Onde estamos?...

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Onde estamos?... Joaquim Delphino Da Motta Joaquim Delphino Da Motta Neto Neto Departamento de Química, Cx. Postal 19081 Departamento de Química, Cx. Postal 19081 Centro Politécnico, Universidade Federal do Paraná (UFPR) Centro Politécnico, Universidade Federal do Paraná (UFPR) Curitiba, PR 81531-990, Brasil Curitiba, PR 81531-990, Brasil

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Onde estamos?. Joaquim Delphino Da Motta Neto Departamento de Química, Cx. Postal 19081 Centro Politécnico, Universidade Federal do Paraná (UFPR) Curitiba, PR 81531-990, Brasil. Na palestra anterior examinamos a História do Brasil e como chegamos à atual situação... Hoje vamos tentar - PowerPoint PPT Presentation

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Onde estamos?...

Joaquim Delphino Da Motta NetoJoaquim Delphino Da Motta Neto

Departamento de Química, Cx. Postal 19081Departamento de Química, Cx. Postal 19081

Centro Politécnico, Universidade Federal do Paraná (UFPR)Centro Politécnico, Universidade Federal do Paraná (UFPR)

Curitiba, PR 81531-990, BrasilCuritiba, PR 81531-990, Brasil

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História da Educação, Parte II 2

Na palestra anterior examinamos a História do Brasil e como chegamos à atual situação...

Hoje vamos tentar algo mais fácil...

caracterizar esta situação.

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Resumo IDH IDH — o que é e para que serve— o que é e para que serve Constituição de 1988Constituição de 1988 Acesso à EducaçãoAcesso à Educação Desempenho do Brasil no PISADesempenho do Brasil no PISA Ação de administrações recentesAção de administrações recentes Situação das UniversidadesSituação das Universidades PDE, PROVAR, REUNI etc.PDE, PROVAR, REUNI etc. ConclusõesConclusões

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Quem se preocupa com a situação da Educação?

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Órgão das Nações Unidas encarregado de supervisionar a Educação e proteger a criança em todo o planeta.

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Para acompanhar os avanços, a UNESCO utiliza alguns

índices para caracterizar a situação de cada país...

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IDH — o que é ?

É uma medida comparativa de riqueza, alfabetização, educação, espectativa de vida, natalidade etc. para os diversos países do mundo.

O índice foi desenvolvido em 1990 pelo economista paquistanês Mahbub ul Haq, e vem sendo usado desde 1993 pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) em seu relatório anual.

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História da Educação, Parte II 8

Fórmula do IDH

3

RELIDH

A fórmula é bastante simples:

onde a longevidade é dada por 60

25

EVL

3

2 TETAE

e a educação é apenas a média

entre a taxa de alfabetização e a de escolaridade.

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602,2

2log PPCPIB

R

A renda é calculada tendo como base o PIB per capita do país ou município. Como existem diferenças entre o custo de vida de um país para o outro, a renda medida pelo IDH é em dólar PPC.

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Como está o Brasil?

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E no Mundo ?...

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Evolução recente do IDH

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Controvérsia

Há muitas controvérsias quanto ao relatório de 2007 divulgado pelas Nações Unidas. Muitas instituições afirmam que o IDH do Brasil possa estar errado.

O motivo seria a não-atualização de vários dados por parte da organização relativos ao Brasil. A renda per capita deveria estar em US$ 9318, o que faria o IDH correto ser de 0,802 a 0,808.

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Espere um pouco...

Algo está esquisito aqui.

Tem alguém aqui cuja família tenha uma renda de US$ 9318 ?...

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Problema: desigualdade

O Brasil continua a ser internacionalmente conhecido por ser uma das sociedades mais desiguais do planeta, onde a diferença na

qualidade de vida de ricos e pobres é imensa.

Mas dados estatísticos recentes, contidos na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios

(Pnad), do Inst. Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que o quadro

começa a se alterar — lentamente.

