Oficial Art i Go Bruna
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– 2012 – LESÕES NERVOSAS PERIFÉRICAS – FISIOTERAPIA 6º PERÍODO...> 1
RESUMO
Lesões de nervos periféricos são comuns,mas o sucesso no trata- mento irádepender de alguns fatores como: idade, aferida propriamente dita, reparo do nervo,nível da lesão, e período transcorrido entrelesão e reparo. As lesões são classificadasem três tipos descritas por Seddon:neuropraxia, axonotmesis e neurotmesis.Após a transecção completa o corpo doneurônio sofre mudanças estruturais efuncionais e o axônio passa por umprocesso de degeneração, seguido poruma tentativa de regeneração. Um conede crescimento é formado para que osaxônios cresçam em direção aos alvos,sendo guiados pelos fatores decrescimento neurotróficos. Vários estudostêm sido realizados para desvendar ossegredos das células gliais naregeneração axonal periférica. Diferentestécnicas cirúrgicas têm sido utilizadas natentativa de direcionar os axônios embusca de seus alvos, que vão desdesuturas simples até enxertos. Quando setem uma lesão periférica além da perdafuncional o mapa cortical referente àárea lesada sofre alterações. Estudos naárea da reabilitação têm sido realizadospara buscar uma melhor efetividade noprocesso de recuperação funcional esensorial, e velocidade na regeneraçãoaxonal.
Palavra Chave: Nervos periféricos.Regeneração nervosa. De- generaçãoWalleriana. Fisioterapia. Estimulaçãoelétrica. Recuperação de função fisiológica.
Citação: Siqueira R. Lesões nervosas periféricas: uma
revisão
SUMMARY
Peripheral nerve injuries are common,but the treatment success will onlydepend on some factors such as: age,the wound itself, nerve repair, level ofthe injury, and period between injuryand repair. They are classified in threetypes described by Seddon as:neuropraxia, axonotmesis, andneurotmesis. After complete axonaltransection, the body neuron under-goes structural and function changes,and axon passes for a degenerativeprocess, followed by attempts atregeneration. A growth cone is formedso that the axon grows towards lea-ding targets by neurotrophics growthfactors. Several studies have beendone to better understanding the Glialcells at the peripheral axonalregeneration. Different surgerytechniques have been appliedattempting to lead the axonstowards its targets that undergo fromsimple sutures to grafting. The se-arch for better techniques of surgicalrepair has been a challenging toclinical area aiming the optimalperformance at axon direction. Whenone has a peripheral injury, besides thefunctional, loss the cortical mapreferred to the injured area undergoeschanges.
Keywords: Peripheral nerves. Nerveregeneration. Wallerian degeneration.Physical therapy. Electric stimulation.Reco- very of function.
Citation: Siqueira R. Peripheral Nerve Injury: A Review.
LESÕES NERVOSAS PERIFÉRICAS
– 2012 – LESÕES NERVOSAS PERIFÉRICAS – FISIOTERAPIA 6º PERÍODO...> 2
INTRODUÇÃO
As lesões dos nervos periféricos
apresentam alterações funcionais
tanto sensitivas quanto motoras, e se
não forem adequadamente tratadas,
podem provocar um déficit importante,
com prejuízos na qualidade de vida
dos pacientes. As lesões nervosas
periféricas se dividem em neuropraxia
quando há perda da condutividade
elétrica em determinado segmento da
fibra nervosa, axonotmese quando há
degeneração walleriana do axônio e
neurotmese quando afeta todas as
fibras do nervo.
A Neuropatia Periférica é um distúrbio
funcional ou orgânico do sistema
nervoso periférico e sua apresentação
clinica pode ser classificada em:
mononeuropatia, mononeuropatia
múltipla, polineuropatia e
polirradiculoneurítico ou
polirradiculopatia, suas causas podem
ser diversas, tais como: Distúrbios
hereditários, tumores, doenças auto-
imunes, dentre outras. Diversos
fatores devem ser considerados no
momento do diagnóstico e do
tratamento e este deve ser feito por
uma equipe multidisciplinar.
