OLEIROS de SÃO JOSÉ · Propriedades do barro - Plasticidade; Impermeabilidade, Sonoridade e...

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OLEIROS OLEIROS SÃO JOSÉ de Relatório de levantamento e organização de informações histórico- político-culturais dos Oleiros de São José/SC

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Relatório de levantamento

e organização de

informações histórico-

político-culturais dos

Oleiros de São José/SC

OLEIROS OLEIROS SÃO JOSÉde

A notoriedade do ofício de oleiro no município de São José, vinculada ao

levantamento, organização e divulgação de informações político-

histórico-culturais servirá de subsidio para o fortalecimento da atividade,

promovendo assim sua divulgação.

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Barro - É uma matéria argilosa, moldável quando se junta água, que se extrai directamente dos solos e é composto à base de silicatos de alumínio.

Barreiras - São os locais de onde se extrai o barro.

Barros gordos - Têm grande plasticidade e retraem muito na secagem.

Barros magros - Têm fraca plasticidade e retraem pouco na secagem.

Propriedades do barro - Plasticidade; Impermeabilidade, Sonoridade e Resistência.

Barbotina ou Lambuge - É a cola do barro (mistura-se barro e água em quantidades iguais, mexe-se muito bem até ficar tipo iogurte).

Secagem - Consiste na eliminação da maior parte da água existente nas peças, por meio da evaporação.

Cozedura - É a eliminação total da água, dando maior resistência, impermeabilidade e sonoridade às peças.

1ª. Cozedura - É a cozedura que vai até 900º e chama-se Chacota.

2ª. Cozedura - É a cozedura que vai além dos 1000º e chama-se Vidragem - torna as peças totalmente impermeáveis.

Mufla - Forno eléctrico para cozer barro.

Teques - São os instrumentos para trabalhar no barro.

GLOSSÁRIO

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Mufla - Forno eléctrico para cozer barro.

Técnicas de Modelação - Sólidos geométricos (repuxagem e junção de elementos).

Técnicas de Olaria - Bola, Rolo, Placa ou Lastra e Roda de Oleiro.

Técnicas de Decoração (antes da cozedura) - Estampagem, Incrustações, Gravações, Modelação, Engobes, Polimento.

Técnicas de Decoração (depois da cozedura) - Pintura e Vidragem

Alqueire – Antigos recipientes usados para medir mecadorias (aproximadamente 9 litros). Atualmente é empregado para designar medidas agrárias para se determinar glebas de terra, como oalqueire paulista de 24.200m2, o mineiro de 48.400m2 ou o do Norte do Brasil de 27.225m2.

Olaria - Local onde se fabricam tijolos, telhas, manilhas e vasilhame de barro (panelas, moringas etc.). Indústria de oleiro.

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A história da olaria em São José se deu a partir de 1890 até os fins dos

anos 60 do século passado, as Olarias de Louças de Barro Utilitárias,

como eram chamadas, concentravam-se na Costeira da Ponta, hoje

conhecida como Caminho da Ponta de Baixo, numa evolução produtiva

de grandes proporções quantitativas de peças.

As olarias se encontravam estrategicamente à beira-mar ou muito

próxima à praia, onde se viabilizava o escoamento da produção pelo mar,

através de canoas e botes, meio mais utilizado pela povoação litorânea.

A cerâmica rústica das olarias de louças de barro marcou época de

significação econômica no município de São José. Esta consideração se

faz pela diversidade das peças, qualidade, feitura, cozimento e vidração

das louças de barro, atributos que lhes garantiam a melhor

comercialização em todo o litoral catarinense.

A arte nas mãos habilidosas dos oleiros, modelando o barro na roda,

proporcionando-lhes diversos formatos de peças utilitárias e decorativas

certamente tem a origem açoriana, conforme afirma o autor GILBERTO

JOÃO MACHADO, “A partir de 1750 com a chegada de novas levas de

casais açorianos que aportaram na baía sul continental, teve início a

tradições das Louças de barro na roda de oleiros em nossa região”.

Peças de barro, modelos tradicionais. Era comum o uso de louças de

barro nas copas e cozinhas das residências do litoral catarinense e região

serrana. A tradição das peças de louças de barro produzida pelas olarias

do Caminho da Ponta de Baixo obedeceu a modelos que ultrapassam os

séculos XVIII, XIX, XX e adentram o século XXI.

INTRODUÇÃO / JUSTIFICATIVAOlarias de Louça de Barro Utilitária

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Algumas dessas peças ainda continuam sendo produzidas e

comercializadas, a exemplo dos alguidares, pratos de comer tipo mata

fome, panelas tipo marmita e caçarolas, canecas para quentão, moringa

ou bilhas, miniaturas de louças, figurativo entre outros modelos.

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1748 – Chegada dos casais açorianos

1750 – Fundada a cidade de São José

1817 – Primeiro registro escrito publicado sobre uma olaria de louças

vidradas em São José

1851 – As louças eram vendidas ao ar livre – Miramar em Florianópolis

1899 – Canoas de Garapuvú levavam a produção de São José para o

Mercado Público em Florianópolis

1915 – Ampliação do Mercado Público em paralelo a louça de barro

evoluiu, fazendo parte do cotidiano, da utilidade e consumo da população

1960 – Declínio da produção pela oferta de louças industrializadas

1992 – Fundada a Escola de Oleiros Joaquim Antônio de Medeiros,

referência do ofício em SC

RESUMO TEMPORAL DO OFÍCIO EM SÃOJOSÉ/SC

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Elenita Gerlach Koerich

Superintendente da Fundação Municipal

de Cultura de São José/SC

Carlos Eduardo Martins

Superintendente Adjunto da Fundação Municipal

de Cultura de São José/SC

«A olaria é um dos principais traços culturais herdados por São José na

colonização açoriana. A prova da importância da olaria para São José é que

temos hoje a 1ª e única Escola com o objetivo de perpetuar o «saber fazer» este ofício.

A olaria é um potencial a ser desenvolvido e que merece uma atenção especial do

poder público, no campo do investimento, porém não investimentos que causem

dependência, mas no sentido de trazer uma potencialidade dos oleiros que ainda

restam e do incentivo para outros terem este conhecimento, além do envolvimento

da sociedade como um todo.

A olaria também é um grande processo turístico que precisa de investimentos para

que as pessoas que visitem São José venham em busca das olarias. Para São José é

fundamental buscar este reconhecimento, a cidade precisa ser novamente vista

como a capital da louça de barro e também como uma fonte de cultura, atrativo

turístico, reconhecimento artístico neste ofício que une o barro, o rudimentar, com

o charme, onde as pessoas encontram, nestas peças, algo valioso e primordial».

«A olaria já foi importante fonte de renda, mas este ofício foi acabando, assim

como qualquer trabalho artesanal. Me lembro dos oleiros de São José chegando

com as canoas no Mercado Público em Florianópolis, para vender as louças, que

ficavam na beirada do caes.

Hoje precisamos incentivar o setor turístico, principalmente com a opção das

peças decorativas, além do reconhecimento do ofício que é necessário para

potencializar o trabalho dos oleiros»

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Brasão e Bandeira do Estado de Santa Catarina

Capital: Florianópolis

Região: Sul

Sigla: SC

Gentílico: Catarinense

População: 6.249.682 (Censo 2010)

Área (em km²): 95.346,181

Densidade Demográfica (habitantes por km²): 65,54

Quantidade de municípios: 293

DADOS ECONÔMICOS E SOCIAIS

Produto Interno Bruto (PIB): R$ 129,8 bilhões (2009)Renda Per Capita: R$ 21.215 (2009)Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): 0,840 (2005)Principais Atividades Econômicas: agricultura, pecuária, indústria e extrativismo e turismo.Mortalidade Infantil (antes de completar 1 ano): 15 por mil (em 2009)Analfabetismo: 4,2% (2010)Espectativa de vida (anos): 74,8 (2000)

Principais cidades: Florianópolis, Joinville,

Blumenau, São José, Criciúma, Lages,

Itajaí, Chapecó e Jaraguá do Sul.

Santa Catarina

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Com a descoberta das ricas terras do Brasil, Santa Catarina logo entrou

na rota dos navegadores europeus. O nome de Santa Catarina aparece,

pela primeira vez, no mapa-mundi de Diego Ribeiro, de 1529. O Estado

começou a ser realmente povoado em 1637, com a chegada dos

bandeirantes.

Em 1739, Santa Catarina passou a ser o posto português mais avançado

da América do Sul.

Santa Catarina foi colonizada principalmente por açorianos, alemães e

italianos. Os açorianos começaram a ser trazidos para a província por

volta de 1750, com o objetivo de ocupar o território cobiçado pelos

espanhóis. Em três anos, desembarcaram cerca de 6.500 deles. Os

imigrantes alemães chegaram na região em 1829 e os italianos em 1877.

