OJORNAL 27/11/2011

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MUDANÇA Cel. Luciano “balança” no comando geral da corporação O comandante-geral da PM, coronel Luciano Silva, está “balan- çando” no cargo. O cotado para a vaga é o coronel Dimas Barros, atual subcomandante. ARAPIRACA Duplicação da AL-220 será transformada em avenida A duplicação da rodovia AL-220 que “passa” em Arapi- raca deve ser transformada em avenida. A mudança depende de um convênio entre Estado e Prefeitura. PESQUISA Um estudo da Ufal pretende desvendar todos os segredos escondidos no fundo do mar na costa alagoana. AIDS De 1986 até este ano, pelo menos duas mil pessoas contraíram o vírus HIV em Maceió. No Estado são quatro mil casos. SÃO BENEDITO Devotos de São Benedito reve- renciam hoje o santo com missa às 8h e procissão às 16h pelas ruas do Centro, Levada e Prado. LITORAL NORTE: BAIRROS EM TRANSFORMAÇÃO O s bairros como Jacarecica, Guaxuma, Garça Torta, Mirante da Sereia e Riacho Doce, tradi- cionais pelo bucolismo, passam por uma transfor- mação da paisagem. As pequenas casas caiadas estão sendo substituídas por condomínios de luxo, o que deve transformar a região num bairro nobre de Maceió em poucos anos. As grandes construtoras apostam na região. Marco Antônio ornal J ornal J O www.ojornalweb.com MACEIÓ, 27 DE NOVEMBRO DE 2011 DOMINGO Exemplar de Assinante ASSINATURAS: 82 4009.1919 CLASSIFICADOS: 82 4009.1930 PUBLICIDADE: 82 4009.1961 PABX: 82 4009.1900 EM ALAGOAS ANO 18 NÚMERO 365 R$ 3,00 “Salário” de Papai Noel pode chegar a R$ 3 mil Estátua da Liberdade e outras peças são exemplos da presença francesa em Maceió A21 E A22 Larissa Fontes/Estagiária B1, B2 E B3 A NO 18 N ÚMERO 365 R $ 3,00 de a Eleitorado reduzirá em 25% Expectativa é que mais de 500 mil pessoas deixem de recadastrar o título eleitoral para votar nas eleições de 2012 PARA LÍDERES FUTEBOL VIDAS EM JOGO Casa da Palavra, para quem quer saber mais Corinthians pode ser campeão brasileiro hoje Não existem fronteiras na arte de representar Comprar é bom e todo mundo gosta! Com as facilidades da web, essa tarefa ficou ao alcance de alguns cliques www.ojornalweb.coml [email protected] Sala Vip O JORNAL l MACEIÓ, 27 DE NOVEMBRODE 2011 l DOMINGO As temperaturas subindo e o kit para o verão tem que estar pronto. O caderno dá boas dicas para aproveitar a estação O médico Ricardo Nogueira é um dos grandes expoen- tes da sociedade alagoana, abrigando sob o seu teto lições de como ser líder ndo o a ce de e e e a V V V V V V V V V V V V V V i i i i i i i i ip 10 11 Homem da palavra Larissa Fontes 8 E9 www.ojornalweb.coml [email protected] Esportes O Jornal O JORNALl MACEIÓ, 27 DE NOVEMBRODE 2011 l DOMINGO Yohansson Nascimento faz história no esporte Grande Prêmio do Brasil fecha hoje a temporada da Fórmula 1 8 3 o n a a a a Pode ser hoje Para ser campeão nesta tarde, Corinthians precisa vencer o Figueirense e “secar” o Vasco 4, 5 E6 Em “Rei Davi”, minissérie da Record, Bianca Castanho se divide entre fé e fertilidade Em “Aquele Beijo”, Diogo Vilela reforça velha parceria com o autor Miguel Falabella www.ojornalweb.coml [email protected] TV O Jornal O JORNALl MACEIÓ, 27 DENOVEMBRODE2011 l DOMINGO 3 Sem fronteiras Para protagonizar “Vidas em Jogo”, Guilherme Berenguer se aproxima do universo de personagem 7 e 5 Luiza Dantas/CZN Luiza Dantas/CZN Pedro Paulo Figueiredo/CZN 04:53..................................................2.0 11:00..................................................0.2 17:04..................................................2.0 23:26..................................................0.1 NOVA...................................................27/11.....16h55 CRESCENTE............................................06/11.....04h03 CHEIA..................................................13/11.....06h18 MINGUANTE...................................... ....19/11.....21h32 MARÉS FASES DA LUA A2 A13, A14 E A17 A9, A10 E A12 A3 A19 A18 B5

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OJORNAL 27/11/2011

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MUDANÇA

Cel. Luciano “balança” nocomando geralda corporação

O comandante-geral da PM, coronel Luciano Silva, está “balan-çando” no cargo. O cotado para a vaga é o coronel Dimas Barros, atual subcomandante.

ARAPIRACA

Duplicação da AL-220 será transformada em avenida

A duplicação da rodovia AL-220 que “passa” em Arapi-raca deve ser transformada em avenida. A mudança depende de um convênio entre Estado e Prefeitura.

PESQUISAUm estudo da Ufal pretende

desvendar todos os segredos escondidos no fundo do mar na costa alagoana.

AIDSDe 1986 até este ano, pelo

m e n o s d u a s m i l p e s s o a s contraíram o vírus HIV em Maceió. No Estado são quatro mil casos.

SÃO BENEDITODevotos de São Benedito reve-

renciam hoje o santo com missa às 8h e procissão às 16h pelas ruas do Centro, Levada e Prado.

LITORAL NORTE: BAIRROS EM TRANSFORMAÇÃO

Os bairros como Jacarecica, Guaxuma, Garça Torta, Mirante da Sereia e Riacho Doce, tradi-

cionais pelo bucolismo, passam por uma transfor-mação da paisagem. As pequenas casas caiadas

estão sendo substituídas por condomínios de luxo, o que deve transformar a região num bairro nobre de Maceió em poucos anos. As grandes construtoras apostam na região.

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MACEIÓ, 27 DE NOVEMBRO DE 2011 DOMINGO

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ASSINATURAS: 82 4009.1919 CLASSIFICADOS:

82 4009.1930

PUBLICIDADE: 82 4009.1961

PABX: 82 4009.1900

EM ALAGOAS

ANO 18 NÚMERO 365 R$ 3,00

“Salário” de Papai Noelpode chegara R$ 3 mil

Estátua da Liberdadee outras peças sãoexemplos da presençafrancesa em Maceió

A21 E A22

Laris

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B1, B2 E B3

ANO 18 NÚMERO 365 R$ 3,00

de

a

Eleitorado reduzirá em 25%Expectativa é que mais de 500 mil pessoas deixem de recadastrar o título eleitoral para votar nas eleições de 2012

PARA LÍDERES

FUTEBOL

VIDAS EM JOGO

Casa da Palavra,para quem quersaber mais

Corinthians podeser campeãobrasileiro hoje

Não existemfronteiras na artede representar

Comprar é bom e todo mundo

gosta! Com as facilidades da

web, essa tarefa ficou ao alcance de

alguns cliques

www.ojornalweb.com l [email protected]

Sala VipO JORNAL l MACEIÓ, 27 DE NOVEMBRO DE 2011 l DOMINGO

As temperaturas subindo e

o kit para o verão tem que estar

pronto. O caderno dá boas dicas

para aproveitar a estação

O médico Ricardo Nogueira

é um dos grandes expoen-

tes da sociedade alagoana,

abrigando sob o seu teto

lições de como ser líder

ndo o a ce deeee e

a VVVVVVVVVVVVVVVVVViiiiiiiiip

10

11

Homem da palavra

Larissa Fontes

8 E 9

www.ojornalweb.com l [email protected]

Esportes O JornalO JORNAL l MACEIÓ, 27 DE NOVEMBRO DE 2011 l DOMINGO

Yohansson

Nascimento

faz história

no esporte

Grande Prêmio

do Brasil fecha

hoje a temporada da

Fórmula 18

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o naaaaaa

Pode ser hojePara ser campeão nesta tarde, Corinthians precisa

vencer o Figueirense e “secar” o Vasco 4, 5 E 6

Em “Rei Davi”, minissérie

da Record, Bianca

Castanho se divide

entre fé e fertilidadeEm “Aquele Beijo”,

Diogo Vilela reforça

velha parceria com

o autor Miguel Falabella

www.ojornalweb.com l [email protected]

TV O JornalO JORNAL l MACEIÓ, 27 DE NOVEMBRO DE 2011 l DOMINGO

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Sem fronteirasPara protagonizar “Vidas em Jogo”,

Guilherme Berenguer se aproxima

do universo de personagem 7

e

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Luiz

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ntas

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Luiz

a Da

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/CZN

Pedr

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04:53..................................................2.0 11:00..................................................0.2

17:04..................................................2.0 23:26..................................................0.1

NOVA...................................................27/11.....16h55

CRESCENTE............................................06/11.....04h03

CHEIA..................................................13/11.....06h18

MINGUANTE...................................... ....19/11.....21h32

MARÉS FASES DA LUA

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A9, A10 E A12

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Dimas Barros, atual subcomandante e irmão do secretário Dário César, é o mais cotado para a vaga

ALEXANDRE H. [email protected]

O c o r o n e l L u c i a n o Silva, comandante da Polícia Militar,

está "balançando" no cargo. Sua prisão, na última quinta--feira, por descumprimento de uma ordem judicial foi um capítulo especial na história daquele que pode ser o sexto oficial trocado durante o governo Teotonio Vilela Filho (PSDB). O Jornal resgatou a história desde antes de sua posse, passando pela substi-tuição e, agora, o confronto interno, para fazer uma análise da conjuntura dentro da PM e mostrar as dificulda-des enfrentadas pelo coronel e as que o aguardam, caso permaneça no cargo.

Hoje quem ganha força para assumir o cargo é o coronel Dimas Barros, atual subcomandante-geral e irmão do secretário de Defesa Social, Dário César. Seria uma medida caseira para dar sequência à gestão da Polícia Militar. Seu perfil é opera-cional, o que agrada à maior parte da tropa.

Coronel Luciano Silva, que teve a prisão determinada pela Justiça esta semana, pode ser retirado do comando-geral

Com perfil operacional, o atual subcomandante-geral, coronel Dimas Barros, aparece cotado para assumir o posto

A2 O JORNAL l MACEIÓ, 27 DE NOVEMBRO DE 2011 l DOMINGO

[email protected]ítica

Ensinando

Ao ir até Palmeira dos Índios para falar de como se faz uma gestão pública, o prefeito de Arapiraca, Luciano Barbosa, irritou o prefeito James Ribeiro e fortaleceu o vereador Franca Júnior – autor do convite para visita. Em tempo: Luciano surfa na alta popularidade, já Ribeiro patina desde o início do mandato.

Linhas tortasSe o deputado João Henrique Caldas foi escalado para bater no governo, é sinal de que a articulação do pai dele, o tucano João Caldas, não vem sendo das melhores. Ele tenta emplacar como nome governista na eleição em União dos Palmares.

TentativaO prefeito Cristiano Matheus tenta colocar no mesmo palanque o senador Renan Calheiros e o governador Téo Vilela. Tudo para conseguir ser reeleito em Marechal Deodoro.

AcordouMarco Fireman até acreditava que Rui Palmeira poderia desistir de ser o nome tucano na eleição de Maceió. Na última sexta-feira, depois do anúncio do presidente estadual, Claudionor Araújo, teve a certeza de que o deputado federal será mesmo o nome do PSDB na campanha de 2012.

Nem mais um dia

Charles Weston seria um dos nomes substituídos por Teotonio Vilela na reforma administrativa que está sendo gestada para acontecer entre o

Natal e o começo do próximo ano. Desde o início, ele não vinha agradando por sua forma de gestão que provocou conflitos até mesmo entre aliados do PSDB. No entanto, o então procurador-geral não conseguiu resistir a mais um mês no cargo, tamanho o desgaste que vinha sofrendo dentro da PGE. Os tucanos querem mudar os nomes antes mesmo do prazo de seis meses antes das eleições.

Prazo de validadeO plano tucano é mudar também o comando do Planejamento e Desenvol-vimento Econômico, já que Luiz Otávio Gomes articula uma saída por cima depois de aparecer envolvido no escândalo envolvendo o Banco PanAmeri-cano. Até o fim do ano, ele deve seguir no cargo, publicando artigos onde se autoelogia e criando pautas positivas na Seplande.

Podem sairHerbett Motta (Trabalho) e Jorge Dantas (Agricultura) mesmo bem avaliados também devem sair. O primeiro pode ser o substituto de Luiz Otávio, mas almeja ser candidato a vereador em Maceió. Já Dantas deve ser escalado pelos tucanos para eleição de prefeito em Pão de Açúcar, devido ao desgaste do atual prefeito Jasson Gonçalves. Ambas situações estão sendo negociadas.

Na miraJá o coronel Luciano Silva recebeu duas más notícias na mesma semana. Quase ficou preso por descumprir uma ordem judicial e foi avisado que na Secretaria de Defesa Social articulam sua saída do comando da Polícia Militar.

Diretas

Ronaldo Lopes pode ser o líder político mais importante na eleição em Penedo. Hoje, ele é disputado pelos grupos do prefeito Israel Saldanha e do ex-prefeito Márcio Beltrão.

O ex-prefeito de Campo Alegre, Jorge Matias, confirmou que será candi-dato em 2012. Ele enfrentará Pauline Pereira, irmã do deputado Joãozinho Pereira.

Aos mais próximos, o ex-deputado Francisco Tenório – que está preso – ainda fala que pretende ser candidato a vereador em Maceió.

Da Redaçã[email protected]

PautaGeralCOMANDO DA PM

Coronel Luciano Silva"balança" no cargo

Atual comandante foi escolhido pelo antecessorO comandante da PM foi

escolhido para substituir o agora secretário de Defesa Social, Dário César. Ele era apontado como braço direito do coronel, que foi para reserva e abriu espaço. Nas articulações políticas dentro do Palácio República dos Palmares, o ex-comandante fez questão de orientar o governador para que esco-lhesse Luciano, alegando que ele representava ao mesmo tempo renovação com pulso firme. A movimentação da dupla na verdade não come-çou este ano. Os dois lidera-

ram em 2008 uma articulação que terminou com o isola-mento dos “velhos coronéis” que estavam nas funções há mais de cinco anos.

Neste momento, Rubens Goulart liderava a tropa de 8 mil homens e era tido como dono do comando. A queda dos antigos coronéis abriu portas para ascensão interna de uma nova safra de oficiais, que, liderados por Dário César, conquistaram rapida-mente os postos de direção. Por ainda não ter conquis-tado o último posto dentro da corporação, o agora secre-

tário teve que esperar um pouco mais para assumir o comando. Ele indicou Dalmo Sena, que, com um perfil técnico e de pouca visibili-dade dentro da tropa, teve dificuldades para seguir no comando, mesmo passando quase dois anos na função.

Só que, até a posse de Dalmo Sena, o grupo preci-sou articular uma movi-mentação que impedisse o fortalecimento dos desafe-tos ou o retorno dos aliados dos antigos coronéis, ambos ligados ao grupo que hoje comanda a Associação dos

Oficiais da Polícia. Por isso que Cícero Padilha e Deraldo Barros passaram pouco tempo no comando. Rapida-mente, duas crises externas [com crimes de repercus-são] tiveram reflexo interno e forçaram a saída dos dois oficiais, que terminaram indo para reserva da PM.

Quem mais passou tempo no cargo, foi o coronel Dalmo Sena que ficou quase dois anos na função. O mais breve foi o coronel Deraldo Barros de Almeida que não comple-tou sequer dois meses à frente da tropa.

"Linha-dura", oficial é bem-visto dentro da tropaO coronel Luciano Silva

é bem visto dentro da tropa, especialmente entre os praças (soldados e cabos). Sério, ele é apontado como linha-dura e tem um perfil bastante opera-cional. No entanto, é uma de suas principais qualida-des que tem desgastado sua permanência no cargo. Em pouco mais de 11 meses, não foram poucas as vezes que o comandante se viu envol-vido em polêmicas com a prisão de militares - acusados de insubordinação, indisci-plina e desacato. “Ele segue o código militar à risca”, conta um oficial, que se afastou do grupo liderado por Luciano.

Um destes casos de excesso

foi a prisão de uma vez só de seis oficiais. José Expedito da Silva Filho (tenete-coronel), Paulo Eugênio Freitas, Antô-nio Marcos Lima e Kyvia Melo Mesquita (todos capitães) e Djlama Pereira Sanches Filho (tenente), foram presos com o coronel da reserva Nereci-nor Sarmento. Outro caso e que gerou mais polêmica foi a prisão do major Marco Auré-lio Costa, que foi alvo de uma sindicância que terminou arquivada pela Corregedoria da PM. No entanto, Luciano Silva decidiu punir o militar por conta própria e lhe deu um ganho de seis dias.

Foi este clima tenso que fez a Associação dos Oficiais

da PM defender a troca no comando. Segundo o major Wellington Fragoso, presi-dente da Assomal, a própria entidade está sendo vítima dos descumprimentos das decisões judiciais por parte do Comando. “São ordens de promoções, de transferên-cias para reservas, além de outros temas que estão sendo desrespeitados. Ninguém está acima da lei, nem os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF)”, disparou.

DESAFETOO capitão Rocha Lima

teve o pedido de expulsão da PM proposto no final do ano passado pelo então coman-

dante Dário César. Acusado de uma série de crimes, ele conseguiu escapar da punição interna no Conselho Superior da Polícia Militar, mesmo assim, o comando insistiu na punição e o caso foi parar na Justiça. Rocha Lima garan-tiu no Tribunal de Justiça a permanência no posto e a reintegração ao trabalho.

A decisão da Câmara Criminal do TJ decidiu pela pena de repreensão ao mili-tar, mas, três meses depois, o comandante mandou pren-der Rocha Lima. E foi essa atitude que culminou com o descumprimento da ordem judicial e sua sucessiva prisão na última quinta-feira.

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Número de eleitores no Estado pode cair para 1,5 milhão; em algu-mas cidades, queda deve ser de 30%

GILSON [email protected]

Entrando na reta final do recadastramento biométrico, a Justiça

Eleitoral começa a consolidar os primeiros resultados, que apontam para uma redução do número de eleitores em 25%. A média é nacional e leva em consideração a parcela de eleitores que tinham algum tipo de irregularidade e, por isso, não compareceram para atualizar os dados, os eleito-res que mudaram de domicí-lio eleitoral, além dos que não compareceram. Em algumas cidades, essa redução pode chegar a 30%, é o caso de Girau do Ponciano, no Agreste do Estado.

Com a previsão da Justiça Eleitoral se confirmando, o eleitorado de Alagoas pode cair dos atuais pouco mais de 2 milhões de leitores (2.046.961) para pouco mais de 1,5 milhão (1.535.220,75).

“Com o recadastramento, teremos uma redução no eleitorado em cerca de 25%. È uma média nacional, que deve se repetir em Alagoas.

Em Girau do Ponciano, onde estou como juiz eleitoral, poderemos chegar aos 30%. Nessa conta entram eleito-res que não compareceram ao recadastramento, pois não residiam nessas cidades, temos aquelas questões rela-tivas a irregularidades, e as pessoas que não compare-ceram”, disse o juiz Anderson Passos, responsável pela 44ª Zona Eleitoral, com sede em Girau do Ponciano.

O índice de redução no número de eleitores já foi ressaltando antes pelo dire-tor geral do TRE de Alagoas, Marcondes Grace, que fala numa “margem de ausência” do eleitorado no compareci-mento ao recadastramento.

“Essa é a margem que a gente trabalha, que são pessoas que não comparecem por diver-sos motivos, e é uma margem aceitável e que o próprio TSE trabalha em todo o Estado”, disse Marcondes, em entre-vistas anteriores a O Jornal.

Mas, em Maceió, essa redução poderá ser menor do que nas cidades do inte-rior, segundo o supervisor da Biometria em Maceió, Luís Gustavo de Oliveira, devido ao comparecimento ao reca-dastramento. “Em Maceió essa situação poderá ser dife-rente. Pois, com a ajuda da imprensa na divulgação, o comparecimento da popula-ção foi maior, então acredita-mos que não chegaremos aos

25% não”, disse Luiz Gustavo.

“VOTO DE DEFUNTO”Em entrevista a O JORNAL,

o presidente do TRE, desem-bargador Orlando Manso, diz que o recadastramento deve abolir o “voto de defunto”. “Com certeza a identifica-ção biométrica vai por um fim, de uma vez por todas, a uma pessoa votar no lugar da outra. Finalmente, com o advento da urna biométrica e agora com a identificação por meio das impressões digitais, não teremos mais o ‘voto de defunto’”, disse o desembargador, se referindo às pessoas que compareciam à votação no lugar de outro eleitor.

Orlando Manso diz que, com biometria, não haverá mais o "voto de defunto"

Yvette Moura

Marcondes Grace fala em "margem de ausência" por parte do eleitorado

Thiago Sampaio

Recadastramento em Alagoas: os primeiros resultados apontam para possível diminuição do número de eleitores

A3O JORNAL l MACEIÓ, 27 DE NOVEMBRO DE 2011 l DOMINGO

[email protected]ítica

RECADASTRAMENTO

Eleitorado de AL deve sofrer redução de 25%

Arapiraca, Palmeira e São Miguel: prorrogaçãoEm Maceió, o recadastra-

mento eleitoral será encer-rado no próximo dia 16 de dezembro. E segundo o presi-dente do Tribunal Regional Eleitoral, a previsão é de que não haja prorrogação do prazo. A Justiça Eleitoral só deverá “esticar” o prazo em três municípios, que inicia-ram o recadastramento com atraso devido à falta dos equipamentos de coleta da impressão digital.

“O Recadastramento no Estado, de um modo geral, eu não diria que ele está indo de vento em popa, mas espe-ramos terminar também por volta do dia 16. Apenas três municípios, que estrategi-camente, nós deixamos de fora do início dos trabalhos, que são Arapiraca, Palmeira dos Índios e São Miguel dos Campos, poderá haver pror-rogação. Poderá, não é nada certo ainda”, disse o desem-

bargador Orlando Manso. “Não tínhamos o número

de kits suficiente para distri-buir em todo o Estado. E o Tribunal Superior Eleitoral [TSE] ainda nos deve 26 kits. Houve duas licitações do TSE que atrapalharam o processo do recadastramento eleitoral não apenas em Alagoas, mas em todo o país. Realmente estamos desfalcados nesse sentido. Então começamos mais tarde nessas três cidades,

então iremos terminar um pouco mais tarde”, ressaltou.

No interior, a data de encerramento do recadastra-mento está a cargo de cada cartório eleitoral.

MACEIÓ Quanto à capital, o desem-

bargador Orlando Manso insiste que não haverá pror-rogação do prazo. Ele faz um apelo para que a população compareça. G.M.

Maceió conta com seis postos de atendimentoO recadastramento vai

possibilitar que o eleitor seja identifica por meio da impres-são digital na hora da votação. Em Maceió o atendimento está sendo feitos nos seguin-tes locais: Faculdade Estácio Fal, exclusivo para o agen-damento eletrônico, na Rua Sá e Albuquerque, próximo da Associação Comercial; Fórum Eleitoral de Maceió

(na Avenida Fernandes Lima - Farol), Bebedouro (próximo à Praça Lucena Maranhão), Tabuleiro do Martins (próximo aos Correios e antiga Norep), Faculdade Integrada Tira-dentes - Fits (Cruz das Almas) e no ginásio de esportes do Centro de Estudos Superiores de Maceió - Cesmac (antigo Colégio Guido).

Para se recadastrar o elei-

tor precisa comparecer aos postos de atendimento com Originais e cópias da carteira de identidade, CPF e dos últi-mos três comprovantes de residência.

SANÇÕES Se o eleitor não se recadas-

trar, não vai estar quite com a Justiça Eleitoral e o seu título será cancelado. Com isso, o

CPF será suspenso e, entre outras sanções, o eleitor não poderá contrair empréstimo; abrir conta bancária ou credi-ário; participar de programas sociais, como o Bolsa Família; fazer concurso público; tirar passaporte; e assumir cargo publico.

"Ou seja, qualquer proce-dimento que exija o CPF”, alerta Marcondes Grace. G.M.

Contexto

A resposta

Afinal, o que está entravando o projeto do estaleiro em Alagoas? Em dezem-bro de 2010, o Ibama realizou a inspeção da área no litoral de Coruripe,

para a concessão – ou não – da licença ambiental, e um ano já se passou sem que se saiba o que o órgão concluiu.Um ano, convenhamos, é tempo demais para se elaborar um simples relatório, e essa situação leva à conclusão – oxalá precipitada – de que o Ibama apenas empurra o caso com a barriga para ganhar tempo.E a quem interessa esse atraso do Ibama sobre a licença ambiental para o estaleiro alagoano?Na semana passada, o senador Renan Calheiros deu a dica: o poderoso consórcio responsável pela construção do estaleiro na Bahia, e que é formado por empresas de peso internacional, se atravessou no meio e reage à divisão do bolo com Alagoas.O projeto do estaleiro baiano leva vantagem sobre o projeto do estaleiro alago-ano porque, em Alagoas, a vontade é de um homem só – no caso o empre-sário German Efromovich – e na Bahia tem o peso das empreiteiras Queiroz Galvão e Norberto Odebrecht.É isso. Pode estar aí a resposta para o problema do estaleiro em Coruripe.

Abrir a portaO senador Benedito de Lira (PP) propõe ir à presidenta Dilma para pedir a intervenção dela, no sentido de forçar o Ibama a dizer alguma coisa sobre o estaleiro em Alagoas. “Esse silêncio do Ibama é o que mata”, disse o senador.

Bola em campoPresidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, o sena-dor Fernando Collor (PTB) defendeu a proposta do senador Eduardo Suplicy (PT-SP), para que a seleção brasileira de futebol realize jogos em favor da paz entre as Coreias do Norte e Sul.

Negando O senador Renan Calheiros negou que a executiva do PMDB tomou posição contrária à definição sobre a validade da Lei da Ficha Limpa este ano e por isso atrasou o relatório sobre a indicação da ministra Rosa Weber para o Supremo Tribunal Federal.

O lembreteRelator do projeto da DRU (Desvinculação de Receita da União ), o senador Renan Calheiros lembrou que, sem ela (DRU), até o pagamento dos salários dos servidores públicos federais fica comprometido.

Pé de orelhaE, por falar no senador Renan Calheiros, ele se reuniu na semana passada com os ministros do Superior Tribunal Federal, Cesar Peluzzo, presidente da Corte, e Gilmar Mendes. Sobre o que conversaram não se soube.

DepoisO ex-governador Ronaldo Lessa foi informado de que o julgamento da ação do PDT contra a reeleição do governador Téo Vilela, por abuso de poder econômico e político, pode não acontecer no dia 15 próximo devido ao acúmulo de processo no Tribunal Superior Eleitoral.

Novo anoLessa soube que o TSE colocou a ação do PDT alagoano como “prioridade três”, e, como o dia 15 de dezembro marca o início do recesso de final de ano, a expectativa é que a sua ação somente seja julgada na primeira semana do reinício dos trabalhos do TSE em 2012.

Tudo bemE, por falar no ex-governador Ronaldo Lessa, ele lembrou que antes de entrar na política foi engenheiro de grandes obras no País. E citou, entre elas, a construção do metrô do Rio de Janeiro e o projeto de irrigação da Codevasf no baixo São Francisco.

Tudo malSe depender do Ministério Público Estadual, o prefeito de Traipu, Marcos Santos, será cassado e perderá os direitos políticos por oito anos. O procurador-geral de Justiça, Eduardo Tavares, diz que o difícil é encontrar alguma coisa correta na prefeitura.

É graveNatural de Traipu, o procurador de Justiça, Eduardo Tavares, conhece a situação do município, mas garante que o Ministério Público “não tem o prefeito Marcos Santos como adversário” e que só pediu sua prisão porque a situação no município “é gravíssima”.

Do conterrâneoAfastado do cargo e preso, o prefeito Marcos Santos diz que é vítima de perse-guição e aponta o procurador Eduardo Tavares como seu adversário.

Expressas

O secretário estadual de Pesca, Regis Cavalcante, marcou para fevereiro o que ele considera “a primeira grande colheita de peixe na sua gestão”.

A primeira colheita de peixe na gestão do secretário Regis Cavalcante será na Barragem Tércio Wanderley, em Teotônio Vilela – que é a maior do Estado com 58 milhões de metros cúbicos.

O Departamento de Estradas de Rodagem (DER) promete para 2012 o início das obras de construção da rodovia Traipu-Belo Monte, beirando o rio São Francisco.

O Ministério dos Transportes ainda não sabe quando fará a nova licitação para a pavimentação dos 45 quilômetros restantes da BR-316.

Roberto [email protected]

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Votação à vista nesta semana Substitutivo foienviado à MesaDiretora da Casacom pedido deurgência

O p r o j e t o d e n o v o Código Florestal que chega ao plenário

do Senado tem o propósito de conciliar a regularização do passivo ambiental com regras capazes de proteger as florestas, freando o desmata-mento e incentivando a recu-peração da vegetação. É com esse discurso que os relato-res do texto, senadores Jorge Viana (PT-AC) e Luiz Henri-que (PMDB-SC), têm defen-dido o substitutivo que deve ser votado em plenário nesta próxima semana. O projeto tem sido objeto de intensa polêmica e mobilização, pois traça os limites entre preser-vação do meio ambiente e as diversas atividades econômi-cas, tanto no campo quanto na cidade. As informações são da Agência Senado

O substitutivo foi enviado na última sexta-feira à Mesa Diretora do Senado, com pedido de urgência para vota-ção em plenário, e deverá ser votado no decorrer desta semana. No centro dos

acertos com o passado - o chamado passivo ambiental - estão produtores rurais que ocuparam Áreas de Preser-vação Permanente (APPs) e áreas de Reserva Legal (RL). Integram esse grupo antigos ocupantes que derrubaram matas seguindo leis da época e acabaram ilegais pelas regras de hoje. Mas também estão fazendeiros que expan-diram suas lavouras já na

vigência das normas de prote-ção florestal. Também estão em situação irregular peque-nos produtores, empurrados pela concentração fundiária para áreas acidentadas, e ribeirinhos, reconhecidos por utilizar as margens dos rios de forma sustentável.

Ao longo dos 46 anos de vigência do atual Código Florestal - Lei 4.771/1965 -, considerado pelos ambienta-listas o guardião da vegetação nativa do país, esses produto-res acumularam problemas com órgãos ambientais, além de multas e, mais recente-mente, dificuldades em aces-sar políticas de crédito. No mesmo período, o desmata-mento aumentou, chegando a um passivo de 50 milhões de hectares e demonstrando a ineficiência dos mecanismos de comando e controle.

O texto aprovado na Câmara dos Deputados, cujo relator foi o deputado fede-ral Aldo Rebelo (PCdoB-SP), hoje ministro do Esporte, gerou pesadas críticas e forte oposição dos ambientalistas. Ele consideraram que o texto centrou mais foco nos interes-ses dos ruralistas e de outros setores da economia do que na efetiva proteção dos recur-sos florestais e dos diversos biomas do país. Em seis meses de tramitação no Senado, o projeto teve alterações e, entre elas, está a separação da nova lei em disposições transitó-rias, com regras para a regula-rização das áreas desmatadas, e em normas permanentes, para proteção das florestas existentes.

Agricultura familiar: tratamento diferenciado O projeto dá tratamento

diferente para a agricul-tura familiar, em capítulo que reúne regras que levam em consideração a situação peculiar desse segmento. Os agricultores familiares pode-rão, por exemplo, contar com autorização para manter atividades de baixo impacto ambiental em área protegida, dispor de regras simplificadas para inscrição no Cadastro Ambiental Rural e até mesmo para o licenciamento ambien-tal de Planos de Manejo Florestal, entre outros bene-fícios.

RECIPROCIDADEOs relatores incluíram no

projeto artigo prevendo auto-rização para que sejam adota-das, pela Câmara de Comércio Exterior (Camex), medidas de restrição às importações de

produtos de origem agrope-cuária ou florestal produzidos em países que não observem normas de proteção ambien-tal.

A4

50 milhõesFoi o número de hectares desmatados durante os 46 anos de vigência do atual Código Florestal

O JORNAL l MACEIÓ, 27 DE NOVEMBRO DE 2011 l DOMINGO

[email protected]ítica

CÓDIGO FLORESTAL NO SENADO

Disposições transitórias: as matas ciliaresComo previsto no texto

que veio da Câmara, foi mantida a data de 22 de julho de 2008 como o limite para regularização de ativi-dades agrossilvopastoris, de ecoturismo e de turismo rural em APP, chamadas de “áreas consolidadas”. Mas Luiz Henrique e Jorge Viana explicitaram condições para essa regularização. Para todas as propriedades, fica a obri-gação de, dentre a área total a ser considerada consoli-dada, recuperar os 15 metros de mata nas margens de rios com até 10 metros de largura.

Para imóveis rurais que detinham, em 2008, área de até quatro módulos fiscais, e para rios com mais de dez metros de largura, será exigida a recomposição de faixas de matas correspon-dentes à metade da largura do rio, observado o mínimo de 30 metros e o máximo de 100 metros. Mas a exigência

de recomposição de mata ciliar não poderá ultrapassar o limite da reserva legal esta-belecida para o imóvel.

Para imóveis que deti-nham, na mesma data, área entre quatro e quinze módu-los fiscais, a recomposição obrigatória será definida nos Programas de Regularização Ambiental (PRA), ouvidos os conselhos estaduais de meio ambiente. União, estados e o Distrito Federal terão um ano, a partir da publicação da nova lei, prorrogável por igual período, para implantarem os programas.

ENCOSTAS E MANGUEZAISAinda nas regras transitó-

rias para APPs, foram inclu-ídas regras específicas para terras de inclinação entre 25º e 45º, nas quais serão admiti-das atividades consolidadas. Essas atividades também serão autorizadas em apicuns e salgados, biomas que inte-

gram os manguezais nos quais são produzidos camarão e sal. Serão ainda regularizadas as ocupações no entorno de nascentes, sendo obrigatório manter vegetação num raio mínimo de 30 metros.

Para propriedades que tenha desmatado área de reserva legal, foram definidas as opções para regularização, como a regeneração natural ou a compensação em outra propriedade. Em qualquer das possibilidades, será obri-gatória a inscrição do imóvel no Cadastro Ambiental Rural (CAR).

As propriedades de até quatro módulos fiscais fica-rão dispensadas de recompor a reserva legal, podendo regu-larizar a propriedade com o montante de mata nativa exis-tente em 2008. Também não será exigida a recuperação de reserva legal para aqueles que desmataram seguindo lei da época.

Disposições permanentes no texto normativoDe acordo com o substi-

tutivo, a nova lei terá como fundamento “a proteção e uso sustentáveis das florestas e demais formas de vegeta-ção nativa em harmonia com a promoção do desenvolvi-mento econômico”, além de oito princípios para nortear sua aplicação.

O texto lista atividades de utilidade pública, inte-resse social e baixo impacto ambiental, para caracterizar as únicas situações passíveis de autorização de desmata-mentos em APPs, além das previstas na lei. O substitutivo também incluiu os concei-tos de “área abandonada”, “área verde urbana”, “faixa de passagem de inundação” e “áreas úmidas”, os quais passam a ser utilizados para o estabelecimento de regras de proteção ambiental ao longo do texto.

Ao longo de 58 artigos de normas permanentes, os rela-

tores buscaram definir regras para colocar em prática o fundamento da lei.

ÁREA DE PRESERVAÇÃO A delimitação de APP

adotada no projeto segue em grande parte a lei em vigor. Em relação ao projeto aprovado

na Câmara dos Deputados, foram incluídos os mangue-zais como áreas protegidas e também as faixas marginais de veredas.

O texto também admite,

para pequena propriedade ou posse rural familiar, o plantio temporário em terra exporta na vazante dos rios, desde que não impliquem novos desma-tamentos.

RESERVA LEGALOs relatores mantiveram

os percentuais mínimos obri-gatórios previstos no Código Florestal em vigor, mas flexi-bilizaram algumas regras. Quem desmatou a partir de 2008 terá cinco anos para recompor a vegetação. Nessa área será permitido o apro-veitamento da madeira e de frutos e sementes, com base no manejo sustentável.

O projeto flexibiliza as regras para estados locali-zados na Amazônia Legal. Nesses casos, a reserva legal poderá ser reduzida a 50% da área da propriedade, quando mais de 65% do território do estado estiver ocupado por áreas públicas protegidas.

Propriedades devem ser registradas no CARA proposta em análise

determina a cr iação do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e estabelece o prazo de um ano, prorrogável uma única vez por igual período, para que os donos de terras registrem suas propriedades nesse cadastro.

Os dados do CAR serão disponibilizados na internet e servirão para a elaboração dos Programas de Regulari-zação Ambiental.

INCENTIVOS ECONÔMICOSFoi incluído capítulo espe-

cífico tratando de incentivos econômicos e financeiros para preservação e recupe-ração de áreas florestadas.

São sugeridos, por exemplo, mecanismos para remunera-ção por serviços ambientais - pagamento ao agricultor que preserva matas nativas, responsáveis pela conser-vação dos recursos hídricos e dos solos, conservação da beleza cênica natural e a conservação da biodiversi-dade, entre outros.

Para incentivar aqueles que cumpriram a legislação ambiental, o substitutivo dos senadores estabelece o crité-rio da progressividade, por meio do qual estes proprie-tários terão prioridade no acesso a recursos e credito.

Também foi incluída a possibilidade de o governo

federal implantar programas de conversão de multas para todas as propriedades. Para financiar a recomposição ou premiar a preservação, foram sugeridas como fontes de recursos porcentagem da arrecadação de cobrança pelo uso da água ou da arre-cadação com o fornecimento de energia elétrica.