2. NEUROPATIA PERIFÉRICA2.1 Aspectos Gerais
O Sistema Nervoso se divide em
Sistema Nervoso Central e Sistema
Nervoso Periférico.
O Sistema Nervoso Periférico (SNP) é
a parte do sistema nervoso que se
encontra fora do sistema nervoso
central (SNC), é constituído pelos
gânglios nervosos (aglomerados de
corpos celulares de neurônios
localizados fora do sistema nervoso
central) e pelos nervos (feixes de
fibras nervosas envoltas por uma capa
de tecido conjuntivo) As fibras que
constituem os nervos são em geral
mielínicas com neurilema.
São três as bainhas conjuntivas que
entram na constituição de um nervo:
epineuro (envolve todo o nervo e emite
septos para seu interior), perineuro
(envolve os feixes de fibras nervosas),
endoneuro (trama delicada de tecido
conjuntivo frouxo que envolve cada
fibra nervosa).¹ As bainhas conjuntivas
conferem grande resistência aos
nervos sendo mais espessas nos
nervos superficiais, pois estes são
mais expostos aos traumatismos.
A função do SNP é conectar o sistema
nervoso central às diversas partes do
corpo humano.
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Os nervos desse sistema se dividem
em dois grandes grupos: os nervos
cranianos (são os nervos ligados ao
encéfalo, estão em número de doze
pares, responsáveis pela intervenção
dos órgãos do sentido, dos músculos e
glândulas da cabeça, e também de
alguns órgãos internos) e os nervos
espinhais ou raquidianos (dispõe-se
em pares ao longo da medula, um par
por vértebra).
2.2 Divisão funcional do SNP
O sistema nervoso periférico pode ser
dividido funcionalmente em dois
grupos de nervos: SNP Somático ou
Voluntário e SNP Autônomo,
Involuntário ou Visceral;
SNP Somático ou Voluntário – possui
ações voluntária ou dependente de
nossa vontade, tem por função reagir a
estímulos provenientes do ambiente
externo. Ele é constituído por fibras
motoras que conduzem impulsos do
sistema nervoso central aos músculos
esqueléticos (porém ele também
possui fibras que controlam os
reflexos. Exemplo, puxar o pé ao pisar
em um prego é um reflexo controlado
pelo SNS, mas que ocorre
automaticamente antes que se tenha
consciência do estimulo).
SNP Autônomo, Involuntário ou
Visceral – comandam atividades
involuntárias e tem por função regular
o ambiente interno do corpo,
controlando atividades do sistema
digestivo, cardiovascular, excretor e
endócrino. Ele contém fibras nervosas
que conduzem impulsos do sistema
nervoso central aos músculos lisos das
vísceras e à musculatura do coração.
O SNP Autônomo se divide em: SNP
Autônomo Simpático e SNP Autônomo
Parassimpático
Eles se distinguem tanto pela estrutura
quanto pela função. Enquanto os
gânglios das vias parassimpáticas
estão próximo ou mesmo dentro do
órgão efetuador, os gânglios da via
simpática localizam-se ao lado da
medula espinal, distante do órgão
efetuador.²As fibras nervosas simpáticas e
parassimpáticas inervam os mesmos
órgãos, mas trabalham em oposição.
Enquanto um dos ramos estimula
determinado órgão, o outro o inibe.
– 2012 – LESÕES NERVOSAS PERIFÉRICAS – FISIOTERAPIA 6º PERÍODO...> 4
Essa ação antagônica mantém o
funcionamento equilibrado dos órgãos
internos.
O SNPA simpático, de modo geral,
estimula ações que mobilizam energia,
permitindo ao organismo responder a
situações de estresse. Por exemplo, o
SNPA simpático é responsável pela
aceleração dos batimentos cardíacos,
e pela ativação do metabolismo geral
do corpo.
Já o SNPA parassimpático estimula
principalmente atividades relaxantes,
como a redução do ritmo cardíaco e da
pressão sanguínea, entre outras.
