Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
-
Upload
davidaaduarte -
Category
Documents
-
view
244 -
download
0
Transcript of Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
1/135
Escola Secundria /3 ciclo de Tondela
OFICINASDE
ESCRITACRIATIVA7 ANOS
BIBLIOTECA ESCOLAR
05-06-2012
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
2/135
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
3/135
3
1
Numa tarde linda, a Marta e o melhor amigo viram passar estrelas cadentes
e pediram um desejo; tal como pediram os seus desejos realizaram-se.
Passaram uma bela tarde juntos e viram juntos o pr-do-sol.Marta dizia:
- Que lindo! Adoro ver o pr-do-sol!
Marta encontrou um rapaz chamado Tiago Marques e apaixonou-se por ele.
Foi amor primeira vista. Eles amavam-se e depois beijaram-se.
E ele pediu-a em namoro. Ela primeiro hesitou, mas depois acabou por
aceitar. A ex-namorada viu-os e ficou cheia de cimes, fez uma cenadaquelas! A sua ex, chamada Maria foi para casa a chorar, agarrada ao seu
peluche favorito, o Dartaco.
2
Num dia noite, noite de trovoada e tempestade, um cientista maluco e
rapper, que danava hip-hop, tentou ressuscitar o Michael Jackson.Ele acordou e comeou a danar ao som da msica Thriller.
O rapaz, enquanto danava, deu um pontap num co e partiu-lhe uma pata.
O Scrates passou e levou-o para casa, para comer qualquer coisa.
Depois, o Presidente da Repblica foi visitar o Primeiro-ministro e viu o
co, que se chamava Snoopy, mas a mulher dele preferia que o chamassem
Charlie Brown.
Assim que viu o co, o Presidente da Repblica pediu a Jos Scrates para
levar o co para sua casa, mas ele irritou-se e disse que NO! E Scrates
foi embora juntamente com o seu co maravilhoso!
3
Num lindo dia, o menino PJ foi dar uma volta ao campo e encontrou uma
rapariga chamada Tatiana, de olhos azuis, cabelo loiro, magra e alta.
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
4/135
4
O rapaz quando a viu apaixonou-se e deu-lhe um beijo. Ela no gostou e
deu-lhe um estalo, em frente casa de banho do Presidente Barack Obama,
e comeou a chorar por tal coisa ter acontecido.
De seguida, o Presidente chama o segurana e diz:- Leva-me uma revista para o escritrio, a revista " s rir"!
Depois o presidente abre a revista, v uma imagem e desata a rir feito
"parvo".
4
Num lindo dia, o Snoopy foi ter com o seu amigo PJ, ao jardim da sua rua.Quando l chegou, o amigo do Snoopy no estava l, tinha ido embora
porque ele tinha demorado muito tempo.
Quando o Snoopy chegou a casa telefonou ao amigo, o Darth Vader, para
irem jogar o novo "Star Wars - Galatic Wars". Assim que chegou,
comearam a jogar; o Snoopy ganhava sempre, claro, j sabia o jogo de trs
para a frente!No fim do jogo, foram ter com a Ana e com a Maria. A Maria era
apaixonada pelo Snoopy e a Ana pelo Darth Vader.
Francisca Santos, Maria Joo, Rodrigo Ferreira, Marco Monteiro; 7 D
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
5/135
5
Era uma vez uma Cebola Gorda e claro tinha vida.
Eram oito da manh e o despertador, com forma de carro, comeou a tocar. A Cebola
acordou, vestiu a roupa da marca Nika e tomou o pequeno-almoo. Ao fim de tomar o
pequeno-almoo, foi para a escola, eram oito e meia.
Quando chegou escola do Radiador, os rapazes e as raparigas comearam a gozar com
ela. Como j sabia lidar com a situao, ignorou. Cada um era como era!
No fim da aula de Portugumes foi ao centro comercial do Pastel de Nata, o mais
conhecido da cidade
No centro comercial foi comprar uma t-shirt a dizer Odeio Professores, para fazer
uma manifestao contra os professores. A seguir foi papelaria, comprar madeira,
carto, tintas e uma tesoura.
Quando chegou a fez um cartaz a dizer: A escola uma treta.
Chamou os colegas, para verem o cartaz, eles viram e disseram:
- O que aquilo?! Tu s mesmo bruta!
A Cebola olhou para o cartaz e leu em voz alta:
- A escola uma treta e os meus colegas tambm! Assinado: Cebola Gorda
Todos os colegas viram aquilo e decidiram que o diretor da escola tinha de ver.
Chamaram-no. Ele viu aquilo e disse:
- Cara aluna Cebola, neste caso tenho de te apoiar! Esta escola mesmo uma treta! E os
colegas, nem se fala Despeo-me j aqui. Prefiro estar em casa a dormir e a comer.
Adeus!
- Adeus diretor, sendo assim tambm j no quero saber mais da escola - afirmou a
Cebola.
Chegou a casa, empanturrou-se de pipocas e sumo, e adormeceu a ver um filme.
Alexandrina Martins, Diogo Daniel, Joana Carrapio, Samuel Duarte
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
6/135
6
Uma vida de quadro
Eu sou um quadro de sala de aula e, de facto, no gosto da minha vida. Estou
constantemente a ser arranhado pelas professoras.
Estou completamente farto de letras, nmeros, contas...
Qualquer dia fao greve, alis, hoje posso fazer... Felizmente tenho o meu amigo
Gezuite, que me faz companhia no tempos de frias e nos intervalos.
O Gezuite lava-me todas as noites com detergente Xau e com gua morna porque no
gosto dela nem muito quente nem muito fria.
Eu sonho com a reforma, a substituio, a morte... Um dia serei arrancado da parede e
outro ir sofrer a minha dor! No dia em que isso acontecer, morro de alegria!
Hei, tipo, tu nem sabes o que ! Tenho de sobreviver a lutas de giz, de borrachas,
enfim...
Mas com tudo isto sou feliz. Adoro ver alunos a fazer troa da professora e a utilizar
auxiliares de memria...
O bichinho
Ontem, na escola, no pinhal, ao p de uma rvore, estava uma coisa que eu nunca tinha
visto... Um cogumelo vermelho com pintinhas brancas!
Havia muitos, a uns 10, mas o pior aconteceu... DESTRURAM-OS!
No houve sobreviventes, quer dizer, apenas um, pequenino e bem escondido entre as
folhas.
No meio do cogumelo estava um bichinho a tomar banho. Assustou-se e tapou-se logo
com a cortina da banheira e deu um berro:
- Aaaaa!?Ele, de facto, ficou bastante assustado e coradinho da Silva... Depois daquele aparato
decidi ir embora.
No outro dia voltei para o ver, mas desta vez vinha preparado com luvas, um fato
impermevel e um capacete para me proteger, pois tinha fobia a rpteis.
No dia seguinte, voltei para l e tinham nascido novos cogumelos e ainda outros que
estavam entre as plantas e que no tinham sido destrudos! Tinha tudo voltado ao
normal.Rafaela Leito, Daniel Nunes, Rodrigo Borges, Salom Hernndez
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
7/135
7
Uma vez vi um homem num bar a beber vodka. Perguntei se ele estava bem, mas ele s
se ria muito.
Fiquei admirada e disse ao meu pai :
- Ele no est bem - disse eu .
O meu pai respondeu:
- Pois, ele est bbedo e isso muito mau.
Fui para casa a pensar no que tinha visto.
No dia seguinte, ouvi uma notcia na rdio que dizia que na noite anterior um homem
tinha tido um acidente e que tinha tido lcool no sangue. O acidente tinha acontecido no
distrito de Viseu, s 2h50, em frente do Palcio do Gelo. Pensei: matou-se!
Quem chegou a casa, logo a seguir a eu dizer matou-se, foi o meu tio e eu contei-lhe o
que se tinha passado.
Ele ficou muito admirado!
Quando passei pelo caf Joozinho vi a foto, logo de seguida disse ao meu pai:
- Paizinho, o homem que estava a beber morreu.
O meu pai respondeu:
- Pois, era o mais provvel, ele estava muito bbedo.
- Pai, podemos ir ao funeral?
Respondeu que sim e no dia seguinte fomos os dois ao funeral.
Quando o estavam a enterrar eu disse:
- Ainda no !
- Pode estar vivo e dei-lhe um beijo; ele acordou!
Por mais incrvel que parea, o homem estava vivo, era impressionante.
Agradeceu-me. Passei a ir ter com ele para brincarmos juntos. Depois disso o homem
passou a no beber tanto e comeou a sentir-se muito melhor
Leandro Dias, Mariana Santos, Nuno Rodrigues, Slvia Pereira; 7E
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
8/135
8
Era uma vez um rapaz chamado Francisco. Vivia numa casa em Lisboa. A casa era
muito grande, ele era muito rico. Tinha muito dinheiro e muitos amigos, era um grande
sociality.
Tinha 11 anos e andava sempre bem arranjado. A roupa era sempre de marca e os
perfumes tambm.
Os pais iam deixa-lo ao Colgio Internacional Superior de Carcavelos nos seus carros
topo de gama.
Ele tinha 4 carros, um de cada cor, todos os dias andava com um diferente. Mas
comeou a querer ser mais importante, melhor, o mais interessante de todos, e com isso
foi perdendo amigos, por causa de tal atitude.
Os amigos que foi perdendo nunca mais lhe falaram por causa da atitude. Era muito
armanso e ele foi perdendo vrias amizades.
Assim, o Francisco ficou com dois ou trs amigos graas sua mentalidade que era a
mania de ser o melhor, que mandava em todos.
Tentou conseguir amigos novos e... eles recusaram ser amigos dele. Ento, Francisco
reparou na sua atitude e tentou melhor-la. Foi ter com os seus amigos e pediu-lhes
desculpa e muitos deles perdoaram-no, e assim nunca mais foi convencido.
Mariana Cunha, Carolina Lopes, Francisco Oliveira, Mariana Ferreira, Deni; 7C
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
9/135
9
Era uma vez um grupo de cinco meninos que decidiu ir acampar. Chegaram ao
acampamento todos cansados e acabaram por adormecer.
Durante a noite, ouviram barulhos estranhos e viram sombras. Pareciam zombies.
Abriram a porta da tenda e Era apenas o homem da limpeza. Mas, de repente, o
homem tirou a mscara, esfaqueou um dos meninos e fugiu.
Os senhores, que l estavam a vigiar os midos, ficaram muito preocupados pois
eram responsveis por eles. O que iriam os pais dizer?
Uma das meninas decidiu investigar e foi atrs do homem das limpezas sem ningum
saber.
Quando o homem parou, a menina reparou que ele estava a falar com outro, muito
esquisito. Tinha bastantes piercings, usava um chapu que no dava para ver os seus
olhos. De repente, viu-o a tirar uma arma do bolso e a dar um tiro ao ladro.
No acampamento ouviu-se um grande grito, que vinha da tenda do Lus, os vigilantes
foram a correr Ele acordou muito sobressaltado, cheio de medo.
