OESP-2015-10-12

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Governo cria equipe contra pedido de impeachment Em reunião ontem no Palácio do Alvorada, ministros alertaram Dilma sobre risco de pedido de afastamento Negócios MUDANÇAS DE OLHO NA USP 23H30 Caderno2 Nasi renovado Cantor deixa para trás a vida conturbada e lança disco solo EGBE CHEGA AO PAÍS O ‘UBER’ DAS VIAGENS FUNDADO EM 1875 Link Finanças digitais Startups apostam em servicos financeiros. ECONOMIA / PÁGS. B6 e B7 Tempo em SP 31° Máx. 19° Mín. Pressionado, presidente do São Paulo vai renunciar O risco crescente da abertura de pro- cesso de impeachment contra Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados levou o governo a montar uma equipe de advogados e juristas para defender a presidente. A estratégia do Planalto será recorrer ao STF assim que algum requerimento solicitando o afasta- mento for aceito pela Câmara. Em reu- nião ontem com os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça), Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo), Al- do Rebelo (Defesa) e o assessor espe- cial Giles Azevedo, no Palácio da Alvo- rada, Dilma foi informada de que o presidente da Câmara, Eduardo Cu- nha (PMDB-RJ), acuado após a de- núncia do MP da Suíça, deve colocar em pauta a análise do pedido de im- peachment. O advogado Flávio Caeta- no, coordenador jurídico da campa- nha de Dilma à reeleição, ficará à fren- te da defesa da presidente. O governo pretende se concentrar na questão do quórum para a abertura do processo pela Câmara, uma vez que a Constitui- ção exige participação de dois terços dos parlamentares. POLÍTICA / PÁG. A4 LÚCIA GUIMARÃES Comprar, verbo intransitivo É triste ver pais se desculpando por não poder comprar algo como se isso representasse uma falha em demonstrar dedicação aos filhos. CADERNO2 / PÁG. C8 U ma empresa francesa quer iniciar este ano o serviço de carona paga entre cidades brasileiras. Com mais de 20 mi- lhões de usuários em 19 países, a Blablacar usa um aplicativo para criar uma comunidade de motoris- tas e viajantes. O diretor da empre- sa para a América Latina, Julien La- fouge, não teme reação parecida com a dos taxistas contra o Uber. “Não oferecemos um serviço, ape- nas conectamos pessoas.” PÁG. B8 Turcos lamentam as mortes de 95 pessoas – outras 160 estão hospitalizadas – vítimas de explosões ocorridas no sábado na capital do país, Ancara. O governo acredita que o grupo extremista Estado Islâmico (EI) foi o autor do atentado, por causa das semelhanças “extraordinárias” com a ação feita em julho em Suruc, na fronteira com a Síria. INTERNACIONAL / PÁG. A9 Marcos Caruso: METRÓPOLE / PÁG. A12 Ação da PM deixa 3 mortos em Pedrinhas INTERNACIONAL / PÁG. A7 Oposição tenta conter avanço kirchnerista NOTAS & INFORMAÇÕES Brasil virou mau exemplo FMI elogiou a política econômica do Paraguai e apontou Brasil e Ar- gentina como problemas. PÁG. A3 Esportes Isolado politicamente e alvo de denún- cias, Carlos Miguel Aidar anunciou que deixará amanhã a presidência do São Paulo. O dirigente tomou a deci- são para não enfrentar um processo de impeachment, que já era articulado por opositores. PÁG. A14 Ao aceitar Enem para 13,5% das vagas, USP leva candidatos a alterar estudos e rever notas de corte. METRÓPOLE / PÁG. A13 O duro ajuste da Petrobrás Corte de investimentos mostra que a empresa está mais vulnerável às oscila- ções do câmbio e do petróleo. PÁG. A3 Chuva à tarde. Pág. A12 No ano passado, foram consumidos 166,8 milhões de comprimidos por usuários de medicamentos tarja preta na rede municipal de saúde de São Pau- lo. Esse número é 52% maior do que em 2010. O total de novos consumido- res de antidepressivos, antipsicóticos e ansiolíticos também cresceu no mes- mo período – a alta foi de 47%. “As pessoas percebem que a depressão é uma doença como qualquer outra e precisa de tratamento”, afirma o psi- quiatra Anderson Sousa Martins da Silva. METRÓPOLE / PÁG. A10 Consumo de tarja preta cresce 52% em São Paulo JOSÉ ROBERTO DE TOLEDO O autoplágio da história Além de personagens repetidos, a dinâmica que leva ao impeachment ou à permanência do presidente da vez acelera de modo parecido. POLÍTICA / PÁG. A6 Esta publicação é impressa em papel certificado FSC® garantia de manejo florestal responsável, pela S. A. O Estado de S. Paulo Turquia acusa Estado Islâmico BULENT KILIC/AFP l Oposição pressiona Cunha Líderes dos partidos de oposição na Câmara tentam convencer Eduardo Cunha (PMDB-RJ) a colocar o impeach- ment em pauta nesta semana. PÁG. A4 JULIO MESQUITA (1862 - 1927) l Hamilton mais perto do tri Inglês vence e vê Nico Rosberg, seu companheiro na Mercedes e maior rival, abandonar o GP da Rússia de F-1. Massa foi 4º e Nasr, 7º. PÁG. A16 “Leis de incentivo desobrigam artistas de investir no seu trabalho”. PÁG. C2 GABRIELA BILÓ/ESTADÃO DIRETO DA FONTE IARA MORSELLI/ESTADÃO Levy afirma que rebaixamento foi ‘devastador’ Lobista diz ter pago cerca de R$ 2 milhões a Lulinha Na Suíça, cem contas secretas Quase lá. Hamilton pode ser campeão já na próxima corrida, nos EUA ALEXANDER NEMENOV/AFP De acordo com o Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, o rebaixamento do País teve efeito devastador em várias com- panhias. Com isso, empresas e bancos, como Comgás, CCR, Bradesco e Itaú Unibanco também perderam o selo de bom pagador. ECONOMIA / PÁG. B3 O lobista Fernando Baiano, preso des- de o ano passado no Paraná e acusado de ser um dos operadores do esquema de desvios de recursos da Petrobrás, afirmou ao Ministério Público Federal ter pago cerca de R$ 2 milhões a Fábio Luís Lula da Silva, filho do ex-presiden- te Lula, segundo informou o jornal O Globo. Osrepasses teriam sido feitos pa- ra bancar despesas pessoais de Lulinha, como o empresário é conhecido. O ad- vogado de Lulinha disse que seu cliente “jamais recebeu qualquer valor do dela- tor mencionado”. POLÍTICA / PÁG. A5 Investigadores ligados ao Ministé- rio Público da Suíça afirmam haver mais de cem contas bancárias con- geladas ligadas à Lava Jato, informa Jamil Chade. PÁG. A4 Segunda-feira 12 DE OUTUBRO DE 2015 R$ 4,00 ANO 136 Nº 44554 EDIÇÃO DE estadão.com.br

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Governocriaequipecontrapedidode impeachmentEm reunião ontem no Palácio do Alvorada, ministros alertaramDilma sobre risco de pedido de afastamento

NegóciosMUDANÇASDEOLHONAUSP

23H30

Caderno2Nasi renovadoCantor deixa para trása vida conturbada elança disco soloEGBE

CHEGAAOPAÍSO‘UBER’DASVIAGENS

FUNDADO EM1875

LinkFinanças digitaisStartups apostam emservicos financeiros.ECONOMIA /PÁGS.B6eB7

TempoemSP

31°Máx. 19°Mín.

Pressionado,presidentedoSãoPaulovairenunciar

Orisco crescente da abertura de pro-cesso de impeachment contra DilmaRousseff na Câmara dos Deputadoslevouogovernoamontarumaequipedeadvogadose juristasparadefendera presidente. A estratégia doPlanaltoserá recorrer aoSTFassimquealgumrequerimento solicitando o afasta-mentoforaceitopelaCâmara.Emreu-nião ontem com os ministros JoséEduardo Cardozo (Justiça), RicardoBerzoini (SecretariadeGoverno),Al-

doRebelo (Defesa) eo assessor espe-cialGilesAzevedo,noPaláciodaAlvo-rada, Dilma foi informada de que opresidente da Câmara, Eduardo Cu-

nha (PMDB-RJ), acuado após a de-núncia do MP da Suíça, deve colocarem pauta a análise do pedido de im-peachment.OadvogadoFlávioCaeta-no, coordenador jurídico da campa-nhadeDilmaàreeleição, ficaráàfren-tedadefesadapresidente.Ogovernopretendeseconcentrarnaquestãodoquórum para a abertura do processopelaCâmara,umavezqueaConstitui-ção exige participação de dois terçosdos parlamentares. POLÍTICA /PÁG.A4

LÚCIAGUIMARÃESComprar, verbo intransitivoÉ triste ver pais se desculpandopor não poder comprar algo comose isso representasse uma falha emdemonstrar dedicação aos filhos.CADERNO2 / PÁG. C8

Uma empresa francesa queriniciar este ano o serviço decarona paga entre cidades

brasileiras. Com mais de 20 mi-lhões de usuários em 19 países, aBlablacar usa um aplicativo paracriar uma comunidade de motoris-tas e viajantes. O diretor da empre-sa para a América Latina, Julien La-fouge, não teme reação parecidacom a dos taxistas contra o Uber.“Não oferecemos um serviço, ape-nas conectamos pessoas.” PÁG. B8

Turcos lamentamasmortes de 95 pessoas – outras 160 estão hospitalizadas – vítimas de explosões ocorridas no sábado nacapital do país, Ancara. O governo acredita que o grupo extremista Estado Islâmico (EI) foi o autor do atentado, por causadas semelhanças “extraordinárias” coma ação feita em julho emSuruc, na fronteira coma Síria. INTERNACIONAL / PÁG. A9

Marcos Caruso:

METRÓPOLE / PÁG. A12

AçãodaPMdeixa 3mortos emPedrinhas

INTERNACIONAL / PÁG. A7

Oposição tenta conteravançokirchnerista

NOTAS& INFORMAÇÕES

Brasil viroumauexemploFMI elogiou a política econômicadoParaguai e apontou Brasil e Ar-gentina como problemas.PÁG.A3

Esportes

Isoladopoliticamenteealvodedenún-cias, Carlos Miguel Aidar anunciouque deixará amanhã a presidência doSão Paulo. O dirigente tomou a deci-sãoparanãoenfrentarumprocessodeimpeachment, que já era articuladopor opositores. PÁG.A14

Ao aceitar Enempara 13,5%das vagas, USP leva candidatosaalterar estudos e revernotasde corte. METRÓPOLE / PÁG.A13

Oduro ajuste daPetrobrásCortede investimentosmostra que aempresaestámaisvulnerável àsoscila-çõesdocâmbio edopetróleo. PÁG.A3

Chuvaàtarde.Pág. A12

No ano passado, foram consumidos166,8 milhões de comprimidos porusuáriosdemedicamentos tarja pretanaredemunicipaldesaúdedeSãoPau-lo. Esse número é 52% maior do queem2010.Ototaldenovosconsumido-res de antidepressivos, antipsicóticoseansiolíticostambémcresceunomes-mo período – a alta foi de 47%. “Aspessoas percebem que a depressão éuma doença como qualquer outra eprecisa de tratamento”, afirma o psi-quiatra Anderson Sousa Martins daSilva. METRÓPOLE / PÁG.A10

Consumodetarja pretacresce 52%emSãoPaulo

JOSÉ ROBERTODE TOLEDOOautoplágio da históriaAlémde personagens repetidos, adinâmica que leva ao impeachmentou à permanência do presidente davez acelera demodo parecido.POLÍTICA / PÁG. A6

Esta publicação é impressa em papel certificado FSC® garantiade manejo florestal responsável, pela S. A. O Estado de S. Paulo

TurquiaacusaEstadoIslâmico

BULENT KILIC/AFP

lOposição pressiona CunhaLíderes dos partidos de oposição naCâmara tentam convencer EduardoCunha (PMDB-RJ) a colocar o impeach-ment em pauta nesta semana. PÁG. A4

JULIO MESQUITA(1862 - 1927)

lHamilton mais perto do triInglês vence e vê Nico Rosberg, seucompanheiro naMercedes emaiorrival, abandonar o GP da Rússia deF-1. Massa foi 4º e Nasr, 7º. PÁG. A16

“Leis de incentivo desobrigamartistas de investir noseu trabalho”. PÁG. C2

GABRIELA BILÓ/ESTADÃO

DIRETODAFONTE

IARA MORSELLI/ESTADÃO

Levy afirmaquerebaixamentofoi ‘devastador’

Lobista diz terpago cerca deR$2milhõesaLulinha

NaSuíça, cemcontassecretas

Quase lá.Hamilton pode ser campeão já na próxima corrida, nos EUA

ALEXANDER NEMENOV/AFP

DeacordocomoMinistrodaFazenda,JoaquimLevy, o rebaixamentodoPaísteve efeito devastador em várias com-panhias.Comisso, empresasebancos,como Comgás, CCR, Bradesco e ItaúUnibanco tambémperderamoselodebompagador. ECONOMIA /PÁG.B3

O lobista Fernando Baiano, preso des-de o ano passado no Paraná e acusadode ser um dos operadores do esquemade desvios de recursos da Petrobrás,afirmou aoMinistério Público Federalter pago cerca de R$ 2milhões a FábioLuísLuladaSilva, filhodoex-presiden-te Lula, segundo informou o jornal OGlobo.Osrepassesteriamsidofeitospa-rabancardespesaspessoaisdeLulinha,comoo empresário é conhecido. O ad-vogadodeLulinhadissequeseucliente“jamaisrecebeuqualquervalordodela-tormencionado”. POLÍTICA / PÁG.A5

Investigadores ligados ao Ministé-rio Público da Suíça afirmamhavermais de cem contas bancárias con-geladas ligadas àLava Jato, informaJamil Chade. PÁG.A4

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Segunda-feira 12 DE OUTUBRO DE 2015 R$ 4,00 ANO 136 Nº 44554 EDIÇÃO DE estadão.com.br

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A2 Espaço aberto SEGUNDA-FEIRA, 12 DE OUTUBRO DE 2015 O ESTADO DE S. PAULO

l]ROBERTOROMANO

GolpesdeEstadoe ‘eisangelia’

FórumdosLeitores

F alamos em golpesdeEstadoeimpea-chment da presi-dente. E veicula-moscrençasnosis-tema democráti-

co. Fantasmas de golpismossão aventados, mas os golpesreais se efetivamnos gabinetespalacianos.Luiz InáciodaSilvaéhojeogovernantedefato.Tra-ta-sedeumgolpedeEstadodig-no deMaquiavel, Gabriel Nau-dé e outros clássicos da políti-ca.Muitos acadêmicos e jorna-listasdogmatizamsobreasnos-sas instituições. Eles procla-mama“normalidadeinstitucio-nal”,mas ignoramoqueéogol-pedeEstado.Umdelesmudoua Presidência da República. Apessoaeleita serve de anteparopara umaprática ilegítima. Co-mo diz Carl Schmitt, soberanoé quem decide sobre o estadodeexceção.NoExecutivodeci-de Luiz Inácio. Temos um re-gentenãoautorizadopelodirei-to público, usurpação explícitae confessada. E tal fato não po-deserdito“normal”.Ainterpre-taçãodosgolpesdeEstadovemda Antiguidade. Já Aristótelespensa o fenômeno. A ordemmoderna conheceu sua práticaeteoria.MasnoBrasiloconcei-to ainda não foi assimilado,pois “golpe” é visto como açãode quartéis e manobras jurídi-cas. Emmatéria golpista existebemmaisdoquesonha–oude-lira –nossa vã filosofia.Não discutimos muito o po-

der popular e a responsabilida-de administrativa que funda-mentamademocraciaeoafasta-mento do poder no mais altocargo. A corrupção distorce oexercício das funções públicas.Na Grécia, origem dos nossoscostumes políticos, existiramdiplomas legais contrao subor-no político. Eram quatro leis: agraphe doron, que proibia dar ereceber presentes ilicitamente,a graphe dekasmou, para a com-pradecorpos judiciais, a graphedoroxenias, para coibir um júridelivraroréuporterdelerecebi-do pixulecos. Havia outra lei,não nomeada, para punir pro-motoresoutestemunhasquere-ceberam agrados. A assembleiaseuniaaoAreópagoparainvesti-gar e fornecer o primeiro vere-dictosobrecasosdecorrupção.Temos aí os germes das comis-sões parlamentares de inquéri-to.Apesardesemelhantesleis,ademocracia ateniense conhe-ceu a leniência, o que gerou o

tomenfático dos escritores éti-coscontraofatocorruptor(Co-nover, Kellam: Anti-bribery Le-gislation in Practice: how legalinefficacy strengthened the Athe-nian Democracy).Além das normas citadas,

umaera dirigida contra o péssi-moexercíciodopoder,aeisange-lia. Não existe poder demo-crático sem que o povo seja dedireito e de fato soberano. Écom tal pressuposto que os in-gleses do século 17 retomam aideiadaeisangelia,traduzidaporimpeachment. Ela se aplicaquandoumaautoridade(rei,de-putado, juiz,bispo)nãocumprea lei e nãopresta contas satisfa-tóriasaopovodosrecursosnatu-rais, econômicos,humanos.Talé a basehistóricada accountabi-lity instaurada pelos gregos. Étambémomesmonúcleodeno-

ções que hoje determina o re-call. O debate sobre tais pontosdeveria partir da gênese demo-crática,verificarseelespodemedevem ser assumidos em nos-sos tempos, equais as garantiasde sua aplicação sem desviosdespóticos,demagógicos, etc.Aeisangeliadestina-seapunir

governantesinfiéisqueprejudi-cam o erário. Os acusadoreserampunidos se a causanão ti-vesse bom fundamento. Pormuito tempo o acusador era li-vre da multa de mil dracmas eperdadosdireitosciviscasode-sistissedoprocessooufalhasseemconseguirumquintodosju-rados. Tal prerrogativa, abusa-daporsicofantas, foiabolidanoquarto século, mas só em rela-ção àmulta. Foimantida a per-da dos direitos políticos dosacusadores incapazes.Árbitros(diaitêtai) também eram sub-metidos ao afastamento pormáconduta.Amaisimportanteeisangelia era destinada aos cri-mescontraopoderpúblico,co-moardisparasubverteraCons-tituição,péssimacondutanage-rência dos assuntos financei-ros, juiz ou promotor que acei-tasse agrados, etc. Seria puni-do,seprecisocompenademor-te,quemtentasseenganaropo-vo. Todo julgamento por eisan-gelia era autorizado por decre-to da assembleia, que às vezesdefinia as penalidades a serem

aplicadas (David Stockton:TheClassical Athenian Democracy ).Naassembleiasoberanaqual-

quer cidadão pode começar oprocesso de eisangelia denun-ciando um governante ou pes-soaprivada.Seaassembleiadeci-deserprecisoresponderàacusa-ção, começa o julgamento porumaagendaespecial.Seocasoésériooprocessovai às cortesdeJustiça (JohnThorley:AthenianDemocracy). A eisangelia tam-bémseaplicaaosjuízesnegligen-tes, puneospaispelo tratamen-to ruimdadoaos filhos eparen-tes e maridos por maltrataremas esposas, etc. Por iniciativa deSólon o Areópago “julgou, se-gundo a eisangelia, os acusadosde conspiração para dissolver avida democrática” (Aristóteles,cf.Hansen,M.H.Eisangelia:TheSovereignty of the People’s Courtin Athens in the Fourth CenturyBC and Public Action AgainstUnconstitutional Proposals).Seria uma inovação golpista

restaurar a rigorosa eisangelianoBrasil? Éalgo a ser examina-docomprudência,masnãodes-cartado.A faltademecanismossemelhantes ou a presença deformas não democráticas, co-mo a prerrogativa de foro, cau-sam arrogância e impunidadeemmuitospolíticos,váriosma-gistrados e outros. E tal vácuodistorceaéticapúblicaoupriva-da, oferecea cenapereneda re-nitentedesobediênciaàlei, criaindivíduos poderosos que nãose responsabilizam por seusatos e pelos de seus auxiliares.EmqualquerEstadodoplanetaonde umgovernante afirma ig-noraroquefizeramseusminis-tros e secretários, ele sofreriaprocessode responsabilização.Etalprocedimentointegraade-mocracia, porque é baseado naaccountability, no fato de quesoberanoéopovo.Ah,senoBra-silvigorassemleiseficazescon-trapresentesoferecidosaospo-derosos! Ah, se nossas emprei-teiras fossem impedidas real-mentedeagradaraadministra-dores públicos!Muitos palace-tesassimadquiridoscausariamprocessosporeisangelia,afasta-mento ou impeachment. Mes-mo que, devido a um golpe deEstado, o enriquecido particu-lar usurpasse o poder máximodaRepública.

]

PROFESSOR DA UNICAMP, É AUTOR

DE 'RAZÃO DE ESTADO E OUTROS

ESTADOS DA RAZÃO' (PERSPECTIVA)

A svirtudeseasfra-quezas dos jor-naisnãosãoreca-tadas. Regis-tram-nasfielmen-teossensíveis ra-

daresdos leitores. Precisamos,por isso, derrubar inúmerosdesvios que conspiram contraa credibilidade dos jornais.Umdeles,talvezomaisresis-

tente, é odogmadaobjetivida-de absoluta. Transmite, numsolene tom de verdade, a falsacerteza da neutralidade jorna-lística. Só que essa separaçãoradicalentrefatoseinterpreta-ções simplesmente não existe.É uma bobagem.Jornalismonãoéciênciaexa-

ta e jornalistas não são robôs.Alémdisso,nãose fazbomjor-nalismo sem emoção. A friezaé anti-humana e, portanto, an-tijornalística. A neutralidade éuma mentira, mas a isenção éumametaaserperseguida.To-dososdias. A imprensahones-ta e desengajada tem compro-misso com a verdade. E é issoque conta.Mas a busca da isenção en-

frentaasabotagemdamanipu-lação deliberada, a falta de ri-gor e o excesso de declaraçõesentre aspas.O jornalista engajado é sem-

pre ummau repórter. Militân-cia e jornalismo não combi-nam. Trata-se de uma mescla,talvez compreensível e legíti-ma nos anos sombrios da dita-dura, mas que, agora, tem amarcadoatraso eovestígiodosectarismo.Omilitantenãosa-bequeoimportanteésaberes-cutar. Esquece, ofuscado pelaarrogância ideológica ou pelanévoa do partidarismo, que asrespostas são sempremais im-portantes que as perguntas.A grande surpresa no jorna-

lismo é descobrir que quasenuncaumahistóriacorrespon-de de fato àquilo que imaginá-vamos. O bom repórter é umcurioso essencial, um profis-sional que é pago para se sur-preender. Pode haver algomais fascinante? O jornalistaético esquadrinha a realidade,o profissional preconceituosoconstrói a história.Todos os manuais de reda-

ção consagram a necessidadede ouvir os dois lados de ummesmo assunto. Trata-se deumesforçode isençãomínimoe incontornável. Todavia al-guns desvios transformamumprincípio irretocável numjogo

de cena.Matérias previamente deci-

didasemguetosengajadosbus-cam a cumplicidade da impar-cialidade aparente. A decisãodeouvir ooutro ladonãoé sin-cera, não se fundamenta nabusca da verdade. É apenasuma estratégia.O assalto à verdade culmina

com uma tática exemplar: achamadarepercussãoseletiva.O pluralismo de fachada con-voca,então,pretensosespecia-listas para declararem o que orepórterquerouvir.Personali-dades entrevistadas avalizama “seriedade” da reportagem.Mata-se o jornalismo. Cria-sea ideologia.É necessário cobrir os fatos

comumaperspectivamaispro-funda.Convémfugirdasarma-dilhas do politicamente corre-to e do contrabandoopinativosemeado pelos arautos dasideologias.A precipitação e a falta de ri-

gor sãooutros vírusque amea-çam a qualidade da informa-ção. A manchete de impacto,oposta ao fato ou fora do con-texto da matéria, acaba portransmitir ao leitor a sensaçãode uma fraude.Autor do mais famoso livro

sobre a história do jornal TheNew York Times, Gay Talese vêimportantes problemas quecastigam a imprensa de quali-dade.“Nãofazemosmatériadi-

reito porque a reportagem setornou muito tática, confian-doeme-mails,telefones,grava-ções. Não é cara a cara. Quan-do eu era repórter, nunca usa-vao telefone.Queria ver o ros-to das pessoas”.“Não se anda na rua, não se

pega o metrô ou um ônibus,umavião,nãosevê,caraacara,apessoacomquemseestácon-versando”, conclui Talese. E oleitor, não duvidemos, captatudo isso.Boapartedonoticiáriodepo-

lítica,porexemplo,nãotemin-formação.Está dominadopelafofocaepelodeclaratório.Nãotemomenor interesse para osleitores.O uso de grampos co-momaterial jornalístico virouferramenta de trabalho. A ve-lhaeboa reportagemfoi sendo

substituída por dossiê. De unstemposparacá,o leitorpassoua receber dossiês que, muitasvezes, não se sustentamempépormais de três dias. Curiosa-mente, quemospublicanão sesente obrigado a dar nenhumasatisfação ao leitor. Entramosnaeradojornalismosemjorna-listas, nos tempos da reporta-gem sem repórteres. Ficamos,todos, fechados no ambienterarefeito das redações. En-quanto esperamos o próximodossiê, tratamos de reprodu-zir declarações entre aspas, derepercutir frases vazias de po-líticos experientes na arte demanipular a imprensa.Mesmo assim, os jornais

têm prestado um magníficoserviço no combate à corrup-ção.Alguémimaginaqueacas-cata de denúncias e prisões te-ria ocorrido sem uma impren-sa independente? Jornais decredibilidade oxigenam a de-mocracia.Astentativasdecon-trole da mídia, abertas ou dis-farçadas, são sempre uma ten-tativa de asfixiar a liberdade.Oleitorqueprecisamoscon-

quistar não quer o que podeconseguir na TV ou na inter-net. Ele quer algomais.Quer otexto elegante, amatéria apro-fundada, a análise que o ajude,efetivamente, a tomar deci-sões. Conquistar leitores é umdesafio formidável. Reclamarealismo, ética e qualidade.Aautocrítica, justaenecessá-

ria, deve ser sempre acompa-nhada por um firme propósitode transparência e de retifica-ção dos nossos equívocos.Umaimprensaéticasabereco-nhecer seus erros. As palavraspodem informar corretamen-te, denunciar situações injus-tas, cobrar soluções. Mas po-demtambémesquartejarrepu-tações, desinformar. Confes-sar um erro de português ouuma troca de legendas é fácil.Mas admitir a prática de atitu-desdeprejulgamento,precon-ceitos informativos ou levian-dade noticiosa exige coragemética. Reconhecer o erro, lim-pa e abertamente, é o pré-re-quisito da qualidade.O jornalismo tropeça emar-

madilhas. Nossa profissão en-frenta desafios, dificuldades eriscos sem fim.E é aí quemorao fascínio.

]

JORNALISTA

E-MAIL: [email protected]

Publicado desde 1875Américo de Campos (1875-1884)Francisco Rangel Pestana (1875-1890)

Julio Mesquita (1885-1927)Julio de Mesquita Filho (1915-1969)Francisco Mesquita (1915-1969)Luiz Carlos Mesquita (1952-1970)

José Vieira de Carvalho Mesquita (1947-1988)Julio de Mesquita Neto (1948-1996)Luiz Vieira de Carvalho Mesquita (1947-1997)Ruy Mesquita (1947-2013)

Ah, se vigorassemno Brasil leis eficazescontra presentesoferecidos a poderosos!

Jornalismo fascinaevende

l]CARLOS ALBERTODI FRANCO

A profissão enfrentadesafios, dificuldadese riscos sem fim. E éaí que mora o fascínio

ESTADO DA UNIÃOFim do mundo

Ampliando e engrandecendoaindamais omaior programa decompra de votos e consciênciasbaratas do universo, a gerentaprepotenta usa cargos paraamarrar apoios (10/10, A6) e as-sim garantir a governabilida-de(?). Dessa maneira, num in-controlável troca-troca de favo-res no balcão de negócios do lu-panar planaltino, madama pre-para o forno em que será assadaa enorme pizza do seu impeach-ment. Cria mais uma bolsa ofi-cial, a bolsa cargo, e com ela oseu programa mais dileto, Mi-nha Câmara, Meu Governo. É oPartido dos Trambiqueiros dan-do a sua (entre tantas outras)maior contribuição à destruiçãode todas as nossas instituições,transformando o mundo políti-co em apocalíptico.RENATO OTTO [email protected]ão Paulo

Baixo clero

Dilma Rousseff já distribuiu ogoverno inteiro. Só não enten-deu que querem o Palácio doPlanalto e o Palácio daAlvorada.LUÍZ [email protected]ão Paulo

Não à cooptação

Após a determinação da presi-dente de entregar tantos cargosquantos forem necessários parasemanter no poder, dando con-tinuidade a esse modelo falidode presidencialismo de coopta-ção, que visa apenas um projetode poder, com base na distribui-ção de cargos a pessoas sem ne-nhuma qualificação técnica,transformando apolítica noBra-sil num balcão de barganhas enegociatas que têm levado oPaís aum rebaixamentoprogres-sivo em todos os indicadores,exorto, como eleitor e contribu-

inte, todos os deputados, sena-dores, ministros e partidos po-líticos a recusarem qualquer ti-po de oferta, suborno,mensalãoe outras vantagens ilícitas, que aainda presidente lhes possa ofe-recer. Ajam como homens dig-nos, pois seus filhos amanhã co-lherão os frutos do que V. Exas.estão plantando hoje.PAUL [email protected]ão Paulo

Na mesma

Quanto mais o governo tentamostrar que mudou, maior é apercepção de que faz o mesmo.Para começar, notícias damanu-tenção das pedaladas em 2015.Manteve a atitude agressiva edesconstrutiva de atacar quemse opõe a seus propósitos, comocom o ministro Nardes (TCU).Para o povo prega aumento deimpostos, mas para congressis-tas é pródigo emconceder bene-fícios. O governo abusa da cane-

ta das nomeações, enquanto opovo amarga a perda de empre-gos. A mudança de Ministérioserviu mais a propósitos pró-prios do que a alardeada retóri-ca marqueteira nos quis fazercrer. A política do é dando quese recebe é hoje escancarada.Na falta de liderança, os ratos semostram sem pudor, numa fes-ta de dar inveja ao samba docrioulo doido.Numcenário des-ses, o povo tem mesmo de seunir em prol da mudança.SERGIO HOLL [email protected]

Dilma ou o Congresso

Absurda e inaceitável a afirma-ção de Jaques Wagner de queagora o Congresso precisa pesarse vale a pena cumprir a regraou a motivação que provocou aquebra da regra. O governoabandona a linha de argumenta-ção de inocência, o que por si sójá seria o suficiente para o im-

peachment.Masopior é essapo-se falsa de Robin Hood: quebra-mos toda e qualquer lei, pois épara o “bem comum”. Amesmaconversamole corrupta domen-salão e do petrolão! Vale cha-mar a atenção para o fato de quealgumas das práticas condena-das pelo TCU continuam a serpraticadas pelo Executivo. Ouseja, Dilma continua com o de-domédio em riste para as leis, aConstituição e o Congresso Na-cional. A continuar assim, quese feche o Congresso!OSCAR [email protected] de Parnaíba

A outra face

Fala-se muito em incompetên-cia e despreparodaDilmano go-verno. Vamos olhar e observar aoutra face da história. O Lulavem há tempo num processo dedestruir nosso sistemade gover-no, envolvendo deputados e se-nadores nas falcatruas, deixan-

do muitos com o rabo preso.Viu-se incentivo e financiamen-to a exércitos de sem-terra quehoje só sabem invadir terras; odesarmamentodapopulaçãoho-nesta; a cooperação dos sindica-tos com o PT... Visando o quê?Ora, Dilma e Lula mostrarammuita competência e delibera-ção no processo de desmanchedo nosso sistema político, afun-dandooPaís emprofunda reces-são. Tudo isso com que objeti-vo? Acordem, cidadãos, eles nãosão tão burros e incompetentes.Eles visam, com outros paísesda América Latina, um projetomaior de poder disfarçado depseudodemocracia, criando di-cotomias ideológicas queprocu-ram incutir na cabeça do povosofrido pela crise que criam.Seusobjetivos não seguemcrité-rios éticos ou honestos, lutamcom a parceria do diabo e de-pois vestemomanto dos injusti-çados, para os ingênuos. E aindarepetem ser alvo de golpes ab-surdos. Acorda, Brasil!ROBERTO HÖFLING

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O ESTADO DE S. PAULO SEGUNDA-FEIRA, 12 DE OUTUBRO DE 2015 Notas e Informações A3

Comexceção de Bra-sil e Venezuela, aAmérica Latinaman-teve uma boa ima-gem na reunião con-junta do Fundo Mo-netário Internacio-nal (FMI) e do Ban-

coMundial, realizada emLima, no Pe-ru. A última assembleia na região ha-via sido em 1967, no Rio de Janeiro.Enormes desequilíbrios marcaram amaior parte das economias latino-americanas, entre o fim dos anos 60e primeira metade dos 90. Nos pri-meiros anos do século 21, documen-tos do FMI começaram a chamar aatenção para os padrões de estabilida-de alcançados naqueles países. Se-riam duradouros?Em alguns deles, políticas de bai-

xa qualidade comprometeram osavanços conseguidos principalmen-te nos anos 90. Mas a nova imagemse mantém para a maioria dos países

ao sul dos Estados Unidos. Isso é es-pecialmente significativo num mo-mento de sérias dificuldades para osdependentes de exportações de ma-térias-primas. Todos crescem me-nos agora do que nos anos anterio-res. Em todos ou quase todos a pio-ra dos preços de produtos básicosafeta a receita de impostos. Além dis-so, a depreciação cambial se transmi-te aos preços internos e aumenta orisco de inflação.O teste é difícil, mas o FMI, o Ban-

co Mundial e os mercados apostamnesses países. Na maioria deles, ascontas públicas são sustentáveis. Al-guns têm folga para manter o gastopúblico e dar algum estímulo à econo-mia. A inflação, de modo geral, conti-nua na faixa de 3% a 5%. As taxas decrescimento econômico devem ficar,na maior parte dos casos, na faixa de2% a 3%, depois de vários anos acimade 4%.Mas ainda serão positivas, ape-sar dos choques e da desaceleração.

No entanto, a média projetada peloFMI para a América Latina e o Caribeé umnúmero negativo, -0,3%. A expli-cação estatística é simples. O peso deduas grandes economias puxa o con-junto para baixo. O Produto InternoBruto (PIB) do Brasil deve encolher3%, neste ano, segundo os técnicosdo FMI. O da Venezuela deve dimi-nuir muito mais, 10%. Para o Equa-dor também se estima um resultadoruim, um PIB 0,6% menor que o doano passado, mas o peso da econo-mia equatoriana é muito menor.O desempenho econômico do

Equador, nos últimos anos, foi seme-lhante ao das economiasmais próspe-ras da região e o país continua com in-flaçãomoderada e contas públicas ad-ministráveis. Os desafios, no entan-to, são muito severos, porque a eco-nomia enfrenta dois problemas soma-dos, a queda dos preços do petróleo ea valorização do dólar. Como o país édolarizado, o efeito do câmbio em

sua balança comercial é especialmen-te severo.Asmás condições do Brasil e da Ve-

nezuela têm explicações muito me-nos bonitas. O governo venezuelanodesperdiçou recursos e oportunida-des quando os preços do petróleoerammuitomais altos. Devastou tan-to a agropecuária quanto a indústria,desarranjou as contas públicas, criouinflação e realizou a façanha quase in-crível de tornar o dólar escasso numpaís com um grande setor petrolífe-ro. O PIB da Venezuela diminuiu 4%no ano passado, deve encolher 10%neste ano e recuar mais 6% em 2016,segundo o FMI. A inflação deve baterem 190% em 2015 e continuar subin-do no próximo ano. O déficit primá-rio de suas contas públicas deve che-gar neste ano a 21,3% do PIB.O governo brasileiro foi incapaz,

até agora, de cometer erros tão es-pantosos quanto os observados naVenezuela. Mas ninguém deveria me-

nosprezar as tolices acumuladas apartir de 2010, especialmente no pri-meiro mandato da presidente DilmaRousseff.Em relatório sobre a região, econo-

mistas do FMI apontaram a crise dosúltimos anos como proveniente, emgrande parte, de um erro de diagnósti-co perpetrado ainda na gestão do pre-sidente Luiz Inácio Lula da Silva. Asações de estímulo à demanda acumu-ladas a partir daí alimentaram uma in-flação sempre superior à meta oficiale comprometeram as contas públi-cas. As condições da oferta foram ob-viamente negligenciadas. Mas o casobrasileiro envolve também, e isso apa-rece no relatório, problemas de cor-rupção e uma severa deterioraçãodas condições políticas. A diretora-ge-rente do FMI, Christine Lagarde, elo-giou a política econômica do Para-guai e apontou o Brasil e a Argentinacomo fontes de problemas para a re-gião. Essa é a nova América Latina.

HÁ2.204DIAS

Av. Engenheiro Caetano Álvares, 55 -CEP 02598-900 São Paulo - SPTel.: (11) 3856-2122

Redação: 6º andarFax: (11) 3856-2940E-mail: [email protected]

O Estado reserva-se o direito de selecionare resumir as cartas. Correspondência semidentificação (nome, RG, endereço e telefo-ne) será desconsiderada.

Conselho de AdministraçãoPresidenteWalter Fontana Filho

MembrosFernando C. Mesquita,Fernão Lara Mesquita,Francisco Mesquita Neto,Getulio Luiz de Alencar eJúlio César Mesquita

Diretor Presidente: Francisco Mesquita NetoDiretor de Mercado Leitor e Operações: Christiano NygaardDiretor deMercado Anunciante: Flavio PestanaDiretor Financeiro: Jorge CasmeridesDiretor de Recursos Humanos: Fábio de BiazziDiretora Jurídica:Mariana Uemura SampaioDiretor de Tecnologia:Nelson Garzeri

PUBLICAÇÃODAS.A.OESTADODES.PAULO

OBrasilviroumauexemplo

R elatora de umaAção Direta deInconstituciona-lidade propostapela Advocacia-Geral da União

(AGU) com o objetivo de ques-tionar a autonomia orçamentá-ria e administrativa da Defen-soria Pública da União, a minis-tra Rosa Weber, do SupremoTribunal Federal, não acolheua pretensão do governo. O jul-gamento foi suspenso por umpedido de vista do ministroLuiz Edson Fachin.Encarregadas de dar assistên-

cia jurídica – judicial e extraju-dicial – gratuita a pessoas debaixa renda, que não dispõemde recursos para pagar um ad-vogado particular, as Defenso-rias Públicas foram criadas emtodos os Estados a partir de1988, por determinação daConstituição. Em muitas uni-dades da Federação, as Assem-bleias não só asseguraram auto-nomia orçamentária e adminis-trativa às Defensorias PúblicasEstaduais, como também lhesconcederam a prerrogativa deapresentar propostas orçamen-tárias ao Legislativo.A Defensoria Pública da

União, no entanto, foi criadatrês anos antes da promulga-ção da Constituição. Por ter si-do concebida como um órgãosubordinado ao Ministério daJustiça, vinculado ao PoderExecutivo, ficou sem autono-mia administrativa e financei-ra. Por pressão dos advogadospúblicos federais, em 2013 oCongresso aprovou EmendaConstitucional (EC 74) que

concedeu autonomia à Defen-soria Pública da União e asse-gurou-lhe a prerrogativa depropor alterações legislativasem seu nome.Preocupado com a justaposi-

ção de funções entre oMinisté-rio Público Federal e a Defen-soria Pública Federal e com acriação de mais um buraco ne-gro nas finanças públicas, jáque os defensores passaram apleitear osmesmos salários, re-galias e vantagens funcionaisdos procuradores da Repúbli-ca, o Palácio do Planalto recor-reu à mais alta corte do País. Aalegação foi de que a EC 74 ti-nha um vício de iniciativa, porter sido originada no Legislati-vo e não no Executivo. Segun-do a assessoria jurídica de Dil-ma, a proposição de leis quedisponham sobre regime jurídi-co de servidores da União é decompetência privativa da Presi-dência da República.Em sua defesa, os defenso-

res federais classificaram a ini-ciativa da Presidência da Repú-blica como “afronta ao acessodos necessitados à Justiça”.Acusaram o Planalto e a AGUde “forçar entendimentos ju-rídicos inexistentes na Consti-tuição”. Afirmaram que o re-curso impetrado no Supremocolide com as recomendaçõesde cortes internacionais e or-ganismosmultilaterais emma-téria de direitos humanos. Elembraram que, por questio-nar judicialmente a política definanciamento estudantil, oExame Nacional do EnsinoMédio (Enem) e questões liga-das à Previdência Social, não

podem permanecer como ór-gão de segundo escalão do Mi-nistério da Justiça.Independentemente das im-

plicações jurídicas dessa pen-dência, do ponto de vista insti-tucional os argumentos dos de-fensores públicos federais nãosão convincentes. Pormais dig-na e necessária que seja a pres-tação de assessoria jurídica aosmais necessitados, nada justifi-ca a pretensão de autonomiaadministrativa, funcional e fi-nanceira por parte da Defenso-ria Pública da União. Em hipó-tese nenhuma ela pode ser vis-ta como uma espécie de Minis-tério Público Federal dos desfa-vorecidos. Também não fazsentido o órgão concentrar aatenção sobre litígios coletivose de repercussão midiática, co-mo os relativos ao Enem e aoFies, que são de competênciado Ministério Público.Amissão dos defensores fede-

rais não é discutir políticas pú-blicas,mas atuar nos casos espe-cíficos dos cidadãos cujos inte-resses devemdefender. Compe-tência concorrente entre osdois órgãos é ineficiência do sis-tema, e não meio de eficácia.Não é por acaso que, a exemploda Presidência da República, vá-rios governadores também es-tão batendo nas portas do Su-premo para questionar a auto-nomia das Defensorias Públicasestaduais, alegando que elastêm exorbitado dessa prerroga-tiva, apresentando propostas or-çamentárias absurdas e se emu-lando com as Procuradorias-Ge-rais de Justiça, como se fossempoderes independentes.

Onovo corte deinvestimentosanunciado pelaPetrobrás mos-tra que, fragili-zada financeira-

mente pelo escândalo de cor-rupção em que foi envolvida epelo mirabolante e eleitoreiroprograma de exploração dopré-sal que o governo do PTlhe impôs, a empresa tornou-se mais vulnerável às oscila-ções do câmbio e da cotação dopetróleo. A decisão deixa claroque nem mesmo o severo ajus-te previsto no Plano de Gestãoe Negócios para o período2015-2019, anunciado no fimde junho, com previsão de cor-te de 37% nos investimentosem relação ao total previsto noplano anterior, está sendo sufi-ciente para colocar suas finan-ças em ordem.Sobre os valores já reduzidos

no plano, a empresa anuncioucorte de 11% nos investimentosprogramados para este ano ede 30% nas aplicações previs-tas para 2016, quando, pela pri-meira vez desde 2008, ficarãoabaixo de US$ 20 bilhões. É co-mo se, do ponto de vista finan-ceiro, a empresa tivesse recua-do pelo menos oito anos. Quan-to à sua imagem e à sua confia-bilidade perante os investido-res e o público, a perda provo-cada pela administração petis-ta é muito mais grave.Há, reconheça-se, algo de po-

sitivo na decisão. Com o corte,a diretoria da empresa presidi-da por Aldemir Bendine procu-rou mostrar mais uma vez aomercado que tem autonomia

para tomar decisões em áreascruciais para suas operações epara seus resultados. Já haviafeito isso na semana passada,ao anunciar o aumento de 6%da gasolina e de 4% do dieselna refinaria. Embora conside-rado insuficiente para recom-por os principais indicadoresfinanceiros da empresa, o au-mento foi interpretado comoo sinal de que a estatal nãomais continuará sendo utiliza-da pelo governo para conter ainflação por meio do represa-mento do preço dos combustí-veis, prática que lhe causou pe-sados prejuízos.A redução do programa de in-

vestimentos, que já era bemmais modesto do que o do anoanterior, de sua parte, mostraque a gestão da Petrobrás nãoestá mais a serviço da políticaeconômica do governo. Parareanimar a economia, o gover-no Dilma Rousseff tem feito to-dos os esforços – sem resulta-dos notáveis – para convencero setor privado a investir. Nopassado recente, o governo for-çou a Petrobrás a investir mes-mo à custa do aumento da dívi-da. Agora, ao anunciar a redu-ção de gastos, a Petrobrás mos-tra que não será mais utilizadapara aumentar os investimen-tos no País a qualquer custo.O que sua administração pre-

tende é alcançar os objetivosfundamentais que havia resu-mido no Plano de Negócios eGestão, ou seja, “a desalavanca-gem da companhia e a geraçãode valor para os acionistas”.Em outras palavras, o que sebusca é reduzir o nível de endi-

vidamento da empresa e au-mentar os lucros. Esses objeti-vos foram reafirmados na notaem que a Petrobrás anunciouos novos cortes de despesas.Além dos investimentos, serãoreduzidos também os custosadministrativos e as despesasoperacionais, o que deverá re-sultar em economia de US$ 18bilhões nos dois anos.A estatal não alterou suasme-

tas de produção média diáriapara 2015 (2,125 milhões de bar-ris) e 2016 (2,185 milhões debarris) nem sua projeção de ar-recadação com o plano de ven-da de ativos no biênio. Ela espe-ra obter US$ 15,1 bilhões nosdois anos, mas reduziu paraUS$ 700 milhões sua previsãode receita neste ano.A atual direção da empresa

demonstra disposição de bus-car a disciplina financeira, pormeio da redução da dívida –ainda que à custa de corte deprogramas nas áreas de explo-ração, produção, refino e distri-buição e da venda de ativos –, ea geração de ganhos para seusacionistas. Só com a apresenta-ção de resultados concretos econtínuos nas áreas financeirae operacional a empresa conse-guirá, aos poucos, reconstruirsua imagem e sua respeitabili-dade, fortemente corroídas pe-lo esquema lulopetista que de-la se apossou e dela extraiu re-cursos bilionários para distri-buir a partidos e políticos go-vernistas. Essa reconstrução éindispensável também para evi-tar que a empresa seja nova-mente rebaixada pelas agên-cias de classificação de risco.

OduroajustedaPetrobrásAautonomiadasDefensorias

POR DECISÃOJUDICIAL, O ESTADOESTÁ SOB CENSURA.ENTENDA O CASO:WWW.ESTADAO.COM.BR/CENSURA

[email protected]ão Paulo

Notas & Informações

Excelente síntese da ascensão e,espero, queda do lulopetismo(Soberba, autoritarismo e incom-petência, 10/10). Obrigado,Esta-dão, por tentar instilar um pou-code lucidezneste desertomen-tal que se tornou o nosso país.PAULO [email protected]ão Paulo

Gigante adormecido

Lendo o suplemento EmpresasMais, 48 páginas, do Estadão(9/10) e vendo opotencial delas,posso dizer que o gigante Brasilnão está dormindo emberço es-plêndido, mas anestesiado. E oscomponentes desse anestésicosãoa incompetência e adesones-tidade.Quando cessar essa anes-tesia o paciente continuará na

UTI por muito tempo ainda,porque o efeito dessas drogastemsido devastador em seus ór-gãos vitais.LUIZ CARLOS [email protected] (PR)

Câmbio e exportações

Ouvi e limuitos analistas econô-micos dizerem acreditar que adesvalorização do real traria umimpulso às nossas exportações.Pois é, traria... Mas não trouxe.Pelo simples fato de que nossaindústria está sucateada há anose, como as commodities estãoem baixa, estamos assistindo amais um fracasso em nossa eco-nomia. Lamentável que os ana-listas econômicos não tenhampercebido que nossa indústriaestá atrasada e que as commodi-ties perderamvalor. A quemqui-seram enganar?FRANCISCO DA COSTA [email protected]ão Paulo

estadão.com.br

8.113

l “A pessoa não precisa necessariamente parar os outros trata-mentos, ela pode associar mais esse.”NATALIA LORYN

l “Que bom, as pessoas precisam muito dessa medicação.”CLARA MARCIA

l “Depois ocorre um efeito colateral tardio e todos os que defen-dem uma droga que não passou pela fase de teste ficarão indig-nados e querendo seus ‘direitos’.”GUSTAVO PANDOLFO

“Yo no creo en brujas,pero que las hay, las hay”

ROBERTO TWIASCHOR / SÃOPAULO, SOBRE CONTASBANCÁRIAS SECRETAS DOPRESIDENTE DA CÂMARA,DEPUTADO EDUARDO [email protected]

“O primeiro impeachmentpós-Collor será deDilma Rousseff ou deEduardo Cunha?Façam suas apostas”

J. S. DECOL / SÃO PAULO, [email protected]

Justiça libera remédiocontraocâncerTJ-SPhavia proibido a substânciaproduzidapelaUSP, oque fezpaciente recorrer aoSupremo

Central de atendimento ao assinanteCapital e Regiões Metropolitanas: 4003-5323Demais localidades: 0800-014-77-20www.assinante.estadao.com.br/faleconoscoCentral de atendimento ao leitor:Fale com a redação: [email protected] por telefone: 3855-2001Vendas de assinaturas: Capital: 3950-9000Demais localidades: 0800-014-9000Vendas Corporativas: 3856-2917Central de atendimento às agências depublicidade: 3856-2531 – [email protected]ços venda avulsa: SP: R$ 4,00 (segun-da a sábado) e R$ 6,00 (domingo). RJ, MG,PR, SC e DF: R$ 4,50 (segunda a sábado) eR$ 7,00 (domingo). ES, RS, GO, MT e MS: R$6,50 (segunda a sábado) e R$ 8,50 (domingo).BA, SE, PE, TO e AL: R$ 7,50 (segunda asábado) e R$ 9,50 (domingo). AM, RR, CE,MA, PI, RN, PA, PB, AC e RO: R$ 8,00 (se-gunda a sábado) e R$ 10,00 (domingo)Preços assinaturas: De segunda a domingo– SP e Grande São Paulo – R$ 86,90/mês.Demais localidades e condições sob consulta.

Carga tributária federal: 3,65%.

