Ontology of monstrosity
-
Upload
mariana-galan -
Category
Documents
-
view
228 -
download
0
description
Transcript of Ontology of monstrosity
O
Ontology of
monstrosity
Ontology of
monstrosity
O ponto de interseção que nos levou a fazer este trabalho foi
nosso interesse pelo tempo. Como na sua passagem ele se torna
matéria, tangível, por meio das marcas que deixa. A casa que
escolhemos está impregnada de tempo. Sua história, o abandono, as
pessoas que por ela passam e deixam seusvestígios.
A casa existe em mais de um só tempo. Assim como Thomas
McEvilley diz, ela existiu no passado, existe no presente e caminha
para o futuro. A entendemos como fragmento e como potência,
como camadas de tempo independentes e que se sobrepõe. Esses
diferentes tempos se movem para direções diversas, a casa não é só
ambígua, mas polivalente.
Nos permitimos fazer livremente relações em três níveis, e os
dividimos em três capítulos.
…
The individual whom Sartre denounces is in fact a kind of
monster, in the Greek mythological sense of a being with
the traits of two or more species at once: a human collage,
or pastiche. The point that Sartre may have missed, viewing
these things from the heart of late Modernism, is that the
process of change works through such
monstrosity; a being containing part of one
era and part of another at the same time is a
being moving into the future, like Zenon's arrow
occupying two places at once in its flight. Cultural change
occurs through the interposition of pastiche, and the
ontology of monstrosity, collage, and pastiche is absolutely
characteristic of the post-Modern or post-colonial project.
Thomas McEvilley, Art &Otherness, p 93
Capítulo I:
O interior da casa - O tempo pessoal
Capítulo II:
O exterior da casa- O tempo social
Capítulo III:
O exterior da casa e seu entorno- O tempo cósmico,
universal
I
Os cômodos da casa estão impregnados de tempo, as
rachaduras, o vazio, a deterioração. A natureza
sorrateiramente passa a tomar o espaço que antes era
habitado. As pessoas que lá deixam seus vestígios,
especialmente suas assinaturas, desenhos nas paredes, falam,
mas a quem? Como se dá essa comunicação? Ela é de que
natureza?
Pensamos que essa comunicação só existe dentro da
casa, para quem passa por lá, ela só existe e funciona de
dentro para dentro, assim o interior da casa é a comunicação
enclausurada nela mesma, sujeita ao tempo que se passa
dentro dela, o interior da casa é uma cápsula do tempo.
II
Vista de fora a casa existe como história, pensamos: quem
morou nela? Porque foi abandonada? Qual a função que hoje
exerce depois de abandonada? Nossa memória a revisita e a
resignifica, a casa passa a existir como um personagem, como
narrativa.
III
Ao relacionarmos a casa com seu entorno, colocamos em
questão o tempo passado x o tempo atual, e para onde caminhará
esse tempo. Não sabemos para onde esse tempo se movimenta,
se para o passado ou para o futuro. Se é possível preservá-la
como está, se ela seguirá seu curso lento de deterioração ou se
será destruída. Não se pode compreender esse tempo por
completo, seu significado nos é desconhecido e é esse
desconhecimento que a conecta com o tempo cósmico, com o
universo.