Olhar(ES) 33

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Junho de 2011 Publicação trimestral N.º 33 Coordenação: Ana Lotra Isabel Vaz Nesta edição Boas leituras Cronicando FunScience Dia do Finalista EMRC Saúde é vida! The English in May Uma vila não tão perfeita Histórias recicladas Caminhada pelo deserto da Filosofia 2 3 4 4 5 6 6 7 8 ESCOLA SECUNDÁRIA DA LOURINHÃ Olhar(es) digital : www.eslourinha.pt Ser finalista é um misto de sentimentos, é chegar ao fim de um ciclo, é uma hora de balanços, lembrar o que correu bem, o que podia ter corrido melhor. É, sobretudo, ver o que ficou para trás, o que éramos e o que somos, o que crescemos. É sentir que ainda ontem estávamos com a cara toda pin- tada a entrar pela primeira vez numa sala e ter orgulho em ser um aluno do ensino secundário. Foi conhecer novos amigos, professores, funcionários… Enfim, um novo mundo... P. 5 DIA DO FINALISTA EMRC Feira Gastronómica No passado dia 26 de Maio, a escola foi sur- preendida pela Feira Gastronómica, protagoniza- da pelos alunos do 10ºH (turma do Curso Profis- sional de Técnico de Turismo), no âmbito de uma actividade da disciplina de “Comunicar em Espa- nhol”, leccionada pela profª Niky Paterianaki. Vários quiosques apresentaram os pratos tradicionais de diversas regiões espanholas e todos os que se dirigiram à feira puderam provar múltiplas iguarias. (Consulte a apreciação da feira pelos que pro- varam as delícias gastronómicas que ela oferecia. ) pp. 4, 5

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Jornal da Escola Secundária da Lourinhã, nº33 de Junho de 2011

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Junho de 2011 Publicação trimestral

N.º 33

Coordenação: Ana Lotra Isabel Vaz

Nesta edição Boas leituras Cronicando FunScience Dia do Finalista EMRC Saúde é vida! The English in May Uma vila não tão perfeita Histórias recicladas Caminhada pelo deserto da Filosofia

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4

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8

ESCOLA SECUNDÁRIA DA LOURINHÃ

Olhar(es) digital : www.eslourinha.pt

Ser finalista é um misto de sentimentos, é chegar ao fim de um ciclo, é

uma hora de balanços, lembrar o que correu bem, o que podia ter corrido

melhor. É, sobretudo, ver o que ficou para trás, o que éramos e o que somos,

o que crescemos. É sentir que ainda ontem estávamos com a cara toda pin-

tada a entrar pela primeira vez numa sala e ter orgulho em ser um aluno do

ensino secundário. Foi conhecer novos amigos, professores, funcionários…

Enfim, um novo mundo... P. 5

DIA DO FINALISTA EMRC

Feira Gastronómica No passado dia 26 de Maio, a escola foi sur-preendida pela Feira Gastronómica, protagoniza-da pelos alunos do 10ºH (turma do Curso Profis-sional de Técnico de Turismo), no âmbito de uma actividade da disciplina de “Comunicar em Espa-nhol”, leccionada pela profª Niky Paterianaki. Vários quiosques apresentaram os pratos tradicionais de diversas regiões espanholas e todos os que se dirigiram à feira puderam provar múltiplas iguarias. (Consulte a apreciação da feira pelos que pro-varam as delícias gastronómicas que ela oferecia. )

pp. 4, 5

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EDITORIAL Certamente muitos de nós respirarão agora de alívio por um ano lectivo que chega finalmente ao seu termo, depois de longos e esforça-dos trabalhos.

As aulas cessaram. Para alguns, é o período de descanso. Para outros, ainda se avizinha um intenso perío-do de trabalho, com exames sempre determinantes no percurso de vida académica de cada um.

Para os que partem da Secundária, os votos de que, independentemente do cami-nho que escolham, que este seja de bem, de sucesso e de realização pessoal. Voltem sempre a esta casa - cá esta-remos de braços abertos, sentindo a vossa falta, e feli-zes por vos saber a lutar pelo vosso futuro.

Para os que ficam, depois da pausa retempera-dora das férias, que voltem com sentido de responsabili-dade e forte empenho no estudo.

