OJORNAL 17/10/2010

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CMYK Operação Navalha: O JORNAL traz hoje a verdade do caso Dois R$ 2,00 L L JORNA O JORNA O www.ojornalweb.com ALAGOAS Marco Antônio Marco Antônio Exemplar de assinante Páginas A2 e A3 PV deve definir hoje posição sobre 2º turno para presidente O PV da senadora Ma- rina Silva (AC) decide ho- je qual será a posição do partido no segundo turno das eleições presidenciais deste ano. No primeiro turno, Marina ficou na terceira posição, com 19% dos votos válidos. Página A4 Por uma vida nova, é preciso combater a obesidade Para voltar a ter uma vida saudável, quem so- fre de obesidade mórbida precisa ser submetido a uma cirurgia de redução de estômago. É nesse mo- mento que a pessoa sente todas as dificuldades do serviço público. Página A13 Uma viagem ao fundo da terra no Agreste Uma jazida de cobre com capacidade para pro- duzir 200 milhões de to- neladas foi localizada en- tre as cidades de Arapi- raca e Craíbas, no Agres- te alagoano. Páginas A25 e A26 Comércio de Arapiraca terá crescimento Em Arapiraca, a Câ- mara dos Dirigentes Lo- gistas (CDL) espera um crescimento de 15% no comércio com as vendas de eletrodomésticos, rou- pas e alimentos. Página A21 Em Alagoas, 24% da população vive à revelia da leitura e da escrita. São os 554 mil analfabetos vivendo num mundo onde a exclusão começa no mercado de trabalho e continua no cerceamento do direito de ser votado. Páginas A17 a A20 CSA decide hoje vaga na elite contra o São Domingos Na partida hoje à tar- de, no Estádio Rei Pelé, contra o São Domin- gos, o CSA pode selar o seu retorno à primeira divisão do Campeona- to Alagoano. Na parti- da de hoje, o Azulão pode perder até por três gols de diferença. Página A28 Olheiros do futebol investem nos talentos de AL Nesta edição, o JOR- NAL traz matéria es- pecial sobre o processo de avaliação de talen- tos numa peneira reali- zada em Ipioca e a es- trutura dos times lo- cais, que lutam sem re- cursos para manter as revelações no Estado. Esportes Na peneira realizada em Ipioca, meninos apostaram no talento com bola e chuteiras Fabia Muniz, alagoana costurando o mercado O lado espevitado da atriz Bianca Bin Hornella Giurizatto, de 33 anos, esposa do empresário capixaba Luiz Fernando Mattedi Tomazi, 41, morto em Maceió no último dia 14 de setembro, está presa sob a acusação de encomendar o crime. As investigações da polícia alagoana revelaram uma série de erros cometidos pelas seis pessoas envolvidas na trama mortal. Cinco delas estão presas. Páginas A9, A10 e A11 Maceió, domingo, 17 de outubro de 2010 | Ano XVII | Nº 26 | www.ojornalweb.com | Um crime imperfeito Empresário capixaba foi desarmado, dopado e morto com um tiro na cabeça dentro do próprio carro Os limites e as superações no analfabetismo A trajetória do alagoano Ibys Maceioh no cenário musical

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PV deve definir hoje posição sobre 2º turno para presidente CMYK Hornella Giurizatto, de 33 anos, esposa do empresário capixaba Luiz Fernando Mattedi Tomazi, 41, morto em Maceió no último dia 14 de setembro, está presa sob a acusação de encomendar o crime. As investigações da polícia alagoana revelaram uma série de erros cometidos pelas seis pessoas envolvidas na trama mortal. Cinco delas estão presas. Páginas A9, A10 e A11 Fabia Muniz, alagoana costurando o mercado Página A13

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Operação Navalha: O JORNAL traz hoje a verdade do caso

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www.ojornalweb.com

ALAGOAS

Marco Antônio

Marco Antônio

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Páginas A2 e A3

PV deve definirhoje posiçãosobre 2º turnopara presidente

O PV da senadora Ma-rina Silva (AC) decide ho-je qual será a posição dopartido no segundo turnodas eleições presidenciaisdeste ano. No primeiroturno, Marina ficou naterceira posição, com 19%dos votos válidos.

Página A4

Por uma vidanova, é precisocombater a obesidade

Para voltar a ter umavida saudável, quem so-fre de obesidade mórbidaprecisa ser submetido auma cirurgia de reduçãode estômago. É nesse mo-mento que a pessoa sentetodas as dificuldades doserviço público.

Página A13

Uma viagem aofundo da terrano Agreste

Uma jazida de cobrecom capacidade para pro-duzir 200 milhões de to-neladas foi localizada en-tre as cidades de Arapi-raca e Craíbas, no Agres-te alagoano.

Páginas A25 e A26

Comércio deArapiraca terácrescimento

Em Arapiraca, a Câ-mara dos Dirigentes Lo-gistas (CDL) espera umcrescimento de 15% nocomércio com as vendasde eletrodomésticos, rou-pas e alimentos.

Página A21

Em Alagoas, 24% da população vive à revelia da leitura e da escrita. São os 554 mil analfabetos vivendo num mundo ondea exclusão começa no mercado de trabalho e continua no cerceamento do direito de ser votado. Páginas A17 a A20

CSA decidehoje vaga naelite contra oSão Domingos

Na partida hoje à tar-de, no Estádio Rei Pelé,contra o São Domin-gos, o CSA pode selar oseu retorno à primeiradivisão do Campeona-to Alagoano. Na parti-da de hoje, o Azulãopode perder até portrês gols de diferença.

Página A28

Olheirosdo futebolinvestem nostalentos de AL

Nesta edição, o JOR-NAL traz matéria es-pecial sobre o processode avaliação de talen-tos numa peneira reali-zada em Ipioca e a es-trutura dos times lo-cais, que lutam sem re-cursos para manter asrevelações no Estado.

Esportes Na peneira realizada em Ipioca, meninos apostaram no talento com bola e chuteiras

Fabia Muniz, alagoana costurando o mercado

O lado espevitadoda atriz Bianca Bin

Hornella Giurizatto, de 33 anos, esposado empresário capixaba Luiz FernandoMattedi Tomazi, 41, morto em Maceióno último dia 14 de setembro, estápresa sob a acusação de encomendaro crime. As investigações da políciaalagoana revelaram uma série deerros cometidos pelas seis pessoasenvolvidas na trama mortal. Cinco

delas estão presas. Páginas A9, A10 e A11

Maceió, domingo, 17 de outubro de 2010 || Ano XVII || Nº 26 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm ||

Um crimeimperfeito

EEmmpprreessáárriioo ccaappiixxaabbaa ffooii ddeessaarrmmaaddoo,, ddooppaaddoo ee mmoorrttoo ccoomm uumm ttiirroo nnaa ccaabbeeççaa ddeennttrroo ddoo pprróópprriioo ccaarrrroo

Os limites e as superações no analfabetismo

A trajetória do alagoano Ibys Maceiohno cenáriomusical

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JORNALO JORNALO

Domingo, 17 de outubro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

PolíticaOperação Navalha: governadorese empresários são réus no STJProcesso em relação a Vilela está suspenso porque ALE não autorizou andamento

O governa-dor e candidatoa reeleição peloPSDB, TeotonioVilela Filho(PSDB), está en-tre os réus deprocesso quetramita no Su-

perior Tribunal de Justiça (STJ)com base no inquérito da Ope-ração Navalha, desencadeada pelaPolícia Federal em 2007 e que in-vestigou desvio de recursos des-tinados a obras de infraestruturaem diversos Estados, incluindoAlagoas, através de suposta frau-de nas licitações. Ainformação deque Vilela é réu na ação penal 536,que tem como relatora a ministraEliana Calmon, pode ser conferi-da nas páginas do SuperiorTribunal de Justiça (STJ) e daJustiça Federal em Alagoas, na in-ternet, conforme apurou O JOR-NAL.

O tucano tem negado que sejaréu - fato que é apontado pelo can-didato a governador RonaldoLessa (PDT), seu adversário no se-gundo turno deste ano para o go-verno do Estado - e acusado o pe-detista. Um embate que tem to-mado conta do guia eleitoral. Vilelachega a afirmar que é Lessa o réu.

Vilela chegou a afirmar, emdebate realizado no primeiro turnoda eleição pela TV Pajuçara, queo processo contra ele teria sido ar-quivado. Mas, na verdade, o tuca-no permanece como réu na açãopenal 536 que tramita no STJ, jun-tamente com outras 60 pessoas,entre elas o dono da Construtora

Gautama, o empresário ZuleidoVeras, apontado como maior be-neficiado no esquema.

Em despacho publicado emcinco de agosto de 2008, a minis-tra Eliana Calmon, que tambémocupa, atualmente, o cargo de cor-regedora do Conselho Nacionalde Justiça (CNJ), determina sus-pensão do processo em relação aVilela, considerando, segundomostra documento, “ofício envia-do pela Assembléia Legislativa doEstado de Alagoas, assinado peloDeputado Fernando Toledo, co-municando que a Casa LegislativaEstadual, no dia 16 de julho docorrente ano negou autorizaçãopara o processamento da açãopenal decorrente de denúncia ofe-recida pelo Ministério PúblicoFederal contra o Governador doEstado, Teotônio Brandão VilelaFilho”. O documento pode seracessado no endereço eletrônicowww.stj.jus.br, o site oficial do STJ.

Averdade é que a decisão daministra apenas suspende o pro-cesso, mas não arquiva a denún-cia, como disse Vilela no debate.Ou seja, o governador permane-ce como réu. Na mesma decisãode agosto de 2008, a ministra de-termina que os autos devemaguardar em cartório, durante asuspensão, voltando a tramitarpor ocasião da finalização do man-dato de governador. Na prática, adecisão não beneficia Vilela emdefinitivo, considerando que todosos prazos voltarão a transcorrernormalmente, no momento emque o governador venha a ficarsem mandato eletivo.

Situação de Lessa é diferente

A situação do ex-gov-ernador Ronaldo Lessa édiferente da do tucanoTeotonio Vilela Filho. Ocandidato do PDT é pro-cessado na Ação Civil Pú-blica 0003139-25.2009.4.05.8000, que tramita na 4ªVara da Justiça Federal emAlagoas, que ainda estána fase de citaçãodos envolvidos.Lessa só poderáser consideradoréu caso o juizaceite a petição doMPF. Segundo oadvogado do ex-governador, JoséFragoso, Lessaainda não foi cita-do pela Justiça. “ORonaldo não é réuem nenhuma açãopenal oriundo doinquérito da Ope-ração Navalha”, alega oadvogado. A ação pode servisualizada na página noendereço www.jfal.gov.br.

O ex-governador apa-rece na Ação Civil Públi-ca juntamente com mem-bros da comissão de licita-ção da secretaria de Infra-estrutura de seu governo,

que teria dado continui-dade ao suposto contratofraudulento para obras damacrodrenagem do Tabu-leiro do Martins, que be-neficiava a empresa Gau-tama, que à época, teriasublocado a obra à Cipesa

E n g e n h a r i aS/A.

A assessoriade campanhade Vilela suge-riu que O JOR-NAL entrasseem contato como advogado dacoligação “Fren-te pelo Bem deAlagoas” A-driano Soares,que não aten-deu aos telefo-nemas da nossa

equipe. O JORNALtentou ouvir o advogadoque patrocina a causa deVilela na ação penal quetramita no STJ, AntonioCarlos de Almeida Castro,cujo escritório funciona emBrasília. Mas as ligaçõespara o escritório dele tam-bém não foram atendidas.

(Continua na página A3)

Pauta [email protected]

SOBE OU NÃO SOBE?

Considerado “o cara” das eleições deste ano, o senador eleitoe deputado federal Benedito de Lira (PP) ainda não respondeuuma questão que já foi feita a ele em entrevistas por jornalis-tas: se a candidata a presidente da República pelo PT, DilmaRousseff, chegar a Alagoas e subir no palanque do candidato agovernador Ronaldo Lessa (PDT), ele também sobe? Biu declarouapoio na disputa ao governador e candidato à reeleição TeotonioVilela Filho (PSDB), que vota, para presidente, no ex-governadorde São Paulo José Serra (também PSDB).

PLÁSTICO

Em parceria com a Cadeia Produtiva de Química ePlástico (CPQP) de Alagoas, a Braskem, o Sebrae, o Estadoe o Sindicato das Indústrias de Plástico e Tinta de Alagoas,a Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (Fiea)inaugura amanhã o Núcleo de Tecnologia do Plástico doSenai Alagoas (Ntplás). O evento acontece às 11 horas damanhã, no Centro de Educação Profissional NapoleãoBarbosa/ Unidade Senai, no Polo Multissetorial GovernadorLuiz Cavalcante, no Tabuleiro do Martins.

MEIO ANO

A situação na Assembleia Legislativa realmente não édas melhores. Além da polêmica envolvendo o corte deenergia pela Eletrobras devido a pagamentos em atraso,outros problemas chamam a atenção na Casa. Um delesenvolve o elevador da parte do prédio onde funciona oplenário, que está quebrado a seis meses, como confiden-ciam deputados e funcionários do Legislativo estadual.

ÁGUA E ÓLEO

“Televisão é uma coisa, imprensa é outra”. A declaraçãopartiu de um dos seguranças da Câmara Municipal deMaceió esta semana, ao impedir que jornalistas da mídiaimpressa tivessem acesso ao plenário da Casa em umasessão, diferentemente de equipe de reportagem de umaretransmissora de TV mesmo sem usar o traje completoexigido pelo regimento interno da Câmara. Estudante dejornalismo e futuro presidente da Casa, o vereador GalbaNovaes (PRB) garantiu que, em sua gestão, a situação serádiferente.

Ex-governadoraparece naação, mas

ainda não foicitado

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AA33Domingo, 17 de outubro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

Política JORNALO JORNALO

Contexto

EXPRESSASO prefeito afastado de São Luís do Quitunde, Jean Cordeiro,

acusa o atual prefeito, também afastado, Cícero Cavalcante de terarmado uma farsa para prejudicá-lo.

Denunciado por compra de votos na eleição em 2008,Jean Cordeiro foi afastado do cargo. Mas garante que vai“desmascarar” a farsa.

Prefeito de Boca da Mata, José Tenório anuncia a instalaçãode Internet gratuita no município ainda este ano.

Estado vai pagar o 13º salário para todos os servi-dores junto com o pagamento do mês de outubro – que,para quem recebe até R$ 2 mil, será dia30.

Amanhã, 18, é “Dia do Médico”, com direito a “NoiteCultural” no auditório do Conselho Regional de Medicina.

Roberto Vilanova - [email protected]

PROVA DE FOGO

Segundo maior colégio eleitoral do Estado, a eleição no se-gundo turno em Arapiraca é um teste para o prefeito LucianoBarbosa (PMDB) – que perdeu no primeiro turno.

O vice-prefeito e atual secretário estadual de Educação,Rogério Teófilo, foi o grande vitorioso porque enfrentou e der-rotou a máquina municipal, da qual não tem direito sequer aogabinete.

Ao centralizar o apoio à candidatura à reeleição do deputa-do estadual Ricardo Nezinho, o prefeito atraiu a ira de quemnão conseguiu se eleger e, pior, de quem se elegeu – como é ocaso do vereador Severino Pessoa – mas guarda mágoas pela faltade apoio.

Luciano carrega agora o peso da culpa por ter “impedido”Arapiraca de manter uma bancada, no mínimo, de cinco depu-tados.

Na Legislatura que vem, terá apenas dois deputados esta-duais.

Mesmo bem avaliado administrativamente, Luciano correo risco de sair desgastado dessa campanha, e isso pode lhe serfatal na pretensão de eleger o sucessor em 2012.

É que uma eleição é sempre o preparativo para a próxima.

PESO

Treze vereadores, dos21 em Maceió, declararamapoio ao candidato a go-vernador pela “Frente deOposição”, Ronaldo Lessa(PDT). O apoio foi arregi-mentado pelo vereadorGalba Novaes, cumprindomais uma tarefa dada pelosenador Fernando Collor(PTB).

CERCO

O senador FernandoCollor pediu para osvereadores “cercarem aperiferia” de Maceió e“irem buscar lá na grota”os votos necessários àvitória de Lessa nesse se-gundo turno. Lessa obteveo apoio dos vereadoresdurante café da manhã,sexta-feira, num hotel.

VAI

O senador FernandoCollor confirmou presençaem pelo menos um comí-cio de Ronaldo Lessa emMaceió. Será no Virgemdos Pobres, onde está abase popular de Collor nacapital alagoana – afinal,foi ele quem criou oConjunto Habitacionalquando foi prefeito.

VEM

O senador RenanCalheiros (PMDB) garanteque o presidente Lula e acandidata Dilma Rousseffvirão a Alagoas em cam-panha e em apoio à candi-datura de Ronaldo Lessaao governo do Estado.Renan tem insistido napresença de Lula e Dilmaneste segundo turno.

DEFESA

O vereador PauloCorintho (PDT) citou opróprio delegado da PolíciaFederal, Políbio Brandão,que o indiciou por comprade votos na eleição munici-pal em 2008, como “teste-munha” de que não come-teu o crime eleitoral de quelhe acusam.

ALELUIA

Segundo o vereadorPaulo Corintho, a denún-cia contra ele é anônima erefere-se a um cadastro deeleitores que teria sidofeito na igreja evangélicaque ele freqüenta. “O dele-gado (Políbio Brandão) fre-quenta a mesma igreja”,disse.

Eleito deputado esta-dual, o vereador porArapiraca, Severino Pessoa(PPS), disse que não devenada ao prefeito LucianoBarbosa (PMDB) e alfine-tou: “Pelo contrário: quan-do mais precisei dele(Luciano Barbosa), ele mefaltou. Não cumpriu comnada que me prometeu”.

TROCO

O prefeito Luciano Bar-bosa quer eleger o vereadorRogério Nezinho presiden-te da Câmara Municipal deArapiraca, mas, se depen-der do atual presidente,Josias Albuquerque, e dosvereadores Tarcisio Frentee Severino Pessoa, o futuropresidente será o vereadorMoises Machado.

CONTRA O MAL

- Do candidato a governador Ronaldo Lessa: “O Collore eu nos juntamos contra o neoliberalismo, que não podevoltar ao Brasil”.

PESOS PESADOS

- “Sem dúvida, será importantíssima” – definiu Lessasobre a presença do presidente Lula e da candidata DilmaRousseff no palanque dele.

LINHA DE FRENTE

O prefeito de Piaçabuçu, Dalmo Santana, deu 2.236votos ao deputado federal Chico Tenório (PMN); Odeputado federal Joaquim Beltrão (PMDB), que sereelegeu, obteve 1.563 votos no município.

A Operação Navalha, daPolícia Federal, que foi de-flagrada em 2007, desarticu-lou uma quadrilha que frau-dava licitações de obras públi-cas ligadas ao Programa deAceleração do Crescimento

(PAC) e ao Programa Luz paraTodos, ambos do governo fed-eral. À época, a PF cumpriu 48mandados de prisão em noveestados (Alagoas, Sergipe,Bahia, Pernambuco, Piauí,Maranhão, Goiás, Mato Gros-

so e São Paulo) e no DistritoFederal.

Gravações da Polícia Fe-deral denunciam um supostoenvolvimento do governadorde Alagoas, Teotonio Vilelano favorecimento à constru-

tora Gautama em Alagoas.Além de Vilela, são suspeitosde envolvimento no esquemao governador do Maranhão,Jackson Lago, e o empresárioZuleido Veras, dono daGautama.

(CONTINUAÇÃO DA PÁGINA A2)

Trechos de documento do STJ mostram que Vilela é réu e que processo em relação a ele está suspenso porque Assembleia negou autorização

Operação Navalha foi deflagrada em 2007

Na próxima terça-feira, osex-governadores Ronaldo Lessae Manoel Gomes de Barros, e odono da construtora Gautama,Zuleido Veras, irão ser ouvidospelo delegado federal FelipeVasconcelos Correia. Segundoa assessoria de comunicação daSuperintendência da PolíciaFederal em Alagoas, os depoi-mentos servirão para aprofun-dar as investigações, a pedidoda Controladoria Geral daUnião (CGU), que, por meio deum relatório, solicitado peloMinistério Público Estadual deAlagoas, e por parlamentaresestaduais e federais alagoanos,solicitou mais informações arespeito do processo envolven-do os contratos para as obras damacrodrenagem do Tabuleirodo Martins.

“Não estamos rebatendoadvogados aqui, mas é de in-teresse da instituição esclare-cer que, esses depoimentos

são um desdobramento daoperação Navalha. Mesmocom o inquérito concluído,nada impede que a Justiçapeça novas diligências para

aprofundar as investigações.Nesse caso, a CGU, em suasecretaria executiva, mandouque, através de relatório deuma auditoria especial, a pe-

dido de MPE e de alguns par-lamentares estaduais e fede-rais de Alagoas, que fossemaprofundadas as investigaçõesdos processos em envolven-do essa obra da macrodrena-gem, onde foi detectado umsuperfaturamento de R$ 14milhões, o que em valoresatualizados chega a R$ 16 mi-lhões. Essa solicitação foi feitadiretamente à direção daPolícia Federal em Brasília”,disse o assessor de comunica-ção da PF, Fábio Jorge.

Aconvocação de Lessa paradepor chegou a ser criticadapelo advogado do ex-gover-nador, José Fragoso. “É muitoestranha essa convocação paradepois agora, num momentopolítico. Se o inquérito já foiconcluído, e remetido aoMinistério Público Federal, quejá propôs a ação penal, não háporque tomar esses depoimen-tos”, questiona o advogado.

PF deve ouvir ex-governadores e Zuleido Veras

Zuleido Veras será ouvido na Polícia Federal sobre macrodrenagem

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Maluf ainda pode recorrer ao pleno do TSE contra decisão de ministro

Marina teve cerca de 19% dos votos no primeiro turno das eleições

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Adriano Avelino já desempenhou diversas funções na OAB Alagoas

Mesmo sem experiência, Índio da Costa relatou “Lei do Ficha Limpa”

PRESIDÊNCIA

PV diz hoje posiçãosobre segundo turno

A senadora pelo Acre eex-candidata à presidênciada República, Marina Silva,e seu partido, o PV, devemanunciar hoje sua posiçãoem relação ao segundoturno das eleições presi-denciais. O partido, reali-za em São Paulo plenária,que definirá o apoio a umdos candidatos - DilmaRousseff (PT) ou José Serra(PSDB) - ou a neutralidade.Participam da reunião con-vencionais indicados pelasbases partidárias e mais 15integrantes da sociedadecivil, sem filiação no PV,que, segundo o partidocontribuíram para o proje-to representado por Mari-na Silva.

Segundo o site oficialda legenda, terão direito avoz e voto na reunião: oConselho Político Nacio-nal do Partido Verde; os

candidatos a governador esenador do PV nas elei-ções deste ano; os deputa-dos federais eleitos da le-genda em 2010; o candi-dato a vice-presidente,Guilherme Leal; cinco re-presentantes do grupo dePrograma de Governo;cinco representantes doMovimento Marina Silvae; cinco representantes deentidades religiosas.

No primeiro turno dadisputa presidencial, a se-nadora conseguiu 19 mi-lhões de votos – cerca de19,33% dos votos válidos.A plenária nacional do PVserá realizada a partir das11 horas da manhã. Às 14horas, está programadauma entrevista coletivacom Marina Silva e com opresidente nacional do PV,José Luiz Penna, e o viceAlfredo Sirkis.

PARA MINISTRO DO TST

Advogado alagoanoentra na lista tríplice

O advogado alagoanoAdriano Costa Avelino está nalista tríplice que será encami-nhada pelo presidente do Tri-bunal Superior do Trabalho(TST), ministro Milton de Mou-ra França, ao presidente daRepública Luiz Inácio Lula daSilva, a quem caberá escolher onovo ministro do TST. Alémdele, integram a lista os advo-gados Luís Carlos Moro (SãoPaulo) e Delaíde Alves MirandaArantes (Goiás).

O escolhido ocupará a vagaaberta em função da aposenta-doria do ministro José Sim-pliciano Fontes de Faria Fer-nandes. Aeleição , com votaçãosecreta e participação de 26 mi-nistros, foi realizada no inícioda tarde da última quinta-feirapelo pleno do TST, em sessãoespecialmente convocada paraessa finalidade.

Em agosto, Adriano Avelinofoi incluído pelo Conselho Fe-deral da Ordem dos Advogadosdo Brasil (OAB) na lista sêxtuplapara preenchimento da vaga deministro TST destinada à advo-cacia pelo Quinto Constitucional.Vinte e um advogados se ins-creveram para concorrer à indi-cação para compor a lista daOAB. Avelino foi o 4º da lista,

também composta pelos advo-gados André de CarvalhoPagnoncelli (Mato Grosso doSul); Othoniel Furtado GueirosNeto (Pernambuco) e LuizGomes (Rio Grande do Norte).

Após a escolha do nome docandidato final à vaga pelo pre-sidente da República, este aindaserá encaminhado ao SenadoFederal para sabatina e, se apro-vado, nomeado ministro doTST. Para o presidente da OABAlagoas, Omar Coelho deMello, a manutenção de Adria-no Avelino na lista é muito im-portante para o Estado, já queAlagoas nunca teve um minis-tro integrando a instância má-xima da Justiça do Trabalho.

QUEM É - Advogado mili-tante inscrito na OAB Alagoasdesde o ano de 1994, AdrianoAvelino tem 37 anos. É gradua-do em Direito pela Faculdadede Direito do Centro de EstudosSuperiores de Maceió (Cesmac),possui Especialização emDireito Privado e atua comoprofessor de Direito Coletivo doTrabalho na Faculdade deMaceió (Fama). Desempenhoudiversas funções na OABAlagoas, entre elas a de OuvidorGeral, no ano de 2009.

“FICHA LIMPA”

Recurso movido porMaluf é negado no TSE

O ministro Marco AurélioMello, do Tribunal SuperiorEleitoral (TSE), mandou ar-quivar recurso apresentadopelo deputado federal PauloMaluf (PP-SP) contra decisãodo Tribunal Regional Eleito-ral (TRE) de São Paulo, queindeferiu a candidatura deleà reeleição com base na leicomplementar 135/2010, a“Lei do Ficha Limpa”. Parao ministro, os advogados per-deram o prazo para questio-nar a decisão do TRE de SãoPaulo.

Maluf pode recorrer con-tra a decisão ao plenário doTSE, mas se os outros minis-tros concordarem com MarcoAurélio, o pedido de regis-tro de candidatura dele pode-

rá ser arquivado. Nesse caso,Maluf não poderá ser consi-derado eleito. O parlamentarfoi barrado por condenaçãoem ato doloso (quando há in-tenção) de improbidade ad-ministrativa, o que, de acor-do com a Lei da Ficha Limpa,impede o deputado de con-correr nas eleições.

Para o ministro, o recursodeveria ter sido apresentadoaté o dia 3 de setembro, masfoi protocolado somente nodia 5 de setembro. O deputa-do recebeu quase 500 milvotos, o que o elegeria paraa Câmara dos Deputados. Adefesa do deputado tem 3dias corridos, até amanhã,para entrar com recurso con-tra a decisão do ministro.

Histórico de problemas e confusões é antigoÍndio da Costa foi duramen-

te criticado, até mesmo por alia-dos, quando levantou a possi-bilidade de que o presidenteLula estivesse bêbado quandodisse que o DEM era um parti-do que deveria ser “extirpado”da política brasileira. “Depoisdo almoço, Lula falou aquelebando de besteiras. Não sei se in-geriu bebida alcoólica ou não”,chegou a acusar.

O histórico dele com polêmi-cas e confusões é antigo. Em2005, Índio, então secretário mu-nicipal de Administração do Riode Janeiro, foi alvo da ComissãoParlamentar de Inquérito (CPI)

da Merenda, instalada na Câma-ra Municipal do Rio de Janeiro,após reportagens veiculadas nojornal carioca O Dia. O relatóriofinal concluiu que a licitação cau-sou prejuízo aos cofres públicos,mas a investigação foi arquiva-da pelo Ministério Público.

O candidato ainda respon-de na Justiça a processo movidopor taxista que o acusa de cau-sar acidente de carro na Barra,em 2003. O motorista ficou comsequelas. Índio da Costa se recu-sou a fazer o teste do bafômetro,mas testemunhas alegam queele estava visivelmente embria-gado.

Em 1997, o então vereadorIndio da Costa quis proibir comum projeto de lei a prática de daresmolas a mendigos. Propôs atémesmo o recolhimento a alber-gue de quem fosse flagrado, maso projeto foi rejeitado pelos de-mais vereadores, que o acusaramde defender uma “verdadeiralimpeza social” nas ruas do Rio.

Desde o início da campanha,inclusive, o vice de Serra chamaatenção por declarações e atitu-des polêmicas ou ideias mira-bolantes. Na campanha do 1ºturno, por exemplo, Indio daCosta afirmou que “petistas es-tavam ficando ricos no gover-

no”, além de ter acusado, semprovas, o PT de ter ligações comas Forças Armadas Revo-lucionárias da Colômbia (Farc).Nos dois casos ele foi censura-do por Serra.

Em julho, o candidato disseque mais de 1,5 milhão de pes-soas já haviam acessado docu-mentos postados por ele em seuTwitter que comprovariam o en-volvimento do partido do pre-sidente Lula com os narcoguer-rilheiros. “É papo furado essaconversinha de que não podefalar mal do PT”, afirmou. Opartido recorreu à Justiça porconta das declarações.

Índio da Costa se elegeu deputado federal no RJ com discurso conservador contra homossexuais e movimentos sociaisAlexandre H. Lino

Repórter

Após a visita do candi-dato a vice-presidente deDilma Rousseff, o deputa-do federal Michel Temer(PMDB-SP), o vice nachapa de José Serra, o de-putado federal Índio daCosta (DEM-RJ), acertou agen-da para Maceió na próximaterça-feira, com início às 10horas da manhã. A visita é asinalização da campanha queo tucano não deve mesmo che-gar até Alagoas até o final daeleição. A programação da vi-sita ainda não foi divulgada,mas uma entrevista coletiva

já foi acertada.O encontro tem o

objetivo de reforçar acampanha presiden-cial no Nordeste,onde a dupla recebeua pior votação no pri-meiro turno, vencen-do apenas em Maceió.Índio da Costa foi es-

colhido para ser o vice de Serrana última hora, já que o tuca-no preferia a indicação do se-nador Álvaro Dias (PSDB-PR)ou Aécio Neves (PSDB-MG),formando uma chapa “purosangue”. No entanto, a pres-são do DEM, antigo PFL, fezcom que os tucanos aceitassemo acordo.

Com 39 anos e pouca expe-riência, o candidato a vice-presidente de Serra está no finaldo primeiro mandato como de-putado federal e até hoje tinhasido apenas vereador.

Formado em direito, ex-ad-ministrador do parque doFlamengo, na zona sul do Rio,duas vezes vereador, Indiovem de família abastada: o pai(Luiz Eduardo) é dono de umimportante escritório de ar-quitetura no Rio e o primo(Luís Octavio) é dono dobanco Cruzeiro do Sul. Ele de-clarou patrimônio de R$ 1,5milhão ao TRE, incluindo umultraleve (avaliado em R$ 171mil) e um barco (R$ 207 mil).

Ele se capitalizou na políticacom um discurso conservador,sendo contrário, por exemplo,à união civil entre homosse-xuais e defendendo a crimi-nalização dos movimentos so-ciais.

Mesmo com pouca expe-riência na Câmara dos De-putados, Índio da Costa foi umdos relatores da lei complemen-tar 135/2010, a “Lei do FichaLimpa”. O texto que foi apro-vado no Congresso Naional,segundo integrantes de movi-mentos sociais e juristas, dife-re em muito do documento ori-ginal que foi protocolado comoprojeto de lei de iniciativa po-pular.

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Política JORNALO JORNALO

Vice de Serra visita Alagoas na terça

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JORNALO JORNALO

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Endocrinologista Rosana Radominski defende maior incentivo à prática de esportes por parte do Estado

Pais precisam ser mais esclarecidosNa avaliação da presiden-

te da Associação Brasileira parao Estudo da Obesidade e daSíndrome Metabólica (Abeso),a endocrinologista RosanaRadominski, os dados sobreobesidade, principalmente nainfância e na adolescência, in-dicam a necessidade da ado-ção de políticas públicas estru-turadas. Para ela, há necessi-dade de uma intervenção glo-bal principalmente para escla-recer os pais sobre a importân-cia de oferecerem aos filhosuma alimentação saudável ede ficarem atentos ao excessode peso.

“Os pais procuram atendi-mento quando o filho nãocome. No entanto, o fato de acriança estar mais gordinha nãopreocupa, tanto que apenas20% dos pais com filhos acimado peso pedem orientação aospediatras”, afirma a médica.Rosana adverte que a avalia-ção do estado nutricional decrianças e adolescentes deveser feita pelo médico, uma vezque não há um corte precisosobre o ponto em que há exces-so de peso ou mesmo obesida-de. “Os valores variam de acor-do com o sexo e a idade. O IMC

não pode ser aplicado direta-mente”, alerta.

Para ela, o Estado deveriaatuar com melhorias no aten-dimento pré-natal, para que agestante não engorde demais,promover mais políticas queincentivem a prática de espor-tes, interferir na alimentaçãooferecidas nas escolas, além dacapacitação de profissionais desaúde para ficarem atentos àquestão.

Segundo o Ministério daSaúde, a obesidade já é enca-rada como uma questão desaúde pública, uma vez que jáafeta cerca de metade da po-pulação adulta, e o problemavem crescendo principalmen-te entre crianças e adolescen-tes. A Organização Mundialda Saúde (OMS) trata a obesi-dade como uma epidemiamundial.

De acordo com o Ministérioda Saúde, o monitoramento doestado nutricional da popula-ção é feito por meio do Sistemade Vigilância Alimentar eNutricional (Sisvan) e da a rea-lização de pesquisas periódi-cas sobre o tema. Entre outrasações, em 2010, a AgênciaNacional de Vigilância Sa-

nitária (Anvisa) publicou aResolução 24, que regula a pro-paganda de produtos alimen-tícios com excesso de sal, açú-car e gordura saturada ou gor-dura trans. Em 2006, foi publi-cada portaria interministerialque instituiu as diretrizes paraa promoção da alimentaçãosaudável nas escolas.

RISCOS À SAÚDE - O ex-cesso de peso em todas as ida-des, inclusive na infância e naadolescência, está associada ariscos à saúde, como compli-cações metabólicas, aumentoda pressão arterial, dos níveisde colesterol e triglicerídeos nosangue e resistência à insulina.Estima-se que, em países de-senvolvidos, o excesso de pesoseja responsável diretamentepor 2 a 6% dos custos totais daatenção à saúde em vários paí-ses em desenvolvimento.

Além de representar maisgastos para a saúde, a obesi-dade cada vez mais precoceestá antecipando doenças comodiabetes, hipertensão arterial eproblemas circulatórios, o quecompromete diretamente asaúde e a qualidade de vidados indivíduos.

Obesidade na infância mobiliza CâmaraUm em cada quatro estudantes do ensino fundamental está acima do peso, segundo pesquisa feita pelo IBGEAgência Câmara

Pelo menos um em cadaquatro estudantes do últimoano do ensino fundamentalestá fora do peso consideradoideal para a idade. Mais doque uma questão de estética,os quilos a mais nessa fase davida podem ter como reflexoa obesidade e outras doençascrônicas na vida adulta.

Tramitam na Câmara dosDeputados pelo menos 15 pro-jetos relacionados à obesida-de e à promoção da alimenta-ção saudável. Em abril últimofoi aprovada uma propostasobre o assunto - o Projeto deLei 127/07, do deputado LobbeNeto (PSDB-SP) -, que obrigaas creches e escolas do nívelfundamental a substituir, emsuas dependências e para osfins de comercialização, os ali-mentos não saudáveis por ali-mentos saudáveis, conformecritérios a serem estabelecidospor autoridades sanitárias. Aproposta foi enviada para oSenado.

Entre os projetos em trami-tação na Câmara está a cria-ção de uma Política Nacionalde Combate à ObesidadeInfantil, com princípios e dire-trizes para ações voltadas paraeducação nutricional e segu-rança nutricional da populaçãoe a obrigatoriedade da divulga-ção de advertência sobre o riscoobesidade em embalagens deprodutos altamente calóricos.Além disso, uma frente parla-

mentar tem entre seus temas apromoção de uma alimentaçãomais saudável para os jovens.

Os resultados da PesquisaNacional da Saúde do Escolar(Pense) de 2009, publicada nomês passado, indicam que23,2% dos estudantes do 9º anode escolas públicas e privadasdas capitais brasileiras estãoacima do peso.

Dos alunos que estão acima

do peso ideal, 16% têm sobre-peso (IMC entre 25 e 30) e 7,2%são obesos (IMC maior do que30). O IMC ou Índice de MassaCorporal é uma medida daadequação do peso de umapessoa em relação à sua altura.

A pesquisa, realizada peloIBGE (Instituto Brasileiro deGeografia e Estatística), avaliouo estado nutricional de 58,9 milalunos (cerca de 1% do total de

estudantes do 9º ano). O levan-tamento também indicou que2,9% estão abaixo do peso.

O deputado Lobbe Neto de-fende que os alimentos muitocalóricos sejam retirados dasescolas e substituídos por ou-tros mais saudáveis, comosucos, frutas e pão integral. Eletambém apresentou um proje-to que inclui a “educação ali-mentar” no conteúdo das dis-

ciplinas de Ciências e Biologiados ensinos fundamental emédio, respectivamente.

“Por meio da escola e dasubstituição de uma alimenta-ção não saudável, como as gu-loseimas e frituras, por alimen-tação saudável, vamos contri-buir para diminuir o índice deobesidade da juventude brasi-leira e no futuro diminuindo oíndice de obesos adultos”, afir-

ma o parlamentar.

FRENTE PARLAMENTAR- Em 2007, foi criada na Câmaraa Frente Parlamentar deSegurança Alimentar e Nu-tricional. O grupo reúne cercade 230 deputados e senadoresque trabalham para incluir, notexto da Constituição Federal,o direito à alimentação de qua-lidade. A frente também quersistematizar os projetos de leisobre alimentação e nutrição,além de incentivar a criação degrupos semelhantes nos esta-dos e municípios.

O coordenador da Frente,deputado Nazareno Fonteles(PT-PI) explica que a obesida-de é uma das preocupações dogrupo, principalmente no quediz respeito à alimentação doescolar. O parlamentar explicaque, nos últimos anos, com me-lhorias na distribuição derenda, houve mudança no es-tilo de vida da população, quepassou a substituir alimentostradicionais e mais baratos,como arroz e feijão, por comi-das industrializadas, como bis-coitos e salgadinhos.

“Aquestão da obesidade pre-cisa ser encarada como umaquestão de saúde pública. A in-tervenção do Estado é necessá-ria tanto com leis que melhorema alimentação do escolar e nosrestaurantes comunitários quan-to em campanhas de educação,para que as famílias façam mu-danças nos hábitos alimentaresdentro de casa”, argumenta.

Nacional

EPIDEMIA MUNDIAL

Segundo o Ministério da Saúde, a obesidade já afeta cerca de metade da populaçãoadulta, e o problema vem crescendo principalmente entre crianças e adolescentes. AOrganização Mundial da Saúde (OMS) trata a obesidade como uma epidemia mundial.

CRIANÇAS ACIMA DO PESO EM ALGUNS PAÍSES*

País Idade Meninos (%) Meninas (%)Alemanha 5 a 17 20,4 20Argélia 6 a 10 10,3 8,7Austrália 9 a 13 25 30Brasil 7 a 10 23 21,1Canadá 12 a 17 33,2 25,8EUA 6 a 17 35,1 36Índia 5 a 17 12,9 8,2França 11 a 17 21,6 16,5

*Fonte: International Obesity Taskforce (IOTF)Pesquisas realizadas entre 2000 e 2007

* 7304/10: torna obrigatória a divulgação demensagens nutricionais e ad-vertências nos estabelecimentoscomerciais e nos produtos quecontenham elevado teor de gor-dura, sódio e açúcar.

* 7174/10: torna obrigatória a inserção, nosrótulos e embalagens de alimen-tos, de advertência sobre o eleva-do teor de sódio

* 6803/10: institui a Política de Combate àObesidade

* 6522/09: cria o Programa de Prevenção,Orientação e Tratamento daObesidade Infantil

* 3793/08: institui a obrigatoriedade de con-ter nas propagandas de alimen-tos e bebidas com teores de açú-car, sal e gorduras superiores aosrecomendados pela AgenciaNacional de Vigilância Sanitária,de informações sobre danos asaúde no consumo exagerado detais alimentos e bebidas

* 3703/08: inclui os portadores de obesi-dade grave ou mórbida como ben-eficiário do atendimento prior-

itário* 1234/07: estabelece princípios e diretrizes

para as ações voltadas para a ed-ucação nutricional e segurança al-imentar e nutricional da popu-lação e dá outras providências

* 325/07: inclui a disciplina de EducaçãoAlimentar na grade escolar do en-sino fundamental e médio, sendoobrigatória em toda rede de ensi-no do País

* 128/07: inclui o tema “Educação Ali-mentar” no conteúdo das disci-plinas de Ciências e Biologia noscurrículos do ensino básico

* 1699/03: institui a Política de Prevenção eControle dos Distúrbios Nu-tricionais e das Doenças As-sociadas à Alimentação e Nutriçãono sistema educacional brasileiro

* 1480/03: torna obrigatória a divulgação deadvertência sobre obesidade emembalagens de produtos alta-mente calóricos

* 6848/02: proíbe a comercialização e con-sumo de guloseimas nas escolasdo nível básico

PROJETOS QUE TRAMITAM NA CÂMARA PARA COMBATER A OBESIDADE

Para o deputado Lobbe Neto, a alimentação saudável deveria constar nas disciplinas de Ciências e Biologia dos ensinos fundamental e médio

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JORNALO JORNALO

Domingo, 17 de outubro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

OpiniãoO PT agora se preocupa em reverter o clima de

pavor que surgiu em parte do eleitorado neste segun-do turno e que fez Dilma Rousseff praticamente es-tagnar nas pesquisas. O partido avaliou que o “elei-tor apavorado” é aquele cidadão que, em 4 de janei-ro de 2010, achava que Dilma não tinha nenhumachance de engrenar; que em 4 de setembro já acredi-tava que ganharia a presidência no primeiro turno; eque acordou no dia 4 de outubro achando que Serravenceu o segundo turno.

O apavorado cumpre, neste meio da campa-nha, um papel mais perigoso que o “tucano-de-baixo-astral” cumpriu na campanha do Serra emsetembro de 2010. Naquele momento, Dilma pas-sou à frente com folga nas pesquisas, desmorali-zando o discurso tucano segundo o qual ela nãotinha chances. Parte do eleitorado tucano se aco-vardou e Serra começou a despencar nas pesqui-

sas. Só que veio o escândalo da Erenice e o para-quedas do tucano se abriu.

Os petistas e os que votam em Dilma já sabemque a diferença, a partir de agora, é que não haveráum terceiro turno. Portanto, o “eleitor apavorado” éum perigo e se torna um “quinta-coluna sem saber”.Desorganiza as fileiras e ajuda o inimigo, usandouma linguagem bem militar, como na verdade ascampanhas são pensadas por seus estrategistas.

O que devem fazer os que apoiam Dilma e quenão querem assistir à derrota da candidata de Lula?Algo parecido com o que o “Estado-Maior tucano”fez no final do primeiro turno: ir com tudo na jugu-lar do adversário, como a petista fez no debate daBand, mostrando os erros e contradições de JoséSerra. E dizer para o “eleitor apavorado”: “Ao invésde perguntar se vamos ganhar, responda quantosvotos você já ganhou hoje”.

“O eleitor apavorado”

Ponto de vista

San

Cá estava eu tergiversando com meus bo-tões, quando cheguei a está incomensurávelconclusão: tem gente que não existe. O queexiste, senhoras e senhores da plateia, é umcalhamaço de rascunho, rabiscado por nin-guém sabe quem, sem sentido, formas, linhasou entrelinhas, com caricaturas taxadas de“pessoas”. Até provarem o contrário.

Se aparece um sujeito, pasta sob o sovaco,mostrando uma revistinha, dizendo que é umestudioso disso ou daquilo, mando ele pro in-ferno, cafundó dos Judas; se chega outro e mediz que a terra tem um buraco no meio,minha vontade é de jogá-lo lá e cobri-lo deareia; se na esquina da contramão encontrooutro, embriagado, dizendo que gosta deLobsang Rampa, meto-lhe um CharlesBukowski no meio e acabo com a conversa; setem mais um que acredita em discos voado-res... pombas!, assim também já é demais!

