamente com brocas normais devido s caractersticas de extrema dureza destes materiais. As brocas so fabricadas em ao-rpido com teor de cobalto, haste cnica maior que o normal, comprimento de canal curto, ncleo normal, hlice lenta e ngulo da ponta obtuso. Este tipo de broca tambm pode ser utilizado para usinar chapa blindada e aos com alta resistncia trao, sendo essencial rigidez tanto da mquina como da fixao da pea a ser usinada.

    Elas so por exemplo: 1. Broca de centrar - usada para abrir um furo inicial que servir como guia no

    local do furo que ser feito pela broca helicoidal. Alm de furar, esta broca produz simultaneamente chanfros ou raios.

    Ela permite a execuo de furos de centro nas peas que vo ser torneadas, fresadas ou retificadas. Esses furos permitem que a pea seja fixada por dispositivos entre pontas e tenha movimento giratrio.

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    2. Broca escalonada simples e mltipla - serve para executar furos e rebaixos em

    uma nica operao. empregada em grande produo industrial.

    3. Broca canho - tem uma nica aresta cortante. indicada para trabalhos

    especiais como furos profundos, garantindo sua retitude, onde no h possibilidade de usar brocas helicoidais.

    4. Broca com furo para fluido de corte - usada em produo contnua e em alta

    velocidade, principalmente em furos profundos. O fluido de corte injetado sob alta presso. No caso de ferro fundido, a refrigerao feita por meio de injeo de ar comprimido que tambm ajuda a expelir os cavacos.

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    5. Broca com pastilha de metal duro para metais - utilizada na furao de aos com resistncia trao de 750 a 1.400N/mm2 e aos fundidos com resistncia de 700 N/mm2. empregada tambm na furao de peas fundidas de ferro, alumnio, lato.

    6. Broca com pastilha de metal duro para concreto - tem canais projetados para

    facilitar o transporte do p, evitando o risco de obstruo ou aquecimento da broca. Diferencia-se da broca com pastilha de metal duro para metais pela posio e afiao da pastilha, e pelo corpo que no apresenta guias cilndricas.

    7. Broca para furao curta - utilizada em mquinas-ferramenta CNC, na furao

    curta de profundidade de at 4 vezes o dimetro da broca. provida de pastilhas intercambiveis de metal duro. Possui, em seu corpo, furos para a lubrificao forada. Com ela, possvel obter furos de at 58mm sem necessidade de pr-furao.

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    8. Broca trepanadora - uma broca de tubo aberto com pastilhas de metal duro intercambiveis. utilizada na execuo de furos passantes de grande dimetro. O uso dessa broca diminui a produo do cavaco porque boa parte do ncleo do furo aproveitada para a confeco de outras peas.

    Existe uma variedade muito grande de brocas que se diferenciam pelo formato e aplicao. Os catlogos de fabricantes so fontes ideais de informaes detalhadas e atualizadas sobre as brocas, ou quaisquer outras ferramentas.

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    Crditos Comit Tcnico de Processos de Usinagem/2007

    Elaborador: Regina Clia Roland Novaes Selma Ziedas

    Conteudista: Abilio Jos Weber Adriano Ruiz Secco

    Ilustrador: Jos Joaquim Pecegueiro Jos Luciano de Souza Filho Leury Giacomeli

    Carlos Eduardo Binati Jos Roberto da Silva Rogrio Augusto Spatti

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    Gabaritos So acessrios ou instrumentos auxiliares que servem para verificar, controlar ou facilitar certas operaes de perfis complicados, furaes, suportes e montagens para determinados trabalhos em srie. So fabricados geralmente em ao-carbono. Suas formas, tipos e tamanhos variam de acordo com o trabalho a realizar. Veja, nas figuras abaixo, alguns gabaritos para contorno.

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    A figura a seguir mostra um gabarito para curvar o corpo da bobinadeira.

    Os gabaritos, para serem usados, devero estar com as faces de contato sempre perfeitas. Conservao Os gabaritos devem estar sempre limpos e ser guardados aps o uso.

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    Machos de roscar So ferramentas de corte usadas para remoo dos materiais e para roscar peas internamente. So constitudas de ao-carbono ou ao rpido. O ao rpido o que apresenta melhor resistncia ao desgaste, caracterstica bsica de uma ferramenta de corte. Os machos de roscar so formados por uma haste cilndrica que termina em uma cabea de encaixe quadrada. Os machos de roscar podem ser para uso manual ou para mquinas. Os machos de roscar manuais so apresentados em jogo de duas ou trs peas, sendo variveis a entrada de rosca e o dimetro efetivo. A norma ANSI (American National Standard Institute) apresenta o macho em jogo de trs peas, com variao apenas na entrada, conhecido como perfil completo. A norma DIN (Deutsche Industrie Normen) apresenta o macho em jogo de duas ou trs peas com variao do chanfro e do dimetro efetivo da rosca, conhecido como seriado.

