Rasgar a terra, obrigado pelo dono era o seu dia a dia. Doirado pensou que o campo era infinito e que tinha uma vida muito árdua e extenuante. Começou por lavrar a terra seca que o fez suar em bica. Mas as coisas não ficaram por aí pois ainda tinha de carregar com a charrua nas costas, alisar a terra…Mas ele às vezes suspirava:

-Eu fico dias para alisar isto tudinho para elas ficarem no conforto da terra macia ou então na arca á espera que eu as vá carregar. Francamente! Se palome-nos me pagassem por a minha liberdade.

Os anos iam passando, e a energia já não era a mesma pois a velhice já batia á porta. As sementinhas estavam a crescer e quando ele via que elas eram tão belas graças ao seu trabalho e esforço sentia se um Deus Milagroso talvez um mestre que metia sempre ordem na sua orquestra. Era como fosse o pai das sementinhas pois era ele que cuidava delas todos os dias.

E foi sempre assim a vida de um boi trabalhosa dura e difícil mas muito orgulhosa.