Tudo no mundo tem limite. Até o limite.Meu amigo “Ricardjim” Camelo disse que

às vezes sou a favor do contra. Nada contra.Mas é que assim deve ser. Até contra certaspessoas. Senão, acabamos caindo numa malhafina prolixa desgraçada, e vai tudo pro bele-léu..

Ninguém gosta de ninguém, quem quiserque acredite o contrário. Aqui, nesse mundi-nho que criaram, cada um deve ser por si. Sóisso. E acham que até isso basta. É como al-guém chegar pra você e pedir ajuda.Qualquer um pode ajudar, sendo que com umpé na frente e outro atrás; quem ajuda, aomesmo tempo está pensando em cobrar, sejade que forma for, lá na frente. “Não, eu nãoajudo o próximo pensando em alguma coisa

em troca”. Duvido. Balela. Mentira.Hipocrisia. Quando ajudamos, pensamos emser recompensados, sim. Essa é uma verdadenua e crua; mais crua que nua!

E ainda tem gente que diz que isso é umacoisa normal. Normal é você ver um engolin-do o outro, por besteiras, coisas fúteis, fazer oque quiser e ficar por isso mesmo. Quero ver,e ouvir, alguém chegar e dizer na cara, notapa, vapt-vupt, “ajudo, vou ganhar o quê, ouquanto, por isso?”

Aí o sujeito fica embasbacado, olhando es-tupefato e pergunta: “E é assim?” É, jumento!É assim mesmo! A vida num é tão cor de rosa,não. Se a gente não aprender a viver a vida,ela nos quebra em vários pedaços. E aí a gentese ferra. De verde, amarelo, azul e branco.

Isso não tem nada a ver com ser contra ounão. É pura realidade, mano.

O que não devemos ser é lagartixa, viverbalançando a cabeça pra tudo e pra todos.

Não bastassem as conclusões que tiramosantecipadamente, temos sempre a mesma filo-sofia de que somos duros, moralistas, correti-nhos, certinhos que só a desgraça, quando naverdade somos um poço de ignorância, resul-tado das mistificações de tudo que nos rodeia:cultural, étnica o diabo-a-oito (diabo-a-quatrojá está defasado).

E andando assim, colocamos nada diferen-te do que a vida no trampolim das nossas des-graças. E muitas vezes pensando, e desejando,a desgraça dos outros.

E aí, é aquela história, salve-se quem forcapaz; quem não for, se quebre e fique de bi-quinho calado.

É a vida... mano.

“O que não devemos ser é lagartixa, viverbalançando a cabeça pra tudo e pra todos”

Laelson Moreira de OliveiraPoeta

Tem gente que não existe

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“O ciclismo oxigena o cérebro,constitui passatempo para oespírito e desenvolve a inteligência”

Bicicletas e humanismo

João Baptista Herkenhoff

Livre-Docente da Universidade Federal do Espírito Santo, pro-fessor pesquisador da Faculdade Estácio de Sá de Vila Velha eescritor / [email protected] / www.jbherkenhoff.com.br

Andar de bicicleta lembra-me a infância em Cachoeiro deItapemirim, a terra de Rubem Braga e Roberto Carlos. Ruas comcalçamento de paralelepípedos, poucos carros, nenhum motoris-ta correndo. Trânsito realmente humano, quase diria trânsitofraterno. A convivência entre carros e bicicletas era absolutamen-te tranquila. Não me recordo de um único atropelamento de ci-clista por carro, ou de pedestre por ciclista.

A bicicleta é um transporte alternativo que deve ser valoriza-do se pensamos em políticas públicas centradas em referenciaisde humanismo.

Andar de bicicleta faz bem à saúde. A bicicleta reclama do ci-clista postura correta, participação das pernas na pedalagem edos braços no manejo do volante, além de respiração correta eatenção. O ciclismo oxigena o cérebro, constitui passatempopara o espírito, desenvolve a inteligência.

Em países adiantados e cultos, como a França, o ciclismo éum esporte que desfruta da adesão de altíssimo percentual dapopulação. No Brasil, temos também cidades de ciclistas, comoJoinville, em Santa Catarina.

Se praticado em grupo o ciclismo é, no caso dos jovens, umvalioso instrumento de socialização e, no caso dos idosos, um re-médio contra a solidão.

Embora tenha seu maior contingente de adeptos no seio dajuventude, o ciclismo é largamente praticado por adultos.Pessoas mais velhas podem ter no ciclismo eficiente prevençãode doenças cerebrais e do coração.

O ciclismo não distingue sexos, seja entre os jovens - rapazese moças - seja entre os mais velhos - senhoras e senhores.

Além dos benefícios que proporciona à saúde, a bicicleta éum transporte baratíssimo, pois não consome combustível.

Devido ao grande aumento do número de carros, a bicicletaexige hoje, nas cidades médias e grandes e também nas estradas,a construção de ciclovias. Elas garantem a segurança do ciclistaevitando acidentes.

Temos de resistir ao modelo social que elege as metas sim-plesmente econômicas como as essenciais, fazendo do ser huma-no mero instrumento e produto da Economia.

A essa visão equivocada, que se funda numa deformaçãoética inaceitável, temos de opor a ideia de que o homem é o ar-quiteto e o destinatário da História.

Dentro dessa concepção, a construção de ciclovias acompa-nhará, necessariamente, a construção de rodovias e avenidas.

Marcial LimaProfessor

Só move oque comove

“Aqui, tudojá se fez, masnada existe”.

Michel Foucault nos dizque, através da origem, ohomem se articula com o já co-meçado. Ao nascer, crescer, ado-lescer, tornar-se adulto em de-terminado bairro/cidade/esta-do/nação, adquirimos hábitos,costumes, modos de pensar, deagir, de ser, reeditando práticas,hierarquizando valores e, na ilu-são da originalidade de sermoso cara, estamos, aqui e ali, reedi-tando a história.

Há décadas, vimos testemu-nhando momentos em que umanova energia espalha-se emnossa Maçayó-k. Questões que,durante longo tempo, encon-travam-se relegadas às calendasgregas, voltam à tona com in-tenso vigor, mas, logo retorna-mos à calmaria. Um dia, SuyChamusca, lá no então tranqui-lo Bosque do Planalto, ondemorávamos, perguntou: “EmAlagoas, essa inconsistência,essa descontinuidade, é atávi-ca?” É como se, naquela entre-vista, onde falávamos em festi-vais de música, de teatro, de ca-ravanas de cultura, de movi-mentos estudantis voltadospara a cultura, em alegres car-navais, a jovem repórter fossetomada pelo sentimento de queaqui tudo já se fez, mas nadaexiste.

Querendo ir à causa dessefenômeno, poderemos intuirque vários motivos se interpe-netram. O distanciamento histó-rico das instituições culturaisem relação aos reais anseios dacomunidade, talvez seja umdeles. O círculo vicioso impostopelas articulações políticas, comidas e vindas que se perpetuam,frustrando programas e projetosiniciados, regredindo a práticasjá comprovadamente ineficazes,talvez seja outro. Interessantepercebermos que, nesses casos,há, por um lado, uma condutade posse, e, a ela fazendo con-trapondo, alguns que desenvol-veram uma preocupante depen-dência ao poder, e não se reci-clam, vendo o controle socialcomo uma ameaça ao mesmis-mo. Pode-se também avaliarque as reivindicações de umagrande maioria que faz o seg-mento cultural são tão particu-lares que não chegam a se uni-versalizar, nem a se impor comoum direito de cidadania.

Nos anos 30 do século pas-sado, Lukács defendia um pro-grama de governo que tivesse acultura como eixo de sustenta-ção, sendo a política o meio queviabilizaria sua realização.Advogava a cultura promoven-do a transformação social, fe-chada à intolerância do meroproselitismo. Dizia que se aação cultural for além do super-ficialismo “poderá tornar ohomem mais consciente, maishumano, ampliado na capacida-de de autoconhecimento e noconhecimento da própria vida”.E, no dizer de Carlos Matus, aestratégia não deve se referir aomero cálculo do possível, mas àconstrução de viabilidades.

Em mim, a certeza de quetemos condições de interferir narealidade; comprometendo-se,apaixonando-se, pois “só nosmove, aquilo que nos comove”.

A legislação de nº 9.784/99 citou vários critérios que objeti-vam garantir o direito à ampla defesa, de que é titular o ad-ministrado perante a administração pública. É importanteressaltar quais: a divulgação oficial dos atos administrativos;a indicação dos pressupostos de fato e de direito que determi-nara a decisão; a exigência dos atos formais necessários à ga-rantia dos direitos dos administrados; e a garantia dos direi-tos à comunicação, a apresentação de alegações finais, a pro-dução de provas e a interposição de recursos, especialmentenos casos em que os processos possam resultar em sançõespara aquelas situações de litígio.

Ressaltamos que a noção da ampla defesa, contextualiza-da no ordenamento jurídico, ensina a faculdade de fazer-seassistir por advogado, quando a representação não for obri-gatória, e a possibilidade de apresentação de novas alega-ções/documentos, que deverão necessariamente ser conside-rados pela autoridade que exarou a decisão. É importantecitar, ainda, o direito à produção de todas as provas permissí-veis em direito, além do acesso aos processos, bem como daextração de cópias para acompanhamento.

No processo administrativo ambiental a situação se conju-ga ao que se encontra disposto na constituição federal, queassegura ao interessado a ampla defesa e o contraditório, deacordo com o que citamos anteriormente.

Outro fato que deve ser muito bem esclarecido é que oselementos probatórios deverão ser considerados na motiva-ção do parecer jurídico e na decisão da autoridade julgadora.

É cediço que, na esfera administrativa, o contraditório é,no fundo, sinônimo de ampla defesa.

O primeiro requisito para que alguém possa exercitar odireito de defesa de maneira eficiente é saber do que estásendo acusado, além do mais durante o processo é preciso as-segurar o acesso a todo o processo, possibilitando ainda aapresentação de razões e documentos e de produzir provastestemunhais, periciais e ao final conhecer os fundamentos ea motivação da decisão proferida. A garantia vinda da consti-tuição em relação ao direito da ampla defesa determina queseja dada ao infrator acusado a possibilidade de apresentaçãode defesa prévia à decisão administrativa, no sentido de queseja a mesma conhecida e considerada pela autoridade com-petente.

Outro fato que deve ser exaustivamente lembrado, é que odireito de defesa não se confunde com o direito de recorrer.

Nada que se preste para assegurar o exercício de defesaque a constituição determina seja ampla, pode ser negado.Por outro lado, o princípio do contraditório ensina que aparte seja efetivamente ouvida e que seus argumentos sejamefetivamente considerados no julgamento.

Em razão dos princípios instituídos na carta constitucio-nal, para a garantia dos direitos mais fundamentais do indivi-duo e mesmo da pessoa jurídica, todo e qualquer empecilhoao seu correto exercício deve por direito ser declarado incons-titucional, sendo o mesmo contraditório ao ordenamento jurí-dico.

Isto é o que ensina a lei.

Alder FloresAlder Flores, advogado, químico, esp. em Direito,Engenharia e Gestão Ambiental, auditor Ambiental

“Saber do que está sendo acusado”

Sanção ambientale a ampla defesa

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Os relatos de ameaça, lesãocorporal e cárcere privado sãoos destaques do balanço daCentral de Atendimento aMulher - Ligue 180, da Se-cretaria de Política para asMulheres (SPM), divulgadona última sexta-feira. Os nú-meros referem-se aos atendi-mentos de janeiro a setembrodeste ano. Nesse período,foram registradas 47.244 ocor-rências de lesão corporal e12.788 ameaças, o que corres-ponde a um aumento de 234%e 102%, respectivamente,quando comparadas aomesmo período do ano passa-do. O número de mulherespresas em suas casas saltoude 86 para 359 (317%).

A Central registrou 552.034atendimentos somente esteano. Isso significa um aumen-to de 123% na procura peloserviço, em relação ao mesmo

período de 2009. Em quase70% dos casos, os filhos pre-senciam as agressões.

As 12.788 ameaças corres-pondem a 14,6% do total deatendimentos e os 47.244 re-latos de lesão totalizam 54%.Os principais agressores sãomaridos, companheiros ou ex-companheiros. De acordo comos relatos, 58% das vítimassão agredidas diariamente. Em51% dos casos, a mulher dizcorrer risco de morte.

A secretária de Enfren-tamento à Violência contra aMulher, Aparecida Gonçalves,destaca que quando a mulherdiz que é ameaçada, os agen-tes de segurança públicadevem acreditar e providen-ciar a medida protetiva. A vozde uma mulher que reportaestar sendo ameaçada tem deter credibilidade. Pois só a ví-tima é quem tem a real dimen-

são do risco que corre”, alertaa secretária.

Há oito dias, em Itajaí (SC),Márcia Regina de SouzaPacheco foi assassinada peloex-marido na frente de uma de-legacia, depois de registrar seteboletins relatando a ameaça, deacordo com o previsto na LeiMaria da Penha. No começo doano em Minas Gerais, a cabe-leireira Maria Islaine de Morais,de 31 anos, também foi assas-sinada pelo ex-marido, depoisfazer de cinco denúncias.

Segundo Aparecida Gon-çalves, outro aspecto quechama a atenção nos casos at-uais de violência é o aumentodo grau de crueldade. “Nestesúltimos períodos temos vistocomo os homens estão sendocruéis com as mulheres. Nãopodemos assegurar se isto jáhavia ou se só agora estamosvendo estes crimes”, disse.

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Aparecida Gonçalves chama atenção para o aumento do grau de crueldade das agressões contra a mulher

SEGURANÇA

Combate à criminalidadeé reforçado em 25 cidades

CONFIRA OS NÚMEROS DA VIOLÊNCIA

LEI MARIA DA PENHA

Do total de informações prestadas pelaCentral (121.528), 50,4% correspondem à LeiMaria da Penha (61.280).

TIPOS DE VIOLÊNCIA

Dos 88.960 casos de violência relatados,51.736 correspondem a violência física, 1.873a sexual (tipo de violência que mais aumen-tou), 10.569 a moral, 1.526 a patrimonial e22.897 a psicológica.

De acordo com a Central, 38.020 mulhe-res são agredidas diariamente, o que corres-ponde a 58% do total de agressões, 39,3%(22.624) relataram que a violência começoudesde o inicio da relação, 71% das vítimasmora com o agressor e 54.168 mulheres

(66,5%) não depende financeiramente docompanheiro.

PACTO NACIONAL PELOENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIACONTRA A MULHER

É um acordo federativo entre os gover-nos federal, estadual e municipal. Seu obje-tivo é planejar ações para consolidar a PolíticaNacional de Enfrentamento à Violência con-tra as Mulheres por meio da implementaçãode políticas públicas integradas em todo oterritório nacional. Conta com 23 Estados.As únicas unidades da federação que nãoaderiram foram Santa Catarina, Paraná,Distrito Federal, Rio Grande do Sul, o quepode agravar ainda mais a situação de vio-lência.

Cárcere privado lidera agressões à mulherDenúncias de ameaças de morte feitas pelas vítimas precisam receber mais atenção, cobra secretária nacional

AA77Domingo, 17 de outubro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

Nacional JORNALO JORNALO

Desde a última sexta-feira,o combate à criminalidade foireforçado em mais 25 municí-pios do país com a instalaçãodo Gabinete de Gestão Integra-da Municipal (GGIM), espaçoque articula ações de prevençãoe repressão por meio de um tra-balho conjunto entre órgãos fe-derais, estaduais e municipais.

De acordo com o ministroda Justiça, Luiz Paulo Barreto, oGGIM faz parte das ações doPrograma Nacional de Segu-rança Pública com Cidadania

(Pronasci). No total, 147 prefei-turas integram o programa.

Aimplantação dos gabinetesnos 25 municípios que firma-ram convênio com o Ministérioda Justiça vai custar R$26 mi-lhões. “Vamos trabalhar com aPolícia militar, com a PolíciaCivil. Quando necessário, aPolícia Federal e fazer videomo-nitoramento nas áreas mais afe-tadas. Vamos unir tecnologiacom preparação policial paraenfrentamento da violência e dacriminalidade.”

As cidades que assinaramconvênio na sexta foram: Ma-naus (AM), Belém (PA), Palmas(TO), Camaragibe (PE), Natal(RN), Nossa Senhora do Socorro(SE), Marica e Macaé (RJ), Suma-ré, Guararema, Suzano, EstânciaHidromineral de Poá, Itaqua-quecetuba, Guarujá e São Carlos(SP), Almirante Tamandaré, Fozdo Iguaçu, Fazenda Rio Grandee São José dos Pinhais (PR) ePelotas e Rio Grande, Cruz Alta,Venâncio Aires e Taquara (RS)e Cristalina (GO).

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Deraldo FranciscoEditor-Geral

No final da tarde do dia14 de setembro, umaterça-feira, às 17 horas,

a capixaba HornellaGiurizatto Libard, de 33 anos,deu um chá de camomila, como ansiolítico Rivotril, ao mari-do, o empresário do ramo detorrefação de café Luiz Fer-nando Mattedi Tomazi, de 41anos. Minutos depois, quandoo medicamento já começava afazer efeito, a mulher o convi-dou para ir ao encontro de“duas pessoas” que lhe vende-riam uma arma de fogo. EmMaceió, ele tinha uma pistola,que sumiu misteriosamente;como vivia com medo de seremboscado, o empresário capi-xaba sempre andava armado.Por isso, ele concordou em ircomprar uma arma e, por nãoestar se sentindo bem, pediupara a esposa dirigir o carro [oveículo Citröen prata de placaMRA-6383/Colatina-ES]. Aomarido, a mulher contou queiria encontrar as “duas pes-soas” numa região erma, naentrada da Grota do Paud´Arco, no Jacintinho. E assimfoi feito. A mulher guiava ocarro do casal de Garça Tortaaté o local combinado e, entreas 19h e as 19h30, foi até umapequena estrada de barro, nasproximidades do acesso aoRestaurante Buganvillia, senti-do Farol-Praias. Já na estrada,Hornella parou o carro, e pelasportas traseiras do veículo en-traram os criminosos. Pelolado esquerdo entrou um ban-dido conhecido como “Binho”[único da trama que ainda nãofoi preso]; pela direita, Mar-quinhos [Marcos Paulo daSilva]. Os dois seriam as pes-soas que iriam “vender a ar-ma”. Era assim que Luiz Fer-nando estava entendendo ahistória e, por isso, não es-boçava nenhuma preocupação.Devido ao relaxamento docorpo, cruzou a perna direitasobre a esquerda, recostou-seao banco do carro como sefosse cochilar. De tão “cansa-do”, ele mal respondeu ao cum-primento de “opa!” feito porMarquinhos, que ficou bematrás do seu banco. O silêncioera total dentro do veículo, quese encontrava, estrategicamen-te, com os vidros fechados.Hornella seguiu dirigindo emmarcha bem lenta e, de repente,ouviu-se o estampido seco dodisparo de arma de fogo.Marquinhos foi quem fez o dis-paro que atingiu a cabeça deLuiz Fernando, que, por estarpreso ao cinto de segurança,não caiu com o impacto dotiro. Como ele estava quandovivo e cansado, ficou já mortoe inerte. Em seguida, os doissaíram correndo do carro.Marquinhos [alto e magro] foivisto por uma testemunha cor-rendo com a arma na mão.Enquanto isso, Hornella tiravaa aliança de casamento que foiusada como parte do pagamen-to pela morte do marido.Depois saiu do carro e sentou-se numa pedra para esperar apolícia, a quem contou que elae o marido foram vítimas deum sequestro seguido de assas-sinato de Luiz Fernando. Àque-le momento, nem o mais inex-periente policial militar acredi-tou na versão. Mas faltavamas provas, e elas vieram pou-cos dias depois com o esclare-cimento e a prisão de quasetodos os envolvidos. Assim seráo relatório do delegado WaldorCoimbra Lou, do 9º Distrito, quepreside o inquérito de Nº233/2010, que trata do assassi-nato do empresário capixaba.No entanto, a motivação para ocrime ainda não está identifica-da. Fala-se em traição, uma vezque há informações de queHornella tinha um caso amoro-so. Também se admite a possibi-lidade de um crime movido ape-nas pela ambição da mulher,que queria se ver livre do mari-do, amoroso, mas chato e gros-so ao mesmo tempo. Pode haveroutra motivação, mas ela aindanão veio aos autos do inquérito.

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A história do crime “mais que imperfeito”Os detalhes do assassinato do empresário capixaba Luiz Fernando Mattedi e como a esposa se transformou na maior suspeita

JORNALO JORNALO

Domingo, 17 de outubro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

CidadesAA99

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Cidades

Os envolvidos e a sucessão de errosO assassinato do empresá-

rio Fernando Mattedi é o que sepode chamar de um crime maisque imperfeito. Ou seja, doponto de vista do anonimato,tinha tudo para dar errado. Aspessoas envolvidas – cinco aotodo, de forma direta, e maistrês, de forma indireta – come-teram uma série de erros queforam guiando a polícia até oesclarecimento final do crime.

O fato foi tão gritante que ir-ritou até velhos policiais alagoa-nos acostumados a investigarcrimes bem articulados. “Aviúva [Hornella Giurizatto] su-bestimou a polícia alagoana. Issonos deixou revoltados. Somospoliciais experientes e sabemostrabalhar em investigações”,disse o policial civil ThemildoDuarte, chefe de Operações do9º Distrito e que trabalha no caso

há mais de um mês.Antes mesmo de o corpo do

marido ser liberado do InstitutoMédico Legal de Maceió, naquarta-feira pela manhã Hor-nella Giurizatto surpreendeu apolícia alagoana quando, deforma espontânea, compareceuao 9º Distrito para oferecer ofi-cialmente a sua versão sobre ocaso. Ela foi à delegacia acom-panhada de um advogado.

Àquele momento, ela tinhaapenas falado com uma guar-nição da Polícia Militar e ao de-legado plantonista na Centralde Polícia.

Ao policial Themildo Duarte,a viúva contou que estava pas-seando de carro com o maridoquando, num sinal em Cruz dasAlmas, foi abordada por doisbandidos que entraram no carroe lhe obrigaram a conduzi-los

até o local onde houve o assas-sinato. Segundo ela, os bandidosestavam nervosos; e, no meioda discussão dentro do carro,um deles atirou na cabeça deFernando Mattedi.

Àquele momento, indagadapelo escrivão sobre a possibili-dade de quando a “casa cair”,ela vir a ser acusada na morte domarido, Hornella disse que“essa policiazinha de ‘m.’ deAlagoas não tinha como provaro seu envolvimento no crime”.“Vou a Colatina, no EspíritoSanto, pessoalmente buscar essamulher e dizer-lhe que a políciade Alagoas sabe investigar”, co-mentou o escrivão.

Após o depoimento daviúva, ela foi liberada e tratou deprovidenciar a liberação docorpo do marido para sepulta-mento. (D.F.)

O tráfico de drogas entrou na trama da morteAs investigações chegaram a Emerson

Fragoso Coto, sócio falido de FernandoMattedi e que, inclusive, morava com elena casa de Garça Torta. Foi a partir do de-poimento dele que o caso começou a ser es-clarecido. Por conta disso, Emerson Fragosocorre o risco de morte na prisão. A parti-cipação efetiva dele no crime é quase nen-huma e deve ser colocado em liberdadenos próximos dias.

Ele é homossexual e tem um relaciona-mento amoroso com um rapaz chamado LaMartine, que seria envolvido com o tráficode drogas no Jacintinho. São amigos de LaMartine, o casal de traficantes Rosineideda Silva, a “Neidinha”, e Claudemilson

Sátiro Oliveira, o “Mota”. Emerson os con-heceu e, depois levou Hornella até eles.Àquele momento, já se imaginava matarFernando Mattedi, motivo pelo qual a mu-lher do empresário foi apresentada ao casalde traficantes.

Foi a partir dessas informações que apolícia descobriu que, no meio dessaamizade, foi articulado o primeiro planopara matar o empresário. Tudo deveriaparecer um assalto. Só que, no dia marca-do para o crime, o taxista que daria fuga aoscriminosos – cujos nomes a polícia aindanão os tem – desistiu da empreitada e osdeixou no meio do caminho. Assim, a em-boscada foi abortada. Mas, bem antes disso,

Hornella tinha deixado o marido desar-mado.

Ocorre que, devido à sua participaçãona Operação Broca, Fernando Mattedi ficoucom medo de morrer e, por isso, comprouuma pistola PT 380, com a qual andava.

Poucos dias antes de ser assassinado,ele foi informado pela esposa de que al-guns ladrões tinham invadido sua casa elevado a arma, computadores, suas joias euma quantia em dinheiro. Assim, FernandoMattedi ficou sem poder reagir a uma em-boscada. Estava do jeito que Hornella que-ria e tinha planejado: sem arma, o maridoera um alvo fácil. Apolícia já descobriu queas joias foram penhoradas. (D.F.)

Hornella: friezanão impossibilitoua sucessão de erros

Luiz Fernando Mattedi, empre-sário estabelecido no EspíritoSanto, veio para Maceió depoisde ser envolvido em esquemade fraude tributária

Claudemilson Sátiro Olivei-ra, o Mota, traficante casadocom Neidinha. Coube a ele acontratação dos matadores ea trama do plano; foi presona Grota do Pau d’Arco e estána Casa de Custódia

Rosineide da Silva, a Neidi-nha, foi quem, junto commarido, contratou os assassi-nos Binho e Marquinhos;chegou a receber R$ 4 milpelo serviço; está presa nopresídio Santa Luzia

Marcos Paulo da Silva, oMarquinhos. Foi ele quematirou em Fernando; é o maisviolento do grupo; foi presoem Arapiraca e está na Casade Custódia

Luiz Fernando não desconfioudo plano macabro; dopado, não percebeu armação

Yvette Moura/Arquivo

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AA1111-al.com.br

JORNALO JORNALO

Pernas cruzadas: uma das provasMas a polícia alagoana não

demoraria e chegaria à verdadeem pouco tempo. Uma pedra re-tirada do caminho foi a desvincu-lação do crime com a OperaçãoBroca. Conforme o MinistérioPúblico Federal (MPF), não haviariscos para Fernando Mattedi, a

partir do que disse em seu depoi-mento à Polícia Federal. Ou seja,a queima de arquivo, como os cri-minosos queriam que a políciaalagoana pensasse, foi descarta-da de imediato.

As circunstâncias em que avítima foi encontrada também in-

trigavam a polícia. Ninguém, soba ameaça de uma arma de fogo,consegue ficar tão à vontade comoficou Fernando Mattedi. “Ele es-tava à vontade porque quem lhematou era pessoa conhecida deleou da esposa”, comentou The-mildo Duarte. (D.F.)

Prisões em Alagoas e no Espírito SantoDe posse de todas essas infor-

mações, o delegado WaldorCoimbra Lou pediu a prisão detodos os envolvidos, partindo deHornella. Ou seja, a “casa caiu”para todo o grupo. O jargão po-licial significa que tudo foi desco-berto e que não adianta maismentir sobre o crime.

O juiz Geraldo CavalcanteAmorim, da 9ª Vara Criminal daCapital, decretou a prisão detodos os acusados de envolvi-mento nesse crime. A primeira aser presa foi Hornella Giurizatto.Ela foi presa pela Polícia Federal,

no último dia 9, em Colatina/ES.APF entrou no caso porque aindase suspeitava de que o crime pu-desse ter relação com a OperaçãoBroca.

Depois, em Maceió, a políciaalagoana prendeu Neidinha e omarido Mota, na Grota do Paud´Arco, no Jacintinho. EmArapiraca, foi preso Marquinhos,considerado o mais violento dogrupo. O posto de mais frio e cal-culista do bando é de HornellaGiurizatto, conforme a própriapolícia reconhece.

Emerson Fragoso também foi

preso. Quando foi surpreendidopela polícia, ele estava na casa deFernando Mattedi, em GarçaTorta. Na verdade, segundo a po-lícia, ele não tem participação di-reta no crime, e sua prisão temcaráter de prevenção, uma vezque há riscos de ele ser morto.

Marquinhos, Mota e Emersonestão presos na Casa de Custódia;Neidinha, no Presídio FemininoSanta Luzia; e Hornella emColatina/ES. Amanhã, uma equi-pe de policiais do 9º DP viaja aoEspírito Santo para recambiar aacusada para Maceió. (D.F.)

Operação Broca envolvia empresárioNo início do ano, o empre-

sário Luiz Fernando MattediTomazi foi ouvido pela PolíciaFederal no Espírito Santo naOperação Broca, que investi-gou as ações de uma organi-zação criminosa envolvida emfraude tributária na exporta-ção de café. Das 38 empresasdo ramo da torrefação de cafédo Espírito Santo, 17 foram in-vestigadas, inclusive a de LuizFernando. No entanto, o nomedele não aparece na relaçãodas 22 pessoas que tiveram a

prisão preventiva solicitadapelo MPF nem na lista dosnove nomes com decretaçãode prisão temporária. Ou seja,Luiz Fernando foi ouvido nosautos do inquérito policial,mas não teve a prisão reco-mendada pelo MPF ,o que, noEstado, ensejou os comentá-rios de que ele denunciou mui-ta gente e, por isso, foi bene-ficiado pelo instituto da “de-lação premiada”. Com medode morrer, o empresário capi-xaba abandonou o ramo e

fugiu com a família paraMaceió, onde chegou em mar-ço passado. Em Garça Torta,ele alugou por um ano umaconfortável casa, com piscinae à beira mar, por R$ 1.900, aomês. Ele pagou à vista o equi-valente a um ano de contrato.Assim, o aluguel da casa estápago até março de 2011. Lá,Luiz Fernando passou a morarcom a esposa Hornella Giu-rizatto, a filha M.F., de 5 anos,e o sócio falido, EmersonFragoso Coto. (D.F.)

O plano e a participação de cada um

Mas foi o segundo planode morte que deu certo, pelomenos no que imaginaram osenvolvidos. A pedido deHornella, Neidinha e o mari-do Mota fizeram contato com“Binho” e Marquinhos e tra-maram a morte. O casal nãoapareceria no local do crime. AHornella, coube a missão delevar a vítima para o local daexecução. Aos dois [Binho eMarquinhos] coube a execu-ção, como aconteceu, segun-do as investigações da políciaalagoana.

Ainda não se sabe ao certo

quanto custou a morte deFernando Mattedi. Dinheirovivo mesmo só tem conheci-mento de R$ 500, que foram di-vididos igualmente entre os exe-cutores e o casal de agenciado-res. Mas, segundo Marquinhos,Neidinha recebeu de HornellaR$ 4 mil e ficou com a maiorparte do dinheiro. Além disso,a aliança de Fernando Mattedi,seu notebook, uma máquina fo-tográfica e outros pertences devalor teriam entrado na nego-ciação. A polícia recuperouparte do material na casa deNeidinha. (D.F.)

Hornella Giurizatto Libard pla-nejou o crime, contratou os as-sassinos, dopou o marido e oconduziu para a morte. Estápresa no Espírito Santo, mas virápara Alagoas

Emerson Fra-goso Coto, só-cio falido deFernando, foiquem apresen-tou Hornellaaos executoresdo assassinato;foi preso e estána Casa de Cus-tódia, mas po-de ser solto pornão ter envol-vimento

Binho, o único da trama queainda está foragido. Foi con-tratado, junto com Marqui-nhos para executar o planode assassinar o empresárioLuiz Fernando

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AA1122 Domingo, 17 de outubro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

JORNALO JORNALO

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Domingo, 17 de outubro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

Cidades JORNALO JORNALO

“O mundo não está preparado para os gordos”Quem participa do progra-

ma e já se submeteu a cirurgiaconta que houve uma grandemudança de vida. Com ape-nas quatro meses que foi sub-metida ao procedimento, a au-xiliar de consultório dentárioTaciana Alves, de 31 anos, já sesente vitoriosa. Apesar dopouco tempo de ter feito a ci-rurgia, ela já perdeu 32 qui-los.

Aauxiliar participa do pro-grama há dois anos e disse quefoi indicada pelo médico res-ponsável pela cirurgia, Gui-lherme Farias. Ela conta queestava com 139 quilos e querecorreu ao programa depoisde muitas dietas de remédiospara emagrecer. “Com as die-tas eu até conseguia perder al-guns quilos, mas isso eramuito lento e logo desistia.Também tive que tomar remé-dios para depressão que mefizeram engordar mais”, conta.

Ao relembrar sua vidaantes da cirurgia, Taciana dizque tudo era muito complica-do e que sofria com precon-ceito. “Enquanto eu não con-

seguia operar, sofria a humi-lhação de não passar pela ca-traca do ônibus, não poder mesentar numa cadeira de shop-ping, sem contar que existempoucas lojas de roupa paragordos”, conta.

Com a expressão triste de

quem “nunca soube o que éser magra”, Taciana reclamada padronização das coisas.“O mundo não está prepara-do para pessoas gordas”, la-menta.

A auxiliar de consultóriodentário disse que tem conse-

guido, através do trabalho daequipe que faz parte do pro-grama do HUPAA, que temconseguido superar o precon-ceito. Hoje, ela se diz mais dis-posta para se locomover e quepratica atividade física regu-larmente. “Antes estava tão de-sanimada que deixei até de fre-quentar eventos sociais e fes-tas. Parece que todos ficam meolhando só porque era maisgorda do que o padrão. Seuma pessoa magra come al-guma coisa ninguém olha, masse uma pessoa acima do pesofor comer já ficam de olho”,relatou.

Após a cirurgia bariátrica,Taciana diz que teve quemudar de comportamento. Aalimentação diminuiu e agoraela precisa de suplementos nu-tricionais e comer de uma emuma hora. “Sei que tenho quemudar de comportamento prasempre, mas o resultado queposso conseguir com isso valeo sacrifício. Antes eu sofriacom problemas de artrose ehipertensão e hoje a situaçãomudou”, afirmou.

Programa e apoio familiar para a mudança totalPara o comerciante Carlos

André Torres, 38 anos, oacompanhamento do progra-ma e o apoio da famíliaforam fundamentais antes eapós a cirurgia. Ele participado programa há um ano emeio e fez a cirurgia hámenos de um mês. “Quandoentrei no programa, eu tinhaplano de saúde, mas opteipor fazer no HospitalUniversitário porque já tinhareferências e gostei do acom-panhamento que é realizadolá”, contou.

Carlos chegou ao hospi-tal com 140 quilos e já haviaeliminado 10 antes do proce-dimento. “Estava sendoacompanhado por nutricio-nistas e praticava atividadefísica, por isso, meus hábitosalimentares estavam come-çando a mudar”, disse.

Diferente de TacianaAlves, o comerciante disseque nunca se sentiu mal porestar acima do peso. Ele rela-tou que apenas procurou ohospital por problemas desaúde como e porque estavapreocupado com o futuro.“Este primeiro mês tenho queficar a base de líquido e sem-pre indo as consultas no hos-pital”, diz.

Quem deseja participar doprograma precisa ter persis-

tência para não desanimar.Este é o caso da comercianteArmely Goes, 48 anos. Elaestá na fase das entrevistas edisse que já tinha assistido auma palestra do hospital háalguns anos, mas que nãoteve coragem de participar.

Após problemas com va-

rizes por causa do excesso depeso, ela decidiu procurar oprograma e tentar fazer a ci-rurgia. Com 120 quilos,Armely sabe que terá quepassar por algumas etapasaté conseguir o que deseja,mas diz que sua saúde estáacima de qualquer coisa.

“Não tenho plano de saúde ea cirurgia particular é muitocara. Por isso, estou come-çando no programa e voucontinuar até conseguir omeu objetivo. Também queromotivar meus dois filhos quesão mais gordos do que eu”,contou. (C.S.)

Nível financeiro também é avaliado

Durante o período que opaciente se prepara para a ci-rurgia, é feito todo um traba-lho que envolve familiarespara que contribuam no pro-cesso. Também é verificada acondição financeira. “Após acirurgia, o paciente tem queter uma alimentação que con-tenha produtos nutricionaisque são caros e isso precisa seravaliado antes para que elepossa conseguir ter o sucessodesejado”, expôs Emilia Wan-derley.

A nutricionista explicouque a grande característica dospacientes é que são realmentecom obesidade mórbida edoenças associadas. “A cirurgiasó se aplica aos casos extremosem que o excesso de peso im-plica em danos à saúde. Al-guns pacientes que participamdo programa e conseguemcontrolar a alimentação e per-der peso algumas vezes nemprecisam passar pelo procedi-mento”, relata.

Segundo a nutricionista, aobesidade é fruto de fatores ge-néticos (geralmente há maisobesos na família), distúrbiosmetabólicos (engorda-se des-

proporcionalmente à quantida-de de calorias ingeridas) e am-bientais (oferta e estímulo aoconsumo de alimentos calóri-cos). “A maioria das pacientesque chegam para participar doprograma engordam pela ali-mentação inadequada, masnem sempre reconhecem queesse é o motivo”, relata.

PREPARO – Quem está nofinal da fila chega à primeiracolocação em dois anos emmédia. Neste período, o pacien-te participa das reuniões emgrupos quando acontecem astrocas de experiência entre ospacientes que se preparam paraa cirurgia e os que já passarampor ela. Também são realiza-das atividades físicas aeróbicasno campus da UniversidadeFederal de Alagoas (Ufal), con-sultas ambulatoriais e atençãobiopsicosocial.

“Alguns pacientes recla-mam do tempo de espera pelacirurgia, mas a demora tam-bém é justificada porque o HUé o único hospital em Alagoasque realiza o procedimentopelo SUS”, destacou EmiliaWanderley. (C.S.)

Perfil social de pacientes virou livro

O programa do HUPAArealizou uma pesquisa atra-vés dos pacientes e consta-tou que o impacto da cirur-gia bariátrica na vida pro-fissional dos indivíduos aela submetidos é significa-tivo. Houve inserção de 6%dos pesquisados no merca-do de trabalho, com dimi-nuição no índice de desem-prego e aumento de 13%de valor do salário, aindaque os postos de atuaçãoapresentem vínculos pre-cários de trabalho e infor-malidade.

A pesquisa tambémconstatou que 81% dos pa-cientes são mulheres e 19%homens, com 40% em idadeentre 31 e 40 anos. A maio-ria tinha apenas o ensinomédio completo e 32% eramtrabalhadores informais.

“Muitos pacientes traba-lham com alimentos e issopode ser um fator para o au-mento do peso”, relata a nu-tricionista Emilia Wander-ley, ao acrescentar que cercade 80% dos participantesconsidera que houve melho-ria importante na produtivi-dade, disposição física e re-lação interpessoal.

A pesquisa completapode ser encontrada no livrosobre experiências no trata-mento da obesidade mórbi-

da do HUPAA. Com o títu-lo “Obesidade Mórbida:uma abordagem multidisci-plinar”, o livro mostra aoleitor como funciona o pro-grama - que não se resumeà preparação do pacientepara a cirurgia bariátrica.

A narrativa conduz auma leitura leve, com lin-guagem clara e acessível. Osdepoimentos de pacientes efotos ilustrativas são umatrativo forte na obra e reve-lam a humanização no aten-dimento a esses pacientes,proporcionando um ricoaprendizado ao leitor.

Os autores são: AngélicaCrispin (assistente social),Emília Wanderley (nutricio-nista), Alaíde Mendonça eIvan Romero Rivera (cardio-logistas); Alessandra Cans-anção (psicóloga) e JeanToscano (professor de edu-cação física e organizadorda obra). “O universo literá-rio dispõe de inúmerasobras com diferentes abor-dagens sobre a obesidademórbida, um tema tão im-portante quanto recorrente,especialmente porque osefeitos adversos dessa pato-logia à saúde são graves evão além da preocupaçãocom o excesso de peso”, des-taca o professor Jean Tos-cano. (C.S.)

Combate à obesidade: por uma nova vidaVontade é essencial, mas não é tudo; programa de cirurgia bariátrica inclui reeducação alimentar e suporte psicológico

Carolina Sanches

Editora-adjunta de Cidades

Quem sofre de obesidademórbida – caracterizada porÍndice de Massa Corporal(IMC) superior a 40 – e preci-sa se submeter a uma cirurgiade redução de estômago temdificuldades para conseguir tra-tamento gratuito.

Em Alagoas, o único hospi-tal que realiza o acompanha-mento e a cirurgia pelo SistemaÚnico de Saúde (SUS) é oHospital Universitário ProfessorAlberto Antunes (HUPAA).Com o Programa de Trata-mento da Obesidade Mórbida,o hospital realiza a cirurgia ba-riátrica (a redução do estôma-go) e tem mudado a vida depessoas. Hoje, o programa contacom cerca de 700 cadastrados e300 que já foram submetidos àcirurgia que continuam fazen-do o acompanhamento.

Implantado em 2002, o pro-grama conquistou reconheci-mento nacional pelo índice po-sitivo em atender o pacienteem todas as suas necessidades.

As pessoas que são submeti-das ao procedimento cirúrgi-co, segundo os especialistas dohospital, podem chegar a per-der até mais de 50% do seupeso, o suficiente para que vol-tem a ter qualidade de vida erecuperem a auto-estima.

A nutricionista do hospital,Emilia Wanderley, explicouque, para ingressar no progra-ma, o interessado precisa darentrada pelo serviço social dohospital que o encaminha parao cirurgião que avalia o caso efaz as orientações. Depois disso,o paciente retorna ao HUPAAe é cadastrado, passando porentrevistas com psicólogo, as-sistente social e nutricionista.

Todo processo passa porreuniões, exames, contato coma família e participação nosGrupos de Apoio (Gapons).“Para que o paciente passe pelacirurgia é preciso que ele este-ja preparado com a nova vida.A redução de estômago ajudamuito, porém, a mudança devida só é completa com a ado-ção de hábitos saudáveis”, des-taca a nutricionista.

Carolina Sanches

Carlos chegou ao hospital com 140 quilos; antes da cirurgia, já tinha perdido 10: preocupação era a saúde

Taciana diz que vida era complicada antes da cirurgia: humilhação

AA1133

Nutricionista Emília Wanderley explica que, para o sucesso dacirurgia, o paciente tem de estarpreparado para uma nova vida

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André Jerônimo: profissional respeitado, pai e marido exemplar

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AA1144 Domingo, 17 de outubro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

Cidades JORNALO JORNALO

Julgamento de acusado acontece esta semanaA caminhada está marcada

para ter inicio às 9h, com con-centração na Praça Multie-ventos. “Vamos percorrer todaa orla, com faixas e camisaslembrando as vítimas do trân-sito, principalmente o meu pai.Essa caminhada coincide ain-da, com a semana do julga-

mento do responsável pelo aci-dente que tirou a vida do meupai e vamos aproveitar parapedir a sensibilização das pes-soas por Justiça. Acreditamosmuito que ele deverá ser puni-do”, completou João Paulo.

Está marcado para às 8h, dapróxima quarta-feira, dia 20, o

julgamento do técnico de en-fermagem Rafael Teixeira.Diferente dos outros casos decrime de trânsito, ele será sub-metido a júri popular, na 9ª VaraCriminal da Capital, no Fórumdo Barro Duro. “Tivemos umavitória que foi conseguir queele fosse pronunciado por crime

doloso contra a vida. Ele esta-va sem carteira de motorista,dirigia embriagado e pegou ocarro de uma pessoa sem pedir.Sabia do risco e mesmo assimquis correr. Agora esperamosque ele seja punido e respondapague pelo que fez”, afirmou ofilho do PF. (L.S.R.)

Policial: morto por motorista bêbado e sem CNHRafael Teixeira está aguar-

dado o julgamento em liberda-de. No dia do acidente ele es-tava numa festa e resolveu sairpara comprar mais bebida noveículo Ford Ranger, de corpreta, placas MUV-3802. Emalta velocidade, ele perdeu ocontrole num trecho da ruaprincipal do Conjunto Mu-rilópolis, capotando váriasvezes e caindo em cima docarro do policial Federal,André Jerônimo, que seguianum veículo Prisma na mãocontraria. A pancada foi todaem cima do PF, que morreuna mesma hora.

No local do acidente, vá-rias latas de cerveja foram en-contradas caídas do carro con-duzido por Teixeira, e apesarde ele não ter feito o exame doetilômetro, testemunhas inclu-sive uma promotora de Justiça,constataram que ele estava al-coolizado. No mesmo dia doacidente, o proprietário da ca-

minhonete, José Amaro daSilva, foi até a Delegacia dePlantão I, para prestar queixapelo furto do veículo, já que otécnico de enfermagem teriapego sem autorização.