É graças ao SNP que o cérebro e a
medula espinhal recebem e enviam as
informações permitindo-nos reagir às
diferentes situações que têm origem
no meio externo ou interno, porém os
nervos periféricos são freqüentemente
traumatizados, resultando
esmagamentos ou secções que
trazem como conseqüência perda da
sensibilidade e da motricidade no
território inervado, as lesões nervosas
periféricas são comuns, e não há uma
fórmula facilmente disponível para o
sucesso do seu tratamento, sendo que
as lesões incompletas são as mais
freqüentes.
3. NEUROPATIA PERIFÉRICA
Neuropatia Periférica é um distúrbio
funcional ou orgânico do sistema
nervoso periférico; degeneração do
nervo periférico que supre as
extremidades, causando perda da
sensação, fraqueza muscular e atrofia.
(Dicionário de Terapia Ocupacional, 2006).
3.1 Fisiopatologia das lesõesnervosas periféricas
Seddon classificou as lesões nervosas
em três categorias: neuropraxia,
axonotmese e neurotmese.
Neuropraxia é quando há perda
transitória da condutividade elétrica de
determinado segmento da fibra
nervosa, sem perda de continuidade e
com preservação anatômica de todos
os seus elementos. Geralmente resulta
em perda temporária da função, que
se recupera completamente após
alguns dias. A sensibilidade
geralmente está preservada, podendo
haver apenas disestesias (sensação
de alfinetadas e agulhadas que a
pessoa sente quando uma de suas
extremidades adormece). A
estimulação nervosa em pontos
proximais à lesão resulta em ausência
de respostas distais. No entanto, a
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estimulação nervosa abaixo do local
da neuropraxia não revela
anormalidades. A avaliação muscular
não mostra sinais de desnervação
muscular.
Na axonotmese há “degeneração
walleriana” do axônio, com solução de
continuidade e fragmentação distal da
fibra. Se for mantida a integridade da
membrana axonal e principalmente
das células de Schwann. A
axonotmese resulta em interrupção
imediata da condução nervosa do
axônio afetado.
A neurotmese afeta todas as fibras do
nervo e observa-se ausência total de
respostas nos segmentos distais à
lesão. O quadro se manifesta com
paralisias periféricas, atrofias e
degenerações musculares. A
regeneração é menos bem-sucedida
que um axonotmese.
A manifestação clinica nas lesões
nervosas periféricas variam de acordo
com o grau e o tipo da lesão, assim
como dependem da área anatômica
inervada pelo nervo, ou nervos
afetados.
3.2 Classificação das NeuropatiasPeriféricasEmbora o número de etiologias das
Neuropatias Periféricas (NP) seja
muito grande, sua apresentação
clínica é mais limitada. Desse modo,
as NP podem ser classificadas de
acordo com seis parâmetros principais:
1. Velocidade de instalação: aguda
(menos de uma semana); subaguda
(menos de um mês); crônica (mais de
um mês);
2. Tipo de fibra nervosa envolvida:
motora, sensitiva, autonômica ou
mista;
3. Tamanho de fibra nervosa
envolvida: grossa, fina ou mista;
4. Distribuição: proximal, distal, difusa;
5. Padrão: mononeuropatia,
mononeuropatia múltipla,
polineuropatia e polirradiculoneurítico;
6. Patologia: degeneração axonal,
desmielinização segmentar e mista;
Quanto ao padrão de envolvimento do
SNP, devem-se distinguir dois grupos
de NP:
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O primeiro grupo denominado como
polineuropatias ocorre quando as
doenças causam alteração da função
dos nervos periféricos de modo
simétrico, distal e bilateral ou
polirradiculopatia ou
polirradiculoneuropatia se há
envolvimento de raízes espinhais ou
raízes e troncos dos nervos
periféricos;
Existem diversos tipos de
polineuropatias:
1. Polineuropatias Axonais Sensoriais
e Motoras Agudas (Neuropatias
tóxicas), e Crônicas (Diabetes);
2. Polineuropatias Axonais
Predominantemente Motoras Agudas
(Polineuropatiaaxonal motora aguda),
e Crônicas (Intoxicação por chumbo);
3. Polineuropatias Axonais Sensoriais
Agudas (associadas à infecção por
HIV) e Crônicas (Deficiência de
vitamina E);
4. PolineuropatiasDesmielinizantes
Predominantemente Motoras Agudas
(Difteria) e Motoras e Sensoriais
Crônicas (Hanseníase);
A polineuropatia possui muitas causas
diferentes, uma infecção, uma reação
auto-imune, substâncias tóxica, um
câncer, deficiências nutricionais e os
distúrbios metabólicos como a
deficiência de vitamina B que afeta os
nervos periféricos de todo o corpo.
