oftalmo p3
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OLHO VERMELHO
Uveíte Glaucoma agudo Úlcera de córnea Ceratite Hemorragia do fundo conjuntival Blefarite Esclerite
Uveíte: pode ser anterior ou posterior
Anterior: íris e corpo ciliarPosterior: coroide
Quando for anterior: UveíteQuando for posterior: coroidite
CONJUNTIVITEPode ser infecciosa ou nao infecciosa. Vermelhidão, secreção aquosa, mucosa ou mucopurulenta; pode ter eema e celulite peri-orbitária.
VIRAL: secreção aquosa, hiperemia.Tratamento: nao precisa fazer nada. Colírio lubrificante e compressa gelada aliviam os sintomas.
BACTERIANA: secreção mucosa ou mucopurulenta, hiperemia. Pode ter edema e celulite peri-orbitaria. Tratamento: colírio antibiótico na primeira fase (cipro ou profloxacino) e pode acrescentar corticoide tópico num 2o momento, quando reduzir o edema e a secreção.O corticoide serve para reduzir o edema e ajudar a limpar a córnea.Só associa ATB oral se a celulite for intensa.
1o momento: ATB tópico2o momento: ATB + corticoide tópico ATB sistêmico se houver celulite intensa
FÚNGICA: pode ter dor, secreção, a intensidade da vermelhidão e do edema sao variáveis.
Para reduzir o edema: corticoide tópico e compressa gelada!!
NÃO USAR GELO: rompe os vasos piorando a vermelhidãoCOMPRESSA GELADA: melhora edema, conjuntivite, vermelhidãoCOMPRESSA MORNA: hordéolo (terçol)
UVEÍTE: inflamação da íris (prox córnea e aquoso): dor e fotofobia, devido à alta vascularização e inervação do trato uveal.
Fotofobia Vermelhidão Lacrimejamento Borramento visual Redução da acuidade visual
Conjuntivite com redução da acuidade visual: em casos muito GRAVES
PK: precipitado cerático na córnea (córnea fica cheia de pontinhos)FLARE: alteração do aquoso. Processo inflamatório faz com que a câmara anterior fique turva HIPÓPIO: pus na camada anterior (normalmente no nível inferior)
Nesse caso, tratar a uveite com corticoides e midriáticos (estes de 8/8h) para evitar sinéquias.
Sinéquia anterior: íris + córneaSinéquia posterior: íris + cristalino
GLAUCOMA AGUDO Vermelhidão ocular importante Dor intensa Visão borrada Visão de arco-íris ao redor do foco de luz Cefaleia (pode ser acompanhada de náuseas e vômitos) Midríase média paralítica Opacificação da córnea (edema de córnea) Elevação da PIO à palpação bidigital
A câmara anterior fica rasa.A córnea sobe devido à compressão do aquosoÀ palpação bidigital, o olho estará endurecido.
Tto: colírio miótico a 2 ou 4%Manitol EV : monitorando a PA do pct
ÚLCERAS DA CÓRNEAInfecciosas ou nao infecciosas
Quadro clínico Redução da acuidade visual Vermelhidão ocular Lacrimejamento Fotofobia Opacificação da córnea Sensação de corpo estranho ocular Hipópio
VIRAL: herpes – ceratite herpéticaÚlcera geográfica, dendrítica
Diagnostico: colírio de flurosceína (corante) mostra córnea limpa com lesão típica, em galho de árvore.
Tto: Aciclovir tópico ou VO
HEMORRAGIA SUBCONJUNTIVALRompimento vascular de vaso periférico, entre a conjuntiva e a esclera.Causas: trauma, distúrbios da coagulação, tosse, HAS
Tto: regride sozinho. Pode prescrever colírio lubrificante gelado, colírio vasoconstritor.
HORDÉOLO (terçol)
Tto: compressa mornaSe for interno: colírio combinado (ATB + corticoide): MAXITROL 4/4h ou 6/6hLavar bem os olhos e pálpebras
ESCLERITE
EPISCLERITE
PATOLOGIAS DA CÓRNEA
ANATOMIA: diâmetro 11,5mm, é avascular e altamente inervadaTem 5 camadas:
Epitélio: renova constantemente Camada de Bowman Estroma: 90% da córnea Membrana de Descemet Endotélio: nao regenera!!!
Lente de maior poder dióptrico: 40 a 45 graus.A 2a é o cristalino!