Para familiares e amigosde André Jerônimo, a expec-tativa é de que Rafael Teixeiraseja condenado. “Após o aci-dente, ele só queria saber docarro que tinha pego sem au-torização, jamais se preocu-pou com a vida de quem eletirou. Meu pai era uma pessoaboa, íntegra e cheia de princí-pios. Jamais imaginei perdê-lo dessa forma. Agora espe-ramos que esse motorista sejacondenado. Quem bebe epega um carro, tem a mesmaintenção de matar que alguémque pega uma arma. Estamosconfiantes de que o júri vaitomar a decisão certa e que ojuiz irá proferir uma sentençajusta”, completou o filho dopolicial federal morto. (L.S.R.)

Arquivo

Thallysson Alves/Estagiário

Nas ruas, pela paz no trânsitoParentes de vítimas de acidentes se unem numa ação pacífica pela vida

Láyra Santa RosaRepórter

Uma caminhada pela pazno trânsito está marcada paraacontecer hoje, logo mais às 9h,pela Avenida Silvio Viana, naPajuçara. O evento contará coma presença de familiares de ví-timas de acidentes de trânsito,lembrando a memória de cadaum que perdeu sua vida mo-tivada principalmente pela im-prudência de terceiros.

A manifestação está sendoorganizada por parentes dopolicial Federal André Jerôni-mo Costa de Barros, morto nodia 24 de maio de 2009, apósser atingido por um carro emalta velocidade, que era condu-zido por um em desabilitadoe alcoolizado. “Era um domin-go quando recebemos a notí-cia do acidente. Meu pai tinhasaído para cuidar dos canáriosque ele criava. Ele tinha ditoque voltaria em breve para al-moçar. No meio da manhã, nosavisaram do acidente e todos

os sonhos, planos e até a expec-tativa de um simples almoçoem família desapareceram porcausa de um ato irresponsá-vel”, lembrou o filho da vítima,João Paulo Barros.

De acordo com o filho dopolicial, a idéia da manifestaçãosurgiu pela necessidade deconscientizar as pessoas paraque situações parecidas com a

que aconteceu com AndréJerônimo não se repitam. Alémde pedir aos governantes maisrigor nos julgamentos de cri-mes de trânsito. “Estamos cha-mando todas as pessoas paraparticiparem desse ato, que in-teressa à qualquer cidadão.Hoje, somos nós quem sofre-mos com a perda de um entequerido, mas todos estão sujei-

tos a passar pela mesma histó-ria. Infelizmente, a maioria dosacidentes acontece devido à im-prudência de motoristas que searriscam com a mistura de ál-cool e direção”, lamentou JoãoPaulo.

Ainda no durante a cami-nhada, os organizadores doevento pretendem chamar aatenção da sociedade e tambémdos políticos locais para umamudança na Legislação deTrânsito, para que esse tipo decrime seja tratado com maisrigor por parte da Justiça. “Aspessoas continuam se arriscan-do por terem a certeza de quenão serão punidos e os aciden-tes envolvendo pessoas inocen-tes acabam crescendo. O pro-blema é que as leis de trânsitosão muito brandas e o que ficaé um sentimento de impunida-de. É preciso uma mudança nalegislação, que passe a trataresses casos como crimes co-muns, dando uma punição maisrígida para quem se arrisca nadireção perigosa”, afirmou.

Panfletos e apelo à consciência da sociedade: mais respeito à vida

Thallysson Alves/Estagiário

Família de AndréJerônimo prepara osúltimos detalhespara a caminhada

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Genésio Rodrigo, o Galego do Veneno, trabalha perto do Mercado da Produção há 40 anos: “Sou o homem mais feliz do mundo”, afirma Cícero Gonçalves, o Vaqueiro, sonha em abrir a própria pizzaria

Para Luciana Caetano, é preciso mudar para se manter no mercado

Galego do Veneno: “Trabalho para matar o tempo”A vida de autônomo não

seduz apenas quem quer tero próprio negócio ou quemnão encontra oportunidadeno mercado formal. Ela tam-bém agrada àqueles que bus-cam apenas um dinheiro extrapara complementar a rendada família. Segundo LucianaCaetano, esse contingente éformado por pessoas que jácontam com um emprego fixoou com algum tipo de bene-fício, e não precisam se preo-cupar com o retorno financei-ro da atividade.

É o caso de Genésio Rodri-go dos Santos, mais conheci-do como Galego do Veneno.Ele trabalha há mais de 40anos nas proximidades doMercado da Produção e já

vendeu de tudo um pouco,mas hoje dispõe apenas dosartigos que lhe renderam oapelido. “Tem veneno contraformiga, barata e rato. Quemquiser comprar, por favor, res-peite a fila”, grita o Galego,ao microfone.

Sentado em uma cadeirade armar, Genésio dos Santostem poucos instrumentos detrabalho. Além do microfoneusado para ampliar o alcanceda própria propaganda, só otabuleiro com os venenos eum fusquinha antigo fazemcompanhia ao esperto vende-dor, que vive da aposentado-ria. “Trabalho para matar otempo. É melhor do que ficarem casa, ocioso”, explica.

Ele não se importa com a

baixa lucratividade, e ao serquestionado sobre a escolhado produto que vende, dáuma resposta simples:“Ninguém pede veneno.Quando eu vendia cebola,abacaxi ou laranjas, todomundo queria uma de graça.Agora, não, duvido que al-guém queira um saco de ve-neno”, diz o bem humoradoGalego. E completa: “Nãotenho rotina, não preciso darsatisfações a ninguém. Sou ohomem mais feliz domundo”.

Ao contrário do vaqueiroda pizza, o Galego do Venenonão sonha em abrir seu pró-prio estabelecimento. Ele nemsequer pensa em aumentar ofaturamento. É o retrato do

trabalhador que sustenta aeconomia informal, mesmocom a baixa rentabilidade doseu negócio.

“Essas pessoas ganhampouco ou quase nada, depen-dendo do produto que ofere-çam. Mas em todos os casos arenda acaba movimentandoo mercado tradicional. Sejaprestando serviço como mani-cure ou cabeleireira, porexemplo, ou no comércio, apessoa que vende tambémprecisa comprar. Então elanão está no mercado formal,mas de certa forma trabalhaem conjunto com ele”, avaliaLuciana Caetano. Por isso, deacordo com ela, a participa-ção do setor é tão grande e in-fluente na economia alagoana.

Sem carteira assinada, alagoanos contornam as dificuldades da informalidade para se manter no mercadoGabriela LapaEstagiária

Garantir um lugar no mer-cado de trabalho exige cadavez mais preparação. Sem aoportunidade de estudar e dese especializar para enfrentaressa competitividade, umaparte da população acabacriando o próprio espaço, in-vestindo em pequenos servi-ços que, mesmo sem a estabi-lidade e a segurança do em-prego formal, são revertidosem renda no final do mês.

É um setor que tambémcresce e exige mais esforçosdos seus empregados. Mas aocontrário do mercado tradi-cional, depende de um fatorque não pode ser encontradoem cursos extracurriculares.No mercado informal de tra-balho, a criatividade é o pas-saporte para o sucesso.

A rotina do comercianteCícero Gonçalves da Silva, de50 anos, começa antes do solnascer. Às 2h da manhã, ele ea esposa estão de pé organi-zando a mercadoria que vão

levar para vender no Centro.O casal não tem funcionáriosnem loja, mas vive da rendaobtida com as massas que fazna própria casa. O balcão deCícero Gonçalves é uma gran-de caixa de isopor; a propa-ganda é feita no grito, cantan-do e batendo as mãos no qua-dril. E para os clientes, ele nãoé Cícero. Das 2h às 17h, é oVaqueiro da Pizza quem as-sume o batente.

“Trabalho com isso hátanto tempo que nem sei direi-to quantos anos tenho de ser-viço. Assim, no chute, deveser pelo menos uns 40”, diz ocomerciante. Com o chapéude vaqueiro na cabeça, ele dis-põe as pizzas em cima do iso-por e faz a propaganda emforma de verso para quempassa na Rua do Comércio. Asrimas têm temas variados paraatrair os clientes, e já renderam15 minutos de fama ao seucriador, que foi personagemde uma reportagem de televi-são. “Mulherada, tire a águade casa/Vamos vencer o ini-migo/ vamos lá, vocês enten-

dem/ Vamos lá, minha gente,acabar com o mosquito dadengue”, canta o vaqueiro.

Para a economista LucianaCaetano, Cícero Gonçalves éuma exceção à lei da sobrevi-vência no mercado informal.Segundo ela, a maioria daspessoas não consegue semanter em um mes-mo segmento portanto tempo, já queprecisa reinventarconstantemente amaneira de vender oseu produto para ca-tivar o cliente. EmMaceió, não é difícilencontrar exemplosdisso: são vendedo-res de picolé que u-sam terno e gravata,de pamonha circu-lando com carro desom e até de amen-doim com máquinas de car-tão de crédito: para sobrevi-ver vale tudo.

“A pessoa explora o mer-cado enquanto ele dá oportu-nidade para isso”, explicaLuciana Caetano. “Um mesmo

indivíduo pode conseguirgrandes resultados vendendoamendoim de terno e gravata,mas isso não vai ser suficien-te para manter o lucro nomesmo patamar para sempre.Em pouco tempo, as pessoas já

não vão se sentir tãoatraídas por aquelanovidade, e ele teráque buscar outrosmeios de chamar aatenção”, avalia.

É na hora de ven-cer essas dificuldadesque a criatividade dotrabalhador faz a di-ferença. Para CíceroGonçalves, o Vaquei-ro da Pizza, viver sódo que arrecada coma venda das massasé resultado de conhe-

cimentos adquiridos em oitoanos de trabalho em uma piz-zaria paulista, bem antes devir para Maceió. “Mudei por-que não aguentava mais serempregado. Ser o seu própriopatrão é a melhor coisa domundo”, conta o vaqueiro.Com a ideia na cabeça e a téc-

nica necessária, ele e a esposapassaram a preparar tudo oque iam vender, e com otempo, conseguiram estabele-cer uma rede fixa de clientes.O casal recebe até pedidos deencomendas. “Fazemos pizzase pães caseiros, também”,anuncia o vaqueiro, que ganhaem média R$ 900 por mês.

A possibilidade de encon-trar um lugar ao sol sem asexigências do mercado tradi-cional é o que motiva muitaspessoas a sustentar um negó-cio informal. Mas ser o seupróprio patrão tem um preçoalto: é preciso lidar com a au-sência de direitos trabalhistas,de salário fixo e com a insta-bilidade do serviço. Para amaioria, não existe equilíbrioentre receitas e despesas. Mes-mo assim, segundo LucianaCaetano, o número de pessoasque se propõe a investir nessetipo de negócio é crescente.

“O IBGE tem dados queapontam uma participaçãomuito grande de pessoas comesse perfil na nossa econo-mia”, conta Luciana. Atual-

mente, toda a renda geradapelos trabalhadores informaisequivale a, pelo menos, 20%do Produto Interno Bruto deAlagoas (PIB), que é a soma detudo o que é produzido no es-tado.

A economista acredita queessa estatística seja resultadonão só de um mercado formalbastante exigente, mas tam-bém da inserção de novas tec-nologias nas empresas. “Ní-veis elevados de escolaridadee especializações não são a rea-lidade da maior parte da po-pulação, principalmente emAlagoas. Essas pessoas têmque suprir suas necessidadesde alguma forma, então aca-bam procurando um negócioalternativo, menos lucrativomas que tem alguma rentabi-lidade, de qualquer forma.Além disso, a chegada de no-vas tecnologias significa umaredução de mão de obra nasempresas. São trabalhadoresque têm um grau de instruçãomaior, mas também acabamficando de fora do mercado”,completa Luciana Caetano.

JORNALO JORNALO

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UniversidadesCriatividade na luta por um lugar ao sol

Mercado

informal

representa

pelo menos

20% do PIB

de Alagoas

Fotos: Fabyane Almeida/EstagiáriaLula Castello Branco

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Família Oliveira: analfabetismo passaentre as gerações

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AA1177Domingo, 17 de outubro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

Cidades JORNALO JORNALO

Família sem leitura sofre sem chance de empregoNa periferia de União dos

Palmares, não muito distante dosobrado onde nasceu o “prínci-pe dos poetas” Jorge de Lima, afamília de Dona Maria deOliveira, 53 anos, pode ser con-siderada emblemática na cons-trução do quadro atual do anal-fabetismo no Estado.

Dona Maria e sua filhaMadalena, de 31 anos, nuncaforam à escola. A filha maisjovem, Rubinete, de 19, é anal-fabeta funcional, e dois netos,de oito anos, estão fora da es-cola. Os três netos menores,um com cinco, e dois com qua-tro anos, não conseguem vagas

em creches. Nenhum dos en-trevistados na cidade conhe-ciam o escritor conterrâneo,autor de clássicos da poesia,como “Nêga Fulô”.

Em uma família onde nin-guém sabe decifrar o alfabeto,as limitações impostas pela au-sência da educação formal sãopercebidas no dia-a-dia. Tare-fas simples para os alfabetiza-dos como inserir um contatotelefônico em um aparelho decelular, ou ler o nome em umaembalagem de remédio, de-pendem de algum vizinho quetenha “mais leitura” que a fa-mília de Dona Maria, como

afirma a filha Madalena deOliveira. “Tenho celular, maspara ‘mexer’ tenho que pedirao vizinho. Quando tem umremédio e não sabemos paraque serve, também pedimospara o vizinho”, explicou a de-sempregada, emocionada aover pela primeira vez seunome escrito em um bloco depapel pela reportagem.

“É bonito. E quero estudar,mas é complicado. Meu maridonão quer que eu estude à noite,e as aulas para adultos só são ànoite aqui no bairro”, disse. Airmã de Madalena, Rubinete,também diz sentir falta de ter

mais “leitura”. “Fiz até a tercei-ra série, mas parei para traba-lhar. Sinto falta de leitura quan-do assisto televisão, e tambémqueria aprender para poder leraquelas revistas de novela”,conta a jovem.

Henrique Oliveira, de 8 anos,filho de Madalena, abandonou aescola recentemente. “Eu mesmotirei ele da escola. Ele é muitoinquieto, aí preferi tirar”, justifi-cou a mãe analfabeta, garantin-do, sem muita convicção, que irácolocar o filho de volta na esco-la. “Vou colocar ele de novo sim,ele tem que estudar”, descon-versou. (G.M.)

Ex-prefeita diz queestudo não é garantia

Em 2004, a comercianteCícera Pereira da Silva, a Cí-cera do Bar, de Satuba, en-frentou polêmica semelhan-te à vivida hoje pelo palhaçoTiririca, eleito deputado fede-ral no último dia 3, e acusa-do pela Justiça Eleitoral de seranalfabeto, o que a impediriade exercer o cargo.

Passados seis anos, a ex-prefeita fala pela primeira vezsobre os problemas que en-frentou à época em que foieleita prefeita da cidade, com2.649 votos, e teve sua diplo-mação questionada pelo se-gundo colocado na disputa,Zezito Costa, que alegava queCícera era analfabeta. O casofoi parar no Supremo Tribu-nal Federal (STF), que deci-diu manter a prefeita no cargo.

Passados o tempo, Cíceradiz que pretende voltar a fre-quentar uma sala de aula.Mesmo com os preconceitossofridos, a ex-prefeita diz nun-ca ter se sentido humilhadacom as suspeitas de ser anal-fabeta, ao acreditar que edu-cação formal avançada nãonecessariamente é garantia de“inteligência”.

“Nunca me senti humi-lhada. Eu não sou formada,mas estudei até a oitava série.Sempre enfrentei tudo aqui-lo com muita tranquilidade,sem aperreio, pois todos con-fiavam em mim. Não é por-que se tem estudo que a pes-soa é mais inteligente que aoutra. Vou voltar a estudar.Ainda não voltei porque es-tava com problema de saúde,e em primeiro lugar vem asaúde da gente. Mas no pró-ximo ano eu volto a estudar”,conta a ex-prefeita. (G.M.)

Histórias comuns entre muitos alagoanos

A história de Dona Maria,nascida na zona rural, se con-funde com a da maioria dosalagoanos que trocaram olápis e a borracha pelas fer-ramentas do traba-lho braçal. “No meutempo era difícil. Saílogo da escola paraajudar a família,casei, fiquei viúva efui criar meus fi-lhos”, justifica-se aaposentada.

Em frente àDona Maria, moraWelington deAlmeida, um jovemde 22 anos que moracom a esposa, MariaCristina, também de22 anos. Ambos não sabemler nem escrever. A falta da

escolaridade, o jovem auxi-liar de serviços gerais de umaempresa local, foi lamentada

ao não saber sole-trar o nome do pró-prio filho, Michael.“Estudei somenteaté a primeira série.Saí da escola paratrabalhar”, quei-xou-se.

C o n s t a t a n d oque o caso da famí-lia de dona Marianão é um caso iso-lado na comunida-de, a reportagemde O JORNAL visi-tou outras famílias

vizinhas, e apenas na 21ªresidência encontrou umafamília totalmente alfabeti-zada. (G.M.)

Sem leitura, direitos civis são limitados

A morosidade na erradica-ção do analfabetismo no Brasilprovoca situações incômodasquando às leis e normas do paísque precisam serem adequadastambém aos 14 milhões de anal-fabetos. O resultado são limita-ções na representação popular,onde o analfabeto pode votar,mas não pode ser votado, alémde ser enquadrado entre as cate-gorias cujo voto é facultativo. Oanalfabeto ainda é impedido depossuir, pelo menos legalmen-te, a Carteira Nacional deHabilitação (CNH).

O cientista político da Uni-versidade Federal de Alagoas(Ufal) Alberto Saldanha, afirmaque é realmente necessária a edu-cação formal para exercer car-gos públicos, mas discorda deteses que atribuem a essa parce-

la da população à baixa quali-dade da classe política.

Nas eleições gerais deste ano,325.009 alagoanos analfabetos es-tavam aptos a votar, uma fatia de15, 97% do eleitorado. “Quem vaiocupar um cargo eletivo, precisaelaborar projetos, propostas, eprecisa dominar os códigos parafazer isso. Como ele vai debateressas demandas? Mas isso nãosignifica que os candidatos letra-dos sejam garantia de bons re-presentantes. Há ainda o equívo-co de se colocar nas costas dosanalfabetos a culpa pela baixaqualidade dos nossos represen-tantes. Essa é uma visão elitista,de quem quer afastar as classesmais pobres do processo político”,teoriza Alberto Saldanha. (G.M.)

Continua nas páginas A18, A19 e A20

Analfabetismo: limites e superaçõesNa era da necessidade de conhecer novos códigos de leitura, 24% de alagoanos nem sabem lerGilson Monteiro

Repórter

Mesmo que um exemplardeste jornal chegasse a cadaum dos 901 mil domicílios doEstado, 554 mil pessoas esta-riam impedidas de ler esta re-portagem. É a parcela de 24,6%de alagoanos analfabetos. Umafatia da população cujas estra-tégias de sobrevivência em ummundo letrado já não são maissuficientes para inseri-los nomercado de trabalho, ou paragarantir alguns direitos civis,

como ser votado, por exem-plo.

Nesse “universo paralelo”dos que vivem à revelia da lei-tura e da escrita, restam o mer-cado informal como sobrevidaeconômica, e o distanciamentoexponencial de uma sociedadecada vez mais gráfica, onde a ne-cessidade de se decifrar os ve-lhos e os novos códigos da lín-gua, como a informática, porexemplo, vem transformando aeducação formal, ao longo dostempos, num verdadeiro funilde acesso ao mundo sócio, eco-

nômico, e culturalmente ativo. Para os que têm acesso à es-

cola, a trajetória errante da ofer-ta educacional de baixa qualida-de, somada à falta de estrutura,começam a gerar uma categoriade “neo-analfabetos”. Um cená-rio contemporâneo que inclui os“analfabetos digitais”, e o fenô-meno do “analfabetismo funcio-nal no ensino superior”, alunosque chegam aos bancos das fa-culdades com um nível de lei-tura e de escrita rudimentar.

Areportagem de O JORNALfoi até União dos Palmares, terra

de um dos maiores expoentesda cultura alagoana, o poeta derenome nacional, Jorge de Lima,para buscar os paradoxos do uni-verso dos iletrados. Gente queviu o nome escrito em uma folhade papel pela primeira vez, comoa desempregada Maria Madale-na, de 31 anos; e cidadãos comoManoel Barros de Souza, o “seuNeco”, um aposentado de 82anos que, sem nunca ter frequen-tado uma sala de aula, dissertacom maturidade sobre temascomo capitalismo e a lei da “Fi-cha limpa”.

Segundo a Pes-quisa Nacional porAmostras de Domicí-lios, a PNAD/2009do IBGE, Alagoastem hoje 554 milanalfabetos.

Nas salas de au-la, 22.639 alagoa-nos estão em fase dealfabetização pormeio do programaBrasil Alfabetizado.

Por mês, o Insti-tuto de Identificaçãode Maceió emite,emmédia, 180 Cartei-ras de Identidadepara pessoas não al-fabetizadas.

NÚMEROS

“Estudei até

a 1ª série;

saí da

escola para

trabalhar”

Cícera não sentiu preconceito

Gilson Monteiro

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AA1188 Domingo, 17 de outubro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

Cidades JORNALO JORNALO

Cícero Péricles: vagas formais para analfabetos estão sendo eliminadas

José e Lenildo começaram as aulas de alfabetização depois da jornada de trabalho: maior rendimento

Senac tem capacitação até para empregada domésticaDepois que a automação

escapou das fábricas e passoua dominar até mesmo as tare-fas mais simples, como pagaruma passagem de ônibus oucozinhar, a necessidade deuma base técnico-teórica lotaos cursos técnicos, que já nãoabrigam analfabetos em suassalas de aula.

No Serviço Nacional deAprendizagem Comercial, oSenac, um dos cursos mais re-centes é o preparatório paraEmpregada Doméstica. A fun-ção, que até recentementeabrigava boa parte das mu-lheres que não conseguiam

uma colocação no mercadoformal de trabalho hoje temalto nível de exigência e já al-cançou funções como garçome camareira, vagas cujos can-didatos para trabalhar em es-tabelecimentos de Maceió,precisam saber falar pelomenos o espanhol.

“Tudo hoje exige o míni-mo de conhecimento. Sejapara anotar um recado, paraadministrar uma medicação,ligar aparelhos como microon-das, para tudo isso se exige odomínio da leitura. Em fun-ções como garçom, é necessá-rio informática para operar

palmtops para as comandaseletrônicas, e até mesmo oidioma espanhol, em áreas tu-rísticas Toda educação técni-ca precisa ter uma base teóri-ca”, analisa a diretora regionaldo Senac Alagoas, TelmaRibeiro Guimarães.

Ela conta que recentemen-te foram oferecidas 22 vagasgratuitas para o curso de gar-çom, mas a falta de escolari-dade barrou muitos preten-dentes, e a turma acabou nãosendo formada.

“Às vezes se diz que essescursos são caros, mas no PSG[Programa Senac de Gratui-

dade], o curso é de graça, enem assim não conseguimosformar a turma para o cursode garçom”, lamenta a direto-ra.

Há algumas décadas, o Se-nac já não comporta analfa-betos em sala de aula. E gra-dativamente vão diminuindoo número de cursos que exi-gem apenas o ensino funda-mental incompleto. Cursoscomo manicure e pedicure,frentista e costureiro já exi-gem do aluno, pelo menos asétima série do EnsinoFundamental. Esses são algu-mas dos 14 cursos, dentre os

89 oferecidos pela instituição,que ainda comportam alunosnessa faixa de escolaridade.

A diretora do Senac reve-la uma preocupação com abaixa qualidade do ensino pú-blico, refletida diretamente nadificuldade de aprendizadoobservada em muitos alunos.“Essas pessoas chegam aquicom a declaração de ensinofundamental ou médio, e ge-ralmente são egressos do en-sino público, mas não pos-suem um nível de informaçãocondizendo com esse grau deinstrução”, teoriza TelmaRibeiro. (G.M.)

Empresa oferece aulas após o expediente

Em algumas poucas em-presas, sobretudo as quelidam com prestação de ser-viços como jardinagem egari, algumas portas aindapermanecem abertas para osanalfabetos. Em Maceió, al-gumas empresas privadas,em parceria com o ServiçoSocial da Indústria, o Sesi,proporcionam a funcioná-rios analfabetos a oportuni-dade de voltar a frequentara sala de aula.

Iniciativas como estas quepossibilitaram a trabalhado-res como Antônio Bezerra daSilva e Lenildo dos Santos,ambos de 31 anos, frequen-tarem uma sala de aula apóso expediente de trabalho.

Funcionários de uma dasmaiores empresas de servi-ços de manutenção e limpe-za da capital, os dois alunosfalam com entusiasmo daslições aprendidas numa salade aula instalada nas depen-dências da empresa em quetrabalham como garis.

“O trabalho é puxado,mas é muito bom vir estu-dar. Já sei assinar e ler meu

nome, e quando chegueiaqui não sabia. Estudei mui-to pouco, pois tive que co-meçar a trabalhar cedo”,disse Lenildo, casado, paisde dois filhos.

José Bezerra faz coro como colega de trabalho e desala de aula. “Mudou muitacoisa na minha vida quandoaprendi a ler. Não saber leré ruim para tudo, faz atévergonha. Estou estudandohá um ano aqui e não queroparar mais”, entusiasma-seo funcionário.

A psicóloga Rosane Acio-li, diretora do departamen-to de Recursos Humanos daempresa, diz que os funcio-nários que frequentam asaulas são mais dispostos efaltam menos ao trabalho.“Já pude constatar isso comos fiscais. Esses funcionáriossão mais dispostos no seudia-a-dia, são mais bem hu-morados, mais satisfeitos. Aescola melhora a qualidadede vida dessas pessoas,fazendo-as enxergar pers-pectivas de futuro”, avalioua psicóloga. (G.M.)

Mercado se fecha para quem não lêSe no cotidiano o analfabe-

to consegue driblar o mundoletrado, no mercado de trabalhoessa ausência da educação for-mal se transforma numa bar-reira cada vez mais instranspo-nível. Essa exclusão pode sercalculada pelos dados do Minis-tério do Trabalho. Segundo aRelação Anual de InformaçõesSociais – RAIS, de 2009, as chan-ces de um alagoano analfabetoconseguir uma vaga no merca-do formal de trabalho é demenos de meio por cento, maisprecisamente, 0,05%.

Em 2009, dos 446.136 miltrabalhadores alagoanos comcarteira assinada, apenas 23.354eram analfabetos, ou 5,23% dototal. Amaior fatia do empregoformal fica com os que alcança-ram o ensino médio completo:29,64%, ou 132.244 trabalhado-res.

SALÁRIO - E para aquelesque conseguem passar pelofunil cada vez mais estreito doemprego formal, a desvanta-gem aparece no soldo do finaldo mês. Pelos dados do Minis-tério do Trabalho, a remunera-ção média de um empregadoanalfabeto com carteira assina-da é 46% menor do que a faixa

salarial de um empregado comensino médio. Em relação aotrabalhador com ensino supe-rior, essa diferença salarial sobrepara 78%.

O resultado desses núme-ros, analisa o economista CíceroPéricles de Carvalho, é a forma-ção de um gigantesco exércitode trabalhadores informais, quereúne aqueles que não possuemeducação formal, e para quemo mercado formal de trabalhojá fechou as portas.

“A cada dia vão sendo eli-minadas uma a uma as ativi-dades formais que antes dis-pensavam o domínio da leitu-ra e da escrita. Gradati-vamente o mercado de traba-lho é dominado pelos novoscódigos, e quem não dominaesses códigos, sobretudo asatividades informatizadas, vaisendo excluído desse merca-do. Restam a eles, o mercadoinformal, causando esse in-chaço de vendedores ambu-lantes e serviços de toda sorteque surgem como únicasaída”, teoriza o especialistada Universidade Federal deAlagoas (Ufal).

“O mercado está cada vezmais exigente. A demanda pormão de obra qualificada pas-

sou a ser uma realidade mesmonas funções mais rudimentares.E isso só tende a crescer. A au-tomação, o computador está emtodo lugar, e quem não domi-nar essa linguagem, não terálugar nesse mercado”, concluiPéricles.

SINE - Cientes da realidadeexcludente apontada pelo eco-nomista da Ufal, cada vez mais,os trabalhadores com baixa ounenhuma escolaridade deixamde procurar vaga no mercadoformal de trabalho. É o que temacontecido no Sistema Nacionalde Emprego, Trabalho, Empre-go e Renda, o Sine, onde o ca-dastramento de analfabetos temsido irrisório.

De janeiro a setembro desteano, dos 8.041 trabalhadoresque preencheram um formulá-rio em busca de emprego, ape-nas 24 eram analfabetos. Amaioria dos que tomaram a ini-ciativa, 3.831 pessoas, possuemo ensino médio completo.

“Ainda cadastramos essaspessoas, mas as chances deelas conseguirem uma vagaé mínima, quase zero, mesmoem trabalhos braçais”, afirmaNadja Beirute, assistente doSesi. (G.M.)

Larissa Fontes/Estagiária

Marco Antônio

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AA1199Domingo, 17 de outubro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

Cidades JORNALO JORNALO

Luís Paulo: analfabetos digitais são os novos excluídos da sociedade

Ignorante digital: a nova exclusãoAo mesmo tempo em que

não consegue eliminar ou re-duzir os altos índices de anal-fabetismo, Alagoas começa aliderar outro ranking exclu-dente: os analfabetos digitais.Uma parcela da população queainda não teve acesso às novastecnologias da informação.Pelos números da PesquisaNacional por Amostra deDomicílios, a PNAD-2009, ape-nas 12,6% dos lares alagoanospossui um computador. Oacesso à internet ainda émenor, ficando em 12,3%.

A Secretaria Executiva emAlagoas da União Nacionaldos Dirigentes Municipais deEducação (Undime), estimaque cerca de 50% das escolaspúblicas alagoanas ainda nãopossuam um computador.

Para o professor-doutor LuísPaulo Mercado, coordenador doGrupo de Pesquisa Tecnologiasda Informação e Comunicação

da Ufal, os números do IBGEainda não deixam clara a exclu-são digital no Estado.

“O fato de eu ter computa-dor não significa necessaria-mente que eu faça uso dessaferramenta. As estatísticasnessa área apontam cenáriosdiferentes, pois temos que co-locar como variantes, porexemplo, as lan houses, quesão muito usadas, inclusive nasperiferias. Um garoto pode nãoter computador em casa, master um acesso constante à redenas lan houses. Há númerosque apontam para uma exclu-são, e outros que apontam paraum crescimento na inclusão”,afirmou o professor que coor-dena o projeto piloto do UCA(Um Computador por Aluno),em Alagoas.

“Estamos fazendo a capa-citação dos professores queirão atuar nesse projeto. Aideiaé que o aluno levasse o note-

book para casa, para que essaferramenta possa ser socializa-da com o restante da família,mas provavelmente o compu-tador ficará na escola”, expli-cou o professor.

Para a professora-doutoraMarinaide Freitas, especialis-ta em alfabetização, a exclusãodigital dá continuidade ao pro-cesso de alienação do cidadãoaos novos códigos de lingua-gem. “Inicialmente, temos oanalfabeto a quem não foi pos-sibilitado o processo de apren-dizagem da leitura e escrita esuas interpretações. As defi-ciências agora passam paraoutra exclusão, que é a digital.Tanto para os que não têmacesso ao universo digital, por-que não possuem a ferramen-ta; ou porque não dominamos códigos antigos, e não estãoaptos a compreender essasnovas linguagens”, teorizou aprofessora. (G.M.)

Sociedade letrada exige criatividadePara os especialistas, o anal-

fabetismo é muito mais com-plexo do que o simples impe-dimento de decifrar o alfabe-to, formar palavras ou cons-truir frases. Anova pedagogiatenta acabar com a ideia de queanalfabetismo é sinônimo depouca inteligência, de baixo“Q.I”. Aprova disso são as es-tratégias de sobrevivências,que, segundo os especialistas,são as saídas, como as encon-

tradas por Madalena deOliveira, de União dos Palma-res, ao pedir ao vizinho para re-gistrar um contato na agendade seu celular.

“As pesquisas têm mostra-do que você, ao se alfabetizar,não se torna mais inteligente.Porque mesmo analfabeto,você sustenta sua família, pagaimpostos, e cria estratégias desobrevivência em um mundoletrado. Como é que você pega

um ônibus? Ou pela cor, oupelo número, ou perguntandoe mentindo, dizendo que es-queceu os óculos ou perguntaao motorista. Ele nunca diz queé analfabeto, pois há um pre-conceito muito forte ainda con-tra o analfabetismo. Então,mesmo sem saber ler, a pessoausa o celular, ou assiste o no-ticiário na TV”, afirma a pro-fessora-doutora MarinaideFreitas. (G.M.)

Analfabetos funcionais chegam às salas do ensino superiorAs deficiências nas primeiras

etapas do precário sistema edu-cacional brasileiro começam agerar alunos com dificuldadesde alfabetização até mesmo nocurso superior. O fenômeno jáchamou a atenção de especia-listas da área, que começam aclassificar esses estudantes como“analfabetos funcionais”. AOrganização das Nações Unidaspara a Educação a Ciência e aCultura (Unesco) classifica oanalfabeto funcional como a pes-soa incapaz de interpretar o que

lê e de usar a leitura e a escritaem atividades cotidianas.

A professora universitáriaCícera Paiva afirma já ter presen-ciado o fenômeno em várias tur-mas que já lecionou. Sem espe-cificar nomes de alunos ou dainstituição, a professora cita al-gumas “aberrações” que já pre-senciou. No curso de Gestão deMarketing, em uma faculdadeprivada da capital, a professorase surpreendeu ao perceber agrafia da palavra “sexo”, porum dos alunos.

“Quase não acredito quandovi a palavra “sequiço”, ao em vêsde “sexo”. Parece piada, mas nãoé. É muito comum alunos quenão sabem ler corretamente umtexto, muito menos interpretar.Muitos lêem, mas não compreen-dem, além da ortografia precá-ria”, observou a professora.

“Em outro caso, eu havia aca-bado de escrever no quadro apalavra ‘profissão’, grafada comdois esses, mas logo em segui-da o aluno escreveu com ‘c cedil-ha’”, espantou-se Cícera Paiva.

Para a docente, o fenômenodo analfabetismo funcional noensino superior deixa poucaspossibilidades de se formar pro-fissionais qualificados. “Acapa-cidade de esses alunos com-preenderem o conteúdo é mí-nima. E isso poderá comprome-ter o futuro profissional dessaspessoas, deixando poucas pos-sibilidades de se formar profis-sionais realmente qualificados”,teorizou.

Para professora-doutora daUfal, Marinaide Freitas, espe-

cialista em alfabetização, essesuniversitários se limitaram aaprender os códigos linguísti-cos, mas não conseguem utilizá-los adequadamente. “São pes-soas que aprenderam o código,e a decodificá-lo. Mas não apren-deram a interpretá-lo, a com-preender, por exemplo, umtexto, os conteúdos. Leitura é,sobretudo, a sua compreensão,a sua interpretação e sua intera-ção com o contexto em que secoloca aquele conteúdo”, teori-zou a especialista. (G.M.)

Número de alunos que chegam àsfaculdades sem ter noção de interpretação de texto assusta especialistas: são os analfabetos funcionais

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AA2200 Domingo, 17 de outubro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

Cidades JORNALO JORNALO

- O que o senhor acha dovoto do analfabeto?

- Hoje vota o analfabeto evota o “de menor”. Eu achomuito mais “apoiado” o anal-fabeto que sabe votar, “de que”mesmo o menor, mesmo tendoo estudo desde criança. O jovemnão tem condições, com “ma-durez” de mente, de saber oque está fazendo no voto. Hojeo jovem de 16 anos, não procu-ra ainda a responsabilidade e aconsciência, pois antes de tudoé uma pessoa ainda imatura.

- Mas os analfabetos nãopodem ser candidatos...

- Se a pessoa tem “intrusi-dade” [capacidade] de se ele-ger, eu acho que ele poderiaentrar na candidatura. Depen-de do adiantamento da mentedele. Depende de “pra quê”ele quer se eleger. Esses objeti-vos podem empurrá-lo paraum crescimento de visão.

Por que um candidato co-mo Tiririca se elegeu? Porqueé um palhaço, se apresenta ao

povo e o povo se ilude. Um“home” que não tem propos-ta de administração. Um“home” que nuncaapresentou ne-nhuma realização.E por que foi vo-tado? Foi na ilusãoda televisão, mos-trado no país empeso. É um candi-dato feito pela tele-visão. Mas se elemudar, e como elepegou logo uma“posse” federal,ele vai fazer comodiz o ditado, vai“nascer de novo”,deixar de ser pa-lhaço e passar a serum trabalhadorpra nação.

- O que o se-nhor acha da leida “Ficha limpa”?

- O que eu acho é que issojá deveria ter acontecido. Se forpara eu me queixar de algu-

ma coisa eu me queixo daJustiça, que tá muito lenta“pra” isso. AJustiça está muito

“amigáve” comesses fichas suja.“Os ficha suja” jádeveria ter sidoexonerado da po-lítica há muitotempo. A maiorparte depende daJustiça.

Tenho um pra-zer de que nuncavotei num dessescandidatos fichasuja. Somente daAssembreia [Legis-lativa] “passou”onze fraudador. Eununca votei numdesses que “frau-dou” o Estado.Sempre presteiatenção nos fichasuja antes dessa lei.

- Como o senhor vê a com-pra do voto, que ainda é tãocomum em Alagoas?

- “Projudica” a democracia,e o defeito não está só em quemcompra, o defeito está em quemvende também. Porque se todomundo tivesse uma mentesadia, já sabia, porque o expe-diente deles é esse. Se chega acomprar voto, já sabe que é por-que não merece se eleger. Osque têm ação perante o povo,ele sabe que merece, e entãonão precisa comprar.

- O que o senhor acha dossistemas capitalista e socialis-ta?

- Socialismo é uma categoriaque existe, mas não é nada estra-nho. Para o governo, o capitalis-mo é até mais ofensivo, ou menosservidor, do que o socialismo. Osocialismo é uma administraçãomais justa, e o capitalismo é maisduro, é mais opressor.

- O presidente Luiz InácioLula da Silva tem a maioriafolgada no Congresso Nacio-nal. O senhor, como integran-te do PT, acha isso bom para

a democracia?- Oposição tem que ter. Se

não tivesse a oposição na po-lítica, “canidato a canidato”, oque se elege faz o que quer,porque ninguém “empossa-va”, ninguém olhava, nem pes-quisava a administração dele.É necessária.

- Para o senhor, que nuncaestudou, qual a importânciada escola, da educação?

- Acho importante a esco-la, o estudo; porque se eu ti-vesse alcançado essas condi-ções de ter estudado, eu enten-dia mais as coisas, e talvez eutinha dado um passo a frente“nas condição financeira”, fa-cilidade de trabalho, essas coi-sas. Ainda essa semana eu as-sisti na reportagem, uma esco-la com cinco anos sem ter aulaporque não tem benefício noprédio. E cadê “os governo?”Que interesse é esse pela edu-cação? São mil crianças sem es-tudo à falta de uma reformano prédio. (G.M.)

Na terra do poeta Jorge de Lima, União dos Palmares, a reportagemde O JORNAL encontrou um curioso personagem que ilustra bem amáxima do educador Paulo Freire, de que “a leitura do mundo pre-

cede a leitura da palavra”. Essa visão de mundo está presente nesta entrevis-ta com o agricultor aposentado Manoel Barros de Souza. Aos 82 anos, hádez filiado ao Partido dos Trabalhadores, o “Seu Neco”, como é conhecido,

apesar de jamais ter sentado em um banco de escola, discorre com facilida-de sobre temas como o projeto “Ficha limpa” e o voto do analfabeto. Sobrea candidatura do palhaço Tiririca, ele dispara: “É um candidato feito pelatelevisão”. A entrevista reproduz literalmente as falas de “seu Neco”, respei-tando sua pronúncia tão particular de um cidadão que representa milharesde brasileiros analfabetos.

Seis livros por mês depois de voltar a estudarReflexos de um mesmo sis-

tema socioeconômico que os ar-rancou à força das salas de aulasna infância, as histórias de quemretorna aos bancos escolares naidade adulta surpreendem pelaforça e entusiasmo. Por motivosdistintos, os colegas de sala,Expedito Ferreira Lessa e Ade-mário Marques da Silva, ambosde 51 anos, resolveram voltar aestudar, e frequentam as aulasda 5ª etapa, equivalente a 7ª e 8ªséries do ensino fundamental noCentro Municipal de Educaçãode Jovens e Adultos (Ceja) Pau-lo Freire, no centro de Maceió.

Expedito parou de estudaraos 18 anos para criar os quatroirmãos após a morte prematu-ra da mãe. Sendo o mais velhoda prole, o agricultor jamais per-mitiu que os irmãos abandonas-sem a escola para trabalhar. Eleconta que muitas noites chega-va a sonhar com a sala de aula.

“Vim de Santa Luzia doNorte. Minha mãe morreu e aos

18 anos tive que tomar conta dosítio. Aí eu deixei de estudar,mas coloquei todos os meus ir-mãos na escola. Nunca deixeique nenhum deles saísse da es-cola para trabalhar. Hoje o caçu-la é engenheiro agrônomo, outraé técnica em enfermagem, Temum que é professor do EnsinoMédio, e tem uma irmã que ter-minou o segundo grau, ecasou”, orgulha-se Expedito.

“Sempre vinha na mente avontade de estudar. Muitas noi-tes eu sonhava com a escola,vendo a professora falar, entran-do na sala, escrevendo. Aí eu iapassando aqui na Rua do Sol evi a placa dizendo que tinhamatricula aberta. Vim e estouestudando. Até que série pre-tendo estudar? Não penso emparar mais. Não vou parar maisnunca, mais nunca”, garntiuExpedito, com a satisfação dequem está recuperando o tem-po perdido.

Já Ademário, atualmente de-

sempregado, voltou a estudarpara ter mais chances no mer-cado de trabalho. Ele se apaixo-nou pela leitura, e de março atéagora já leu 48 livros, o que dáuma média de 6,8 livros pormês, bem superior à média na-cional, que é de 4,7 livros porano por pessoa.

Da infância pobre na zonarural do interior do Estado, atéo retorno à sala de aula, foram38 longos anos, que Ademáriotenta recuperar com ansiedade.“Em 1992 vim morar em Mace-ió, mas só pude estudar em1996. Fui fazer um curso, masprecisava do ensino fundamen-tal em diante, aí resolvi estudar.Agora não tenho intenção deparar mais. Não sei se vou fazeruma faculdade, só sei que nãoquero parar mais de estudar”,planeja o porteiro profissional.

Apaixão de Ademário podeser vista na pilha de livros namesa de sua casa, no bairroSanta Lúcia, em Maceió. Entre

os títulos, muita publicação deauto-ajuda, incluindo o best-sell-er “O monge e o executivo”, li-teratura gospel, brasileira e es-trangeira. Títulos que ele regis-tra em uma lista guardada comouma relíquia.

“Desde março já li 48 livros.Só não leio mais porque o preçodo livro não é muito acessível.Adoro o Augusto Cury [autorde auto-ajuda]. Já li Drumond,que é bom, mas é muito difícil,preciso ser ler mais. Também jáli Machado [de Assis], que é detirar o chapéu, fantástico. Aindanão li nada do Graciliano [Ra-mos], mas pretendo ler”, em-polga-se, concluindo com umasugestão de leitura para a re-portagem de O JORNAL.

“Já leu O Caçador de Pipas?É uma história muito impactan-te, muito forte. Leia que vocêvai gostar. É uma obra inesque-cível. Quando comecei a ler nãoparei mais. Leia que vale a pe-na”, garantiu.

A cidade mais letrada do BrasilConsiderando a marca ala-

goana de líder no ranking doanalfabetismo, a reportagem deO JORNAL analisou a realida-de de um município que repre-senta o outro extremo dessa rea-lidade. São João do Oeste, noEstado de Santa Catarina, é des-taque por ser o município como menor índice de analfabetis-mo no país. O município de6.269 habitantes, tem atualmen-te apenas 25 analfabetos, quesão pessoas de idade avançadaem sua maioria.

Segundo o secretário Muni-cipal de Educação de São Joãodo Oeste, Denilson João Grasel,as explicações para esse quadroque parece impossível, a curtoou médio prazos para Alagoas,incluem aspectos culturais e degestão pública. Projetos comoalfabetização de adultos e esco-la em tempo integral já são umarealidade no município muitoantes dessas modelos seremadotados pelo governo federal.

Um sinal da preocupaçãodos gestores é perceptível na fi-

gura do próprio secretário, queatendeu o telefonema da repor-tagem, às 7h:30 da manhã pelotelefone fixo da secretaria deEducação.