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    Observao Nas roscas cilndricas, o dimetro do cilindro imaginrio. Sua superfcie intercepta os perfis dos filetes em uma posio tal que a largura do vo nesse ponto igual metade do passo. Nas roscas, cujos filetes tem perfis perfeitos, a interseo se d em um ponto onde a espessura do filete igual largura do vo. Os machos para roscar a mquina so apresentados em uma nica pea. Seu formato normalizado pela DIN, isto , apresenta seu comprimento total maior que o macho manual. Os machos de roscar so classificados a partir de seis caractersticas: Sistema de rosca, aplicao, passo ou nmero de filetes por polegada, dimetro externo ou nominal, dimetro da espiga ou haste cilndrica e sentido da rosca. Sistema de rosca H trs tipos de roscas de machos: Mtrico, Whitworth e Americano (USS) Aplicao Os machos de roscar so fabricados para roscar peas internamente. Passo ou nmero de filetes por polegada Esta caracterstica indica se a rosca normal ou fina. Dimetro externo ou nominal Refere-se ao dimetro externo da parte roscada.

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    SENAI-SP INTRANET CT040-08 67

    Dimetro da espiga ou haste cilndrica uma caracterstica que indica se o macho de roscar serve ou no para fazer rosca em furos mais profundos que o corpo roscado, pois existem machos de roscar que apresentam dimetro da haste cilndrica igual ao da rosca ou inferior ao dimetro do corpo roscado. Veja, nas figuras abaixo, esses tipos de machos.

    Sentido da rosca Refere-se ao sentido da rosca, isto , se direita ( rigth ) ou esquerda ( left ).

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    Classificao dos machos de roscar, segundo o tipo de rosca

    Machos de

    roscar

    Rosca Sistema Mtrico Rosca Sistema Whitworth Rosca Sistema Americano (USS)

    fina

    normal

    BSPTBSPtubos para

    BSF - finaBSW - normal

    parafusos para

    NPTparatubos

    NF - finaNC - normal

    parafusos para

    Crditos Comit Tcnico de Processos de Usinagem/2008

    Elaborador: Regina Clia Roland Novaes Selma Ziedas

    Conteudista: Abilio Jos Weber Adriano Ruiz Secco

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    Seleo de ferramentas para roscar

    Para roscar com machos importante saber selecionar os machos e a broca com a qual se deve fazer a furao. Deve-se tambm selecionar o tipo de lubrificante ou refrigerante que ser usado durante a abertura da rosca. Os lubrificantes ou fluidos de corte tm duas finalidades: Refrigerar a ferramenta e a pea e lubrificar a ferramenta, para proporcionar maior durabilidade e melhor acabamento. Os lubrificantes podem ser leos de corte ou solues de corte. Os leos de corte so leos minerais, aos quais se adicionam compostos qumicos. So usados como se apresentam comercialmente. H um tipo de leo especfico para cada material. As solues de corte so misturadas preparadas com gua e outros elementos como leo solvel, enxofre, brax, etc. A tabela seguinte indica o tipo de soluo adequada a cada trabalho. Tabela: Tipo de soluo refrigerante e material a ser trabalhado

    Tipo de trabalho Material Furar Roscar

    Ao-carbono 1010 a 1035 gua com 5% de leo solvel leo mineral com 1% de enxofre p

    Ferro fundido A seco leo mineral com 1% de enxofre p

    Alumnio e suas ligas Querosene com 3% de leo mineral Querosene com 3% de leo mineral

    Bronze e lato gua com 5% de leo solvel leo mineral com 1% de enxofre p

    Cobre Querosene com 3% de leo mineral Querosene com 3% de leo mineral

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    Alguns fluidos de corte tm substncias que fazem mal pele e sade. Lave sempre as mo com gua e sabo aps o uso dos fluidos e no aspire os gases emanados da refrigerao. Os machos de roscar devem ser escolhidos de acordo com as especificaes do desenho da pea que estamos trabalhando ou de acordo com as instrues recebidas. Podemos, tambm, escolher os machos de roscar, tomando como referncia o parafuso que vamos utilizar. A tabela seguinte apresenta os dimetros nominais (dimetro externo) dos machos de roscar, assim como os dimetros das brocas que devem ser usadas na furao. Tabela: Dimetro da broca e dimetro nominal do macho

    Dimetro da broca Macho mm Polegada Polegada 2,5 7/64 1/8 3,7 5/32 3/16 5,0 13/64 6,5 17/64 5/16 8,0 5/16 3/8

    9,25 3/8 7/16 10,5 27/64 1/2

    Condies de uso dos machos de roscar Para serem usados, eles devem estar bem afiados e com todos os filetes em bom estado. Conservao Para conservar os machos de roscar em bom estado, preciso limp-los aps o uso, evitar choques e guard-los separados em seus estojos.

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    Acessrios de travamento Anis de reteno So travas rpidas, feitas em ao e tm, geralmente, forma arredondada. Servem para travar eixos em seus alojamentos, mancais, rolamentos de esfera, etc. Os anis de reteno so utilizados em eletrodomsticos e mquinas-ferramentas portteis, pois facilitam a montagem e desmontagem. Observe, nas figuras abaixo, alguns modelos.

    Anel de reteno para eixos

    Anel de reteno para furos

    Anel de reteno para eixos lisos (sem ranhura)

    Anel de travamento para eixos.

    H alicates prprios para a montagem e desmontagem de certos tipos de anis.

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    Veja, na figura, o tipo mais comum.

    Cupilhas So grampos feitos em ao, em diversos dimetros e comprimento. Tm uma das hastes menor do que a outra. Servem para limitar percursos mecnicos, travar porcas, etc.