O segundo grupo é denominado de
mononeuropatia e compreende lesão
focal de um nervo periférico, ou
multineuropatias que acometem
múltiplos nervos, sendo às vezes
chamada de Mononeuropatia Múltipla,
Neuropatia Múltipla, ou melhor, ainda
de Multineuropatia. É de acometimento
assimétrico e irregular, afeta nervos
diferentes em cada segmento do corpo
e ainda às vezes os mesmos nervos,
mas, em fases diferentes de evolução.
Em suas fases mais avançadas,
quando se apresenta como quadros
crônicos confluentes, pode nos
confundir, e nos fazer pensar em uma
polineuropatia.
Na Mononeuropatia o traumatismo é a
causa mais comum. A lesão também
pode ser causada pela pressão
prolongada sobre um nervo superficial
em locais onde existem proeminências
ósseas como o cotovelo, a
compressão durante o sono profundo
pode ser suficientemente prolongada
para lesar um nervo – especialmente
nos indivíduos que se encontram
anestesiados ou bêbados, nos
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indivíduos idosos confinados ao leito e
naqueles paralisados. Os nervos
também podem ser lesados durante
atividades muito intensas, ou em um
acidente. Um aparelho gessado mal
feito, o uso inadequado de muletas.
Certos nervos periféricos são lesados
mais freqüentemente que outros por
causa de sua localização mais
vulnerável, como no caso do nervo
mediano no punho (cujo
comprometimento resulta na síndrome
do túnel do carpo).
De maneira geral acomete
preferencialmente e inicialmente os
MMII, não sendo isto uma regra geral.
3.3 Causas Principais
As causas das neuropatias periféricas
são diversas como:
- Distúrbios hereditários (doença de
Charcot-Marie-Tooth);
- Distúrbios sistêmicos metabólicos
(Diabetes Melito, Deficiências
Alimentares, consumo habitual de
Álcool);
- Tumores (Câncer, Linfoma);
- Quadros infecciosos ou inflamatórios
(AIDS, Hanseníase – já foi uma das
principais causas de neuropatia-,
Sífilis, Lupo);
- Exposição a compostos tóxicos
(chumbo, mercúrio);
- Medicamentos (antiinfecciosos,
anticâncer, anticonvulsivos);
3.4 Sinais e Sintomas
Há uma série de sinais e sintomas que
podem ser: motores, sensitivos,
reflexos, autonômicos e tróficos
relativamente típicos da doença do
nervo periférico.
Alteração da função motora: fraqueza
muscular, hipotonia e atrofia muscular;
Reflexos profundos: a perda dos
reflexos profundo na NP é comum;
Alteração da Sensibilidade: tátil,
térmica, dolorosa, vibratória todas são
comprometidas, há parestesias
freqüentes, hiperestesias, hiperpatia;
Ataxia sensitiva e tremor podem estar
presentes principalmente nos
membros superiores;
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Alterações Tróficas e Deformidades:
atrofia por denervação, deformidades
de pés, mãos e coluna;
Alterações autonômicas: anidrose
(doença da pele em que há redução
ou ausência da secreção do suor) e
hipoextensão ostática são as
manifestações mais freqüentes;
Outras alterações são: impotência
sexual, dilatação do cólon e do
esôfago, falta de lagrimas e saliva,
perda de movimento parcial ou total,
falta parcial ou total no controle dos
movimentos, perda de sensibilidade,
dificuldade de respiração, úlceras de
pele, baixa auto-estima, difícil
cicatrização, outras deformidades.