“Inicialmente, temos queconsiderar todo um processode colonização, que foi a basedessa formação cultural, aondeas escolas vieram junto com osimigrantes alemães. Desdecedo, esses imigrantes financia-vam os professores paroquiais.A isso soma-se uma cobrançada própria população. Antesmesmo de o governo federalcriar, nós já atuávamos com amodalidade de Educação deJovens e Adultos. Temos tam-bém algo próximo à escola detempo integral. Na verdade oaluno tem disciplinas extras,que são opcionais, que esten-dem a carga horária. São aulasde música, informática, arte,canto, e línguas estrangeiras”,explicou o secretário.

No pequeno município, pro-fessores chegam a visitar algunsalunos que possam estar com al-

guma dificuldade de ir até à es-cola. Quando isso é possível,evita-se a evasão”, acrescentou.

RECURSOS - Enquanto osgestores alagoanos se queixamda falta de dinheiro para gerira educação, São João do Oesterecebe do governo federal re-cursos até inferiores aos envia-dos a municípios alagoanoscom população semelhante.Para efeito de comparação, en-quanto o município catarinen-se recebeu para a área de edu-cação, até o momento, R$197.059,67; Campestre, leste ala-goano, com 6.178 habitantes, járecebeu este ano R$ 229.704,52,ou seja, quase R$ 30 milhões amais. Os números são do PortalTransparência.

“Aqui recebemos poucomais dos 25% determinado pelaConstituição para a área da edu-cação. Mas há um compromis-so dos gestores, e com a popu-lação mais politizada, há umacobrança quanto a isso”, afir-ma Denilson Grasel. (G.M.)

Ademário: 48 livros desde março

“A leitura do mundo precede a da palavra”

Estudante da UNB faz pesquisa em AL

Os altos índices de analfa-betismo em Alagoas chama-ram a atenção da estudante dejornalismo da Universidade deBrasília (UNB), Ana ClaraMartins, que visitou o Estadopara fazer a pesquisa para oseu Trabalho de Conclusão deCurso (TCC). O JORNALacompanhou a universitária emuma de suas visitas, na Vila dosPescadores, em Jaraguá, emMaceió, onde ela encontroupersonagens como o pescadorAmaro dos Santos, que se clas-sifica como alguém “cego deum olho”. O pescador de 56anos, 33 deles tirando o susten-to na pescaria nas lagoas da ca-pital, faz uma avaliação pessi-mista daqueles que não domi-nam a leitura e a escrita.

“É difícil para pegar ônibus,

tem que perguntar aos outros. Écomo se o ‘cabra’fosse cego dumolho. Sempre tive vontade de saberler, mas sete dias na maré nãotinha tempo para isso”, lamentou.

Para Ana Clara, a experiên-cia foi chocante, pela facilidadede encontrar pessoas que nuncafrequentaram uma sala de aula.

“Resolvi fazer meu TCCsobre o analfabetismo emAlagoas depois de ver os nú-meros alarmantes. Achei queia ser difícil, mas a primeirapessoa que encontrei era anal-fabeta, a outra que estava pró-xima também era, e outros, eoutros. É uma situação preo-cupante, que chega a chocar”,disse a estudante. O materialcolhido em Maceió será trans-formado em uma reportagem,que servirá como TCC. (G.M.)

Marco Antônio

“O Tiririca se

elegeu porque

o povo foi

na ilusão da

televisão”

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JORNALO JORNALO

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Contratações temporárias têm início em outubroARAPIRACA – De acordo

com o presidente do Sindicato doComércio Varejista de Arapiraca,Wilton Malta, as contratações tem-porárias para o final de ano têminício em outubro, antes do Diadas Crianças. Ele explicou que asempresas buscam profissionaisqualificados e que tenham conhe-cimento prévio da área de atuaçãoem que pretendem atuar, pois ocurto espaço de tempo não permi-tiria capacitações ou treinamentos.

“O mais indicado é que os pos-tulantes a empregos estejam pre-parados para ocupar o cargo, ouseja, que tenham conhecimento doramo em que vão atuar. Uma em-presa que trabalha com vestuário,por exemplo, não pode contratarum profissional sem conhecimen-to específico porque não terá otempo necessário para treiná-lo. Épreciso otimizar o tempo e os cus-tos para que as vendas não sejamprejudicadas”, informou.

Apresidente da Câmara dosDirigentes Lojistas de Arapiraca,Vera Lúcia, afirmou que algumasempresas chegam a dobrar o nú-mero de funcionários entre osmeses de outubro e dezembro.Segundo ela, é importante queos temporários consigam desem-penhar bem suas funções, pois oíndice de contratação após esseperíodo é alto. Ela explicou que,em alguns casos, não há substi-tuição de colaborador, mas a aber-tura de novos postos.

“O desempenho dos tempo-rários é o termômetro para a con-

tratação. Se um funcionário dámais rendimento do que outro,ele pode vir a substituir ou sercontratado para impulsionar asvendas em períodos de menormovimento. É importante queos profissionais contratados en-xerguem a oportunidade e dêemo melhor de si. Eles não devemse limitar ao período para o qualforam contratados inicialmen-te”, afirmou Vera Lúcia.

Para o presidente da Associação

Comercial de Arapiraca, RégisJackson Cavalcante, parte da popu-lação de Arapiraca ainda não des-pertou para a necessidade de qua-lificação técnica. Ele disse que aprocura por cursos profissionali-zantes está longe da ideal, mas queessa realidade deve mudar nos pró-ximos anos, com a chegada deredes nacionais e de indústrias nãoapenas no município, mas em todaa região Agreste do Estado.

“Achegada de novas empre-

sas deverá modificar o pensa-mento da população, pois so-mente aqueles com qualificaçãoprofissional terão oportunidades.Embora isso seja uma exigênciado mercado, algumas pessoasainda não se habituaram. Essamudança deve acontecer já nospróximos anos, pois Arapiracacresce hoje a índices elevados. Adiscussão sobre qualificação deveser levantada, porque é uma rea-lidade”, relatou. (E.A.)

Empresários analisam preferências

ARAPIRACA – A pre-sidente da CDL Arapiraca,Vera Lúcia, afirma que osempresários da cidadeestão investindo em pes-quisas para aproximarseus produtos do público.Em parceria com a Fede-ração do Comércio do Es-tado (Fecomércio), elesbuscam monitorar as pre-ferências dos consumido-res e saber que tipo demercadoria é mais procu-rada. O poder de compra éoutro fator analisado epode influenciar direta-mente no negócio.

“O empresário buscasempre a aproximação comseu público. Se conhecemosas preferências dele, temoscomo buscar satisfazê-los.É importante que saibamoscomo investir para que osnegócios tenham prosperi-dade. Mais importante queinjetar dinheiro em umaempresa é saber para ondeestá indo o investimento ese ele vai dar retorno. Serempreendedor é essa eter-na busca pelo cliente”, com-pletou Vera Lúcia.

O presidente da Asso-ciação Comercial de Arapi-raca, Régis Jackson Caval-cante, avalia como impres-cindível a necessidade de

pesquisa. Nesse contexto,ele inclui a importância dediálogo com os gestores pú-blicos, tanto no âmbito mu-nicipal como estadual. Paraele, também se faz neces-sária a participação da aca-demia nessas discussões.

“É importante que osempresários percebam asmudanças do mercado esaibam se adequar a elas.Para tanto, é necessário quesejam discutidos temascomo a ampliação da in-fraestrutura local, o dire-cionamento dos investi-mentos e a criação e revi-talização de pontos comer-ciais. Sem esse diálogo, nãohá como obter êxito nos ne-gócios. Outro fator impor-tante é incluir os universi-tários nessa discussão, paraque tenham voz e vez”.

Cavalcante lembrou quea chegada de um shoppingem Arapiraca deve provocarimpactos no comércio local.“Os comerciantes terão quediscutir junto à Secretariade Indústria e Comércio for-mas de superar o impactocausado pelo shopping,que, sem dúvidas, trará be-nefícios para a cidade. É ne-cessário discutir uma revi-talização para o Centro”,ponderou. (E.A.)

Comércio estima expansão de até 15%Eletrodomésticos, roupas e alimentos devem ser responsáveis pelo aumento, conforme a CDLEduardo Almeida

Repórter

ARAPIRACA – Impul-sionado pelo poder de compra daclasse C, o comércio de Arapiracaestima um crescimento de até15% nas vendas para os próxi-mos meses. Eletrodomésticos,roupas e alimentos devem ser osresponsáveis pelo aumento, deacordo com pesquisa realizadapela Câmara dos DirigentesLojistas (CDL) do município –que é apontado pelo jornal eco-nômico Gazeta Mercantil comoa 11ª cidade mais empreendedo-ra do País.

A presidente da CDL Ara-piraca, Vera Lúcia, explicou quea expansão teve início em outu-bro, com o Dia das Crianças, edeve seguir até o início de janei-ro, depois do réveillon. Ela in-formou que o município aindanão tem estatísticas sobre o mo-vimento do comércio no últimodia 12, mas citou a média nacio-nal, que foi 12% em relação aoano passado, conforme oIndicador Serasa Experian deAtividade do Comércio, divulga-do na quarta-feira.

“Há tempos, Arapiraca nãoregistrava um fluxo de clientestão intenso com no último feria-do. Os estoques de algumas lojasforam completamente esvazia-dos. Embora não tenhamos

dados oficiais, acreditamos queo crescimento foi proporcionalao de todo o País. É provávelque as vendas continuem au-mentando até o início de janei-ro, pois, historicamente, esse éum dos melhores períodos doano para o comércio”, avaliou apresidente da CDL.

Vera Lúcia afirmou que doisfatores contribuem para o de-senvolvimento do setor na cida-de: a localização e a infraestru-tura. Mas, ressaltou que os co-merciantes estão investindo cadavez mais em suas empresas, como objetivo de aproximar os pro-dutos dos clientes. Ela lembrouque, nesse contexto, o ServiçoBrasileiro de Apoio às Micro ePequenas Empresas (Sebrae) temsido fundamental, oferecendocapacitações para os empreen-dedores.

“Arapiraca está em umaregião privilegiada e acabaservindo como referênciapara os demais municípios.Além disso, os gestores mu-nicipais têm ampliado a in-fraestrutura da cidade, dandocondições para a chegada denovos empreendimentos.Outro fator que contribuipara esse crescimento são ascapacitações. Tanto empresá-rios quanto empregados têmparticipado e já podemos ob-servar uma mudança de pen-

samento”, observou.Ainda segundo Vera Lúcia,

outra explicação para a expansãonas vendas são as campanhasque as empresas desenvolvem.Para este final de ano, a CDL,em parceria com 617 lojas, esta-

rá realizando o sorteio de umcarro, cinco motos, cinco note-books e cinto TVs. Ela explicouque, para concorrer, é necessárioapenas que os clientes compremem lojas cadastradas.

“Essa é uma forma de esti-

mular a compra nas empresasassociadas a CDL. O municí-pio conta hoje com mais de 3mil lojas, sendo que apenas 617estão ligadas à Câmara Lojista.O sorteio de brindes é uma dasalternativas e tem surtido efei-

to. Nós realizamos a campa-nha todos os anos e o movi-mento sempre é crescente.Nunca registramos quedanesse período do ano, se com-parado aos mesmos meses doano anterior”, expôs.

Período de contrataçõestemporárias teve início em outubro

Vera Lúcia diz que localização e infraestrutura das lojas contribuem para o crescimento das vendas

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Auto Posto São Luiz está localizado na Avenida Governador Muniz Falcão, no bairro São Luiz Exemplares de O JORNAL são distribuídos gratuitamente para os clientes do estabelecimento

Análise comprova qualidade do combustível do Auto Posto São Luiz

Auto Posto São Luiz comemora Dia das CriançasDepois das homenagens de

Dia das Mães e Dia dos Pais, oAuto Posto São Luiz comemo-rou, em 12 de outubro, o Diadas Crianças. Palhaços e equili-bristas comandaram a anima-ção, que contou ainda com camaelástica e piscina de bolinhas.Além de recreação, as criançasque participaram do evento ti-veram à disposição sorvete e pi-poca. Eles foram brindados com“pintinhos” e puderam fazerpinturas artísticas na pele, como acompanhamento de profis-sionais.

As comemorações tiveraminício ainda pela manhã e se es-tenderam até a tarde. Durantetodo o evento, funcionários doAuto Posto São Luiz monitora-ram as crianças para evitar aci-dentes. Os pais que abasteceram

os veículos no posto participa-ram das brincadeiras, acompa-nhando os filhos e interagindocom os animadores. Eles tam-bém foram brindados comexemplares de O JORNAL, quesão distribuídos diariamentepelo autoposto a seus clientes.

O mototaxista Jairo da Silva,27 anos, conta que esta é a pri-meira vez que é homenageadopelo Auto Posto São Luiz. Eleressalta que nunca recebeu essetratamento em outros estabele-cimentos comerciais. Para Jairo,além da qualidade do combus-tível, esse é o diferencial do au-toposto: prestigiar não apenasos clientes, mas os filhos dosconsumidores. Ele contou aindaque sua filha se mostrou surpre-sa com a homenagem e com aatenção dispensada a ela.

“Não imaginava que pudés-semos comemorar o Dia dasCrianças dessa forma, com pa-lhaços, pipoca, brincadeiras emuita descontração. Foi uma sur-presa boa tanto para ela quantopara mim. Vim abastecer minhamotocicleta e me deparei com ahomenagem. Trouxe ela, que játomou sorvete, comeu pipoca ese divertiu na cama elástica. Sãoiniciativas como esta, do AutoPosto São Luiz, que deveriamser copiadas por outras empre-sas”, disse o mototaxista.

Para o contador ReinaldoSoares, dois pontos diferenciamo Auto Posto São Luiz dos de-mais estabelecimentos da cidade:a qualidade do combustível e ainteratividade com os consumi-dores. Ele conta que esta é a pri-meira vez que participa dos

eventos promovidos pelo posto,mas afirma que pretende repe-tir a dose. Ele diz ainda quenunca recebeu em nenhum outroestabelecimento o mesmo trata-mento que é dispensado pelosfuncionários do autoposto.

“É um tratamento diferen-ciado. Não é preciso muitotempo para perceber isso. Osfuncionários são educados, nostratam bem, e o posto ofereceserviços que nenhum outro dis-põe. Nunca havia sido presti-giado dessa forma em pontoscomerciais, e fico feliz com a ini-ciativa. Espero que ela se repitae que outras empresas copiem,porque os bons exemplos me-recem ser copiados. Meu filhotambém agradece, pois desfru-tou de todos os recursos”, acres-centou.

Equipamento testa os combustíveis

No Auto Posto São Luiz, aqualidade dos produtos écomprovada através de umequipamento que realiza tes-tes, e os clientes do estabeleci-mento têm a possibilidade deverificar a procedência doscombustíveis. O posto emiteanálises sempre que solicitadoe ainda oferece um brinde paraos clientes que se interessampelo teste. O segurança Josineidos Santos realizou o teste edestaca a importância da aná-lise para o consumidor.

“Acho muito importante oposto mostrar ao cliente a qua-lidade com combustível que eleesta adquirindo. Nunca vi umteste como este e acho quetodos os postos de combustí-vel deveriam fazer isso”, disseJosinei, que também destacouo atendimento no local. “Gostomuito do atendimento e dos

serviços que são disponibiliza-dos no mesmo espaço. Algu-mas vezes vou até o posto so-mente para ir à farmácia ou aloja de conveniência. Todo oserviço oferecido é feito commuita atenção. Quando chega-mos somos bem recepciona-dos”, afirmou.

O comerciante Thales Ro-berto também destacou o aten-dimento do Auto Posto São Lu-iz. Ele conta que o estabeleci-mento oferece um bom café,que faz parte do tratamentooferecido aos clientes. “Sabe-mos da qualidade do combus-tível oferecido no posto e issofaz muita diferencia para o veí-culo. O atendimento atrai, masse não houver qualidade noproduto não teria como man-ter os clientes”, destacou o co-merciante, que sempre abaste-ce no estabelecimento.

Fazendo a diferença em ArapiracaAUTO POSTO SÃO LUIZ

Com atendimento de qualidade e combustível atestado, estabelecimento conquista um público exigenteLocalizado na Avenida Go-

vernador Muniz Falcão, 151,no bairro São Luiz, em Arapi-raca, o Auto Posto São Luizapresenta um atendimento dequalidade que tem conquista-do o público mais exigente.Além do combustível atesta-do pela distribuidora Petrovia,o estabelecimento tem uma po-

lítica de valorização de clien-tes, que inclui desde a fideli-zação até a entrega de brindesem datas comemorativas, co-mo Dia dos Pais, Natal e AnoNovo.

O Posto funciona entre as07h00 e as 22h00, com um ser-viço diferencial que inclui umaloja de conveniência e a primei-

ra franquia da Casa do Pão deQueijo em Arapiraca, além deuma farmácia e um salão de be-leza para maior comodidadedos clientes. Também é realiza-da a entrega de exemplares deO JORNAL diariamente. Maisde 200 jornais são distribuídosaos clientes, independente dovalor do abastecimento.

Adistribuidora de combus-tíveis que atende ao posto é aPetrovia, que tem o respaldodo grupo Temape (TerminaisMarítimos de PernambucoS/A), com sede no Porto de Sua-pe. A gasolina comercializadana rede Petrovia é produzidapela Petrobras e atestada pelopadrão Temape, que coleciona

certificações, além de passarpelo crivo do laboratório SGSdo Brasil. O álcool combustívele o diesel também contam como mesmo rigor.

Além da qualidade deatendimento, o posto possuibombas das mais modernasdo Brasil, que garantem a qua-lidade do combustível ofere-

cido. O equipamento contacom uma blindagem que im-pede violação e não permite avenda sem nota fiscal. E o fil-tro de vidro transparente fa-cilita a visibilidade do com-bustível que é oferecido. O Au-to Posto São Luiz foi o primei-ro do Estado a adquirir o equi-pamento, que está em vigor.

AA2222 Domingo, 17 de outubro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

Arapiraca JORNALO JORNALO

Os animadores da comemoração fizeram a alegria das crianças

A diversidade de brincadeiras não deixava ninguém paradoA cama elástica fez um grande sucesso entre todos os pirralhos

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AA2233Domingo, 17 de outubro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

Arapiraca JORNALO JORNALO

Por Aroldo MarquesE-mail: [email protected]

Grand

Monde

UMA TURNÊ PELA EUROPA

Chiques... Portugal, Londres eParis! ACidade Luz, uma das maisbonitas do mundo. Difícil é fazerum top five da cidade quem tem al-guns dos melhores endereços doplaneta. Nesse clima a família Pessoaem nome dos irmãos empresáriosGenildo e Valdely, Jadielson e Erika,Jarbas Pessoa e Mirtes, o amigo-irmão Edvaldo e Kilza, Alexandre eAdriana, Leomarx e Marta... Eles fi-zeram um tour de 15 dias pelaEuropa onde puderam vivenciarmomentos de felicidade e encanta-mento em vários países da europa,foi uma experiencia ímpar entre eles.Hotéis clássicos e contemporâneos,museo do Louvre, Jardin Du Lu-xembbourg, castelos medievais... Eo passeio no Rio Sena... Todos vol-taram encantados!

PAPALÉGUAS DO ASFALTO

Sob presidência do professorJânio Melanias e coordenação deSeverino Ferreira de Mello Dias, opopular Dias, vai acontecer a 6ª edi-ção do Arapiraca Moto Fest, umevento que já consta no calendárioturístico e concrenta motociclista detodo o país, cada qual com suas pre-ciosas máquinas, são mais de 150motoclubes e cerca de 600 ou maismotociclistas que estarão vivencian-do o encontro festivo nos dias 5, 6 e7 de novembro... é o motoclube Pa-paléguas do Asfalto anfitrionando osamantes do circuito sócio-culturalna Metrópole do Agreste alagoano.Sejam bem vindos!

RESIDENCIALELDORADO

Arapiraca não para poraí... É o só o começo! Afirmao empresário Jadielson Pessoaque traz mais uma novidadepara Arapiracajunta-

mente as organizações do grupoUnicompra; O lançamento do Resi-dêncial Eldorado, que vai acontecerno Bairro Eldorado dia 26 de no-vembro, tem o cantor Almir (ex-Fevers) como convidado especialpara cerimônia festiva!

CRIANÇA DE OURO 2010

Como o mês de outubro é de-dicado às crianças, o ResidencialOuro Verde de Arapiraca estendeas comemorações e neste domingodia 17, realiza o Criança de Ouro2010, uma festa de muita cor e ale-gria, tendo como ponto alto o des-file da loja infantil Kite Kids do casalde empresário Leane Magalhães eJaime Campos. O evento tem cará-ter filantrópico, pois a entrada exigeuma lata de leite que será doada auma entidade social. Um festa querecebe a assinatura da Comissão deFesta Ouro Verde. Parabéns!

TENTAÇÃO FASHIONAempresária do mundo fashion

Nizete Freire esteve em Fortaleza-CE, onde foi conferir as coleções damarcas que comercializa na grandeArapiraca, Nizete é proprietária docomplexo Tentação Fashion, que dis-tribuir para Alagoas as griffes:Kokid, Colméia, Cardigan,Handara e Zignum, que irãoser apresentadas em mega-desfile no dia 23 de outubro,para sua clientela de todo oEstado de Alagoas, em mos-tra da coleção Primaver/Verãoe Alto Verão 2010 no parque

Ceci Cunha...O Desfile

Tentaçãofashionjá marcao calen-dário de

eventosna cidade

d e

Arapiraca. O Desfile terá coberturaespecial do fotografo e apresenta-dor André Fon para o seu progra-ma Planeta Fashion TV Mar, comtambém da coluna Grand Monde byHarold.

Oops! faz sucesso na NetIsto mesmo, o site da provedo-

ra Oops! Agora bem mais acessa-

do com a aquisição de expressivosprofissionais da área de comunica-ção, entre eles os jornalista RobertoGonçalves e Roberto Baia, este colu-nista e demais colaboradores quealimentam o site com uma varieda-de de importantes matérias mos-trando um excelente conteúdo de

noticias. DeClaudemonSilveira, quetambém éproprietá-rio do Ho-tel fazendaCéu Aber-

to em Gravatá-PE, AOops! É o quehá de tecnologia avançada prestan-do um ótimo trabalho para seususuários. Acesse: www.oops.com.bre confirme!

BOB´SBob's é uma cadeia de restauran-

tes brasileira, fundada em 1952, pelojogador de tênis americano RobertFalkenburg, campeão do torneio deWimbledon em 1948. É a segundamaior rede de fast food do Brasil euma das maiores da América Latina.Conta com 600 lojas, em quatro paí-ses diferentes: Brasil, Portugal,Angola e Chile. O Ponto inicial dainternacionalização da marca come-çou na Angola, em sua primeira lojainternacional aberta em Luanda,Angola. Atualmente a marca Bob'sé franqueada e operada pela em-presa de orígem francesa GRSA,uma empresa que atualmente per-tence ao grupo britânico CompassGroup. E no ultimo dia 13 de outu-bro, a sociedade arapiraquense foicomtemplada com mais uma fran-quia a Bob´s XV de Novembro, umempreendimento da

UM POUCO DE DIRA LINO

Autodidata, aprendeu a cantare tocar violão sozinha, de gosto mu-sical apurado e nascida num meio

de muitamu-

sicalidade - fato que descobriu hápouco tempo - , seu avó, seu pai eaté mesmo o seu tio Josiel eramamantes da musica, se espelha noseu pai Pedro Antonio Lino, conhe-cidíssimo pelo codinome Bereguedé,uma família marcada pela tradiçãoda cultura da cana e da fumicultu-ra Dira Lino, a Dirá Bereguedé,mesmo achando que estreou tardecomo cantora profissional, antes sócantava como hobby entre amigose familiares, hoje se apresenta nosbarzinhos e em shows como umapreciosa revelação tendo no seu re-pertório uma variedade musical can-tando, com ela mesmo diz, de A aZ, Dira é a cantora da vez no circui-to cultural de Arapiraca quando comsua belíssima voz interpreta os clás-sicos da MPB e a musica "brega" oromantismo toma conta, e Dira Linocanta de corpo e alma. Na sua inti-midade gosta de ouvir musicas in-ternacionais, Pink Floyd, LedZeppilin..., mas para ela MariaBetânia é a musa da musicalidadebrasileira. Falando de política é umapessoa muito centrada nas questõessociais e tem muita admiração peloprefeito Luciano Barbosa como ges-tou, "é o político modelo do país"Disse ser uma pessoa realizada porter uma família bonita e viver osmomentos da vida com intensida-de, acredita em DEUS e a cidade

que gosta de viver é Arapiraca.Dira Lino, a pop Dira

Bereguedé, é a prata dacasa no Na BaxaBotequim sempre asquintas-feira. Boa pe-dida para quem gostade ouvir e ver uma ex-celente artista cantar.

O empresário Jadielson Pessoa e a amada esposa passeiam nos jardins lodrinos apaixonadosO casal de médico Arthur e Cecília Dantas e os empresários Leane Magalhães

e Jaime Campos, na inauguração da franquia Bob´s em Arapiraca

Jadielson e Erika, Genildo e Valdely, Jarbas e Mirtes, Edivaldo e Kilza e Alexandre e Adriana em Londres, na maior

Roda Gigante do mundo, desfrutam de merecidas férias

POPSTRASSALANTES

�O cupido tomou o coração de Marcelo Antony! O ator foi

flagrado em um restaurante do Rio de Janeiro com uma linda

morena na ultima quarta-feira.

�Aex-BBB Francine Piaia esta fazendo uma turnê pelo Brasil

para apresentar seu espetáculo teatral: O que é que a Viúva

Tem?� Bruce Willis, cujo papel no filme RED é de um agente da

CIA, participou de exibição de gala em Los Angeles ao lado

da esposa e filha!

� Após confirmação de dependência de cocaína, Lindsay

Lonhan culpa família e sobretudo seu pai ter crescido com

ele atrás das grades!

�Na ultima segunda, George Michael deixa prisão com sor-

riso no rosto! Após quatro semanas o cantor rever a liberda-

de, mas deve se comportar!

�Após nove meses de namoro, os ex-BBBs Tessalia e Miguel

viram somente amigos! E ainda: Revelam que o namoro ficou

marcado pela alegria!

� Dado, Dado... Menos confusão, por favor! Após detido

por drogas, Dado Dolabella bate boca com fotografo em

Goiânia em evento de moda.

� Mulheres! Jayme é o mais novo solteiro do pedaço!

Acaba de terminar o namoro de três anos com Mila Barbosa

e curte férias!

� Henri Castelli circulou pelos corredores da emissora

Band especialmente para conhecer um de seu ídolo: o

apresentador Luiz Datena.

� Susana Vieira virou capa de CD: a atriz foi fotografada

para participar do projeto Brasil Encena, lançada em Portugal

e depois no Brasil.

�Aatriz Lindsay Lohan, de 24 anos, teria confessado a um

amigo o desejo de ser mãe e que com filho, ela conseguiria

se mantiver sóbria.

�Thammy Gretchen se casou em cerimônia intima em São

Paulo. Ela se uniu a Janaina Cinci com direito a chuva de

bolinha de sabão e poemas.

Dira Lino faz de suasinterpretações musicais

um estilo próprio e conquista os corações

dos apaixonados

Vera Lúcia, presidente daCDL e seu esposo Marcolino,

sempre prestigiando osempreendimentos

arapiraquense, desta vez,presenças na Bob´s

XV de Novembro

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Cosmógrafos vieram na Colônia; americanos, na Segunda Grande GuerraMas americanos em Mara-

gogi? Bem, eles vieram para oNordeste, construíram baseem Fortaleza (CE). “No Ceará,aconteceu o encontro do pre-sidente Getúlio Vargas com ocolega americano FranklinRoosevelt. Isso tornou a baseamericana em Fortaleza conhe-cida. Mas havia pequenos des-tacamentos americanos em Re-cife e em Maceió”, explicou ohistoriador. E mais: segundoele, o porto natural da antigacolônia de pescadores, com

seus extensos arrecifes e sendoainda parte do território da co-lonial Vila de Bom Sucesso (ba-tizada posteriormente de PortoCalvo), era conhecido desdeque os holandeses invadirama capitania de Pernambuco e ogeneral Maurício de Nassautrouxera ao Brasil, e a Marago-gi, não somente artistas e ar-quitetos, mas cientistas comoo médico naturalista WillemPizo e o astrônomo e cartógra-fo Georg Marcgrave.

“Os holandeses tinham do-

is grandes cosmógrafos”, apon-tou Lindoso, referindo-se aosprofissionais públicos que, noséculo 17, demarcavam terras emares descobertos e a desco-brir. “Pizo e Marcgrave fizerammapas daquela região de Mara-gogi com os arrecifes, rios, ria-chos, tudo como vemos ali atéhoje. Antes de chegarem o sub-marino alemão, o navio inglêse as minas, apareceu muita gen-te, fotografando. Um zepelinda Alemanha veio para a Amé-rica. Eu sei disso porque uma

prima minha se casou com umpiloto brasileiro que estudouessas coisas na Alemanha. Ma-ragogi era conhecida.”

Ao escrever o clássico “AUtopia Armada”, sobre a Guer-ra dos Cabanos, que ocorreuentre os anos de 1831 e 1835, naregião que vai de Barra Grandea Porto Calvo, marcando umaluta de classes entre a aristocra-cia rural, aliada aos campone-ses, e uma burguesia comer-cial emergente, Lindoso dizque, ele mesmo, fez um mapa

dessa região. “O Exército veio,pediu licença e usou esse ma-terial, que eles não tinham. Euestive na Alemanha em 1958.Onde eu sabia que havia ar-quivo holandês, ia lá para pes-quisar e estudar. De Recife paraMaceió, existem dois portosnaturais, que são a Gamela deBarra Grande, que é o antigonome de Maragogi, e o Portode Maceió. Depois disso, étudo praia, chã.”

Segundo o historiador, Ma-ragogi, com seus tantos quilô-

metros de arrecifes, fora esco-lhida para o desembarque dediversas embarcações no pe-ríodo da Segunda Guerra.“Não tem um lugar tão bompara entrar. Os ingleses entra-vam ali, trazendo correspon-dência da Inglaterra para oBrasil, no início do século 20.Um desses navios naufragou,o Coroa da Áustria. Eles tra-ziam um sino que o MarcosSaldanha, proprietário do Ho-tel Salinas, levou para o seuengenho Marrecas.”

JORNALO JORNALO

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Municí iospMARAGOGI NA SEGUNDA GUERRA

Historiador Dirceu Lindoso viu uma delas e diz que o Exército a enterrou a seis metros de profundidadeJorge BarbozaRepórter

MARAGOGI - O presti-giado historiador maragogi-ense Dirceu Lindoso, 78 anos,autor de “A Utopia Armada –Rebelião de Pobres nas Matasdo Tombo Real” (1983) e “AFormação de Alagoas Boreal”(2000), era um garoto de seteanos quando o navio mercan-te inglês Clement foi afunda-do pelo couraçado alemãoAdmiral Graf Spee, a 70 mi-lhas NE do litoral do municí-pio vizinho de Porto de Pe-dras. Naquele final de 1939, a

Segunda Grande Guerra ha-via acabado de ser declaradaentre a Inglaterra e a Françade um lado, e a Alemanha dooutro. O menino Dirceu, emMaragogi, ouviu um estron-do nas galés e correu com osamiguinhos para o alto doCruzeiro.

“Uma série de fatos acon-teceu antes do aparecimentodessas minas aquáticas emMaragogi. O tiroteio nasgalés por ali foi um dessesacontecimentos. Já adulto,quando eu falava das minas,ninguém acreditava. Meu tio,que era do Exército Brasi-

leiro, foi quem mandou en-terrar aquela que a Marinhaprocura agora no centro dacidade”, afirmou o historia-dor, lembrando os remotosanos 1940, quando militaresabriram trincheira na praia eninguém podia tomar banhode mar.

O “tiroteio”, que levou apique o navio inglês, foi pre-senciado pelo infante Lindo-so, atualmente residindo emMaceió. “Nós subimos o Cru-zeiro correndo e ficamosolhando. O ataque aconteceuà altura de Porto de Pedras,que a gente avista toda de lá

de cima. Anos depois, eu sou-be que se tratava do navio in-glês Clement”, contou o his-toriador, afirmando que, apósesse episódio, oficiais chega-ram a Porto de Pedras e oExército abriu trincheira emMaragogi, “entre a cidade e omar”.

“Uma hora depois do ata-que em Porto de Pedras”, con-tinuou o autor de “A Guerrados Cabanos”, “apareceu umavião vindo do Aeroporto deRecife, soltando bombas, indoembora logo depois”. Segun-do Lindoso, nessa época con-turbada, com a guerra acon-

tecendo na Europa, os paísesaliados sendo pegos de sur-presa com a invasão da Polô-nia pela Alemanha, lançandoseus navios aos mares doAtlântico Sul em busca demantimentos, os submarinosinimigos não eram incomunsnas profundidades oceânicasde Maragogi.

Quanto às minas, ele ad-mite ter visto uma “no pátio,no centro da cidade” (hoje,Praça Batista Acioli). O tio mi-litar, Luís Acioli Wanderley,teria aberto um buraco de seismetros e ali a enterrado. “Aprimeira mina, essa que foi

encontrada pelos trabalhado-res este ano, os americanostiraram a espoleta dela e dis-seram para o pescador: ‘Joguelá no mar’. Esta eu cheguei aver. Aquelas outras da Praiado Antunes, o mar entra porbaixo e deve tê-las afundadoainda mais. Mas essas eu nãovi. A que está enterrada nopátio não está com a espole-ta. Maragogi mudou tanto. Amina que encontraram recen-temente estava ali no Beco daStephany, onde hoje tem oclube. O tamanho era razoá-vel, se explodisse acabavacom Maragogi.”

O que a História conta sobre as minas

O historiador Dirceu Lindoso viu uma das minas que estão sendo procuradas pela Marinha do Brasil

Terras e mares maragogienses mapeados pelos cosmógrafos de Nassau A equipe dos fuzileiros navais do Rio de Janeiro escava o território de Maragogi há quase duas semanas: busca das minas perdidas

O couraçado alemão Admiral Graf Spee, que detonou o navio inglês Clement em Porto de Pedras

ArquivoArquivo

Reprodução Jorge Barboza

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JORNALO JORNALO

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Economia

Viagem ao fundo da terra em AlagoasJazida de cobre, com capacidade para produzir 200 milhões de toneladas, foi localizada entre Arapiraca e CraíbasRoberto Vilanova

Repórter

Atenção! Preparar para a“viagem” ao fundo da terra,no Agreste de Alagoas. O quepara os humanos ainda é im-possível, para as “sondas inte-ligentes” é tarefa corriqueira:de 2007 até 2009 elas realiza-ram 394 “viagens”, para bis-bilhotar as profundezas doAgreste, e descobriram umajazida de cobre com 200 mi-lhões de toneladas no limitede Arapiraca com Craíbas, eoutra jazida em Igaci.

Guiadas por computador,as “sondas inteligentes” per-tencem à Mineradora Vale Ver-de, subsidiária da CompanhiaVale do Rio Doce, que recebeuautorização do governo fede-ral para explorar as jazidas –além de cobre, as “sondas in-

teligentes” também descobri-ram ouro, níquel, ferro e vaná-dio, além de minerais não-me-tálicos. A expectativa da em-presa é que, em 2014, esteja-se produzindo 40 mil tonela-das de cobre por ano.

SATISFEITO - O presiden-te da Mineradora Vale Verde,Carlos Bertoni, festeja a desco-berta pela compensação dos in-vestimentos realizados até agorano Agreste alagoano – forammais de 400 milhões de dóla-res, segundo Bertoni – e, tam-bém, porque em 2014 o Brasilvai poder dobrar a sua produ-ção de cobre – graças à jazidaalagoana, que tem 20 anos devida útil, segundo ainda Bertoni.

A Vale Verde seguiu o ras-tro das pesquisas realizadasna década de 80 pela extintaEmpresa de Desenvolvimento

dos Recursos Naturais(EDRN). Na época, os técni-cos da EDRN não estavam sa-tisfeitos com a participaçãopífia de Alagoas na produçãode minérios no País – que erade apenas 0,43% - edecidiram vasculharo subsolo alagoano, apartir do Agreste parao Sertão.

Com essas pesqui-sas iniciais, foram re-gistradas 344 ocorrên-cias minerais no A-greste e Sertão alagoa-nos, sendo 314 mine-rais metálicos e 30 não-metálicos. A Compa-nhia Vale do Rio Doce,que ainda era estatal,se interessou pelaspesquisas dos técnicos alagoa-nos Mário Eugênio Calheiros,José Batista Siqueira, Abrahão

Gomes Torres e Carlos FontesBarros e decidiu requerer direi-tos de exploração ao Ministé-rio de Minas e Energia.

Depois da privati-zação da CompanhiaVale do Rio Doce o in-teresse pelas jazidasalagoanas aumentou.Foi criada a Minera-dora Vale Verde – queé subsidiária da Valedo Rio Doce – e reque-rido em definitivo aoutorga da área, parafim de exploração,com a imediata im-plantação da infraes-trutura básica, quecompreende estradas,

energia elétrica e abastecimen-to d´agua com redes especiais.

NÃO-METÁLICOS - Em-bora os minerais metálicos –

ouro, cobre, ferro, etc. – dete-nham os maiores valores nomercado, as “sondas inteligen-tes” mostraram nessas suas394 “viagens” ao fundo da ter-ra, no Agreste alagoano, que aabundância de minerais não-metálicos também pode im-pulsionar a produção indus-trial, sobretudo para produ-ção de fertilizantes e para aconstrução civil.

Por exemplo: as “sondasinteligentes” detectaram a pre-sença de “apatita” – um mi-neral não-metálico que con-tém Fosfato de Cálcio e Flúor,e serve como matéria-primapara produção de fertilizantese Ácido Fosfórico. A apatita sóé encontrada na Alemanha, SriLanka, Suíça, México e Brasil(Minas Gerais, Bahia, Goiás,São Paulo e Alagoas).

“Cianita” – que é matéria-

prima para indústria de refra-tários e para a metalúrgica;“Bismutinita” – que é matéria-prima para produção de cos-méticos, porcelana e granadade mão; e “Barita” – que ématéria-prima para produçãode tintas e borrachas.

E, entre os minerais metáli-cos, a surpresa foi a descober-ta do vanádio – que, imagina-va-se, o Brasil não possuía. Me-tal branco, o vanádio é usadona fabricação de semi-condu-tores de energia para industriaeletrônica e de informática, oPaís importa da África 4 mil to-neladas por ano. A jazida devanádio no Agreste alagoanoainda não foi dimensionadaporque está associada ao ferro,mas a certeza de sua presençaé animadora para os projetosde mineração no Estado.

Continua na página A26

Com as

pesquisas

iniciais,

foram

registradas

344

ocorrências

minerais

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Gás processado na UPGN do Pilar abastece as indústrias locais e mais de Sergipe, Bahia e Pernambuco

Foram as perfurações realizadas no Agreste que descobriram a riqueza de metais existentes em AlagoasDa Salgema à atual Braskem, a indústria instalada no Pontal da Barra, em Maceió, é a maior do Estado

Mecânico baiano descobre o salgema por acaso durante manutençãoCoube a um mecânico de

sondas, na Bahia, descobrirna década de 50 a reserva desalgema em Maceió. Ao fazero reparo das sondas da Pe-trobras, que exploravam pe-tróleo em Riacho Doce, o me-cânico baiano Euvaldo Luzencontrou fragmentos de sal-gema; ele guardou a desco-berta para si e na década de60 entrou com pedido ao go-verno federal para beneficiar

o salgema.O mecânico baiano se as-

sociou à francesa Du Pont edessa sociedade surgiu aSalgema Indústrias Químicasde Alagoas. Sem dinheiro pa-ra permanecer no projeto, Eu-valdo Luz vendeu sua parteao governo federal e este, noprocesso de privatização, ven-deu sua parte à Odebrecht –que criou a Trikem, atualmen-te, Braskem.

VASTO - Existem seis ja-zidas de salgema com valorcomercial, no Brasil. São elas:Nova Olinda, no Amazonas;Vera Cruz, na Bahia;Itaituba, no Pará; LuizCorreia, no Piauí; Rosário doCatete, em Sergipe; e Maceió.Dessas seis jazidas, a maisimportante pelo alto teor depureza, maior espessura efácil prospecção está emMaceió, de acordo com rela-

tório da Sudene.A jazida de salgema em

Maceió atinge um vastocampo no subsolo, que com-preende do Mutange, emBebedouro, até Riacho Doce.Encontra-se a 1 mil metros deprofundidade e tem 99% deteor de pureza, ou seja, 99%de Cloreto de Sódio, e 1% res-tante de ferro, magnésio e cál-cio. A espessura da jazida desalgema na Capital alagoana

atinge a 100 metros.Depois de beneficiado,

através da eletrólise, o salge-ma se decompõe em Cloro eHidrogênio. Com o cloro,pode-se fabricar uma série deprodutos mediante a combi-nação com o eteno, tais como:Óxido de Propeno – que ématéria-prima para produçãode espuma e lycra; Cloro-fórmio – que é o solvente daPenicilina; Cloreto de Metila

– que é matéria-prima paraprodução de borrachaButílica, mais conhecida comoSilicone, entre outros produ-tos.

Com o cloro e o eteno,tem-se o Dicloretano, do qualse extrai a matéria-prima paraprodução do PVC (Policloretode Vinila) – que produz plás-ticos resistentes; e o MVC(Monocloreto de Vinila) – queproduz plásticos maleáveis.

Gás natural, maior jazida do PaísNo relatório elaborado por

técnicos alagoanos, com a su-pervisão dos geólogos JoséRobinson Alcoforado, do De-partamento Nacional de Pro-dução Mineral (DNPM), eJosé Nivaldo deMoura, da Sudene,consta que 20% dosolo alagoano é for-mado de “elementospaleomesóreos”, ouseja, produz gás na-tural, petróleo e tur-fa.

Nessa “viagem”ao fundo da terra,em Alagoas, as “son-das inteligentes”trouxeram informa-ções para os huma-nos decifrarem – etodos ficaram estarrecidoscom o que viram. A jazida degás natural se estende peloentorno de Maceió, que com-

preende os municípios deMarechal Deodoro, Pilar, Co-queiro Seco, Santa Luzia doNorte e São Miguel dos Cam-

pos – e é a maior ja-zida de gás natural,dissociado do petró-leo, do País.

PRODUÇÃO -São 2 milhões demetros cúbicos degás por dia extraí-dos dessas jazidasno entorno da Capi-tal alagoana. Bene-ficiado na Unidadede Processamentode Gás Natural(UPGN), instalada

na Chã do Pilar, o gás étransformado para abasteceras indústrias em Alagoas, Ser-gipe, Bahia e Pernambuco.Dos 2 milhões de metros cú-bicos, 1,8 milhão viram gás

industrial.Os 200 mil metros cúbicos

restantes são usados para aprodução de 160 toneladas deGás Liquefeito do Petróleo(GLP), o conhecido gás de co-zinha, o que equivale a 12 milbotijões de gás de 13 quilospor dia. Finalmente, no bene-ficiamento do gás natural,ainda sobram 28 mil litros degasolina por dia.

A “promissora” viagemque as “sondas inteligentes”realizam pelas profundezasdas terras alagoanas estimu-la novas aventuras. No ma-peamento geológico do Esta-do, há áreas incluídas que an-tes não se imaginava pudes-se representar algo mais quesimples caatinga. “É uma si-tuação, sem dúvida, privile-giada”, atesta o geólogo JoséAlcoforado, ao se referir aosubsolo alagoano.

AA2266 Domingo, 17 de outubro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

Economia JORNALO JORNALO

Todos os

dias, são

extraídos

2 milhões

de metros

cúbicos

Lula Castello Branco

Page 26: OJORNAL 17/10/2010

O novo Índice Nacionaldos Preços de Imóveis, que ogoverno pretende lançar em2011, deverá ter outra finali-dade além do monitoramen-to do setor imobiliário paraevitar bolhas. Ele poderá serutilizado como índice deatualização monetária do va-lor das garantias dos imóveisfinanciados, nos balanços dosbancos.

Atualmente, se utiliza omesmo indexador do contra-to habitacional, a TR (Taxa

Referencial).O entendimento de técni-

cos do governo e do setor pri-vado é que a TR não é um ín-dice adequado, pois nãoguarda qualquer relação como comportamento real dos va-lores dos imóveis.

Além disso, em um am-biente de instabilidade, podegerar distorções e esconderproblemas nos balanços dasinstituições financeiras.

A substituição da TR pelonovo índice não terá impac-

to para os mutuários, pois oscontratos continuarão sendocorrigidos pelo indexadorcontratado, atualmente a TR.O efeito seria apenas doponto de vista contábil nosbalanços dos bancos.