CIDADESEm artigo específico são

previstas regras para proteção de áreas verdes nas cidades, prevendo, entre outras medi-das, que sejam mantidos pelo menos 20 metros quadrados de área verde por habitante em novas expansões urbanas.

5 anosÉ o prazo para quem desmatou a partir de 2008 recompor a vegetação

Polêmicas

O substitutivo foi fruto de entendimento entre o governo e os ruralistas e conta com o apoio da maioria dos senadores nas comissões em que tramitou. Mas alguns pontos poderão ainda ser modificados. Um deles diz respeito à regula-rização de atividades em parte dos manguezais onde

se produz camarão. Também há questiona-

mento sobre emenda a qual estabelece que, em bacias hidrográficas consideradas críticas, a consolidação de atividades rurais dependerá do aval do comitê de bacia hidrográfica competente ou dos conselhos estaduais do meio ambiente.

Page 5: OJORNAL 27/11/2011

Poderes de juiz no novo CPC causam polêmicaProfessor da USP vê risco de "ditadura do Judiciário", mas é contestado por desembargador

AGÊNCIA CÂMARA

O eventual aumento dos poderes dos juízes no novo Código de

Processo Civil (PL 8046/10) causou polêmica entre o desembargador do Tribunal Regional Federal da 5ª Região Marcelo Navarro e o profes-sor da Universidade de São Paulo (USP) Antônio Cláudio da Costa Machado. Eles parti-ciparam, na última quarta--feira, de audiência pública na comissão especial da Câmara que analisa o projeto.

Para o professor da USP, o texto dá tamanha autonomia aos juízes que há o risco de ser instaurada uma “ditadura do Judiciário”. “O projeto cria um processo civil autoritário, em que os juízes poderão tudo e partes e advogado poderão

nada”, criticou.A proposta permite que os

juízes adaptem o processo ao caso concreto, como já ocorre atualmente na Justiça do Trabalho. Antonio Machado avaliou que essa aproximação é ruim. “A Justiça do Trabalho lida com o desequilíbrio entre o empregador e o empregado, o que justifica os poderes do juiz, mas não podemos utili-zar essa mesma premissa no processo civil”, explicou.

J á o d e s e m b a rg a d o r Marcelo Navarro avalia que o projeto é pró-advogado. “A relatora da comissão de juris-

tas é advogada, a maioria dos membros das comissões espe-ciais do Senado e da Câmara são advogados, a maioria dos processualistas são advoga-dos. Então, não é crível que um grupo assim formado fosse reduzir a situação dos advo-gados e melhorar a dos juízes”, disse.

Na sua avaliação, o projeto não dá mais poder aos juízes, mas sim cria mecanismos para tornar mais efetiva a reali-zação dos direitos reclamados no Judiciário.

O relator do projeto, deputado Sérgio Barradas

Carneiro (PT-BA), também não concorda com a avalia-ção de que o juiz ficará mais poderoso. Ele ressaltou que uma das suas alterações à proposta será a instituição de um acordo de procedimen-tos, em que as partes definirão questões processuais e o juiz apenas arbitrará de acordo com o que foi definido.

“Essa crítica foi feita ao anteprojeto, porque a comis-são foi presidida por um juiz, mas esse discurso já diminuiu no Senado e, certamente, na Câmara ele vai desaparecer”, afirma.

O grupo de juristas que auxilia a comissão especial do novo Código de Processo Civil (PL 8046/10) vai sugerir que o texto permita a inscri-ção em empresas de restrição ao crédito, como Serasa e SPC, das pessoas que não cumpri-rem o pagamento determi-nado nas sentenças judiciais.

A emenda deverá ser apre-sentada nos próximos dias ao relator do texto, deputado Sérgio Barradas Carneiro.

Com a proposta, uma pessoa que deixe de pagar pensão alimentícia, por exem-plo, poderá ficar com o nome

sujo na praça.“A intenção da comis-

são é garantir que as pessoas cumpram as suas obrigações”, informou o desembargador do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Alexandre Câmara, que faz parte do grupo de juristas.

A proposta tem o apoio do presidente da comissão especial, deputado Fabio Trad (PMDB-MS). Para ele, não faz sentido que o sistema de restrição ao crédito se apli-que apenas aos devedores de grandes empresas, como é utilizado atualmente.

“O que se pretende com os serviços de restrição é coibir a inadimplência, e isso deve ser feito através da inscrição de todos os débitos, inclusive o das pessoas físicas”, argu-menta o parlamentar.

O relator do novo CPC ressalta que a inclusão no serviço de crédito também vai transformar a prisão no último instrumento de cobrança das pensões alimentícias.

“Hoje, quando você tem uma dívida de três meses, o advogado da parte credora já pede a prisão direto. A ideia é que, com essa restrição,

a pessoa pague a dívida. E hoje todo mundo precisa de crédito”, diz.

Representantes dos advo-gados públicos defendem tratamento diferenciado para a categoria.

“A advocacia privada tem viés econômico. O Poder Público não escolhe as causas que defende, atua em todas em que é parte. Essa lógica da iniciativa privada não pode ser transportada para a admi-nistração pública”, defendeu o presidente do Fórum Nacional da Advocacia Pública Federal, Allan Titonelli Nunes.

Outro tema que voltou a causar polêmica foi a extin-ção dos embargos infringen-tes, prevista no projeto em discussão pela Câmara. Sub--relator da parte de recursos, o deputado Hugo Leal (PSC-RJ) afirmou que ainda questiona se eliminar esse dispositivo é ou não a melhor alternativa. “Ainda não tenho certeza se estamos indo no caminho certo”, declarou.

Os embargos infringentes são usados para questionar

uma decisão não unânime de colegiado que tenha refor-mado a sentença de mérito, ou julgado procedente uma ação rescisória.

Pa r a o p r o f e s s o r d a USP Antonio Machado, já houve tentativa de excluir esse processo em 1994, sem sucesso. Ele defende a manu-tenção dos embargos infrin-gentes. “Temos estatísticas de que eles são aplicados em apenas 2% das causas, mas 50% deles são providos, ou

seja, eles aperfeiçoam a juris-dição”, disse.

O desembargador Marcelo Navarro defendeu que a extin-ção dos embargos infringen-tes seja associada à mudança de outros instrumentos. “Fica-mos com diversos instrumen-tos para atingir o mesmo fim. Temos embargos infringen-tes, embargos de divergência e uniformização de juris-prudência. Vamos juntá-los em uma coisa só, já que eles são diferentes, mas se sobre-

põem”, defendeu.A proposta do novo código,

já aprovada pelo Senado, busca agilizar a tramitação das ações cíveis, com a eliminação de recursos, o reforço à juris-prudência e outros mecanis-mos. A proposta teve origem em um anteprojeto elaborado por uma comissão de juristas, coordenada pelo hoje minis-tro do Supremo Tribunal Fede-ral (STF) Luiz Fux. O Código de Processo Civil atualmente em vigor é de 1973 (Lei 5.869).

Devedores judiciais podem ser incluídos no SPC

Extinção de embargos também divide opiniões

A5O JORNAL l MACEIÓ, 27 DE NOVEMBRO DE 2011 l DOMINGO

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Audiência pública na Câmara

discute as mudanças no Código de

Processo Civil que data de 1973

Jorge Bastos Moreno/Brasí[email protected]

NhenhenhémLivro do repórter Ricardo Amaral sobre Dilma:

Ao longo de 2009, três ministros do PMDB fizeram cara de vice: Hélio Costa (antes de optar pela eleição em Minas), Nelson Jobim (ministro da Defesa

que um ano depois revelou ter votado em Serra) e Henrique Meirelles (que ficou na presidência do Banco Central até o fim do governo Lula). Nenhum chegou à convenção de junho. Temer já tinha cara de vice em janeiro de 2010, quando foi com Dilma a uma inauguração do PAC em Rio Claro, interior paulista. Foi no período em que o presidente tucano Sérgio Guerra a chamou de mentirosa e o senador Tasso Jereissati, de “candidata de silicone”. No discurso em Rio Claro, Dilma homenageou os mais ilustres filhos da terra: o deputado Ulysses Guimarães e a cantora Dalva de Oliveira, que ela ouvia quando era menina pela Rádio Nacional. De Ulysses, Dilma recordou uma frase que parecia resposta aos dois tucanos:— Ele nos ensinou que não se faz política com o fígado, como quem guarda ódio na geladeira. Dilma também tinha uma resposta puxada do repertório de Dalva de Oliveira, mas esta ela só mostrou a Michel Temer e ao ministro Alexandre Padilha, que a acompanhavam, depois de encerrada a cerimônia. Eram os versos de “Calúnia”, samba-canção dos anos 50 que ela cantarolou baixinho.

KaraokêlÉ esta a música que Dilma cantou para os tucanos:“Quiseste ofuscar minha famaE até jogar-me na lamaSó porque eu vivo a brilharSim, mostraste ser invejosoViraste até mentirosoSó para caluniar”.

Atenção!lSe, nesta segunda, não tivermos uma baita surpresa, nem de “mini” podere-mos chamar a reforma ministerial da Dilma.Não deverá chegar a sete o número de ministros que serão trocados em janeiro.Entre eles, uma bombástica novidade.

VerbasPadilhão deu ontem R$ 1 bilhão para o Rio.Dilma, imediatamente, para Lobão:— Não pense que isso resolve os royalties.

Paris é uma festalEduardo Paes elogiou Londres, mas criticou Paris para Dilma. Cabral, na hora:— Vou ter que me eleger prefeito para recuperar minha cidade-luz.

Em altaDilma tem tido boa impressão do Murilão da Vale.

TorturaMas, se a Vale tirar o potássio de Sergipe, Déda pega em armas. E eu também. Os diuréticos do cardiologista Cláudio Domênico me tiram o potássio e me dão cãibra.

‘El fofoqueiro’O ministro do governo anterior, Gilberto Carvalho, deveria resolver a crise conjugal da prefeitura de Salvador.Com certeza, ele deve saber quem traiu quem ali.

Novo pointAssessoria do Eduardo Campos informa que ele veio ao Rio, mas do aeroporto mesmo foi para Nova Iguaçu.Cabral, quando vem, também vai para lá.Nem Lindinho, quando prefeito, ficava lá!

Sem chancesDi Gênio, da Unip, recusou proposta para vender carro de Ulysses Guimarães, que mantém como relíquia.

Deus já chegouEssa gente acha que eu não leio. FH, principalmente.Veio me dar aula sobre Raul Bopp, “o príncipe dos poetas”, e sua obra-prima “Cobra Norato”.Calei a boca dele:— Presidente, o senhor já ouviu falar de “Manoela”?— Não conheço.— Pois então saiba que esta, sim, é a maior obra do grande Raul Bopp.Eu estava me referindo à jovem mais linda que eu já conheci em toda a minha vida.E que, certamente, nunca conhecerei outra igual e nem próxima da sua beleza.Trata-se de Manoela Bopp, neta do grande poeta.Manoela é Deus chegando para o Juízo Final, zerando todos os nossos pecados.Menos os seus, Negromente. Dilma e eu não esquecemos de ti.

A inevitávellDilma terá que arrumar uma vaga para Marta, se quiser ter paz no governo.

DEBATE NA CÂMARA

Page 6: OJORNAL 27/11/2011

João Lyra (Presidente), Arnaldo Cansanção Antonio RezendeJosé Alfredo de Mendonça Nelson Ferreira

SuperintendenteLuciano Gó[email protected]

Diretor ComercialFelipe [email protected]

Diretor Adm.-FinanceiroFrancisco [email protected]

Diretor JurídicoÁtila [email protected]

Editor-ExecutivoVoney [email protected]

Por um fioA próxima semana será decisiva para os

destinos da Polícia Militar. O cargo do comandante-geral, coronel Luciano

Silva, está por um fio. Tudo porque o oficial superior se envolveu num episódio pouco comum na história da briosa em Alagoas: um decreto de prisão contra o comandante-geral.

No exercício do cargo de comandante--geral, ele teve a prisão decretada pelo desem-bargador Orlando Manso por não cumprir uma ordem judicial. A determinação imposta pelo magistrado era para que o coronel apli-casse uma punição em dois oficiais, e ele seguiu o Estatuto da Polícia Militar e mandou prender dois capitães.

Considerado um oficial linha-dura, o coronel Luciano é reconhecido na corporação por atuar em concordância extremada com o Estatuto da PM. Conjunto de normas esse que, em toda a tropa, a consciência é geral que ele está caduco, arcaico, ultrapassado.

Internamente e entre as associações que representam os policiais militares, as pres-sões são grandes para que haja uma reformu-lação desse documento. Mas, enquanto essas mudanças não vêm, vale o que está escrito.

Também deve ser colocado na conta do coronel Luciano o rigor na liberação de poli-ciais militares para trabalhar na segurança de terceiros. Nesse sentido, ele deu uma arru-mada na casa e colocou a polícia para fazer serviço de polícia. As associações dizem que ele apertou a escala e tornou as jornadas estressantes para a tropa. Mais uma vez, ele

se vale do Estatuto e do clamor social: a socie-dade quer a polícia nas ruas e pronto.

Dentro da corporação, já havia uma movi-mentação no sentido de derrubar o coman-dante-geral da PM. Aliás, começa a cair quem senta pela primeira na cadeira do coronel de maior autoridade na corporação. O próprio coronel Luciano já partiu de ações que tinham o objetivo de derrubar antigos comandantes. Então, ele deve considerar isso uma prática comum e corriqueira dentro da corporação e, para a qual, deve estar preparado.

Esse grupo de coronéis está se reunindo constantemente, e a pauta é a mesma em todas as ocasiões: a situação está insusten-tável na corporação. De tão repetida essa frase, ela está ganhando força a cada giro do ponteiro que marca os minutos no relógio. Ao que parece, a queda do coronel Luciano do comando-geral da PM parece ser uma ques-tão de tempo.

Uma medida caseira seria o coronel Dimas Barros, que é irmão legítimo do secretário de Defesa Social, coronel Dário César, assumir o comando-geral. Atualmente, o oficial é subcomandante-geral da briosa.

Hoje, o problema na PM saiu da esfera de uma luta de coronéis revoltados ou oposito-res, ou de uma reivindicação das associações para um problema maior.

Em 2012 haverá eleições municipais, e a Corte Eleitoral e a PM devem andar juntas no interesse da sociedade para que ocorram elei-ções limpas no Estado.

Datas & Fatos

O cometa mais famoso Em 27 de novembro de 1985, cruzou pelo céu da Terra o

cometa Halley. Ele passa em intervalos que variam entre 75 e 76 anos pela órbita terrestre. Esse espaço de tempo foi calcu-lado pelo astrofísico Edmond Halley, que, em 1682, previu sua próxima passagem em 1758. A próxima será no ano de 2061.

0511 - Clóvis, rei dos Francos, morre aos 45 anos de idade, e seu reino é dividido entre seus 4 filhos.

1701 - Nasce Anders Celsius, astrônomo suíço. 1794 - Tropas francesas invadem a Holanda. 1838 - Uma esquadra francesa bombardeia o forte que

defendia a cidade de Vera Cruz, no México, que acaba sendo destruída pouco depois.

1868 - O imperador do Japão muda sua residência de Kyoto para Yedo, que receberia o nome de Tokio.

1894 - O cientista milionário Alfredo Nobel institui em seu testamento a entrega de cinco prêmios que levam o seu nome.

1901 - Morre Clement Studebaker, empresário norte--americano.

1907 - O aviador Santos-Dumont estabelece o primeiro recorde de velocidade aérea, voando 220 metros em 21 segundos.

1907 - O major Cândido Rondon conclui a ligação tele-gráfica entre o Rio de Janeiro e a Amazônia, via Mato Grosso, penetrando 997 km pela selva.

1922 - O arqueólogo Howard Carter descobre a múmia do faraó Tutancâmon.

1927 - A facção de José Stalin vence no Congresso de Sindicatos da União Soviética. León Trotsky é expulso do Partido Comunista.

1934 - Na Romênia, o exército interdita todas as associa-ções comunistas.

1935 - No Rio de Janeiro, tropas do governo dominam rapidamente a revolta militar que ficou conhecida como Inten-

tona Comunista. 1940 - Nasce Bruce Lee, ator especialista em artes

marciais. 1945 - Os chanceleres da Grã-Bretanha, Estados Unidos

e da União Soviética, reunidos em Moscou, propõem um governo provisional na Coréia.

1949 - A rainha Juliana, da Holanda, assina um docu-mento outorgando a Indonésia a soberania após três séculos de governo colonial holandês.

1949 - A Índia adota nova Constituição. 1952 - Em Praga, onze antigos líderes comunistas são

condenados à morte. 1956 - Nos Jogos Olímpicos de Melbourne, na Austrá-

lia, o brasileiro Adhemar Ferreira da Silva se torna bicampeão olímpico no salto triplo.

1972 - A Austrália encerra sua ajuda militar ao Vietnã do Sul e põe fim à participação na guerra do Vietnã.

1983 - Acidente com um Boeing 747 no aeroporto de Madrid, deixa 183 mortos e apenas onze sobrevivem.

1984 - No acordo hispano-britânico sobre Gibraltar, a Grã-Bretanha aceita, pela primeira vez, discutir questões de soberania.

1985 - Terroristas disparam contra viajantes em ataques simultâneos na linha El Al e nos aeroportos de Roma e Viena, matando 16 pessoas e ferindo outras 110.

1985 - O cometa Halley cruza a Terra pela segunda vez no século XX.

1987 - Reúnem-se os presidentes de oito países iberoa-mericanos, o chamado "Grupo dos 8".

1987 - Fortes combates são realizados em um mercado em Batticaloa, no Sri Lanka. Vinte e cinco pessoas morrem nos enfrentamentos entre presos rebeldes e policiais.

1990 - O Partido Conservador Britânico escolhe John Major para suceder Margaret Thatcher como líder do partido e primeiro-ministro do país.

Frase do dia

“Esse trabalho foi um presente de Natal, foi o Papai Noel que trouxe para mim. Estou adorando”.

GENIVAL CASTRO DOS SANTOS, motorista e “Papai Noel” durante o período de final do ano.

Charge

San

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A6 O JORNAL l MACEIÓ, 27 DE NOVEMBRO DE 2011 l DOMINGO

[email protected]ão

Uma das grandes dificuldades surgi-das na aplicação prática da repara-

ção do dano ambiental encontra-se na sua quantificação, uma vez que o bem ambiental não possui valor mercantil e os prejuízos nem sempre são mensu-ráveis.

A principal questão para se chegar aos valores econômicos associados aos danos ambientais reside na identificação quali--quantitativa da degradação da qualidade ambiental, pois seria necessária a presença de olhos técnicos altamente especializados para o perfeito diagnóstico da extensão e do significado de determinado dano.

A conversão monetária direta dos prejuízos ambientais objetivando os cálcu-los indenizatórios, de tão dificultosa, chega a ser impossível, na maioria dos casos.

Entretanto, mesmo podendo não ser evidente, há efetivamente vantagens em se atribuir um valor monetário aos danos ambientais, principalmente quando existe a possibilidade de se efetuar uma transação, um acordo para a reparação ou restaura-ção.

Embora inegáveis as dificuldades existentes e uma vez que da quantificação do dano não podemos prescindir, deve-mos buscar os métodos mais adequados que nos permitam estabelecer um valor ambiental. É importante destacar que quando se fala em reparação do dano ambiental, não se pode deixar de falar do dano provocado por uma atividade autori-zada pelo órgão competente e que tenha obedecido aos padrões e regras estabele-cidas.

A licitude da atividade não impede que

o degradador seja compelido a reparar o dano causado. O poluidor, ao desempe-nhar a atividade poluente, assume o risco de assumir todos os ônus daí decorrentes.

A permissão de atividade, mediante certos requisitos e o fato de a empresa estar agindo com observância desses requisitos, não exclui a responsabilidade, pois não se trata de analisar a violação de uma norma preestabelecida, mas de verificar se houve dano causador pelo risco dessa atividade. A licitude da atividade não exclui, pois, o dever de indenizar. E também, não dá ao licenciado direito adquirido de continuar agindo nos mesmos termos em que foi concedido o licenciamento sem se adaptar a novas normas técnicas mais exigentes, que fatalmente podem surgir em época posterior ao licenciamento.

Destarte, é importante destacar que o agente publico deve sempre agir em consonância com as determinações legais e técnicas, não extrapolando os limites inerentes ao poder de polícia administra-tiva, sob pena de ser responsabilizado.

O valor do dano ambiental

O poluidor, aodesempenhar aatividade poluente, assume o risco deassumir todos os ônus

Alder FloresAdvogado, químico e auditor ambiental

A criação da Comissão da Verdade repõe em debate a questão da

tortura contra presos políticos no regime ditatorial.

Ao sancionar a lei que criou a Comissão da Verdade, disse a presidente Dilma Rousseff:

“Hoje o Brasil inteiro se encontra, enfim, consigo mesmo, sem revan-chismo, mas sem a cumplicidade do silêncio”.

Serve de introito a este artigo uma decisão do Supremo Tribunal Federal, proferida em 29 de abril de 2010.

Pretendo contribuir, através deste escrito, para uma discussão ética, que não se prende no tempo, não se localiza no calendário, porque é perene.

No infeliz 9 de abril de 2010, o Supremo, por maioria, entendeu terem sido abrigadas pela lei de anistia todas aquelas pessoas que, durante o regime de exceção instaurado em 1964, tortu-raram opositores do regime.

Cingiu-se o Supremo a uma inter-pretacão textual da lei de anistia. Funda-mentou seu entendimento no princípio da segurança jurídica que estaria amea-çado se, por via da interpretação judicial, fosse dada dimensão restrita ao leque dos anistiados, deixando ao desamparo da anistia os torturadores.

Parece-me que, neste caso, a razão esteve com a minoria, ou seja, com os dois ministros derrotados no seu enten-dimento: Ayres Britto e Ricardo Lewan-dovski. Entenderam esses magistrados que a tortura é crime comum, não é crime político, daí que não foi abrangido pela anistia.

A decisão do Supremo, que tivesse posto a tortura fora da anistia, não leva-ria os torturadores do antigo regime, de imediato, para a prisão. Eles estariam ao desabrigo da anistia, mas teriam de ser submetidos a processo, com direito de defesa. A efetiva participação nos atos de tortura, relativamente a cada um dos acusados, teria de ficar configurada.

O que a consciência ético-jurídica nacional esperava do Supremo Tribunal é que decidisse:

“Tortura não é crime político, os torturadores não foram anistiados. Pros-sigam-se os processos para julgamento de todos aqueles acusados de terem praticado a tortura ou de terem sido coniventes com essa prática ignóbil.”

O que fica, do lamentável aresto do mais alto tribunal do país, é a afirmação de que a tortura, amplamente praticada numa fase de nossa História Contempo-rânea, teve a ressalva de crime político, razão pela qual os praticantes da tortura foram anistiados.

Na verdade, e isto deve ser procla-mado com todas as forças, em home-nagem ao Brasil de amanhã – a tortura não é crime político. Nenhuma razão política, nenhum credo, nenhum motivo que se alegue, nenhuma causa de qual-quer natureza, nenhuma excludente, nada, absolutamente nada justificou, no passado, ou autorizará, no futuro, a prática da tortura. A tortura é um crime contra a humanidade, é sempre um escárnio à dignidade humana. Fere o torturado e degrada o torturador.

A Declaração Universal dos Direitos Humanos repudia, de forma absoluta, a tortura: “Ninguém será submetido a tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante”.

A tolerância para com a tortura joga-ria por terra toda a Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Transmitamos a nossos filhos e a nossos netos a rejeição veemente ao ato de torturar.

A Comissão da Verdade e a tortura

João Baptista HerkenhoffProfessor pesquisador da Faculdade Estácio de Sá do Espírito Santo

A razão esteve coma minoria, ou seja,com os dois ministrosderrotados no seuentendimento

Page 7: OJORNAL 27/11/2011

Lei de 2010 determina que lixões sejamextintos emtodo o País atéagosto de 2014

AGÊNCIA CÂMARA

O Brasil produz 240 mil toneladas de lixo por dia. A grande maioria

permanece sem tratamento em depósitos a céu aberto nas áreas urbanas, onde reside 80% da população. O volume de lixo gerado diariamente no país chega a 1,2 kg por habi-tante, valor superior à média

europeia de 1,1kg. Em algu-mas cidades, como Rio de Janeiro e Brasília, cada habi-tante chega a produzir 1,6kg de lixo por dia.

A lei que cria a Política Nacional de Resíduos Sólidos, aprovada e regulamentada no ano passado, estabelece que os prefeitos devem definir planos municipais e intermu-nicipais de destinação do lixo ainda em 2011. Além disso, devem extinguir os chamados “lixões” até agosto de 2014. A nova lei também define metas de reciclagem para a redução do volume de resíduos.

A Comissão de Desenvol-vimento Urbano da Câmara

escolheu a temática dos resíduos sólidos como eixo central dos debates que vão ocorrer durante a 12ª edição da Conferência das Cidades, que acontece nas próximas terça e quarta-feiras. O evento terá a participação de parla-mentares, prefeitos, auto-ridades e especialistas das três esferas de governo, além de representantes de vários países latino-americanos.

O presidente da Comis-são, deputado Manoel Júnior (PMDB/PB), acredita que a conferência vai abrir o diálogo entre os diversos atores envol-vidos na execução da Política Nacional de Resíduos Sólidos.

Municípios receberão selo Cidade Cidadã

A7O JORNAL l MACEIÓ, 27 DE NOVEMBRO DE 2011 l DOMINGO

[email protected]

Prefeitos debatem na Câmara a política de resíduos sólidos

SERTÂNIA O Município pernambucano já possui o seu

Plano Municipal de Gerenciamento de Resíduos Sólidos. Isso por que os gestores de Sertânia sabem que desenvolvimento sustentável começa com a sensibilização da comunidade. Sertânia então investiu na coleta seletiva porta a porta e com isso conseguiu mobilizar a população. O Projeto cria um sistema de informações para organizar e gerenciar a coleta seletiva. O Plano prevê a criação de Ecoescri-tórios como postos informações e orientação para o cidadão.

MIGUEL PEREIRANa região fluminense, mais um município

sustentável: Miguel Pereira. A cidade localizada na Serra conviveu mais de trinta anos com um lixão em sua encosta. Ali, cerca de 30 famílias conviviam com risco de doenças e de deslizamentos. Para reverter essa situação, a Cidade fez parcerias com os cata-dores e através da Secretaria de Meio Ambiente e SEBRAE, conseguiu implantar um aterro sanitário. Com recursos próprios e por meio dessas parce-rias, Miguel Pereira adquiriu máquinas que ajudam na separação do lixo, instalou Ecopontos e lançou campanhas de sensibilização.

SERTÃOZINHOSertãozinho, no agreste paraibano, desenvolveu

um projeto de apoio às cooperativas de catado-res, intitulado: “Deixe que eu cuide do seu lixo”. O número quatro mil trezentos e noventa e cinco além

de expressar o número de habitantes de Sertãozi-nho, representava também a quantidade de lixo produzido diariamente na Cidade. Em parceria com um grupo comunitário e com Universidades Fede-rais, o projeto criou a Associação dos Catadores de Material Reciclado de Sertãozinho – ASCAMARES. O lixo gerado na cidade caiu para menos da media nacional de lixo gerado por habitante que é de apro-ximadamente 1 kg e meio.

NOVO HAMBURGOO projeto CataVida de Novo Hamburgo no Rio

Grande do Sul, baseia-se em processos metodológi-cos de formação social, capacitação técnica, gestão e identidade visual, realização de uma ampla campa-nha de sensibilização e mobilização junto à socie-dade. O objetivo é proporcionar ao catador uma vida mais digna e cidadã. O município constituiu um grupo de trabalho, envolvendo várias secretarias, para analisar a situação dos catadores nos bairros. O projeto teve início em 2011 e será implantado ao longo de quatro anos, seguindo um cronograma de ações.

RIO GRANDEO Projeto Quero-Quero foi desenvolvido pelas

Secretarias de Educação e Cultura de Rio Grande (RS). O principal objetivo é ampliar a percepção ambien-tal de professores, alunos e comunidades em prol da sustentabilidade de Rio Grande. A proposta é inserir a coleta seletiva dentro da educação ambiental.

Mais de 40% do lixo urbano fica a céu abertoA produção de resíduos

urbanos cresceu 7% no ano passado no Brasil – chegou a 60,1 milhões de toneladas, contra 57 milhões em 2009.

Os dados foram ivulga-dos em meados e outubro, durante audiência pública na Comissão de Desenvolvi-mento Urbano da Câmara, pela coordenadora do Depar-tamento Técnico da Associa-ção Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), Adriana Ferreira. No mesmo período,

o crescimento populacional foi de apenas 1%.

Apesar do dado, a boa notí-cia, de acordo com a coorde-nadora da Abrelpe, consiste na quase universalização da coleta, hoje em 54,1 milhões de toneladas, 7,7% superior ao verificado no ano passado.

O destino final do mate-rial, no entanto, permanece problemático – somente 31,1 milhões de toneladas (57%) recebem destinação adequada, em aterros sanitá-rios.

Os municípios de Sertânia – PE, Miguel Pereira – RJ, Sertãozinho

– PB e outros dois municípios do Rio Grande do Sul: Rio Grande

e Novo Hamburgo são os vencedores do Concurso Selo Cidade,

Cidadã. O Concurso Selo Cidade Cidadã tem por finalidade

conceder anualmente um prêmio pelas boas práticas relacionadas

ao tema, que no mesmo ano é debatido, no âmbito da Conferência

das Cidades. Este ano, a Conferência vai discutir a Política Nacio-

nal de Resíduos Sólidos. Nesta edição o Selo teve cinco municípios

vencedores. Seus representantes vão estar em Brasília no dia 30

de novembro, último dia da Conferência para receberem o Prêmio.

Dividido em duas categorias básicas: mais ou menos de cem mil

habitantes, os projetos vencedores podem ser conferidos a seguir:

Deputado questiona os prazos previstos na lei Para o deputado Adrian

(PMDB-RJ) , cumpr ir os prazos previstos na lei é “quase impossível”. Em sua concepção, esse objetivo só será alcançado com a cola-boração de todos. “Enquanto ficarem as indústrias de um lado, o governo de outro e os recicladores de outro, a situ-ação permanecerá como está até hoje”, afirmou. O depu-tado Zoinho (PR-RJ) também requereu o debate.

O presidente da Asso-ciação das Empresas Reci-cladoras do Rio de Janeiro, Glauco Pessoa, apontou

soluções para o problema. Ele citou, por exemplo, que no mínimo 50% de todo o material descartado no País é reciclável. Sendo assim, acrescentou, “somente com coleta seletiva já se reduzi-ria à metade o problema da destinação final desses resí-duos”.

Um dos problemas está no investimento dos municí-pios. De acordo com Adriana Fe r re i ra , e l e s i n v e s t e m mensalmente, em média, R$ 9,95 por habitante para todos os serviços de limpeza urbana. “Com esse valor fica

impossível adequar tudo que é necessário”, sustentou.

Outro fator que complica o cenário, segundo os deba-tedores, é a dimensão da maioria das cidades brasilei-ras – 89% delas têm menos de 50 mil habitantes. De acordo com o chefe de gabinete da Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades, Yuri Della Giustina, esse número é insuficiente para garantir a sustentabilidade econômica dos investimentos em trata-mento de resíduos.

Na concepção do Ministé-

rio das Cidades, o tratamento é viável apenas por meio da cobrança de tarifas ou taxas pelo serviço. “Estudos mostram que, para garantir essa arrecadação, são neces-sários pelo menos 100 mil habitantes”, explicou. Por isso, o ministério instituiu como política dar prioridade ao financiamento de projetos apresentados por consórcios de municípios que atendam a esse número de habitantes. Para o período de 2011 a 2014, o governo federal prevê inves-tir R$ 1,5 bilhão na gestão de resíduos sólidos urbanos.

Page 8: OJORNAL 27/11/2011

Países voltam adiscutir efeitos doaquecimento global em conferência na África do Sul

Na véspera de mais uma rodada da conven-ção de negociações

climáticas, sob comando da Organização das Nações Unidas (ONU), a COP-17, a formatação de uma segunda etapa do Protocolo de Kyoto deixa ambientalistas céti-cos. A Conferência das Partes da ONU será realizada em Durban, na África do Sul, entre esta segunda-feira e o próximo dia 9. Embora os ativistas evitem mostrar pessimismo

em relação à possibilidade de se alcançar acordo, há muito debate pela frente antes de se alcançar acordo entre países para um segundo período do único marco jurídico que determina metas para redução de gases do efeito estufa.

O atual modelo assinado por 37 países, incluindo a União Europeia, expira no final de 2012. Há pelo menos dois anos, quando a COP-15 em Copenhague, na Dina-marca, esteve no centro das atenções de todo o mundo, com presença de presidentes de todas as partes do mundo, a questão está colocada. Apesar da necessidade de definir metas e parâmetros para dimi-nuir a emissão de poluentes na atmosfera depois do prazo

fixado em Kyoto, impasses referentes à adesão dos Esta-dos Unidos nos acordos de redução e a pressão para que países emergentes, entre eles Brasil e China, também rati-fiquem e determinem metas, compõem o cenário de impas-ses diplomáticos.

Para Maureen Santos, do Núcleo Justiça Ambien-tal e Direitos da ONG Fase, a COP-17 tem, na teoria, uma perspectiva de que seria o último momento de decidir alguma coisa sobre o futuro do Protocolo de Kyoto. Porém, segundo ela, a negociação de medidas é feita também em um segundo trilho, a implan-tação de acordos globais a longo prazo, que anda parale-lamente.

Sem a renovação de metas de emissão de gases, ficaria evidente o fracasso do princi-

pal objetivo das negociações internacionais sobre o clima, porque não haveria qualquer

parâmetro a respeito estabele-cido globalmente.

Osvaldo Stela, coordena-dor de projetos do Programa de Mudança Climáticas do Insti-tuto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), também vê como desafio central da confe-rência do clima a busca de um acordo de metas mandatórias globais para todos os que assi-narem o tratado.

O protocolo atual traz obri-gações de redução apenas para os países ricos, e não para os pobres. Embora o pesquisa-dor acredite que seja possível a obtenção de um acordo de redução de emissões de 2013 a 2020, a adoção de parâmetros obrigatórios para todos “não está nem perto de acontecer”.

Em estudo divulgado no

último dia 21, pela Organiza-ção Mundial de Meteorologia (OMM), vinculada às Nações Unidas, constatou-se que o ano de 2010 foi recordista na emissão de gases do efeito estufa.

A organização concluiu ainda que o crescimento industrial elevou a concen-tração de óxido nitroso no ar. No período de 1990 a 2010, foi registrado aumento médio de 29% na emissão de gases de efeito estufa.

Japão, Rússia e Canadá já sinalizaram que não serão signatários de um segundo período do protocolo que exclua compromissos das nações em desenvolvimento, como China, Índia, Brasil e África do Sul,

O JORNAL l MACEIÓ, 27 DE NOVEMBRO DE 2011 l DOMINGO

Fim do mundo em 2012

Texto foi encontrado no templo de Comalcalco e foi objeto de estudos

A8

2010Foi o ano recordista em emissões de gases do efeitoestufa, revelaestudo da ONU

[email protected]

Rio Nilo está sob ameaça de

receber menos chuvas

Renovação de Kyoto é incertaCOP-17

A crise pela qual passam, principalmente, os países europeus, que são os defen-sores do protocolo em vigên-cia e sua continuação, pode também empurrar a 17ª confe-rência do clima ao fracasso. Para Pedro Torres, da Campa-nha de Clima e Energia do Greenpeace, a COP-17 corre perigo de sofrer um esva-ziamento no que tange à presença dos chefes de Estado e de governo. “Se não forem, dificilmente mandarão envia-dos com carta branca para assinarem acordos globais; então você já tem um processo

natural de esvaziamento polí-tico”, pontua.

A redução de emissão de gases é vista, por setores empresariais tradicionais, como uma forma de freio ao avanço econômico. Os mais ricos entre os países desen-volvidos têm, como base da economia, a indústria de transformação e são grandes consumidores de combustí-veis fósseis – seja para mover automóveis nas cidades, seja para gerar energia termoe-létrica em usinas a carvão mineral, por exemplo. Impor a obrigação de poluir menos

significaria exigir mais custos para a produção e menos possibilidades de movimentar a economia com o consumo das famílias.

Aos ouvidos dos empre-sários, isso significa preços mais caros para competir com produtos baratos da Ásia e menos mercado para desovar estoques. É uma agenda que parece contrária ao que parte do eleitorado desses países espera em um cenário de retração econômica e incerte-zas sobre o futuro.

Há ainda o caso mais controverso e polêmico, a

participação dos Estados Unidos. Mesmo como maior poluidor individual da atmos-fera, a nação norte-americana não assinou o protocolo para o período atual. Assim, não teve obrigação de criar um marco jurídico, ao contrário dos signatários. Pedro Torres, do Greenpeace, considera que com a tentativa de reeleição do presidente Barack Obama no pleito de 2012 somado à derrota do projeto sobre o clima no Senado, trazem um indicativo de que os EUA não vão assinar medidas favorá-veis ao clima em 2011.

A mudança climática deve elevar o regime de chuvas em grandes bacias fluviais do mundo, mas os padrões mete-orológicos tendem a se tornar mais instáveis, e a época das estações chuvosas pode mudar, ameaçando a agricul-tura, segundo especialistas.

Além do mais, algumas bacias fluviais da África - a do Limpopo, no sul do conti-nente, do Nilo, no norte, e do Volta, no oeste - ficarão propensas a receber menos chuvas do que atualmente, o que afetará a produção de alimentos e provocará tensões internacionais.