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Quanto da renda nacional (PIB) é concentrada nos 10% mais ricos?

Brasil 45,8 %Colômbia 46,9 %Chile 47,0 %Haiti 47,7 %Rep. Centro-Africana 47,7 %Lesoto 48,3 %Suazilândia 50,2 %Botswana 56,6 %Namíbia 64,5 %

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Evolução da desigualdade

Na América Latina, a situação do Brasil está comparável à do Paraguai, e ligeiramente melhor que a Colômbia.

Aqui ao lado, na Bolívia, a situação está rapidamente se tornando cada vez pior.

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Diferenças regionais

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Situação atual

Os índices de desenvolvimento humano (IDH) melhoram, mas com uma lentidão irritante.

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Um dos itens que compõem o IDH é o acesso à Educação, geralmente expresso pela

taxa de escolaridade ( TE )...

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Acesso à Educação

Na área de educação, o Brasil tem melhor desempenho que a média mundial e regional. No relatório 2007, o país ficou com um índice de alfabetização adulta de 88,6% (64ª colocação mundial, logo abaixo dos Emirados Árabes Unidos e logo acima de São Vicente e Granadinas), índice igual ao encontrado em 2004, por conta das Nações Unidas não ter atualizado os dados.

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Segundo o IBGE, a taxa de alfabetização adulta evoluiu de 88,6% para 89,0% no período.

O relatório captou, porém, um aumento no percentual de pessoas em idade escolar dentro das escolas e universidades, de 86,0% em 2004 para 87,5% em 2005 (36ª colocação mundial, logo abaixo da Alemanha e acima de Singapura).

Atenção: estes números também parecem estar dissociados da realidade percebida pela população.

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O que diz a Lei brasileira sobre a Educação?...

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Constituição de 1988CAPÍTULO III

DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DO DESPORTO

Seção IDa Educação

 Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

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Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;V - valorização dos profissionais do ensino, garantidos, na forma da lei, planos de carreira para o magistério público, com piso salarial profissional e ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 04.06.1998)VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei;VII - garantia de padrão de qualidade.

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Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de:

I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, assegurada, inclusive, sua oferta gratuita para todos os que a ele não tiveram acesso na idade própria; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 14, de 13.09.1996)

II - progressiva universalização do ensino médio gratuito; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 14, de 13.09.1996)III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino;

IV - atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade; V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um;

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Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino.

Legal! Inspirado no exemplo alemão, que como veremos a seguir deu certo.

O problema aqui é que nem o governo nem os Estados obedecem.

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Art. 214. A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração plurianual, visando à articulação e ao desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis e à integração das ações do Poder Público que conduzam à:  I - erradicação do analfabetismo; II - universalização do atendimento escolar; III - melhoria da qualidade do ensino; IV - formação para o trabalho; V - promoção humanística, científica e tecnológica do País.

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Conclusão: a Constituição é boa!

O problema é que ninguém obedece.

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A necessidade de apresentar estatísticas decentes para a UNESCO e o OECD leva a

administração central a adotar políticas no mínimo controversas...

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Lei 9.394/96 - LDBRegularizou nas escolas os polêmicos “conselhos de classe”.

Na prática instituiu a aprovação automática no ensino primário e secundário, o que provocou um aumento nos índices brasileiros de escolaridade.

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E a infra-estrutura ?

Se considerarmos as escolas do sistema público,

67,7% não têm biblioteca76,0% não têm laboratório de Informática92,5% não têm laboratório de Ciências

( Jornal Nacional, 9 de Janeiro de 2008 )

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Esta falta de infra-estrutura é revelada de forma cabal em

qualquer avaliação neutra do sistema educacional do país.

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Os países (e as pessoas) não são aquilo que eles pensam, mas sim como eles são observados.

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Testes PISASão aplicados a cada três anos sobre uma amostragem de alunos na faixa de 15 anos dos países associados ao OECD.