Segundo técnicos envol-vidos nas discussões, a ado-ção de um índice de preçospara corrigir os balanços dosbancos poderia ter evitado,por exemplo, os problemascom financiamentos imobi-liários no período de hipe-

rinflação, antes da implanta-ção do Plano Real, em julhode 1994.

Naquela época, os balan-ços dos bancos informavamque os créditos estavam am-parados com folga pelas res-pectivas garantias (imóveisfinanciados) - o que não con-dizia com a realidade.

O valor dos imóveis nemde longe acompanhava os ín-dices de inflação e o preçoreal valor do imóvel era mui-to inferior ao saldo devedor.

Para o segundo semestredeste ano, os bancos reserva-ram nada menos que R$ 41bilhões para o financiamen-to imobiliário. Trata-se deum recorde absoluto, quedeve somar até dezembronada menos que R$ 76 bi-lhões. Com tanto dinheirodisponível no mercado,quem ganha é o consumi-dor, que encontra taxas dejuros baixas e facilidadespara tomar o empréstimo,porém, antes de ir às com-pras, é preciso tomar algunscuidados importantes. Con-sultamos o advogado Lean-dro Pacífico, da AssociaçãoBrasileira dos Mutuários deHabitação (ABMH), que noselecou as seguintes dicas:

1 - Compre e pague umimóvel primeiro para depoisadquirir um maior.

2 - Use todo o saldo quetiver no FGTS (Fundo deGarantia por Tempo deServiço) como entrada, di-minuindo o valor financia-do.

3 - Poupar por um ano ovalor equivalente ao que pa-garia no financiamento.Usando este valor poupado

como entrada, isto reduzirádois anos de financiamentoou. Também poderá reduziro valor das prestações men-sais, neste caso, o impactoserá menor.

4 - Opte por um plano decorreção com índices queacompanhem a evolução desalário, normalmente comreajuste anual. O IPC (Índicede preços ao Consumidor)é o índice oficial utilizadona correção da datas-basedos empregados da iniciati-va privada. Buscar financia-mentos atrelados ao IPC ouINPC (Índice Nacional dePreços ao Consumidor) é amelhor alternativa existen-te hoje.

5 - Não comprometamais do que 15% da rendamensal com a primeira pres-tação. Isto acarretará emuma folga para que, duran-te o financiamento, elevenha a comprometer até30% sem lhe tornar um ina-dimplente.

6 - A cada dois anossaque o FGTS e amortizeparte do saldo devedor parase livrar mais rápido da dí-vida. Este prazo é o mínimopermitido por lei.

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Material de construção já é importado da ChinaA casa do brasileiro tem

ganhado toques cada vezmais internacionais. Depoisda invasão de eletroeletrôni-cos, agora são os materiaisde construção que atraves-sam o oceano para montar edecorar as residências nacio-nais. Do aço usado para le-vantar o imóvel aos mate-riais de acabamento, comoportas, pisos, fechaduras elouças sanitárias, tudo temsido comprado no exterior.

A casa do brasileiro temganhado toques cada vezmais internacionais. Depoisda invasão de eletroeletrôni-cos, agora são os materiaisde construção que atraves-sam o oceano para montar edecorar as residências nacio-nais. Do aço usado para le-vantar o imóvel aos mate-riais de acabamento, comoportas, pisos, fechaduras elouças sanitárias, tudo temsido comprado no exterior.

Entre as mercadoriasmais compradas, principal-mente na China e Índia,estão as pastilhas de vidropara fachadas de prédios,portas, fechaduras e metaise louças sanitárias. Outroproduto muito procurado noexterior é a cerâmica e o por-celanato - na última compra,a Héstia trouxe 15 contêine-res de porcelanato. Segundoo presidente da AssociaçãoPaulista das Cerâmicas de

Revestimentos, João OscarBergstron Neto, em 2004 ovolume de importação de ce-râmica da China era de 500mil metros quadrados (m²).Em 2010, já são 20 milhões dem² - aumento de 3.900%.

As importações têm aju-dado a evitar uma explosãode preços. Mesmo assim, atésetembro, o índice que medea variação dos preços dosmateriais de construção tevealta de 6,94%.

Recursos extras devem amortizar financiamentoPara advogado Leandro

Pacífico, da AssociaçãoBrasileira dos Mutuários deHabitação (ABMH), os con-sumidores que financiaremum imóvel devem guardarrecursos extras - como férias

vencidas, 13º salário ou ou-tros - para amortizar o saldodevedor do financiamento.“Não compensa manter umapoupança, já que ela rendeapenas TR (Taxa Referencial)+ 6% ao ano de correção e

juros. Já o seu contrato definanciamento custa TR + 8a 12% ao ano.

Ele diz ainda que o inte-ressado deve usar o 13º sa-lário para amortizar o saldodevedor. “Lembre-se sem-

pre que um financiamento éempréstimo de dinheiro ajuros e quanto mais rápidodevolver o dinheiro empres-tado, menos juros irápagar”, explica Luciano Pa-cífico.

Índice de imóveis atualizarábalanços e substituirá a TR

JORNALO JORNALO

Domingo, 17 de outubro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

ImobiliárioAA2277

Imóveis.com

EM FOCO

ERRATA

Na semana passada, cometemos umerro ao incluirmos Teixeira no sobrenomede Antonio Mariano Gulden Gravatá,gerente-geral da Agência Jatiúca, da CaixaEconômica Federal. Quem gentilmente nosalertou sobre o erro foi Lilian Gravatá, es-posa do nosso amigo. Mariano continua in-ternado na UTI Neuro da Santa Casa deMaceió após sofrer um acidente vascularcerebral. Continuamos torcendo pela suarecuperação.

Theodomiro Jr. [email protected]

QUEM PAGA A CONTA?Tornar obrigatório a instalação de equipamentos de segu-

rança em escadas de condomínios residenciais, assim como emacessos rolantes e esteiras é o que propõe o Projeto de Lei (PL)7589/10, em tramitação na Câmara Federal. A proposta tam-bém prevê a obrigatoriedade da instalação de equipamentos deacessibilidade. O autor do projeto é o deputado Vital do RêgoFilho (PMDB-PB). De acordo com a proposta, as escadasrolantes deverão ter barreiras de metal que impeçam a pas-sagem de carrinho de bebê ou de carrinho com criança. No quediz respeito às esteiras, a proposta prevê a instalação de travasde metal que se encaixem nos carrinhos de compras. Já as es-cadas e rampas deverão ter corrimãos em cada trecho. O pro-posta é bom só tem um problema: quem vai pagar a conta?

RESIDENCIAL PÁTIO 1

A Contrato Engenharia lançou neste final de sema-na o Residencial Pátio, um empreendimento que devebombar nas vendas. Motivo? O empreendimento ficaliteralmente ao lado do Shopping Pátio, na AvenidaMenino Marcelo.

RESIDENCIAL PÁTIO 2

O Residencial Pátio será composto por 384 aparta-mentos distribuídos em 03 torres com 17 pavimentospor torre, sendo 1 Pilotis e 16 Pavimentos Tipo. CadaPavimento Tipo será composto por 08 apartamentos eárea comum. São três tipos de plantas, medindo51,48m2, 53,05m² e 51,67m². As unidades possuem salade estar/jantar, dois quartos sendo, uma suíte, um bwcsocial e cozinha americana/serviço.

JOVENS CLIENTES

Uma fatia da sociedade vem se destacando na aqui-sição de imóveis financiados. O grupo de pessoas commenos de 35 anos responde pela maior fatia dos finan-ciamentos habitacionais assinados na Caixa EconômicaFederal. Enquanto em 2000 os jovens representavam51% dos contratos, hoje eles já respondem por 58,3%das negociações concretizadas no País.

DEMOLIU, FOI PUNIDO

O empresário Francisco Barbosa foi condenado aum ano e dois meses de reclusão e multa por crimeambiental por ter demolido imóvel tombado pelaUnião, no município de Penedo. A decisão tem funda-mento na Lei 9.605/98 (art 62, II) e atende à denúnciaoferecida pelo Ministério Público Federal em Alagoas,encaminhada à Justiça alagoana em 2008. É, até parademolir um imóvel é preciso cuidado hoje em dia.

EM PENEDO

O empresário Francisco Barbosa alegou que o imó-vel teria desabado, mas a perícia no local confirmou ademolição. A pena privativa de liberdade foi substituí-da por duas penas restritivas de direito, na forma deserviços à comunidade e prestação pecuniária.

“VAI FALTAR DINHEIRO”

Os brasileiros gastaram até 43,9% a mais com con-sórcios em agosto deste ano em comparação com omesmo mês de 2009. O maior aumento foi constatadono setor de eletroeletrônicos e outros bens móveis du-ráveis, cujo valor médio desembolsado subiu de R$2.648 para R$ 3.811, conforme a Associação Brasileirade Administradoras de Consórcios (Abac).

FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO

JO

RN

AL

Especialista explicacomo agilizar aquitação de dívidaPlanejar pagamentos avulsos é dica importante

Page 27: OJORNAL 17/10/2010

AA2288

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Estou chegando, elite!Contra o São Domingos, CSA define hoje se volta ou não à Primeira Divisão do Alagoano

Luciano MilanoRepórter

O torcedor azulino acordouhoje eufórico com o provável re-torno do CSAà Primeira Divisãodo futebol alagoano. Nas hos-tes azul e branco do Mutange,não se fala em outro resultadodiante do São Domingos, às 16hde hoje, no Estádio Rei Pelé, quenão confirme a classificação doclube para a Primeira Divisãodo futebol alagoano em 2011.Rebaixado pela segunda vez nadécada, o CSA pode até perderpor 3 gols de diferença que,mesmo assim, carimba sua vagana elite do Estado na próximatemporada. Por outro lado, seperder por quatro ou mais gols,o time do técnico Lino amarga-ria a permanência na Segundona

local, o que seria mais uma tra-gédia na gloriosa história de 37títulos em Alagoas.

"Esse é o momento ondetodos nós azulinos temos queos unir e lotar o Rei Pelé paraempurrar a equipe rumo à clas-sificação e retorno à PrimeiraDivisão em 2011. Apesar da vi-tória semana passada com certavantagem, não há nada ganho.Sabemos que o São Domingosvai querer reverter a situação,mas estamos prontos para a ba-talha", declarou o vice-presi-dente de futebol Cícero Eugênio.

Para a partida, o técnico Linodeverá fazer somente uma altera-ção em relação ao time titular quejogou na semana passada: será oretorno do zagueiro Sinval, queentra no lugar de Carlos Diogo.Ao lado de Serginho, Everlan e

Paulinho, Sinval chegou atrasa-do na concentração para o jogocontra Sete de Setembro, na fasede classificação a Segundona.Após esse episódio, o zagueiroficou como opção.

"É mais um momento histó-rico para o futebol alagoano epara o CSA. Um clube da gran-deza deste aqui não poderia dis-putar a Segunda Divisão, respei-tando os adversários. Se o Linooptar por mim, estarei prontopara ajudar", declarou Sinval.

Mesmo sem ser originaria-mente da posição, o meio-campista Marco Antônio deveser mantido na lateral-esquer-da, setor onde jogou e chegouaté a marcar um gol na vitóriapor 3x0 também no Rei Pelé.

CSA - Jéferson; Celso,

Toninho, Sinval e MarcoAntônio; Anderson, Serginho,Lau e Everlan; Paulinho

Macaíba e Catanha.

SÃO DOMINGOS -

Elisandro; Jorginho, Sabará,Laerson e Gel; Neto, Isac, Conae Rildo; Nailton e Adriano.

JORNALO JORNALO

Domingo, 17 de outubro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

Es ortesp

HHoojjee **((HHoorráárriiooss ddee BBrraassíílliiaa))

Campeonato Brasileiro

16h00 Guarani x Corinthians

16h00 Atlético-MG x Avaí

16h00 Grêmio x Cruzeiro

16h00 Atlético-GO x Vasco

16h00 Vitória x Grêmio Prudente

18h30 São Paulo x Santos

18h30 Palmeiras x Ceará

18h30 Fluminense x Botafogo

CCaammppeeoonnaattoo BBrraassiilleeiirroo -- SSéérriiee CC

10h00 Paysandu-PA x Salgueiro

CCaammppeeoonnaattoo BBrraassiilleeiirroo -- SSéérriiee DD

17h00 Joinville x América-AM

18h00 Guarany-CE x Vila Aurora

CCaammppeeoonnaattoo FFrraannccêêss

13h00 Lorient x Valenciennes

13h00 Lens x Rennes

17h00 Lyon x Lille

CCaammppeeoonnaattoo AArrggeennttiinnoo -- AAppeerrttuurraa

15h00 Olimpo x Lanús

17h00 Boca Juniors x Huracán

19h10 Racing Club x Argentinos Juniors

21h20 Godoy Cruz x River Plate

CCaammppeeoonnaattoo IInnggllêêss

10h30 Everton x Liverpool

13h00 Blackpool x Manchester City

CCaammppeeoonnaattoo AAlleemmããoo

11h30 Kaiserslautern x Eintracht Frankfurt

13h30 Hoffenheim x Borussia M�gladbach

CCaammppeeoonnaattoo EEssppaannhhooll

13h00 Racing Santander x Almería

13h00 La Coruña x Osasuna

13h00 Levante x Real Sociedad

13h00 Mallorca x Espanyol

15h00 Athletic Bilbao x Zaragoza

17h00 Sporting de Gijón x Sevilla

CCaammppeeoonnaattoo IIttaalliiaannoo

08h30 Cagliari x Internazionale

11h00 Brescia x Udinese

11h00 Catania x Napoli

11h00 Cesena x Parma

11h00 Juventus x Lecce

11h00 Palermo x Bologna

11h00 Sampdoria x Fiorentina

16h45 Bari x Lazio

Amanhã

CCaammppeeoonnaattoo IInnggllêêss

17h00 Blackburn Rovers x Sunderland

CCaammppeeoonnaattoo EEssppaannhhooll

17h00 Hércules x Villarreal

Terça-feira

Campeonato Brasileiro - Série B

19h30 Ponte Preta x Bragantino

19h30 São Caetano x Portuguesa

19h30 Brasiliense-DF x Ipatinga-MG

19h30 Guaratinguetá x Icasa

21h00 Figueirense x Bahia

21h00 Coritiba x Vila Nova-GO

21h50 Náutico x Paraná Clube

21h50 América-MG x ASA

21h50 América-RN x Santo André

21h50 Duque de Caxias x Sport

CCooppaa SSuull--AAmmeerriiccaannaa

20h20 Independiente x Defensor Sporting

23h00 LDU x Unión San Felipe

LLiiggaa ddooss CCaammppeeõõeess

14h30 Spartak Moscow x Chelsea

16h45 Roma x Basel

16h45 Bayern de Munique x Cluj

16h45 Olympique x Zilina

16h45 Ajax x Auxerre

16h45 Real Madrid x Milan

16h45 Braga x Partizan Belgrado

16h45 Arsenal x Shakhtar Donetsk

Quarta-feira

CCooppaa SSuull--AAmmeerriiccaannaa

20h30 Peñarol x Goiás

22h00 Palmeiras x Universitario de Sucre

22h00 Independiente Santa Fe x Atlético-MG

CCooppaa ddoo NNoorrddeessttee

21h00 Vitória x Ceará

LLiiggaa ddooss CCaammppeeõõeess

16h45 Internazionale x Tottenham

16h45 Twente x Werder Bremen

16h45 Schalke 04 x Hapoel Tel Aviv

16h45 Lyon x Benfica

16h45 Rangers x Valencia

16h45 Manchester United x Bursaspor

16h45 Panathinaikos x Rubin Kazan

16h45 Barcelona x Kobenhavn

Quinta-feira

CCooppaa SSuull--AAmmeerriiccaannaa

20h15 Avaí x Emelec

21h45 San José x Newell�s Old Boys

LLiiggaa EEuurrooppaa

15h00 Zenit x HNK Hadjuk

15h00 Anderlecht x AEK

15h00 Young Boys x Odense

15h00 Stuttgart x Getafe

15h00 Metalist x Sampdoria

15h00 Debreceni x PSV

15h00 Borussia Dortmund x PSG

15h00 Karpaty x Sevilla

15h00 Utrecht x Steaua Bucareste

15h00 Napoli x Liverpool

15h00 CSKA Sofia x Rapid Viena

15h00 Besiktas x Porto

17h05 Manchester City x Lech

17h05 Salzburg x Juventus

17h05 Atlético de Madri x Rosenborg

17h05 Aris x Bayer Leverkusen

17h05 Sporting x Gent

17h05 Lille x Levski Sofia

17h05 Villarreal x PAOK

17h05 Dinamo Zagreb x Club Brugge

17h05 Sheriff x BATE Borisov

17h05 AZ x Dynamo de Kiev

17h05 Palermo x CSKA Moscow

17h05 Sparta Praga x Lausanne

Sexta-feira

CCaammppeeoonnaattoo BBrraassiilleeiirroo -- SSéérriiee BB

21h00 Santo André x Ponte Preta

21h00 Guaratinguetá x São Caetano

21h00 Duque de Caxias x América-MG

CCaammppeeoonnaattoo AArrggeennttiinnoo -- AAppeerrttuurraa

20h20 Arsenal Sarandí x Godoy Cruz

22h20 Vélez Sarsfield x Estudiantes

CCaammppeeoonnaattoo PPoorrttuugguuêêss

17h15 Acadêmica x Nacional da Madeira

CCaammppeeoonnaattoo AAlleemmããoo

16h30 Hamburgo x Bayern de Munique

GUIA DO TORCEDORAATTLLÉÉTTIICCOO MMIINNEEIIRROO xx AAVVAAÍÍ

Hoje, Arena do Jacaré, 16h

ATLÉTICO MINEIRO - Problemas - Diego Tardelli (machucado, dúvida), Leandro (machucado), Ricardinho (machucado), Fabiano(machucado) - Time provável (4-3-1-2) - Renan Ribeiro, Rafael Cruz, Werley, Réver e Fernandinho; Zé Luís, Ale, Serginho eDiego Souza; Daniel Carvalho e Obina. Técnico: Dorival Júnior.AVAÍ - Problemas - Gabriel (machucado), Sandro (machucado) - Time provável (4-2-3-1) - Renan, Patrick, Émerson, ÉmersonNunes e Eltinho; Rodrigo e Rudinei; Caio, Robinho e Jéferson; Roberto. Técnico: Vágner Benazzi.ARBITRAGEM - Héber Roberto Lopes (PR); Altemir Hausmann, José Amílton Pontarolo.

GGRRÊÊMMIIOO xx CCRRUUZZEEIIRROO

Hoje, Olímpico, 16h

GRÊMIO - Problemas - Souza (machucado), Borges (machucado), André Lima (machucado, dúvida) - Time provável (4-3-1-2)- Victor, Gabriel, Paulão, Rafael Marques e Fábio Santos; Vílson, Fábio Rochemback, Lúcio e Douglas; Jonas e Diego. Técnico:Renato Gaúcho.CRUZEIRO - Problemas - Montillo (machucado, dúvida), Diego Renan (amidalite, dúvida), Leonardo Silva (machucado) - Timeprovável (4-3-1-2) - Fábio, Jonathan, Caçapa, Edcarlos e Pablo; Henrique, Marquinhos Paraná, Fabrício e Roger; Thiago Ribeiroe Wellington Paulista. Técnico: Cuca.ARBITRAGEM - Paulo César de Oliveira (SP); Roberto Braatz, Fabrício Vilarinho da Silva.

GGUUAARRAANNII xx CCOORRIINNTTHHIIAANNSS

Hoje, Brinco de Ouro, 16h

GUARANI - Problemas - Ricardo Xavier (machucado) - Time provável (4-2-3-1) - Douglas, Rodrigo Heffner, Fabão, Aílson eFabiano; Renan e Paulo Roberto; Reinaldo, Barboza e Mário Lúcio; Mazola. Técnico: Vágner Mancini.CORINTHIANS - Problemas - Alessandro (machucado), Jucilei (machucado, dúvida), Boquita (terceiro cartão), Bruno César(machucado), Jorge Henrique (machucado), Dentinho (machucado) - Time provável (4-2-3-1) - Júlio César, Moacir, Chicão,William e Roberto Carlos; Ralf e Paulinho; Iarley, Elias e Danilo; Ronaldo. Técnico: Fábio Carille.ARBITRAGEM - Sálvio Spínola (SP); Ednílson Corona, Osny Antônio Silveira.

FFLLUUMMIINNEENNSSEE xx BBOOTTAAFFOOGGOO

Hoje, Engenhão, 18h30

FLUMINENSE - Problemas - Fred (machucado), Belletti (machucado), Fernando Henrique (machucado), Deco (machucado) -Time provável (3-4-1-2) - Rafael, Mariano, Gum, Leandro Eusébio e Carlinhos; Diogo Diguinho, Marquinho e Conca; Émer-son e Washington. Técnico: Muricy Ramalho.BOTAFOGO - Problemas - Fabio Ferreira (machucado), Herrera (machucado), Maicosuel (machucado) - Time provável (3-4-1-2) - Jéferson, Leandro Guerreiro, Danny Morais e Antônio Carlos; Alessandro, Marcelo Mattos, Somália e Marcelo Cordeiro;Lúcio Flávio; Jóbson e Loco Abreu. Técnico: Joel Santana.ARBITRAGEM - Djalma Beltrami (RJ); Dibert Pedrosa, Ediney Guerreiro Mascarenhas.

PPAALLMMEEIIRRAASS xx CCEEAARRÁÁ

Hpje, Arena Barueri, 18h30

PALMEIRAS - Problemas - Marcos (machucado), Vítor (machucado), Valdivia (machucado, dúvida), Pierre (machucado, dúvi-da), Kléber (expulso), Maurício Ramos (machucado, dúvida) - Time provável (4-2-3-1) - Deola, Márcio Araújo, Danilo, Fabrícioe Gabriel Silva; Edinho e Marcos Assunção; Tinga, Lincoln e Rivaldo; Dinei. Técnico: Luiz Felipe.CEARÁ - Problemas - Washington (emprestado pelo Palmeiras), Marcelo Nicácio (machucado) - Time provável (4-3-1-2) - MichelAlves, Boiadeiro, Ânderson, Fabrício e Vicente; Heleno, João Marcos, Michel e Geraldo; Misael e Magno Alves. Técnico: DimasFilgueiras.ARBITRAGEM - Rodrigo Nunes de Sá (RJ); Márcia Lopes Caetano, Luiz Muniz de Oliveira.

SSÃÃOO PPAAUULLOO xx SSAANNTTOOSS

Hoje, Morumbi, 18h30

SÃO PAULO - Problemas - Jorge Wágner (machucado), Casemiro (amidalite, dúvida), Xandão (machucado) - Rogério, Jean,Alex Silva, Miranda e Diogo; Richarlyson e Rodrigo Souto; Lucas, Dagoberto e Fernandinho; Ricardo Oliveira. Técnico: PauloCésar Carpegiani.SANTOS - Problemas - Léo (machucado), Felipe (machucado), Bruno Rodrigo (machucado), Rodriguinho (machucado),Marquinhos (machucado), Paulo Henrique Ganso (machucado), Marcel (machucado) - Time provável (4-3-1-2) - Rafael, Pará,Edu Dracena, Durval e Alex Sandro; Roberto Brum, Danilo, Arouca e Alan Patrick; Neymar e Zé Eduardo. Técnico: MarceloMartelotte.ARBITRAGEM - Sandro Meira Ricci (DF); Émerson Augusto de Carvalho, Márcio Luiz Augusto.

VVIITTÓÓRRIIAA xx PPRRUUDDEENNTTEE

Hoje, Barradão, 18h30

VITÓRIA - Problemas - Thiago Martinelli (terceiro cartão), Neto Coruja (terceiro cartão), Uéllinton (cumpre expulsão contra oSão Paulo), Jonas (machucado), Eduardo (machucado), Elkesson (machucado, dúvida) - Time provável (4-3-1-2) - Viáfara, Nino,Wallace, Ânderson Martins e Rafael Cruz; Vânderson, Bida, Ramon e Jackson; Adaílton e Júnior. Técnico: Antônio Lopes.

PRUDENTE - Problemas - Marcelo Oliveira (machucado), Rodrigo Mancha (machucado), Rafael Martins (machucado), Hugo(machucado), Leonardo (machucado) - Time provável (4-3-1-2) - Giovanni, Bruno Ribeiro, Ânderson Luís, Diego e ArthurHenrique; Ânderson Pedra, Roberto, João Vítor e Adriano Pimenta; William e Wesley. Técnico: Fábio Giuntini.ARBITRAGEM - Edivaldo Elias da Silva (PR); Ivan Carlos Bohn, José Carlos Dias Passos.

*Horários de Brasília

AGENDA

EEqquuiippee PPGG JJ VV EE DD GGPP GGCC SSGG %%1º Cruzeiro 54 29 15 9 5 39 26 13 62%2º Fluminense 52 29 15 7 7 49 31 18 60%3º Corinthians 49 29 14 7 8 52 38 14 56%4º Santos 48 29 14 6 9 48 35 13 55%5º Internacional 47 29 14 5 10 35 28 7 54%6º Botafogo 44 29 10 14 5 42 32 10 51%7º Atlético-PR 43 29 12 7 10 31 35 -4 49%8º Grêmio 43 29 11 10 8 48 36 12 49%9º Palmeiras 43 29 10 13 6 35 29 6 49%

10º São Paulo 41 29 11 8 10 39 40 -1 47%11º Vasco 41 29 9 14 6 34 30 4 47%12º Ceará 38 29 9 11 9 24 29 -5 44%13º Guarani 34 29 8 10 11 31 43 -12 39%14º Flamengo 34 29 7 13 9 30 32 -2 39%15º Vitória 31 29 7 10 12 32 40 -8 36%16º Avaí 30 29 7 9 13 39 46 -7 34%17º Atlético-GO 29 29 8 5 16 39 47 -8 33%18º Atlético-MG 28 29 8 4 17 35 51 -16 32%19º Goiás 28 29 7 7 15 32 48 -16 32%20º G.Prudente 21 29 5 9 15 28 46 -18 28%

TTAABBEELLAA DDOO BBRRAASSIILLEEIIRROO

SSÉÉRRIIEE AA

Marco Antôniovai jogar na lateral-esquerda

AAttuuaalliizzaaddaa aanntteess ddooss jjooggooss ddee oonntteemm

Marco Antônio

Page 28: OJORNAL 17/10/2010

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JORNALO LO

DoisJORNA

Domingo, 17 de outubro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || ee--mmaaiill:: ccuullttuurraa@@oojjoorrnnaall--aall..ccoomm..bbrr BB11

Com 34 anos de carreira, três CDs gravados - além da participação em diversos trabalhos de artistas nacionais- e às vésperas de gravar um DVD, cantor e compositor é uma das referências no universo musical em Alagoase fora dela. Responsável pela formação de muitos músicos no Estado, o violonista tem hoje a sua trajetória con-tada nas próximas páginas do Caderno Dois

Ibys Maceioh

PÁGINAS B2, B3, B7 E B8.

Larissa Fontes / Estagiária

Page 29: OJORNAL 17/10/2010

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JORNALO JORNALOVariedadesDomingo, 17 de outubro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected] BB22

Ibys Maceioh deixou Porto Calvo, a cidade onde nasceu, para dar asas na capital de Alagoas ao seu sonho de infância de cantar e tocar violão

Músico subiu ao palco do Teatro Deodoro para comemorar 34 anos de história na música lançando um álbum com a seleção do repertório de sua trajetória

Elô Baêta

Repórter

Ele nasceu na histórica ealagoana Porto Calvo. Lácresceu, correu, brincou.

Mas algo parecia o diferenciar- ao menos no seu íntimo - dosoutros pequeninos de calçascurtas. Um desejo acalentado,batendo-lhe no peito como secom ele tivesse nascido, dis-tante passava das peraltices domundo dos inocentes: postaros dedos no violão e meter-sea tocar como gente grande. Elá estava ele, compenetrado noseu sonho, em meio às serestase modas de viola que davam osom a sua cidade, a devorarcada toque, cada tom, cada tim-bre, com os olhos vidrados,como se participante fosse damelhor das brincadeiras decriança.

Tendo de deixar para trás asua cidade-mãe e partir para acapital Maceió, jamais deixoude tocar para frente o seu idealde ser um músico, um violonis-ta. E começou a botar as mãosna massa - ou melhor, no vio-lão - através dos ensinamentosde mestre de Zé Romeiro, dis-cípulo de Dilermando Reis. Foicom ele que aprendeu muitosdos segredos e manhas do ins-trumento a tanto acalentadonos seus sonhos.

Foi com o violão que ele

não só conheceu como se ins-pirou em vários ritmos; dosamba ao xaxado; da bossa-nova ao blues; do coco à mú-sica clássica, ao jazz.... Foi peloviolão que ele entrou noitesadentro enfiado nos estudossobre ele e debruçado nas par-tituras para melhor explorá-loe passar adiante tudo o quesabia no futuro. Foi o violãoque o levou à garoa, de braçosabertos para ele, de São Paulopela primeira vez - e que porlá ainda continua sendo muitobem-recebido como um respei-tável músico das Alagoas.

Foi com o violão que cons-truiu uma obra musical comidentidade própria. Foi atra-vés do violão que passou a daruma sonoridade peculiar àsapresentações em emissoras derádio, em noites de bailes e emshows em clubes maceioenses.Foi pelo violão que trocou oseu nome pouco incomum debatismo, Valmiro Pedro daCosta, tornando-se artística emusicalmente conhecido e res-peitado como Ibys Maceioh(antes grafado Íbis Maceió). Eisum sonho de menino que seconcretizou. Eis um homem,hoje um artista, que se conso-lidou e que já tem completos 34anos de história na música,local e nacional.

Continua nas páginas B3, B7 e B8.

Uma ideia na CABEÇAe um VIOLÃO na mão

Fotos: Divulgação

Circo (*)

Meu mundo é feito um circo,Que sobrevive sem plateia,Armado por longos mastros,

De canetas azuis que sustentamBrancas lonas de papel pautado.

Nada de mágico, nada engraçado,Feito os palhaços, nada de luzes,

Multiformes, cores mil, nada!

É só um circo, ao centro o palcoE a corda bamba sempre a sacudir,Pinto minha face de cinza chumbo,

E contraceno mudo,Sem música ao fundo, riscando tudo

Com palavras soltas.

Feras que domo, quando tomoUm bocado de tristeza

E faço da solidãoA destreza para retê-las comigo.

Nada de mágico, Nada engraçado,

Feito os palhaços,Nada de luzes

Multiformes, cores mil,Nada!

É só um circo...

Música de autoria de Ibys Maceioh em parceria comRogério Noia da Cruz que compõe o CD “Pequenoensaio de um poeta em construção”.

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06h00 - Info09h30 - Brasil Caminhoneiro10h00 - Info11h00 - Que Dureza11h30 - Liga dos Campeões Magazine12h00 - Horário Eleitoral12h20 - Band Esporte Clube (Continuação)14h30 - Campeonato Brasileiro17h00 - Terceiro Tempo18h30 - O Formigueiro 19h30 - Horário Eleitoral19h50 - Família Dinossauros20h10 - Domingo no Cinema

- A Razão do Meu Afeto22h15 - Busão do Brasil22h30 - Canal Livre23h30 - Mundo Fashion00h00 - Show Business00h45 - Cine Band

- A Última Aposta02h45 - Vida Vitoriosa

Variedades

TTVV AABBEERRTTAAEDUCATIVA Canal 3

01h15 - IURD04h25 - Bíblia em Foco04h55 - Desenhos Bíblicos 05h45 - Nosso Tempo - IURD06h15 - Desenhos Bíblicos07h00 - Record Kids08h00 - Ponto De Luz09:00 - Informativo Cesmac09h30 - Conexão 10h00 - Alagoas Da Sorte 11h00 - Tudo É Possível12h00 - Horário Eleitoral

- Presidência da Republica

12h20 - Horário Eleitoral - Governador

12h40 - Tudo É Possível15h00 - Programa Do Gugu 19h00 - Domingo Espetacular19h30 - Horário Eleitoral

- Presidência da Republica19h50 - Horário Eleitoral

- Governador22h00 - A Fazenda23h00 - Serie Heroes00h15 - IURD

TV GAZETA04h45 - Santa Missa 05h45 - Sagrado05h55 - Gazeta Rural 06h25 - Pequenas Empresas06h57 - Globo Rural08h00 - Auto Esporte08h30 - Esporte Espetacular 11h30 - Aventuras do Didi12h00 - Horário Político I

- Presidente 12h20 - Horário Político I

- Governador12h40 - Os Caras de Pau13h15 - Temperatura Máxima

- Beethoven 214h45 - Globo Notícia

15h00 - Futebol 2010- Campeonato Brasileiro:

Atlético GO x Vasco 17h00 - Domingão do Faustão19h30 - Horário Político II

- Presidente19h50 - Horário Político II

- Governador 20h10 - Fantástico22h00 - Hipertensão 23h40 - Domingo Maior

- O Homem da Casa01h15 - Festival de Música SWU02h10 - Sessão de Gala

- Margot e o Casamento

Canal 7 TV BANDEIRANTES Canal 38

TV ALAGOASA emissora não forneceu sua sua programação.

Canal 5

TV PAJUÇARA Canal 11

05h00 - Via Legal05h30 - Brasil Eleitor06h00 - Palavras de Vida07h00 - Santa Missa08h00 - Viola Minha Viola09h00 - Campeonato Brasileiro Série C11h00 - ABZ do Ziraldo11h45 - Curta Criança12h00 - Horário Político

- Presidente (2º Turno)12h20 - Horário Político

- Governador (2º Turno)12h40 - Catalendas13h00 - Dango Balango13h30 - TV Piá14h00 - Stadium

15h00 - A'Uwê16h00 - Ver TV17h00 - De Lá pra Cá17h30 - Cara e Coroa18h00 - Papo de Mãe19h00 - Conexão Roberto D'Ávila19h30 - Horário Político

- Presidente (2º Turno)19h50 - Horário Político

- Governador (2º Turno)20h10 - EsportVisão21h30 - Nova África22h00 - Cine Ibermédia23h45 - A Grande Música00h45 - DOC TV01h45 - Curta Brasil

JORNALO JORNALO

BB33Domingo, 17 de outubro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

Agora, Maceioh surge com mais umtrunfo em mãos, nascido do sempre his-tórico encontro entre Música PopularBrasileira e poesia; bem pensado e bem-nutrido como sempre o são os sonhos an-tigos. Um sonho não de todo dele, masque dele fala com o orgulho de ser um dosparceiros e colaboradores tanto do traba-lho, o álbum Pequeno ensaio de um poeta emconstrução, quanto do seu autor e amigo,o poeta, cronista e compositor paulistaRogério Noia da Cruz & parceiros; mui-tos, tanto alagoanos quanto brasileiros.

Recente e já dando vistas de bem-vistoe bem-elaborado nos redutos do interiorpaulista por onde já passou para ser lan-çado, o disco chega provando, como dizElifas Andreato na sua contracapa, que:“Se as palavras têm a força do verbo e daverdade, a música toca a alma e brincacom as palavras...”. E é Ibys quem se portaao seu lado (de Rogério) abrindo esse en-contro poético musical com Circo.

Como amigo e camarada de da Cruz,Ibys fala sobre o álbum com simplicida-de, mas com a firmeza de um experienteartista. “É um disco eclético, com toadas,músicas africanas, sambas, em 14 poemasde autoria do Rogério musicados por mime por outros parceiros. Participar dele temmuita importância por ser um trabalhobem-elaborado, que envolve muitosnomes. Esperamos que chegue a maisgente, que atinja um público maior”, des-taca.

E é ele quem vem apresentando calo-rosamente Pequeno ensaio de um poeta emconstrução por aqui - cujo lançamento estáprevisto para o ano que vem - e o seuidealizador, que fundou e presidiu oGrupo Artístico e Cultural Vinícius deMoraes; que produziu muitos shows mu-sicais de poesias, como Coração noturno,de Pedro Paulo Zavagli, Pela fresta do co-tidiano, de Roberto de Oliveira...; e que é

o autor das já editadas obras poéticasFato, ato feito, Círculo contínuo, Antologiapoética G.A.C. Vinicius de Moraes, Poeta epoesia, Vida versada em samba e soneto eGirassol.

Com os dois pés nas Alagoas - sua fa-mília é do município de Água Branca -, da Cruz também fala sobre Ibys comoum dos convidados a participar do seumais recente trabalho e parceiro de lon-gos anos. “Além de termos vários tra-balhos juntos e dos tantos shows que fi-

zemos em São Paulo, em mais de 20 anosde parceria, o Ibys sempre me dá umrespaldo muito grande em Maceió. Éum músico de grande talento, grandecompositor e amigo. Tinha de marcarpresença nesse meu novo trabalho”, afir-ma, informando mais um show de lan-çamento do álbum, previsto para o dia11 de dezembro, no Sesc-São Paulo.(E.B.)

Continua nas páginas B7 e B8.

Divulgação

Musicando um poeta, volta à cena

CD conta com a participação do alagoano Ibys Maceioh na primeira faixa, intitulada Circo

Poeta e cronista, Rogério da Cruz buscou o apoio de antigos parceiros para musicar os poemas de sua autoria que compõem o novo álbum

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JORNALO JORNALO

BB44

Es açop

Continuamos hoje com o Sertão Glocal.Aparece o restante da apresentação realizadapelo José Marques de Melo e pela RossanaGaia. Colocamos, também, o começo de notas

escritas por um dos colaboradores do livro:Virgílio Wanderley Nepomuceno Agra. Muitose pode ver do passado do sertão no trecho quereproduzimos.

Sávio de Almeida

Umas poucas palavras

Domingo, 17 de outubro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: ojo

José Marques de Melo e Rossana Gaia

Este livro foi projetado como um teste-munho dos intelectuais orgânicos dadiáspora santanense, reavivando o

simbolismo diluído pelo tempo e esmaecidopelo espaço. Seus autores são majoritaria-mente escritores ou criadores que preserva-ram a memória glocalizada às margens doIpanema, transformando suas lembrançasem aluvião capaz de tornar perene o fluxohídrico do rio que corre no imagináriodaqueles que nasceram ou viveram na cida-de abençoada pela Senhora Santana.

Foram convocados para este mutirãotelúrico-afetivo representantes de váriasgerações, que podem ser identificadas atra-vés de três figuras emblemáticas. A geraçãodo começo do século comparece por inter-médio do nonagenário pediatra socialAguinaldo Nepomuceno Marques, que estácelebrando o cinquentenário do seu livro"Fundamentos do Nacionalismo". Por suavez, o ícone da geração do meio é o sexage-nário José Geraldo Wanderley Marques,ecólogo e poeta, cuja produção literária estáeivada do lirismo santanense e da nostalgiasertaneja. Finalmente, a nova geração apare-

ce por intermédio do argonauta que pilotasemanalmente a nave portadora das"Saudações Caetés"; Virgílio WanderleyNepomuceno Agra, apesar de forjado nosimbolismo objetivo da engenharia, preser-vou a verve literária e a subjetividade dosancestrais batavos, socializando suasimpressões do cotidiano via internet.

Atenderam prontamente ao nosso cha-mado outros intelectuais que, sem possuircidadania santanense, demonstram sensívelempatia pela cidade e suas personagens.São, por exemplo, os casos da pernambuca-na Magnólia Rejane Andrade dos Santos, ascariocas Renira Lisboa de Moura Lima eFlávia Campos Cerullo, bem como dos ala-goanos Luiz Sávio de Almeida, EdilmaBomfim, Enaura Quixabeira Rosa e Silva.Cada um desses solícitos colaboradores traza sua leitura da obra de um dos intelectuaissantanenses aqui destacados pela celebraçãode efemérides decorrentes dos respectivositinerários bibliográficos.

Na verdade, duas motivações se cruza-ram para nutrir este projeto. Uma, cronolo-gicamente datada, ou seja, a fundação doGinásio Santana, simbolizando a expansãodo ensino secundário alagoano, antes cir-cunscrito à capital, mas que o voluntaris-

mo dos fundadores da CampanhaNacional de Educandários Gratuitos trans-portou para o sertão. Desta maneira, alar-garam as fronteiras cognitivas de umageração ávida de oportunidades culturaispara ascender na escala social. Outra, pre-destinada a fazer História, na medida emque a universidade entreabre as portas dasociedade moderna aos sertanejos manie-tados por carências socioeconômicas.Trata-se de iniciativa que vai eclodir plena-mente no próximo decênio.

A promessa de "educação para todos"começa a adquirir vigência na abertura doCampus Sertão às margens do Ipanema.Jovens antes condenados a ocupar funçõessubalternas no estamento gerencial da socie-dade podem, pela competência adquiridanos umbrais da academia, galgar posiçõesde liderança e de comando.

Este foi o ponto de partida dos organiza-dores deste livro coletivo. Fruto de uma ins-tigante provocação do humanista Luiz Sáviode Almeida, a coletânea preenche uma lacu-na na biografia dos seus organizadores.Circunstancialmente desgarrados da comu-nidade que os fortificou culturalmente, umresidente em São Paulo e outra domiciliadaem Maceió, eles saldam uma dívida de gra-

tidão. Devolvem aos seus conterrâneos fatiado conhecimento que acumularam ao longodas respectivas carreiras acadêmicas.

Para tanto, contaram com a participaçãovoluntária de vários outros santanenses,além dos já mencionados, inclusive dois des-cendentes de santanense, como são os casosde Aída Bastos Marques e de MarcosMarques Pestana, além de pessoas quemoram na cidade e muito contribuíram noprocesso de busca de informações comoValquíria Maria Nascimento e Alberto Agra.Agradecemos ainda à Danuza Azevedo que,da Paraíba, nos enviou dados relevantes.

Luitgarde Cavalcanti Barros, Maria doSocorro Ricardo e Marcello RicardoAlmeida engrossam o cordão da diásporasituada ao sul das Alagoas. Djalma de MeloCarvalho, Maikel Marques, Lucia Nobre eVirgilio Agra formam o contingente dos quevivem em Maceió. Finalmente, José Pinto deAraújo é o único colaborador que tem os pésfincados às margens do Ipanema, emboracircule pelo universo glocal, integrando omutirão cenecista que espalha conhecimen-to na imensidão do território brasileiro.

A todos eles o nosso reconhecimentopelo apoio e, sobretudo, pela prontidãoque demonstraram ao produzir textos

cativantes em tão pouco tempo.Finalmente, o agradecimento àqueles queestiveram na retaguarda deste projeto: ohumanista Luiz Sávio de Almeida, quesuscitou a publicação deste livro, quandopublicou o ensaio "Diáspora intelectualsantanense, a vanguarda da terra espinho-sa" na seção dominical "O Espaço" de OJornal, Maceió, no dia 6/9/2009; bem comoos estadistas Márcio Pinto de Araújo eLuis Abílio de Sousa Neto, que nunca per-deram oportunidades, no exercício dopoder estadual, para fortalecer o ânimo dacomunidade santanense espalhada pelomundo afora.

Torna-se indispensável uma palavraefusiva, expressando o nosso agradecimen-to a toda a equipe da Universidade Federalde Alagoas (UFAL), que garante a publica-ção e a circulação do livro, bem como aosque integram a EDUFAL. Os organizado-res tem vínculos afetivos com a instituição,uma por ter sido aluna de diferentes cursosem diferentes momentos da vida acadêmi-ca e o outro por ser professor honoris causada instituição. Trabalhos assim nos fazemrepensar nossas origens e nos permitemretribuir um pouco do muito que UFALnos concedeu.

Apresentaçao (II)

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[email protected]

Quem é Zé MarquesUm encantado com sua terra e doutor de

evidência em sua área.

Virgílio Wanderley Nepomuceno Agra

Santana do Ipanema, cidade de aproximadamen-te 44.000 habitantes, lá no pedaço alagoano dosertão nordestino, no ponto em que o Riacho

Camoxinga encontra o Rio Ipanema, constitui-se,para os padrões da região, num pequeno polo. É lógi-co que, para chegar à condição atual, houve a influên-cia de diversos fatores que vão desde a atuação dedeterminados personagens da sua história até fatoresda geografia física da região. Explicar o motivo dorelativo sucesso dessa pequena cidade está muitoalém da minha condição, mas, pelo menos, contar ahistória de como foi a vida dos seus pioneiros, isso,eu posso tentar.

Desde os meus tempos de menino, quando estu-dava nas bancas do Instituto Sagrada Família, con-tavam-me que a história de Santana do Ipanemacomeçara com a chegada de uns caras que receberamuma sesmaria do rei e tal e coisa e coisa e tal.Consultando dados divulgados numa enciclopédiavirtual divulgada na grande rede (internet), descobria mesma história e essa conversa particularmente meincomoda, porque não existe nenhum lugar domundo cuja história comece com um documento emi-tido por "El Rey". Com licença da palavra, no mínimo,a historiografia oficial está se esquecendo do tempoem que essas terras eram o habitat das preguiças-gigantes e esquece também do tempo em que os nati-vos andavam pelados sem culpa nem pudor.