Para todos - e num momento em que tu, Portu-gal, “és nevoeiro”, como diz o nosso Pessoa - que vivam intensamente o presente sem descurar o investimento no futuro que, sendo agora incer-to, será certamente promissor para aqueles que trabalham, que estudam, no intuito de poder vir a assumir projectos profissionais cujos benefícios certamente compensarão a dedicação e o esforço de anos de estudo.

Foi com estas palavras que se deu início, na Biblioteca, à recepção dos alunos do 10º ano de 2011/12, nos dias 11 e 18 de Maio.

Os futuros alunos da Secundária puderam apreciar a Biblioteca e parecem ter gostado do que encontraram. Na verdade, todos nós temos na Biblioteca um espaço e um ambiente agradáveis, propícios ao estudo e à leitura, para além de um espólio documental relevante em termos de qualidade e de actualidade.

A título de exemplo, e para além dos clássicos, deixamos algumas sugestões de leitura de obras editadas muito recentemente e que estão ao dispor dos utentes para leitura na Biblioteca e/ou domiciliária:

Palavras que choram Palavras que choram São lágrimas que caem, São sentimentos que no coração moram, São sentimentos que do coração saem. É dor que sai do coração, É paz que alivia a nossa alma, É o fim de um furacão, É o começar da calma. É sossego que invade o nosso Ser, É vazio que sentimos no peito, São lágrimas pelo rosto a escorrer, Por algum mal que nos foi feito. Lágrimas que caem São sentimentos que no coração moram, E quando do coração saem, São palavras que choram. Débora Filipe, 10ºD

BIBLIOTECA Quando se entra numa Biblioteca, nunca se sai igual. Lá dentro está o mundo todo. Quando se vê o mundo todo, fica-se diferente.

Colecção de postais da RBE

PALAVRAS SENTIDAS Como todos sabem, decorreu, uma vez mais, o concurso poético inter-escolas PALAVRAS SENTIDAS. É um projecto que vem a ser concre-tizado há três anos e que esperamos levar a cabo novamente no próximo ano lectivo. Na primeira fase deste projecto - o envio de criações poéticas que serão alvo de uma avaliação para posterior publicação na antologia anual -, pudemos contar com a participação de inúmeros alunos da nos-sa escola. Na segunda fase - concurso Partilha de Palavras -, que teve lugar no Teatro Cine de Torres Vedras, tivemos duas parti-cipações para dizer poesia e duas para cantar e tocar. Para a antologia Criações Poéticas, contribuíram ainda os alunos de Artes do 12º ano, que criaram propositadamente ilustrações para acompanhar os textos constantes desta publicação. A todos, queremos manifestar o nosso orgulho, o nosso apreço e gratidão por nos representarem tão bem. Este agra-decimento estende-se também aos respec-tivos professores de Português e de Artes, que divulgaram a actividade, motivaram e/ou acompanharam os seus alunos. Contamos convosco no próximo ano lectivo. Para possíveis interessados, a anto-logia encontra-se à venda na Reprografia e na Biblioteca. (notícia mais desenvolvida e fotos no site da esco-la)

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ESCOLA SECUNDÁRIA DA LOURINHÃ

Hoje é quase escasso

o interesse dos jovens pela

leitura, pois, como é óbvio,

preferem os jogos de computa-

dor e os programas televisivos.

Na minha opinião,

esta é uma situação que

requer muito cuidado, dado

que a leitura é essencial na

vida de uma pessoa e, princi-

palmente, na idade jovem.

É na adolescência

que começam os problemas

hormonais, discussões familia-

res e, por vezes, os tempera-

mentos agressivos. Daí ser

necessário os jovens se ins-

truírem e criarem uma base de

pensamento para a sua vida

futura.

Como é possível

observar, os jogos de vídeo

são a prioridade dos jovens, o

que acarreta diversos proble-

mas.

Estar demasiado tem-

po em frente ao computador

provoca problemas de visão, o

que já é comum desde uma

idade muito tenra, principal-

mente devido aos jogos de

computador.

Outros problemas são

a distracção dos estudos, com-

portamentos agressivos e uma

certa “moleza” nas actividades

do dia-a-dia.

A principal fonte para

resolução destes problemas

são os pais dos jovens. Cabe-

-lhes a eles imporem-se aos

filhos, limitando o tempo de

jogo e de visionamento televi-

sivo e incentivando a leitura.