CLASSIFICAÇÃO1. Ceratite2. Degeneração3. Distrofia4. Ectasia
1. CeratitePode ser bacteriana, viral, fungica ou por protozoários.
BACTERIANA: quadro rápido. Neisseria, H influenzae, Staphylo ou StreptoFÚNGICA: quadro lento. Aspergillus, fusarium, cândidaPROTOZOÁRIO: AcanthamoebaVÍRUS: HSV e VZV
Quadro clínico: sensação de corpo estranho fotofobia turvação visual dor edema palpebral secreção: aquosa (viral) ou purulenta (bacteriana)
EXAME: Biomicroscopia
TRATAMENTOS:BACTERIANA: fluorquinolona (cipro ou ofloxacino), quinolona de 4a geraçãoFÚNGICA: Natamicina 5% manipulado
ACANTHAMOEBA: Isotianato de propamidina 0,1% + Poliexametileno de biguanida 0,02% (manipulado, demora!!)
HERPES SIMPLES: 50% autolimitado; Aciclovir pomada oftalmológica a 3%HERPES ZOSTER: Valaciclovir ou Fanciclovir VO 250mg
Córnea cheia de pontos: CERATITE ADENOVIRAL
2. DEGENERATIVASARCO SENIL
Opacidade corneana periférica, Bilateral; associada a hiperlipidemia; nao altera a visão.
Vai da periferia em direção ao limbo (juncao da esclera com a córnea); é um depósito de lipídios.
3. ECTASIAS
Mais comum: CERATOCONE
CERATOCONE: desordem progressiva onde a córnea adquire forma cônica irregular. Tem inicio na puberdade e na maioria dos casos é bilateral.Transmissão autossômica dominante, predileção pelo sexo masculino
Pode causar miopia (pelo espessamento da córnea) e/ou astigmatismo (pela alteração no eixo da córnea)
MIOPIAASTIGMATISMOASTIGMATISMO MIÓPICO
CLASSIFICAÇÃO
Incipiente: até 45 dioptriasGrau I: 46D a 52DGrau II: 53D a 58DGrau III: 58D a 62DGrau IV: > 62D transplante!!!
À oftalmoscopia direta: reflexo em mancha de óleoÀ retinoscopia: reflexo em tesoura: desuso!!!À Biomicroscopia: estrias estromais, verticais, finas e profundas (linhas de Vogt)À Ceratometria: astigmatismo irregular elevado
Topografia Corneana: exame padrão: diagnóstico!!!!!
Ao suspeitar de ceratocone, fazer auto-refração. Se nao ver nada, faz oftalmoscopia
Sinal de Munson: puxar a pálpebra pra cima e mandar olhar pra baixo. No ceratocone avançado (grau IV), o bico da córnea marca bem a pálpebra. Isso nao é visto ao olhar reto.
Tratamento: de acordo com a queixa!
Óculos LC RGP: lente de contato rígida gás permeável Implante de anel estromal Crosslinking Transplante de córnea
Se o pct usa óculos e nao está satisfeito LC RGPSe o pct tem ceratocone, -1 de miopia, e NAO tem astigmatismo lente gelatinosa
LC RGP: corrige o cone por compressão IMPLANTE DE ANEL ESTROMAL: anel empurra a córnea; fazia em pacientes que nao conseguiam usar a lente rígida e aguardavam transplante. Desuso!
CROSSLINKING: grau II em diante. Ativação da proteína riboflavina na córnea para endurecer as fibras colágenas seguida de correção com laser.
MANIFESTAÇÕES OCULARES DAS DOENCAS TROPICAIS
Sao doenças de regiões equatoriais, transmitidas por vetores. Saneamento básico; condição sócio-economica
TRACOMA: principal causa de cegueira no mundo.Chlamydia trachomatis sorotipos A, B, CVetor: mosca domestica
FISIOPATOLOGIA: inflamação crônica da conjuntiva que cicatriza fazendo retração da conjuntiva e então triquíase que leva a opacificação da córnea devido ao atrito com os cílios.
Triquiase: inversão da pálpebra
CLASSIFICACAO DA OMS
TF: inflamação folicular tracomatosa de mais de 5 foliculos com mais de 0,5mm no tarso superior INFLAMAÇÃO INICIALTI: inflamação tracomatosa intensa e difusa com aumento de calibre de mais de 50% dos vasos tarsais profundos e necrose de folículos. INFLAMAÇÃO DIFUSATS: cicatrização tracomatosa conjuntival com bainhas, faixas ou linhas brancas de fibrose da conjuntiva tarsal CICATRIZACAO COM FIBROSETT: triquíase tracomatosa de pelo menos 1 cílio que cresce em direção da córnea TRIQUÍASE TRACOMATOSACO: opacidade da córnea que cubra pelo menos parte da pupila e AV 6/18 (20/40) OPACIDADE CORNEANA
A diferença entre TS e TI está na quantidade de folículos, que determina o grau de inflamação.