A perspectiva é particu-

larmente ruim na bacia do Limpopo, que abrange partes de Botsuana, África do Sul, Zimbábue e Moçambique, numa área habitada por 14 milhões de pessoas. “Em algu-mas partes do Limpopo, nem mesmo a adoção disseminada de inovações como a irriga-ção por gotejamento pode ser suficiente para contraba-lançar os esforços negativos da mudança climática sobre a disponibilidade hídrica”, disse Simon Cook, do Centro Internacional de Agricultura Tropical.

As preocupações para o Alto Nilo Azul, que passa por Etiópia, Sudão e Egito, resul-

tam principalmente da evapo-ração intensa que deveria advir do aumento previsto de 2°C a 5°C nas temperaturas médias globais.

Cientistas do Programa Desafio para Água e Comida ( P D AC ) , u m a e n t i d a d e mundial de pesquisas agrí-colas, disseram que isso pode causa atritos entre o Egito e a Etiópia.

A pesquisa sobre dez gran-des bacias fluviais do mundo, incluindo grandes áreas da América do Sul e Ásia, foi divulgada a poucos dias da conferência climática global.

Em geral , o relatório concluiu que o aumento da

evaporação, em consequência do maior calor, será compen-sado pela intensificação das chuvas. Ligeiras alterações nas épocas de chuvas e estia-gem, mantidas intactas nos últimos séculos, “irão criar um pesadelo gerencial e exigirão um foco muito maior do que era historicamente necessário em abordagens adaptativas e projeções climáticas de longo prazo”, disse Alain Vidal, dire-tor do PDAC.

“A mitigação de inunda-ções e as estratégicas de gestão serão cruciais em áreas com clima cada vez mais errático e com mais enxurradas, como o Limpopo e o Volta”, diz Vidal.

Crise na Europa poderá inviabilizar avanços

Mudança climática ameaça os rios da África

Cientistas acham nova referência maia

A r q u e ó l o g o s m e x i -c a n o s d e s c o b r i r a m a segunda referência ao “fim do mundo” que teria sido previsto pelos maias e que ocorreria em 2012. Até agora, especialistas afir-mavam que havia apenas um achado que mostrava o fim do calendário do povo antigo. As informações são da agência AP.

Em um comunicado, o Instituto Nacional de Arque-ologia do México anuncia um debate sobre o assunto e admite existir uma segunda referência ao fim do calen-dário, um tijolo descoberto no templo de Comalcalco. O achado, afirma Arturo Mendez, representante do instituto, foi descoberto há alguns anos e foi subme-tido a um estudo completo, mas está guardado e não é exibido ao público.

Contudo, entre os cien-tistas, há dúvida se o objeto realmente tem relação com o “fim do mundo” maia. “Alguns propuseram que é outra referência a 2012, mas eu não estou nem um pouco convencido”, disse à agência David Stuart, espe-cialista em epigrafia maia da Universidade do Texas.

A data no texto desco-berto bateria com o fim do 13º Baktun - ciclo maia que se encerraria em 21 de dezembro de 2012. Contudo, Stuart diz que pode corresponder apenas a alguma data similar no passado. “Não há razão para não achar que possa também ser uma data

antiga, descrevendo algum evento histórico impor-tante no período Clássico. Na verdade, o terceiro glifo no tijolo aparentemente deve ser lido como o verbo ‘huli’, ‘ele/ela chega’”, diz o pesquisador.

“Não há verbo no futuro (ao contrário da inscrição de Tortuguero - a primeira descoberta), o que, do meu ponto de vista, coloca a data de Comalcalco mais como uma referência histórica do que profética”, afirma o cientista.

Ambas as inscrições - Tortuguero e o tijolo de Comalcalco - teriam sido criadas aproximadamente há 1,3 mil anos atrás. A primeira descreve algo rela-cionado ao deus Bolon Yokte (associado à guerra e à cria-ção) em 2012, mas a erosão e um rachado na pedra impedem a leitura do final da passagem, mas alguns cientistas acreditam que diga “ele irá descer dos céus”. Ainda de acordo com a agência, no texto de Comal-calco os símbolos estariam invertidos ou cobertos com estuque, o que indicaria - por quem o escreveu - que eles não devem ser vistos.

O instituto mexicano afirma que a ideia de fim do mundo em 2012 é apenas uma interpretação malfeita d o c a l e n d á r i o m a i a . Segundo os arqueólogos, o tempo para o povo antigo era divido em longos ciclos e o texto de Tortuguero apenas indica o fim de uma era e o começo de outra.

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Valorização não foi de forma repentinaA v a l o r i z a ç ã o d e s t a

região da cidade não come-çou repentinamente e nem acontece de forma aleatória. Apesar de as belezas incom-paráveis do litoral norte de Maceió serem características vitais para a sua condição de atrativo, a aprovação do Plano Diretor Municipal e a permis-são para construir prédios na região foram determinantes para o momento que já se começa a se viver.

A descentralização do cres-cimento de Maceió começou a ser uma necessidade tanto do mercado imobiliário, quanto do poder público. Por isso, foi preciso pensar estratégias de expansão da cidade para além dos bairros da parte baixa, como Ponta Verde e Jatiúca. “A cidade já está saturada nestes bairros. Basta observarmos um pouco para vermos que os investimentos estão todos focados nestes bairros.

Isso gerou uma sobrecarga em todas as demandas: o trân-sito, a oferta de água, energia e gás, tudo está sobrecarregado. Era preciso pensar em cres-cimento que ultrapassasse a fronteira destes bairros.

A decisão de incentivar o crescimento da cidade para o litoral norte foi abso-lutamente inteligente por

parte do município”, definiu o empresário Rubens Vilar Filho, um dos investidores da região, responsável pelo maior empreendimento até agora anunciado no bairro de Garça Torta.

A perspectiva do investidor é que dentro em breve, toda a extensão que vai de Cruz das Almas a Ipioca esteja tão consolidada quanto os bairros da orla urbana de Maceió. “A

cidade precisa crescer, expan-dir. E a bola da vez é o litoral norte”, afirmou. F.B.

Continua nas páginas A10

CidadesA9

"A decisão de incenti-var o crescimento da cidade para o litoral foi absolutamente inteligente"

RUBENS VILAR FILHOEmpresário e um dos investidoresda região do litoral norte

O JORNAL l MACEIÓ, 27 DE NOVEMBRO DE 2011 l DOMINGO

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Região começou a receber investimentos de empreendimentos comerciais e também imobiliários

FLÁVIA [email protected]

Quem passar pelo litoral norte de Maceió daqui há dois ou três anos

provavelmente não reconhe-cerá muitos traços vistos hoje nesta parte da cidade. A área onde fica alguns dos bairros mais afastados e de caracte-rísticas mais pitorescas da capital alagoana está prestes a passar por uma mudança radical que vai alterar não só o seu aspecto urbano, mas provavelmente o estilo de vida dos moradores. Alvo do

desejo de muitos empresá-rios, sobretudo de estran-geiros, a região já começou a receber investimentos pesa-dos de empreendimentos comerciais e imobiliários.

O caminho já está traçado e as mudanças provavelmente são irreversíveis. As atenções se voltaram para esta parte da cidade e o progresso, com seus ônus e bônus, já começa a demarcar o território.

O lirismo de bairros como Riacho Doce, que ganhou as páginas José Lins do Rego, já não é tão florescente como há anos. Isso é fato. Mas, procu-rando atentamente pelas ruas e becos do local, ainda se pode encantar com cenas peculiares de pescadores saindo do mar com peixes imensos pendurados em ganchos prateados. “O acon-chego do bairro vai se perder

com o tempo. Mas vai valer a pena. O progresso vai ser bom pra todo mundo”, afir-mou o empresário Gustavo Mendonça Figueiredo.

E o progresso já come-çou a fazer suas marcas. Elas estão espalhadas por todos os cantos. Em toda exten-são da rodovia que divide os bairros, já se pode ver os sinais do que vem por aí: as pequenas mercearias e casas de pescadores começam a ser “esmagadas” por novos condomínios de luxo, hotéis, prédios e complexos empre-sariais. Onde as construções ainda não começaram a nascer, há a expectativa delas, representadas por imensas placas de “vende-se”, em terrenos que valem cada vez mais. É o novo dividindo, literalmente, espaço com o antigo.

Uma área em crescimento

LITORAL NORTE

Bairro de Garça Torta

conta com diversos

empreendimentos

Oferta de terrenos

cresce na área

Rubens Vilar Filho destaca

a descentralização do

crescimento de Maceió

Fotos: Marco Antônio

Page 10: OJORNAL 27/11/2011

Plano Diretor incentiva a descentralizaçãoPensar na expansão da

área urbana de Maceió foi vital para incentivar o cresci-mento econômico da capital. Com a superexploração dos bairros da parte baixa, traçar estratégias para levar este mercado para outras áreas foi se tornando inevitável.

Neste contexto, o Plano Diretor Municipal apare-ceu como norteador para um crescimento planejado, segundo definem os próprios investidores. Num primeiro momento, foi necessário zonear a cidade e definir as zonas por interesse de investi-mento. Depois, definir regras para a construção da nova parte da cidade que já come-çava a ser anunciada.

“O plano tem a meta de conter a especulação imobi-liária com responsabilidade. Algumas áreas do litoral norte, como os bairros de Ipioca e Riacho Doce, têm caracterís-ticas muito delicadas e que precisam ser respeitadas. A elaboração deste código de urbanização leva em conta as características dos bairros, como a sua topografia e as características ambientais”,

explicou Dione Laurindo, diretora do Plano Diretor Municipal.

Entre as limitações impos-tas pelo código de urba-nização está o quesito da verticalização. As edificações são restritas. Depois de Riacho Doce, por exemplo, a constru-ção de prédios está vetada.

“O código foi muito respon-sável com isso. Entre Cruz das Almas e Riacho Doce, por exemplo, não permitiremos remembrar terrenos. Isso vai impedir a descaracterização da região, já que a maioria das casas é construída em peque-nos lotes”, afirmou.

Os grandes lotes, desti-

nados à verticalização, terão de respeitar limites severos. Apenas 20% da área total do terreno poderá ser constru-ída. “E as construções têm de respeitar o acesso à praia e respeitar a margem de 33 metros de preamar médio”, explicou a diretora do Plano Diretor Municipal. F.B.

Marco Antônio

Dione Laurindo, diretora do Plano Diretor, diz que meta é conter a especulação imobiliária com responsabilidade

A10 O JORNAL l MACEIÓ, 27 DE NOVEMBRO DE 2011 l DOMINGO

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Infraestrutura local começou a ser preparadaEnquanto os investimen-

tos se anunciam a rápidos passos, a falta de infraestru-tura do local ainda parece um entrave para quem passa pela AL-101 Norte e vê pipocar as promessas de uma nova cidade que nasce por ali.

A própria rodovia estadual não esconde que carece de maior atenção pede o inves-timento já anunciado para a sua duplicação. “O Plano Dire-

tor foi pensado já levando em conta esta duplicação. Mas antes dela, é preciso pensar em estratégias e estudos que garantam a preservação das tradições culturais e os aspec-tos da região”, explicou Dione Laurindo.

Enquanto a duplicação da AL-101 Norte não sai das mesas de projeto, algumas intervenções já começaram a ser vistas pela população.

“Alguns projetos já estão em fase avançada de execução, como a Eco Via Norte, que vai facilitar o acesso dos bair-ros da parte alta da cidade ao litoral. Além disso, até o final do ano, o primeiro trecho da Avenida Márcio Canuto deve ser concluído”, afirmou Daniel Eugênio, secretário-adjunto de Infraestrutura de Maceió.

Mas além destas obras já em execução, o desenvolvi-

mento da região carece de outros incentivos como a pavi-mentação asfáltica, problema intermitente para quem tem que trafegar pela região.

Além das obras munici-pais, que são vitais para garan-tir que os investimentos no litoral norte tenham, de fato, uma base para ser alicerçado, outros serviços já começaram a ser reforçados, como as redes de gás e energia. F.B.

Novo shopping vai agregar mais valor à regiãoPensar no desenvolvi-

mento econômico do litoral norte de Maceió sem levar em conta o investimento anunciado pela Multiplan e pela Aliansce é impossível. O Parque Shopping Maceió já é considerado um divisor de águas para este momento em que as atenções se voltam fortemente para esta região da cidade.

Para se ter idéia, as estima-tivas de mercado são de um boom de desenvolvimento econômico num raio de 10 quilômetros a partir da locali-zação de um shopping center.

Nesta perspectiva, o raio de crescimento do litoral norte da capital vai até as imedia-ções de Ipioca, área exata onde estão centradas as aten-ções dos investidores.

“Não temos dúvida de que o projeto está inserido no vetor de desenvolvimento de Maceió e que proporcionará uma grande revitalização de toda esta parte da cidade”, afirma o diretor da Aliansce, Ewerton Visco. “Em todas as cidades onde foram instala-dos, os shoppings assinados tanto pela Aliansce quanto pela Multiplan promoveram

grandes transformações em seu entorno”, completa Visco.

As transformações são esperadas, de fato. E Maceió já passou por uma experiên-cia semelhante, quando da construção do hoje conhecido Shopping Maceió. Há pouco mais de 20 anos, por exemplo, não se podia imaginar os bair-ros de Jatiúca e Mangabeiras desenvolvidos como são hoje.

Esta inclusive, é outra preocupação prevista pelo P l a n o D i re t o r Mu n i c i -pal, como afirmou Dione Laurindo. Segundo ela, é necessário “amarrar” o cresci-

mento imobiliário para orde-nar o que será construído a partir da inauguração do novo shopping. “Se Maceió tivesse um código urbano na época da construção do primeiro shopping, os bairros da parte baixa teriam outra estrutura. Teriam crescido de forma mais ordenada”, explicou.

Só de geração de emprego, o novo empreendimento deve contribuir imediatamente com mil vagas diretos só durante o período de obras e outros três mil postos quando o shopping entrar em opera-ção. F.B.

Algumas intervenções na AL-101

já começam a ser vistas

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A11O JORNAL l MACEIÓ, 27 DE NOVEMBRO DE 2011 l DOMINGO

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Page 12: OJORNAL 27/11/2011

Necessidade de se adequar aos novos temposDe olho do bonde do

desenvolvimento, quem já está estabelecido na região, tenta de adequar aos novos tempos e já contabiliza as vantagens que certamente virão dentro de pouquíssimo tempo.

O empresário Gustavo Mendonça Figueiredo, dono do Restaurante do Zezé adora falar da importância do seu restaurante dentro do contexto de Riacho Doce. A estrutura rústica do local nunca foi problema para ele, já são as delícias do cardápio os principais atrativos para clientes famosos e anônimos.

Mas, já contando com as mudanças que passará a região onde está inserido, o empresário se planeja para alterar o tradicional restau-rante para atender à nova demanda de clientes. “Hoje já tenho alguns clientes que passaram a frequen-tar o restaurante depois da inauguração do Hotel Sali-nas, em Ipioca. Mas sei que daqui a algum tempo, tere-mos outra realidade e quero estar preparado para tripli-car o movimento”, afirmou.

Além de dono de um dos mais tradicionais restau-rantes da região, Gustavo Mendonça é morador de

Riacho Doce. Junto com a família ele divide as vanta-gens e as complicações de morar tão afastado da área central da capital.

“Hoje toda esta parte é muito carente, Não temos um supermercado, banco ou postos de combustível. Tudo está muito distante da gente. Acredito que a partir

desta expansão teremos mais ofertas de serviço. O progresso vai ser bom pra todo mundo. Talvez o bairro perca um pouco do acon-chego. Mas vai valei a pena”, afirmou.

Atestando a previsão do pequeno empresário, o grande empreendedor, que também aposta no desenvol-

vimento da região, confirma a intenção de outros investi-dores: “Há muito empresário já procurando terrenos para construir escolas e supermer-cados no litoral Norte. Daqui a pouco poderemos oferecer as mesmas estruturas que qualquer parte da cidade”, afirmou Rubens Vilar Filho. F.B.

Empresário Gustavo Mendonça planeja alterar o tradicional restaurante para atender à nova demanda de clientes

A12 O JORNAL l MACEIÓ, 27 DE NOVEMBRO DE 2011 l DOMINGO

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Crescimento tem um preço, e não é baratoAs promessas de tempos

vindouros incentivaram mais a valorização do litoral norte do que as suas belezas naturais da região. Apesar de toda preo-cupação com a especulação imobiliária, os terrenos que há anos eram vendidos a “preço de banana”, hoje custam verdadeiras fortunas.

Para se ter ideia, um terreno

que há 15 anos valia R$ 22 mil e chegava a ser vendido até por R$ 18 mil, num “acerto” entre as partes, hoje não sai por menos que R$ 1,5 milhão.

“A falta de novas opções para expandir a cidade, aliada à iniciativa do poder público de incentivar o crescimento daquela região e mais o surgi-mento do Shopping Parque

Maceió foram essenciais para determinar o litoral Norte de Maceió como o melhor local para se investir na cidade”, definiu o empresário Ruben Vilar Filho.

Ele, aliás, é um dos empre-endedores que pegaram carona no que se anuncia e já garantiram o um lugar privile-giado neste desenvolvimento.

É dele o maior investimento no local até agora, o Atlantis Condomínio, uma área de 40 hectares onde já está nascendo um complexo habitacional de luxo. São lotes a partir de 450 m2 de área, dentro de uma Reserva Particular do Patrimô-nio Natural (RPPN) com uma vista privilegiadíssima para o mar de Garça Torta. “O litoral

Norte de Maceió se tornou a bola da vez desde que a prefei-tura permitiu a construção de prédios na área. É uma deter-minação do mercado que a cidade cresça para aquela área”, afirmou o empresário, prevendo que dentro de cinco anos, a região esteja visual-mente semelhante à Ponta Verde atualmente.

E será destinado a classe A a maior parte dos inves-timentos anunciados para estes bairros da costa norte da capital alagoana. “É difícil que os investidores apostem em empreendimentos para a classe C. Os terrenos são caros e as construções também. Então não vale a pena inves-tir”, afirmou. F.B.

Fotos: Marco Antônio

Terrenos são valorizados com

a expansão do litoral norte

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Mesmo com a evolu-ção do tratamento e com a melhora da qualidade de vida, preconceito é desafio

ANNA CLÁUDIA [email protected]

Na balada para curtir. E n c o n t r o s e n t r e amigos e aquela

velha paquera. Uma troca de olhares, dança na pista, abraços, beijos e a noite termina em sexo. O casal não havia trocado duas palavras, mas se entregaram aos praze-res da carne sem a mínima preocupação, sem ao menos se conhecerem melhor, sem terem todos os cuidados necessários. No dia seguinte, a ressaca moral e a questão?

Porque fiz isso. Será que terei consequências em minha vida.

Essa é mais uma das histó-rias relatadas por milhares de pessoas que vivem infectadas pelo vírus da Aids. Pessoas comuns, que após atos impen-sados tiveram seus destinos transformados e a vida para sempre marcada pela doença. A relação amorosa sem o uso

do preservativo ainda é a forma mais comum de propagação do vírus HIV.

Poucos se sentem a vontade de, aberta-mente, falar que carre-

gam a doença consigo. Assim como Paulo (nome fictício), que iniciou um pesadelo ao descobrir ser soropositivo. Foi num momento de empolga-ção e sem colocar em xeque os riscos que correria em uma

transa, que o rapaz, atual-mente com 34 anos, passou a integrar a estatística de casos

de AIDS em Alagoas. A ‘mudança de vida’ ocor-

reu no ano de 2000. Após curtir

a noite numa boate, o jovem que tinha apenas 22 anos, se envolveu com outra pessoa

do mesmo sexo. Poucas infor-mações trocaram durante a noite e logo ele se viu na cama, numa noite de prazer, mas que traria em sua vida os piores resultados.

Sem ser informado pelo parceiro, que era soropositivo, Paulo só soube deste impor-tante dado ao acordar, na casa onde havia passado a noite. “Quando acordei um amigo dele que estava conosco perguntou se na transa haví-amos usado preservativo, porque ele tinha o vírus da AIDS. Fiquei completamente arrasado, procurei o chão e não encontrei. Fiquei sem saber o que pensar”, desa-bafou o jovem. Questionado sobre o preconceito, ele lembra que é evidente a exis-tência em relação dos soropo-sitivos. Esse é um dos motivos que o faz esconder o rosto.

Marco Antônio

Por conta do preconceito, Paulo (nome fictício) prefere não mostrar o rosto; para ele, o estigma da doença é muito forte

A13O JORNAL l MACEIÓ, 27 DE NOVEMBRO DE 2011 l DOMINGO

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Viver com Aids: superação diária do preconceito social

Desespero nas horas que antecederam o resultado do exame

“Fiz o teste três vezes. Na primeira vez, quando peguei o resultado e vi que deu posi-tivo, imaginei que poderia ter algum erro e decidi repetir. Mas quando o segundo exame saiu a confirmação, iniciei imediatamente o tratamento. O terceiro teste foi realizado, mas não havia mais dúvidas”, colocou o jovem.

Apesar de todo o acompa-nhamento médico, o paciente apresentou dois meses depois um quadro de tuberculose, já que sua imunidade estava baixa. Ele precisou ficar inter-nado para tratamento, utili-zando uma máscara por 15 dias. Esta foi uma das únicas vezes que lembra ter sido acometido por algo grave provocado pelo vírus HIV.

Atualmente, Paulo mora sozinho. Com os pais falecidos e apenas uma irmã – a qual não tem um bom relaciona-mento –, sua vida é fortalecida com a ajuda de poucos amigos que sabem da doença e de um grupo de apoio que integra, local onde encontra pessoas que compartilham os mesmos dilemas.

A vida não é fácil. Lidar com a possibilidade da morte imediata é viver constante-mente em conflitos. Desde que descobriu a doença, o rapaz também passa por problemas psicológicos. São momentos de conflitos que precisam ser controlados com internamentos. “Tudo isso aconteceu após saber que estava infectado. Além dos anti-retrovirais HIV, tomo remédios controlados. Mas hoje já me adaptei a esta reali-dade, aceitei a doença e sofro menos. Vivo como qualquer outra pessoa normal”.

E quando o assunto são os novos relacionamentos amorosos, Paulo confirma que é difícil ultrapassar o obstá-culo do preconceito e normal-mente acaba se envolvendo com outras pessoas, mas sem falar abertamente que é porta-dor do vírus HIV.

Continua nas páginas A14

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Muitos escondem a doença pelo preconceito“Eles trocam experiências,

compartilham os momen-tos difíceis, ajudam uns aos outros. Muitos que chegam aqui não aceitam a doença, escondem de parentes, amigos. Eles encontram neste espaço o local onde se reve-lam e deixam transparecer os sentimentos”, enumera a coordenadora.

Questionada sobre o posi-cionamento dos soropositivos em relação ao preconceito, Helena Soares diz que muitos preferem esconder a doença para não serem excluídos, nem discriminados. “Lógico que eles têm medo da doença até porque é algo que não tem cura só controle, mas o que pesa mesmo é a sociedade,

o receio que têm de serem excluídos na família, no traba-lho. Existem casos de casais que são portadores do HIV, freqüentam este espaço e nem mesmo a família sabe. Isso é bastante comum”, lembrando a necessidade de um maior esclarecimento da população quanto a doença e os mitos de formas de contágio.

A ajuda de um psicólogo também é de suma importân-cia neste trabalho. Num espaço reservado para este profissio-nal, os assistidos conseguem conversar, expor medos, e ter um acompanhamento, princi-palmente àqueles que desco-briram recentemente serem portadores da doença. Eles aprendem com o novo grupo

que podem manter uma quali-dade de vida.

Mas o imóvel tem outra finalidade. Desde 2003, ele funciona como Casa de Passa-gem para os pacientes que vivem no interior e precisam vir à capital para dar conti-nuidade ao tratamento da doença. São vários quartos, cozinha, banheiro e ambien-tes de convivência. “Muitos não têm onde ficar quando vêm do interior para a capital, já que escondem das famílias os motivos da viagem, e às vezes não tem dinheiro para pagar hotel ou outra estadia. É um abrigo que eles encontram durante os dias que precisam ficar para o tratamento, onde ficam durante dois dias”.

E é no interior onde o desconhecimento é ainda maior sobre a doença. Com medo de serem descobertos, muitos moradores acabam migrando de um lugar para outro, temendo o preconceito e a discriminação.

A entidade funciona a base de parcerias, como o auxí-lio alimentação na parceira com o projeto Mesa Brasil, do SESC, além de contar com o apoio da Igreja de São Pedro. A única renda fica por conta da comercialização de água mineral e o trabalho de fotocópias. Os soropositivos também são inseridos nos projetos de apoio implanta-dos pelas Secretarias Munici-pal e Estadual de Saúde. A.C.A.

Sesau faz o monitoramento dos casos em ALEstima-se que no Brasil

460 mil e 810 mil contamina-dos, significando cerca de um terço dos portadores do HIV na América Latina. Os dados são das Organizações das Nações Unidas (ONU) em um recente estudo sobre a epidemia global da AIDS, realizado pelo programadas Nações Unidas para a AIDS (Unaids).

Em Alagoas, desde que a descoberta da doença no ano de 1986, a Secretaria de

Estado da Saúde (Sesau) vem realizando o monitoramente. Atualmente, os dados apon-tam que já foram registrados no Estado quase quatro mil casos da doença. Somente na capital, são mais de dois mil pessoas, entre adultos e crian-ças, que contraíram o vírus HIV.

A doença, que antes era mais comum entre os homossexuais, agora se propagou entre os heteros-

sexuais. Os registros apon-tam que enquanto aqueles começaram a se prevenir para não serem infectados, homens e mulheres heteros-sexuais costumavam imagi-nar que estariam imunes ao contágio. O motivo deste pensamento quem explica é a coordenadora do Programa DST/Aids da Sesau, Fátima Rodrigues.

“Esta idéia de que apenas os homossexuais poderiam

ser infectados levou muitas pessoas a não se preveni-rem. Mas neste quadro de homossexuais existia um grande número de pessoas que apenas encontravam parceiros diferentes, mas eram hetero. Assim o contá-gio foi acontecendo de uma forma rápida e atualmente os números mostram que é uma categoria de alto risco”, coloca Rodrigues. A.C.A.

Continua na página A17

Um espaço de apoio e assistência a homens e mulheres soropositivosA ampla e simples

casa, localizada no bairro do Prado em Maceió, pode passar desper-cebida para qualquer pessoa, mas é neste local que homens e mulheres infec-tados encontram conforto para enfrentar a dura batalha na luta eterna contra a Aids. Batizado de ‘Grupo de Apoio Conviver’, o local é coorde-nado por Helena Soares, e tem como objetivo principal dar assistência e apoio aos pacien-tes soropositivos.

Já são 19 anos de existên-cia e o Conviver é pioneiro em Alagoas. Helena Soares explica que são encontros em grupo que ajudam as pessoas numa melhor aceitação da doença.

“Aqui desenvolvemos conhecimento, discuti-mos sobre as novas medi-cações para os infectados, os programas de assis-tência... enfim, tentamos

minimizar o tratamento e fazer com que as pessoas aceitem e convivam com doença”.

O grupo tem uma média de 200 pessoas cadastradas, mas normalmente, durante as reuniões às sextas-feiras, 30 pessoas comparecem. São crianças, jovens, adultos, homens, mulheres, homos-sexuais que aproveitam esta integração para a descoberta de como viver sem medo e administrar os danos que a AIDS trará para sua rotina. A.C.A.

Marco Antônio

Helena Soares, coordenadora do grupo de apoio Conviver, explica que encontros entre soropositivos ajudam as pessoas numa melhor aceitação da doença

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Marco Antônio

Coordenadora Fátima Rodrigues

explica o aumento dos casos

envolvendo heterossexuais

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Sesau mapeia a doença por faixa etária e região de incidência no EstadoA S e s a u r e a l i z a

também o acompanha-mento por faixa etária, sexo e regiões do Estado, que são divididos em dez. Em mapas organi-zados pelo órgão podem ser verificados que em pratica-mente todos os municípios há registros de pessoas com Aids. E são os grupos de homens e mulheres em idade ativa, ou seja, entre 20 e 49 anos onde há uma concentração maior de doentes. “Mas vale lembrar que este é um vírus democrá-tico. Não usar preservativo, independente da faixa etária, classe social, religião, a pessoa pode ser infectada”.

O s d a d o s a p o n t a m ainda que Maceió, Mare-chal Deodoro, Arapiraca,

Rio Largo, União dos Palmares, São Miguel dos Campos, Penedo e Pilar são os municí-pios onde os índices de pacientes portadores

do HIV são altos. “Mas isso não significa que esses sejam números exatos, até porque muitas pessoas que moram numa cidade acabam se regis-trando em outra. Não temos como fazer um controle total-mente fiel a realidade”. A coor-denadora do programa lembra ainda que esses números não contemplam as pessoas que apenas possuem o vírus e não a doença.

Já por Maceió, a coorde-nadora do Programa pela Secretaria Municipal, Sandra Gomes, mostra outro dado

que precisa de bastante aten-ção. Segundo ela, o cresci-mento nos casos de Aids entre pessoas acima de 50 anos é uma realidade que precisa ser modificada.

“Este grupo está sendo ‘privilegiado’ com a epide-mia. Isso acontece devido à mudança de rotina da popu-lação. Antigamente, a vida estava no fim para as pessoas desta faixa etária, mas isso não acontece mais, já que elas continuam ativas, mantém os relacionamentos”, diz Sandra Gomes, acrescentando que por terem vivido a adolescên-cia de uma maneira diferente, eles acabam encontrando resistência para a simples ação do uso da camisinha.

O maior número de infec-tados é de mulheres, relata a coordenadora, o que normal-mente acaba gerando sepa-rações entre casais que não conseguem viver com esta nova realidade. “Elas acabam

recebendo o vírus do marido e isso mexe com a cabeça das pessoas, pois não aceitam a situação de que durante toda uma vida foram fiéis a relação e acabam sendo traídas”.

Desde a detecção da

doença, o paciente passa por acompanhamentos, que são chamados de aconselhamen-tos. Sandra Gomes explica que este aconselhamento acon-tece tanto no momento ante-rior ao exame como posterior, mesmo que os resultados sejam negativos. São conver-sas para que a pessoa entenda o que é a doença, formas de prevenção. Em caso do paciente não comparecer ao tratamento, com seu cadastro a secretaria vai a sua busca.

Na capital existe locais como o Hospital Universitário e o Pam Salgadinho dispõem de setores que trabalham especificamente contra a doença. “O mais importante é que a pessoa faça o uso da camisinha", disse. A.C.A.

1º de dezembro: Dia Mundial de Luta Contra a Aids instituído pela ONUO 1º de dezembro foi

a data criada para a Luta Contra a Aids, para relembrar o combate à doença, além de despertar na sociedade a importância da consciên-cia de prevenção, aumen-tando a compreensão sobre a síndrome e reforçando a tolerância e a compaixão às pessoas infectadas.

Foi a Assembléia Mundial de Saúde, com o apoio da Organização das Nações Unidas (ONU), que instituiu a data de 1º de dezembro. A decisão foi tomada em outu-

bro de 1987. No Brasil, a data passou a ser comemorada a partir de 1988, por decisão do Ministro da Saúde.

Este ano, a campanha dará enfoque nos jovens gays de 15 a 24 anos das classes C, D e E. A ação busca discutir as questões relacionadas à vulnerabilidade ao HIV/Aids, na população prioritária, sob o ponto de vista do estigma e do preconceito. Além disso, a ideia é estimular a reflexão sobre a falsa impressão de que a Aids afeta apenas o outro, distante da percepção de que

todos estamos vulneráveis. Em Alagoas, a Sesau prepa-rou um dia de atividades, com a realização de um Seminá-rio, que acontecerá no Hotel Enseada, na Praia da Pajuçara, em Maceió. A programação terá início às 08h, na próxima quinta-feira (1º), com discus-sões e ampliação do conhe-cimento sobre o perfil e tendências epidemiológicas da Aids.

Após a solenidade de abertura, haverá o lança-mento do Selo Alusivo ao Dia Mundial de Luta Contra a AIDS, seguida de palestras

durante todo o dia. À tarde o público irá participar de uma amostra cinematográ-fica O Auto da Camisinha – A Contribuição do Ceará ao Mundo para a Prevenção a Aids, um filme cearense inspirado na obra de José Mapurunga.

Ainda na capital, desde a semana passada, a Secretaria Municipal de Saúde montou um stand no Shopping Pátio Maceió, em Campanha refe-rente ao Dia Mundial de Luta contra a Aids. O objetivo é a contribuição com a melho-

ria da qualidade de vida e saúde dos comerciários e da comunidade em geral, e de sensibilizar a população para prevenção contra a Aids.

São real izadas ações educativas de prevenção e promoção da saúde, para a realização do Centro e Testa-gem e Aconselhamento (CTA Itinerante), com intuito de facilitar o acesso da comuni-dade aos serviços da Secre-taria Municipal de Saúde através do teste rápido de HIV/Aids, além da distribui-ção de preservativos. A.C.A.

Marco Antônio

Sandra Gomes destacou o crescimento da doença entre pessoas de 50 anos

A17

"O enfoque deste ano serão os jovens gays da Classe C, com idades entre 15 e 24 anos"

SANDRA GOMESCoordenadora do Programa de Combate a DST/ Aids

O JORNAL l MACEIÓ, 27 DE NOVEMBRO DE 2011 l DOMINGO

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O Labmar é pioneiro no estudo de esponjas do mar em Alagoas, com primeiro traba-lho registrado em 1997. Os levantamentos quantitativos, e qualitativos, dessa biodiver-sidade são feitos com apoio do Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira (IEAPM) e da realização de projetos aprovados em editais do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

“Nossos trabalhos são divididos em grupos de animais, a fim de os conhe-cermos a nível específico. As informações colhidas nas pesquisas são partilhadas com outros pesquisadores brasileiros e do mundo – um método que muitas vezes nos

ajuda a prosseguir através da partilha de dados”, disse Dorigo.

Sobre as comunidades bentônicas, quatro livros já foram lançados com infor-m a ç õ e s c o l h i d a s p e l a s pesquisadoras, foram eles: “Ecossistemas marinhos, praias e manguezais”, da Editora da Ufal (Edufal); “Ecossistemas Costeiros de Alagoas – Brasil”, também da Edufal; e os “Guias do Meio Ambiente” sobre o Interior e Litoral de Alagoas. “Apesar de termos colaborado com um livro destinado aos animais que habitam o interior do Estado, nosso foco está nos ecossistemas litorâneos, que compreendem o Complexo Mundaú-Manguaba e todas

as praias, incluindo os recifes”, esclareceu Sovierzoski.

“Estudar o ecossistema litorâneo já é tão trabalhoso que não nos sobra tempo para realizar outras pesquisas. Na época que iniciamos não exis-tia um estudo destinado aos moluscos, crustáceos e outros invertebrados marinhos que habitam o litoral alagoano. Descobrimos mais de trinta às espécies, entre elas vale desta-car a esponja Mycale alagoana

e o brizoário a Beania correiae”, continuou Hilda.

Em junho, o Labmar se integrou a Rede Brasileira de Bentos, vinculado ao Instituto Nacional de Ciência e Tecno-logia para Mudanças Climáti-cas, que envolve mais de cem professores e trinta institui-ções de pesquisa aliadas ao CNPq.

*Sob a supervisão da Editoria de Cidades

Obter essa resposta é o objetivo de um estudo da Ufal que cataloga espécies pela costa alagoana

THALLYSSON ALVES*[email protected]

A costa alagoana ainda esconde muitos segre-dos. É o que defendem

as biólogas Mônica Dorigo e Hilda Sovierzoski, profes-soras da Universidade Fede-ral de Alagoas (Ufal). Desde 1990, elas estudam as espé-cies nativas do nosso lito-ral. Realizaram descobertas, desenvolvem ações e, agora, catalogam todas as espécies encontradas durante os 21 anos de estudo.

Até o momento, as profes-soras afirmam ter listado 49 espécies de esponjas-do-mar, 13 de corais, 65 de brizoários (participam da construção dos recifes), 29 de hidrozoá-rios (como as águas-vivas), 51 de equidermos (como as estrelas-do-mar) e 35 de poli-

quetas (vermes do mar). Todas as análises foram feitas com a utilização de equipamentos óticos, instalados nos Labora-tórios Integrados de Ciências do Mar e Naturais (Labmar), situado em um prédio na Rua Aristeu de Andrade, bairro do Farol.

“A pesquisa teve início quando a Ufal conheceu o trabalho que desenvolvía-mos em Curitiba [PR] acerca dos organismos bentônicos [aqueles que ficam no fundo do mar]. A reitora, daquela época, nos convidou a reali-zar a mesma pesquisa aqui e decidimos vir. Quando chega-mos, nos deparamos com um local totalmente diferente, belíssimo, de águas mornas e repleto de ‘tesouros’ escon-didos nos recifes”, lembrou Mônica Dorigo.

“No entanto, t ivemos sérios problemas estruturais. Precisamos construir um setor na Universidade para desen-volver um estudo dedicado ao estudo dessas comunidades marinhas. Foi quando surgiu o Labmar, que passou quatro

meses em frente à Praça Sinimbú e depois foi transfe-rido para o atual prédio, que também abriga o Museu da História Natural”, completou

Hilda Sovierzoski.As professoras recordam,

com orgulho, que todos os equipamentos adquiridos são resultado da realização

de projetos, junto aos alunos do bacharelado, licenciatura e mestrado do Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde (ICBS), da Ufal. “Estávamos

empolgadas com a fauna de Alagoas. Muita coisa não era conhecida e existem novas espécies a serem descobertas”, enfatizou Dorigo.

