OFICINA DE CINEMA EM UM CONTEXTO BILÍNGUE: … · Cinema, literatura, educação e surdez são os...
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OFICINA DE CINEMA EM UM CONTEXTO BILÍNGUE: DESAFIOS,
CONFLITOS E DIÁLOGOS.
Maria Lúcia Martins da Cunha Instituto Nacional de Educação de Surdos
Eixo Temático: Formação de professores e processos de inclusão/exclusão em educação Categoria: Comunicação Oral
[email protected] INTRODUÇÃO
Este trabalho objetiva refletir sobre práticas pedagógicas a partir da experiência de uma
oficina de cinema realizada em uma faculdade de pedagogia bilíngue. Nesse contexto, o
bilinguismo efetiva-se com duas línguas em contato no mesmo espaço escolar, sendo elas:
a Libras (Língua Brasileira de Sinais) e a Língua Portuguesa.
Na tentativa de dialogar com as ideias que perpassam questões que envolvem a educação
brasileira de forma geral e a de surdos, particularmente, em um contexto inclusivo, busquei
informações nos textos oficiais, nas vozes dos professores surdos, nas narrativas de
práticas inclusivas e nas minhas considerações pessoais como professora de literatura do
Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES).
Todos nós temos hipóteses sobre a educação e os discursos em torno do tema são
consensuais no tocante à sua importância para o progresso do Brasil. Em diferentes
representações da sociedade, a educação é apontada como um elemento detonador para que
avanços sejam percebidos na realidade brasileira, em busca de uma sociedade mais justa e
igualitária. Porém, dados oficiais afirmam que o analfabetismo, um de nossos desafios
educacionais, em seus diferentes estágios, não é uma questão resolvida.
Segundo a Declaração Mundial sobre Educação para Todos, mais de 960 milhões de
adultos são analfabetos, os dados de uma pesquisa do IBGE (Instituto de Geografia e
Estatística) / 2011118 informa que o Brasil tem 30,5 milhões de analfabetos funcionais -
118 Fonte: Agência Brasil. Disponível em: <http://agenciabrasil.ebc.com.br/> consultado em: 18/04/2013.
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pessoas que não conseguem interpretar um texto simples, totalizando cerca de 20,4 % da
população do país. Sendo assim, a matrícula não resultou em aprendizado, pois o acesso de
alunos às escolas não representou a transformação pretendida e os princípios que norteiam
a ideia de "uma escola para todos" ainda esperam ser consolidados.
Não estamos isolados nesses números, dados relativos à realidade dos países que compõem
a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) guardam muitas semelhanças com
o Brasil. Segundo informações da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência
e Cultura (Unesco)119, em Moçambique, o índice de analfabetismo atinge 56,2% da
população, tendo o português como idioma oficial, convive com mais de 25 línguas
nacionais e 33 dialetos. O arquipélago de Cabo Verde fala dois idiomas: o português e o
dialeto crioulo e a taxa de analfabetismo no país atinge 25%. Em São Tomé e Príncipe
20% da população. Em Guiné-Bissau, dados do Ministério da Educação do país mostram
que, em algumas regiões do país, o analfabetismo chega a atingir 91% da população, na
capital, o índice é de 48%. Em Angola 58,3% da população não sabe ler, nem escrever. Na
pequena ilha de Timor-Leste dos 800 mil habitantes, mais de 40% da população, são
analfabetos.
Como podemos perceber os problemas que envolvem a educação no Brasil e nos outros
países de língua portuguesa citados estão longe de serem resolvidos e, nesse contexto,
inserimos a educação de surdos, que hoje experimenta um momento histórico em termos
de perspectivas políticas, linguísticas, sociais e educacionais. Existem diferentes formas de
entendermos e analisarmos os desafios que a educação de surdos propõe. Diferentes
teóricos já contribuíram para que dados fossem acrescentados ao que se configura, hoje, a
educação oferecida para pessoas surdas, mas poucos desses dados resultam de narrativas
feitas pelos próprios surdos. De que forma os surdos entendem sua educação? Que
necessidades e estratégias a surdez impõe? Como diminuir a sensação de fracasso que
pessoas surdas experimentam por enfrentarem práticas de ensino inadequadas? Quem é o
SURDO? De quem estou falando?