Os sintomas variam de acordo com o
grau de acometimento de cada
neuropatia
3.5 Diagnóstico
O exame físico e exames especiais
como a eletromiografia (exame que
consiste na captação e registro da
atividade elétrica dos músculos em
repouso através de um sistema que
amplia muitas vezes os potenciais
provenientes das fibras musculares e
de grande importância para diferenciar
uma neuropatia de uma miopatia –
afecções musculares), exames
hematológicos e bioquímicos, estudo
do líquido cefalorraqueano (LCR),
biópsia do nervo sural, sendo que sua
causa deve ser investigada, se for um
distúrbio metabólico e não uma lesão
física o exame de sangue pode revelar
o problema subjacente, exames de
urina pode revelar uma intoxicação por
metais pesados.
Segundo dados de literatura, dos
casos diagnosticados de neuropatia,
cerca de 25 % em média, ainda
permanecem sem diagnóstico
etiológico, a despeito de toda
propedêutica, mesmo nos centros
mais sofisticados.
3.6 Tratamento
O tratamento pode ser a cura do
distúrbio (se possível) ou proporcionar
uma maior independência e
capacidade de cuidar de si mesmo
ensinando o paciente a fazer a
inspeção com espelho em caso de
perda da sensibilidade, por exemplo,
assim como também pode ser o
controle dos sintomas.
Os exercícios podem ser utilizados
para aumentar a força e o controle
muscular. O uso de bengalas, muletas,
cadeiras de rodas, aparelhos
ortopédicos e talas podem melhorar a
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mobilidade, a capacidade para utilizar
uma extremidade afetada, ou impedir
deformidades.
Nem a neuropraxia nem a axonotmese
requer intervenção cirúrgica, a menos
que haja necessidade de aliviar a
pressão no nervo. Uma neurotmese
precisa ser suturada se houver alguma
chance de recuperação.
O tratamento é multidisciplinar,
incluindo a intervenção de
fisioterapeutas, psicólogos,
nutricionistas e terapeutas
ocupacionais, entre outros.
3.7 Objetivos básicos dotratamento:
- Prevenir ou reduzir edema
- O paciente deve aprender como
posicionar o membro, particularmente
em repouso, e receber
aconselhamento geral sobre a
prevenção do edema. Pode haver
problemas se houver outras lesões
associadas que impeçam o
posicionamento adequado e o
movimento.
- O movimento é muito importante por
causa da ação do bombeamento dos
músculos sobre os vasos e o
movimento ativo das articulações, que
estira e comprime os vasos, mantendo
assim uma circulação adequada. Se
isso não for possível, os movimentos
passivos ajudam a manter a
circulação. A massagem pode ser feita
para reduzir o edema, idealmente, com
o membro na posição elevada.
- Manter a circulação na área afetada
Uma desaceleração na circulação
reduz o suprimento efetivo de nutrição
para os tecidos e a remoção dos
produtos de detritos. Os movimentos
ativos são o melhor meio de prevenir
essa desaceleração, mas os
movimentos passivos e a massagem
ajudam se houver paralisia.
- Prevenir contraturas
É essencial prevenir o
desenvolvimento de qualquer
contratura que poderia impedir a
recuperação. Os movimentos passivos
devem ser realizados para manter a
variação total de movimentos
articulares e para manter o
comprimento total dos músculos. Os
movimentos passivos devem ser
realizados diariamente, pois a rigidez
pode se desenvolver muito
rapidamente.
- Manter atividade e a força dos
músculos não afetados.
O paciente deve ser encorajado a usar
os músculos não afetados do membro.
Se isso não for possível por causa da
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paralisia, o terapeuta deve ser capaz
de facilitar o movimento apoiando o
membro ou a tala funcional, permitindo
que os movimentos ocorram. A falta de
controle muscular aumenta o risco de
quedas ou outras lesões.