É óbvio que o incentivo

à leitura passa pela compra de

livros adequados à idade

(habitualmente de acção e

aventura) e até mesmo pelo

exemplo dos pais numa leitura

diária.

Para concluir, faço um

apelo a todos os pais:

Não deixem que os

vossos filhos se tornem igno-

rantes, incentivem-nos à leitu-

ra e poderão nascer mentes

brilhantes!

Pedro Perdigão ,11ºC

A sociedade é um todo, e, como todo, é obrigada a desenvolver-se para fazer face às necessidades de cada um. Com a necessidade de ocupar os tempos livres, foram desenvolvidos apare-lhos electrónicos de forma a divertir as pessoas. Pois bem, ao que parece foi longe demais! Na minha opinião, sendo uma leito-ra que o faz por mero prazer, acho que as tecnologias acabaram por ocupar os tem-pos que outrora eram dedicados à leitura. Agora, sinto-me tentada a largar as folhas do meu livro e o mundo imaginário proveniente dele, para ir ao encontro do mundo virtual que está criado à volta de tudo e de todos. Nem é por prazer, é simplesmente para continuar ligada à sociedade, pois, caso contrário, serei uma infoexcluída. Isto preocupa-me! Os livros, além de alargarem a nossa cultura linguística, ensinam-nos valores fundamentais à nossa integridade mental. Ao contrário, a Inter-net, caso facultada erradamente distorce e prejudica a nossa mente. Também há aspectos positivos, pois o acesso à informação é alargado e facili-tado, mas a capacidade de concentração é diferente e isso acaba por prejudicar a aprendizagem. Não sou contra as tecnologias, sou contra quem as usa em demasia e contra quem deixa de ler um belo livro em prol disso.

Carla Neto, 11ºC

Há quem considere a Ciência como a nova Religião

A Ciência é a nova Religião, disso não tenho a mínima dúvida. A religião matou, perseguiu, destruiu em busca de poder e o mesmo está a acontecer com a Ciência. Nós, Homens, constituímos a sociedade que criou a ciência. Nós, Homens imperfeitos. A sociedade actual está dependente da tecnologia. Uma falha de luz gera o pânico, a deficiência num sistema hidráulico pode matar populações. (Dizem que) Deus nos criou, nos lançou ao Mundo. Pois bem, a Ciência tam-bém cria, clona, mata. As pessoas crentes vivem em função do que Deus aceita e do que este repreende. No entanto, todos vivemos em função da Ciência. Se um compu-tador, objecto de trabalho de quase todas as profissões falha, está lançado o caos. Os dados necessários desaparecem, um sistema inteiro falha e tudo pára. A ciência gera riqueza e miséria, igualdade e diferença, tal como a Religião. Ao longo dos anos, assistimos a uma constante luta pelo poder: lutamos por petróleo, lutamos por diamantes… Tal como a religião, a Ciência diz-nos o que fazer. Mas há uma grande diferen-ça. Nós respondemos pelos nossos actos. Deus, Pai nosso, Todo Poderoso… perdoa -nos. A Ciência não é misericordiosa e ainda bem que assim o é. A Ciência é uma religião única e universal, não se rege por crenças. Rege-se sim pelo poder onde o dinheiro é o nosso Deus.

Diogo Dias

CRONICANDO

Dinâmica precisa-se!

Geração à rasca, jovens sem futuro, F.M.I. , falta de trabalho... Chega. Não há um único dia sem que se oiça uma destas frases ou palavras. Não há um único dia sem que se veja uns quantos políticos usarem as palavras de forma manipuladora como crianças a brincar com o seu melhor brinquedo. Chega de chorar, chega de manifestações de jovens “à rasca” a segurarem o seu “Iphone” novo ou a sua máqui-na fotográfica topo de gama. As pessoas e maioritariamente os jovens têm de perceber que o mundo e o mercado de trabalho é algo dinâmico, muda, varia, reage. Hoje em dia, é preciso ser bom e, principalmente, mostrá-lo. O mercado de trabalho procura pessoas à sua semelhança, dinâmicas, com reacção. A comunicação e a interacção pessoal são hoje tão ou mais importantes que o curso que tiramos. Que gestor, engenheiro ou advogado serei eu se, perante uma entrevista de emprego, me apresente de olhos no chão, braços irrequietos e uma falta de auto-confiança visível a qualquer um? É preciso mudar, crescer, aprender, interagir e reagir. Para ser alguém, é preci-so agir como alguém, sentir-se alguém. O mercado de trabalho procura pessoas, não procura canudos.