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    Avaliado pelo Comit Tcnico de Processos de Usinagem/2007.

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    Serra manual

    Serra manual uma ferramenta de corte. provida de uma lmina com dentes, utilizada para separar ou seccionar um material. A serra manual constituda de duas partes: o arco de serra e a lmina de serra.

    Arco de serra O arco de serra uma armao feita de ao carbono, que pode ser inteiria ou apresentar um mecanismo ajustvel ou regulvel. O arco de serra com mecanismo ajustvel ou regulvel tem a vantagem de permitir a fixao de lminas de serra com comprimentos variados.

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    O cabo do arco de serra feito de madeira, de plstico rgido ou de alumnio, com empunhadura adequada.

    O arco de serra apresenta dois suportes de fixao: um fixo e outro mvel, sendo que o mvel pode se localizar prximo ao cabo ou na outra extremidade, dependendo do modelo do arco de serra. O suporte mvel constitudo por um pino, um esticador e uma porca borboleta esticadora.

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    Quando acionada manualmente, a porca borboleta esticadora permite tensionar, isto , esticar a lmina de serra para execuo do trabalho. Em todos os modelos de arco de serra, h um dispositivo nos extremos que permite girar a lmina num ngulo de 90, de modo que o operador possa realizar cortes profundos.

    Lmina de serra A lmina de serra para arcos uma pea estreita e fina, com dentes em uma das bordas, e feita de ao rpido ou ao carbono temperado. Quando a tmpera abrange toda a lmina, esta recebe o nome de lmina de serra rgida e deve ser usada com cuidado, pois quebra-se facilmente ao sofrer esforos de dobramento ou toro. Quando apenas a parte dentada temperada, a lmina recebe o nome de lmina de serra flexvel ou semiflexvel. A lmina de serra caracteriza-se pelo comprimento, largura, espessura e nmero de dentes por polegada (25,4mm).

    As lminas de serra mais comuns podem ser encontradas na tabela a seguir.

    Comprimento Largura Espessura Nmero de dentes 203,2mm (8) 12,7mm (1/2) 0,635mm (.025) 14, 18, 24 ou 32 254mm (10) 12,7mm (1/2) 0,635mm (.025) 14, 18, 24 ou 32

    304,8mm (12) 12,7mm (1/2) 0,635mm (.025) 14, 18, 24 ou 32

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    Algumas lminas de serra encontradas no comrcio apresentam uma numerao em uma das faces que as caracteriza em funo do comprimento e do nmero de dentes.

    A lmina de serra funciona; cortando por meio de atrito, destacando pequenos cavacos do material. A forma ideal dos dentes de uma lmina de serra aquela que apresenta o ngulo de cunha igual a 65 ; o ngulo de sada igual a 5 e o ngulo de folga igual a 20.

    Contudo, nem sempre um dentado atende a todas as necessidades da operao de serrar. Por exemplo, no caso de materiais duros como ao de alto teor de carbono e ferros fundidos duros, o ngulo de cunha da lmina de serra dever ser bem grande para que os dentes no se engastem no material, rompendo-se pelo esforo e inutilizando a lmina. Os dentes da lmina de serra para trabalhar aos apresentam um ngulo de cunha = 50 e um ngulo de folga = 40. Nessas lminas, o ngulo de sada no existe.

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    Para trabalhar metais leves e macios como alumnio e cobre, recomendam-se lminas de serra com dentes bem distanciados e grande ngulo de sada, a fim de permitir bom desprendimento dos cavacos. Os dentes das serras tm travas, que so deslocamentos laterais em forma alternada, dados aos dentes.

    As travas permitem um corte mais largo, de modo que a espessura do corte se torna maior que a espessura da lmina; isso facilita muito a operao de serrar, pois os cavacos saem livremente e a lmina no se prende no material.

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    O espaamento ou passo entre os dentes tem uma influncia importante no desempenho da lmina de serra. Com um nmero menor de dentes por polegada so adequados para superfcies largas pois permitem corte rpido com espao para cavaco.

    Por outro lado, um nmero maior de dentes por polegada so recomendados para superfcies estreitas, pois pelo menos dois dentes estaro em contato com as paredes do material, evitando que os dentes da lmina se quebrem ou travem.

    Seleo da lmina de serra A lmina de serra deve ser escolhida de acordo com a espessura e o tipo de material a ser trabalhado. Para auxiliar a seleo, observe-se o quadro a seguir.

    Material a serrar Nmero de dentes por polegada (25,4mm) Muito duro ou muito fino 32 dentes Dureza ou espessura mdias 24 dentes Macio e espesso 18 dentes

    Metais muito macios como chumbo, estanho e zinco no devem ser serrados com lminas de serra indicadas para ao porque acontece o encrustamento do material entre os dentes, dificultando o corte; recomenda-se o uso de lminas de serra com 10 a 14 dentes por polegada.

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    Cuidados a observar Alguns cuidados devem ser tomados com a lmina de serra para garantir sua conservao: Ao tensionar a lmina de serra no arco, usar apenas as mos e no empregar

    ferramentas; Evitar utilizar lmina de serra com dentes quebrados.