Aquilo tudo tinha sido um sonho, olhou para todos os lados e era mesmo verdade era
um sonho.
Na bela cidade de Stonewall, isolada de tudo, erguia-se majestosamente, por entre o bosque,
uma casa centenria, onde, reza a lenda, tinha sido escondido um tesouro em ouro macio.
Muitos tentaram entrar, mas segundo testemunhas locais ningum tinha regressado. Todos
pensavam que a casa estava amaldioada. Um dia um grupo de jovens resolveu ir explorar a
casa. O mais velho chamava-se Nigel, a irm Katherine os primos Edwin e Susan.
Quando entraram descobriram algo parecido com uma escritura. Dizia que o ouro no podia ser
tirado pois quem o ouro tirar em pedra se vai transformar. Acharam estranho e, de repente,
viram uma alavanca. Ao retirarem a alavanca comeou tudo a tremer. Ficaram presos e quando
tudo parou viram uma pedra cada da parede. Ao verem melhor essa pedra parecia ser feita de
ouro, ou melhor de pirite, felizmente aperceberam-se disso a tempo, pois quem tivesse tirado
mais pedras acionaria um sistema que abriria um poo, onde estavam umas seis serpentes
enormes revestidas
de escamas de um azul eltrico. Elas tinham um veneno que transformava qualquer infeliz que
l casse em pedra e depois lentamente em p. Perceberam ento que mais valia estar vivo do
que ser p. Saram, aps algumas tentativas. De repente, vindo do bosque, um encapuzado sem
pernas nem braos aproximou-se
Margarida, Beatriz, Gonalo, David; 7 B
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
10/135
10
Um dia, quando acordei, senti algo diferente. Fui janela ver o que se estava a passar.
Para meu espanto, as pessoas estavam a mudar a cor da pele e a tornarem-se numa
espcie de sereias. Os ces e os gatos transformavam-se em peixes e os pssaros em
polvos. Eu achava tudo aquilo muito estranho. O nvel da gua estava a subir. Passado
um pouco, j chegava aos cem metros de altura. As pessoas estavam muito aflitas, mas
percebemos que conseguamos respirar debaixo de gua. Depressa descobrimos o que
causava estas mutaes. Um meteorito cara no oceano e inundara todo o planeta. Era o
fim do mundo, mas no aquele fim trgico muitas vezes retratado em livros e filmes.
Era o fim do mundo terrestre e o comeo de um mundo marinho. Um mundo novo e
melhor
Margarida, Beatriz, Gonalo, David; 7 B
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
11/135
11
O encontro desastrado
Era uma vez a rapariga que se apaixonou pelo rapaz errado, o Bruno. S que ela era
muito envergonhada. E era gorda e feia.
Convidou-o para sair. Foram jantar ao McDonalds, ela comeu um BigMac e ele um
Happy Meal, sem pepino nem tomate. Ela disse que queria um bocadinho de pepino e
tomate e comeou a desesperar, a chorar inconsolavelmente porque no pediu logo
apenas os ingredientes que o seu amado queria; ia desiludi-lo no primeiro encontro.
Ele disse-lhe que ela era um bocadinho tot e foi fazer queixa guarda; ela foi presa.
Na priso, ficou triste porque no encontrava um homem que a fizesse feliz.
Quanto ao Bruno, brincava com o telefrico do filho, de brincar claro. Bruno
apaixonou-se por um homem musculado.
Sandrina, Beatriz, Miguel, Diogo P., Abel, Bruno, 7F
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
12/135
12
O gato basquetebolista
Era uma vez um gato feio que jogava basquetebol. Tinha umas botas que lhe permitiam
fazer afundanos espetaculares. O seu nome era Dwiyane Cat. Marcava sempre
frente do cesto.
Como era gordo, no conseguia correr muito, mas marcava muitos cestos.
Ele era horroroso e tinha muitas borbulhas. Mas era famoso, atraa muitas midas, tinha
trs namoradas.
O jogo da sua vida foi contra os Simnos Clube! L jogava Monat Ismaelov, irmo de
Ismaelov.
Uma das suas namoradas era a Daniela. Mas o gato era mesmo muito gordo, com uma
barriga to grande que no conseguia dar-lhe um beijo. Mas ela insistiu que lhe desse
um beijo, mesmo com aquela barriga.
Ele foi dizer me e a me deixou, e eles tiveram muitos gatinhos na caixa de areia.
Os nomes dos gatinhos era Beatriz, Bruno, Miguel e Abel.
E finalmente a Sandrina, que era a mais quieta de todos. Ah! J me esquecia do Diogo:
o gato maroto.
Sandrina, Beatriz, Miguel, Diogo P., Abel, Bruno, 7F
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
13/135
13
As mas
Est um tempo maravilhoso. Est sol e est calor.
E as mas esto a cair do meu rabo.
A macieira est com quase todas as mas no cho.
Enquanto caem as mas, levo com uma na cabea.
No fim da ma cair na minha cabea, apanhei-a e comi, engasguei-me! Tossi e inspirei.
Inspirei o ar poludo da natureza que me rodeava.
E pensei como era bom ter um terreno cheio de mas. Mas infelizmente no dava.
Porque no tenho dinheiro, bom sonhar enquanto podemos.
E tambm bom comer as mas enquanto podemos. Pois, enquanto no carem todas
ao cho. Mas viram-me a apanhar mas. Apanhei-as sem vergonha.
A vizinha s me chamava de ladra, sem abrigo, todos os nomes imaginveis. S por
causa das mas. S me chateavam a cabea por causa das benditas mas. Mas quando
me viram a apanhar as mas eu fugi.
Mas se me perguntarem se eu as apanhei, digo que sim porque a verdade. E vou
enfrentar todas as dificuldades e todas as consequncias.
Ins Marques, Sara Duarte, Miguel Saldanha, Ins Saraiva, Andreia Ferreira; 7 C
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
14/135
14
Certo dia, Maria mandou o filho Joo s compras.
Comprar cenouras, mas no havia, ento ele decidiu comprar corgetes. Por azar estavam
esgotadas, foi buscar batatas para a me fazer uma sopa, mas no havia.
Chegou a casa e ele disse para a me:
- Me no havia cenouras, corgetes nem mesmo batatas.
- A srio?! - respondeu a me quase sem acreditar.
L foi o Joo novamente s compras. Pediu cenouras ainda no tinham chegado.
Ficou furioso e ento foi ao talho comprar carne, mas o talhante no estava l pois era
dia de greve.
Foi ao arroz, meteu-o dentro do carrinho das compras. De seguida, foi a seco do atum,
mas no havia, ento comprou feijo. Quando saiu da loja eram sete horas, apanhou um
txi para casa.
Quando chegou a casa disse para a me:
- Me no havia carne, atum.
- No havia?! Amanh vou l para saber se verdade - respondeu a me.
E assim foi, de manh ela foi ao supermercado e j havia tudo.
A me ps o Joo de castigo pois pensava que ele estava a brincar.
O Joo ficou muito chateado pois no teve culpa de nada, ento disse para a me:
- Mas me, eu no tenho culpa de nada...se me amasses acreditavas em mim porque
nunca te menti.
A me j acreditou nele e tirou-o do castigo pois ele nunca lhe tinha mentido.
Daniela Neves, Francisco Pereira, Bruna Alexandre, Joana Pinto, Miriam
Oliveira; 7A
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
15/135
15
Era uma vez uma rapariga chamada Ins.
Um dia ela foi a uma loja de vesturio onde comprou muita roupa. Comprou uma saia,
uma camisola, um vestido, uma carteira e um colar.
Foi para pagar e no tinha dinheiro, ento decidiu roubar o vestido e a camisola. Tirou a
etiqueta e meteu as roupas na carteira.
Quando estava para sair encontrou uma amiga e ficaram a falar em frente da porta da
loja. O telemvel dela tocou e, ao abrir a carteira, as roupas caram. A Ins comeou a
fugir e a miga foi atrs dela, quando chegou ao p da Ins pergunto-lhe:
- O que que fizeste? Roubaste isso?
- Sim roubei, desculpa amiga mas
- No a mim que tens de pedir desculpas a dona da loja.
- Ok.
L foi ela pedir desculpas senhora. Ela, ainda chateada, desculpou a Ins.
Devolveu as roupas e ficou tudo resolvido.
Foi ao Palcio do Gelo onde viu o filme dos Smurfs, comeu um quilo de pipocas e
caiu pelas escada rolantes. Levou sete pontos na cabea.
Quando a me sobe da notcia foi logo para l.
Quando contou a me o que fez, ela ficou furiosa.
No dia seguinte, quando chegou a casa, a me p-la de castigo. A Ins disse:
- Prometo que no fao nenhuma tolice.
Passado algum tempo ela saiu do castigo.
A Ins nunca mais roubou nem comeu um quilo de pipocas, aprendeu a sua lio.
Daniela Neves, Francisco Pereira, Bruna Alexandre, Joana Pinto, Miriam
Oliveira; 7A
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
16/135
16
Rob aleijado
Era uma vez um rob aleijado chamado Cludio. Ele vivia numa lixeira em Springfield.
Era feito de ferro, tinha cabelo de cascas de banana e uma namorada chamada Leo.
Mas havia trs outras raparigas, a Anita, a Fili e a Joana.
O Cludio, certo dia, matou-as e cremou-as. Depois foi ter com a Leo, matou-a
tambm e casou-se com a Angelina Jolie.
Passados anos, a lixeira era governada pelo Cludio e a mulher.
Sem querer, um sem-abrigo atirou plutnio para as campas das quatro mortas. Elas
ressuscitaram e foram atrs do Cludio. Assim que o encontraram, disseram-lhe:
- Cludio, vamos matar-te tal como tu nos mataste.
- querido, tu trocaste-me por essa mulher horrvel? disse, por seu lado, a Leo -
sendo assim vou juntar-me a elas e matar-te tambm.
- No faam isso, por favor! Dou-vos tudo o que quiserem!suplicava o Cludio.
Mas j era tarde demais, tinham acabado de o matar.
No meio da confuso a Angelina Jolie acabou por fugir. Determinadas, correram atrs
dela e mataram-na tambm.
O reino da lixeira passou a ser governado pelo grupo das quatro assassinas de pessoas
ms e todos lhes deram alcunhas:
Leo - banana splite venenosa, Filipa - pra na cara, Ana - manga assassina, Joana -
cereja que mata.E toda a gente comeou a cantar o hino delas: AXN assassinos. Ns somos frutas que
matam.
Ana Miguel, Joana Lopes, Ana Filipa, Alexandre Leo; 7 C
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
17/135
17
Estava um ambiente tenso na sala de aula enquanto se fazia o teste. Os alunos suavam,
porque matutavam em respostas erradas, e de tempo a tempo um grito suava na sala, por
causa de uma reguada. Era o professor mais temido da escola: Reitor Salazar Loureiro,
ele tinha uma palmatria numa mo, e um chicote na outra.
Quando ele via os alunos a fazer algo contra as regras, tinham que ir ao seu escritrio, e
l dentro no seria coisa bonita.