Tiago Reganha, 11ºA

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DIA DO FINALISTA EMRC FUNSCIENCE

Na última semana de Maio e nos primeiros dias do mês de Junho, o projec-to FunScience, desenvolvi-do pela turma 12ºC no âmbito da disciplina de Área de Projecto, marcou presença na Festa do Con-to. Os grupos Contraption Project, eCar Project, Elec-troMagníacos e OptiSom apresentaram uma série de actividades científicas na área da Física que fize-ram as delícias de miúdos e graúdos durante seis dias. Um carro telecomanda-do artesanal, uma pilha humana, um barbeiro vir-tual e uma “engenhoca” extraordinária foram algu-mas das muitas experiên-cias apresentadas. Os visi-tantes foram muitos: dos 8 aos 80 anos, todos se divertiram e aprenderam um pouco mais sobre a presença da física no dia-a-dia! Depois de um intenso

trabalho, o êxito foi muito

grande e todo o esforço foi

recompensado: obrigado a

todos os o que tornaram o

projecto FunScience num

autêntico sucesso!

No passado dia 4 de Junho, decorreu, não mais um, mas o Dia do Finalista de EMRC! É sempre empolgante saber que estão a preparar algo para nós. Ser finalista é um misto de sentimentos, é chegar ao fim de um ciclo, é uma hora de balanços, lembrar o que correu bem, o que podia ter corrido melhor. É, sobretudo, ver o que ficou para trás, o que éramos e o que somos, o que crescemos. É sentir que ainda ontem estávamos com a cara toda pintada a entrar pela primeira vez numa sala e ter orgulho em ser um aluno do ensino secundário. Foi conhecer novos amigos, professores, funcionários… Enfim, um novo mundo… Agora, é altura de chegar à escola e pensar “bem, está quase, passou num instante!”. É um tempo de escolhas, de decisões importantes para a vida, é sentir que crescemos. Ainda recordo a primeira aula de EMRC. Uma personagem abriu a porta, entrou na sala e começou a falar de uma forma… estranha! E todos pensaram “Este é que é o nosso professor de EMRC? Brutal!” Foram três anos de aprendizagens, conversas sobre assuntos sérios, que nos deixavam a pensar durante horas… Conversas deliciosas acerca de muitos outros temas, que nos ajudaram a criar opiniões sólidas, princípios morais que contribuíram para o que hoje somos. Depois, as viagens, as tão faladas viagens! Penso que a viagem mais marcante para nós, finalistas deste ano, foi mesmo a “EMRC na Serra”. Essa será uma daquelas viagens que não sairá da nossa memória! Pode-se dizer que já fizemos de tudo: desde desportos radicais, andar na neve, conhecer as capitais de distrito de Norte a Sul do país, ir à praia fazer voluntariado junto dos sem-abrigo e, mais recentemente, assumir o papel de detectives! Mas voltemos ao Dia do Finalista. Começámos na Igreja do Castelo, com missa. Depois, recebemos algo que foi muito marcante: o livro do finalista, com fotografias e mensagens para todos os alunos de 12º ano. Apesar de termos mais ou menos uma ideia daquilo que os nossos familiares e amigos pensam de nós, a verdade é que, quando esse sentimento passa para o papel, o impacto em nós é maior… Após este momento tão forte, foi hora de ir para a escola, desta vez para estar em convívio com os amigos e família. Foi impor-tante ver ali as pessoas mais importantes, num momento igualmente importante. Foi um resto de dia bastante agradável, tivemos oportunidade de ver também o jogo da selecção nacional, cantar o hino, extrava-sar a nossa alegria e rir, rir muito! Outro momento muito marcante foi o da visualização do vídeo e das fotografias das nossas actividades. É certo que uma imagem vale mais do que mil palavras e, neste caso, valeu por milhares. Foi lembrar momentos de alegria, energia, canções, bolachas, sandes, noites mal dormidas, jogos, cansaço e sorrisos daqueles que são os nossos amigos. Foi ver a grande família que se formou ao longo do tempo. Mais para o final, foi altura de receber pela última vez o cartão do aluno de EMRC, com a marca de Finalista 2011 e uma lembrança dos alunos dos 10º e 11º anos. Em nome dos finalistas, agradeço ao professor Fernando por todas as experiências que nos proporcionou e desejo que tenha sempre força para dar aos alunos futuros aquilo que deu a nós, uma lição de vida. Muito, muito OBRIGADO! Creio que este dia foi o reforçar de algo que é muito mais do que uma frase, mas sim uma verdade:

“Moral no secundário? Faz sentido!” Márcia Luzia

A acompanhar esta actividade, foi solicitado aos docentes que teces-sem comentários ao tra-balho realizado e indicas-sem a sua ordem de pre-ferência. Registamos de seguida as apreciações da prof.ª Patrícia Santos e, depois, da prof.ª Marília Santos.

1º Cataluña - boa postura e bom empenho; profissionalismo; comida deliciosa.

2º Galícia - profissionalismo; boa postura; simpatia; empenho; boa comida.

3º País Basco - profissionalismo; empenho; recepção simpática; boa postura.

4º Islas Baleares - simpatia; boa comida; profissionalismo.

5º Andalucía - boa postura; simpatia; profissionalismo.

6ºCastilla-la-Mancha

- simpatia; boa postura; boa recepção.

7º Asturias - boa exposição.

8ºComunidade Valenciana

- simpatia.

Feira Gastronómica

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REGALEIRA

A turma B2 visitou, no dia 26 de Maio, a vila de Sintra. Aconselho, vivamente, aos colegas e alunos da nossa Escola que efectuem uma visita guiada à Quinta da Regaleira, espólio admi-rável a nível da Natureza, da Arquitectura, da História e da Simbologia. Não menos interessantes são o Palácio da Pena e o Castelo dos Mouros, este último testemunha da ocupação humana nesta região, muito antes da chegada de D. Afonso Henriques. Porém, esta viagem, embora enqua-drada no Plano Anual de Actividades, só foi possível graças à boa vontade da Direcção, nomeadamente, os professores Augusto Franco e Marília Santos que disponibilizaram a carrinha da Escola. Os meus agra-decimentos são também extensivos ao funcionário, Carlos Guimarães que, de

uma forma amigável, nos acompanhou nesta viagem como em tantas outras já realizadas.

Prof.ª Isabel Rolim

ESCOLA SECUNDÁRIA DA LOURINHÃ

treio da diabetes e a medição da tensão Arterial e deram alguns conselhos aos interessados sobre cuidados básicos de saúde. Foi igualmente feita uma avaliação da constituição corporal, supervisionada pela professora Susana Esperança, que permitiu dar a indicação da percentagem de gordura visceral, massa gorda e água no organismo, assim como o peso da massa muscular e o da massa óssea dos presentes. Posteriormente, com a colabora-ção da Dra. Carla Santos, foi abordado o tema “Alimentação Saudável”, numa ses-são durante a qual se fez um breve resu-mo dos bons hábitos que devemos ter em conta na nossa alimentação. Foi bas-tante interessante, pois, para além dos preciosos conselhos dados, foram escla-recidas algumas dúvidas que os alunos e professores foram formulando. É, de fac-to, importante termos cuidado com a nossa alimentação diariamente, pratican-do uma vida saudável de modo a contro-lar a formação e evolução do nosso cor-po.

EFA S3

Visto que a saúde é um dos nos-sos bens mais preciosos, no passado dia 23 de Maio, Mês do Coração, os forman-dos da turma EFA S3 organizaram uma noite de rastreios, a que se seguiu uma sessão de esclarecimento subordinada ao tema “Alimentação Saudável”. Assim, alunos, professores e fun-cionários puderam participar neste pequeno certame, realizado com a cola-boração das enfermeiras do Centro de Saúde da Lourinhã: Carla Santos, Cris-tiana Gomes, Lurdes Moreira e Márcia Miguel. As mesmas efectuaram o ras-

1º Cataluña - boa postura e bom empenho; profissionalismo; comida deliciosa.

2º Galícia - profissionalismo; boa postura; simpatia; empenho; boa comida.

3º País Basco - profissionalismo; empenho; recepção simpática; boa postura.