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    Crditos Comit Tcnico de Processos de Usinagem/2007

    SENAI-SP Carlos Eduardo Binati Jos Roberto da Silva Rogrio Augusto Spatti

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    Tesouras e mquinasde corte

    Nas operaes de corte, executadas na rea mecnica, so utilizadas tesouras manuais, tesouras de bancada, tesoures de bancada, guilhotinas e tesouras portteis. Tesouras manuais So ferramentas que apresentam duas lminas mveis e articuladas por meio de um parafuso e uma porca. Tais ferramentas so construdas em ao-carbono temperado e cada lmina apresenta uma aresta cortante ou gume. Sendo acionadas pela ao progressiva da fora muscular do operador, as arestas cortantes das tesouras penetram no material promovendo o corte por cisalhamento.

    As tesouras manuais funcionam como uma alavanca interfixa de braos desiguais conforme mostra a figura abaixo.

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    O ponto de apoio o parafuso. O brao de potncia (BP) a distncia entre o parafuso e a regio do cabo onde se aplica a fora manual ou fora potente (P) e o brao de resistncia (BR) a distncia entre o parafuso e a regio das lminas que esto cortando ou vencendo as foras resistentes (R) oferecidas pelo material que estiver sendo cortado. Sendo uma alavanca interfixa de braos desiguais, o brao de potncia (BP) de uma tesoura manual sempre maior que o brao de resistncia (BR) representado pelo comprimento longitudinal das lminas cortantes. Portanto, aplicando-se uma fora potente (P) de pequena intensidade sobre o cabo da tesoura (BP), essa fora se multiplica e seu efeito ser tanto mais eficaz quanto maior for o cabo e menor for o comprimento longitudinal das lminas (BR). De fato, para as alavancas, vale a seguinte relao: P . BR = R . BR Vamos supor que uma tesoura manual tenha um cabo de 180mm(BP) de comprimento e que o ponto de corte ao ponto de apoio (parafuso) seja de 30mm (BR). Qual deve ser a fora potente (P) a ser aplicada no cabo dessa tesoura para cortar uma chapa que oferece uma resistncia (R) de 90N? Soluo

    N15P

    mm180mm30 . N90P

    BPBR . R = P

    BR . R = BP . P

    =

    =

    Portanto, aplicando-se uma fora potente de 15N na tesoura em questo consegue-se vencer uma fora resistente de 90N. Isto possvel porque a tesoura uma alavanca. Dependendo da natureza do material, as tesouras manuais permitem cortar chapas metlicas finas de at 5mm de espessura conforme tabela a seguir:

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    Tabela: Espessura mxima das chapas que a tesoura manual consegue cortar Material Espessura mxima das chapas

    ao alumnio

    cobre chumbo

    lato ligas de alumnio

    zinco

    at 1,0mm at 2,5mm at 1,2mm at 5,0mm at 0,8mm at 1,0mm at 1,5mm

    O ngulo de abertura das tesouras manuais deve ser menor que 20, pois se esse ngulo for demasiadamente grande, o material ser empurrado para fora, at chegar a um ngulo de aproximadamente 14 (ponto de corte) que mantm o material aprisionado para dar incio ao corte.

    Quanto mais o material for empurrado para fora, mais desfavorvel ser a relao entre os braos da alavanca da tesoura e maior ser a fora requerida para o corte. O trabalho de cortar com tesouras manuais ser realizado mais facilmente quanto mais perto da articulao estiver o ponto de corte. Por isso necessrio situar o material o mais dentro possvel na abertura das lminas. Abaixo encontram-se alguns tipos de tesouras manuais e seus empregos.

    Tesoura tipo cabo com gancho. apropriada para efetuar cortes retos.

    Tesoura tipo americano. apropriada para efetuar cortes retos e curtos, podendo ser utilizada para cortes curvos externos.

    Tesoura reforada para cortes curvos. utilizada para efetuar cortes curvos internos.

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    Tesoura modelo universal. bastante verstil para efetuar cortes retos curtos.

    As tesouras manuais, em geral, so fabricadas para cortar materiais do lado direito do operador, isto , as aparas saem normalmente do seu lado direito. Quando vistas de cima, no sentido do corte, as tesouras que cortam do lado direito apresentam a lmina inferior do lado esquerdo.

    Por outro lado, h tesouras que cortam do lado esquerdo. Tais tesouras, quando vistas de cima, no sentido do corte, apresentam a lmina inferior do lado direito.

    A razo de existirem tesouras manuais para cortar direita e esquerda reside na necessidade de no se deformar o material, a ser utilizado, aps o corte. Durante o corte, com tesouras manuais, quem deve sofrer deformaes a apara. Tais deformaes so provocadas pela lmina superior das tesouras manuais. Tesouras de bancada As tesouras de bancada tambm so alavancas, porm do tipo inter-resistente, pois a fora resistente (R), oferecida pelo material, encontra-se entre o eixo de rotao (parafuso) e a fora potente (P). Observe no esquema abaixo a localizao do brao de potncia (BP) e a localizao do brao de resistncia (BR).

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    Nas tesouras de bancada, o brao de resistncia varia constantemente durante o corte, aumentando medida que a lmina cortante for sendo acionada para baixo. Na tesoura de bancada somente a lmina superior, ligeiramente curvada, mvel enquanto a inferior fixa. A ligeira curvatura da lmina superior permite a manuteno do ngulo de abertura durante o cisalhamento. Cada tipo de tesoura de bancada possui uma dada capacidade de corte. Tal capacidade de corte aparece gravada em uma etiqueta metlica que cada tipo de tesoura traz fixada em sua base. evidente que no se devem cortar materiais metlicos que ofeream resistncia superior capacidade de corte da tesoura. Defeitos comuns que ocorrem quando se manuseiam tesouras e mquinas de corte.