Todos tinham medo de fazer algo contra as regras, sem querer, porque eles l sabiam o
que iria acontecer.
O teste estava a acabar e os rufias tinham imensa vontade de atirar papelinhos ao
professor, mas sabiam que ao mnimo erro, zazzzz! Era um grito terrvel.
Nesse tempo, tudo era muito rgido, ou seja, que ningum se atrevesse a fazer algo, ou a
levar negativa.
Foi a que o George Legrob, farto do professor, decidiu contar aos Soldados da
Guarda o que ele estava a fazer. Os soldados ao ouvirem tal palavreado, resolveram
fazer uma revoluo, porque j bastava. J era muito sofrimento de toda a gente! E
assim surgiu o 25 de Abril, o dia em que houve uma revoluo, e deixaram de haver
reguadas injustas, deixou de haver chicotadas, as pessoas deixaram de ser julgadas por
mexerem um dedo, e por fim todos ficaram contentes.
Acerca do Reitor Loureiro, ningum nunca mais soube nada acerca dele.
Afonso Cortez, Francisca Santos, Lus Rafael, Maria Paula, Santiago Oliveira; 7
B
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
18/135
18
DILOGOS IMAGINADOS
Ia a passar numa rua ladeada de arbustos, muitos. De repente, ouvi dois rapazes a
combinar como roubar uma BMX que l estava parada, em frente de uma loja.
Escondi-me atrs de um dos arbustos, que ficava mesmo junto da bicicleta, e continuei a
escutar. Ento um deles disse:
- Esperamos que a loja feche e que deixe de passar gente para a levarmos.
O outro respondeu:
- No sei, e se somos apanhados.
E o outro replicou:
- No te preocupes, no vamos ser apanhados.
Ento o outro disse:
- Ok, vamos faz-lo.
Eles esperaram, esperaram e esperaram at que finalmente decidiram ir roub-la.
Comearam a deslocar-se discretamente para o p da bicicleta e quando eles estavam
quase a chegar perto dela eu sa detrs do arbusto, peguei na bicicleta e fui-me embora a
toda a velocidade. Correram atrs de mim at no puderem mais e ficaram para trs a
resmungar. E eu ganhei uma bicicleta nova.
Carlos Dias, 7B
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
19/135
19
Um dia, estava a fazer um piquenique debaixo de uma frondosa rvore, quando comecei
a ouvir uma conversa entre o Joo e a Maria, os meus melhores amigos.
A conversa deles foi assim:
- Maria - disse o Joo - posso falar contigo?
A Maria sorriu e disse:
- Claro que sim!
Ele comeou a dizer coisas sem grande interesse. At que depois houve um grande
silncio. Ela estava prestes a ir embora quando ele disse:
- Gosto muito de ti Maria! Queres namorar comigo?
- Sim - respondeu a Maria - claro que sim!
Abraaram-se e beijaram-se. Fiquei extasiada. Estava prestes a ir felicit-los quando a
Maria disse:
- Devemos dizer a Ana, ela a minha melhor amiga.
- Acho que no, acho que at melhor afastarmo-nos para ganhar algum espao para
ns - disse o Joo.
- Sim, tens razo.
Fiquei muito triste e chateada por causa do que eles disseram. Por isso peguei nas
minhas coisas e fui embora a correr. Passado algum tempo percebi o porqu deles
quererem espao.
Ana Silva, 7 B
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
20/135
20
Eu estava em casa, na cozinha. Como estava muito frio, decidi mudar para outro
aposento. Sem que tivessem reparado em mim, estavam duas pessoas a falar baixo.
Procurei ouvir o que diziam, falavam sobre uma mala de dinheiro.
Saram e eu fui atrs delas. Abriram um buraco no jardim para esconder a mala. Quando
foram embora, comecei a procurar uma p, como no encontrei nenhuma decidi
desenterr-la com as mos. Depois de escavar tudo, constatei que a mala tinha um
cdigo. Tinha tentado muitas vezes, mas no valia a pena. Encontrei um p-de-cabra e
achei que daria resultado. Tentei abri-la e consegui, mas o pior foi que a mala tinha uma
coroa de cristal e ento percebi que eles a queriam vender para ficarem ricos.
Depois peguei na coroa e levei polcia, mas os dois homens que queriam ficar ricos
apareceram na esquadra. Eu nem sequer olhei para eles. Perguntaram se no tinham
visto nenhuma coroa, olharam para a mesa e viram-na, tentaram agarrar-me, mas o
polcia prendeu-os. E foi assim, queriam a coroa para ficarem ricos.
Andr Pais, 7 A
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
21/135
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
22/135
22
No dia 24 de Novembro de 2011, estava a fumar o meu cigarro no beco da escola e ouvi
dois indivduos a planearem rebentarem com a escola. Quando ouvi aquilo apaguei o
cigarro e escondi-me atrs de um carro a ouvir.
Um deles disse:
- Entramos na escola noite e pomos quatro bombas no piso de baixo de cada pavilho.
No outro dia, hora das aulas com toda a gente na escola, fazemos um telefonema com
ameaa de bomba, quando estiverem l os polcias rebentamos com a escola.
O outro respondeu:
- No, entramos na escola hoje noite, pomos as quatro bombas dentro dos cacifos para
no as conseguirem ver; no dia seguinte de manh, pomos bombas no campo de jogos
porque quando h emergncias todos os alunos, funcionrios e professores dirigem-se
para l. No outro dia de manh, fazemos um telefonema com ameaa de bomba e
quando estiverem os bfias dentro da escola e os alunos, funcionrios e professores
estiverem no campo de jogos, accionamos a bomba e vai tudo pelos ares.
O outro respondeu:
- Sim, acho boa ideia, hoje noite colocamos as bombas.
O outro respondeu:
- Ento meia-noite, em ponto, encontramo-nos aqui. Adeus.
No fim de ouvir aquilo tudo fiquei um bocado assustado, mas ocorreu-me a ideia de
falar com o director da escola para contar o que tinha sucedido.
O director da escola disse:
- Tenho uma ideia, vou ligar polcia e contar o que se passa e esta noite preparamos
uma cilada aos dois indivduos.
Entretanto liguei minha me a dizer o que tinha passado e que ficava c para assistir
ao plano.
Eram 11 horas da noite, escondi-me dentro do carro, c fora, com um microfone;quando os indivduos entrassem, eu dava o sinal. Chegou-se a hora e eles apareceram.
Dei o sinal, mas eles quando viram a polcia comearam a fugir. Como estava dentro de
um carro da polcia, reparei que numa pistola que estava no porta-luvas. Peguei-lhe e
matei os dois indivduos.
No dia seguinte, deram-me os parabns porque salvei muitas vidas. Tambm me
disseram que quando fosse mais velho podia ser polcia.
Nunca mais me vou esquecer desta histria, que comeou s por estar a fumar umcigarro. Rodrigo Sousa
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
23/135
23
Numa tarde de Primavera, no recreio da Escola Secundria de Tondela, estava com uma
amiga minha e reparmos em duas pessoas que estavam a falar. Aproximmo-nos
discretamente e comemos a ouvi-las. Uma dizia outra para faltar s aulas da parte da
tarde, mas ela negou-se. A que lhe tinha feito a proposta ficou furiosa e disse-lhe que
no falava mais com ela. A outra respondeu que no mandava nela e que no ia faltar s
aulas s porque ela queria. Por fim, chegaram a um acordo: ningum faltava s aulas e
foram-se embora.
Eu e a minha colega registmos tudo, mas o que ela escreveu era diferente e comemos
a tirar concluses para ver qual era a melhor verso. Depois disso, fomos para as aulas,
guardmos os registos para ns e no mostrmos a ningum.
Registmos a conversa, pois achmos interessante e poderia servir para mais tarde, para
a nossa escola ficar a saber de tudo, mas por enquanto no, porque depois podem
descobrir quem eram essas pessoas.
Andr Figueiredo, 7 E
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
24/135
24
Estava na aula de Portugus, a ter Oficina de Escrita, e tinha de fazer um exerccio. O
professor Lus Chaves juntou alguns grupos. Estava sozinho e estavam todos os grupos
a fazer uma histria. Comecei a deambular pela sala, um grupo perguntava: o que ests
a fazer?. Nada estou a fazer o exerccio, respondi; outro grupo dizia: e vai acabar?
O que que este gajo anda aqui a fazer? Anda sempre a passear pela sala! Fernando
Miguel chega aqui j! Ests bem?. E foram sempre perguntas idiotas, frases sem
interesse para mim. Para no escutar o que eles diziam podiam falar mais baixo. Por
exemplo, quando passava ao p deles calavam-se, mas as pessoas nem se importam que
ouam as conversas delas. Na sala de aula nem perceberam que eu era muito cusco e
ouvia o que diziam.
L andei a ouvir o que diziam. O primeiro grupo onde fui:
- Olha o que ela fez? Acredita verdade.
Muito contente fui a outro:
- Que ests a fazer p? Ns vamos ser o melhor de todos.
Continuei a ouvir, noutro grupo e diziam:
- Que horas so? Ainda no percebi o que esto vocs a a fazer! J viste aqui esta
tatuagem?
J me doam os ouvidos deste tipo de conversas. Foi assim quase toda a aula, nem
perceberam que eu era uma pessoa que gostava de saber o que diziam, mas no me
importei e continuei. Fui outra vez a um grupo, passei e ouvi: A.X.N a defecar ovos
todos os dias. Noutro ouvi coisas como: temos de fazer um acordo, Xico Xico, para
que que vais levar a cadeira? Porque ela minha.
J me fartei deste grupo, fui ouvir outro: mas tem de terminar em grande. p falem
baixo.
J faltava pouco para acabar a aula e no me interessava mais o que diziam.
Acabou a aula, fui ouvir outras pessoas l para fora.
Fernando Miguel, 7 C
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
25/135
25
LENDAS MODIFICADAS
Contam as pessoas adolescentes, que em tempo de crise na Casa de Bragana reinava a
minha me e a minha irm. Diz a tia Carolina que a minha tetrav conhecera um rapaz
pelo qual se apaixonou. Em tempo de crise, no era permitido que as moas se casassem
com nenhum rapaz que no tivesse dinheiro. Como o rapaz e a minha tetrav se
amavam, o pai da minha tetrav decidiu impor uma prova de valor ao rapaz. Ento,
mandou cham-lo sua presena, dizendo-lhe que se conseguisse roubar as cenouras da
vizinha e lhas trouxesse que se podia casar com a filha. O rapaz ouvindo isto esperou
pelo outro dia de manh porque o pai da minha tetrav tinha-lhe dito que podia roubar
as cenouras at s 11horas, que era a hora a que a vizinha acordava. Ao chegar ao
quintal roubou as cenouras e, feliz, foi a casa do pai da minha tetrav, que de pronto lhe
disse:
- Muito bem rapaz! Pode pedir a mo da minha filha em casamento.
Casaram-se, tiveram filhos e viveram felizes para sempre.