Thallysson Alves

Desde 1990, as biólogas estão dedicadas às espécies marinhas alagoanas

A18 O JORNAL l MACEIÓ, 27 DE NOVEMBRO DE 2011 l DOMINGO

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Labmar

Biólogas acreditam que ainda

existem espécies para serem

descobertas em nosso litoral

Esponjas de fogo,

típicas do nosso litoral

O que há escondido nesse mar?PESQUISA

Ufal é pioneira no estudo de esponjas em AL

Comunidades bentônicasSão grupos compostos por espécies de animais e vegetais aquáticos que vivem, pelo menos em parte de seu ciclo de vida, no substrato de fundo de ecossistemas aquáticos – rios, lagos, oceanos, etc. Esses seres estão unidos a uma variedade de componentes orgânicos e inorgânicos que auxiliam o desenvolvimento dos organismos.

Morar perto da praia ainda é status social

Apesar de serem pesqui-sadoras, ambas não estão restritas ao estudo científico. Campanhas de educação ambiental já foram executa-das pelas biólogas com apoio de entidades municipais, estudais e federal. Entretanto, devido à falta de interesse de alguns órgãos, elas decidiram se afastar das ações para se dedicarem aos estudantes.

“Infelizmente, os alagoa-nos carregam uma tradição cultural que não valoriza as riquezas naturais do Estado. Foi através de alguns estudos de impacto ambiental que participei executados pelo Ministério Público Federal [MPF], onde presto consulto-ria, que tive essa conclusão. Às vezes querem fazer um empreendimento encima de locais destinados à restinga, mangue – áreas de preserva-ção permanente. Outras vezes presenciei o descuido daque-les que habitam um imóvel próximo à praia, pois acre-ditam que, por pagarem um imposto mais alto, não preci-sam se preocupar com o lixo e esgoto que descartam. Foram muitas as situações, que para alguns já caiu na rotina”, disse Mônica Dorigo.

Para as pesquisadoras, os alagoanos não gostam de praia, mas, por questão de status, hoje sonham morar de frente ao mar. “No entanto, não são educados para preser-var a costa. Enxergam a beleza do oceano como algo que pode aquecer a economia da região, que quanto mais aque-

cida, mais prejuízos naturais dão a praia, que não conta com uma fiscalização presen-cial empenhada a sua preser-vação”, falou Dorigo. “Por isso eu defendo que o desrespeito ao meio ambiente é culpa de todos. Da população e do governo, que ainda pouco se dedica ao meio ambiente”, destacou.

“É preciso fazer a popu-lação apreciar sua zona costeira, os animais que habi-tam o campo e a flora enrai-zada em nossas terras. Os alagoanos precisam desco-brir – e não apenas conhe-cer – a importância de um ecossistema preservado, sem qualquer interferên-cia humana. É necessário que entenda, também, que temos as mesmas necessida-des ambientais. Várias foram vezes que encontrei uma quantidade de comida, no lixo, que podia matar a fome de muita gente, mas não foi dada porque ainda existe a cultura de separar a comida dos patrões daquela inge-rida pelos empregados. Um absurdo”, lamentou a consul-tora do MPF.

“Alagoas é um lugar belís-simo e as poluições que exis-tem são todas orgânicas. Então não é tão complexo preservar esse paraíso que habitamos. Basta respeitar-mos as matas, os rios e o mar. E entender que toda modi-ficação, gera uma transfor-mação que pode destruir os nossos planos”, disse Mônica Dorigo.

Labmar

Page 19: OJORNAL 27/11/2011

Rodovia estadual será transformada em avenida, e novo projeto deve ser entregue no dia 13 de dezembro

IZABELLE [email protected]

Desde a construção até a liberação de parte da duplicação da AL-

220, localizada no períme-tro urbano do município de Arapiraca, muitos problemas foram detectados não só pela população, mas pelos repre-sentantes da justiça e vereado-res de Arapiraca. Ao todo, são

seis quilômetros de rodovia.As obras de duplicação da

rodovia já duram cerca de um ano e meio e têm sido alvo de muita polêmica. No projeto original da obra, não constam a construção de passarelas, e nem a colocação de postes de iluminação. Além disso, os retornos colocados não estão contemplando as entradas e saídas da Unidade de Emer-gência do Agreste, Corpo de Bombeiros de 3º Batalhão de Polícia Militar.

Ap ó s a l i b e r a ç ã o d a primeira etapa da obra, vários problemas começara a surgir. Sem sinalização adequada, muitos acidentes foram regis-trados, principalmente no

trecho entre a Unidade de Emergência e o 3° Batalhão de Polícia Militar, onde as áreas de acesso não existe. Além disso, em alguns locais, partes do asfalto recém colocado, não resistiu ao grande fluxo de carros e abriu buracos.

Para tentar reduzir os problemas, a Secretár ia de Planejamento, Helena Moreira, propôs que a rodovia fosse tratada como avenida, em uma reunião entre Prefei-tura, Departamento de Estra-das e Rodagens de Alagoas (DER), Ministério Público e Corpo de Bombeiros, ocorrida na manhã de ontem, na sede do Mistério Público Estadual. Porém, para tal, será feito um

convênio administrativo entre a prefeitura e o DER.

Segundo os representan-tes do DER, a transformação

da rodovia em avenida só será possível através de um convê-nio administrativo, firmado entre o Estado e a Prefeitura de Arapiraca.

A partir deste convenio, a via seria administrada pela Prefeitura de Arapiraca em parceria com o Estado. Para a secretária municipal de plane-jamento Helena Moreira, a responsabilidade de manu-tenção da via seria dos dois órgãos, o município não teria recursos financeiros para arcar sozinho com a demanda.

Durante a reunião, Helena Moreira, disse que já foi elabo-rado um estudo dos pontos crít icos encontrados no projeto em execução. O estudo

detectou problemas nos seguintes pontos: fechamento do acesso à Avenida Ceci Cunha; entradas e saídas livres para o Corpo de Bombeiros, 3º Batalhão de Polícia Militar e Unidade de Emergência, onde também não existe travessia para pedestres; acesso aos bairros da Massaranduba, Bonsucesso, Planalto, Santa Edwirges e Arnon de Mello, onde existe um grande cresci-mento habitacional, além do fluxo de motoristas é intenso.

A partir da apresentação dos problemas, foi proposta a elaboração de um novo projeto, com a participação do DER e dos engenheiros da prefeitura.

Fotos: Izabelle Targino

A19

"Já foi elaboradoum estudo para detectar os pontos críticos encontrados no projeto"

HELENA MOREIRASecretária de Planejamento

O JORNAL l MACEIÓ, 27 DE NOVEMBRO DE 2011 l DOMINGO

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Trabalho de duplicação da

rodovia está avançado

Duplicação terá novo projeto AL 220

Com a proposta de tratar a rodovia AL- 220 agora como avenida, o novo projeto vai dispensar a construção de passarelas, com custo orçado em R$ 1,4 milhão e um dos problemas encontrados na obra e que não constam no projeto original, por traves-sias com faixas de pedestres e semáforos nos mesmos locais dos retornos. Para algum outro local onde houver fluxo de pedestres, seriam instala-dos semáforos com botões de controle de pedestre.

Para o acesso a Unidade de Emergência, o promotor André Chalub propôs não a colocação de retorno, mas entrada e saída específica. O

promotor destacou ainda a importância de ter o acesso rápido à unidade de emergên-

cia, já que o fluxo é intenso. "Diariamente, em Arapiraca, são registrados, em média, 25

atendimentos de acidentes com moto. O fluxo na UE é grande", disse o promotor.

Sobre a elaboração do novo projeto para a via, a secretária de planejamento, Helena Moreira, destacou a importância ser aproveitado o máximo do que já está feito e que demandou uma grande quantia de verba pública. "Um projeto ideal, com tudo o que foi discutido, traria um desperdício de todo o dinheiro público que já foi investido na obra. Então, temos que pensar o novo projeto aproveitando o máximo que puder, sempre pensando na segurança da população", diz a secretária. I.T.

Além das t ravess ias, tanto a prefeitura, quanto o ministério público pendem a implantação de postes de iluminação em toda a exten-são da rodovia. Neste quesito, o impasse se dá na ques-tão financeira. Na primeira reunião, realizada no dia 18, foi apresentado um projeto de iluminação orçado em R$

1.600 milhões, o que neces-sitaria de licitação. O DER colocou que por se tratar de rodovia, o projeto original não inclui iluminação e que o investimento agora é muito alto.

A secretária de plane-jamento, Helena Moreira, alega que a prefeitura não teria como arcar com este

investimento sozinha, e que no lugar já existiam postes que foram retirados e não foram repostos. "A iluminação existia antes e os postes foram retirados. Então os custos não devem ser apenas da prefeitura", disse Helena.

Porém, para o ministério público, iluminação é ques-

tão de segurança e tem que ser feito. "Numa cidade que é a primeira em violência no estado, que o Governa-dor está investido em segu-rança, implantando projetos na cidade, como não ter não pensar em ilumina-ção? É questão de segurança pública" , disse o defensor público André Chalub. I.T.

Reunião discutiu a inclusão de modificações no projeto inicial da duplicação

Novo projeto da obra será elaborado pelo DER

Iluminação na rodovia AL-220 ainda é impasse

Promotor estabelece prazo para entrega

Após horas de debate e apresentados os proble-mas, o promotor de justiça Geraldo Magela, que presi-diu a reunião, estabelebeu que os engenheiros do DER, juntamente com os técni-cos da prefeitura, deve-rão se reunir quarta-feira (30), para traçar um projeto que contemple todos os pontos abordados durante a reunião.

Serão definidos os pontos de retorno, entradas e saídas

e travessias, tudo com base no estudo realizado pelos engenheiros da prefeitura de Arapiraca.

No dia 13 de dezembro haverá uma outra reunião com todos, onde o DER vai apresentar o novo projeto, com soluções para os pontos críticos abordados, já com preço e orçamento. Para esta reunião está previsto a assi-natura de um Termo de Ajus-tamento de conduta entre as partes. I.T.

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Fonoaudióloga fala sobre metodologia Hanen, que auxilia no tratamento deproblemas de fala

SUMAIA [email protected]

Envolver cuidadores, pais e outros familiares no tratamento de proble-

mas de fala e atrasos de lingua-gem. Esse é o norte do método Hanen, idealizado em meados dos anos 70, no Canadá, e novidade no Brasil. A fonoau-dióloga Natália Spinelli, que vem disseminando o conceito em todo o Brasil desde 2010, falou sobre o assunto em uma palestra que ocorreu ontem, na Universidade Federal de Alagoas (Ufal).

O m é t o d o, s e g u n d o Spinelli, já é amplamente reconhecido na Europa e Estados Unidos. Ele é utili-zado para tratar crianças em idade pré-escolar ou escolar, entre diversos problemas de linguagem que podem surgir no período, desde atrasos mais

leves até o autismo. Para lidar com essas condições, o trata-mento vai além de exercícios mecânicos para correta enun-ciação das palavras.Ela explica que os métodos voltados exclusivamente para o desen-volvimento das habilidades motoras da fala são também utilizados no tratamento, mas ele só entra em jogo em um momento posterior. Inicial-mente, é preciso desenvolver a comunicação com o outro, a capacidade da criança de mostrar com clareza o que quer, o que precisa. “Fonoau-diólogas não são capacitadas para tratar questões psicoló-gicas, mas de certa forma lida-mos com a parte emocional, porque trabalhamos a relação com o outro”, explica.

Mas esse processo fica incompleto quando é feito somente no consultório. Por isso a importância de levar para dentro de casa o método Hanen. “Não conseguimos avançar se não for dada conti-nuidade ao tratamento pelos pais, que são realmente os educadores da criança. A gente não consegue fazer milagre sozinha”, argumenta Natália.

O Instituto Cidadão anunciou na tarde d a ú l t i m a s e x t a -

-feira os cinco vencedores do Prêmio José Aprígio Vilela de Gestão Pública Responsá-vel e Empreendedora após a conclusão dos trabalhos das equipes técnicas encarrega-das do julgamento. Em 2011 os municípios agraciados com o troféu e o “Diploma da Cidadania” são: Arapiraca, Atalaia, Cajueiro, Junqueiro e Piranhas.

O “Prêmio José Aprí-gio Vilela de Gestão Pública Responsável e Empreende-dora”, na sua terceira versão tem como objetivo selecio-nar cinco municípios com destaques positivos nas áreas de desenvolvimento social, geração de emprego e renda, participação comunitária, administração moral e legal, saúde, educação e apoio ao micro e pequeno empre-sário. Ao adotar o nome do empresário José Aprígio Vilela como patrono, o Instituto Brasileiro de Municipalismo, Cidadania e Gestão – Instituto Cidadão- presta uma home-

nagem a uma figura reconhe-cidamente admirável, com inestimáveis serviços presta-dos ao Estado de Alagoas.

O regulamento que disci-plina o Prêmio José Aprígio Vilela tem a preocupação em preservar a gestão pública com responsabilidade. Tanto que em um de seus artigos estabelece que “Não poderá participar da seleção qual-quer município cujo admi-nistrador esteja denunciado pelo Ministério Público por improbidade administrativa, indiciado por órgãos de segu-rança ou cujas contas tenham sido rejeitadas pelo Tribunal de Contas ou outro órgão de controle externo”.

Uma Comissão Especial de Atividades Institucio-nais durante vários meses levantou os dados de todos os municípios para análise técnica da escolha.

O prêmio é conferido anualmente a 05 (cinco) muni-cípios que tenham obtido no exercício destaques positivos nos itens: Desenvolvimento Social;Geração de Emprego e Renda; Administração Moral e

L e g a l ; P r o g r a m a s d e S a ú d e ; P r o g r a m a s d e E d u c a ç ã o ; P r o j e t o s d e Apoio ao Micro e Pequeno

Empresário; Administra-ção Empreendedora; Gestão Participativa, Defesa e Preser-vação do Meio Ambiente.

Tratamento desenvolve a falaATRASO DE LINGUAGEM

Decreto de Emergência

A20 O JORNAL l MACEIÓ, 27 DE NOVEMBRO DE 2011 l DOMINGO

[email protected]

Passar da normalidade ao problema quando o assunto é aprendizado da criança é complicado: a idade com que os bebês aprendem certas coisas mudam de acordo com seus interesses e suas interações, e em diver-sos casos a demora em falar é encarada normalmente, mesmo depois dos dois anos. “A mãe pensa: ‘mas o filho da vizinha começou a falar quando tinha quatro anos’. Mas não é bom esperar tanto tempo”, esclarece a fonoau-dióloga.

Natália afirma que já é possível identificar alguma d i f i c u l d a d e q u a n d o s e passou um ano e meio, dois anos, e a criança ainda não falou as primeiras pala-vras, têm dificuldade em balbuciar, em demonstrar o que quer. Caso os pais não procurem logo o motivo da dificuldade, o atraso poderá se transformar em distúrbio, segundo ela, e causar proble-mas a longo prazo, tanto no campo cognitivo como social.

“Na escola, aumenta a

probabilidade da criança ter algum tipo de distúrbio de aprendizado, como disle-xia, ter dificuldade para ler, para entender o professor. E influencia também na própria comunicação social; no futuro, ela vai se tornar uma pessoa mais introver-tida, com problemas de expressão”, alerta.

QUALIFICAÇÃOPara que as pessoas sejam

capacitadas a trabalhar com o Hanen, o tradicional é um curso de seis meses, mas ela

conta que é possível fazer uma capacitação intensiva: uma vez por mês, durante o dia todo, durante igual perí-odo. Por enquanto, Nata-lia diz que não há no Brasil organizações que promo-vam gratuitamente cursos ou palestras a respeito do método, com exceção da Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD) de São Paulo. “Mas a partir de 2012 a AACD de Recife vai passar a oferecer algu-mas atividades gratuitas”, contou. S.V.

Como identificar atraso de linguagem?

Secretaria de Educação divulga

A lista das escolas que serão reforma-das em caráter de

urgência será divulgada na próxima terça-feira (29). O secretário de Educa-ção e do Esporte, Adriano Soares apresentará ainda o resultado do levantamento físico das unidades de ensino, dentro do que está previsto pelo Decreto de Urgência Administrativa, assinada pelo governador Teotônio Vilela Filho.

Na o c a s i ã o, s e r ã o apresentadas as etapas e projetos na área de infra-estrutura a serem executa-dos, para que toda a rede estadual seja atendida até dezembro de 2012.

E n t re a s u n i d a d e s contempladas estão as escolas estaduais Dom Constantino Luers e João Fe r n a n d e s V i e i ra , d e Campo Alegre; Costa Rêgo, de Arapiraca; Rosalvo Lobo, de Maceió, e o Centro

Educacional e de Pesqui-sas Aplicadas (Cepa). Na reunião de trabalho, deve-rão estar presentes cerca de 800 professores e servi-dores da Educação.

FOCCO O levantamento e a lista

de escolas também serão apresentados ao Fórum de Combate à Corrup-ção de Alagoas (Focco) no dia 13 de dezembro. O Focco é composto por 28 instituições representan-tes do poder público e da sociedade civil, entre elas, Advocacia Geral da União, Controladoria Geral da União, Polícia Federal, Ministério Público Fede-ral, Tribunal de Contas da União, Associação Alagoana de Magistra-dos (Almagis), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/AL) e o Sindicato dos Traba-lhadores de Educação de Alagoas (Sinteal).

Anunciados os vencedoresPRÊMIO JOSÉ APRÍGIO VILELA

Sobre o HanenFundada há mais de 35

anos, o Centro Hanen é uma organização canadense com alcance mundial. A missão do Hanen é fornecer aos pais, cuidadores, educado-res infantis e fonoaudiólo-gos com o conhecimento e o treinamento necessários para ajudar todas as crianças pré-escolares e escolares a desenvolver a melhor lingua-gem possível, habilidades sociais e de alfabetização, incluindo as crianças com ou em risco de atrasos de lingua-gem e aqueles com trans-tornos de desenvolvimento, como Transtorno do Espec-

tro do Autista, incluindo S í n d ro m e d e A s p e rg e r. A metodologia do Hanen oferece programas que ensi-nam os pais, cuidadores e educadores como promover o desenvolvimento da lingua-gem das crianças durante as atividades cotidianas, comu-nicação social e do processo de alfabetização.

O Hanen capacita fono-audiólogos / terapeutas para ministrar Programas Hanen e usar abordagens e técnicas com enfoque na metodologia Hanen aplicadas nas ativida-des de vida diária com as famí-lias e os professores.

Entrega da Comenda Dom Hélder Câmara

Na mesma ocasião da entrega do Prêmio José Aprí-gio Vilela de Gestão Pública Responsável e Empreende-dora, várias personalidades e instituições públicas e priva-das deverão ser agraciadas

com a “Comenda do Mérito Dom Hélder câmara”, outra honraria conferida pelo Insti-tuto Cidadão dentro de seus princípios de defesa da cidada-nia e apoio a atividades volta-das para o interesse público.

Fonoaudióloga Natália Spinelli

dissemina o conceito no Brasil

Page 21: OJORNAL 27/11/2011

A21O JORNAL l MACEIÓ, 27 DE NOVEMBRO DE 2011 l DOMINGO

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Larissa Fontes

Da fantasia a uma renda extraEncarar o personagemnos centros de compras pode renderum salário deaté R$ 3 mil

ELISANA TENÓ[email protected]

Quem disse que Papai N o e l n ã o g a n h a dinheiro? No mundo

imaginário das crianças, a imagem do bom velhinho está 100% associada à magia, ao sonho, ao desejo realizado, afinal, ele tem todos os brin-quedos do mundo para distri-buir. Porém, no mundo real dos adultos, o senhor que veste roupas vermelhas e possui barba imensa, na verdade, se fantasia nos últimos 30 dias do ano para conseguir uma renda extra e, assim, garantir incre-mento no orçamento familiar.

E entre abraços, beijos, carinhos e conselhos, o homem vestido de Papai Noel consegue garantir o 13º salário, ou mesmo, o 14º, no

caso dos trabalhadores que possuem emprego formal.

O mercado do Papai Noel começa a ser despertado em Alagoas. Se for comparar com outras capitais, o negócio aqui ainda estar engatinhando. Contudo, como tradição é tradição, os dois maiores shoppings centers da cidade não abrem mão de sua ajuda como forma de incentivar às vendas.

Lojistas e gerentes de segmentos variados afirmam que a presença dos papais noéis fazem com que cente-nas de famílias se desloquem para os centros de compras apenas para vê-los, tocá-los e fazer pedidos. “Algumas vezes, as pessoas vêm apenas passear a pedido das crianças, mas terminam, pelo menos, lanchando. Em outras opor-tunidades, querem comprar e, é claro, a figura do bom velhi-nho ajuda bastante”, afirma a gerente Maria Marisa Araújo.

O Maceió Shopping - foi o pioneiro na contratação de papai noel. Nos últimos 9 anos quem exerce essa função é o

autônomo Jailson Alves Basil, de 39 anos. Ele é considerado um “papai noel profissional”. Por isso, conquistou o respeito e a admiração do pequeno, mas promissor mercado local. A conseqüência é que ele ganha rendimentos acima da média.

O “bom velhinho” não

revela números exatos, mas confessa que o trabalho extra irá proporcionar um bom rendimento. Mesmo sem falar em cifras, ele fez a seguinte comparação: no seu trabalho de marceneiro autô-nomo, Jailson tira, em média, R$ 1 500,00 e como Papai Noel, revelou que conseguirá

tirar o 13º, portanto, ele está ganhando, no mínimo, R$ 1.500,00.

Para o mercado de Maceió, dizem os especialistas, o salário está sendo conside-rado mais que razoável. “Ser Papai Noel representa muito mais do que receber um bom salário. Sinto-me grati-

ficado quando crianças, e até mesmo adultos, se aproxi-mam para falar comigo, pedir presentes, contar segredos. Acho que é um dom! É preciso muito amor e dedicação para não deixar a magia do Natal morrer”, declara.

Continua na página A22

PAPAI NOEL

Papai Noel do MaceióShopping: há 9 anos, JailsonAlves encanta as crianças

Ator, educador e desempregado,

Fábio Serdim é o Papai Noel dos

Correios pela primeira vez

Page 22: OJORNAL 27/11/2011

O salário recebido pela função é bruto, já que a vesti-menta e o lanche ficam por conta de quem o está contra-tando. Jailson Alves conta que recebeu ajuda de custo do shopping para montar a roupa. Só a longa barba, que é de cabelo sintético, custa algo em torno de R$ 300,00. Os óculos de faz-de-conta custaram R$ 90,00. Já a roupa vermelha de cetim saiu por um pouco mais de R$ 300,00. “Tudo ficou por aproximada-mente R$ 800,00”, frisou.

O figurino caprichado nos detalhes associado ao par de olhos azuis proporciona um visual bonito e carinhoso. “Sinceramente, gosto muito do que faço. Tudo começou há 15 anos, em uma brincadeira na escolinha de minha filha, e até hoje estou aqui levando a magia do Natal para famílias inteiras. Faço tudo com tanto amor e dedicação que Deus faz com que o Papai Noel também me traga presentes”, diz.

PELA PRIMEIRA VEZÉ a primeira vez que o

motorista Genival Castro dos Santos, 33 anos, se trans-forma em papai Noel. Um amigo o convidou para fazer o teste baseado em seu perfil. “Sorriso”, como é conhecido, tem fama de bem-humorado e paciente.

Convite aceito, teste apro-vado, ele começou, desde o último dia 11, em seu novo

emprego. Das 16h às 22h, até o próximo dia 24 de dezem-bro, ele poderá ser visto cami-nhando nos corredores do Shopping Pátio ou sentado, em um imenso trono verme-lho, cercado de crianças.

Pe l a m a n h ã , p o r é m , Sorriso continuará exercendo suas funções de motorista, das 7h às 13h, em uma empresa de

telecomunicação. “O traba-lho como Papai Noel dobrou a minha renda. Digo que será meu 14º salário”, declara.

Como planos para o futuro, ele pretende deixar o salário extra depositado na poupança para alguma priori-dade que surja em 2012. “Esse trabalho foi um presente de Natal, foi o Papai Noel que trouxe para mim. Estou adorando! É muito bom ver o brilho nos olhos das pessoas, principalmente das crian-ças, quando se aproximam e olham para mim. Estou aprendendo muito!”. E.T.

A22

"O trabalho de Papai Noel dobrou minha renda. Digo que será meu 14º salário"

GENIVAL CASTRO DOS SANTOSMotorista e Papei Noel pela primeiravez na vida

O JORNAL l MACEIÓ, 27 DE NOVEMBRO DE 2011 l DOMINGO

[email protected]

"Sorriso" encarnando o

papel de Papai Noel de

um centro de compras:

jornada de seis horas

diárias até o dia 24 de

dezembro

BRASIL-ÁFRICA

Boa imagem impulsiona projetos

O Brasil está realizando importantes inves-timentos na África,

onde é visto com simpatia por compartilhar parte de sua identidade cultural com o continente negro.

O Brasil foi o convidado de honra do fórum de coope-ração América do Sul-África (ASACOF) que foi realizado esta semana em Malabo (Guiné Equatorial) com a participação de 55 países, no qual o modelo ocidental de desenvolvimento foi criticado.

A aproximação com a África recebeu um forte impulso durante a presidência de Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010), que fez dez visitas ao continente. No mês passado, Dilma Rousseff visitou África do Sul, Moçambique e Angola e enviou o chanceler Antônio Patriota a Malabo.

O Brasil deixou de ser aos olhos dos africanos um mero sinônimo de futebol e samba e se tornou um modelo de

desenvolvimento.A Petrobras e a mineradora

Vale são dois gigantes muito ativos na região.

Em Moçambique, país lusófono, a Vale investiu 1,7 bilhão de dólares na mina de carvão de Moatiza (noro-este) e pretende investir mais 2 bilhões em outros proje-tos. Suas atividades empre-gam cerca de 10.000 pessoas, incluindo uma rede de empre-sas terceirizadas.

No Gabão, a Vale ficou fora do projeto Belinga, uma grande jazida de ferro, mas ainda não se deu por vencida, já que a exploração conce-dida inicialmente a consór-cios chineses foi suspensa por motivos atribuídos tanto à crise mundial como às dúvi-das das autoridades do país.

Muitas outras empresas menos conhecidas buscam oportunidades no continente africano em setores diversos, como o de obras públicas, o da indústria farmacêutica, o

da aeronáutica e o de geração de energia.

ARGUMENTOSEntre seus argumentos se

destacam a perícia técnica em condições semelhantes às da África, sejam climáticas ou humanas.

Mas, para a África, o Brasil é antes de tudo um aliado que pode contrabalançar a influ-ência de Europa e Estados Unidos.

“Sou a favor de uma coope-ração Sul-Sul, temos que trabalhar (juntos)”, afirmou o chanceler nigeriano, Olug-benga Ashiru, no início do fórum de Malabo, na quinta--feira.

“A influência e o dina-mismo econômico do Brasil devem ser vistos como algo positivo. Brasil e China mostraram à África que o desenvolvimento é possível”, destacou o ministro de Zonas Econômicas Especiais do Congo, Alain Akouala Atipault.

Investimento na "profissão" compensa

Brasileiros se sentem próximo aos africanosO embaixador de Burkina

Faso em Brasília, Alain Jean Gustave Ilboudo, constata que “neste momento há uma dinâmica muito perceptível de interesse do Brasil pela África”, com ampla mobiliza-ção de brasileiros em temáti-cas de origem africana.

“Os brasileiros se sentem próximos da África, ao contrá-rio dos chineses”, ressalta.

As relações conjugam projetos de investimento e trocas comerciais.

O Brasil exporta açúcar para a Nigéria e é o terceiro maior importador de petróleo nigeriano, atrás dos Estados Unidos e da Índia.

Também há consultas para a privatização da rede elétrica do gigante africano.

O comércio entre Brasil e África saltou de 4,2 bilhões de dólares em 2000 para mais de 20 bilhões anuais em setem-bro passado, com exporta-ções de 8,7 bilhões de dólares (principalmente bens manu-

faturados) e importações no valor de 11,6 bilhões (princi-palmente matérias-primas), segundo números oficiais do Ministério da Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior.

Um alto funcionário sene-galês considerou, no entanto, que Dilma parece dar menos atenção à África do que Lula.“Assim como Lula era internacionalista, ela parece mais ocupada com proble-mas internos”, comentou.

Page 23: OJORNAL 27/11/2011

A23O JORNAL l MACEIÓ, 27 DE NOVEMBRO DE 2011 l DOMINGO

[email protected]

Para este ano, o governo federal

disponibilizou para Alagoas

cerca de 25 mil cotas do seguro

Acessibilidade no setor turístico

Tarifa branca

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou, na semana passada, a criação da “tarifa branca”. Ela prevê a aplicação de valores diferenciados

dependendo do horário de consumo. Com a mudança, os consumidores que utilizarem energia fora dos horários de pico terão tarifas mais baratas. A nova modalidade induz, claro, o uso racional da energia e, consequentemente, reduz o valor da conta de luz. A mudança do sistema de tarifa atual para o da tarifa branca é opcional e depende da instalação de medidores eletrônicos, também chamados medidores inteligentes. O novo modelo tarifário não será aplicado à iluminação pública, nem aos consumidores de baixa renda.

Thiago [email protected]

EspaçoConsumidor

PROCON ALAGOAS - RUA DR. CINCINATO PINTO, 503, NO CENTRO DA CAPITAL. ATENDI-MENTO GRATUITO PELO NÚMERO 151. MANDE SUA DENÚNCIA, DICA OU DÚVIDA PARA A COLUNA ESPAÇO CONSUMIDOR. TODOS OS DOMINGOS, EM O JORNAL.

Mais uma vez o Procon/AL investe em um evento voltado à discussão sobre a acessibilidade aos portadores de necessidades especiais. Está marcado para a sexta-feira desta semana (2 de dezembro), das 8h às 13h, no auditório da Fits, em Maceió, o II Seminário de Acessibilidade nas Relações de Consumo. O evento tem a parceria da Frente Parlamentar para pessoa com Deficiência da Câmara dos Deputados e faz parte das comemorações do Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, e tem como tema: “Alagoas quer um turismo acessí-vel”. As inscrições podem ser feitas até o dia 1º de dezembro, pelo site: http://www.procon.al.gov.br/formulario ou na sede do órgão, no endereço abaixo. Para validar a inscrição o participante deve levar um brinquedo com o selo do Inmetro no ato do credenciamento. As vagas são limitadas e serão emitidos certificados de participação.

Encomenda internacionalVai fazer uma encomenda em outro país e precisará da ajuda dos Correios? É bom se ligar nestas dicas: compre somente com vendedores que mandam a encomenda rastreada; jamais compre entre 15 de novembro e 15 de janeiro, pois nesta época os Correios ficam completamente atolados e a quantidade de encomendas que são furtadas ou somem aumenta muito. Este é o famoso apagão postal que acontece todo final de ano; e evite comprar produtos eletrônicos mais populares, pois eles são os mais furtados. Tomando estas precauções, você ficará mais tranquilo.

Caminho para reclamarE por falar nos Correios, caso aconteça algum problema e você é o destinatário se sentiu prejudicado de alguma maneira, tenha sempre em mãos os dados completos do remetente. Se for necessário, entre em contato com ele – reme-tente – e procure saber o nome e endereço completos, incluindo essencial-mente o CEP, além do telefone, do peso da encomenda e preço da postagem. Depois disso, acesse o site dos Correios (correios.com.br, no link Fale com os Correios). Vale ressaltar, por experiência própria, que não adianta reclamar pelo telefone, já que o atendimento precisará do registro da ocorrência no site. Portanto, vá logo ao caminho certo.

Não se iludaPara os que vão comprar os artigos que compõem a ceia de Natal, o Procon pede que os consumidores fiquem atentos às estratégias de marketing como, por exemplo, disposição de uma marca de produto em oferta em corredores centrais, distante das gôndolas que contenham o mesmo produto com marcas diferentes. Essa manobra faz com que o consumidor deixe de comparar o preço desse produto com os demais, de outros fabricantes. Por isso, não se iluda com as embalagens, pois nem sempre são mais baratas proporcional-mente, faça sempre a relação preço-quantidade.

Tênis esportivos reprovadosOs tênis adultos, modelos esportivos, das marcas Diadora e Reebok foram reprovados em análise recente feita pelo Inmetro que avaliava a resistência do calçado à flexão. Após Ele pode sofrer danos caso fosse submetido a algum tipo de flexionamento – como descolagem das laterais ou quebra das palmi-lhas de montagem. A dica dos órgãos de proteção e defesa do consumidor é para que os clientes avaliem não só características como o design, preço, marca e cor, mas, sobretudo pontos que lhes permitam, em qualquer circuns-tância, proteger o seu pé sem prejudicá-lo ou causar-lhe qualquer dano.

Produtores já podem fazer as inscriçõesPrograma está disponível para pequenos agricultores de 38 municípios do semiárido alagoano

ASCOM SEAGRI

Os agricultores familia-res de 38 municípios do Semiárido alago-

ano já podem se inscrever no Programa Garantia Safra para o ano agrícola 2011-2012. Para isso, é preciso procurar os técnicos de extensão rural da Secretaria de Estado da Agri-cultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri).

O prazo para inscrição vai até março de 2012 e, segundo o coordenador estadual do programa em Alagoas, José Antônio dos Santos, o Estado tem 25 mil cotas para esse período.

“Após a inscrição, haverá um período para o agricultor fazer a adesão, que é quando

ele recebe da Secretaria Muni-cipal de Agricultura um boleto no valor de 1% do seguro, que será de R$ 6,80”, informou o coordenador.

Em caso de perda de 50% ou mais da plantação, provo-cada por seca ou excesso de chuva, cada agricultor vai receber um seguro no valor

de R$ 680, dividido em quatro parcelas. “Ele recebe o valor com o cartão cidadão, em Casas Lotéricas”, explicou José Antônio dos Santos.

O Garantia Safra cobre as culturas de feijão, milho, algo-dão, arroz e mandioca, desde que cultivadas em áreas que variem entre 0,6 e 10 hectares,

sem irrigação, em municípios do Alto e Médio Sertão, Bacia Leiteira ou Região Agreste.

Além do agricultor, o município e o Estado também fazem adesão ao programa. Por cada produtor que fizer a adesão, o município contri-bui com R$ 20,40, e o Estado contribui com R$ 40,80.

O seguro de R$ 680 é pago em caso de perda de, no mínino, 50% da produção por seca ou excesso de chuva

GARANTIA SAFRA

Coordenação faz avaliação dos laudosSegundo o coordena-

dor do Garantia Safra em Alagoas, José Antônio dos Santos, 20 municípios comu-nicaram ocorrência de perda da lavoura no ano agrícola 2010-2011. “Esses laudos de perda estão sendo avaliados pela coordenação nacional do programa, que vai checar essas informações de acordo com os dados do Instituto Nacional de Meteorologia e do IBGE”, frisou.

Se houver confirmação de perda pela coordenação nacional, os agricultores vão receber R$ 640 cada um (o valor de R$ 680 começa a valer para o ano agrícola 2011-2012). “Esse é um dos programas que mais desti-nam recursos para o agricul-tor familiar, que vai ajudá-lo a ressarcir suas perdas e movi-mentar a economia do muni-cípio”, lembrou José Antônio dos Santos.

TELEFONIA

Tributos já somam R$ 34,2 bi este ano

Nos nove primeiros meses deste ano, os consumidores paga-

ram mais de R$ 34,2 bilhões em tributos que incidiram nos serviços de telefonia fixa e móvel e que impactaram diretamente nos preços destes serviços.

De acordo com o balanço, feito pela Associação Brasi-leira de Telecomunicações (Telebrasil), no acumulado de janeiro a setembro, a arreca-dação é equivalente a 43,2% da receita operacional líquida, de R$ 79,2 bilhões.

O balanço ainda mostrou que o Brasil tem a segunda maior carga tributária do mundo incidente sobre o valor

pago pelo usuário de serviços de telecomunicações. Em 2010, os tributos atingiram a mais alta taxa da história em um ano, de 44,2% sobre o valor tarifado pelo serviço prestado.

Do total de tributos arre-cadados nos nove primeiros meses de 2011, mais de R$ 23 bilhões foram de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), o mesmo que 10,9% do volume total recolhido pelos estados com o imposto.

Os preços dos serviços também têm embutidos os encargos setoriais, como o Fistel, o Fust e Funttel. No 1º semestre, o governo arreca-dou R$ 4,331 bilhões.

Page 24: OJORNAL 27/11/2011

A24 O JORNAL l MACEIÓ, 27 DE NOVEMBRO DE 2011 l DOMINGO

[email protected]ário

Novos empreendimentos

devem se adequar a moradores

mais idosos

RCINo último dia 24, o Hotel Radisson foi palco de mais uma reunião do intercâm-bio de férias RCI, um diferencial para quem é cliente do Iloa Vida em Família, produto da Vivendi Empreendimentos, que está sendo construído na Barra de São Miguel. A executiva de contas Luciana Kusuhara e o gerente de novos negócios Ronald Hargreaves ministraram as palestras e treinamentos para corretores e clientes, que conheceram mais da RCI e de como ela pode facilitar as vendas, além de tirar dúvidas em relação a este importante e exclusivo benefício. No final do evento, um cliente e um corretor foram premiados com um final de semana em um dos hotéis da rede.

ELEVADORES

A Coopercon-Brasil deu início a um processo nacional para compra conjunta de elevadores cremalheira. O objetivo é suprir a premente necessidade das construtoras no que se refere a esse tipo de elevador. As empresas interes-sadas devem procurar as Coopercons estaduais até o final de novembro deste ano para passar as informações necessárias. Nos estados em que não há Coopercon, as empresas devem entrar em contato diretamente com a Coopercon Brasil, por meio do email [email protected].