4º Islas Baleares - simpatia; boa comida; profissionalismo.

5º Andalucía - boa postura; simpatia; profissionalismo.

6ºCastilla-la-Mancha

- simpatia; boa postura; boa recepção.

7º Asturias - boa exposição.

8ºComunidade Valenciana

- simpatia.

1º Cataluña - boa apresentação do prato; excelente.

2º País Basco - sobremesa divinal; boa apresentação.

3º Galícia - muito docinho; bem confeccionado.

4º Comunidade Valenciana

- sobremesa saborosa.

5º Astúrias - delicioso.

6º Andalucía - muito saboroso.

7ºCastilla-la-Mancha

- delicioso.

8º Islas Baleares - um pouco picante, mas com boa apresentação.

SAÚDE É VIDA!

Feira Gastronómica

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Nas aulas de 11º ano da disciplina de Geografia A, da Escola Secundária da Lourinhã, desenvolvemos um trabalho de pesquisa, procurando identificar alguns problemas urbanos, mais significativos da Vila da Lourinhã.

A partir de inquéritos realizados à população na sede do Concelho, e pos-terior tratamento dos dados, detectámos alguns problemas urbanos, quer físicos quer sociais, que a população da Vila identificou, destacando-se, no caso de problemas físicos, a falta de estaciona-mento, a falta de acessos para pessoas com pouca mobilidade e a falta de espa-ços verdes; em relação aos problemas sociais, os que se salientaram foram os crescentes casos de toxicodependência e a falta de emprego.

Perante os problemas identificados, tínhamos de encontrar soluções para os resolver. Dirigimo-nos à Câmara Munici-pal da Lourinhã, onde fomos recebidos pelo Vereador Vital do Rosário que aten-ciosamente nos prestou alguns esclareci-mentos.

Focando em primeiro lugar os proble-mas físicos, o sr. Vereador informou-nos que, ao contrário da opinião popular, não é possível a criação de um parque de estacionamento subterrâneo, pois a geo-grafia da própria Vila não o permite. Sen-do assim, a única solução viável para este problema passa pela polarização dos estacionamentos e pelo desfasa-mento dos horários da Escola do 1º ciclo da Lourinhã, por se tratar, na opinião do edil, de um dos locais mais problemáti-cos. No que diz respeito à falta de aces-sos para pessoas com pouca mobilidade, com a mudança de infra-estruturas públi-cas, como o Quartel da GNR, dos Bom-beiros e o Edifício das Finanças, este problema ficará ultrapassado, pois as novas instalações já estarão adaptadas a este tipo de necessidades. Também as ruas, com os financiamentos do Estado previstos para a Autarquia, serão adapta-das para a resolução deste problema. Por fim, a falta de espaços verdes será solucionada na consequência da cons-trução de duas travessias de madeira sobre o Rio Grande, que darão passa-gem para o “Parque da Cegonha”, um espaço que aliará o contacto da natureza com a prática desportiva. Para o acesso a estas travessias, serão criadas duas passadeiras e um semáforo com botão, na Avenida Catano Meneses, que asse-gurarão a segurança dos transeuntes. Um problema bastante polémico na localidade prende-se com a poluição

do Rio Grande. De acordo com o Verea-dor Vital do Rosário, aquele já não se encontra poluído, não constituindo perigo para a saúde pública.

Relativamente aos problemas sociais, o desemprego foi apontado como o prin-cipal flagelo do Concelho. O sr. Vereador informou-nos de que está projectada a edificação de um Hotel de quatro estre-las, que proporcionará cerca de 52 pos-tos de trabalho directos. No contexto da toxicodependência, o sr. Vereador não está de acordo com os dados que lhe favorecemos, alegando que os casos de toxicodependência se referem a drogas de carácter mais ligeiro e não se verifica um aumento de consumidores. Contudo, esta não é a opinião dos inquiridos, nem tão pouco a nossa, que observamos, frequentemente, esta realidade menos feliz.

Segundo o Vereador Vital do Rosá-rio, na Vila da Lourinhã, existe um servi-ço de apoio doméstico à população mais carenciada que se destina a auxiliar, não só a população da vila, mas também a do restante concelho, denominada „Loja Social‟.