Os imigrantes oriundos do Arquipélago dos Açores começaram a chegar

em grande número ao litoral catarinense no século XVIII, como parte do

movimento de colonização planejado pela coroa portuguesa para ocupar

o Sul do Brasil e desencorajar possíveis invasões. Atualmente, em

cidades como Florianópolis, Imbituba, Itajaí, São Francisco do Sul e São

José. A influência dessa colonização pode ser encontrada na arquitetura,

na culinária baseada em frutos do mar e em tradições como a pesca

artesanal, renda de bilro e louças de barro.

Fonte: www.santur.sc.gov.br

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A história de São José começa a ser contada a partir de 1750 quando na

Baía Sul, fronteira à Ilha de Santa Catarina, foi fundada a pequena

localidade, composta por 182 casais de açorianos.

Várias tentativas de colonização da orla de Santa Catarina desde 1666

foram tentadas, com famílias instalando-se na Ilha de Santa Catarina e na

Terra Firme, o continente.

Entre os anos de 1748 e 1752, em torno de 10 grandes levas de casais

vindos das ilhas dos Açores e Madeira chegaram a Santa Catarina. E,

entre outras, foram nascendo povoações, sendo que a de SÃO JOSÉ DA

TERRA FIRME, segundo conta a história, nasceu numa serena e clara

madrugada de 19 de março de 1750, com a chegada de 182 casais vindos

da terceira leva, composta em seu total de 326 casais - 1.555 pessoas.

São José/SC

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Aumentando o número de habitantes, a povoação prosperou,

desenvolvendo-se a lavoura e o comércio. As atividades agrícolas

constituíram como em toda a Província, fator primordial de sua economia,

principalmente as culturas de algodão e linho, para cujo aproveitamento

foram montados no “Roçado” pequenos e rudimentares teares.

HOJE

A cidade de São José se situa na

região da Grande Florianópolis.

Distante apenas 8 km da capital de

Santa Catarina, o município conta

com 209.804 habitantes (IBGE,

2010), o acesso pode ser feito pela

BR-101. São José, assim como

outras cidades da costa catarinense,

surge a partir da colonização

açoriana, sendo a quarta localidade fundada no Estado de Santa

Catarina.

Atualmente São José vem se tornando um pólo turístico devido às suas

praias, lagos, sua arquitetura histórica, seus folguedos e sua produção

artesanal. Desta última, pode-se destacar a produção oleira, de origem

açoriana, e a modelagem em barro. Nesta cidade, localiza-se a Escola de

Oleiros Joaquim Antônio de Medeiro, a única do gênero no Brasil. Quanto

à modelagem em barro, merecem destaque a produção de diversos

artistas, que fazem peças figurativas representando o folclore do litoral

catarinense, santos e presépios.

Fonte: Gerlach, Gilberto e Machado, Osni. São José da Terra Firme /www.popular.art.brhttp://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/dtbs/santacatarina/saojose.pdf

Foto: Scarlet Silva

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Lei Ordinária Nº 5151 de 01/12/2011 - Institui o dia municipal do oleiro no município de são josé.

Lei Ordinária Nº 4953 de 30/04/2010 - Denomina de rota dos oleiros, a rua assis brasil no bairro ponta de baixo, no trajeto compreendido entre o seu início defronte a igreja nosso senhor dos passos e o seu entroncamento com a rua frederico afonso.

Lei Ordinária Nº 2322 de 30/09/1991 - Cria a marca municipal de turismo.

Lei Ordinária Nº 5.101 de 04/07/2011 - Cria o projeto “conhecer são josé” na rede municipal de ensino do município de são josé.

Lei Ordinária Nº 5309 de 18/07/2013 - Denomina de Nésia Melo da Silveira, a Casa da Cultura localizada na Praça Hercílio Luz, Nº 4 - Centro Histórico, neste município.

LEIS MUNICIPAIS

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Lei Ordinária Nº 5151 de 01/12/2011

Ementa

Institui o Dia Municipal do Oleiro no Município de São José.

Texto

Art.1º - Fica instituído, no Município de São José, o Dia Municipal do Oleiro, a ser comemorado, anualmente, no dia 19 de setembro.

Art. 2º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

LEI ANEXA

Fonte: Câmara Municipal de São José

LEI MUNICIPAL

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Vereadores aprovam Dia Municipal do Oleiro em São José

Foi aprovado, em segunda discussão, na Sessão Ordinária desta quarta-feira, 23 de novembro, o Projeto de Lei que institui o Dia Municipal do Oleiro no Município de São José, que será comemorado, anualmente, no dia 19 de setembro.

Segundo o autor do Projeto de Lei, vereador Adriano de Brito, o município de São José apresenta uma história significativa no que diz respeito à prática da olaria: “São José possui a única oficina de oleiros da América Latina e muitos dos alunos formados pela escola já vivem profissionalmente de sua arte. É muito gratificante saber que esses artesãos serão reconhecidos e homenageados a partir desse ano de 2011 em todo o dia 19 de setembro, através do DIA MUNICIPAL DO OLEIRO”.

MATÉRIA ANEXA

NOTÍCIA

Notícia divulgada no site da Câmara Municipal de Sã José (www.cmsj.sc.gov.br) no dia 24.11.2011

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Lei Ordinária Nº 4953 de 30/04/2010

Ementa

Denomina de Rota dos Oleiros, a Rua Assis Brasil no Bairro Ponta de Baixo, no trajeto compreendido entre o seu início defronte a Igreja Nosso Senhor dos Passos e o seu entroncamento com a Rua Frederico Afonso. Texto

Art. 1º - Fica denominada de Rota dos oleiros, a Rua Assis Brasil no Bairro Ponta de Baixo, em toda a sua extensão.

Art. 2º - A denominação da Rua supracitada com “Rota dos Oleiros”, deverá acontecer com a instalação de placas de identificação nas extremidades a Rua Assis Brasil (próximo a Igreja Nosso Senhor dos Passos), e no seu entroncamento com a Rua Frederico Afonso (próximo a divisa com o Município de Palhoça).

Parágrafo Único – Deverão ser colocadas também, placas menores, defronte a cada oficina (cinco oficinas existentes), para identificar e facilitar o acesso a cada uma delas.

LEI MUNICIPAL

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Art. 3º - As placas deverão obedecer aos padrões usados pela Prefeitura Municipal de São José, porém seguindo os modelos do projeto “A Rota das Tradicionais Olarias de São José”, em anexo.

Art. 4º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

LEI ANEXA

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O PERCURSO DA ROTA DOS OLEIROS

Fonte: Google Maps

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Oleiros na rota do turismo josefense

Atendendo uma reivindicação antiga dos oleiros da região da Ponta de Baixo e buscando resgatar a importância destes trabalhadores josefenses, a vereadora Méri Hang protocolou o Projeto de Lei que denomina Rota dos Oleiros. A Rota vai da Rua Assis Brasil, no bairro Ponta de Baixo, no trajeto compreendido entre seu inicio defronte a Igreja Nosso Senhor dos Passos e seu entroncamento com Rua Frederico Afonso.

“Todos sabemos a importância que os oleiros tiveram e tem no desenvolvimento da nossa cidade. A atividade hoje é um pouco esquecida por todos nós, mas muitos oleiros continuam trabalhando neste ofício e precisam da nossa ajuda para divulgarem seus belos trabalhos artesanais que resgatam a história de 260 anos de existência de São José”, recorda a vereadora Méri.

A Rota dos Oleiros e as olarias serão devidamente identificadas com placas turísticas. O objetivo da arte da olaria é o de resgatar a cultura açoriana garantindo a continuidade da tradição herdada da Ilha dos Açores produzindo, principalmente, peças utilitárias como caçarola, alguidar, mata-fome, boião, moringa, sopeira, açucareiro, frigideira, bule, chaleira, xícara, pires, filtros e vasos. Os oleiros produzem, regularmente, peças utilitárias e retratam manifestações folclóricas como Festa do Divino Espírito Santo, Procissão do Senhor dos Passos, o Boi-de-Mamão, Pau de Fitas, Terno de Reis, Pão-por-Deus e Presépios.

MATÉRIA ANEXA

NOTÍCIA

Notícia divulgada no site da Câmara Municipal de Sã José (www.cmsj.sc.gov.br) no dia 06.04.2010

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Lei Ordinária Nº 2322 de 30/09/1991

Ementa

Cria a Marca Municipal de Turismo.

Texto

Art.1º - Fica criada a Marca Municipal de Turismo.