    Defeitos Causas Correes

    H formao de rebarbas no corte das chapas finais.

    As lminas no esto afiadas. As lminas, durante o corte, no

    deslizam constantemente uma contra a outra em toda a sua

    longitude.

    Afiar as lminas. Regular a tesoura. Ao utilizar uma tesoura

    manual, aplicar fora de forma tal que as lminas mantenham-se em

    contato. O corte efetuado com uma tesoura de bancada no segue exatamente

    a linha do traado.

    Em sua posio mais alta, a lmina superior se separa da

    inferior. Em cada corte, aps o avano da chapa, produz-se um novo corte em qualquer direo.

    Introduzir uma cunha entre a lmina inferior e a mesa e levantar

    a lmina inferior. Montar novamente as lminas.

    A borda cortada fica fora de esquadro. Aparecem rebarbadas

    As lminas no esto afiadas. O fixador est demasiadamente alto

    ou no foi utilizado. As lminas esto separadas em demasia.

    Afiar as lminas. Colocar o fixador na altura correta. Ajustar as

    lminas.

    A superfcie de corte apresenta a zona de ruptura demasiadamente

    extensa.

    As lminas no esto afiadas; o corte foi insuficiente. Afiar as lminas.

    As bordas do material cortado apresentam deformaes

    localizadas.

    Uma das lminas (ou ambas) apresenta deformao localizada causada pelo corte de material

    redondo ou pelo corte de material muito duro em relao dureza do material que constitui as lminas.

    Afiar as lminas.

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    Normas de segurana

    Usar culos de segurana e luvas para proteger as mos ao efetuar operaes de corte com tesouras manuais, de bancada, tesoures, guilhotinas e tesouras portteis.

    Aps o corte devem-se eliminar as rebarbas com uma lima apropriada. As tesouras manuais, aps o uso, devem ser limpas com uma estopa e recobertas

    com uma fina pelcula de leo e guardadas em locais apropriados. As tesouras manuais no devem sofrer choques, pancadas e quedas.

    Materiais metlicos temperados no devem ser cortados com as tesouras. Ao operar com a tesoura de bancada ou com o tesouro de bancada, verificar se

    h pessoas dentro da rea de segurana. Se houver, pedir para que elas saiam de dentro da rea para no serem atingidas pelas alavancas.

    Consultar, sempre, os catlogos e os manuais dos fabricantes para conhecer a capacidade de corte das ferramentas e mquinas e os cuidados necessrios.

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    Viradeiras manuais Viradeiras e dobradeiras manuais so mquinas utilizadas para dobrar e curvar chapas metlicas. Tais mquinas so bastante utilizadas nas indstrias que confeccionam gabaritos, perfis, gabinetes de mquinas, armrios, etc. Nas viradeiras manuais a fora aplicada para o dobramento ou curvamento exercida por um ou mais operadores.

    No comrcio h inmeros modelos de viradeiras manuais e todas funcionam basicamente do mesmo modo; contudo, entre os modelos h certas diferenas. Essas diferenas residem: No sistema de fixao das chapas a serem dobradas ou curvadas; Na regulagem do raio mnimo de dobra; Nas rguas que podem ser lisas ou com dedos extensores.

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    Observe os modelos de viradeiras manuais abaixo e a nomenclatura das partes comuns e no comuns.

    A nomenclatura apresentada para os modelos citados vlida para os demais modelos e as funes das partes comuns e no comuns so as seguintes: Mesa basculante - parte da viradeira encarregada de dobrar ou curvar a chapa no

    ngulo desejado. Montante - suporte de todos os demais rgos da mquina. Contra-peso - auxilia o movimento basculante da mesa favorecendo a aplicao

    das foras de dobramento ou curvamento. Mesa superior - funciona como barra de presso para fixar a chapa. Volante manual - serve para levantar e baixar a mesa superior. Rgua Iisa - um componente da mesa superior e serve, tambm, para prender a

    chapa. Normalmente esse componente intercambivel e deve ser retificado periodicamente.

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    Rgua com dedos extensores - possui a mesma funo da rgua lisa; porm, permite que sejam efetuadas dobras ou curvas sem o uso de calos, especialmente se a chapa j apresenta outras dobras ou curvas, como mostra a ilustrao abaixo:

    Alavanca I - serve para movimentar a mesa basculante durante as operaes de

    dobramento e curvamento. acionada por um ou dois operadores, o que depender do comprimento da viradeira.

    Alavanca II - exerce a funo de volante, permitindo que a mesa superior suba ou desa para a fixao da chapa.

    Alavanca III - permite o deslocamento da mesa basculante para obter o raio mnimo de dobra desejado.

    Esticador - serve para regular a presso do aperto entre a mesa superior e a chapa.

    Para traar, os seguintes passos devero ser observados: 1. Ter em mos o desenho do projeto a ser executado. Por exemplo:

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    2. Calcular o comprimento da chapa para obter a pea desejada. 3. Decidir sobre a melhor maneira de fixar a chapa na viradeira para definir a

    localizao das linhas de dobra. A localizao definir, por sua vez, as distncias a serem cotadas.