Curiosamente, a rua onde eu morava e onde tam-bém era situada a minha saudosa escola dos tempos decriança, a Avenida Martins Vieira recebera este nomeem homenagem a um dos pioneiros da cidade e queseria um dos beneficiados pela suposta concessão dasesmaria. Ora essa, a mesma história que nos é passadanas bancas escolares também nos ensina que mesmonos primórdios do Brasil colônia o sertão nordestino jávinha sofrendo a ocupação por parte de fazendeirosque substituíam a população indígena pela criação degado, de modo que sempre me pareceu que algumapeça não encaixava corretamente nesse quebra-cabeçasda história da minha cidade natal. O tempo passouaté que, recentemente, descobri que um artigo publi-cado em dezenove de março de 1971 no Diário dePernambuco pelo historiador alagoano Tadeu Rochadava conta que as terras que hoje abrigam Santana doIpanema faziam parte de uma propriedade denomi-nada "Fazenda Picada", cujo proprietário chamadoJoão Carlos de Melo vendeu-a em 1771 a MartinhoVieira Rego.

O artigo publicado por Tadeu era baseado na anti-ga escritura de compra e venda e graças a ela pudefazer algumas constatações: - Primeiro: MartinhoVieira Rego não foi o primeiro homem de descendên-cia europeia a ser o possuidor das terras onde nasceuSantana do Ipanema; - Segundo: o transmissor daposse das terras não era Rei de Portugal, aliás, a espo-sa de João Carlos de Melo, Dona Maria de Lima eraanalfabeta, qualidade nada interessante para umsuposto membro da nobreza; - Terceiro: minha ruahomenageou um cara com o nome errado.

Como história é algo que não tem começo nemfim, o curioso foi o desenrolar do negócio, poisenquanto Martinho Vieira Rego mudou o nome dapropriedade de "Fazenda Picada" para "FazendaRibeira do Panema", entrando para a história comoum dos pioneiros da criação da futura cidade, JoãoCarlos de Melo, segundo minha bisavó, morreuincógnito de uma picada de cobra jararaca numa pro-priedade que ele adquiriu em Olho d'Água da Cruz,nas proximidades de onde hoje é a cidade deCarneiros - AL.

A sede da antiga "Fazenda Picada", localizada aalguns quilômetros de Santana, rio acima, teve umdestino nada glorioso. No começo do século XX,transformou-se em local de retiro para os portadoresde varíola, doença que antigamente também era cha-mada de bexiga. Naquela época quem apresentava ossinais da doença era obrigado a transferir-se paraaquele lugar, por ser afastado da zona urbana, paranão contaminar os demais. Ricos e pobres, anônimose famosos, uma vez apresentando os sinais da doençaeram imediatamente afastados do convívio social e

iam morar na "Picada", caso se curassem voltariam,caso contrário...

Alberto Agra, meu tio, contou-me que até a déca-da de cinquenta ainda havia no local as ruínas de umacapelinha tosca e algumas catacumbas que acolheramaqueles cuja estada naquele lugar foi, lamentavel-mente, "o fim da picada".

Uma vez esclarecida a dúvida que eu tinha, sobrequem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha, voltei min-has atenções para um outro personagem que conside-ro importantíssimo para a história do lugar, o PadreFrancisco José Correia de Albuquerque. Natural dacidade de Penedo - AL, segundo alguns historiadoresdoutorou-se em Direito Canônico pela Universidadede Coimbra. Se ele realmente se formou em Coimbraou não eu não posso assegurar, afinal de contas eunão vi a cara dele no retrato da turma de formatura,mas uma coisa era certa "o cabra era preparado".Dotado de muita iniciativa e grande espírito de lide-rança o Padre Francisco Correia chegou à Ribeira doPanema em 1787 e caiu nas graças de um irmão deMartinho Vieira Rego que curiosamente chamava-seMartinho Rodrigues Gaia. Estranho? Pois é! Apesarde terem sobrenomes completamente diferentes umdo outro, segundo depoimentos prestados por anti-gos moradores da cidade os dois eram irmãos. Euacho que os pais deles deviam gostar muito do nome"Martinho" e por isso resolveram batizar logo dois fil-hos como o mesmo prenome.

Com apoio de Martinho Rodrigues Gaia o PadreFrancisco Correia construiu uma capela consagrada aSenhora Santa Ana, num platô próximo à foz doRiacho Camoxinga com o Rio Ipanema, junto a umpequeno cemitério que havia no lugar e de frente auma estradinha que existia paralelamente ao rio. Nãosei, e jamais poderei tirar essa dúvida, se os pioneirosque construíram a capela tinham a real ideia daimportância do local escolhido, ou mesmo se foi ummero acaso. Mas, acontece que naquela região há umconjunto de serras que começa na margem do rio e,esparramando-se na direção norte, entra no vizinhoestado de Pernambuco. De modo que, tanto as estra-das que procuravam contorná-las, como aquelas pou-cas que as atravessavam, convergiam exatamentepara a Ribeira do Panema. Sendo assim, aquele lugarera uma rota de passagem dos carreiros, conduzindoos seus carros de bois, como também dos almocrevesque tangiam suas tropas de burros, levando cargas desertão adentro, ou dele trazendo os seus produtos.

Em qualquer lugar do mundo a palavra poço sig-nifica um buraco no chão, profundo e estreito, deonde se obtém água. No sertão essa palavra tem tam-bém outro significado. Nos rios sertanejos as águascorrem apenas em algumas épocas do ano, no entan-to, passado o período das cheias, em alguns trechos aságuas permanecem acumuladas formando grandespoças e essas poças passaram a ser denominadas depoços. Em alguns desses "poços" formavam-se bancosde areia que serviam de passagem àqueles que atra-vessavam os rios nas épocas da seca ou no tempo emque as águas já haviam perdido em muito a sua força.Da confluência do Riacho Camoxinga com o RioIpanema formou-se um "poço" que desempenhou umimportante papel no surgimento e desenvolvimentoda cidade e que ficou conhecido como Poço do Juá.

Na época da seca o seu lado de montante sempretinha muita água, mas o lado oposto permitia umaótima travessia para carros de bois, tropas de burros,montarias e pessoas a pé. Quando chegava a época dascheias as águas do Ipanema corriam forte, arrastandotudo que tivesse na frente, mas ao chegarem ao Poçodo Juá as águas espalhavam-se, perdendo grande parteda sua força, garantindo assim condições que permi-tiam uma travessia mais segura com o emprego decanoas. Desse modo, o local tornou-se um ponto prefe-rencial para cruzar o rio; enquanto em outros lugares aoperação era realizada muitas vezes em jangadasimprovisadas, no Poço do Juá havia vários canoeirosque garantiam que naquele lugar um roteiro de via-gem jamais sofreria interrupção.

E foi assim, na beira de uma estrada de terra,espremida entre uma serra e um rio temporário queSantana do Ipanema começou a ser construída. Deum lado da estrada, de costas para a serra e de frente

para o rio foi construída a igreja, enquanto que dooutro lado, de frente para a igreja e de costas para orio surgiram as primeiras casas comerciais. Para olado em que o sol nascia, ao longo de um pequeno tre-cho, a estrada acompanhava o rio, passando pelaManiçoba, Bebedouro e Mandacaru, conduzia os via-jantes a Palmeira dos Índios e Maceió, em Alagoas eBom Conselho e Garanhuns, em Pernambuco. Nadireção oposta ramificava-se.

Uma das ramificações seguia na direção norte,cruzava as serras e conduzia a Águas Belas - PE.Outro na direção oeste, após atravessar o Ipanemaperto do Poço Grande, conduzia a Poço dasTrincheiras, Maravilha e Ouro Branco, enquanto que,na direção sul, a travessia do Poço do Juá abria ocaminho na direção de Olho D'Água das Flores e Pãode Açúcar que na época era o porto que abastecia osertão de Alagoas e Pernambuco. Além da atividadecomercial que começou a se desenvolver na área pró-xima à igreja, na região da Maniçoba e Bebedouroforam construídos vários curtumes. Quando a estra-da que conduzia à Maniçoba começou a se transfor-mar em rua, começou a ser conhecida como Rua doSebo e, mais adiante, mais próximo aos curtumes, adenominação era Rua do Couro.

De uma maneira geral, a atividade econômica quese desenvolvia na Ribeira do Panema seguia o padrãodaquilo que ocorria em todas as demais regiões doBrasil colonial, ou seja, a produção de produtos pri-mários e a comercialização dos seus excedentes. Deacordo com os diversos ciclos econômicos mundiais ea sua potencialidade, a região produziu principal-mente couros, feijão, milho e algodão. Cabia, então,aos carreiros e almocreves levar pelas estradasempoeiradas esses produtos para Pão de Açúcar, lána beira do Rio São Francisco, trazendo na volta osprodutos que abasteciam o comércio local.

No século XIX e início do século XX, com o desen-volvimento da indústria de tecidos no mundo intei-ro, havia uma grande ênfase à produção de algodão.Até hoje em Santana do Ipanema existem algumasempresas especializadas no beneficiamento do pro-duto. Mas antes que essas empresas fossem instala-das na região o algodão era desencaroçado com o usode uma máquina chamada de bolandeira. A bolan-deira era um mecanismo feito de madeira e movidoa força animal. Após o tratamento dado ao produto,o caroço do algodão era usado para alimentação dogado, enquanto as plumas eram amarradas em far-dos, que eram então levados, em carros de bois, paraPão de Açúcar numa viagem que durava aproxima-damente dois dias, sendo que hoje, em estrada asfal-tada, dura cerca de meia hora. Os carreiros viajavamnormalmente em comboios compostos por, emmédia, quatro carros, partindo normalmente às quin-tas-feiras pela manhã e chegando ao seu destino aossábados. Conversando com Seu Antônio Hilário, car-reiro aposentado e atualmente residindo em SantaBrígida - BA, ele me contou que os carros atravessa-vam o Poço do Juá e, passando entre a Serra doCruzeiro e a Serra da Remetedeira, seguiam em dire-ção ao Riacho João Gomes, seguiam o leito do riachopor algum tempo e, atravessando-o, passavam portrás da Pedra do Sapo, pela Moita dos Nobres, Moitados Camilos, Olho D'Água da Cruz, Lagoa dasAntas, passavam pela fazenda de Seu Luiz dosAnjos, pela Ponta da Serra, Baralho, Meirus e, des-cendo a ladeira que dava acesso à cidade, finalmen-te, chegavam a Pão de Açúcar.

Há muito tempo meu pai contou-me uma histó-ria, confirmada por tio Alberto, que havia em Pão deAçúcar um músico cego conhecido como "NezinhoCego". Por conta da deficiência visual ele tinha umaacuidade auditiva tão boa a ponto de ser capaz deidentificar uma enxada pelo som que a ferramentaemitia. Disse-me que os amigos de Seu Nezinho colo-cavam uma certa quantidade de enxadas sobre o bal-cão de uma venda e ele então dava uma pequenapancada com o nó dos dedos em cada peça, emseguida alguém trocava aleatoriamente apenas umadelas e ele era desafiado a, repetindo a pancada,identificar se a troca de fato ocorreu e qual das enxa-das havia sido trocada. Seu Nezinho nunca perdeu aaposta.

Trilhas santanenses: passa boi, passa boiada, passa história pela estrada (I)

Page 33: OJORNAL 17/10/2010

JORNALO JORNALOVariedadesDomingo, 17 de outubro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected] BB66

[email protected]

Roteiro Artes plásticas Música Teatro Dança Cinema Literatura Artesanato

�� A peça “Caderno de Memórias –Uma comédia romântica” segueàs 20h no palco do centenárioTeatro Deodoro. O espetáculo,que fez temporada no Rio deJaneiro, com texto de JeanClaude Carrière e direção deMoacyr Góes, também marca oretorno da atriz Dira Paes aospalcos. Ingressos: R$ 60,00 (intei-ra) e R$ 30,00 (estudantes e idososacima de 60 anos), à venda na LojaLevi’s (Maceió Shopping). Mais in-formações: (82) 3325-2373/9601-2828.

�� O Trio Blues, formado por Wagner Sampaio(guitarra e voz), Alessandro Aru (baixo) e LéoAmorim (bateria), se apresenta no Quintal,Restaurante, Música e Bar (Praça São Pedro,460, em Garça Torta - próximo ao restaurante LuaCheia), a partir das 16h. No repertório, muito bluese rock. Couvert: R$ 5. Mais informações: (82) 9939-0391.

Hoje

�� Zizi Possi (foto) leva o seu Cantos & Contosao palco do Teatro Gustavo Leite (CentroCultural e de Exposições - Jaraguá), no dia7 de novembro, às 20h. Ingressos vão estarà venda em breve no stand Sue Chamusca(Maceió Shopping). Mais informações: (82)3235-5301 / 9925-7299 / [email protected].

�� O Teatro Deodoro (Centro de Maceió) será palcoda apresentação comemorativa dos cinco anosda peça Romeu e Juli...eeita?!?, no próximo dia23 deste mês, às 20h. Deste a sua primeira exibi-ção, o espetáculo foi assistido por 250 mil espec-tadores, passou por mais de 15 cidades, lançou o umDVD. Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (estudante)+ 1kg de alimento não perecível, à venda no estandeViva Alagoas (Maceió Shopping). Mais informações:(82) 3336-2898 / 9973-9923 / 9967-1074 / www.romeueju-lieeita.com.

�� Quinteto Leão do Norte, de Pernambuco, encerra o SonoraBrasil 2010 com apresentações no dia 25, às 19h30, no SescArapiraca (Rua Manoel Cazuza, s/n, Santa Edwiges), e nodia 26 deste mês, às 20h, em Maceió (Rua Barão de Alagoas,229, Sesc Centro). O Quinteto Leão do Norte, de Pernambuco,foi formado especialmente para realizar o circuito do SonoraBrasil 2010, com o propósito de apresentar a obra de Santoro eGuerra-Peixe, composta para combinação mista de cordas e so-pros. Entrada franca. Mais informações: 0800 284 2440 / (82) 3326-3133

�� “Místico Clã de Sereia” é a montagem da Academia e Companhia deDança Maria Emília Clark e seu Projeto Social, em comemoração aosseus 10 anos. O espetáculo, que acontece no Teatro Gustavo Leite(Centro Cultural e de Exposições, em Jaraguá – Maceió), nos dias 19(19h), 20 (19h) e 21 de novembro (16h e 19h), contextualiza a vida e aobra do artista alagoano Djavan pelo olhar coreográfico de MariaEmília Clark, e da concepção enredo e texto de Fernando Gomes.

Em Breve

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JORNALO JORNALOVariedadesDomingo, 17 de outubro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected] BB77

Shows em diversas cidades de São Paulo, em Maceió e no Rio de Janeiro marcam a carreira e a presença do cantor e compositor no cenário musical local e nacional

Longa e harmoniosa foi a sua estada em SãoPaulo, mas não o suficiente para fazê-lo abrir mãode, “como um bom filho que a sua casa torna”, vol-tar a sua terra-natal, em 1986. Foi por aqui que no-vamente soltou o verbo como professor de músi-ca; dessa vez, em um cantinho fundado por ele epor outro alagoano, o flautista Uruba: a EscolaLivre de Artes Musicais (Elam), no bairro do Poço.Foram poucos os anos - apenas quatro - em quepor lá ficou, mas muitos foram os que crescerammusicalmente com a ajuda das suas mãos.

SAMBA CARIOCA - Mas as cidades sãopaulinas pareciam não querer abrir mão dasua presença. Como uma espécie de chama-mento e com o violão debaixo do braço, lá sefoi ele para lá, mais uma vez. Casas de showso esperavam, e parcerias com compositoresdos grandes o aguardavam para serem re-forçadas. Em uma delas, com o conceituadosambista carioca Zé Keti, foi contagiado pelasbatidas certeiras do samba da cidade mara-vilhosa.

Foi do sambista que partiu o grande empur-rão, já nos seus últimos dias de vida, para queIbys deixasse por um tempo o solo paulista e mar-casse presença nos redutos do samba do Rio deJaneiro. Dentre outras tantas, as parcerias comSílvio Márcio, Mário Mammana, Luiz CarlosBahia, Renato Fialho, Mamede, Pedro PauloZavagli e Kátia Teixeira são por ele sempre lem-bradas como essenciais na sua carreira. (E.B.)

Continua na página B8.

As chances naterra da garoa

Seu trajeto começa com um voo - o pri-meiro deles - tão alto quanto o seu ideal demenino do interior de ser artista, no fulgordos seus 22 anos, rumo à desenvolvida e cul-tural São Paulo. Foi lá que ficou marcada asua participação no Festival Internacional deMúsica (atual Festival de Inverno de Cam-pos do Jordão), na Feira de MPB, na sérieNovos intérpretes. Também foi lá onde mui-tas ideias trocou em rodas de conversas comgente de peso da Música Popular Brasileira;muitos foram os bons papos e bons conta-tos com o concertista Noé Lourenço, comEduardo Gudin, com Chico César.

A terra da garoa foi - e continua sendo- só benesses para ele. Foi ela que tambémlhe rendeu a honra de ser aluno do bem-con-hecido no meio musical da cidade TuríbioSantos e, do mérito de dele ter recebido sá-bios ensinamentos musicais, surgiu o con-vite para soltar a sua voz e os seus já bemapurados acordes como professor do reno-mado internacionalmente - sob a batuta,como fundador e como diretor, de ZimboTrio - Centro Livre de Aprendizado Musical(Clam), elevando o seu conceito no níveldos gabaritados.

Tão harmonioso convívio nos redutospaulistas tinha de ser consolidado. E foi,criando raízes mais profundas com a terra,sendo radicado a ela. Bom para as plateiaspaulistas que o ouviam e melhor ainda paraAlagoas, que, também através dele, apare-cia no cenário nacional, pois suas compo-sições jorravam de sua mente com umaforça tamanha que não havia outro caminhosenão o de invadir os palcos da cidade emmuitos shows.

Tudo isso merecia registros. E logo veioo primeiro deles em um pequeno vinil - osaudoso compacto. De um lado, Vendavalinvadindo as vitrolas; do outro, as mensa-gens positivas de Otimismo. Suas duas pri-meiras canções gravadas e, com elas, o em-barque na caravana do projeto Pixinguinhae em muitas outras apresentações.

Radicado em São Paulo

De volta a sua terra e formando profissionais

Divulgação

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JORNALO JORNALOVariedadesBB88 Domingo, 17 de outubro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

O ano era 2000 e o aconte-cimento, dos mais marcantes,para ele, para os seus ouvintesde carteirinha, para os seus par-ceiros e admiradores: o lança-mento de Suave, o seu primei-ro CD. De fato, o que se ouvenele são composições das maisvariadas, mas a sonoridadenordestina por lá permanece,magistral. Tanto que ganhouuma releitura, gerando o seusegundo fruto, Cabelo de milho.São sambas, toadas, xote e

bossa nova com o brilho deOswaldinho do Acordeon e doviolonista do Duofel, FernandoMelo. Ele fala sobre as tantas al-terações no trabalho, mas seapressa em revelar a manuten-ção das suas sempre raízes nor-destinas. "O trabalho só não foialterado em sua identidadenordestina, que se mantém, po-dendo agradar a gregos e troia-nos", destaca Ibys.

Quando surgiu o terceirodeles, em 2008, a pergunta que

não queria calar sobre a come-moração das suas mais de trêsdécadas de história com a mú-sica trouxe como resposta IbysMaceioh - 34 anos de música. Aseleção de um repertório deuma vida dedicada à música.Nele, o passeio é generoso porvários ritmos, por muitasvozes, por grandes nomes e,claro, por sucessos autorais,sempre acompanhados de boase velhas parcerias.

Nas 17 faixas - respeitosa-

mente selecionadas pelo pro-gramador musical da rádioEducativa FM de Maceió, RuiAgostinho -, ouve-se de tudo.Desde Gilberto Gil na De ondevem o baião, Jacinto Silva eOnildo Almeida em Gírias donorte/Coco sincopado e Zé Ketiem A voz do morro a Tributo aPixinguinha, na sua letra e voz;Aqui Alagoas, em parceria comSílvio Márcio; Meu reisado, aolado de Fernando Sérgio Lira,e outras mais.

Como autor desses, desta-cou-se e também como partici-pante de outros dois. Ele e oseu violão, como convidadosdos mais especiais, lá estão noálbum Zimbo Trio convida e nacoletânea Chorano - choro ala-goano; neste último aparece emChoro desvalido, em parceriacom Mário Mammana. Poraqui, já vem sendo aguardadopor muitos em um novo show,Brasilidades, no palco do Sesc-Centro, no primeiro dia de de-

zembro, para a gravação demais um trabalho autoral, queficará registrado não só em CDcomo também em DVD.

Assim sendo, seja aqui, naterra da garoa, na cidade ma-ravilhosa ou em qualquer outrocanto do País, a música brasi-leira só tem a agradecer à pre-sença de Ibys no seu cenário. EAlagoas, só tem a se orgulharde tê-lo vivendo por aqui e car-regando a sua capital peloBrasil afora até no nome. (E.B.)

Três CDs, muitos estilos e, em breve, Brasilidades

Coletânea dos 34 anosde carreira do músicoé destaque como omais recente trabalho

Raízes nordestinasdo violonista sãomarcas registradasnos álbuns

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JORNALO JORNALO

Domingo, 17 de outubro de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: [email protected] DD11

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EsportesEsportesEsportesJORNALO LO JORNA

Domingo, 17 de outubro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

Olheiros

Grandes clubes do País fazem“peneirão” em Alagoas para

caçar novos talentos do futebolPáginas 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11 e 12

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JORNALO LO JORNAEsportesDomingo, 17 de outubro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

Alex sofreu uma grave lesão e conheceu o lado sombrio do fute

Este ano, o lateral-esquerdo Wálber disputou sua primeira “peneiTécnico do Flexeiras, Alex Silva tenta animar seus jogadores após uma derrota: lições do esporte

Victor Mélo

Editor de Esportes

Abola corria ansiosa embaixode chuva num campo localizadono povoado de Ipioca, em Maceió.Meninos, em sua grande maior-ia maltratados pelo País, dis-putavam uma partida como sebuscassem um abrigo no futuro.Eram apenas 30 minutos paraprovarem o seu valor. Estava alia chance, talvez a única, da

evolução social, da mudança devida.

Quarta-feira, dia 22 de setem-bro de 2010. Dez times foram di-vididos num pequeno torneio dis-putado na Associação AtléticaBanco do Brasil (AABB), quelevaria os destaques a grandesclubes do futebol brasileiro. Como sucesso de alagoanos pelos qua-tro cantos do País do futebol, os"olheiros" limparam suas lentese vieram buscar talentos genuínos

em Alagoas, sem vícios e commuita vontade de mudar sua tra-jetória. Eis a explicação para tan-tos jogadores locais, como DenisMarques, Morais e Elton, des-pontarem no futebol bem longede nossos clubes.

Terminada a partida entreEsporte Clube Flexeiras e F.F.Sports, uma cena chamou mais aatenção de quem acompanhava a"peneira" do que os dribles dodestaque do jogo: o pequeno

Wálber da Costa, de 11 anos,chorava as dores do esporte.

"Fiquei muito triste porquenosso time perdeu de 3 x 0 parao F.F. Sports. Essa foi a primeirapeneira de que participei, e o jogofoi eliminatório", lamentou omenino, que, um pouco maiscalmo, respondeu com orgulhoquando foi perguntado sobre suaposição em campo: "Sou lateral-esquerdo!".

O treinador do time de Wálber

reuniu os garotos após a dee, com segurança, tentou anlos. "Gente, eu sei que mundo quer ganhar, mas não vai ser a última oportunide vocês. Não quero ver ningtriste ou chorando. A genteque levantar a cabeça. Os ctinham jogadores mais vesão de 96. Bola pra frente", fao ainda jovem Alex Silva, que21 anos, já foi apresentado aosombrio do esporte.

Técnico é exemplo de perseverançaAlex Silva havia passado pelo

Santa Cruz e Sete de Setembro e,em 2008, era profissional do CSA,mas uma grave lesão o afastoudos gramados.

"Sou meia-atacante, conheci-do no meio esportivo como AlexFlecha. Infelizmente, tive que pararaos 18 anos, quando estava noCSA. Vida de boleiro é complica-da, né? As coisas começavam a seacertar na minha carreira, mas nodia 1º de maio de 2008 tive a pés-sima ideia de disputar uma pela-da com os amigos em Flexeiras,minha cidade. Resultado: sofrilesões no ligamento cruzado e nomenisco", contou Alex.

O técnico do time de Flexeirasdisse que se apresentou ao CSAno

dia seguinte com o joelho incha-do e não renovou o contrato. Eleprecisava ser submetido a uma ci-rurgia no valor de R$ 5 mil. "Oclube agiu corretamente comigo,até porque não me machuquei jo-gando no CSA. Meu contrato aca-bou no dia 30 de abril de 2008. Foimuito azar, mas Deus sabe o quefaz. Os médicos do clube fizeramum tratamento conservador, sóque o caso era grave, precisavamesmo operar. Passei um ano esete meses tentando conseguir odinheiro para fazer a cirurgia.Aliás, a metade, já que o médicoSérgio Canuto, da Ortoclinic, sesensibilizou com a minha situa-ção e não cobrou a outra metade.Agora, eu estou trabalhando a

parte física para tentar voltar", ex-plicou Alex Flecha.

Apaixonado pelo esporte, eleresolveu trabalhar com meninosque buscavam, em Flexeiras, es-paço no futebol. "Quero ajudaresse pessoal. Temos os times sub-15 e esse sub-13 por lá e traba-lhamos com mais de cem meni-nos. Em Flexeiras, há apenas umcampo, e não dá para treinarmuito. O apoio quase não existe,mas a gente insiste. O grupo veiojogar aqui, por exemplo, com oterno (uniforme) emprestado.Além da parte esportiva, o proje-to também é social. Agente ajudaa educar esses meninos carentes,tentando mostrar a eles os ca-minhos corretos". (V.M.)

Por uma vaga no futuroOlheiros de grandes clubes nacionais “garimpam” talentos do futebol em Alagoas

Fotos: Marco A

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33Domingo, 17 de outubro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

JORNALO LO JORNAEsportes

As chuteiras velhas e furadas não tiram o ânimo dos garotos

O ex-jogador do CSE Marcos Bezerra (no chão) observa uma partida do “peneirão” disputado na AABB

Jogadores humildes têm mais chances

É voz corrente nas divisõesde base do futebol que o garotode origem humilde tem maischances de vencer na carreira. Ocoordenador das Divisões daBase do Vitória, CarlosAnunciação, o Carlão, era umdos olheiros que acompanhavamo "peneirão" em Ipioca. Ele ex-plicou o motivo: "Isso aconteceporque o menino pobre estámais disposto a pagaro preço exigido pelofutebol. São grandesos desafios enfrenta-dos pelo boleiro atéchegar ao time profis-sional, e, normal-mente, salvo algumasexceções, meninos declasse média, por ex-emplo, sentem maisdificuldades em ficarlonge da família e emse adaptar mesmo aomeio".

De acordo com oex-jogador Toninho, há umapreferência dos clubes para tra-balhar com garotos mais hu-mildes. "Realmente são poucosos jogadores de destaque no fute-bol brasileiro que vieram dasclasses mais altas. Existe umapressão da família para eles es-tudarem e buscarem objetivosmenos arriscados do que o fute-bol. Um exemplo de sucesso queeu poderia citar é o do atacante

Fernandão, atualmente no SãoPaulo. Afamília dele é rica, maso atleta pagou o preço, passoupelas fases seletivas do futebol efoi até campeão mundial", ar-gumentou.

PADRINHOS - Nos clubes,também há interferências de con-

selheiros e dirigentespara que parentes oujogadores indicadospor eles sejam aceitosna base. Carlão confir-mou que esses pedi-dos especiais tambémsão comuns no Vitória,mas a atenção especialé dada apenas fora decampo.

"Não podemosdeixar de atender a umpedido de um conse-lheiro do clube paraobservar um garoto;

mas daí a colocá-lo no time ti-tular há uma distância enorme.Damos a atenção devida em re-lação a horário e alimentação dogaroto; checamos seu material; eos psicólogos atendem compresteza. Porém no campo dejogo é que a vaga é decidida. Ofutebol é muito seletivo. Se ummenino for filho de um dirigentee não for bom de bola, não vaipassar na frente de quem é fera.A torcida não deixaria", expli-cou. (V.M.)

Meninos daclasse média

têm mais dificuldades

para enfrentar osdesafios do

futebol

Victor Mélo

Editor de Esportes

O "peneirão" de Ipioca foi or-ganizado pelo ex-jogador do CSEMarcos Bezerra. Ele fechou parce-rias para aproveitar o espaço daAssociação Atlética Banco doBrasil e convidou pessoas con-ceituadas no futebol brasileiropara observar as revelações doEstado. Em 2003, Marcos fundouo Instituto de DesenvolvimentoSocial e Esportivo do SertãoAlagoano (Indessal), que temcomo um dos objetivos apresen-tar meninos bons de bola deAlagoas a grandes clubes do País.O seu trabalho foi iniciado há seteanos em São José da Tapera,cidade que já teve o pior índice dedesenvolvimento humano doBrasil no início da década.

"O tempo passou, e agora es-tamos tentando dar um poucomais de condições para os meni-nos mostrarem o seu talento. Naprimeira peneira, que foi acom-

panhada de perto por vocês de OJORNAL, tínhamos 900 meninose pouca estrutura. O campo deterra batida não facilitava as coisase também faltava material. EmTapera, também não tive apoiodas autoridades, mas não desisti.Agora, estamos inaugurandouma subsede em Maceió e dandoa oportunidade de garotos, emsua maioria de famílias muito hu-mildes, serem avaliados por ob-servadores de Santos, Bahia,Vitória, Inter e Grêmio", declarouMarcos.

O presidente do Indessal disseestar animado com o acordofechado com a AABB para uti-lizar as instalações do centro deIpioca, onde os profissionais deCRB e CSAjá realizaram muitostreinamentos este ano. "Ascondições são boas. Também ar-rumamos material, para que otrabalho seja realizado com or-ganização. Hoje, nosso projetocontempla 300 meninos", disse.

O ex-jogador Toninho, que já

defendeu as cores de CSAe CRB,faz parte da equipe de Marcos."Esse tipo de trabalho é impor-tante. Os garotos são avaliados, eninguém cobra R$ 1,00. Alémdisso, através da parceria comolheiros de grandes clubes dofutebol brasileiro, podemos en-caminhar os destaques. Aqui éfeita uma triagem. Avaliamos aquimeninos de 93 a 98. Esse trabalhoorganizado também é mais se-guro para os atletas. Há muitagente desonesta no futebol, e émuito importante para os pais li-darem com agentes credencia-dos", destacou Toninho, queparou de jogar aos 35 anos.

"Já atuei em CRB e CSAe tiveque largar o futebol profissionalhá três anos por causa de um in-farto. Graças a Deus, me recu-perei e estou trabalhando em ou-tras áreas. Depois disso, já passeipelas divisões de base do CRB eagora também tenho um projetosocial. É legal poder ajudar quemprecisa", destacou. (V.M.)

Facilitador de talentosMarcos Bezerra organiza “peneiras” no Estado

e traz olheiros para avaliar os garotos

Fotos: Marco Antônio

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JORNALO LO JORNAEsportesDomingo, 17 de outubro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

Rivelino Morais disse que neste ano descobriu entre 12 e 15 garotos

Técnicos estão podando o talentoPerguntado se a superval-

orização do aspecto físico e asexigências de resultados dasequipes da base estão inibindoa formação de novos ar-madores no futebol brasileiro,o empresário Rivelino Moraisalfinetou os treinadores dascategorias inferiores.

"Há muitos técnicos nabase que optam pelo esque-ma 3-5-2, e isso realmente sac-rifica os jogadores mais ha-bilidosos. Nós, olheiros, damosimportância à questão física,mas também não viramos ascostas para o talento nato. Sefosse assim, não haveria es-paço no futebol para jogadorescomo Romário, Garrincha eMaradona, por exemplo. E háesse espaço. Apesar de essesque citei não fazerem parte dopadrão de um atleta, a quali-dade técnica superava as difi-culdades físicas, no caso doGarrincha, e a estatura, no casode Romário e Maradona. Ofutebol continua sendo demo-crático", explicou.

RANKING - Mesmo tra-balhando com o Bahia maisdiretamente, o olheiro dá des-taque às categorias de basedo Vitória. "Eles são uma

referência não só no Nordes-te, mas no Brasil. Destacariatambém o trabalho desen-volvido no País por Inter,Grêmio e Cruzeiro. No Rio,o Fluminense está à frentedos demais".

Rivelino considera ascompetições realizadas nasdivisões de base importantespara o desenvolvimento dos

atletas. "O trabalho feito nodia a dia é até didático, já queo garoto aprende noções detática e pode corrigir defeitosde fundamento, mas oscampeonatos ajudam porqueservem de parâmetro. Nessascompetições, o trabalho es-pecífico dos atletas e dosclubes é comparado e devi-damente avaliado". (V.M.)

Victor Mélo

Editor de Esportes

Ex-jogador do Bahia e daCatuense, Rivelino Morais dei-xou os gramados aos 29 anos.Ele levou a experiência que ad-quiriu como atleta para fora dasquatro linhas e hoje, aos 35, per-corre o País com o olhar aguça-do, buscando novos talentos dofutebol brasileiro.

Rivelino tem uma empresachamada Bahia Soccer e traba-lha para o agente Fifa ReginaldoCampos. Sua área de atuação éo Nordeste, e sua missão é indi-car jovens jogadores para Santos,Bahia, Grêmio e Inter.

"Não viemos a Alagoas a pas-seio. Fazemos um trabalho sériode observação e costumamoslevar alguns garotos de “penei-rões” como esse para grandes

clubes. Chegando lá, eles são me-lhor avaliados, já que vão en-frentar meninos que já passarampor esse processo seletivo e têmqualidade. Quem se destacar nomeio de outros jogadores bonsde bola é aproveitado. O perío-do inicial dessa triagem é de 15dias. Nesse tempo, o garoto tam-bém dá mostras se vai sentir faltade casa, dos amigos, e o seu po-tencial é observado com mais

rigor", contou Rivelino.O olheiro disse que sua em-

presa também tem muitos par-ceiros espalhados pelo País.Quando ele não pode fazer aobservação nos locais em queos talentos despontaram, confiana indicação e avalia o jogadorem Salvador.

"Aprincípio, observo as par-tes técnica e física dos garotos.Depois, são feitas avaliações

mais específicas. Em peneirõescomo esse de Maceió, os jogado-res dão indícios do que podemfazer, mas existem fatores exter-nos que contribuem para ele vin-gar ou não no futebol, como asaída de casa, por exemplo.Apesar dessas dificuldades, asafra atual é muito boa. Só nesteano, encaixei de 12 a 15 garotosem grandes clubes", disse ob-servador.

Olhar aguçadoEmpresário Rivelino Morais trabalha em parceria com Santos, Bahia, Grêmio e Internacional

Exigência por resultados na base atrapalha a formação de meias

Fotos: Marco Antônio

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55Domingo, 17 de outubro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

JORNALO LO JORNAEsportes

Carlão viaja pelo País buscando revelações do futebol brasileiro

Crise mudou os rumos do clube

Em 2004, o Vitória mudousua política de investimento nabase e trouxe medalhões para adisputa do Brasileirão. Já con-sagrados, os baianos Edílson eVampeta retornaram ao clube,que começou até bem o Nacional.Mas, no decorrer da competição,o clube entrou numa séria crisefinanceira e despencou na tabela,sendo rebaixado para a Série B.Quando todos pensavam que oRubro-Negro retomaria o postona elite, uma sequência de mausresultados na Segundona afun-

dou ainda mais o clube."A queda para a Série C, em

2005, foi catastrófica. Não se fazdivisão de base sem recursos, e,com os seguidos rebaixamentos,o dinheiro sumiu e houve cortesprofundos nos investimentosfeitos na base. Bons profissionaisforam demitidos. Felizmente,com garotos da casa mesmo, aospoucos, o clube foi se reerguen-do, voltando à Série B, em 2006,e à elite do futebol brasileiro, em2008", lembrou Carlão.

Hoje, de acordo com o coor-

denador das Divisões de Base, oVitória voltou a ter uma grandeestrutura. "Para revelar talentos emesmo levar atletas promissorespara o clube, é preciso darcondição aos meninos. Contamoscom mais ou menos 150 profis-sionais. Além das comissões téc-nicas, temos psicólogo, assistentesocial e pessoas preparadas paradar assistência a esses garotos.Atualmente, o Vitória gasta entreR$ 150 mil e R$ 200 mil por mêspara manter a qualidade nas di-visões de base", informou. (V.M)

Victor Mélo

Editor de Esportes

Na década de 80, o Vitóriavivia à sombra do rival Bahia. OTricolor conquistou o cobiçadotítulo brasileiro de 1988 e sobra-va entre os clubes do Nordeste.Os dois rivais de Salvadortomaram caminhos opostos nosanos que se seguiram, e o suces-so do Rubro-Negro veio a partir

do investimento na prata da casa.Coordenador das Divisões de

Base do clube, Carlos Anunciaçãolembra que o projeto começouno início da década de 90. "Apar-tir do momento em que o Vitóriadecidiu quais caminhos iriaseguir, iniciamos um trabalho ou-sado em 1991. O clube investiu naformação de atletas, e, aos poucos,nós fomos fortalecendo os nú-cleos. Saímos buscando novos

valores pelo Nordeste, e o resul-tado já apareceu dois anos de-pois. Com uma base que brilhouna Copa São Paulo de Juniores,o Vitória surpreendeu os tubarõesdo futebol brasileiro e chegou àfinal do Brasileirão contra oPalmeiras. Foi uma geração es-petacular, que tinha Dida, AlexAlves, Paulo Isidoro...".

O clube baiano continuourevelando grandes jogadores

para o futebol brasileiro e con-quistando os troféus mais im-portantes do mundo nas divisõesde base. "O Vitória passou a serreferência na base. Nosso clube éconhecido nos quatro cantos doPlaneta por causa desse investi-mento e não pode perder essascaracterísticas, até porque é difí-cil competir com os grandesclubes do eixo Sul-Sudeste noque diz respeito a recursos para

contratar e montar equipes fortes.Fazemos isso com atletas identi-ficados com a nossa camisa e tam-bém temos um ótimo retorno fi-nanceiro. Não foi à toa que oclube foi finalista este ano daCopa do Brasil", detalhou. "Hoje,o lema do Vitória é ́ 22 jogadoresconvocados para a seleçãobrasileira´. Essa frase resumenosso trabalho", completouCarlão.

No Nordeste, clube baiano é a referência na formação de jogadores na base

O exemplodo Vitória

Carlos Anunciação é ocoordenador das divisões de base

do Vitória

Fotos: Marco Antônio

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EsportesDomingo, 17 de outubro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallww

Victor Mélo

Editor de Esportes

O tempo é inimigo dos pequenosboleiros. Os clubes querem trabalhar comjogadores mais jovens, que podem, assim,passar por várias etapas seletivas atéchegar ao profissional. Coordenador dasDivisões de Base do Vitória, CarlosAnunciação disse que há uma idade idealpara o garoto ser selecionado.

"A melhor idade é 13 anos. Engraçado,com 12, as chances de o menino não se

adaptar ao clube são muito maiores.Muitos garotos são aprovados naspeneiras que fazemos pelo País, têm oconsentimento dos pais para irem à nossasede em Salvador, mas sentem falta decasa e não conseguem render. Isso tambémacontece com meninos mais velhos, mas,a partir dos 13, eles absorvem melhor o im-pacto da mudança. Por isso, observamoscom mais cuidado os jogadores nessaidade. A partir dos 14, eles são maispropensos a terem vícios das peladas derua e queimam etapas que consideramos

importantes. Quanto maior for a idade,mais difícil é encontrar um jogador quechegará ao futebol profissional. Sempredestacando, é claro, que há exceções", ex-plicou Carlão.

Um dos jogadores de maior destaquejá formados no futebol alagoano, o goleiroDida (ex-Cruzeiro, seleção e Milan) foidescoberto pelo coordenador da base doVitória aos 16 anos.

"O Dida foi um fenômeno. Desco-brimos o jogador aqui em Alagoas quan-do estava na equipe profissional do

Cruzeiro de Arapiraca. Ele foi a Salvadore tinha realmente muita qualidade.Concentrado, o Dida se destacou na CopaSão Paulo e, em 93, já foi o goleiro doVitória no time que chegou à decisão doBrasileiro contra o Palmeiras. Essa foi umadas joias que encontramos em Alagoas(Wilson e Gerônimo também foram dageração de Dida). A água daqui é muitoboa. Há muitos talentos prontos paraserem descobertos. Por isso, estamos aquienfrentando sol e chuva para observaresses meninos", contou Carlão.

A idade ideal para o garoto deixar a casa dos pais e buscar a vida num grande clube

Tudo temo seu tempo

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JORNALO LO JORNA

wweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

Rivelino (2o da dir. para a esq.) disse que há no futebol o talento, o bom jogador e o esforçado

Lesões e baladas são inimigas dos atletasAglória e o fracasso andam juntos no

futebol. Os contratos milionários e os holo-fotes da imprensa em cima dos principaisjogadores escondem o quanto é difícil paraum atleta ultrapassar todas as etapas doesporte e se tornar profissional. Mesmoquando atingem esse objetivo, não sãopoucos os boleiros que tombam em com-bate.

Os olheiros dizem que essas incertezasmovem as divisões de base. "O futebolnão é uma ciência exata. Muitos fatores

contribuem paraum jogador bril-har ou se apagar

nos gramados.N e s s e sm e u s

quase 30 anos de profissão, já vi muitoscasos de garotos que arrebentavam na basee não se firmaram. Pela experiência queadquiri, diria que os maiores inimigos dosjogadores são as lesões e as baladas. Amis-tura delas pode ser fatal para o futuro doatleta", afirmou Carlos Anunciação, coor-denador das Divisões de Base do Vitória.

Carlão conta que o melhor jogador dascategorias inferiores do Vitória foi um meiachamado Kléber. O boleiro foi convocadovárias vezes para a seleção brasileira e eraa grande aposta do clube. "Realmente fize-mos muitas projeções em relação a ele. Eraum jogador de um talento extraordinário,

com impressionante capacidade técni-ca. Muitos dirigentes doVitória achavam, inclusive,

que o Kléber seria negociado para umgrande clube do futebol internacional.Passou o tempo, ele estreou no profissionalsob grande expectativa, mas inexplicavel-mente não se destacou. Coisas do futebol.Às vezes, um garoto esforçado na basepode se tornar um jogador de muita qual-idade, e um jovem craque pode se perderno meio do caminho", explicou.

"O Daniel Alves, hoje na seleçãobrasileira, foi de contrapeso para oBahia. Chegou para ser reserva e ga-nhou força com o passar dos anos. Foipara o Sevilla e agora é um dosdestaques do poderoso Barcelona.Exemplos como esses são comuns no

futebol", emendou. (V.M.)

Joãozinho Paulista observa os fundamentos

Treinador das categorias de base doCRB, Joãozinho Paulista disse que obser-va, principalmente, os fundamentos dosgarotos nas peneiras que acompanha.

"O jeito de bater na bola é muito im-portante. Você reconhece o talento pela

forma que ele chuta,executa um lança-mento e dá um passe.Também observo oposicionamento. Temmuito garoto quecorre o campo todo enão guarda posição.A gente percebequem tem noção decobertura, quem secoloca bem na área.Com essas caracterís-ticas, o jogador podeser levado para oclube para ser trabal-

hado com carinho", explicouJoãozinho, que foi um dos melhores

centroavantes do futebol alagoano."Essa é uma posição difícil, mas

gratificante. Para trabalhar nela, vocêprecisa, antes de qualquer coisa, gostarde fazer gols. Eu gostava, e muito.Hoje, para um jogador de área fazersucesso, é fundamental ter força, ve-locidade e saber se posicionar. Ele tam-bém precisa saber arrematar. No CRB,uma de minhas apostas é o garotoTalisson, que leva muito jeito para acoisa", revelou. (V.M.)

Olheiros falam sobre os três níveis do boleiro

Os observadores dos grandes clubescostumam dividir o futebol em três cate-gorias de avaliação: a do talento, a do bomjogador e a do esforçado. Para ganharuma chance na base, o atleta precisa seencaixar em um desses perfis.

