Jornal Diário Cabofriense - minha coluna "Cantinho das Ideias" 3 de junho
Onda de Ideias de Junho de 2010
-
Upload
pedro-oliveira -
Category
Documents
-
view
220 -
download
0
description
Transcript of Onda de Ideias de Junho de 2010
Pontos de interesse especiais:
ACONTECEU NA ESCOLA
NÓS SOMOS— o espaço de escrita na newsletter
EM TOM DE FINAL DE ANO….
ESCOLA E. B. 2 E 3 /SEC JOÃO GARCIA BACELAR
JU
NH
O D
E 2
010
“Até que aqueles que
ocupam postos de res-
ponsabilidade não
aceitem questionar-se
com valentia seu modo
de administrar o poder
e de tentar o bem-
estar de seus povos,
será difícil imaginar
que se possa progredir
verdadeiramente para
a paz.”
Papa João Paulo II
"Escola é...
o lugar onde se faz amigos
não se trata só de prédios, salas, quadros,
programas, horários, conceitos...
Escola é, sobretudo, gente,
gente que trabalha, que estuda,
que se alegra, se conhece, se estima.
O director é gente,
O coordenador é gente, o professor é gente,
o aluno é gente,
cada funcionário é gente.
E a escola será cada vez melhor
na medida em que cada um
se comporte como colega, amigo, irmão.
Nada de ‘ilha cercada de gente por todos os lados’.
Nada de conviver com as pessoas e depois descobrir
que não tem amizade a ninguém
nada de ser como o tijolo que forma a parede,
indiferente, frio, só.
Importante na escola não é só estudar, não é só trabalhar,
é também criar laços de amizade,
é criar ambiente de camaradagem,
é conviver, é se ‘amarrar nela’!
Ora , é lógico...
numa escola assim vai ser fácil
estudar, trabalhar, crescer,
fazer amigos, educar-se,
ser feliz."
PAULO FREIRE
http://www.paulofreire.org/escola_p.htm
Decorreu, na Biblioteca, na tarde do dia 13 de Abril de 2010, o encontro dos alunos do PCA
de 4º ano, 5º ano (turmas A, C e E), e do 6º ano (A, B, C e D) com o escritor Nuno Maga-
lhães Guedes (autor recomendado pelo PNL). Nas duas sessões, que encheram por comple-
to o espaço da BE, os alunos puderam contactar com o autor da colecção juvenil Objectivo
Golo, o qual deu algumas informações sobre o processo de criação literária, passando a
mensagem de que a mesma só é possível com dedicação, esforço e muita persistência e
rigor na escolha das palavras.
As sessões terminaram com perguntas ao autor e seguidas de autógrafos. Nos dias 12 a 15 de Abril, foi
constituída uma mini-feira do livro, com 15 títulos da colecção Objectivo Golo.
Este encontro foi realizado com o intuito de propiciar a todas as turmas do 2º Ciclo da Escola a oportuni-
dade de contactar com um escritor, na linha do que já acontecera no 2º período aquando da vinda da
escritora local Elisa Pedrosa à escola (23 de Fevereiro).A actividade foi possível graças ao apoio de uma
representante da Verbo e, ainda, da Direcção da Agrupamento.
Encontro com o Escritor Nuno Magalhães Guedes – 13 de Abril
Página 2
ED
IÇÃ
O 3
- J
UN
HO
20
10
O autor
Nuno Magalhães Guedes nasceu em Lisboa em 1958. A sua actividade profissional tem-se desenvolvido em empresas do ramo editorial e de
comunicação e é também director de um centro social em Lisboa.
Em finais do ano 2000, inicia a série juvenil “Objectivo Golo”, centrada à volta de um grupo de amigos ‘fanáticos’ por futebo l que, no meio
das suas preocupações escolares, querem formar o seu próprio clube.
“Objectivo Golo”
“Campeões e Detectives”
A TVI estreou, no dia 20 de Dezembro de 2008, a série infanto-juvenil “Campeões e Detectives”, basea-
da na colecção “Objectivo Golo”, da autoria de Nuno Magalhães Guedes e publicada pela Editorial Ver-
bo.
Esta série televisiva atingiu novo máximo de audiências (segundo informação publicada a 13 de Março
de 2009). Decorridos os primeiros dois meses de exibição, regista-se uma audiência média de acima dos 250 mil espectadores,
atingindo o significativo share global de 32,6%.
Naturalmente que valores mais elevados são entre o público juvenil: no escalão dos 4/14 anos, o share situa-se em 52,3%, mas
no escalão dos 15/24 anos, atinge os 54,2%.
A colecção “Objectivo Golo” viu o seu esforço para promover a leitura num segmento tão difícil ser premiado com a inclusão
no Plano Nacional de Leitura.
Nesta colecção o JP (João Paulo Moreira) e os amigos decidem formar o
seu próprio clube, o Megamax Futebol Clube, contra tudo e contra
todos, em especial contra a BOLA-F. A misteriosa organização BOLA-F
deixa o JP fora de si. As suas iniciais querem dizer «Brigada Operacio-
nal de Luta Anti-Futebol». Um dos maiores desejos do JP é descobrir
quem se esconde por detrás desse nome e desmascarar o ou os res-
ponsáveis pelas incríveis safadezas que essa tenebrosa organização
tem vindo a cometer no Bairro onde vive. Para isso contará com a aju-
da do primo Manel e dos amigos Tiago e Madalena.
Página 3
Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor - 23 de Abril
A Biblioteca assinalou esta efeméride com uma exposição de frases relacionadas com os livros e a leitura, que decorreu no seu espaço. Procurava-se, ainda, estimular uma reflexão sobre o que pensam os utilizadores relativamente ao “livro”, que leituras fazem e que livro os marcou mais. Aos colegas do Departamento de Línguas foi, ainda, feito o convite para agendarem com a BE sessões sobre a evolução da escrita e do livro ao longo dos tempos, bem como sobre outros aspectos, tais como a estrutura / constituição do livro, normas de referenciação e respeito pelo direitos do autor. Neste âmbito, tiveram lugar duas “aulas” na BE, animadas por duas apresentações em PowerPoint e que ajudaram os alunos envolvidos a melhor conhecer o livro.
“25 de Abril em poesia” – exposição evocativa do 36º aniversário da Revolução de Abril de 74
Assinalar Abril é sempre um imperativo na vida das
Escolas, seja no âmbito do programa curricular da dis-
ciplina de História, seja num âmbito mais alargado de
evocar um marco na conquista da liberdade, que toda
a sociedade não deve perder de vista, relembrando
anualmente as lutas, as personagens marcantes e os
acontecimentos relacionados com o 25 de Abril de 74.