Art. 2º - A Marca Municipal de Turismo deverá ter as seguintes características:

No interior de uma área quadrada, as figuras, da esquerda para a direita, são:

- Um casebre açoriano, uma caneca e uma moringa em cerâmica, o Theatro Adolfo Mello, e a bica do Largo da Carioca;

LEI MUNICIPAL

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Ao fundo destas, as figuras, da esquerda para a direita, são:

- Um sol, atrás da torre da Igreja, a Igreja Matriz e uma das Palmeiras imperiais da Praça Hercílio Luz;

As cores usadas na Marca são:

- Amarela, vermelha, ocre, verde e preta (para caracteres) sobre fundo branco;

Sob o desenho, a frase:

"CONHEÇA A CIDADE DE SÃO JOSÉ", também dentro da área limite.

Art. 2º - Será livre o uso da Marca, cabendo ao Poder Executivo, através da Secretaria da Indústria, do Comércio e do Turismo, providenciar registro junto ao Instituto Nacional de Marcas e Patentes.

Art. 3º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

LEI ANEXA

Fonte: Câmara Municipal de São José

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Lei Ordinária Nº 5.101 de 04/07/2011

Ementa

Cria o projeto “conhecer são josé” na rede municipal de ensino do município de são josé.

Texto

Art. 1.º - Fica criado o Projeto “Conhecer São José” na Rede Municipal de Ensino do Município de São José, pelo qual os alunos do Ensino Fundamental da Rede Municipal de Ensino de São José devem visitar, durante o ano escolar, pelo menos duas das seguintes ins�tuições ligadas ao Poder Público ou ao patrimônio histórico-cultural josefense tombado:

I – Escola de Oleiros 'Joaquim Antônio de Medeiros';

II – Escola do Mar;

III – Escola do Meio Ambiente / Horto Municipal;

IV – Complexo Hidrelétrico da Usina Gustavo Richard;

LEI MUNICIPAL

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V – Câmara de Vereadores;

VI – Fórum / Tribunal do Júri;

VII – Prefeitura Municipal;

VIII – Centro Histórico de São José, incluindo: Igreja Matriz, Solar da Guarda Municipal, Theatro Adolpho Mello, Casa de Câmara e Cadeia, Biblioteca Pública Municipal Prof.ª Alber�na Ramos Araújo, Museu Histórico Municipal, Beco da Carioca, Praças Hercílio Luz e Arnoldo Souza e;

IX – Outras ins�tuições que venham a ser julgadas de interesse público, educacional, histórico ou cultural.

Parágrafo Único – As visitas, objeto desta Lei, devem ser configuradas como integrantes do Programa Polí�co-Pedagógico da Rede Educacional de Ensino Público Fundamental de São José.

Art. 2.º - Os responsáveis pelas ins�tuições elencadas no ar�go 1º da presente lei devem prepará-las, com antecedência, para atender às visitas. § 1º. - No caso de patrimônio histórico, devem designar um encarregado para “contar” a história daquele sí�o; e no caso das demais ins�tuições, ficam seus responsáveis encarregados de designar um guia para bem conduzir as visitas, também com a finalidade de fazer uma explanação sobre a ins�tuição, sua origem e história, seu obje�vo, seu modo de funcionamento, entre outros aspectos referentes ao mesmo.

§ 2º. - No caso de bens tombados, está�cos, sem efe�vo pessoal junto ao sí�o, deve haver no local placa(s) informa�va(s), explicando também sobre os dados citados no caput deste Ar�go.

Art. 3.º - Se possível, a ins�tuição de ensino visitante deve designar, para acompanhar os alunos durante as visitas, um ou mais professor(es) que tenha(m) ligação com o objeto da visita e o segmento cien�fico relacionado: biologia, história, �sica, matemá�ca, artes, geografia, etc.

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Art. 4.º - A ins�tuição a ser visitada deve estar relacionada às idades escolares e à capacidade cogni�va dos alunos visitantes; ficando a Secretaria Municipal de Educação encarregada de estabelecer essas relações.

Art. 5.º - As visitas devem ser agendadas com o responsável por cada ins�tuição, não podendo interferir no funcionamento normal destas, nem alterar seus horários de ro�na, ou incorrer para o aumento de funcionários.

Art. 6º - Fica o transporte dos alunos visitantes a cargo do Poder Execu�vo Municipal, por meio de suas Secretarias e/ou órgãos de administração indireta.

Art. 7.º - Cada ins�tuição de ensino deverá designar um ou mais docente(s) para conduzir o grupo, levando em consideração o número de alunos par�cipantes.

Art. 8.º - Fica a presente norma legal, em caráter opcional, estendida aos idosos vinculados ao Centro de Atenção à Terceira Idade (CATI) ou órgão que o subs�tua ou complemente; e às crianças, adolescentes e jovens atendidos pela Secretaria Municipal de Assistência Social em sua polí�ca, seus programas e seus projetos.

Art. 9.º - As ins�tuições de ensino do sistema privado de São José podem ser convidadas a fazer parte desse Projeto, ficando ao encargo das mesmas as despesas necessárias para a execução do projeto.

§ 1.º – Estenda-se às ins�tuições de ensino públicas estaduais e federais com sede em São José, o previsto no caput deste Ar�go.

§ 2.º – Não haverá cobrança de ingressos ou taxas de visitação às ins�tuições par�cipantes do Projeto “Conhecer São José” ou a quaisquer de seus integrantes.

Art. 10 – Fica determinado que o Projeto “Conhecer São José” deverá ser iniciado a par�r do ano escolar de 2012, sendo responsável pelo mesmo a Fundação Municipal de Cultura e Turismo, em combinação com as Secretarias Municipais

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de Educação e de Assistência Social, ouvidos os responsáveis pelas ins�tuições, objeto desta Lei, quanto à agenda e procedimentos administra�vos de cada caso.

Art. 11 – O Poder Execu�vo poderá regulamentar esta lei a fim de aperfeiçoar e viabilizar sua execução.

Art. 12 – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogando as disposições em contrário.

LEI ANEXA

Foto: Scarlet Silva

Fonte: Câmara Municipal de São José

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Presidente promulga Projeto de Lei “Conhecer São José”

Na Sessão Ordinária do dia 04 de julho o Presidente Neri Amaral promulgou o Projeto de Lei, de autoria do vereador Lédio Coelho (DEM), que cria o projeto “Conhecer São José” na rede municipal de ensino.

De acordo com o Projeto “Conhecer São José” os alunos do Ensino Fundamental da Rede Municipal de Ensino de São José devem visitar, durante o ano escolar, pelo menos duas das seguintes instituições ligadas ao Poder Público ou ao patrimônio histórico-cultural Josefense: Escola de Oleiros Joaquim Antônio de Medeiros; Escola do Mar; Escola do Meio Ambiente / Horto Municipal; Complexo Hidrelétrico da Usina Gustavo Richard; Câmara de Vereadores;Fórum / Tribunal do Juri; Prefeitura Municipal; Centro Histórico de São José, incluindo: Igreja atriz, Solar da Guarda Municipal, Theatro Adolpho Mello, Casa de Câmara e Cadeia, Biblioteca Pública Municipal Professora Albertina Ramos Maciel, Museu Histórico Municipal, Beco da Carioca, Praças Hercílio Luz e Arnaldo Souza e; Outras instituições que venham a ser julgadas de interesse público, educacional, histórico ou cultural.

NOTÍCIA

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Para o autor do projeto está Lei visa oportunizar aos educandos conhecer a história, aspectos geográficos, culturais e alguns pontos turísticos do nosso município, articulando o conhecimento do cotidiano ao conhecimento escolar. “Conhecer o Município em que vive e a história é uma questão cultural indispensável para o cidadão”, justificou o vereador Lédio Coelho.

MATÉRIA ANEXA

Notícia divulgada no site da Câmara Municipal de Sã José (www.cmsj.sc.gov.br) no dia 05.07.2011

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Lei Ordinária Nº 5309 de 18/07/2013

Ementa

Lei Ordinária Nº 5309 de 18/07/2013 - Denomina de Nésia Melo da Silveira, a Casa da Cultura localizada na Praça Hercílio Luz, Nº 4 - Centro Histórico, neste município. Texto

Art. 1º - Fica denominada de NÉSIA MELO DA SILVEIRA, a Casa da Cultura, situada a Praça Hercílio Luz, nº 4 - Bairro Centro Histórico, neste Município.

Art. 2º - Esta Lei entra em vigor na data da sua publicação.

Complemento

JUSTIFICATIVA

Jus�ficando a razão de denominar a Casa da Cultura de Nésia Melo da Silveira, entendemos que seria uma forma de homenagear a primeira ceramista registrada no Estado de Santa Catarina, uma guerreira incançável na luta pela cultura de São José.