No final deste trabalho, concluímos que existe muita falta de comunicação entre os munícipes e as entidades locais, uma vez que se denotam inúmeras situa-ções, mencionadas (outras não) neste artigo, que já se encontram resolvidas, porém, os habitantes não o sabem. Das condições por resolver, temos a dizer que muitas delas estão em vias de reso-lução, e outras pendentes por assuntos burocráticos, verbas ou decisões exterio-res ao Município, como é o caso da construção da ciclovia entre a Lourinhã e a Praia da Areia Branca ou das piscinas municipais.

Durante a reunião com o sr. Verea-dor, foi notória a preocupação por parte da Câmara Municipal da Lourinhã em ouvir os munícipes, de modo a colmatar os problemas que lhe são apresentados. Para esse efeito, a Autarquia apela à responsabilidade civil, no sentido da população apresentar as suas queixas/problemas, para que a Câmara Municipal possa encaminhá-los para as entidades responsáveis, de forma a serem resolvi-dos. O que acontece é que, muitas das vezes, os problemas apresentados não dependem apenas do Poder Local, mas de outras entidades exteriores ao mes-mo.

Adriana Sebastião, Beatriz Fonseca, Jéssica

Piçarro e Joana Cabrita, 11ºD.

Uma Vila não tão imperfeita .The English in

MAy

Through the month of May two activities were or-ganized by the English teachers group. The first one was the „traditional‟ English theatre. On Monday, 2nd May, the actors Drew and Steve, de-lighted us with two different plays: Serendipity for stu-dents of 5th. 6th, 7th and 8th grades and MeTV for 9th

and secondary level stu-dents. This activity, which has taken place yearly in our school, was for the first time extended to the stu-dents of Dr Afonso Rodri-gues Pereira school in or-der to provide them a play in native speaking English having some fun. This experience was amazing, the AMAL audito-rium became full of enthusi-asm and excitement espe-cially with the participation of some students on stage. The English language was the link between listen-ing and performing (for some students) but the most important was the mo-ment itself which remained in the students‟ minds. We will meet again next year!

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The British Royal

Wedding

On the last 29th April, The British Monarchy cele-brated the most important event in the past 20 years. The unimaginable hap-pened. A plebeian young and beautiful woman mar-ried the prince of her dreams. Yes! Because it is a love story and not an ar-ranged marriage. One can say that in the 21st century there still are fairy tales. So, the English teachers group of this school, de-cided to make a tribute to this very special wedding, by exhibiting some facts about the Royal Family as well as a short biography of Kate Middleton and a short documentary about the Prince‟s life after his mother‟s death.

We also had the opportu-nity to offer a moment, where the school commu-nity could appreciate the English Tea and the deli-cious Scones with Scottish jam, on the 12th May. We hope everyone en-joyed it and we hope, next year, we‟ll be there „at the same place, at the same time‟.

ESCOLA SECUNDÁRIA DA LOURINHÃ

No dia 1 de Junho de 2001, todas as alunas e formadores da turma TAE2 (Técnico de Acção Educativa), da Escola Secundária da Lourinhã, desenvolveram uma actividade no âmbito do dia Mundial da Criança, que consistiu na apresenta-ção da peça de teatro: “Histórias Recicla-das”. As alunas do TAE2 escreveram o texto da peça e elaboraram todos os cenários e adereços, com o apoio dos formadores e mediadora da turma (Clara Martinho, Cecília Ogando, Ana Sofia Santos, Dina Gabriel, Ana Cristina Cor-reia, Paula Cepeda, José Eleutério e Lur-des Amoedo).

A peça “Histórias Recicladas” baseou- -se em quatro histórias tradicionais infan-tis: “A que sabe a Lua”, “Coelhinho Bran-co”, “Carochinha e “Capuchinho Verme-lho”. A primeira história sublinhou o valor dos sentimentos e da solidariedade, a segunda abordou o tema da alimentação saudável, a terceira despertou para a importância da reciclagem e dos ecopon-tos e, por fim, a última história alertou para os perigos da internet. A peça foi interpretada por todas as alunas e formadores da turma TAE2. A encenação esteve a cargo dos formado-res, em particular da formadora Clara Martinho, com o apoio do formador Vítor Matos. As luzes e o som foram da res-ponsabilidade do aluno William Rodri-gues, da turma S6. O preço da entrada foi simbólico:

material pedagógico para ser entregue na ADAPECIL. A caixa para colocar o material não foi suficiente para tanta soli-dariedade, pois encheu-se rapidamente de canetas, tesouras, cartolinas, esqua-dros, aguarelas, borrachas, cola, lápis, plasticina, etc. A Directora da ADAPE-CIL, Maria Benedita Monginho, agrade-ceu reconhecidamente a colaboração e empenho demonstrados para com a Ins-tituição, e salientou a importância da soli-dariedade na construção de uma socie-dade inclusiva.