"Não participamos de peneiras ape-nas para buscar os jogadores “fora-de-série”. Esses são fáceis de reconhecer, masdifíceis de encontrar. Um Neymar, porexemplo, arrebentaria numa peneira comoessa. Driblaria todo mundo, marcariamuitos gols e não seria preciso ninguémespecializado para descobrir o seu talen-to. Até o vendedor de picolé bateria osolhos no moleque e diria: ́ É este! .̀ Mas ofutebol precisa também do jogador es-forçado, o carregador de piano. Aqueleatleta que se mata em campo na marcação

para o talentoso se destacar. Esses pre-cisam ter potencial físico; e, para descobri-los, é fundamental ter o olho clínico", re-velou o olheiro Rivelino Morais.

Coordenador das Divisões de Base doVitória, Carlos Anunciação disse que obom jogador compõe grandes times, masnão costuma desequilibrar como o craque."Esses sabem virar um jogo, batem faltaou são centroavantes sem muita habili-dade, mas com faro de gol. Temos muitosdesses espalhados pela Série A. O craqueé mais raro. De cem, só sai um com ca-pacidade de desequilibrar. No Brasil, con-sidero o meia Douglas, do Grêmio, um jo-gador diferenciado. Ele está no nível dosargentinos badalados (D´Alessandro,Conca e Montillo). O Ganso também éexcepcional", destacou. (V.M.)

Joãozinho

ressalta a

importância

do jeito de o

garoto bater

bola

Jogadores corremriscos todas as

vezes que entramem campo

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JORNALO LO JORNAEsportesDomingo, 17 de outubro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

“Peneirão” de Ipioca também foi filmado pelos olheiros

Victor Mélo

Editor de esportes

Anecessidade de os grandesclubes reestruturarem seus timescresceu demais nos últimos anos.O mercado europeu consomegrande parte dos talentos nacio-nais no futebol, e o processo derenovação se torna mais acelera-do a cada ano.

Por isso, os jovens talentos

não precisam mais se destacarnos clubes locais para entraremna vitrine do futebol. Os olheirosdeixaram de lado as fronteiras evão buscar novos craques em ci-dades bem distantes das sedesde seus clubes. A estrutura dostimes mais conhecidos do Paísconta para os pais de jogadorespromissores. Assim, fica cada vezmais difícil torcedores de ASA,CRB e CSAverem nascer na base

talentos como o meia-atacanteDida, que brilhou intensamentecom a camisa do Azulão na dé-cada de 50 antes de buscar a gló-ria no Flamengo e na seleção bra-sileira.

"O futebol hoje mudou mui-to. Da mesma forma que esta-mos observando jogadores aquiem Alagoas, outros clubes vão àBahia buscar talentos antes doVitória. Olheiros de clubes inter-

nacionais também observam deperto nosso mercado. Acho queainda há espaço para todos. OCorinthians Alagoano, por exem-plo, faz um trabalho diferencia-do de base por aqui", analisou ocoordenador das Divisões deBase do Vitória, Carlos Anun-ciação.

"O Vitória faz esse processode garimpagem de talentos emtodo o Brasil. Trabalham comigo

mais três profissionais, o Adílio,o Baiano e o Edgar, e tambémtemos contatos, como o RivelinoMorais e o Francisco Ferro.Assim, podemos buscar atletasde qualidade para a nossa base.Não adianta ficar apenas espe-rando que o jogador se apresen-te. É preciso sair, observar e àsvezes conversar com os pais. Nãome canso de fazer essas viagens",informou.

Escolinhas não são indicadas

Os olheiros dos grandesclubes do País são quaseunânimes em dizer que asescolinhas do futebol não sãoos caminhos mais indicadospara buscar talentos. "Eu nãovou observar peneiras pagas.Isso seleciona jogadores commais condições financeiras eprejudica o trabalho do ob-servador. As escolinhas ensi-nam os fundamentos, masnão preparam o jogador, jus-tamente porque muitos garo-tos talentosos não podempagar mensalidade", desta-cou o olheiro Rivelino Mo-rais.

Ex-presidente do CSA ehoje dono do clube F.F.Sports, Francisco Ferro criti-ca os grandes clubes deAlagoas. "Esse trabalho degarimpagem tinha que serintensificado pelas grandesequipes do Estado, mas os

dirigentes preferem gastardinheiro com jogadores já emfim de carreira. Esse é umdos motivos pelos quais nos-sos times estão endividadose sem perspectivas", alfine-tou o empresário.

"O CRB, por exemplo, ini-ciou a temporada apostandonos jogadores da casa. Nãovenceu o campeonato, e oprojeto foi jogado no lixo.Trabalho nesse meio agoraprofissionalmente e possoatestar que seria melhor otime ser rebaixado e investirna prata da casa do que semanter sem revelar ninguém.No CSA é a mesma coisa.Quando falamos de base emAlagoas, só podemos citar oCorinthians, que é referênciaporque depende de suas re-velações para viver. CSA eCRB estão presos ao passa-do", criticou Ferro. (V.M.)

Pressa do mercado em repor jogadores faz clubes de elite espalharemolheiros pelo País

Renovaré precisoRenovaré preciso

Fotos: Marco Antônio

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99Domingo, 17 de outubro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

JORNALO LO JORNAEsportes

Joãozinho, um ídolo na base

Galo vai buscaratletas fora de casa

Joãozinho informou quetrabalha observando jogado-res em "peneirões". "Recente-mente, fizemos um trabalhode observação em Canhoti-nho, Pernambuco, e trouxe-mos dois meninos de lá.Também realizamos um "pe-neirão" em Matriz do Cama-ragibe. O CRB não está para-do. A torcida pode ficar tran-quila", avisou.

O vice de futebol ama-dor, Ariston Nunes, defen-de o trabalho de base doCRB e diz que não é bompara o futebol alagoano avinda de olheiros de gran-des clubes ao Estado. "Vejoisso com preocupação. Anti-gamente, os nossos melho-res jogadores passavampelos nossos clubes. Você

tinha umR o b e r t oM e n e z e sno CRB,um Para-nhos noCSA. Tí-n h a m o sna base om e l h o rdos nossosta lentos .Hoje, é co-mum os

atletas saí-rem muito cedo de

Alagoas. Não é bom. Masnão podemos baixar a ca-beça", afirmou o dirigente.

"Estamos em atividadeagora não com o ímpeto dequando o time profissionalestava jogando, mas, na me-dida do possível, vamos tra-balhando os nossos talentos.Temos uma equipe de oitopessoas na base, que se mul-tiplica nos momentos maisdifíceis. Vivemos tambémum período de transição po-lítica, mas, enquanto o Sera-fim for o presidente, vou to-cando o barco com os garo-tos", avisou Ariston.

Segundo o vice-amador,o CRB gasta entre R$ 3.600 eR$ 4 mil com as categoriasinferiores. "Esses são valoresaproximados. Recebemosmuitas doações, dirigentescolocam dinheiro do própriobolso. Não temos um núme-ro preciso", explicou. (V.M.)

Joãozinho Paulista é o olheiro do CRBJoãozinho Paulista chegou a

comandar com relativo sucessoo time principal do CRB, mas, apedido do vice de futebolamador, Ariston Nunes, aceitoua proposta de voltar à base.

"Gosto do trabalho que façono clube. Amo esse escudo, emuito do que tenho no futeboldevo ao CRB. É um orgulhopoder colocar jogadores que fuibuscar nos lugares mais dis-tantes do Estado na equipe

profissional. Quando assumi acondição de treinador do sub-18, iniciei um projeto de entre-gar entre dois e três talentos dabase por ano ao técnico do timeprofissional", disse Joãozinho, omaior artilheiro da história doGalo.

"Dentro das possibilidadesdo clube, fazemos um bom tra-balho. Temos uma boa estrutu-ra na Pajuçara, com concentraçãopara os meninos, alimentação...

Posso dizer que tenho respaldoda diretoria. Não dá para com-parar com o Vitória, por exem-plo, mas fazemos tudo no CRBcom dedicação e carinho. Dessaforma, colocamos recentementeo lateral-esquerdo Valdeir noPalmeiras, e o meio-campistaJúnior Murici, que marcou umgol nesse último jogo dos profis-sionais contra o América-RN,está sendo sondado por grandesclubes do País". (V.M.)

Victor Mélo

Editor de Esportes

Nem tudo está perdido paraos clubes alagoanos por causa deum fator importante na formaçãodo atleta: o ambiente. A adap-tação de jovens promissores emcidades distantes da sua aldeianão é das mais fáceis. Por maisque os assistentes sociais e ospsicólogos trabalhem diaria-mente com o garoto, a falta decasa atrapalha, muitas vezes, suacarreira.

Ex-presidente do CSA, Fran-cisco Ferro disse que por isso oAzulão continua revelando bonsjogadores. "Existe essa questãode alguns jogadores preferiremficar perto da família na ado-lescência. Muitos pais tambémnão querem perder o filho devista. Assim, mesmo sem a es-trutura oferecida por grandesclubes do futebol brasileiro, CSAe CRB ainda revelam atletas. Pos-so citar o caso recente do Alisson,que é jogador do F.F. Sports. Eletinha uma boa proposta do Cea-rá, mas preferiu jogar no CSA. Oatleta se identifica com o clube e,jogando no Mutange, não perde-ria suas raízes. O coração é a únicaforma de clubes que investempouco na base conseguirem re-velar bons jogadores", explicouo dirigente.

Vice-presidente social doCSA, o psicólogo Hugo Moura

disse que o ambiente é impor-tante para a boa formação do atle-ta. "Os meninos têm uma estru-tura frágil. O Staney, que já seprofissionalizou no clube, disseque chorava querendo voltarquando saiu do Estado. Não éum processo fácil. Quando dão osprimeiros passos no futebol, osgarotos são inocentes e sentemdificuldades de adaptação aténum time de sua cidade. Por isso,

no CSA, o menino passa por umperíodo de adaptação de duassemanas antes de fazer qualquerviagem", declarou Hugo, que co-manda interinamente as divisõesde base do Azulão.

Ídolo da torcida do CRB, ogoleador Joãozinho Paulista hojeé treinador da categoria sub-18 doclube. Segundo ele, é importantepara o garoto se identificar coma camisa que veste na base.

"O ideal é que o jogador fiquena sua cidade, com o apoio fun-damental de pai e de mãe, e atueno clube do coração. Aqui noCRB, mesmo enfrentando muitasdificuldades financeiras, damosesse suporte às nossas revelações.É claro que, se tiver a cabeça boae receber uma excelente propos-ta para jogar num clube de pontado Brasil ou no futebol interna-cional, ele deve avaliar", analisou.

Longe de casaSaudade é um trunfo dos clubes alagoanos para evitar o “êxodo”

CRB aprovou

dois

jogadores

num

“peneirão”

feito em

Canhotinho,

Pernambuco

O atacante Edmar começou na base do CRB, profissionalizou-se e hoje é a referência do time regatiano

Fotos: Marco Antônio

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JORNAOO JORNAEsportesDomingo, 17 de outubro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: esportes@ojornal-al.

CSA conta com quatro campos para as suas divisões inferiore

O empresário Francisco Ferro informou que investe R$ 10 mil por mês no seu clube, o F.F. Sports

Azulão gasta 3 mil com a base

O CSApassa por um proces-so de reestruturação das suas di-visões de base. Com a queda doclube para a Segunda Divisãodo Alagoano, os dirigentes tiver-am dificuldades até para moti-var as revelações do clube. Semum calendário adequado, oAzulão faz amistosos para bus-car talentos nos adversários.

Atualmente, o vice-socialHugo Moura está à frente dosprojetos ligados às categorias in-feriores do clube. "Acumulei, deforma interina, o cargo que erado Luciano Lessa. O novo vicede futebol amadordeve ser confirmadonos próximos dias, eo nome que está empauta é o do Eugêniodos Santos", informouHugo.

O clube mantémem atividade os timessub-15, sub-16 e sub-18. "Tivemos dificul-dades financeirasporque a parte profis-sional do CSA parouno primeiro semestre.Sem o carro-chefe, édifícil arrecadar para a base. Hojenão temos a concentração paraos garotos, e eles fazem asrefeições em casa. Apesar disso,temos equipes fortes, como onosso sub-18. O Lino (técnico doprofissional) também está moti-vando a garotada dando opor-tunidade a jovens, com nos casosdo Staney, do Wellington e doWashington, que já foram profis-sionalizados", informou Hugo,

que não gosta de trabalha"peneirões".

"Hoje não fazemos essde observação no CSA. peneira é mexer com soncomplicado você tirar doistos entre cem. No Mutanalizamos amistosos contraequipes do Estado e, assiservamos jogadores. Se tular de um adversário folhor do que o nosso revamos conversar com ogentes de lá para

aproveitá-lo", exo dirigente.

De acordoHugo, o CSAem torno de R$com a base. "Gríamos até qupresários nosdassem a aperfesse projeto. Teapoio de dirigda CompneusTchuck Jhonesainda não é o Atualmente, nóbalhamos com

de 80 garotos e temos bosultados na base. Muita critica o nosso trabalho semhecer o esforço que fazTodos no Estado sabem dtencial que o CSAtem parelar grandes jogadores pfutebol brasileiro", argumo dirigente, que tambémda escolinha do clube. "Faum bom trabalho por lábém e cobramos uma medade de apenas R$ 25,00"pletou. (V.M)

Victor Mélo

Editor de Esportes

Em 2006, o empresárioFrancisco Ferro chegou à presi-dência do CSA. Não passoumuito tempo no cargo e, comuma língua afiada, deixou o clubeatacando alguns dirigentes e oConselho Deliberativo. Hoje, eleaposta nas divisões de base dofutebol como uma boa alternati-va de investimento.

"A diferença dos meus tem-pos de CSA para hoje, quandome orgulho de comandar o F.F.Sports, é que, no Mutange, colo-cava dinheiro do meu bolso -deixei R$ 300 mil por lá - e tinhaos projetos barrados peloConselho, mais especificamentepelo ex-presidente Gino César, epor vice-presidentes que não in-vestiam um centavo no clube eainda queriam mandar. Agora, o

investimento, por enquanto, émuito maior do que o lucro, masconfio nos talentos do futebolalagoano e espero conseguir bonsresultados. Pelo menos, no F.F.Sports eu pago a conta e possotomar as decisões", declarou.

Ferro lembrou que os clubessó vão colher os frutos das di-visões de base se investirem numprojeto sério. "É um trabalholongo e dispendioso. Por mês,gasto cerca de R$ 10 mil com o F.F.Sports. CRB e CSA não fazemesse investimento. É preciso darcondições de trabalho aos meni-nos, com acompanhamentomédico, nutricional e psicológico.Os nossos grandes clubes, muitasvezes, não conseguem nem ban-car o lanche dos atletas das cate-gorias inferiores. É difícil falar emdivisões de base dessa forma.Estamos observando destaquesde Alagoas nessa peneira de

Ipioca, e não há um representantede CRB e CSA", criticou.

O ex-dirigente do Azulãodestacou a qualidade dos jo-gadores nordestinos. "Não é à toaque os grandes clubes estão vindobuscar garotos em Alagoas.Temos muitos talentos por aqui.O Nordeste é um celeiro im-pressionante. Já acompanhei"peneirões" em vários lugares doBrasil e não vi tantos talentoscomo os revelados na nossaregião", destacou o empresário,que está montando um escritórioem Porto Alegre para facilitar ointercâmbio com os grandesclubes do País. "Hoje negocio di-retamente com clubes como Inter,Ceará, Náutico e Nacional, daIlha da Madeira, de Portugal. Paradiminuir essa distância com osgrandes centros, estou me mu-dando agora para o Rio Grandedo Sul", revelou.

Futebol empresaEx-presidente do CSA, Francisco Ferro

resolveu investir nas revelações de Alagoas

Hugo Moura

disse que

também faz

um trabalho

psicológico

com os

garotos

Fotos: Marco

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1111Domingo, 17 de outubro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

JORNALO LO JORNAEsportes

Corinthians Alagoano investe por mês entre R$ 50 mil e R$ 70 mil nas suas categorias inferiores

Um convite para o boleiro ficarO Corinthians Alagoano conta

hoje com sete campos de treina-mentos para a base e tem em suaequipe de trabalho médicos, fisi-ologistas, fisioterapeutas, psicó-logos, assistentes sociais e profis-sionais diretamente ligados aofutebol.

"Um garoto bom de bola deAlagoas não precisa deixar afamília aos 13 ou 14 anos paratentar a sorte nos grandes cen-tros. No Corinthians, damos toda

a estrutura para os talentos doEstado desenvolverem seu fute-bol e, o que é melhor, semdeixarem suas casas. Os pais pre-cisam saber que não é fácil paraninguém sair de seu ambiente.Esse problema se multiplica porcem quando um adolescenteperde esse contato familiar. Pormais que os profissionais degrandes clubes sejam qualifica-dos e bem intencionados, é im-possível dar atenção especial a

todos os garotos da base", afir-mou.

Eduardo também garantiuque o Corinthians tem a preocu-pação de formar cidadãos den-tro do clube. "Isso é fundamentalpara quem trabalha com a base.Apenas 10% dos jogadores dascategorias inferiores chegam aoprofissional. Por isso, orientamosos garotos a estudarem e co-bramos até frequência no colé-gio". (V.M.)

ASA inicia projeto ousado na base

Dos quatro principaisclubes de Alagoas, o ASA éo que faz o trabalho mais re-cente nas categorias de base.Até o ano passado, o Alvi-negro trabalhava apenascom os juniores, mas, com aascensão à Série B do Brasi-leiro, ampliou seus horizon-tes e colocou em prática umprojeto que data de 2008.

"O ASA dá os primeirospassos na base, mas comconsistência. Adiretoria tra-çou planos há dois anos, nãopôde executá-los em 2009,mas, este ano, decidiu for-mar jogadores em três cate-gorias: sub-13, sub-15 e sub-18", informou o assessor deimprensa do clube, IgorCastro.

Em sua primeira partici-pação no Campeonato Ala-goano Sub-15, o ASA ficouna segunda colocação e reve-lou dois jogadores de muitotalento. "Esse bom resultadoprojetou nossa base, tantoque o atacante Williams foipara o Inter, e o volante Joãoestá treinando hoje no Atlé-tico-MG. Isso mostra a serie-dade do nosso trabalho, queé comandado pelo vice defutebol amador, Moisés Ma-chado, e o coordenador dasDivisões de Base, Gilvan doCarmo", explicou Igor.

O ASAjá dispõe de umaconcentração para suas re-velações e promete melho-rar a estrutura a curto prazo.Segundo o assessor de im-prensa, o clube vai contratarum psicólogo e um assisten-te social em janeiro e está fe-

chando parceria com umgrupo de investidores parainiciar um projeto mais ou-sado. "Doze pessoas influen-tes de Arapiraca devem in-vestir pesado na base doASA. O objetivo é construirum Centro de Treinamentoentre 2011 e 2012 para dartotais condições para o cluberevelar novos talentos. Essegrupo terá um percentual nafutura negociação de atletas,mas o ASA, que irá projetá-los, ainda terá a maior par-ticipação nos lucros. O terre-no para a construção desseCT já foi até comprado", re-velou Igor.

A diretoria alvinegraainda comemora a negocia-ção do atacante Júnior Viço-sa, que passou pelo time dejuniores do clube, foi profis-sionalizado no ASA e setransferiu para o Grêmio nomês passado. Se, ao térmi-no do empréstimo, o TricolorGaúcho exercer o direito decompra, Viçosa será o joga-dor mais caro já negociadodiretamente do futebol ala-goano para um grande cen-tro. O JORNAL apurou queos valores se aproximam deR$ 1,5 milhão.

"Essa negociação doViçosa abre muitas portaspara o ASA e também mos-tra aos talentos de Alagoasque o clube é uma excelen-te vitrine. Com a boa campa-nha que fazemos na Série B,a tendência é que revelemosoutros jogadores de alto nívelpara o futebol nacional",disse Igor. (V.M.)

Victor Mélo

Editor de Esportes

O Corinthians Alagoano temo foco de suas atividades nasdivisões de base. Sem contarcom uma grande torcida paragerar receita e longe de patroci-nadores poderosos, o Tricolorvive da venda de jovens talen-tos.

Para se destacar no mercado,o clube oferece uma boa estru-tura e um histórico de resulta-dos expressivos nas categoriasinferiores. Coordenador das Di-visões de Base do Corinthians,Eduardo Neto garante que oTricolor não deve nada aos gi-

gantes do futebol nacional. "Esse investimento é o que

nos mantém. Por isso, o Co-rinthians faz peneiras em váriascidades do Brasil para buscar ta-lentos. Já observei jogadores doPiauí ao Paraná, passando porSão Paulo e outros centros im-portantes. O clube investe, pormês, para manter sua grande es-trutura, entre R$ 50 mil e R$ 70mil", explicou o dirigente.

Eduardo disse não se preo-cupar com a "invasão" de olhei-ros de outros estados. "Nossotrabalho não é afetado por isso.Há muitos agentes Fifa que vêmbuscar garotos e usam os nomesde grandes clubes para levar

mais meninos às peneiras. NoCorinthians, temos nossas metasde trabalho, e elas estão sendocumpridas. Este mês, por exem-plo, fizemos uma peneira com300 garotos e aprovamos dois",informou o coordenador, quetrabalha há 12 anos no clube e seorgulha de ter ajudado a revelaro jogador mais valorizado dahistória do futebol alagoano.

"Lembro que fui observar al-guns jogadores no CRB em 1999e achei o zagueiro Pepe, hoje noReal Madrid. O jogador foi tra-balhado na base do Corinthians,se destacou, foi para Portugal edepois para o futebol espanhol",disse.

Eu me garantoCorinthians-AL confia na sua estrutura

para segurar os talentos no Estado

Negociação de Viçosa abriu o mercado para as revelações do ASA

Fotos: Marco Antônio

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JORNALO LO JORNAEsportesDomingo, 17 de outubro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

Sem dinheiro, Claudevan não ficou no CSAUm dos aprovados na penei-

ra do Vitória, Claudevan Júniorreside no Vergel do Lago e duasvezes por semana vai ao Graci-liano Ramos, sede do Villa Real.Ele deu os primeiros passos nofutebol jogando no CSA, mas,como seus pais não tinhamcondição de pagar a escolinha,vestiu uma nova camisa.

"Sou azulino, mas lá no CSAtem muita panelinha. Eu jogavabem, me destacava, mas os paisdos meninos que pagavam a es-

colinha pressionavam para eusair do time. Meu pai não podiapagar a mensalidade, e fui parao Villa Real. Lá, estou treinandode graça. Estou muito feliz comessa oportunidade de ir para oVitória. Se Deus me ajudar, tudovai dar certo", contou o garoto,que joga com a camisa número8. "Sei marcar e sair para o jogo.Tenho um estilo parecido com odo Vampeta, mas meu ídolo é oWillians, do Flamengo", emen-dou.

Claudevan Martins, pai dogaroto, ainda vai buscar mais in-formações sobre a viagem aSalvador. "Pelo que sei, ele ficarálá no Vitória por alguns dias paraavaliação. Mas vamos dar força.Queremos o melhor para o nossofilho. Neste sábado (ontem), eleainda vai jogar no Campeonatodo Sesi. Nos próximos dias,vamos ver o que é preciso pro-videnciar para a viagem".

Fundador do Villa Real, Fe-lipe Pereira vive a expectativa

da aprovação dos garotos noVitória. "Eles vão ser observa-dos em Salvador por 10 a 15dias. Esse excelente resultadono "peneirão" nos dá mais âni-mo para continuar o trabalho.O Claudevan foi lapidado aquie agora terá a chance no Vitória.Recentemente, colocamos o ata-cante Gustavo, de 13 anos, noGrêmio. Ele foi avaliado porum olheiro e já está treinandoem Porto Alegre", comentou otreinador. (V.M.)

Alguns pais nãodeixam o filho sair

Felipe Pereira, do VillaReal, disse que precisa con-vencer os pais dos atletas aliberá-los para os times deoutros estados. Alguns prefe-rem que o filho siga outroscaminhos.

"Os pais, com toda arazão, ficam muito preocu-pados. Não é fácil deixar umfilho sair de casa tão cedo; eno futebol, infelizmente, temmuita safadeza. O Gustavo,por exemplo, já pensou emvoltar do Grêmio, mas a von-tade de vencer foi maior, eele acabou ficando. Mastemos casos de pais que nãoliberam a transferência. O

nosso ata-c a n t eAdriano,um dosdestaquesdo Cam-peonatodo Sesi,teve umapropostade ume m p r e -sário con-ceituadode Paulo

Afonso, maso pai não liberou.

Disse que os estudos erammais importantes. Esse tipode atitude é comum", expli-cou.

MAIS DOIS - O técnicodo Flexeiras Esporte Clube,Alex Silva, informou que ozagueiro Gesão, de 16 anos,e o lateral-direito Felipe, de15, também foram sonda-dos pelo Vitória. "Eles vãoacompanhar o desenvolvi-mento desses jogadores epediram para mandarmosvídeos. Dependendo dessaevolução, os dois vão seguirpara Salvador. Torço muitopor eles. Só eu sei das difi-culdades que enfrentamospara buscar um lugar ao sol,mas, acostumados ao sofri-mento, garanto que ne-nhum deles terá medo devencer", declarou Alex, que,assim como todos os jovensjogadores do Flexeiras, lutadiariamente para conquis-tar a chance de viver apenasdo seu talento. (V.M.)

Villa Real,

do

Graciliano

Ramos,

revela

talentos

em Alagoas

Victor Mélo

Editor de Esportes

O momento mais difícil paraos jovens que se aventuram nofutebol é o da despedida. Ado-lescentes ainda com jeito de meni-nos deixam suas famílias para ten-tar a sorte em grandes clubes,sabendo que, para sobreviver daarte de domar a bola, precisamter força de vontade e uma grandecapacidade de superar seus limi-tes.

Há quem diga que é fácil avida de boleiro, que jogar futebolé uma diversão para os profis-sionais, mas esses, atestam os jo-gadores, conhecem pouco sobreos caminhos incertos do esporte.Além de bons de bola, os meni-nos precisam amadurecer rápidodemais, queimando etapas da ju-ventude e sendo submetidos auma carga emocional bem supe-rior a de outras profissões. De cemgarotos que iniciam o trabalho nacategoria sub-13 de um grandeclube, apenas dois cumprem todoo ciclo e chegam ao time profis-sional.

O lado romântico do futebol,que aparece todos os dias nos jor-nais e revistas especializados, es-conde a sombra das chuteiras."Não é um meio de vida tran-quilo, como as pessoas pensam. Ojogador abre mão de muita coisapara seguir a carreira. A famíliafica distante, e um garoto precisatomar decisões sérias sozinho. No

futebol, os atletas são tratadosmuitas vezes como mercadorias.Enquanto estiverem em boascondições, serão valorizados. Se oprazo de validade estiver paraacabar, eles serão descartados.Nesse caminho é importante parao jovem da base ou o profission-al se cercar de pessoas honestas,porque há muitos aproveitadoresno meio", declarou o ex-jogadorde CRB e CSA Toninho.

O fim de qualquer "peneirão"traz consigo poucos sorrisos. Notrabalho acompanhado por OJORNALem Ipioca, no dia 22 desetembro, apenas quatro dos 300garotos inscritos passaram noteste.

"Foram aprovados pelo Vitóriatrês jogadores do Villa Real: o late-ral-direito Eduardo Augusto,nascido em 96, e os volantesClaudevan Júnior, de 97, e CharlesHenrique, de 98. Claudevan, in-clusive, foi muito disputado pelosolheiros que acompanharam o"peneirão". O garoto, de 13 anos,realmente impressionou. Dessesjovens, o Eduardo já viajou paraSalvador, e os outros dois têm pas-sagem marcada para o próximodia 28", explicou Marcos Bezerra,o organizador do "peneirão" deIpioca.

"Também tivemos a apro-vação do meio-campista VitorLins, da Assomal, pelo Bahia.A viagem dele já está confirma-da para o dia 26", acrescentouMarcos.

Valsa da despedidaUm dos momentos mais difíceis para os garotos é deixar a família

Claudevan ao lado do pai: jogador começou na base do Azulão

Marco Antônio

Page 52: OJORNAL 17/10/2010

JORNALO LO JORNA

Jornal da TVJornal da TVJornal da TV

Bianca Bin

fala de sua

personagem

em PassionePágina 6

Maceió, domingo, 17 de outubro de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: [email protected]

Page 53: OJORNAL 17/10/2010

22

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"Sonhava que estavaesquartejando pes-soas".Carmo Dalla Vecchia, que viveu oSilvério em "A Cura", da Globo,contando que interpretar um per-sonagem macabro fez com que eletivesse pesadelos (Revista"Quem").

"Todo dia tomo sor-vete. Compro barrade chocolate, derretoe jogo em cima dosorvete".Mariana Rios, a Nancy de"Araguaia", jurando que não fazexercícios físicos para manter os 51Kg e que adora comer (Jornal "ODia").

"Acho que essa expe-riência deu a ele umaideia do quão malucaeu posso ser".Ana Paula Arósio explicando que omarido, que não trabalha no meioartístico, teve a chance de conhecermelhor esse universo depois departicipar do processo das filma-gens de "Como Esquecer", filmeem que a atriz dá vida a uma lésbi-ca (Revista "IstoÉ Gente").

"Estranho seria se elanão arrumasse".Luciano Szafir, que protagonizou"Promessas de Amor", da Record,dizendo que não se incomodaria sesua filha, Sasha, arrumasse um na-morado, apesar de ainda achá-lamuito nova ("ego.com.br").

"Gostamos de mos-trar que o dinheironão cai do céu e elesentendem".A apresentadora Angélica expli-cando como educa os filhos,Joaquim, de 5 anos, e Benício, de 3,para que eles não fiquem deslum-brados ("ego.com.br").

"Uma vez, quis risso-le de camarão e nãome segurei. Comiduas vezes em umasemana".Letícia Spiller, que volta ao ar em"Afinal, O que As MulheresQuerem", nova série da Globo, grá-vida de seis meses, confessandoque nem sempre consegue contro-lar seus desejos gastronômicos(Revista "Contigo!").

"Estou viva, tudo épossível".A apresentadora Xuxa falandosobre ter outro filho("ego.com.br").

"Estou conhecendomelhor as panelas".Grazi Massafera admitindo quenão tem muita habilidade na cozi-nha ("ego.com.br").

"Seria até hipócrita sedissesse o contrário".Bruno Mazzeo, no ar em "Junto eMisturado", da Globo, admitindoque o fato de ser filho de ChicoAnysio abriu portas para ele(Revista "IstoÉ Gente").

"Sempre considerei que não era fundamen-tal. É apenas delicioso".

Maitê Proença (foto), a Stela de "Passione", revelando como enxerga a im-portância do sexo em sua vida (Jornal "O Dia").

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JORNALO LO JORNAJornal da TVDomingo, 17 de outubro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

17/10 - Bárbara Paz, 36 anos, Fafi Siqueira, 56anos, e Nuno Leal Maia, 63.

18/10 - Tatyane Goulart, 27 anos, e Rosane Gofman,53 anos.

19/10 - Daniel Aguiar, 34 anos, Patrícia Poeta, 34anos, Helena Fernandes, 42 anos, e Glória Menezes,76 anos.

20/10 - Rodrigo Faro, 37 anos, Eliane Giardini,57 anos, e Maria Zilda, 59 anos.

21/10 - Aisha Jambo 25 anos, Fernanda Rodrigues,

31 anos, Carla Regina, 34 anos, e Marisa Orth, 47anos. Nesta data, há 20 anos, foi ao ar o primeiro ca-pítulo da novela "De Quina Pra Lua". A trama mar-cou a estreia de Alcides Nogueira como autor de fo-lhetins com a colaboração de Walther Negrão. A his-tória girava em torno da busca de um cartão pre-miado da loteria que fora enterrado junto com oapostador. Vivido por Milton Moraes, José João Batistamorreu subitamente pouco depois de ganhar uma for-tuna na Quina. A esposa, Angelina, de Eva Wilma,

mandam desenterrar o corpo e descobre que o cadá-ver está nu. Zezão volta à trama como espírito, acom-panhado do anjo Cróvis, interpretado por JoséDumont, com o objetivo de proteger a sua família doinescrupuloso Silva, de Hugo Carvana. TaumaturgoFerreira, Isabela Garcia, Elizabeth Savalla e PauloBetti, entre outros, também faziam parte do elenco.

22/10 - Ana Furtado, 37 anos, Julio Rocha, 31anos, e Ana Beatriz Nogueira, 43 anos.

23/10 - Bianca Byington, 47 anos.

ANIVERSÁRIOS DA SEMANA DE 17 A 23 DE OUTUBRO

P – Em 2006, você interpretou oCrispim de "Alma Gêmea". Quatroanos e cinco personagens depois, vocêainda é lembrado como o caipira. Issoincomoda?

R – Não ligo mais. Passei da faseem que ficava feliz por estar sendo re-conhecido. Também passei da fase depensar "ai, não param de falar isso". Éimpressionante como as pessoas lem-bram do Crispim. Onde quer que eu vá,sempre escuto algo. Quando entro emum avião, sempre tem um engraçadi-nho lá trás que grita 'Miiiirrrna'. É umtrabalho que vai ficar para o resto davida. Espero que o Neca também seja

mais um que fique no imaginário daspessoas.

P – O Neca é um artista de circo.Como você se preparou para comporesse personagem?

R – Estou nesse projeto desdemaio fazendo aulas de malabares etrapézio na Escola Nacional de Circo.É muito técnico e físico. Tem de estaralongado e torcer para não se ma-chucar. E é um trabalho de repeti-ção. Às vezes dava vontade de jogaros malabares no mar (risos). Alémdisso, tem o lado da interpretação,por ele ser um personagem conquis-

tador, um tipo que eu nunca tinhafeito.

P – Você passou mais de um mêsem Goiás, às margens do Rio Ara-guaia, gravando as primeiras cenasda novela. Como era a rotina das gra-vações?

R – Foram quase 40 dias. A genteacordava quatro e meia da manhã, parapegar o nascer do sol e ficávamos atéo fim do dia para o entardecer. No ca-minho de volta para o hotel, estavaexaurido. Agente trabalhava ao lado dejacaré, piranha, arraia... alguns animaisinóspitos, com os quais consegui con-

viver numa boa. Não dá para descre-ver a beleza do lugar.

P – Sua carreira na tevê ficou mar-cada por personagens cômicos. Vocêtem preferência por esse gênero?

R – Na verdade, acho que sou umator dramático. Comecei no drama e,de certa forma, acabei direcionado paraa comédia. O trabalho me levou paraesse lado e eu segui. Fiz comédia e fuime divertindo. Tem alguns persona-gens que quero fazer que enveredampara o drama. Mas não ligo para o gê-nero. Acho que o importante é o per-sonagem ter o que dizer.

Por Natalia PalmeiraPopTevê

Uma mistura de Bono Vox com Zezé di Camargo e Luciano.É assim que Emílio Orciollo Netto define o visual de Neca, seupersonagem em "Araguaia". Mas deixar o cabelo crescer, adotarcosteletas e bigode foi a parte mais fácil na composição do novopapel. Para interpretar o artista de circo, o ator teve de fazer in-tensas aulas de malabares e trapézio. E demorou cerca de doismeses para aprender a jogar com três claves. "Eu me apresenta-va para o porteiro do meu prédio. Perguntava se estava bom e elefalava: 'Seu Emílio, ainda está muito ruim'", conta, aos risos. Hoje,o ator se diz afiado na tarefa e até chegou a se apresentar no CircoLas Vegas, no Rio de Janeiro. "Quando voltei do Araguaia, me apre-sentei de novo para o porteiro. Ele ficou espantado com o resul-tado", orgulha-se.

Desde que estreou na tevê – como o Giuseppe de "O Rei doGado", em 1996 –, Emílio era comumente visto na pele de italia-nos, caipiras ou papéis de época. Até hoje, inclusive, ele ainda élembrado como o ingênuo Crispim, personagem que interpretouem "Alma Gêmea", em 1996. Por isso, há algum tempo o ator jábuscava dar outro direcionamento na sua carreira. "Não faria'Passione' agora, né? Deixa para fazer outro italiano daqui uns 10ou 15 anos", conta. Na pele de um circense com um quê de con-quistador, o ator experimenta um tipo inédito. "É um personagemque me proporciona um trabalho psicológico e corporal. O Necatem muitas nuances e é divertido", analisa.

PERSONAGEM DA SEMANA

Emílio Orciollo Netto se entusiasmacom o circense Neca de Araguaia

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JORNALO LO JORNAJornal da TV

MAPA DA MINA

R a p i d i n h a s

Por Natalia Palmeira

DISPUTA(SBT, dom, 19:10 h)

O "Programa Silvio Santos" desta sema-na conta com a participação de HellenGanzarolli enfrentando a apresentadoraMaísa no "Jogo das 3 Pistas". Ainda no pro-grama, Thais Pacholeck, Helen Ganzarolli,Cabrito Tevez, Carlinhos Aguiar, LígiaMendes e Lívia Andrade disputam o "Jogodos Pontinhos".

MÚSICA(Globo, dom, 02:15 h)

A Globo vai exibir os melhores momen-tos do "Festival de Música SWU", que acon-teceu entre os dias 9 e 12 de outubro, em Itu,interior de São Paulo. Los Hermanos, RageAgainst the Machine, Jota Quest, CapitalInicial, Joss Stone, Dave Matthews Band, Kingsof Leon e Linkin Park são só algumas dasatrações que se apresentaram no evento.

BELEZA(Globo, ter, 23 h)

Estreia o novo seriado da Globo, "AsCariocas". As atrizes Alinne Moraes, PaolaOliveira, Alessandra Negrini, AdrianaEsteves, Cíntia Rosa, Grazi Massafera,Fernanda Torres, Sônia Braga, Angélica eDeborah Secco serão as protagonistas decada um dos dez episódios independentes.Todos abordam o jeito das cariocas e têm acidade do Rio de Janeiro como pano defundo. A direção é de Daniel Filho.

CRESCIMENTO(TV Brasil, seg, 22 h)

O "Brasilianas.org" desta segunda vai tra-tar da logística nacional. Com a estabilida-de econômica, vários setores industriais seexpandiram e conquistaram mercados in-ternacionais. Os convidados do apresentadorLuís Nassif são Marcelo Perrupato e Silva ?Secretário de Política Nacional de Transportesdo Ministério dos Transportes ? e RodrigoOtaviano Vilaça ? diretor-executivo daAssociação Nacional dos TransportadoresFerroviários, entre outros.

TENSÃO(Record, ter, 23:15 h)

Na terça, em "A Fazenda", acontece a for-mação do "Tá na Roça", ao vivo. Comandadapor Britto Jr., a berlinda é o resultado da vo-tação aberta dos peões e a indicação doFazendeiro.

ACHADO(TV Brasil, qua, 23 h)

No episódio "Penan" do programa"Tribos", o pesquisador e explorador BruceParry percorre as selvas de Sarawak, emBornéu, uma ilha do Sudeste asiático. Elevai em busca dos últimos Penans nôma-des. Essa é uma tribo de caçadores-cole-tores que vivem em uma floresta prestes aser derrubada. E seu modo de vida tradi-cional está na iminência de desaparecerpara sempre.

SUSPENSE(Record, qua, 21:15 h)

Em "CSI Las Vegas", no episódio "BelezaMortal", Catherine lidera uma importanteinvestigação para encontrar uma modeloque está desaparecida por quase uma sema-na. Após uma estranha ligação para a emer-gência, Catherine está certa de que achou ocriminoso, mas terá de convencê-lo a dizeronde o corpo foi enterrado antes que sejatarde demais.

HISTÓRIA(TV Brasil, qui, 19:30 h)

O programa "Cultura Ponto a Ponto" mos-tra o Museu de Marajó, em Cachoeira doArari, no Pará. Fundado em 1972, o espaçoé a realização do sonho do padre jesuítaGiovanni Gallo. O religioso recolheu e cata-logou peças milenares do arquipélago.Interativo e curioso, o museu hoje é conside-rado o coração da cidade.

NACIONAL(TV Brasil, sex, 21:30 h)

Em "Programa de Cinema", será exibidoo documentário todo em preto e branco deSylvio Back sobre o movimento tenentista ea Revolução de 1930, com comentários doshistoriadores Bóris Fausto, Edgar Carone ePaulo Sérgio Pinheiro. Filho de imigrantesque vieram para o Brasil em 1935, SylvioBack tem uma vasta filmografia, onde o focoé o ataque ao patriotismo brasileiro.

# Em "Família Dinossauro", Dino fica irritado com a visita de suairmã, uma cantora "folk". Sob o protesto do pai, Bob e Charlene vãoassistir a uma apresentação da tia. (Band, dom, 20:50 h)

# Grissom deixa Las Vegas e vai para uma pequena cidade, co-nhecida como Jackpot, para investigar uma nova morte, em "CSILas Vegas". (Record, seg, 21:15 h)

# House tem a missão de descobrir as causas dos desmaios de umaprofessora de ginástica, no novo episódio de "House". (Record, qui, 21 h)

# No novo episódio de "Os Caras de Pau", Pedrão e Jorginhoaprontam todas em um concurso de mágica. (Globo, dom, 13:20 h)

# O "reality show" "Busão do Brasil" termina nesta terça.Depois de percorrer 11 cidades brasileiras, o último parti-cipante vai faturar o prêmio de R$ 1 milhão. (Band, ter, 22h)

# O "Programa Especial" apresenta uma banda de música for-mada por integrantes com várias deficiências. No repertório, forróe brega. (TV Brasil, sex, 19:30 h)

# O "Extreme Makeover Social" vai reformar a terceiracreche da edição. No total, cinco creches serão reformadas oureconstruídas para abrigar crianças carentes. (Record, sab,0:30 h)

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EM FOCO

Por Gabriel SobreiraPopTevê

Desde que estreou na tevê, GuilherminaGuinle é lembrada por interpretar mulheres se-guras, ricas e viajadas. Por exemplo, foi assimcomo a Alice, de "Paraíso Tropical" e a Amarilys,de "Caras & Bocas", todas da Globo. Mas nempor isso a atriz se sente intimidada com esteperfil, pelo contrário, para ela é mais uma opor-tunidade de fazer melhor. "Sempre tento ter coi-sas legais para fazer. Se for legal, não tem pro-blema", justifica a atriz que atualmente vive aLuisa, de "Ti-Ti-Ti". Na novela de Maria AdelaideAmaral, a personagem de Guilhermina não évilã. Apesar de já ter apresentado alguns traçosde vilania – como na vez em que quase atrope-lou a mocinha Marcela, vivida por Isis Valverde,e quando salpicou um pó misterioso para dopartemporariamente a debilitada Bruna, a perso-nagem de Giulia Gam. Tudo por ciúmes deEdgar, papel de Caio Castro. "Enquanto eletinha uma namoradinha, ela não se incomoda-va e até incentivava. Mas, quando Alice perce-be que ele está apaixonado pela Marcela, elanão gosta nem um pouco", explica, aos risos.

Não foi difícil para Guilhermina viver a sóciade uma agência de modelos. Aatriz afirma queo mundo das passarelas não é distante da suarotina. "Morei em São Paulo a vida inteira, souamiga de donos de agência de modelos, tenhoamigas modelo. Uso a experiência de vida paracompor. Aí pego o texto e seja o que Deus qui-ser", brinca a carioca.

Ela sempre contou com o apoio da famíliapara escolher a profissão de atriz. "Desde peque-na meu pai sempre dizia: 'não importa o que euqueria fazer, sempre contaria com o apoio detodos", recorda. No dia em que ela decidiu seratriz, ela foi estudar nos Estados Unidos. Ela ti-nha aproximadamente 17 anos e fez teste paraa faculdade de teatro na Boston University, masdepois mudou a Emerson College, dedicada

aos estudos de teatro, dança e música. Acarrei-ra começou de verdade quando ela estava devolta ao Brasil, aos 19 anos, com a peça "EntreAmigas", de Maria Duda e direção de EduardoMartini. "Foi uma experiência bacana. Fiz o testelendo o texto e já passei", lembra em tom hu-morado.

Depois da estreia no teatro, veio a novela"Antônio Alves, Taxista", do SBT. Mas foi em"Direito de Nascer", da mesma emissora, queGuilhermina teve uma nova visão sobre a pro-fissão que seguiria nos anos seguintes. "ORoberto Talma era sócio de uma produtora quefazia novelas e vendia para o SBT. Como era umanovela de produção independente, não tínha-mos pressão para gravar", conta. Para a atriz, agrande diferencia daquele momento foi que odiretor incentivava os atores a relaxarem e en-contrarem vínculos com o personagem. "Tinhavezes que ele perguntava se gravaríamos duasou 20 cenas no dia. Ele colocava música para cho-rar, conversava horas sobre a cena em questão.Hoje em dia é um outro ritmo", reflete Gui-lhermina, sem disfarçar o carinho pelo diretor.