LEI MUNICIPAL

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Falecida em 23 de Julho de 1994, Dona Nésia trabalhou 48 anos na fabricação dos tradicionais bonecos e cerâmicas de barro, mostrando as caracterís�cas mais puras e singelas desta arte popular. Trabalhando desde os 6 anos de idade com seus pais na Olaria que a família man�nha na Ponta de Baixo, foi a introdutora do boi-de-mamão, pau de fita, orquestra de sapos e presépios de natal em argila em nossa região.

Com sua obra transpondo divisas, a ceramista era constantemente assediada por repórteres, ar�stas, pessoas ligadas ao folclore e estudantes, com o intuito de entrevistá-la e assim tornar sua obra conhecida em todo território brasileiro, o que poderá ser comprovado através de diversas matérias veiculadas em diferentes revistas e jornais de circulação não só no estado como também em âmbito nacional.

Embora com todo esse respeito conquistado nacionalmente, Dona Nésia nunca recebeu uma única homenagem, mesmo sendo de primordial importância para a arte em nosso Município.

Pelo exposto, com o intuito único de prestar justa homenagem a esta baluarte das artes em barro que tão longe levou e dignificou o nome de São José, e que até o presente não teve por parte do município o devido reconhecimneto de sua grandeza, é que encaminhamos o presente Projeto.

LEI ANEXA

Fonte: Câmara Municipal de São José

Foto: Scarlet SilvaFoto: Arquivo Osni Machado

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Casa da Cultura de São José recebe o nome de Nésia Melo da Silveira

Foi aprovado, em Discussão única, na sessão desta segunda-feira, 01, o Parecer Conjunto da Comissão de Constituição, Justiça e Redação e da Comissão de Educação e Cultura, Saúde e Assistência Social e Defesa do Consumidor ao Projeto de Lei n.º 067/2013, da Vereadora Méri Terezinha de Melo Hang, que denomina de Nésia Melo da Silveira, a Casa da Cultura, localizada na Praça Hercílio Luz, no Centro Histórico de São José.

Segundo a autora do Projeto de Lei, Vereadora Méri Hang, a razão de denominar a Casa da Cultura de Nésia Melo da Silveira é uma forma de homenagear a 1ª ceramista registrada no Estado de Santa Catarina: “ela foi uma guerreira incansável na luta pela cultura de São José”.

Quem foi Nésia Melo da Silveira

Dona Nésia trabalhou 48 anos na fabricação dos tradicionais bonecos e cerâmicas de barro. Desde os 06 anos trabalhou com os pais na Olaria que a família mantinha na Ponta de Baixo. Foi introdutora do Boi-de-Mamão, Pau-de-Fita, Orquestra de Sapos e Presépio de Natal em argila na Região.

MATÉRIA ANEXA

NOTÍCIA

Notícia divulgada no site da Câmara Municipal de Sã José (www.cmsj.sc.gov.br) no dia 02.07.2013

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Machado, Gilberto João. São José: o caminho da Ponta de Baixo dos oleiros e das olarias: cultura de base açoriana / Gilberto João Machado. Florianópolis: Bernúncia, 2011. 192 p.

PUBLICAÇÃO ANEXA

PUBLICAÇÃO

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O livro O Caminho da Ponta de Baixo dos Oleiros e das Olarias - Cultura de Base Açoriana, de Gilberto João Machado, conta a história da fabricação das louças de barro em São José e a influência da cultura de base açoriana no município. Um documento histórico, mostrando uma época e uma atividade importantes para a região.

O autor descreve um breve histórico da introdução, no Brasil, das técnicas açorianas no trabalho das olarias, pois quando os portugueses aqui chegaram já elaboravam louças de barro, de forma primitiva, e a partir do século XVIII começaram a ser introduzidas novas técnicas.

No livro, Gilberto apresenta começo, meio e fim do sonho dos oleiros da Ponta de Baixo, das olarias que confeccionavam e aprimoravam as louças e utensílios domésticos utilizados por toda a população da capital de Santa Catarina e cidades vizinhas, além de serem transportadas para outras cidades mais longes.

Na obra, Gilberto consegue transmitir a atmosfera da época do auge das olarias. Ser oleiro era ser bem de vida.

«Ao escrever esta história, fiz uma viagem no tempo, num

passado não muito distante, revivendo minha infância e

adolescência nas olarias de meus pais, tios, avós, bisavós e

outros personagens das louças e de figurativos de barro,

que por mais de um século fez parte de nossas vidas, e das

que, em São José da Terra Firme, primeiramente

plantaram raízes»

Gilberto João Machado

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PATRIMÔNIO CULTURAL, TERRITÓRIOS E IDENTIDADESOrganizadores: João Carlos Nogueira e Tânia Tomazia do NascimentoFlorianópolis: Atilènde, 2012. 200 p.CAPÍTULO 3 - Arqueologia, Gestão do Território e Diversidade CulturalDo Barro e outras Coisas. Fabiana Kretzer.

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A autora, Fabiana Kretzer, no capítulo: Do Barro e outras Coisas, analisa, por meio de entrevistas, um representantes de cada grupo de oleiros, ou seja, um professor, um artista plástico e um oleiro tradicional.

A pesquisa da autora também utilizou fontes históricas e referências bibliográficas pertinentes ao comportamento dos oleiros de São José no inicío do século XXI.

De acordo com os relatos da pesquisadora, os oleiros, constituídos profissionalmente, estão presentes na sociedade josefense há muito tempo. Há documentos que registram, em 1818, uma indústria de louça de barro, pertencente a Manoel Furtado, natural da Ilha de São Miguel, provavelmente, o 1º oleiro vindo dos Açores para São José.

«Os objetos produzidos pelos oleiros se depara ao longo das

temporalidades com a irracionalidade das suas próprias

necessidades, ora funcionais, ora estéticos, ora utilitários,

ora decorativos. E, por isso, entender os objetos dentro de

um sistema de significações auxilia no entendimento da

sobrevivência do ofício, com seus desdobramentos

funcionais, ou submissos à estética, ou ainda

empreendedores no mercado de consumo, ou tudo isso ao

mesmo tempo».

Fabiana Kretzer

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Lima, Maria Aparecida de. Florianópolis: a plasticidade dos artefatos de barro: olarias e oleiros de São José / Maria Aparecida de Lima. Dissertação de Mestrado em história. UFSC. Florianópolis: 1998.

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De acordo com a autora a dissertação de mestrado trata-se do estudo da presença e das estratégias e táticas de preservação da arte-ofício dos oleiros de São José/SC, do ponto de vista da visualização dos espaços por eles ocupados, tendo como pano de fundo a busca da permanência das tradições culturais locais.

«O contato com tal atividade criou aos poucos um arquivo

pessoal de imagens. Todavia, eram imagens

idiossincráticas, dispersas, desconectadas, como que

tiradas dos diversos momentos vividos, como por exemplo,

quando passeava de automóvel com seus irmãos, primos e

tio pelo bairro da Ponta de Baixo, em São José, e visitava

as olarias daquela região, enquanto olhava com

admiração o oleiro trabalhando numa sincronia de

movimentos - as mãos modelando aquela massa brilhante e

os pés dando impulso à roda grande do torno».

Maria Aparecida de Lima

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Para não esquecermos quem somos/ SEBRAE/SC. Cartilha de resgate da Olaria São José. Florianópolis: 1999.

A presente publicação é uma Cartilha de Resgate da Olaria de São José, organizada pelo programa do SEBRAE de Artesanatos, sob a perspectiva da aprendizagem no contexto da família e da comunidade.

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Salis, Márcia Morales. Porto Alegre: do oleiro, em a caverna, a realidades da cerâmica artística brasileira / Marcia Morales Salis. Dissertação de Mestrado em Letras. Centro Universitário Ritter Dos Reis – UniRitter. Porto Alegre: 2010.

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Este trabalho trata da constituição da identidade do oleiro a partir da sua representação literária em Saramago e da presença de artesãos do barro em determinados lugares de produção, exposição, divulgação e comercialização de objetos artesanais em cerâmica no Brasil.

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ARTIGO:

REPRESENTAÇÕES DOS COSTUMES POPULARESNA ESCULTURA CERÂMICA DOS AÇORESpor Rui de Sousa Martins

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OLARIA

Ricardo Gomes Lima

Janeiro de 2003

Num planeta de água e terra, o barro é elemento fundamental para ahumanidade. Com ele o homem constrói sua moradia, faz muitos dos utensílios que usa para armazenar, processar e consumir alimentos. No barro também os cultiva e enterra seus mortos.

São várias as cosmogonias que, por um gesto sobrenatural e a partir dobarro, descrevem o nascimento da vida humana na terra.

Diz o mito bíblico que Deus fez o mundo do nada. E, depois, tomou o barrocom que deu forma ao homem.

Deus, o primeiro artesão; Adão, o primeiro homem; o barro, a matéria primeirado primeiro ofício: a modelagem.

