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OITAVA AULA DE CONSTRUÇÕES RURAIS · Os cochos devem ser de concreto de ... e 0,25 m de fundo....
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OITAVA AULA DE
CONSTRUÇÕES RURAIS
INSTALAÇÕES PARA BOVINOS LEITEIROS
Corredor de Alimentação
Deve ser elevado ou profundo em relação ao bordo
mais alto do cocho. Construído com cimento liso, com
declividade de 1 a 2%, largura de 1,8 a 2,0m na posição
frente a frente e 0,9 a 1,5 na costa a costa.
Corredor de Passagem
Entre as linhas de baias deve ser prevista uma área de
passagem para que as vacas alcancem o cocho e os
bebedouros mais rapidamente.
Devem possuir no mínimo 1,8m de largura, e serem
elevados acima dos corredores principais para evitar que
sejam atingidos pelos dejetos.
Cochos
O cocho de um freestall é uma estrutura de simples
construção. A ração é despejada em uma superfície
elevada de 6 a 15 cm acima do piso do estábulo, ao
longo dos corredores de alimentação.
O animal alcança a ração passando a cabeça sobre
uma mureta de 50 cm feita de concreto entre o
corredor de distribuição d ração e o cocho, conforme
pode ser visualizado abaixo.
A grade, a qual define o limite superior do espaço
para a passagem da cabeça da vaca, é feita de corda,
cano ou madeira.
Espaçamento recomendado de cocho (cm/vaca) conforme o tipo de arraçoamento e idade
das vacas.
Geralmente recomenda-se um espaçamento de 45 a 60 cm de cocho por vaca no caso de se fornecer ração completa disponível a maior parte do dia, mas estas recomendações de espaço devem ser continuamente reavaliadas quando no futuro se for utilizar vacas com produção mais elevada.
Tipo de arraçoamento
Idade da vaca, meses
3-4 5-8 9-12 13-15 16-24 >24
Feno ou silagem à vontade 10,0 10,0 15,0 15,0 15,0 15,0
Ração misturada à vontade 30,0 30,0 40,0 45,0 45,0 45,0
Feno, silagem ou ração, 1
x/dia 30,0 45,0 55,0 65,0 65,0 65,0-75,0
Divisórias metálicas devem ser fixadas nas muretas,
tanto para a contenção das vacas na área de alimentação,
mas também para evitar competição por alimento. As
divisórias devem possuir um sistema de contenção, de
maneira que quando a vaca abaixe a cabeça para comer,
o sistema feche, e rapidamente se abra quando a vaca
tentar sair.
A contenção das vacas pode ser realizada com
divisórias de metal. Sua altura varia de 1,40 a 1,60
metros e sua largura de 0,90 a 1,20 m. Pode ser feito
com separação de ferro sobre o piso e essas separações
devem apresentar de 1,0 a 1,20m de altura e
comprimento de 2m.
O cocho deve ser mantido limpo e livre de restos de
alimento, a fim de estimular a ingestão de alimento e
controlar as condições sanitárias do rebanho.
Os cochos devem ser de concreto de alta resistência
ou, de outro material resistente como a cerâmica.
Outra versão de comedouro, seria um cocho simples
para alimentação, com cantos arredondados, com
declividade de 0,15 a 0,20%, largura de 0,60 a 0,80m;
profundidade de 0,25 a 0,50cm; sendo mais alto que o
piso do estábulo com borda inferior de no mínimo 0,15
m acima do fundo e a superior de 0,40 a 0,60m acima
do fundo; quanto mais liso melhor e a sua capacidade
deverá ser de preferência para mais do que para menos
alimento. O fundo do cocho deve estar 30 cm mais alto
que o piso.
Bebedouros
Os bebedouros devem possuir um espaço 5cm de
perímetro de tanque par cada 15 – 20 vacas. São
necessários pelo menos dois bebedouros para cada
grupo de vacas. A profundidade do bebedouro não deve
ultrapassar os 20cm para que a água permaneça fresca e
acumule menos sujeira. Instalar drenos ou ralos para
facilitar a limpeza.
Imagem Modelo Capacidade da válvula Recomendação
C5 5 litros/min* Bezerros
C10 10 litros/min* Bezerros e novilhas
C20 20 litros/min* Vacas de alta produção
S22 22 litros/min* Vacas de alta produção
O acesso à água fresca torna-se mais importante no
verão quando o consumo por vaca aumenta. Fornecer
espaço para bebedouros extras a serem utilizados
durante o clima quente.