A AMAL esteve totalmente lotada, com a presença de muitas crianças, que riram, aplaudiram e participaram durante toda a peça. Na assistência, estiveram presentes o Presidente da Comissão Administrativa Provisória do Agrupamen-to de Escolas da Lourinhã, Augusto Franco, o Presidente da Junta de Fre-guesia, Pedro Margarido, a representan-te da administração da ADAPECIL, Lur-

des Ferreira, e a jornalista do Jornal “Alvorada”, Sofia Medeiros. A turma TAE2 agradece a presença de todos, a colaboração e disponibilidade da AMAL, nomeadamente do Sr. Fernan-do e de todos os formadores e colegas que participaram na actividade. Sem entreajuda e muito empenho, não teria sido possível o sucesso da peça “Histórias Recicladas”.

Prof.ª Lurdes Amoedo

“Histórias Recicladas”

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ESCOLA SECUNDÁRIA DA LOURINHÃ 8

«No final de uma caminhada pelo mundo da Filosofia, entre dúvidas e reflexões, os alunos das turmas D e E,l do décimo primeiro ano, decidiram partilhar com a comunidade escolar alguns fragmentos filosóficos de vertente gno-siológica e existencial que constituem a essên-cia da reflexão filosófica. A «Caminhada pelo Deserto da Filosofia» simbolizou o culminar de um percurso, onde a relação do aluno com a Filosofia se circunscre-veu a um programa curricular, um espaço e um tempo determinados, para dar lugar a uma acti-vidade filosófica de espírito crítico. Este ciclo de dois anos de existência e partilha de sabedoria foi apenas o início da caminhada onde mais importante é encontrar o cristal frágil da vida humana. Eis o que se deve procurar: a essên-cia da alma humana. Os alunos quiseram demonstrar que a Filo-sofia faz parte integrante da vida humana, é uma actividade nobre de espíritos esclarecidos, ela permite a cada um ver por detrás de cada pedra a totalidade do ser humano. A Filosofia não pretende ser um conjunto de teorias a inte-riorizar, não se trata de um saber exclusiva-mente teórico, pretende-se que seja um saber aplicado à vida prática. Nesta actividade, os alunos salientaram a

vertente teórico-prática da Filosofia. A Filosofia é um amor à sabedoria (o que posso saber?), uma busca de saber baseada numa douta igno-rância, mas é essencialmente, uma busca de sentido para a vida (o que devo fazer?/ o que me é permitido esperar?), e aqui engloba o agir humano, a liberdade e a condição trágica da vida humana. Responder às três questões atrás enunciadas significa responder à questão «o que é o homem?». Nesta representação, a relação do aluno com a Filosofia aparece-nos como uma actividade livre e espontânea, muito característica da Filo-sofia em Portugal. Esta teve como pilar a ética, e a poesia foi uma das formas de expressão do pensamento filosófico português, simbolizando o livre pensamento que encontramos na poesia de Fernando Pessoa ortónimo, «Verdade» e o seu heterónimo, Alberto Caeiro, «Verdade, mentira, certeza e incerteza». Para realçar o papel da Filosofia na vida prática, foi declama-do o poema «A vida» de Emile Brontë . Nesta actividade, as diversas áreas do saber dialogaram numa ânsia de demonstrar o que é o homem, tentar chegar à essência do conheci-mento, onde o importante é «muita reflexão e não muitos conhecimentos». Para enriquecimento da representação, a turma contou com a colaboração das imagens de fotografia em viagem de Joel Santos e Magali Tarouca (paisagens e retratos), apre-sentadas durante a encenação, acompanhadas pela música do Lago dos Cisnes e música de piano de Michael Nyman.

Profª Patrícia Santos

Caminhada pelo Deserto da Filosofia