Objetivo do tratamento: prevenir a cegueira!!ATB no início. Cirurgia quando houver triquíase importante para evitar atrito dos cílios com a córnea.
TRATAMENTO: Tópico: tetraciclina pomada oftalmológica 2x/dia por 6 semanas
Sulfa – colírio 4x/dia por 6 semanas Sistêmico: eritromicina 50mg/kg/dia 4x/dia por 3 semanas
Tetraciclina 250mg (pcts acima de 10 anos, nao gestante) 4x/dia por 3 semanasOu azitromicina 20mg/kg em DOSE UNICA
Profilaxia de sequelas: evitar deformidades das pálpebras e CO. Tto cirúrgico das complicações: plástica da pálpebra (entropio e triquiase) e transplante de
córnea.
ONCOCERCOSEDoença parasitaria que pode comprometer todo o globo ocular.É uma das principais causas de cegueira no mundo.
Agente: Onchocerca volvulusVetor: Simulium (mosca)Endêmica: africa e américa centralNo brasil: Yanomamis (RR/Venezuela)
Manifestações cutâneas Rash eritematopapular Hiperceratose Despigmentação Perda da elasticidade da pele
Manifestações oculares Ceratite puntata (simula ceratite adenoviral) Ceratite esclerosante Iridociclite crônica oncocercótica (pupila piriforme: mal formada e deslocada) Lesões coriorretinianas
Iridociclite: inflamação da íris e corpo ciliar
Objetivo do tto: prevenir a cegueira
Tto: ivermectina DU anual 150μg/kg ou Doxiciclina 100mg VO 12/12h por 7 diasProfilaxia: combater o vetor
HANSENÍASEDoença infecciosa com comprometimento ocular MAIS GRAVE!!
Agente: M lepraeOrdem: actynomicetales
Lesao ocular em 1/3 dos pacientesBrasil: 85% dos casos das américas
Mecanismo de envolvimento ocular: Invasão bacilar Lesão do V e VII pares cranianos HipersensibilidadeQuadro clínico:
Lagoftalmo: deformidade da pálpebra Anestesia da córnea Redução do lacrimejamento Processo de hipersensibilidade
Uveítes Infecções Ulceras Perfuração do globo ocular
Tto: poliquimioterapia
Rifampicina 600mg/mesClofazimina 600mg/mesDapsona 100mg/mes
MALÁRIAComprometimento ocular em 7,4% na malária por falciparum e 4% por vivax.
Hemorragia conjuntival Hemorragia da retina Paralisia transitória dos músculos oculares
Lesões pelo tratamento: cloroquina! Deposito corneano Deposito perimacular e macular: pela droga ou pela doença (>10x): a cloroquina pigmenta a
mácula e gera uma imagem chamada de olho de boi, onde o centro fica transparente e em volta fica mais escuro PATOGNOMÔNICO
Neurite ótica
TTO/PROFILAXIA
P. vivax Cloroquina 1,5g + Primaquina 250mgP falciparum Mefloquina 1,5g + Primaquina 250mg
Inseticidas/repelentes/mosquiteiros
PTERÍGIOCrescimento fibrovascular da conjuntiva bulbar sobre a córnea. Fatores constitucionais + radiação solar
Leva ao astigmatismoo devido à mudança no raio de curvatura da córnea 25% dos pcts no AM tem pterígio.
HISTOPATOLOGIA: Degeneração elástica do tecido subepitelial Degeneração do colágeno Elastodisplasia da conjuntiva
COMPLICAÇÃO Opacidade da córnea Astigmatismo irregular BAV Simbléfaro: adesão do pterígio à pálpebra Diplopia
PREVENCAOÓculos escuros, umidificantes, vasoconstritoresCorticoides só no pre-op!
Tto: excisao mecânica do pterígioColírio de mitomicina: citostático: para prevenção de recorrência por impedir o crescimento celular e impedir a reação inflamatória.Membrana amniótica: reconbrir a esclera com a membrana. Substitui transplante.
COMPLICACOES: recidiva em 5 a 40%; opacidade da córnea.
CEGUEIRAVisão menor que 20/400 no melhor olho com correção.É mais comum em homens trauma
20/20 – 20/60 visão normal<20/60 – 20/200 déficit visual<20/200 – 20/400 déficit visual severo<20/400 cegueira!
CAUSAS DE CEGUEIRA NO MUNDOAméricas: 4 milhoes de cegos: catarata, glaucoma, doenças de retinaAmérica Latina: Catarata, glaucoma, retinopatia diabéticaAmérica do Norte e Europa: DMRI, retinopatia diabética, glaucomaÁfrica e Ásia: carata, glaucoma, tracoma e doenças da córnea