Mais uma vez a BE acolheu alguns trabalhos de Histó-
ria das turmas A e B do 9º ano, bem como um conjun-
to te cartazes produzidos na disciplina de Geografia
sobre as “Ex-colónias”, realizados pelos mesmos alu-
nos. Também os discentes da sala dos Apoios Educati-
vos criaram um poster original em torno da palavra
“Liberdade”.
No exterior, na escada de acesso à BE, foram coloca-
dos poemas / canções e imagens de figuras como
Sophia de Mello Breyner Andresen , Zeca Afonso, Sér-
gio Godinho e Ary dos Santos, numa composição em
forma de 36, associando a poesia e a música, neste
trigésimo sexto aniversário da Revolução dos Cravos.
Alguns trabalhos produzidos pelos alunos do 6º A e C,
no contexto da disciplina de História, ajudaram a dar
cor a este espaço.
Celebrou-se, assim, a poesia, a História, numa palavra,
a LIBERDADE!
Após a jornada que decorreu a 3 de Maio de 2010, em Coimbra, e na qual a equipa da nossa escola,
constituída pelos alunos João Pedro Teixeira, Mariana Andrade, Cátia Mendes, do 9ºA, e por Cláudia
Repas, do 9ºB, acompanhados pela professora Celeste Barbosa, se sagrou uma das duas escolas apu-
radas a nível distrital, no âmbito do 6º fórum de leitura e debate de ideias – ENTRE|PALAVRAS, teve
lugar, em Santa Maria da Feira, no passado dia 2 de Junho, a Final Nacional desta actividade.
Nesta final nacional, em que estiveram representados todos os distritos do país, num total de 36 esco-
las, os nossos alunos e os da outra escola apurada do distrito de Coimbra (Escola Dr. Pedroso Veríssi-
mo, de Paião), realizaram uma dramatização onde se expunham os argumentos a favor e contra as
Redes Sociais.
Não faltou o apoio da claque – toda a turma A do 9º ano – que acompanhou a equipa nesta desloca-
ção a Santa Maria da Feira, com as professoras Celeste Barbosa e Paula Parreira.
O debate final, moderado pela Dra. Fátima Campos Ferreira, não pôde contar com os nossos concor-
rentes, uma vez que estes não chegaram à fase final, no entanto, toda a experiência adquirida com a
participação e os prémios que receberam como oferta do Jornal de Notícias, ser-lhes-ão muito valio-
sos no futuro.
No pretérito dia 3 de Maio, dois grupos de crianças do Jardim de Infância de Sanguinheira deslocaram-
se à Biblioteca do Agrupamento, a fim de assistirem a duas sessões de “Hora do Conto”, com recurso a
equipamento multimédia.
O primeiro grupo chegou à escola cerca das 10.30 horas e, após uma breve visita
ao espaço da BE, dirigiu-se à Sala A2. Aqui, devidamente instaladas, as crianças
viram, ouviram e acompanharam o “desfolhar” de um livro da Biblioteca de Livros
Digitais ( http://e-livros.clube-de-leituras.pt/), sendo a história apresentada “ A
Joaninha Vaidosa”.
O segundo grupo, que chegou à escola às 11. 30 horas, visitou a biblioteca e, na
sala A2, teve oportunidade de assistir ao conto “O dia em que o galo não acor-
dou”, também da Biblioteca de Livros Digitais.
Ambas as sessões foram seguidas pela exploração das imagens, personagens e
sequência de acontecimentos e houve, ainda, tempo para cantar…
Esta actividade decorreu na sequência da visita efectuada ao Jardim de Infância
da Sanguinheira, durante a Quinzena da Leitura, tendo as educadoras, nessa altu-
ra, mostrado interesse em virem com as crianças à escola sede. A Biblioteca, com
o apoio da Educadora Ana e o imprescindível autocarro da Câmara Municipal de
Cantanhede, tornaram possível concretizar esta aspiração.
Entre|palavras – final distrital (3 de Maio) e final nacional (2 de Junho)
Hora do conto: Pré – Escolar de Sanguinheira – 3 de Maio
Página 4
ED
IÇÃ
O 3
- J
UN
HO
20
10
No dia 3 de Maio de 2010 decorreu, em Mira, o 4º Encontro
Diocesano Inter-Esccolas de E.M.R.C. que teve como objecti-
vos: valorizar a disciplina,
na formação integral da
pessoa; promover inter-
câmbio entre escolas e
incrementar laços de amiza-
de entre alunos. A activida-
de decorreu de forma acti-
va e entusiasta e os alunos
foram acompanhados pela
Professoras Maria Moço; Irene Gandaio e Filomena Tomé .
No dia 16 de Maio os alunos realizaram uma
caminhada à Praia da Tocha em conjunto com o grupo
de E. Física.
No dia 11 de Abril foi realizada uma acção de
formação, aberta a toda a comunidade escolar som o
te,a “ O fenómeno Bullying em contexto escolar”.
No dia 20 de Maio, realizou-se uma acção
sobre “Crescimento e Desenvolvimento” dirigida a Pais
e encarregados de Educação
Com o intuito de:
Valorizar a nossa cultura e de outros
povo;
Valorizar a Escola como pólo privilegiado
de criação cultural;
Promover o desenvolvimento de relações
educativas e de contacto com outras rea-
lidades.
Realizou-se uma viagem de alunos do 9º ano a
Barcelona, acompanhados pelas professoras
Maria Moço e Irene Gandaio. A viagem foi um
sucesso!
Na sala de convívio da nossa escola entre os
dias 22 e26 de Março de 2010 os alunos apre-
sentaram um jornal de parede, com .o tema
“Sinais de Religiosidade no dia-a-dia”.
A actividade decorreu de forma participada e
com expressões variadas.
Foi dinamizada pela Professora Irene Gandaio
Visita de estudo/ Intercâmbio a Barcelona
Semana da disciplina de E.M.R.C
Página 5
"A verdadeira
educação consiste
em pôr a descoberto
ou fazer actualizar o
melhor de uma
pessoa. Que livro
melhor que o livro
da humanidade?"
Mahatma Gandhi
ACTIVIDADES DE E.M. R. C.
Encontro diocesano dos alunos de E.M.R.C
Outras actividades
Visita à Praia das Rocas — Castanheira de Pêra
Realizou-se no dia 17 de Junho uma visita / conví-
vio à Praia das Rocas com os alunos do 2º Ciclo
para que os alunos reforcem os seus laços de afec-
tividade e promovam a amizade e o convívio.