OpiniãoEditor Responsável: Antonio Carlos Pereira Diretor de Conteúdo: Ricardo Gandour

Editora-Chefe Responsável:Maria Aparecida DamascoDiretor de Desenvolvimento Editorial: Roberto Gazzi A versão na Internet de

O Estado de S. Paulo

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A4 SEGUNDA-FEIRA, 12 DE OUTUBRO DE 2015 O ESTADO DE S. PAULO

Pedro Venceslau

Oslíderesdospartidosdeoposi-ção ao governo na Câmara dosDeputadostentarãoestasemanaconvencer o presidente daCasa,Eduardo Cunha (PMDB-RJ), amanter o cronograma acertadopreviamente com o grupo paracolocar o impeachment empau-taentreamanhãequarta-feira.Embora ainda acreditem que

ele pode acatar a petição feitapelosjuristasHelioBicudoeMi-guel Reale Jr, considerada a pe-

çamais consistente, a oposiçãojá tem pronto um recurso paraserapresentadoseCunha inde-ferir o pedido.Regimentalmente, o presi-

dente daCasa é obrigado a sub-meterorecursoaplenário.Paraque ele seja aprovado bastamaioria simples.Oblocooposicionista,queda-

vasuportepolíticoaCunha,de-fendeuanteontemoafastamen-todeledaPresidênciadaCâma-radosDeputados,apartirdare-velação de detalhes sobre con-tas que ele supostamente abriue operou na Suíça.OsparlamentaresdirãoaCu-

nha que a divulgação de docu-mentos enviados peloMinisté-rio Público da Suíça ao Brasilque comprovam que um negó-ciodeUS$34,5milhõesfechado

pela Petrobrás em 2011, no Be-nin, na África, serviu para irri-gar as quatro contas nopaís eu-ropeuque têmelecomobenefi-ciário tornou insuportável apressão por um gesto públicode distanciamento.Os tucanos irão argumentar

que,umavez licenciado,Cunhapassariaaser“umdeputadoco-mo outro qualquer”. Ou seja:passaria a estar em situaçãoidêntica aos demais deputadosque são alvo de inquéritos poli-

ciasnoSTFe,mesmoqueaCor-teaceiteadenúncia,opeemede-bistaestarianamesmasituaçãoque outros parlamentares.Em outra frente, os deputa-

dos de oposição já começam adiscutir reservadamente op-ções de nomes para substituirCunha na Presidência daCâmara. O perfil ideal é o de

um peemedebista afinado coma oposição,mas que tenha bomtrânsito entreo alto ebaixo cle-ro.O nomemais lembrado é dodeputado pernambucano Jar-bas Vasconcelos.Apesardapredileçãodaoposi-

çãoporJarbas,LeonardoPiccia-ni éonomemais cotadonoPla-nalto para substituir Cunha.“Quanto mais tempo demorar(para Cunha deixar a Presidên-cia),piorserá.Quantomaisrápi-dovier a solução,melhorpara oPaís. Se tivesse na presidênciada Câmara um deputado semnenhum problema maior seriamais fácil. A situação de Cunhaé um elemento de turbulêncianoandamentodopedidode im-peachment”, diz o ex-governa-dorAlbertoGoldman,vice-pre-sidente nacional do PSDB.

Daiene CardosoDaniel CarvalhoErich Decat / BRASÍLIA

OdeputadoEduardoCunhavol-tou a afirmar ontem que não re-nunciaráaomandatonemseafas-tarádocargodepresidentedaCâ-mara. O peemedebista passou ofimde semananoRio lendo setepedidosde impeachmentcontraDilmaRousseff.Orequerimentoapresentado pelos juristasHélioBicudoeMiguelReale Júnior se-ráanalisadoporelehoje,quepro-meteumadecisãoparabreve.“Aindanãoindeferinadapor-

que estou rascunhando. Só ter-

ça-feira”, disse Cunha ao Esta-do ontem.Um dia após a divulgação da

nota pedindo o afastamento dopresidentedaCâmara,oposicio-nistas afirmam que não farãopressãoefetivapelasaídadode-putado e já põem em xeque ofuturo processo por quebra dedecoro parlamentar no Conse-lho de Ética daCasa.De posse de documento em

queaProcuradoria-GeraldaRe-pública confirma que Cunha efamiliares têm contas na Suíça,

o PSOL pretende protocolarnesta terça-feira, 13, pedido deabertura de processo por que-bra de decoro. O Conselho deÉtica é a primeira instância quepodelevaràcassaçãododeputa-do.Semomandato,Cunhaper-deaprerrogativadeforoprivile-giado e torna-se réu comum.Parlamentares próximos a Cu-nhaavaliamqueoprocessonãodeve prosperar porque aindanãofoiapresentadaprovadocu-mentalcomoosextratosbancá-rios contra o peemedebista, ar-gumento no qual deputadostêm se apoiado para não defen-der enfaticamente a renúnciado presidente da Câmara.Paragovernoeoposição,ade-

cisão de PSDB, DEM, PPS, PSBeSolidariedadededivulgarano-ta após a revelação de que Cu-nha e parentes têm contas naSuíçaqueforamusadasparapa-gar aulas de tênis e cursos no

exteriornãopassadejogodece-napara responder às cobrançasdaopinião pública e de suas ba-seseleitorais.Osdeputadosen-tenderamquepedir o impeach-mentdapresidenteDilmaRous-seff e não se manifestar diantedas acusações contra Cunhasoava contraditório.Asaídafoiapresentarumano-

ta curta durante o feriado pro-

longado, sem pedir a renúncia,mas o afastamento para que elepossa se defender das acusa-ções. Na prática, eles sabemnão podem obrigá-lo a deixar ocargo nem aumentar a pressãosobre ele por dependerem deCunha para o seguimento doprocesso de impeachment.A decisão de divulgar a nota

nãofoi consensonaoposição.A

crítica interna, ao menos noDEMenoPSDB,édequeamani-festação não terá efeito práticojá que os deputados continua-rão próximos aCunha.Apesar dos desdobramentos

dasdenúnciasdeixaremasitua-ção política de Cunha cada vezmais complicada, o deputadoainda conta com o respaldo dacúpula do PMDB. Liderançasdo partido trocaram telefone-mas durante este feriado paraavaliar o quadro e concluíramque não haverá manifestaçãopública no sentido de questio-nar o parlamentar.AfastadodeCunha,o líderdo

PMDB,LeonardoPicciani (RJ),sófaloucomopresidentedaCâ-maranestedomingopormensa-gemdecelular.Disseterpresta-do “solidariedade” a Cunha,queele temdireitoa“amplade-fesa”eque,comolíderdabanca-da, defenderia esse princípio.Cunharespondeu,segundoPic-ciani,queestásegurodesuapo-sição, que vai se defender e quenão deixará o cargo. Ele dissequeopartido não fará qualquermovimentação para convencerCunha a deixar a presidência.

Riscode impeachment cresceegovernomontaequipeparadefenderpresidente

Política Servidores daAGUse voltam contraAdams. Pág. A6

Deputado volta a negar renúnciae promete analisar os pedidos

Isadora PeronVera Rosa / BRASÍLIA

Após ver crescer o risco deum processo de impeach-ment, a presidente DilmaRousseff montou uma estra-tégia de defesa mais robusta,com um time de advogados ejuristas, e escalou ministrosdepartidosaliados,doPMDBao PC do B, para monitorarsuas bancadas noCongresso.Ogoverno vai recorrer aoSu-premoTribunalFederalseal-gumrequerimentopedindooafastamento da presidentefor aceito pelaCâmara.Em nova reunião realizada

ontem com ministros, apósuma viagem relâmpago paraPortoAlegre,Dilmafoiinforma-dadequeopresidentedaCâma-ra, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), comandará amanhã uma“manobra” pró-impeachment.A avaliação do Palácio do Pla-

naltoédeque,acuadoapósade-núncia doMinistérioPúblico daSuíça mostrando contas secre-tas atribuídas a ele eabastecidascomdinheirodesviadodaPetro-brás,Cunhavai pôr empráticaojogocombinadocomaoposição.Nareuniãodeontem,noAlvo-

rada,osministrosJoséEduardoCardozo(Justiça),RicardoBer-zoini (Secretaria de Governo),AldoRebelo (Defesa) e o asses-sor especial Giles Azevedo tra-çaramcenáriosparaapresiden-te. O governo considera que abasealiada temcercade 180de-putados fiéis. É uma margemmuito apertada. Para instauraroprocessonaCâmarasãoneces-sários 342 dos 513 votos.Berzoini pediu aos ministros

HenriqueEduardoAlves(Turis-mo) e Eliseu Padilha (AviaçãoCivil) que conversem com Cu-nha e com a bancada do PMDBna Câmara. No diagnóstico doPlanalto, o maior apoio de Dil-ma para barrar o impeachmentestánoSenado.OpresidentedaCasa,RenanCalheiros (PMDB-AL), é aliado do governo.Ministros disseram a Dilma,

ontem,queCunhapodeaceitar

opedidodosjuristasHélioBicu-do e Miguel Reale Júnior, pro-pondoasuadeposição,erenun-ciar em seguida ao comando daCâmara.Seriauma“troca”parasalvar o seu mandato e não sercassado.Odeputadoprecisadoforo privilegiado para não serpreso, caso seja condenado.Na conversa do Alvorada, a

percepção foi a de que a notadivulgada pelo PSDB, DEM,PPS,PSBeSolidariedade,pedin-do o afastamento de Cunha docomando da Câmara, não pas-sou de um jogo de cena. “Fize-ram isso para dar satisfação àsbases, mas precisam dele paradeflagrar o impeachment”, dis-se aoEstadoumauxiliar diretodeDilma. “É tudo combinado.”Uma ala do governo, porém,

acredita que Cunha rejeitará orequerimento de Bicudo, masdeixará o caminho aberto paraque um deputado da oposiçãoapresente recurso ao plenáriodaCâmara.Nessecaso,orecur-so poderia ser aprovado pormaioria simples, composta por50%mais umdos deputados.O advogado Flávio Caetano,

coordenadorjurídicodacampa-nhadeDilmaà reeleição, foi es-calado para coordenar a defesada presidente na possível açãode impeachment. O governopretende contestar a questãodo quórum para a abertura doprocessopelaCâmara, umavezque a Constituição exige doisterços dos parlamentares.

Frente. O Planalto articulauma frente com renomados ju-ristas para apontar as ilegalida-des de eventual ação para afas-tar Dilma. Nomes de peso, co-mo Celso Antonio Bandeira deMello,daPontifíciaUniversida-deCatólicadeSãoPaulo (PUC-SP), e Dalmo Dallari, professoreméritodaUniversidadedeSãoPaulo (USP), farão parte daequipe.Oex-ministrodoSupre-moTribunalFederalCarlosAy-res Britto também foi sondadopara se juntar ao grupo.Os juristas prepararam pare-

ceresparadarsustentaçãoàde-fesadeDilma.Documentoassi-nado por Bandeira de Mello eFabio Konder Comparato dizque a reprovação das contas dogoverno pelo Tribunal de Con-tasdaUniãonãorepresentacri-mederesponsabilidadeeéinsu-ficiente para embasar a abertu-ra de um processo de impeach-ment noCongresso.

Insatisfação

l Rascunho

l Turbulência

Em outra frente, líderesjá começam a articularnome que não seja aliadode Dilma para comandara Câmara dos Deputados

Cunha ainda conta como apoio de seu partido,o PMDB, que não farámanifestação públicade reprovação a ele

l AuditoriaDiante da suspeita de que o go-verno continuou praticando aschamadas pedaladas fiscais em2015, o Tribunal de Contas daUnião (TCU) deverá abrir novaauditoria para analisar o balanço.

Crise. Em reunião ontem no Palácio da Alvorada, ministros informaram Dilma sobre estratégia da oposição, com apoio de EduardoCunha, de levar adiante processo contra ela no Congresso; advogado Flávio Caetano foi escalado para coordenar defesa do mandato

“Ainda não indeferinada (sobre os pedidosde impeachment) porqueestou rascunhando.Só terça-feira”Eduardo CunhaPRESIDENTE DA CÂMARA

“Quanto mais tempodemorar (para Cunhadeixar a Presidência), piorserá. Quanto mais rápidovier a solução, melhor parao País. Se tivesse napresidência da Câmara umdeputado sem nenhumproblemamaior seria maisfácil. A situação de Cunha éum elemento de turbulênciano andamento do pedidode impeachment”Alberto GoldmanVICE-PRESIDENTE NACIONAL DO PSDB

Oposição pressionaCunha a iniciar otrâmite esta semana

Juntos. Eduardo Cunha tem respaldo da cúpula do partido

UESLEI MARCELINO / REUTERS-17/9/2015

Estratégia. Planalto pretende recorrer ao STF caso algum requerimento pelo afastamento de Dilma Rousseff seja aceito

CLAYTON DE SOUZA/ESTADÃO - 21/8/2015

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O ESTADO DE S. PAULO SEGUNDA-FEIRA, 12 DE OUTUBRO DE 2015 Política A5

Jamil ChadeCORRESPONDENTE / GENEBRA

Nos escritórios de LausannedoMinistério Público da Suí-ça, um tema é recorrente: oBrasil. Se os suíços já revela-ram importantes informa-çõessobreex-diretoresdaPe-trobrás,Odebrecht,operado-res, doleiros e, mais recente-mente,opresidentedaCâma-ra, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), investigadorespróximosdo caso afirmaramaoEstadoqueexistemmaisdecemcon-tas congeladas e que aindanão tiveram seus nomes pu-blicados.Ovolumededinhei-romovimentadopoderiache-gar a R$ 1 bilhão.Para pessoas próximas à in-

vestigação, o processo e enviodedadosaoBrasil vai continuarem2016.Nomêsquevem,opro-curador-geraldaRepública,Ro-drigo Janot, deve fazerumavia-gemparaBerna,noqueacarreta-ria em novos anúncios sobre osresultadosda cooperação entreos doisMinistérios Públicos.Os suíços iniciarama investi-

gação sobre os ex-diretores daPetrobrás ainda no final de2013. Uma intensa colaboraçãofoiiniciadacomoBrasilecente-nas de páginas de extratos ban-cários e informações começa-

ram a ser enviadas ao País. Emnovembro de 2014, os procura-doresOrlandoMartello,DeltanDallagnoleEduardoPelellaesti-veramnaSuíça àprocuradedo-cumentosparaas investigaçõesdaOperaçãoLavaJato.Parapes-soas próximas ao caso, foi a ca-pacidade de confiscar as movi-mentações demilhões de dóla-res nas principais praças finan-ceiras suíças quepermitiu aLa-va Jato caminhar.Do lado do Brasil, a delação

premiada de diferentes atorestambém alimentou a busca naSuíça. A cada nova revelação,os investigadores brasileirosacionavam os suíços que, en-tão, ampliavamas buscas. Fon-tesdoMPdopaís europeucon-firmaramaoEstadoqueainves-tigação ganhou tal dimensãoqueo “dossiê Petrobrás” foi di-vidido emmais de uma dezenade subcasos.

Apuração. Para os suíços, aconstatação é de que a onda de

revelações não vai se secar porenquanto. Se muitos dos no-mes dos envolvidos já são co-nhecidos,os investigadoresga-rantem que mais de cem con-tas já bloqueadas ainda não ti-veram seus detalhes reveladose que a apuração ainda conti-nua para traçar a origem do di-nheiro e seu destino final. Se-gundo as investigações, diver-sosoperadorescriaramumare-decomplexadeempresasdefa-chada,fundosabertosemparaí-sos fiscais e camuflaram seusnomes para dificultar a buscade informações.Aindaassim,umaparte subs-

tancial desse volume inicial dedinheiro congelado já come-çou a ser devolvido ao País –valores em contas de suspeitosque concordaram em fecharacordos de delação premiada.Até o momento, cerca de R$390milhões foram repatriadosaoBrasil, incluindocerca deR$189 milhões pertencentes aoex-gerente da Petrobrás PedroBaruscoeoutrosR$89milhõesdePauloRobertoCosta (ex-di-retordeAbastecimento).Noto-tal, porém, os suíços confisca-ram cerca de US$ 400 milhões(R$ 1,5 bilhão, ainda que nemtodo o dinheiro tenha o direitode retornar ao Brasil, mesmocom as condenações).

BRASÍLIA

Preso desde o ano passado emCuritiba (PR), Fernando Soa-res, também conhecido comoFernando Baiano e acusado deser um dos operadores do es-quemadedesviosnaPetrobrás,afirmou ao Ministério PúblicoFederalterfeitopagamentosaoempresário Fábio Luís Lula da

Silva, filho do ex-presidenteLuiz Inácio Lula da Silva.Segundo o jornal O Globo,

Fernando Baiano relatou, emacordodedelaçãopremiadaho-mologadopeloSupremoTribu-nal Federal, o pagamento deaproximadamente R$ 2 mi-lhões a Fábio Luís, filho maisvelho de Lula.O repasse de recursos teria

sido destinado ao pagamentode despesas pessoais de Luli-nha, como o empresário é co-nhecido. Umprofissional comacesso aos autos da OperaçãoLava Jato confirmouontemaoEstado a citação ao filho doex-presidente,porémnãosou-

be precisar os valores.

Defesa. O advogado CristianoZanin Martins, que representao filho do ex-presidente Lula,negouasafirmaçõesdeFernan-doBaiano. “Osr.FábioLuísLu-la da Silva jamais recebeu qual-quervalordodelatormenciona-do”, afirmou. O Instituto Lula,mantido pelo ex-presidente,não comentou.As afirmações de Fernando

Baianoincluemtambémcampa-nhas presidenciais do PT em2006, quando Lula disputou areeleição,eem2010, anodapri-meira candidatura de DilmaRousseff ao Planalto.

Ainda de acordo com O Glo-bo, namesma delação, Fernan-doBaianoteriaadmitidoconta-to com Eduardo Cunha(PMDB-RJ), porém, sem fazerqualquer revelação mais com-prometedora a respeito do pre-sidente da Câmara. FernandoBaiano é apontado como lobis-tadoPMDBnoesquemadedes-viosdaPetrobrásealvodeinves-tigação da Polícia Federal noâmbito daOperação Lava Jato.FernandoBaianofoipresoem

novembrode2014,naOperaçãoJuízo Final, etapa da Lava Jatoque alcançou o braço empresa-rialdoesquemadecorrupçãonaPetrobrás. Em uma primeiraação,elefoicondenadoaumape-nade16anoseummêsdeprisão.Eleaindarespondeaoutrospro-cessosno âmbito daLava Jato.

Documentos obtidos peloEsta-do confirmam iniciativas paratentar impedir a transmissão dedados relacionados à OperaçãoLava Jato ao Brasil. No dia 15 dejulho, os juízes federais suíçosStephanBlättler,PatrickRobert-NicoudeNathalieZuffereyFran-ciolli, doTribunalFederalSuíço,derrubaram uma ação de pelomenostrêspessoasdereverterocongelamentode suas contas.

Os nomes não foram revela-dos.Os juízes federais suíços fa-zem referências à Petrobrás e àLavaJato.Elesutilizama letraDparasereferiraonomedaempre-sa brasileira sob investigação.“Váriaspessoasdentrodaem-

presa ‘D’,desuas filiaisassimco-mopartidospolíticoseempresascom relação com a ‘D’ são alvosdeuma investigação”, garantiuojulgamento.“Entreaspessoases-tá ‘E’ e seus dois filhos. ‘F’ e ‘A’tambémsãoalvosdaenquetebra-sileira”, confirmaodocumento.Uma vezmais, as letras se re-

ferem a indivíduos sob suspei-ta, mas não representam suasiniciais. Eles tentaram impediro congelamento de seus ativos

na Suíça, sem sucesso.Também em julho, os juízes

federais suíços derrubarammais um recurso de duas pes-soas que acionaram a Justiçacontra o bloqueio de seus bens,relacionados com a Lava Jato.A investigação havia sido

aberta em 4 de setembro de2014 por lavagem de dinheiro.“No mesmo dia, foi solicitadoao banco D. SA de Genebra aproduçãodatotalidadedadocu-mentação bancária relativa acontan.º 1abertanonomedeA.Corp, tendo B. como detentorade direitos econômicos”, indi-couodocumento.As letrasD,Ae B se referem a pessoas e em-presas cujos nomes ainda nãopodem ser revelados. Mas nãose referem a suas iniciais.No dia 2 de março de 2015,

tantoaA.CorpcomoB.“forma-ram um recurso”, que acabariasendo derrubado. / J.C.

NAWEB

Delator daLava Jato diz ter repassado valores aLulinha

Juízes suíços impediramtentativa de barrar envios

JUCA VARELLA/ESTADÃO - 16/2/2008

Suíça promete enviardados denovas contasSegundo investigadores do país europeu, mais de cem contas bloqueadasrelacionadas à Operação Lava Jato ainda não tiveram detalhes revelados

Tribunal Federal Suíçoderrubou ação de pelomenos três pessoas dereverter o congelamentode suas contas bancárias

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Acusado de ser um dosoperadores do esquemade desvios na Petrobrás,Fernando Baiano fez aafirmação em delação

DEBORAH BERLINCK/ O GLOBO - 28/11/2014

Lava Jato. Vejao especial sobrea operação

estadao.com.br/e/especiallavajato6

Documentos.Delegação de procuradores brasileiros foi à Suíça em novembro de 2014

Alvo.Defesa de Fábio Luís Lula da Silva nega recebimento

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A6 Política SEGUNDA-FEIRA, 12 DE OUTUBRO DE 2015 O ESTADO DE S. PAULO

Rachel GamarskiAdriana Fernandes / BRASÍLIA

Oministro-chefe da Advoca-cia-Geral da União (AGU),Luís Inácio Adams, enfrentauma rebelião interna que co-meçaaatrapalharofunciona-mento do Executivo no mo-mentoemqueascrisespolíti-ca e econômica chegam aoseuauge.Ele tambéméapon-tado como umdos principaisresponsáveis pela fracassadaestratégia governista de ten-tar barrar o julgamento dascontas de 2014 da presidenteDilma Rousseff no TribunaldeContas daUnião (TCU).Emcampanhaparaequiparar

os salários da AGUaos dos fun-cionáriosdoJudiciário,procura-dores e advogados do órgão de-flagraramuma“operação tarta-ruga”veladaquetematrasadoaentrega de pareceres necessá-rios à tomada de decisões dodetodas as esferas da administra-çãofederal.Issoporqueasasses-sorias jurídicas dos ministériosprecisam apresentar pareceressobre medidas e decisões paraembasar as ações do Planalto.O clima de rebelião na AGU

vem ganhando uma proporçãode“crise jurídica”naEsplanadadosMinistérios.Apreocupaçãodos ministros está na paralisa-çãoda análise jurídica deproje-tos do governo. Por outro lado,há quem diga que os funcioná-rios do órgão estão agindo deforma imprópria para que osservidores tenham aumento.Servidores também recla-

mamqueaatuaçãodeAdamsnaAGUtemporobjetivomaisauxi-liaragestãoDilmadoqueoEsta-dobrasileiro.Nodiaseguinteaojulgamentodas contasnoTCU,a União dos Advogados Públi-coseFederaisdoBrasil (Unafe)divulgouumaduranotanaqual

diz que Adams, “com sua visãodistorcidadaConstituição, ten-ta transformar a AGU em umaparelhado órgão de governo”.Comoexemplos, alémda ten-

tativadeimpedirqueoTCUana-lisasseascontaspresidenciaisde2014, a nota cita o empenho doministro em viabilizar acordosdeleniênciacomasempreiteirasenvolvidasnaOperaçãoLavaJa-to e a defesa que fez para que aCortenãobloqueasseosbensdaex-presidentedaPetrobrás,Gra-çaFoster,emprocessoqueinves-tiga denúncias de irregularida-desnacompradaRefinariadePa-sadena,nosEUA, pela estatal.A operação tartaruga não é a

únicamaneiracomoosservido-res têmdemonstrado sua rejei-ção a Adams. Segundo a Unafe,foramregistradas2.531declara-çõesdeentregadecargos–assi-nadas por advogados públicosfederais que não possuem car-gos de confiança comissiona-dos – comprometendo-se anãoassumir essas funções e recu-sandoviagens.Entreeles, estão

cinco Procuradores RegionaisFederais e os cinco Procurado-res Regionais daUnião.

Saída. No Planalto, a avaliaçãoé de que a decisão doTCUdeveapressar a saída de Adams daAGU, ainda que se saiba que aestratégia de defesa das contastenha sido articulada tambémpor outros ministros, como Jo-sé Eduardo Cardozo (Justiça),AloizioMercadante(Educação)eNelsonBarbosa (Planejamen-to) e avalizada pela presidente.O próprio Adams, porém, já

disseaamigosquepretendeen-tregarocargo embreve.Omaiscotado para substituí-lo, atual-mente, é Beto Vasconcelos, se-cretário Nacional de Justiça. Aideia do governo é aproveitar ainsatisfação do ministro paradar uma nova cara à AGU.Os sinais de divergência en-

tre o Planalto e Adams já têmsido emitidos publicamente. OnovoministrodaCasaCivil, Ja-ques Wagner, deixou claro ementrevista coletiva na quinta-feira que, agora, a estratégia dogoverno para salvar o mandatode Dilma era política e concen-trada noCongresso, e não a ex-postaporAdamsnasúltimasse-manas: uma disputa judicial noSupremoTribunal Federal.Adams não quis comentar

suasituaçãopolítica.Emnota,aAGUinformouqueosintegran-tes da instituição estão cum-prindo suas atribuições em ob-servação aos prazos legais. Dizainda que os pedidos de exone-ração feitospelos advogadosdaUniãoedosprocuradores fede-rais sãodirecionadosàs respec-tivaschefiaseestãosendoauto-rizadosdeacordocomointeres-seeconveniênciadaadministra-ção pública. O órgão ressaltou,ainda, que a iniciativa de deixaros cargos cabe a cadamembro.

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R eforma ministerial para es-tocar vento, verbas paraemendas parlamentares

quedrenamoorçamentodaUnião,carnavaldecargosdesegundoeter-ceiro escalão para aliados de oca-sião. Mais, contagem diária de vo-tos contra e a favor do impeach-ment. Cereja do bolo: GilmarMen-des no centro da confusão. Fami-liar? É porque a história faz plágiode si própria. Aquelas foram as se-manas derradeiras de FernandoCollor na Presidência em 1992.Vinte e três anos depois, o roteiro

seguido até agora tanto pelo governoquanto pela oposição émuito pareci-do. Já teve troca e destroca deminis-

tros,farradeemendase,agora,decargos.Mas não fica só nisso. Ontem como

hoje, quem queria despejar o inquilinodoPlanalto pressionouopresidentedaCâmara – que, claro, era do PMDB – adefinir um rito sumário para a aprecia-çãodoimpeachment.Conseguiu.Ogo-vernorecorreuaoSupremoTribunalFe-deralparaganhartempoetentaradiaradefinição para o ano seguinte, quandoimaginava termelhores chances.Passo a passo, a história vai se auto-

plagiando.Sónãodáparagarantirqueodesfecho será igual.Garantidamesmo,apenas a inversão de papéis de algunspersonagens-chave.Dois exemplos.Atualministro do Supremo e patro-

no da investigação das contas de cam-

panhadeDilmaRousseff,GilmarMen-des eraoprincipal assessor jurídicodeCollor. Coordenador da defesa presi-dencial,convidouoadvogadoJoséGui-lherme Villela – que havia defendidodoisex-presidentes,SarneyeJK–para

representar um terceiro junto ao STF.No julgamento do último recurso an-tes da votação do impeachment, Gil-marmanteve Collor informado de ca-davoto, ligandodotribunalparaopre-sidente. Não havia TV Justiça.

JaquesWagnereraumirônicodepu-tado do PT baiano em 1992. SaudouassimoentãoministrocolloridoRicar-doFiúza, que, comoopróprioWagnerhoje, acabara de assumir a coordena-çãopolítica deumgoverno acuado: “Aescolha é perfeita. Ele recebeu US$100mildaFebraban, jetskidaOAS,fezemendas fantasmas ao orçamento,acertou as dívidas de sua usina com oBanco do Brasil, e tentou comprar vo-tos de deputados. Tinha que ser ele”.Fiúzamorreu em 2005. Viumensalão,mas nem sonhou competrolão.Alémdepersonagens repetidos, a di-

nâmica que leva ao impeachment ou àpermanência dopresidente da vez ace-lerademodoparecido.A repórterVeraRosa relata que Dilma teme um “com-portamento desesperado” de EduardoCunha(PMDB)–aquelequediznãotermilhõesemcontassecretasbloqueadasna Suíça e, por isso mesmo, não querrenunciar à presidência daCâmara.Desesperadonãoébemotermo.Cal-

culado seriamais apropriado.Na fábulado escorpião e do sapo, o governo achaque é ummas faz o papel do outro. Cu-nhausaráseuferrãonestaterçasedespa-char todos os pedidos de impeachmentcontraDilma.Acatandoounegandoode

Bicudo,deflagraoprocesso.Em1992,passaram-se29dias entre aaceitaçãodopedidoea renúnciadeCollor.Oroteiroformalprevêvotaçãopor

maioriasimplesnoplenáriodaCâma-rapara instalarounãoacomissãoes-pecialqueanalisaráopedido.Seogo-vernoperder–esuachancedeganharé menor que 50% –, passam-se algu-mas sessões, e a comissão apresentaseu parecer ao plenário. Se for peloimpeachment,Dilmatemoutrastan-tas sessões para se defender. Ao fim,tudo o que importa é se a oposiçãoterá 342votosounão.Hoje, não tem.Os pró-impeachment esperam

que a deflagração do processo porCunha ajude sua contabilidade. Em1992, antes mesmo de o pedido deimpeachment começar a tramitarnaCâmara, já contavam-semais vo-tos do que o necessário para afastarCollor. Ou seja, os anti-Dilma estãoatrasados em comparação aos anti-Collor. Por isso o processo tende ademorar mais do que 23 anos atrás.Se passar do ponto, Dilma acaba fi-cando por decurso de prazo.

Para jornalista, corporaçõesnão devemcontrolar informação

facebook.com/politicaestadao

Daniel Bramatti

Oito autores de grandes repor-tagens, além de duas fontes deoutras tantas, foram as estrelasdoFestivalpiauíGloboNewsdeJornalismo, encerrado ontem ànoite, em São Paulo. O econo-mistaDelfimNettoeobanquei-ro Daniel Dantas foram entre-vistados durante o evento.O jornalista norte-america-

noFranklinFoercontouontempelamanhã detalhes de sua saí-

da do cargo de editor da revistaNew Republica, que entrou emcrise quando um novo gestortentou impor valores do Valedo Silício – baseados emmétri-cas quantitativas – em uma pu-blicação centenária dedicadaao jornalismo analítico e apro-fundado. A mudança de rumosresultou em um pedido de de-missão coletivo que atingiudois terços da redação.Atualmente trabalhando na

elaboração de um livro sobre

monopólios,Foertraçouumpa-norama crítico à atuação degrandescorporações, comoFa-cebook, Google e Amazon, nocontrole do fluxo de informa-

ções pela internet. “Corpora-çõesnãodevemcontrolarinfor-mação”, afirmou.AnabelHernández, repórter

da revista mexicana Proceso,

fez um relato sobre as investi-gações que fez em torno dasatividades dos cartéis do nar-cotráfico em seu país. Em se-guida, BenAnderson, repórtere documentarista da Vice Me-dia, falou sobre seu trabalhono Afeganistão e outras zonasde conflito.

Grampos. O jornalista NickDavies, do jornal britânicoTheGuardian, revelou detalhesdas reportagens que revela-ram o escândalo dos gramposnos telefones de políticos e ce-lebridades, promovidos porfuncionáriosdos tabloidesTheSun eNews of the World.

Nosábado, entreoutros con-vidados, o jornalista argentinoJorge Lanata fez uma exposi-ção sobre o panorama da im-prensa e da política em seupaís.Paraele,governospopulis-tas da América Latina defini-ramo jornalismo como “inimi-go” a ser combatido.Como exemplo desse tipo

deperseguição, Lanata citou ojornal Crítica de la Argentina,que fundouem2008. Segundoele,ministrosdogovernoCris-tina Kirchner pressionaramempresas para que retirassemos anúncios do jornal, que fe-chou depois de circular pordois anos.

l] blogs.estadao.com.br/vox-publica / twitter.com/zerotoledo

Servidores daAGUse voltamcontraAdams

l Advocacia de governo

JOSEROBERTO DE TOLEDO. ESCREVEÀS SEGUNDAS E QUINTAS-FEIRAS

PARALEMBRAR

Emnovembro de 2012, o ad-vogado-geral daUnião, LuísInácio Adams, passou por ou-tromomento de enfraqueci-mento político.A descoberta de umsupos-

to esquemade venda de pare-ceres técnicos, deflagrada pe-laOperação Porto Seguro, daPolícia Federal, derrubou o

principal auxiliar de Adams,JoséWeberHolandaAlves, eresvalounoministro.O caso afetou o prestígio de

Adams perante a presidenteDilma Rousseff, de quem eraumdos interlocutores, e anu-lou a possibilidade de que oministro viesse a ocupar umacadeira no SupremoTribunalFederal, cargo para o qual esta-va cotado à época.AOperação Porto Seguro

tinha comoobjetivo desarticu-

lar uma organização crimino-sa infiltrada em pelomenossete órgãos federais para aobtenção de pareceres técni-cos fraudulentos em benefí-cio de interesses privados.Em2014,Weber emais 17

pessoas foramdenunciados àJustiça por crimes de forma-ção de quadrilha, corrupçãoativa, corrupção passiva, tráfi-co de influência, falsidadeideológica e falsificação dedocumento particular.

JOSÉROBERTODETOLEDO

ANDRESSA ANHOLETE/AFP-7/10/2015

“Com sua visãodistorcida daConstituição, (Adams)tenta transformar aAGU em um aparelhadoórgão de governo”Nota da Unafe umdia após ojulgamento das contas deDilma no TCUUNIÃO DOS ADVOGADOS PÚBLICOS E

FEDERAIS DO BRASIL

TCU.O advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, no julgamento de contas de Dilma

Insatisfeitos com salários e com a atuação do ministro, funcionáriosiniciam ‘operação tartaruga’ e divulgam notas de protesto

Outracrisedoadvogado-geral

-SERGIO CASTRO/ESTADÃO

Festival.O jornalista Franklin Foer participou do evento

Não dá para garantir o mesmodesfecho, apenas a inversão depapéis de personagens-chave

OautoplágiodaHistória

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O ESTADO DE S. PAULO SEGUNDA-FEIRA, 12 DE OUTUBRO DE 2015 A7

VOTANDOCOMOBOLSO, ‘ESPIÕES’APOIAMSCIOLIEleitores do candidato governista Daniel Scioliconseguem tirar proveito de comícios opositores

Umadasmaiorespreo-cupações das campa-nhasdeMauricioMa-

cri e de Sergio Massa é afir-mar que os planos sociaisquehojebeneficiam28%doslares argentinos não corremrisco se eles forem eleitos.Tanto assessores quanto ospróprios candidatos afir-mam que os auxílios foramtransformados em lei e, por-tanto, os beneficiários po-dem votar em quem quise-rem.Convencem pouco.Há duas semanas, Massa

deu uma palestra sobre nar-cotráfico e violência em La-nús, município peronista daGrandeBuenosAires.Ressal-tou suas propostas de prisãoperpétuaparatraficantes,re-dução da maioridade penalpara 14 anos e uso doExérci-tonãosónocombateàentra-da das drogas nas fronteiras,mas tambémnas favelas.OlgaMachado, de 54 anos,

escutou todo o discurso, feitoem um centro comunitário queofereceaidososcabeleireiro,en-fermeira, aulas em que escre-vem o que fizeram para mantermemória e lições de dança.Ao final, Olga abriu caminho

entre os militantes, aproxi-mou-seeperguntoualgonoou-vido do candidato. Massa arre-galou os olhos e respondeu:“Não! Vamos acabar com osbandidos das ruas, isso sim.”Olgaperguntaraaocandidato

seeleterminariacomoArgenti-naTrabalha,umprogramaassis-tencial que põedesempregadospara limpar ruas por quatro ho-rasdiárias.Oprojetoécontesta-do pelo baixo controle sobre afrequência dos beneficiados.“Na minha cooperativa, são 32,mas só eu e outra trabalhamosmesmo. Não tenho culpa dis-so”, afirmou. Olga saiu da vizi-nha Avellaneda para desafiarMassaecriticarsuaobsessãope-lo tema segurança – a maior

preocupação do eleitorado,segundopesquisas.“Elesófa-la em violência, mas isso nãotem solução. Respondeu quevai manter a bolsa, mas amim é que não engana. Votoem quem a Cristina disser”,completou a sciolista.Porrazãodistinta,mastam-

bém financeira, outro gover-nista estava em um comícioopositor,naquinta-feira.Ani-madocomadecisãodeMacri,quedefendeumajusteeconô-mico imediato, de buscar vo-tos no peronismo, com suahistória ligada aoEstadopro-tetor,HerbertDitschmontouum estande para a venda dovinhoElJusticialista(referên-cia ao Partido Peronista). AoEstado ele disse que seusavós,alemães,receberamper-missãodiretadogeneral JuanDomingoPerón para fabricaroproduto,vendidoa60pesos(R$ 24). Com embalagem es-pecial, a garrafa saía a 80 pe-sos (R$ 32).“Macri tenta atrair o voto

peronista, por isso vim ven-der aqui. Ele é inteligente,mas prefiro ficar com o quetemfeitoessegoverno.Nare-giãodeMendoza,foramcons-truídas duas universidadesnacionais nos últimos 10anos.Antes,qualquerumpre-cisava vir a Buenos Aires”,afirmou.Mendoza é umadaspoucasregiõesemqueaopo-sição domina tanto a capitalquanto a província. / R.C.

Internacional

Infiltrados

Ataque emAncaraPolícia da Turquia vêindício de autoria doEIem atentado. Pág. A09

Rodrigo CavalheiroCORRESPONDENTE / BUENOS AIRES

Os dois principais nomes daoposição argentina têm duassemanas para reverter a ten-dência de vitória kirchneris-ta na eleição do dia 25 e, paraisso, revisaram suas estraté-gias. Ainda que briguem porum lugarno segundo turno, oconservador Mauricio Macrie o ex-kirchnerista SergioMassa trocarão menos ata-ques e concentrarão artilha-rianogovernistaDanielScio-li, quebeiraonecessárioparavencer no primeiro turno.AcampanhadeMacri,empre-

sário que há oito anos governaBuenos Aires, tinha como basevisitarcasasdeeleitoresparaes-capar da pecha de oligarca, nãofazer propostas e evitar alian-çasque“maculassem”suacoali-zão, aCambiemos.Apósperder20% das intenções de voto emdois meses, praticou semanapassada um contorcionismoideológicoaoinaugurarumaes-tátua de Perón para derrotar operonismo. À direita de Macri,sob a sombra do general íconedo kirchnerismo, estava HugoMoyano, líder do principal sin-dicato do país, a ConfederaçãoGeral do Trabalho (CGT), ou-tra adesão peronista de últimahora a sua campanha. Moyanorompeu comCristina em2011.Antes da votação na primária

obrigatória de agosto,Macri re-jeitou disputar a indicação comMassa,quefoichefedegabinetedeCristina Kirchner em 2008 e2009 e rompeu com o governoem 2013. A orientação do mar-queteiro Jaime Durán Barba –que trabalhou na campanha deMarinaSilva, noBrasil, em2014– era de que ele não se aproxi-masse de ex-kirchneristas co-mo Massa e Moyano. A eleiçãoseriapolarizadaesedefiniriape-la parcela que deseja mudança(60%,segundoamédiadosinsti-tutos de pesquisa).

A divisão clara prevista porBarba e analistas políticos nãoocorreu. Pelo contrário, Massacaptou 33% dos votos perdidosporMacri nos últimos doisme-sesevemreduzindoadistância.Esse cenário, em que a coalizãode Macri encolhe – passou de30%naprimáriadisputadaem9de agosto para 27,9% – e a deMassa sobe devagar (foi de 20%para21,5%)convémaogoverno.Scioli tem 38,6%. Esses dados,daconsultoriaM&F, são simila-resaosquedivulgouontemoou-tro grande instituto de pesqui-sas argentino, o Poliarquía, se-gundo o qual Scioli tem 37,1%,Macri obtém 26,2% e Massa al-cança 20,5%.Paraokirchneristaencerrara

disputanoprimeiro turno, bas-taria chegar aos 40% dos votos–aoutracondição,abrir10pon-tos sobre o segundo colocado,parece mais fácil. Scioli nãocresceu desde a primária, maspoderiaconseguiroqueprecisacom uma pequena parcela dosque se definemna última hora.Umesboçode tréguana opo-

sição ocorreu no debate do dia4, quando a ausência de Sciolilevou tantoMacri quantoMas-saabombardearpolíticaskirch-neristas.“Agoraquenosaproxi-mamos de Macri, concentrare-mosfogonokirchnerismo”,dis-seumdirigentemassista aoEs-tado na terça-feira. Massa con-trariouprojeçõesesubiu fazen-dopropostasdelinhaconserva-doraconcretaseprovocandoosrivais, a quem acusa de não di-zer o que farão se ganharem.

Voto útil. Ontem, Macri divul-gounas redes sociais uma cartaemque,semcriticarMassa,pre-ga o voto útil para derrotar okirchnerismo. “Se os que dese-jammudança esperam para to-mardecisõesnumsegundotur-no, há o risco de o governo ga-nhar e se perpetuar no poder”,escreveu. Massa contra-argu-menta que tem mais chancenumconfrontodiretocomScio-lieporissoovotonoprefeitodeBuenosAires é inútil.Os eleito-res de Macri aderem a Massacommais facilidade em um se-gundo turno, enquanto os deMassa se dividem.O fracasso dos opositores de

mostrar-se como “voto útil” éuma das razões para a dianteiraabertapelokirchnerista.“Apola-rizaçãosefrustroutambémpor-queadivisãonasociedadeéme-nor se a presidente não é candi-data a nada. Outro fator é que oprincipal líder opositor, Macri,nãoentusiasma”, avalia o soció-

logoRicardoRouvier.Em entrevista a correspon-

dentes na semana passada,Ma-cri desrespeitou parcialmenteoutraorientaçãodeseumarque-teiro:evitarfazerpropostas,pa-

ranãoserpegoemcontradição.Prometeu pressionar a Vene-zuelaasoltaroopositorLeopol-doLópeze“reconstruir”oMer-cosul. Em temas econômicosdelicados, como o ajuste que

pretende implantar no primei-ro dia no cargo, com derrubadaimediata do controle ao dólar,passou a palavra a assessores.Segundo o analista político

EduardoFidanza,diretordoPo-liarquía, Macri perdeu terrenona classe média do centro dopaís – as províncias de BuenosAires,Córdoba, SantaFé,EntreRíos e a capital, território emque estão 60% dos eleitores.“Macri deveria tentar recupe-rarosopositoresapoiaramMas-sa.Achoquefaltaaelecarismaeum discurso mais concreto.Massa fala em termos diretos etoca em temas sensíveis a essepúblico: insegurança, impostode renda, manipulação dos pla-nossociaiseprofessoresquefal-tam às aulas”, avalia Fidanza.Sehouversegundoturno,pro-

vavelmente será entre Scioli e o“novoMacri”,quecomaflexibili-zação garantiu aomenos o votodeHugoGonzález.Enquantoes-se peronista fanático vendia naquinta-feira camisetas de Peróne Evita no comício macrista, ocandidatoelogiavaogeneralqueaumentouotamanhodoEstadonas três vezes emquepresidiuopaís. “Macri é milionário mas édopovo”, sustentavaGonzález.

Aliança.Macri (com asmãos para trás) atraiu o sindicalistaMoyano (à direita do candidato)

Opositores revisamestratégiaparaevitar triunfokirchnerista no 1º turno

Redesenho. Conservador Macri e peronista dissidente Massa reduzem troca mútua de acusações e concentram artilharia sobre ogovernista Daniel Scioli, que está à beira de alcançar o número de votos necessário para vencer sem a necessidade de uma 2ª votação

RODRIGOCAVALHEIRO/ESTADÃO

l Disputa

27,9%dos eleitores pretendem votaremMacri, segundo a M&F

21,5%afirmam preferir Sergio Massa

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A8 Internacional SEGUNDA-FEIRA, 12 DE OUTUBRO DE 2015 O ESTADO DE S. PAULO

Jéssica Otoboni

Apósmaisdeumanododesa-parecimento dos 43 estudan-tes da Escola Normal RuraldeAyotzinapa, na cidademe-xicanadeIguala,aProcurado-ria-Geral publicou ontem odocumento de sua investiga-ção demais de setemeses so-bre o caso. O relatório, de 54mil páginas e elaborado porcerca de 100 pessoas, é divul-gadonomomentoemquepa-rentesdosjovenscobramevo-lução das investigações.Háumano,opresidenteEnri-

que Peña Nieto havia prometi-doque faria justiça comrelaçãoao que é considerado um dospiores casos de violência dopaís, mas as investigações nãoseguiramo ritmo esperado. Pa-raErickLanger,diretordoCen-trodeEstudosLatino-America-nosnaUniversidadedeGeorge-town, o caso não evoluiu.“Quantomais tempo leva,mais

difícilficaparaaspessoasenten-derem o que realmente ocor-reu”, afirmou aoEstado.

Cobrança. Apesar da carência

de respostas, parentes das víti-masnãodesistemdetentardes-cobrir seu paradeiro. No mêspassado, pais e amigos dos jo-vens fizeramgreve de fomepor

43 horas pouco antes de seremrecebidos por PeñaNieto.Após o encontro, que contou

comapresençadaComissãoIn-teramericana de Direitos Hu-

manos(CIDH),opresidenteor-denoua criaçãodeumapromo-toria especializada em encon-trar desaparecidos no país. “Hácentenas de desaparecidos noMéxico. Por isso, a criação dapromotoria especializada é im-portante”,avaliaLanger.Paren-tes dos jovens, no entanto, pe-dem uma promotoria voltadaunicamente para o caso dos 43.De acordo com a versão da

promotoria, os estudantes fo-ram detidos por policiais cor-ruptos de Iguala e entregues amembros do cartel GuerrerosUnidos, conhecido por sua vio-lência. “É difícil controlar a ati-vidade do grupo. Eles são deze-nas de gangues”, diz Langer.O Grupo Interdisciplinar de

Especialistas Independentes(GIEI),quetambéminvestigaocaso,apresentaránodia20ore-latório de “investigação e pri-meiras conclusões dos desapa-recimentosehomicídios”,ques-tionando a versão oficial.

Na reunião, Peña Nieto tam-bém ordenou que equipes debusca retomassem os traba-lhos,paralisados, segundoLan-ger,poisquandocomeçouapro-cura por restos mortais, foramencontrados corpos de muitasoutraspessoas.“Édifícilencon-trar vestígios dos jovens por-que há inúmeros lugares paraprocurareanalisar. Issoestá fo-ra de controle. O governo per-deu o controle”, afirma.OgovernodePeñaNieto tem

sidomarcado por um aumentono número de assassinatos.Quase 30 mil pessoas forammortasduranteos20primeirosmeses de sua gestão.

O número de refugiados quechegarão à Alemanha até o fimdeste ano deve superarummilhão, afirmouontemo vice-chan-celer do país, Sig-marGabriel, aocomentar pesqui-sa quemostra quequasemetade dosalemães acreditamqueAngelaMerkel es-tá lidandomal como flu-xomigratório. O levantamentomostra que o apoio ao partidoanti-imigração Alternativa pa-ra a Alemanha subiu para 6%.

NAWEB

Apolícia russa deteve um gru-po de pessoas que preparavam

umatentado terroristaemMoscou, anunciouontemoComitêNa-cional Antiterroris-mo, sem darmaisdetalhes do caso.Segundo a agênciaoficial de notíciasITAR-TASS, os poli-

ciais encontraramnoapartamento dos suspei-

tos uma bomba artesanal com4quilos de explosivos. A opera-ção levou à retirada demais de120 pessoas da região.

México publica inquérito sobre Iguala

IRAQUE

A força aérea iraquiana disseontem ter atingido um com-boio em que viajava o líder doEstado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi, no oeste da provín-cia de Anbar, perto da frontei-ra com a Síria. O destino dolíder do grupo extremista eradesconhecido após o ataque,afirmaramosmilitares do Ira-que. No início da noite, fontesdo governo iraquiano afirma-ram a agências de notícias quetrês integrantes do comboiohaviammorrido,mas que “pro-vavelmente” Baghdadi não es-

taria entre eles. Os veículosteriam sido bombardeados en-quanto se dirigiam a uma reu-nião de comandantes do grupona cidade de Al Karablah, pertoda fronteira com a Síria na Pro-víncia iraquiana de Anbar.

20

Libanesespedemquecristão sejapresidente

ALEMANHA

Aviões de guerra russos ataca-ram rebeldes sírios não afilia-dos ao Estado Islâmico ontem,ajudando o presidente BasharAssad a recuperar território,emumnovo revés para a estra-tégia deWashington e seus alia-dos, disse oObservatório SírioparaDireitosHumanos. Segun-do o grupo, o Exército sírio e oHezbollah tomaramo controlede Tal Skik, uma áreamonta-nhosa na província de Idlib,depois de intenso bombardeiorusso, o que deixa as forças dogovernomais próximas de posi-ções dos rebeldes.

Tropas sírias avançamcomapoio aéreo russo

CARACAS

Aprocuradora-geraldaRepúbli-ca venezuelana, Luisa Ortega,afirmou ontem que se ManuelRosales,opositordogovernove-nezuelano e autoexilado noPe-rudesde2009,cumprirsuapro-messadevoltaraopaís,serápre-so imediatamente. O Ministé-rio Público da Venezuela estásubordinado ao Poder CidadãodaRepúblicae sua titular foi es-colhidapelaAssembleiaNacio-nal, demaioria chavista.Na quinta-feira, Rosales pro-

meteu voltar à Venezuela para“lutaraoladodopovo”àsvéspe-rasdaeleiçãoparlamentarmar-cada para dezembro. O ex-go-vernador doEstado deZulia foiparaoPeruapósseracusadofor-malmente de corrupção en-quanto ocupava o cargo.Ex-candidato à presidência –

foi derrotado porHugoChávezem 2006 – ele governou Zuliade2000a2008.Antesdisso, foiprefeito de Maracaibo (1996-1999).Elesedefendedasacusa-ções de corrupção afirmando

que foi “perseguido” por “gru-pos econômicos enriquecidosde maneira ilícita e por setorespolíticos” que foram impedi-dospor ele de fazer “seus negó-cios e truques emZulia”.Ementrevista ao canal de TV

fechada Televén, a procurado-ra-geral afirmouqueoopositorserá preso imediatamente sevoltaràVenezuela,masque“te-rá garantidos seus direitos”.“Eleévenezuelano,esseéseu

paíseseusdireitosserãorespei-tados. Se é verdadeque voltará,me parece muito bom que ve-nha e que encare a Justiça.”Rosales afirmou que vai vol-

tar ao país para tentar ajudar aimpulsionar a vitória da oposi-ção nas eleições e levará consi-go provas de sua inocência.“Nosencontraremosnoaero-

portodeLaChinita na próximaquinta.Pisareiemsolovenezue-lanacontraventosemarés,con-traasameaças,contratudo,por-que a luta é pelo povo”, disseRosales, falando de localizaçãonão identificada – algunsmeiosde comunicação afirmam queele está no PanamáOpartidodeRosales,UnNue-

voTiempo,propôssuacandida-tura nas eleições de dezembro,quando a oposição espera reti-rardochavismoamaiorianaAs-sembleiaNacional,mas a Justi-ça o declarou inelegível. / EFE

Investigação prévia da Procuradoria-Geral é divulgada mais de um ano após 43 estudantes desaparecerem no Estado de Guerrero

Políciaprendegrupoqueplanejavaatentado

Autoexilado no Perudesde 2009 e acusadode corrupção, ManuelRosales prometeuretornar na quinta-feira

Governo venezuelanodiz que opositor serápreso se voltar ao país

MilitaresdeBagdáafirmamteratacadoveículoque levava líderdoEstadoIslâmico

Número de presosmortos no Iêmenem ataque dacoalizão

Milhares de libaneses fizeramontemuma passeata até o palá-cio presidencial nos arredoresde Beirute em apoio ao políti-co cristãoMichel Aoun, pedin-do a ele que ocupe o cargo depresiente, vago hámais de umano. Agitando bandeiras laran-jas doMovimento PatrióticoLivre (MPL), elesmarcharampelas ruas de Baabda, onde ficao palácio. Umcristãomaronitanão pode ocupar a presidência,mas a cadeira está vaga em ra-zão da crise política alimenta-da por conflitos regionais, co-mo a guerra civil síria.