Ins Varela
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
26/135
26
Trs pessoas, uma chamada Prantegulho, outra Gerbsio e outra Viriato, fizeram uma
aposta. Dois deles teriam de ir a um pinhal s 11 da noite, a fim de espiarem os romanos
que ali tinham conquistado toda aquela terra. Foram o Gerbsio e o Viriato.
Tal como combinado, os dois homens entraram no pinhal, s dez e meia da noite, com a
igreja de l perto a dar as badaladas das dez e meia.
Entraram e viram dez legionrios e um chefe. O chefe falou um cdigo que Viriato no
percebia, mas que Gerbsio, traidor do seu povo, percebeu. Era hora de eliminar Viriato,
para que os romanos pudessem conquistar o resto daquele stio.
Viriato e Gerbsio enfrentaram os legionrios at que Gerbsio, assim que uma teve
oportunidade, pegou numa estaca e espetou-o no Viriato. No final, Gerbsio estava
contente, pois pensava que iria receber uma recompensa, mas o chefe apenas lhe disse:
-Vai-te embora, Roma no paga a traidores.
E ele foi. Mais tarde, Prantegulho, como reparou que j estavam a demorar muito, foi
at ao pinhal. Entrou e deparou-se com Viriato morto no cho. S a percebeu que
Gerbsio era um traidor e que nunca devia ter confiado nele para aquela aposta.
Rafael Abreu, 7B
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
27/135
27
Segundo a lenda, os habitantes Bettys Bopps andavam procura de uma cerveja
preciosa, da qual ainda no se tinha descoberto o criminoso. Certo dia, apareceu uma
cerveja falante com um ar muito suspeito. Os habitantes ficaram todos cheios de medo
pois eram s pequenos peluches. Ajoelharam-se perante ela e perguntaram:
- Sabes da nossa cerveja preciosa?
Ela respondeu:
- Eu no disse outra cerveja, mas fao aqui uma promessa que a vou encontrar.
Passados alguns minutos:
- H aqui alguma arca? porque preciso de me refrescar.
Responderam:
- Sim h, mas s uma, e a nica!
Ento os peluches puseram a cerveja no congelador.
- Isto no uma arca um congelador! Eu quero uma arca, no me quero refrescar,
quero dormir; protestou a cerveja falante.
- Esta cidade, ou melhor isto, no nada, no tem uma arca, quero j um tribunal;
reclamou.
Ento assim foi, o juiz que no achou graa nenhuma e ento foi imediatamente
julgado. E, poucos anos mais tarde, veio a descobrir-se que ele tinha raptado a cerveja
preciosa e foi expulso da cidade sem nunca mais poder voltar a Bettys Boops.
Ins Saraiva, 7C
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
28/135
28
Os sem abrigo de Carcavelos
Muito perto de Carcavelos existem duas barracas, em forma de paraleleppedo, que a
lenda diz terem sido habitadas por dois sem abrigo chamados: Melro e balo.
Cada qual, em sua barraca, comeou a construir uma lareira, com apenas 100kg de
cimento, 150 tijolos burros, uma placa e uma lixa. Tiveram de a construir porque
estavam com medo de apanhar uma hipotermia e comearam a constru-la com sendo o
seu aquecimento.
A distncia de um para o outro era de 5 metros e como tinham de repartir as coisas
comearam a dividir os materiais.
Passado alguns minutos do incio da construo comearam a discutir, pois um queria
ficar com mais tijolos do que o outro. Por causa da discusso, partiram para a violncia
e foram-se partindo tijolos at que foram parar ao outro lado da aldeia, onde habitavam
mais sem abrigo.
A partir da a aldeia ficou conhecida com A aldeia dos sem abrigo.
Maria Joo Fernandes, 7C
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
29/135
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
30/135
30
Na corte chinesa de Carlos Ninhum vivia um homem de sangue cor de petrleo e alma
de medricas, Roberto Petroleiro, que tinha como melhor amigo D. Marreco. Roberto era
um homem sensvel, pateta e que tinha o dom da palavra, por isso D. Marreco foi pedir-
lhe para impressionar Ana de Chateirret com as suas palhaadas.
Em vez disso eles gostaram um do outro, no entanto, o pai de Ana de Chateirret no
aceitou e tiveram de fugir os trs num barco. A meio do caminho uma tempestade
desviou-os da rota e foram parar Antrtica. Como estavam molhados, e com aquele
fio, congelaram os trs e ainda hoje se podem ver mamutes ao seu lado.
Rodrigo
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
31/135
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
32/135
32
Muito perto de Viseu, numa encosta, existem duas lojas de gelados, em forma de cone,
que a lenda diz terem sido assaltadas por duas galinhas, a Bb e a Bb. Cada uma
habitava, nas imediaes, o respetivo galinheiro e possuam apenas um idiota martelo
do qual se serviam alternadamente.
A distncia entre os galinheiros era curta, assim de dois quilmetros mais ou menos, e
as duas galinhas atiravam o martelo uma outra quando dele necessitavam.
Decerto j perceberam que as duas galinhas eram gigantes porque de outro modo no
teriam fora para atirar o martelo.
Um dia, a Bb zangou-se com a amiga Bb e atirou-lhe com o martelo, com tanta
fora que ela deformou-se, caindo depois na encosta, ainda com tamanha violncia que
fez brotar uma linda fonte de fitas coloridas, que se usavam nas festas mais importantes.
O cabo de madeira do martelo veio a dar o nome povoao, que ficou batizada de
Marteleiro. Quanto Bb, morreu por causa da martelada na cabea.
Maria Joo, 7D
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
33/135
33
No tempo de D. Francisco I, vivia um homem chamado Henrique Oliveira, que tinha
como melhor amigo e companheiro o D. Afonso.
Henrique Oliveira tinha o dom da palavra por isso D. Afonso veio pedir-lhe para ir com
ele esperar a sua jovem e bela amiga Maria Sousa, que D. Afonso queria impressionar.
No entanto, os primeiros olhares e as primeiras palavras trocadas entre Maria Sousa e
Henrique Oliveira foram suficientes para que surgisse um amor to intenso que resignou
sinceramente D. Afonso. Mas os pais de Maria Sousa no aceitaram a unio com um
pretendente to pobre e ordenaram o casamento de Maria com um dos fidalgos da corte.
Henrique Oliveira no escondeu nem a sua tristeza nem a sua inteno de lutar por
Maria e foi preso por ordem do rei durante alguns dias, enquanto a cerimonia de
casamento se realizava. sada da priso esperava-o o seu fiel amigo D. Afonso que o
informou que Maria estava a morrer de amor.
Com a ajuda de D. Afonso, Maria e Henrique fugiram num barco em direco a Frana,
mas uma brutal tempestade acabaria por o desviar para uma ilha paradisaca.
Maria no resistiu febre que a tinha assolado durante a tormenta e foi enterrada na bela
ilha. Conta-se que Henrique morreu em cima da campa da sua amada e nela foi
enterrado pelo seu amigo. Um grande amor que atravs do nome de Henrique foi para
sempre recordado na ilha da Madeira.
rica Ramos, 7 F
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
34/135
34
Lenda do pastor rico e da toupeira
Esta e a histria de um pastor rico que vivia numa aldeia alegre e que tinha por nica
companhia uma toupeira.
O pastor enchia o corao de alegria com a ideia de um dia viajar at lua com a sua
toupeira.
Numa noite de chuva, o pastor sonhava que estava na lua, at que caiu. Foi l porque era
o seu desejo.
A partir da, a toupeira nunca mais largou o pastor. At que um dia o pastor decidiu
chamar aquela serra, a Serra da Toupeira.
Os velhos e os novos da aldeia ficaram contentes por o pastor ter ido a lua com a sua
toupeira.
Passado uns dias, o pastor comeou a chorar porque a toupeira ficou doente, quase a
morrer. Ele procurou uma soluo, acabando por a levar a um veterinrio e a toupeira
ficou melhor.
A lenda diz que hoje na Serra da Toupeira possvel ver aquela toupeira.
Rodrigo Almeida, 7A
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
35/135
35
A lenda das cuecas grandes
Na Cuecalndia, em Coimbra, h uma fbrica de cuecas do Pai Natal.
Num dia e que ele andava por l, teve que fugir quando viu as suas cuecas ficarem cada
vez maiores pelo esticador mortfero do coelho da Pscoa.
Antes de fugir, o Pai Natal escondeu algumas cuecas, pensando vir mais tarde utiliza-
las. Quando o coelho da Pscoa voltou a utilizar o esticador mortfero, encontrou as
cuecas escondidas, excepo das cuecas aos coraes que estavam a ressaltar na
mquina de lavar.
Numa cidade diferente, o Pai Natal avistou o coelho da Pscoa a usar as suas segundas
cuecas preferidas. Com a mo direita traou no cu umas cuecas coloridas, enquanto
dizia umas palavras misteriosas. Nesse momento, o Pai Natal, que falava com o seu
ajudante, viu as cuecas rasgarem-se num bico de um pssaro. A notcia foi espalhada
pela fbrica toda e nunca mais se viu o pssaro.
Em memria das cuecas, aquela cidade ficou conhecida por Aterrorizadora, em
homenagem s cuecas do Pai Natal.
Ainda hoje o Pai Natal diz que nunca mais se vai esquecer das suas cuecas.
Bernardo Costa
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
36/135
36
A lenda da minha cadela
A minha cadela, filha do meu co, revelou desde muito tenra idade uma grande vocao
para a dormida e a comida.
Apesar de ser obrigada a viver na casota, juntava-se o mais possvel de casa e passava
grande parte do tempo a dormir e a comer. A cadela era muito bonita, tinha muito pelo e
muitos pretendentes, mas a todos recusou. Com a minha autorizao, foi uns dias a casa
de uma amiga minha porque ela tinha um co que a minha cadela gostava, mas
terminando os dias vinha para casa. Esta ltima deciso foi contestada tanto pela minha
me como pelo meu pai. Por outro lado, os meus pais discordavam da vocao da minha
cadela e no queriam que ela dormisse e comesse tanto.
Perante tanta discrdia, a minha cadela decidiu no dormir e comer tanto, mas declarou
que s vezes o ia fazer, vivendo s vezes triste outras contente.
A minha cadela enamorou-se pelo co da minha amiga, casaram-se e tiveram muitos
cachorrinhos.
Helena Matos, 7A
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
37/135
37
A lenda da tristeza
Na corte Britnica de av Maria, vivia uma mulher de inspirao de trabalhar nas terras
de seu nome Manuela Leito. Tinha como amiga uma galinha que punha ovos todos os
dias. Manuela Leito era uma mulher forte e nervosa. Um dia, pediu galinha para ir ter
consigo s terras porque andava l o Manuel, a pessoa de quem ela gostava.
A Manuela Leito foi ter com ele e perguntou-lhe se precisava de ajuda, mas o Manuel
disse que no. Passado muito tempo, Manuela morreu e Manuel pegou na galinha dela e
matou-a para comer no seu prprio casamento.