Numa iniciativa conjunta do Departamento de Matemática e Ciências Experimentais e
da BE, esteve mais uma vez patente, de 10 a 18 de Maio, na nossa escola, a exposição
de João Petronilho “Fauna e Flora da Floresta Litoral”, com o apoio do Centro de Infor-
mação Europe Direct Beira Litoral (Coimbra).
As professoras Isabel Roque e Helena Tavares realizaram, na tarde do dia 12 de Maio,
uma saída de campo à Praia da Tocha, levando os alunos do 8º ano a contactar com a
biodiversidade específica do litoral. Esta visita teve a particularidade de ter como
monitor o próprio autor do trabalho fotográfico exposto na escola. João Petronilho
guiou os alunos pela natureza, despertando-os ainda mais para a importância da pre-
servação das espécies e respeito para com a natureza / biodiversidade.
Exposição “Flora e fauna do litoral” – João Petronilho (BE/Dep. Ciências)
Página 6
ED
IÇÃ
O 3
- J
UN
HO
20
10
O verdadeiro desastre começou com aquilo que hoje designamos
“progresso” e “desenvolvimento”. O
pensamento básico deste novo contexto cultural faz com que queiramos sempre
atingir eficiência Máxi-ma em todos os nossos empreendimentos, efi-
ciência esta, medida em termos de fluxo de dinheiro apenas, e qua-se nunca em termos de harmonia, sustentabili-dade, integração, bele-
za, riqueza, de vida,
José Antonio Lutzen-berger, 1988
Em Portugal, a floresta cobre cerca de 38% do território do continente.
Enquanto a norte do rio Tejo predomina a floresta de copado fechado,
em que o pinheiro-bravo Pinus pinaster e o eucalipto Eucalypto globulos
são as espécies dominantes, a sul predomina a floresta aberta, domina-
da pelo sobreiro Quercus suber e pela azinheira Quercus rotundifolia.
Na região centro litoral o pinheiro-bravo ocupa cerca de 46% da área
florestal. Contudo, estes espaços arborizados não possuem todos a
mesma estrutura: alguns são florestas cujo objectivo principal é preservar e dar a conhecer a biodiversidade, outros
matas de produção e corte e outros ainda matas de protecção contra a erosão das terras ou assoreamento eólico.
Cada tipo de floresta deve a sua fisionomia particular ao clima, à natureza do solo, às espécies vegetais que a com-
põem e à influência do homem.
Embora nesta área litoral a espécie dominante seja o pinheiro-bravo Pinus pinaster, também é possível encontrar
outras espécies arbóreas como o pinheiro-manso Pinus pinaster, o amieiro Alnus
glutinosa, o Salgueiro Salix sp., o samouco Myrica faya e ainda diversas espécies
de acácias Acácia sp..
Contudo, a dinâmica destes espaços arborizados permaneceu no desconhecido
até há bem pouco tempo. Só apenas a partir dos anos 90 começaram a efectuar-
se estudos sobre as populações de alguns grupos de flora e fauna e que gradual-
mente, foram revelando a existência de uma interessante riqueza de espécies,
algumas das quais cuja distribuição local era desconhecida a nível nacional ou
mesmo de elevada importância para alguns ecossistemas da região.
Com esta exposição, pretende-se estimular a compreensão e interesse pela fauna
e flora junto dos jovens, e contribuir deste modo para a sua divulgação e preser-
vação tanto para a geração actual como para as futuras.
As fotografias utilizadas na exposição, da autoria de JOÃO PETRONILHO, foram realizadas na área do perímetro flo-
restal das dunas de Mira, área classificada na Rede Natura 2000 (Dunas de Mira, Gândaras e Gafanhas).
João Petronilho, é natural de Mira, onde nasceu em 1964. Guarda Florestal da Direcção Geral das Florestas entre
1987-2005, actualmente faz parte de uma Equipa de Protecção Florestal, do Serviço de Protecção da Natureza e do
Ambiente, da Guarda Nacional Republicana. Naturalista e fotógrafo da natureza, dedica grande parte do seu tempo
livro à observação e estudo das aves.
É autor e co-autor de diversos trabalhos no domínio da ornitologia, nomeadamente no campo da ecologia alimen-
tar, anilhagem e censos de aves, tendo a nível da fotografia realizado várias exposições fotográficas relativas à fau-
na e flora do concelho de Mira.
Página 7
Exposição "Fauna e Flora da Floresta Litoral"
A partir de um conto de Sophia de Mello Breyner Andresen – “A árvore”, foi preparada uma actividade na
Biblioteca, destinada aos alunos que frequentam o 4º ano da EB1 de Tocha.
Assim, no dia 10 de Maio, pelas 13.30, na Sala A2, os alunos participaram numa apresentação deste con-
to, tendo como som de fundo música oriental evocativa do espaço onde se passa a história.
Da grande árvore que se fez madeira, os habitantes da ilha construíram múltiplos objectos, entre os quais
um barco que os levou a outras paragens… Os alunos tornaram-se personagens e, neste ponto da narrati-
va, levantaram-se, pegaram em “tábuas de madeira” e criaram a sua embarcação, onde se sentaram e
fruíram a leitura até ao final da história.
Após uma breve exploração das ideias principais do conto,
os alunos foram para a Biblioteca, onde foram distribuídos
por pequenos grupos e convidados a desenharem, colabo-
rativamente, a grande árvore da história que tinham aca-
bado de ouvir.
Foi um momento diferente, mostrando o potencial de um
conto que, apesar da sua simplicidade, nos faz pensar na
importância de preservarmos as nossas memórias.
Com o intuito de assinalar o Dia da Europa (9 de Maio), e aproveitando um kit de material infor-
mativo que foi oferecido à escola pelo Centro de Documentação Europeia Jacques Delors, a Biblio-
teca montou uma exposição com informação sobre cada um dos 27 estado-membro, ajudando a
situar, num mapa da Europa produzido para o efeito, a localização desses países.
A exposição foi complementada com informações diversas sobre “Construção europeia”,
“Instituições europeias”, “Viver na Europa” “Cidadania europeia” e, ainda, facultando ao utilizador
documentação vária – brochuras, panfletos, postais, mapas, livros, …
Também foi posto à disposição de eventuais interessados um questionário sobre aspectos relacio-
nados com a União Europeia, desafiando o visitante à pesquisa de informação específica nos docu-
mentos expostos.