Outros pesquisadores indicam dois tipos de
bebedouros, os individuais ou coletivos. Os coletivos
são em geral ao longo do cocho, com as seguintes
características: declividade de 0,15 a 0,20%, largura de
0,30 a 0,40m, e 0,25 m de fundo. Este é mais simples e
barato e higiênico que o individual. Estes podem ser
automáticos ou controlados por bóias.
Consumo de água de vacas em vários estágios
de produção
Animal Consumo de água, L/cabeça/dia
Bezerras 22 – 37
Novilhas 37 – 56
Vacas Secas 75 – 100
Vacas em Produção 130 – 170
Esta relação aos bebedouros de concreto armado,
devem ser indispensavelmente limpos, de boa
aparência e duração ilimitada. Ao redor do bebedouro
aconselha o uso de piso, que pode ser do concreto ou
pedras brutas, que vão evitar o acúmulo de lama. O
nível do tanque á mantido por torneiras de bóias, que
devem ficar protegidas.
Piso
O piso deve ser de cimento rugoso com declividade de
2,0 a 2,5%, feito com argamassa para concreto (pedra
brita, areia e cimento), dispensando o uso da cal, pois
ela é facilmente corroída pelas fezes e urina. A
espessura do piso cimentado deve ser de 7,0 a 10,0cm.
O piso deve ter textura adequada para uma caminhada
segura evitando quedas e escorregões.
Corredor de Limpeza Sua largura varia com a largura e comprimento do piso
e a disposição das vacas. Do tipo frente a frente, mede
de 1,40 a 1,60 m; no tipo costa a costa mede de 1,80 a
2,00m.
O concreto dos corredores deve ser sulcado de modo a
facilitar a limpeza e não prejudicar a movimentação das
vacas. Rugosidade excessiva (pontas agudas) pode
causar problemas nas patas ou pernas. Os sulcos devem
ser espaçados de 10 a 15 cm e com profundidade de 1,5
a 2,5 cm. Devem ser paralelos na direção do raspador
de dejetos com declividade de 0,5 a 1%.
Modelo de Freestall
O modelo de freestall deve ser determinado com base:
no manejo a ser utilizado, tanto dos animais, como do
arraçoamento e limpeza de dejetos; no numero de
animais a ser confinado e expansão futura.
Um exemplo de freestall com quatro filas, com
aproximadamente 200 baias e um centro de ordenha.
São confinados 4 grupos de vacas, mas o freestall
pode ser construído para acomodar 4 grupos de
diferentes tamanhos.
Por exemplo, o freestall poderia ser ocupado por um
grupo de 67 vacas leiteiras de alta produção, outro
grupo de 33 vacas de média produção, outras 33 vacas
em um grupo de baixa produção e o último grupo de 67
vacas na primeira lactação. Ou poderia alojar três
grupos de vacas leiteiras (67 vacas de alta produção, 33
de baixa e 67 em primeira lactação) com um grupo de
33 vacas secas. Outras combinações podem ser feitas.
Caso seja necessário, a área do freestall pode ser
subdividida com grades e portões para o confinamento
de mais grupos de diferentes idades, permitindo a
alimentação diferenciada.
Expansões futuras podem ser feitas no freestall, no
sentido do comprimento, podendo-se confinar de 400 a
500 vacas, devendo-se considerar a capacidade da
ordenha.
Uma variação no arranjo do freestall em quatro
fileiras. As filas de baias são colocadas cabeça a cabeça
para favorecer a ventilação e diminuir a chance de
entrada de sol e chuva nas baias.
O esquema do freestall com 2 linhas de baias cabeça a
cabeça, com corredor lateral de alimentação, associado
a um esquema de área de ordenha e processamento do
leite, é adequado para 60 – 300 vacas leiteiras. Para
rebanhos maiores, estábulos similares podem ser
construídos paralelos ao primeiro. A distância entre os
estábulos deve ser no mínimo de 20,0 m para favorecer
a ventilação de verão.
Um freestall com 6 filas também pode possuir um
corredor central de alimentação, com três linhas de
baias em ambos os lados. Deve possuir no mínimo 26m
de largura. O arranjo de seis filas resulta em menor
custo de construção. Neste caso, o espaço construído
por vaca é aproximadamente 20% menor do que um
estábulo de quatro linhas.
Contudo, os custos da instalação, dos
bebedouros, e portas permanecem os mesmos.