    Se o comprimento da aba for menor que 10E, recomenda-se prender a chapa atravs da prpria aba; caso contrrio, recomenda-se prender a chapa pela sua parte mais extensa. No caso do nosso exemplo, a chapa dever ser presa pela aba. 4. Traar na chapa as linhas de dobra.

    Observe que, no nosso exemplo, a distncia (a) corresponde parte reta (a) da aba. Obedecidos esses passos, a chapa est pronta para ser dobrada.

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    Rebite de repuxo O rebite de repuxo, conhecido pelo nome de rebite "pop", um elemento especial de unio empregado para unir peas com rapidez, economia e simplicidade. A operao realizada por apenas um lado, o que no se consegue com rebites comuns. A escada ilustrada abaixo mostra os rebites de repuxo unido as vrias peas que a compem.

    O rebite de repuxo se caracteriza pelos seguintes elementos: Tipo de mandril de repuxo Espcie de material metlico em sua fabricao; Tipo de cabea que pode ser de aba abaulada ou de aba escareada; Comprimento de corpo; Dimetro do corpo.

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    Abaixo mostramos a nomenclatura das partes de um rebite de repuxo.

    Os rebites de repuxo podem ser fabricados com os seguintes materiais metlicos: Ao-carbono; Ao inoxidvel; Alumnio; Cobre; Monel (liga de nquel e cobre). O mandril dos rebites de repuxo, construdo com os seguintes materiais metlicos: Ao-carbono; Ao inoxidvel; Lato e bronze. Os rebites de repuxo, encontrados no comrcio, so caracterizados pelas seguintes combinaes: Rebite de ao-carbono com mandril de ao-carbono; Rebite de ao inoxidvel com mandril de ao-carbono; Rebite de ao inoxidvel com mandril de ao inoxidvel; Rebite de alumnio com mandril de ao-carbono; Rebite de alumnio com mandril de lato; Rebite de cobre cm mandril de ao-carbono; Rebite de cobre cm mandril de bronze; Rebite de monel com mandril de ao-carbono.

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    Os mandris so projetados de dois modos: para sofrerem ruptura no corpo ou rente cabea. Ao sofrer repuxamento ou mandril projetado para sofrer ruptura no corpo expande o corpo do rebite; quando a rebitagem se completa, o mandril se rompe e a cabea do mandril fica alojada no corpo do rebite.

    Um mandril projetado para sofrer ruptura rente cabea, quando sofre repuxamento, expande o corpo do rebite e se rompe; porm, neste caso, a cabea no fica alojada no corpo do rebite e eliminada.

    Em servios de Serralharia so muito utilizados os rebites de repuxo de alumnio com mandril de ao e os rebites de ao com mandril de ao. As tabelas a seguir apresentam ao parmetros a serem levados em considerao no momento de selecionar os rebites.

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    Parmetros para seleo de rebites de alumnio com madril de ao

    Legenda D = Aba abaulada K = Aba escareada = Dimetro do rebite H = Dimetro da aba h = Altura da aba abaulada f = Altura da aba escareada L = Comprimento do rebite

    Broca (mm)

    Alcance mximo de rebitagem tipo D (mm)

    Alcance mximo de rebitagem tipo K (mm)

    (mm)

    H (mm)

    h (mm)

    f (mm)

    L (mm)

    2,44

    1,6 2,3 4,8 6,3

    2,0 3,0 5,6

    2,4 4,7 0,68 0,83

    3,8 5,0 7,4 8,5

    3,25

    2,5 4,3 6,3 7,1 9,2

    3,8 5,6 7,1 8,3 10,9

    3,2 6,0 0,70, 0,91

    5,9 7,4 8,8 10,2 12,8

    4,10

    3,2 4,8 7,1 9,2

    4,0 5,6 9,0 10,4

    4,0 6,7 0,70 0,99

    5,9 7,4 10,2 12,8

    4,85

    4,8 9,2

    10,6 12,0 15,4 16,5 20,0 26,0 30,0 35,0

    6,3 9,4 11,4 13,7 16,2

    4,8 9,5 1,01 1,62

    9,0 12,8 14,4 16,6 19,0 21,5 25,0 30,0 35,0 40,0

    6,53

    9,2 12,0 18,0 20,0 26,0 30,0 35,0

    6,4 10,8 1,34 1,49

    12,8 16,6 22,0 25,0 30,0 35,0 40,0

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    Parmetros para seleo de rebites de ao com madril de ao

    Legenda D = Aba abaulada K = Aba escareada = Dimetro do rebite H = Dimetro da aba h = Altura da aba abaulada f = Altura da aba escareada L = Comprimento do rebite

    Broca (mm)

    Alcance mximo de rebitagem tipo D (mm)

    Alcance mximo de rebitagem tipo K (mm)

    (mm)

    H (mm)

    h (mm)

    f (mm)

    L (mm)

    3,25

    2,3 4,8 6,3 7,1

    3,0 5,6 7,9

    3,2 6,7 0,63 0,91

    4,8 7,4 8,8 12,8

    4,10 2,0 5,1 8,6

    2,8 5,8 9,4

    4,0 7,4 0,70 0,99 4,8 7,6 11,4

    4,85 5,8 9,1

    12,9

    6,6 9,9 13,7

    4,8 8,9 1,01 1,14 9,0 12,8 16,6

    6,35 4,0 7,5

    12,7

    9,1 13,5

    6,4 10,7 1,34 1,49 9,0 12,8 18,0

    O rebites de repuxo apresentam vrias vantagens. Eis algumas: No distorcem nem danificam materiais de diversas durezas. Proporcionam aperto uniforme, independendo da fora ou da habilidade do

    operador. Podem ser fixados em materiais de pouca espessura sem deform-los.