A divulgação deste material visava ajudar a conhecer e a compreender melhor a Europa em que
nos inserimos, já que estes objectivos se articulam com os conteúdos programáticos de História e
Geografia. E, para todos nós, obviamente, é imprescindível, enquanto cidadãos europeus, tornar-
mo-nos mais sabedores do que significa, afinal, pertencer a esta grande União Europeia.
Exposição “União Europeia”
Hora do Conto: 1º CEB (4º ano) de Tocha – 10 de Maio
Página 8
ED
IÇÃ
O 3
- J
UN
HO
20
10
Página 9
Quiz sobre a União Europeia
1-Qual o nome do Tratado que fundou a U.E.?
2-Que países aderiram à U.E. em 1973?
3-Qual a capital do país que entrou para a U.E. em 1981?
4-Em que ano Portugal entrou para a U.E.?
5-De que país é natural o célebre realizador de cinema Roman Polanski?
6-Qual a capital da República Checa?
7-Qual a população da Dinamarca?
8-Qual a moeda da Letónia?
9-Quais as línguas mais faladas no Chipre?
10-De que país é natural o célebre compositor Mozart?
11-Qual a população de Portugal?
12-O célebre Big Ben encontra-se em que capital europeia?
13-De que país é natural o célebre pintor Vincent Van Gogh?
14-A Torre de Pisa, famosa pela sua inclinação, fica em que país?
15-O célebre cientista Albert Einstein é natural de que país?
SOLUÇÕES 1 - Tratado de Roma; 2 - Inglaterra, Irlanda e Dinamar-
ca; 3- Atenas; 4 – 1986; 5 – Polónia; 6 – Praga; 7 - 5,4 milhões;8 – Lats; 9 - Grego e Turco; 10 – Áus-tria; 11 - 10,5 milhões; 12 – Londres; 13 – Holanda; 14 – Itália; 15 -Alemanha
A Biblioteca Escolar dinamizou, ao longo do 2º e 3º períodos, às segundas-feiras, das 9 às 10.30 horas, uma
actividade dirigida aos alunos da sala dos Apoios Educativos, com o intuito de sensibilizar e incrementar
hábitos e o prazer de ler em crianças / jovens que ainda não desenvolveram competências de leitura, nem
estão motivados para o texto escrito.
Tratando-se de um grupo com características muito especiais, foi preocupação, desde o primeiro instante,
envolver os alunos na construção de um espaço em que estes pudessem senti-lo como seu. A esta activida-
de, vulgarmente designada por “Hora do Conto”, os alunos decidiram chamar-lhe “Árvore das Histórias”.
Os alunos fizeram, depois, a decoração de um desenho da autoria da professora Paula Guedes, construindo,
com cores e outros materiais, uma árvore, que foi exposta na Sala A2 e em redor da qual foram sendo
desenvolvidas as sessões de trabalho semanais.
A Biblioteca Escolar procurou diversificar os textos escolhidos, assim como as propostas de trabalho sobre
os mesmos, indo do mero reconto da história à exploração mais aprofundada das personagens ou dos valo-
res veiculados. A missão de contar foi essencial-
mente da responsabilidade do professor biblio-
tecário, mas todos (mesmo os que não sabem
ler) tiveram o seu momento de leitura ou de dar
o seu contributo na construção de sentido(s)…
A árvore, que nasceu sem folhas, foi após cada
sessão recebendo o seu “vestido”: em cada
folha, foi sendo registada cada uma das histórias
lidas e trabalhadas, com indicação do título e
respectivo autor.
Neste final de ano lectivo, a avaliação efectuada pelos intervenientes – alunos, professoras dos apoios edu-
cativos e Biblioteca – é unânime em considerar que este foi (e deverá continuar a ser) um projecto válido,
pelo envolvimento, atenção e partilha presentes em todos os momentos e que fizeram desta “Árvore das
Histórias” um espaço único e enriquecedor nas vidas destes alunos da Escola e da “árvore” que foi sendo
cada vez mais nossa.
A leitura é uma fonte inesgotável de prazer mas por incrível que
pareça, a quase totalidade, não sente esta sede
Carlos Drummond de Andrade
“Árvore das Histórias”
Página 10
ED
IÇÃ
O 3
- J
UN
HO
20
10
Página 11
Representação teatral - Escola EB1 de Gesteira
Após a estreia da peça “As duas Bonecas” , que teve lugar na cantina, no passado
dia 27 de Maio, em que os alunos de Expressão Musical, Dramática e Corporal do 5ºE, sob
orientação dos respectivos docentes, Paulo Oliveira e Teresa Saro, estiveram envolvidos,
surgiu a ideia, por parte da Biblioteca Escolar, de levar o teatro a uma escola do 1ºCEB do
Agrupamento.
Assim, no dia 14 de Junho, os alunos /actores desta turma e as “actrizes convida-
das” do 5º C e 6º C, deslocaram-se à EB1 de Gesteira, a fim de representarem esta peça
perante um grupo de 23 crianças do 1º CEB desta escola.
A peça apresentada, da autoria de António Sérgio, com adaptação da professora
Teresa Saro, é uma história de reis, príncipes e princesas, de astúcia e de reconhecimento
pela inteligência manifesta-
da na descoberta de um
enigma… Um cenário ade-
quadamente pintado,
transporta de imediato a
audiência para outras para-
gens de tempos idos.,
enquanto o guarda-roupa,
a movimentação das perso-
nagens (…) emprestam gra-
ciosidade a esta peça ele-
mentar… Em suma, os elementos do texto dramático / teatral estão todos presentes e ser-
vem o seu propósito último: recriar uma história.
Merece referência o contacto, no espaço de uma EB1, com o texto dramático e a
sua representação, assim como a articulação entre ciclos aqui conseguida e que proporcio-
nou experiências de vida e curriculares deveras enriquecedoras, quer para os alunos da EB
2,3/Sec João Garcia Bacelar, quer para os da escola anfitriã.
A Biblioteca Escolar agradece o empenho de todos os
alunos e professores que tornaram possível esta actividade. Para
a história do PCA – 5ºE, fica, sem dúvida, o registo deste
momento em que os alunos nos surpreenderam com a qualida-
de do trabalho apresentado, provando a todos nós que vale a
pena acreditar!
"Nosso ofício, falo
de teatro, não nos
deixa provas. A
posteridade não
nos conhecerá.
Quando um actor
pára o acto tea-
tral, nada fica. A
não ser a memó-
ria de quem o viu.
E mesmo essa
memória tem
vida curta."