Gesto simbólico, a criação de Adão também é o devir da humanidade.Do barro, fez-se o homem, isto é, uma espécie distinta de todas as demais.Então, o barro, elemento da natureza, é a matéria-prima de criação de um outromundo: o mundo da cultura. Em suas variadas formas, suas múltiplas cores, suadiversidade infinita.

No entanto, modelar o barro não é de forma alguma uma arte universal. Suaausência é registrada em áreas periféricas do Velho e do Novo Mundo – Austrália,Polinésia, grande parte da Sibéria e extremos norte e sul das Américas (cf. Spier,1966). E, em contrapartida, múltiplos são os tempos e os lugares de sua ocorrência.

Não importa o local e a época em que, pela primeira vez, o barro foitrabalhado, deixou de ser mera matéria, tornou-se um produto, um bem , um objeto.

Fato é que, transformado em cerâmica, por cozimento, ou mesmo cru, suamodelagem, além de propiciar valioso suporte para a expressão estética, significouimportante avanço tecnológico na história da humanidade.

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Da armazenagem de víveres e água ao preparo e conservação dosalimentos; do abrigo para o homem e os animais domesticados ao enterramento dos mortos, a técnica da cerâmica em muito tem contribuído para o desenvolvimento da humanidade.

Podem-se distinguir dois tipos básicos de produção artesanal de objetos debarro: a cerâmica modelada à mão, com ou sem equipamentos auxiliares, e aquelaque é feita no torno. Vantagens e desvantagens de cada sistema colocam-se lado a lado. À maior liberdade de expressão, que permite uma maior variabilidade natipologia dos objetos criados pela cerâmica manual, contrapõe-se a maiorquantidade e a maior rapidez da produção feita em torno.

Existem diferentes maneiras de confecção manual de objetos cerâmicos.Afora a modelagem de peças figurativas – por exemplo, representações zoomorfas e antropomorfas - na produção de objetos simples como potes, panelas, pratos, vasos, jarros etc, a técnica mais comum é aquela que implica na feitura de roletes de argila que, a partir de uma base, se superpõem em aspiral, formando o corpo da peça.

Também conhecida como técnica de rolete, ou acordelado ou modelagem emaspiral, à medida que se superpõem, as tiras de barro vão sendo alisadas para queadiram firmemente umas às outras.

Acredita-se que o surgimento do torno de oleiro tenha se dado na Idade doBronze, como uma primeira adaptação da roda, que originalmente era apenas rodade carro, a outras finalidades mecânicas. Trata-se de uma estrutura de madeira com um disco em posição horizontal que, impulsionado pelos pés do artesão, gira e faz girar um eixo ao qual está fixada uma segunda roda, em nível superior. Sobre esta é colocada a massa de barro que o artesão manipula, criando o objeto. É umainvenção completa em si mesma, sendo mínima a importância das modificações que sofreu ao longo dos tempos, como o acréscimo do pedal e, posteriormente,equipamentos de força para fazê-la girar mecanicamente.

Segundo Spier:“O torno de oleiro é recurso de idade considerável no Mundo Antigo, sendodesconhecido seu ponto de origem. Já era usado no Egito e na Mesopotâmia nosprimórdios da Idade do Bronze (pelo menos por volta de 3000 A.C.), em Creta em2500 A.C. e em Tróia antes de 2000 A.C. Dessa região geral, espalhou-selentamente: em direção norte, na Idade do Ferro, para a Grã-Bretanha (onde a

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cerâmica manual continuou até o período anglo-saxônico); em direção leste, para osul da Sibéria e China, há 2000 anos. Neste processo geral de expansão há trêspontos de interesse subsidiário a considerar: (a) do Egito para o Mediterrâneo, edaí em direção norte através da Europa; (b) da China para seus dependentesculturais, Coréia e Japão; (c) da Índia para Sumatra e Java.” (Spier, 1966:280)

Verifica-se, no entanto, que as duas formas de manufatura artesanal –manual e em torno – não são meros exemplos de tecnologia tradicional. Estãoligadas a fatores de ordem social e cultural mais amplos. Ao menos no que concerne à feitura de louça utilitária, excluindo-se portanto a produção dos figurativos, nota-se que, de maneira geral, no Brasil, a cerâmica modelada apenas à mão é resultado do trabalho feminino. Em contrapartida, são os homens que majoritariamente operam o torno, evidenciando assim um princípio de divisão de trabalho que toma por base o sexo dos artesãos e classifica a produção por gênero.

A associação do torno ao universo masculino tem sido atribuída “à anteriorassociação do homem com a roda, como construtor de carroças e como carreteiro, e ainda às possibilidades de produção em grandes quantidades, como meio de vida.” (Spier, 1966:279), uma vez lhe ser atribuída, em grande parte das sociedades tradicionais e mesmo por diversos segmentos das sociedades ocidentais modernas, a responsabilidade primeira pelo provimento do grupo familiar.

Ao lado dos centros produtores de exímias figuras e louça de barro, cujaprodução advém da modelagem à mão, como o Alto do Moura, Tracunhaém eGoiana (PE), Juazeiro do Norte e Cascavel (CE), Itabaianinha e Carrapicho (SE),Rio Real, Irará, Coqueiros, Barra (BA), Vale do Jequitinhonha (MG), Goiabeiras (ES), Vale do Paraíba e Vale do Ribeira (SP), Cuiabá e São Gonçalo (MT), Goiás ePirenópolis (GO), São José (SC), no Brasil, inúmeras são as comunidadesdetentoras de conhecimento da arte de trabalhar o barro e que têm no torno oprincipal instrumento da atividade. A título de registro, destacamos aqui dois pólosde importância reconhecida.

Em Belém, no Estado do Pará, notabilizou-se o distrito de Icoaraci comogrande produtor de louça, conhecida em todo o país por um dos estilos cultivadospor artesãos locais: a cerâmica marajoara, termo tomado de empréstimo às peçasarqueológicas descobertas na ilha de Marajó e que integram o acervo do Museu

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Paraense Emílio Goeldi. Essas peças estão acessíveis aos artesãos que copiam-lhes.

os modelos, especialmente os padrões decorativos, aplicando-os à superfíciede novos objetos criados de acordo com sua inventiva e voltados para atender àdemanda do mercado contemporâneo.

Na Bahia, dentre as diversas comunidades que fazem uso do torno, merecedestaque Maragogipinho cuja louça tem, no mercado de Águas de Meninos, emSalvador, capital do Estado, um de seus principais pólos de escoamento paradiferentes pontos do país.

É interessante notar que essa louça ocupa um espaço relevante noimaginário social, especificamente de adeptos das religiões afro-brasileiras que autilizam no cumprimento de obrigações e em oferendas aos orixás e entidadespróprios desses sistemas religiosos. Quartinhas, potes, porrões, moringas emformato de baiana e de boi obedecem a um padrão decorativo que implica emengobo vermelho e desenhos com tabatinga branca, especialmente ramos e floresisoladas.

O fato de a referência serem as peças utilitárias, e a ênfase recair no fazerartesanal, não significa que estes objetos sejam destituídos de valor estético. Narealidade, também a arte se faz de barro.

No Brasil, a tradição portuguesa do artesanato em barro encontrou oimemorial saber indígena de lidar com a matéria. Mais tarde, com a chegada doafricano, também ele portador de saberes milenares, tornou-se maior a possibilidade de fazer do barro uma fonte de expressão artística. Então, a cerâmica nesse solo fértil se multiplicou em variadas formas.

Utilitários ou figurativos, às vezes em grandes dimensões, às vezesdiminutos, lisos, simples ou decorados com elaboradas pinturas, encontram-se nascerâmicas populares exemplares dotados de perfeição de forma, equilíbrio nadistribuição de cores, refinado senso estético, qualidades que atestam o grandevalor artístico dessas obras e as colocam em pé de igualdade com a produçãooriunda dos estratos eruditos da sociedade.

O saber do ceramista popular não está apenas no adestramento das mãospara criação das peças: está também no conhecimento dos diferentes tipos de

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barro, na identificação dos depósitos, na escolha e coleta das melhores camadas do solo, na preparação da massa, na lenha a ser usada na queima, na colocação das peças no forno. Tudo é conhecimento adquirido das gerações passadas e que o tempo consagrou.

Com relação à utilização do barro na construção de casas, sob a forma detijolos ou telhas, atividade a que alguns preferem denominar olaria, reservando otermo cerâmica para aplicá-lo ao ofício de modelagem de louça de barro, utilitária ou figurativa, pesquisas realizadas por L. C. Faria (1951) indicam tratar-se de técnica devida à colonização portuguesa. Segundo o antropólogo, às áreas culturais africanas que maiores contingentes de escravos forneceram ao Brasil,correspondiam, como tipos de habitação, cabanas redondas de cobertura cônica ecabanas quadrangulares de cobertura inclinada. A casa quadrangular de origemafricana era inteiramente construída de elementos vegetais e, por conseguinte, nãopode ser atribuído à sua influência o emprego do barro nas construções popularesno Brasil.