Consistem de testes de leitura, matemática e ciências. O teste enfatiza uma destas três áreas.

2000 ênfase em leitura2003 ênfase em matemática2006 ênfase em ciências2009 ênfase em leitura etc.

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Resultado de 2003 Matemática Leitura

Ciência1. Hong Kong 550 540 5392. Finlândia 544 543

5483. Coréia do Sul 542 534

5384. Liechtenstein536 525 525

...53. Tailândia54. México55. Indonésia56. Tunísia57. Brasil

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Como os responsáveis pela Educação no país avaliaram

o resultado de 2003?

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Não é vergonha estar em último lugar, já que concorremos com países desenvolvidos. A próxima LDB pode corrigir várias distorções.

Paulo Renato de Souza, 2004

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Resultado de 2006

1. Finlândia 563 pts.

2. Hong-Kong 542 pts.3. Canadá 534

pts.4. Taiwan 532

pts....

52. Brasil 390 pts.53. Colômbia 388

pts.54. Tunísia 386

pts.55. Azerbaijão 382

pts.56. Qatar 349 pts.57. Quirguistão 322 pts.

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E entre os Estados ?...

Estado Ciências Leitura Matemática

DF 447 429 431SC 427 431 413RS 424 412 405PR 422 418 400RJ 411 427 391MG 406 413 386... ... ... ...Brasil 390 393 370

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Segundo a avaliação do OECD, os alunos brasileiros são classificados

como nível 1: conseguem responder a perguntas diretas, mas

não conseguem fazer a conexão entre problemas diferentes.

A leitura é um problema sério.

A situação não mudou entre os testes de 2003 e 2006.

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Como o resultado de 2006 repercutiu entre os que

estudam o sistema ?

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Um fato conhecido é que os filhos da população com maior renda no Brasil têm uma formação pior do que muitas pessoas pobres de outros países.

Esse fenômeno já é conhecido de quem estuda essa área, mas muito difícil de ser explicado.

Samuel Pessoa (FGV)

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O que chama a atenção é a ausência de mudanças. Não surpreende a elite escolar brasileira ter qua- lidade educacional mais baixa do que a de outros países. Agora, se está pior do que os mais pobres

desses países, isso precisa ser melhor analisado.

Eduardo de Carvalho Andrade (IBMEC-SP)

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Como os responsáveis pela Educação no país avaliaram

o resultado de 2006?

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O resultado não é um desastre. Já não estamos em último lugar. A situação vai melhorar a médio e longo prazo.

Fernando Haddad, entrevista em 2007

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Evidentemente, esta posição das autoridades apenas reflete a orientação da administração

central — desta e das últimas...

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A atual administração

O governo diz que precisa reduzir a desigualdade (o que é verdade!). Para isso, o Bolsa-Família distribui esmolas para uma população miserável, carente e analfabeta.

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Enquanto isso, a estrutura precária da educação primária

permanece inalterada.

A aprovação automática (os chamados conselhos de classe ) assegura que

índices de alfabetização altos sejam regularmente apresentados ao OECD.

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Os índices altos não evitam que de três em três anos os testes PISA

lembrem que a situação não muda:

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O miserável não deixa de ser miserável.O analfabeto não deixa de ser analfabeto.

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O país africano não deixa de ser africano.

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Investir nas crianças e na qualidade da escola criaria bases mais sólidas para o aumento da qualidade de vida.

James Heckman, Univ. of Chicago entrevista a VEJA, 2006

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História da Educação, Parte II 54

Qual você acha que será o desempenho do Brasil no PISA 2009?

Como você acha que os responsáveis pela Educação

no país avaliarão o resultado de 2009?

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Para resumir:

O Brasil ainda ocupa regularmente os últimos lugares em Olimpíadas de Matemática e de Leitura. Países muito mais pobres como a Índia despontam como fornecedores de software.