Fernanda Monte-
negro
A Biblioteca deve ser encarada, cada vez mais, não só como promotora de iniciativas próprias, mas tam-
bém como um pólo de divulgação do trabalho realizado nas diferentes áreas disciplinares e não disciplina-
res, concorrendo tudo isto para o completo exercício da sua missão universalista e, consequentemente,
cativando e indo ao encontro das mais diversas sensibilidades.
É neste contexto que, durante o terceiro período alguns professores expuseram trabalhos realizados com
as respectivas turmas, trazendo para fora da sala de aula, alguns trabalhos que, para além de espelharem
os conteúdos, aprendizagens e competências desenvolvidas, proporcionam aos utilizadores da BE um
outro tipo de “leituras”.
Assim, pela iniciativa das professoras Paula Quinteiro e Filomena Tomé, estiveram patentes diversos qua-
dros (com aplicação de técnicas mistas) produzidos pelos alunos do PCA – 8º C, no âmbito da disciplina de
Educação Artística e Tecnológica e, ainda, trabalhos de pintura do 9º A e B, da disciplina de Educação
Visual, nos quais são utilizadas tinta acrílica e óleo. Os trabalhos dos alunos permitiram renovar. Ainda
que por um período de tempo limitado, a decoração da Biblioteca ganha em diversidade de tons, seja
através da recriação de pinturas de pintores consagrados, como pela originalidade que os alunos colocam
nas suas composições.
A professora Paula Dias trouxe alguns “escritos hiero-
glíficos” e elementos relacionados com os Descobri-
mentos, um conjunto de trabalhos realizados pelos
alunos do 7º e 8º ano das suas turmas. Nesta exposi-
ção é possível observar como se escreveriam
“biblioteca” ou os nomes dos alunos com hieróglifos,
assim como réplicas de naus, especiarias e instrumen-
tos de navegação utilizados pelos portugueses na
epopeia dos Descobrimentos. Complementam esta mostra alguns títulos relacionados com a expansão
Outras exposições na BE – Maio e Junho
Página 12
ED
IÇÃ
O 3
- J
UN
HO
20
10
Página 13
O grupo de professores - Paula Guedes, Conceição Ribeiro,
Sílvia Pereira, Maria José Viegas e José Manuel Pedrosa –
foram responsáveis pela orientação de trabalhos relacio-
nados com a Páscoa, Primavera e Dia da Criança, no âmbi-
to das turmas do 2º Ciclo às quais leccionam as disciplinas
de Oficina de Artes e de Educação Visual e Tecnológica.
Com recurso a materiais de uso quotidiano, os alunos pro-
duziram elementos decorativos originais e plenos de cor,
que emprestam vivacidade a um mural no interior da
biblioteca e às
escadas / átrio
de acesso à BE.
Esta é uma prova irrefutável
de que é possível dar novos e
surpreendentemente agradá-
veis reutilizações a garrafas de
plástico e outros materiais,
contribuindo para o respeito
pelo meio ambiente e a cria-
ção de espaços da escola mais
atractivos.
Da iniciativa das professoras Filomena Tomé (Educação Tecnológica e Oficina de Artes),
Paula Guedes e Paula Quinteiro (Oficina de Artes), surge uma exposição de trabalhos rea-
lizados na disciplina de ET das turmas A, B e C do
7º ano, em que as tecnologias cerâmicas – técnica
de modelação em argilas serviram para criar
peças originais.
Recorrendo, também, às tecnologias cerâmicas,
mas em técnica de mosaico, na disciplina de Ofici-
na de Artes, os alunos das turmas 7ºD e 8ºC ela-
boraram painéis onde aplicam os seus conheci-
mentos dessas tecnologias. Foi mais uma activida-
de a apelar a outro olhar e a justificar a visita à
nossa BE.
Porque penso que ler é essencial e que após cada leitura as pessoas ficam mais ricas, mais expe-
rientes e com novas ideias, propus-me novamente, neste ano lectivo, nas minhas actividades de
biblioteca, contribuir para o empenhamento dos alunos pelos livros e pela leitura.
Nessa perspectiva, li com os alunos das turmas do 5º A e do 5ºB, “O Rato de Alexandria”, de José
Jorge Letria. Após a leitura do conto feita pelos alunos, procedeu-se à elaboração de uma ficha
de leitura por escrito e respectiva correcção. Posterior-
mente, foram sugeridas consultas na Internet sobre a
Biblioteca de Alexandria e as maiores maravilhas do mun-
do antigo, bem como as do mundo actual. Foram indicados
sites aos alunos para elaborar as suas pesquisas.
Nas turmas do 6º A, B e C foi lido o conto “O Príncipe
Feliz”, de Oscar Wilde” e feita a apresentação de um vídeo.
Os alunos realizaram, por escrito, o reconto da história.
Nas turmas dos 6ºB e do 6º C foram lidos os contos “O
Gigante Egoísta” e o “Rouxinol e a Rosa” de Oscar Wilde”.
Para verificação da compreensão dos contos, os alunos elabora-
ram, por escrito, fichas de leitura.
Também nestas duas turmas foi feita a leitura integral pelo pro-
fessor e pelos alunos das obras: “A Árvore”, de Sophia de Mello
Breyner Andresen, e “Ulisses”, de Maria Alberta Menéres e,
igualmente, se procedeu à elaboração, por escrito, de guiões de
leitura de ambas as obras.
Foi ainda programada uma ficha de leitura para o conto “A Aia”,
de Eça de Queirós, adaptado por Luísa Ducla Soares. Devido à
falta de tempo não foi possível ler o conto nem fazer a respectiva
ficha. Esse trabalho poderá ser concretizado no próximo ano lectivo.
Os alunos mostraram-se bastante empenhados na realização das tarefas e preencheram os
guiões de leitura com gosto e aplicação.
Acho que as actividades realizadas atingiram plenamente os seus objectivos e, decerto, contribuí-
ram para que venhamos a ter leitores mais assíduos e dedicados.
Prof. Vítor Salvador
HORA DO CONTO
Página 14
ED
IÇÃ
O 3
- J
UN
HO
20
10
Página 15
Uma gota.
Uma gota cai suave e lentamente na pétala
de uma simples rosa.
Escorrega delicadamente…
C
A
I
.
.
.
Uma gota.
Uma gota de vinho,
Do tinto ao branco,
Cai num copo,
Transparente como cristal,
Para deliciar a boca de um simples
homem…
C
A
I
.
.
.
É triste saber que não encontro nada mais interessante neste enorme
mundo para observar…
Nós destruímos a beleza com os nossos actos,
Fizemos a beleza em farrapos,
A pensar que fazíamos bem…
A ganância,
O egoísmo...