Mesmo a análise da arquitetura do quilombo de Palmares, ícone do ideárioafricano em terra brasileira, revela a ausência de construções em barro. Estaobservação está de acordo, segundo Faria, com o que se sabe a respeito dahabitação na África, pois tem sido registrado que na área do Congo o barrodesempenha um papel secundário, sendo utilizado unicamente pelos povos sujeitos à influência maometano-sudanesa (Bantu do Norte) ou européia (no litoral e em centros de catequese do interior).

Acerca do uso do barro como elemento arquitetônico nas sociedadesindígenas brasileiras, esclarece o autor que os índios do Brasil nunca empregarambarro nas suas construções, a não ser também por influência européia. Assim,quando acontece, a utilização advém da situação de contato com a sociedadebranca. Significativo é o fato de sua ocorrência ser mais freqüente na região donoroeste amazônico, que representa um verdadeiro mosaico de culturas. De formaque “só um desconhecimento profundo da etnologia brasílica poderia levar alguém a atribuir ao indígena qualquer influência na arquitetura erudita luso-brasileira”. (Faria, 1951:33).

Já em se tratando da arquitetura popular, segundo o mesmo autor:“...podemos muitas vezes reconhecer a técnica indígena no aproveitamentodo material fornecido pela natureza; estruturalmente, essa arquitetura, porém, éportuguesa, ou melhor, ibérica.”

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Assim, Castro Faria atribui ao elemento europeu todo o emprego do barro quese verifica nas construções brasileiras.

Taipa, pau a pique, barreada, sopapo, não importa o termo local, trata-se datécnica empregada pelos portugueses para erguer as primeiras construções noBrasil. Mais tarde foram edificados prédios mais sólidos, de tijolo e de pedra e calcom cobertura de telha canal, sendo esta conhecida hoje também como telhacolonial.

A construção em taipa representa a técnica predominante durante a fase deocupação da terra. Parece fora de dúvida que seu emprego, tanto de pilão como de sebe, foi geral. Variou apenas a proporção do uso, no tempo e no espaço, de acordo com os recursos naturais e as contingências econômicas. Em algumas regiões conservou-se como construção definitiva, como é o caso de São Paulo, onde até os sobrados nobres de dois andares foram construídos de taipa e não de tijolo e de pedra, como os do Rio, Bahia e Recife.

Ao contrário do que se poderia supor, essas técnicas tradicionais deconstrução e o uso de elementos como os tijolos e as telhas artesanais não sãoexemplos de tecnologias sobreviventes, fadadas a desaparecer frente ao“progresso” da sociedade. Na atualidade, convivendo com modernas tecnologias emateriais industrializados, são elas responsáveis pela construção de grande parte da habitação brasileira, em especial das populações de baixa renda.

Modelo predominante de construção em vastas regiões do mundo ruralbrasileiro, do interior e do litoral, alternativa de abrigo nas favelas dos grandescentros, viabilidade de moradia frente à grave situação de déficit habitacional dopaís, a par de representar tudo isto, as tecnologias tradicionais não secircunscrevem no universo das populações de baixa renda, mas também estãopresentes em projetos avançados de arquitetura. Nesse contexto, longe derepresentar falta de opção, o artesanal pode significar o valor agregado, a alternativa enriquecedora da arte de construir ou a crítica e a denúncia aos excessos do capitalismo e do mundo industrializado.

Atualmente, espalhadas de Norte a Sul do país, muitas são as olarias que sevoltam para a modelagem artesanal, especialmente de telhas e tijolos.Por vezes, a olaria está restrita à atividade de um único artesão; outras vezestrata-se de uma unidade familiar que responde por todo o processo de produção, da coleta do barro à venda do produto final. Casos há em que se verifica que a

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olaria atinge maior complexidade e, sob a forma de uma pequena empresa, representa a oportunidade de trabalho para diversos artesãos, geralmente parentes e vizinhos, criando uma situação em que diferentes códigos sociais se superpõem: às relações patronais se somam relações de parentesco, de amizade, de vizinhança.

Tendo em vista a diversidade de relações de produção possíveis na olariaartesanal brasileira, optamos pela apresentação de um caso concreto que favoreçaa compreensão da realidade. Para isso, tomamos como exemplo o Candeal, umapequena comunidade rural de Cônego Marinho, município que em 1995 seemancipou de Januária, no extremo norte de Minas Gerais.

O Candeal compreende um pequeno aglomerado urbano de cerca de 70casas, uma escola municipal de primeiro grau, uma igreja católica e duas vendasonde a população adquire gêneros alimentícios e objetos de primeira necessidade.

A localidade dispõe de rede de água potável, energia elétrica e um telefonecomunitário. Posto de saúde, farmácia, artigos de consumo mais sofisticados nãoestão disponíveis e devem ser procurados na sede do município, a cerca de 10quilômetros, ou mesmo mais longe, a hora e meia de distância, em Januária.A população vive da pecuária extensiva representada por poucas cabeças degado mestiço e, mais comumente, da agricultura. Milho, feijão, mandioca, um pouco de arroz, algum legume, como abóbora, são os produtos mais facilmenteencontrados na região, cujo pouco excedente havido em ano de fartura, quando aseca não destrói tudo, é comercializado ali mesmo.

Distante cerca de um quilômetro do núcleo urbano do Candeal, encontra-seuma área rural de população rarefeita, onde se produz a cerâmica que é conhecidanacionalmente como louça do Candeal. São potes, pratos, panelas, vasos,moringas, travessas e uma infinidade de peças utilitárias que guarnecem os lares da região, há gerações e gerações.

Dentre todos os objetos que produzem, destacam-se os potes destinados àguarda de água, bem precioso numa região de secas constantes. Modelada à mãopelas mulheres da comunidade, essa louça tem como principal característica adecoração: volutas e arabescos feitos em tauá garantem sua identidade e o prontoreconhecimento onde quer que estejam.

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A Olaria, como afinal é denominado o bairro rural, compreende cerca de 25casas dispostas ao longo da estrada estreita. São moradias simples, construídascom madeira da região, cobertas com telhas ou palha. Poucos cômodos, geralmente uma sala e um ou dois quartos de chão batido e separados por meias paredes.

Nessas casas não há banheiros e, muitas vezes, a cozinha é construídaseparadamente, ao lado do corpo principal da moradia. Nada que as distinga nocômputo geral da habitação rural popular brasileira. A particularidade advém do fato de que foram erguidas pelos próprios moradores com telhas do tipo canal, tijolos maciços ou de adobe feitos por eles mesmos, segundo técnicas artesanaisimemoriais, legadas de pai para filho.

O tijolo de adobe, que na localidade se denomina adobro, mede cerca de30x17x10cm. Reforçando a corruptela do termo, seu volume se aproxima do dobrodo volume do tijolinho maciço ali modelado, que mede cerca de 20x10x6cm.O adobe é um tipo de tijolo que, no Candeal, não se destina à venda. Aprodução é voltada basicamente para atender às necessidades da família e se dá no âmbito do grupo doméstico sempre que há necessidade: uma nova casa, um puxado no quintal para abrigar galinhas ou a colheita de milho e abóbora, uma parede que proteja o forno de torrar farinha ou fazer biscoito.

Isto não significa que uma pessoa, necessitando de tijolos de adobe eimpossibilitada de fazê-los ela mesma, não recorra a vizinhos ou parentes, que sedispõem a fazer, emprestar ou vendê-los. É comum, nesses casos, que passem aoperar os mecanismos de reciprocidade que asseguram a coesão social. Tijolos são cedidos àqueles que deles necessitam, na certeza de que um dia serão devolvidos em espécie, sob forma de prestação de serviço ou de qualquer outra maneira não quantificável e, nem por isso, menos importante para a manutenção das relações e da vida social daquela comunidade.

O tijolo de adobe, geralmente, é feito por um indivíduo sozinho ou que contacom a ajuda de outro membro da família: por vezes, trabalha só a mulher, nosintervalos dos afazeres domésticos; outras, só o homem; em outras ocasiões,trabalham marido e mulher com ou sem o auxílio dos filhos. Variam as situações,mas sempre obedecendo ao princípio da unidade familiar.

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A época de feitura é o período da seca, quando a ausência de chuvasinterrompe o ciclo de cultivo e paralisa o trabalho agrícola. Nesse período, o forte sol e a diminuição de umidade do ar favorece a secagem rápida das peças.Em função da fragilidade desse tipo de tijolo, ele é produzido no mesmoespaço onde a construção será erguida. Evita-se assim seu transporte e o risco dequebra.