- Manter a função
O paciente deve ser encorajado a usar
o membro o máximo possível. O uso
de talas bem desenhadas e bem
aplicadas (talas funcionais) pode
permitir certa atividade funcional.
- Estágio de recuperação
Em um nervo misto, o programa de
recuperação inclui a reeducação
motora e sensorial. Dependendo do
nervo e da extensão da perda motora
e sensorial, a reeducação pode ser
igualmente importante, especialmente
no caso da mão.
- Reeducação muscular
Durante a realização de movimentos
passivos antes que a recuperação
ocorra, é bom que o paciente pense
sobre o movimento desde que ele não
cause muita ansiedade.
4. CONCLUSÃO
Ao final deste trabalho pudemos
constatar que a neuropatia periférica é
uma doença de causas múltiplas
sendo algumas vezes difícil chegarem
a um diagnóstico preciso.
Ela poderá ser tratada com sucesso
dependendo do estágio em que sua
causa foi identificada e do momento
em foi iniciado o tratamento, assim
como o grau de lesão ao se iniciar
esse tratamento, limitando – se a
alguns danos.
O tratamento das Neuropatias
Periféricas é multidisciplinar, devendo
ter o Terapeuta Ocupacional como
membro efetivo desta equipe.
Ressaltamos inda que na objetividade
de se alcançar melhores resultados
em busca da qualidade de vida do
paciente, podemos trabalhar com
inúmeras técnicas desde a mais
simples as mais complexas, como:
Alongamento, Fortalecimento, Treino
de Marcha, Treino de Equilibrio,
Propriocepção, Cinesioterapia,
Massoterapia, Piscina Terapeutica,
Eletroterapia, Jogos Lúdicos, entre
outras tantas, principalmente
respeitando os limites do paciente e
conscientes dos objetivos básicos;
todavia se faz necessário estipularmos
um protocolo diversificado e ao mesmo
tempo realizar sessões no mimo 3
vezes por semana, afim de estimular
as neuroplasticidades.
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5- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1- FACIS – UNIMEP. Piracicaba – SP.
e-mail: [email protected]
2http://www.neurobiologia.org/ex_2012/19%20art.pdf.
3http://www.sumarios.org/sites/default/files/pdfs/66145_7488.PDF
4http://www.unama.br/novoportal/ensino
/graduacao/cursos/fisioterapia/attachm
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5http://bases.bireme.br/cgi-bin/wxislind.exe/iah/online/?IsisScript=iah/iah.xis&src=google&base=LILACS&lang=p&nextAction=lnk&exprSearch=593791&indexSearch=ID
6http://www2.pucpr.br/reol/public/7/archive/0007-00001939-ARTIGO_06.PDF
7Lesões Nervosas Periféricas - 2ªedição - Editora Santos (Grupo GEN) -ANTHERO SARMENTO FERREIRA
8http://www.temsaude.com/artout2jun04.asp
9Fisioterapia - Avaliação e Tratamento -5ª Ed. 2010O'sullivan, Susan B.; Schmitz, ThomasJ. / MANOLE
10Fisioterapia do Trabalho - Cuidando daSaúde Funcional do TrabalhadorVeronesi Junior, Jose Ronaldo /Andreoli
11Fisioterapia Ortopédica : Exame,Avaliação e Intervenção - 2ª Ed. 2010Dutton, Mark / ARTMED12
Manual de Avaliação do SistemaMúsculo-esquelético em FisioterapiaAlves, Luciana Correia; Camargo, MirelaCastro Santos / Coopmed EditoraMédica
13Fisioterapia Aquatica FuncionalSilva, Juliana Borges da; Branco, FábioRodrigues / ARTES MEDICAS
14http://tocupacional.wordpress.com/2008/05/29/neuropatias-perifricas/
15http://www.semiologiaortopedica.com.br/2012/06/lesoes-nervosas-perifericas-membros.html