Fizeram de nós autênticos irracionais!
Uma pomba pode voar
Pelo céu sem rumo
Chegou a liberdade
Junto com os cravos
Acabou a ditadura
Deixando para trás a censura
E a amargura
Um canto de amanhecer
A esperança de acordar
Cria um dia de liberdade
Um fruto de esperança…
Raquel 6º A
A alegria da criança
A delicadeza de uma flor
Uma revolta para a liberdade
Para o direito a ser cidadão
Força bruta da revolta
Desgraça de um tiro sem destino
De vidas acabadas
De lágrimas derramadas
OU
Uma revolta no coração
Em corações presos por amarras
Que não os libertavam
Para mostrarem o que sentiam
Uma criança cheia de alegria
Contra uma guerra pesada
Mas uma criança e um cravo
A alegria e o amor
Juntos tudo venceram
… as amarras que prendiam o coração.
RITA~- ~º A
UM CRAVO—UMA CRIANÇA
25 DE ABRIL
Página 16
ED
IÇÃ
O 3
- J
UN
HO
20
10
Foi um projecto
de futuro e que,
por ter sido um
projecto de
futuro, deve
continuar a ser
um sonho
inspirador e um
ideal para as
gerações
vindouras.”
Cavaco Silva
Página 17
Um dia, Numa cadeira, Sentada no tempo Vejo a vida passar Sem ter tempo Para nada mudar!
Já chorei, Por coisas que amei.
Já errei, Em coisas estúpidas Nem sei.
Já pensei, Em coisas, Coisas que fiz, E em coisas Que no futuro Possivelmente farei.
Muitas vezes já calei A boca E também o coração, Por ter medo, Medo, Não sei bem de quê.
Se o tempo parasse E alguém me perguntasse Se alguma coisa eu mudaria?
Eu responderia: Não, Pois pouco sei! Se alguma coisa eu mudasse Então nunca nada saberia!
Nunca nada aprenderia!
Nunca por nada choraria! Nem por razão alguma erraria!
Então nunca nada seria!
E tudo seria porque só eu sei O tamanho do meu castelo!
Guardo as pedras que ganho, Enquanto corro na passadeira da vida.
Essas pedras que apanho, São os desafios e as batalhas que ganho.
E pode ser que um dia Todas as pedras que apanho Cheguem para construir O meu castelo!
Um grande e sábio castelo! O castelo da minha vida!
(…) Ser feliz é reco-nhecer que vale a pena viver apesar de todos os desa-fios,
incompreensões e períodos de crise.
(…)
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar
um oásis no recôn-dito da alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos pró-prios sentimentos.
(…).
Pedras no cami-nho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo..."
Fernando Pessoa
Alguém quis dar vida, Dar vida a uma coisa sem vida. Pois sem vida tudo é morto Não havia plantas, animais, Nada do que hoje há, existia antes. Naquele tempo nada havia. Apenas existia uma larga dimensão de espaço, Onde por sua vez planetas foram criados
Eu vivo aqui, Na minha linda Terra. Coisas maravilhosas, Um dia alguém fez. Outro alguém, Hoje as desfaz.
Porquê? Porquê estragar a Terra. Se ela nos acolhe… Não sei porque estra-gam, Porque destroem, Porque magoam, A nossa Terra… RITA
Um dia vivido Era um dia esquecido Esquecido na solidão Esquecido na escuridão.
Vivia… Sem amor Sem alegria Sem furor Sem fantasia. Mas uma manhã viu nascer o dia O Sol a romper Um dia de sonhos E chega, então, a pessoa.
Percebendo, então De que nada valia a solidão Não ter amigos era triste E viver na magia Era viver eternamente!
Um dia que seria vivido Sem pressa de correr para a noite! Não sabia, ainda, viver Pois vivera sempre só Sem amigos, em solidão RITA
UM DIA ...
Página 18
ED
IÇÃ
O 3
- J
UN
HO
20
10
«O sol irá ficar negro
A Terra afundar-se no mar
O céu despojado das suas estrelas
brilhantes Irá do fumo
E fogo Saltando a chama
Vencendo o próprio céu»
Jonathan Weiner.
Viver era aprender a sonhar
A sofrer
A respeitar os que a respeitam
E os que não aprenderam a respeitar…
Página 19
O laço essencial que nos une é que todos habitamos
este pequeno planeta. Todos respiramos o
mesmo ar. Todos nos preocupamos com o futuro dos nossos filhos. E
todos somos mortais.
John Kennedy
A Terra tem água Para beber Tem ar Para viver A terra tem mar Para nadar Tem alimento Para comer E assim podemos sobreviver. A terra tem árvores, Mas não são para queimar Porque no futuro vai ser difícil Respirar. Não vão fazer poluição Não quero ver lixo no chão Estar a gastar água Sem necessidade isso é que não! Não faz parte da minha vontade Matar animais Quase igual a queimar pinhais. LÚCIA E SOTERO
O homem, A mim Muito mal me faz… Mas eu, Continuo-o a servir, E vou continuar, Até não mais aguentar. Sinais da minha mágoa, Já eu dei. Desastres eu já causei. A minha força, E imponência Já eu mostrei. Mas nada, Ainda mudei. O homem não pára Parece querer matar-me. Será que ainda não percebe-ram, Que me estão a magoar?
Acho que isso já perceberam, Mas não querem acreditar, Que vivem em mim, E que me devem estimar. O que se calhar não sabem, Ou talvez não queiram saber É que o homem depende de mim Só a minha bondade É que ainda não o matou! Pedidos de socorro já mandei, Mas ainda ninguém… Se deu conta, Que me têm de salvar.
Já muito sofri, E não sei se no futuro, Mais sofrimento aguentarei. O homem está a cavar A minha sepultura, Mas ainda não percebeu… Que comigo, O levarei… RAQUEL
Tudo começou, por um bago de areia, numa praia deserta e linda.
Estava eu a brincar na areia, quando um senhor já velho me disse:
- Se pegares, num bago de areia poderás criar um sol, se pegares numa bola de areia poderás criar
um planeta, se pegares em quatro pedras poderás criar o Universo.
De repente quando olho para o senhor ele desaparece no meio da praia.
Fiquei a pensar se tudo fosse verdade …
Peguei num bago de areia e formou-se uma bola enorme que deitava luz e calor. Tive medo mas con-
tinuei, peguei numa bola de areia e abriu-se um mundo com humanos, animais ou seja um país com
vida. Só me faltava pegar em quatro pedras, procurei quatro pedras pequenas agarrei-as com a minha
mão direita e abriu-se um portal que formava o Universo.