119 Fonte: Agência Brasil. Disponível em: <http://agenciabrasil.ebc.com.br/> consultado em: 17/04/2013
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Com os avanços dos movimentos sociais, hoje, são eles, os surdos, que nos falam sobre
suas necessidades e propõem novos modelos para sua educação, como revela a entrevista
de Strobe (2011)120, surda, especialista em áudio-comunicação e doutora em Educação: "...
um importante passo foi dado rumo à inclusão das pessoas surdas, no Brasil, com a
publicação do decreto nº 5626/2005 que regulamenta a lei nº 10.436/02, que dispõe sobre a
Língua Brasileira de Sinais - Libras, indicando a necessidade de formação de futuros
profissionais (professor bilíngue, instrutor surdo e intérprete de Libras) cientes da condição
linguística diferenciada dos alunos surdos.
A conquista da lei trouxe direitos linguísticos e a implementação da educação bilíngue é
uma conquista que precisa acontecer na prática. Este documento estabelece que deva ser
ofertada obrigatoriamente aos alunos surdos, desde a educação infantil, uma educação
bilíngue, na qual a Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS – é a primeira língua e a Língua
Portuguesa, na modalidade escrita, é a segunda. Dessa forma, a luta por escolas bilíngues
tem permeado as intenções das pessoas surdas, porém embora os avanços demonstrem um
ganho histórico, ainda são muitos os desafios.
Impulsionados pela força dos movimentos sociais, os surdos reivindicam seus
posicionamentos e chamaram atenção das autoridades em uma manifestação em defesa das
escolas bilíngues, "nada sobre sem nós"121. Rezende (2011)122 afirmou que, nos moldes
atuais, a língua de instrução continua sendo o português e é impossível dar aulas para
surdos e ouvintes em línguas diferentes e ao mesmo tempo. A presença marcante da
comunidade surda em defesa de seus direitos e de sua língua é um marco histórico que não
pode deixar de ser ressaltado em um grupo que por muito tempo permaneceu em silêncio,
mas que hoje quer falar por si e "...falar da língua é falar de política, e em nenhum
momento esta reflexão política pode estar ausente de nossas posturas". (Bagno, 2002:72)
A diretora da FENEIS disse ainda que o MEC negligencia a Libras como língua de
instrução, relegando-a apenas aos espaços complementares de ensino. A educação 120 Revista da Feneis, n° 44/ 2011. Disponível em: <http://www.feneis.org.br/page/imagens/noticias/noticias_2011/Revista%20Feneis_44.pdf>, consultado em 18/04/2013. 121 Op. Cit. 122 Op. Cit.
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bilíngue para surdos está inserida no contexto de estudos de minorias linguísticas, as duas
línguas em contato permanente geram conflitos e disputas entre ouvintes e surdos, ou seja,
professores ouvintes/alunos surdos, alunos ouvintes/ surdos. Para que o diálogo aconteça
as duas línguas devem ter seu lugar de status garantido, a língua de sinais é a de instrução,
informação e comunicação e a língua portuguesa, na modalidade escrita, é a possibilidade
de acessar múltiplos conhecimentos das mais variadas culturas e de forma alguma a pessoa
surda deve negligenciar o direito de aprendê-la. Esse é um dos grandes desafios da
educação bilíngue, por isso novas estratégias são necessárias.
Nesse sentido, a oficina de cinema oferecida para o curso de pedagogia bilíngue, na
perspectiva de educação inclusiva, foi fundamentada sob as bases de uma pedagogia
visual, por ser a forma mais atraente e natural de aprendizagem para o surdo. Mas, com
certeza, os alunos ouvintes também encontraram nessa forma de ensino um estímulo para
sua aprendizagem. Imersos em tantas práticas de leitura diferentes no nosso cotidiano,
percebemos que a educação necessita inserir outras experiências na sala de aula, por isso
esta proposta inspirada em um novo tempo, traz para a escola a presença do cinema como
um "outro", o "diferente", que faz o diverso, que trai a normalidade e as regras, associa-se
à literatura e cria uma história própria.