Da Redaçã[email protected]

Imóveis.Com

AUMENTO

O nível de emprego na construção civil brasileira cresceu 10,55% de janeiro a setembro 2011, com a contratação de 298.549 novos trabalhadores.

Só no mês de setembro, o setor contratou 31.536 pessoas com carteira assi-nada, o que resulta em alta de 1,02% em relação a agosto. Nos últimos 12 meses, foram 228.269 a mais (+7,87%). É o que mostra a pesquisa mensal feita pelo SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo) com a FGV.

NÚMEROS

Para o presidente do SindusCon-SP, Sergio Watanabe, o resultado demonstra que a construção civil continua crescendo, porém em um patamar menor em comparação ao ano passado. Ele destaca ainda que a taxa de desemprego na construção civil, nas principais regiões metropolitanas do Brasil, está em 2,3%. Com as novas contratações, a construção brasileira empregava um total de 3.128.006 trabalhadores com carteira em setembro. Destes, cerca de 1.596.864 estavam no Sudeste; 657.202 no Nordeste; 436.002 no Sul; 247.732 no Centro-Oeste e 190.206 no Norte.Em setembro, o emprego na construção cresceu em relação a agosto em todas as regiões.

Mercado imobiliário está de olho nos idososPesquisa mostra que as pessoas que fazem parte do grupo da 3ª idade estão na mira das construtoras

Se g u n d o d a d o s d o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

(IBGE), desde 1991 o número de idosos aumentou 2,6% e hoje a quantidade de pessoas com 65 anos, ou mais, ultra-passa os 14 milhões de pessoas. “Com as mudanças nas características demográ-ficas da população brasileira o mercado imobiliário tem que adequar constantemente”, ressalta Elizabeth dos Santos Silva Freitas, vice-presidente da Primar Administradora de Bens.

E os mais velhos vão engordar ainda mais as esta-tísticas, pois o IBGE afirma que a expectativa de vida dos brasileiros em 2020 será de 76,1 anos e em 2050 deve chegar a 81,3 anos. Para aten-der esta parcela da população o mercado imobiliário utiliza diferentes tipos de estraté-gia. “Levando em considera-ção as principais queixas dos idosos em relação à moradia, as construções passaram a ser planejadas de maneira que se adaptem as necessidades das pessoas da terceira idade e que sirvam também para outras faixas etárias”, destaca.

RECLAMAÇÕESEntre as reclamações de

quem vive a melhor idade estão à ausência de elevado-res e rampas nos prédios e edificações, acessos que difi-cultam a entrada nos imóveis, portas estreitas – o que difi-culta a movimentação de um idoso que utilize andador, bengala ou cadeira de rodas -, banheiros com poucos ou sem pontos de apoio para facilitar a hora do banho e a falta de pisos antiderrapantes. “Fechaduras sem alça, ilumi-

nação precária dos ambientes e áreas comuns que não são adaptadas para a circulação de idosos também estão entre as insatisfações”, aponta.

Os novos empreendimen-tos têm que se adaptar a reali-dade deste nicho de mercado, que além de exigente possui um nível de renda bem maior do que muitos jovens e adul-tos ativos economicamente. “A demanda é o que mais atraiu a atenção do mercado. Para não perder nenhum negócio há imóveis que não são feitos especialmente para os idosos, mas são constru-ídos pensando no futuro. Ou seja, os espaços são mais amplos e com a estrutura adequada para que na velhice dos proprietários eles já este-jam prontos para atendê-los”, observa.

É preciso considerar ainda as constituições familia-res contemporâ-neas, na quais moram sob o mesmo teto g e ra ç õ e s diferentes. “ M u i t o s i d o s o s m o r a m c o m s e u s filhos, netos e até bisne-tos. Em uma mesma mora-dia pode-se ter vários perfis, c o m c r i a n -ças e pessoas mais velhas ao m e s m o

tempo. Por este motivo os projetos estão mudando de perfil e se adequando para atender a diferentes idades de apenas uma só vez. Além disso, em qualquer etapa da vida todos buscam mais conforto e segurança”, pontua.

NOVO PÚBLICOConsiderado como um

público com alto potencial de compra, quem está na terceira idade também ganha alguns mimos em condomínios que estão de olho na qualidade de vida dos seus moradores mais velhos. “Muitos empreendi-mentos estão consolidando uma cultura de inclusão dos idosos e não apenas das crian-ças, jovens e adultos. Salões de

festas, piscinas e outras áreas comuns ganham áreas de circulação mais amplas e acessórios que facilitam a vida dos idosos. A capacitação dos funcionários para atender melhor os mais velhos é outra estratégia utilizada”, conta.

Todas estas alterações na estrutura e a qualificação profissional voltada ao aten-dimento dos mais velhos têm como objetivo evitar as quedas em ambientes domés-ticos, prestar socorro rápido em situações de emergên-cia e tornar o contato entre os profissionais e os idosos mais agradável. “Em geral as pessoas mais velhas gostam de atenção, gentileza e não tem tanta pressa. Por isso é fundamental que os funcio-nários saibam como lidar com este público, até mesmo pelas diferentes característi-cas, como o passo mais lento e o uso de cadeiras de rodas”, acrescenta.

FONTE: OBRA 24 HORAS

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com este público, até mesmo pelas diferentes característi-cas, como o passo mais lento e o uso de cadeiras de rodas”, acrescenta.

FONTE: OBRA 24 HORAS

SEM FIADORA Brasilcap – empresa que há 15 anos vem inovando no mercado de capitalização – desenvolveu um título que substitui a necessidade de um fiador na hora de locar um imóvel: o Cap Fiador. O lançamento em Maceió acontece no próximo dia 30/11, às 19 horas no hotel Radisson, em um coquetel para convidados.

PARÂMETROSDe posse dos quantitativos e demais informações, a Coopercon Brasil equali-zará tudo para formação de um pacote único. Além do preço serão analisados parâmetros de qualidade, legislação, garantia, assistência, localidade, etc. De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego, a utilização de elevadores de obra a cabo terá fiscalização intensificada e uso restrito, com provável proibição de uso para transporte de passageiros a partir de março de 2013.

Com gerações diferentes

morando sob o mesmo teto, as

construtoras precisam conside-

rar várias necessidades

Page 25: OJORNAL 27/11/2011

DoisB1O JORNAL l MACEIÓ, 27 DE NOVEMBRO DE 2011 l DOMINGO

[email protected]

ALESSANDRA [email protected]

Obviamente necessárias, as cobranças da sociedade alago-ana quanto à má conservação dos monumentos expostos nos logradouros e praças públicas de Maceió não são o

único ponto a ser observado quando se trata daqueles exempla-res que levam a marca da fundição artística francesa Val d’Osne. No mínimo curioso talvez, seja tentar descobrir como essas peças vieram parar aqui. Inclusive porque, de concreto – além da assi-natura de onde foram forjadas, gravada em cada uma –, pouco se sabe sobre elas.

A mais emblemática dessas esculturas parece ser mesmo a réplica da Estátua da Liberdade (fixada atrás do prédio do Museu da Imagem e do Som de Alagoas - Misa, no bairro de Jaraguá). Tida como um exemplar esculpido na Val d’Osne, sua história envolve mistério, idas e vindas e, provavelmente, um equívoco que já dura décadas.

Leia nas páginas B2 e B3.

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B1O JORNAL l MACEIÓ, 27 DE NOVEMBRO DE 2011 l DOMINGO

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Presença francesa em MaceióApesar de ser um dos símbolos mais conhecidos dos EUA, tanto a Estátua da Liberdade gringa quanto a nossa nasceram na França. Foi de lá também que veio um conjunto significativo de esculturas forjadas na fundição Val D’Osne, que fazem parte do acervo artístico da cidade. Hoje, O Jornal traz um pouco dessa história.

Após idas e vindas, Estátua da

Liberdade alagoana encontra-se

fixada por trás do Misa

Page 26: OJORNAL 27/11/2011

Rota da Liberdade pelas praças de MaceióA Estátua da Liberdade

chegou a Maceió em 1904 e, de lá para cá, movimentou-se entre alguns pontos da capi-tal alagoana. Logo quando foi trazida, passou a figurar no centro da praça hoje conhe-cida como Dois Leões.

Em 1918, a réplica alago-ana foi transportada para um pedestal atrás do prédio da então Recebedoria, hoje Museu da Imagem e do Som de Alagoas (Misa). “A mudança ocorreu no contexto de uma reforma da chamada ‘Ponte do Desembarque’, promovida no governo de Batista Accioli (1915-18). (...) À época, os navios fundeavam na ense-ada de Jaraguá e botes embar-cavam e desembarcavam os passageiros, tendo como apoio um cais de madeira e ferro que começava num ponto próximo ao prédio da Recebedoria e adentrava uns 150m no mar. Havia também uma casinha na Rua Sá e Albu-querque, entre a Recebedoria

e o trapiche ao lado, onde hoje está instalado um banco, que funcionava como bilheteria e alfândega”, disse o historia-dor Golbery Lessa no artigo

Maceió: entre a estátua da Liberdade e o Zeppelin, publi-cado no blog http://novoirisa-lagoense.blogspot.com/.

“A estátua, portanto, foi transportada para próximo da praia (que até 1940, ano de

inauguração do cais do porto, era muito mais próxima da Recebedoria, dos trapiches e da Associação Comercial) com uma intenção simbó-lica parecida com aquela que estava na base da construção de sua irmã norte-americana. A ideia era a de expressar um liberalismo conservador, mas de alguma forma aberto à incorporação econômica das massas, ao progresso da indústria, à ciência, ao racionalismo e ao comércio mundial”, descreveu.

Em 1939 foi construída a Praça do Centenário da cidade de Maceió. E, mais uma vez, o monumento histórico mudou de endereço.

“A mudança reafirmava a importância e o prestígio social do bairro do Farol, região então preferida pela burguesia. Foi o então prefeito Eustáquio Gomes de Melo, engenheiro udenista com especialização nos EUA e na Europa, quem convocou a

Estátua da Liberdade de Jara-guá para figurar no meio da nova praça, onde ficaria no centro de um espelho d’água, uma remissão à Ilha da Liber-dade, na qual se localiza a estátua norte-americana”, disse Golbery.

Durante o governo de Muniz Falcão (1956-60) e a gestão do prefeito Abelardo Pontes Lima (1956-60), “a dama da liberdade foi retirada da Praça do Centenário para dar lugar a uma estátua do general Góes Monteiro".

"(...) A então desprestigiada Estátua da Liberdade foi reme-tida para uma pequena praça construída na fronteira entre a Pajuçara e o Jaraguá, antes de ser devolvida, nos anos 1990, durante a gestão do gover-nador Ronaldo Lessa, ao seu pedestal, localizado por trás da antiga Recebedoria, naquele momento, já Museu da Imagem e do Som de Alagoas”, contou o historiador. A.V.

Continua na página B3

B2 O JORNAL l MACEIÓ, 27 DE NOVEMBRO DE 2011 l DOMINGO

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Verdadeira réplica estaria no Rio de JaneiroContudo, a estátua brasi-

leira a que Vera Dias se refere não é a que se encontra em solo alagoano. Segundo ela, em Vila Kennedy, no bairro carioca de Bangu, existe uma Estátua da Liberdade escul-pida pelo mesmo Frédéric Auguste Bartholdi, feita a partir da peça original que serviu como modelo para aquele que é o mais impor-tante cartão-postal de Nova York.

“A estátua que hoje está em Vila Kennedy foi uma encomenda a Bartholdi pela família Paranhos, em 1899, dez anos após a Proclamação da República do Brasil. Não se sabe quando exatamente a peça chegou ao País, mas é fato que ela foi instalada inicialmente na residência de José Maria da Silva Paranhos, o Visconde do Rio Branco, na Avenida Pasteur, 206, Rio de Janeiro. Trata-se de uma peça em liga de níquel”, defende Vera.

Para ela, a existência hoje de uma peça em liga de níquel no Rio de Janeiro sugere a hipótese de ela ter sido feita a partir da original, constru-

ída por Bartholdi em 1875, apresentada como modelo de seu célebre projeto monu-mental. “Nossa Estátua da Liberdade deixou a casa da família do Visconde do Rio Branco quando esta se desfez da propriedade. Não se sabe se a escultura foi doada ou vendida ao antigo Estado da Guanabara. O fato é que o então governador Carlos Lacerda procurava uma forma de homenagear os Estados Unidos pelos recursos rece-bidos. Quando Lacerda soube da existência da estátua, abandonou a ideia de mandar fazer um busto de Abraham Lincoln, estimulado pelo anti-quário Paulo Afonso de Carva-lho Machado, que lhe garantiu a autenticidade da peça de Bartholdi”, afirmou.

Controvérsias à parte, "o fato de a Liberdade alagoana ter ou não ter sido esculpida por Auguste Bartholdi não desmerece o valor histórico da obra", comenta Benedito. “A existência de protótipos em outros países e a grande peça em NY representam muito bem o valor da obra”, garante Vera Dias. A.V.

Origem da peça alagoana não é comprovadaReza a lenda que o monu-

mento seria uma das duas maquetes (a outra estaria dentro dos Jardins de Luxem-burgo, na cidade de Paris) usadas pelo escultor francês Frederic Augusto Bartholdi, para servir de modelo à execução da grande estátua símbolo dos Estados Unidos. A cópia fiel, única no Brasil, teria chegado à capital de Alagoas graças à influência de Rosalvo Ribeiro, ilustre pintor alagoano que caiu nas graças do então governador Euclides Malta.

Patrocinado pelo governo do Estado, o artista viajou à França em 1888 (e lá permane-ceu durante 12 anos, até 1901), onde conheceu Bartholdi e selou uma estreita amizade. Para Gilberto Leite, assis-tente administrativo do Misa, devido a essa relação, Rosalvo Ribeiro teria conseguido que o exemplar viesse para cá. “Foi a influência de Rosalvo que fez com que a estátua fosse trazida para Maceió”, contou.

“É uma réplica fiel, guar-dadas as devidas proporções,

da existente na cidade de Nova York (Estados Unidos da América), presenteada esta pela França (1886) e tendo sido ambas as estátuas, a dos EUA e a nossa, confecciona-das na mesma fundição fran-cesa, a do Val D’Osne, em fins do século XIX. A Estátua da Liberdade de Maceió é a única existente no Brasil”, alega Miguel Vassalo Filho, ex-dire-tor do Misa, em um texto que faz parte do acervo do museu, publicado em 2000.

No entanto, até hoje, não foi encontrado nenhum documento que possa provar essa teoria. É o que defende o professor e historiador Benedito Ramos. “Não existe nenhuma documentação oficial que comprove essa história. Há anos pesquiso sobre o tema e nunca encon-trei nada. O que acredito é que a peça tenha vindo no mesmo lote em que vieram as estátuas dos animais (o leão, a leoa, o javali e o lobo, loca-lizadas na Praça Dois Leões, em Jaraguá), a da divindade (Mercúrio – pertencente ao

acervo da Associação Comer-cial de Maceió) e as das quatro crianças, que ficam na Praça Deodoro. O certo é que a encomenda foi feita por Euclides Malta, que, apesar de sua origem sertaneja, era muito erudito. Prova disso é

que alguns dos prédios mais pomposos da cidade, como o do Teatro Deodoro, foram construídos na sua gestão. Naquela época, graças à influência européia, a cultura brasileira, inclusive a alago-ana, passou a ser a gosto francês. Então era muito comum exportar esculturas da França”, afirmou Bene-dito Ramos. “Também não

é impossível que, devido ao sucesso da Estátua da Liber-dade, várias réplicas tenham sido confeccionadas e distri-buídas pelo mundo”, disse.

É o que também afirma Vera Dias, gerente de Monu-mentos e Chafarizes da Secretaria Municipal de Conservação e Serviços Públi-cos da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Segundo ela, entre 1879 e 1900, as Fundi-ções Val d’Osne fabricaram diversas cópias perfeitas da estátua. “Pelo que se sabe, muitas foram destruídas em 1944, quando a chamada Comissão de Metais não Ferrosos do governo francês decidiu fundir estátuas em bronze, em toda a França, para fabricar armas a serem usadas contra os alemães na Segunda Guerra Mundial. Assim, das estátuas da Liber-dade originais de metal, resta-ram apenas a brasileira e a de bronze, que está nos Jardins do Luxemburgo, em Paris, até onde se tem notícia”, disse a arquiteta e urbanista em entrevista a O Jornal. A.V.

"A então desprestigiada Estátua da Liberdade foi remetida para uma

pequena praça construída entre

a Pajuçara e o Jaraguá"

GOLBERY LESSAHistoriador

Monumentoseria uma das duas

maquetes usadas por Bartholdi para servir de molde à execução da

estátua americana

Outra réplica existiria dentro dos Jardins de Luxemburgo, na França

Após 30 anos "passeando" pela cidade, estátua retornou ao seu

pedestal em 1992. A remoção foi acompanhada por Miguel Vassalo

Filho (do qual partiu a iniciativa), pelo fotógrafo Almiro Rodrigues dos

Santos (um dos fundadores do Misa) e pelo artista plástico Juarez

Gomes de Barros

Estátua no Rio tem toda sua história documentada por historiadores

Page 27: OJORNAL 27/11/2011

Fotos: Alessandra Vieira

Estátuas de crianças em luta com animais fazem parte de coleção que representa os cinco continentes; um conjunto igual existe no Rio de Janeiro

Estátuas do leão

e do lobo (ao lado)

são exemplares de

peças francesas

B3O JORNAL l MACEIÓ,27 DE NOVEMBRO DE 2011 l DOMINGO

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Falta de zeloAinda no ano de 2000, Miguel Vassalo Filho, ex-diretor do Museu da Imagem e do Som de Alagoas (Misa) lamentava em um texto que pertence ao acervo do museu, o “precário aspecto, falta de zelo, pobreza de jardins e embelezamentos” na praça. “A situação não faz jus por ser chocante contraste à importância do bonito monumento que nela se encontra e nem ao valor da ilustre figura histórica que sua estátua representa”.

Livre acessoO mesmo texto afirma que “a última restauração da praça aconteceu no dia 24 de julho de 1992, conforme placa datada”. Contudo, apesar de todas essas – entre outras – carên-cias, a Sinimbu era um local de convívio público, de lazer, onde as pessoas marcavam encontro, para-vam para conversar e até namorar. É preciso lembrar que a Sinimbu é uma das praças mais bonitas da cidade e o seu livre acesso – além de direito do cidadão – faz muita falta.

PichadosHá um ano, O JORNAL percorreu as praças de Maceió para conferir como estava a situação dos monumentos. De lá pra cá, a condição quanto à preservação e manutenção de cada um deles, só piorou. Ao menos foi o que constatamos em relação às estátuas da Liberdade, dos animais da Praça Dois Leões e das crianças da Praça Deodoro, todas foco da matéria publicada hoje, aqui no Caderno Dois. Além de permanecerem danificadas, o número de pichações aumentou consideravelmente.

Praça é lugar de lazer

O Visconde e o assentamento

De um lado, representantes do Movimento dos Sem Terra e suas reivindica-ções e necessidades; do outro, a total ausência do poder público; entre os

dois, a estátua do Visconde de Sinimbu e sua praça. Uma situação deplorável que já dura há mais de um ano e que o maceioense já acompanha com olhar habituado. Emblemático, o fato resume no mesmo espaço e ao mesmo tempo, exemplares de graves problemas sociais: o descaso com o patrimônio histórico e com os que vivem à margem a sociedade.

Diretas

"... E uma efetiva proteção não pode estar dissociada da conscientização, pela população, da importância que sua história, cultura, formas, criação, desenvolvimento, particularidades, tem para sua vida e a das próximas gerações”, explicam as coordenadoras Sandra Akemi Shimada Kishi, Sandra Cureau, Inês Virgínia Prado Soares e Claudia Maria Freire Lage, responsáveis pelo lançamento.

Lançado livro com olhar

multidisciplinar sobre a efetividade

da proteção do Patrimônio Cultural

O livro “Olhar multidisciplinar sobre a efetividade da proteção do Patrimônio Cultural“ (Editora Fórum) apresenta uma seleção de reflexões inovadoras sobre a tutela dos nossos bens culturais. A proposta é mostrar que o arcabouço jurídico existente não assegura por si só ações e políticas voltadas à sustentabili-dade do patrimônio cultural. “A proteção desse patrimônio invoca ações comis-sivas e omissivas, numa perspectiva micro e macro, num plano estático e dinâmico..."

Alessandra [email protected]

De olho noPatrimônio

Peças do artista Mathurin Moreau em MaceióAo contrário da Estátua

da Liberdade, que, devido à altura da sua base – ao todo, os dois, a estátua em bronze e o pedestal em alvenaria, medem cerca de seis metros de altura, segundo informa-ções de Miguel Vassalo Filho em seu texto –, fica impossível visualizar algum tipo de inscri-ção, nas esculturas do leão, da leoa, do javali, do lobo (fixados na Praça Dois Leões, em Jara-guá) e nas das quatro crianças que ladeiam a Praça Deodoro, no Centro da cidade, é, com

alguma exceção, fácil identi-ficar a inscrição “Fonderies du Val d’Osne”.

Não existe assinatura do escultor, no entanto, há evidências que, ao menos a coleção da Praça Deodoro seja de autoria de Mathurin Moreau. “Nas cinco estátuas situadas no jardim do Museu da República, no Rio de Janeiro, Moreau se aproxima levemente da arte animalista ao conceber obras exóticas, com cerca de um metro de altura, denominadas ´África´,

´América´, ´Europa´, ´Ásia´ e ´Oceania´. Cada continente é representado por uma criança com tipo físico característico daquela região. E elas estão em luta com animais nativos: crocodilo, cobra, lobo, tigre e canguru. O mesmo conjunto embeleza Maceió, mas lá está incompleto, desfalcado da Oceania”, garante a jornalista Eulalia Junqueira.

Segundo ela, “Moreau formou-se pela Escola de Belas Artes de Paris e vinha de uma família de artistas.

Além das múltiplas e produti-vas atividades em prol da arte em série, seu talento deixou marcas em prestigiosos traba-lhos realizados em Paris, como na Ópera, no Palais du Trocadéro, no Hôtel de Ville, no Tuileries e no Palais de Justice. Suas criações refletem uma variedade de estilos. Uma das influências de sua época, presente em obras adquiridas pelo Brasil, é o exotismo. O tema estava em voga devido à expansão colonial e às viagens marítimas comerciais”, disse.

Algumas das inscrições ainda permanecem em peças na Praça Deodoro; elas são a prova de que as estátuas foram forjadas na fundição francesa

Para entender melhor

Depois da França, o Brasil é o país que reúne a maior coleção de objetos forjados nos ateliês do célebre Val d’Osne, berço da fundição artística francesa, situado na região de Champanhe.Para começar a entender melhor essa história, é preciso voltar ao século XIX, logo após a Revolução Industrial. Segundo a jornalista e pesquisadora Eulalia Junqueira, foi naquele momento que nasceu essa nova forma de arte – símbolo dos ideais da época: modernidade e progresso. “Foi uma verdadeira febre na Europa. Fruto do inusitado casamento da indústria com a arte”, descreveu a jornalista, autora do livro “Arte francesa do ferro no Rio de Janeiro”. Entre tantos países europeus, a França se destacou como berço artístico dessa nova forma de fazer arte. E, assim como o mundo se espelhava em Paris, o Brasil se espelhava na Corte. “É certo que a influência francesa no Brasil remonta a 1808, ano em que a família real portuguesa, para escapar dos exércitos de Napoleão, desembarcou no Rio com uma corte de 15 mil fidalgos. Foi a partir dali que a cidade europeizou-se, com a contribuição decisiva da Missão Artística Francesa de 1816, chefiada por Joachim

Lebreton”, contou Eulalia Junqueira.“As razões principais encontram-se na necessidade de embelezar os espa-ços públicos com obras de arte (Rio de Janeiro, Recife, Olinda, São Paulo). Da França, elas vinham a preços baixos por serem produtos industriais. Palácios e residências também receberam muitas dessas obras; foi moda buscar ‘de Paris’ essas peças, e os construtores-arquitetos conheciam esse mercado. Em muitas cidades (Porto Alegre, Salvador, Pelotas, Rio Grande do Sul, etc.), os chafarizes franceses de ferro vieram para, além de embelezar a cidade, abastecer a população com água potável quando da criação das primeiras Companhias Hidráulicas”, descreveu a arquiteta Flavia Boni Licht em seu livro “As belas Fontes d’Art no Rio Grande do Sul”.“O resultado é que importantes obras artísticas e decorativas de ferro fundido são ainda hoje encontradas no Estado do Rio de Janeiro e também em Amazonas, Pará, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Elas eram adquiridas, geralmente, durante os períodos de apogeu dos ciclos econômicos regionais”, disse Eulalia Junqueira.

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B4 O JORNAL l MACEIÓ, 27 DE NOVEMBRO DE 2011 l DOMINGO

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Roteiro

EM BREVEConsiderado um dos maiores nomes do cinema brasileiro, o cearense Márcio Câmara traz a Maceió a Oficina de Trilha Sonora. O curso de som direto acontece de 28 de novembro a 7 de dezembro, no Teatro Jofre Soares (Sesc Centro), das 14h às 18h. As aulas têm o objetivo de tratar da importância do som em obras audiovisu-ais, incentivando o processo de captura no momento em que as cenas são gravadas. Inscri-ções gratuitas. Vagas: 20. Mais informações: (82) 3326-3133.

O pianista português Mário Moita traz a Maceió o concerto Uma Noite em Portugal 4 Estações 4 Fados. A apresentação está marcada para o dia 1º de dezembro, às 21h, no Teatro Deodoro (Centro). Entrada franca.

Encerrando a primeira jornada de lançamen-tos nas cidades ribeirinhas, os autores do livro “Os Chicos” estarão no dia 3 de dezembro, em Penedo, na margem alagoana do Baixo São Francisco. Organizado pelo professor, poeta e personagem de Os Chicos, Francisco Araújo, o evento em Penedo promete surpresas culturais nunca antes vistas às margens da cidade histó-rica e colonial. A celebração que se iniciará no cais terminará num grande festejo no centenário Teatro Sete de Setembro, mantido pela prefeitura local, com horário a ser divulgado em breve. O livro Os Chicos – Prosa e Fotografia é também um lançamento da Nitro Editoral. Ele pode ser adquirido pelo site www.nitroimagens.com.br, ao preço de R$ 40,00 (mais frete), em qualquer parte do País.

EM CARTAZO Sesc está com inscrições abertas, até o próximo dia 30, para a temporada 2012 da Galeria de Artes do Sesc Arapiraca. A pauta se abre para produ-ções em artes plásticas, intervenção, videoarte, performance, instalação ou outras experimen-tações no campo das artes visuais. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas no Sesc--Centro (Rua Barão de Alagoas, 229, Centro), das 9h às 18h. O edital está disponível no site www.sescalagoas.com.br.

Caminhada ecológica, apresentações culturais e debates marcam as comemorações do Mês da Consciência Negra, que acontece até dia 30 deste mês, em Viçosa. Entre as atividades, exibição de filmes temáticos, sarau de poemas, debates, reflexão e apresentações culturais nas comuni-dades quilombolas de Sabalangá, Gurugumba e Mata Escura. Também vai haver apresentações de dança com os grupos afro Gurugumba e afro primitivo do povoado quilombola Sabalangá, além dos grupos de hip hop da Escola Munici-pal São José, de capoeira formado por crianças e adolescentes atendidos pelo Peti e Ritmos na Lata, do Cras.

OutroCanalPor Keila Jimenez

"Não fiquei mais bonzinho, sou o mesmo"

Depois do inglês "The Guardian" e do americano "The New York Times", agora é a vez de a revista alemã de negócios "Manager Magazin" e de a

britânica "Prospect" descobrirem Danilo Gentili. Em reportagem da "Manager" sobre o avanço do mercado de tecnologia no Brasil, Gentili é apresentado como comediante influente na web, com mais de 2 milhões de seguidores no Twitter. O integrante do "CQC" e apresentador do "Agora É Tarde" foi avisado pela tia de que estava na revista alemã. "Nem imaginava", fala o comediante, que revela que não entende a importância atribuída ao Twitter em outros países."Jesus tinha poucos seguidores e não conseguiu agradar a todos. Imagine eu, com 2 milhões?", brinca ele. "Posto no Twitter as mesmas piadas que faço no camarim, no show, que conto para os amigos. A diferença é que, quando estou contando, há o contexto da piada, minha expressão. No Twitter só há palavras, na lata", continua. "Acho que é por isso que a piada é consi-derada tosca, que pareço escroto. Falta o resto."É assim, com o "contexto" de seu humor polêmico, que o comediante parece estar dobrando personalidades. Há cinco meses no ar, seu "talk show", o "Agora É Tarde" (Band), passou de temido a disputado por famosos. De Marta Suplicy a Bruna Surfistinha, a atração não deixa a desejar na variedade de entrevistados. "Não fiquei mais bonzinho, sou o mesmo. Faço as piadas que sempre fiz, e os entrevistados se divertem."De olho na boa audiência do bate-papo, que marca cinco pontos às 23h, a Band o transformará em diário."Preciso de equipe maior, de estrutura. Sem isso, não há fôlego para fazer um programa diário", fala Gentili. "Não tenho vergonha de admitir que dependo de roteiristas, de ideias frescas."Com um diário nas costas ou não, Gentili se despede do "CQC" em dezem-bro, para poder se dedicar ao "Agora É Tarde" em 2012. Sonha com Lula, Dilma e Maluf na mira de sua metralhadora de perguntas indiscretas. "O bom é que os entrevistados também acabam comigo, me detonam", diz.

Homem de bemLonge da TV desde "Papai Noel Existe?" (2010), Rodrigo Santoro voltará ao ar em um especial de fim de ano da Globo. Ele será o araponga Ciba no telefilme "Homens de Bem", de Jorge Furtado. Gravado em Porto Alegre, o especial, que traz a história de um detetive que investiga políticos corruptos, vai ao ar no dia 29 de dezembro. Além de Santoro, o elenco conta com Débora Falabella, Virgínia Cavendish, Luis Miranda e Fúlvio Stefanini.

* 27 pontos marcou "A Vida da Gente" (Globo) no dia 23 cada ponto equivale a 58 mil domicílios na Grande SP;

* 6 pontos registrou "CSI" (Record) na última terça-feira (22) a série já chegou a alcançar média de 11 pontos no canal;

Tuitada...

@realwbonner Devo dizer que minhas camisas de futebol foram vendidas no bazar beneficente da patroa. Desapego.William Bonner, da Globo, doando sua coleção de camisas de futebol

@silvioluiz Quem vai gastar uma grana preta pra ver a F1 já com campeão?Silvio Luiz, narrador da Rede TV!, sobre o GP Brasil de F-1, hoje

[email protected] folha.com/outrocanal

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Fiéis irão acompanharhoje, a partir das 16h, procissão pelas ruas centrais de Maceió

MÔNICA [email protected]

As r u a s c e n t ra i s d e Maceió serão tomadas, hoje, por centenas de

fiéis que irão acompanhar a procissão em homenagem a São Benedito, cuja devoção católica, em Maceió, come-çou há 151 anos. “Minha casa é casa de oração” foi o tema deste ano da novena, que começou no último dia 18, reunindo devotos todas as noites.

Conhecido como “Santo

Mouro”, por ser negro, São Benedito é venerado pela população afro-descendente. Filho de escravos, o santo nasceu na Sicília em 1526, em uma propriedade próxima de Messina. Ainda jovem rece-beu a liberdade e, aos dez anos, manifestou tendência para a penitência e a reclusão.

Enquanto cuidava do rebanho, aproveitava para se entregar a oração. Aos 18 anos, com o fruto de seu trabalho, provia a si mesmo e aos pobres. Após ser insul-tado publicamente em função da sua cor e por se manter em atitude digna e humilde, recebeu como recompensa o convite de um eremita fran-ciscano para ingressar em seu grupo. Mais tarde passou a liderar a comunidade.

Após a dispersão do grupo, em 1564, Benedito foi aceito

como irmão leigo pelos frades franciscanos de Palermo, começando a trabalhar na cozinha. Sem saber ler nem escrever, tinha, manifes-tamente, o dom da ciência infusa, acontecendo-lhe de dar respostas luminosas a mestres em Teologia que o vinham consultar. A este dom unia também o da penetração dos espíritos e dos corações.

Sua vida tornou-se um exercício contínuo de todas as virtudes, razão pela qual, segundo as Escrituras, Deus lhe concedeu o dom de operar milagres. Com toda uma vida dedicada à religião, Benedito foi acometido de grave doença no ano de 1589. Foi nesse tempo que, de acordo com documentos religiosos, rece-beu uma revelação de Deus, avisando-lhe estar próxima sua partida. Com sua cano-

nização, em 1807, tornou-se um dos mais reverenciados santos da Igreja Católica. Com a vinda de sua imagem para o Brasil pelos portugueses e por seu modelo de caridade e humildade, passou a ser esco-lhido por membros de diver-sas capelas e paróquias como seu padroeiro.

Thaciane desenvolve trabalho voluntário com aulas de inglês em escola

Por ser negro, São Benedito é venerado pela população afro-descendente

Católicos louvam São Benedito em procissão

B5O JORNAL l MACEIÓ, 27 DE NOVEMBRO DE 2011 l DOMINGO

[email protected]ão

Vá lá:

Aa s f e s t a s a S ã o Benedito aconte-

cem com a celebra-ção de missa solene hoje, às 8h, seguida de procissão, às 16h, pelas ruas do Centro, praça das Graças (Levada) e Prado.

Evento vai celebrar Natal com Jantar dos Sinos A Comunidade Doce Mãe

de Deus realiza, no dia 3 de dezembro, o Jantar dos Sinos. O evento irá celebrar em família o Natal com Cristo, no Centro Social Dom Adelmo Machado, localizado no bairro do Vergel. Na programação,

com início às 19h, consta, além do jantar, animação com músicas natalinas interpreta-das pelo Ministério de Música da comunidade, apresentação artística e mensagens sobre o nascimento de Jesus, possibi-litando a preparação dos fiéis

católicos no tempo litúrgico do advento.

“Vamos contemplar a Liberdade Divina, que desceu ao nosso encontro, e a liber-dade humana, que acolheu a manifestação Divina no seio da Virgem Maria”, diz Wagner

Oliveira, membro consa-grado da Aliança. Os convi-tes custam R$ 12,00 e estão à disposição na própria sede da comunidade. Mais informa-ções sobre o evento podem ser obtidas pelo telefone (82) 8843-8037. M.L.

Programa social beneficia estudantes O programa Jovens Embai-

xadores é uma iniciativa de responsabilidade social da Embaixada dos EUA no Brasil, em parceria com organiza-ções públicas e privadas. Entre os principais colaboradores estão o Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Educação (Consed), o Minis-tério Brasileiro da Educação (MEC) e a rede de Centros Binacionais Brasil Estados Unidos da América (EUA).

Criado em 2002, o programa

busca beneficiar estudan-tes brasileiros considerados exemplos em suas comunida-des – em termos de liderança comprovada, atitude positiva, consciência social compro-vada, excelência acadêmica e conhecimento da língua inglesa. Seu objetivo passa pela valorização e promoção do fortalecimento da educa-ção pública por meio dos estu-dantes, transformando-os em modelos para outros alunos e comunidades. T.G.

Alagoana fará intercâmbioTHIAGO GOMES *[email protected]

Aos 15 anos, a estudante e membro da Assembleia de Deus em Arapiraca

Thaciane Raquel de Oliveira Costa terá uma grande expe-riência fora do Brasil. Ela foi uma das selecionadas do Estado – no universo de 7.500 alunos do Brasil – para, em janeiro do ano que vem, fazer um intercâmbio de três semanas nos Estados Unidos, numa das ações do programa Jovens Embaixadores.

A adolescente é neta do pastor Juvenal Freire, já desen-volve um trabalho voluntário numa escola pública do muni-cípio, dando aulas de inglês

para crianças, e ainda encontra tempo para servir ao Senhor integrando o grupo de evange-lismo infantil AnimaKids, da Assembleia de Deus em Arapi-raca. Esses compromissos a fizeram capaz de encarar o desafio com muita ansiedade, tornando-se a primeira evan-gélica a ser uma jovem embai-xadora.

De acordo com informa-ções da Secretaria de Estado da Educação e do Esporte (SEE), além dela, a estudante Alice Bernardo Nicolau, do Instituto Federal de Alagoas (Ifal), compõe a delegação do Estado. Ela e os demais estu-dantes do resto do País viajam no dia 6 de janeiro, e a chegada ao Brasil está prevista para o

domingo, dia 29 de janeiro de 2012.

Thaciane Raquel disse que foi uma surpresa bem agradável saber que estava entre os esco-lhidos para representar Alagoas. “Interessei-me por esse projeto graças à minha irmã, que foi finalista dele nos últimos três anos. Saio daqui para desempe-nhar o papel de representante do Estado e da cidade de Arapi-raca”, confessou.

Ela adiantou que irá completar 16 anos em dezem-bro e que a viagem será um ótimo presente de aniversário. “Meus pais estão tranquilos e me apoiam bastante. Todos da minha família estão muito felizes. Domino fluentemente o inglês. Já tive alguns conta-

tos com norte-americanos e consegui me sair bem. Estou ansiosa para que o embarque chegue logo”, disse a garota.

A Embaixada dos Esta-dos Unidos e os parceiros do programa cobrem todos os custos de participação dos selecionados no programa. Os custos envolvem passagens domésticas e internacionais de ida e volta para os Esta-dos Unidos, orientação pré--partida, a implementação do programa nos EUA (agenda de atividades, coordenadores, transporte local, etc.), hospe-dagem e alimentação, além de seguro-saúde para a viagem e auxílio para compra de roupas de frio.