LÍBANOAumentao apoio apartidos anti-imigração

Portal. Entenda ocaso dos 43desaparecidos

estadao.com.br/e/43mexico6

MARIANABAZO/REUTERS - 22/04/2009

Saída.Acusado de corrupção, Rosales deixou país em 2009

SÍRIA

EFE

Investigação. Procuradora-geral mexicana decidiu publicar dados pormaior transparência

RÚSSIA

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O ESTADO DE S. PAULO SEGUNDA-FEIRA, 12 DE OUTUBRO DE 2015 Internacional A9

DUBAI

O Parlamento iraniano deuapoio preliminar ontem a umprojetoqueaprovaoacordonu-cleardeTeerãcomaspotênciasmundiais do grupo P5+1, com

posições favoráveis à negocia-çãosuperandoaoposiçãodepo-líticos conservadores.Porumavotaçãode139a100,

o Parlamento aprovou em pri-meiravotaçãoumprojetoauto-rizando o governo iraniano acontinuar a desenvolver o pro-grama nuclear do país segundoo acordo fechado em 14 de ju-lho, disse a agência estatal denotícias IRNA. Doze parlamen-tares se abstiveram.O projeto, apresentado pela

ComissãoNacionaldeSeguran-

ça do Parlamento, ainda preci-sa passar em segunda votaçãona terça-feira, antes de ser sub-metidoaumcorpoclericalparaaprovação final epoderserpro-mulgado como lei.O textoafirmaque inspeções

internacionais de unidadesmi-litares soboacordonuclear de-verão ser aprovadas por umco-mitê superior de segurança ira-niano, deixando em aberto apossibilidadedemaisdivergên-cias surgirem durante a fase deimplementaçãodoacordoassi-nadocomEstadosUnidos,Rús-sia, Grã-Bretanha, França, Chi-na e Alemanha.OministrodasRelaçõesExte-

rioresiraniano,MohammadZa-rif, líder dos negociadores ira-

nianos nas conversas com oP5+1, fez uma vigorosa defe-sa do acordo noParlamento,dizendo que o Irã atingiuseus objetivos.“Eles (as potências) não

nos querem no clube nu-clear, mas nós estamos nele,graças aDeus”, disseZarifnasessão. “A história vai mos-trar que nós dominamos asnegociações.”Alguns integrantesdoPar-

lamento não saíram conven-cidos. “Essegrupofalhouemassegurar os direitos do po-vo iraniano ante os lobosamericanos”,disseopolíticoconservador Alireza Zakani,em um caloroso debate an-tes da votação. / EFEeREUTERS

ANCARA

ATurquia acredita que o grupoextremista Estado Islâmico(EI) tenha sido responsável pe-las duas explosões no sábadodurante uma marcha pela pazna capital, Ancara, afirmaramfontes do alto escalão de segu-rança da Turquia. O atentadotemsemelhanças“extraordiná-rias”comumataquesuicidaemjulho na cidade de Suruc, pertoda fronteira com a Síria, peloqual o EI foi acusado, afirmouuma das fontes àReuters.“Esse ataque foi no estilo de

Suruc e todos os sinais são deque foi uma cópia daquele ata-que. Os indícios apontam paraoEI”,dissea fonteemcondiçãode anonimato.Ogovernoturcodivulgouum

comunicado oficial ontem no-meando dois investigadores ci-visedoisdapolíciaparainvesti-garoataque.Segundoumaagên-ciadenotícias local, 14supostosintegrantesdoEI forampresos.Osnúmerosoficiaisdogover-

nosãodeque95pessoasmorre-

ramnoatentadoe160estãohos-pitalizadas. Segundo um grupoopositor pró-curdo, no entan-to, as mortes chegam a 128. OPartido Democrático dos Po-vos (HDP) acrescentou que aomenos120corposforamidenti-ficados até ontem.Opositoresdopresidentetur-

co,RecepErdogan,oacusampe-lopior ataquedo tiponopaís, jáque o governo não conseguiuimpedir a ação.Asduasexplosõesocorreram

doladodeforadaestaçãoferro-viária, quando centenas de ati-vistas se reuniam para exigirmais democracia e o fimda vio-lência entre curdos e as forçasde segurança turcas.Autoridadesgovernamentais

afirmaram ontem que, mesmodiantedoalertaemrazãodadu-pla explosão, as eleições de no-vembro não serão adiadas. Er-dogan espera que a votação de-volva a maioria das cadeiras aopartido AKP, fundado por ele.Manifestaçõesnolocaldoata-

que ontem reuniram centenasde pessoas, que entoavam gri-tos contra o presidente e tenta-vam colocar cravos onde ocor-reram as explosões.A polícia usou gás lacrimogê-

neo para conter o avanço dosmanifestantes, que seguiramemdireção à principal praça dacidade. /APeREUTERS

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Acordo nuclear avança noParlamento iraniano

Fontes dizem que açõessão semelhantes a outroataque feito em julho;governo turco afirma queeleição não será adiada

Averdadeinconvenienteafegã

l]FAREEDZAKARIATHE WASHINGTON POST

Projeto aprovado permiteque Teerã continue oprograma segundo asregras acertadas emjulho com o grupo P5+1

BRUXELAS

Achefe dadiplomacia daUniãoEuropeia, Federica Mogherini,falouontememtelefonemasse-parados comoprimeiro-minis-trodeIsrael,BinyaminNetanya-hu,eolíderdaAutoridadePales-tina, Mahmoud Abbas, e pediucontenção a ambos os ladosdiante da escalada de violênciana região. “É preciso pôr fimaos atos de terrorismo e evitar

reaçõesdesproporcionais”,afir-mou Federica após as conver-sas comos líderes.Ontem,umataqueaéreoisrae-

lensematou umamulher grávi-da e sua filha na Faixa de Gaza.NaCisjordânia,umadolescentepalestino foimortopeloExérci-to israelense. Em Israel, um pa-lestino esfaqueou quatro israe-lenses após jogar seu carro so-bre eles no kibutz Gan Shmuel,nonorte. / AFPEREUTERS

R ecentesretrocessosnoAfega-nistão – da queda de Kunduzaoerrodobombardeioameri-

canoqueatingiuumhospitalnames-macidade–trazemnovamenteaper-gunta:porque,após14anosdeesfor-çosmilitaresamericanos, a situaçãocontinua tão frágil? O Afeganistãotemumgovernodemocraticamenteeleito visto por todos como legíti-mo. Seguidas pesquisas de opiniãoindicamqueoTalebané impopular.Oexércitoafegãolutacombravuraelealdade. Ainda assim, o Talebansempre ressurge.

Arespostapodeserencontradanumperfil do novo líder do grupo, AkhtarMohamed Mansour. Sua casa fica emQuetta, ondepassa parte do tempo, deacordo com o New York Times, “numenclaveondeeleeoutroslíderesdoTa-leban construíram seus lares”.O ante-cessordele,MuláOmar,morreuemKa-rachihádois anos, comosabemosago-ra. E todos nos lembramos queOsamabin Laden viveu por muitos anos numcomplexoemAbbottabad.Astrêscida-des ficamnoPaquistão.Não podemos solucionar o proble-

ma do Afeganistão sem reconhecerque a insurgência contra o governo émoldada, auxiliada e armada do outrolado da fronteira por umdos exércitosmais poderosos domundo. Periodica-mente,alguémdentroouforadogover-no americano aponta esse fato. Mas

ninguém parece saber ao certo o quefazer e o tema é varrido para baixo dotapete.Não se trata de coincidência.Oeloéfundamentale,senãoforconfron-tado, o Taleban jamais será derrotado.Sabemos que nenhuma campanha decombateàinsurgênciatevesucessoen-quantoos rebeldesdispusessemde re-fúgio. Nesse caso, têm um patrocina-dor armado combombas nucleares.O Paquistão se tornoumestre na ar-

te de fingir ajudar os EUA enquantooferece apoio a seus adversários maismortíferos. Tomemos como exemploos esforços recentes americanos paracomeçar um diálogo com o Taleban.Estávamos falando com fantasmas.MuláOmarjáestavamortoquandoau-toridades paquistanesas facilitavam“contato”e“negociações”comele.Tu-do isso fazpartedopadrãodecompor-

tamento. Autoridades do Paquistão,doex-presidentePervezMusharrafatéo fim da hierarquia, negaram categori-camente que Bin Laden ou Omar esti-vessemnopaís–apesardoex-presiden-te afegão, Hamid Karzai, ter afirmadoisso publicamente várias vezes.Oexércitopaquistanêstemsidodes-

critocomo“padrinho”doTaleban.Tal-vez isso não dê conta de descrever suainfluência.OPaquistãoserviucomoba-se dosmujahedin apoiados pelos EUAque combateram a URSS nos anos 80.DepoisqueaURSSseretiroudoAfega-nistãoem1989,osEUAtambémsereti-raramcom igual rapidez, e oPaquistãose inseriu nesse vácuo. O país promo-veuoTaleban, grupode jovens jihadis-taspashtunsqueaprenderamoislamis-mo radical nas madrassas paquistane-sas. Agora a história está se repetindo.ConformeosEUAtentamreduzirapre-sençade suas forças, oPaquistão tentanovamente expandir sua influência.PorqueoPaquistãoapoiaoTaleban?

O ex-embaixador do Paquistão nosEUA,HusainHaqqani,cujolivroMagni-ficentDelusions é guia essencial, explicaque o “Paquistão sempre temeu que,na ordem natural, o Afeganistão ficas-se sob influência da Índia, gigante dosubcontinente. O Exército paquista-nês passou a crer que só seria possívelexercer influência no Afeganistão pormeio de fanáticos religiosos”.O que os EUA devem fazer? Primei-

ro, diz Haqqani, precisam abrir osolhosparaarealidade.“Quandodes-mascaramosumamentiraenãores-pondemosàaltura,estamosincenti-vandonovasmentiras”.Eledefendeque Washington precisa endurecerodiscursodiantedoExércitopaquis-tanês e deixar claro que aduplicida-de nas negociações precisa acabar.Isso seria bom para o Afeganistão epara a estabilidade da região, mastambémseriabomparaoPaquistão.OPaquistãoéumabomba-relógio

esperandoparaexplodir.Suaecono-miaéa43.ªmaiordomundo,deacor-do com o Banco Mundial, mas oExército do país é o sexto maior doplaneta. Seu arsenal nuclear é o quecresce mais rapidamente e o queapresenta menos transparência. Opaís mantém elos com alguns dosterroristas mais brutais do mundo.SeuExércitoconsome26%detodaaarrecadação fiscal, de acordo comcertas estimativas, enquanto o paístem 5,5milhões de crianças fora dasescolas – segunda maior populaçãomundial. Enquanto esse Exército esuamentalidadenãoforemconfron-tados e reformados, os EUAenfren-tarãoumcolapsoestratégicoaoreti-rar suas forças da região. / TRADUÇÃODE AUGUSTO CALIL

]

É COLUNISTA

VISÃOGLOBAL

UniãoEuropeiapede contençãoaBibi eAbbas

BURHANOZBILICI/AP PHOTO

Turquia vê indíciosde autoria doEI noatentado deAncara

Protesto.Cidadãos de Ancara foramàs ruas contra Erdogan

Estratégia para estabilizar região não terá sucesso enquanto Paquistão apoiar o Taleban

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A10 SEGUNDA-FEIRA, 12 DE OUTUBRO DE 2015 O ESTADO DE S. PAULO

Facebook.Curta a página doMetrópole

Metrópole

FabianaCambricoliJulianaDiógenes

Em quatro anos, o númerode usuários de medicamen-tos tarja preta na redemuni-cipal de São Paulo cresceu47%, passando de 592,8 milpessoas, em 2010, para 874,4milem2014.São281,6milno-vos consumidores de antide-pressivos, antipsicóticos eansiolíticos que recorreramàs farmácias da Prefeiturano período.Segundo dados da Secretaria

MunicipaldaSaúde,osmorado-res da capital consumiram noano passado 166,8 milhões decomprimidos para transtornospsiquiátricos, 52% a mais doque em 2010.Entreostarjapreta,osantide-

pressivos lideram:meiomilhãode pessoas usaram o medica-mento em 2014, e a expectativada Prefeitura é de que o ano de2015 registre recordeno consu-mo desse tipo de remédio. De1.º de janeiro a 30 de setembrodesteano,471,8milpessoasreti-raram antidepressivos nas far-máciasmunicipais.O segundo tarja preta mais

consumido na rede municipalem 2014 foram os ansiolíticos,calmante que ajuda a reduzir aansiedade. São 203,3 mil usuá-rios, emais dametade tomaRi-

votril. Já os antipsicóticos, com130,7 mil pacientes, tratamtranstornos que causam aluci-nações, como a esquizofrenia.Para Anderson Sousa Mar-

tinsdaSilva, psiquiatrada rede,umadas razões parao aumentodo uso de medicamentos tarjapretaéadiminuiçãodoprecon-ceito em relação aos transtor-nospsiquiátricos,oqueestimu-la mais pessoas a procurar aju-da.“AprópriaAssociaçãoBrasi-leira de Psiquiatria tem feitocampanha contra a psicofobia,esse estigma em torno dos pa-cientes psiquiátricos. Hoje aspessoas percebem cada vezmais que a depressão é umadoença como qualquer outra eprecisa de tratamento”, diz.O crescimento do estresse e

da violência nas grandes cida-des também são fatores impor-tantesparaoaumentodasdoen-ças mentais. “Muitas vezes, apessoaassociaumquadrodede-pressãoaumevento-gatilho,co-mo a morte de alguém ou umaseparação, mas também é co-mumo problema aparecer semuma motivação aparente, após

anosdepressãoeestressecrôni-co no trabalho, por exemplo”,afirma Silva.

Demanda reprimida. Profes-sor do Departamento de Psi-quiatria da Escola Paulista deMedicinadaUniversidadeFede-ral de São Paulo (Unifesp), JairdeJesusMariafirmaqueocres-cimento de distribuição deme-dicamentos na rede municipalatendeaumademandareprimi-da.“Nãoacreditoqueexistaumfenômeno de medicalização. Oque acontece é que, antes, aspessoas tinham menos acesso.Mesmocomesseaumento,esti-mamos que 50% das pessoascom depressão em São Paulonão recebem tratamento.”O especialista afirma ainda

que os números da SecretariaMunicipal da Saúde desmen-tem o mito de que depressão é“doença de rico”. “Na verdade,as classes mais pobres têm ris-comaior pela própria condiçãoprecáriadevida,dificuldadesfi-nanceiras,baixoacessoao lazere violência. É positivo oferecerà população de baixa renda umtratamento que sabidamente édeficiente”, ressalta.Mari afirma, no entanto, que

é preciso ampliar também oacesso a outros serviços essen-ciais ao tratamentodos pacien-tes com transtornos psiquiátri-

cos. “A oferta de psicoterapianãome parece tão ampla quan-toadosmedicamentos.Eome-lhor tratamento é sempre aliaras duas coisas.”

Estratégias. O secretário mu-nicipal da Saúde,AlexandrePa-dilha, concorda que nenhumaestratégia isolada dá conta doproblema. “Não podemos lidar

comotemadetranstornomen-tal ededepressão emSãoPaulosó dispensando medicamento.Existe algonomododevivernacidade de São Paulo que leva aspessoas a quadros de saúdemental. É crescente isso.”Diantedoaumentodeconsu-

mo e de usuários nos últimosquatroanos, aPrefeitura elabo-rouduas estratégias de estímu-lo ao uso racional dessesmedi-camentos.Aprimeiraéapromo-ção da saúde. A gestão queraproveitar os espaços públicosparagerarmaisatividadesecon-vivência.Deacordocomosecre-tário, as 157 Unidades Básicasde Saúde promovem grupos deprática corporal e integrativa.“Estamos orientando esses

grupos para que façam ativida-des fora dos muros. Pode sernaspraças, na frente das unida-des.Precisamos inundar acida-de não só de medicamentos,mas de práticas corporais, estí-muloàsatividades físicasecon-vívio entre pessoas.”APrefeitura vai, ainda, editar

um protocolo, previsto para oprimeiro semestre de 2016, emque pretende sensibilizar pro-fissionais da saúdemental paraouso“maisracional”dosmedi-camentos. “Queremos deixarmais clara qual é a indicaçãodesses medicamentos”, afirmaPadilha.

Usode remédio tarja preta cresce 52%em4anos na redemunicipal de SP

Após a morte do irmão, há 15anos, a insônia passou a fazerparte da rotina da dona de casaMarluceTavaresdeOliveiraCa-bral, de 70 anos, moradora da

Vila Olímpia, zona sul da capi-tal. A dificuldade para dormirveio acompanhada de ansieda-deeataquesdepânicoconstan-tes. A idosa não se conformavaporterperdidoofamiliardefor-ma tão repentina. “Às 18h, mi-nha sobrinha me ligou falandoque ele tinha sido internadocom uma crise de pancreatiteagudae, cincohorasdepois, elejá estava morto. Não tive tem-ponemdemedespedir”, conta.Sem conseguir retomar suas

atividades cotidianas após aperda,Marluce foi encaminha-da pelo posto de saúde do seubairroaumpsiquiatradaPrefei-tura, que receitou um remédiocontraaansiedade,alémdepsi-coterapia. “Cheguei a ir para ohospitalpornãoconseguirdor-mir, eu tinha medo de tudo. Senão fosse o remédio, acho queteria enlouquecido.”Afrequentemortedefamilia-

reseamigoseodesenvolvimen-to de problemas de saúde sãoalgumascondiçõesque,portor-

narem-se mais comuns na ter-ceira idade, deixam os idososmais propensos a desenvolverquadrosdedepressãoeansieda-de, segundo o professor doDe-partamento de Psiquiatria daEscola Paulista deMedicina daUniversidade Federal de SãoPaulo (Unifesp), Jair de Jesus

Mari. “A pessoa passa por umadecadência pessoal, com per-das constantes, eventuais difi-culdadesfinanceiraseocorrên-ciadedoençasgravesouincapa-citantes. Isso tudo torna o ido-so certamente uma populaçãode risco para transtornos psi-quiátricos”, diz omédico.

Oespecialistaadverte,noen-tanto, que, em qualquer faixaetária, é preciso ter cautela an-tes de iniciar a medicação.“Nosquadrosmais levesdede-pressão e ansiedade temos deprimeirotentar tratarcompsi-coterapia e atividade física,porquenãopodemosdesconsi-

derar os efeitos adversos des-setipodemedicação,comodis-funçãosexualeaumentodepe-so. Em quadros moderados egraves, o medicamento é ne-cessário.”

Terapia. Apesar de se conside-rar “viciada” no medicamento,Marluce diz que segue as de-mais indicaçõesmédicas para oseu tratamento. “Faço terapiaemgrupo,continuoemacompa-nhamentonopsiquiatraeaindadanço forró pelo menos umavez por semana. Levo uma vidaindependente, façominhascoi-sas,masnãoconsigoficarsemoremédio. Só de pensar, já ficonervosa”, conta.Depois de mudar várias ve-

zes de medicamento por nãoconseguir se adaptar, a donadecasa começou, há seis meses, atomar clonazepam. Mais co-nhecido comoRivotril, seu no-mecomercial,oremédioéoan-siolíticomaisdistribuídonare-demunicipal de São Paulo. So-mente no ano passado, forammais de 22 milhões de compri-midos distribuídos a 120 milpaulistanos. /F.C. EJ.D.

EducaçãoAlunos apostam emEnemeFuvest paraentrar naUSP. Pág. A13

facebook.com/metropoleestadao

Saúde. O número de usuários que recorrem às farmácias da Prefeitura atrás desses medicamentos subiu 47% entre 2010 e 2014,passando de 592,8 mil para 874,4 mil pacientes; antidepressivos foram o tipo mais receitado. Médicos pedem cautela na prescrição

l Mais afetadasDona de casa passou ausar ansiolítico depois damorte do irmão; idosossão mais propensos aquadros depressivos

‘Cheguei a ir para o hospital por não conseguir dormir’

acesse

140VENDAS PARA

EMPRESAS 11 3347-7000 0800-0195566GRANDE SÃO PAULO OUTRAS LOCALIDADES

● Consumo de medicamentos tarja preta cresce na rede municipal de saúde de São Paulo

TRANSTORNO MENTAL

INFOGRÁFICO/ESTADÃOFONTE: SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE

Antidepressivos Antipsicóticos

2010 2011 2012 2013 2014 2015* 2010 2011 2012 2013 2014 2015* 2010 2011 2012 2013 2014 2015*

ME

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DE

P

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E C

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IMID

OS

D

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RIB

UÍD

OS

*Até 30 de setembro

Ansiolíticos

409,1 389,1

518,5569,7 540,4

471,8

91,7 97,4 112,7 123,5 130,7 118,6

EM M

ILH

AR

ESEM

MIL

ES

76,4 64,4 99,6 113,8 107,2 83,8 18,0 18,1 21,9 23,7 26,3 21,0

92,0162,5

196,6 212,4 203,3167,1

15,4 22,1 30,4 34,8 33,3 25,7

● Veja o ranking dos três medicamentos contra depressão com mais saída nas farmácias da Prefeitura em 2014

OS ANTIDEPRESSIVOS MAIS CONSUMIDOS

INFOGRÁFICO/ESTADÃOFONTE: SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE

Fluoxetina 20 mg

Depressão, associada à ansiedade ou não, e também para transtorno obssessivo-compulsivo (TOC) e bulimia nervosa

Sertralina 50 mg

Depressão (acompanhada por sintomas de ansiedade ou não), prevenção de recaída, TOC, transtorno do pânico, transtorno do estresse pós-traumático (TEPT) e fobia social

Amitriptilina 25 mg

Depressão e enurese noturna (xixi na cama)

NÚMERO DE COMPRIMIDOS DISTRIBUÍDOSMEDICAMENTO/INDICAÇÃO

39.825.833

32.343.688

23.712.976

Tratamento.Marluce alia remédio a terapia em grupo

“Além dos idosos, asmulheres na faixa etária dos30 aos 50 anos também sãomais vulneráveis aquadros de depressão eansiedade. Crisesconjugais, dupla jornada,preocupação com os filhos edificuldades financeirascolaboram para isso.Estima-se que cercade 20% das mulheres vãoenfrentar um episódiodepressivo na vida.”Jair de Jesus MariPROFESSOR DA UNIFESP

HÉLVIO ROMERO/ESTADÃO

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O ESTADO DE S. PAULO SEGUNDA-FEIRA, 12 DE OUTUBRO DE 2015 Metrópole A11

Família que navega há 30 anos pelo planetacoleciona exemplos de mudanças climáticas

SCHURMANNSVEEMMUNDOSEMODIFICAR

GiovanaGirardi

C om a experiência demais de 30 anos vele-jando pelos mares do

mundo,afamíliaSchurmanncomeça a colecionar exem-plosdasmudançasqueopla-netavemsofrendo.Deimpac-tos que parecem resultadodoaquecimentoglobalàpro-liferação da poluição e do li-xo e à redução da oferta depeixes, o grupo lideradopelocapitão – e pai – VilfredoSchurmann tem buscado aolongodesuanovaviagem,ba-tizadadeExpediçãoOriente,alertaroBrasileomundopa-ra a necessidade de protegermelhor os oceanos.Uma das coisas que mais

impressionaram a família foi osumiço de uma plataforma degelo na Patagônia chilena. “Há17 anos passamos pelo glaciarPioXI,umdosmaioresdomun-do, e ele vinha até o mar. Umatorrede30, 40metrosdealturae 3 km de largura. Era o maiorglaciardos48doCampodeGe-lo Sul – a terceira maior exten-sãodegelocontinentaldomun-do,depoisdaAntárticaeGroen-lândia”, lembra Vilfredo, queafirmaterenfrentadomuitoge-loe temperaturasmuitobaixasna primeira vez em que esteveno local.“Agora foi umsusto. Há uma

praiade500metrosondeanteseragelo”,registrouquandoafa-mília voltou à região, no mes-mo período do ano em que ti-

nham ido originalmente.A expedição abordodovelei-

roKatcomeçouem21desetem-bro do ano passado e continuaaté dezembro do ano que vem,períodoemqueelesdevempas-sar por quatro oceanos, cincocontinentes e 50 portos noHe-misfério Sul.Observações como a do gla-

ciar Pio XI, além de relatos demoradores das regiões que ex-perimentam mudanças, estãosendoregistradosemvídeosdi-vulgados no site doObservató-riodoClima,coalizãobrasileiracommaisde30organizaçõesdasociedade civil.AindanoChile, Vilfredo con-

taqueseespantoucomaquanti-dade de salmoneiras – criadou-rosartificiaisdesalmão. “Antesnão havia tantas. A maioria atésegue um rigoroso padrão dequalidade,mas ainda assim po-de haver contaminações.”Do lado argentino da Patagô-

nia, a família relata que as fê-meas de pinguins parecem es-tarsedeslocandoemdistânciascada vez maiores para pescar.“Osfilhotesficammuitotemposozinhos.Filmamosumtentan-do ir ao mar desesperado bus-cando comida, mas os adultosacabavamexpulsandoele”,con-ta Vilfredo.

Da costa oeste daAmérica doSul, eles subiram até a Ilha dePáscoa,ondeouviramdeSebas-tián Paolla, pesquisador e guiaturístico,comoosantigosmora-dores acabaram com todas asflorestas do local. “Oque acon-teceu em Páscoa é o que estáacontecendo com o mundo.Páscoa é exemplo mundial decomo uma população que che-gou ao seu esplendor, com to-das as tecnologias possíveis emumlugar, terminousedestruin-do por inabilidade do homem,porsua incompetência,pornãosaberadministrarosseusrecur-sos de forma sustentável”, dis-se Paolla aos exploradores.

Lixo. O passo seguinte foi aIlha Ducie, no Pacífico, onde afamíliaregistrouumaquantida-de enorme de lixo, principal-mente plástico e boias.Outra história que lhes cha-

mouaatenção foioAtoldeMo-pélia,naPolinésiaFrancesa,on-deosmoradorescontarampara

osexploradoresqueamarému-dou. “Antigamente, a maré su-bia e descia,mas temos dias emque ela sobe e chega a ficar atétrês dias altas sem baixar. E so-be muito mais do que antes”,relatou Adrienne Raioho. Se-gundo ela, o clima está muitomaisquenteejáafetaareprodu-çãodospássaros. “Comtempe-raturas mais elevadas, algunsovosdepássaros e alguns filho-tes acabamnão resistindo.”Outras mudanças nos ocea-

nos foram sentidas na própriarotinadosexploradores. “Lem-bro que, na nossa primeira via-gem,agentecolocavaalinhapa-ra pescar e em pouco tempo jápegavadoisoutrêspeixes.Ago-ra, já navegamos por quase 6mil milhas e pegamos nomáxi-moseis peixes ao longode todoo período. Nos parece que temmenos peixe e muito mais lixono oceano”, conta Vilfredo.Ele reconhece que não traba-

lha comdados científicos.Mas,como diz, o mar é o quintal desua casa. “Sabemos que hoje ascoisas podem ainda não estardramáticas, mas, em 50 anos,podemser fatais senada for fei-to para evitar a degradação e asmudanças climáticas.”

Pesquisa.Durante esta expedi-

ção, a família Schurmanndeu início também a um tra-balho inédito com o pesqui-sadorRubensLopes,doInsti-tuto Oceanográfico da Uni-versidade de São Paulo(USP),paracoletarefotogra-far amostras de plâncton aolongo de todo o trajeto queeles vão fazer.Um pequeno sistema de

monitoramento foi acopla-do à embarcação para captu-rar imagens dos organismosmicroscópicos que estão nabasedacadeiaalimentarma-rinha, além de partículas emsuspensão na água. Ele tam-bémmedetemperaturaesali-nidadeda água e vai permitiravaliar, após cruzamentocom imagens de satélite queapontam as cores dos ocea-nos, a concentração de fito-plâncton nas diversas partespor onde o veleiro passar.O trabalho é um piloto

que, se bem-sucedido, pode-rá ajudar no desenvolvimen-to de um tipo de plataformade amostragem que possaser disseminada para outrasembarcaçõesdemodoapos-sibilitar um monitoramentoemescalaglobal. “Poderáseruma ferramenta para enten-derasmudançasclimáticas.”

NAWEB

Passado. Imagemmostra omesmo glaciar em 1998

Poluição.Wilhelm Schurmann recolhe lixo em praia

Portal. Outrasimagens dasviagens da família

estadao.com.br/e/schurmann226

Patagônia. Tripulação da expedição caminha por praia formada após o derretimento de parte do glaciar Pio XI

PelosmaresFOTOS FAMILIA SCHURMANN

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A12 Metrópole SEGUNDA-FEIRA, 12 DE OUTUBRO DE 2015 O ESTADO DE S. PAULO

LOTOMANIA Nº 1.597 10/10/2015Nenhum apostador acertou as 20 dezenas e oprêmio acumulou em R$ 889.866,32.

04 07 10 18 26

34 37 40 41 43

53 56 58 59 79

80 82 83 90 92 www.estadao.com.br

Foot-ball (Campinas) - Tevegrande concorrência de espec-tadores omatch de foot-ballhontem disputado no grounddoHippodromo entre as asso-ciações Athletico Paulistanodessa capital e Guarany, destacidade. O jogo teve lancesemocionantes sahindo vence-dores os paulistanos por 5goals a 2.

LOTOFÁCIL Nº 1.269 9/10/2015

Uma aposta acertou as 15 dezenas e receberá R$2.122.133,58.

01 04 05 07 08

11 13 14 16 17

18 20 21 22 23

MEGA-SENA Nº 1.749 10/10/2015

Sena (acumulou) R$ 25.583.870,58

Quina (78) R$ 28.649,13

Quadra (7.101) R$ 449,56

03 13 14 29 33 43

LOTERIAS SÃOPAULORECLAMAHÁUMSÉCULODUPLA SENA Nº 1.427 9/10/2015

1º sorteio

Sena (acumulou) R$ 4.493.342,61

Quina (93) R$ 2.451,26

Quadra (3.547) R$ 61,20

13 24 27 33 36 48

FEDERAL Nº 5.013 10/10/2015

1º Prêmio 32.389 R$ 600.000,00

2º Prêmio 65.903 R$ 37.200,00

3º Prêmio 32.920 R$ 37.000,00

4º Prêmio 41.645 R$ 36.800,00

5º Prêmio 97.616 R$ 36.608,00

SERVIÇO: O ESTADO PUBLICA DIARIAMENTEAS LOTERIAS. FIQUE ATENTO AO NÚMERO E ÀDATA DE REALIZAÇÃO DOS SORTEIOS.

6www.estadao.com.br/acervo

ATENÇÃO: O QUADRO ABAIXO NÃO DEVE SERUSADO PARA A CONFERÊNCIA OFICIAL DASLOTERIAS. DEPENDENDO DO HORÁRIO DOSSORTEIOS E DO FECHAMENTO DA EDIÇÃO,ALGUNS RESULTADOS PODEM ESTAR DEFASA-DOS. CONFIRA OS RESULTADOS OFICIAIS NOSITEWWW.CAIXA.GOV.BR

Falecimentos

Teve algum direitocomo cidadão ou consumidordesrespeitado?O blog SeusDireitos pode ajudar. Enviesuas reclamações, comos devi-dos documentos,dados pes-soais e contatos, além do no-me dos envolvidos na questão,para o [email protected]

2º sorteio

Sena (0) R$ 0,00

Quina (27) R$ 8.443,22

Quadra (2.076) R$ 104,58

03 04 25 32 37 42

QUINA Nº 3.906 10/10/2015

Quina (acumulou) R$ 6.081.038,21

Quadra (47) R$ 15.576,52

Terno (4.855) R$ 215,41

06 27 42 59 616

Para publicar anúncio fúnebre: Balcão Iguatemi – Shopping Iguatemi 1a - 04, tel. 3815-3523 / fax 3814-0120 – Atendimento de 2ª a sábado, das 10 às 22 horas, e aos domingos, das 14 às 20 horas.Balcão Limão – Av. Prof. Celestino Bourroul, 100, tel. 3856-2139 / fax 3856-2852 – Atendimento de 2ª a 6ª das 9 às 19 horas. Só serão publicadas notícias de falecimento/missa encaminhadas pelo [email protected], com nome do remetente, endereço, RG e telefone, ou para a redação no fax 3856-2560

Diego EmirESPECIAL PARA O ESTADO / SÃO LUÍS

APolíciaMilitardoMaranhãoafirma ter frustrado, na ma-drugada de ontem, o plano decriminososquetentariamres-gatarpresosdoComplexoPe-nitenciário de Pedrinhas, quefica às margens da BR-135, nasaída da capital, São Luís. Se-gundo a corporação, policiaisinvadiram uma residênciapróxima, onde estava o ban-do, houve confronto e trêsbandidosmorreram.De acordo com a assessoria

decomunicaçãodaPolíciaMili-tar do Maranhão, uma equipedo Serviço de Inteligência (SI)da corporação descobriu o pla-no de resgate e policiais foramenviados à casa onde a ação eraplanejada,nopovoadodeCam-boa dos Frades, na Vila Mara-nhão, perto do presídio.Assimquechegaramao local,

ospoliciaisperceberamqueumveículo fazia a segurança daárea.SegundoaPM,umdoscri-minosos começou a atirar con-tra a polícia, que reagiu. Mais

duas pessoas saíram da casa epassaramadisparar.Os três fo-ram baleados e chegaram a sersocorridos,masnão resistiram.EdmilsonGomes da Silva, de

29 anos, Abraão Gomes da Sil-va, tambémde29,ambosdeTe-resina (PI), e um terceiro ho-memnãoidentificadopelapolí-ciamorreram.De acordo com Marco Antô-

nioTerraSchutz,chefedaasses-soriadecomunicaçãodaPMdoMaranhão, é provável que o al-vo do resgate fossem prisionei-ros envolvidos em assaltos abancos. A afirmação do militaré baseada no armamentoapreendido com os suspeitos.Foram encontrados duas esco-petas de calibre 12, duas pisto-las .40, uma submetralhadora380, 99 munições de calibre 12,40munições de .40, oito explo-sivos e umcarro complaca clo-nada do Piauí, além de celula-res. Schutz afirma que outroscriminosos devem estar envol-vidos na ação de resgate.Namanhãdeontem, foiaber-

to um inquérito para investigarse há envolvimento de milita-

res, agentes carcerários ou ou-tros funcionários do sistemaprisional na tentativa de fuga.

Recorrente. Em abril desteano,quatropresosforamresga-tadosdePedrinhaspor oitoho-mens armados. Eles aproveita-ramuma falha na cerca elétricadomuro e usaram uma corda euma escada para fugir, com es-colta do grupo armado, que ati-

rava com fuzis contra as guari-tasdesegurançadoPostodaPo-lícia Rodoviária Federal, que fi-ca a menos de um quilômetroda prisão.Na sexta-feira, o Tribunal de

Justiça doMaranhão concedeuum indulto para que 337 prisio-neiros passassem o feriado doDiadaCriançaemcasa.Emmé-dia, cerca de 20% dos presidiá-rios que recebem o benefícionão voltam para o complexo.O Complexo Penitenciário

de Pedrinhas é conhecido den-tro e fora do País por rebeliões,fugas,torturaemortesdedeten-tos. Em junho, o local foi visto-riadoporentidadesdeproteçãoaos direitos humanos, que de-nunciaram diversas violações,comousodegásdepimentape-los agentes para “controlar” ospresos.Emagosto, foi avezdeoConselhodeDireitosHumanosdaOrganizaçãodasNaçõesUni-das (ONU) visitar o local.

Preso morto. Em Guararapes,no interior de São Paulo, umpreso em saída temporária doDia da Criança foi assassinadocomnove tiros,na frentedeumrestaurante, às margens da Ro-dovia Marechal Rondon (SP-300), na tarde de sexta-feira.AlbanoMoreiraBarbosacum-

pria pena por um dos maioresassaltos a carro-forte do País,em 1997, quando 13 assaltantesroubaram R$ 1,7 milhão, numaaçãocinematográficaemAraça-tuba (SP). Barbosa é o terceiroacusado pelo crime assassina-do. Os outros dois foram mor-tos durante as investigações. Apolíciaatribuioassaltoeasmor-tesaoPrimeiroComandodaCa-pital (PCC). / COLABOROU CHICOSIQUEIRA, ESPECIAL PARA O ESTADO

AçãodaPMpara evitarresgate emPedrinhasdeixa trêsmortosPoliciais invadiram casa perto da penitenciária, no Maranhão, ondecriminosos articulavam a libertação de comparsas; houve confronto

Angelo Visconti Farabotti –Aos 85 anos. Filho de Bruno Fara-botti e Rosina V. Farabotti. Era casa-do com Regina. Deixa os filhos Fá-bio, Rosa e Andréa. O enterro foi rea-lizado no Cemitério do Araçá.MISSASLeonor Volpini – Hoje, às 18h30,na Igreja São Gabriel, na Av. SãoGabriel, 108 (1 ano).Judith Pina Dal´Mas – Amanhã,às 19 horas, na Igreja Matriz NossaSenhora Sagrada Família, na Praça

Cardeal Arco Verde, 100, São Cae-tano do Sul (7º dia).MariaMagalyLisboaMalheiros– Amanhã, às 19h30, na Igreja doSantíssimo Sacramento, na Rua Tu-tóia, 1.125, Paraíso (7º dia).JoaquimAugustoAmaral Sal-les– Amanhã, às 18 horas, na Igre-ja Nossa Senhora Mãe da Igreja, naAlameda Franca, 889 (7º dia).Sidnei Luiz Tenucci Junior (Si-dão)– Amanhã, às 19 horas, na Pa-róquia Nossa Senhora Mãe do Sal-

vador, na Av. Professor FredericoHermann Junior, 105 (7º dia).Fábio da V. Oliveira Neto – Dia14, às 12h45, na Igreja N. Sra. do Bra-sil, na Pça. N. Sra. do Brasil (7º dia).José Roberto Dilguerian – Dia14, às 10 horas, na Capela do Insti-tuto Meninos de São Judas Tadeu,Av. Itacira, 2.801 (3 meses).Lúcio Benecdito das Merces –Dia 14, às 12 horas, na ParóquiaSanta Cecília, no Largo Santa Cecí-lia, s/n (1 ano).

l Retrato

MARCOS VIDAL/FUTURA PRESS

Fogo atinge 50 boxes de camelódromoUm incêndio destruiu ontem cerca de 50 boxes do Camelódromo daRua Uruguaiana, polo de comércio popular no centro do Rio. Ninguémse feriu e uma saída da estação de Metrô que fica perto foi fechada.

4mortes e 14 fugas foramregistradas em Pedrinhas noprimeiro semestre de 2015

1.786presos é a capacidade do local,que tem superlotação de 45%

10%foi o crescimento da populaçãocarcerária do Maranhão noprimeiro semestre do ano

Serviço funerário da Prefeitura:0800-109850 (24 horas)www.prefeitura.sp.gov.br/servicofunerario

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O ESTADO DE S. PAULO SEGUNDA-FEIRA, 12 DE OUTUBRO DE 2015 Metrópole A13

Os cursos da USP poderãodar pesos diferentes para aRedação epara cadaumadasquatro provas objetivas doEnemnaseleçãodecandida-tos. Isso significa que a mé-dia em Matemática valerámais em algumas carreirasdoqueemoutras.Essemode-lojáéadotadopelasuniversi-dades federais que ofertamvagas pelo Sisu.A Pró-Reitoria de Gradua-

ção da USP informou que oscursos adotarão pesos 1 e 2paraasprovas.Asnotasmíni-mas serão, na média, de 500pontos, em mil possíveis noexame. O detalhamento dopesodanotapor carreira, se-gundoauniversidade,serádi-vulgadodepoisdaassinaturado termo de adesão ao Sisu

com oMinistério da Educação,ainda sem data definida.As diferenças nos pesos das

provasprovocamvariações sig-nificativas para os candidatos.Em Medicina na Universidade

Federal do Rio de Janeiro (U-FRJ), a nota em Redação valeumterçodo resultado final, en-quantoMatemática correspon-de a 11%. Já nomesmo curso daUniversidade de Brasília

(UnB),asituaçãopraticamentese inverte: Redação vale 8% doresultado final e Matemáticaequivale a 31%.EmMedicinanaFederal de Minas Gerais(UFMG), todas as provas têm

peso idêntico.Adiferençapodeexistir até entre cursos iguaisofertados por câmpus diferen-tes de umamesma instituição.

Calibragem. A noção sobre os

pesos das notas, de acordocom professores de cursi-nho,ajudaaorientarestraté-gias de preparação e para re-solver o exame. Se na carrei-ra pretendida a Redação valebemmaisdoqueaMatemáti-ca,o candidatopodedirecio-nar melhor seus esforços,principalmentenosminutosfinais de prova.Essa preocupação com os

pesos das provas, no entan-to, aindaépoucocomumen-tre os candidatos que já con-correm a vagas pelo Sisu. “Amaioria mostra grande des-conhecimento sobre comofuncionaacomposiçãodeno-taemcadacurso”,avaliaPau-lo Moraes, diretor de ensinodo Anglo Vestibulares.A USP também disse que

não há possibilidade de usaroEnemparacompornotaoucomoumadas fasesdovesti-bular. O ingresso se dará so-mentepeloresultadodoexa-me ou pelas tradicionaisduas etapas da Fuvest.Auniversidadeaindainfor-

mará quais os procedimen-tos específicos para o candi-dato que for aprovado nasduas provas. / V.V.

Cursos darão pesos diferentes para as provas do exameMédia em Matemática,por exemplo, valerámais na disputa poralgumas carreiras doque em outras

Compartedasvagasreserva-das para o Enem, alguns cur-sos devem ter concorrênciamaior na Fuvest deste ano.Quem não pode tentar o in-gressopeloexamefederalde-veterumamissãoaindamais

complicada na Fuvest.“Eu costumavame guiar pela

nota de corte dos anos anterio-res, mas acho que vai subir umpouco por causa dessa diferen-ça de vagas”, dizKimberlyMat-tos,de19anos,candidataaocur-so de Ciências Biológicas, queoferta 18das 120vagaspara alu-nosdaredepública,peloEnem.“Precisarei acertar omáximo

dequestõesqueeupuder”, afir-maa jovem,quevai tentaracar-reira pela Fuvest.A relação de candidatos por

vaga da Fuvest ainda não foi di-vulgada, mas o total de inscri-tos superou 142,6 mil. No anopassado, foram 141,9mil.Laís Fernandes, de 20 anos,

que pretende fazer Direito nacapital, não se preocupa com adisputamais acirrada. “Não es-tou com medo disso. São pou-cas vagas para o Enem (92 das460)”, afirma. “E fiquei muitosatisfeitacomadecisãodecolo-carmais alunosdeescolapúbli-ca, pois aUSPsempre foimuitoelitista”, elogia.A decisão de usar o Enem co-

mo alternativa de ingresso éuma estratégia daUSP para au-mentaronúmerode ingressan-tesdaredepública.Ametaéter,até 2018, metade dos calourosvindos da escola pública. Nesteano, a taxa foi de 35,1%. Partedosespecialistasdefendereser-vas de vagasmaiores para que a

USP atinja o objetivo no prazo.AconcorrêncianaFuvest, se-

gundo professores, deve cres-cer apenas para os cursos queofertam número significativodevagaspeloEnem.“Nãodápa-ra saber se aumenta a nota decorte. Vai depender do grau dedificuldade da Fuvest nesteano”, explica Paulo Moraes, doAnglo Vestibulares. “Mas issonão deve gerar ansiedade nocandidato:eledeveestarprepa-radoparatodotipodeprova.”

Expectativa. Como a USPnunca fez parte do Sisu,alunoseprofessorestam-bém especulam sobre

como será a procura de vagaspelosistema.Comacessoemto-do o País, o novo formato deveatrair talentos da rede pública

de locaismais distantes.“São candidatos que antes

não vinham a São Paulo parafazer a Fuvest”, afirmaPauloMoraes, diretordeensinodoAnglo. “Se a seleção é restri-ta,emvárioscasos,acandida-tosdeescolapública,porou-tro ladoficamaisabrangenteporenvolveralunosdoBrasilinteiro”, acrescenta.Já para as notas de corte, a

expectativa é de que algunscursos daUSP estejam entreosmaisdifíceisdoSisu.Direi-to do Largo São Francisco eMedicina de Ribeirão Pretoestão entre as principaisapostas.Das dez maiores notas de

cortedoSisunoprimeiro se-mestre de 2015, seis eram deMedicina e uma de Direito.Todas foram de cursos deuniversidades federais. /V.V.

NAWEB

Concorrência naFuvest deve crescernos cursos comnúmero significativode vagas pelo Enem

Expectativa é de quenota de corte subaemalgumas carreiras

Victor Vieira

Entrar na Universidade deSãoPaulo(USP)étarefadi-fícil, mas neste ano partedos candidatos terá duaschances para conquistar avaga.AlémdaFuvest, tradi-cionalmétodode ingresso,a instituição vai adotar oExameNacionaldoEnsinoMédio (Enem) para preen-cher 13,5%das 11.057 cadei-ras. A novidade faz comque vestibulandos mudemestratégias de estudo e re-vejam cálculos das notasde corte.Ao longo de 2015, cada fa-

culdade da USP decidiu seusariaoEnemcomovestibu-lar alternativo. Dos 144 cur-sos, 85 usarão o exame fede-ral, alémdaFuvest. As cadei-rasserãodisputadaspeloSis-tema de Seleção Unificada(Sisu), plataforma digital doMinistério da Educação quereúne vagas no ensino supe-rior público.O total de vagasvia Enem varia em cada gra-duação.Omodeloseráadota-donovestibular 2016demo-do experimental.Após três tentativas frus-

tradas na Fuvest, André Fer-nando, de 21 anos, ex-alunodeescolapública,agoraapos-ta no exame federal. “Nuncafui aprovado para a segundafase da Fuvest. Além de serconteudista, a prova émuitoconcorrida”, diz. “Meu focosempre foi a USP, mas noEnemmedeimelhornosou-tros anos.”

Em vez de provas anterioresdaFuvest, comohavia feitonosoutros anos, Fernando se con-centrouemquestõesantigasdoEnemnesta preparação.Até a graduação pretendida

mudou: de Publicidade paraMarketing, naUSPLeste. Apri-meira,alémdeterconcorrênciae nota de corte maiores, nãoofertará vagas pelo Enem.“Marketing é um curso mais

simples de entrar e da mesmaárea. Além disso, posso tentartransferênciadepois”,explicaojovem.Mas ele não tem ilusõesdequeatarefaseráfácil.“Comoeu, muitos vão com tudo noEnempara entrar na USP.”Ascarreirastopdauniversida-

de, na maioria, ficaram fora dalista de ingresso via Enem, co-moMedicinadacapitaleaEsco-la Politécnica. Mas algumas es-

colas tradicionais investiramnamedida,comoDiretodoLar-go São Francisco eMedicina deRibeirão Preto.Outra diferença é no tipo de

reserva de vagas. Cerca de 77%das cadeiras pelo Sisu serão ex-clusivasparaalunosdaredepú-blica. Das vagas pelo Sisu, a re-servaparapretos,pardose indí-genasdeescolapúblicaéde15%– e é a primeira vez que a USP

adotacota racial.Apenasosdezcursos da USP Leste e outrostrêsdocâmpusdoButantãopta-ramporconsideraracordocan-didato na seleção.AestudanteVictoria Santelo,

de 18 anos, prioriza seus estu-dos na Fuvest, embora preten-da fazer Letras, curso que tam-bém oferece vagas pelo examefederal.“SeeuestudoparaaFu-vest, que é bemmais complexa,

tambémme preparo para osoutros vestibulares”, explicaa ex-aluna da rede pública,que vai tentar a vaga pelasduas provas. “No Enem, sãomuitas questões em que épossível interpretarotexto”,diz. “A Fuvest cobra fórmu-las. Se você não souber, ficasem responder a questão.”

Preparação. Márcio Gue-des, coordenador do CursoPoliedro de São José dosCampos, concorda que alu-nos de escola pública devemter mais facilidade com oEnem. “Comparado com aFuvest, o examepropicia umrendimento melhor para es-se grupo”, avalia. Para Ales-sandra Venturi, doCursinhodaPoli, a preferênciaporFu-vest ou Enem depende doperfil do aluno. “Alguns sen-temmaisfacilidadecomaFu-vest por ser uma prova quevaimais direto ao ponto.”É fundamental entender

as diferenças entre os estilosdostestes.Simuladoseques-tões de provas anterioresdãopistas sobreo tipode co-brança – e algumas questõessãoquase asmesmas deumaediçãoparaaoutra.Tambéméimportantecuidarparaquea ansiedade de uma provanão interfiranaoutra. “Adis-tância entre as provas é pe-quena, então é importantetrabalhar o lado psicológi-co”, diz Alessandra. A provadoEnemocorrenosdias24e25eaprimeira fasedaFuvestserá no dia 29 de novembro.

Portal. Veja 8 cursos da USP queterão vagas preenchidas pelo Enem

Alunosmudamestratégia de olho naUSPestadao.com.br/e/8cursosusp

Parte dos candidatos tentará entrar na USP fazendo tanto Enem quanto Fuvest

NOVO FORMATO

INFOGRÁFICO/ESTADÃOFONTE: USP

TOTAL DE VAGAS VIA ENEM/SISUEM NÚMERO TOTAL INCLUINDO VAGAS FUVEST

Cursos com mais vagas via Sisu

Letras

Direito

História

Pedagogia

Sistemas da Informação

11.057

1.4999.558FUVEST ENEM/SISU

ENEM/SISU ESCOLA PÚBLICA

ENEM/ SISU/AMPLA CONCORRÊNCIA

3401.159*

170

92

54

54

54

849

460

270

180

180

TOTAL DE VAGAS

*Do total, 225 são reservadas a pretos, pardos e indígenas

l Foco

Esforço.Kimberlyprevê dificuldadepara conseguir vaga

Além da Fuvest, instituição oferecerá 13,5% das vagas pelo Sisu, que usa nota do Enem; candidatos focam estudo nas provas anteriores

6

“Estouapostandotodas as cartasno Enem paraentrar naUSP.”André FernandoCANDIDATO A VAGA

EM MARKETING

TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO

WERTHER SANTANA/ESTADÃO-9/10/2015

Plano.André Fernando, de 21 anos, resolveu se concentrar no estudo das últimas provas do Enem, não da Fuvest

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A14 SEGUNDA-FEIRA, 12 DE OUTUBRO DE 2015 O ESTADO DE S. PAULO

Ciro Campos

Carlos Miguel Aidar deixaráamanhã a presidência do SãoPaulo. Acuado pela crise po-lítica e isolado pela saída deantigosaliados,odirigenteto-mou a decisão durante o fimde semana e sai para evitarum processo de impeach-ment,quejátemsidoarticula-doporopositores. Ele vai ofi-cializarsuasaídaemumareu-nião com ex-membros da di-retoria. A informação foi pu-blicadapeloportalUOLecon-firmada pelo Estado.Pressionado, Aidar cedeu e

convocouumencontrocoman-tigos colegas de gestão amanhãpara oficializar a saída do cargoe entregar ao Conselho Delibe-rativoacartaderenúncia.Opre-sidentedoórgão,CarlosAugus-to de Barros e Silva, o Leco, vaipassar a assumir a presidênciadoclubepor 30dias e, ao fimdoprazo, terá de convocar novaseleições. O mandato do suces-sordeAidarvai atéabrilde2017eLecodevetentarcontinuarnopoder.Os acontecimentos da últi-

masemanaminaramaforçapo-lítica de Aidar e o isolaram nocargo. No sábado, o presidenterecebeuocomunicadodequeogrupopolítico lideradopeloan-tigovice,JúlioCasares,haviare-tirado o apoio e passava a inte-grar a oposição. Na sexta-feira,o presidente se reuniu com assuas filhas e repensouadecisãodecontinuarnocomandodian-te de tantos conflitos.A crise política no Morumbi

se acelerou como rompimentoentre o presidente e Ataíde GilGuerreiro, ex-vice presidentede futebol.Os dois brigaramnasegunda-feira e, na sequência,

Guerreiro foi exonerado. A saí-dadodirigente responsávelporcuidardodepartamentodefute-bolmotivouumprincípiodede-missãocoletivanadiretoriaeAi-dar resolveu, então, solicitar atodos que entregassem os seuscargos.Naquinta-feira,Aidarconvo-

cou uma reunião com ex-presi-dentes do clube para conversarsobre as mudanças na gestão epedir para que acompanhas-sem o trabalho de reestrutura-ção de diretoria. Embora aindaestivesse confiante, o dirigenteviuume-maildoex-aliadoAtaí-

de Gil Guerreiro ser publicadonaimprensacomacusaçõesgra-ves à gestão, como denúnciasde irregularidades e desvio dedinheiro em transferências dejogadores. No texto, Ataíde co-menta que gravou uma conver-sa entre os dois para provar.