Carolina Matos, 7A
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
38/135
38
O Armindo e o meteorito
Ontem aconteceu uma coisa. O Armindo era rico, vivia num castelo que se chamava
Pompeiro, mas era uma pessoa triste. Tinha como companheiro um galo.
O galo estava sempre a cacarejar e a olhar para um monte de erva que ficava para alm
do monte.
Um dia de manh, o Armindo avistava o cu limpo, que era lindo, de repente viu um
meteorito a cair no mesmo monte de erva.
O Armindo disse para o galo que queria ver o que era aquilo.
Passou dias, semanas, meses e anos a chegar l. O Armindo estava cansado, mas nunca
desistiu, o pobre galo que, j fraco, acabou por morreu. Os velhos e as crianas da
aldeia h j muito tempo que no viam o Armindo nem o seu companheiro, o galo.
O Armindo finalmente chegou ao monte de erva e comeou imediatamente procura do
que ali tinha cado. Chegada a noite, dormiu em cima do monte de erva.
No outro dia, continuou a procurar. Avistou uma pedra muito rara, que fez um buraco
enorme.
Ento, decidiu leva-la para o castelo. Limpou, poliu e ps numa redoma. Disse que toda
a gente podia ver aquele meteorito.
A partir desse dia todos os dias deles eram felizes.
Sandrina Brs
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
39/135
39
Dizem as pessoas que no tempo de reis, na horta, reinava uma cenoura e a sua filha
cenourinha. Diz a lenda, que a filha Cenourinha do rei Cenoura, conhecera o cavaleiro
Ervilha, por quem se apaixonou.
Naquele dia, no era permitido Cenourinha casar com nenhum rapaz que no
pertencesse realeza. Como o Ervilha e a Cenourinha se amavam, o rei Cenoura decidiu
impor uma prova de amor ao cavaleiro. Mandou chamar sua presena o Ervilha para
lhe dizer que se ele conseguisse roubar as batatas da vizinha e lhas trouxesse, concedia-
lhe a mo da filha.
O cavaleiro, ouvindo isto, alimentou a seu cavalo a cebola. No dia seguinte, quando a
hora chegou, foi a casa da vizinha e roubou-lhe as batatas. Chegou horta, e dirigiu-se
ao rei. Mas, para seu espanto, o castelo estava fechado por ordem do rei.
O Ervilha, no sabendo o porqu, cavalgou em volta do castelo, procura de uma outra
entrada, mas no teve muita sorte.
Farto, entrou fora no castelo para entregar as batatas ao rei.
Conseguiu a mo da princesa Cenourinha. Casaram e tiveram muitos filhos.
Daniela Neves, 7A
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
40/135
40
A lenda do astronauta e da lua
Havia um astronauta que vivia numa aldeia alegre e tinha, como animal de estimao,
um sapo. Ele olhava muitas vezes para a lua e o seu corao enchia-se de esperana de
um dia viajar at l e talvez a outros planetas.
Certa noite, um cometa com cara de bebe veio at ele e perguntou-lhe se queria muito ir
lua. Ele disse-lhe que sim, o cometa respondeu que faltava pouco tempo para o seu
sonho se realizar. Todas as noites a Lua sorria para ele.
Passaram-se muitos anos e o astronauta decidiu ir embora pois talvez noutro stio o seu
sonho se realizasse.
Chamou o cometa e disse-lhe que se ia embora. E l foi ele, por muitos anos, de avio.
O seu sapo morreu e foi sepultado na casa de banho. O astronauta chorou, mas mesmo
assim foi procura do seu sonho.
Envelhecendo com a lua, ele foi esperando pelo seu sonho, at que um dia pde,
finalmente, visit-la.
Quando chegou ao espao, ao ver a lua, sentiu uma grande alegria. Pouco depois, um
meteorito bateu no vai e fica espacial e comea a incendiar-se. Antes do astronauta
morrer disse para a lua que morria feliz pois o seu sonho tinha sido realizado. Ao fim de
estas palavras morreu.
Ele foi sepultado na Lua. E ela foi chamar D. Quixote.
Miriam Oliveira, 7A
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
41/135
41
Esta a histria de um menino pequeno que vivia numa vila nevada e tinha por nica
companhia um ratinho. Este menino fitava a rua e o seu corao enchia-se de esperana
de um dia sair de casa para ir brincar para a neve que enchia a vila inteira. Uma noite
fria de luar, em que o menino olhava a neve branca pela janela, achou uma estrela
cadente, pequenina e rpida que lhe falou do seu desejo. Estava ali por vontade do seu
pai, para guiar o menino onde quer que ele desejasse ir. A partir de ento, a estrela
nunca mais abandonou o menino, acompanhando-o noite aps noite, at que veio o dia
em que o menino quis ir para a rua e chamou a estrela. A vizinhana no concordava,
porque o menino era muito pequeno para sair e ir brincar na neve. O menino
saiu para brincar na neve durante horas. O seu ratinho no aguentou tanto frio e faleceu.
O menino chorou muito, mas sabia que era o ciclo da vida, por isso continuou a brincar
at se cansar, a estrela foi brincando com ele, mas tambm lhe aconteceu o mesmo.
Chegou o fim do dia, e ambos voltaram para a sua casa, o menino na janela a mirar a
neve fofa e branca, e a estrela para o cu da noite. O menino reparou que lhe pediam a
estrela em troca de conforto e fortuna, mas ele dizia que a estrela podia no lhe
pertencer, mas que era sua amiga, sua acompanhante e que nunca a abandonaria. A
lenda diz que ainda hoje, apesar do menino ter crescido, morrido e a sua casa se ter
tornado abandonada, da janela dessa casa, ainda possvel ver a estrela com que o
menino passou muito tempo da sua infncia.
Salom Leito, 7E
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
42/135
42
Os porcos de Curral Ville
Muito perto de Curral Ville existem dois montes muito elevados, em forma de triangulo,
que a lenda diz terem sido habitados por dois porcos, o Porco Burro e o Porco Burro
Burro. Estando cada um em seu monte com a respectiva gamela, possuam apenas um
tomate do qual se serviam alternadamente. A distancia entre o topo dos dois montes era
curta, assim de dois quilmetros mais ou menos, e os dois irmos atiravam o tomate um
ao outro quando dele precisavam. Decerto j perceberam que estes porcos eram gigantes
porque de outro modo no teriam fora para atirar o tomate quela distncia. Um dia, o
Porco Burro Burro zangou-se com o irmo e atirou-lhe o tomate com tanta fora que
este se desconjuntou, caindo o tomate na encosta do monte triangular com tanta fora
que lhe fez brotar uma fonte de molho de tomate. O molho de tomate foi escorrendo na
terra a dois quilmetros de distncia, fazendo nascer um tomateiro, que veio dar o nome
povoao de Tomatal.
Catarina Ferreira, 7D
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
43/135
43
Contam os meus vizinhos que em tempo e reis, na S de Viseu, havia um rei que tinha
um magnfico cavaleiro. Ele chamava-se Cavaleiro Negro.
Nunca ningum lhe tinha visto a cara, ningum sabia quem era, s pensavam que era
imortal.
Um dia, o Rei foi atacado, por um reino muito forte que era do Castelo de Elvas. Este
reino tinha um ponto forte, este reino tinha um ... Drago !!!!!!!!!!!!!!!!!!
Ento, o rei chamou os seus cavaleiros e tambm o seu ponto forte... o Cavaleiro
Negro!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
O cavaleiro quis logo matar o drago mas no conseguiu. Infelizmente morreu, o reino
da S de Viseu perdeu, o rei foi capturado e depois morto.
Diz a lenda que ele anda por a, ele quer vingana, ele quer o Drago
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Rui Vicente, 7 B
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
44/135
44
Lenda do palcio da Ovelha ou das Joaninhas
Esta a histria de uma ovelha rica que vivia num palcio feliz e tinha muitas
companhias, desde formigas a pulgas. A ovelha fitava a vertical e o seu fgado enchia-se
de mgoas ao pensar na hiptese de um dia ter de abandonar o palcio, que inclua
casinhas e cabanas.
Numa manh fresquinha, em que a ovelha fitava o cho sujo, subiu at ela uma
joaninha grande com um rosto de velha e lhe falou do seu desejo: queria expulsar a
ovelha do palcio. A partir de ento a joaninha no abandonou a ovelha, por muito que
esta quisesse. At que, numa noite em que a ovelha teve de ir s compras, a joaninha
chamou o seu exrcito para expulsar dali a ovelha e as suas companhias.
A ovelha tinha ido ao shopping comprar umas belas roupas. As suas companhias
morreram com tanta roupa. A ovelha ficou feliz por no ter de as continuar a aturar.
Quando voltou, deu de caras com um exrcito de joaninhas que a expulsaram do seu
prprio palcio. A lenda diz que, ainda hoje, do palcio da Ovelha possvel ver as
joaninhas vaidosas por l a viverem.
Francisca Santos, 7 B
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
45/135
45
A lenda do rei Valente
Contam os adolescentes, que em tempo de Carnaval, no Castrelo de Almourol reinava
um mendigo e a sua filha.
A filha do mendigo conhecera um rei pelo qual se apaixonou. Naquele tempo, no era
permitido que a filha de um mendigo se casasse com o rei.
Como o rei e a rapariga se amavam, o pai decidiu impor uma prova de valor ao rei.
O mendigo chamou sua presena o rei, dizendo-lhe que se ela se atirasse de um pra-
quedas que lhe concedia a mo da filha.
O rei ouvindo isto foi a correr arranjar o equipamento. Chegou o dia de ele partir para a
sua aventura. E l vai ele. Quando acabou a aventura, foi a correr ter com o mendigo.
Quando chegou ao castelo, estava de portas fechadas por ordem do mendigo.
O rei, que vinha um cavalo, cavalgou por todas as muralhas para ver se encontrava
alguma entrada.
O cavalo, de to cansado que estava , antes de morrer disse:
- Morra o homem e deixe a fama.
Beatriz Borges, 7E
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
46/135
46
A vila de Face, no Algarve, deve o seu nome filha do Alcaide de Farmvilar, Aben-
Empires, que fugiu quando viu o seu castelo ameaado pelo exrcito de D. Afonso
Henriques III. Antes de fugir, o Alcaide entregou o seu ouro ao Cavaco, pensando que
este se reformasse graas esmolinha.
Quando os cristos tomaram o castelo, encontraram-no vazio, excepo da linda filha
do Alcaide que encontraram a jogar fervorosamente. Tinha preferido ficar no facebook
a ir embora.
De um arranha-cus vizinho, Aben-Empires avistou a filha cativa dos cristos e com a
mo direita clicou no rato do computador enquanto proferia umas palavras misteriosas.
Nesse momento, o cavaleiro D. Gonalo Peres que falava com a moura pelo facebook
viu-a ir pelo servio de entregas, ficando sua frente uma esttua de pedra. A notcia
espalhou-se pelo facebook e um dia essa esttua desapareceu. Em memria deste
estranho acontecimento ficou aquela terra conhecida por Face, em homenagem jovem
moura que preferiu ficar no Facebook a fugir. Ainda hoje se diz no Algarve que em
algumas noites a moura encantada aparece no castelo de Face para ir ao seu Facebook.