LÍNGUAS, LINGUAGENS E SUPORTES
Cinema, literatura, educação e surdez são os temas que coloquei em diálogo para ministrar
a oficina na Faculdade de Educação Bilíngue. Ancorei meu trabalho nos estudos sobre
educação bilíngue para surdos (Skliar, 1998), onde a primeira língua é a Libras (língua
brasileira de sinais) e a segunda é a língua portuguesa, cada uma com sua função
específica. A abordagem do cinema com múltiplas representações, tais como, arte,
conhecimento, registro e, principalmente, como disparador de novas criações em diferentes
linguagens encontra inspiração teórica em Bergala (2008), com sua proposta de cinema
como arte nas escolas da França. Este trabalho também encontra respaldo nas ideias de
Freitas (2002), que enfatiza a importância de se descobrir novas formas de leitura e escrita,
de Moita- Lopes et alii (2005) e Rojo (2009) que reconhecem a importância do
conhecimento de outros meios semióticos para a compreensão do discurso, ampliando a
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noção de letramento em função dos avanços tecnológicos, reconhecendo o letramento
tradicional (da letra) insuficiente para entender o mundo contemporâneo.
A proposta consistiu em apresentar alternativas de ensino de leitura e de escrita, em uma
perspectiva inclusiva. Nesse contexto, propus um diálogo entre o cinema e a literatura,
expondo a relação de adaptações e releituras da literatura para o cinema. Estabelecemos
relações entre fragmentos de filmes, Bergala (2008), e finalizamos com atividades fílmicas.
A incorporação e a valorização pela escola das produções literárias produzidas por
influência de diversas culturas, diferentes povos e segmentos sociais faz parte de um
movimento global que busca contemplar as diversidades culturais e locais presentes no
mesmo espaço escolar. Com esta inserção, a escola promoverá o multiletramento ou
letramentos múltiplos, Rojo (2009), ao reconhecer dentro ‘dos seus muros’ manifestações
artísticas oriundas de segmentos minoritários e desvalorizados socialmente. A proposta de
não valorizar só o cânone literário, Eagleton (2005), potencializa a possibilidade de ajudar
os estudantes a identificarem sua própria cultura, ao mesmo tempo, em que os expõe a
cultura de outros.
Novas práticas de leitura e escritas estão sendo incorporadas à sociedade contemporânea.
Novos meios, diferentes suportes surgem, com eles, novos gêneros textuais orais e escritos.
Do escrito ao eletrônico. Do papel à tela. Marcuschi (2002) diz que o surgimento de novos
gêneros acompanha as necessidades e atividades socioculturais.
E a escola? Precisamos pensar em novos paradigmas para a educação do século XXI, a
palavra escrita, outras modalidades textuais estão sendo incorporadas à sala de aula e, com
isso, novas significações estão surgindo nas práticas sociais vivenciadas na relação
professor/aluno, no movimento de ensino - aprendizagem. A palavra, a letra e a linearidade
de um texto, para ser lido do começo ao fim, já não será suficiente para uma geração
acostumada com uma leitura cada vez mais hipertextual, onde por meio de múltiplos
caminhos, cada leitor constrói o seu texto. Como enfatiza Freitas (2002), “Este final de
século, estamos estabelecendo uma convivência com três tipos de textos: o manuscrito, o
impresso e o eletrônico”. Segundo Freire (1998) e Moita- Lopes (2005), aprendemos uma
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língua para fazer uso dela no nosso cotidiano e necessitamos para esse aprendizado do
desenvolvimento de quatro tipos de conhecimentos: de mundo, do sistema linguístico, de
organização de textos e dos conhecimentos de outros meios semióticos. Os letramentos
multissemióticos, Rojo (2009), exigidos pelos textos contemporâneos, ampliam a noção de
letramentos para o campo da imagem, da música, do cinema, das outras semioses que não
somente a escrita.