Gravação. O dossiê preparadopor Ataíde motivou a convoca-çãodeumareuniãoextraordiná-riadoConselhoDeliberativopa-raodia22deoutubro.Osmem-bros iriam ouvir a gravação daconversaeescutarodepoimen-todoex-vicedefutebol.Aoposi-

ção também pretendia articu-larumimpeachment, comaen-tradadeumofício contraopre-sidentedoSãoPaulo.Agoranãoserámais necessário.Aidar assumiu o cargo em

abril de 2014, comosucessor deJuvenalJuvêncio.Foiasegundapassagemdodirigentepeloclu-be. A primeira foi entre 1984 e1988, quando o São Paulo con-quistou comoprincipal título oCampeonato Brasileiro de1986.Naatual gestão,odirigen-tecolecionoupolêmicasedesa-fetos e deixa a presidência semconquistar nenhum título.

Chegaao fimEraAidar noSãoPaulo

Esportes

RETROSPECTIVA

OmelhordaTV

LewisHamilton venceoGPdaRússia e seaproxima do tri Pág. 16

Abril de 2014Briga com rivalEmseus primeiros dias co-mo presidente, Aidar tirouAlanKardec do Palmeiras e,após ser chamadopelo presi-dente do rival, PauloNobre,de antiético, disse que a ati-tude do dirigente era patéti-ca e que o Alviverde estavase apequenando.

Agosto de 2014Filha contratadaMariana Aidar, filha do diri-gente, foi contratada comoassessora da presidência edeixou o cargo após suspei-tas de que participava de ne-gociações de atletas.

Setembro de 2014Demissão de JuvenalJuvenal Juvêncio foi demiti-do do cargo de diretor dabase e saiu acusando o diri-gente de traição.

Dezembro de 2014Bônus para namoradaAidar pagava 20%de comis-são para a empresa deCini-raMaturana, sua namorada,para cada contrato que elaacertasse para o clube. Opagamento só parou apósser descoberto.

Maio de 2015Paraíso fiscalContrato com aUnder Ar-mour previa o pagamentode R$ 18milhões para umaempresa deHongKong, emumparaíso fiscal, em que odono era um empresáriochamado Jack. Após esperarpor explicações e pela apre-sentação do empresário, oConselhoDeliberativo resol-veu vetar o pagamento.

Outubro de 2015Caso MaidanaSão Paulo contratou o za-gueiro IagoMaidana de umclube goiano, dias depois deele deixar o Criciúma. ACBF suspeita que a negocia-ção teve a participação deempresários, algo que não émais permitido.O clube po-de ser punido até coma proi-bição de contratar jogado-res na próxima temporada.

Gestãocercadadepolêmicas

MarceloOliveira faztestesnaescalação

Tite vai esperar examesparadefinir a equipe

FELIPE RAU/ESTADÃO-8/10/2015

Ex-dirigentesestãonamiradaJustiça

lFUTEBOLELIMINATÓRIAS DA EUROCOPAÁustria x Liechtenstein13h / ESPNSuécia xMoldávia13h / SPORTV 2Rússia xMontenegro13h / SPORTV 3Ucrânia x Espanha15h45 / ESPN BRASIL /SPORTV 2Lituânia x Inglaterra15h45 / SPORTVAMISTOSOSeleção brasileira olímpica x Haiti19h / SPORTV

lTÊNISMASTERS 1000Etapa de Xangai7h / SPORTV 2

Ex-chefe.Aidar conversa com o técnico Doriva, que foi contratado na quarta-feira depois da saída de Juan Carlos Osorio

140

Com a presença do ex-jogadorholandês Clarence Seedorf, otécnico Marcelo Oliveira co-mandouontemumtreino cole-tivo e fez alguns testes no Pal-meirasparaapartidadequarta-feira, contra a Ponte Preta, noAllianz Parque. A atividade naAcademia de Futebol foi fecha-da à imprensa.A escalação da equipe para o

confronto com o time de Cam-pinas é um mistério. Os meiasRobinhoeZéRobertoserecupe-ramde lesõesmusculares eain-da não têmpresença garantida.OlateralJoãoPedroeatacan-

teGabriel Jesus estão coma se-leção olímpica – jogam hoje ànoite na Arena Amazônia con-traoHaiti–eaindaserãoavalia-dos quando retornarem a São

Paulo para saberem se terãocondições de jogo.Um desfalque é certo: o ata-

cantesLucasBarriosestá comaseleçãoparaguaia, joga amanhãcontra a Argentina, em Assun-ção, e não retornará a tempo deenfrentar a Ponte Preta.

Visita. Seedorf deu uma pales-tra na noite de sábado no 1.ºCongresso Palmeiras de Ciên-ciasdoFuteboleaproveitoupa-ra visitar a Academia de Fute-bolontem.Oholandêsfoiacom-panhado pelo gerente de fute-bol,CíceroSouza, eodiretordefutebol, Alexandre Mattos. Nofim do treino, o holandês reen-controu o atacante RafaelMar-ques e o lateral-direito Lucas,seus companheiros na épocaemque defendeu o Botafogo.Ontem, três garotos do time

Sub-20 participaram do treino:Yuri (zagueiro), Jobson (meia)e FábioHenrique (atacante).

Após ganharem o domingo defolga, os jogadores do Corin-thians voltam aos treinos hojepela manhã no CT do ParqueEcológico. Se nos primeirosdiasdaparalisaçãodoCampeo-nato Brasileiro a prioridade foirecuperar os jogadores fisica-mente, agora Tite começará atrabalharefetivamentenamon-tagem da equipe para o jogo dequinta-feira, contra oGoiás, noItaquerão.Aprincipalnovidadedeveser

na lateral esquerda, comavoltade Uendel. Fora da equipe des-deodia16desetembro,quandosofreu uma lesão muscular nacoxaesquerdacontraoInterna-cional, o lateral voltou aos trei-noscomorestantedoelenconasemana passada.

Tite ainda não sabe se contrao Goiás terá o zagueiro Gil, omeiaRenatoAugusto eovolan-te Elias. O trio está com a sele-çãobrasileiraemFortaleza, on-de enfrenta a Venezuela, ama-nhã,noCastelão,nasegundaro-dadadasEliminatóriasdaCopadoMundo de 2018.Somente Elias é titular da se-

leção, mas existe a possibilida-de de Gil começar jogando navagadeDavidLuiz, cortadoporlesão. Como o confronto con-tra o Goiás será realizado me-nos de 48 horas depois do jogodo Brasil, a condição física dosjogadores será avaliada atravésde examesmédicos na quarta ena quinta-feira e, somente mo-mentosantesdapartida,équeotime titular será definido.Na defesa, Tite não poderá

contar com o zagueiro Felipe,suspenso. Ele será substituídopor Edu Dracena. Se Gil tam-bémficarfora,Yagoserátitular.

Acuado por denúncias de ex-vice de futebol e isolado politicamente no Morumbi, presidente confirma que vai protocolar a sua renúncia amanhã

A Justiça espanhola tenta ouviros ex-presidentes do SantosLuis Álvaro deOliveira eOdílioRodriguessobreapolêmicaven-dadeNeymarparaoBarcelona.O juiz José de laMata, da Au-

diênciaNacionaldaEspanha, jáenviou duas cartas rogatóriasao Brasil solicitando coopera-çãoparaqueosex-dirigentesse-jam interrogados, de acordocom a agência de notícias Efe.Matapediuqueumjuizbrasilei-ro ouça Luis Álvaro e Odílio,mas também mostrou-se dis-postoaenviarumacomissãoju-dicial ao Brasil.A Justiça da Espanha apura

denúncia feita pela DIS, grupoque detinha parte dos direitosdeNeymar.

Fórmula 1

Próximopresidentepode ficar até 2022nocargo

SÃOPAULO. LEIA MAISNOTÍCIAS DO CLUBE NOestadao.com.br/e/saopaulofc

PALMEIRAS. LEIA MAISNOTÍCIAS DO CLUBE NOestadao.com.br/e/palmeiras

MUDANÇA

CORINTHIANS. LEIAMAIS NOTÍCIAS NOestadao.com.br/e/corinthians

Futebol paulista

SANTOS. LEIA MAISNOTÍCIAS DO CLUBE NOestadao.com.br/e/santosfc

Logo após Carlos Miguel Aidaroficializarsuarenúnciaterá iní-ciooprocessoparaaescolhadonovo presidente do São Paulo.Por enquanto, Carlos AugustoBarroseSilva,oLeco,presiden-tedoConselhoDeliberativo,se-rá o responsável por comandaroclubee,dependendodosresul-tados das eleições, pode ficarno comando até 2022.

De acordo com o estatuto doclube, Leco assume interina-mente o cargo e tem 30dias pa-ramarcarumanovaeleição.Elejá avisou que vai ser candidatopara assumir o mandato de Ai-dar, que vai até 2017.Casoassumaocargo,Lecopo-

derá ser eleitomais duas vezes,já que a substituição de Aidarnãoé, de acordocomoestatuto

doclube, consideradoumman-dato completo. Assim, ele ter-minaria o mandato de Aidar eficariamaisseisanosnopoder–doismandatos de três anos.Ementrevista à ESPN, o diri-

gente disse que espera aprovei-tar a crise para recolocar o SãoPaulonoseixos.“Esseéummar-co.Apropostaéexatamentees-sa, que se transforme esse mo-

mentodecrisenumanovaera”.Os candidatos à presidência

doclubeaindanãosãoconheci-dos e existe até a possibilidadede Leco aparecer como chapaúnica já que alguns conselhei-rosdaoposiçãotambémoapoi-am,mas a tendência é que exis-tam pelomenos dois nomes nadisputa.“VamosencontraroSãoPau-

lo num momento de turbulên-cia, mas precisamos ter ciênciaque, a partir do momento emqueestivermos lá, se iniciaumanova trajetória”, disse Leco,quechegouasercogitadocomocandidato de Juvenal Juvêncionaeleição realizadanoanopas-sado, mas o ex-presidente aca-bou optando por lançar Aidarcomo seu sucessor.

Carlos A. de Barros e SilvaPRESIDENTEDOCONSELHODELIBERATIVO

“Esse é ummarco.A proposta éexatamenteessa, que setransforme essemomento de crisenuma nova era”

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O ESTADO DE S. PAULO SEGUNDA-FEIRA, 12 DE OUTUBRO DE 2015 Esportes A15

A seleção não costuma ter vidamansaemEliminatórias.Mes-monosperíodosemqueeste-

verecheadadecraques,enfrentouco-brança –maior oumenor, de acordocomocomportamento dela na traje-tória para as Copas. Mas historica-mentefoipressionadapelotorcedor.Mais por aqueles de Sul e Sudeste,menos pelos deNorte eNordeste.Os temposmudaram, estão bicu-

dos e a carga é generalizada sobre aturma da amarelinha, sem distinçãode regiões. A paciência do públicoesvaziou,peloacúmulodetrapalha-das, e não se esparramam rapapéspara os rapazes comamesma gene-rosidade de outras épocas. Inclua-

senoblocoacomissão técnica,nomo-mento sintetizada na figura deDunga.Vem exigência por aí. A programa-

ção prevê para amanhã a segunda das18 partidas na rota para a Rússia. Ouseja, há gramado a pisar e bola a rolarsemdó até a definição dos 4 represen-tantes da América do Sul, em novem-brode 2017– fora a chancena repesca-gemparaoquintocolocado.Colherdechá demais para só dez concorrentes.Mesmoassim,ojogocomaVenezue-

la desponta com o carimbo de “peri-go”.Certo, todarodadatempeso,numcenárioemqueequipesantesinsignifi-cantesecandidatasasacodepancadasevoluíram e passaram a incomodar osbichos-papões tradicionais. Estão aí

os 2 a 0 doEquador sobre a Argentina,emBuenosAires,paracomprovarare-viravolta, ou, se preferir, paramostrarque “não hámais bobo no futebol”.Porém,nocasodesta terça-feira, em

Fortaleza, a pressão precoce se justifi-

ca por diversos motivos. O Brasil dei-xouimpressãoruimnaestreia,naquin-ta-feira passada, em Santiago. Nemtanto pelo placar – 2 a 0 para o Chileatualmentenãopesamcomodesonra.Desconfortávelfoiodesempenhoin-

sosso, sem graça, desprovido de emo-ção. A equipe que foi a campo pareciacomtantasoutrasqueexistemnomun-dodabolaequeficamnabasedochoveenãomolha.Tãopasteurizadaseseme-lhantes que nem se distingue a nacio-nalidade, a não ser pelos escudos dasfederações que levamno peito.Eisacarênciadaseleçãodehoje:mal

se reconhece nela o jeito brasileiro dejogar,seéqueaindaexistaumacaracte-rística que o destaque. Jogadores co-muns e globalizados, esquemamanja-do, com as variações e a combinaçãode números que inundam as telas detevê. Criatividade pouca, ousadia novolumemorto,desconfortonasderro-tas parecido com o de político pegocom a boca na botija, ou seja, quasenulo, como se não fosse com ele.Repare que,mesmo emderrotas, re-

correma palavreado padrão de que es-tão bem, no caminho certo, etc. Decla-rações feitas nas entrevistas coletivasobrigatórias ou nas zonas mistas.Idênticas, desprovidas de conteúdo,apressadas. Note como jogador estásempre com pressa, para recolocar ofone de ouvido ou para embarcar devoltaparaopaísondeatua.Jogodesele-ção é umentre tantos compromissos –

enãonecessariamenteomaisimpor-tante. Nacionalismo de fachada.Dungaacenacomalteraçõesnaes-

calação.Pormaisquedefendaosmo-ços que convocou, sabe que a sele-çãonãonasceprontanasEliminató-rias. O normal é o contrário, ela semolda à medida que a competiçãoavance,paratercorpo,mentalidade,esquema, nomes delineados pertoda disputa doMundial.Com o que dispõe para o desafio

com os venezuelanos, Lucas Limadespontacomoopçãonomeio-cam-po,depreferêncianolugardeOscar.O santista tem jogado muito, comoo companheiro dele RicardoOlivei-ra. O artilheiro do Brasileiro, em 15minutos em campo no Estádio Na-cional,fezmaisdoqueHulk.Nadefe-sa,Marquinhos tem nova oportuni-dade, comDavid Luizmachucado.O Brasil entra pressionado e tem

de aprender a conviver com o des-conforto. Sem fazer cara feia nemconsiderar que críticos e públicossão antipatriotas. Papo furado.Aplausos e elogios virão como res-posta ao que for mostrado pelo ti-me. A bola, portanto, está com osjogadores e como professorDunga.

Albânia consegueclassificação inédita

ANTEROGRECO

Agressividadeparaconquistar o torcedor

Almir LeiteENVIADO ESPECIAL / FORTALEZA

Uma equipe bastante ofensi-va. Assim será o Brasil ama-nhã, contra a Venezuela, emFortaleza, na segunda roda-das das Eliminatórias. Aagressividade se explica: a vi-tória na primeira partida emcasa, e ainda por cima contraum dos adversários mais fra-cos da disputa, é obrigação.Nessetipodesituação,atacarsempreéamelhorestratégia.O técnico Dunga ainda não

definiu se fará alterações no ti-me que perdeu para o Chile naestreia por 2 a 0, embora tenhatestado Filipe Luís no lugar deMarceloeLucasLimanodeOs-car. Fez isso no treino de sába-do e também no de ontem,quandoexperimentouaindaLu-casMoura no lugar deWillian.Masotreinador jádeixoucla-

ro que vai exigir dos jogadoresquepressionemomáximopos-sível a saídadebola do adversá-rio e, com a posse de bola, ata-quem bastante, com toquesrápidos, inversões de jogo e su-bidas dos laterais.Sufocaroadversárioparaten-

tarmarcarogolrapidamentete-ráduasvantagens:dartranquili-dadeaotimeemcampoeàtorci-dana arquibancada. “Se a gentepartir para cima desde o início,com certeza vamos chamar atorcida para o nosso lado”, dis-se ontem omeiaWillian.Será preciso também ter efi-

ciência nas conclusões. ContraoChileo timepecouaoterboaschances e acabou sendo derro-tado, pois o adversário foi maiscompetente em aproveitar asque teve. “As oportunidadesvão aparecer e a gente tem deestar preparado para colocar abolaparadentro”, afirmouo jo-gador doChelsea.Willian também percebeu a

necessidadedeoBrasil termaisousadia ao atacar. “Precisamosentrarmais na área do adversá-rio,ecommaisgente.Assimva-mos conseguir (fazer) maisgols.Temosdesermaisagressi-vos na hora de finalizar.”

ERIVAN, Armênia

AseleçãodaAlbâniafezhistóriaontem ao derrotar a Armêniapor 3 a 0 fora de casa. Com avitória em Erivan, a equipe seclassificou pela primeira vez nahistória para Eurocopa.

A Albânia ficou com a segun-davagadoGrupoI,atrásdePor-tugal, e desbancou o favoritis-modaDinamarca,terceiracolo-cada, que terá de disputar a re-pescagem.“Foi um grande sucesso, isso

é óbvio. O placar não importa-

va, o importante era ganhar,conseguir os três pontos e ficarem segundo lugar no grupo. Fi-camosfelizescomtodasasvitó-rias, mas esta é a mais valiosa”,disseo técnicodaAlbânia,o ita-lianoGiovanni de Biasi.Quem também garantiu vaga

naEurocopaontemfoiaAlema-nha. EmLeipzig, os atuais cam-peões domundo voltaram a jo-gar mal, mas venceram a Geór-gia por 2 a 1. Os torcedores nãoperdoaram e vaiaram o time nointervalo. A Alemanha chegou

pressionada ao jogo porque naquinta-feira a equipe havia sidoderrotadapela Irlandapor 1 a0.“Estamoscontentespelaclas-

sificação, mas não com as duasúltimas partidas. Este não é onosso nível. O que nos resta étrabalharmais”,admitiuotécni-co JoachimLöw.

Grande fase. Robert Lewan-dowski deixou a sua marca navitóriadaPolôniapor2a1sobreaIrlandaemVarsóviae,alémdegarantir a classificação da sua

seleção para a Eurocopa, igua-lou o recorde demaior artilhei-rodeumaediçãodaseliminató-rias do torneio.Lewandowski chegou aos 13

gols, mesmo número do norte-irlandês David Healy em2006/07. O atacante do BayerndeMuniqueestánomelhormo-mento da carreira.Nas últimas seis partidas (in-

cluindoos jogospeloclube),elemarcou 15 gols. “Eu tenho quedizer que eu estou muito orgu-lhoso”, disse Lewandowski.

Após jogoruim,Hulkquer reagir

l] [email protected] | http://blogs.estadao.com.br/antero-greco

Com obrigação devencer, seleção serábastante ofensiva pararesolver o jogo logo e terpaz no Castelão

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Eurocopa

Hulk ficou afastado da seleçãopor bom tempo sob o comandode Dunga. O castigo durou umano.Oatacantenãoseapresen-tou para dois amistosos em se-tembrode2014contraEquadore Colômbia, mas voltou a jogarpelo Zenit antes do tempo ini-cialmente previsto e isso crioupolêmica. Houve quem suspei-tassequeojogadornãoquisser-vir o Brasil, algo que ele semprenegou veementemente.Nesse período, Dunga dizia

que o jogador perdera espaçopara os concorrentes. Mas, emsetembro deste ano, Hulk vol-tou. Participou dos amistososcontra Costa Rica e EstadosUnidos, fezgolemamboseaca-bou ganhando um lugar entreos titulares. O problema é que,quando o jogo foi para a valer –contra o Chile, quinta-feira, naestreia nas Eliminatórias –Hulknão foi bem.Teveatuaçãodiscreta e, por isso, ficou sob aameaça de perder a posição pa-ra Ricardo Oliveira, que entroubemmelhor do que ele.O paraibano Hulk, um dos

dois nordestinos da seleção – ooutro é o baiano Daniel Alves –espera jogar em casa amanhã(disse que sua mãe já reservouatéumônibuspara trazer fami-liares e amigos desde CampinaGrande).Eprocuraaceitarcomnaturalidade as cobranças. “In-felizmente às vezes as coisasnão correm como a gente quer.Tem jogo em que você não to-ma amelhor decisão. E quandoo atacante não faz gol é normalas cobranças”, justificou Hulk.“Espero que contra a Venezue-la as coisas voltem a acontecerparamim e para a seleção.”Ele não relaciona o jogo sem

gols no Chile ao fato de jogarmais centralizado, quando nostempos de Luiz Felipe Scolariatuavamaispelo ladodireitodocampo. “Temos de aproveita-dor mais as oportunidades.Contra o Chile, tivemos trêscontra-ataques no segundotempo em que poderíamos termatado jogo,não fizemose issonos custou caro.” . / A. L.

Imagem ruim na derrota parao Chile obriga a seleção aganhar, e bem, da Venezuela

VISAR KRYEZIU/AP

Festa. Torcedoresalbaneses comemoram

Pressãoprecoce

Seleção brasileira

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A16 Esportes SEGUNDA-FEIRA, 12 DE OUTUBRO DE 2015 O ESTADO DE S. PAULO

Vitória naRússia deixaHamiltonpertodo tri

SOCHI, Rússia

Lewis Hamilton se aproxi-moudoterceirotítulonaFór-mula 1 ontem ao vencer o GPda Rússia, no Autódromo deSochi, e ainda contar com oabandono de Nico Rosberg,seu companheiro na Merce-des. Sebastian Vettel, da Fer-rari, chegou em segundo lu-gar e assumiu a vice-lideran-ça doMundial de Pilotos. E osurpreendentemexicanoSer-gio Pérez completou o pódio.Beneficiado pelo abandonodos rivais, Felipe Massa ter-minou em quarto lugar. Feli-peNasr foi o sétimo.O inglês poderá assegurar o

título já na próxima etapa, nosEstadosUnidos, faltando aindatrêscorridasparao fimdocam-

peonato: México, Brasil e AbuDabi. Ele lidera o campeonatocom 302 pontos, contra 236 deVettel e 229 de Rosberg, quecaiu para terceiro.Dequebra,opilotodaMerce-

des conquistou sua 42.ª vitóriana F-1, alcançando a marca deVettel. Hamilton agora deixa

Ayrton Senna, com 41 triunfos,para trás. Inglês e alemão só es-tão atrás das 51 vitórias do fran-cês Alain Prost e das 91 do ale-mãoMichael Schumacher.“Éummomentoespecial pa-

ramimultrapassarAyrton”, co-mentouHamilton. “Eu não po-deriaterfeitoissosemessaequi-

pe incrível. Como eu disse norádio, tenho muito orgulho defazer parte desse time.”A vitória deHamilton garan-

tiu ainda o título antecipado daMercedesnoMundial deCons-trutores. A equipe alcançou 531enãopossomaisserultrapassa-daporninguém.“Émuitoespe-

cial conquistar o Mundial deConstrutores e é uma sensaçãoespecial fazer parte disso. Esta-va muito orgulhoso no pódio,olhando para o sorriso deles láembaixo.Mevejocomoumape-quena peça de uma grande en-grenagem formada por muitaspessoas.”

Rosberg não estava nem umpoucosatisfeito. “Felizemcon-quistar o título mundial? Não,infelizmentenão.Foiumdiaes-tranho.Eudevoficarmaissatis-feito amanhã (hoje), quando euestiver na festa com todomun-do, nas fábricas em Bracley eBrixworth”, comentou o ale-mão que abandonou com pro-blemas no acelerador.“Estou ciente de que foi um

esforçomassivo da equipe. To-do mundo está muito envolvi-do. Ainda émuito especial ven-cer osConstrutores, e é para is-soquetodomundoseesforçou.É ótimo fazer parte disso. Eusou um campeãomundial tam-bém, então é uma pequena re-compensa, mas hoje realmentefoi estranho”, completou.

Pódio no bolso. Apesar de ter-minarnaquartacolocaçãobene-ficiado por abandonos nas últi-mas voltas,Massa não ficou sa-tisfeito. O brasileiro lamentouo desempenho na definição dogrid.“Seeutivesselargadomaisà frente, o pódio estaria no bol-so”, analisou. “Perdi tempocom pilotos no começo, comoNasr e tambémKvyat.DemoreialgumasvoltasparaultrapassarKvyat. Mas foi uma boa corridade qualquer jeito. Conseguirpassar carros comoodeAlonsoe Nasr saindo dos boxes, o quefoi ótimo”, acrescentou.

NÃO TERMINARAMAPROVA:Nico Rosberg MercedesRomain Grosjean LotusMarcus Ericsson SauberNico Hulkenberg Force IndiaNico Hulkenberg Force IndiaCarlos Sainz Jr. Toro RossoDaniel Ricciardo Red Bull

MarcelloCiavagliafazdobradinhanaHípicaPaulista

acesse

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EMPRESAS 11 3347-7000 0800-0195566GRANDE SÃO PAULO OUTRAS LOCALIDADES

POSIÇÃO PONTUAÇÃO

1º Lewis Hamilton / Mercedes 3022º Sebastian Vettel / Ferrari 2363º Nico Rosberg /Mercedes 2294º Kimi Raikkonen /Ferrari 1235º Valtteri Bottas /Williams 1116º Felipe Massa / Williams 1097º Daniil Kvyat /Red Bull 768º Daniel Ricciardo /Red Bull) 739º Sergio Pérez /Force India 5412º Romain Grosjean /Lotus 44

POSIÇÃO/PILOTO TEMPO

1º Lewis Hamilton /Mercedes 1h37m11s0242º Sebastian Vettel /Ferrari a 5s9533º Sergio Pérez /Force India a 28s918s4º Felipe Massa /Williams a 38s8315º Kimi Raikkonen /Ferrari a 42s3586º Daniil Kvyat /Red Bull a 47s5667º Felipe Nasr /Sauber a 56s5088º Pastor Maldonado /Lotus a 61s0889º Jenson Button / McLaren a 79s467

10º Fernando Alonso /McLaren a 86s210

11º M. Verstappen /Toro Rosso a 88s424

12º Valtteri Bottas /Williams sem tempo

13º Roberto Merhi /Marussia a uma volta

14º Will Stevens /Marussia a duas voltas

Hipismo

Piloto estáemquadrocrítico

N ão convém debater o traba-lho do sempre simpáticoDunga e de sua seleção sem

antes determinar a responsabilida-de da CBF no processo de degrada-ção do futebol brasileiro. Depois deBrasil 1 x7Alemanha, aderrotaparao Chile por 2 a 0, na abertura dasEliminatóriasparaaCopade2018,ésomentemaisumapáginadoálbumdoMundial de 2014.Acreditarnopassadocomogaran-

tia de glórias futuras, sem perceberas transformações do jogo, produzolhar equivocado, além de respos-tas e desculpas esfarrapadas. Fala-se do desaparecimento do camisa10,dorarocentroavante,dafalhado

zagueiro, da suspensão deNeymar...Esse é o buraco em que nos mete-

mos, sabemosmuito sobre o jogador ea jogada, mas pouco sobre o jogo. Ofocoestásemprenorendimentoindivi-dual, no diagnóstico dos problemas enão em como resolvê-los. Funcionouassim até hoje, por quemudar?Quinze meses se passaram desde a

tragédia no Mineirão e nada foi feito.Ainda não compreendemos a impor-tância do talento coletivo por desco-nhecer comoalcançá-lo. Isso explica anecessidadedetrocarocomandodian-te demaus resultados.Minutos depois de vencer o Brasil

emSantiago, JorgeSampaoli, o treina-dorargentinodaequipechilena, foipo-

lidoao se fazerdedesentendidoquan-do perguntado por que os brasileirosgostam tanto dele.Éóbvioqueele sabeoqueestáacon-

tecendo, mas não precisa se meter napolêmicaalheia.A respostaestána sua

capacidadedeerguerumaseleçãocom-petitivaecorajosasobreumgrupotec-nicamente heterogêneo, mas tatica-mente simétrico.Desde 2012 no cargo, a maturação

dotrabalhoéumargumentoimportan-

te até para Dunga. Mas não foi só issoque levou Sampaoli, um ex-lateral di-reito de carreira abreviada por contu-são,àconquistainéditadaCopaAméri-ca neste ano.Jara, Medel, Silva, Diaz, Isla, Mena,

Beausejour e até Vargas não estão naminha lista de jogadores preferidos.Mas funcionam, são componentes deumaideia,deumestiloousado,corajo-soe responsável, algo impossível de seenxergar na seleção brasileira, porcrença e estilo.Esseéotipodeproblemaqueéresol-

vido por quemestá fora do campo, pe-lo comandante da operação. A seleçãochilenanão é a oitavamaravilha do fu-tebol, longedisso,masdeixa a impres-são de fazer mais do que pode. Façaesseexercícioepensenofutebolbrasi-leiro com mais substância, vibração,corageme ideias.Com a paralisação do Campeonato

Brasileiro para a disputa das duas pri-meiras rodadas das Eliminatórias Sul-Americanas, ficou muito claro que osnossos maiores pepinos estão fora docampo. Até aqueles que enxergamoscomo exclusivos do jogo têm origemna gestão funesta.A semana foi terrível. Juan Carlos

Osorio se mandou para o México.AtaídeGilGuerreiro, o vice, acusouCarlos Miguel Aidar, o presidentedo São Paulo, de roubar o clube. Jo-seph Blatter e Michel Platini foramsuspensos pelo Comitê de Ética daFifa.Osorio foi atrás do sonho de diri-

girumaseleção.Mas,naboa,oqueoclubefezparamantê-lo?Nada,abso-lutamentenada.Sãoironiasetriste-zas de uma agremiação que semprese apresentou como diferente. Quefim levouaeliteda inteligência?Emsocos e denúncias. E provavelmen-te renúncia.É tão triste quanto a seleção de

Marco Polo Del Nero, que vem ga-nhandoperigosaindiferençadotor-cedor brasileiro. Apanhou do Chilee a repercussão foi tão pequena quedeveria preocupar seus patrocina-dores.Em meio a tudo isso, a entidade

ainda teve que avalizar e engolir acriação da Primeira Liga, torneioprevisto para o início do ano quevem, que não é solução, mas partede um problema mal resolvido. Opoder faz o que pode para resistir esobreviver. Vamos ver até quando.

Piloto inglês vê o alemãoRosberg, companheiro deMercedes, abandonar,supera Senna e pode sercampeão em Austin

MarcelloCiavagliavenceuoGPrealizado ontem na SociedadeHípicaPaulista e válidopela sé-timaetapadoCampeonatoBra-sileiro. No encerramento doConcursodeSaltos Internacio-nal Longines, o cavaleiro con-quistou as duas primeiras posi-ções.MontandoQueenie R, elefezuma falta emdoispercursose, com o tempo de 44s35, ficoucom a vitória. Já com o cavaloConto, ele garantiu o segundolugar, também com uma faltaemduas voltas e 45s68.

“Estoumuitofelizpelado-bradinha e com a participa-çõesdosmedalhistasolímpi-cos. Tive sorte e, quantomais a gente se esforça,maissorteagentetem”,disseMar-cello Ciavaglia.A disputa contou com a

presençadocampeãoolímpi-coRodrigoPessoa, domeda-lhista olímpico DodaMiran-da e do campeão pan-ameri-cano por equipes nos JogosPan-Americanosde2007Pe-droVeniss.Foiaúltimaapre-sentaçãodotrionoBrasilan-tes daOlimpíada de 2016.Com os resultados de on-

tem,onovolíderdoCampeo-nato Brasileiro é o paulistaPedroMuylaert,queficounaterceira colocaçãodoGP. “Aexpectativa para o título éenorme”, disseMuylaert.

Calor castigaatletas emevento-teste

MIBU, Japão

Após sofrer grave acidenteno sábado, o piloto Alex deAngelis está em estado críti-conoDokkyoHospital,naci-dade japonesa de Mibu. Deacordo com boletim médicodivulgadopelaMotoGP,opi-loto de SanMarino apresen-ta quadro crítico, com umahemorragia intracranianaconstatadaemexamederes-sonânciamagnética.DeAngelis sofreuacidente

no início do quarto treino li-vre da etapado JapãodeMo-toGP,noCircuitodeMotegi.A organização da prova nãoliberou o vídeo do acidente.Mas sabe-se que ele acertouomurodeproteção comvio-lêncianacurva9.Aoser leva-dodehelicópteroparaohos-pital, o piloto da equipe E-Motion IodaRacing estavaconsciente e respirando.Exames iniciais no hospi-

tal constataram fraturas emcostelas e uma contusão nopulmão. Em seguida, testesmais elaborados detectarama hemorragia cerebral. “Acondição dele é crítica e pre-cisasermonitoradadeperto.No momento ele está seda-do, com seus sinais vitais es-táveis, mas temos que man-ter o monitoramento da he-morragia”, afirmou MicheleMacchiagodena, diretormédico daMotoGP.

Aelitenoburaco

56 VOLTAS

PILOTOS

PRÓXIMOGPGP dos Estados UnidosCircuito de Austin

Fórmula 1

Mountain Bike

CLASSIFICAÇÃO

MotoGP

A derrota para oChile faz parte doálbum da Copa de 2014

PAULOCALÇADE

ANDREJ ISAKOVIC/AFP

Empolgado.Hamilton brinca como troféu no pódio

Dose dupla. Ciavaglialevou 1º e 2º lugares

Cavaleiro ganha adisputa com medalhistasolímpicos e fica com asprimeiras posições deGP válido pelo Brasileiro

O calor foi o principal adversá-riosdosatletasolímpicosnoDe-safio Internacional de Moun-tain Bike no Rio de Janeiro, emum evento-teste no percursoolímpico de 4,9km. Os ciclistassofrerambastantecomatempe-ratura acima dos 35º C e o me-lhor brasileiro foi HenriqueAvancini, que terminou a com-petição emquinto lugar. No fe-minino,amelhordopaísfoiRai-zaGoulão, 11.ª colocada.Aprovacontoucomapresen-

ça de campeões olímpicos emundiais e o suíçoNino Schur-ter foi o vencedor com 1h20-min36s, seguido pelo francêsMaximeMarotte(1h20min38s)e em terceiro acabou o italianoAndrea Tiberi (1h22min32s). Obrasileiro Avancini fez a provaem 1h22min41.Apesar da alta temperatura,

osatletasaprovaramoteste.“Ocalor foi difícil de lidar princi-palmente para nós europeus.Temos que nos preparar aindamais para essas condiçõesaqui”, disse Schurter.No feminino, as estrangeiras

dominaram a prova. A italianaEvan Lechner ficou emprimei-ro(1h20min13),seguidapelapo-lonesa Maja Wloszczowska(1h20m55)easuecaJennyRiss-veds (1h21min25).SofiaSubtilnãocompetiuon-

tem,poisnosábadosofreuumaqueda durante os treinos e teveque deixar o local em um heli-cóptero,mas passa bem.

25/10

DANIEL TEIXEIRA/ESTADÃO

Page 17: OESP-2015-10-12

%HermesFileInfo:B-1:20151012:B1 SEGUNDA-FEIRA, 12 DE OUTUBRO DE 2015 O ESTADO DE S. PAULO

E&N FinançasdigitaisStartups criamformas simples decuidar do dinheiroPág. B8

ECONOMIA&NEGÓCIOS

ENTREVISTA

‘Apesar da crise, o Brasil não vai acabar’

Mônica ScaramuzzoRicardoGrinbaum

Em meio ao turbilhão da criseeconômica e política pelo qualo Brasil passa, Alexandre Ber-toldi, sócio-gestor do PinheiroNeto Advogados, um dos maio-res escritórios de advocacia doPaís, especializado em negó-cios, não acredita em um futu-ro catastrófico.Do posto de observação privi-

legiado, acompanhando as fu-sões, aquisições, quebras e rees-truturações financeiras dosmaiores grupos empresariais doPaís, Bertoldi acha que estamosvivendo ummomento de transi-ção. Muitos vão quebrar, gran-des grupos nacionais vão enco-lher, multinacionais japonesas ecoreanas vão aproveitar que asempresas estão baratas paraavançar no Brasil. E, ao fim doprocesso, as companhias esta-rão mais fortes. “O Brasil sairáda crise e, quando sair, será rápi-do”. A seguir, os principais tre-chos da entrevista.

l Como o sr. vê o atual momentopelo qual o Brasil passa?Minha referência é um modeloliberal, com pouca intervençãodo Estado na economia. Só quenão acredito que esse modelo,por si só, vá diminuir as distân-cias sociais. Esse era um proble-ma muito grande. Vejo comograndemérito amelhora na par-te social nas duas gestões do go-verno Lula (ex-presidente LuizInácio Lula da Silva) e da Dilma(Rousseff). Não sei se agora,com tudo que está acontecen-do, vai haver uma devoluçãodos ganhos conquistados. Masacho que o modelo liberal puronão necessariamente garanteuma diminuição. Ele melhora aeconomia, melhora o PIB, vaicriar mais oportunidades. Mas,para um País que tinha uma si-tuação tão grave, uma distânciatão grande, não sei se o liberalpuro, por si só, vai resolver.

l O sr. diz que há coisas boasolhando para a frente. O que se-riam?Não sou otimista. Talvez nãoseja tão pessimista. Tem algu-mas coisas que vejo que sãoboas. A principal delas, e achoque não é enaltecida o suficien-te, é a força e a resiliência dasinstituições do Brasil. É inte-ressante ver que a Polícia Fede-ral tem autonomia para investi-gar quem quer, desde empresá-rios influentes, políticos e atéministros. Não ouvi, até agora,nada que interrompa o traba-lho da PF. Um juiz tambémconsegue, bem ou mal, levar asinvestigações que são sensí-veis e ninguém questiona. A di-visão dos poderes está bem res-peitada. As instituições semos-traram muito fortes, talvez atémais do que a gente supusesse.

l Mas o governo acionou o Supre-mo Tribunal Federal (STF) paratentar impedir que o Tribunal deContas da União avalie as contasda presidente Dilma.Isso não é decisão. O governoquer criar argumentos paraque isso não ocorra. Faz partedo jogo. Tentar influir, masdentro das regras. Se fosseuma canetada... Mas tentarconstruir argumentos paraque isso ocorra, acho válido.

l Como o sr. vê essa discussãodo impeachment? Há motivoslegais para se tirar a presidente?Pessoalmente, sou contra. Hou-ve eleição, mas muita gente nãogostou do resultado, que deveser respeitado. O impeachmentnão é necessariamente um pro-cesso legal. É um processo mui-to mais político. Muitas pes-soas justificam a necessidadedele por ter de aguentar maistrês anos de governo, que estámuito fraco. Se houver algo sé-rio, sob o ponto de vista legal,passaria a ser a favor. Mas porquestões meramente políticas eeconômicas, prefiro que as insti-tuições sejam preservadas.

l Do jeito que está, com o TSEfalando em analisar as contas dacampanha presidencial, corre-seo risco de judicialização do man-dato? A presidente pode ficarpendurada por uma liminar?Acho que pode haver discus-sões. A Dilma ou qualquer ou-tro presidente não sai por umadecisão do Judiciário. É umadecisão do Congresso. Ou se-ja, política. O que pode haversão discussões jurídicas quepodem alimentar a discussãopolítica e até dar argumentospara que o impeachment sejaexercido. Dificilmente vejo co-mo uma decisão jurídica.

l Como os investidores veemesse cenário?Há alguns anos, o Brasil virou oPaís da moda. Ficava até cons-trangido de ver os (grupos efundos) estrangeiros pagandopreços irreais e até injustificá-veis pelos ativos aqui. Se olharagora, temos uma crise políticaenorme e uma crise econômica– essa, sim, nãome surpreende.A intensidade da crise política,paramim, é uma grande surpre-sa. Essa combinação é perigo-sa. Temos dois tipos de investi-dores. Comparo com o períodode 2002, quando havia indefini-ção se o Lula iria ser ou não elei-to, e ninguém sabia o que iriaacontecer. Quem entrou noBrasil naquele momento fez ex-celentes negócios. Os investido-res mais cautelosos, que não es-tão comprometidos com o Bra-sil, tiraram o pé do acelerador.Por outro lado, há investidoresque veem essa crise como opor-tunidade. Há negócios muitosbons, como agronegócios, e se-tores que devem ser consolida-dos, como papel e celulose. Te-mos ummercado interno gran-de que não vai desaparecer.Além disso, há ativos que serãovendidos por necessidade, porcausa de endividamento, e ou-tras (empresas) envolvidas naLava Jato.

l A volatilidade atual do câmbioprejudica as transações?O câmbio alto torna os ativosbrasileiros bastante atraentes,mas enquanto não se estabili-za, complica mais. Corre-se orisco de entrar por R$ 4 e sairpor R$ 3 ou entrar por R$ 3 esair por R$ 4. Mas existe umgrupo de investidores que já es-tá aqui e olha para o País a mé-dio e longo prazo. Vai ter ummovimento de concentração e,com a situação das empreitei-ras, muitas concessões vãomu-dar de mãos. Vejo com otimis-mo outras áreas que não deco-laram no Brasil porque haviauma interferência muito gran-de do Estado e, pelo que pare-ce, o BNDES vai interferir me-nos por falta de caixa. Vejoduas áreas fundamentais paraa maturidade do País : ‘projectfinance’ (captação de recursosno mercado financeiro para fi-

nanciar infraestrutura) e mer-cado de capitais. Antes, eramais fácil correr para o BN-DES, arrumar um sócio, ou umempréstimo com condiçõesmais vantajosas, sem ter umprojeto tão arredondado.

l Haverá uma mudança de perfildas empresas?Teremos empresas melhores.Elas terão de ser boas para en-trar nomercado de capitais. Po-de demorar um pouco. O Bra-sil precisa de investimento eminfraestrutura. Essa rodada denegociações vai precisar de di-nheiro privado. Claro que esta-mos sem o grau de investimen-to, mas não acho que inviabili-ze os projetos. Há grupos comvisão de médio e longo prazo.Uma certeza eu tenho: o Brasilnão acabou com essa crise. Agente já passou por outras. Eacho que o Brasil vai voltar. Equando voltar, será rápido.

l Mesmo com esse cenário pessi-mista, há oportunidades para en-

trada de novos investidores? Ousó os mais tradicionais ficam?Os dois casos. Países como Ja-pão e Coreia do Sul têm vonta-de de aumentar a participaçãodeles no Brasil. A China já nãoestá tão pujante. As empresasquerem vir para o Brasil paraganhar dinheiro. Se entram emummomento de baixa e conse-guem comprar ativos que vãose valorizar um dia, tem muitonegócio a ser feito. Há muitosgrupos que estão comprometi-dos e que têm parte relevanteda receita gerada aqui ou nãopodem mais crescer nos seuspaíses de origem. Além de gru-pos novos que veem o Brasilcomo oportunidade.

l Mas, neste caso, o câmbio nãoafugenta?Há mecanismos financeiros deproteção, que são caros. Nãoprecisa ter um câmbio fixo,mas é preciso ter uma ideia deaté quando testar os limites.Quando tiver com a banda(mais clara), dá para fazer ascontas. O que está claro é quenão vamos ver, até pelo menos18 meses, uma queda significa-tiva da taxa de juros. Então, odinheiro no Brasil vai ficarbem caro, o que pode ser inibi-dor para investimentos locais.Talvez abra mais oportunida-des para os estrangeiros.

l O sr. falou de empresas emdificuldade que estão vendendoativos e de oportunidades para

investidores de fora. Tem com-prador para tudo isso?Depende do setor e da empre-sa. Há empresas que não estãoem dificuldade, mas estão pla-nejando o futuro. Quando setem queda de receita, como vá-rias tiveram, a proporção desua dívida em relação ao seu fa-turamento explode e há proble-mas para se administrar essadívida. Tem a questão do endi-vidamento externo. Emboramuitos grupos tenham apren-dido com a crise de 2008 (so-bre os derivativos), por incrí-vel que pareça há empresasque não têm todas as suas posi-ções “hedgeadas” (protegi-das). E tem gente ganhandocom câmbio. Infelizmente, al-guns grupos vão sair desta cri-se bem menores e bem maisfracos do que são hoje, e vão fa-

lar que estão mais focados.

l Os escândalos de corrupçãoparalisaram muitos negócios.Em um primeiro momento, háum impacto muito negativo naeconomia. Há paralisação de al-guns setores na expectativa dever o que acontece. Corremos orisco de pecar pelo excesso deinvestigações. Sabemos comocomeça, mas não onde acaba.

l Os acordos de leniência vãocrescer mais?Tudo o que aconteceu no Bra-sil envolvendo essa questão decorrupção pode trazer maiortransparência em negóciosque envolvem o Estado, princi-palmente, e a concorrência en-tre as empresas. Faz parte deum movimento que está emum caminho muito certo. Nomédio prazo, vai melhorarmui-to a situação aqui. Teremospreçosmais justos, obras públi-cas realizadas com valoresmais realistas, uma competi-ção maior e efetiva.

l As empresas vão sobreviver aesse processo?Vão. Estamos falando de em-presas grandes, como Petro-brás, Eletrobrás e outras. Nofundo, a Petrobrás teve muitoazar. Se o barril de petróleo es-tivesse a US$ 100, a situaçãoseria diferente hoje. É o mes-mo que está acontecendo como Brasil. Temos uma crise eco-nômica, política, preços dascommodities muito baixos. Seos preços das commodities es-tivessem um pouco melhores,a situação seria diferente tam-bém. É uma conjunção desfa-vorável. Tivemos um cenárioextremamente favorável hácinco, seis anos. E, mais doque reclamar do momentoatual, a gente tem de se lamen-tar de não ter aproveitado aconjunção favorável lá atrás.

l Como deveriam ser os acordosde leniência? Punir pessoas físi-cas e preservar as empresas?Ou as empresas têm de ser puni-das até o limite da solvência?Não é uma coisa extremamen-te lógica penalizar só os indiví-duos. Quem obteve o grandelucro foi a empresa. Acho quenão se pode tirar totalmente aculpa do indivíduo, mas o focodas investigações deveria sernas empresas, que se beneficia-ram disso. Mas a punição temde ser proporcional. Boa partedas penalidades é baseada nareceita da empresa, mas, emmuitos casos, a receita nãotem a ver com o lucro das em-presas. Há empresas que têmmargens muito pequenas e asmultas que se aplicam são ab-solutamente impagáveis. En-tão, acho que teria de ter umbom senso de se aplicar mul-tas que sejam doídas, mas quenão aleijem as empresas.

l O efeito educativo da Lava Jatoé suficiente para atacar o proble-ma de corrupção no Brasil?Tivemos vários efeitos educati-vos no Brasil contra a corrup-ção. Sempre achamos queaprendemos, mas não. Semdúvida, o Brasil vai emergirdesse tsunami da Lava Jato pa-ra um País menos corrupto.Acho que o tamanho da corrup-ção é diretamente proporcio-nal ao tamanho da interferên-cia do Estado na economia. ALava Jato tem um efeito didáti-co muito interessante. Nomínimo, vão pensar duas outrês vezes no futuro antes defazerem coisas que antes eramfeitas quase no automático.

l Efeitos da crise

Cotações de fechamentodo ouro, em 09/10/2015 Compra Venda

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*Ouro Puro 136,90 0,51% 138,40 0,58%

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] Formado em Direito pelaUniversidade de São Paulo(USP) em 1984, Alexandre Ber-toldi possui MBA da Universi-dade de Glasgow (1990). Oadvogado é sócio desde 1993do Pinheiro Neto Advogados.

QUEM É

NILTON FUKUDA/ESTADÃO-6/10/2015

Otimista.Alexandre Bertoldi, do Pinheiro Neto, diz que Lava Jato deve deixar umbom legado

Para advogado, boaparte das empresas vaisobreviver à turbulênciae transparência serámaior para o mercado

Alexandre Bertoldi, sócio-gestor do Pinheiro Neto Advogados

“Corremos o riscode pecar peloexcesso de investigações.Sabemos como começa,mas não onde acaba.”

“Se os preços dascommodities estivessemum pouco melhores, asituação seria diferentetambém. É uma conjunçãodesfavorável.”

“Alguns grupos vão sairdesta crise bemmenores ebemmais fracos.”