Guilhermina afirma que além do desempe-nho do ator e da audiência de uma novela, todotrabalho oferece inúmeras vantagens. Foi assimcom o folhetim "A Lua Me Disse", de MiguelFalabella, que a atriz foi convidada pela auto-ra Maria Adelaide Amaral para a minissérie"JK". "É preciso que alguém que acredite emvocê, para te dar um outro personagem e vocêtente crescer na profissão. Senão você fica fazen-do a mesma coisa a vida toda. Ela me deu umpersonagem maravilhoso", derrete-se a atriz,que teve um papel feito especialmente para ela,a sedutora Magui Sampaio.

Entre aceitar e recusar um personagem,Guilhermina não segue nenhuma "cartilha"."Vou pela intuição, pela sorte", entrega. Foi assimpara a mimada Alice, de "Paraíso Tropical", epara a intelectual Amarilys, de "Caras & Bocas"."Uma energia boa puxa a outra", aposta.

Como Luisa, Guilhermina Guinlemostra segurança em Ti-Ti-Ti

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NOME PRÓPRIO

Na pele da Fátimade Passione, BiancaBin extravasa ladoespevitadoPor Luana BorgesPopTevê

Tem gente que procura o teatro para vencer a timidez. Foi assim com BiancaBin, a Fátima de "Passione", da Globo. "Eu mal dizia 'oi'. Não conseguia olhar apessoa no olho", recorda. Quando abriu um curso no colégio em que estuda-va, em Itu, interior de São Paulo, ela, na época com 12 anos, resolveu experi-mentar a novidade. "Foi mais aquela coisa de ir na onda e meus pais concorda-ram porque iria me ajudar na timidez", conta. Mas não demorou muito para oteatro ser mais do que um jeito de se desinibir. Dois anos depois, Bianca já tinhacerteza de que queria a interpretação como profissão. Por isso, tentou conven-cer os pais a deixá-la se mudar logo para São Paulo, onde poderia fazer bonscursos. A ideia deles era "liberar" a filha quando ela completasse 18 anos. Masuma prima já morava na capital e estava procurando alguém para dividir oapartamento. Era a oportunidade que Bianca precisava. "Sempre fui muito an-siosa e quis viver as coisas antes do tempo. Consegui sair de casa aos 16", rela-ta a atriz, que ainda se diz muito tímida. "Mas agora estou aprendendo a dosarisso", garante.

Hoje, aos 20 anos, Bianca vive uma típica adolescente na ficção. Na história,a espevitada Fátima já passou por "poucas e boas". Fez um aborto logo no iní-cio da trama, descobriu que sua irmã era, na verdade, sua mãe e ainda quer sabera identidade do pai. No campo amoroso, a personagem está bem. Afinal, se curouda paixão doentia por Danilo, de Cauã Reymond, e descobriu o amor por Sinval,de Kayky Brito. "As pessoas estão apostando no casal", ressalta. Mas, quandoFátima fez um aborto, a repercussão foi polêmica. Isso porque muitas mãesabordaram Bianca para criticar a atitude de sua personagem. "Acho que serviucomo uma lição do que não deve ser feito e reforçou a importância do diálogona família", defende.

Para encontrar o tom, Bianca resolveu fazer um trabalho de observação. ComoFátima é uma menina de Tatuapé, Zona Leste de São Paulo, a atriz foi até o localpara captar alguns trejeitos das adolescentes de lá. "Fiquei vendo como elas fa-lavam, como se vestiam, como caminhavam", enumera. Por pouco, a dedicaçãonão é voltada para outra personagem. Afinal, Bianca fez o teste para "Passione"interpretando um texto de Lorena, papel que ficou com Tammy Di Calafiori. Nacena, a menina conversava com Stela, vivida por Maitê Proença, sobre o fato deter se apaixonado pelo ex da mãe. Mas a direção achou que Bianca tinha mais aver com Fátima. "Eles disseram que eu, com meu jeito moleca, tinha mais a acres-centar para essa personagem. Aí, não precisei fazer outro teste", conta.

Foi através de teste também que Bianca conseguiu sua estreia na tevê, inter-pretando Marina, a protagonista da temporada de 2009 de "Malhação". Porconta do trabalho, ela, que havia feito a Oficina de Atores da Globo, teve de morarno Rio de Janeiro. Dessa vez, a mudança foi bem mais drástica. Afinal, quandoresolveu estudar teatro em São Paulo com 16 anos, estava, relativamente, pertode casa. "Qualquer dor de barriga, estava a uma hora de Itu", analisa, aos risos.As primeiras semanas foram as mais difíceis. Bianca chegava das gravações echorava. "Minha mãe me ligava e eu não queria mostrar que estava chorando.Vinha aquele nó na garganta", destaca. Mas, hoje em dia, ela está mais do queadaptada. "Agora não me imagino em outro lugar. Tenho meu cantinho, minhavida", anima-se a atriz, que faz planos para quando a trama de Silvio de Abreuchegar ao fim. "Quero voltar a estudar porque estou sentindo falta de teoria, deler textos de teatro. Também quero me arriscar no cinema", almeja.

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JORNALO LO JORNA

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Por Gabriel SobreiraPopTevê

Uma mulher é barrada na entrada de um bar.O segurança pede o documento dela. Eles argu-mentam sobre a obrigatoriedade deste procedi-mento. "Valeu! Corta!", avisa o diretor Daniel Filho,posicionado a três metros de distância da apresen-tadora Angélica e do ator Serjão Loroza na grava-ção de um dos episódios da nova série "As Cariocas",que estreia no dia 19 de outubro, após o "Casseta& Planeta, Urgente!", da Globo. "Ele é muito bomporque é objetivo, ele sabe o que quer", derrete-sea apresentadora em referência ao diretor. Acena emquestão faz parte de um episódio que é protagoni-zado por Angélica. "Ela é uma pessoa que está le-vando um chifre. Basicamente é isso", resume aapresentadora, aos risos, sobre ela a protagonistado episódio "A Traída da Barra".

Este é um dos dez episódios independentes dasérie que fala das peculiaridades femininas com oRio de Janeiro como pano de fundo. Neste, MariaTeresa é uma funcionária exemplar, cuida bem dacasa, é feliz no amor, tem dois filhos encantadores.Ela é casada com Cícero. Este papel coube ao apre-sentador Luciano Huck. "O Daniel me ligou parame convidar e falou: 'vou convidar o Luciano tam-bém, você acha que ele topa?'. Eu falei: 'eu acho quenão. Acho complicado porque ele não gosta deatuar'. Mas o Daniel com aquele jeito dele que con-vence, ele falou com Luciano e ele acabou curtin-do", lembra Angélica, enquanto aguarda os ajustesfinais da equipe técnica para reiniciar as tomadas.

Antes de retomar as gravações, o diretor DanielFilho pede algumas mudanças de posicionamen-to do trilho que guia a câmara. Mais algumas mar-cações de ângulos são feitas. "Vamos lá gente, pas-sar mais uma vez o ensaio!", agita o diretor. Angélicafica perto do táxi. "Cadê a Anja?", pergunta o dire-tor. "Aqui!", responde a apresentadora acenando esorrindo.

Começa um barulho de marteladas próximo deonde estavam rodando as cenas. Para tudo. "Jureique a cidade cenográfica não tinha barulho", brin-ca o diretor. O barulho cessa. O diretor deu sinalpara rodar. A apresentadora ajeita a roupa e cami-nha na direção da porta do bar. Angélica, agora napele de Maria Teresa, vai para um bar em represá-lia à traição do marido. Mas no meio do caminhotinha um segurança, Serjão Loroza. Ele pede os do-cumentos da Maria Teresa. "Olha a minha cara", re-vida ela com feição já ter passado a maioridade. Osegurança é insistente, mas a mulher traída estásem paciência. Ela exige o documento que garan-ta esse procedimento. Sem resposta, Serjão, auto-riza a entrada da moça. "Valeu!", aprova DanielFilho.

Em um segundo mo-mento, estão em cena os ato-res André Dias, que vive o sol-teirão Fernando, e FernandaPontes, que dá vida à descoladaRenata. Assim que Maria Teresaentra no bar, conhece o rapaz quea convida para dar uma volta. Ela,irritada e a fim de dar o troco no ma-rido, aceita a proposta. Enquanto elesaguardam o manobrista trazer ocarro do sedutor, Renata surge comouma aparição mágica e tasca um se-linho na boca do rapaz. "Angélica, recuaum pouquinho", pede o diretor para omelhor enquadramento da câmara. FernandaPontes recebe alguns conselhos do diretor. "Vocêé a melhor amiga dele. Acaba de conhecer a Ma-ria Teresa e já a convida para uma festa", repas-sa a cena. O casal sai do bar, Renata, persona-gem de Fernanda Pontes, os aborda e convi-da para sair. Maria Teresa faz cara de descon-fiada. "Foi, galera!", encerra Daniel Filho.

Ambientada em diversos bairros do Riode Janeiro, a trama de "As Cariocas" é inspi-rada no livro homônimo de Sérgio Porto – eadaptada por Euclides Marinho –, que con-tava com seis histórias, cada uma passadaem um bairro do Rio de Janeiro. Dez atri-zes irão protagonizar dez episódios inde-pendentes. São eles: Alinne Moraes ("ANoiva do Catete"), Cíntia Rosa ("AInternauta da Mangueira"), AdrianaEsteves ("A Vingativa do Méier"),Alessandra Negrini ("AIludidade Copacabana"), Paola Oli-veira ("A Atormentada daTijuca"), Grazi Massafera(foto) ("A Desinibida doGrajaú"), Fernanda Torres("A Invejosa de Ipa-nema"), Sonia Braga ("AAdúltera da Urca"), De-borah Secco ("A Suicidada Lapa") e Angélica ("ATraída da Barra"). Paramanter os episódios insti-gantes, o diretor fez uso deuma característica impor-tante do escritor do livro ho-mônimo na série. "O jeito irô-nico e irreverente do Sérgio, ouStanislaw Ponte Preta – seupseudônimo em textos maishumorísticos, quase um alte-rego – é o molho destes con-tos", garante.

PRIMEIRA MÃO

As Cariocas recria

a vida cotidiana do

Rio na atualidade

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Por Natalia PalmeiraPopTevê

Apesar de ter começado a carreira de ator aos três anos, Caio Vydal ainda nãose acostumou com o reconhecimento do público. No ar como o jovem Guilhermede "Ribeirão do Tempo", o ator é abordado pelos telespectadores e acha estranhose sentir observado quando sai nas ruas. Com quase 2 mil seguidores no twitter,diariamente recebe comentários sobre seu personagem e desempenho. "A reper-cussão está sendo muito boa. Recebo críticas e elogios. Na escola, meus amigosperguntam sobre a novela e como é no estúdio", conta, orgulhoso. Para dar vidaao papel, o ator buscou inspiração para compor seu personagem em filmes dra-máticos, como "O Menino do Pijama Listrado", de Mark Herman. Isso porque,desde o início, ele sabia que Guilherme ia sofrer com a morte do pai, vivido por

Rodrigo Phavanelo. "Li livros e assisti a filmes de crianças que perdiam o pai",explica.

O interesse pela artes cênicas surgiu cedo na vida de Caio Vydal. Aos três anos,quando ia assistir peças no teatro com os pais, que sabiam de seu desejo de serator. "Minha mãe tinha muito medo disso. Até o dia em que minha avó me levouem uma agência e fiz cursos de teatro. Depois, ela passou a apoiar", conta ele, res-saltando que a condição para trabalhar na tevê era manter notas boas e frequên-cia em sala de aula. Hoje, com 15, ele está em sua quarta novela – sua estreia foiem "Zazá", em 1998, e mais recentemente deu vida ao Giba de "Três Irmãs", em2008 –, além de atuações em filme e peças de teatro. No ar como o apaixonadoGuilherme de "Ribeirão do Tempo", ele garante que quer continuar na profissãoescolhida ainda na infância. "Não quero abandonar os estudos. Penso em fazer fa-culdade de Cinema e pós-graduação em Fotografia. Mas prefiro atuar", ressalta.

RETRATO FALADO

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Nome: Caio Ramos Roseno Haaussman Vydal.Nascimento: 31 de março de 1995, no Rio de Janeiro.Na tevê: "Filmes, seriado e novelas'".Ao que não assiste na tevê: "Programas políticos".Nas horas livres: "Gosto de jogar bola e sair com osamigos".No cinema: "Filmes de comédia, ação e suspense".Música: "Adoro hip-hop e rap brasileiro".Livro: "Diário de Um Banana", de Jeff Kinney.Prato predileto: Lasanha.Pior presente: "Já ganhei uma meia furada".O melhor do guarda-roupa: "Uma blusa que ganheida minha namorada".

Perfume: Issey Miyake.Mulher bonita: "A minha mãe".Homem bonito: "O meu pai".Cantor: Bruno Marz.Cantora: Ivete Sangalo.Ator: "Meu irmão, Cássio Ramos".Atriz: Regina Duarte. Escritor: Marcílio Moraes.Arma de sedução: "Meus olhos".Programa de índio: "Me convidar para ir para algumlugar onde eu não conheço ninguém".Melhor viagem: "Quando fui para a Disney com aminha família, em 2007".

Sinônimo de elegância: "Ter estilo próprio".Melhor notícia: "Quando minha mãe contou que es-tava grávida do meu irmão".Inveja: "De quem pode acordar tarde todos os dias".Ira: "Quando o Vasco perde".Gula: "McDonald's".Cobiça: "Ser um ator conhecido".Luxúria: "Cabelos".Preguiça: "De ir à padaria".Vaidade: "Roupas".Mania: "Ficar no twitter".Filosofia de vida: "Trabalhe no que você gosta e vocênunca irá trabalhar".

Caio Vydal se

surpreende com

a repercussão de

Guilherme, em

Ribeirão do Tempo

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A SEMANA DAS NOVELASMALHAÇÃO - Rede Globo - 17h15

AARRAAGGUUAAIIAA - Rede Globo - 18h

PASSIONE - Rede Globo - 21h

TI-TI-TI

Segunda (18/10) - Clô demi-te Jackie. Berilo pede para voltarcom Agostina, mas ela o destra-ta. Felícia avisa a Clara que vaiproteger Totó de suas investi-das. Diogo convida Clara parasair. Totó comemora com sua fa-mília e a de Candê a compra dosítio e a sociedade entre eles.Diogo insiste para saber comofoi a vida de Clara na Itália. Clôpromove Lurdinha à secretáriapessoal de Olavo. Clara afastaDiogo ao perceber Totó olhandopara os dois.

Terça (19/10) - Diogo faz umaligação misteriosa e se mostra sa-tisfeito por ter conhecido Totó.Totó afirma que precisa esque-cer Clara. Mauro e Bete consta-tam que quem desviava dinhei-ro da empresa o fazia há muitotempo. Jéssica não consegue con-vencer Clô a perdoar Jackie. Clarase desculpa com Mimi e conta asua história para ele. Kelly acon-selha Clara a contar para Totótudo sobre Diogo. Clara procuraTotó. Felícia visita Totó e se sur-preende ao encontrar Clara.

Quarta (20/10) - Felícia ficaenciumada e Totó não consegueimpedi-la de ir embora. Fátimaacredita que Clara tem notícias deDanilo, mas Kelly garante quenão. Bete e Olga especulam sobreo motivo que levou Danilo amudar de vida. Olavo e Jéssicaconseguem que Jackie e Clô fi-quem juntas para conversar. Totóprocura Felícia. Clara conta paraDiogo sobre o golpe que ela eFred armaram para Totó e o can-tor liga um gravador sem que elaperceba.

Quinta (21/10) - Totó termi-na seu relacionamento com Felíciapara não fazê-la sofrer mais. Diogopergunta se Clara colocou fogono celeiro do sítio para tentarmatar Totó. Diogo entrega o gra-vador para Talarico. Diogo pegaa chave da pensão de Valentinasem que Clara perceba. Agnellopensa em resolver a situação deAgostina. Berilo foge de Jéssica.Agnello vai à casa de Olavo parafalar com Berilo e Jéssica reclamacom ele. Felícia vai à casa de Totóe os dois ficam juntos.

Sexta (22/10) - Agnello eJéssica discutem, e o italiano vaiembora. Agostina confessa quese sente sozinha e Mimi a conso-la. Candê se emociona ao ser cha-mada de mãe por Amendoim.Valentina entrega as fotos quetirou para Jovino com o intuito dese vingar de Candê. Talarico en-trega para Diogo a cópia da chaveda pensão de Valentina. Berilo épreso e Jéssica se desespera. Mimicomenta sobre a paixão que seutio sente por Gemma. Diogo vaià casa de Gemma.

Sábado (23/10) - Diogo dis-farça para justificar a visita e Totófica cismado. Jéssica e Agostinasão presas. Berilo se desespera aover Agostina e Jéssica serem sol-tas. Agostina chora por causa deBerilo. Totó comenta com Alfredosobre sua desconfiança com Diogo.Clara ouve Valentina falando comJovino sobre a denúncia e avisaCandê. Sinval não consegue dor-mir com Fátima. Clara se sur-preende ao ver Totó, Felícia e Gem-ma entrarem na cantina. Candê,furiosa, vai à casa de Valentina.

Os resumos dos capítulos de todas as novelas são de responsabilidade de cada emissora – Os capítulos que vão ao ar estão sujeitos a eventuais reedições.

Segunda (18/10) - Cláudia orientaFred a ficar longe de luzes piscantes.Ângela é hostil com Catarina e simulater um romance com Pedro. Pedro sedesespera quando vê a luz estroboscó-pica ser acionada e pede para Theo pro-curar Fred. Lorelai filma a disputa deBabi e Josiane na pista de dança. Josianebeija Maicon e Babi beija Franja, paraprovocar o goleiro. Eric beija Catarina desurpresa e Lorelai filma. Ângela apon-ta o telão para Pedro, que vê o beijo e ficaarrasado.

Terça (19/10) - Catarina repreendeEric por tê-la beijado. Ângela disfarçaa satisfação de ver Pedro abalado.Maicon não se intimida com Franja, dei-xando Babi e Josiane nervosas. Catarinaprocura Pedro, mas ele a destrata. Ân-gela se declara para Pedro. Lorelai de-safia Dodói a conquistar uma meninana festa. Babi diz a Catarina que tem cer-teza de que Ângela e Pedro têm um re-lacionamento. Ângela pede para ficarcom Pedro. Ao ver Catarina e Eric che-garem juntos ao Botecão, Pedro beijaÂngela.

Quarta (20/10) - Catarina vai embo-ra do Botecão. Eric tenta se aproximar deCatarina, mas ela não deixa. Hélio dis-pensa Maicon do Nacional. Antôniopede o telefone dos pais de Arthur paraconversar sobre a gravidez de Júlia. Ân-gela se insinua para Pedro, mas ele adeixa sozinha na Caldeira. Antônio levaJúlia para conhecer os pais de Arthursem que os adolescentes saibam, deixan-do-os constrangidos. Triste pela decisão,Tereza diz a Vera que irá expulsar Theodo colégio.

Quinta (21/10) - Antônio fica satis-feito com o apoio que Marina e Oscardão para a gravidez de Júlia. Cláudiaaconselha Catarina a se declarar paraPedro. Fred cola no mural do colégioa entrevista em que Fausto cobra dajustiça uma pena mais severa paraTheo. Pedro reclama de Catarina paraÂngela. Júlia e Arthur decidem se vãocontar para seus pais que o bebê queela espera não é dele. Theo e Pedrofalam mal da família de Catarina semsaber que eles estão ouvindo a conver-sa.

Sexta (22/10) - Fausto fica furiosocom as ofensas de Theo, mas Catarina oacalma. Hélio volta atrás em sua decisãoe decide dar mais uma chance a Maiconno Nacional. Roberto é solidário à preo-cupação de Cláudia com Fred. Fred vaiao cinema com Laura e ela diz estar felizpela companhia. Seu Pintinho treinasamba com Josiane para impressionarDona Zica. Pedro diz aos pais que nãoacredita em uma boa convivência coma família de Catarina no colégio. Faustoanuncia que vai processar a famíliaLopes.

RIBEIRÃO DO TEMPO - Record - 2222h00

Segunda (18/10) - Lincon entrevis-ta Ari. Filó liga para Joca e agradece aajuda. Ari deixa claro para Lincon quetem certeza de que vai ser reeleito. Filóvai até a pousada e diz a Tito que o paidela assinou o documento. Tito apre-senta Filomena a Clorís e ao pessoal dapousada. Clorís a trata friamente. Que-rêncio fala para Romeu e Sancha queestá com ódio de Tito. Flores explica pa-ra Joca que Nicolau é um homem cons-ciente e aconselha o detetive a se man-ter afastado das investigações.

Terça (19/10) - Nasinho conta a Nico-lau que Tito vai conseguir o empréstimopara reerguer a pousada. Joca explicapara Filomena que pessoas importanteso aconselharam a não investigar a sabo-tagem do avião, mas ressalta que nãoacredita na inocência de Nicolau. O se-nador liga para Bruno e fala para eletentar impedir que o empréstimo saia.Arminda diz a Filomena que acha ótimaa ideia de realizar o casamento no solar.Karina cumprimenta Tito com um rápi-do beijo na boca e Diana vê a cena.

Quarta (20/10) - Karina pede paraTito lhe beijar. Lílian entra no quarto deNicolau, que bate nela com muita vio-lência. Arminda escolhe a roupa paraDiana ir ao jantar na casa do senador.Bruno conta a Teixeira e Célia que fez umrelatório das atitudes de Arminda, enfa-tizando que ela não está protegendo osherdeiros, e enviou para a diretoria daEuropa. Filó diz a Carmem que ficouchateada porque Tito não contou queencontrou Karina.

Quinta (21/10) - Sônia e André re-solvem contar a verdade para seus paissobre o namoro deles. Nicolau diz aArminda que o casamento deles é in-teressante para os dois. Arminda con-corda e diz que prefere pensar umpouco antes de tomar uma decisão.Joca recebe uma carta com um pedidode ajuda, marcando um encontro àsmargens do Ribeirão. O detetive ficapensativo.

Sexta (22/10) - Tito acerta com Cloríscomo vai pagar sua dívida. Flores pegao fuzil que está escondido em uma caixade violão e checa a munição. Ari se pre-para para receber os correligionários.Joca, tenso, sai do carro e se embrenhana floresta. Flores tira a caixa do porta-malas e entra em uma trilha com Sereno.Os dois ficam escondidos em um pontodistante de Joca e se preparam para ati-rar. Flores coloca Joca na mira telescópi-ca do fuzil.

Segunda (18/10) - Nicole vêAmanda com o vestido deDesirée e desaprova. Pedro con-vence a avó a lhe dar dinheiro epega o carro de Valquíria escon-dido. Desirée discute com Jorgitoe ele rompe o noivado. Chicoanuncia a entrada de Victor Va-lentim, mas o estilista se escon-de em uma nuvem de fumaça esai mais uma vez de cena semmostrar o rosto. Armandinho in-vade o ateliê completamente em-briagado à procura de Desirée.Jacques invade o escritório de Va-lentim e flagra Luti falando como pai.

Terça (19/10) - Armandinhose declara para Desirée no meioda festa e causa constrangimen-to em Stéfany, que vai embora ir-ritada. Depois de Luti ter enfren-tado Jacques para defender aidentidade de Victor Valentim,Jacques sai furioso do ateliê.Desirée ouve Jorgito ajudando eaconselhando Armandinho e ficacomovida. Desirée procuraJorgito e Penha avisa que ele via-jou. Desirée chega ao Rio deJaneiro e surpreende Jorgito.Armandinho é preso. Cecília fogeda clínica.

Quarta (20/10) - Armandi-nho é preso por porte de drogas.Dona Mocinha se desespera coma prisão do neto e Stéfany come-mora. Desirée e Jorgito reatam onoivado. Jacques briga com Pedropor ter aprontado com Priscila eo expulsa de casa. Francis contapara Luísa sobre a história do su-posto irmão de Marcela chama-do Rento e ela fica intrigada.Bruna anuncia a chegada de Stelae Giancarlo. Pedro dirige suamoto e se envolve em um aciden-te com Cecília.

Quinta (21/10) - Pedro so-corre Cecília, que tem alucina-ções com Victor Valentim aoolhar para ele. Renato avisa aospais que seu curso em Londresestá no fim. Desirée paga a fian-ça de Armandinho. Mabi vêCecília no meio da rua, fica fas-cinada pelo seu vestido, e fotogra-fa. Cecília diz a Mabi que estáprocurando por Victor Valentime ela resolve ligar para Luti. Lutiavisa a Ariclenes que encontrouCecília. Luísa questiona Edgarsobre o suposto irmão falecidode Marcela.

Sexta (22/10) - Ariclenesagradece Mabi por ter encon-trado Cecília. Mabi desconfia.Jacques fica enciumado com apossibilidade de Clotilde secasar com Ricardinho. Ariclenesse arruma para sair com Suzana.Dr. Queiroz comenta com Val-dete que vai descobrir o queaconteceu com Cecília. Valquíriaexige saber o que Mabi queriacom Luti quando ligou para ele.Armandinho reage aos ataquesde Stéfany. Ariclenes vê Jacquescom Clotilde no restaurante epensa em como avisar a Jaque-line.

Sábado (23/10) - Jacquestenta conquistar Clotilde e Aricle-nes fotografa o rival em seu en-contro. Ariclenes fica desespera-do ao perceber que perdeu seucelular. Clotilde mostra para Jac-ques o celular que pegou de Aric-lenes. Clotilde leva Jacques paraseu apartamento. Camila elogiaLuti para Rebeca. Luti criticaAriclenes por não ter dado aten-ção a Suzana. Ariclenes pede per-dão a Suzana. Luísa descobre queOsmar era namorado de Julinhoe que Marcela era apaixonadapor Renato.

Segunda (18/10) - Améliaimpede o confronto entre Solanoe Vitor. Manuela não conseguecontar para Max que terminouseu noivado. Manuela pega o jet-ski para ir cuidar de um animale Fred aconselha a irmã a tomarcuidado com o rio. Padre Emílioteme pela segurança de Solanopor causa da fúria de Max. Estelafica frustrada quando PadreEmílio avisa que Solano não vaificar com ela. O jet-ski de Ma-nuela para por falta de gasolinae Solano vai resgatá-la. O barcode Solano cai de uma cachoeira.

Terça (19/10) - Manuela sedesespera com o acidente deSolano e tenta falar com o irmão.Fred resgata Solano. Cirso garan-te a Pérola e às filhas que não vaimorar na cidade. Manuela confir-ma que Solano está vivo, mas queprecisa ser transferido para umhospital e pede ajuda a Vitor. Omédico afirma a Manuela que oestado de Solano é grave e que elepode morrer. Janaína resiste aFred e conta que não pode se en-volver com ele. Nancy sorri de-pois de ouvir a conversa dos dois.Vitor consola Manuela.

Quarta (20/10) - Vitor ouveManuela se declarando paraSolano. Cirso ameaça Max paranão ser mandado embora depoisque se mudar para a cidade.Janaína entra no quarto de Frede deita na cama dele. Cirso pedea Fred para morar na cidade.Janaína se esconde no armário,quando Fred entra no quarto.Caroço encontra a ponta de umaflecha e, ao tocá-la, Terê tem avisão do ritual feito por Iaru e oXamã. Estela entra no quarto dehospital onde Solano está inter-nado.

Quinta (21/10) - Estela beijaSolano, que está desacordado.Fred encontra o lenço de Janaínaem seu quarto. Manuela questio-na Estela sobre seus sentimentospor Solano. Solano sonha que con-segue escapar da queda da ca-choeira. Fred devolve o lenço deJanaína e os dois se beijam. Solanoacorda do coma, chama por Estelae Manuela fica chateada. Manuelaquestiona o namorado sobre oque ele sente por Estela. Vitor vêManuela e Solano se beijando.Estela implora que Ruriá lheajude a esquecer Solano.

Sexta (22/10) - Ruriá insistepara Estela que a maldição tem dese cumprir. Solano agradece Vitorpor ter salvado sua vida ao trans-portá-lo para o hospital em seuavião. Iuraru diz que fará o amu-leto para Solano em troca de umaloja na cidade. Solano encontraum colar pendurado em sua camae fica intrigado. Manuela diz aAmélia que ficará na estância comSolano. O adestrador pede paraEstela não atrapalhar seu relacio-namento com Manuela. Solanopede Manuela em casamento.Padre Emílio visita Solano.

Sábado (23/10) - Max recla-ma com Amélia da ausência deManuela. Mariquita avisa aManuela que ela dividirá o quar-to com Estela enquanto se hos-pedar na estância. Amélia pedepara Fred convencer Manuela avoltar para casa. Geraldo é hos-til com Padre Emílio e Solano.Padre Emílio fica intrigado aoouvir o nome do delegado.Amélia vai à estância disposta asaber as intenções de Solano comsua filha. Mariquita defende oneto.

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1100 Domingo, 17 de outubro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

JORNALO LO JORNAJornal da TV

DOMINGO, 17/10

Beethoven 2 (Globo, 14:10 h)Beethoven's 2nd, de Rod Daniel. Com

Charles Grodin, Bonnie Hunt e Nicholle Tom.EUA, 1993, cor, 89 min. A emissora não in-formou a classificação etária.

Comédia - Beethoven, o cão de estima-ção da família Newton, retorna à casa coma companheira Missy e os quatro lindos fi-lhotes, que vão trazer de volta o significadode uma vida selvagem, já que Tchaikovsky,Chubby, Dolly e Mo, seus outros filhos, her-daram o talento do pai para criar confusão.

A Razão do Meu Afeto (Band, 21:00 h)The Object of my Affection, de Nicholas

Hytner. Com Paul Rudd, Kali Rocha e Jenni-fer Anniston. EUA, 1998, cor, 111 min. Classi-ficação Etária: 14 anos.

Romance - Nina é uma encantadora e in-dependente assistente social que cai na piorarmadilha para uma mulher: apaixona-seperdidamente pelo homem errado. Vivendomomentos inesquecíveis de total ternura, elase deixa levar pelo fascínio dele. E é exatamen-te aí que começam os problemas.

A Última Aposta (Band, 01:45 h)Even Money, de Mark Rydell. Com Kim

Basinger, Danny DeVito e Kelsey Grammer.EUA, 2005, cor, 113 min. Classificação Etária:14 anos.

Drama - Carol Carver é uma escritoraque passa o dia desperdiçando o tempo etodo o dinheiro da família apostando inces-santemente em máquinas caça-níquel. Murphé um agenciador de baixo nível, que tenta es-conder sua profissão de Verônica, a garotaque ama. Clyde Snow e seu sobrinho Godfreysão viciados em apostas na liga universitá-ria de basquete. Carol, Murph e Clyde nãose conhecem, mas a atração que sentem pelojogo fará com que seus destinos se cruzem.

Silencio Roto (TV Brasil, 23 h)Silencio Roto, de Montxo Armendáriz.

Com Lucía Jiménez, Juan Diego Botto eMercedes Sampietro. Espanha, 2001, cor, 110min. Classificação Etária: 12 Anos.

Drama - Lúcia tem 21 anos e decide re-tornar para a vila onde nasceu, em meio àsmontanhas no Norte da Espanha. Ela voltacom o objetivo de reencontrar a tia e traba-lhar para ela. Acaba revendo tambémManuel, um jovem ferreiro que colabora comos "maquis", grupo armado que não se rendeao triunfo da ditadura de Franco e continualutando contra ela. Impressionada com suacoragem, ela se apaixona pelo rapaz.

O Homem da Casa (Globo, 00:30 h)Man of the House, de Stephen Herek.

Com Tommy Lee Jones, Anne Archer e BrianVan Holt. EUA, 2005, cor, 100 min. A emis-sora não informou a classificação etária.

Drama - Roland Sharp é um policialdurão que deve proteger as testemunhas deum crime. O problema é que elas são cincobelas mocinhas líderes de torcida daUniversidade do Texas. Para cumprir suamissão, ele é obrigado a se disfarçar de trei-nador das patricinhas, que estão na mira deum assassino.

Margot e o Casamento (Globo, 03:10 h)Margot at the Wedding, de Noah Baum-

bach. Com Nicole Kidman, Jack Black e ZanePais. EUA, 2007, cor, 93 min. A emissora nãoinformou a classificação etária.

Comédia - Margot, uma brilhante escri-tora de contos, que cria o caos por ondepassa, faz uma viagem surpresa para sua li-beral Irmã Pauline, depois que ela anunciaque vai se casar. Mas quando conhece o noivode Pauline ? um artista desempregado ?Margot questiona se a união deve mesmoacontecer.

SEGUNDA, 18/10

Herbie ? Meu Fusca Turbinado (Globo,15:40 h)

Herbie: Fully Loaded, de Angela Robin-son. Com Lindsay Lohan, Justin Long e Brec-kin Meyer. EUA, 2005, cor, 101 min. A emis-sora não informou a classificação etária.

Comédia - Maggie Peyton é a mais novadona do veículo mais independente da his-tória do cinema ? o grande, poderoso e tur-binado Herbie, o fusca. Maggie decide in-screvê-lo na poderosa competição Nascar,que com certeza terminará em muitas con-fusões.

Indiana Jones e o Reino da Caveira deCristal (Globo, 22:25 h)

Indiana Jones and the Kingdom of theCrystal Skull, de Harrison Ford. Com Harri-son Ford, Cate Blanchett e Karen Allen. EUA,2008, cor, 122 min. A emissora não informoua classificação etária.

Aventura - Em 1957, o arqueólogo India-na Jones escapa de agentes soviéticos e voltaa dar aulas na universidade. Por causa deseus métodos nada convencionais, é afasta-do. Então, ele acaba sendo convencido pelojovem e impetuoso Mutt a recuperar a len-dária caveira de cristal e embarcar em umaaventura repleta de perigos.

O Coronel e o Lobisomem (Globo, 02:50 h)O Coronel e o Lobisomem, de Mauricio

Farias. Com Diogo Vilela, Selton Mello e AnaPaula Arósio. Brasil, 2005, cor, 90 min. Aemissora não informou a classificação etária.

Comédia - Ponciano de Azeredo Furtado,um coronel de patente e fazendeiro por he-rança, luta contra seu irmão de criação,Pernambuco Nogueira, para manter as ter-ras da fazenda e conquistar o coração de suaprima Esmeraldina. Para vencer essa batalha,Ponciano precisa enfrentar feras, agiotas eladrões, além de se envolver com a vida boê-mia da cidade e ainda espantar assombra-ções.

TERÇA, 19/10

Uma História de Luta (Globo, 15:40 h)Going to the Mat, de Stuart Gillard. Com

Andrew Lawrence, Khleo Thomas e Ales-sandra Toreson. EUA, 2003, cor, 74 min. Aemissora não informou a classificação etá-ria.

Drama - Jace é um garoto cego que adoradesafios. Quando sua família se muda deNova Iorque para Utah, ele tem de encontrarum jeito de ser aceito por seus novos cole-gas de escola. A solução está em ingressar naequipe de luta da escola e na música.

Pânico na Estrada (SBT, 23:30 h)A Friday Night Date, de Sidney J. Furie.

Com Casper Van Dien, Danielle Brett e Jo-seph Griffin. EUA/Canadá, 2000, cor, 96 min.Classificação Etária: 14 anos.

Ação - Para Jim e Sônia, a volta paracasa é marcada por um incidente na estra-da, quando Jim fecha uma "pick up" e quase

provoca um acidente. O motorista da "pickup" não parece satisfeito com um mero pe-dido de desculpas. O casal é obrigado amudar de planos e é iniciada uma fuga paradespistar o motorista que os persegue in-cansavelmente.

O Cadete Winslow (ou "Uma Viradado Destino", opção do Intercine) (Globo,02:20 h)

The Winslow Boy, de David Mamet.Com Nigel Hawthorne, Jeremy Northam eRebecca Pidgeon. EUA, 1998, cor, 104 min.A emissora não informou a classificaçãoetária.

Drama - A fim de resgatar a honra dafamília, um rico banqueiro inglês decide con-tratar um famoso advogado quando seu filhoé acusado de roubo. O julgamento chama aatenção da população de Londres e podedesestruturar os laços que unem a famíliaWinslow.

Uma Virada do Destino (ou "O CadeteWinslow", opção do Intercine) (Globo,02:20 h)

A Simple Twist of Fate, de Gillies Ma-ckinnon. Com Steve Martin, Gabriel Byrnee Laura Linney. EUA, 1994, cor, 106 min. Aemissora não informou a classificação etá-ria.

Comédia - Michael McCann, um marce-neiro pacato e solitário resolve adotar umaórfã de dois anos, que chama de Matilda,abandonada perto de sua casa. A partir daí,sua vida sofre uma mudança radical e ele seafeiçoa pela menina. Quando tudo parece irbem, surge o verdadeiro pai, um poderosopolítico que luta na justiça pela guarda dacriança.

QUARTA, 20/10

Material Girls (Globo, 15:40 h)Material Girls, de Martha Coolidge. Com

Hilary Duff, Haylie Duff e Maria ConchitaAlonso. EUA, 2006, cor, 97 min. A emissoranão informou a classificação etária.

Comédia romântica - Duas garotas,muito populares pelo fato de serem ricas,levam uma vida de compras e diversão. Masquando sua fábrica e a fortuna da famíliasão ameaçadas, elas começam a descobrirquem são seus verdadeiros amigos e a apren-der um pouco mais sobre a vida real.

A Última Missão (ou "O Garoto deHarvard", opção do Intercine) (Globo, 02:15 h)

Last Run, de Anthony Hickox. ComArmand Assante, Ornella Muti e JurgenProchnow. Inglaterra/Hungria, 2001, cor, 92min. A emissora não informou a classifica-ção etária.

Ação - Um agente americano de prote-ção a ex-militares do serviço secreto russo estásendo caçado por criminosos soviéticos epoliciais americanos. Durante sua fuga, eletem de enfrentar um ex-espião que entroupara o mundo do crime.

O Garoto de Harvard (ou "A ÚltimaMissão", opção do Intercine) (Globo,02:15 h)

Harvard Man, de James Toback. ComAdrian Grenier, Sarah Michelle Gellar e JoeyLauren Adams. EUA, 2001, cor, 99 min. Aemissora não informou a classificação etária.

Drama - Um atleta do basquete topa en-trar em acordo com a máfia para vencer umjogo importante.

QUINTA, 21/10

Nossa Querida Babá: O Conto de FadasContinua (Globo, 15:40 h)

Au Pair II, de Mark Griffiths. Com Gre-gory Harrison, Heidi Lenhart e Jake Din-widdie. EUA, 2001, cor, 97 min. A emissoranão informou a classificação etária.

Comédia romântica - A babá Jenny con-quistou o coração de seu patrão milionário,Oliver, e de seus dois filhos, os pequenosAlex e Kate. Antes do casamento, entretan-to, Oliver enfrenta problemas com os filhosde seu sócio que acabam atrapalhando seunoivado. É nessa hora que as crianças en-tram em ação.

Ruas Selvagens (ou "O Segredo doAbismo", opção do Intercine) (Globo, 02:05 h)

Deuces Wild, de Scott Kalvert. ComStephen Dorff, Brad Renfro e Fairuza Balk.EUA, 2002, cor, 96 min. A emissora não in-formou a classificação etária.

Drama - O verão de 1958 foi marcantepara o Brooklin. Além do calor escaldante eda perda dos Dodgers, time local, a guerradas gangues teve uma escalada de violêncianunca antes vista envolvendo o Deuces, umagangue que busca evitar que o tráfico de dro-gas chegue ao bairro desde que um de seusintegrantes morreu, e os Vipers que estão en-volvidos com o tráfico e armas de fogo.

O Segredo do Abismo (ou "Ruas Selva-gens", opção do Intercine) (Globo, 02:05 h)

The Abyss, de James Cameron. Com EdHarris, Mary Elizabeth Mastrantonio eMichael Biehn. EUA, 1989, cor, 138 min. Aemissora não informou a classificação etária.

Ficção científica - Quando o submarinonuclear Montana fica preso, a 600 metros deprofundidade, à beira de um abismo, técni-cos são convocados para auxiliar no resga-te. Logo que chegam ao local, percebem queo acidente foi provocado por uma força des-conhecida, provavelmente vinda do espaço,que também ameaça o grupo.

SEXTA, 22/10

Ace - Uma Questão de Justiça (Globo,15:35 h)

Ace of Hearts, de David Mackay. ComDean Cain, Britt Mckillip e Anne Marie Delui-se. Canada, 2008, cor, 100 min. Aemissora nãoinformou a classificação etária.

Drama - Fernanda e sua família amamum pastor alemão, Ace, que é o melhor po-licial canino da região, mas um bandido estádecidido a se livrar do animal. Ele finge tersido atacado, o cão é acusado de ser violen-to e marcado para a execução. Agora, a fa-mília vai fazer de tudo para provar a inocên-cia de Ace e salvá-lo. Baseado em uma his-tória real.

Aeon Flux (SBT, 23:10 h)Aeon Flux, de Karyn Kusama. Com

Charlize Theron, Marton Csokas e Jonny LeeMiller. EUA, 2005, cor, 93 min. ClassificaçãoEtária: 14 anos.

Ação - Em 2415, Bregna é a última cida-de da terra, povoada com os sobreviventesde um vírus que dizimou 99% da populaçãomundial no ano de 2011. Nesse cenário fu-turista, a rebelde e misteriosa Aeon Flux é en-viada em uma perigosa missão contra ogrupo de cientistas que governa Bregna, aomesmo tempo em que ela busca vingar amorte de sua irmã.

FILMES DA SEMANA

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Domingo, 17 de outubro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

JORNALO LO JORNAJornal da TV

VILÃ – Bárbara Paz viverá uma malvada e interesseira em "Dinossauros e Robôs", título provisório da próxima novela das sete da Globo. A personagem será as-sistente de uma paleontologista, interpretada por Adriana Esteves. A novela, escrita por Walcyr Carrasco, conta com algumas cenas gravadas no Japão. A estreia

deve acontecer em janeiro de 2011.

SAÚDE – Glória Pires será Norma em "InsensatoCoração", que substituirá "Passione" na Globo. Nahistória, a personagem é uma enfermeira que se en-volve em uma trama policial. Além disso, Normafará par romântico com o papel de Fábio Assunção.Prevista para ir ao ar a partir de 17 de janeiro, a nove-la tem autoria de Gilberto Braga e Ricardo Linhares.

NOVIDADE – No dia 19, a Globo estreia o seriado"As Cariocas". A produção tem dez episódios inde-pendentes que mostram as peculiaridades femini-nas tendo o Rio de Janeiro como cenário. A direçãoé de Daniel Filho.

RETORNO – A nova temporada do "S.O.SEmergência", da Globo, vai ao ar a partir do dia 24.Um dos destaque é Ellen Roche, que será a Dra.Luisa, uma cirurgiã plástica bem sensual.

VOLTA – Eva Wilma será Beatriz em "Araguaia",da Globo. Na trama, a personagem já foi dona debordel e é mãe do protagonista Solano, vivido porMurilo Rosa. A partir do dia 25, Beatriz chega na ci-dade como dona de um salão de beleza.

DESTAQUE – A estreia de "Corações Feridos",próxima novela do SBT, acontece no dia 8 de no-vembro. Adaptada por Íris Abravanel, a produçãotem Patrícia Barros e Flávio Tolezani como protago-nistas. A direção é de Del Rangel.

RITMO – Beto Marden e Lígia Mendes serão osapresentadores do "Se Ela Dança, Eu Danço", doSBT. O júri é composto por Jarbas Homem deMello, João Wlamir e Lola Melnyck. A estreia estáprevista para novembro.

AMOR – Depois de viver a humilde Celinha, em"Os Mutantes - Caminhos do Coração", da Record,Thaís Fersoza está de volta à tevê. Ela será Samara,em "Sansão e Dalila", próxima minissérie da emis-sora. A personagem é apaixonada pelo protagonistaSansão, vivido por Fernando Pavão, porém ele aconsidera uma irmã. A estreia está prevista para ja-neiro.

ESCRITÓRIO – "Batendo Ponto" é o nome danova série da Globo. Escrita por Paulo Cursino, aprodução será protagonizada por IngridGuimarães. Na história, ela viverá uma secretáriasempre disposta a colaborar com seus companhei-ros de trabalho. O elenco conta também com StênioGarcia, Alexandre Nero e Daniele Valente. A previ-são de estreia é para a segunda quinzena de de-zembro e a direção é de José Lavigne.

TELETEMATELETEMA

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JORNALO LO JORNAJornal da TVDomingo, 17 de outubro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]