Carlos Dias, 7B
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
47/135
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
48/135
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
49/135
49
Crculo de ps em ps, de estdio em estdio. At que um dia fui parar ao mato, nessa
altura s uma coisa me interessou: conseguir sair dali.
Os animais assustavam-me com os seus sons e as suas garras, tudo na floresta me metia
medo. Na escurido e com o vento parecia que os ramos se mexiam e me iam magoar.
Tenho medo, tanto de noite como de dia. As ervas picavam e ouvia toda a gente a falar,
pessoas que passavam por l, com navalhas e coisas cortantes; tinha medo que me
matassem. Depois apareceu um rapaz, que me levou. Fiquei sem medo de nada e de
ningum. Levou-me a stios que j tinha ido, vi pessoas que j tinha conhecido; estava a
viver o que j tinha vivido.
Jogou futebol comigo, durante muito tempo, depois cansou-se e deixou-me l no meio
do jardim, que parecia no ter fim.
Sou uma bola de futebol.
Beatriz Bernardo, 7 C
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
50/135
50
A vida de um sapato
Numa noite fria, senti-me gelado! Pensei que com o passar da noite fosse aquecer.
Acordei num sobressalto, muito aflito e, sem fazer caso, olhei para a janela. Vi o tempo
muito escuro e muito frio. Levantei-me da cama, estava to quieto e, de repente, vi
algum a calar-me, mas no sou nenhuma luva! O ambiente dentro de casa arrefeceu,
ouvi aqueles sons normais de uma casa, assim que me meteram no cho congelei! Eu
sou um sapato!
Bem vocs devem estar a pensar, um sapato a dormir na cama?, sim, dormia na cama,
porque o meu dono era muito desarrumado. Pegava em mim e fazia tudo o que uma
criana de 2 anos faz a um brinquedo! Ora arrumava-me, ora desarrumava-me, enfim!
Dormia com ele. Uma coisa que sempre admirei no meu dono, nunca me deixar
sozinho, se num dia no me usava, metia um peluche perto de mim, vejam l!
Hoje no sirvo para nada, estou velho e quase a ir para junto dos outros sapatos velhos e
estragados! Mas uma coisa vos digo, vale a pena ser sapato por um dia!
Maria Joo, 7 D
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
51/135
51
Todos os dias ansioso para que algum pegasse em mim. A minha funo no das
melhores, mas eu gosto do que fao. Foi com os erros dos alunos e com os exerccios
propostos pelos professores que aprendi a escrever e a falar a nossa lngua, e tambm
ingls, francs e at alemo.
Tambm, s para terem a noo, consigo acompanhar as aulas de matemtica, mas fico
muito triste quando vejo alunos a errarem o clculo mental de contas com algarismos
baixos. Por vezes, at acontece exactamente o contrrio; fico parvo, por assim dizer,
quando vejo alunos, que rapidamente, em menos de trs segundos, conseguem fazer
uma multiplicao de nmeros para cima dos mil, sem fazer clculos ou at
utilizar os dedos! Infelizmente, so raros estes casos.
s vezes, nem conseguia conter a minha ansiedade e queria que os alunos errassem os
exerccios para me puderem utilizar, at que um dia
A professora de matemtica colocou dois problemas no quadro sobre os mltiplos e
divisores e props dois alunos, o Joo e a Matilde, para irem resolver, cada um, um dos
problemas.
O Joo, que era um grande trapalho, pegou em mim para apagar a operao que tinha
efetuado e que a professora disse que estava mal e, deixou-me cair ao cho. Ca em
cima do p da Matilde que, por sua vez, tinha umas sandlias caladas. Como podem
imaginar, deve ter dodo bastante! Ela comeou a choramingar e teve de ir enfermaria
pr gelo, pois o seu p estava bastante inchado.Desde esse dia, tenho receio que algum erre algum exerccio ou que escreva mal uma
palavra porque pode acontecer algo parecido com o que aconteceu Matilde e essa no
a minha inteno.
Alexandrina Martins, 7 D
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
52/135
52
Uma nica folha, numa nica arvore, no nico parque da cidade que consigo ver atravs
da janela. Parece estar vento, mas no o consigo sentir, pois estou dentro de casa.
Consigo fazer sinais de luz ao meu vizinho da frente, um candeeiro pequeno, em cima
de uma secretria, que no me responde. Sou uma lanterna, amarela e cinzenta, que as
crianas usam para brincar durante a tarde, enquanto o mais velho faz os trabalhos de
casa.
Estou quase a ficar sem pilhas, com apenas um dia de uso. Deixei de piscar, de ser
usada e na cama acordo do nada.
Renato Pacheco
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
53/135
53
Estava no meu stio habitual, como sempre com a minha irm gmea ao lado. De
repente, vejo avies a aproximarem-se. L em baixo, nas ruas, s via pessoas a
correrem. As minhas vigas a pesarem cada vez menos. Foi tudo muito rpido, quando
reparei os avies estavam a furar os meus olhos, pessoas a carem, foi horrvel. Fui o
ltimo, mas vi a minha irm morrer viga a viga... Depois vi nas televises AL-
QUAEDA ataca Torres Gmeas. Fiquei esttico e acertou-me outro avio pois um no
chegava. Foi a, comecei a sentir dor, foi to lento que eu s rezava Virgem Maria. Foi
a que "bum bum cata pum..." e cai numa nuvem de poeira.
Reencontrei-me com a minha irm no cu no bairro dos edifcios.
Gustavo Silva, 7 E
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
54/135
54
No posso viajar. Fico todos os dias, todas as noites a ver os outros para l e para c,
gostava de poder caminhar ao lado da margem do rio, ou beira do mar, gostava de
poder ter pernas, e no razes. esse o meu sonho: caminhar, correr, saltar, pular pelo
mundo fora, no ficar parada com os ramos que esvoaam pela vontade do vento, ou
com as folhas e frutos que caem durante o ano, no gosto de servir de apoio aos
pertences dos outros, adorava fugir para uma alvorada desconhecida, uma aventura
prometedora, mas no. Apenas posso ficar parada, com os ramos mais do que secos,
com os frutos bicados pelos indceis dos pssaros, com a casca mordida pelas formigas
atarefadas, e, que mesmo sendo pequenas, tm pernas-palito, ou at mais finas do que
palitos, mas permitem-lhes caminhar.
Todos os dias falo com os pssaros, todos os dias tento fazer algo, procuro desde o cimo
de toda a cidade, encontrar uma maneira de caminhar, mas, praticamente todas as
tentativas so um fracasso. Um dia hei-de conseguir, h que ter esperana.
Santiago Oliveira, 7B
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
55/135
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
56/135
56
Numa manh quente, j o sol brilhava na janela, senti algum a pegar-me e a vestir-me
como se fosse uma meia, mas no era. Assim que acabaram de me vestir, senti um
arrepio, alguma coisa estava muito fria, mas no consegui perceber o que era, a nica
coisa que ajudava a aquecer-me era o p da pessoa que me calou, estava to quentinho!
Quando me levaram l para fora senti o calor do sol, estava muito bem, mas passado um
bocado uma pastilha prendeu-se a mim. O meu dono no deu conta, mas eu sentia-me
pssimo, parecia que estava sujo e tive que andar at noite com a pastilha pegada a
mim, s vezes s pensava porque no era eu outra coisa.
noite, o meu dono descalou-me e de repente senti um cheiro irritante, mas no liguei,
pois ele tinha-me posto dentro de um armrio onde estavam os outros calados. L
estava quentinho e sentia-me melhor porque o meu dono j me tinha tirado a pastilha
chata e irritante.
Adoro ser um sapato mesmo acontecendo coisas ms porque afinal at as pessoas no
escolhem como so!
Catarina Rodrigues, 7 D
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
57/135
57
Quando sou nova todos me querem comprar, todos dizem que sou linda. Depois vou
para uma gaveta e fico no meio da escurido com outras camisolas e t-shirts, em
cima de mim. De vez em quando ainda sou vestida, mas houve um dia em que fui posta
dentro de um saco e fui parar a outra menina, que me adora, mas j sei para onde vou
quando se fartarem de mim
Filipa, n11, 7D
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
58/135
58
Nasci num ninhoCom plo da minha me
Quando era pequeninoEla protegeu-me e o pai tambm.
Na casa onde nasciHavia um gato por pertoQuando viu a gaiola abertaL se foi o mano Humberto.
Com o tempo fui crescendo
A comer ervas e beterrabasA minha famlia desapareciaFiquei apenas eu e mais nada.
Decidimos ento meninosArranjar a cama para deitarFoi a primeira coisa que se fezPara logo irmos coelhar.
Com os meninos portaNo ninho j no sou precisoA coelha ficou preocupadaCom o meu final indeciso.
Com isso no tinha de se preocuparPorque quem teve o mau finalFoi ela e no euQue teve a sorte de morrer.
E foi enterrada no quintalHouve um diaEm que arranjaram uma coelhaEla era bela e tinha riscasParecia mesmo uma abelha.
Sou um Coelho
Hugo Fernandes, 7 B
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
59/135
59
O Meu Dia
Ol! Gosto muito de aventuras e vou-vos contar uma histria sobre o meu dia. Hoje,
quando o Antnio me tirou do estojo, eu estava muito suja. Tentou limpar-me, mas
muito bruto e aleijou-me um bocado, mas fiquei limpinha.
Quando ele fazia composies a Portugus usava-me bastante. Bolas! Aquele rapaz
muito bom a escrever! Gosta de tudo perfeito e limpo por isso usa-me bastante.
Os colegas dele tm muitas, de muitas cores, formas e tamanho e elas gozam comigo
por eu ser espalmada e toda branca. Chamam-me fantasma, mas pronto, eu gosto de ter
amigos.
Em matemtica, no me usou muito porque ele uma barra na disciplina e nas aulas
brinca muito comigo, mas aleija-me bastante. Faz-me buracos e depois pe l cola e
aquece, aquilo di muito, mas eu sei que gosta de mim.
Na aula de cincias, apareceu um colega novo na turma, que se sentou ao p do
Antnio. Nem imaginam o que ele tinha no estojo: tinha uma borracha linda! Chamava-
se Joaquina, foi amor primeira vista! Tive sorte porque o dono dela tambm ficou
amigo do Antnio e ns comemos a namorar!
No fim da escola, ele foi fazer os trabalhos de casa que eram bastantes; bolas! os
professores no lhe do descanso.
E assim costumam ser os meus dias. Ah! Esqueci-me de dizer que sou uma borracha.
Joo Chaves, 7 F
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
60/135
60
Quando acordei, vi tudo escuro parecia que no tinha aberto os olhos. Sentia alguma
coisa fofa e quente que me tapava a viso, mas de repente saiu de cima de mim e fiquei
com frio. Depois senti que tambm estava a sair do stio escuro e fui desdobrada e
alguma coisa se meteu dentro de mim. Era uma rapariga muito bonita de olhos azuis e
cabelo loiro, chamavam-na Lili e por isso calculei que ela se chamava Liliana.