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B2 Economia SEGUNDA-FEIRA, 12 DE OUTUBRO DE 2015 O ESTADO DE S. PAULO

O MAPA DA BOLSA

● As ações que mais subiram e as que mais caíram na semana entre 2 a 9 de outubro

NA SEMANA

NA SEMANA

Piores

Melhores

INFOGRÁFICO/ESTADÃOFONTE: ECONOMATICA

Empresas com volume diário de negociação superior a R$ 1 milhão e presentes em 80% dos pregões na semana

30%-30%

15%

-15%

7,5%

-7,5%

45%

-45%

22,5%

-22,5% 37,5%

-37,5%

-7,13%

-8,16%

-9,36%

-10,82%

-11,10%

33,74%36,13%

41,01%

42,70%

56,41%

Minerva ONEM UM MÊS

3,57%

Oi PNEM UM MÊS

9,31%

Smiles ONEM UM MÊS

-31,35%

JBS ONEM UM MÊS

-6,66%

Suzano PNAEM UM MÊS

-10,67%

Anima ONEM UM MÊS

29,35%

Tegma ONEM UM MÊS

-5,80%

CSN ONEM UM MÊS

23,09%

Rumo ONEM UM MÊS

17,82%

Rossi ONEM UM MÊS

117,86%

0%

0%

Primeira pessoa

‘O dólar a R$ 1,60 fechou as portas para o comércio externo brasileiro. Agora está uma beleza’

A coleçãodederrotas de varia-da gravidade para a governa-bilidadeepara apreservação

deseumandatoqueapresidenteDil-ma Rousseff acumulou nos últimosdias não apenas surpreende por suadiversidade,mas sobretudoassustaporcomprovardemaneiradramáti-caaincapacidadedachefedoExecu-tivo e de seus principais auxiliaresdeagircomacompetênciaeasereni-dadeexigidaspelacrise.Apresiden-te, com o incansável apoio de seusauxiliares, consegue piorar o que jáestá ruim para si e para o País.Oexemplomaisrecenteemarcan-

te das consequências desse tipo decomportamento é a decisão unâni-medoTribunal deContas daUniãoderecomendaraoCongressoarejei-ção das contas da presidente relati-vas às receitas e despesas da Uniãoem2014–acatadapelosparlamenta-res, a rejeiçãoabrirá caminhoparaoprocesso de impeachment de Dil-ma. Destaque-se que a desastradaatuação do advogado-geral daUnião,LuísInácioAdams,nesseepi-sódio pode ter sido determinantepara uma derrota tão acachapante.AdecisãodoTribunalSuperiorElei-toral de reabrir a ação em que o

PSDB pede a impugnação dosmanda-tos de Dilma e de seu vice, Michel Te-mer, por abuso de poder na campanhade2014, tornaaindamais frágil a situa-ção da presidente.Rendendo-se abertamente ao jogo

do toma lá dá cá com a parte menosexpressiva e menos responsável dospartidosque supostamente compõemsuabasedeapoionoCongresso, a pre-sidente reformulou a equipe ministe-rial na esperança de, com isso, dispordemaioria na votação dos projetos deseu interesse. Mas Dilma já constatouque pouco terá a ganhar com a barga-nha. Não estão lhe entregando o queela imaginou ter comprado. O adia-mento da votação dos últimos vetos –queelaeosministrosdaáreaeconômi-ca esperamvermantidos –, o compor-tamento errático da bancada dita go-vernista,a incertezasobreodestinodealgumas das principais medidas doanunciado e sempre protelado ajustefiscal deixam claro que, tendo conse-guido algum, os políticos incorpora-dos à base queremmais e mais de umgovernofracoque,nabuscadesespera-da de salvação, se rendeu a eles.Com esse quadro, não há esperança

de que hajamelhora rápida do cenárioeconômico, fortementedominadope-la crisepolítica.A crise fiscal, expressano déficit nominal equivalente a 9,2%doProdutoInternoBruto(PIB)nos12meses encerrados em agosto, conti-nuasemsoluçãoàvista.Épossívelque,

até o fimdo ano, esse número se redu-zaumpouco,masétantaadesconfian-ça com relação à capacidade do gover-no de promover o ajuste necessário –dependente de umCongresso em quedispõe de uma base esfarrapada – queafeta a eficácia da política monetária,além de fazer crescer rapidamente adívida pública, cada vez mais cara. Ocustodadívidacrescente realimentaodéficit e agrava os problemas.As incertezas pressionam o dólar e

os preços internos. A inflação, de7,64% nos nove primeiros meses doano e de 9,49% em 12meses, ultrapas-sou de muito o limite de uma políticade metas que a fixou em 4,5% ao ano,mas dispõe de limite excessivamente

tolerante (de até 6,5% ao ano), e já seprevênomercadofinanceiroquepodechegar aos dois dígitos em 2015.Quanto à atividade econômica, as

projeções são cada vezmais pessimis-tas. A mais recente projeção captadapelo boletim semanal Focus, do BancoCentral, que afere a opiniãomédiadoseconomistas domercado financeiro, éde redução de 2,85% do PIB em 2015.Quatro semanas antes, a projeção erade 2,44%.Não é improvável que emal-

guma das próximas edições do bole-timjáseprevejaumareduçãode3%doPIB. Não se prevê que o quadro sejainteiramenterevertidoem2016.Apro-jeção é de novo encolhimento da eco-nomia, de 1%, no próximo ano.A previsão de superávit da balança

comercial em 2015, que vem crescen-do a cada semana, está atualmente emUS$12bilhões(para2016,prevê-sesal-dodeUS$24bilhões). Seriaumagran-denotícia seessesaldonãodecorressede umaqueda acentuada das importa-ções (as exportações caemmenos, daío resultadopositivo e crescente daba-lança comercial), o quemostramenordemanda de máquinas, equipamen-tos, matérias-primas e bens de consu-mo. Investe-se menos e consome-semenos.Éacriseestampadanabalançacomercial.Paraquemperdeuoempregonosúl-

timosmeses–havia8,6milhõesdebra-sileiros desocupados no trimestre en-cerrado em julho, de acordo como IB-GE –, o fim de ano poderia ser umaoportunidadeparaencontrarumaocu-paçãoaindaquetemporária.Masestu-dos recentes, como o Indicador Ante-cedente de Emprego, elaborado pelaFundação Getúlio Vargas, mostramqueascondiçõesdomercadodetraba-lho continuarão piorando nos próxi-mosmeses, por causadoagravamentoda crise econômica.Não é de estranhar que, nesse am-

biente, o brasileiro se sinta infeliz. O

Índice de Satisfação com a Vida, di-vulgado trimestralmente pela Con-federação Nacional da Indústria(CNI), caiu 1,8% em relação a ju-lho, e ficou em 93,9 pontos, o me-nor nível desde março de 1999. Ouseja, nos últimos 16 anos, o brasilei-ro nunca se sentiu tão insatisfeitocomo hoje. É claro que omotivo é acrise econômica, que gera temorcom relação ao emprego e à rendafutura.Ainsatisfaçãocrescemaisen-tre os que ganhammenos.Éumcenárioquenãosurpreende,

emborasuacontínuadegradaçãoge-reaindamaisinfelicidade.Noentan-to, a presidente, que parece ter seacostumado com derrotas, tantassãoelas,dizveralgumasvitórias.Pa-ra instilar algumotimismonapopu-lação,afirmouqueainflaçãoestáce-dendo graças ao “imenso esforço”que seu governo vem fazendo paracontê-la.Ela chegouadizerque“es-tou vendo a luzno fimdo túnel”.Osbrasileiros que sofremcoma crise –que afeta suas condições de vida nopresentee lançasombrassobreofu-turo – e estão indignados com a ex-tensãodacorrupçãonoaparelhodoEstadogostariammuitodetambémver essa luz. Mas ela só parece exis-tir namente da presidente.

]

JORNALISTA, É AUTOR DE ‘O SÚDITO (BAN-

ZAI, MASSATERU!)’, ED. TERCEIRO NOME

José Luis Cutrale, presidente da processadora e produtora de suco de laranja Cutrale

O Índice de Satisfação coma Vida, divulgado pela CNI,chegou a 93,9 pontos, o menornível desde março de 1999

Colaboraram:Mônica Scaramuzzo, Fernando Scheller e Marina Gazzoni

l]JORGE J.OKUBARO

Opinião

Umpaíscadavezmais infeliz

19%das ofertas do varejo online brasileirosão feitas nos chamados marketplaces,sites que reúnem diferentes varejistasnum único endereço virtual, como o Ebayou o Rakuten, mas mantém operação lo-gística descentralizada.A informação é de um estudo da Sieve,empresa especializada em inteligênciade preços para o varejo, que avaliou cer-ca de 300 mil sites que oferecem 53 milprodutos.

MATERIAL DE ESCRITÓRIO

Marina Cury,presidente daNewmark noBrasil

[email protected]

Estoque de escritóriosainda deve aumentaraté o fim do ano

Depois de ensaiar algumas vezessua entrada no mercado brasilei-ro, uma das maiores consultoriasde imóveis comerciais do mundo,a Newmark Grubb Knight Frank(NGKF), decidiu estrear no Brasilem abril do ano passado, justa-mente quando a economia já davasinais de que iria piorar. Um ano emeio depois, a executiva MarinaCury, que comanda a operaçãobrasileira, admite que o momentonão é dos melhores, mas diz queainda assim a empresa tem conse-guido avançar, oferecendo servi-ços que passaram a ser mais procu-rados por causa da crise, como as-sessoria para inquilinos que estu-dam mudar de prédio ou renego-ciação de contratos de locação.

l Quando a Newmark decidiu vir parao Brasil o cenário era outro. Quais sãoos planos da empresa hoje?De fato, quando começamos a ope-ração no Brasil, em abril do anopassado, a situação era um poucodiferente, mas as previsões jáeram de economia retraída. Porisso, os planos da Newmark conti-nuam os mesmos que traçamosno início da operação, ou seja, tra-balhar as oportunidades de negó-cios de acordo com o momentode mercado. A empresa movimen-tou mais de R$ 600 milhões emtransações e avaliações nesse pe-ríodo, e tem outros R$ 200 mi-lhões em negociação.

l Há perspectiva de melhora no mer-cado de escritórios no País?Apesar de a entrega de um novoestoque de imóveis comerciais em2015 ser considerável, entende-mos que a entrega prevista paraos próximos anos já será menor, oque tende por si só a reduzir, nomédio prazo, ou pelo menos esta-bilizar a vacância, no curto prazo.No segundo trimestre, a taxa devacância em São Paulo e no Rioficou perto de 20% para edifíciosclasse A e A+. Isso é reflexo da si-tuação econômica e da alta entre-ga de estoque no 1.º semestre.

GUSTAVO PORTO/ESTADÃO-7/10/2015

l E-commerce

Rede Staples vai abrir aprimeira loja física no PaísA rede americana demateriais de es-critório Staples, que hoje atua apenaspormeio de umwebsite no Brasil, vaiabrir sua primeira loja física no Paísemnovembro. A primeira unidadenão será umamegaloja como as que aredemantémnos EUA.Omodelo se-rá compacto, como na Argentina. Aideia é que o ponto de venda sirvatambémde ponto de coleta de vendasfeitas pela internet. A unidade ficaránoTopCenter, centro comercial quefica na Avenida Paulista. A Staplesnão é a primeira rede americana a en-trar nomercado brasileiro: a OfficeMax chegou a abrir unidades no Paísnos anos 90,mas acabou desistindodo projeto. Ao chegar aomercado físi-co, a Staples terá de enfrentar umaconcorrência estabelecida. A paulista-na Kalunga, líder nomercado nacio-nal, tem 143 unidades em todo o País.

VAREJO

Vendas na capital caemmenos do que no EstadoO faturamento do varejo na capitalpaulista caiumenos do que amédiade todo oEstado em julho, segundodados da Federação doComércio doEstado de São Paulo (Fecomércio-SP). De acordo com a entidade, a re-ceita na capital paulista teve queda de3,2% em julho, para R$ 13,3 bilhões.Em todo o Estado, conforme dadosdivulgados na semana passada, a re-tração foi bemmaior: a queda chegoua 6,3% em julho, em relação a 2014,para R$ 42,8 bilhões. No comparativoanual, o resultado consolidado de SãoPaulo apresenta queda de 4%, enquan-to a retração na capital paulista estáem 2%. Tanto no Estado quanto nacapital, os segmentos quemais sofre-ram coma queda foramos de eletro-domésticos e o de construção civil.

Editado por:Naiana Oscar

Nova trocadecomandonaMedley

PANORÂMICA

A farmacêutica Medley, espe-cializada em medicamentosgenéricos, adquirida em

2009 pelo grupo francês Sanofi,está com um presidente tampão.Wilson Borges, que entrou no iní-cio de 2013 para promover um cho-que de gestão na empresa, deixoua companhia. Em seu lugar, assu-miu temporariamente o diretorcomercial, Carlos Aguiar, até o gru-po encontrar um novo executivo.Fontes afirmaram ao Estado

que o mau desempenho da Med-ley, que era líder em genéricos noPaís até perder a posição para o

EMS, do empresário Carlos Sanchez,e para a Hypermarcas, tem provoca-do um mal-estar no grupo. Nos últi-mos dois anos, a Sanofi já mudou decomando duas vezes no Brasil – He-raldo Marchezini, cria do grupo fran-cês, foi demitido em 2013, e PatriceZagamé, ex-Novartis, que o substi-tuiu, não ficou um ano no posto. Des-de o início do ano, a companhia écomandada pelo suíço Pius Horns-tein. Ainda na gestão de Marchezini,em 2013, o executivo Wilson Borges,ex-presidente do laboratório italianoZambon e que chegou a ser jogadorde futebol pelo Palmeiras, chegou à

Medley para reestruturar a compa-nhia. Borges chegou com a missãode gerar maior rentabilidade ao negó-cio. Com isso, reduziu os altos des-contos concedidos aos medicamen-tos genéricos, mas, em contraparti-da, a empresa saiu da liderança paraocupar o terceiro lugar no rankingnacional. A posição de Borges estavasob ameaça, segundo fontes. Pressio-nado, ele pediu demissão.Procurada, a Sanofi disse que a

Medley é um pilar fundamental dogrupo no Brasil. A empresa reiterousua disposição de fortalecer e expan-dir a marca Medley em todo o País.

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O ESTADO DE S. PAULO SEGUNDA-FEIRA, 12 DE OUTUBRO DE 2015 Economia B3

LIMA, PERU

OFederal Reserve (Fed, o ban-cocentralamericano)temleva-do autoridades de mercadosemergentes a enfrentar crisesrepetitivas de volatilidade emsuasmoedasedefluxosdecapi-tal, bem como a se preocupa-remcomas dívidas de seus paí-ses.Algunsformuladoresdepo-líticas, diante dessa incerteza,entregaram uma mensagemaosamericanos,enquantoauto-ridadesestavamreunidasnaca-pital peruana para o encontroanual do Fundo Monetário In-ternacional (FMI): “Por favor,parem coma indecisão”.“Adiar o aumento não vai re-

solverasituação”,disseSukhda-ve Singh, vice-presidente doBanco Negara Malaysia. “Se oproblema é que os mercados

emergentes assumiram muitasdívidas,haveráumdiadeajustede contas. Atrasar a alta da taxade juros não necessariamenteresolve esse problema.”Os receios do Fed consumi-

ram economias emergentesnos últimos dois anos, depoisdeumperíodode estímulomo-netário sem precedentes. Masmuitas autoridades na reuniãodo FMI, que terminou ontem,disseramque preferem a certe-za agora à agonia da espera.Autoridades do Fed, após

anos de apelos para adiar a ele-vação da taxa, dizem que estãoagindo com cautela. “Tem fica-

do claro, a partir das conversasnestareunião,quemuitasauto-ridades de mercados emergen-tesedeoutrospaíses se sentemsuficientemente prevenidas epreparadas a ponto de pediremqueelevemosataxa”,disseovi-ce-presidente do Fed, StanleyFischer. “Mas temos de estarcientes dos riscos à frente.”Muitos representantes de

BCsdepaísesemergentesdisse-ramque fizeram tudo ao seu al-cance para se preparar para aelevação da taxa de juros nosEUA. Eles deixaram suas moe-das flutuarem, indicando a dis-posição de absorver uma infla-ção mais elevada em troca deexportaçõesmaisbaratas.Tam-bém acumularam reservas em

moeda estrangeira para ab-sorver o choque da fuga decapital. Emuitos estabelece-ram metas de inflação paratranquilizar os investidores.Esse preparo, contudo,

nãovaiprotegê-losdeoscila-çõesnas suasmoedas, comofluxo determinando o preçodo dólar e o nível de inflaçãonos mercados emergentes.Para aqueles banqueiros queperseguemumataxadeinfla-ção, podem ser necessáriasdecisões difíceis, como o au-mento das taxas de juros,mesmodiantede economiasem desaceleração. Por isso,nem todomundo está ansio-so para essa decisão doFed. /DOW JONES NEWSWIRES

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OCDEaponta piora nasperspectivas para oBrasil

Altamiro Silva JúniorENVIADO ESPECIAL / LIMA

O ministro da Fazenda, Joa-quimLevy, disse ontemque aaprovação do Orçamento de2016 deve reduzir as incerte-zas na economia brasileira eo risco de rebaixamento doPaís. “O downgrade, mesmoqueporumaagência, teveumefeito devastador em váriascompanhias”, disse o minis-tro, se referindo ao corte danota brasileira para nível es-peculativo pela Standard &Poor’s (S&P) no começo desetembro.Nasequênciadorebaixamen-

to brasileiro, várias empresas ebancos do País também perde-ramoselodebompagadorpelaS&P,entreelasalgunsdosmaio-res grupos nacionais, como Pe-trobrás, Eletrobrás, Comgás,CCR,BancodoBrasil,Bradescoe Itaú Unibanco. Em geral, oefeitodaperdadograudeinves-timento é tornar mais caro ocrédito das empresas, especial-mente em captações no exte-rior.Desde que a decisão da S&P

foi anunciada, a grandepreocu-pação da equipe econômicatemsidosinalizarqueestãosen-do tomadas e encaminhadasmedidas paramelhorar os indi-

cadoresdaeconomiabrasileira,o que poderia evitar um segun-do rebaixamento pelas duasagências de classificaçãode ris-comais importantes, aFitch e aMoody’s. No caso da Fitch, oBrasil está dois degraus acimado nível especulativo – ou seja,poderiaserrebaixadoemumní-vel e manter o selo de grau deinvestimento.OsexecutivosdaMoody’s, por sua vez, deixaramclaro recentemente que só de-vem fazer alguma mudança nanota brasileira no ano que vem.O ministro afirmou também

que a aprovação doOrçamentode 2016 será sua prioridade nospróximosdias após suavoltadareuniãodoFundoMonetárioIn-ternacional (FMI) emLima, noPeru. “Isso vai ser a prioridade,porque oOrçamento e as esco-lhas que vão estar ali vão ser oquevaidarsegurançaparaagen-

te voltar a termais crédito e pa-rateraeconomiacrescendoou-tra vez”, afirmou.“Oquequeremosveréavolta

do crescimento o mais rápidopossível, com a expansão docrédito, com o apoio às empre-sas,eeuachoqueoOrçamento,numasociedadedemocrática, éonde a gente caracteriza essasdecisões”,disseoministro,des-tacando que nas várias reu-niões que teve com investido-resemLimafoiquestionadoso-bre as discussões que tem emBrasília sobre oOrçamento.“Osinvestidoresqueriamen-

tender quais são as perspecti-vasparaoOrçamentode 2016eeu falava que estamos em dis-cussão. A presidente DilmaRoussefftemdeixadomuitocla-ro a importância de nós termosum Orçamento que apontecommuita robustezparaalcan-çarmosameta(desuperávitpri-mário de 0,7% do PIB no anoque vem”, afirmou Levy.

Pedaladas. O ministro disseaindaquenãoconheceorelató-rio do Ministério Público quemenciona que as práticas cha-madas de “pedaladas fiscais”ocorreram também em 2015.Mas disse que vai analisar o do-cumentona sua volta aBrasília.“Eunãoconheçoexatamente

o documento, é difícil me pro-nunciar”, disse Levy. “Então,vou aguardar chegar a Brasília,ler os documentos. Mas, agora,temos sido muito transparen-tes nessas áreas e certamentevamos examinar qualquerorientação do TCU (Tribunalde Contas da União). Acho queaconformidadenaexecuçãofis-caléumvalorquetemosdeprio-rizar sempre”, completou. As

pedaladas fiscais em 2014 leva-ram o TCU a rejeitar as contasde Dilma Rousseff, o que podelevar à abertura do processo deimpeachment da presidente.Levydisseque, emsuagestão

na Fazenda, está pagando asdespesas do governo, não sódeste ano, como de anos ante-riores. “Todo mundo sabe quenós inclusive reformamos di-versosregulamentosparaacele-

rar o pagamento e dar absolutaclarezanorelacionamentocomas instituições fiscais”, ressal-tou. Segundo o ministro, o go-vernodevepagaresteanoentreR$ 8 bilhões e R$ 10 bilhões deempréstimos que foram toma-dosem2013na linhadoProgra-ma de Sustentação do Investi-mento (PSI) do Banco Nacio-naldeDesenvolvimentoEconô-mico e Social (BNDES).

Incerteza sobre políticamonetária americanatem levado mercadosemergentes a repetidascrises de volatilidade

l Retomada

Rebaixamento foi‘devastador’ paraempresas, dizLevy

LIMA, PERU

As perspectivas para a econo-mia do Brasil e da Rússia têmapresentado “deterioração sig-nificativa”, segundo o secretá-rio-geral daOrganização para aCooperação e Desenvolvimen-to Econômico (OCDE), AngelGurría, emdeclaração apresen-tada aoComitêMonetário eFi-nanceiro Internacional (IMFC,na sigla em inglês), órgãomáxi-mo que dá as diretrizes políti-casparaoFundoMonetário In-ternacional (FMI).Gurría ressalta na declaração

daOCDEqueaeconomiamun-dial deve ter em 2015 o quintoano consecutivo com reduçãonas taxas de crescimento. Nosemergentes, destaca que as si-tuações são divergentes. En-quantoaÍndiaéodestaqueposi-tivo, com previsão de cresci-mento superior a 7% este ano eno próximo, a economia chine-sa desacelera.

Nospaísesdesenvolvidos,Es-tadosUnidoseReinoUnidode-vemterosritmosmais fortesdeexpansão. “Nogeral, em2016,ocrescimento global será lidera-do pela contínua recuperaçãonaseconomiasavançadas”,afir-maGurría no documento.Duas importantes fontes de

incerteza permanecem. A pri-meira é uma desaceleração daChina em patamar maior doque o previsto, o que afetaria aatividade econômica de váriospaíses e os fluxos internacio-naisdecomércio.Asegundafon-tedepreocupaçãoéqueumade-terioração adicional nos emer-gentespodedesencadearturbu-lêncianomercadofinanceiroin-ternacional e, por sua vez, terimpactonaatividadedospaísesdesenvolvidos. /A. S.J.

l Recado

Em documento assinadopelo secretário-geral daentidade, País está entreos emergentes maisfragilizados, como Rússia

Presidentes deBCspedemaosEUAdefinição sobre juros

BRENDAN MCDERMID/REUTERS-23/3/2015

“O que queremos ver é avolta do crescimento o maisrápido possível, com aexpansão do crédito, apoioàs empresas. O Orçamentoé onde a gente caracterizaessas decisões.”Joaquim LevyMINISTRO DA FAZENDA

AFP

Ministro diz que aprovação do Orçamento de 2016 é sua prioridade,para reduzir incertezas na economia e evitar um novo rebaixamento

Juros. É preciso ter clareza sobre os riscos, diz Fischer

Transparência. Levy vai analisar relatório sobre ‘pedaladas fiscais’ ao voltar para Brasília

“Se o problema é que osmercados emergentesassumirammuitas dívidas,haverá um dia de ajuste decontas. Atrasar a alta dataxa de juros não resolveesse problema.”Sukhdave SinghVICE-PRESIDENTE DO BANCO

NEGARA MALAYSIA

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B4 Economia SEGUNDA-FEIRA, 12 DE OUTUBRO DE 2015 O ESTADO DE S. PAULO

MarianaCongo

O número de pais que sepreocupam em passar liçõespara os filhos sobre como li-dar com dinheiro cresceunesteanodeapertoeconômi-co: 88%consideramessa ati-vidade muito importante. Oresultado ficou acima dos76% que falaram isso no anopassado,mostra pesquisa daBoa Vista SCPC (ServiçoCentral de Proteção aoCrédito)divulgadaestemês.As lições envolvem até

mesmo o presente de Dia daCriança: omeninoAndré, de9 anos, vai dividir com ospaisa compradeumjogopa-ra tablet no valor de US$ 20(emtornodeR$80).Ospais,economistas, aproveitaramaocasiãoparaexplicaraome-nino comoocâmbio afeta ospreços dos produtos (leia

mais histórias abaixo).Arecomendaçãoaospaisé,se

possível, não esperar a situaçãofinanceiradafamíliaapertarpa-ra, aí sim, começar a falar sobredinheiro com os pequenos.“Nos momentos de crise todomundo fica mais irritado, ten-so.Éruimfalardedinheirocoma criança em um ambiente dedesarmonia. O ideal é sempretentarconversarquandoasitua-çãoestámelhor”,avaliaaeduca-dora financeira especializadaem crianças Cássia D’Aquino.De acordo com ela, há algu-

mas dicas gerais para a famíliaensinar a criança a ganhar, pou-par, gastar e doar dinheiro. Emprimeiro lugar, vale muito oexemplo dos pais e familiares.Não adianta falar para a criançacuidar bem do dinheiro se a fa-mília gasta compulsivamente.Para programar a mesada,

nãoé indicado atrelar o ganhoa

bom comportamento ou de-sempenho escolar da crian-ça. “Associardinheiro aafetoé equivocado. Educação fi-nanceira não é adestramen-to”, diz Cássia.No lugar da mesada, a se-

manada émais indicada parafilhos de até 11 anos. “Longoprazo para a criança é setedias”,dizRafaelSeabra,espe-cialistaemfinançaspessoais.Segundo ele, à medida que acriança cresce, responsabili-dades financeiras podem seratribuídas, como pagamentoda própria conta de celular.

Emanode aperto, cresce preocupaçãode pais emdar lições sobre dinheiro

FINANÇASPESSOAIS }

Pesquisa mostra que aumentou de 76% para 88% o porcentual de pais que considera muito importante a educação financeira das crianças

NAWEB10 dicas. Parafalar com filhossobre dinheiro

estadao.com.br/e/dinheiro-dicas6

l Na semana fechou com o Ibovespa em alta de 4,90%, e o Dólar embaixa de 6,56%

RANKINGDASEMANA

CÂMBIO

Como toda criança, Enzo,de 8 anos, tem seusdese-jos de compra,mas

aprendeudesde cedo a juntardinheiropara realizá-los. Desdeos cinco anos de idadeomeni-no recebe umamesadano valordeR$ 30. “Ele poupa quase tu-do.Quando pede algo e dize-mos que deverá comprar, nor-malmente desiste ou pega algomais barato”, diz amãe, Raquel

MorenoTeixeiraOaida. Recen-temente, queria uma chuteiradeR$ 130. Após ganharR$ 100da avó, decidiu comprar outradeR$ 70 e poupar o troco.Para umametamais ambicio-

sa, de um tablet, houve planeja-mento. Enzo realizou umbazarcomos brinquedos antigos.Comodinheiroda venda,maiso que tinha ganhadode aniver-sário, omenino conseguiu com-prar o aparelho. “Ele aprende anão ser tão consumista e, comadoaçãode brinquedos, vê a im-portância da caridade”, afirmaRaquel. / Y.F.

Renda Fixa Dur. Baixo Grau Invest.MAIORES POR PATRIMÔNIO DIA (%) MÊS (%) ANO (%) PL (R$ MILHÕES) COTA (%)

SPECIAL REFERENCIADO DI FI 0,37 0,05 10,24 71.491,61 164,96BRAM FI REFERENCIADO DI CORAL 0,37 0,05 10,28 37.900,29 1,34BB TOP DI FI REFERENCIADO DI LP* 0,32 0,05 10,21 37.408,96 13,52ITAU REFERENCIADO DI FI 0,37 0,05 10,11 22.706,32 124,93BRADESCO FIC DE FI REF DI SPECIAL 0,36 0,05 9,85 20.965,76 12,48

Renda Fixa IndexadosMAIORES POR PATRIMÔNIO MÊS (%) DIA (%) ANO (%) PL (R$ MILHÕES) COTA (R$)

FI CAIXA BRASIL IRF M 1 TP RF* 0,47 0,11 9,41 8.811,38 1,69BB IRF M 1 FI DE RENDA FIXA* 0,49 0,11 9,35 7.884,61 1,66BB PREVIDENCIARIO RF IRF M1 TIT * 0,49 0,11 9,26 7.884,56 1,77BB PREVIDENCIARIO RF IMA B TIT P* 1,28 0,53 4,60 4.351,87 3,07BB PREVIDENCIARIO RF IDKA 2* 1,23 0,35 11,03 4.157,39 1,64Renda Fixa Dur. Baixa SoberanoMAIORES POR PATRIMÔNIO MÊS (%) DIA (%) ANO (%) PL (R$ MILHÕES) COTA (R$)SAFRA GALILEO FI MULT* 0,34 0,12 16,05 10.014,15 299,17FI MULT CRED PRIV CENTRAIS SICRE* 0,32 0,05 10,07 6.322,03 3,19CX FI GARANT CONST NAVAL MULT CR* 2,13 -1,46 12,34 4.464,53 1,86JUPITER FI MULT CRED PRIV INV EX* 0,30 0,06 9,89 3.573,44 132,09FFIE FI MULT CRED PRIV* 10,99 -0,88 -13,95 2.697,88 1,01

Multimercados LivreMAIORES POR PATRIMÔNIO MÊS (%) DIA (%) ANO (%) PL (R$ MILHÕES) COTA (R$)

BTG PACTUAL ABSOLUTO INST M FI A* 3,32 -0,17 10,76 1.492,70 1,32BTG PACTUAL ABSOLUTO INST FIC FI* 3,25 -0,18 8,28 1.491,65 1,94ATMOS MASTER FI DE ACOES* 3,20 -0,20 21,21 1.450,71 347,89OPPORTUNITY LOG FI EM COTAS DE F* 0,37 -0,80 -0,91 1.106,29 66,56OPPORTUNITY SPECIAL FIA* -0,24 -0,89 -0,28 1.066,99 4,18

Previdência Renda FixaMAIORES POR PATRIMÔNIO MÊS (%) DIA (%) ANO (%) PL (R$ MILHÕES) COTA (R$)

BRADESCO FI RF MASTER II PREVIDEN 0,53 0,12 9,45 70.392,58 3,00BRASILPREV TOP TPF FI RF* 0,29 0,05 9,95 63.621,13 3,01BRASILPREV TOP TP FI RF CREDITO * 0,32 0,06 10,39 46.243,71 3,08BRADESCO FIC RF VGBL F10 0,51 0,12 8,61 32.799,00 3,15BRASILPREV RT FIX II FICFI RF* 0,36 0,09 8,50 31.326,22 6,12Previdência Petrobrás FGTSMAIORES POR PATRIMÔNIO MÊS (%) DIA (%) ANO (%) PL (R$ MILHÕES) COTA (R$)

CAIXA FMP FGTS PETROBRAS III* 25,80 3,36 10,92 314,57 3,49CAIXA FMP FGTS PETROBRAS IV* 25,81 3,36 11,15 272,05 3,62CAIXA FMP FGTS PETROBRAS II* 25,79 3,36 10,64 182,26 3,36BRADESCO FGTS PETROBRAS* 25,70 3,35 5,40 157,75 3,16ITAU PETROBRAS FMP FGTS* 25,81 3,36 10,78 94,39 33,01

Previdência Vale FGTSMAIORES POR PATRIMÔNIO MÊS (%) DIA (%) ANO (%) PL (R$ MILHÕES) COTA (R$)

CAIXA FMP FGTS VALE II* 20,92 -0,45 -7,21 426,00 5,99

CAIXA FMP FGTS VALE I* 20,92 -0,45 -7,66 218,77 5,50BB FMP FGTS VALE DO RIO DOCE* 20,92 -0,45 -7,13 172,89 6,04BRADESCO FMP FGTS VALE* 20,86 -0,45 -8,74 151,44 5,81ITAU FMP FGTS VALE* 20,93 -0,45 -7,31 114,07 59,03

FONTE: ANBIMA

H á três anos receben-domesada, PedroHenrique, hoje com

12 anos, diz gostar de admi-nistrar seu próprio dinheiro.“Gosto damesada porqueconsigo comprar o que euquero”, diz o garoto. Ele nun-ca perdeu o controle dos gas-tos,mas para isso teve a aju-da dos pais. “Fizemos umaplanilha onde ele registra as

receitas e despesas. É uma for-ma de ajudá-lo a administrar amesada”, afirma amãe, DeniseAraújo. A alta recente de pre-ços foi sentida pelomenino,principalmente na compra dejogos de videogame. “Ele já per-cebeu que tudo estámais caroe que está commenor poder decompra. Tem sido uma fase demuita conversa”, diz Denise.Economizar o dinheiro, porém,não é sacrifício. “Sempre consi-go comprar o que eu quero. Àsvezes pode demorar umpouco,mas eu consigo”, conta Pedro./YOLANDA FORDELONE

AÇÕESMAIORES ALTAS EM 12 MESES %

FIBRIA ON 104,97

RAIADROGASIL ON 93,67

KLABIN S/A UNT 91,36

SUZANO PAPEL PNA 86,25

JBS ON 44,41

MAIORES BAIXAS EM 12 MESES %

OI PN -79,17

GERDAU MET PN -75,75

GOL PN -65,80

PETROBRAS PN -58,49

RUMO LOG ON -58,14

PRINCIPAIS ÍNDICES DA BOVESPA

NA SEMANA (%) NO ANO (%)

IBOVESPA 4,84 -1,34IBX (50 AÇÕES MAIS NEGOCIADAS) 4,57 -0,42IGC (GOVERNANÇA CORPORATIVA) 3,55 -2,25ITAG (TAG ALONG DIFERENCIADO) 4,08 -2,17IEE (ENERGIA ELÉTRICA) 2,57 -0,95

FUNDOS

POUPANÇA

1 Ibovespa 4,901 Ibovespa ativo 4,901 IBX ativo 4,371 IBX 4,271 Setorial energia 3,671 DI 0,261 Renda Fixa 0,22

1 Ibovespa 4,901 CDI 0,261 CDBmédio 0,231 Poupança 0,151 Ouro -3,831 Euro * -5,831 Dólar * -6,56

TESOURODIRETO*

F ilhode economistas, An-dré, 9 anos, recebeu apri-meiramesadamêspassa-

do.Ospais planejaramqueoganhoestará atrelado aobomdesempenhoescolar. ComotetodeR$ 50, amesada varia deacordo comasnotas –quede-vemficar acimade sete. Ele ficasemodinheiro se tirar algumanota abaixodo combinado.A criança, por iniciativa pró-

pria, quer dividir algumascontas comospais. André seoferece, por exemplo, parapagar a sobremesa da famíliaquando saempara comer fo-ra, conta amãeMônicaKuwa-hara.NoDia daCriança, opresentenão será surpresa.André vai rachar comos paisa compradeum jogopara ta-blet deUS$20 (em tornodeR$80). “Elenegocia e conver-sa conosco. Já aprendeu co-moacotaçãododólar influen-ciounopreçodopresente”,diz amãe. /THALESSCHMIDT,ESPECIAL PARA O ‘ESTADO’

MENINOFAZPLANILHA

l CSN ON acumula valoriza-ção de 41,80% nesta sema-na, beneficiada pela melhorado cenário para as commodi-ties no mercado global e pe-la expectativa de investido-res sobre desinvestimentosda companhia, como a vendado Terminal de Contêineres(TECON) de Sepetiba.

BOLSAS INTERNACIONAIS

NA SEMANA % NO ANO%DOW JONES 4,27 -4,14NASDAQ 0,19 1,99FRANKFURT 1,82 2,97TÓQUIO 2,04 5,66LONDRES 5,11 -2,00

MAIORES ALTAS NA SEMANA %

RUMO LOG ON 44,44SID NACIONAL ON 42,86GERDAU PN 18,37USIMINAS PNA 18,35GOL PN 18,31

MOEDA COMPRA VENDA SEMANA

(R$) (R$) (%)

Dólar comercial* 3,7500 3,7510 -5,06

Dólar turismo* 3,8300 3,9700 -2,53

Euro comercial* 4,2467 4,2485 -4,14

Euro turismo* 4,2070 4,4830 -3,65

Franco suíço*W* 3,8853 3,8899 -4,19

Peso argentino** 0,3994 0,3996 -3,99

Libra esterlina** 5,7236 5,7264 -5,78

Iene** 0,0311 0,0311 -4,51

Peso chileno** 0,0055 0,0055 -4,12

Rublo** 0,0607 0,0609 2,80

Yuan** 0,5891 0,5892 -3,93

Dólar australiano** 2,7385 2,7396 -2,79

Dólar canadense** 2,8869 2,8883 -2,70

Dólar Hong Kong** 0,4969 0,4970 -1,04

FONTE: * COTAÇÃO AE / ** COTAÇÃO BC

MAIORES BAIXAS NA SEMANA %

JBS ON -10,82SUZANO PAPEL PNA -10,68SMILES ON -10,28BRF SA ON -6,89OI PN -6,46

BAZARDEBRINQUEDOS

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ENTENDA:REFERENCIADO DI - INVESTE, NO MÍNIMO, 95% DA CARTEIRA EM TÍTULOS QUE ACOMPANHAM O CDI OU A SELIC. RENDA FIXA - MANTÉM, NO MÍNIMO, 80% DA CARTEIRA EM TÍTULOS FEDERAIS. CURTO PRAZO - INVESTEEM TÍTULOS DE ATÉ 375 DIAS QUE ACOMPANHAM O CDI OU A SELIC E TENHAM PRAZO MÉDIO DE ATÉ 60 DIAS.MULTIMERCADOS COM RENDA VARIÁVEL - APLICA EM DIVERSOS ATIVOS (COMO DÓLAR, OURO E AÇÕES).AÇÕES LIVRE - NÃO ACOMPANHA ÍNDICES DE AÇÕES E NÃO SE VOLTA A SETOR ESPECÍFICO. IBX - ACOMPANHA O ÍNDICE BRASIL. IBX ATIVO - BUSCA SUPERAR O ÍNDICE BRASIL. IBOVESPA - BUSCA A VARIAÇÃO DOIBOVESPA. IBOVESPAATIVO - BUSCA SUPERAR O IBOVESPA. CAMBIAL S/ AVALANCAGEM - APLICAM CAMBIAL C/ ALAVANCAGEM - IDÊNTICO AO ANTERIOR, ADMITE ENDIVIDAMENTO.

Renda Fixa Dur. Baixo Grau Invest.MAIORES POR RENTABILIDADE MÊS (%) DIA (%) ANO PL (R$ MILHÕES) COTA (R$)

ICONE BULLION FI REF DI LONGO PR* 0,81 0,49 6,62 0,33 1,07ICATU VANGUARDA FMP FC FI RENDA * 0,61 0,17 9,43 15,18 1,31PORTO SEGURO EMPRESARIAL RF FICFI 0,58 0,11 9,01 293,65 1,82FIRF CRED PRIV INSTITUCIONAL 0,47 0,05 10,18 95,70 4,29FI RF CRED PRIV CENTRAIS UNICRED 0,39 0,05 10,29 795,43 3,56

Renda Fixa IndexadosMAIORES POR RENTABILIDADE MÊS (%) DIA (%) ANO (%) PL (R$ MILHÕES) COTA (R$)

BB PREVID HEDGE FI RF* 1,60 0,37 5,90 152,90 3,54

CAIXA FI BRASIL 2018 II TP RF* 1,57 0,44 2,90 411,14 1,03CAIXA FI BRASIL 2020 II TP RF* 1,57 0,52 2,31 51,98 1,11FI CAIXA BRASIL 2018 IV TP RF* 1,57 0,44 1,89 241,33 1,02CAIXA FI BRASIL 2020 V TP RF* 1,57 0,52 0,65 197,94 1,01

Renda Fixa Dur. Baixa SoberanoMAIORES POR RENTABILIDADE MÊS (%) DIA (%) ANO (%) PL (R$ MILHÕES) COTA (R$)

OAK FI MULTIMERCADO* 37,37 6,58 -98,89 58,43 0,02NAUTILUS VOL FI MULTIMERCADO* 29,53 4,88 -36,85 1,84 0,54

BRADSEG FUNDO DE INVESTIMENTO MU* 18,43 -0,13 -30,14 17,30 125,04BULLION MULTIPLO FI MULTIMERCADO* 16,69 -7,69 -40,07 1,41 0,39LEROSA EQUITY FI MULTIMERCADO* 15,95 0,65 -13,60 1,94 0,57

Multimercados LivreMAIORES POR RENTABILIDADE MÊS (%) DIA (%) ANO (%) PL (R$ MILHÕES) COTA (R$)

JA CENTENARIO FI EM ACOES* 121,33 2,35 -91,12 0,01 0,03ABRADIN SOLDI PLUS FI ACOES* 31,64 0,12 -12,65 0,56 0,64MELLON FIA PETROBRAS* 24,91 3,27 9,41 3,68 33,35FPRV DYN UIRAPURU FI DE ACOES PR* 22,91 0,01 17,04 2,17 159,90AC2 FOSTER FI ACOES* 20,54 3,26 -4,81 7,62 0,95

Previdência Renda FixaMAIORES POR RENTABILIDADE MÊS (%) DIA (%) ANO (%) PL (R$ MILHÕES) COTA (R$)

SAFRA PREV BOA ESPERANCA FI RF PR 2,60 0,77 -13,02 8,03 86,98BRADESCO FI RF MASTER NTN B 2050 2,49 0,70 -12,93 16,76 0,87BRADESCO FI RF MASTER NTN B 2030 2,41 0,67 -7,56 15,64 0,92BRADESCO FI RF MASTER NTN B 2024 2,26 0,63 -2,24 18,85 0,98SANTANDER FI XI RF CRED PRIV 2,23 0,35 1,52 1,88 3,71

Previdência Petrobrás FGTSMAIORES POR RENTABILIDADE MÊS (%) DIA (%) ANO (%) PL (R$ MILHÕES) COTA (R$)

CSHG FMP FGTS PETROBRAS* 25,89 3,37 10,09 4,23 3,37SANTANDER FP FMP FGTS PETROBRA* 25,84 3,36 11,06 33,69 35,80SANTANDER FMP FGTS PETROBRAS* 25,83 3,36 10,94 32,37 3,42ITAU DESENV. PETROBRAS FMP FGTS* 25,82 3,36 11,30 15,09 36,46ITAUBANCO PETROBRAS FMP FGTS* 25,82 3,36 11,18 33,39 35,65

Previdência Vale FGTSMAIORES POR RENTABILIDADE MÊS (%) DIA (%) ANO (%) PL (R$ MILHÕES) COTA (R$)

SANTANDER FMP FGTS VALE II* 20,96 -0,45 -6,90 74,24 64,77SANTANDER FMP FGTS VALE* 20,95 -0,45 -7,06 96,33 6,29ITAUBANCOFMP FGTS VALE* 20,94 -0,45 -6,81 78,23 64,88UNIBANCOPB FMP FGTSVALE DORIO* 20,93 -0,45 -7,04 12,07 6,15UNIBANCO F FMP FGTS VALE DO RIO * 20,93 -0,45 -7,07 7,92 6,13

TR TBF POUP Poup. SELIC

21/9 a 21/10 0,1558 1,0272 0,6566 0,656622/9 a 22/10 0,1816 1,0031 0,6825 0,682523/9 a 23/10 0,1809 1,0024 0,6818 0,681824/9 a 24/10 0,1867 1,0182 0,6876 0,687625/9 a 25/10 0,1269 0,9880 0,6275 0,627526/9 a 26/10 0,0905 0,9313 0,5910 0,591027/9 a 27/10 0,1295 0,9806 0,6301 0,630128/9 a 28/10 0,1905 1,0221 0,6915 0,691529/9 a 29/10 0,1830 1,0045 - -30/9 a 30/10 0,1675 1,0390 - -1º/10 a 31/11 0,1790 1,0606 - -1º/10 a 1º/11 0,1790 1,0606 0,6799 0,67992/10 a 2/11 0,1551 0,9664 0,6559 0,65593/10 a 3/11 0,0962 0,9370 0,5967 0,59674/10 a 4/11 0,1255 0,9866 0,6261 0,62615/10 a 5/11 0,1759 1,0574 0,6768 0,67686/10 a 6/11 0,1583 1,0297 0,6591 0,65917/10 a 7/11 0,1883 1,0199 0,6892 0,68928/10 a 8/11 0,1517 1,0130 0,6525 0,6525

Aplicações 104,97É a variação da ação

FIBRIA ON nosúltimos 12 meses

* ÍNDICE CALCULADO PELA AE, A PARTIR DA RENTABILIDADE MÉDIA DOS MAIORES FUNDOS DA ANBID**DADOS DO BANCO CENTRAL

Fundos*

ENTENDA:NOTADOTESOURONACIONALSÉRIE B(NTN-B) - PAGA VARIAÇÃO DO IPCA E JUROSFIXADOS NA COMPRA (PREFIXADO). OS JUROSSÃO PAGOS TODO O SEMESTRE.NOTADOTE-SOURONACIONAL SÉRIE B (NTN-B) PRINCI-PAL - PAGA A VARIAÇÃO DO IPCA E JURO PREFI-XADO. O JURO E O PRINCIPAL SÃO PAGOS NOVENCIMENTO. LETRADOTESOURONACIONAL(LTN) - JURO PREFIXADO COM RECEBIMENTOSEMESTRAL.NOTADOTESOURONACIONALSÉRIE F (NTN-F) - RENTABILIDADE DEFINIDA,ACRESCIDADE JURO PREFIXADO. JUROS SE-MESTRAIS. LETRA FINANCEIRA DOTESOURO(LFT) - RENTABILIDADE DA SELIC E RESGATE NOVENCIMENTO.

VENCIMENTO ANO (%) R$

TESOURO IPCA COM 15/05/2017 6,75% R$ 2.744,22JUROS SEMESTRAIS 15/08/2020 7,33% R$ 2.593,62

15/08/2024 7,48% R$ 2.487,3815/05/2035 7,47% R$ 2.381,80

TESOURO IPCA 15/05/2045 7,47% R$ 2.316,5215/05/2019 7,23% R$ 2.110,3515/08/2024 7,52% R$ 1.429,26

TESOURO PRE FIXADO 15/05/2035 7,48% R$ 662,2201/01/2016 14,36% R$ 970,6201/01/2017 15,57% R$ 838,37

TESOURO SELIC 01/01/2018 15,99% R$ 720,8807/03/2017 0,02% R$ 7.191,2401/03/2021 0,04% R$ 7.177,87

0,4000 0,4001 1,781/3/20210,04%R$ 6.888,66 * TÍTULOS A VENDA

CRIANÇAQUERDIVIDIRCONTA

São Paulo

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Curitiba

Acompanhamento no dia a dia.Denise Araújo ajuda o filho Pedro a controlar os gastos

São Paulo

NILTON FUKUDA/ESTADÃO

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O ESTADO DE S. PAULO SEGUNDA-FEIRA, 12 DE OUTUBRO DE 2015 Economia B5

l Eu li uma notícia sobre o anúncioda nova classificação dos fundos deinvestimento. Por favor, escreva suaopinião sobre essas mudanças e tam-bém outras informações que julgarcabíveis sobre o assunto.A nova classificação dos fundos deinvestimento está bem feita e resul-ta de diversos estudos e trabalhosde representantes do mercado fi-nanceiro e técnicos da AssociaçãoBrasileira das Entidades dosMerca-dos Financeiro e de Capitais (Anbi-ma) para adequar a indústria defundos à nova realidade do própriomercado. A ideia é atender melhoraos interesses do investidor, agen-tes demercado e instituições finan-ceiras. Busca ser mais eficiente naorientação e educação dos investi-dores. Essa nova classificação divi-de os fundos em três níveis. O pri-meiro é referente às classes de ati-vos (renda fixa, ações, multimerca-dos e cambiais); o segundo ao tipode gestão e aos riscos associados eo terceiro nível traz a estratégia dofundo, como pode ser visto no qua-dro ao lado. A classificação de ren-da fixa, por exemplo, reflete o pro-cesso de decisão de investimentosnessa classe de ativo, podendo ini-cialmente o investidor tomar a de-cisão pela gestão ativa ou indexada(passiva). Depois ele opta pela du-ração do investimento e em segui-da faz a opção pela estratégia degestão do fundo. Todos os deta-lhes dessa nova classificação po-

dem ser encontrados no site da Anbi-ma. Mesmo entendendo o esforçodas entidades de mercado em deixara classificação dos fundos mais dinâ-mica e de mais fácil entendimento dopúblico, ela ainda é recheada de no-menclaturas e detalhes técnicos queo leigo tem dificuldade de entender.A dica é que o investidor, na hora dedecidir, peça todas as explicações pa-ra que não fique com nenhuma dúvi-da. Em essência, devemos semprebuscar investir de maneira casadacom os nossos objetivos. Isso quer di-zer que devemos buscar casar os pra-zos, inclusive por questões tributá-rias, aceitar o grau de risco que nãonos deixe desconfortáveis e buscarfundos com osmenores custos (taxasde administração e de performance).

l Minha dúvida é terrível e peço ajuda:tenho uma quantia aplicada em previdên-cia privada (VGBL). Não estou gostandoda rentabilidade e, por isso, gostaria demudar. Só que, se eu sacar o dinheiro,pago 10% de Imposto de Renda. Existealguma maneira de transferir esse mon-tante para outra aplicação, como rendafixa, CDB ou Tesouro Direto, sem o paga-mento do Imposto de Renda?A única transferência possível sem pa-gar impostos é usando da portabilida-de entre planos de mesma natureza.Em outros termos, você pode transfe-rir de um VGBL para outro VGBLsem ter de arcar com os tributos queincidem no saque do saldo existenteem sua conta. Vale a pena pesquisar

no mercado planos similares em ter-mos de risco, buscando aqueles queestejam rendendo mais do que o seuplano para que você compare e, casoseja interessante, realize a transferên-cia. Em qualquer outra alternativa detransferência de seu investimento de-verá haver o saque do saldo para serreinvestido e, nesse caso, haverá inci-dência de tributos. Umdetalhe impor-tante: a alíquota tributária deve sersuperior a 10% porque a tabela regres-siva, que vai de 35% a 10%, passou aexistir a partir de 2005. Assim, somen-te as contribuições que completaram10 anos em 2015 têm a incidência daalíquota de 10%. O restante ainda es-tá com alíquotas superiores. É muitoimportante acompanhar o desempe-nho do seu plano de previdência e sa-ber os detalhes de seu contrato. Casohaja dúvidas, busque pelo seu gerente

de atendimento e peça todos esclare-cimentos e boletins de acompanha-mento.

l Minha empregada doméstica, que tra-balha comigo desde julho de 2011, seaposentou por idade (aos 60 anos) emmaio de 2015. Por decisão dela, ela quercontinuar trabalhando para mim. Sei queela tem direito a todos os benefícios dacategoria, inclusive os que estão paraserem aprovados. Pergunto: preciso con-tinuar pagando o INSS todo mês? Pensoque, a princípio, esta contribuição nãoteria mais retorno algum a ela, certo?Sim, o aposentado que continuar em-pregado deve continuar suas contri-buições ao INSS. Você está certo emrelação ao fato de que as novas contri-buições não trarão novos benefícios.Mas o Congresso Nacional acaba deaprovar a lei que irá permitir a “desa-

posentação ou desaposentadoria”.Em outros termos, foi aprovadoque o aposentado que continuarsuas contribuições após cinco anospoderá solicitar a revisão do benefí-cio recebido. No entanto, esseitem da lei está dependendo deaprovação da Presidência da Repú-blica e, segundo o publicado, deve-rá ser objeto de veto. Vamos ter deaguardar o desenrolar dos fatos.Por outro lado, é importante quetodos os trabalhadores entendamque o aposentado que continua nocampo de trabalho perde outros di-reitos que o trabalhador da ativapossui, pois, segundo o INSS, essapessoa já está recebendo o benefi-cio a que tem direito na aposenta-doria. A trabalhadora, uma vez apo-sentada, perde direito, por exem-plo, a receber auxílio-doença. As-sim, no caso de um acidente do tra-balho, ela não terá direito a recebernada além do benefício mensal járecebido – caso supere 15 dias deafastamento. Mesmo a estabilida-de de emprego que o trabalhadoracidentado tem direito passa a serdiscutível. Do ponto de vista doINSS não há direito, mas do pontode vista de direito do trabalho po-de ser discutido. Particularmente,eu não acho justo esse tipo de situa-ção. Afinal, o trabalhador contri-buiu ao longo de décadas para terdireito à aposentadoria mas, casocontinue no mercado de trabalho,volta a contribuir, mas perde os di-reitos relativos a essas “novas” con-tribuições e ainda fica sem os ou-tros benefícios.