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    Parafusos Parafusos Parafusos so elementos de fixao empregados na unio de peas de modo no permanente, isto , as peas podem ser montadas e desmontadas facilmente, bastando apertar ou desapertar os parafusos que as mantm unidas.

    Os parafusos so dotados de um corpo cilndrico ou cnico o qual pode ser totalmente roscado ou parcialmente roscado. Os tipos mais comuns de parafusos apresentam uma cabea que pode apresentar vrios formatos; porm, h parafusos que no possuem cabea.

    Parafuso com cabea e com o corpo totalmente roscado

    Parafuso com cabea e com o corpo parcialmente roscado

    Parafuso sem cabea e totalmente roscado

    A rosca existente nos parafusos de fixao fabricada segundo vrios sistemas normalizados, exemplos: rosca americana, rosca inglesa e rosca mtrica.

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    H uma enorme variedade de parafusos que podem ser diferenciados pelo formato de cabea, do corpo e da ponta. Essas diferenas, determinadas pela finalidade ou pela funo dos parafusos, permitem classific-los em quatro grandes grupos: parafusos passantes, parafusos no-passantes, parafusos de presso, parafusos prisioneiros. No quadro, a seguir, mostramos alguns formatos de cabea, de corpo e de pontas que os parafusos exibem com a respectiva nomenclatura. Alm disso, mostramos tambm alguns dispositivos de atarraxamento.

    Formas de cabea Formato do corpo Pontas Dispositivos de atarraxamento

    sextavada

    com a parte roscada de

    dimetro igual ao da no

    roscada

    cnica

    sextavado

    quadrada

    com a parte roscada de

    dimetro maior que o da

    no roscada

    arredondada

    quadrado

    redonda

    plana com chanfro

    sextavado interno

    abaulada

    plana

    fenda

    cilndrica

    fenda cruzada

    escareada

    borboleta

    escareada abaulada

    recartilhado

    Salientamos que os parafusos podem ser feitos de ao-carbono, de ao especial, de lato, de alumnio, de plstico rgido, etc. Os metlicos podem, inclusive, ser galvanizados (zincados, niquelados, cromados). H, tambm, parafusos de ao inoxidvel.

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    Veja, no quadro abaixo, alguns tipos de parafusos.

    parafuso sextavado parafuso borboleta

    parafuso sextavado

    com rosca total parafuso de cabea

    recartilhada

    parafuso sextavado

    com porca parafuso prisioneiro

    parafuso de cabea

    cilndrica com

    sextavado interno

    parafuso sem cabea

    com fenda

    parafuso de cabea

    quadrada

    parafuso sem cabea

    com rosca total e fenda

    parafuso de cabea

    cilndrica com fenda

    parafuso auto-atarraxante

    de cabea sextavada

    parafuso de cabea

    redonda com fenda

    parafuso para madeira de

    cabea escareada com

    fenda

    parafuso de cabea

    cilndrica abaulada com

    fenda

    parafuso para madeira de

    cabea escareada

    abaulada com fenda

    cruzada

    parafuso de cabea

    escareada com fenda

    parafuso para madeira de

    cabea escareada com

    fenda cruzada

    parafuso de cabea

    escareada abaulada

    com fenda

    parafuso tipo prego de

    cabea escareada

    parafuso de cabea

    panela com fenda

    cruzada

    parafuso de cabea

    escaredada com fenda

    cruzada

    parafuso de cabea

    redonda com fenda

    cruzada

    parafuso de cabea

    escareada abaulada com

    fenda cruzada

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    Chaves de fenda A chave de fenda comum ou chave de parafuso uma ferramenta manual utilizada na montagem e desmontagem de peas unidas por parafusos cujas cabeas apresentam uma fenda ou ranhura. Na fenda ou ranhura da cabea do parafuso, a cunha da chave de fenda encaixada e, por meio de giros dados ferramenta, o parafuso pode sair ou entrar em um furo.

    A chave de fenda comum constituda por uma haste de ao-carbono ou ao especial. Essa haste geralmente cilndrica e apresenta uma das extremidades forjada em forma de cunha. A outra extremidade apresenta-se na forma de espiga prismtica ou cilndrica estriada, na qual acoplado um cabo. O cabo normalmente feito em plstico rgido e apresenta ranhuras longitudinais que permitem uma boa empunhadura do operador, assim, a ferramenta no escorrega da mo.

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    Para permitir o correto ajustamento na fenda do parafuso, as chaves de fenda comuns de boa qualidade apresentam as faces esmeriihadas em planos paralelos, prximas ao topo.