Em um estábulo de seis linhas, reduz-se o
espaço de alimentação em 3,75cm por vaca. As
pesquisas tem mostrado que essa redução de
espaço não é problema caso se use ração
completa misturada e distribuída no cocho.
Porem, maior atenção deve ser dada à
ventilação em estábulo com arranjo de 6 linhas
de baias, pois sua maior largura pode resultar em
estresse, favorecendo temperaturas e umidade
mais elevadas.
Baias para Touros
Devem ser construídas no corpo do estábulo ou
próximas dele, medindo 4 x 4m para touros de raças
grandes e 3,5m para raças menores.
As baias para outros deverão contar com cocho
bebedouro, manjedoura e piquete anexo para
exercício, com área mínima de 200 metros
quadrados.
É conveniente que a baia permita a alimentação do
touro sem a entrada do tratador; as portas deverão
ser reforçadas e tanto elas como as paredes deverão
ter altura suficiente para que o touro não fuja.
Sala de ordenha
Deverá estar situada no corpo do estábulo com
arejamento e iluminação suficientes, com teto de
estuque e piso impermeável e resistente; paredes
revestidas de azulejo pelo menos até 2m de altura;
janelas e portas teladas e providas de molas; as
vacas podem estar dispostas em uma ou em duas
filas de acordo com o tamanho do rebanho.
Existe grande variedade de tipos de salas de ordenha.
Na escolha deve-se considerar o número de animais a
ordenhar, ou ainda o tipo de ordenha isto é:
- Ordenha Manual
- Ordenha Mecânica
Os modelos sem fosso são indicados tanto para ordenha
manual como para mecânica, e os modelos com fosso,
apenas para ordenha mecânica.
Em qualquer dos sistemas deve-se observar:
- Localização:
Local alto, seco, protegido dos ventos frios por
quebravento, aberto para o norte;
- Piso:
Deve ser de cimento ou de laje, com um caimento de
2%, ou seja, 2 cm para cada metro, para vala
desaguadoura;
Sala de Espera
- higienização:
Em locais próprios, devem ser instaladas torneira de água, para facilitar a higienização, não só dos animais, mas do próprio recinto após a utilização.
É importante que a área de acesso à ordenha seja
sombreada, com piso cimentado, pois é importante
que no momento que antecede à ordenha as
vacas não recebam nenhum tipo de estresse.
Sala de Leite
• Deve ficar ao lado da sala de ordenha; é o local onde o
leite proveniente da ordenha é filtrado, resfriado e
armazenado antes de seu beneficiamento no laticínio.
• Deve ter pé-direito mínimo de 3 m, laje ou forro e
janela para ventilação, com tela fina, para evitar a
entrada de insetos. O teto deve ser de estuque e piso
de cimento ou ladrilhos; paredes revestidas de cimento
liso ou azulejo brancos; portas telas.
• É importante que seja limpa, livre de animais, com água
em abundância para os serviços de higienização dos
equipamentos de ordenha, tais como: baldes, coadores,
latões, escovas, teteiras das ordenhadeiras.
• Para o perfeito funcionamento, e de acordo com
sistema de exploração do gado leiteiro, tem-se como
equipamento e acessórios necessários à sala de leite:
- Suporte para latões, tanque de água e sapata do resfriador;
- Tanque para lavar equipamentos com banca lateral;
- Resfriador para manter o leite até o embarque;
- Mesa e prateleiras para produtos veterinários e pequenos utensílios;
- Estrados metálicos para colocar latões limpos;
- Dreno (caixa sifonada);
- Bomba de vácuo para ordenha mecânica;
- Filtro de leite e pré-resfriador;
- Tanque resfriador para leite em aço inoxidável;
- Painel de controle elétrico.
Bezerreiros
• Podem ser abrigados em um único estábulo, ou em
abrigos individuais. Sendo o número de baias
dependente do número de vacas do rebanho.
• Em bezerreiros é importante manter o local seco e
limpo, e desinfetá-lo quinzenalmente até a altura de
1,5m.
• Deve haver um controle dos ventos frios, através de
renques de vegetação ou fechando-se o lado da
construção correspondente a incidência de vento.
• Locar o bezerreiro de modo que as baias individuais
recebam sol do nascente ou poente (Leste-Oeste).
• Devem ser construídas baias de dois tipos: individuais,
para bezerros até 2 meses de idade e coletivas para
bezerros de 2 a 6 meses de idade.