Paraaplicaremfundos,investidordeve ficaratentoàs taxascobradas

Artigo

A abertura de capital (IPO, nasigla em inglês) da Caixa Se-guridadefoiadiada.Arazãoé

umasó:acrisebrasileira,quederru-bouaBolsadeValoresparaumcená-riocomplicado, comperdasexpres-sivas ao longo do ano.A expectativa inicial da Caixa era

conseguir algo próximo a R$ 10 bi-lhões, mas, em função do cenáriobrasileiro, o prognóstico mais oti-mista, agora, aposta num preçomáximo correspondente à metade

disso.Razãomaisdoquesuficientepa-ra deixar para depois.A outra abertura de capital prevista

para 2015 envolvendo o setor de segu-ros era ado IRBBrasil Resseguros, quetambém, de acordo com informaçõesdo mercado, será postergada para ummomentomais favorável.Nada de estranho, apenas bom sen-

so. Não tem sentido jogar fora dinhei-robom,correndooriscodedeprimiropreço de empresas saudáveis apenasparamanterocronogramainicialmen-teprevistopelogoverno,acionistama-joritário das duas.Para quemachava que o setor de se-

gurosnãoseriaafetadopela fortíssimacrise que atinge violentamente o País,asuspensãodosdoisprocessosdeIPOéumbanhode água fria ouumchama-do à realidade. Há quem imagine quepelomenosumdelesaindapossaocor-rer neste ano,mas é pouco provável.A verdade é que o País atravessa um

momento inédito em sua história. Ascrises anteriores tinham como grandecomponentea inflaçãomaisoumenosgalopante.Estaémuitomaisgravepor-

que a inflação é apenas uma de suasconsequências.O Brasil atual émuitomais comple-

xodoqueopaísdosanos1990,quandoa hiperinflação foi brilhantemente de-belada pelo Plano Real. De lá para cá,tivemos um período de vacas gordasque não foi aproveitado para fazer asreformas indispensáveis para mantero desenvolvimento sustentável. Pelo

contrário, emnomeda demagogia po-lítica e do aparelhamento do Estado,comtudodepiorquefoigerado,soma-do à incompetência do governo fede-ral para entender a complexidade na-cional, o País jogou pela janela a me-lhorchancequetevedeentrarnomun-do desenvolvido.Hoje, somosmotivo de piada para o

mundo e de tristeza para milhões depessoasqueforamenganadaspelocan-

to de sereia das promessas do PT. Co-mo diz um bom amigo que conheceeconomia e o Brasil: a crise está aí, éfeiaevaipiorarmuito,oquenãosignifi-ca necessariamente que depois váme-lhorar.

Bancos. Entre mortos e feridos, comexceção dos bancos, pouca gente nãofoi atingida e não está sentindo dor. Osetor de seguros ainda não sofreu umbaqueforte, comoa indústriaautomo-bilística, por exemplo, mas os núme-ros do anomostram que o crescimen-to está abaixo da inflação do período,ou seja, é negativo.Nempoderia ser diferente. Seguro é

atividade de apoio. É necessário quehaja bens, produtos e capacidades deação para serem segurados. Nós nãotemos nada disso. Pelo contrário, oque se vê é a queda de todos os indica-dores,começandopelonúmerodeem-pregos com carteira assinada. O refle-xo já pode ser duramente sentido nosetor de planos de saúde privados. Onúmero de pessoas que deixa o siste-ma cresce dia a dia, da mesma formaque crescem os pedidos para a migra-ção para planosmais baratos.Oresultadoédramático.Emprimei-

rolugar,sobrecarregaaPrevidênciaSo-

cial,pelocrescimentododesempre-go. Em segundo, afeta o SUS, quenão tem recursos para atender bemnem mesmo as pessoas que deve-riam ser atendidas por ele. Em ter-ceiro, impacta o faturamento dasoperadoras de planos privados, queestão recebendomenos para conti-nuarem a fazer frente às despesascrescentes damassa segurada.Mas não são apenas os planos de

saúde que são afetados. Os segurosde vida e acidentes pessoais senti-rão a alta do desemprego. Os segu-ros de veículos sentirão a queda dasvendasdecarros “zero”.Ossegurospatrimoniaissentirãoaquedadofa-turamento das empresas. E todossentirão o aumento dos sinistros.Seháumladobomparaassegura-

doras, sãoos jurosaltos,quemelho-ramosresultados.Maseleérelativa-mentebom.Os jurosestãoaltospa-ra tentar conter a crise, ou seja, sãoum remédio amargo que, nomédioprazo, também cobrará seu preço.

]

PRESIDENTE DA ACADEMIA PAULISTA DE

LETRAS, SÓCIO DE PENTEADO MENDONÇA

ADVOCACIA E COMENTARISTA DA ‘RÁDIO

ESTADÃO’

SeuDinheiro

l]ANTONIOPENTEADOMENDONÇA

FINANÇASPESSOAIS }Pergunte ao GalloEnvie sua pergunta. Elas serão publicadas às segundas-feiras – [email protected]

ASEMANA

NO PORTALMais informações.Colunas anteriores de Fábio Galloblogs.estadao.com.br/fabio-gallo

NOVACLASSIFICAÇÃODEFUNDOS

Segunda-feira – 12Feriado N. S. Aparecida.EUA: Feriado Dia de Colom-bo.EUA: Taxa de Desemprego(ago)Terça-feira - 13Alemanha: Índice de Confian-ça (set).

Alemanha: Preços ao Consu-midor (out).China: Inflação ao Consumi-dor (set).Quarta-feira - 14IBGE: Vendas no Varejo (a-go).Zona do Euro: Produção In-dustrial (ago).

EUA: Vendas no Varejo (set).EUA: Preços ao Produtor(set).Quinta-feira - 15IBGE: Pesquisa Mensal de Ser-viços (ago).EUA: Preços ao Consumidor(set).EUA: Índice de Atividade In-

dustrial (out).Sexta-feira - 16Inflação/FGV: IGP-10 (out).Inflação/FGV: IPC-S (2ª pré-via de out).BC: IBC-Br (ago)EUA:Confiança do Consumi-dor (out).EUA: Produção Industrial(set).

TRABALHADOR ASSALARIADO*

MÊS DE COMPETÊNCIA: Setembro

Salário de contribuição Alíquota

Até 1.399,12 8%

De 1.399,13 a 2.331,88 9%

De 2.331,89 a 4.663,75 11%

* Empregador 12%

Vencimento 15/10. O porcentual de multa a ser aplica-do fica limitado a 20%, mais taxa Selic.

TRABALHADOR DOMÉSTICO

Alíquota Máx. (R$) Mín. (R$)

Empregado 8 a 11 63,04 531,02Empregador 12 94,56 559,65Total 20 a 23 157,60 1.072,66

No Estado de São Paulo, o valor mínimo de contribui-ção é de R$ 1157,60 e o máximo de R$ 1.072,66,Outros Estados têm piso salariais próprios

Indivudual / Facultativo - Por idade e por tempo deserviço

Base Alíquota A pagar

De 788,00 até 4.663,75 20% De 157,60 até 932,75

Códigos: 1007 (individual) e 1046 (facultativo)

Individual / facultativo - Apenas por idade

788,00 11% 86,68

Códigos: 1163 individual e 1473 facultativoIndividuais: Contribuinte que trabalha por conta própriaFacultativos:Desempregado, donas de casa e estudantes

BASE DE CÁLCULO (R$) ALÍQUOTAPARCELAADEDUZIR

Até 1.903,98 – IsentoDe 1.903,99 até 2.826,65 7,5 142,80De 2.826,66 até 3.751,05 15 354,80

De 3.751,06 até 4.664,68 22,5 636,13Acima de 4.664,68 27,5 869,36

Deduções: R$ 189,59 por dependente; pensão alimentíciaintegral; contribuição ao INSS. Aposentado com 65 anos oumais tem direito a uma dedução extra de R$ 1.903,98 no be-nefício recebido da previdência.

IGP-M (FGV) 1,0835 IPCA (IBGE) 1,0949IGP-DI (FGV) 1,0931 INPC (IBGE) 1,0990IPC (FIPE) - ICV (DIEESE) 1,1032

OBS.:Fatores válidos para contratos cujo último reajuste ocorreu há umano. Multiplique o valor pelo fator.

R$ 788,00

l Renda fixaA classe de ativos renda fixa abarca fun-dos que aplicam em títulos que remune-ram em juros ou índices de preços. So-bre os tipos de gestão, risco e estratégiade investimento, podem ser simples,passivo (índices), ativos de baixa, média,alta ou duração livre – que podem apli-car em títulos soberanos, de grau de in-vestimento ou de crédito livre. A dura-ção está relacionada ao nível de riscocorrido pelo investidor: quanto maior,mais arriscado. E há os fundos de rendafixa de investimento no exterior, que po-dem ser nomeados de dívida externa ouinvestimento no exterior.

lAçõesSão fundos classificados em quatro cate-gorias: indexado (índices), ativo, específi-

cos e de investimento no exterior. A cate-goria ativo é subdividida em valor/cresci-mento, dividendos, sustentabilidade/go-vernança, small caps, índice ativo, seto-riais e livre. Já os fundos específicossão subdivididos em FMP-FGTS, fecha-dos de ações e mono ações.

lMultimercadosClasse com as seguintes categorias: alo-cação (balanceados ou dinâmicos), es-tratégia (subdividida em macro, trading,long and short neutro, long and shortdirecional, juros e moedas, livre, capitalprotegido, estratégia específica) e deinvestimento no exterior.

l CambiaisFundos que aplicam ao menos 80% dosativos em moedas estrangeiras.

O setor não sofreu um baqueforte, como a indústriaautomobilística, mas cresceabaixo da inflação este ano

AcrisedáaprimeirapancadaDuasempresas do setorde seguros suspendemaaberturade capital neste anopor causada crise e aguardamummomentomais adequadopara captar recursos

ÍNDICE SETEMBRO NO ANO 12 MESES

INPC (IBGE) 0,51 8,24 9,90IGP-M (FGV) 0,95 6,34 8,35IGP-DI (FGV) 1,42 7,03 9,31IPA-DI (FGV) - 4,75 7,16IPC-DI (FGV) - 7,22 9,73IPC (FIPE) - 7,36 9,06IPCA (IBGE) 0,54 7,64 9,49INCC (FGV) - 6,40 7,30CUB (Sinduscon) - 4,39 4,59ICV - Dieese 0,48 8,64 10,32FIPEZAP-SP(FIPE) 0,08 2,45 2,38

inflação (%)

SuasContasINSSImposto de Renda na fonte Reajuste do aluguel (Outubro)

Salário mínimo (2015)

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FÁBIO GALLO É PROFESSOR DE FINANÇAS

DA FGV E DA PUC-SP

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B6 Economia SEGUNDA-FEIRA, 12 DE OUTUBRO DE 2015 O ESTADO DE S. PAULO

Finanças digitais. Com a proposta de uma forma mais simples e rápida de cuidar do dinheiro, startups em todo o mundo chamama atenção de bancos tradicionais, que começam a criar programas de parcerias para incorporar novas ideias e acelerar a inovação

Startups apostam em serviçosfinanceiros e tiram sono dos bancos

Blogs e notícias. Acompanhe asnovidades de tecnologia no site do Linkblogs.estadao.com.br/link

LINK ONLINE

Claudia TozettoLauraMaia

Umaondadestartupsestása-cudindoos serviços financei-rosoferecidosnomundoenoBrasil.Conhecidascomo“fin-techs”, essas novas empresasestãomudando a formade aspessoaspagaremascompras,administraremcontas, inves-tiremseudinheiroecontrata-rem empréstimos. De anéispara realizar pagamentos(leia mais ao lado) a platafor-masqueconcedememprésti-mos em 30 segundos, elasvêmchamando aatençãodosbancos,queseaproximampa-ra não ficarempara trás.

Desde que abriu sua primei-raconta-corrente,oadministra-dor de empresas Pedro Conra-de, de 23 anos, ficava inconfor-mado com o serviço prestado.“Todomundo tem de ir à agên-cia resolver qualquer proble-ma. Nunca gostei disso”, diz.No ano passado, ele fundou aControly. Embora não seja umbanco,astartupofereceumaop-ção à conta-corrente tradicio-nal, baseada emum cartão pré-pago,cujosgastossãogerencia-dos via smartphone.

O aplicativo é, portanto, ograndediferencial. Emvezde iraobancoabrirumaconta,apes-soabaixaoprogramae recebeocartão em casa. O extrato con-vencional dá lugar a gráficoscomaevoluçãodosgastos.Parafazer transferências,basta sele-cionar um contato na agendaou no Facebook. Além disso, oapp gerencia as reservas de di-nheiro. “Os jovenssãomovidosporsonhos.Elesdefinemosob-jetivos e nós reservamos um

pouco do saldo toda semana”,diz Conrade. Segundo a Con-troly, o dinheiro dos clientes égerenciado pela Acesso Card,umainstituiçãofinanceiraauto-rizada pelo BancoCentral.

A startup começou a ofere-cer o serviço há três meses e járeúne 3 mil usuários. A meta ésomar 100mil até 2017. A Con-troly já passou por duas roda-das de investimento, nas quaislevantoucerca deR$4milhões.Odinheiroseráinvestidoemin-fraestrutura e preparativos pa-ra atender às normas do BancoCentralparasetornarumainsti-tuição financeira no futuro.

AControly não é a única em-presa a tentar surfar na ondadas fintechs no Brasil. Startupsqueapostamemoutrossegmen-tos tambémvêmsedestacandoaos poucos. É o caso da Nu-bank, que oferece um cartão decrédito sem taxas vinculado aum aplicativo pelo qual o usuá-rio acompanha compras. Cria-da há umano, a empresa diz ter600 mil interessados na fila deespera pelo cartão.

No ramo de seguros, a star-tupBidu, criada em2011, inves-tiu na integração de sua plata-formacomadegrandessegura-doras e entrega propostas deadesãoemapenas 30 segundos.“Oferecemos mais ou menos oque o Buscapé oferece para ossites de comércio eletrônico”,resumeMaurícioAntunes,dire-tor demarketing da Bidu.

Enquantoasapostasbrasilei-rasemfintechestãoemfaseini-cial, startups internacionaismais consolidadas já olhampa-racá.ÉocasodaalemãKredite-ch, citada por especialistas co-moumadasmaisinovadorasdosetor. A empresa deve oferecerempréstimos e cartões pré-pa-gos, gerenciados por meio deaplicativos,noBrasil,atéameta-de de 2016. “Já temos parceriascominstituições financeiras lo-cais para começar a operar e es-tamos em busca de um diretorno Brasil”, afirmou um porta-voz da empresa aoEstado.

Fundada em 2012, a Kredite-chusa a análise degrandesban-cosdedados,tecnologiaconhe-cidacomoBigData, para cruzaraté 20 mil aspectos sobre cadacliente – o que inclui, além dohistórico de crédito, informa-ções das redes sociais e de sitesde comércio eletrônico. “Osbancos tradicionais não conse-guem oferecer serviços bancá-rios para todos, só atendem aum grupo privilegiado que temhistórico de crédito”, diz o por-ta-voz do serviço. A empresatem 200 funcionários em novepaíses e já recebeu mais de ¤300milhõeseminvestimentos.

Cooperação. O setor financei-rotradicionalpercebeuna inte-raçãocomasempresasdisrupti-vasumaoportunidadedesepre-parar para o futuro. Ao mesmo

tempo, as startups veem nasparcerias uma maneira de vali-daronegócio, ganharexperiên-cia e receber investimentos.

NoBrasil, as principais insti-tuiçõesfinanceirastêmsemovi-mentado de diferentes formaspara dialogar com as fintechs.

O programa InovaBra, doBradesco,porexemplo,promo-ve desde 2014 a interação dobanco com startups que te-nhampotencial dedesenvolvermodelos de negócios e produ-tos relacionados a serviços fi-nanceiros.Ao fimdoprograma,que dura 10meses, o banco po-de atémesmo adquirir parte daempresa. “Esse não é o foco,mas a interação é boa para osdois lados.OBradescopodesero grande primeiro cliente des-sasstartups”,observaogerente

de inovação do Bradesco, Fer-nando Freitas.

Em setembro, o Itaú lançou,em parceria com o Redpointe.ventures, um espaço decoworking na zona sul de SãoPaulo chamadoCubo.Ele com-

portaaté50startups,nãosófin-techs. “O Cubo fomenta a tec-nologia.Háumatrocadeapren-dizadoimportanteenossosexe-cutivos passam tardes lá”, afir-ma o diretor executivo do ItaúUnibanco, RicardoGuerra.

CaixaEconômicaeBancodoBrasil ainda estão mais volta-dos para a inovação dentro decasa, mas sem ignorar o queacontece fora. “É uma onda enósqueremossurfarnela.Esta-mos avaliando a melhor for-ma”, explica o gestor de inova-ção da Caixa, Rogério Saab.

No exterior, a empresa nor-te-americana Mastercard lan-çou o programa Start Path em2013,massóabriuinscriçõespa-ra startups brasileiras este ano.Trata-sedeparceriasdeseisme-ses entre a empresa e as finte-

chs selecionadas. “Boa parte danossa estratégia digital consis-te em parceiras ou investimen-tosemstartups.Hámuitainteli-gência fora da empresa, quetemde ser absorvida”, dizMar-celoTheodoro, chefedeprodu-tos digitais para a MasterCardBrasil.Entreasinovaçõesquejávieram de parcerias e aquisi-ções, eledestaca aautenticaçãode clientes por meio de selfies epor batimento cardíaco.Oprofessordeempreendedo-

rismoda FundaçãoGetúlio Va-gas (FGV/SP), Newton Cam-pos, diz que as fintechs vão ga-nhar espaço nos próximosanos. “Elas trazem processosmenos burocráticos e baratos,commelhor experiência para ousuário.Porisso,asgrandesem-presasestãoabrindoasportas.”

‘Colaboração é única saída para os bancos’Para especialista,mercado regulado ecultura conservadoradificultam processo deinovação nos bancos

RobertWardrop, diretor executivo do Centro de Finanças Alternativas da Universidade de Cambridge (Inglaterra)

l O que podemos chamar definanças alternativas?Trata-se de instrumentos de fi-nanças que emergem de forado sistema regulado das insti-

tuições financeiras. Podemoscitar como exemplo o crowd-funding (financiamento coleti-vo pormeio de plataformas on-line). Ideias assim não parti-ram de um banco, assim comomuitas outras inovações quevemos por aí, em outras áreascomo crédito e meios de paga-mento. O interessante é que,se bem sucedidos, esses novosinstrumentos acabam entran-do no sistema regulado. As fin-

techs têm influenciado o de-senvolvimento desses canaisalternativos de finanças.

l Quais são as áreas dos bancosque serão mais afetadas comessa onda de fintechs que vemosem todo mundo?Muitas áreas serão afetadas,mas acredito que a principaldelas é a de empréstimos paraconsumidores e pequenos em-presários. Se antes os bancos

eram os únicos a ter informa-ções sobre os indivíduos ou so-bre as empresas para realizar,então, a análise de crédito, ho-je, as pegadas digitais que exis-tem na internet permitem questartups com pouco tempo deexistência façam uma análiseminuciosa e eficiente dos ris-cos do indivíduo ou empresanão pagar pelo empréstimo.Há uso de tecnologias avança-das, como inteligência artifi-

cial, e as análises são feitas emsegundos, sem que a pessoa váa uma agência bancária ou já te-nha feito algum empréstimo.Um dos maiores exemplosmundiais nessa área é a empre-sa Kreditech, de Hamburgo (A-lemanha) que, usando Big Da-ta, consegue fazer análise decréditos em 35 segundos, comoperações realizadas 100% pormeio de canais online.

l Diante dessas novas tecnolo-gias como ficam as instituiçõestradicionais?Os bancos estão sem outra saí-da que não seja a colaboração

com essas inovações que vemde fora. A tecnologia está mu-dando tudo de forma muitorápida e eles sabem que têmde inovar. Ao mesmo tempo,operam em ummercado extre-mamente regulado e com umacultura corporativa muito con-servadora que dificulta essemovimento. Por isso, é cadavezmais comum essa colabora-ção de empresas tradicionais emais sólidas com essas star-tups do setor financeiro.

l A colaboração também é positi-va para as startups do setor finan-ceiro? Por quê?

ENTREVISTA

l Estratégia

6

Onda.Controly, deConrade,propõealternativa àcontabancária

“Boa parte da nossaestratégia digital consisteem parceiras ouinvestimentos em startups.Há muita inteligência forada empresa, que tem queser absorvida. Não vamosconseguir ter todas essasideias.”Marcelo TheodoroCHEFE DE PRODUTOS DIGITAIS DA

MASTERCARD BRASIL

1.O que é fintech?Fintech é a abreviação deFinancial Technology (Tec-nologia Financeira, em in-glês). O termo é usado paradenominar uma categoriade negócios que utiliza tec-nologia para desenvolverserviços financeirosmaiseficientes emdiferentesáreas comomeios de paga-mento, investimentos, em-préstimos, entre outros.

2.Quanto já foi investido emfintech?Dados da consultoria Accen-ture apontamum investi-mento deUS$ 12,21 bilhõesnesse setor em 2014. Dessevolume total, as startupsreceberam 11%. As fintechscaptaramUS$4 bilhões em2013, o triplo do valor regis-trado no ano anterior.

PERGUNTAS& RESPOSTAS

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O ESTADO DE S. PAULO SEGUNDA-FEIRA, 12 DE OUTUBRO DE 2015 Economia B7

AdobeIllustratorDraw(Android,grátis)Este app permi-te criar ilustra-

ções vetoriais em poucos toquescom diversos recursos, com con-troles intuitivos por toque e vá-rias camadas. Ao final, é simplesexportar os trabalhos para a ver-são desktop do Illustrator. É pos-sível dar zoom de até 64 vezes,além de usar cinco pontas decanetas diferentes, com opacida-de, tamanho e cor que podemser ajustados.

AdvancedVideoCompressor(iOS, US$0,99)Este aplicativoresolve um

problema comum de quem usaiPhone: falta de memória. Elecomprime arquivos de vídeo dequalquer tamanho com rapidez,sem perder a qualidade. Depois,o usuário pode salvar e comparti-lhar o vídeo, por e-mail ou appsde mensagens instantâneas. Oarquivo final é reduzido em maisde 80% em relação ao original,em resolução Full HD.

Tweetium(WindowsPhone, R$6,50)O popularcliente de Twit-ter para o sis-

tema operacional da Microsoftacaba de ganhar nova versão,com notificações interativas, colu-nas ajustáveis ao gosto do usuá-rio e suporte a até sete contas doTwitter. Agora, é possível fixaruma conta, usuário ou hashtagcomo um bloco inteligente (livetile) na tela inicial do WindowsPhone. O app roda nas versões 8e 10 do sistema.

APPSDASEMANA|DanielGonzales blogs.estadao.com.br/daniel-gonzales

Extremamente positiva portrês razões. É bacana ter ideiasinovadoras, a partir de novastecnologias, mas elas não po-dem ser colocadas em práticase você não tem acesso aomundo real. A partir de parce-rias com grandes instituiçõesfinanceiras, essas startups têmacesso a informações que fa-zem comque os produtos e ser-viços sejam desenvolvidos deforma mais rápida e melhor.Além disso, há uma questão devalidação, de ganho de credibi-lidade. A partir do momentoque a startup tem um reconhe-cimento, uma parceria, alguma

relação com uma instituição fi-nanceira já consolidada nomercado, fica mais fácil deapresentar e validar seu produ-to perante outras empresas.Por último, essas parcerias po-dem se transformar em oportu-nidades lucrativas para as finte-chs, por meio da venda de seusprodutos e serviços.

l Como a onda das fintechs vaimudar o dia a dia das pessoasem todo o mundo?No que diz respeito a emprésti-mos, por exemplo, grande par-te dos custos para os clientesestá relacionada à insegurança

da análise de crédito, na capaci-dade ou não do individuo pa-gá-lo. A partir do momentoque a tecnologia possibilitauma análise mais rápida, efi-ciente e barata, os custos po-dem diminuir, assim como asburocracias. Isso é muito posi-tivo para as pessoas. Acredito,no entanto, que as pessoas de-vem dar uma atenção maior atodas as pegadas digitais quedeixam na rede, mesmo semperceber. As pessoas têm de le-var isso em consideração, por-que essas informações estãosob análise a todo instante. /L.M.

DANIEL TEIXEIRA/ESTADÃO

P agar as compras semter de colocar a mãono bolso ou mexer no

celular. Essa é a proposta dastartup catarinense Atar,que aposta em tecnologiasvestíveis como futuro dosmeios de pagamento. “Aideia é que você vista a suacarteira e não tenhamais deandar cheio de coisas poraí”, resume o cofundador e

CEO da Atar, Orlando PurimJunior, de 24 anos.Fundada em janeiro de 2014,

em Timbó, a 30 km de Blume-nau, emSantaCatarina, a star-tup já recebeu sete prêmios deinovaçãonoBrasile somaapor-tes de R$ 400mil.Apesar dos acessórios vestí-

veisnãoseremdetodoumano-vidadenomercado–basta lem-brar dos óculos do Google edosrelógios inteligentesdaAp-ple e da Microsoft –, a Atarquer inovar com um dispositi-vo que as pessoas não preci-sem recarregar a bateria. Paraisso, a empresa usa a tecnolo-gia Near Field Communica-

tions(NFC),quepermite trans-mitirdadosporaproximação.Amáquina de cartão de crédito edébitoéaparte“ativa”dacomu-nicação. “É só aproximar o aneldamáquinae, apósoreconheci-mento,digitar a senha”, explicaPurim.Por ora, apenas 50 pessoas –

emSantaCatarinaeSãoPau-lo – testamo anel para paga-mentos. Entre elas, estãofuncionários do Bradesco,uma vez que a startup fezparte do programa Inova-Bra, que promove a colabo-ração do banco com as star-tups. / L.M.

Jogos brasileiroschegam aos consoles

ANOVASAFRADEGAMESBRASILEIROS

ANELPODESUBSTITUIRCARTÃO

BrunoCapelas

Umanovageraçãode jogosbra-sileiros está chegandoaosprin-cipais videogames domercado,o Xbox One (Microsoft) e oPlayStation4(Sony).Anovasa-fra de games desenvolvidos emterritório nacional inclui títu-los como Chroma Squad, no

qualumgrupodedublêsserebe-la contra seu estúdio e produzumseriadoderobôsgigantesja-poneses,eHorizonChase,umjo-godecorridaquetrazcarrosve-lozes correndo pelas ruas de ci-dades brasileiras como Salva-dor, Brasília e Niterói.Por décadas considerada um

sonho pelos desenvolvedores

de jogos nacionais, a presençanos consoles agora é cada vezmais uma realidade.“Osconsoles sempre foramo

maior símbolo da indústria degames. Apesar da presença for-te dos jogos móveis, é nos con-soles que ainda estão os maio-res investimentose faturamen-tos da indústria de games”, ex-

plica o diretor de negócios daAquiris Game Studio, SandroManfredini, responsável peloHorizonChase.Lançadoemagostoparaosce-

lularesdaApple,ojogodecorri-da propõe uma volta aomundono estilo do clássicoTopGear edevechegarnoprimeirotrimes-trede2016aoPlayStation4.“Jo-garumgamenoconsoleécomoassistir a um filme no cinema”,resume o diretor da WebcoreGames, Philip Mangione. Cria-dohámais de 15 anos, o estúdiopaulistano está produzindoMyNight Job, game inspirado nosfilmes de terror dos anos 1980,equesairáparaoPS4noprimei-ro semestre do ano que vem.Expostos no estande de

PlayStationduranteaBrasilGa-me Show, feira de games que

aconteceatéhojenoExpoCen-ter Norte, em São Paulo, Hori-zon Chase e My Night Job se-guem os passos dos pioneirosKrinkleKrusher,ToreneAritanae a Pena daHarpia – os dois pri-meiros chegaram ao PS4 emabril, enquanto Aritana, produ-zido pela paulistana Duaik En-tretenimento, foioprimeiro jo-gobrasileiro a chegar ao conso-le daMicrosoft.“É incrível saber que eu faço

partedahistóriadoXboxOne”,diz o cofundador do estúdio,PérsisDuaik.Eleconseguiuche-gar ao console da MicrosoftcomapoiodoID@Xbox,progra-madeincentivoaosdesenvolve-doresindependentescriadope-la empresa em 2014.

Apoio. Mais de 30 desenvolve-dores brasileiros fazem partedo ID@Xbox e pelomenos cin-co jogos vão chegar ao XboxOne até o fim do primeiro se-mestre de 2016. Para o gerente-geral de Xbox no País, WillenPuccinelli, o número mostraque os brasileiros alcançaramumnovoestágiona indústriadegames. “Já conseguimos fabri-carosvideogamesporaquiedei-xaros jogosemportuguês.Ago-ra, é hora demostrar que pode-mos levar os nossos jogos parafora”, diz o executivo.A Sony, por sua vez, tem um

programa de incubação de de-senvolvedoras, criado em 2013paraapoiaraproduçãoindepen-denteemtodoomundo.Segun-doaempresa,maisde20empre-sas no Brasil contam com o kitde desenvolvimento para criar

jogosparaoPS4.“Osjogosinde-pendentes renovama indústriacomoumtodo”,explicaogeren-te de PlayStation para AméricaLatina, AndersonGracias.Os dois programas funcio-

nam de forma semelhante:SonyeMicrosoft cedemàspro-dutoras brasileiras kits de de-senvolvimento–versõesdosvi-deogames utilizadas para tes-tesduranteacriaçãodosgames– e oferecem apoio para divul-gar e certificar o game, o quegarante o padrão de qualidade.“O principal apoio do

ID@Xbox é a entrega dos kits,quesãodifíceisdeseremadqui-ridos sem o suporte do progra-ma”, diz um dos criadores dogame Unnamed Fiasco, DiegoBarbosa. O time de Niterói vailançar o jogo de mesmo nomeno Xbox One e no PC em 2016.“O Shiny é o nosso primeiro jo-go,egraçasaoprograma,umcli-pedonossotrabalhofoiexibidonaE3desseano”,dizocofunda-dordoestúdiopaulistanoGara-ge 227, Rafael Lima. Ele se refe-re à maior feira de jogos ele-trônicos do mundo, realizadaemLos Angeles (EUA).

Vitrine. Realizada em São Pau-lo, aBrasilGameShow,que ter-mina hoje, é uma vitrine paradesenvolvedores. “É a grandeexposição para o público de ga-mesnoBrasil.Hámuito espaçopara os blockbusters, mas estarao lado de um jogo como oMe-tal Gear Solid V: The PhantomPain é um privilégio enorme”,diz Sandro Manfredini, do ga-meHorizon Chase.

DIVULGAÇÃO

DIVULGAÇÃO

Vestíveis.Atar já recebeu R$ 400mil em investimentos

lHorizon ChaseProduzido pela gaúcha Aquiris,Horizon Chase é um game de cor-rida com inspiração nos jogos dadécada de 1990, como Top GeareOutrun. Já lançado para iOS, ojogo vai ganhar suporte para pe-lo menos dois jogadores quandochegar ao PS4, no primeiro tri-mestre de 2016. Antes, o jogodeve sair para PCs e Android."Com o multiplayer local, vamostrazer de volta a sensação de sen-tar no sofá com um amigo, jogarcontra ele e ter aquela brincadei-ra eterna de quem ganhou ou per-deu", diz o diretor de negócios daAquiris, Sandro Manfredini.

lUnnamed FiascoLegítimo representante do gêne-ro "multiplayer de sofá" – ou se-ja, um game feito para ser jogadocom amigos do lado –, UnnamedFiasco coloca os jogadores emuma arena cheia de personagensdivertidos, como uma velhinhade bigode. "É um jogo bastantecaótico, mas ótimo para uma fes-ta", explica o diretor do gamefeito em Niterói, Diego Barbosa.Unnamed Fiasco chega até feve-reiro de 2016 ao Xbox One, e de-ve custar entre R$ 20 e R$ 30.

lMyNight JobA produtora paulistana WebcoreGames existe há mais de 15anos, masMy Night Job é o seuprimeiro grande jogo independen-te. Com espírito dos antigos ga-mes arcade (ou fliperamas) evisual retrô, o game presta umahomenagem aos filmes de terrordos anos 1980 como Sexta-Feira13 e A Hora do Pesadelo. "O de-safio aqui é matar a maior quanti-dade de monstros e conseguir amaior pontuação, como em Te-tris ou Space Invaders", explicao diretor criativo do game, PhilipMangione. O jogo deve chegar aoconsole PS4 no primeiro semes-tre de 2016.

l ShinyPrimeiro jogo da produtora pau-listana Garage 227, Shiny teminspiração futurista e tem previ-são de lançamento para o primei-ro trimestre de 2016, para XboxOne, PC e PS4. "Shiny conta ahistória de um robô que precisapercorrer diversas fases parasalvar os seus amigos robôs",explica o cofundador da empre-sa, Rafael Lima, que faz parte doprograma de apoio da Microsoft,o ID@Xbox.

Inovação

Com apoio de Microsoft e Sony, produtoras nacionais estreiam no XboxOne e no Playstation 4 e garantem espaço na elite da indústria de games

Pé na tábua.Horizon Chase, da produtora gaúcha Aquiris

Page 24: OESP-2015-10-12

%HermesFileInfo:B-8:20151012:

B8 Economia SEGUNDA-FEIRA, 12 DE OUTUBRO DE 2015 O ESTADO DE S. PAULO

140

Startup francesavai oferecer caronapaganoBrasil

FernandoNakagawaCORRESPONDENTE / LONDRES

Umastartupfrancesaquerco-meçar em breve o serviço decaronapagaentrecidadesbra-sileiras.Depoisdereceberumaporte de US$ 200 milhões,em setembro, de três fundosde venture capital, a Blabla-

car corre para que as viagenscompartilhadas entre cida-des do Brasil comecem esteano.Emmeio àpolêmica aca-lorada sobre oUber, a empre-sa diz que não teme reaçãodas empresas de ônibus quefazemomesmoserviço.

Com mais de 20 milhões deusuários em 19 países, a Blabla-

car usa umaplicativo para criaruma comunidade de motoris-tas e viajantes. Quem dirige evai viajar informa com antece-dência trajeto,horário e estipu-la um preço para cada lugar nocarro. Quem quer viajar, vê asopções de horário e preço e es-colheomotorista.Assim,écria-da uma rede alternativa de

transporte entre cidades.Ao contrário do Uber, a Bla-

blacarsóofereceoserviçoentrecidades – não é possível viajarentredoisbairros.Alémdisso, aempresa diz que os motoristasnãopodemter lucrocomaofer-ta dos lugares no carro – o quenão livra o serviço de polêmica.

“O preço é definido peloscondutores, mas ele não podeter lucro.A ideiaéqueoscustosdiretos,comocombustívelepe-dágio, sejam compartilhados”,diz o diretor-geral da empresaparaaAméricaLatina,JulienLa-fouge.Emportuguês,oexecuti-vo francês resumeo serviço co-mo “rachar custos”. “Ninguémpode fazer para ganhar a vida.Se fizer, vamos agir”, diz.

Uma das funções do escritó-rio que está sendo montado nacapital paulista é exatamentecriar parâmetros para evitarque condutores tenham lucrocomavendados lugaresnocar-ro.Por isso, a empresacostumaestabelecer um valor teto paraas viagens. Outra função do es-critório é montar procedimen-

tos para afastar potenciais pro-blemas na relação entre moto-ristas eusuários. Por isso, ousodo serviço tende a passar porumpente-finoparaaidentifica-ção das pessoas.

Em Portugal, por exemplo,um lugar na viagem de 320 kmentreLisboaePortoéoferecidapor motoristas a partir de ¤ 12.Deônibus,aviagemcustaapar-tir de ¤ 17 e de trem, ¤ 24 nasegunda classe. Em outros paí-sesdaEuropa,comoFrança,In-glaterra e Espanha, as viagenspelo serviço costumam sermais baratas que as opções tra-dicionaiscomoônibusoutrem.Se a lógica prevalecer no Brasil,empresas que fazem o serviçoentre cidades poderiam reagir.

Uber e Airbnb. Em meio à ini-ciativa de taxistas brasileirosque lutam para acabar com oserviço doUber em várias cida-des,LafougedizqueaBlablacarnão teme ser alvo de empresasde ônibus que oferecem linhasentre cidades. “Não estamosoferecendoumserviço. Apenas

conectamospessoas físicasquetêminteresse comumde ir deApara B com base na confiançacriada pelo site e aplicativo”,diz.

Alguns economistas classifi-cam serviços como o oferecidopela francesa de “economiacompartilhada” ou “P2P” – si-gla em inglês para “pessoa parapessoa”. É o mesmo conceitodo Airbnb, empresa dos EUAque conecta donos de imóveiscom quem procura uma loca-ção temporária.

Aindaqueessetipodeiniciati-va seja realizada entre pessoasfísicas, empresas têm reagido.EmcidadesturísticascomoBar-celonaeAmsterdã,osetorhote-leiro faz campanha contra oAirbnbepedearegulamentaçãodo serviço. EmBarcelona, ousodo Airbnb passou a ser taxadopela autoridade local a exemplodo que acontece comos hotéis.

São convocados os membros associados e os membros participantes do Operador

Nacional do Sistema Elétrico – ONS para se reunirem em Assembleia Geral

Extraordinária, no dia 27 de outubro de 2015, às 11h30, em primeira convocação,

ou às 12h30 em segunda convocação, no Audi localizado à Ruatório de seu prédio,

Júlio do Carmo, 251, Cidade Nova, Rio de Janeiro/RJ, para deliberar sobre as

seguintes ordens do dia:

1. Homologação da proposta orçamentária para o ciclo de Janeiro a Dezembro de

2016;

2. Aprovação de alteração estatutária.

Os membros associados e os membros participantes deverão fazer-se representar

na forma dos respectivos estatutos ou contratos sociais ou mediante procuração

com poderes especiais para participar da assembleia e deliberar sobre as matérias

da pauta. As procurações deverão ser apresentadas com antecedência mínima de

24 horas do início previsto para a realização da assembleia, na Secretaria do

Conselho de Administração do ONS, à Rua Júlio do Carmo, 251, Cidade Nova, 8º

andar, Rio de Janeiro/RJ.

Brasília, 10 de outubro de 2015.

Maurício Stolle Bähr

Presidente do Conselho de Administração

EDITAL DE CONVOCAÇÃOASSEMBLEIA GERALEXTRAORDINÁRIA

Táxi pretoéalternativa

AVISO DE LICITAÇÃO PREGÃO ELETRÔNICO PARA REGISTRO DE PREÇOSInstituição Financiadora: Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) / País: Brasil /Projeto: Modernização Fiscal do Estado do Tocantins (PROFISCO/TO) / Empréstimo Nº:2784/OC - BR

Pregão Eletrônico Para Registro de Preços COMPRASNET Nº 045/2015A Secretaria da Fazenda do Estado do Tocantins via Pregoeira abaixo descrita, tornapúblico que fará realizar licitação, na modalidade Pregão Eletrônico Para Registro dePreços, tipo menor preço por item, via COMPRASNET, cujo objeto é aquisição dearquivos deslizantes, tudo em conformidade com o Processo Administrativo n°2015/25000/000.518, com abertura às 09h:30min do dia 26/10/2015. LegislaçãoAplicável: Lei Federal nº 10.520/2002, Decreto Federal nº 5.450/2005, Decreto Federal nº7.892, Decreto Estadual nº 2.434/2005, e, subsidiariamente, Lei Federal nº 8.666/1993, ealterações posteriores. O Edital poderá ser examinado ou retirado no site:www.comprasnet.gov.br e www.sgl.to.gov.br. Outras informações poderão ser obtidas naSuperintendência de Compras e Central de Licitação/Comissão Especial de Licitação,fones (63) 3212-4536/3212-4549, em Palmas - TO ou email: [email protected].

Palmas/TO, 08 de outubro de 2015.VIVIANNE FRANTZ BORGES DA SILVA

Pregoeira

Boletim Semanal SciespSindicato dos Corretores de Imóveis no Estado de São PauloPresidente : Alexandre TirelliProdução Gráfica: Publicidade Archotewww.sciesp.org.br

PROGRAMA CORRETOR CIDADÃOO programa Corretor Cidadão deste mês convida todos para a participar ajudando a trazer mais

dignidade e felicidade às crianças e adolescentes assistidos pela AACD – Associação de Assitência àCriança Deficiente.

A instituição, parceira do Sciesp, possuí atestado de utilidade pública federal, pelos serviços prestadosà sociedade. A AACD auxília diversas crianças de adolescentes através de amparo escolar, esporte,reabilitação, entre outras.

A participação da categoria dos corretores de imóveis é muito importante, para que esse projetocontinue a ter sucesso. Faça parte, mobilize seus familiares e amigos! Existem várias formas de ajudar aAssociação, informações através do 0800 771 78 78.

ANO XXI - Nº 282 - Segunda-feira, 12 de Outubro de 2015

CONVITE – FORECI/SPA Fenaci – Federação Nacional dos Corretores de Imóveis juntamente com o Sciesp realizará a próxima edição do Fórum Nacional dos ProfissionaisCorretores de Imóveis, na Capital Paulista, no próximo dia 22 de Outubro, no Bourbon Convention Ibirapuera. Serão discutidos temas de granderelevância para os profissionais do mercado imobiliário através de palestras de excelente nível, ministradas por conferencistas de renome nacional. Asincrições podem ser realizadas pelo site www.foreci.com.br ou telefone (11) 3889 58 99 ramal 578. Conecte-se com o melhor do Mercado!

INSCRIÇÕES ABERTAS PARA CURSO DE “AVALIAÇÃO IMOBILIÁRIA”

A UNISCIESP – Universidade Corporativa dosCorretores de Imóveis, ao longo dos anos conseguiuconsolidar o seu trabalho através do reconhecimentoconferido pelo segmento imobiliário, proporcionandodiferencial de sucesso aos corretores de imóveis querealizam os cursos de especialização e aperfeiçoa-mento profissional.

A Universidade investe constantemente emnossas ferramentas de ensino, para que seus cur-sos estejam sempre atualizados frente as mudan-ças do mercado, preparados especialmente para oscorretores de imóveis, como: IncorporaçãoImobiliária, Matemática Financeira, Técnicas de Ven-das e Negociações, Marketing Imobiliário, Gestão deEmpresas Imobiliárias, Administração Imobiliária, Lo-teamento, Direito Imobiliário, e o curso de Avaliaçãode Imóveis.

No mês de Outubro a Universidade lança novaturma para o curso de Avaliação Imobiliária, com inicioprevisto do curso em 19/10, no horário das 10h às13h,na Sede da Unisciesp, garantindo ao concluinte aopção de se inscrever no CNAI – Cadastro Nacio-

nal de Avaliadores Imobiliários, junto ao COFECI –Conselho Federal dos Corretores de Imóveis (www.cofeci.gov.br), tornando-se um profissional avaliadorde imóveis.

O curso tem como público alvo os Corretores deImóveis, tendo seu conteúdo apresentado de formaclara e objetiva, contemplando a dimensão conceitual(teorias, conceitos e informações), atitudinal (valorese atitudes que constituem o agir – ético da profissãode corretor de imóveis).

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Edital de convocação: A comissão provisória do Sindicato dos Trabalhadores Autônomos, agenciadores,Condutores de utilitários de duas ou três Rodas Motorizadas ou não de São José do Rio Preto e Região- CNPJ 03.509.449/0001-78. Pelo presente Edital, ficam convocados todos os trabalhadores da categoriaprofissional, para se reunirem em ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA na Rua Dr. Lauro CésarPereira Ribeiro, nº 500, Pq. Celeste, CEP 15070-490, na cidade de São José do Rio Preto no dia 26 deoutubro de 2015 às 19h00, em primeira convocação, com a presença mínima de 2/3 (dois terços) dostrabalhadores, e às 20h00, em segunda convocação, com qualquer número de presentes para deliberema sobre a seguinte ordem do dia: a) eleição para escolha da Diretoria, Conselho Fiscal e Delegadosrepresentantes junto à Federação;b) prazo para REGISTRO DE CHAPA até o dia 15/10/2015, a contarda publicação do Edital, sendo que toda documentação exigida para a inscrição de chapa, deverá serprotocolada no endereço supramenciado, no horário de 08h00 às 18h00, em 3(três) vias, devendo serassinada pelo encabeçador da chapa, c) a IMPUGNAÇÃO de candidatura deverá ser feita a partir de15/10/2015 até o dia 20/10/2015, ser protocolada no endereço supramenciado, no horário de 08h00 às18h00, em 3(três) vias, devendo ser assinada pelo encabeçador da chapa . A comissão eleitoral poderáaditar o horário e local de votação até 10 dias antes do início do pleito, hipótese em que, obrigatoriamentedeverá ser divulgado através de boletins (artigo 81º do Estatuto).São José do Rio Preto, 12 de outubrode 2015. Presidente da Comissão Provisória.

LUIS MOURA–6/7/2013

Rachar os custos.Ao contrário do Uber, que permite viagens entre bairros, o Blablacar só oferece o serviço entre cidades; preço é definido pelomotorista

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Apósmeses de polêmica en-volvendo oUber, o prefeitoda cidade de São Paulo, Fer-nandoHaddad (PT), anun-ciou na quinta-feira a regula-mentação de uso de aplicati-vo para uma nova categoriaconhecida como “táxi pre-to”. Pelo entendimento deHaddad, todo serviço temde ser regulamentado. Se-gundo ele, a prefeitura pau-listana vai liberar cincomilnovos alvarás para o trans-porte individual de passagei-ros. O edital sairá em até 60dias. Haddad enfatizou que“não seria justo passar nin-guémna frente”. Eles serãosorteados pela Caixa Econô-mica Federal.

PARALEMBRAR

Blablacar, empresa que recebeu aporte de US$ 200 milhões de trêsfundos, oferecerá serviço de carona compartilhada entre cidades

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O ESTADO DE S. PAULO SEGUNDA-FEIRA, 12 DE OUTUBRO DE 2015 Economia B9

Origem. Emdepoimento à Justiça francesa, Falciani disse que começou a coletar dados sobre contas secretas em 2006

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COMUNICADOS

COMUNICADOA empresa Anderson da Gama eSilva Guanas Papelaria, inscrita sobCNPJ. 07.226.090/0001-82 e I.E. 117.043.599.112, comunicaque em 03/2006 ocorreu o extra-vio dos documentos fiscais deModelo 1 de nº 1 ao 100 e Mo-delo 2 de nº 1 ao 500 conf. AIDFd e n º 1 1 4 5 0 9 4 6 7 2 0 5 e114510476905 “

COMUNICADOSELLER INK INDÚSTRIA E COMER-CIO DE TINTAS E VERNIZES LTDAtorna público que recebeu da CE-TESB a Renovação da Licença deOperação nº 33005696, válida até19/02/2016, para tintas e verni-zes dissolvidos em meio nãoaquoso para qualquer uso; fábri-ca sito a Rua Ptolomeu, nº 550Socorro - São Paulo/SP

DECLARAÇÃO À PRAÇAA empresa MAKRO ATACADISTA SA,estabelecida na Rua Jose Rafaeli,100, Socorro, São Paulo – SP, CNPJ47.427.653/0114-00 e I.E 147.183.014.113, comunica o extra-vio de 2 máquinas registradoras:Marca Mod. Versão NCR 71970 3 . 0 1 . 0 1 N º f a b r i c a ç ã oNC030800000000003198 Nu-mero: 20; Marca Mod Versão NCR7167 03.01.01 Nº fabricação NC020800000000003261 Nº 21

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empregosAviso aos anunciantes" De acordo com o art. 5º da CF/88 c/c art. 373-A da

CLT, não é permitido anúncio de emprego no qual haja

referência quanto ao sexo, idade, cor, situação familiar,

ou qualquer palavra que possa ser interpretada como

fator discriminatório, salvo quando a natureza da

atividade, pública e notoriamente, assim o exigir."

Jamil ChadeCORRESPONDENTE / GENEBRA

Elecolocoudezenasdegover-nos em situação constrange-dora.Seusdadosabrirampro-cessos criminais nos quatrocantos domundo e empresastiveram de pagar multas mi-lionárias. Mas, hoje, é elequem estará no banco dosréus.HervéFalciani,quereve-loumais de 100mil nomes decorrentistas do HSBC de Ge-nebra, entre eles centenas debrasileiros,será julgadoapar-tir de hoje na Suíça.Seus supostos crimes: espio-

nagemeconômica,roubodeda-doseviolaçãodesegredobancá-rio. Vivendo sob proteção poli-cial na França, Falciani já indi-cou que não irá ao tribunal suí-ço e será representado apenaspor seu advogado.OMinistérioPúblicoSuíçoja-

mais abriu um processo contrao HSBC, apesar das denúnciasinternacionais. Para as autori-dades,ocrimehaviasidocome-tido por Falciani e, portanto,não se poderia usar os dadosroubadosparaumeventualpro-cesso. Já o Ministério PúblicodeGenebradecidiuabrirumca-so e, poucos meses depois, fe-

chou um acordo com o banco,permitindo o pagamento deuma multa de US$ 40 milhões.Ninguém foi preso.Falciani, porém, corre esse

risco. Nascido em Mônaco em1972, ele sempre viveu pertodos bancos. Trabalhar no setorfinanceiro, segundo ele, foiuma “opção óbvia”. Mas tudocomeçaria amudar quando, em2006,foitransferidodoescritó-riodoHSBCnoprincipadoparao banco emGenebra.Segundo seu depoimento à

Justiçafrancesa,obtidopeloEs-tado, Falciani começou a cole-tar os dados sobre as contas se-cretas ainda em 2006 e, até2007, havia copiado as mais de100mil informações. Suaestra-tégia era sofisticada. Ele nãopossuía qualquer tipo de pendriveoudediscos.Tudoeraen-viado a servidores de aliadosemdiversos países domundo.No início de 2008, sua histó-

ria começou a ganhar contor-nosdeumaaventura.Numama-nhã gelada emGenebra, sua ca-minhadaatéotrabalhofoiinter-rompida por uma van que pa-rouaoseulado.HomenssaíramdoveículoeexigiramqueFalcia-niosacompanhasseatéosubso-lo de umprédio abandonado.

Eles se apresentaram comosupostos representantes doMossad,oserviçosecretoisrae-lense, e sugeriram que fizesseuma viagem até o Líbano paraconsultarbancos locais eofere-ceravendadedadosdegrandesclientes.Aquelaseriaaportapa-ra ter acesso às contas dos ban-cos libaneses e, portanto, saberde que forma organizações ter-roristas lavavamdinheiro.Meses depois, Falciani faria a

viagem com uma de suas cole-gas,GeorginaMikhael.Elescria-ram uma empresa de fachada,abriram um site e ainda ofere-ciam serviços personalizados.Em quatro reuniões com ban-

queiros libaneses, Georgina seapresentaria com seu próprionome,enquantoFalcianioptoupor umnome falso.A viagem de Georgina cha-

mou a atenção dos serviços deinteligênciadaSuíçae,aoretor-narparaGenebra,acolaborado-rafoiinterrogada.Emseudepoi-mento, indicouqueera a aman-te de Falciani (casado e comuma filha) e o entregou. Ques-tionada pela polícia, ela tam-bém revelaria que Falciani tevesempre a intenção de roubar osdados do HSBC desde que en-trouparaobancoesuametaeravendê-los para enriquecer. Pa-ra a Justiça suíça, a vendadoar-quivoeratambémseuobjetivo.Em 22 de dezembro de 2008,

entregue por sua companheira,eleseriaalgemadoe levadopelapolícia de Genebra para um in-terrogatório diante da suspeitade que teria roubado os dadosbancários doHSBC.Com36anos,Falcianirespon-

deu por horas sobre como e o

que teria feito com os dadosbancários. Ao final deum longodia,apolíciadeGenebraoauto-rizouavoltarparasuacasa.Masexigiu que, pela manhã do diaseguinte, Falciani estivesse devolta à delegacia paramais per-guntase,eventualmente,umin-diciamento.Assim que deixou a polícia,

porém, Falciani alugou um car-ro, buscou a mulher e a filha eatravessou a fronteira da Suíçacom a França.