    A vantagem das faces esmerilhadas em planos paralelos dificultar o escorregamento da cunha na fenda do parafuso quando ele est sendo apertado ou desapertado. O escorregamento da cunha da chave de fenda, alm de poder causar acidentes, pode danificar a fenda do parafuso que fica inutilizado.

    A regio da cunha de uma chave de fenda de boa qualidade temperada para resistir ao cortante das ranhuras existentes nas fendas dos parafusos. O restante da haste, incluindo a espiga, deve apresentar uma boa tenacidade para resistir ao esforo de toro quando a chave de fenda estiver sendo utilizada. O esforo de toro comunicado ao parafuso que oferece uma resistncia, vencida por foras paralelas de sentido oposto. Essas foras produzem o giro no parafuso.

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    Chave de fenda Phillips A extremidade da haste, oposta ao cabo, nesse modelo de chave, tem a forma em cruz. Esse formato em cruz ideal para os parafusos Phillips que apresentam fendas cruzadas.

    Conservao a condies de uso Manter a chave de fenda em perfeito estado. No bater no cabo da chave. No utilizar a chave de fenda para cortar, raspar ou traar. Usar a chave adequada ao tamanho e tipo de parafuso. No segurar peas na mo para apertar parafusos. A chave poder escorregar e

    causar ferimentos na mo que estiver segurando a pea. Recuperao Devido ao uso, a regio forjada de uma chave de fenda com ponta comum pode apresentar dois problemas: ruptura ou topo arredondado.

    No caso de ruptura, isto significa que a regio forjada apresenta uma dureza excessiva devido tmpera de fabricao. Se a ruptura no for muito extensa, pode-se efetuar um esmerilhamento cuidadoso no topo para dar-lhe um formato adequado. Aps o esmerilhamento, recomenda-se um tratamento trmico na regio esmerilhada para que o material fique com a dureza adequada.

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    Se a ruptura for extensa, haver necessidade de forjar uma nova cunha, preparar novas faces e novo topo e efetuar os tratamentos trmicos devidos. Todos esses procedimentos recuperam a chave de fenda danificada. Se o problema for topo arredondado, isso significa que a regio forjada da chave de fenda apresenta pouca dureza, pois as arestas cortantes das fendas dos parafusos que provocam o arredondamento do topo. A correo consiste em esmerilhar adequadamente o topo para que ele fique com o formato ideal e dar um tratamento trmico adequado na regio forjada para corrigir a dureza. No caso de chaves de fenda com ponta cruzada (Phillips) necessrio retificar os canais e ngulos e efetuar os tratamentos trmicos adequados.

  • Operaes de mecnica - Teoria Avaliado pelo Comit Tcnico de Processos de Usinagem/2007.

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    Serra tico-tico porttil Constituio A serra tico-tico porttil compe-se basicamente de um motor eltrico monofsico e de uma lmina de ferro. Utilizao Serve para executar cortes em diversos tipos de materiais e diferentes espessuras, tais como madeira at 55mm, ao 1010/20 at 6mm, alumnio at 16mm, plstico at 20mm (consultar catlogos).

    Tipos de serras H trs tipos de serra tico-tico: industrial; profissional; hobi. O tipo mais usado a industrial. Serra tico-tico industrial Observe a seguir o modelo industrial.

    Motor - O motor localiza-se no interior do corpo da mquina.

  • Operaes de mecnica - Teoria .

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    Lmina - A lmina da serra corta mediante um movimento de vai-e-vm, produzido por um sistema excntrico. H vrios tipos de lmina de serra, com diferentes dentes e travas, adequados ao material e trabalho a ser realizado.

    Utilizao - Usa-se a serra tico-tico industrial para iniciar e terminar cortes interrompidos, conforme mostra a figura a seguir.

    Crditos Comit Tcnico de Processos de Usinagem/2007 SENAI - SP Carlos Eduardo Binati

    Jos Roberto da Silva Ronaldo Pereira da Silva

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    Referncias SENAI-SP. Bobinadeira manual. So Paulo, 1986. Eletricista de manuteno.

  • Operaes de mecnica - Teoria

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  • Aprendizagem Industrial Eletricista de Manuteno

    004638 (46.15.11.939-7) Eletricidade geral - Teoria 004637 (46.15.11.940-8) Eletricidade geral - Prtica 008451 (46.15.11.941-5) Operaes de mecnica - Teoria 008450 (46.15.11.942-2) Operaes de mecnica - Prtica 008507 (46.15.12.959-4) Instalaes eltricas - Teoria 008506 (46.15.12.960-5) Instalaes eltricas: Prtica 004504 (46.15.12.961-2) Anlise de circuitos eltricos - Teoria 004503 (46.15.12.962-0) Anlise de circuitos eltricos - Prtica 004536 (46.15.13.963-1) Mquinas Eltricas e Acionamentos - Teoria 004535 (46.15.13.964-9) Mquinas Eltricas e Acionamentos - Prtica 004650 (46.15.13.965-6) Eletrnica analgica - Teoria 004649 (46.15.13.966-3) Eletrnica analgica - Prtica 004603 (46.15.14.931-2) Comandos eletroeletrnicos - Teoria 004602 (46.15.14.932-0) Comandos eletroeletrnicos - Prtica 004653 (46.15.14.933-7) Eletrnica digital - Teoria 004652 (46.15.14.934-4) Eletrnica digital - Prtica