O senhor tinha razão eu consegui criar várias coisas e contribui para a vida humana
Entre o Homem e a Terra não há boa ligação.
Terra tem o sinónimo de segunda mãe para todos nós, ela dá-nos tudo o
que consegue... dá-nos calor, frio, chuva, vento, neve entre outras coisas.
O homem não agradece à Terra pelo que ela faz… O homem deita o lixo
para as florestas sabendo que no dia de calor se vão incendiar.
Agora a Terra anda a tentar explicar-nos os erros que cometemos, para os
tentarmos corrigir.
Mas cada vez o homem faz mais erros sem parar para pensar o mal que
anda a fazer.
Irá vir um dia em que a Terra se irá vingar pelo que estamos a fazer e
nesse dia o homem irá perceber os seus erros, mas irá ser tarde para os
corrigir, porque já são tantos que não dará para os corrigir.
TRILOGIA DA TERRA...Eu criei a Terra
Página 20
ED
IÇÃ
O 3
- J
UN
HO
20
10
_Os homens de teu planeta cultivam cinco mil rosas num mesmo jardim... e não encontram o que procuram… Antoine de Saint-Exupéry
TRILOGIA DA TERRA… O Homem e a Terra
Página 21
Como zeladores do planeta, é nossa responsabilidade lidar com todas as
espécies com carinho, amor e
compaixão. As crueldades que os
animais sofrem pelas mãos
dos homens está além do nossa
compreensão. Por favor, ajude a parar
com esta loucura
Richard Gere
Estava em cima de uma montanha a brincar com cabritas quando
de repente o céu ficou muito escuro, o sol tinha explodido em
imensas nuvens.
Não havia luz, começou tudo a cair, as árvores incendiaram-se.
Havia pessoas em pânico.
Para todos ouvirem eu disse bem alto:
- A Terra está-se a vingar deste modo, foi o homem que quis
assim. Foram milhares as vezes que a Terra nos tentava explicar,
mas nós homens ignoramos.
Os vulcões explodiram, as inundações começaram, os animais
estavam mortos, as pessoas gritavam.
Já não havia nuvens, já nem havia electricidade.
Em tempos tentei dizer que estávamos a cometer erros, sem
saber. Hoje já é tarde de mais para resolver tudo.
Do céu surgiu uma voz, a da Terra, que nos dizia:
- Eu tentei avisar-vos… As minhas florestas choravam, porque
estavam sempre a ser cortadas. Desculpem, mas tudo acabou!
Depois destas palavras ouviu-se um grande estranho som e tudo
tinha acabado.
A Terra tinha-se zangado e tudo acabou…
JÉSSICA – 6º A
TRILOGIA DA TERRA… A Terra Zangada
No mistério do sem-fim
equilibra-se um planeta.
E, no planeta, um jardim,
e, no jardim, um canteiro;
no canteiro uma violeta,
e, sobre ela, o dia inteiro,
entre o planeta e o sem-fim,
a asa de uma borboleta
Cecília Meireles
A terra era o nome do nosso Planeta, e de repente mudaram para Des Mundo.
Melhoraram a Terra, agora é o Des Mundo, deixou de haver poluição, deixou de haver
assaltos, acabou os incêndios, as pessoas de África deixaram de sofrer de fome e sede,
toda a gente entrou em paz de vez.
Deixaram de fazer armas e outros utensílios que servem para a guerra, o Iraque entrou
em paz com os países que estava em guerra, todos acabaram com isso, as pessoas
finalmente começaram a respeitar-se umas ás outros, e ninguém era rico nem pobre,
ninguém era que mais que os outros, tudo mudou.
…o Homem aprendeu que tinha de respeitar a Natureza para continuar a viver.
O papel já não era feito de árvores, era feito de pedra, pois acharam matéria prima na
pedra para papel, e agora fazem papel sem destruir as árvores, muita gente pergunta:
Como é possível ter mudado tudo?
Eu também me pergunto o mesmo…
Tenho 43 anos e estou a viver na maior felicidade da natureza, já não há espécies em
vias de extinção !!!
Incrível como tudo ficou assim…
Se mudaram a Terra para o Des Mundo, vamos continuar assim.
Juntos fizemos a Terra e a Natureza feliz, não estraguemos o que andamos a fazer.
Vamos seguir em FRENTE… SOTERO
DES—
MUNDO
Página 22
Nenhum
livro para
crianças
deve ser
escrito
para
crianças.
Estava eu no mar,
Como uma gaivota a voar,
A pensar no que fiz e porquê,
Faço coisas sem resposta...
Se erro,
Sou humana,
Não será esta uma explicação para erros inexplicá-
veis?
Se a gaivota voa,
Se é livre e não tem de dar explicações a ninguém,
É porque alguém O quis!
Porque alguém O fez!
Tudo tem explicação,
Até mesmo as ondas do mar…
Até mesmo os meus actos.
A vida tem de ter proveito,
Tem de se fazer o que tem de ser feito,
Temos de viver,
E sobreviver,
À solidão,
À escuridão,
Do nosso mundo,
Obscuro,
E triste,
Poluído e sem graça
Rita Oliveira—6ºC
ED
IÇÃ
O 3
- J
UN
HO
20
10
Página 23
Quando criança,
pensamos: Quando eu
irei crescer?
Quando adolescentes,
pensamos: Com
quantas meninas vou
ficar?
Quando jovens,
pensamos: Que carro
vou conseguir
comprar?
Quando adultos,
pensamos: Até onde
vou conseguir chegar
nesta empresa?
Quando velhos,
pensamos: até quando
irei viver?
Quando morrermos,
pensaremos: Porque eu
não me pensei somente
em ser Feliz?
Evandro Svdri
O sol brilha no céu
No céu está a lua
A lua brilha de noite
Na noite há estrelas brilhantes
Brilhantes, são os meninos da escola
A escola tem bonitas meninas
Meninas bonitas dos meus olhos
Olhos de Fervença, sítio refrescante
Refrescante, será o passeio, no final do ano
Ano que terminará de forma brilhante
Brilhante ideia ir a pé e de bicicleta
Bicicleta dos meus sonhos
Sonhos que nos levarão a voar pelo céu!
Andreia, Miguel, Pedro, Júlia, Cristiano, Rui, Mariana e Odete
O sol brilha no céu,
No céu está a lua
A Lua brilha de noite
Na noite há estrelas brilhantes,
Brilhantes são os meninos de escola.