O DESAFIO DE UMA OFICINA EM UM CONTEXTO BILÍNGUE
Objetivos:
A convergência de suportes e linguagens em torno de propostas que envolviam adaptações
literárias para o cinema, releituras e traduções para língua de sinais permitiu que as alunas
deslizassem entre os suportes e percebessem o mesmo texto por meio de diferentes linguagens.
Da caneta à filmadora, do papel ao computador, os alunos foram descobrindo novas formas de
expressarem suas ideias e com isso os conceitos de leitura e leitores foram ressignificados.
Nesse contexto, cada conceito foi trabalhado com a intenção de expandir sua significação.
Ao falar de adaptação, vários sentidos são criados e aproveitamos essa polissemia para
dialogar com as múltiplas possibilidades da palavra e suas interpretações, ou seja,
adaptação entre linguagens, entre propostas literárias e suportes. Para novos leitores,
precisamos de novos suportes. Enfocamos também o conceito de releitura entendido como
reinterpretação de uma obra e não como cópia. Entendendo essa prática como uma
ressignificação de narrativas de outro tempo histórico na contemporaneidade. Outro
conceito trabalhado foi o de tradução, esse é um tema muito importante na relação entre as
línguas em um contexto bilíngue, muito utilizado nas intervenções pedagógicas e na
criação de materiais didáticos.
Metodologia:
Esse foi um trabalho que objetivou a entrada do cinema em uma proposta de oficina para
estudantes de uma faculdade de formação de professores. Por meio do diálogo entre a
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literatura e o cinema, tendo como meta intervir no desenvolvimento do gosto pela leitura e
na formação de leitores críticos, espectadores criativos e produtores de histórias. Foi um
trabalho experimental cujos sujeitos são alunos surdos e ouvintes, professores e interpretes.
Buscou-se oferecer referências através de múltiplas linguagens, tais como: fragmentos de
filmes, histórias em quadrinhos, vídeos em Libras, roteiros e redes sociais.
A expectativa que tinha com este trabalho foi de despertar o gosto pelas expressões
artísticas promovendo práticas deslizantes entre elas, propondo novos olhares para prática
pedagógica, por meio do uso de múltiplas linguagens, pretendendo despertar com essa
prática inclusiva a participação de pessoas ouvintes e surdas, mediadas por práticas visuais
de leitura.. O encontro do cinema e da literatura proporciona a surdos e ouvintes um
contato pioneiro, para muitos, de uma experiência com a arte e com outras formas de
realidade, dialogando com o mundo em sua contemporaneidade.
O desenvolvimento das atividades aconteceu da seguinte forma: uma palestra inicial para
apresentar a proposta de trabalho e o referencial teórico e nos quatro dias consecutivos
desenvolvemos uma proposta baseada em atividades em grupo.
Desenvolvimento:
A oficina proposta fez parte de uma atividade conjunta da faculdade com o colégio de
aplicação, o CAP INES. O objetivo foi oferecer uma oficina que promovesse atividades
práticas para contribuir com a formação dos alunos do curso de pedagogia bilíngue. A
faculdade é formada por alunos surdos e ouvintes que convivem no mesmo espaço escolar.
É um curso pioneiro e o INES experimenta esse modelo inclusivo, no ensino superior.
Ao ser convidada para partilhar minha experiência de iniciar as pessoas surdas na literatura
e relatar o começo da escola de cinema, pareceu-me pouco atrativa a ideia de uma simples
palestra, diante da possibilidade de fazê-los experimentar todas as atividades. Esclareço
que todas os alunos ouvintes são usuários da Libras e esta língua é a mais usada como
comunicação e fonte de informação.
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Quase todos os alunos surdos são ex-alunos do CAP-INES e os alunos ouvintes são
pessoas com poucas referências artísticas, acredito, inclusive, que não haja um
distanciamento muito grande no que se refere a repertório literário e cinematográfico.