*com assessoria

JOVENS EMBAIXADORES NOS EUA

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Mônica Bergamo [email protected]

<Multiple grouped links>/Folhapress

B6 O JORNAL l MACEIÓ, 27 DE NOVEMBRO DE 2011 l DOMINGO

[email protected]

Arquivo G

Às vésperas de completar 70 anos, o cantor Gilberto Gil lança site com fotos, vídeos, cartas, bilhetes e partituras que compõem o acervo de toda a sua vidaGilberto Gil está gostando de envelhecer. "A memória não é tão aguda, a gente não lembra mais de tanta coisa como antes. Tem muitas modificações de energia, de dispo-sição geral. Pode ser sentido como perda, mas também como iniciação para um outro modo do ser."

A sete meses de completar 70 anos, em junho de 2012, ele diz que já está "vivendo a idade". E vê "novos ganhos, novas aquisições, novas configurações". Compara a juventude e a maturidade ao ruído e ao silêncio.

"Quando o ruído desaparece, deixa um vácuo, que é seguido pelo silêncio. E este preenche tanto quanto o ruído preenchia. É algo de outra natureza, que se constitui também como pleni-tude", diz ele ao repórter Diógenes Campanha. "Certos aspectos da atividade cerebral ganham outra forma de se apresentar. Fisicamente, não me sinto debilitado. Resumindo, estou gostando da velhice."

Todos os anos vividos por ele, ou ao

menos aqueles registrados em uma foto, um bilhete, um desenho, um vídeo, uma letra, uma partitura, serão apresentados ao público. Entra no ar amanhã o acervo digital do artista. Um site (www.jobim.org/gil/) vai disponibilizar mais de 30 mil documentos de sua vida.

"Isso vem sendo construído há 15, 20 anos, quando a Flora [mulher de Gil] mandou encadernar minhas anotações. Ela vinha arquivando sistematicamente todo o material, correspondências, comandas." O acervo foi organizado pelo Instituto Tom Jobim, que já fez o mesmo com a obra do maestro, além de Dorival Caymmi e Chiqui-nha Gonzaga. O patrocínio é do projeto Natura Musical.

"O acervo contém uma parte relativa à vida pública, mas também a parte pessoal, como é a própria vida de todo mundo", diz Gil. "É um acesso desejado por nós, uma invasão benigna. Com Twitter e Facebook, é tão comum mostrar sua vida às pessoas que esse arquivo estático não chega a ser novidade."

Uma foto de 1992 mostra Gil rodeado por

Flora, com quem está casado há 31 anos, e as três ex-mulheres, Belina de Aguiar, Nana Caymmi e Sandra Gadelha. Era o seu aniversário de 50 anos. "Minha relação com elas se deve muito à gestão da Flora. Quando chegou, ela compreendeu que isso era uma grande família da qual passou a fazer parte." A filha Preta já disse que vê o pai como um rei africano, que tem as mulheres em volta e delega funções à prole - os príncipes.

"Não é de todo equivocada. Deve ser genético." Quando tinha "dois, três anos", a mãe lhe perguntou o que queria ser na vida. "Falei que seria 'musqueiro', minha corrup-tela infantil para músico, e pai de menino." Gerou oito filhos em três casamentos.

Gil tirou a primeira foto da qual tem lembrança aos quatro anos. Foi levado pelos pais para um estúdio em Salvador. "As máquinas não eram portáteis, ficavam em uma sala. Era uma coisa meio ameaçadora, como ir ao consultório do dentista." O estú-dio era "muito esmerado. Tinha um doce, um suco, pra gente ficar relaxado".

Voltou outras vezes ao local para cliques ao

lado da irmã, Gildina. "Éramos muito ligados. Lembro da gente amassando barro no fundo do quintal. Moldávamos tijolos com caixa de fósforos e fazíamos pequenas edifi-cações. E eu participava com ela das brinca-deiras de boneca. Fazia comida e roupas." Foi com ela que Gil formou a primeira dupla musical, aos 11 anos. Apresentavam-se em concursos de cantores, ganhando prêmios como pinguins de geladeira, arranjos de flores e, às vezes, dinheiro. "Seriam cinco, dez reais hoje em dia."

Letras de música e repertórios de shows dividem o site com política. Em uma anota-ção, Gil enumerou referências a Ciro Gomes, adversário de Lula na eleição de 2002: "A indisposição da imprensa com o 'Ciro aluno de ACM'", "Ciro Malvadeza que agride jornalistas"; "A difusão da ideia de que 'Ciro mente'" e "Ciro clone de Collor". "Fiz pro meu próprio governo, para minha análise. Não é uma crítica mais aguda ou particular. Era uma sensação mais ou menos geral que havia em relação à sua candidatura. Gosto muito dele."

O ex-senador Antonio Carlos Magalhães, morto em 2007, aparece numa "carta aberta a um velho tão triste como eu". Era

resposta a uma "carta queixosa" de ACM. "Ele disse que, ao contrário de mim, meu pai sempre foi correligionário fiel a ele." Gil diz ter "a impressão" de que o desen-tendimento ocorreu porque discordou de uma crítica de ACM à nomeação de Pelé como ministro do Esporte no governo FHC. " Nossas divergências eram em questões técnicas, não afetivas."

Já ministro da Cultura, ACM mandou carta pedindo apoio a um livro sobre as igrejas da Bahia, "porque sei que os assuntos de nossa terra têm não só sua boa vontade como também a prioridade". "Um dia ele disse que eu precisava olhar mais a Bahia. Tinha uma série de projetos lá e fiz uma lista rápida. E ele: 'Precisa olhar ainda mais'".

Da Esplanada, Gil guardou memorandos, telegramas de aniversário de políticos da oposição, como Arthur Virgílio e José Agri-pino, do DEM, e até um convite de Lula para um churrasco na Granja do Torto. Há uma carta de Condoleezza Rice, ex-secretária de Estado dos EUA, agradecendo por tê-la acompanhado ao Pelourinho, em 2008. Ela assinou como "Condi", riscou a saudação "Dear Mr. Minister [caro senhor ministro]" e substituiu à mão por "Gilberto".

Cantor e compositor

Gilberto Gil lança site

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Esportes O JornalO JORNAL l MACEIÓ, 27 DE NOVEMBRO DE 2011 l DOMINGO

Yohansson Nascimento

faz história no esporte

Grande Prêmio do Brasil fecha

hoje a temporada da Fórmula 1

83

Pode ser hojePara ser campeão nesta tarde, Corinthians precisa vencer o Figueirense e “secar” o Vasco

4, 5 E 6

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Esportes O Jornal

BatePronto

A luta de Fábio Costa

O ex-jogador do CRB Fábio Costa fez uma visita ao clube na última quarta--feira. Para quem não lembra, ele era um promissor atacante do futebol

alagoano que teve a carreira destruída por um acidente doméstico. Em 2009, Fábio estava numa festa de final de ano e colocou um copo de vidro no bolso. Após um movimento brusco, o copo quebrou e os cacos perfuraram a artéria femoral. “Foi um momento muito difícil da minha vida. Tive trombose na perna e os médicos precisaram abrir para fazer uma raspagem. Foram afetados alguns músculos e também perdi parte dos movimentos do pé. Por isso, fui obrigado a parar”, declarou o jogador, que foi para Bahia fazer trabalhos específicos de fisioterapia e agora está de volta ao Estado. “Estou parado há um tempo e sinto que as dificuldades de locomoção aumentaram. Por isso, vim ao CRB para entrar em contato com o pessoal da preparação física e fazer alguns trabalhos de fisioterapia em Maceió. O pessoal daqui conhece muita gente do meio”, disse Fábio, que, aos 24 anos, ainda sonha em voltar a jogar uma partida de futebol. “Sei que é muito difícil, mas para Deus nenhum milagre é impossível. Me converti, hoje sou evangélico e, mesmo se não der para jogar, quero continuar no futebol. Pretendo estudar para ser treinador ou preparador físico. Tive muitas experiências no futebol e meu objetivo é poder passá-las para atletas mais jovens”.Fábio disse que contou com apoio do CRB, principalmente do ex-presidente José Serafim, e de muitos jogadores do Galo. Rafinha, Edno e Calmon deram suporte emocional e até financeiro e foram fundamentais no período mais difícil de sua carreira.Essa triste história do futebol é mais comum do que muitos atletas e torcedores pensam. O jogador precisa conviver com o risco da aposentadoria precoce desde a disputa de sua primeira partida oficial. Felizmente, Fábio teve apoio de amigos e familiares e, com dignidade, luta para recuperar o tempo perdido. “Apesar de tudo, posso dizer que, graças a Deus, sou um homem feliz”, declarou.

Victor Mé[email protected]

Curto-Circuito Desde a última quarta-feira o elenco do CSA está fazendo os trabalhos da

pré-temporada na cidade de Viçosa. Aos poucos, os últimos reforços vão fechar o grupo do técnico Celso Teixeira.

Judocas de grande destaque de Alagoas, Anne Caroline e Gabriel Mendes têm uma meta estabelecida na carreira: as Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro.

Estádios com laudosO presidente da Federação Alagoana de Futebol, Gustavo Feijó, divulgou nota informando que apenas quatro estádios estão aptos até agora para o Estadual de 2012. São eles o Coaracy da Mata Fonseca, em Arapiraca, o Edson Matias, em Olho D´Água das Flores, o Alfredo Leahy, em Penedo, e o Luiz Pontes, em Atalaia.

Sem laudosA FAF informa aos dirigentes do futebol alagoano que o prazo para a entrega dos laudos é o dia 14 de dezembro. Depois disso, segundo o presidente da Federação, os clubes perderão mandos de campo.

Resultados expressivos AlagoanosAnne Carolina eGabriel Mendes sedestacam no BrasileiroSênior de Judô

DA REDAÇÃ[email protected]

Dois judocas alagoanos conquistaram resul-tados expressivos no

Campeonato Brasileiro Sênior, realizado no último dia 11, em Florianópolis. Anne Caroline, de 19 anos, ficou com a meda-lha de ouro e Gabriel Mendes, 18 anos, ganhou o bronze.

Preparador físico e pai de Gabriel, Paulo Mendes avaliou o desempenho dos atletas alagoanos na compe-tição. “Anne Caroline é bicam-

peã sul-americana de judô e já está há quase quatro anos fora de Alagoas, com passagem pelo Minas Tênis Clube, de Belo Horizonte, e atualmente treinando em Franca-SP. Ela conquistou o título desse Campeonato Brasileiro Sênior na categoria médio, estando ainda no seu último ano da classe sub-20 ( Júnior)”, comentou Paulo, chamando atenção para o fato de Gabriel ter conquistado medalha num nível acima do seu. “Gabriel Mendes, tricampeão sul-americano de judô, ainda tem 18 anos e competiu na categoria leve, conquistando o terceiro lugar. Esse foi mais um resul-tado inédito do atleta para Alagoas, porque foi o primeiro e único judoca masculino da classe sub 20 (Júnior) a subir no pódio e ganhar medalha numa competição de tama-

nha magnitude e dificul-dade como é o Campeonato Brasileiro Sênior”, explicou Mendes.

Ele também destacou o fato de o atleta estar sendo prepa-rado para grandes compe-tições em Alagoas. “Gabriel vem conquistando todos os seus títulos e pódios treinando dentro do Estado, no bairro do Benedito Bentes, em Porto de Pedras e no Colégio Marista, atualmente seu CT. Ele faz parte de um grande empre-endimento capitaneado pelo presidente da Faju, Nilson Gama, e o vice-presidente, Gilmar Camerino”.

A delegação alagoana viajou para o Brasileiro com seis integrantes. Foram eles: Antônio Marcos, Rodrigo Lopes, Gabriel Mendes e Érick Gusmão; Julio Edgardo (chefe da delegação) e Charles Guimarães (árbitro).

Gabriel Mendes (primeiro da dir. para esq.) conquistou a medalha de bronze no Campeonato Brasileiro Sênior de Judô

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Esportes O Jornal

Do Vergel a GuadalajaraAlagoano Yahansson Nascimento brilha na delegação brasileira no Parapan do México

RENATO [email protected]

O Brasil teve sua maior participação da histó-ria em jogos Parapa-

namericanos. Na edição deste ano da competição, na cidade de Guadalajara, no México, a delegação brasileira sagrou-se campeã, com louvor. Por isso, é importante destacar que um alagoano colaborou de forma incisiva para a conquista da primeira colocação no quadro geral de medalhas.

Trata-se do velocista Yohansson Nascimento, que compete na categoria T-46 do atletismo, com especificações para lesionados e amputados dos membros superiores. Mas, mesmo com a falta das mãos, o alagoano vem brilhando nas

pistas mundo afora e não deve parar por aí.

Yo h a n s s o n j á l o g r o u êxito em diversas competi-ções importantes do para--atletismo mundial. Além das três medalhas do Parapan de

Guadalajara (duas de ouro e uma de bronze), o velocista foi laureado nas Paraolimpíadas de Pequim, em 2008, na China, quando conquistou uma prata e um bronze. Já em campeona-tos mundiais, ele conquistou

dois ouros, duas pratas e dois bronzes, somadas as dispu-tas em Taiwan (2007) e Nova Zelândia (2011). Isso sem falar no Parapan do Rio de Janeiro, em 2007, quando o para-atleta conquistou três medalhas

douradas, ganhado destaque em nível internacional na sua categoria.

Perguntado pela reporta-gem do O JORNAL sobre qual dessas conquistas foi a mais importante, o para-atleta fez um alusão ao início da sua carreira, quando ainda não sabia se poderia competir pelo atletismo de forma oficial.

“Eu n ã o t e n h o u m a conquista especial. Para mim, todas mostram o meu valor e a minha capacidade de compe-tir. Mas eu tenho um carinho diferenciado pela minha primeira medalha ganha em uma competição oficial. Eu havia sido selecionado para a seleção alagoana de para--atletismo e logo fui disputar um torneio no Recife (PE), em 2006. Naquela disputa, eu fui muito bem e conquistei um bronze. Dentre as minhas mais de noventa medalhas, aquela foi marcante, porque a partir daquele dia descobri que poderia ser um velocista de sucesso”, explicou Yohans-son.

O início no atletismo e o apoio da técnica Valquíria CampeloOutro detalhe interessante

sobre a carreira do velocista é que ele não pensava em ser atleta. Yohansson explicou que atendeu ao chamamento da técnica Valquíria Campelo, que já formou vários talentos no para-atletismo alagoano, mas confessou que foi ao local de treinos apenas para satisfa-zer sua curiosidade.

“Eu confesso que fui para a pista de atletismo apenas para ver como as coisas aconte-ciam por lá. Quando cheguei,

fui muito bem acolhido pela treinadora Valquíria Campelo e resolvi participar das ativi-dades. A partir daí, comecei a correr cada vez mais rápido e estou indo cada vez mais longe”, salientou.

Mas a história de Yohans-son Nascimento começou mais lá trás ainda. O alago-ano começou a competir em atletismo em meio aos alunos (ditos normais) da escola esta-dual Aurelina Palmeira, no Vergel, e, desde então, come-

çou a se destacar em meio aos oponentes.

“Q u a n d o e ra d a d a a largada eu começava a correr. E não só no atletismo: bastava ter qualquer atividade no colé-gio que envolvesse a corrida que ninguém conseguia me alcançar. Foi assim que eu fui conquistando meu espaço. Comecei a competir fora da Aurelina Palmeira, até que então cheguei à seleção alago-ana”, disse Yohansson.

Saindo da esfera do para-

-atletismo, Yohansson confi-denciou à reportagem que tinha o objetivo de crescer também em outra modali-dade esportiva, antes de ser “seduzido” pelas corridas de alta performance.

“Eu sou torcedor do CRB e gostaria de ter jogado lá. Estou feliz por ter sido homenageado pelo clube do meu coração no jogo contra o Joinville. Agora tem um detalhe: eu sou late-ral-direito e, quando eu boto a bola na frente, corro mais do

que o Cafu”, afirmou.O alagoano vencedor não

está satisfeito com os gran-des títulos que já conquis-tou. Yohansson foi enfático em dizer que já está focado nos Jogos Paraolímpicos de Londres, de 2012, onde quer alcançar o lugar mais alto do pódio, o que quase conseguiu nos jogos de Pequim, em 2008. “Eu já trabalho em função dos Jogos de Londres. Meu obje-tivo é ser campeão”, declarou o alagoano. R.B.

Yohansson

conquistou três

medalhas em

Guadalajara

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Fluminense e Vasco fazem confronto direto pelo título Fluminense e Vasco perse-

guem o Corinthians na disputa pelo título, mas vão se enfren-tar nesta tarde, também às 16h, e um vai matar o outro. Se houver empate, o Tricolor sai da briga e o time cruzmaltino terá suas chances reduzidas ou até destruídas, depen-dendo do jogo do Timão.

Os técnicos Abel Braga e Cristovão Borges adotaram discursos semelhantes para o clássico do Engenhão. Eles dizem que seus times preci-

sam focar na partida e esque-cer o resultado do Corinthians. “Não adianta torcer contra o líder se nós não fizermos nossa parte. Depois do jogo, vamos saber como ficou a história em Florianópolis”, comentou Cristovão, que não vai contar hoje com o atacante Eder Luiz, machucado.

No Fluminense, a arma é a força ofensiva do time. Líder absoluto do Returno, com 37 pontos, o Tricolor também conta com o ataque

mais positivo da competição. O atacante Fred se destaca no setor, com 20 gols, sendo sete nas últimas duas roda-das. “Não é uma surpresa. Venho me preparando para isso. Sei que não é normal ver um ataque com essa média, mas espero mantê-la. Agora, todos já falam em artilharia, mas juro que não penso nisso. Quero apenas fazer mais gols e ajudar o Fluminense”, comen-tou o camisa 9, que, em 2011, marcou 32 gols com a camisa

tricolor e dois defendendo a seleção brasileira.

Quem desfalcou o Vasco no jogo da última quarta-feira pela Sul-Americana, contra o Universidad, e retorna hoje ao time titular é o meia Diego Souza, um dos destaques do clube nesse Brasileirão. Com 65 pontos, o Cruzmaltino está a dois pontos do líder Corin-thians e tem dois jogos pela frente. A equipe fecha sua participação no campeonato domingo, contra o Fla. V.M.

"Não é uma surpresa. Venho me preparando para isso".

FREDAtacante do Fluminense sobre a excelente média de gols quetem no campeonato

4 O JORNAL l MACEIÓ, 27 DE NOVEMBRO DE 2011 l DOMINGOwww.ojornalweb.com l [email protected]

Esportes O Jornal

Corinthians pode conquistar hojeo título do CampeonatoBrasileiro

VICTOR MELOEditor de Esportes

O campeão brasileiro de 2011 pode ser conhe-cido nesta tarde. O

líder Corinthians precisa de uma combinação de resul-tados não tão complicada para levantar a taça. Outros postulantes ao título, Vasco e Fluminense correm por fora e direcionam seus “secadores” oficiais para o Timão.

Os paulistas encaram nesta tarde o Figueirense, às 16h (de Alagoas), no Orlando Scarpelli, em Florianópolis. Os donos da casa fazem a segunda melhor campanha do Returno, com 31 pontos nesta etapa da compe-tição, e precisam desespe-radamente da vitória para manter as chances de chegar pela primeira vez à Liberta-

dores. Na classificação geral, o Figueira tem 57 pontos e ocupa a quinta colocação.

O técnico Tite conta com todo o elenco do Corinthians para a partida de hoje e deve manter o time que venceu o Atlético-MG, domingo, por 2 x 1. Ainda fora de forma, Adriano deve continuar sendo opção no banco de reservas.

O Figueira tem o retorno do volante Igor, que cumpriu suspensão na derrota para o Fluminense, domingo, por 4 x 0. Recuperados de lesão, o meia Maicon e o atacante Julio Cesar devem ficar à disposição da comissão técnica. As baixas são o volante Túlio, machu-cado, e o meia Elias, suspenso. Todos os ingressos para o jogo foram vendidos na semana passada.

SEQUÊNCIADepois de enfrentar o

Figueirense, o Corinthians duela com o rival Palmeiras na última rodada do Brasilei-rão. O time catarinense ainda vai disputar o clássico contra o Avaí, em Florianópolis.

Com cara de decisão Decisivo no jogo do último

domingo contra o Atlético-MG,

Adriano deve seguir no banco

do Corinthians

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Ameaçados, 5 times declaram guerra contra o rebaixamento Um dos jogos mais explo-

sivos desta rodada da Série A vai ser disputado entre Ceará e Cruzeiro às 16h de hoje, em Fortaleza. Quem perder terá imensas dificuldades de esca-par da degola. Com 39 pontos, a Raposa é o primeiro time fora da zona de queda e, com 38, o Vozão é o primeiro dentro.

Esta guerra contra a queda já tem dois derrotados. América-MG e Avaí caíram na última rodada e hoje apenas cumprem tabela contra o Atlé-tico-PR e o Coritiba, respecti-vamente.

O Furacão, aliás, joga em Minas precisando da vitória. Com 38 pontos, a equipe do técnico Antônio Lopes vem de um empate fora de casa com o Cruzeiro e luta para respirar na competição. Os dirigentes do América garantiram que não haverá motivação de “mala branca”, mas também afirma-ram que o time não vai amole-cer para os adversários.

Fechando a batalha pela sobrevivência, o Atlético--MG recebe o Botafogo e o Bahia visita o já desinteres-sado Santos. De acordo com o site Chance de Gol, o número mágico para um clube escapar do rebaixamento é 45 pontos, mas, com 44, as possibilida-des de queda são de apenas 2 %. Todos os jogos começam às 16h (de Alagoas). V.M.

5O JORNAL l MACEIÓ, 27 DE NOVEMBRO DE 2011 l DOMINGO www.ojornalweb.com l [email protected]

Esportes O Jornal

16hEste é o horáriodas dez partidasde hoje doCampeonatoBrasileiro

Restam ainda duas vagas para a Libertadores de 2012 e elas movem seis clubes nessa reta final do Brasileirão. Corin-thians, Vasco, Fluminense e Santos já estão garantidos; os outros postulantes precisam agora mostrar serviço para fecharem o ano com a sensa-ção do dever cumprido. Por causa disso, o Figueirense promete dar muito trabalho ao líder Corinthians.

Nesta tarde, um clássico marca o confronto direto entre Flamengo e Inter pela vaga. Os times se enfrentam às 16h, em Macaé, e o derrotado terá muitas dificuldades para conquistar o lugar na Liber-tadores. O Colorado vem de uma vitória importante sobre o Botafogo, no Engenhão, e conta com o poder de fogo do

artilheiro Leandro Damião para aumentar a crise do adversário. O Fla perdeu força na reta final do Brasileiro e o trabalho do técnico Vander-lei Luxemburgo está sendo até questionado. Ronaldinho Gaúcho também não vive boa fase e o prêmio de consolação para quem lutou pelo título desde a primeira rodada é o retorno à competição conti-nental. O Inter tem 57 pontos e o Flamengo tem a mesma pontuação, perdendo apenas no número de vitórias.

Com 56 pontos, o São Paulo também luta para voltar ao principal campeonato da América. Para isso, precisa vencer hoje o clássico contra o Palmeiras e o duelo com o Santos na última rodada. A direção do Alviverde avisou

que o clube não aspira mais nada na competição, mas que o objetivo agora é tirar o Trico-lor Paulista da Libertadores e ainda evitar o título do Corin-thians.

Outro postulante à vaga é o Botafogo. O Glorioso lutou pela taça até as últimas roda-das, mas vem de quatro derro-tas consecutivas. Hoje, o clube faz um jogo de vida ou morte contra o Atlético-MG, às 16h, em Sete Lagoas. O Galo luta para não cair e será um adver-sário difícil de ser batido.

O último candidato à Libertadores é o Coritiba, com 54 pontos. Apesar de estar atrás dos adversários, o Coxa tem a vantagem de enfrentar o time mais fraco da turma. Jogando em casa, o Alviverde recebe o já rebaixado Avaí. V.M

Taça Libertadores é o limite para seis clubes do NacionalRonaldinho tem a missão de

comandar o Flamengo no

clássico com o Inter,

em Macaé

Atual vice-campeão brasi-

leiro, Cruzeiro corre sério

risco de ser rebaixado para

a Segunda Divisão

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6 O JORNAL l MACEIÓ, 27 DE NOVEMBRO DE 2011 l DOMINGOwww.ojornalweb.com l [email protected]

Esportes O Jornal

Guia do torcedor

FIGUEIRENSE x CORINTHIANSHoje, Orlando Scarpelli, 16h (de

Alagoas)

FIGUEIRENSE - Problemas - Túlio (machucado), Elias (terceiro cartão), Júlio César (machucado, dúvida) - Time provável (4-3-1-2) - Wílson, Bruno, Roger Carva-lho, Édson Silva e Juninho; Ygor, Coutinho, Maicon e Fernandes; Wellinton Nem e Aloísio ( Julio Cesar). Técnico: Jorginho

CORINTHIANS - Problemas - Nenhum - Time provável (4-2-3-1) - Júlio César, Alessandro, Paulo André, Leandro Castan e Fábio Santos; Ralf e Paulinho; William, Danilo e Émerson; Liédson. Técnico: Tite

FLUMINENSE x VASCOHoje, Engenhão, 16h (TV Globo

mostra para Alagoas)

FLUMINENSE - Problemas - Nenhum - Time provável (4-2-3-1) - Diego Cavalieri, Mariano, Elivélton, Leandro Eusébio e Carlinhos; Edinho e Diguinho; Marquinho, Deco e Rafael Sóbis; Fred. Técnico: Abel Braga.

VASCO - Problemas - Felipe (machucado, dúvida) e Élton (machucado, dúvida) - Time provável (4-2-3-1) - Fernando Prass, Fágner, Dedé, Renato Silva e Jumar; Rômulo e Felipe Bastos; Allan, Juninho Pernambucano e Bernardo; Diego Souza. Técnico: Cristóvão Borges.

FLAMENGO x INTERNACIONALHoje, Moacyrzão (Macaé), 16h

FL AMENGO - Problemas - Aírton (machucado), Júnior César (terceiro cartão) e Muralha (terceiro cartão) - Time prová-vel (3-4-1-2) - Felipe, Alex Silva, David Braz e Wellinton; Leonardo Moura, Williams, Maldonado e Renato; Thiago Neves; Ronaldi-nho Gaúcho e Deivid. Técnico: Vanderlei Luxemburgo.

INTERNACIONAL – Problemas: Nenhum – Time provável (4-2-3-1) - Muriel, Nei, Bolívar, Rodrigo Moledo e Kléber; Guiñazú e Tinga; Gilberto, D’Alessandro e Oscar; Leandro Damião. Técnico: Dorival Júnior.

PALMEIRAS x SÃO PAULOHoje, Pacaembu, 16h

PALMEIRAS - Problemas - Marcos (machucado) - Time provável (4-2-3-1) - Deola, Cici-

nho, Leandro Amaro, Thiago Heleno e Gerley; Marcos Assun-ção e Márcio Araújo; Patrik, Valdivia e Luan; Ricardo Bueno. Técnico: Luiz Felipe.

SÃO PAULO - Problemas - Lucas (terceiro cartão) - Time provável (4-2-3-1) - Rogério, Piris, João Filipe, Rhodolfo e Juan; Welling-ton e Denílson; Dagoberto, Cícero e Fernandinho; Luís Fabiano. Técnico: Émerson Leão.

ATLÉTICO MINEIRO x BOTA-FOGO

Hoje, Arena do Jacaré, 16h

ATLÉTICO MINEIRO - Proble-mas - Nenhum - Time provável (4-2-3-1) - Renan Ribeiro, Carlos César, Réver, Leonardo Silva e Richarlyson; Pierre e Filipe Souto; Neto Berola, Daniel Carvalho e Bernard; André. Técnico: Cuca.

BOTAFOGO - Problemas - Antô-nio Carlos (terceiro cartão), Maicosuel (machucado, dúvida) e Cortês (machucado, dúvida) - Time provável (4-2-3-1) - Jéffer-son, Alessandro, Gustavo, Fábio Ferreira e Éverton; Marcelo Mattos e Renato; Caio, Felipe Menezes e Elkesson; Loco Abreu. Técnico: Flávio Tenius.

CEARÁ x CRUZEIROHoje, Presidente Vargas, 16h

CEARÁ - Problema - Felipe Azevedo (terceiro cartão) - Time provável (4-3-1-2) - Fernando Henr ique, Heleno, Daniel Marques, Fabrício e Eusébio; Juca, Michel, João Marcos e Thiago Humberto; Sinho e Osvaldo. Técnico: Dimas Filgueiras.

CRUZEIRO - Problemas - Wally-son (machucado) - Time provável (4-2-3-1) - Fábio, Marquinhos Paraná, Léo, Victorino e Diego Renan; Leandro Guerreiro e Char-les; Fabrício, Montillo e Welling-ton Paulista; Anselmo Ramon. Técnico: Vágner Mancini.

AMÉRICA MINEIRO x ATLÉ-TICO PARANAENSE

Hoje, Parque do Sabiá, 16h

AMÉRICA MINEIRO - Problemas - Ânderson (machucado), Otávio (machucado), Luciano (machu-cado), William Rocha (terceiro cartão), Dudu (terceiro cartão) - Time provável (3-4-1-2) - Neneca, Gabriel, Micão e Éverton Luís; Marcos Rocha, Glauber, China e Carletto; Rodriguinho; Kempes e Fábio Júnior. Técnico: Givanildo de Oliveira.

ATLÉTICO-PR - Problemas - Nenhum - Time provável (4-2-3-1) - Renan Rocha, Wendell, Manoel, Gustavo Araújo e Héra-cles; Deivid e Marcelo Oliveira; Guerrón, Paulo Baier e Marcinho; Nieto. Técnico: Antônio Lopes.

SANTOS x BAHIAHoje, Vila Belmiro, 16h

SANTOS - Problemas - Nenhum - Time provável (4-2-3-1) - Rafael, Danilo, Edu Dracena, Bruno Rodrigo e Durval; Henrique e Arouca; Alan Kardec, Ganso e Neymar; Borges. Técnico: Muricy Ramalho.

BAHIA - Problemas - Dodô (machucado) - Time prová-vel (4-3-1-2) - Marcelo Lomba, Marcos, Titi, Paulo Miranda e Ávine; Fabinho, Fahel, Diones e Ricardinho; Lulinha e Souza. Técnico: Joel Santana.

CORITIBA x AVAÍHoje, Couto Pereira, 16h

CORITIBA - Problemas - William (terceiro cartão), Leandro Doni-zete (machucado) - Time prová-vel (4-2-3-1) - Vanderlei, Jonas, Jéci, Émerson e Eltinho; Leandro Donizete e Léo Gago; Rafinha, Davi e Éverton Costa; Leonardo. Técnico: Marcelo Oliveira.

AVAÍ - Problemas - William (machucado), Lincoln (machu-cado), Júnior Urso (expulso) - Time provável (4-3-1-2) - Marcelo Moretto, Daniel, Caçapa, Cássio e Léo Campos; Bruno Silva, Diogo Orlando, Leandrinho, Robinho e Cléverson; Caíque. Técnico: Édson Neguinho.

GRÊMIO x ATLÉTICO GOIA-NIENSE

Hoje, Olímpico, 16h

GRÊMIO - Problemas - Fábio Rochemback (machucado), Fernando (terceiro cartão) - Time provável (4-2-3-1) - Victor, Mário Fernandes, Saimon, Rafael Marques e Júlio César; Vílson e William Magrão; Marquinhos, Douglas e Escudero; André Lima. Técnico: Celso Roth.

AT L É T I CO G O I A N I E N S E - Problemas - Vítor Júnior - Time provável (4-2-3-1) - Márcio, Rafael Cruz, Gílson, Ânderson e Thiago Feltri; Pituca, Joílson, Ernandes e Bida; Felipe e Anselmo. Técnico: Hélio dos Anjos.

* Horários de Alagoas

Page 41: OJORNAL 27/11/2011

CRB pode conquistar o primeiro título nacional da história de Alagoasno próximo sábado

RENATO BUARQUE [email protected]

O acesso à Série B do Brasi-leiro de 2012 já está garantido, mas os duelos com a equipe catarinense do Joinvil le Esporte Clube vão muito além do fator campo. O embate pode garantir ao CRB e ao fute-bol alagoano o primeiro título em âmbito nacional de sua história.

Vale lembrar que o Regatas conquistou a chance inédita de levantar o título nacional da Série C, após ser o primeiro colocado entre os quatro clubes que se enfrentaram

pelo Grupo E da segunda fase da competição nacional.

Para o jogo final, marcado para próximo sábado, a dire-ção do CRB já está esquemati-zando os detalhes do traslado do grupo à cidade de Joinville, que deve acontecer na quinta--feira. Para facilitar a viagem e evitar intercorrências no percurso, os dirigentes do CRB fretaram um avião, que levará a delegação para Santa Cata-rina.

SUPERSTIÇÃOE na cidade de Joinville

uma peculiaridade e / ou superstição para os que levam o assunto a sério pode ajudar o Galo no embate contra o JEC. Reza a lenda que o está-dio da equipe da casa, a Arena Joinville, não traz bons flui-dos para os mandantes do segundo jogo da final.

Pelo o que se conta, o JEC, depois que começou a mandar seus jogos na Arena Joinvile, não obteve gran-des êxitos no novo campo. Tanto é verdade que, no ano da inauguração do campo,

em 2004, o Joinville foi rebai-xado da Série B para a Série C, de onde nunca mais saiu até esta temporada, quando finalmente as coisas come-ç a r a m a g a n h a r n ov o s contornos.

RENOVAÇÃOAlém dos preparativos para

o jogo, a diretoria do CRB vai tentar renovar os contratos de alguns jogadores que são considerados peças-chave no atual elenco do Galo.

7O JORNAL l MACEIÓ, 27 DE NOVEMBRO DE 2011 l DOMINGO www.ojornalweb.com l [email protected]

Esportes O Jornal

Marco Antônio

O último jogo

CSA tem base doCoruripe para 2012VICTOR MÉ[email protected]

O CSA iniciou a sua pré--temporada em Viçosa na última quarta-feira e

vai trabalhar no interior por 16 dias. O técnico Celso Teixeira já conta com a maioria dos reforços e, daqui para frente, a diretoria vai fechar apenas contratações pontuais.

Por enquanto, o Azulão confia na base montada a partir de uma espinha dorsal do Coruripe. Acertaram o zagueiro

Leandro, o volante Anderson, o meia-atacante Lindoval e os atacantes Paulinho Marília e Edson Di. Todos eles trabalha-ram com Celso no Hulk ainda neste primeiro semestre e têm a confiança do treinador.

GOLEIROA diretoria do Azulão

mantém o discurso sobre o goleiro Flávio. Segundo Otávio Quadros, o jogador vai se apre-sentar ao CSA quando encerrar seu vínculo com o América--MG na Série A.

Coincidência ou não, a única derrota do Joinville no Campeonato Brasileiro da Série C, englobando as duas primeiras fases do campeo-nato, foi registrada na Arena Joinville, quando a equipe da casa foi derrotada pelo time gaúcho do Caxias pelo placar de 4 x 2. Detalhe: o JEC dispu-tou sete jogos como mandante.

Por sua vez, o representante alagoano em jogos fora do Rei Pelé não se houve muito bem. Em sete jogos válidos, o Rega-tas empatou quatro vezes, foi derrotado em três oportunida-des e conquistou apenas uma vitória, frente ao Paysandu, no Estádio Mangueirão, em Belém do Pará.

O futebol alagoano perdeu quatro oportunidades de trazer um título nacional para o Estado. Destas chan-ces, três foram desperdiçadas pelo CSA, ainda pela extinta Taça de Prata, que equiva-lia ao que hoje é disputado como Campeonato Brasileiro da Série B, e a outra pelo ASA de Arapiraca, que foi vice--campeão da Série C.

AZULÃO DO MUTANGEOs embates do CSA acon-

teceram na década de 1980. O Azulão do Mutange perdeu o título da taça de prata em 80 para a equipe paranaense do Londrina; em 1982, a derrota foi para o Campo Grande, do

Mato Grosso do Sul. Já em 1983, o vice-campeonato veio após um insucesso ante o Juventus, de São Paulo, o famoso “Moleque Travesso”.

ASAJá o ASA disputou a final

da Série C do do Brasileiro ano de 2009, ano do seu acesso à Segundona, contra o América Mineiro.

Na oportunidade, o Coelho derrotou ao time alagoano nos dois jogos da decisão, tanto no Estádio Municipal Coaracy da Mata Fonseca, em Arapiraca, quanto nos seus domínios, o Estádio Indepen-dência, em Belo Horizonte, Minas Gerais. R.B.

Joinville já perdeu nesta Série C em sua arena

Galo vai jogar na Arena

Joinville no próximo sábado

CONTRATAÇÕES

Page 42: OJORNAL 27/11/2011

8 O JORNAL l MACEIÓ, 27 DE NOVEMBRO DE 2011 l DOMINGOwww.ojornalweb.com l [email protected]

Esportes O Jornal

Sem novidades no carro, Felipe Massa aposta em ‘fator Interlagos’ na corrida de hoje

São Paulo - Com o mesmo carro que não fez uma boa temporada, Felipe

Massa confia no “fator Inter-lagos” para fazer uma boa corrida hoje, às 13h (de Alagoas) e alcançar o melhor resultado do ano. A expecta-tiva do piloto é subir ao pódio pela primeira vez, o que evita-ria um 2011 completo sem um brasileiro entre os três primei-ros.

No último GP do ano, a Ferrari não terá nenhuma novidade. Até agora, Massa chegou cinco vezes na quinta colocação (Malásia, Europa, Inglaterra, Alemanha e Emira-dos Árabes). A equipe conquis-tou somente uma vitória, com Fernando Alonso, na Ingla-terra. O espanhol ainda briga pelo vice-campeonato.