O processo de fabricação é bastante simples: num terreno limpo, o artesãocoloca uma quantidade de barro ao qual adiciona água. Com os pés, por vezesutilizando enxada ou mão de pilão, amassa para formar uma pasta de consistênciamole. Não há preocupação em limpar essa massa. Ao contrário, impurezas comociscos, pequenos gravetos e capim permanecem no barro e atuam fazendo com que o tijolo fique mais sólido e resistente.

Pronta, a massa é colocada em forma – uma caixa de madeira, sem fundo –para que adquira o formato retangular de um tijolo. Por vezes, a forma, quedenominam grade, é colocada diretamente sobre o solo liso, para só então serenchida com a massa. Retirada a forma, o tijolo está pronto para secar ao sol.Outras vezes, a forma é assentada sobre uma tábua, que lhe serve de fundo.Colocada a massa, tudo é transportado até o local onde o tijolo é retirado da forma e depositado diretamente sobre o terreno para secar.

Depois de secos, os tijolos são empilhados. Como são feitos em plenoperíodo de estiagem, não há risco de chuva. Caso chova, eles têm que serimediatamente cobertos, do contrário se desmancham sob a chuva. Por vezes issorealmente acontece, porque o artesão está ausente, ou se descuida, ou não dispõede plástico ou lona para cobrir a produção.

Assim como em quase todo o Brasil, o tijolo maciço é, no Candeal, decorrentedo trabalho masculino. Ele não é feito por um indivíduo isoladamente e suaprodução não está organizada tendo por base a unidade familiar, como no caso dotijolo de adobe.

Podendo ser feito tanto para consumo próprio quanto para venda, os homensse associam em sua produção. Por ser uma fonte de renda, é possível se encontrar muitos oleiros que têm suas casas construídas com tijolos de adobe pois

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destinam ao mercado toda a produção de tijolos maciços.

É também comum que as casas sejam feitas segundo técnica mista,coexistindo, neste caso, numa mesma construção, paredes de adobe e de tijolosmaciços. Por vezes, a estas se associa uma terceira técnica, a taipa, que também é largamente utilizada.

A importância deste fato reside em ser um desmentido à tese evolucionistade que o adobe vem a ser o precursor do tijolo cozido, como asseguram muitospesquisadores ( Kopte, 1979). O emprego concomitante de variadas técnicas deconstrução, longe de significar a evolução tipológica dos materiais, só aponta para a riqueza das expressões culturais que o homem foi capaz de criar.

No Candeal, a época de produção do tijolo maciço é a mesma do adobe: aestação da seca, período que vai de março/abril a setembro/outubro, quando ohomem se libera do trabalho agrícola.

A atividade é desenvolvida nos barreiros, locais onde se encontra o barroapropriado à feitura de telhas e tijolos.

Os barreiros são propriedade privada. Embora muitas pessoas não tenhamtítulo de propriedade, os terrenos são possuídos de acordo com direitos herdados.O dono de um barreiro pode explorá-lo diretamente, caso resolva ser oleiro,ou, o que é mais comum, cobrar a renda, como dizem, isto é, arrendar o barreiro aoutros, ficando com o direito a um percentual sobre a produção realizada.Amassado, o barro é colocado nas formas de madeira e, logo após, já noformato do tijolo é retirado da forma e posto ao sol para secar. Finalmente, quandose tem uma quantidade suficiente, vão para o forno à lenha, onde são cozidos ouqueimados. Pronta, a produção é dividida em partes iguais entre os responsáveispor ela.

O processo de feitura de telhas guarda muitas especificidades quandocomparado à produção dos tijolos maciços.

Geralmente trabalhando em duplas, os oleiros constroem, próxima aobarreiro, uma masseira, isto é, cavam o chão fazendo um buraco circular de cerca

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de 2m de diâmetro e com profundidade de 50cm. No centro, fixam uma estaca queirá servir de apoio ao homem que irá pisotear o barro.

Extraído do barreiro, o barro é socado com um pedaço de madeira, quasesempre uma mão de pilão, e colocado, com água, na masseira. Após ser pisoteada, a massa fica uniforme. Está então pronta, sendo retirada da masseira e coberta com plástico para que não resseque. A seguir, são feitas bolas de cerca de 20cm de diâmetro. É a quantidade certa para a modelagem de uma telha, o que se faz sobre a banca: um cavalete de madeira no qual é fixada uma tábua inclinada em ângulo de cerca de 30 graus.

Além da banca, na modelagem artesanal da telha canal, dois instrumentossão da maior importância: o quadro e o garlapi.

O quadro é um retângulo de ripa que é utilizado sobre a banca. Em seuinterior é aberta a bola de barro. Ao mesmo tempo que serve para definir o tamanho da telha, é também o quadro que define sua espessura.

O garlapi é a peça responsável pelo formato da telha canal. No Candeal ela éde tamanho pequeno, moldando telhas que têm cerca de 37cm de comprimento,17cm de largura na extremidade maior e 6cm de altura.

No início da modelagem, a banca é coberta com cinza, de forma que o barronão grude. A seguir, é colocado o quadro e espalhado o barro em seu interior.Aproximando o garlapi, o barro é puxado da banca e colocado sobre ele, quetambém é recoberto de cinza. Imediatamente, o barro toma o formato da forma,sendo então transferido para o solo, onde secará ao sol. Uma vez secas, as telhassão armazenadas à espera do dia de cozimento em forno à lenha.

A renda obtida com a venda das telhas é dividida entre os oleiros associadospara sua produção.

Esse tipo de telha apresenta irregularidades que atestam sua condição deproduto artesanal. Modelada uma a uma, cada peça é única, e resulta doconhecimento popular que se transmite de geração a geração.

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Bibliografia

• BORBA Filho, Hermilo & Rodrigues, Aberlado. Cerâmica Popular doNordeste. Rio de Janeiro: Campanha de Defesa do Folclore Brasileiro, 1969.

• FARIA, L. de Castro. Origens culturais da habitação popular do Brasil.Boletim do Museu Nacional, nova série, Antropologia, n.12, Rio de Janeiro,1951.

• KOPTE, Joana Marta. Um estudo de olaria no contexto do folclore. SãoPaulo: Conselho Estadual de Artes e Ciências Humanas, 1979 ( Coleçãofolclore; n. 17).

• LEITE, Serafim. Artes e ofícios dos Jesuítas no Brasil. Lisboa: Brotéria, Riode Janeiro: Livros de Portugal, 1953.

• LIMA, Ricardo Gomes. Mulheres do Candeal: impressões no barro. Rio deJaneiro: Funarte, CNFCP, 1998. (Catálogo Sala do Artista Popular; n. 76).

• PEREIRA, C. J. da Costa. A cerâmica popular da Bahia. Salvador: LivrariaProgresso, 1957.

• SPIER, Leslie. As invenções e a sociedade humana. Homem, cultura esociedade. Org. Harry L. Shapiro, Brasil / Portugal: Editora Fundo deCultura, 1966.

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A Escola de Oleiros Joaquim Antônio de Medeiros está localizada no município de São José-SC, próximo a Florianópolis. Foi fundada em 30 de novembro de 1992, com a finalidade de recuperar, valorizar e repassar técnicas de uma das atividades mais tradicionais e representativas da cultura de Santa Catarina.

O ofício da olaria é uma tradição herdada dos açorianos, imigrantes oriundos de diversas ilhas do arquipélago dos Açores que colonizaram a região.

Joaquim Antonio de Medeiros, que dá nome a escola, é um antigo oleiro, já falecido, que foi proprietário da olaria em cujo prédio está instalada a escola.

ESCOLA MUNICIPAL DE OLEIROSJOAQUIM ANTÔNIO DE MEDEIROS

Foto: Scarlet Silva

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A Escola oferece oficinas de iniciação à cerâmica na roda de oleiro tradicional (feita de madeira e movida com os pés), em torno elétrico, bem como ensina a modelagem feitas com placas, cobrinhas etc. As queimas são realizadas em forno a lenha, gás e elétrico – ou seja um curso completo da arte do barro que anualmente recebe centenas de alunos.

A importância deste resgate cultural pode ser avaliado pelo fato de hoje existirem muito poucas olarias no local. No entanto,em 1940,existiam 50 olarias na região produzindo, principalmente, peças utilitárias: caçarola, alguidar, mata-fome, boião, moringa, sopeira, açucareiro, frigideira, bule, chaleira, xícara, pires,filtros, vasos etc - mercadorias que atendiam a demanda local e de cidades e estados próximos.