Eu era cor-de-laranja com um corao vermelho cortado em pedaos grandes. A Lili foi
tomar o pequeno-almoo, agasalhou-se e foi para a escola. Todas as amigas lhe
disseram que eu era muito bonita e perguntara-lhe onde que me comprou e ela, na
brincadeira com as amigas, disse que foi numa loja.
Quando ela foi almoar deixou cair um pouco de comida em cima de mim e eu fiquei
com uma ndoa muito grande. A Lili ficou muito preocupada e ligou me para lhe
levar outra camisola.
A me levou-lhe outra camisola e levou-me para casa. Quando chegamos, atirou-me
para a mquina de lavar, fechou a porta da mesma e meteu-a a trabalhar. No incio,
andava de vagar, mas depois comeou a andar muito depressa e eu comecei a ficar um
pouco tonta.
Quando a tortura acabou, eu sa e estava um pouco molhada. Fui posta a secar e a ndoa
no saiu. Fui deitada para o lixo porque j no valia a pena ser usada.
Pensava que era o meu fim, mas enganei-me. Quando estava no contentor do lixo houve
algum que me puxou e me levou. Quando chegmos, senti logo pessoas a cortar-me, o
que doeu muito, e a cozer-me. No fim de tudo, eu era uma nova camisola cor-de-laranja
com um corao cortado aos pedaos grandes e com manchas cor de ndoa.
Mariana Correia, 7 C
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
61/135
61
Hoje foi um dia diferente, senti-me impaciente na escola, no trabalho. Senti-me
incomodada em casa, na rua. Senti-me indiscreta com toda a gente a olhar para mim e a
dizer: "Limite dos Saldos Dia Trinta".
Hoje foi um dia indescritvel, muitas pessoas tiveram sonhos inexplicveis. Ver os
trabalhadores mais importantes com pressa porque era o dia trinta e dois. E algo
inesperado, quando a pirmide desmoronou, com a incapacidade de se aguentar na
histria.
Eu sou a letra "I"
Ins Silva, 7 B
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
62/135
62
Ol! Comeou mais um dia, j estou com alguma idade, mas ainda estou pronta para ir
para as ondas.
Como sempre, todas as manhs, o meu "dono" foi surfar e como bvio fui com ele.
Quando chegmos praia estava l um grupo novo, mas ignoramos e fomos surfar. Um
rapaz e outra prancha vieram ter connosco e confrontaram-nos para ver quem apanhava
as melhores ondas. Como bvio, l fui eu
O rapaz ia-se afogando na primeira onda. Pouco depois, escorregou! Estava espera
que ele mudasse de ideias, mas no e l fui eu outra vez.
De repente, surgiu uma onda enorme, fizemos um tubo altamente, mas o meu dono
escorregou e mergulhou de cabea para dentro de gua, e eu fui directamente contra as
rochas.
Ele ficou bem, mas eu nem por isso. Fiquei partida ao meio, sem reparao possvel .
Hoje acabou mais um dia, o ltimo.
Beatriz Silva, 7B
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
63/135
63
Sou redonda, j andei pelo mundo fora. J parti pernas, braos, dedos e at ps. Estou
cansada de tantos pontaps que j levei, no passo de uma simples bola sem importncia
para muitas gente.
Vrios jogadores j me utilizaram, bons e maus, outros pareciam obrigados a jogar e at
j fiz parte de um jogo de meninas. Sa desse jogo cheio de dores, era pontaps de um
lado para o outro e eu j estou velha, preciso da reforma, mas o meu pais s me a d aos
65 anos de idade.
Fui criada para ser pontapeada, no gosto de ser o que sou. Gostava de ser, por exemplo,
um carro de corrida ou uma mota para poder fazer parte do Paris-Dakar e conhecer
alguns corredores como Armindo Arajo.
Mas sou uma simples bola no passo disso!!!
Ufa! Aida bem que era apenas um pesadelo.
O fim do peixinho dourado
Era uma vez um peixinho dourado que gostava de cantar e tambm de comer. Um dia
ele foi para a escola, e os amigos comearam a gozar com ele, por ele ser gordo. Ento,
comeou a isolar-se. Ia almoar e todos logo se afastavam dele. Arranjou um
esconderijo perto dos caixotes do lixo onde ningum o ia procurar.
Passado um tempo, o peixinho dourado ganhou coragem e comeou a passar os
intervalos sentado num baloio a cair de podre.
Um dia, uma gaivota do 7 ano foi ter com ele e o peixinho comeou a fugir. Logo agaivota disse que tinha um recado para lhe dar, mas o peixinho no queria acreditar nas
palavras dela e continuou a fugir. A gaivota, como era treinada para entregar mensagens
a peixinhos, vestiu o fato de mergulho, ligou as turbinas e foi atrs dele. Passados
segundos, a gaivota apanhou-o e disse: tenho uma mensagem para ti?
Qual era a mensagem?
- Estou cheio de fome e vou-te comer!.
Tiago Oliveira, 7D
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
64/135
64
Ontem acordei na prateleira de uma papelaria. Uma senhora pegou em mim e nas
minhas irms e levou-nos para um edifcio, que na entrada tinha escrito em letras
grandes e gordas "Escola". Entrmos e a percebi que aquilo s podia ser um castigo,
pois aquelas crianas riscavam em todo o lado.
A senhora distribui-nos uma a cada criana. Comearam a riscar-nos, carregavam tanto
nos lpis, nas canetas e at nos pincis!
Hoje acordei no inferno, o caixote do lixo, porque a criana no gostou do desenho.
Sou uma simples folha de papel.
Rodrigo Ferreira
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
65/135
65
Acordei no meu curral s 7h00. A minha dona s vinha s 8h00 para me dar o comer.
s 8h00 certas, j estava ela pronta para me dar a refeio. Fez-me festas e lavou-me o
curral.
Como j sou um bocado velha, um dia ela esqueceu-se de fechar o porto e eu fugi.
Fui para os pinhais caar coelhos. Andava procura quando saltou um do meio das
silvas, matei-o.
O meu dono tinha uma cadela que se chamava Formiga. Ela era nova e foi ter
comigo. O meu dono encontrou-me e viu o coelho que eu tinha caado.
Ele disse:
Muito bem Bonita!
Como ele tinha a arma, fomos caar. A Formiga viu um coelho e eu saquei-o. A seguir,
vi um javali e comecei a latir. O meu dono meteu os trs cartuchos e acertou-lhe com os
trs tiros.
Disse para mim e para a minha parceira que tnhamos feito uma bela caada.
Trouxemos o javali e os dois coelhos. O meu dono ps-nos no curral, deu-nos um
tabuleiro de rao e um coelho para eu e a minha parceira comermos.
A cadela maluca
Marco Viana, 7 D
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
66/135
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
67/135
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
68/135
68
No que eu me transformei
Hoje acordei e estava escuro, mas mesmo muito escuro. Estava fechado dentro de algo
estranho, que parecia ser uma garrafa, ou at uma caixa, mas muito bem fechada.
Esperei, esperei, estava impaciente, pois ningum me abria e eu sentia-me apertado.
Chegou um dia em que, j quase morto, senti algum ou alguma coisa a transportar o
recipiente onde eu estava. Fiquei contente e ansioso, por um lado, mas por outro sabia
que era um lquido qualquer e poderia vir a acabar num estmago, ou at noutro stio
qualquer. Finalmente senti uma brisa e luz a entrar, logo olhei para cima e vi uma
abertura. Aps segundos, apercebi-me de que estava a ser colocado num copo, de
seguida numa boca e acabei num lugar escuro e sombrio, onde acabei por morrer.
Comecei e acabei num lugar escuro. Eu era Vodka.
Diogo Paula, 7 F
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
69/135
69
Hoje quando acordei levaram-me debaixo do brao e depois todos comearam a bater-
me com um taco. s vezes, voo pelo campo e caio no cho. Poucas vezes, vou para o
banco porque eu era a coisa mais importante que entrava em jogo. No campo andava
sempre a voar, ia parar s mos de outras pessoas e outras vezes mesmo cara. Durante
o jogo, fui substituda por outra colega minha, mas as minhas amigas, nem um minuto
de jogo tinha passado, j estavam cansadas e eu era aquela que tinha de as substituir. O
jogo terminou e finalmente pude descansar. Em casa volto para o armrio. Sou uma bola
de Basebol.
Rafael Pais, 7 A
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
70/135
70
Num lindo dia de sol, primeiro dia da semana de aulas, levou-me para a escola. Quando
a professora de Lngua Portuguesa entrou na sala disse:
- Meninos, hoje vo aprender o R maisculo e minsculo.
Eu fiquei logo assustado porque pensava que me ia acontecer alguma coisa. Mas no,
foi uma coisa boa. hora do lanche, Joana, a minha dona, deixou-me na mesa da sala.
Depois do lanche, foram todos para o p da sala, espera da professora de matemtica.
Ela chegou e entramos para a sala. A professora, um bocado triste, disse-nos:
- Ol meninos. Hoje vamos aprender dois nmeros muito bonitos. Esses nmeros so o
1 e o 2.
Eu fiquei muito contente porque eram uns dos meus nmeros preferidos. Com muito
entusiasmo, apressei-me logo.
Chegou a hora de almoo, foram todos almoar. Eu tambm trouxe o meu almoo.
Ento comecei a almoar. Quando os meninos acabaram de almoar, foram todos
brincar s escondidas, s apanhadas e ao congela e descongela.
Quando acabou a hora de almoo, foram todos para o p da porta da sala. Chegou a
professora de Estudo do Meio e entraram na sala. A professora disse-nos:
- Caros alunos, hoje vo comear a aprender o corpo humano.
Eu como lpis, no fiquei l muito contente, porque no gostava muito do corpo
humano. Logo a seguir, foram todos para a aula de Educao Fsica. Joana, a minha
dona, deixou-me no estojo. J arrumada, depois de ela ter ido embora, sa do estojo e fui
ter com os outros lpis.
As tesouras e borrachas, naquela sala, estavam muito sossegadas. Eu, no meio de todos
os outros lpis, era o pior em comportamento, mas o mais divertido de todos.Quando a aula de Educao Fsica acabou, l me foi meter dentro do estojo ao p da
tesoura e da borracha. Depois, arrumou-me na mochila. Fomos para casa fazer os
trabalhos da escola. Eu j estava farta de escrever, mas era divertido.
Ela foi jantar e deixou-me em cima da secretria. Depois de jantar, foi arrumar a
mochila. Despediu-se de mim.
Foi um dia muito divertido.
Daniela Neves, 7 A
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
71/135
71
Era dia, estava um sol bonito, estava quieta no meu stio a olhar para a janela a ver com
tudo era bonito.