Prisão. Na França, ele come-çou a fazer umvasto downloaddas informaçõesque tinharou-badoequeestavamespalhadasem servidores pelo mundo.Um total de cinco CDs foramproduzidos e entregues a auto-ridades francesas e america-nas. Elas sugeriramque Falcia-ni saíssedaFrançae fosse viverna Espanha, já que Madri nãoextraditaria ninguém por con-ta de um crime de violação dosegredo bancário.

Mesmoassim,em2012,apolí-cia espanhola cumpriu uma or-dem de prisão internacionalemitida pela Suíça e Falcianipassou cinco meses na cadeia.Mastambémacabousendolibe-rado.Emsuasexplicações,Falciani

semprefazquestãodejustificarquequeriarevelar“averdadeso-breosbancos”.Garantindoquejamais vendeu a lista, ele mes-mosecomparaaEdwardSnow-den,ex-funcionáriodaCIAque,ironicamente, também em Ge-nebra,roubouosdadosdadiplo-macia americanae, em2013, re-velouaomundocomofunciona-va amaior potênciadoplaneta.“É fundamental que existam

pessoasquecontemaverdadeequemostremos problemas sis-têmicosqueenfrentamos”,dis-se em entrevista ao Le Monde.Para ele, bancos como o HSBC“criaramumsistema para enri-quecer às custas da sociedade,ajudando a promover a evasãofiscal e a lavagemde dinheiro”.

Suíça iniciajulgamentodedelatordoHSBC

l Perto dos bancosNascido em Monaco em 1972,Hervé Falciani sempre viveu per-to dos bancos. Trabalhar no se-tor, segundo ele, foi uma ‘opçãoóbvia’. Em 2006, ele foi transferi-do para o HSBC em Genebra.

SERGIO PEREZ/REUTERS-21/4/2015

Acusado de roubo e de violar segredobancário, Falciani não deve ir ao tribunal

Page 26: OESP-2015-10-12

%HermesFileInfo:B-10:20151012:

B10 Economia SEGUNDA-FEIRA, 12 DE OUTUBRO DE 2015 O ESTADO DE S. PAULO

‘Netflix’ da Sony combinalinguagens de internet e TV

A CitrusBR, que reúne os expor-tadores de sucos cítricos, querpromover a bebida na EuropaMÍDIA&MKT

LOS ANGELES

Às vezes, o que sempre fun-cionounatelevisãopodefun-cionar também na internet.É o que está acontecendocom o serviço de streamingdaSony,oCrackle.Oprojetoviveumafasedesucesso,gra-ças principalmente a Come-dians in Cars Getting Coffee(Comediantes Tomando CaféDentro de Carros), o novoshow de Jerry Seinfeld.O serviço está próximo de

se tornar lucrativo, de acor-do com os documentos da

Sony que foram vazados em2014. E o Crackle está investin-do em novos programas, comoa animação Super Mansion e odramaTheArtofMore,comDen-nisQuaid.Desde o início do ano, o

Crackleestámaisparecidocoma TV tradicional do que nunca.Agora, quando o usuário abre oaplicativo do serviço, um vídeosimplesmentecomeçaaserexi-bido, em vez de apresentar aoespectador um menu. O dire-tor-geral do Crackle, Eric Ber-ger, diz que o serviço une a lin-guagem de TV e de internet. Ousuário pode, a qualquer mo-mento, reiniciar o programa ounavegar nomenu.Lançado inicialmente como

umwebsite, oCrackle hoje estádisponívelemváriosaparelhos,de consoles de videogame asmartphones.Noinício,oservi-

çoexibiavídeosdoYouTubepa-ra rechear seu catálogo. Agora,oferecefilmesantigosdocatálo-go da Sony, como Taxi Driver eJerry Maguire. Hoje, o serviçotem18milhõesdevisitantesúni-cos aomês.O sucesso da série de Jerry

Seinfeld, que contabiliza maisde100milhõesdeespectadoresaté o momento, mostrou queum fenômeno da cultura pop

pode surgir na internet. E issofez diferença nos números: se-gundo os documentos da Sonyvazados peloWikileaks, a recei-ta do Crackle subiu de US$ 39milhões para US$ 63 milhõesentre 2013 e 2014.Trata-se de um número mo-

desto dentro de um estúdiocom receita de US$ 6 bilhõespor ano. Porém, é tratado co-mo um indicativo de que a

Sony achou uma fórmula pró-pria para o sucesso na web. Aocontrário de concorrentes co-moNetflix, Hulu e Amazon Ins-tant Video, o Crackle é ofereci-do gratuitamente ao consumi-dor, arrecadando dinheiro compatrocínios, anúncios e vendade seus shows a outros canais.Para Jerry Seinfeld, o suces-

so veio para coroar a tentativade inaugurar um novo formato

de comédia. Uma propostabem simples, aliás: o showmostra Seinfeld dirigindoaté a casa de comediantes fa-mosos – como David Letter-man e Stephen Colbert. To-mam café juntos, falam so-bre qualquer assunto e fa-zem piadas. Parte da ação écaptada com câmera GoProe não há duração definida.

Marketing. O serviço tam-bém permite que a progra-mação atenda a nichos. OCrackle produziu, por US$3,7 milhões, Joe Dirt 2. Tra-ta-se de uma continuaçãode uma comédia lançadanos cinemas em 2001, semmuito sucesso. O filme comDavid Spade, porém, tinhaseus admiradores. Como oscustos de marketing tam-bém são bem mais baratosna internet, a produção aca-bou viabilizada. Além depreencher omenu da Crack-le, o filme será lançado emDVD ainda este ano e poste-riormente vendido a emisso-ras de TV fora dos EUA. / AP

l Para o especialista em marcasJaime Troiano, presidente da con-sultoria TroianoBranding, a uniãoentre conteúdo relevante e mar-cas é “natural”. Segundo ele, asempresas fazem parte do dia adia das pessoas e podem estarinseridas em conteúdos que elasconsideram importantes ou diver-tidos. Em todas as mídias, Troia-no diz perceber uma construçãosaudável de conteúdo patrocina-do por marcas. “Acho que o mer-cado está caminhando bem nes-se segmento, em diversas plata-formas, da TV à mídia impressa,pelo menos nos grandes veícu-los. O que é muito bom, pois oconsumidor está sempre atento.”

Especialmente em veículosque vivem de jornalismo, inde-

pendente da plataforma, a se-paração entre as áreas edito-rial e de conteúdo de marca éimportante, segundo Troiano.“Acho que o ‘branded content’tem a tarefa de focar nos as-pectos mais nucleares da mar-ca, em evocar universos emque sua presença é natural.”

Segundo fontes do mercadopublicitário, o desafio para osveículos de comunicação éjustamente deixar claras asbarreiras para as marcas. Pa-ra o diretor de mídia da Young& Rubicam, Inajá Ramos, évital que os canais não dei-xem a lógica da publicidadetomar conta dos conteúdos.Isso porque tanto o clientequanto o publicitário vão ten-tar inserir o produto o máximopossível na narrativa. Ao per-ceber essa insistência, o es-pectador pode perder o inte-resse pelo assunto, “matan-do” a ação como um todo.

Fernando SchellerMarinaGazzoni

Direção de RonHoward (Os-car por Uma Mente Brilhan-te), participação especial daatriz Angela Bassett (indica-da ao Oscar por Tina), apre-sentação de Cynthia How-lett e receitas do chef Clau-de Troisgros. Nomes que po-deriam estar em créditos defilmes de Hollywood e deatrações de grandes canaisde televisão estão agora apa-recendo em conteúdos pro-movidos por marcas, o cha-mado branded content.Para divulgar seu concei-

to de inovação, a GE esco-lheu uma série de seis episó-dios – um deles será dirigi-do por Ron Howard, outropor Brett Ratner (da sérieRushHour) e um terceiro pe-lo roteirista Akiva Goldman(O Código Da Vinci, Eu Sou aLenda e Batman & Robin).Completamente patrocina-do pela companhia, a sérieBreakthrough falará de te-mas próximos ao seu negó-cio, mas o logo da GE ficaráquase o tempo todo fora decena. A atração estreia emnovembro, no canal NatGeo.Para se afastar do roteiro

publicitário, a GE deu liber-dade editorial aos diretoresapós definir que temas co-mo futuras pandemias e a es-cassez de água teriam de serabordados. “Apresentamosuma lista de tendências pa-ra o futuro à NatGeo e elesnos apresentaram uma solu-ção editorial para fazer delaum conteúdo interessante”,explica Pedro Alves, líder de

publicidade e comunicação di-gital da GE para a América Lati-na. “A proposta é criar um con-teúdo relevante para o públicoque gosta de tecnologia. Aideia não era falar da GE.”Desde 2011, a empresa vem

investindo parte da sua verbapublicitária na produção deconteúdo, em parceria comempresas de mídia. “A qualida-de do conteúdo gera engaja-mento e isso traz ganhos paraa marca”, disse Alves.A criação de conteúdos de

marca ganhou força depoisque algumas produções vence-ram o Emmy (o Oscar da TVglobal). Uma dessas produ-ções foi a série The Beauty Insi-de (Beleza Interior), desenvolvi-da pela agência Pereira &O’Dell para a Intel e os note-books Toshiba. A série foi pre-miada na categoria do Emmydedicada a conteúdos exibidosde forma criativa. Os filmes,exibidos em capítulos na inter-net, incorporaram sugestõesdos espectadores.No Brasil, o desenvolvimen-

to de conteúdos em que a mar-ca pouco ou nada aparece tam-bém está em crescimento. OprogramaMinha Vida, Meu Rit-mo, exibido pela GNT em 2013,é um dos exemplos dessa ten-dência. A atração, que ocupou30 minutos semanais duranteoito semanas na emissora, se-quer citava diretamente a mar-ca. O indicativo de que se trata-va de um conteúdo da Activiaera feito pormeio do código vi-sual da atração e de inserçõesdiscretas, como em cenas decafé da manhã.Minha Vida, Meu Ritmo tinha

a proposta de retratar mulhe-

res em busca de um equilíbriomaior em suas vidas – tanto notrabalho quanto em casa. Elaseram ajudadas por um timeque incluía uma nutricionistae um personal trainer. A apre-sentação ficou a cargo de Cyn-thia Howlett, que já havia apre-sentado programas ligados ahábitos saudáveis na própriaGNT. O programa foi criadoem conjunto pela Danone, pe-lo canal e pela agência Young& Rubicam.O programa se encaixou tão

bem na grade do canal, segun-do Inajá Ramos, diretor de mí-dia da Y&R, que o resultado deaudiência superou as expectati-vas. “Em relação à atração exi-

bida no mesmo horário ante-riormente, houve um aumentode 20%”, diz o publicitário.“Foi aí que percebemos que arestrição à participação damar-ca foi importante.”

Formatos.AGlobosat já fez di-versos programas patrocina-dos em seus diferentes canais.As marcas são direcionadas pa-ra os canais com os quais têmmaior aderência. A SkyyVodka,por exemplo, aparece no pro-grama Batalha de DJs, do Mul-tishow; O Boticário está em De-safio da Beleza, do GNT; e a Mi-zuno está em Uphill Marathon,exibido em “pílulas” entre osprogramas do canal Off, ligadoao mundo dos esportes.Ao contrário do que ocorreu

emMinha Vida, Meu Ritmo e nasérie da GE, a participação dasempresas nas atrações costu-ma ser reforçada por ações demerchandising. Em Desafio daBeleza, por exemplo, a linha demaquiagemMake B, de O Boti-cário, é citada diversas vezes.

l InteresseUniãodeconteúdoemarcasé ‘natural’,diz especialista

LARANJA CAMPANHAGLOBAL

FOTOS DIVULGAÇÃO

Activia. Programa ‘Minha Vida, Meu Ritmo’, da GNT, ocupou 30minutos semanais durante oito semanas na emissora

General Eletric. Série ‘Breakthrough’, que abordará temas relacionados à tecnologia, estreia em novembro na NatGeo

Conteúdosdemarcapremiados

lDesenhoO filme de animação ‘Silent’, umahomenagem ao cinema feito pelaDolby, foi indicado ao Emmy de me-lhor direção para um especial de ani-mação para a televisão.

lMúsicaUm videoclipe de volta às aulas ‘Unli-mited’, da Old Navy, que nunca men-ciona a marca diretamente, foi indica-do ao Emmy Diurno (para atraçõesexibidas fora do horário nobre).

l FutebolO canal do jogador brasileiroNeymar no YouTube, patrocina-do pelo banco Santander, rece-beu uma indicação para a catego-ria Emmy Digital.

l Proporção

20%foi o crescimento da audiência,em relação à semana anterior,com a exibição do programa ‘Mi-nha Vida, meu Ritmo’, em 2013

Tipoexportação Sucobemna fitaA entidade assinou, semana passada, acordo com a AssociaçãoEuropeia de Sucos de Frutas que prevê investimentos de US$ 7milhões por ano para melhorar a imagem do suco no continente

}

Empresas patrocinam programas de TVe concordam em deixar seu logo de fora

Quando amarca cedeespaço parao conteúdo

PONTOS-CHAVE

US$ 63 mié a receita anual do Crackle

US$ 6 bié o faturamento anual doestúdio Sony, proprietário doserviço de streaming

Serviço online Crackleaposta em filmes e emformatos de curtaduração, como o novoshow de Jerry Seinfeld

Astro da TV. Jerry Seinfeld produz série para o Crackle

Page 27: OESP-2015-10-12

%HermesFileInfo:C-1:20151012:C1 SEGUNDA-FEIRA, 12 DE OUTUBRO DE 2015 ANO XXIX – Nº 9977 O ESTADO DE S. PAULO

Caderno2

Oúltimorock star Nasi deixa o passado conturbado para trás e lança

o disco solo ‘EGBE’, com duas músicas inéditas

João Paulo Carvalho

Se o rock’ n’ roll nacional tives-se de escolher umúnico sobrevi-vente da sua época mais triun-fante, esse nome, certamente,seria o de Marcos Valadão Ro-dolfo. Aos 53 anos, o popularNasi agora esbanja vigor físico.Em plena forma, bebe muitaágua durante a entrevista reali-zada em sua casa, na região doButantã, na zona oeste de SãoPaulo. Adepto de uma comuni-dade espiritual chamadaOdwdwa, com o sacerdote Ba-ba King, desde 2009, o vocalistado Ira! agora tem novos hábi-tos. “Cheguei aos 118 quilos an-tes da cirurgia de redução de es-tômago. Hoje, com 72, sou sau-dável. Pratico exercícios físicosregularmente e tenho uma ali-mentação mais correta. Só nãoconsegui largar o cigarro e o ál-cool, mas não descarto fazer is-so em breve”, afirma ele, ao re-ceber a reportagem do Estadopara falar sobre seu novo traba-lho solo, oCDeDVDEGBE, gra-vado ao vivo no estúdio ÁudioArena, no Estádio do Morumbi.

Na estrada há mais de 30anos, Nasi já passou por poucase boas. Teve problemas com asdrogas e acabou em uma clínicade reabilitação. Foi às vias de fa-to com o irmão e empresáriodo Ira!, Airton Valadão. Em2007, o pai do cantor pediu suaintervenção judicial. Nasi esta-va fora de controle. “Com san-gue nos olhos”, como ele mes-mo lembra. Desfez a parceriacom Edgard Scandurra e o Ira!se desintegrou. Começava alium período difícil, com proces-

sos de ambas as partes. “Às ve-zes, a gente precisa cair paraaprender a se levantar. E todaessamudança e adoção de hábi-tos saudáveis fazem parte deummétodode renovação espiri-tual.Meu culto a orixá diz exata-mente isso: precisamos nos tor-nar menos ruins. É muita pre-tensão querer melhorar”, diz.O impulsivo Nasi aprendeu a

perdoar e a pedir perdão. Emmeados de 2012, orientado pelosacerdote Baba King, procurouo pai em seu sítio no sul de Mi-nas Gerais. Estava disposto a“desculpá-lo” e encerrar a lon-ga guerra judicial. Pouco tempodepois, também fez as pazescom o irmão Airton e seu com-panheiro de banda Edgard Scan-durra. Em maio do ano passa-do, o Ira! voltou à ativa comumshow arrebatador na ViradaCultural. Airton reassumiu osnegócios da banda.“Num primeiro instante, na

volta do Ira!, não me preocupeicom o meu peso. Apesar de oEdgard olhar para a minha carae dizer que eu estavamuito gor-do e precisava emagrecer (ri-sos). O objetivo, no entanto, eraretomar a banda com uma novaformação e fazer a coisa funcio-nar. Me preocupava com a re-cepção do público e as coisasque a gente ia tocar. Se eu mepreocupasse com o meu peso,com a volta do Ira! e tudo mais,seria muita coisa de uma únicavez. Isso eu aprendi na filosofiade orixá: calma, paciência e tole-rância. Impulsivo, queria conser-tar tudo que estava errado namesma hora”, afirma.Quarenta quilosmaismagro e

com a energia espiritual renova-da, Nasi decidiu entrar no estú-dioemmarçodeste anopara gra-var umnovoprojeto solo.Oúlti-mo trabalho tinha sido o discoPerigoso, em 2012. As 13 cançõesde EGBE mostram um Nasimais leve, à vontade e livre dasamarras do passado. A faixaPeri-goso conta comaparticipação deRenato Teixeira. Há ali uma al-ma folk à la Johnny Cash. Rena-to, surpreendentemente, mos-tra seu lado rock’ n’ roll setentis-ta. O vocal e a letra se aproxi-mam dos melhores tempos deRaul Seixas. “Comecei a convi-ver com o Renato Teixeira ago-ra, mas meu irmão Airton é em-presário dele há 20 anos. Essamúsica é faixa-título doCDPeri-goso que lancei pela Trama em2012. À época que eu estava mi-xando Perigoso, meu irmão apa-receu no estúdio, logo depoisque a gente se reconciliou, e dis-se que aquilo era a cara doRena-toTeixeira. Infelizmente, nãoda-va mais tempo de convidá-lo.Aquilo ficou na minha cabeça.

Quando fui preparar o materialdeste disco, me veio a oportuni-dade de convidar o Renato. Foium encontro muito bacana. Amúsica fala sobre superação eele viveu ummomento difícil navida dele recentemente, que foia morte do filho João Lavraz.”Todas asmúsicas deEGBE fo-

ram gravadas ao vivo no ÁudioArena. Cinco composições, in-cluindo Perigoso, com RenatoTeixeira, pertencem original-mente ao disco homônimo de2012. Nasi queria um registro

mais encorpado das canções.Além das inéditas Alma NoturnaeEgbeOnire, há regravações inte-ressantes deAlceuValença (Sol eChuva) e Taiguara (Dois Animaisna Selva Suja da Rua). Para os fãsdo Ira!, uma surpresa.Rubro Zor-ro, clássico do disco Psicoacústi-ca, de 1988, ganhou uma novaroupagem. “É uma das músicasque mais gosto do Ira!. Há tem-pos, queria fazer uma versãobluegrass. E me veio essa vonta-de quando ouvi a canção outrodia.Rubro Zorroparece trilha so-nora de um filme de faroeste.Temuma levada sulista, com in-fluências de caras como JohnnyCash e Dick Dale. Os fãs da ban-da vão curtir bastante. Para eugravar alguma coisa do Ira!, pre-ciso acrescentar algo diferente.Dei uma nova cara para a músi-ca. A letra é mais valorizada.”

Crise política. Há 13 anos filia-do ao PC do B, Nasi fala sobre aatual crise política e econômicadoPaís. Para ele, o principal pro-blema do Brasil na atualidade é

o número alarmante de parti-dos políticos. Hoje, são 35 regis-trados oficialmente na JustiçaEleitoral. “Ainda sou filiado aoPC do B,mas a última coisa queeu quero falar hoje é sobre po-lítica. Estou completamente de-siludido. É triste. Para termos al-gum resultado concreto na so-ciedade, precisamos de movi-mentos sociais que não estejamcontaminados com os partidospolíticos.Movimento social pre-cisa ser independente. Movi-mento estudantil precisa ser in-dependente.Movimento de tra-balhador não pode ser contami-nado por partido. Partidos exis-tem porque é a condição da po-lítica. Democracia não é perfei-ta,mas é amenos pior dentre to-das as ideologias. Então, achoque dessas decepções que va-mos vivendo, a gente tira algumaprendizado. Émelhor a desilu-são do que a ilusão, porque a ilu-são nos aliena”, avalia ele.“Hoje me preocupo pouco

com o futuro do mundo. Meumundo me interessa. Minhaatuação política é na região on-de moro, com as pessoas queconvivem comigo. É o que pos-so fazer dentro domeumundo.Jovens envelheçam. Quando is-so acontecer, vocês vão ver queo micro é mais importante doque o macro”, conclui.

NAWEB

MostradeSPdribla a crisePrincipal evento decinema da cidadetraz 312 filmesPág. C8

NASI

““

FAIXAAFAIXA

GABRIELA BILÓ/ESTADÃO

Hojemepreocupopoucocomofuturodomundo.Minhaatuaçãopolítica éna regiãoondemoro”

Lembro queo Edgard(Scandurra)olhava paraa minhacara e diziaque euestavamuito gordoe precisavaemagrecer”

Fininho. Vocalistado Ira! emagreceumais de 40 quilos

após cirurgia

l ‘Dois Animais Na Selva’Clássico de Taiguara e Erasmo

l ‘Ori’Releitura mais hard rock

l ‘Alma Noturna’Primeira música inédita

l ‘Feitiço na Rua 23’Remake com sonoridade vintage

l ‘Amuleto’Inspirado em Muddy Waters

l ‘Perigoso’Renato Teixeira surpreende

l ‘Não vejo mais nada’Relembra lugares emblemáticos

l ‘Monia’Regravação de Michel Cogoni

l ‘Rubro Zorro’Clássico do Ira! ganha nova cara

l ‘Problemas’Um blues poderoso

l ‘Sol e Chuva’Regravação de Alceu Valença

l ‘Egbe Onire’Ritmo interessante

‘EGBE’

Deck; R$ 18,90 (CD) e R$ 29,90 (DVD)

Portal. Ouça amúsica inédita‘Alma Noturna’

estadao.com.br/e/nasi6

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Ator, diretor e dramaturgo,Marcos Caruso tem vividomeses agitados. Na televi-são, no papel de Feliciano,um homem falido e que levatudo com leveza. No cine-ma, com quatro longas sóem 2015 – dois lançados noprimeiro semestre – Descul-pe o Transtorno e Sorria, Vo-cê Está Sendo Filmado – e umterceiro a estrear já nestaquinta-feira:Operações Espe-ciais, no qual ele vive o “Dou-tor Fróes”, um delegado ho-nesto empenhado em con-ter a criminalidade em umacidade do interior.Aos 63 anos, esse paulista-

no pai de dois filhos tem oquemostrar – começando co-mo autor de Trair e Coçar, ÉSó Começar, há 29 anos emcartaz e vista por 9 milhõesde espectadores.Nesta entre-vista à repórter Marina Ga-ma Cubas, ele admite: “Estácada vez mais difícil viver deteatro.” E alerta para coisaserradas que vieram com asleis de incentivo: elas desobri-gam o artista de investir noseu trabalho, e com isso eleperde o comprometimento,empenhado mais em cum-prir um cronograma. Ou seja,“sucesso e fracasso estão am-parados financeiramente” e oartista está errando ao des-truir o vínculo comopúblico.Apesar de estar longe dos

palcos há cerca de doisanos, Caruso respira teatro,o espaço onde se descobriucomo artista. No papel decriador, diz que ainda estáem busca de um trabalhoque lhe permita dizer que éum autor, além de dramatur-go. “Não há pressa... um diasai”. A seguir, os melhorestrechos da entrevista.

l Quando foi que descobriuque queria ser artista?Quando assisti My FairLady, com Paulo Autran e Bi-bi Ferreira, no Teatro Car-los Gomes, do Rio. Eu tinha10 anos. Mas o divisor deáguas foi quando entrei pa-ra o Teatro Infantil Montei-ro Lobato, aos 16 anos. Co-mecei como ator, depois metornei diretor e autor. Ali ti-ve total certeza de que eraaquilo que eu queria fazerda vida. Depois de algunsanos lá, olhei para aquelepalco 5 por 3 metros e pen-sei: “Este palcoestá pequenopara mim”. En-tão me atireina vida. Fui sercoautor de no-vela, ator deteatro, diretor de TV... Meprofissionalizei em 1972.

l Sente que há diferenças noprazer de cada função dentrodas artes cênicas?O prazer maior é saber cadavez mais do meu ofício, masa distinção de cada papel pa-ra mim é clara. Ser ator é al-go que supre a vaidade. É oaplauso imediato, o reconhe-cimento na rua e na plateia.O riso, o choro, a emoção.Ser diretor faz bem à ânsiade poder. Todos nós quere-mos que as coisas corramexatamente como a gentequer. Já o autor é o espíritoque voa e vai onde o ator e odiretor não podem ir. Eletem o poder de casar, de ma-

tar, de fazer nascer. Transcen-de a concretude. O papel e a te-la do computador aceitam tu-do. Seus monstros, seus anjos,seus diabos. Sendo autor, atore diretor... no teatro, cinema ouTV eu consigo me completar.

l O sucesso da peça Trair e Co-çar, É Só Começar chegou a inco-modá-lo em algum momento?Houve um momento em quesim, por causa do preconceitoque as pessoas tinham em rela-ção à comédia. Diziam que euera o autor daquela “comediazi-nha”. Talvez isso tenha me im-pelido a me enveredar por umteatro mais consistente. Foiquando veio a minha parceriacom a Jandira, com quem fizum teatro que colocava o dedona ferida – Sua Excelência, oCandidato, PorcaMiséria,Opera-ção Abafa –, mas sempre comhumor. Eu queriame livrar des-se rótulo de um autor de comé-dia que não queria levar a na-

da.

l E quando deixoude se incomodar?Quando as pes-soas deixaram dese incomodar. Eu

me incomodava pelo incômo-do delas. Mas me orgulho mui-to ao ver a peça indo para aquarta geração de plateia.

l Acha que o humor ainda hoje évisto como um gênero menor?Sim. Temos a mania de acharque o bom está no erudito, umpouco pela síndrome de vira-la-ta do brasileiro, um povo que,contraditoriamente, é mais so-lar e do riso. Mas não é por elaser vista por um gênero menorque temos que baixar o nível.Não faço graça sobre defeitofísico oumoral, nem humilhan-do ninguém. Temos uma res-ponsabilidade social. Baixar onível da comédia é o mesmoque o engenheiro baixar o níveldo cimento que usa na ponte:

ela vai cair e matar pessoas. Seeu baixar o nível da comédia,estarei alimentando uma dete-rioração cultural.

l É possível, hoje, alguém viverde teatro no Brasil?Talvez eu tenha mais do quepreciso porque atuo em diver-sas funções e como autor te-nho peças em cartaz. Isso mepermite viver mais tranquila-mente. Mas concordo que estácada vez mais difícil viver deteatro. Antigamente você pu-nha o seu dinheiro e lutava pa-ra ele voltar. Se não conseguis-se pagar a produção, teria quepenhorar a casa e o carro parapagar o empréstimo do banco.

l O que mudou?Hoje, as leis de incentivo lhedão a possibilidade de não co-locar o seu dinheiro. Então dei-xa de ser importante, para al-guns artistas, o número de es-pectadores. Perde-se o vínculoe a paixão. Perde-se a necessi-dade de estar em cena mais in-teiro para ter mais gente nodia seguinte. A lei lhe dá um li-mite de dinheiro e tempo paragastá-lo. Depois desse perío-do, se o espetáculo acabar nãotem importância. Ele cumpriuo cronograma. Sucesso ou fra-casso estão amparados finan-ceiramente. Acho que o artistaperde o comprometimento.

l Perde de que maneira?Quando eu, particularmente,vou para o palco, tenho o com-prometimento de falar algoque faça o público refletir.Quanto mais pessoas estive-rem com os olhos brilhando eos ouvidos atentos, melhorvou fazer meu trabalho. Masse o artista sabe que, com 20ou 150 pessoas é a mesma coi-sa, ele se torna menos respon-sável. E esta é uma profissãode muita responsabilidade.Por um lado as leis viabiliza-ram produções. Por outro, aco-

modam determinados produ-tores e artistas. Depende de ca-da um. É preciso utilizá-la co-mo trampolim para continua-ção do próprio trabalho. Exem-plo disso é a peça Self. O patro-cínio que conseguimos era sópara três meses. Mas isso nãointeressava, eu sabia que a pe-ça tinha potencial para trêsanos em cartaz… Final da histó-ria? Ela está há um ano e comfilas na porta do teatro. O queestá em cima do palco é maiorque o patrocínio.

l Isso significa que as formas deincentivo precisam mudar?A lei tem que existir, mas a pai-xão tem que vir antes do di-nheiro. O teatro é feito de pai-xão… e você tem que viabilizaressa paixão através de uma lei.Nós, artistas, estamos erradosemmuitas coisas. Estamos bai-xando o nível dos nossos espe-táculos. Estamos lotando nos-sos teatros com stand up. Re-duzindo o teatro a três diaspor semana. Tirando a duplaseção do fim de semana. Nós ti-ramos a cortina da frente dopalco. A mágica se perde. Usa-mos mal a lei, quando a gentevai primeiro pegar o patrocí-nio e depois é que vai desco-brir qual o projeto que a gentepode enfiar nele... Se conti-nuarmos do jeito que está, a leivai enterrar a arte. Me lembrode quando a gente olhava peloburaquinho da cortina, e de la-mentar que estávamos commeia plateia. E isso nos impul-sionar a fazer um grande espe-táculo para lotar as duas se-ções do dia seguinte.

l O que diz da política culturalque se adota hoje no País?A política cultural do governocomo um todo é pífia. Prédiosestão caindo, as bibliotecas es-tão mofando. E não estou fa-lando do que não foi feito semdinheiro, mas de tudo o quenão foi feito com ele. Dinheiro

desviado. Não vejo nenhumapolítica cultural neste País.

l Qual deve ser, no atual quadrocultural, o papel do artista?Temos uma função muitomais de responsabilidade doque de vaidade. O Feliciano,meu personagem da novela [ARegra do Jogo], tem um papelsocial. Ele tinha tudo e perdeutudo. Quantas pessoas não sãoiguais a ele? Não desceram de-graus na vida? E quantas que fa-liram não se suicidaram, nãoesfacelaram suas famílias? OFeliciano fez do limão uma cai-pirinha. Esse cara tem uma fun-ção social, assim como os ou-tros personagens desse nú-cleo. A novela também tem umcaráter formativo.

l Nesse último ano você atuouem quatro filmes. Foi planejado?Não. O cinema “me descobriu”neste último ano, depois deAve-nida Brasil. As quatro produ-ções surgiram semqualquer planeja-mento. Eu tinhamuito medo de fa-zer cinema, por-que soumuito tea-tral. Tenho gestoslargos, expressões muito overpara o cinema. O primeiro fil-me em que tive uma participa-ção um pouco maior foi Memó-rias Póstumas de Brás Cubas. Foiquando tive vontade de ir embo-ra antes do início das filmagens.Hoje eu já voumuitomais segu-ro. O fazer nos dá segurança.

l Qual era o seu medo?Meu personagem era carnava-lesco, o Quincas Borba, e eu ti-nha medo de extrapolar. Tan-to é que extrapolei. Na primei-ra cena que fiz, o diretor pediupara repetir, mas sentado. De-pois, pediu para refazer commenos sobrancelhas. Fui sen-tindo que fazia “cada vez me-nos”. Mas quando vi o resulta-do, foi maravilhoso, porque o

cinema é a arte do diretor.Ele sabe o que quer e vai diri-gindo a cena para chegarexatamente aonde quer.

l Como foi fazer um delegadoemOperações Especiais?Ele é um personagem diame-tralmente oposto a qual-quer outro que já fiz. É endu-recido pela profissão. Fróesvem com uma carga de ho-nestidade que nem sempreas pessoas esperam da polí-cia, vista como corrupta, oucorruptível. É um policial ho-nesto que tenta implantaruma polícia honesta emuma cidade do interior. Foidifícil encontrar esse ho-mem duro dentro de mim. Éum novo divisor de águas naminha carreira. Se com o Le-leco (de Avenida Brasil) euconsegui fazer um homemmaduro com certo vigor físi-co, com o Fróes de Opera-ções Especiais tenho um cami-

nho aberto pa-ra personagensmais tensos.

l Sua visão dotrabalho da polí-cia mudou de-

pois do filme?Minha visão deles é a me-lhor possível. O policiamen-to é para coibir excessos emanter a ordem. Mas a poli-cia é o resultado de uma so-ciedade. Se a sociedade é ho-nesta, a polícia também é. Seela é corrupta, a polícia é cor-rupta. Eu nunca peguei emarma na minha vida. Quan-do li sobre o personagem,pensei: “Como vou vivê-lo?”Me perguntei aonde ele estádentro de mim e se eu que-ria fazer o filme, com cenasde violência e tanto tiro. Aoler o roteiro decidi que sim,porque é através do filmeque eu posso falar da hones-tidade de alguém exercerbem a função da polícia.

Blog: estadão.com.br/diretodafonte Facebook: facebook.com/SoniaRacyEstadao Instagram: @colunadiretodafonte

‘Nós, artistas, estamosbaixandoonível dos nossos espetáculos’

ColaboraçãoGabriel Manzano [email protected]

Marília Neustein [email protected] Gama [email protected]

Sofia Patsch [email protected]

FELIPE RAU/ESTADÃO

Às vésperas de lançar seu terceiro filme no ano, o ator e diretor adverte: atuais leis deincentivo ameaçam ‘enterrar a arte’ ao enfraquecer o vínculo do artista com o público

DIRETODAFONTESONIARACY

Encontros Marcos Caruso

‘COM A LEI ATUAL,SUCESSO OUFRACASSO ESTÃOAMPARADOS’

‘TEATRO É PAIXÃO.E NÓS LOTAMOSOS TEATROS COMSTAND-UPS’

%HermesFileInfo:C-2:20151012:

C2 Caderno 2 SEGUNDA-FEIRA, 12 DE OUTUBRO DE 2015 O ESTADO DE S. PAULO

Page 29: OESP-2015-10-12

Ao lançar ‘Delírio’ com uma bela coleção de cançõescom tratamento sensível, cantora deixa um dilema no ar

JulioMaria

Acalmariadossonscolocaasvo-zes em seus devidos lugares.Semproduçõesmaiores que ca-muflem emoções artificiais,sem a euforia dos arranjoscheios para envolvê-las, só so-brevivemasqueforemdeverda-de.RobertaSáchegaemumdis-co de spot ainda mais ajustadonavozdoqueseuantecessor,Se-gundaPele,de2012.Menosurba-no, tudo parece pensado pararessaltara interpretação, jogá-laàfrente.Delírio, seutítulo,éumafalsa pista. Seus sons são bemmais reconfortantes.Oálbum,quintodesuacarrei-

radedezanos,ganhaimportân-cia por ampliar o repertório deuma cantora que se fortalece e,ao mesmo tempo, colocá-la àprovadentrodecançõesdesau-dade em uma atmosfera quasesempre cabo-verdiana, que sótrabalha com sentimento emestado puro.As onze músicas, oito inédi-

tas,sãogenerosasemletraeme-lodia. A que abre éMeuNovo Ilê,deQuitoRibeiroeMorenoVelo-so,umamornaqueapontaopas-seio que Roberta escolheu comseu produtor, Rodrigo Campel-lo. A ideia do disco veio de umacantoriaemumacasernadeLis-boa,comAntonioZambujoàme-sa e sons de um cavaco portu-guês,maior emais grave do queobrasileiro,comoacompanhan-

te. Os ibéricos sabem levar seusouvintes para a beira dosmarese fazê-los experimentar o somdasondas,umasensaçãopresen-teotempotodo.MesmoquandoMartinho da Vila vem cantarcomelaainéditaAmanhãéSába-do,agoraopedidodamulherquechega cansada do trabalho, amesmaqueantesouviaseunegochamandoparacurá-lodoporreemDisritmia.Covardia, de Ataulfo Alves e

Mario Lago, traz o samba-can-ção que no disco virou um belofadocomasvozesdivididasparaRoberta e o português AntonioZambujo. Se For Pra Mentir éumacomposiçãodeCezarMen-deseArnaldoAntunes,umsam-ba à la Chico Buarque que temcomo convidado o próprio Chi-co Buarque na rara condição deapenasintérprete.Robertaacre-ditaqueessasejaumaveiasubes-timadado compositor, emgeral

visto como cantor das própriasobras mais por necessidade decantá-las como deseja do quepor talentode intérprete.Outroconvidado é Xande de Pilares,queterminacomumpartido-al-to, Boca em Boca, a cormais ale-gre do álbum.AfaixaUmSóLugaréexemplo

daquilo que poderia ser melhorcom mais entrega e menos res-ponsabilidade teórica. Robertadivide o tempo com certa dure-za,respeitandonotaanotaapon-to de não conseguir passear porelas, de não aproveitar as bele-zas de seus movimentos barro-cos commais suavidade.Suacoleçãodeatributosjápo-

deria tê-la elevado – uma canto-ra comcincodiscos nas costas –a um patamar de relevância ar-tísticamaior,quenada temavercomamidiáticaquetodosprocu-ram. Seu bom gosto para reper-tório é inegável, seu produtor ésensível e atento a climas e seutimbre de cristal fica aindamaisseu e menos demais um prová-velsimulacrodeGalCostaquan-docantanasregiõesgraves(abai-xar as tonalidades em algumascançõesparecetersido tambémumaopção).Ela tem graça, proximidade,

beleza e simpatia que não secompra,mas sua voz chega comum verniz técnico que a imper-meabilizadasmaioresemoções.As que são sentidas apenas flu-tuam na superfície agradável e

funcionaldobonito, semchegaràs camadas mais profundas doarrebatador.Claroquepodepas-sar a vida assime sustentar umacarreira ainda vitoriosa venden-do amédia de 20mil cópias portrabalho, mas seria pouco. Setemtalentoparaviverumahistó-ria em sua plenitude, por que secontentar comametade? Sepo-deencher vidas commais cores,porquecantarna linearidadedeuma impostaçãoestudadaqueafazdizer omesmocomMeErra,que ganhou de Adriana Calca-nhotto, eÚltima Forma, que re-gravou de Baden e Paulo CesarPinheiro? O que acorrenta Ro-berta, ironicamente, é seu com-promisso técnico. A voz que saidocérebroafazbelae lhedápla-teia. Seumdia conseguir chegaràdocoração,seráumassombro.

ROBERTA SÁ

Roberta Sánasuperfície de umcanto técnico

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‘Delírio’

Som Livre; R$ 26

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prefira o transporte públicosescsp.org.br/transportepublico

sesctv.org.br/aovivooiTV canal 128

ingressos online a partir de terça, 15h30ingressos bilheterias a partir de quarta, 17h30

ESPECIAL DIA DA CRIANÇA

PROGRAMA CURUMIM: MEMÓRIAS, COTIDIANO E REPRESENTAÇÕESOrganização: Margareth Brandini Park e Renata Sieiro Fernandes.Dia 13. Ter., 19h30. Vila Mariana

LANÇAMENTO EDIÇÕES SESC SP

LITERATURALIRINHA, GASPAR E LURDEZ DA LUZ Sarau ritmo e poesia sobre as múltiplas relações entre o hip-hop e a literatura. Dia 13. Ter., 20h. Pinheiros

TELEVISÃOGaláxias – Olhares Sobre o BrasilPOLÍTICADireção: Isa Grinspum Ferraz.Dia 14. Qua., 21h. SescTv

ESPORTE E ATIVIDADE FÍSICAMINI BASQUETEVivência de arremessos e fundamentos do basquetebol adaptado. Dia 12. Seg., 13h. Bom Retiro

MÚSICA

JORGINHO NETO QUINTETO E KL JAYRepertório do álbum Jorginho Neto Samba Jazz.Dia 15. Qui., 20h30. Campo Limpo

ELIS REGINA, NADA SERÁ COMO ANTESBate-papo com o escritor Júlio Maria. Dia 13. Ter., 19h. Centro de Pesquisa e Formação

Universo ExposambaTRIBUTO A ORLANDO SILVACom Gean Ramos, Didi Gomes e Flavinho Batucada e Paulo Neto.Dia 13. Ter., 20h.

TRIBUTO A JAIR AMORIMCom Marcinho Moreira, Camila Yasmine, Rodrigo Paulo e Isabela Moraes.Dia 14. Qua., 20h. Bom Retiro

TATÁ AEROPLANOLançamento do disco, Na Loucura e Na Lucidez .Dia 15. Qui., 20h30. Vila Mariana

CÍCERO ALVES DOS SANTOS – VÉIOExposição com obras da coleção do Instituto do Imaginário do Povo Brasileiro.Até 13/12. Ter. a dom. Santo Amaro

A EXPERIÊNCIA DA ARTEExposição para ver, ouvir e tatear obras de Vik Muniz, Ernesto Neto, Wlademir Dias- Pino, Eduardo Coimbra, Eleonora Fabião e Waltércio Caldas. Até 25/10. Ter. a dom. Santo André

TEATRO

ARTES VISUAIS

REVISTA DE FOGO Com Teatro Cinema de Michalowice (POL). Direção: Zbigniew Szumski. De 15 a 18. Qui. a sáb., 21h. Dom., 18h. Consolação

ARRUFOS Pesquisa e Criação: Grupo XIX de Teatro. De 15 a 25/10. Qui a sáb., 21h30. Dom., 19h. Belenzinho

AO PÉ DO OUVIDOCom o Núcleo Experimental. Direção: Zé Henrique de Paula.Até 17/10. Qui. a sáb., 20h30. Pinheiros

TEATRODOIS IDIOTAS SENTADOS CADA QUAL NO SEU BARRILCom Paulo de Pontes e Giuliano Caratori.11h. Ipiranga

ANTES DO DIA CLAREARCom a Cia. 2dois. 12h. Pompeia

MENINO LUA Com a Cia. Teatro do Bardo.16h. Santo Amaro

DANÇAA MÃO DO MEIO Com a Cia. de Dança de Diadema. 12h. Bom Retiro

CINEMA

O MENINO E O MUNDO Direção: Alê Abreu. (BRA, 2013). 15h. CineSesc

CIRCOSHOW DELACom Paola Mussati. 14h. Santana

OPARÁCom Cia. Circo do Asfalto. 15h30. Osasco

TRICK-NICK (ITA) Com Andrea Farnetani.16h. Belenzinho

JACARÉ GIGANTE – INTERLAGOS

Itaquera e Interlagos. Qua. a dom., 9h às 17h

CULTURA E LAZERPARA TODA A FAMÍLIAGRÁTIS

MÚSICATIC TIC TATI Poemas de Tatiana Belinky musicados por Hélio Ziskind. Com Fortuna. Local: Teatro Paulo Machado de Carvalho, Alameda Conde de Porto Alegre, 840. 16h. São Caetano

CONSULTE O HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO DAS UNIDADES EM SESCSP.ORG.BR/FERIADOS

Atributos.Carisma ebeleza sãoapenas partedo jogo; faltao coração

DARYAN DORNELLES/DIVULGAÇÃO

Música

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O ESTADO DE S. PAULO SEGUNDA-FEIRA, 12 DE OUTUBRO DE 2015 Caderno 2 C3

Page 30: OESP-2015-10-12

%HermesFileInfo:C-4:20151012:

C4 Caderno 2 SEGUNDA-FEIRA, 12 DE OUTUBRO DE 2015 O ESTADO DE S. PAULO

VANESSABARBARA

Nestemomento de du-ras negociações valerá

a pena lançarmão de atitudesque em outros tempos teriamsido impensáveis. Considereque o ambientemudou de for-ma radical e que isso não acon-teceu apenas a você, é geral.

Valerá a pena voltar aoritmocotidiano eencon-

trar aí uma espécie de refúgiopara descansar das complica-ções que só foram se avoluman-donos últimos tempos.No rit-mocotidiano há atividades se-guras que fornecemdescanso.

TOURO 21-4 a 20-5Énecessário refletircomprofundidade so-

bre os acontecimentos,masprincipalmente é necessárioque você reflita com sincerida-de sobre o papel que assumiunesses. As coisas não aconte-cem, você faz acontecer.

Chegou a hora de vocêpassar em revista os

conceitos que serviram, atéaqui, para você julgar omun-do.Ninguémdeve julgar nin-guém, vociferará sua alma, po-rém, na prática amente julga àvontade o tempo inteiro.

Nestemomento as coi-sas deveriam ser com-

pletamente diferentes do jeitoque se apresentam, você fez asua parte, porém, o cenário queomundooferece é adverso. Is-so complica tudo, porém, nãofaz comque você sofra derrota.

VIRGEM 23-8 a 22-9

Pessoas foramemboraporque adotarampostu-

ras ambíguasdemais para conti-nuaremmerecendoo status deamigas. Porém, damesma for-macomque algumaspessoas sevão, outras estão ingressando.Issomudaopanorama todo.

Outorguemais valor àspessoas com quemvo-

cê se relaciona, pois este é ummomento emque tudo está emdependência de bons relaciona-mentos. Sua força é boa e fir-me,mas nada significará semrelacionamento.

O utrodia,minhamãefoi levarcomida para os moradoresde rua que vivem aqui no

bairro.Estavaconversandocomelesquando passou um carro bem deva-garzinhoeomotoristagritou,enfure-cido: “Leva pra casa!”.Parecequeexpressaroódioagora

é moda. Qualquer cidadão pacato,homem de família e cumpridor dasleispodevirar bichoquandovêalgodequediscorda: tenta atropelar umciclista só por estar na ciclovia queele desaprova, diz que tinham queter matado todo mundo em 1968,

invadevelóriossóparaofender,desejaquea presidentemorrade câncer e fazvotos de que a família da cronista sejaesquartejada.Nadacontradiscordardequempen-

sadiferenteedialogardeformarespei-tosa, o problema é quando vem o des-prezo. Em seguida, o ódio – instantâ-neo e avassalador, desses que acabamporbotar fogo em índio, atirar emhai-tianos e agredir homossexuais comlâmpadas.As redes sociais viraram um campo

de batalha aberto, com parentes cus-pindo uns nos outros e ameaças de

morte pipocando às claras. Como se asimples existência da diferença fosseuma ameaça suficiente para decidir-mos aniquilá-la.Lembrei de um dos segmentos do

filme argentino Relatos Selvagens, noqual um homem com um automóvelblindado tenta ultrapassar omotoris-ta de um carro velho na estrada. Este,por algum motivo, decide impedir apassagem.Quando o cara do blindado por fim

ultrapassa, grita pesados insultos en-quantoacelera.Sóque,maisàfrente,opneu fura e ele é obrigado a parar. O

motorista de trás o alcança. Desafia ohomem a repetir os xingamentos. Orico se tranca no carro e tenta chamara polícia.Começa ali uma briga surreal em

que o insultado defeca no para-brisasdooutroe tentadestroçarovidro comuma chave de roda. O mais abonadodecide jogar o carro do rival num bar-ranco e depois tenta atropelá-lo. Porfim, seu carro tambémcai na vala e elefica preso. O outro entra pelo porta-malascomumpédecabraeé recebidoagolpesdeextintordeincêndio.Omo-torista do blindado tenta escapar e seenforcanocintodesegurança.Osdoiscarros explodem.Trata-se de uma fábula que se encai-

xa com perfeição no Brasil de hoje, e éonde iremos parar se continuarmos

chamandounsaosoutrosdeescória,vagabundo e corja.Sãomuitosossinaisdequeperde-

mosocontroleeaempatia;bastaen-trarnoscomentáriosdossitesdeno-tícias.Emumamatériasobreopapa,alguémvituperoucontraoMST.Emoutra sobre a medalha Fields, al-guém falou emditadurabolivariana.Em uma notícia sobre o assassinatode um policial, enumeram casos deviolência da PM; em outra sobre aexecução de um garoto negro, enu-meramcasos demortes de policiais.Vejo pessoas comemorando execu-ções, desdenhando do sofrimentoalheio,maltratando,insultandoefor-mando grupos de linchamento.Vamostodosacabarcarbonizados,

puxandoocabelounsdosoutros.

Cruzadas & Sudoku

LEÃO 22-7 a 22-8

Tente aomáximo evitarque a pressão se concen-

tre toda sobre você, divida-a,porém, sem fazer grande alar-de disso, apenas fazendo comque de forma sábia todas aspessoas entendam e aceitemsuas responsabilidades.

Quadrinhos

ESCORPIÃO 23-10 a 21-11 AQUÁRIO 21-1 a 19-2

Ainda que tudo pareçalimitado e constrange-

dor, a alma não se ressentecom isso, continua produzin-do sonhos e se entusiasmandocom a perspectiva de realizá-los. Agarre-se a essa onda, poisnão émera fantasia.

GÊMEOS 21-5 a 20-6 SAGITÁRIO 22-11 a 21-12É tudomuito arriscado,porém, o cenário não

seria assim, não fosse que in-clui oportunidades que de ou-tra forma seriam inimaginá-veis. Por isso, não permita queomedo faça ouvir seus conse-lhos, coloque-o de castigo!

Há coisas que precisamacontecer e, por isso,

melhor não lhes resistir, jáque encontrarão uma formade passar por cima de quais-quer obstáculos que você lhesapresentar. Chega a hora deaceitar e ponto final.

Certasmudanças terãode ser aceitas, você gos-

tando delas ou não. É que aesta altura do campeonato es-sasmudanças se tornaram ine-vitáveis e, por isso, seria con-traproducente que você conti-nuasse resistindo.

Organização e liberdade

SEGUNDA-FEIRALÚCIA GUIMARÃESVANESSA BARBARA

TERÇA-FEIRAHUMBERTO WERNECK

QUARTA-FEIRAROBERTO DAMATTA

QUINTA-FEIRALUIS FERNANDOVERISSIMO

SEXTA-FEIRAIGNÁCIO DE LOYOLABRANDÃOMILTON HATOUM

SÁBADOMARCELO RUBENSPAIVASÉRGIO AUGUSTO

DOMINGOVERISSIMOFÁBIO PORCHAT

PEIXES 20-2 a 20-3

ÁRIES 21-3 a 20-4

lBem pensado

CÂNCER 21-6 a 21-7 CAPRICÓRNIO 22-12 a 20-1LIBRA 23-9 a 22-10

www.coquetel.com.br © Revistas COQUETEL 2015

BANCO 36

Tipohumanocomo ocaboclo

Cancelado(o compro-

misso)

Jogo de(?): com-portamen-to teatral

O troncoque podeabrigaranimais

(?) expia-tório: ofalso

culpado

Fábricade telhas,tijolos emanilhas

O trovão,para osíndiostupis

Arquipé-lago doMonteBrasil

Celular(abrev.)

(?) a me-sa: mudaras regrasdo jogo

Discursodo banque-te de ho-menagem

“Aroma”,no jargãopoético

Númerointeiro

indeter-minado

Nunca, eminglês

CarlosNejar,

poeta e“imortal”

Atribuirdelito

grave a(alguém)

Top (?): a lista

dos “dezmais”

(?) consu-mado: nãoadmite areversão

Crimecometidopelo ho-mofóbico

Informa-ção do

quadro doaeroporto

Nívea Stelmann,

atriz denovelas

Ânsia; so-freguidão

Ato huma-nitário quepode serrealizado

pelafamília dofalecido

René Des-cartes,filósofo

Alvo preferencial dodiscurso

do políticodemagogo

A letra da cedilha

Atituderara no

pessimista

Dividir-se em

pedaços

Acarretaperda de

um ano naescola

Decisãodo IPHAN

(BR)Ferroado

Antenor Nascentes,filólogo brasileiro

“A (?) é a inimiga daperfeição” (dito)

GracejouPássaropreto, devoo lerdo

Coelho (?),escritor

(?) Bolena,rainha

Rodovia litorânea quepassa por Guarujá,Ubatuba, Angra dos

Reis e Paraty

Poucoprofundo

Categoria

Função datela notabletModerado

(?) da Távola Redon-da, heróimedieval

Vermelho,em inglêsTrês vezescampeão

Peças dogamão

Grafite delapiseira

3/loa—red—ten.4/mina—tupã.5/ânimo—never.6/açores.7/mestiço.11/preconceito.