“Temos o mesmo carro, sem partes novas, mas correndo em casa podemos sentir uma força extra das pessoas. Defini-tivamente, espero ter um bom fim de semana e lutar pelo pódio. Vencer a corrida seria fantástico, mas estou ansioso para ter meu melhor resultado no ano”, afirmou.

Massa venceu duas vezes em Interlagos: 2006 e 2008, quando só não conquistou o título mundial porque Lewis Hamilton ultrapassou Timo Glock nas últimas curvas. A

familiaridade com o circuito, em sua opinião, pode pesar a favor no fim de semana.

“É o lugar em que come-cei minha carreira, venho aqui desde criança. Vinha ver

o Nelson (Piquet), o Ayrton (Senna)... Mas não o Emerson (risos). Para todos nós, brasi-leiros, é como um campeo-nato”. Em sua sexta temporada na Ferrari e garantido no

cockpit para 2012, Massa tem convivido com cobranças dos chefes. O presidente Luca di Montezemolo declarou que espera melhores resultados dele.

Hora de mostrar serviço

Melhor resultado do brasileiro Felipe Massa neste ano foi um quinto lugar

Campeão, Sebastian Vettel admite correr riscos em São PauloCom o bicampeonato de

pilotos garantido desde o GP do Japão, no dia 9 de outubro, Sebastian Vettel está desfru-

tando o fim da temporada. Em Interlagos, o alemão de 24 anos admite arriscar mais, sem a pressão de precisar vencer.

“Nessas últimas etapas pudemos adotar mais riscos para ver o que os pneus acei-tariam. E nesse fim de semana

não será diferente. Não sabe-remos como será aqui, mas vamos arriscar”, assegurou Vettel. Mesmo depois de

comemorar o título, ele não perdeu o ímpeto. Subiu no lugar mais alto do pódio na Coreia e na Índia.

Page 43: OJORNAL 27/11/2011

Em “Rei Davi”, minissérie da Record, Bianca

Castanho se divide entre fé e fertilidade

Em “Aquele Beijo”, Diogo Vilela reforça

velha parceria com o autor Miguel Falabella

www.ojornalweb.com l [email protected]

TV O JornalO JORNAL l MACEIÓ, 27 DE NOVEMBRO DE 2011 l DOMINGO

3

Sem fronteirasPara protagonizar “Vidas em Jogo”, Guilherme Berenguer se aproxima do universo de personagem

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2 O JORNAL l MACEIÓ, 27 DE NOVEMBRO DE 2011 l DOMINGOwww.ojornalweb.com l [email protected]

TV O Jornal

O que vempor aí

Já deu para perceber que Tereza Cristina (Christiane Torloni) é capaz de qualquer coisa para tirar do seu caminho quem a atrapalha. Ela, inclusive, tentou matar Marcela (Suzana Pires) com a ajuda de Ferdi-nand (Carlos Machado), depois que a jornalista descobriu seu tão misterioso segredo e a chantageou. Mas, nos próximos capítulos de “Fina Estampa”, a vilã vai acabar de vez com a vida da moça. Depois de ameaçar Marcela, Tereza Cristina a enforca, sem dó nem piedade. E ela ainda vai mostrar que não é a esposa fiel que René (Dalton Vigh) imagina. Isso porque seu comparsa, Ferdinand, a seduz. E ela também acaba cedendo às investidas de Pereirinha (José Mayer). Enquanto isso, começam as inves-tigações sobre a morte de Marcela. Uma enfermeira do hospital onde a jornalista estava internada comenta que viu uma mulher que pode ter sido sua assassina. Crô (Marcelo Serrado) está desconfiado de que sua patroa esteja envolvida no crime. Durante o enterro, as coisas quase se compli-cam. A enfermeira fica encarando Tereza Cristina e, quando resolve tirar sua dúvida, é interrompida por Ferdi-nand com uma ameaça. Resta saber até quando esse crime ficará impune. (LUANA BORGES/POPTEVÊ)

# Paulo e Esther discutem.

# Guaracy se irrita com Griselda.

FINA ESTAMPAAssassina

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Aspas“Não sou garota de ficar

com qualquer um”.Bruna Marquezine, a Bele-

zinha de “Aquele Beijo”, afir-mando que prefere namorar do que ficar com alguém sem grandes compromissos (Revista “Quem”).

“Ainda não estou pronta”.Joana Lerner, a Luana de

“Fina Estampa”, sobre a ideia de posar nua, proposta que já recebeu (“ego.com.br”).

“Detesto ser extre-mista. Não posso dizer se vou fazer ou não”.

Thaís Fersoza, a Patrícia de “Vidas em Jogo”, sobre a proposta d e p o s a r p a r a a “Playboy” (Revista “Contigo!”).

“Se v o c ê n ã o tem fama de pega-dor e é solteiro, fica com fama de veado. Então, antes pega-dor que veado”.

Caio Castro, o Antenor de “Fina Estampa”, falando sobre a imagem de “garanhão” que muita gente tem sobre ele (Revista “Quem”).

“Sou igual à Adriane Galisteu: chamou de gostosa, eu acho que estou gorda”.

Carolina Dieckmann, a Teodora de “Fina Estampa”, ao dizer que não está confortável com o corpo mais exuberante que teve de conquistar para a personagem (“mdemulher.com.br”).

“Trabalho demais para ser um telespectador”.

Lima Duarte ao afirmar que não assiste a novelas (Revista “Contigo!”).

“Porque às vezes não tem matéria para colocar no ar”.

José Luiz Datena, apresentador do “Brasil

Urgente”, da Band, explicando o motivo

da grande quan-tidade de reprise

de matérias em seu programa ( P r o g r a m a “ B r a s i l

Urgente”, da Band).

“Isso nunca foi um fardo para mim”.

Jayme Matarazzo, que viveu o príncipe Felipe de “Cordel Encantado”, sobre ter o sobrenome de uma das famílias mais tradicionais de São Paulo (Revista “Quem”).

“Estou com o mesmo carro há sete anos”.

A apresentadora Adriane Galisteu ao dizer que, depois de ganhar dinheiro e gastar comprando muitas coisas, agora resolveu poupar (Jornal “Folha de S. Paulo”).

“Hoje em dia, as mulheres podem ir para cama sem ter nenhum tipo de romantismo. Apenas por prazer”.

Franciely Freduzeski, atriz contratada da Record, ao condenar o machismo que existe em relação às mulheres no que diz respeito ao sexo causal (Revista “Mensch”).

“Esse povo está preci-sando ralar um pouquinho”.

C l a u d i a J i m e n e s , a Mãe Iara de “Aquele Beijo”, sobre a nova geração de atores for mada de uma maneira geral por jovens que só querem ficar famosos (“epoca.com.br”).

“S o u c o m o u m b o m vinho: quanto mais velho, melhor”.

Christiane Torloni, a Tereza Cristina de “Fina Estampa”, ao jurar que se sente melhor aos 54 anos do que quando tinha 30 (Jornal “O Dia”).

“Morro de ciúmes”.Alexandre Borges sobre

as cenas românticas que sua mulher, Julia Lemmertz, protagoniza com Dan Stul-bach em “Fina Estampa” (Jornal “O Dia”).Jo

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Page 45: OJORNAL 27/11/2011

Em “Aquele Beijo”, Diogo Vilela reforça velha parceria com o autor Miguel Falabella

LUANA BORGESPopTevê

Alguns atores são frequen-temente relacionados a determinados auto-

res. É o caso de Diogo Vilela, o Felizardo de “Aquele Beijo”. Apesar de ter no currículo mais de 30 produções assinadas por diferentes pessoas, ele é muito lembrado pela parceria com Miguel Falabella dentro e fora da tevê. Entre as obras do amigo em que já atuou, estão “TV Pirata” – com co-autoria e roteiro de Falabella –, “Salsa e Merengue” e “Toma Lá, Dá Cá”. Além disso, os dois trabalha-ram juntos em “Sassaricando”, novela exibida pela Globo em 1987, que teve direção--geral do autor, e dividiram o palco recentemente na peça “A Gaiola das Loucas”. A proxi-midade acaba tornando o dia a dia de gravação mais praze-roso. O que não significa que o trabalho seja mais simples. “A intimidade não muda as dificuldades, nem as alegrias. É melhor porque fica mais carinhoso, como tem sido”, derrete-se. “Mas o trabalho é o mesmo, não tem regalia. Nós, amigos do Falabella, sabe-mos que ele é muito exigente e queremos fazer o melhor”, completa.

Foi, inclusive, durante uma

das muitas parcerias com o autor que Diogo foi convidado para fazer o Felizardo. Os dois estavam em cartaz com “A Gaiola das Loucas” quando Falabella criou o personagem. “Ele teve a ideia e todo dia me falava sobre o papel. Era muito legal. Eu só fiquei ouvindo, agora estou aqui fazendo”, ressalta. Na trama, Felizardo é um nordestino machista casado com Locanda, inter-pretada por Stella Miranda, com quem teve um casal de filhos: Agenor, de Fiuk, e Raíssa, de Maria Maya. Mas sempre que pode dá suas escapadas. Ainda incentiva o filho a ser do mesmo jeito. “O Felizardo é tudo aquilo que falam do poli-ticamente incorreto. Quer que o filho pegue todo mundo e também pega todo mundo”, conta, bem-humorado.

P – Você trabalhou muitas vezes com Miguel Falabella e conhece bem texto dele. Ainda assim fez alguma preparação para interpretar o Felizardo?

R – Meu laboratório foi começar a gravar no mesmo lugar que meu personagem nasceu, na Paraíba. Pude ficar lá, vendo aquele pessoal do Nordeste maravilhoso. Foi muito emocionante. Fiquei 12 dias para gravar. Também fui muito ajudado pelo Marcelo Gomes, um ator paraibano que fez “Cordel Encantado”. Fui para lá mais ou menos prepa-rado. Parecia que eu estava fazendo um longa, de tanta produção.

P – Você já interpretou personagens nordestinos em sua carreira, como Eurico de “O Auto da Compadecida”. Existe alguma diferença deste em relação a seus outros trabalhos?

R – Já fiz muitos persona-gens nordestinos, mas não com a característica desse. O Felizardo é diferente porque tem um lado da dramaturgia que deixa ele mais polivalente, não é uma coisa só. Ele tem um tempera-mento volátil, tem várias opções. Esse personagem está dentro do perfil que já trabalhei, só que agora é dramatur-gia, então tem cotidiano. O cotidiano na novela é o mais impor-tante.

P – V o c ê n ã o atuava e m novelas d e s d e “As Filhas da Mãe”. É u m a e s c o -lha sua, já que fazendo progra-mas de humor, que demandam menos dias de gravação, é

mais fácil conciliar o tempo com outros projetos?

R – As coisas vão aconte-cendo e estou fazendo humor há muito tempo. Também fiquei fazendo muito teatro. Não que eu não faça junto porque sempre faço um traba-lho na tevê e depois uma peça. Mas é uma coincidência. Estava ocupado demais com outras coisas e fiquei pouco disponível. Agora, estou mais

livre e coincidiu.

PersonagemdaSemana

3O JORNAL l MACEIÓ, 27 DE NOVEMBRO DE 2011 l DOMINGO www.ojornalweb.com l [email protected]

TV O Jornal

Aniversários da semana de 27 de novembro a 3 de dezembro

27/11 - Vera Fischer, 60 anos. Nesta data, há 29 anos, foi ao ar o último capítulo de “Elas Por Elas”. Escrita por Cassiano Gabus Mendes, a novela conta a história de sete colegas de colégio que não se viam há 20 anos. Márcia, Helena, Adriana, Wanda, Carmem, Marlene e Natália – interpretadas, respec-tivamente, por Eva Wilma, Aracy Balabanian, Ester Góes, Sandra Bréa, Maria Helena Dias, Mila Moreira e Joana Fomm – acabam se reencontrando, trazendo à tona segredos e acontecimentos do passado que voltam a afetar suas vidas. Ao longo dos capítulos, importantes fatos são revelados. Helena, por exemplo, quando jovem, roubou o namorado de Adriana e se casou com ele. Magoada, a amiga traída também se casou e as duas engravidaram ao mesmo tempo. Miguel, de Mário Lago, pai de Helena, por sua vez, troca os bebês na maternidade porque desejava um neto homem para dar conti-nuidade aos seus negócios. Ainda no elenco, Nathalia Timberg, Lauro Corona, Tássia Camargo e Mauro Mendonça, entre outros.

28/11 - Marco Ricca, 49 anos, e Carla Diaz, 21 anos.

29/11 - Francisco Cuoco, 78 anos, Bruno Garcia, 41 anos, e Maria Paula, 41 anos.

30/10 - Angélica, 38 anos.

01/12 - Anselmo Vasconcelos, 58 anos, e Gorete Milagres, 48 anos.

02/12 - Stephan Nercessian, 58 anos.

03/12 - Jussara Marques, 27 anos.

Coisa antiga

eixa ele mais polivalente, uma coisa só. Ele

um tempera-o volátil, tem

opções. Esse nagem está

o do perfil que balhei, só que é dramatur-

ntão tem ano. Oianovela ais r-

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e s c o -ua, já que

do progra-e humor, que ndam menos e gravação, é

livre e coincidiu.

Page 46: OJORNAL 27/11/2011

4 O JORNAL l MACEIÓ, 27 DE NOVEMBRO DE 2011 l DOMINGOwww.ojornalweb.com l [email protected]

TV O Jornal

Rapidinhas# No domingo, a Globo

exibe o jogo Cuba x Brasil. A partida vale pela Copa do Mundo de Vôlei Masculino . (Globo, dom, 3h45)

# Marília Gabriela entre-

vista a dupla Fernando e Soro-caba no “De Frente com Gabi” deste domingo. (SBT, dom, 0h)

# A Globo exibe a partida Fluminense x Vasco pelo Campeonato Brasileiro.

(Globo, dom, 16h50)# Neste domingo, a Globo

exibe o GP do Brasil de Fórmula I. (Globo, dom, 13h05)

# Nesta quarta, estreia a série “Os Protetores do

Planeta”, que mostra ações bem-sucedidas de preserva-ção da natureza ao redor do mundo. (TV Brasil, qua, 23h)

# No “Pa r a t o d o s” d e sábado, a arte do Duo 6eMeia.

Formada pelos artistas Ander-son Augusto e Leonardo Dela-fuente, a dupla muda a cara dos bueiros do bairro da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo. (TV Brasil, sab, 19h30)

Espelho meu(GLOBO, DOM, 12h)No “Aventuras do Didi” deste

domingo, o espelho da casa de Didi e seus amigos só reflete uma imagem: o rosto de Dedé. Na brincadeira, ele aproveita que Tatá, Douglas e Didi acaba-ram de despertar para fingir ser o reflexo deles. Conforme cada um lava o rosto ou escova os dentes, Dedé repete o gesto e se diverte com as reações.

Não emplacou(MTV, DOM, 20h30)Fazer uma lista de músicos

que tentaram e fracassaram no cinema é muito fácil. A mesma coisa vale para os músicos que tentaram, mas se deram bem. Por isso, esta semana, o “Extrato MTV” vai listar os piores atores “rappers”.

Filantrópico(REDE TV!, DOM, 18h15)Neste domingo, Faa Morena

apresenta um especial do programa “Ritmo Brasil” em prol da campanha “RedeTV! – Direito de Viver 2011”. A apresentadora visitou o Hospital de Câncer de Barretos acompanhada da dupla sertaneja Gian e Giovani.

Durante a visita, os músicos lembram da mãe que já se tratou no hospital, falam da impor-tância da campanha e se dizem honrados pela ala emergencial do hospital ser batizada com o nome deles.

Honra em jogo(SBT, SEG, 15h)No capítulo desta segunda

de “Fascinação”, Guiomar tenta proteger a filha, mas José está fora de si e, armado, sai para defender a honra da família. Ele invade a casa, se apresenta como pai de Clara e ameaça matar Carlos Eduardo se não se casar com sua filha. Carlos Eduardo enfrenta José e diz que não pretende se casar. Melânia se encarrega de sujar a repu-tação de Clara, dizendo ao pai que ela foi flagrada com outro homem.

Encontro de sambistas(TV BRASIL, TER, 23h)Os bambas estão de volta

à tela da TV Brasil. O “Samba na Gamboa”, apresentado por Diogo Nogueira, traz novida-des na sua terceira temporada, que estreia na terça. Diogo recebe a cantora Beth Carvalho

e o músico Hamilton de Holanda para homenagear o centenário do grande filósofo do samba, Nelson Cavaquinho. Músicas como “Juízo Final”, “A Flor e O Espinho” e “Folhas Secas” fazem parte do repertório.

Olho no lance(GLOBO, QUA, 21h45)Nesta quarta, a Globo exibe

o “clássico” futebol da semana. A disputa é entre o time chileno Universidad de Chile e o clube carioca Vasco. O jogo vale pela Copa Sul-Americana. Somente para São Paulo, no horário da partida, a emissora exibe o longa “Quem Quer Ser Um Milioná-rio?”.

Tipo de som(TV BRASIL, QUI, 23h30)Os compositores sempre fize-

ram suas obras para os instru-mentos que tinham disponíveis. Cada conjunto ou intérprete usava o que tinha ou sabia tocar. Somente a partir do classicismo, o timbre começa a ser levado em conta e obras são compos-tas especificamente para um instrumento determinado. Hoje é um elemento estrutural para o compositor. A pesquisa

musicológica oferece conceitos de interpretação, que incluem adotar a réplica do instrumento original para reconstruir a sono-ridade conhecida na época em que cada obra foi composta. A edição do “A Grande Música”, que vai ao ar na quinta, é dedi-cada a esses sons.

Duelo de titãs(GLOBO, SEX, 3h50)Nesta semana, a Globo dá

seguimento à exibição da Copa do Mundo de Vôlei Masculino. Na sexta, é a vez da Seleção Brasi-leira enfrentar os fortes adversá-rios poloneses.

Solistas(TV BRASIL, SAB, 1h45)De Jimi Hendrix a Eric Clap-

ton, passando por Paco de Lucia, o “Segue O Som” de sábado conduz o público a uma viagem pelos solos da guitarra. Para falar sobre o assunto, Maurício Pacheco entrevista o guitarrista e fundador do grupo Novos Baianos, Pepeu Gomes. Além de relembrar as histórias do conjunto, o artista revela a paixão pelo futebol e discorre sobre a carreira solo.

Manu Moreira

MapadaMina

Page 47: OJORNAL 27/11/2011

O que vempor aí

Existem regras sociais que, quando são quebradas, podem gerar um grande conflito. Gentileza, educação e consideração são os princípios bási-cos dessas normas. Uma delas, sem dúvida, é não ficar com o namorado de um parente próximo. Isso nunca acaba bem. Em “A Vida da Gente”, o caso é com Manuela (Marjorie Estiano) e Ana (Fernanda Vasconcellos). A ex-tenista sai do estado de coma e, nesta semana, saberá que Rodrigo (Rafael Cardoso) está casado com a irmã. O choque será grande para os três. Obviamente, Rodrigo fica balançado. O casamento entra em crise. E, claro, Ana não recebe nada bem a notícia. Ainda há o agravante da filha, que foi criada por Manuela como sendo dela. A menina se recusa a conhecer a mãe verdadeira e se sente ameaçada ao ver a possibilidade do casamento entre Rodrigo e Manuela terminar. Mas, depois de muitas conversas com a criança, ela topa ir conhecer Ana. O reencontro não é muito agradá-vel, já que a menina fica tímida. Já a mãe biológica é só lágrimas. Quando Manuela insiste para visitá-la de novo, a irmã é “categórica”: “nem morta”. E Rodrigo já começa a sentir sua paixão por Ana voltar. Difícil imaginar como será a relação entre os três. (MANU MOREIRA/POPTEVÊ)

# Renato se sente intimi-dado ao ver Alice com os pais no restaurante e decide ir embora.

# Cris reclama da falta de atenção de Jonas.

A VIDA DA GENTENotícia inesperada

Divu

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Em “Rei Davi”, minissérie da Record, Bianca Castanho se divide entre fé e fertilidade

MANU MOREIRAPopTevê

Bianca Castanho é a típica menina aplicada. Em alguns minutos

de conversa, a atriz já havia listado pelos menos cinco filmes que viu e laboratórios diferentes que fez para sua personagem em “Rei Davi”, próxima minissérie da Record que estreia em janeiro do próximo ano. “Fiz aula de cerâ-mica, tear, dança da época em que se passa a história, assisti a todos os episódios da série ‘Roma’ de uma vez só, enfim”, enumera. Na produção, que conta a história bíblica de Davi, ela interpreta a apaixo-nada Celina, uma das poucas personagens criadas para a trama. “Ela vem trazer a histó-ria de amor, de paixão”, explica.

Celina é de outro povoado e se muda para onde vive o fiel Jonatas, interpretado por Cláu-dio Fontana, para se casar com ele. Os dois têm uma relação apaixonada. Mas a crise conju-gal começa quando Celina não consegue engravidar. “Por isso ela acaba se apegando muito à fé. Mas ainda não sei se ela vai conseguir ter um filho”, desconversa ela que, para interpretar uma mulher da época de 900 a.C., teve de escu-recer os cabelos louros e usar aplique nas gravações. “Podia

optar pelo megahair ou pelos cabelos colocados com tic tac. A principal diferença é que um você coloca e fica, enquanto o outro só usa para o trabalho. Achei mais prático o tic tac”, justifica.

Esta é a primeira minissé-rie de Bianca. Antes, a atriz se dedicou às novelas. “É interes-sante ver o trabalho ser feito com mais cuidado por termos mais tempo. É tudo muito caprichado”, elogia. Por conta do ritmo mais lento, a atriz chegou a gravar uma única cena em um dia, enquanto em novelas a média é de 20 cenas. “Já fiquei 8, 9 horas repetindo a mesma cena. É difícil, exige uma concen-tração muito maior. Nesses dias tomei remédio para dor”, lembra ela, que deve termi-nar de gravar antes mesmo da produção estrear. “Essa é a ideia do (Edson) Spinello. E todo mundo está trabalhando com esse prazo. Não quere-mos nenhum imprevisto”, conta, referindo-se ao diretor da trama.

Além da dedicação inte-gral à nova personagem, a atriz está no ar na reprise de “Cristal”, do SBT. A emis-sora também chegou a reexibir “Canavial de Paixões” e “Esme-ralda”, seguidamente, novelas das quais Bianca também fez parte. “A repercussão é incrível. Fui gravar em Diamantina para a série e não conseguia sair na rua por causa da quantidade de pessoas me abordando. Surpreendente”, garante ela, que interpretou uma moci-

nha cega em “Esmeralda”. “Principalmente por esse papel, muitas mães me param nas ruas, contam a história dos filhos. Eu fico muita satisfeita porque esse é meu objetivo em qualquer trabalho, emocionar o público”, conta.

Para os próxi-mos anos, a atriz p r e t e n d e f a z e r c i n e m a , m í d i a na qual a i n d a n ã o a t u o u . “É o meu sonho. Sou c i n é f i l a e adoraria estar na telona. Só q u e a i n d a não rolou u m a

oportunidade”, confessa. Além disso, pensa em produzir sua primeira peça e já vem anali-sando alguns textos. “Algu-mas vezes penso que ainda não estou preparada para essa função. Mas quero

demais”, explica.

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Globo aposta em Ivete Sangalo, Gilberto Gil e Caetano Veloso no especial de fim de ano da emissora

MANU MOREIRAPopTevê

A programação de fim de ano da Globo costuma ser repleta de musicais.

Este ano, porém, não haverá o tradicional “Roberto Carlos Especial”. Em vez disso, o show do “rei” em Jerusalém, que foi ao ar em setembro, será reprisado. Xuxa, que nos últimos anos teve uma grande produção montada no Maracanãzinho para o “Xuxa Especial de Natal”, também ficou de fora da grade. Sendo assim, a emissora preci-sava de uma produção com nomes fortes para preencher o espaço. O especial “Ivete, Gil e Caetano”, que irá ao ar no dia 23 de dezembro, cumpre essa função. “O projeto vem de uma vontade nossa de incan-descer o melhor da música popular brasileira dentro da televisão. Então, é automático pensar em grandes artistas como Ivete Sangalo, Gilberto Gil e Caetano Veloso”, explica o roteirista Rafael Dranaud. “É a união do talento baiano”, valo-riza Roberto Talma, diretor de núcleo do programa.

A ideia de unir o trio partiu do próprio Roberto Talma, que junto com Rafael Dranaud, pensou em fazer um programa musical que falasse sobre o

amor. “Eles são cantores que nos ajudam a sentir diferentes emoções através das canções. O Caetano e o Gil colocaram suas opiniões políticas, o amor, o sexo e a dor em suas músicas. Tudo isso é muito autobiográfico”, opina Rafael. Entre as 17 músicas do reper-tório estão composições de Gil, como “Toda Menina Baiana” e “Drão”. Já entre as de Caetano encontram-se algumas como “Você é Linda”, “Queixa” e “Luz de Tieta”. Mesmo com uma seleção musical que valoriza a discografia dos dois, canções de Chico Buarque e até “Se Eu Não Te Amasse Tanto Assim”, sucesso de Ivete Sangalo, composta por Herbert Vianna e Paulo Sergio Valle, também terão destaque. “O repertório tem uma interpretação e uma alma. É um programa que fala sobre amores, relacionamen-tos, separações e encontros”, avalia Ivete.

Para conseguir um bom entrosamento, os três canto-res tiveram inúmeros ensaios. E, no primeiro dia de grava-ção do programa, o que se via era um total esforço de todos para que melodia e tom ficas-sem harmônicos. Depois de tocarem “Tá Combinado”, de

Caetano Veloso, Gilberto Gil deu algumas dicas para Ivete sobre a passagem cantada por ela. A “diva do axé”, por sua vez, chamava a atenção para algu-mas falhas no som e sempre brincava com os companhei-ros de palco. Além de dançar em alguns momentos, Ivete mostrou-se muito carinhosa com os amigos. Somente os bancos, em que os três passa-ram boa parte do tempo senta-dos, pareciam desconfortáveis demais. Enquanto reclamava, Gil comentou: “Somos senho-res respeitáveis e de idade” e Ivete, sem perder a chance, ironizou: “Até parece”.

A orquestra responsá-vel pela trilha musical do especial é composta por 18 músicos e comandada pelo Maestro Lincoln Olivetti. Os integrantes fazem parte das bandas dos três artistas. Além de três violinos, um violon-celo, um violão, um piano e um teclado, também foram usados trompetes e instru-mentos de percussão. Gilberto Gil, sempre compenetrado, avaliou a orquestra em diver-sos momentos e até se empol-gou com alguns arranjos. “Lindo os instrumentos de corda nessa parte”, elogiou.

Com a voz ligeiramente rouca, Ivete cantou “Atrás da Porta”, de Chico Buarque, de forma dramática. “É uma música de um sofrimento desgraçado”, opina.

Mesmo aparentemente a vontade no palco, Caetano confessa que estar na tevê não o empolga. “Não gosto muito de show assim. Perde a naturalidade”, admite. “É dife-rente. Temos de seguir o que o programa propõe. São muitas questões envolvidas além das músicas em si. Mas eu gosto muito de televisão e fico feliz com os convites”, analisa Gil, que considera as oportuni-dades menos frequentes que antigamente. “Os festivais e programas musicais aconte-ciam quase toda a semana. Isso prosseguiu nos anos 80 e 90, mas com menos intensi-dade. Hoje é raro, principal-mente, nos canais abertos”, reclama. Em meio as canções, o especial “Ivete, Gil e Caetano” tem a proposta de mostrar um papo descontraído entre o trio baiano sobre a vida e a música popular brasileira. “Conversar com a Ivete não é problema nenhum para nós dois. Ela é a própria conversa. Ivete é nossa menina baiana”, derrete-se Gil.

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O que vempor aí

A semana de Verinha (Maíra Charken), em “Malhação”, não vai ser nada fácil. Ela descobre que o filho, Igor (Miguel Arraes), morre de vergonha dela. Verinha é daquele jeito espalhafatoso, mas isso não significa que seja uma má pessoa. Só que quem não percebe isso é o pequeno Igor. Mas uma coisa é certa: ela não é do tipo de mulher que vai deixar essa situação do jeito que está. O garoto faz pirraça, mas Verinha o obriga a conversar com ela bem ali, na frente do colégio. Ele reluta, cede e pede para ela não vender mais joias na porta da escola. É bem verdade que a situação financeira deles nunca mais foi a mesma depois que Verinha se separou do pai do garoto. Mas, ao contrário do que Igor possa pensar, ela está muito feliz com o seu trabalho. O único problema é seu jeito estou-rado de ser. Mas o pior para o menino ainda está por vir. Verinha vai perder a cabeça ao discutir com uma cliente na porta do colégio do filho e vai deixá-lo cheio de vergonha. A solução para a crise familiar é clara. Resta um pouco mais de maturidade no garoto e também na mãe para saber se impor. Nesse caso, vai vencer quem tiver mais flexibilidade. (GABRIEL SOBREIRA/POPTEVÊ)

# Gabriel e Cristal ironizam o vídeo de Débora.

# Alexia chega ao Brasil.

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Para protagonizar “Vidas em Jogo”, Guilherme Berenguer se aproxima do universo de personagem

LUANA BORGESPopTevê

Guilherme Berenguer é do tipo que conversa com todo mundo. O

intérprete do Francisco de “Vidas em Jogo” é daqueles que, quando param no sinal de trânsito, costumam abrir o vidro do carro para bater um papo com os vendedores de doces. Certa vez, inclusive, foi reconhecido por um deles. Animado, o rapaz chamou os amigos para verem de perto o “artista da televisão”, como chamou o ator. “Chegaram mais três e um deles disse: ‘O senhor fez ‘Malhação’. Como é mesmo o nome? É o Cláu-dio ‘Hering’, que fez a novela com a Samara Feliciano!’. Eu respondi: ‘Sou eu mesmo’”, diverte-se, ao lembrar da confusão que o vendedor fez com os nomes dos atores que já integraram o elenco de “Malhação”, onde o ator fez sua estreia na tevê, em 2004 – misturou Samara Felippo com Marjorie Estiano e se enganou com o sobrenome difícil de Cláudio Heinrich.

E foi justamente essa necessidade de estar próximo das pessoas que ajudou Guilherme a compor seu atual personagem. Na trama, antes

de ganhar na loteria, Francisco morava em uma ocupação, onde o coletivo é muito mais importante do que as neces-sidades individuais dos mora-dores. “Tem uma vivência, que carrego comigo, e essa coisa de lidar com as pessoas. Procurei dentro de mim e doei para o personagem essa noção do bem comum”, explica.

Pa ra e n t e n d e r a i n d a melhor o perfil de Francisco, Guilherme foi ver de perto uma dessas ocupações. Passou um dia inteiro por lá e teve a oportunidade de conversar com as pessoas que vivem dessa maneira. “Eles têm uma coisa muito democrática. As regras são estabelecidas a partir de uma votação”, conta.

O laboratório foi uma suges-tão do preparador de elenco Sérgio Penna, que começou a se reunir com os atores da novela no final de 2010. O trabalho foi focado, principal-mente, no entendimento do universo e da personalidade dos personagens através de exercícios de improvisação. “Se a gente erra, a gente sabe o que não usar. Se acerta, guarda aquilo no que o Penna chama de diário de bordo, onde tem um repertório de emoções e situações que me fazem ser o Francisco”, destaca.

Além disso, na história, Francisco canta em uma banda de samba-rock. Por isso, Guilherme fez aulas de canto com a professora Tutti

Baê. O que foi fundamental para o ator buscar a maneira de cantar que esse estilo musi-cal pede. “Eu vou facilmente para o rock. É difícil, para mim, manter essa voz com intensi-dade, mas contida”, revela ele, que já havia tido uma experi-ência semelhante em “Malha-ção”, quando interpretou Gustavo, líder da Vagabanda. Mas, na ocasião, não teve todo o preparo de agora. “Eu colo-cava um jeito meu, ia na intui-ção. Com a preparação vocal que tive para esse persona-gem, consegui enxergar algu-mas coisas, ver onde poderia ou não ir”, ressalta ele, que também observou as perfor-mances dos cantores Rogê e João Sabiá.

O personagem em “Malha-ção”, aliás, é o que Guilherme considera como um marco na carreira. Depois de atuar na novela jovem, fez “Bang Bang”, “Sinhá Moça” e “Desejo Proi-bido”, entre outras. Mas muita gente ainda o aborda para falar do Gustavo. “Até hoje sou o Gustavo Berenguer. O pessoal quando me vê de dentro do ônibus diz: ‘Fala, Gustavo!’. Não tem jeito”, reconhece, aos risos, o ator, que tem projetos fora da tevê. Quando “Vidas em Jogo” chegar ao fim, Guilherme pretende passar um tempo em Los Angeles, no Estados Unidos, fazendo cursos de interpretação. “Também quero fazer mais cinema e teatro”, planeja.

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Bom de conversaEmFoco

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Sem “glamour”No ar em “Vidas em Jogo”,

da Record, Sacha Bali é adepto de uma vida simples. Morador da Ilha da Gigoia, na Barra da Tijuca, o ator gosta de manter o contato com a natureza e não é chegado ao luxo. “Preciso manter a minha criatividade em dia. Com isso me importo. Traba-lho com arte”, explica.

Festas de fim de anoCom a proximidade do

Natal, os famosos já come-çam a decorar suas casas e, principalmente, pensar nos presentes e na ceia. Angé-lica, apresentadora da Globo, garante que a receita de peru de seu marido, Luciano Huck, é essencial na mesa. Já para os filhos, o mais importante são os presentes.

Outra áreaFora do ar desde o fim de

“Insensato Coração”, Camila Pitanga não está parada. A atriz fará uma participação como cantora no próximo CD do grupo 3 na Massa, que está em fase de produção.

SaudávelTra t a n d o u m c â n c e r,

Reynaldo Gianecchini vem tomando cada vez mais cuidados com a sua saúde. O ator procurou a terapeuta Laura Pires, que passou várias receitas de pratos baseados na nutrição ayurveda, que funciona como auxiliar da medicina ayurveda, em que os tratamentos têm cunho tera-pêutico e a cura é feita através de ervas medicinais, exercí-cios, ioga, meditação, massa-gens e alimentação.

No elenco Fora do ar desde o final de

“Insensato Coração”, Jona-tas Faro está prestes a voltar

à teledramaturgia. O ator será um vilão em “Marias do Mar”, produção que subs-tituirá “Aquele Beijo” na Globo.

FamíliaThiago Lacerda faz o tipo

paizão. No ar em “A Vida da Gente” como o médico Lúcio, o ator aproveitou as folgas das gravações para curtir os filhos. Na última semana, ele foi flagrado passeando com Gael no shopping. Brincou e carre-gou o menino nos ombros.

De olho no futuroNo ar em “Aquele Beijo”,

Ricardo Pereira é papai há menos de uma semana. Pensando no futuro do filho, o ator tomou uma decisão séria: guardará as células-tronco da criança. Esse procedimento também foi feito por Letícia Spiller, Eriberto Leão, entre outros.

CompetiçãoNa última segunda-feira,

parte do elenco da Globo ocupou a plateia do Emmy Awards, cerimônia que premia os melhores da tevê em Nova Iorque. Apesar da mobiliza-ção, a emissora não levou nenhum troféu. “Mas já esta-mos no lucro”, consola Fábio Assunção, que concorria na categoria Melhor Ator por sua atuação em “Dalva e Herivelto – Uma Canção de Amor”.

Boa formaO movimento Gota D’Água,

que condena a construção da hidrelétrica de Belo Monte, vem dando o que falar. Principal-mente pelo vídeo que caiu na web, mostrando diversos atores que também são contra a usina. Na última semana, o movi-mento ganhou mais um adepto: Murilo Rosa. “Inclusive, já assi-nei a petição que será enviada a Dilma Roussef”, ressalta.

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O que vempor aí

O troca-troca está correndo solto em “Aquele Beijo”. Os casais se mistu-ram, as desilusões aparecem e novas duplas começam a surgir. No caso de Claudia (Giovanna Antonelli) e Vicente (Ricardo Pereira), a chama acendeu, ficou meio apagada e volta a virar uma forte brasa. Tudo começa no casório dela. No início da cerimônia, ela sobe o altar com Rubi-nho (Victor Pecoraro). Papel assinado, hora da festa. Entre os convidados, o casal que acabou de reatar: Vicente e Lucena (Grazi Massafera). Mas o advogado não poderia escolher um momento pior para contar Claudia que nunca esqueceu o beijo que eles deram em Cartagena, na Colômbia. A moça fica balançada, mas tenta seguir em frente, já que agora está casada com Rubinho. Depois, Vicente decide cometer um “sincericídio”. Ele confessa para Lucena, que recon-quistou há pouco tempo, que já beijou Claudia. A situação se agrava mesmo é quando Claudia não mostra o entu-siasmo de uma mulher que acabou de casar com um homem por quem é apaixonada. E ela ainda reclama com a mãe por estar morando na mesma casa da sogra, Maruschka (Marí-lia Pêra). Até quando ela e Vicente conseguirão segurar as borboletas no estômago? (MANU MOREIRA/POPTEVÊ)

# Iara tenta fazer contato com a mãe.

# Grace Kelly arma para ganhar dinheiro na compra do apartamento da mãe.

AQUELE BEIJOEncontros e desencontros

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A Semana das NovelasOs resumos dos capítulos de todas as novelas são de responsabilidade de cada emissora – Os capítulos que vão ao ar estão sujeitos a eventuais reedições.