Dezenas de ex-alunos da Escola utilizam o conhecimento aprendido e exercem a atividade de oleiro mantendo, por conseguinte, o objetivo de perpetuar a tradição açoriana. Produzem, regularmente, muitas das peças utilitárias acima referidas e retratam manifestações folclóricas como o Festa do Divino Espíto Santo, Procissão do Senhor dos Passos, o Boi-de-Mamão, Pau de Fitas, Terno de Reis, Pão-por-Deus, Presépios etc, trabalhos vendidos para turistas, e outros consumidores, diretamente ou em lojas.

Rua Frederico Afonso nº 5545CEP 88104-000São JoséSanta CatarinaFone - 483343-3487

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ESCOLA MUNICIPAL DE OLEIROSJOAQUIM ANTÔNIO DE MEDEIROS

Fotos: Scarlet Silva

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ESCOLA MUNICIPAL DE OLEIROSJOAQUIM ANTÔNIO DE MEDEIROS

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ESCOLA MUNICIPAL DE OLEIROSJOAQUIM ANTÔNIO DE MEDEIROS

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ESCOLA MUNICIPAL DE OLEIROSJOAQUIM ANTÔNIO DE MEDEIROS

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DOCUMENTOS DA FUNDAÇÃO DA ESCOLA MUNICIPAL DE OLEIROSJOAQUIM ANTÔNIO DE

MEDEIROS

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FOTOS ANTIGAS

Fonte: Blog do Mané Oleiro

1976 - Oleiro lambuzando uma caçarolinha

Olaria de João Bertolino de Aguiar

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FOTOS ANTIGAS

Fonte: Blog do Mané Oleiro

1963 - Transporte de louças de barro

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FOTOS ANTIGAS

Fonte: Blog do Mané Oleiro

Antiga Olaria

1976 - Amassador de barro

Oleiro Moacir de Souza

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FOTOS ANTIGAS

Fonte: Blog do Mané Oleiro

Peças de barro

Oleiro Moacir de Souza

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FOTOS ANTIGAS

Fonte: Blog do Mané Oleiro

Fotos de arquivo pessoal do Oleiro Mocir de Souza

Fotos de arquivo pessoal do Oleiro Mocir de Souza

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OLEIRO: MOACIR DE SOUZA

O oleiro mais tradicional de São José sempre participou no dia a dia de atividades na olaria do pai Manoel Zeferino de Melo. Em 1982, inspirado no pai, entra definitivamente no a p r e n d i z a d o d e o l e i r o , modelando pecinhas na roda de Oleiro. Mora na Rua Assis Brasil onde abriga as últimas instalações da fabricação das louças de barro no ex-Caminho da Ponta de Baixo.

"Acho que a função de oleiro está terminando. Precisamos do apoio da

Prefeitura. É tão triste deixar acabar a função. Éramos em oito irmão e hoje só

eu continuo o trabalho do meu pai".

Moacir de Souza

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OLEIRO: MOACIR DE SOUZA

Fotos: Scarlet Silva

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OLEIRO: MOACIR DE SOUZA

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OLEIRO: MOACIR DE SOUZA

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OLEIRO: MOACIR DE SOUZA

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OLEIRO: LOURIVAL MEDEIROS

Foi depois que a olaria estava em uma fase mais moderna, que Val, como é conhecido, começou a ter intimidade com a tradição. Apesar da convivência com o pai, vendia as cerâmicas em Florianópolis, e o tio, que não era oleiro mas tinha olaria porque trabalhava com isso, a vontade de trabalhar com a argila despertou somente aos 40 anos. Atualmente é diretor da Escola Municipal De OleirosJoaquim Antônio De Medeiros.

«Depois que eu me formei como oleiro, que tive experiência em outras olarias,

que montei minha própria olaria, eu vi a necessidade de buscar um pouco mais,

me aprofundar um pouco mais no conhecimento da cerâmica de base açoriana,

das louças de barro. Eu inscrevi um projeto pro Funcultural e esse projeto foi

aprovado. Então eu fui fazer um trabalho de pesquisa no Arquipélago dos

Açores, fazer um mapeamento de como está esse trabalho nos açores, de onde a

gente veio. Fiquei 3 meses trabalhando lá em várias ilhas nos Açores e acabei

descobrindo... Pensei que ia chegar lá e ia encontrar várias olarias, que teria

uma experiência enorme com os oleiros e acabei descobrindo que só tinha uma

olaria tradicional na ilha terceira, encontrei com outros oleiros mas já

aposentados, que não trabalham mais. Fiz um trabalho muito grande na Ilha de

São Miguel, uma olaria museu onde eu dei oficina pra crianças, adolescentes,

várias pessoas da comunidade. Então eu pensei que eu ia aprender muita coisa e

acabei foi ensinando. Então descobri, de lá é que eu vi que o que aconteceu lá ta

acontecendo em São José também, mas nós ainda temos tempo de salvar ainda

melhor isso, graças a escola de oleiros que se mantém já há 21 anos».

Lourival Medeiros

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OLEIRO: LOURIVAL MEDEIROS

Fotos: Scarlet Silva

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OLEIRO: LOURIVAL MEDEIROS

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OLEIRO: LOURIVAL MEDEIROS

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OLEIRO: LOURIVAL MEDEIROS

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OLEIRO: LOURIVAL MEDEIROS

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OLEIRO: LOURIVAL MEDEIROS

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OLEIRO: LOURIVAL MEDEIROS

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OLEIRO: LOURIVAL MEDEIROS

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OLEIRO: PEDRO JOÃO DA ROSA

«Se eu disser que representa tudo não to mentindo porque parece que eu

levanto e a primeira coisa q eu faço é olhar as peças. Não sei se é doença,

vício ou remédio. É uma coisa que valoriza no ser, tá dentro do sangue

da gente».

Pedro João da Rosa

Oleiro do aprendizado das miniaturas, loucinhas de barro, médias e pequenas. Aprendeu o ofício com os pais, inicialmente no trabalho de pintura das loucinhas, depois na roda de oleiro. Desde 2000 trabalha como professor na Escola de Oleiros Joaquim Antônio de Medeiros. Ainda mantém em atividade sua olaria domiciliar nas mesmas instalações deixadas pelo pai.

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OLEIRO: PEDRO JOÃO DA ROSA

Fotos: Scarlet Silva

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OLEIRO: PEDRO JOÃO DA ROSA

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OLEIRO: PEDRO JOÃO DA ROSA

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OLEIRO: PEDRO JOÃO DA ROSA

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OLEIRO: ILSON ROBERTO DOS SANTOS

Professor da Escola Municipal De OleirosJoaquim Antônio De Medeiros. Filho do t rad ic iona l Ole i ro Duca.

Fotos: Scarlet Silva

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OLEIRO: ILSON ROBERTO DOS SANTOS

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OLEIRO: ILSON ROBERTO DOS SANTOS

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OLEIRO: VALDAIR CORREIA DA SILVA «VALDO SANTEIRO»

«Sobreviver da arte é complicado a gente acaba

tendo que fazer utilitários».

Valdo santeiro

Dar formas ao barro é o seu talento desde menino. Um artista nato em esculturas. Iniciou na olaria de tijolos do pai em Tubarão. Veio para São José na década de 80, e apaixonou-se pela forma com que os oleiros da Ponta de Baixo faziam suas louças de barro na roda. Em sua oficina domiciliar Valdo cria suas obras de barro e madeira.

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OLEIRO: JOSÉ GERALDO GERMANO

A prática com as mãos é herança do pai, sapateiro, que moldava o couro. A mãe, cantora lírica, também contribui para o gosto pela arte. Natural de Guatá, na serra catarinente, José Geraldo Germano é Josefense de nome e coração. Na década de 70 veio estudar em Florianópolis e foi aí que teve o primeiro contato com a olaria. Seu foco são os presépio. Atualmente José Geraldo Germano é Diretor e Professor na Olaria Beiramar de São José.

«Eu desde criança sempre respirei

um pouco a questão do fazer alguma

coisa ou mesmo de moldar o barro, de

brincar. Isso impulsionado de uma

certa maneira até pra ter

oportunidade de ensinar outras

pessoas a desenvolver uma arte

popular que é tão rica. Em todos os cantos do Brasil eu

considero a arte uma das mais ricas do mundo. A gente meio que

abandona a nossa raiz e fica aplaudindo o que vem de fora pra

dentro. A riqueza está aqui em São José. As pessoas que vem

nos visitar ficam pasmas de ver um Boi de Mamão que a gente

molda, eles ficam encantados. E ao mesmo tempo mostrar numa

roda tradicional, eles acham mágico. Em contrapartida, além de

você ensinar, você aprende muito mais, porque você não sabe

tudo. Às vezes tem uma moringa que você precisa fazer um

gargalo mais elegante...... além da gente ensinar a gente ta

aprendendo. .

José Geraldo Germano

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OLEIRO: GERALDO GERMANO

Fotos: Scarlet Silva

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OLEIRO: GERALDO GERMANO

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