A escola tem bonitos meninas
Meninas bonitas dos meus olhos
Olhos de Fervença, sítio refrescante
Refrescante será o passeio, no final do ano,
Ano que terminará de forma brilhante,
Brilhante ideia ir a pé e de bicicleta,
Bicicleta dos meus sonhos,
Sonhos que nos levarão a voar pelo céu.
Andreia, Miguel, Pedro , Júlia, Cristiano, Rui,
É por isso que se mandam as crianças à escola: não tan-
to para que aprendam alguma coisa, mas para que se
habituem a estar calmas e sentadas e a cumprir escru-
pulosamente o que se lhes ordena, de modo que depois
não pensem mesmo que têm de pôr em prática as suas
ideias.
Emanuel Kant
Quando falo na escola, penso muitas vezes numa coisa aborrecida de que me tento sempre
livrar! Por essa razão, ontem pus-me a pensar… qual será o significado de escola? Será um sítio
onde se aprende? Onde se brinca e não se faz nada apesar de os outros pensarem que sim?
Terá significado?
Ontem pus-me a pensar, a pensar sem nunca conseguir encontrar resposta para a minha per-
gunta, até que parei de pensar e só aí consegui perceber, deixando a lógica, o ensino, aquilo
que os outros pensam, e aquilo que dizem… simplesmente parei e, como se fosse uma nascen-
te, começou a surgir um ribeirinho de ideias muito pequenino, que se transformou num ribeiro
um pouco maior, num riacho, num afluente de um rio, num rio, e finalmente no mar…
Um ribeirinho…
Um ribeirinho um pouco maior…
Um riacho…
Um afluente de um grande rio…
Um rio…
E finalmente… o mar…
Ontem pus-me a pensar, e percebi que escola não tem significado definido…o seu significado
sou eu que o decido, que o crio, que o digo… sou eu que faço a escola, quando digo eu, digo
uma simples miúda de quase 12 anos que anda na escola a aprender, mas, a aprender o quê?
A escrever melhor, a ler melhor, a saber o que são determinantes, pronomes, advérbios, quan-
tificadores e não sei mais o quê, para que é isso tudo? São palavras que, no futuro, eu nem vou
saber nem vou ter que identificar! Porque não me ensinam algo que não saiba, algo que impor-
te mesmo saber? Algo de interessante!
Ontem pus-me a pensar e cheguei a uma conclusão… Porquê?????
CATARINA—6º C
ONTEM PUS-ME A PENSAR…. ( Escola de Atenas )
FICHA TÉCNICA
EDIÇÃO E LAYOUT—PROFESSORA REGINA TEIXEIRA
ACONTECEU NA ESCOLA - PROFESSOR JOÃO PAULO E PROFESSORA REGINA
TEIXEIRA
AGRADECEMOS A TODOS OS PROFESSORES QUE, COM AS SUAS ACTIVIDA-
DES, CONTRIBUEM PARA O SUCESSO DESTA NEWSLETTER.
AGRADECIMENTOS ESPECIAIS AOS ALUNOS DO 6º C E 6º A.
UM TEXTO DE COMENIUS… ( EM JEITO DE REFLEXÃO)
ESTAMOS NA WEB http://biblos-tocha.blogspot.com CONTACTE-NOS: [email protected]
T ê m n e c e s s i d a d e d e e n s i n o :
1. os estúpidos e os inteligentes,
7. Estes fatos demonstram em geral, que a cultura é necessária a todos. Se agora lançarmos um olhar às diver-
sas condições dos homens, verificamos o mesmo. Com efeito, quem poderá pôr em dúvida que os estúpidos
tenham necessidade de instrução, para se libertarem da sua estupidez natural? Mas, na realidade, os inteli-
gentes têm muito mais necessidade de instrução, porque a mente subtil, se não for ocupada em coisas úteis,
ocupar-se-á ela mesma em coisas inúteis, frívolas e perniciosas. Com efeito, assim como um campo, quanto
mais fértil é, tanto mais produz espinhos e cardos, assim também o engenho perspicaz está sempre cheio de
pensamentos frívolos, a não ser que nele se semeiem as sementes da sabedoria e da virtude. E assim como, se
à mó que gira não é fornecido o grão, de que é feita a farinha, ela se gasta a si mesma e inutilmente se enche
de poeira, produzindo pó, com estrépito e fragor e ainda com o esfarelamento e a ruptura das partes, assim
também o espírito ágil, se permanece privado de trabalhos sérios, mergulha inteiramente em coisas vãs, frívo-
las e nocivas, e será a causa da sua própria ruína.
2. os ricos e os pobres,
8. Que são os ricos sem sabedoria senão porcos engordados com farelo? Que são os pobres sem compreensão
das coisas senão burros condenados a transportar a carga? Um homem formoso privado de cultura, que é
senão um papagaio de plumagem brilhante ou, como disse alguém, uma bainha de ouro com uma espada de
chumbo?
3. aqueles que deverão ser postos à cabeça dos outros e aqueles que deverão ser súbditos.
9. Aqueles que, alguma vez, deverão ser postos à cabeça dos outros, como os reis, os príncipes, os magistra-
dos, os párocos e os doutores da Igreja devem embeber-se de sabedoria tão necessariamente como o guia dos
viajantes deve ter olhos, o intérprete deve ter língua, a trombeta, som e a espada, gume. De modo semelhan-
te, também os súbditos devem ser esclarecidos, para que saibam obedecer prudentemente àqueles que
governam sabiamente: não coagidamente, com uma sujeição asinina, mas voluntariamente, por amor da
ordem. Com efeito, a criatura racional não deve ser conduzida por meio de gritos, de prisões e de bastonadas,
mas pela razão. Se se procede de modo diverso, a ofensa redunda contra Deus que também neles depôs a sua
imagem; e as coisas humanas estarão cheias, como de fato estão, de violências e de inquietação.
Todos, portanto, sem nenhuma excepção.
10. Fique, portanto, assente que a todos aqueles que nasceram homens é necessária a educação, porque é
necessário que sejam homens, não animais ferozes, nem animais brutos, nem troncos inertes. Daí se segue
também que, quanto mais alguém é educado, mais se eleva acima dos outros. Seja, portanto, o Sábio a con-
cluir este capítulo: «Aquele que não faz caso nenhum da sabedoria e do ensino é um infeliz, as suas esperan-
ças são vãs (ou seja, espera em vão conseguir o seu fim), infrutuosas as suas fadigas e inúteis as suas
obras» (Sabedoria, 3, 11).
COMENIUS (1592 - 1670)