MalhaçãoGlobo – 17h50

Segunda (28/11) - Gabriel e Cristal elogiam Alexia para Filipe. Débora mente para Michele sobre o conteúdo que ela pretende postar com seu vídeo na internet. Filipe conta que tem aulas de reforço com Gabriel. Natália fica chateada com Moisés por querer usar o “Nós Online” para divul-gar o concurso das Fôjocats. Cristal sugere que eles poderiam buscar Alexia no aeroporto e Babi e Gabriel avaliam a possibilidade.

Terça (29/11) - Babi marca um encontro com Betão. Débora reclama que poucas pessoas acessaram seu vídeo. Gabriel e Cristal ironizam o vídeo de Débora e pensam em fazer um programa de rádio para internet. Fôjo e Moisés pensam em armar para que Tamtam e Timtim ganhem o concurso para Fôjocats. Gabriel e Cristal contam para Ziggy e Babi o projeto da rádio “Conectados” e discutem os temas para o programa.

Quarta (30/11) - Moisés e Natália discutem por conta do conte-údo do “Nós Online”. Ela se ofende quando Moisés diz que o site só está no ar porque ele deixou. Babi vê Betão abraçado com Débora e fica furiosa. Laura aconselha Michele a fazer o curso de teatro na favela. Gabriel e Betão se encaram durante a aula de kung fu. Cristal mostra o vídeo de Débora para Babi. Betão liga para Babi. Cristal atende e obriga a amiga a falar com ele.

Quinta (1/12) - Débora pede ajuda a Filipe para escrever um novo texto para postar na internet. Betão se enfurece com Filipe por ele ter contado para Débora sobre o tapa que levou de Babi. Gabriel e Cristal ditam o texto para Ziggy escrever o projeto de rádio na internet, o “Conec-tados”. Cristal e Gabriel apresentam o projeto do site para a faculdade. Natália avisa a Moisés que vai deixar o jornal. Alexia chega ao Brasil.

Sexta (2/12) - Laura, Débora, Michele, Betão e Filipe recepcionam Alexia no aeroporto. Natália discute ideias sobre a peça de Natal com Dieguinho e Jefferson. Cristal avisa a Babi e Ziggy que o projeto foi apro-vado. Alexia pede para Laura levá-la à casa de Babi e Cristal. Michele não gosta quando Débora diz que vai pedir ajuda a Alexia para fazer seu novo vídeo na internet. Gabriel entra na loja de conveniência, mas não vê Laura e Alexia.

A Vida da GenteGlobo – 18h15

Segunda (28/11) - Eva garante a Manuela que Ana a acusará de traição quando souber o que aconteceu entre ela e Rodrigo. Ana pede para ver Júlia. Lúcio fala para Eva que Ana está preparada para saber o que se passou enquanto esteve em coma. Vitória destrata Marcos ao saber que ele viajará com as filhas. Rodrigo garante a Manuela que a ama. Eva inter-rompe Lúcio e revela para Ana que ela ficou em coma durante anos.

Terça (29/11) - Ana sinaliza a Lúcio

o seu desejo de ficar sozinha. Marcos diz que Sofia se parece com Vitória e a adoles-cente se entristece. Lúcio encoraja Ana a começar a sua reabilitação. Depois de algum tempo, Ana fala com clareza e pede a Manuela para ver Júlia. Renato tenta explicar para Alice por que se afastou da jovem. Ana pergunta a Iná se Rodrigo está casado. Segundo a psicóloga, é Manuela quem deve contar para Ana sobre seu casamento com Rodrigo.

Quarta (30/11) - Manuela combina de ir ao hospital na companhia de Rodrigo para falar com Ana. Cris se chateia ao descobrir que Jonas saiu de casa sem cumprimentá-la pelo seu aniversário. Rodrigo e Manuela ficam preocupados com as perguntas feitas por Júlia sobre Ana. Vitória manda Miguel treinar com Sofia e os dois se aproximam. Iná fica apreensiva quando Manuela e Rodrigo saem para falar com Ana. Eva conta para Ana que Manuela e Rodrigo estão casados.

Quinta (1/12) - Ana passa mal quando Manuela confirma que está casada com Rodrigo. Lúcio repreende Eva pela forma como ela falou com Ana. Miguel convida Sofia para ir a uma festa. Iná pede que Lúcio ajude a aproximar Manuela e Ana. Renato convida Alice para sair. Lúcio combina com Manuela um horário para ela visitar a irmã. Vitória não deixa Sofia ir à festa com Miguel. Alice fica encantada com as fotografias que Renato faz da cidade. Manu insiste para conversar com Ana.

Sexta (2/12) - Manuela fala com Júlia que ela vai visitar Ana na companhia de Iná. Lourenço encoraja Rodrigo a conversar com Ana. Alice mostra as suas fotos antigas para Renato. Rodrigo fica desolado por Ana não querer recebê-lo. Nanda discute com Eva na recepção do hospital. Iná leva Júlia para ver Ana. Vitória não valoriza os avanços de Sofia e Marcos repreende a ex-mulher. Ana se emociona ao ver Júlia.

Sábado (3/12) - Júlia fica tímida na presença de Ana. Celina desconfia de que Lúcio esteja interessado em Ana. Júlia faz diversas perguntas sobre Ana para Rodrigo. Ana não permite que Alice fale sobre Manuela. Lourenço conversa com Rodrigo sobre Ana. Celina confessa a Nanda que ficou abalada com o encontro que teve com Lourenço. Iná entrega a Ana o computador que comprou e fala sobre o blog criado por Manuela enquanto ela estava em coma.

Aquele BeijoGlobo – 19h15

Segunda (28/11) - Raíssa e Sebastião comemoram o acordo que firmaram e fazem planos sobre o que farão com o prêmio. Felizardo e Locanda são barrados na porta do casamento. Agenor estranha o sumiço de Belezinha e decide procurá-la. Damiana pressiona Raíssa a abrir o envelope com o resultado do teste de DNA. Lucena e Vicente chegam ao casamento de Claudia e Rubinho. Olga pensa em fechar o Lar e Otília estranha esta decisão. Claudia e Rubinho se casam.

Terça (29/11) - Iara tenta fazer contato com a mãe. Vicente conversa com Claudia e confessa que nunca esqueceu o beijo que deram durante a viagem a Cartagena. Brigitte busca Agenor na Vila Caiada e Belezinha vê a cena. Grace Kelly pede para Deusa não ajudar o Lar e afirma que o orfanato tem que fechar as portas. Vicente admite para Lucena que beijou Claudia em Cartagena. Damiana procura Iara e a vidente vê a verdadeira Damiana ao seu lado.

Quarta (30/11) - Damiana pede para Iara afastar a verdadeira Damiana. Ricardo conversa com Camila e ela admite que seu amor por ele acabou. Damiana cuida de Felizardo e os dois fazem um pacto de nunca se separarem. Belezinha tenta conversar com a mãe sobre relacio-namentos. Camila diz a Brigitte que deci-diu se separar de Ricardo e que pretende aceitar a sua oferta para morar com ela. A casa de Iara é cercada por uma multidão.

Quinta (1/12) - Maruschka recebe as fotos de Alberto com Sarita e um documento em que o marido abre mão do terreno do Covil do Bagre. Claudia é sequestrada em sua viagem de lua de mel. Brigitte falta ao trabalho para ficar com Agenor. Juliana vai até a Shunel para investigar a confecção. Joselito tenta aler-tar Iara sobre sua fama repentina. Renato pede permissão a Íntima para levar Belezi-nha a uma festa. Claudia é resgatada pela polícia e resolve cancelar a sua lua de mel.

Sexta (2/12) - Raíssa lê o resultado do exame de DNA para a família e confirma que Damiana e Felizardo são irmãos. Neide avisa a Maruschka que Claudia e Rubinho voltaram para casa. Maruschka conta para Rubinho que Alberto abriu mão do terreno do Covil do Bagre. Joselito diz para Iara que, se ela se apaixonar, perderá a sua vidência. Claudia desabafa com a mãe e lamenta ter ido morar com a sogra. Camila avisa a Brigitte que se mudará para a sua casa.

Sábado (3/12) - Camila comunica à mãe que vai se separar de Ricardo. Iara vê Mirta na Vila Caiada e faz previsões sobre o seu neto desaparecido. Lucena tem uma vertigem e Vicente estranha. Maruschka propõe que Alberto se mude para um apartamento enquanto Claudia e Rubinho ficam com ela na mansão. Camila vai embora sem avisar a Ricardo e Claudia não se conforma. Vicente abraça Claudia, tentando confortá-la, e Lucena os observa de longe.

RebeldeRecord – 20h30

Segunda (28/11) - Tomás fala para Carla que está achando muito chato eles esconderem que estão namorando. Eles estão porão quando os outros rebeldes chegam, mas não assumem o namoro para os amigos. Becky diz a Vicente que vai sentir saudades dele. Os dois se beijam, apaixonados. Binho diz a Pilar que ela ter se apaixonado por ele foi a maior furada. Pilar admite para Pedro que ama Binho. Maria deixa claro para Tomás que se ele não beijá-la vai contar para todo mundo o que aconteceu entre eles. Carla ouve e pergunta o que aconteceu.

Terça (29/11) - Binho fica enciu-mado ao ver Pedro e Pilar juntos. Para provocar Carla, Maria diz que se tornou muito íntima de Tomás. A rebelde sai, irri-tada. Tomás vai até o quarto de Carla para dizer que Maria estava mentindo. A rebelde revela que sabia de tudo, mas preferiu fingir que acreditou. O casal se beija, feliz. Os rebeldes ensaiam na casa de Franco. Ele se aproxima e avisa que já está tarde. Franco começa a discutir com Roberta e Eva surge, surpreendendo a todos. Ela afirma que a filha deve obedecê-lo.

Quarta (30/11) - Pedro e Diego

vão embora. Roberta discute com Franco enquanto Alice e Eva tentam apaziguar. Começam os preparativos para a feira. Pouco tempo depois, o que era para ser a organização da feira se torna um jogo de futebol dos meninos. As rebeldes decidem entrar no jogo para atrapalhar. Vencidos pela insistência feminina, os meninos decidem voltar ao trabalho. Autorizada por Jonas, Pilar decide ir até a feira e pergunta se Binho pode ir também. Depois que recebe uma resposta negativa, Pilar decide contar o segredo do vilão.

Quinta (1/12) - Roberta conversa com Diego, Alice e Pedro e diz que seu pai nunca esteve por perto. Diego consola Roberta, que tem medo de que Leonel a leve embora. Leonel vai até o colégio e pergunta para Jonas sobre o paradeiro de Roberta. O diretor diz que a rebelde deve estar na Vila Lene por conta da feira. Tomás conta para Carla que Pingo descobriu sobre o romance dos dois. Raul, Márcia, João e Bia se divertem com a feira. Binho fica chocado quando Jonas diz saber que ele é adotado. Saindo de casa, Roberta dá de cara com Leonel.

Sexta (2/12) - Roberta recua quando Leonel tenta chegar mais perto. Ela diz ao pai que quem manda nela é a mãe. Jonas fala para Binho que não é o fim do mundo ser órfão. Leonel diz a Eva que vai brigar pela guarda de Roberta. Franco garante à mulher que ninguém vai tirar a Roberta dela. A feira está animada. Leonel confessa para Eva que, por enquanto, não vai levar Roberta. Ele conta que vai se casar. Os rebeldes revelam para Tomás e Carla que sabiam desde o começo que eles estavam namorando escondido.

Fina Estampa Globo – 21h

Segunda (28/11) - Crô ouve Ferdi-nand e Tereza Cristina comentando sobre o incidente com Marcela. Teodora pede dinheiro a Wallace, que desconfia. Patrí-cia sugere que Griselda leve Antenor para sua casa, para que ela possa voltar para a pousada. Paulo convida Vanessa para sair. Guaracy entrega empadas para Esther. Crô vê Leandro chegar em casa acompanhado. Antenor estranha ao ver Griselda à sua espera. Tereza Cristina ameaça Marcela.

Terça (29/11) - Tereza Cristina sufoca Marcela até a morte. Antenor aceita morar na casa de Griselda. Vanessa mente para Crô sobre o encontro que teve com Paulo. Pereiri-nha reclama da presença de Teodora na casa de Griselda. Juan Guilherme convida Letícia para lanchar. Ferdinand seduz Tereza Cristina. Esther decide colocar o nome de Paulo em seu filho. Um sheik árabe convida Wallace para trabalhar com ele. Uma enfermeira comenta no hospital que Marcela recebeu a visita de uma mulher que pode ter sido sua assassina e avisa que tentará reconhecê-la.

Quarta (30/11) - Baltazar observa Pereirinha de longe. Crô teme que sua patroa esteja envolvida na morte de Marcela. Pereirinha combina de se encontrar com Tereza Cristina em sua casa. Wallace aceita a proposta do sheik para trabalhar como empresário. Tereza Cristina decide adiar sua festa no condomínio. Patrícia volta para a pousada. Wallace decide pagar um advo-gado para Teodora. Griselda fica satisfeita ao ver Antenor arrumar as coisas em seu quarto. Durante o enterro de Marcela, a enfermeira do hospital encara Tereza Cristina.

Quinta (1/12) - Paulo e Esther discutem. Griselda se recusa a emprestar o carro para Antenor. Ferdinand observa quando a enfermeira encara Tereza Cristina. Teodora conta sua história para a advogada Mônica, que aceita defendê-la. Wallace observa os lutadores em uma academia. Antenor ameaça acusar Alexandre de estar assediando Patrícia e Daniel fica preocupado. A enfermeira tenta falar com Tereza Cristina depois que a cerimônia fúnebre se encerra. Amália fica chocada ao ver o estado de Rafael. Tereza Cristina se apavora ao ver a enfermeira se aproximar.

Sexta (2/12) - Ferdinand impede que a enfermeira se aproxime de Tereza Cristina e a ameaça. Mônica avisa a Teodora para se comportar bem. Alexandre vê Patrícia dispen-sar Antenor. Íris procura a mala de dinheiro que Griselda havia separado para Teodora. Vanessa e Paulo se beijam. Marilda tenta descobrir o que Crô esconde sobre Tereza Cristina. Renê liga para Griselda durante sua conversa com Guaracy.

Sábado (3/12) - Guaracy se irrita com Griselda. Vanessa ouve a conversa de Renê ao telefone e avisa a Tereza Cristina que seu marido está se encontrando com Griselda. Amália flagra Íris e Alice saírem da mansão com as sacolas cheias. Renê confessa a Griselda que está cansado de seu casamento com Tereza Cristina. Teodora vê Pereirinha beijando Tereza Cristina. Paulo combina de pegar Vanessa no “Le Velmont” e Severino desconfia. Guaracy e Esther se aproximam com intimidade. Renê descobre que Tereza Cristina não dormiu em casa.

Amor e RevoluçãoSBT – 22h15

Segunda (28/11) - Nina e Maria encontram Heloisa na mata e as três seguem fugindo juntas para tentar encon-trar o caminho para a cidade. Maria chega à conclusão de que Miriam armou um plano para separá-la de José. Caminhando pela rua disfarçados, Telmo, Olivia, Batistelli e Feliciana conversam sobre os planos para assassinar o agente americano da CIA. Feliciana, Telmo e Batistelli espreitam dentro de um carro enquanto o agente da CIA é baleado. Chegando à cidade, Maria, Nina e Heloisa observam enquanto Aranha e Fritz colocam Thiago, Lúcia, Jandira e seu filho, Ernesto, no camburão.

Terça (29/11) - Batistelli sente

que algo aconteceu com Jandira e liga para o apartamento da família Paixão para tentar encontrá-la. Filinto e Lobo Guerra comemoram a prisão de Jandira. Coronel Santos conta a eles que o agente da CIA foi assassinado na porta de casa. Jandira é torturada por Aranha e por Fritz para dizer onde Batistelli está escondido. Ana discute com Lobo Guerra e diz que vai contar a José que o filho que Miriam espera é de Filinto. Lobo diz a ela que é capaz de matá--la se ela contar algo a José.

Quarta (30/11) - Aranha tortura Jandira e diz que vai matar Ernesto caso ela não conte onde é o esconderijo de Batistelli. Ele e Telmo se escondem com Feliciana e querem planejar uma ação em resposta ao AI-5. Dr. Ruy examina Jandira, que está em choque, e diz a Aranha que ela não pode mais ser torturada. Chega o dia do casamento de José e Miriam. Maria liga para José e diz que vai esperá-lo na porta da igreja para que os dois fujam juntos. As amigas dizem a Maria que é muito arris-cado, mas ela responde que não se inco-moda e que não vai deixar José se casar com Miriam.

Quinta (1/12) - Fil into tenta convencer Miriam a não se casar com José e dá a ela um anel de presente. Thiago é torturado por Aranha e Fritz, desmaiando. Aranha ordena que Fritz o leve para o hospital pois ele não pode morrer no Dops. Feliciana conversa com Batistelli e Telmo e sugere que eles matem o general Lobo Guerra. José conversa com o coronel Santos e diz que não quer se casar com Miriam, que a única vontade que sente é de fugir. Maria estaciona o carro em frente à igreja e José a reconhece.

Sexta (2/12) - José vai conversar

com Maria e avisa que há muitos policiais na igreja. Feliciana se arruma e avisa Telmo e Batistelli que vai à igreja tentar matar Lobo Guerra. José tenta convencer Maria a ir embora. Feliciana chega à igreja e é reconhecida por Miriam e por Ana. Thiago é encaminhado para o hospital. Dr. Ruy diz que ele ficou louco depois da tortura. No momento em que Padre Inácio pergunta se alguém se opõe ao casamento, Filinto se levanta e diz a todos que é o pai do filho de Miriam. Na hora do sim, Miriam responde sem titubear, mas José não consegue dizer nada.

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TV O Jornal

FilmesdaSemana TV

Domingo, 27/11A Guerra dos Roses(Band, 21h) The War of the Roses, de Danny DeVito.

Com Michael Douglas, Kathleen Turner e Danny DeVito. EUA, 1989, cor, 116 min. Classificação Etária: 14 anos.

Comédia – Oliver e Barbara Rose estão juntos há 18 anos. Quando Barbara pede o divórcio, surge um problema: quem fica com a luxuosa mansão? O advogado de Oliver oferece conselhos, mas já é tarde demais. Oliver e Barbara envolvem-se em um emaranhado de sentimentos de ódio e vingança à medida que a disputa se intensifica.

Na Teia da Aranha(Globo, 23h10)Along Came A Spider, de Lee Tamahori.

Com Morgan Freeman, Monica Potter e Michael Wincott. EUA/ Alemanha/Canadá, 2001, cor, 104 min. A emissora não informou classificação etária.

Suspense – O detetive Alex Cross volta à ativa, com a ajuda de uma agente do serviço secreto americano, para enfrentar um psicopata que planeja seus passos com precisão. Cross estava afastado, se recuperando da morte brutal de seu parceiro, mas o criminoso sequestra a filha de um senador ameri-cano de dentro do internato em que ela estuda.

Haven(Globo, 1h)Haven, de Frank E Flowers. Com Bill

Paxton, Orlando Bloom e Stephen Dillane. EUA/Inglaterra/Alemanha, 2004, cor, 115 min. A emissora não informou classifica-ção etária.

Drama – Durante um final de semana, dois empresários vigaristas fogem para um paraíso fiscal para evitar um processo federal. Mas a fuga dos dois dá início a uma reação em cadeia que leva um outro britânico a cometer um crime que mudará seu país.

Broadway Danny Rose(Band, 1h45) Broadway Danny Rose, de Woody

Allen. Com Woody Allen, Mia Farrow e Nick Apollo Forte. EUA, 1984, preto e branco, 82 min. Classificação Etária: 12 anos.

Comédia – Danny Rose é um agente fracassado que vê uma ótima oportuni-dade de crescer profissionalmente atra-vés do cantor Lou Canova. Lou tem muitos conflitos amorosos e Danny acaba por se envolver demais com o cliente, e tendo até envolvimentos nada agradáveis com a máfia.

Segunda, 28/11Dirty DancingRitmo Quente(Globo, 16h)Dirty Dancing, de Emile Ardolino.

Com Patrick Swayze, Jennifer Grey e Jerry Orbach. EUA, 1987, cor, 100 min. A emis-sora não informou classificação etária.

Musical – Uma garota em férias com a família conhece e se apaixona pelo instru-tor de dança do hotel onde estão hospeda-dos. Mas o ritmo quente da dança faz com que os pais dela censurem o romance.

O Ex-Namoradoda Minha Mulher(Globo, 22h25)The Ex, de Jesse Peretz. Com Zach Braff,

Amanda Peet e Jason Bateman. EUA, 2007, cor, 77 min. A emissora não informou clas-sificação etária.

Comédia – Homem convence sua mulher a abandonar um excelente emprego para cuidar do filho que vai nascer, mas fica desempregado e tem de trabalhar na agência de publicidade do pai dela. Lá, ele conhece o ex-namorado de sua esposa, um publicitário paraplé-gico que tenta de todas as formas boicotar o seu trabalho.

Inesquecível(Globo, 2h10)Inesquecíveis, de Paulo Sérgio de

Almeida. Com Murilo Benício, Caco Ciocler e Guilhermina Guinle. Brasil, 2007, cor, 90 min. A emissora não informou clas-sificação etária.

Comédia romântica – Em Buenos Aires, o fotógrafo Guilherme tem um breve e intenso romance com bela Laura. De volta ao Rio de Janeiro, ele se surpreende ao saber que ela está casada com seu amigo Diego, famoso ator e produtor de cinema. Logo Diego descobre o caso que houve entre os dois e morre misteriosamente, deixando inacabado o filme de sua vida.

Terça, 29/11Pequenos Espiões 2A Ilha dos Sonhos Perdidos (Globo, 16h)Spy Kids 2: The Island Of Lost Dreams,

de Robert Rodriguez. Com Antonio Banderas, Carla Gugino e Alexa Vega. EUA, 2002, cor, 100 min. A emissora não infor-mou classificação etária.

Aventura – Irmãos espiões tentam enfrentar um geneticista que desenvolve uma arma capaz de destruir o mundo. O desafio aumenta quando eles têm de proteger seus pais de espiões rivais.

Quarta, 30/11O Anel da Luz Eterna(Globo, 16h)A Ring Of Endless Light, de Greg

Beeman. Com Mischa Barton, Ryan Merri-man e Jared Padalecki. EUA, 2001, cor, 88 min. A emissora não informou classifica-ção etária.

Drama – Vicky vai visitar o avô na ilha em que ele mora e enfrenta desafios ines-perados. Seu amado avô está doente e quer ter certeza de que a menina vai seguir seu coração e seu talento em vez dos planos de seus pais. Ao mesmo tempo, encontra velhas e novas amizades entre humanos e golfinhos.

Quinta, 01/12Um Lugar Chamado Notting Hill(Globo, 16h)Notting Hill, de Rogers Michell. Com

Hugh Grant, Julia Roberts e Hugh Bonne-ville. EUA, 1999, cor, 124 min. A emissora não informou classificação etária.

Comédia romântica – Will, um pacato dono de livraria, recebe a inesperada visita de uma cliente muito especial: a estrela de cinema americana Anna Scott. Dois ou três encontros fortuitos mais tarde, Will e Anna iniciam um relacionamento tenso e engraçado.

Sexta, 02/12Snow BuddiesUma Aventura no Gelo(Globo, 16h10)Snow Buddies, de Robert Vince. Com

Dominic Scott Kay, John Kapelos e Lise Simms. EUA, 2008, cor, 87 min. A emissora não informou a classificação etária.

Aventura – Cinco travessos filhotes da raça golden retriever ficam presos em um caminhão que transporta sorvete e, por conta disso, vão parar no Alasca. Perdidos e longe de casa, os cãezinhos vivem uma grande aventura ao participar de uma corrida de trenós.

Positivas(TV Brasil, 23h15) Positivas, de Susanna Lira. Elenco não

informado. Brasil, 2009, cor, 78 min. Clas-sificação Etária: 10 anos.

Documentário – O documentário acompanha a vida de mulheres que foram surpreendidas pela notícia de estarem contaminadas com o vírus HIV. Elas descobrem, assim, que contrairam a doença através dos maridos em um ambiente até então considerado seguro.

TV ALAGOAS - SBTCanal 505h00 - Arnold05h30 - Aventura Selvagem - Reprise06h30 - Pesca Alternativa07h30 - Vrum08h00 - Igreja Mundial10h00 - Domingo Legal14h00 - Eliana18h00 - Roda A Roda Jequiti18h40 - Sorteio da Tele Sena18h45 - Programa Silvio Santos23h00 - De Frente Com Gabi00h00 - O Mentalista / The Mentalist01h00 - Divisão Criminal / The Closer02h00 - V-Visitantes03h00 - Giro da Noticia05h29 - Encerramento da Programação

TV GAZETA - GLOBOCanal 705h10 - Santa Missa 05h35 - Sagrado05h45 - Gazeta Rural 06h15 - Pequenas Empresas06h55 - Globo Rural07h55 - Auto Esporte08h30 - Esporte Espetacular 11h30 - Aventuras do Didi12h05 - Fórmula 1 – GP do Brasil14h50 - Domingão do Faustão15h50 - Futebol 2011. Campeonato Brasileiro - Fluminense x Vasco 18h00 - Domingão do Faustão19h45 - Fantástico22h10 - Domingo Maior. Na Teia da Aranha (Exibição em HD)00h00 - Sessão de Gala. Filme: Haven01h40 - Sob Medida02h25 - The Cleveland Show02h45 - Copa do Mundo de Vôlei Masculino – Cuba x Brasil

TV PAJUÇARA - RECORDCanal 1100h15 – Iurd04h25 – Bíblia Em Foco04h55 – Desenhos Bíblicos05h45 – Iurd – Nosso Tempo06h15 – Desenhos Bíblicos08h00 – Ponto de Luz09h00 – Pajuçara 360º09h30 – Informativo Cesmac10h00 – Alagoas da Sorte11h00 – Tudo É Possível15h00 – Programa do Gugu19h00 – Domingo Espetacular22h00 – Repórter Record23h00 – Heroes00h00 – Ponto de Luz

TV EDUCATIVA - TVECanal 3 05h00 – Via Legal05h30 – Brasil Eleitor06h00 – Palavras de Vida07h00 – Santa Missa08h00 – Viola Minha Viola09h15 – Curta Criança09h30 – Janela Janelinha 10h00 – Escola Pra Cachorro 10h15 – Meu Amigãozão10h30 – A Turma do Pererê11h00 – Abz do Ziraldo11h30 – Tromba Trem11h45 – Carrapatos e Catapultas12h00 – A Turma do Pererê12h30 – Catalendas12h45 - Cocoricó13h00 – Dango Balango13h30 – Tv Piá14h00 - Stadium 15h00 – Amazônia com Bruce Parry16h00 – Ver TV17h00 – De Lá Pra Cá17h30 – Cara e Coroa18h00 – Papo de Mãe19h00 – Conexão Roberto D’ávila20h00 - Esportvisão21h30 – Curta TV 22h00 – Cine Ibermédia 23h45 – Doc TV IV00h30 – Esportvisão02h00 – De Lá Pra Cá02h30 – A Grande Música03h30 – Caminhos da Reportagem04h30 - Musicograma

TV MARNET - Canal 2508h30 - Sobre Rodas09h00 - Momento Vip09h30 - Igreja El-Shaddai10h30 - Informe Cesmac11h00 - Info Ação Parlamentar11h30 - Programa Mix12h00 - Canal Legal13h00 - Programa do Caique13h30 - Palavra Amiga14h30 - Big Sports15h30 - Cidade Aflita16h30 - Almoço C/ Notícia18h00 - Sobre Rodas18h30 - Momento Vip19h00 - Igreja El-Shaddai20h00 - Informe Cesmac20h30 - Info Ação Parlamentar21h00 - Programa Mix21h30 - Canal Legal22h30 - Programa do Caique23h00 - Palavra Amiga00h00 - Big Sports01h00 - Cidade Aflita02h00 - Almoço C/ Notícia03h30 - Sobre Rodas04h00 - Momento Vip04h30 - Igreja El-Shaddai05h30 - Informe Cesmac06h00 - Info Ação Parlamentar06h30 - Programa Mix07h00 - Canal Legal

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PerfilRetratoFaladoNome: Bianca Salgueiro de

Melo.Nascimento: Em 6 de janeiro

de 1995, no Rio de Janeiro. Na tevê: “Vejo ‘Fina Estampa’ e

séries em geral”.Ao que não assiste na tevê:

Programas de esporte.Nas horas livres: Ler e sair

com os amigos. No cinema: A trilogia “As Crôni-

cas de Nárnia”.Livro: Todos os de Dan Brown,

autor de “Códido Da Vinci”. Música: “Gosto de pop”.Prato predileto: Churrasco.O melhor do guarda-roupa:

Calça Jeans.Mulher bonita: “Tania Khalill.

Minha mãe em ‘Fina Estampa”. Homem bonito: Reynaldo

Gianecchini.Cantor: Bruno Mars.Cantora: Katy Perry.Ator: Tony Ramos.Atriz: Glória Pires. Perfume: Carolina Herrera.Arma de sedução: “Meu jeito

de ser”.Programa de índio: Acampar. Melhor viagem: “Boston, nos

EUA. Fiquei um mês lá com uma amiga estudando inglês”.

Sinônimo de elegância: “Ter classe”.

Melhor Notícia: “Todas as que mostram sucesso profissional ou acadêmico”.

Gula: Bem casado.Inveja: “De quem toca qualquer

instrumento musical”. Ira: “De errar questões fáceis na

prova”.Luxúria: “Olhar e sorriso boni-

tos”.Cobiça: “Alcançar o sucesso

profissional”.Preguiça: “Escrever redação”.Vaidade: “Com o cabelo. Hidrato

em casa uma vez por semana”.Mania: “Descascar o esmalte”.Filosofia de vida: “Se pode-

mos sonhar, também podemos tornar nossos sonhos realidade”, frase de Walt Disney.

Bianca Salgueiro, de “Fina Estampa”, encara seu papel mais instigante

PAULA HINZPopTevê

O jeito e a fisionomia de Bianca Salgueiro dão a impressão de que a

atriz de 17 anos é ainda mais nova. Por causa disso, papéis de crianças e adolescentes são comuns em sua carreira. Depois de atuar em algumas

séries e em duas novelas – “Vidas Opostas”, da Record, e “Cama de Gato”, da Globo – Bianca dá vida à estudante Carol, em “Fina Estampa”. Na trama da Globo, a jovem sonha em juntar a mãe, Duda, inter-pretada por Tania Khalill, com Juan, de Carlos Casagrande. Mesmo se divertindo com as cenas em que sua personagem banca o Cupido, Bianca vê seu atual papel como o mais difí-cil de sua carreira. “A Carol é agitada e muito diferente de mim. Ela tem outra energia”, avalia.

Quando Bianca não está gravando, os estudos são sua prioridade. Atualmente, a atriz está estudando para passar no vestibular em Enge-nharia. Mas engana-se quem pensa que a faculdade irá impedi-la de seguir a carreira construída até aqui. “Gosto de estudar e me desafiei a fazer Engenharia, mas quero continuar atuando. Acho que consigo conciliar”, acre-dita. A atuação na tevê, aliás, não é uma atividade que a deslumbre. O fato de milhões de pessoas terem acesso ao

seu trabalho é visto com tran-quilidade por ela. “Eu trato a carreira como algo normal. Não é um ambiente de cele-bridades”, afirma.

Como a maioria dos atores, Bianca sonha em encarnar uma vilã. Mas não tem pressa. Enquanto se desenvolve como atriz, ela encara novidades no rumo de sua personagem do folhetim das nove da Globo. “A Carol vai se envolver com alguém, mas ainda não está definido. Talvez seja com o René Junior, vivido pelo David Lucas”, palpita.

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TV O Jornal

Crescimento

natural

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NomePróprio

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TV O Jornal

O que vempor aí

Quando o amor é para valer, fica difícil disfarçar. Mas é isso que Carla (Mel Fron-ckowiak) e Tomás (Chay Suede) estão tentando fazer. O rapaz chegou a reclamar com a namorada sobre o fato de estarem escondendo o relacionamento de todos. Mesmo assim, eles continuaram com os beijos no porão e sem assumir o namoro para os amigos. Mas, nos próximos capítulos de “Rebelde”, isso pode mudar.

A vida, no entanto, não se resume apenas a assuntos do coração. Carla está passando por um momento delicado desde que sua irmã, Becky (Lana Rhodes), anun-ciou que vai passar um ano fora do Brasil. Até então, a garota não sabia com quem iria morar. Mas Eva (Adriana Garambone) resolve se responsabilizar pela adolescente.

Outro motivo de alegria é que Carla está melhorando da bulimia. Tomás, inclusive, já parabenizou a garota pelo progresso. Mas, como não poderia ser diferente, todo clima de romance passa por percalços. Desta vez, a pedra no caminho é Maria (Jhulie Campello). No final da última semana, ao encontrar Tomás, ela disse que, se ele não a beijasse, iria contar para todo mundo o que aconteceu entre os dois. O problema é que Carla chegou bem na hora e escutou a ameaça.

Como se não bastasse, para provocar a rival, Maria diz que se tornou muito íntima de Tomás. A rebelde sai irritada. Mas quando o rapaz vai conversar com a namorada, tudo fica bem. E as coisas esquentam ainda mais. Só que, enquanto o casal acredita estar mantendo um relacionamento às escondi-das, cada vez mais pessoas veem Carla e Tomás juntos. Até que chega uma hora em que fica difícil manter o segredo e os amigos avisam que já sabiam dos “pombinhos”. Melhor assim. Afinal, para que esconder um sentimento tão bonito? (LUANA BORGES/POPTEVÊ)

# Pilar admite para Pedro que ama Binho.

# Marcelo e Débora vão ao cinema.

REBELDEEsconder para quê?

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Beatriz Arantes busca interpretar Alexia, de “Malhação”, de forma crível

ANA PAULA HINZPopTevê

Incorporar os conflitos e dramas de Alexia foi a maneira que Beatriz Aran-

tes encontrou para conseguir uma interpretação mais visce-ral. Em “Malhação”, sua perso-nagem viveu uma tragédia no passado, quando o então namorado, Douglas, de Pierre Baitelli, desapareceu no mar depois de um acidente de moto. Desde então, Alexia carrega nos olhos, no comportamento e na forma de se vestir toda a dor da perda. “A complexidade da Alexia é enorme. Ela tem uma carga emocional muito pesada. Tive que conversar muito com os diretores e com a autora Ingrid Zavarezzi para entender o jeito dela”, expõe. A tristeza presente em todas as atitudes de Alexia foi a prin-cipal dificuldade na atuação da atriz. “Ela tem uma energia baixa, que não está presente em mim. Eu sou expansiva e alegre. A Alexia se emociona muito e fala baixo. Foi compli-cado montar tudo isso”, avalia.

As cenas que revelam a tris-teza e a agonia de Alexia são as que exigem mais concen-tração de Beatriz. No início da novela, a atriz fazia várias sequências emotivas. “A Alexia chorava muito e alguns dias de gravação eram maçantes. Eu me emociono bastante em cenas desse tipo”, revela. Para conseguir entender a

personagem do “folheteen” da Globo, Beatriz montou um caderno onde escreve e cola todos os tipos de informa-ções que podem ajudá-la na composição de seu papel. “Eu faço anotações sobre coisas que eu acho que a Alexia pode-ria gostar, boto fotos e anoto opiniões que poderiam ser dela. Assim, criei um mundo de onde iniciei a construção da Alexia”, conta.

A pesquisa de composi-ção da atriz também engloba livros de espiritismo, como os de Allan Kardec, e séries americanas sobre fenôme-nos sem explicação aparente, entre elas, “Lost” e “Fringe”.

Para Beatriz, estudar esse tipo de material é importante devido a trama de paranoma-lidade em que a personagem está inserida. No folhetim, Alexia tem estranhos sonhos com o ex-namorado, com o estudante Gabriel, vivido por Caio Paduan, e com o miste-rioso número 1406. Todos esses elementos estão conec-tados de alguma forma, mas as poucas pistas oferecidas até agora ainda não trouxeram nenhuma grande revelação. “A Alexia e o Gabriel não se conheciam e sonhavam um com o outro. Ela também fica meio sonâmbula e fala com o Douglas através de sonhos.

Tenho alguns palpites sobre os mistérios, mas nada muito definido”, revela.

Para alguém que nunca havia pensado em ser atriz, Beatriz Arantes mostra que, mesmo com os baixos índices de audiência de “Malhação”, está muito satisfeita com a carreira. Depois de ter feito um teste para a Globo, mais por curiosidade do que por confiança, a jovem mineira de Piumhi foi escolhida para participar de “Cama de Gato”. Ela acabou indo morar no Rio de Janeiro e começou a facul-dade de Ciências Políticas, na Unirio, mas que acabou tran-cando por causa do atual traba-lho. Agora, o primeiro papel de destaque tem ajudado a atriz a ter uma dimensão maior do que é trabalhar com teledra-maturgia. “Estou amando a experiência, mas não é fácil. O ritmo de gravação é uma loucura. A gente entra em um outro mundo pelo persona-gem e isso toma a nossa vida por um tempo”, ressalta.

Uma nova fase de seu papel promete exigir uma dedicação ainda maior da atriz. Depois de passar por uma clínica psiquiátrica no Canadá, Alexia volta para o Brasil e encara várias mudanças. “Ela saiu da fase ‘down’ e está em um clima tranquilo e leve. Até as roupas dela são mais coloridas e festi-vas. A Alexia está outra pessoa”, adianta a atriz de 18 anos, que ainda se surpreende com as constantes modificações no rumo do folhetim. “O roteiro é uma caixinha de surpresas. Leio uma cena e já quero saber mais. A vida da Alexia é um mistério”, comemora.

Profundezas da alma

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