Curral
• É a área destinada ao manejo e alimentação do gado
que não é totalmente confinado em estábulos,
exigindo 4 a 8 m2 de piso por vaca. Devem ser
construídos com materiais resistentes, duráveis e que
possibilitem maior eficiência no trato dos animais. Em
alguns casos, pode ser necessário um curral de espera
para ordenha (Sala de Espera).
Vacas 2 – 3 Semanas Pré-parto
• Estas vacas requerem um ambiente seco, limpo com
acesso a um piquete seco para exercício.
• Devem ser separadas em um outro freestall a fim de
fornecer alimentação diferenciada, facilitando a
observação frequente, devendo ser próxima à área da
maternidade.
Maternidade
• Deve ser em um freestall separado com divisões de baias para cada grupo de 20 vacas, separando uma área para isolamento das vacas em trabalho de parto.
• Cada baia maternidade deverá medir 4 X 4 metros e ser provida de cocho e bebedouro com piso de cimento áspero e de escoamento fácil.
• Deve possuir gaiolas individuais, especialmente para bezerreiras mais jovens.
• O ambiente deve ser ventilado e com baias limpas, secas e bem acolchoadas.
Vacas de até 7 dias Pós-parto
• Devem ser alojadas em uma áreas especial para
observação antes de removê-la para o rebanho em
produção.
• Esta área especial pode ter baias ou gaiolas largas.
• Em um rebanho maior, deve-se prever um estábulo
especial hospital/maternidade, para alojar vacas nesta
categoria de manejo bem como vacas que estão
parindo ou tem outras necessidades especiais.
Vacas Secas
• Devem ser separadas do rebanho leiteiro para propósito de alimentação diferenciada e para realizar os tratamentos médicos recomendados.
Sala de Ração • Em propriedades com grandes rebanhos alimentação
em regime de confinamento ou semi-confinamento,
recomenda-se a instalação de uma pequena fábrica de
ração que geralmente, possui uma capacidade de
produção de ração de 1 a 3 toneladas/hora. Uma
pequena fábrica compõe-se dos seguintes
equipamentos:
- Peneira para pré-limpeza do grão;
- Silo graneleiro para recepção e armazenamento
de grãos, com carga e descarga automatizados;
- Silo pulmão para receber os grãos antes da
moagem;
- Moinho ou triturador;
- Silo para recepção do grão moído localizado sobre
a moega de pesagem;
- Balança;
- Misturador vertical e horizontal.
Silos
• A escolha adequada do tipo de silo tem papel
importante no retorno dos investimentos gastos num
sistema de exploração de leite. A lucratividade dos
investimentos com silos depende:
- Disponibilidade de mão-de-obra e da facilidade
em manejar a silagem;
- Da eficiência em preservar o valor nutritivo da
forragem;
- Do custo inicial dos investimentos e do custo
anual da operação.
• Existem basicamente dois tipos de estrutura de
armazenamento de forragens ensiladas: os silos
verticais e os horizontais.
• Entre os verticais, também conhecidos como silos
cilíndricos, encontram-se os meia encosta e os cisternas
e o torre.
• Entre os horizontais têm-se os trincheira, e o de
superfície sem proteção lateral e o de superfície com
proteção lateral tipo ‘bunker’ conhecido como
trincheira.
Depósito de Cama
• Situado próximo ao estábulo, com capacidade para
armazenar cama para 2 dias no mínimo; calcula-se 5kg
desse material par vaca dia.
Galpão de Feno
• É a construção simples, destinada armazenar o feno.
Deve oferecer ótimas condições de conservação, isto é,
deve ser bem ventilado e coberto, evitando chuva
direta, para que não ocorra a lavagem do feno, o que
diminui sensivelmente, seu valor nutritivo. As paredes
laterais e o assoalho deverão ser feitos de sarrafos. A
cobertura deverá ser de telhas de zinco, de eternit ou
mesmo de telha francesa.
Mangueira, Brete e Tronco
• A mangueira ou curral, em algumas regiões, consiste
em uma pequena área destinada a reunir e conter o
gado para os trabalhos rotineiros da criação, ou seja,
vacinação, sinalização, marcação, curativos, ou
descornas.
• Convém construir as mangueiras em forma circular,
evitando cantos onde o gado se acumula, se aperta,
podendo resultar em injúrias nos mais fracos. O
diâmetro varia de 15 a 50 m, ao maior quando a forma
é elíptica. A superfície varia de acordo com o tamanho
do rebanho.
• Deve-se construir a cerca com postes reforçados,
distanciados de 2 a 4 m. O curral continua com o funil,
ou seringa, cuja abertura maior é separada da manga,
por uma cancela, e a menor dá entrada ao brete.