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Tudo isto também reflete um aspecto cultural que vem de

décadas de malversação de recursos públicos.

No Brasil Educação é “gasto” e não “investimento”.

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A educação não é barata, mas rende grandes resultados. Por isso, não é cara.

O preço para se manter milhões na ignorância, se fosse possível calculá-lo, seria consideravelmente maior doque o necessário para estruturar um sistema público de educação de qualidade para todos.

Jorge Werthein (UNESCO), entrevista em 2004

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E a Educação superior?

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Investimentos em Universidades

A UNESCO e o OECD já têm exemplos suficientes de que o investimento público na Educação universitária está diretamente relacionado com a competitividade do país.

Não existe mágica.

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História da Educação, Parte II 60

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Atenção: aqui há divergências.

Segundo o MEC, o Estado brasileiro investe 11% do orçamento em Educação.

Segundo a ANDES, o Estado brasileiro atualmente investe 3,5% do PIB em Educação.

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História da Educação, Parte II 63

A situação Universitária atual

As Universidades são constantemente ameaçadas pelo espectro da privatização e da perda de autonomia.

São também acusadas pelos políticos de receber privilégios.

As estruturas físicas estão em péssimas condições, e o orçamento é minguado.

A discussão democrática não existe na A discussão democrática não existe na maioria das instituições.maioria das instituições.

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História da Educação, Parte II 64

Evasão de cérebros

Um dos aspectos mais prejudiciais. Como no Brasil a iniciativa privada não investe nas Universidades, todo e qualquer financiamento em pesquisa tem de vir do governo federal.

Uma boa parte da força de trabalho qualificada acaba naturalmente emigrando para países que ofereçam melhores condições de trabalho.

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História da Educação, Parte II 65

Nome: Cristiano Ruch Werneck GuimarãesCredencial: simulações de Dinâmica MolecularOnde estava: Amgen Co. (California)Onde está: Pfizer, Inc. (Groton, Connecticut)

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História da Educação, Parte II 66

Evidentemente este é um exemplo de pesquisador destacado, e espera-

se que vários deles sejam absorvidos pelas empresas e universidades estrangeiras.

Mas o problema não para por aí.

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História da Educação, Parte II 67

A situação precária do sistema universitário faz com que mesmo pessoas que ainda estão em processo de formação sejam atraídas para fora do país.

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História da Educação, Parte II 68

Claro que nestes casos não está caracterizada a evasão, pois estas pessoas podem retornar ao país no futuro...

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A evasão de cérebros para o exterior e a concentração do

conhecimento em poucas Universidades faz com que o

progresso seja reduzido e lento.

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História da Educação, Parte II 70

Motor flex (1994)

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Esta situação apenas reflete a subserviência dos governos e da

elite brasileira a influências externas que são diretamente

contrárias aos interesses do país.

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História da Educação, Parte II 72

Colonialismo

Nos séculos XIX e XX, os países ricos tomavam as matérias primas dos países pobres pela força.

Hoje em dia, eles não precisam fazer isso, pois os países pobres vendem as matérias primas de qualquer jeito.

A dominação se dá pela repressão da Educação. Se o país pobre não sabe tratar a matéria prima, ele tem de vendê-la para poder comprá-la beneficiada.

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História da Educação, Parte II 73

É por isso que o Brasil, que possui 90% das reservas de silício deste planeta,

tem de importar chips de computador.

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História da Educação, Parte II 74

Conclusão: a Educação é de importância estratégica

para qualquer país!

É questão de soberania!

Diante desta situação, o que faz o poder central?

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História da Educação, Parte II 75

O governo alega que centros de pesquisa “custam caro”, por isso pretende manter os centros de excelência em pequeno número.

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História da Educação, Parte II 76

O governo federal pretende concentrar a pesquisa nos chamados centros de excelência, e transformar todas as outras universidades em escolões que formem uma massa de diplomados sem capacidade de produzir conhecimento e tecnologia.