Observo que os surdos incluídos nessa proposta não sentem a exclusão observada em
outros modelos inclusivos, pois suas necessidades comunicativas são atendidas por seus
pares surdos, ouvintes e professores bilíngues.
Inspirada na proposta de Bergala (2008) e nas atividades propostas pelo curso de cinema
oferecido pelo CINEAD, com a coordenação da Professora Adriana Fresquet, trouxe vários
fragmentos de filmes para serem exibidos com a perspectiva de criar laços entre eles,
estabelecendo propostas de iniciação em uma outra forma de ver filmes, interagindo com
as intenções do diretor e imaginando-se em um processo criativo, os diferentes pontos de
vista, as opções que o diretor não utilizou.
Para experimentar a proposta e executar na prática suas opções para o filme apresentado as
alunas foram divididas, de acordo com suas escolhas pessoais, em cinco grupos de trabalho
com tarefas determinadas, sendo elas: roteiro, filmado e montado, vídeo com montagem,
stop motion e fotomontagem.
Nesse contexto, o que fica mais evidente é o despreparo cultural das futuras professoras,
justificando cada vez mais a necessidade de atividades que promovam a inclusão de todos
ao acesso de bens culturais simbólicos. Percebi também que as atividades que
normalmente faço com meus alunos surdos, práticas pedagógicas baseadas em estímulos
visuais, atenderam também às alunas ouvintes. Penso que a educação que entende a
diferença com uma realidade e aceita o diverso como um par competente pode trazer
contribuições pedagógicas para as escolas dos ditos "normais".
CONCLUSÕES OU NOVAS PROPOSTAS PARA OUTROS OLHARES
Ao iniciar esse texto falei sobre as hipóteses que todos nós, educadores, ou não, temos a
respeito da educação e do que deveria ser feito para renovarmos a maneira de ensinar e
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aprender. Essa oficina faz parte de uma das minhas crenças, ou seja, pensar em uma nova
educação é pensar na formação do professor.
Apesar de ter vivenciado uma experiência positiva, no decorrer do trabalho, enfrentamos
os conflitos provocados por duas línguas no mesmo espaço escolar e tivemos que buscar
alternativas comunicativas para solucionar os questionamentos e garantir o direito
linguístico dos surdos. Nesse sentido, a presença de alunos intérpretes facilitou o trabalho
em grupo e considero que nos aproximamos de um contexto muito privilegiado.
Creio que essa atividade contemplou a diversidade, mas essa experiência isolada não
reflete as problemáticas enfrentadas pela pessoa surda em um contexto inclusivo, onde na
maioria dos espaços educacionais não existe uma perspectiva de educação bilíngue para os
surdos.
Ao final, as observações de surdos e ouvintes indicam o grande desafio que esta prática
bilíngue configura. Estudos apontam para a complexidade da inclusão de surdos, por isso
pesquisas precisam ser aprofundadas nessa área para que consigamos superar os conflitos
que se estabelecem nessa relação. A entrada na escola de um “outro”, o cinema, pode
provocar um diálogo, uma nova visão para o processo de ensino aprendizagem e atuar com
múltiplas representações, tais como, arte, conhecimento, registro e, principalmente, como
disparador de novas criações em diferentes linguagens.
BIBLIOGRAFIA
BAGNO, M.. Preconceito linguístico – o que é, como se faz. 15 ed. LOYOLA: São Paulo, 2002.
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EAGLETON, T.. A ideia de cultura. UNESP: São Paulo, 2003. FREITAS, M. T. Descobrindo novas formas de leitura e escrita. IN: ROJO R.(org) A prática da linguagem em sala de aula: praticando os PCNs, MERCADO DE LETRAS: São Paulo, 2002.
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ROJO, R. Letramentos múltiplos, escola e inclusão social. PARÁBOLA: São Paulo, 2009. SKLIAR, C. Os estudos surdos em educação: problematizando a normalidade. In: SKLIAR, C.(org.) A surdez : um olhar sobre as diferenças. Editora Mediação: Porto Alegre, 1998.