A minha dona pegou-me e ps-me dentro de uma mala que me protegia. L dentro
estava escuro, no se via nada, at que descansei um pouco. Depois de tanto tempo a
descansar, a minha dona tirou-me da mala e juntamente com as suas amigas tiraram
fotos. Chegou a hora de uma amiga da minha dona, que um pouco desajeitada, tirar
uma fotografia. Quando a ia tirar deixou-me cair e partiu-me o vidro. Fiquei esmurrada
nas pontas e estava cheia de dores. A minha dona comeou a chorar muito porque no
sabia como ia dizer aos pais o que tinha acontecido. Quando os pais souberam, disseram
que iam ver se dava para arranjar. Um homem tentou compor, mas afinal no dava.
Deitaram-me no lixo e eu, a mquina fotogrfica, fiquei l at me levarem.
Carolina Matos, 7 A
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
72/135
72
Ol! Quero-vos apresentar a pasta de dentes, a minha melhor amiga, sem ela eu seria
intil.
Todos os dias, a minha dona usava-me trs vezes por dia. A minha vida era sempre a
mesma rotina e eu sempre fui muito aventureira
Um dia de manh, a minha dona no me arrumou e deixou-me no cho! E a minha
aventura comeou!
No sabendo o que fazer fui-me arrastando at a um stio com um televisor muito
grande, uma coisa no cho de pelo e umas almofadas gigante! Eu no sabia o que era
alguma daquelas coisas, e continuei a arrastar-me
De repente, ouvi um guizo e o cho comeou a tremer! Muito assustada escondi-me, era
o gato!
A minha dona entretanto chegou a casa e apanhou-me e volto a pr-me na casa de
banho, e com isto aprendi que, c fora, h muitos perigos!
Eu sou a pasta de dentes!
Marta Marques, 7E
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
73/135
73
Estava no quarto a olhar para uma pessoa que por acaso era o meu dono. Ele estava a
ver um site, que era um torneio de Games of Skate, e passamos ali muito tempo.
Passado um bocado, pegaram-me e levaram-me para o parque urbano para o half-
pipe. Comearam a andar comigo, a dar-lhe bues para subirem a rampa grande, e l
ia ele em cima de mim a puxar para conseguir subi-la. Quando ia j a comear a subir,
cai e eu sou projectado pelos ares at parar numa rocha. Fiquei todo riscado, mas isso
no me importava, o que me importava era o meu dono porque sem ele eu no rodo. E
l vinha ele todo esgaado, a correr para ver se eu me tinha partido. Pegou-me
comeou a beijar-me e l foi ele a correr para ver se conseguia subi-la. Tentou, tentou,
at que conseguiu. J me doam os rolamentos, s me apetecia ir para casa, mas o tolo
do meu dono empresto-me a um serrano qualquer, com um cheiro a chul que tombava.
Comecei a rezar para ver se ele se ia embora, e bem dito e bem certo, Deus ouviu-me.
L fui eu a caminho de casa, com os olhos cheios de pedras e a minha tbua toda
riscada.
Chegmos a casa, e ele fartou-se de me engraxar e limpar at eu ficar a brilhar. Quando
j estava pronto, ps-me na minha cama, apagou as luzes e eu cheiinho de medo
adormeci.
Carlos Pais, 7 E
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
74/135
74
Para j, passo a dizer que me acho um intil.
No sei para que que me inventaram, na verdade no sirvo para nada!
Havia uma altura em que achava que tinha ocorrido um erro mdico, mas depois
apercebi-me que no eram todos iguais (uns com flor outros com risco).
Para terminar acho-me intil!
Segunda-feira:
O meu dia foi passado na gaveta e acho que isto mais uma prova de que sou
completamente intil.
Tera-feira:
Mais um dia que passei na gaveta escura do armrio. noite, ouvi dizer hoje o jantar
pescada! e os meus olhos arregalaram-se, mas no mesmo momento ouvi no me! por
favor no e a me responde ok, eu grelho umas febras e mais uma vez os outros
iam ser usados e eu como de costume no
Quarta-feira:
Era Ceia de Natal e estava com esperana que fosse utilizado, mas era peru e os
outros iam ser utilizados Normalmente sou utilizado no Natal, mas no era o caso.
Na verdade prefiro ficar na gaveta porque detesto ser usado pelos dentes sujos das
pessoas!
Quinta-feira:
Normalmente eu devia estar a tomar banho, mas como no fui utilizado mantive-me na
gavetaComo sempre
este o mini dirio de um garfo de peixe, que se acha intil, mas que prefere ficar na
gaveta para no ser trincado
Daniel Nunes, 7 E
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
75/135
75
Como de costume, acordei de manh bem cedo. Tinha registado trinta novidades... Sa
da cama, calcei as pantufas e vesti o robe; fui casa de banho lavar os dentes e tomar
um duche. Passados dez minutos, fui at ao meu quarto e vesti-me sem pressa nenhuma.
Fui tomar o pequeno-almoo e entrei no meu Facebook. Vi as tais trinta novidades:
mensagens, fotografias, msicas No respondi a nenhuma, pois da a pouco tempo ia
estar com eles.
Cheguei escola e estava l o LG, o HP e o TOSHIBA. Cumprimentamo-nos.
Quando tocou para a entrada, fomos para a sala de aula. A nossa aula de Portugus
estava a ser uma grande seca, ento decidi enviar uma mensagem aos meus amigos.
Passado pouco tempo, recebi a mensagem deles e continumos assim o resto da aula. A
professora TMN mandou-me ao quadro, mas eu no sabia a pergunta quanto mais a
resposta!!!
Escrevi que a letra a seguir ao A era o H. A professora disse que estava mal e
perguntou-me o que que eu andava a fazer enquanto ela explicava a matria. Eu disse
que estava desatenta e a mandar mensagens para os outros colegas. Mandou-me ao
gabinete do professor VODAFONE. Cheguei l e o professor estava a namorar com a
OPTIMUS. Eu disse que a professora TMN me tinha mandado para o gabinete
dele, ele disse-me para eu ir embora pois ele estava muito ocupado a namorar.
Fiquei estupefacta, pois no era costume ele reagir assim. Fui l para fora e encontrei a
NOKIA, aproximei-me e vi que ela estava a chorar. Perguntei-lhe o que se passava e
ela disse-me que o IPAD tinha acabado com ela. Respondi que lamentava imenso, ela
agradeceu e tambm me perguntou por que razo que eu estava no intervalo e no nas
aulas e eu expliquei-lhe o porqu.
Quando o toque da sada soou todos saram, ela deu-me um beijinho na cara eabraamo-nos, disse-me que ramos as melhores amigas. Assim foi, ficmos amigas
para sempre.
Cheguei a casa e deitei-me no sof a ver os Morangos com Acar. Quando acabou, fui
jantar e deitei-me a pensar como a vida de um telemvel , por vezes, muito dura
Miriam Raquel, 7 A
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
76/135
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
77/135
77
Estou na prateleira de uma loja espera que algum me compre, fiquei horas espera e
finalmente algum decidiu comprar-me.
O meu dono no pra de me tocar, mexe em mim todo o dia, quando vai para a escola
os amigos dele s me tocam e eu fico cansado e com calor. Quando chega a noite pe-
me ao p do candeeiro e fico l at que chegue o dia.
Tem de me carregar porque se me mexe muito fico exausto e preciso recuperar
energia. Por isso ele hoje foi escola sem mim e eu fiquei muito melhor, sem ele aqui
tenho de ficar no cho espera de acabar de carregar e enquanto fico espera vou
descansando para no dia seguinte voltar a ficar cansado e com calor.
Quando o meu dono chegou at fiquei espantado, foi para o computador a tarde
inteira chegada a noite desligou-me e fiquei outra vez ao p do candeeiro.
Eu sou um telemvel.
Ricardo Costa, 7 A
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
78/135
78
Acordei de manh, como todos os dias, mas era um dia diferente de todos, porque ia
pela primeira vez ser utilizada. Foi uma sensao muito boa mas, por outro lado, um
pouco m porque tinha de levar todos os livros para a escola.
Nunca tinha experimentado essa sensao, foi interessante ver o interior das salas, tudo
cheio de cadeiras, mesas e quadros e tambm ver os alunos a andar de um lado para o
outro. Nunca me imaginei a viver esta fantstica alegria, pois nunca pensei que sasse da
loja. Via muita gente, mas ningum me comprava, pegavam-me e voltavam-me a pr no
mesmo stio, ficava triste por ningum gostar de mim. Mas, de repente, veio um menino
ter comigo, pensava que me ia descartar como toda a gente fazia. Mas no! Comprou-
me e levou-me, fiquei to feliz! Afinal toda a gente precisa de mim! Aprendi que
tambm h coisas boas na vida! Adoro ser mochila!
Dbora Varela, 7A
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
79/135
79
Tubaro
Hoje acordei muito estranho, com umas dores terrveis, mas o mais estranho que no
sabia de onde vinham.
Estava com muita preguia, no me apetecia levantar da cama, mas tinha de ser.
Quando fui comer, foi a que me apercebi de onde vinham as dores, era dos dentes.
A minha me disse que tinha de ir ao dentista, a minha primeira vez, fiquei um pouco
assustado.
O carro da minha me tinha ido para a oficina, por isso fomos de baleio-mobil.
Quando chegmos estava l muita gente, pensei para mim mesmo, no sou o nico.
Com umas quantas injeces fiquei com o cu-da-boca dormente, tiraram-me o dente.
No fim de tudo, reparei que no tinha dodo nada, no tinha razes para ficar nervoso, e
fim de tudo estava feliz.
Rodrigo Rodrigues
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
80/135
80
Todos os dias, o meu dono pega em mim e leva-me para a escola. Mete-me no cacifo e
vai para as aulas. Ao fim das aulas, no intervalo, vai-me buscar e vamos para o recreio
divertir-nos. Eu gosto dos pontaps que me do, porque j estou habituada. Deram-me
um pontap com tanta fora que eu sa do recreio e fui parar estrada.
O meu dono voltou para as aulas. No final, foi a correr e saltou a vedao para me ir
buscar. Andava minha procura quando um estranho, que eu no conhecia de lado
nenhum, pegou em mim e levou-me recepo da escola. Quando me entregou, um
amigo do meu dono reparou e foi a correr ter com o meu dono para que viesse para
dentro da escola, porque eu j estava na recepo. Ele ento pegou na mochila, que
estava no cho, saltou a vedao para dentro da escola e foi-me buscar recepo.
Quando chegou, pegou em mim e fomos os dois felizes para casa.
Eu sou uma bola.
Bernardo Costa
-
7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12
81/135
81
Patins em linha
- Sou o direito
- E eu sou o esquerdo
- Sirvo para travar
- E eu para equilibrar
- Tenho quatro rodas
- E eu tenho outras quatro
- difcil comear porque no me sei equilibrar
- Mas depois sempre a andar
- Gostamos de alinhar
- E principalmente em rampas andar
- O nosso inimigo so as pedrinhas
- Porque ns somos patins em linha
- Temos outros rivais
- Tal como a areia e os metais
- O episdio que vem a seguir
- Foi numa estrada em que acabmos por ca