O governo FHC ficou apenas na ameaça. Agora...

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História da Educação, Parte II 77

Para reverter o quadro de evasão, algumas Universidades

adotaram um programa de ocupação de vagas...

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História da Educação, Parte II 78

PROVAR Não houve discussão democrática sobre Não houve discussão democrática sobre

as implicações do programa.as implicações do programa. Alunos de Universidades particulares, Alunos de Universidades particulares,

mal preparados, se aproveitam e entram mal preparados, se aproveitam e entram “pela janela” nas instituições federais.“pela janela” nas instituições federais.

Como não conseguem continuar o curso, Como não conseguem continuar o curso, acabam abandonando de qualquer jeito.acabam abandonando de qualquer jeito.

A conseqüência é que o nível do curso A conseqüência é que o nível do curso baixa.baixa.

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História da Educação, Parte II 79

Plano Nacional de Desenvol- vimento da Educação ( PDE )

Decreto 6.096/07 cria o REUNIDecreto 6.095/07 cria os IFETs

Portarias 22/07 e 224/07 criam o banco de professores equivalentes.

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Reforma Universitária REUNI

O MEC acenou com uma suplementação de verbas além do orçamento previsto para as Universidades.

Para isso exigiu em troca um aumento no número de vagas, um aumento na oferta de cursos noturnos, um aumento na razão aluno/professor (RAP) dos atuais 13,6 para 18 e um aumento da taxa de diplomação para 90%.

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História da Educação, Parte II 81

Graduação de 90% A maioria dos economistas considera esse

número absurdo, uma vez que entre os países do OECD apenas o Japão alcança essa marca.

Os outros países desenvolvidos estão na faixa de 70-80%.

Os professores alertam que a imposição deste índice equivale a implantar a aprovação automática no ensino superior.

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História da Educação, Parte II 82

Falta de garantiasA maior parte das verbas prometidas pelo REUNI (inclusive 65% das verbas de custeio) teriam de ser liberadas em 2011 e 2012 (no próximo governo).

O decreto 6.096/07 ressalva que este atendimento é condicionado a estar dentro do orçamento do MEC, que historicamente é um dos ministérios relegados a segundo plano.

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História da Educação, Parte II 83

Cenários prováveis:

Aumento do número de alunos sem aumentar as verbas e

sem melhorar as instalações!

Diploma universitário tem seu valor diminuído!

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História da Educação, Parte II 84

A comunidade universitária resistiu, e pediu mais discussão.

Várias análises independentes revelaram o despropósito e os perigos da reforma.

Os reitores anunciaram a adesão voluntária ao pacote sem

discutir com a comunidade.

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História da Educação, Parte II 85

Aqui não citamos a situação das Fundações de Apoio,

devido ao contexto jurídico ainda estar em discussão.

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Para terminar, lembramos o professor Darcy Ribeiro...

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História da Educação, Parte II 87

“Fracassei em tudo o que tentei na vida. Tentei alfabetizar as crianças brasileiras.

Tentei salvar os índios. Tentei fazer o Brasil desenvolver-se autonomamente. Mas os fracassos são minhas vitórias.

Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu”.

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ConclusõesGrande parte da população ainda é analfabeta.

Matemática e leitura são problemas sérios.

A educação não é importante para o povo, para a elite ou para os setores liberais.

O processo de desmonte do sistema universitário prossegue.

Em resumo, prosseguimos firmes em direção à africanização do país.

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História da Educação, Parte II 89

O panorama parece grave.

Aqui cabe a pergunta,

Podemos fazer diferente?

O que os países bem-sucedidos fizeram de diferente?...

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História da Educação, Parte II 90

A seguir: o que deu certo

Inglaterra, Alemanha, FrançaInglaterra, Alemanha, França Estados UnidosEstados Unidos Coréia, Cuba, ChileCoréia, Cuba, Chile