• O brete deve ter 10 m de comprimento, na sua
construção utiliza-se tábua de 1 a 2 polegadas com uma
distância de 5 cm entre elas. Deve ter 1,4 a 1,6 m de
altura, em forma de “V”, cortado em seu vértice cujas
dimensões são de 46 cm na parte inferior e 94 cm na
parte superior (estas medidas são internas).
• Ao longo do brete, a cada 2m, faz-se furos nas tábuas
junto ao palanque, para passar travessas roliças,
objetivando trancar os animais. Quando necessário
trabalhá-los, junto à parede do brete, ao longo dele,
instala-se um andaime de 50-70 cm de largura e a 50
cm do solo, por onde circula o produto para executar
seu trabalho.
• Na parte terminal do brete, instala-se o tronco com
guilhotina, para imobilizar o animal a fim de examiná-lo
mais demoradamente, ou executar uma tarefa mais
delicada, evitando realizá-la a campo, no laço, porque
muitas vezes o animal se acidenta, machucando-se com
certa gravidade.
Cerca
• A contenção do rebanho dentro de uma pré-
determinada área de campo é obtida por tapumes,
conhecidos vulgarmente por cercas.
• Encontram-se os mais variados tipos de cercas, como as
de arame farpado ou liso, ou de ambos (mista), de
listões de madeira, de pedra e ainda a cerca elétrica.
Abrigos Naturais
• Os abrigos devem ser lugares bem drenados, secos e
limpos de vegetação espinhosa. Devem possuir a forma
de “L” ou “U”, dirigindo a abertura para o noute. Para
uma área de 10ha, implanta-se um abrigo natural de
500m2. Os abrigos podem também situar-se ao longo
da cerca da divisa, ou ainda, em forma de capão
(maciço), somando os cantos em cruz, dos quatro
potreiros.
• Os abrigos em “V”, “L”, ou “U” ao longo da cerca, são
feitos de 4 a 5 fileiras de árvores, formando uma
barreira de 4m de largura e comprimento proporcional.
As espécies mais utilizadas são eucaliptos, álamos,
plátanos, entre outras. Em locais de abundância de
palha ou madeira, deve-se fazer abrigos rústicos, com o
lado Sul fechado por uma meia parede e um telhado de
palha que pode ser em cumieira ou ½ água, sendo a
parte mais alta dirigida para o norte.
Esterqueira
• A esterqueira é uma instalação apropriada para receber
o esterco produzido pelo rebanho recolhido em currais
e estábulos, diminuindo o seu poder poluidor e
possibilitando seu posterior aproveitamento como
fertilizante para lavoura e pastagens.
• A localização ideal seria um terreno inclinado que, após
corte, permitisse a carga na cota mais alta e descarga na
inferior.
• Deve ser construído em alvenaria com piso concentrado
e ser dividido em três partes para receber o esterco.
Enquanto a primeira está sendo carregada, a segunda
está em curtimento e a terceira em descarga.
• Há vários modelos de esterqueiras, cuja diferença
básica entre elas é o tipo de utilização dos dejetos
líquidos ou sólidos.
• A esterqueira para material líquido ou chorumeira é
utilizado em propriedades que disponham de água em
abundância para lavagem dos currais e carretas-tanque
para transportar a água servida até as lavouras ou
pastagens. Esta água é encaminhada por tubos ou
canaletas diretamente para a esterqueira. O fundo da
chorumeira deve ter um rebaixo do piso para facilitar a
descarga e ser feita uma tampa para permitir o
emprego de mangotes de sucção dos tanques coletores
ou a realização de vistorias.
• Apesar do curtimento do esterco com restos orgânicos
em camadas sobre o solo, as esterqueiras para material
sólido ainda são bem aceitas pilos produtores que
possuam limitação de água e de equipamentos. As
dimensões as esterqueira deverão ser de acordo com o
tamanho do rebanho da propriedade, bem como de
acordo com o período desejado para seu enchimento e
o tempo considerado necessário para o esterco ficar
curtido.
• O esterco depois de raspado pode ser transportado por
veículo, carroça ou reboque de trator e despejado pela
parte de trás da esterqueira. A área deve ser coberta
com telhas de fibrocimento, para proteger o material da
incidência do sol e da água de chuva. O líquido que
escorre deve ser encaminhado para um tanque que
evita o ser escorrimento pelo terreno e a proliferação
de moscas.