AN

U

MD

CA

PR

EP

ET

EN

CI

AS

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Nível Fácil

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SOLUÇÕES

Frank&ErnestBobThaves

Crianças obedientes são vistas como virtuosas enquanto as deso-bedientes são demoníacas. Assim de erradas andam as coisas nacivilização,nossahumanidadeadultadeixoudequestionaraverda-deira razão de impor obediência cega às crianças, como se issorepresentasse amais elevada virtude. Nem sempre a obediência évirtuosa nem tampouco a desobediência sistemática significa umespírito livre. Porém,háalgoqueprecisa ser pensado, em todososâmbitos e situações em que omal viceja feito crime, a obediênciacegaéumrequisitofundamentalparaameticulosaorganizaçãodocrime. Onde a boa vontade feita prática se desenvolve, nada éimposto,porquenãosepodeobrigarninguémaserbom,avirtudeprecisaseradotadapor livreeespontâneavontade.Por isso,obemnão é tão organizado quanto omal.

QUIROGA

Data Estelar: Lua Nova emLibra

l] [email protected]

“Os covardes nunca tentam, os fracassados nunca terminam, os vencedores nuncadesistem.”Norman Vincent Peale

Omelhor deCalvinBillWatterson

RecrutaZeroMortWalker

MinduimCharlesM. Schulz

TurmadaMônicaMauricio de Sousa

Coxinhasvs.petralhas

Page 31: OESP-2015-10-12

Luiz CarlosMerten

Aosolhosdopúblico,HughJack-man pode ser a grande atraçãode Peter Pan. Afinal, o australia-no desfruta de grande populari-dade,mesmocomasuperexposi-ção que o caracteriza. É o astroquemais filma nessa verdadeiraTerra do Nunca que éHollywood. O filme de JoeWright, porém, é do garoto LeviMiller e de Garrett Hedlund eRooneyMara, que formamadu-pla romântica. O cinema já con-toumuitasvezesahistóriadePe-terPan.Comoanimação(daDis-ney), como live action (Hook –AVolta do Capitão Gancho, de Ste-venSpielberg). Jácontouatéco-moJamesBarrie criou suaobra-prima (Em Busca da Terra doNunca,deMarcFoster).Masain-da faltava o foco de Wright – ahistória de como Peter virouPan.Emboraconclusiva–emter-mos–,ahistóriaficaincompleta.Naabertura,onarrador informaqueamigos viram inimigos, e vi-ce-versa.Avidaécomplexa.Hed-lund vai virar Capitão Gancho,perderá amão,mas nadadisso édessefilme.Fica,quemsabe,pa-ra uma possível sequência – queninguémsabe se será realizada.PoisPeterPannão feznemde

longeosucessodepúblicoespe-radopelosprodutores epelo es-túdio.AWarner avalia se cance-lará a sequência. Mas o filme émuitobonito.SefosseHQ,esta-

riainscritonumatendênciamui-to atual da indústria do entrete-nimento. A gênese dosmitos. AhistóriacomeçaemLondres,du-rante a guerra. Uma mãe deixaseubebênaportadeumorfana-to. Passam-se 12 anos, Londresestá sendo bombardeada pelosnazistas.Háracionamentodeví-veres no orfanato dirigido poruma freira gananciosa. Nessequadro,ascrianças–osmeninos– começam a desaparecer. Nãoestão sendo adotados, mas se-questrados. Peter, separado doamigo, descobre-se a bordo deumnaviopirata, eopirataBarbaNegra é ninguém menos queHugh Jackman. Ele sequestracrianças para trabalhar nas mi-nas. Escavam em busca de pi-xum, o pó das fadas. Peter, quenuncadesistiu de encontrar suamãe, liga-se a Hedlund, desco-bre que podevoar.Ofatodevoarfazdeleo ‘esco-

lhido’. Há uma profecia de queseráoúnicoaenfrentareven-ceroBarbaNegra.Anarrati-vamisturaTerradoNuncacom a ilha das fadas. Roo-ney Mara é uma guerreira,Hedlund é um aventureiromeio Indiana Jones. E Pe-ter, o escolhido, saltan-do de uma aventuraa outra, temo cará-ter messiânico deHarry Potter. Porcontadisso,muitoscríticos,dentroefo-ra do País, anda-ram escrevendoque Joe Wrightfez um filme quese assemelha auma colcha de

retalhos. Peter Pan seria apenasmais uma obra caça-níqueis daindústria do showbiz. É injustocomo talentoso diretor.WrightjáfezfilmesbelíssimoscomoOr-gulhoePreconceitoeDesejoeRepa-ração, que adaptou de JaneAus-ten e IanMcEwan. Fez tambémHanna, contando a história deumagarota treinadapara sobre-viver–ematar.Peter,nofilme,éumsobrevivente.Descobre, nu-ma curva dramática, quais sãoseus poderes e por que os pos-sui. O garoto que começa de lu-to,amargandoadordeumaper-da (a damãe)quenunca cicatri-za, realiza o rito de passagem.Cheio de ação e efeitos, o fil-

meencerraumdesafioparaoes-pectador – para o cinéfilo.Wright pratica uma estética doplano-sequência. As melhorescenas de Orgulho e Preconceito,Desejo e Reparação e Hanna sãoplanoscontínuos.Elenuncacor-tou tanto como em Peter Pan,mas os planos-sequência estãoali. A questão é identificá-los. E,como sempre, Wright não seprende aumgênero.Desejo e Re-paração mistura os gêneros ro-mance e guerra. Hanna possuiumcaráteronírico,maséumfil-medelutas.PeterPanpossuiele-mentosdepirataria eháumquêda afetação do Johnny Depp de

PiratasdoCaribenainterpre-tação de Hugh Jackman.PodeatéserquePeterPandirija-se mais aos adultosqueàscrianças,eissojusti-ficaria seumau desempe-

nho nas bilhete-rias. O pró-priofilmete-ria ficadonuma terrade n in -guém.Ca-be a você,l e i t o r ,resgatá-lo.Quali-d a d e snão fal-tam.

JJJJJ BOM

Nova produção do clássico é realizada em 3D e traz Hugh Jackman como o egocêntrico pirata Barba Negra

Filmeexplora asorigensdePeterPanElaineGueriniESPECIAL PARA O ESTADO/ LONDRES

Antes mesmo de Hugh Jack-manchegar aoBallroomdoho-tel Claridges, em Londres, dápara ouvir a risada sonora doaustraliano que caminha pelocorredor. O ator com cachê nacasadosUS$ 20milhões nuncapassadespercebido.Não sópe-lo físico avantajado (1,90 m dealtura e músculos definidos),mas pela simpatia, pelo caris-ma e pelo senso de humor.“Quando ouve que sou o caramaisbacanadeHollywood,mi-nhamãe sempre rebate, dizen-do: ‘Nós costumávamos cha-mar isso de boas maneiras’”,contou Jackman, rindo.AindaqueotítulodeMr.Nice

Guysempreoacompanhe,oas-tro anda fugindo dos persona-gens que reforçam a reputaçãode bonzinho nos sets de filma-gem.Maisconhecidoporencar-nar o soturno e esquentadoWolverine, o mutante com po-der de autocura da Marvel, oator nascido em Sydney atacadevilãoemPeterPan,atualmen-te em cartaz nos cinemas. “ABruxaMádoOeste,deOMágicodeOz(1939), é aminhaprimeiralembrançacinematográfica.Naminha infância, deve ter sido opersonagem que mais me ater-rorizou e fascinou ao mesmotempo”,disseJackman,escolhi-do pelo inglês Joe Wright parainterpretar aqui o pirata BarbaNegra. “Ou como o meu filhocarinhosamente prefere cha-mar de Barba Negra e Branca”,brincou o ator de 46 anos.Como o novo Peter Pan foi

concebido como ‘prequela’ doclássicocriadopeloescocês Ja-

mes Matthew Barrie (1860-1937), explorando as origensdo protagonista no formato3D, coube ao personagem Bar-baNegra amissão de antagoni-zar o pequeno herói. Aqui o ga-rotoquenãoqueriacrescer(vi-vido pelo estreante Levi Mil-ler) soma forças com Gancho(GarretHedlund),muitoantesdeste se tornar o capitão inimi-go mortal de Peter, depois quemeninocortaasuamãoesquer-da em combate, dando-a paraum crocodilo comer.No roteiro original assinado

por Jason Fuchs, Peter e Gan-cho se conhecem na Terra doNunca, para onde o garoto é le-vadoapósserraptadodeumor-

fanatodeLondres,duranteaSe-gunda Guerra Mundial. Com aajuda princesa Tiger Lily (Roo-neyMara), os dois acabam lide-rando um motim contra oexército de piratas comandadopor Barba Negra, que escravizatodos os habitantes da ilha. Opiratapõetodomundoparatra-balhar nasminas de pó de fada,substância que o vilão usa paranão envelhecer. Seu ponto fra-co émesmo a vaidade.“Aopesquisaracoleçãodare-

vista National Geographic Jú-nior de meu filho, encontreiumaseçãodedicadaaBarbaNe-gra (lendário pirata inglês do sé-culo18).Descobriqueelecostu-mava colocar incenso na barba

para atear fogo nela antes deuma batalha. Assim, conformeele invadiaoutrosnavios,pare-ciaquesuacabeçaestavapegan-do fogo”, contou Jackman, quetentou vender a ideia ao dire-tor. “Mas Joenão topou, prefe-rindo que eu usasse maquia-gembrancanorosto,umaperu-ca à la Maria Antonieta, umaroupa de Luís XIV e muitosanéis extravagantes.”Antes de iniciar as filma-

gens, Jackman raspou a cabeçaparamelhor adesão da peruca.“Foimaisporpreguiça.Docon-trário, eu teria de chegar ao set45minutosmais cedo, todas asmanhãs, para que a equipe demaquiagem escondesse a mi-

nha linha capilar frontal porbaixo da peruca. Preferi entãoser um careca feliz, dormindoumpouquinhomais”, afirmou.Ao abraçar o papel com irre-

sistível sarcasmo – um poucocomo Johnny Depp faz comJackSparrowna franquiaPira-tas do Caribe –, Jackman roubaa cena em Peter Pan. “Como aTerra do Nunca aqui é produ-to da imaginação das crianças,todos os adultos precisam serrepresentados como os garo-tos os veem: assustadores e ri-dículos. Essa foi a desculpaque eu precisava para brincarna minha atuação.”A entrada do personagem no

filme já dá a dimensão do ego-

centrismo e da loucura de Bar-ba Negra. Para agradá-lo, seuscapangas obrigam centenas demeninos a cantaremSmells LikeTeen Spirit, música do Nirvana.“Foi o meu dia favorito no set.Ummomentoquenuncavoues-quecer. Como Joe costuma di-zer, Kurt Cobain foi o MeninoPerdido definitivo’’, afirmouJackman.

Jackman.O BarbaNegra:vilão buscajuventudecom pódas fadas

CRÍTICA

NAWEB

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EN

KA

GU

TIÉ

RR

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EFE

É o que pode explicarpor que obra tãobonita não achou seupúblico e ficou numaterra de ninguém

Cinema Em cartaz

Agênese domito étratadaporJoeWrightcomosomadegêneros

HÁ QUEM DIGA QUE É OBRA CAÇA-NÍQUEIS.É INJUSTO COM O TALENTOSO DIRETOR

DIVULGAÇÃO

Pequeno herói.Pequeno herói.A atriz Rooney Mara e oA atriz Rooney Mara e oestreante Levi Miller, queestreante Levi Miller, queatua como o menino queatua como o menino quenão queria crescernão queria crescer

Vídeo. Veja otrailer do novo‘Peter Pan’

estadao.com.br/e/novopeterpan6

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O ESTADO DE S. PAULO SEGUNDA-FEIRA, 12 DE OUTUBRO DE 2015 Caderno 2 C5

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C6 Caderno 2 SEGUNDA-FEIRA, 12 DE OUTUBRO DE 2015 O ESTADO DE S. PAULO

CONTROLENAMÃO

Cultura: 2182-3000; SBT: 3236-0111; Globo: 3131-2500; Record: 2184-4000;Rede TV!: 3306-1000; Gazeta: 3170-5757; Band: 3131-1313; ;Rede Vida: (17)3355-8432.As programações são de responsabilidade exclusiva dos canais e podem ser alteradas à última hora.

Malhação coma VagabandaViva / 12h

A história da‘Fada Skatista’Globo / 10h20

CULTURA8h00 PororoInédito8h10 Quintal da Cultura8h15 Thomas e Seus Amigos8h35 Angelina Balerina9h05 Bubblle Guppies9h30 Dora, A Aventureira10h00 Charlie e Lola10h15 Patrulha Canina10h45 Masha e O Urso11h00 Era Uma Vez no Quintal11h30 Que Monstro Te Mordeu12h00 Jornal da Cultura PrimeiraEdição Ao Vivo12h30 Jc Debate Ao Vivo13h00 Castelo Rá-Tim-Bum13h30 Pororo Inédito13h35 Cocorico13h45 Timmy e Seus Amigos13h55 Pocoyo14h10 Barney14h15 Peppa Pig14h30 Quintal da Cultura14h35 Thomas e Seus Amigos15h00 Angelina Balerina15h35 Bubble Guppies16h00 Dora, A Aventureira16h30 Patrulha Canina17h00 Masha e O Urso17h15 Era Uma Vez no Quintal17h45 As Aventuras de Andy e OsAnimais Selvagens18h00 Winx Club V18h30 Rocket Power18h55 Osmar, A Primeira Fatia do Pãode Forma19h10 Shaun, O Carneiro19h15 Sítio do Pica-Pau Amarelo19h45 A Pantera Cor-de-Rosa Inédito20h05 Doctor Who21h00 Jornal da CulturaAo Vivo22h00 Roda Viva23h30 Metrópolis

SBT6h00 Jornal do SBT - Manhã7h00 Carrossel Animado8h30 Mundo DISNEY10h30 Feriadão SBT14h30 Casos de Família15h45 Pérola Negra16h45 Teresa17h15 Coração Indomável17h45 A Dona18h30 Chaves19h45 SBT Brasil20h30 Cúmplices de Um Resgate21h15 Carrossel22h00 Programa do Ratinho23h15 Máquina da Fama

00h15 The Noite com Danilo Gentili01h15 Jornal do SBT - Noite2h00 Okay Pessoal!!!3h00 Dois Homens e Meio / Two And A

Half Men

GLOBO05h00 Hora Um6h00 Bom Dia Praça*7h30 Bom Dia Brasil8h50 Mais Você10h10 Bem Estar10h50 Encontro com Fátima Bernardes12h00 SPTV 1ª Edição12h45 Globo Esporte13h20 Jornal Hoje14h00 Vídeo Show15h05 Sessão da Tarde Filme: UP AltasAventuras / Madagascar 216h35 Vale A Pena Ver de NovoCaminho das Índias17h45 Malhação18h25 Além do Tempo19h10 SPTV 2ª Edição19h30 I Love Paraisópolis20h30 Jornal Nacional21h15 A Regra do Jogo22h25 Tela Quente Filme: ProfessorPeso Pesado00h00 Jornal da Globo00h30 Programa do Jô01h10 Stalker: Obsessão2h00 Corujão I Filme: Caso 393h45 Mentes Criminosas

RECORD6h00 Balanço Geral7h28 SP no Ar8h55 Fala Brasil10h00 Hoje em Dia12h00 Balanço Geral14h45 Novela: Prova de Amor15h45 Novela: Dona Xepa –Hd -16h45 Cidade Alerta20h30 Os Dez Mandamentos21h30 Jornal da Record22h30 Xuxa Meneghel00h00 A Fazenda00h15 Repórter Record Investigação

GAZETA8h00 Gazeta Imóveis8h45 Gazeta Shopping10h00 Ateliê na TV10h30 Super Esporte11h00 Revista da Cidade12h30 Você Bonita14h00 Mulheres17h50 Gazeta News18h00 Gazeta Esportiva19h00 Jornal da Gazeta

20h00 Igreja Universal do Reino de Deus22h00 Jornal da Gazeta Edição das 1022h35 Todo Seu23h35 Cidade Ocupada

TVPAGA

ARTE112h45 Revelando13h00 A Vida Secreta de Uma ObraPrima14h00 Arte 1 Comtexto14h30 Figuras da Dança15h00 Figuras da Dança15h30 Canteiro de Obras 201316h00 Ervas Daninhas18h00 Iluminados19h45 Estéticas Urbanas20h45 Revelando21h00 Arte.TV21h30 A Vida Secreta de Uma ObraPrima

CANALBRASIL12h00 Curta na Tela Procura-Se12h15 Curta na Tela O Filho do Vizinho12h23 Curta na Tela Matando CachorroA Grito12h30 Banana da Terra12h45 Abusando13h00 O Som do Vinil13h35 O Menino no Espelho15h00 Preto no Branco15h35 Meninos de Kichute17h30 Sangue Latino18h00 Notícias de Uma GuerraParticular19h00 Mostra Centenário Grande OteloMacunaíma20h45 Van Bora!21h00 Curta na Tela Bob Lester21h13 Curta na Tela Mar Exílio21h30 Espelho22h00 É Tudo Verdade Zirig DumBrasília - A Arte e O Sonho de RenatoMatos

FOX12h30 Quarteto Fantástico14h15 A Era do Gelo15h35 A Era do Gelo 317h10 Titanic20h25 Os Simpsons20h50 Os Simpsons21h15 Os Simpsons21h40 Os Simpsons22h05 Os Simpsons

FX12h55 Coach Carter - Treino Para AVida

15h15 Soldados da Fortuna16h55 Amanhecer Violento18h25 Wolverine Imortal20h45 Demolidor O Homem Sem Medo

GNT12h00 Receitas da Carolina12h30 Bela Cozinha13h00 O Nascimento Ao Redor doMundo14h00 Casa Nova, Vida Nova!14h29 Pílulas Spfw14h30 Deixa com O Bryan!15h00 Que Seja Doce16h00 Marília Gabriela Entrevista17h00 Chegadas e Partidas17h30 Cozinheiros em Ação18h30 Que Marravilha! Chefinhos19h29 Pílulas Spfw19h30 Que Seja Doce20h30 Cozinha Prática com Rita Lobo21h00 Desafio de Beleza21h30 Superbonita22h00 Papo de Segunda

HBO14h00 Golpe Baixo16h00 No Olho do Tornado17h35 Psi18h45 O Protetor21h05 The Jinx22h00 O Caso do Policial Canibal

MAX14h30 Ender's Game - O Jogo do Exter-minador16h30 Um Dia Essa Dor Será Útil

18h15 Família do Bagulho20h10 Loucos Por Dinheiro22h00 Grávida de 9 Meses

MAXPRIME13h05 Sim Senhor15h00 Batmanh O Cavaleiro das TrevasRessurge17h50 O Grande Herói20h00 Strike Back21h00 Strike Back22h00 O Espetacular Homem-Aranha 2

MULTISHOW12h30 No Perrengue13h00 Rupauls Drag Race14h00 Os Tatuadores14h30 Vai Pra Onde?15h00 Altas Horas17h00 Na Rua com Billy17h30 Off18h00 Experimente18h30 Lugar Incomum19h00 TVz21h30 Prêmio Multishow de Humor

NAT.GEOGRAPHIC12h20 Demolidores12h45 Trituradores13h10 Prazer À La Carte14h00 Todas As Manhãs do Mundo14h50 Escola de Predadores15h40 Loucuras Animais16h30 Criaturas Mortais das Florestas17h20 Clube da Luta dos Animais18h05 Temporada de Pesca18h55 O Homem e As Feras

19h45 Criaturas Mortais da África20h35 Aeroporto de Dubai21h25 Aeroporto de Dubai

SONY12h00 Rules Of Engagement12h30 Rules Of Engagement13h00 Marvel's Agents Of S.H.I.E.L.D.14h00 Scorpion15h00 Will & Grace15h30 Will & Grace16h00 Will & Grace16h30 Baby Daddy17h00 How I Met Your Mother17h30 How I Met Your Mother18h00 Olhar Digital18h30 Rules Of Engagement19h00 Rules Of Engagement19h30 Piratas Pirados!21h30 Nashville

TCM12h30 Bonanza13h30 Dra. Quinn14h30 A Turma da Pantera Cor de Rosa15h00 Antes Só do Que MalAcompanhado16h40 Pearl Harbor19h50 Estamos Juntos21h30 A Turma da Pantera Cor de Rosa22h00 Afinado no Amor

TELECINEACTION12h55 Piratas do Caribe A Maldição doPérola Negra15h25 Hellboy 2 - O Exército Dourado17h40 Red 2 Aposentados e Ainda MaisPerigosos19h50 Con Air - A Rota da Fuga22h00 Guerra Mundial Z

TELECINE CULT13h15 Star Wars Episódio IV - Uma NovaEsperança15h30 Star Wars Episódio V - O ImpérioContra-Ataca17h50 Star Wars Episódio VI - O Retornode Jedi20h15 Caminhos Ásperos22h00 O Homem Que Matou O Facínora

TELECINE FUN12h35 A Espada Era A Lei14h05 101 Dálmatas15h40 Alice no País das Maravilhas17h05 Dumbo18h25 Pinóquio (1940)20h10 Um Faz de Conta Que Acontece22h00 Lizzie Mcguire - Um SonhoPopstar

TELECINE PIPOCA13h40 Amor Sem Fim15h40 Walt nos Bastidores de MaryPoppins18h05 As Tartarugas Ninja20h10 Drácula - A História NuncaContada22h00 Frozen Uma AventuraCongelante

TELECINE PREMIUM13h25 Tiras, Só Que Não15h15 A Culpa É das Estrelas17h40 Descendentes19h55 Operação Big Hero22h00 X-Men Dias de Um FuturoEsquecido

TELECINE TOUCH14h05 Uma Virada do Destino16h05 Um Casal Quase Perfeito 317h50 O Diabo Veste Prada19h55 Intocáveis22h00 Clube de Compras Dallas

TNT12h17 Happy Feet O Pinguim14h05 Happy Feet 2 O Pinguim15h52 Viagem 2 A Ilha Misteriosa17h33 As Crônicas de Nárnia O Leão, AFeiticeira e O Guarda-Roupa20h03 Sherlock Holmes - O Jogo deSombras

UNIVERSAL CHANNEL12h20 Chicago Fire13h20 House14h20 Por Água Abaixo15h50 Law & Order SVU16h50 House17h45 Querem Acabar Comigo19h30 Karate Kid

WARNER12h15 Friends12h40 Friends13h05 E.R13h55 Supernatural14h45 The Big Bang Theory15h10 Especial W Arner15h35 Supernatural16h25 A Casa Monstro18h03 Peter Pan20h01 The Big Bang Theory20h25 The Big Bang Theory20h50 E.R21h40 Supernatural

FILMESDODIA

GrandeOtelo,impagávelcomoMacunaímaLuiz CarlosMerten

Macunaíma22HNOCANALBRASILBrasil, 1969. Dir. de JoaquimPedro de

Andrade, comPaulo José, Dina Sfat,

GrandeOtelo.

Orson Welles disse, certa vez, queGrande Otelo era o maior ator domundo, mas por racismo ou o quê,o pequeno (no tamanho) grande (notalento) ator viveu sempre meio queà sombra de Oscarito, com quemformou duplo. Há um prêmio Oscari-to (em Gramado). Se houvesse umGrande Otelo, seria exclusivo paraatores negros, ou seja, discriminató-rio. Grande Otelo é impagável naadaptação que Joaquim Pedro fezda obra cultuada de Mário de Andra-de. Reprise, colorido, 108 min.

OUVEJAOHomemQueMatouoFacínoraO faroeste clássico de John Ford,com John Wayne, James Stewart.Tel. Cult, 22 h. P&B, 123 min.

A programação completa de TVestá emwww.estadao.com.br

Guia. TV

O futuro do ‘CQC’ na Band em2016 é bastante incerto. Socialmenteengajado, o programa depende doshumores da economia neste fim deano para escapar do mesmo destinodo Agora é Tarde, que fechou as por-tas ainda no início da crise.

Questionada sobre o tema do mer-chandising social de sua próxima no-vela, Glória Perez disse que não vaicontar nada. “Senão, quando a nove-la chegar, vai parecer que ela já pas-sou no Vale a Pena Ver de Novo, detanto que já falaram naquilo.”O diálogo se deu durante o 5.º Obi-tel – Observatório Ibero-americanode Ficção Televisiva, iniciativa daUSP, com apoio da Globo. A novelada autora sucederá Velho Chico, próxi-

mo enredo na fila das 9, e terá di-reção-geral de Rogério Gomes.

Atores da Globo falam sobreos livros que marcaram suas vidasem vídeos que circulam a partirde hoje nas redes sociais da casa.Alexandre Borges indica GrandeSertão: Veredas, de Guimarães Ro-sa. A ação faz parte do Dia Nacio-nal da Leitura, celebrado hoje.Já o Dia do Professormerece-rá outra série de vídeos, com ato-res que já interpretaram professo-res na ficção saudando o nobreofício. Lá estão: Cássia Kiss, Letí-cia Birkheuer e Inês Viana.

Gerard Butler recebeu dicas so-bre automóveis de Michelle de Je-sus, piloto de Fórmula Truck eapresentadora do Oficina Motor,do canal +Globosat, durante a gra-vação de um comercial de carro,no Campo de Marte (São Paulo).

O canal E! confirma a 2ª tem-porada de House of DVF, iniciaisda estilista Diane von Fursten-berg. Estreia dia 29, às 21h.

Giovanna Antonelli respondepor 4 dos 10 itens mais procura-dos pelo telespectador na CAT, aCentral de Atendimento ao Teles-pectador da Globo, em setembro.

20%de crescimento, na contramãoda crise, teve o canal Combate, em rela-ção ao mesmo período de 2014. E o anoainda verá Ronda Rousey, Vitor Belfort eo duelo José Aldo X Conor McGregor

SEM INTERVALOCRISTINAPADIGLIONE

‘Diário de Uma Garota Normal’trata de sexo de forma aberta

Verdadessecretasde umaadolescente

E nquanto Luiz Fernando Car-valho realiza testes para en-contrar novos atores em vá-

rias capitais do País, sua equipe pes-quisa locações nas cercanias do RioSão Francisco – esta semana, o dire-tor viaja até lá para aprovar as esco-lhas. Conhecido por apostar em no-vos nomes, Carvalho não fugirá àprópria regra em Velho Chico, próxi-ma novela das 9, de Benedito RuyBarbosa e Edmara Barbosa. “Conhe-ço bem a região do São Francisco,que atravessa tantosEstados epor is-soé chamadode rioda integraçãona-cional”, diz ele à coluna. “Então, nomeumodo de sentir, a busca por no-vos talentos em toda esta região éinevitável.” O elenco será fechadoatéo final domês, prazoque ele apro-veita para fazer testes e pesquisas.

Ubiratan Brasil

Minnie é uma garota de 15 anossem papas na língua – ou me-lhor, na escrita. Em seu diário,não figuram imagens de fadasou idealizações do príncipe en-cantado, mas revelações sobreadescobertadasexualidade,ob-servaçõessobregarotosenovasamizades.Foi esse fiodameadaque transformou o livro DiáriodeUmaGarotaNormal, da ame-ricana Phoebe Gloeckner, emsucesso planetário, a ponto delogo chegar ao cinema, comBelPowley nopapel principal. O li-vro chega agora ao Brasil, sob a

chancela da Faro Editorial.Minnie éumpersonagemfic-

tício. Mas é também a adoles-centemais realista que se podeencontrar emqualquermídia, atodo momento. “Eu tinha umacaixacheiadediáriosqueescre-via quando adolescente, emes-mo quando criança”, contaPhoebe ao Estado, por e-mail.“Durante anos, os escondi,mas, comotempo, anecessida-dedemantê-losemsegredoaca-bou. Comecei a ler esses docu-mentosdepoisdos30.Fiqueies-pantadapelavozquepareciagri-tar paramim daquelas páginas.Avozera aminhae,noentanto,

não era eu. Senti que tinha depegar aquela adolescente auto-ra dos diários como se ela fosseuma boneca, e sussurrar ao seuouvido: ‘Vou deixar que vocêconte sua história’.”O livro se passa na São Fran-

cisco dos anos 1970, quandoMinnie já pretende perder suavirgindade.A sexualidade, aliás,fazpartedesuarotinaporcausadamãeliberal–éela,aliás,quemrecomendaqueopróprioaman-te saia com a filha. O encontroterminana cama.Diário deUmaGarota Normal foi comparado,por alguns críticos americanos,ao clássicoLolita,deNabokov.

“NãoliLolitaquandoadulta”,conta Phoebe. “Li boa parte dolivro quando era muito jovem,talvez aos 10 ou 11 anos. Dizen-doisto,admitoquemeuspensa-mentos atuais sobre a obra deNabokov são influenciados to-talmentepelas opiniões e pelosgostos de uma garota pré-ado-lescente. A capa de Lolita des-pertou o meu interesse. O queeu procurava nesse livro e emoutros que eram dosmeus pais(como Almoço Nu, de WilliamBurroughs,otítulomeconquis-tou) era divertimento e infor-mações sobre o sexo. Lolita ti-nha inúmerasdescriçõesmuito

ousadas(eportanto,meinteres-savam),masnãogosteido livro.Ficava gelada enquanto o lia.Me enojava, me assustava. Nãohavia nenhuma Lolita em Loli-ta, ela não era uma pessoa real.De certo modo, esperava meidentificar com o personagemdo título,mas, ao contrário,mesenti apagada. Aquilo me dei-xou revoltada. Era assustador.Odiei. Mas é claro que minhaatitudesebaseianumainterpre-tação infantil do livro.”DesdequeoDiáriofoipublica-

doem2002,tornou-seBíbliapa-ra muitas meninas, que não seviamnasobrasdirecionadaspa-

raadolescentes.Phoebeacredi-taas jovensnãosãorepresenta-das corretamente na mídia.“Em geral, elas recebem papéislimitados.Podemrepresentaravirgem,apresentadacomoumaconquista em potencial, ou co-moumaprostituta,quefoi ‘usa-da’poroutroshomens,eéultra-jadaouvistacomo‘umbrinque-dodegraça’”,diz.“Mulheres jo-venstêmsentimentossexuaisecuriosidade sexual tanto quan-to os jovens. Entretanto, suasmotivações e esperanças nemsempreseequivalem,eessasdi-ferençassãocausadorasdodra-ma dos relacionamentos.”

“Você foi fundamental na‘Vereda da Salvação’. Aprendicomvocê. Tenho que teagradecer eternamente”AntunesFilho A STÊNIO GARCIA NO ‘PERSONA EM

FOCO’, AMANHÃ, ÀS 23H30, NA TV CULTURA

DiretorprocuranovosatoresportodooPaís

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BelPowley.Ela viveMinnie nocinema

Literatura

l] [email protected]

DIÁRIO DEUMA GAROTANORMALAutora:PhoebeGloecknerTradução:Autoria nãodivulgadaEditora:FaroEditorial(312 págs.,R$ 39,90)

Taís Araújo osten-ta, com efeito, ummodelão de noivanoepisódiodeama-nhã de Mr. Brau,bomseriadodaGlo-bo.Moderna, inveja-dapelavizinhae ins-piradora para a au-diência, Michele háde renovar os votosde casamento comseu amado, o pró-prio Brau, LázaroRamos. O aconteci-mento, claro, serámotivo para umagrande festa,

Beijinhono ombroé pouco

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Page 33: OESP-2015-10-12

.ESTREIAS

Aqui Deste LugarBrasil/2015, 87min.Documentártio. Dir. Sér-gio Machado e Fernando Coimbra.O documen-tário acompanha a vida de três famílias,uma do Ceará, outra de São Paulo e aúltima do Rio Grande do Sul, ao longodos anos. Livre.Caixa Belas Artes.

OsÁrabes TambémDançamAravim Rokdim, Israel/2014, 105min.Drama.Dir. Eran Riklis. Com Tawfeek Barhom, RaziGabareen. Eiad, ummenino de uma aldeiaárabe de Israel, vai para um internato emJerusalém, nos anos 1980. 12 anos.Espaço Itaú Augusta, Reserva Cultural.

BataAntes de EntrarKnock Knock, Chile-EUA/2015, 99min.Suspense. Dir. Eli Roth. Com Keanu Ree-ves, Lorenza Izzo. Sozinho em casa duranteo fim de semana, um arquiteto recebe avisita de duas jovens que dizem precisarde ajuda. 14 anos.DUBLADO: Anália Franco, Central Plaza, Interla-gos, Interlar Aricanduva, Jardim Sul, Mais Shop-ping Largo 13, Metrô Tatuapé, Santana Parque,Shopping D, SP Market, Tietê Plaza. LEGENDA-DO: Anália Franco, Bourbon – Espaço Itaú Pom-peia, Eldorado, Market Place, Metrô Santa Cruz,Pátio Paulista, Santana Parque.

BwakawBwakaw, Filipinas/2012, 110 min.Drama. Dir.Jun Robles Lana.Com Eddie Garcia, Prin-cess, Rez Cortez. Idoso gay, mal-humora-do e recém-saído do armário, vive sozi-nho, só com a companhia de um cão cha-mado Bwakaw. 14 anos.CineSesc, Frei Caneca – Espaço Itaú Augusta.

Dois CasamentosBrasil/2014, 75 min.Drama. Dir. Luiz Rosem-berg Filho. Com Patricia Niedermeier, Ana Ab-bott.O filme, de narrativa experimental,acompanha duas noivas à espera de suascerimônias. 14 anos.Caixa Belas Artes.

Horas de DesesperoNo Escape, EUA/2015, 103min.Ação. Dir. JohnErick Dowdle. Com Lake Bell, Pierce Brosnan.Jack se muda para a Ásia com sua famí-lia americana. Lá chegando, descobre umempecilhomaior que qualquer choquecultural: se vê nomeio de um golpe cujosrebeldes executam estrangeiros. 16 anos.DUBLADO: Central Plaza, Interlagos, InterlarAricanduva, Marabá, Raposo Shopping, Bristol,Shopping D. LEGENDADO: Bourbon – EspaçoItaú Pompeia, Cidade São Paulo, JK Iguatemi,Villa Lobos.

Lulu, Nua eCruaLulu Femme Nue, França/2013, 87min.Drama.Dir. Solveig Anspach. Com Karin Viard, ClaudeGensac.Ao sair desanimada de uma entre-vista de emprego, em que se mostrouinsegura e nervosa, Lulu decide não vol-tar para a casa onde vive com omarido eos filhos. 18 anos.Frei Caneca – Espaço Itaú Augusta.

Peter PanPan, EUA-Reino Unido-Austrália/2015, 111 min.Aventura. Dir. Joe Wright. Com Levi Miller,Hugh Jackman. Peter, um órfão de 12 anos,é levado aomundo mágico da Terra doNunca. Livre.DUBLADO: Anália Franco (3D), Boavista, Boavis-ta (3D), Boulevard Tatuapé (3D), Bourbon – Espa-ço Itaú Pompeia, Bourbon – Espaço Itaú Pom-peia (3D), Bristol, Central Plaza, Central Plaza(3D), Cidade Jardim (3D), Cidade São Paulo (3D),Eldorado (3D), Frei Caneca – Espaço Itaú Augus-ta, Iguatemi (3D), Iguatemi Alphaville (3D), Inter-lagos, Interlagos (3D), Interlar Aricanduva, Inter-lar Aricanduva (3D), Itaim Paulista, Jardim Sul,

JK Iguatemi, JK Iguatemi (3D), Kinoplex Itaim(3D), Kinoplex Vila Olímpia (3D), Lapa, Lapa (3D),Lar Center (3D), Mais Shopping Largo 13, MaisShopping Largo 13 (3D), Marabá, Market Place(3D), Metrô Itaquera, Metrô Itaquera (3D), MetrôSanta Cruz, Metrô Santa Cruz (3D), Metrô Tatua-pé (3D), Metrô Tucuruvi (3D), Mooca Plaza (3D),Pátio Higienópolis (3D), Pátio Paulista (3D), Pe-nha, Penha (3D), Plaza Sul, Raposo Shopping,Raposo Shopping (3D), Santana Parque, SantanaParque (3D), Shopping D, Shopping D (3D), SPMarket, SP Market (3D), Splendor Paulista, TietêPlaza (3D), Villa Lobos (3D), West Plaza. LEGEN-DADO: Anália Franco (3D), Bourbon Itaú Pom-peia, Bourbon – Espaço Itaú Pompeia (3D), Bris-tol, Cidade Jardim (3D), Cidade São Paulo (3D),Eldorado (3D), Frei Caneca Itaú Augusta, Iguate-mi (3D), Iguatemi Alphaville (3D), JK Iguatemi,JK Iguatemi (3D), Kinoplex Itaim (3D), KinoplexVila Olímpia (3D), Lar Center (3D), Market Place(3D), Metrô Santa Cruz, Metrô Santa Cruz (3D),Metrô Tucuruvi (3D), Mooca Plaza (3D), PátioHigienópolis (3D), Pátio Paulista (3D), Plaza Sul,Splendor Paulista, Villa Lobos (3D).

RespireBreathe, França/2014, 91 min.Drama. Dir. Méla-nie Laurent. Com Joséphine Japy, Lou de Laâge.Charlie, uma adolescente suburbana efrancesa, é umamenina solitária e inse-gura. Ao conhecer Sarah, encantadora econfiante, descobre uma amizade que lhefaz bem. 18 anos.Bristol, Caixa Belas Artes, Cinearte, Cinesala,Reserva Cultural.

ATravessiaTheWalk, EUA/2015, 123 min.Drama. Dir. Ro-bert Zemeckis. Com Joseph Gordon-Levitt, Char-lotte Le Bon.Philippe Petit tenta uma proe-za: se equilibrar sobre um fio, atravessan-do o vazio entre as torres do World TradeCenter, nos anos 1970. 12 anos.DUBLADO: Anália Franco (Imax/3D), IguatemiAlphaville (3D), Interlar Aricanduva (3D), JardimSul (3D), Kinoplex Vila Olímpia, Marabá, MetrôItaquera (3D), Plaza Sul, Santana Parque (3D),Shopping D (3D), SP Market (3D). LEGENDADO:Anália Franco (Imax/3D), Bourbon – Espaço ItaúPompeia (Imax/3D), Bristol, Cidade Jardim (3D),Eldorado (3D), Iguatemi (3D), Jardim Sul (3D), JKIguatemi (3D), Market Place (3D), Mooca Plaza(3D), Pátio Higienópolis (3D), Pátio Paulista (3D),Villa Lobos (3D).

Viver é Fácil Comos Olhos FechadosVivir es Fácil con los Ojos Cerrados, Espa-nha/2013, 108min. Comédia. Dir. David Trueba.Com Javier Cámara, Natalia de Molina.NaEspanha de 1966, um professor de inglêsque usa músicas dos Beatles para ensi-nar a língua descobre que John Lennonvisitará a província de Almería. 14 anos.Caixa Belas Artes, Frei Caneca – Espaço Itaú .

EMCARTAZ

Carlota Joaquina – Princesa doBrazilBrasil/1995, 100min.Drama. Dir. Carla Camura-ti. ComMarieta Severo, Antonio Abujamra.Ofilme aborda a vida de Carlota Joaquina,espanhola que se casou com o príncipede Portugal. Insatisfeita com omarido,tinha entusiasmo pelos amantes e pelopoder. 14 anos.Central Plaza, Cidade São Paulo, Eldorado, Igua-temi, Market Place, Metrô Santa Cruz, MoocaPlaza, Pátio Higienópolis, Pátio Paulista.

Carrossel – O FilmeHHBrasil/2015, 82min. Infantil. Dir. AlexandreBoury e Maurício Eça. Com Paulo Miklos, OscarFilho.De férias, os alunos da Escola Mun-dial viajam para o acampamento Panapa-ná, ameaçado pelos interesses de umaincorporadora. Livre.Marabá, West Plaza.

OClubeEl Club, Chile/2015, 98min.Drama. Dir. Pablo

Larraín. ComRoberto Farías, Antonia Zegers.Numa cidade chuvosa da costa chilena,quatro padres vivem isolados em umacasa de penitência, supervisionados poruma freira. 16 anos.Espaço Itaú Augusta, Frei Caneca – Espaço ItaúAugusta, Reserva Cultural.

ADamaDouradaHHWoman in Gold, EUA-Reino Unido/2015, 109min.Drama. Dir. Simon Curtis. Com HellenMirren, Ryan Reynolds.Refugiada judia dispu-ta em tribunais internacionais a posse deuma pintura de Gustav Klimt, confiscadade sua família pelos nazistas durante aSegunda Guerra. 10 anos.Reserva Cultural.

DivertidaMenteHHHHInside Out, EUA/2015, 94min.Animação.Dir.Pete Docter. Ronaldo Del Carmen.Riley, de 11anos, acaba de se mudar para São Fran-cisco, na Califórnia. Livre.DUBLADO: Bourbon – Espaço Itaú Pompeia,Market Place (3D), Metrô Santa Cruz.

EveresteEverest, Reino Unido-EUA-Islândia/2015, 122min.Aventura. Dir. Baltasar Kormákur. Com JasonClarke, Jake Gyllenhaal. Em 1996, grupo dealpinistas tenta escalar o monte Everest,mas a expedição é ameaçada pela chega-da de uma nevasca, arriscando as expedi-ções. 12 anos.DUBLADO: Boulevard Tatuapé, Central Plaza,Interlagos, Interlar Aricanduva, Raposo Shop-ping, Shopping D. LEGENDADO: Bourbon ItaúPompeia, Bristol, Cidade Jardim (3D), Eldorado(3D), Iguatemi, JK Iguatemi, Kinoplex Itaim,Kinoplex Vila Olímpia, Market Place (3D), MoocaPlaza, Pátio Paulista (3D), Villa Lobos (3D).

AFesta de DespedidaMita Tova, Alemanha-Israel/2014, 95min.Comédia dramática. Dir. Tal Granit,ShayronMaymon. Com Ze’ev Revach, Ilan Dar.Um grupo de idosos decide construir umamáquina de eutanásia para ajudar umamigo em estado terminal. 14 anos. Reser-va Cultural.

Hipóteses para o Amor e a VerdadeHHBrasil/2014, 85min.Drama. Dir. Rodolfo GarcíaVázquez. Com Luiza Gottschalk, Nany People,Tiago Leal.Adaptação de uma peça dogrupo Os Satyros, retrata São Paulo pormeio de diferentes personagens solitá-rios. 18 anos.Caixa Belas Artes.

HomemComumHHHBrasil/2014, 103min.Documentário. Dir. Car-los Nader.O filme acompanha a vida deum caminhoneiro paranaense e sua famí-lia. 10 anos.Espaço Itaú Augusta.

Homem IrracionalIrrational Man, EUA/2015, 96min.Drama. Dir.Woody Allen. Com Emma Stone, Joaquin Phoe-nix. Em crise, professor de filosofia muda-se para o interior dos EUA. Lá, ele arquite-ta um plano perigoso para se livrar deseus dilemas existenciais. 14 anos.Caixa Belas Artes, Espaço Itaú Augusta, ReservaCultural.

Hotel Transilvânia 2Hotel Transylvania 2, EUA/2015, 106min.Ani-mação. Dir. Genndy Tartakovsky.Na conti-nuação da franquia, Drácula está preocu-pado com seu neto meio vampiro. Livre.DUBLADO: Anália Franco, Anália Franco (3D),Boavista, Boavista (3D), Boulevard Tatuapé,Bourbon – Espaço Itaú Pompeia, Bristol, CenterNorte, Center Norte (3D), Central Plaza, CentralPlaza (3D), Cidade Jardim (3D), Cidade São Pau-lo, Eldorado, Eldorado (3D), Frei Caneca – EspaçoItaú Augusta,Iguatemi, Iguatemi Alphaville,Interlagos, Interlagos (3D), Interlar Aricanduva,

Interlar Aricanduva (3D), Itaim Paulista, JardimSul, JK Iguatemi, JK Iguatemi (3D), KinoplexItaim, Kinoplex Vila Olímpia, Lapa, Lapa (3D), LarCenter (3D), Mais Shopping Largo 13, Mais Shop-ping Largo 13 (3D), Marabá, Market Place (3D),Metrô Itaquera, Metrô Itaquera (3D), Metrô SantaCruz, Metrô Santa Cruz (3D), Metrô Tatuapé,Metrô Tucuruvi, Mooca Plaza, Pátio Higienópolis,Pátio Paulista, Penha, Penha (3D), Plaza Sul,Raposo Shopping, Raposo Shopping (3D), Santa-na Parque, Santana Parque (3D), Shopping D, SPMarket, SP Market (3D), Tietê Plaza (3D), VillaLobos, Villa Lobos (3D), West Plaza.

Jia Zhang-ke, UmHomemdeFenyangHHHBrasil/2015, 98min.Documentário. Dir. WalterSalles.No filme, Walter Salles e sua equi-pe visitaram a China para desvendar ahistória e as inspirações da carreira dodiretor chinês. 12 anos.Espaço Itaú Augusta.

LoveHHLove, França/2015, 134min.Drama. Dir. GasparNoé. Com Karl Glusman, Klara Kristin. O filmegerou polêmica no exterior por ter cenasde sexo explícito. Frustrado com seu casa-mento, Murphy vive dilema ao receberuma ligação da ex-namorada. 18 anos.Espaço Itaú Augusta, Reserva Cultural (3D).

MazeRunner: Prova de FogoHMaze Runner – Scorch Trials, EUA/2015, 113 min.FicçãoCientífica. Dir. Wes Ball. Com DylanO'Brien, Aidan Gillen. Thomas e os garotosescapam do labirinto, mas encontramuma Terra queimada pelo Sol e habitadapor perigosas criaturas. 12 anos.DUBLADO: Anália Franco, Boavista, BoulevardTatuapé (3D), Center Norte, Central Plaza,Interla-gos, Interlar Aricanduva, Itaim Paulista, JardimSul, Mais Shopping Largo 13, Metrô Itaquera,Metrô Tatuapé, Penha, Penha (3D), Raposo Shop-ping, Santana Parque, Shopping D, SP Market,Tietê Plaza. LEGENDADO: Bourbon – Espaço ItaúPompeia, Eldorado, Eldorado (3D), IguatemiAlphaville, JK Iguatemi, Kinoplex Vila Olímpia,Market Place, Metrô Santa Cruz, Metrô Tucuruvi,Shopping D (3D).

Nosferatu –O Vampiro da NoiteHHHHNosferatu: Phantom der Nacht, Alemanha-Fran-ça/1979, 107min.Horror. Dir. Werner Herzog.ComKlaus Kinski, Isabelle Adjani, Bruno Ganz.Agente imobiliário tenta vender umapropriedade e, com isso, leva Conde Drá-cula a sua cidade natal. 14 anos.Espaço Itaú Augusta.

NumaEscola deHavanaConducta, Cuba/2014, 108min.Drama. Dir.Ernesto Daranas. Com Silvia Aguila, Alina Rodrí-guez, Armando Valdés Freire.Chala, ummeni-no problemático, é afastado para uminternato após a única professora que orespeita ficar doente. 12 anos.Caixa Belas Artes.

ObraBrasil/2014, 80min.Drama. Dir. Gregorio Gra-ziosi. Com Irandhir Santos, Lola Peploe, JulioAndrade.Um arquiteto, prestes a ter oprimeiro filho, tem a consciência pertur-bada pela descoberta de um cemitérioclandestino no terreno onde pretenderealizar uma obra. 10 anos.Espaço Itaú Augusta.

OrestesBrasil/2015, 93min.Documentário. Dir. Rodri-go Siqueira.A partir da ditadura militar eda violência policial, o filme faz umaadaptação da tragédia grega de Ésquilo àrealidade brasileira. 12 anos.Espaço Itaú Augusta, Frei Caneca – Espaço Itaú .

PequenoDicionário Amoroso 2HHHBrasil/2014, 90 min.Comédia. Dir. SandraWerneck, Mauro Farias. Com Andréa Beltrão,Daniel Dantas, Glória Pires. Passados 16 anos

desde o primeiro filme, Luiza e Gabrielestão separados. 14 anos.Plaza Sul, West Plaza.

APele de VênusHHHHLa Vénys à la Fourrure, França/2013, 97min.Drama. Dir. Roman Polanski. Com Emmanuel-le Seigner, Mathieu Amalric. A atriz Vandatenta convencer o diretor Thomas a esco-lhê-la para o papel de protagonista numapeça inspirada na obra de Sacher Maso-ch. 14 anos. Caixa Belas Artes, Espaço ItaúAugusta, Iguatemi Alphaville, Reserva Cultural.

OPequeno PríncipeHHHLe Petit Prince, França/2014, 108min.Anima-ção.Dir. Mark Osborne.Baseado na obra deAntoine de Saint-Exupéry, o filmemostraumamenina com uma rígida rotina con-trolada pela mãe. Livre.DUBLADO: Anália Franco, Central Plaza, MetrôTatuapé, SP Market.

Perdido emMarteHHTheMartian, EUA/201, 141 min. Ficção Científi-ca. Dir. Ridley Scott. ComMatt Damon, JessicaChastain.O astronauta Mark é consideradomorto em umamissão para Marte. Isola-do e com poucos suprimentos, ele tentasinalizar que permanece vivo. 12 anos.DUBLADO: Anália Franco, Anália Franco (3D),Boavista, Boavista (3D), Boulevard Tatuapé (3D),Center Norte (3D), Central Plaza (3D), Interlagos,Interlar Aricanduva (3D), Jardim Sul, Mais Shop-ping Largo 13, Mais Shopping Largo 13 (3D), Mara-bá, Metrô Itaquera, Metrô Tatuapé, Metrô Tucu-ruvi (3D), Penha, Penha (3D), Plaza Sul, RaposoShopping, Santana Parque, Shopping D (3D), SPMarket (3D), Tietê Plaza (3D). LEGENDADO: Aná-lia Franco (3D), Bourbon – Espaço Itaú Pompeia(3D), Bristol, Central Plaza, Cidade Jardim (3D),Cidade São Paulo (3D), Cinearte, Eldorado (3D),Frei Caneca – Espaço Itaú Augusta, Iguatemi(3D), Iguatemi Alphaville, Jardim Sul, JK Iguate-mi (3D), Kinoplex Itaim, Kinoplex Vila Olímpia,Lar Center (3D), Market Place (3D), Metrô SantaCruz (3D), Metrô Tucuruvi (3D), Mooca Plaza (3D),Pátio Higienópolis (3D), Pátio Paulista (3D), PlazaSul, Santana Parque, Splendor Paulista, VillaLobos (3D).

PhoenixHHHHAlemanha-Polônia/2014, 98min.Drama. Dir.Christian Petzold. Com Nina Hoss, Ronald Zeh-rfeld.Uma sobrevivente, desfigurada du-rante a passagem por campos de concen-tração na 2ª Guerra, procura pelo maridoque a entregou aos nazistas. 10 anos.Caixa Belas Artes.

APossessão doMalThe Possession of Michael King, EUA/2014, 83min.Terror. Dir. David Jung. Com Shane John-son, Ella Anderson.Michael King, um cético,tenta provar que o sobrenatural não exis-te filmando um documentário em que éalvo de vários feitiços, maldições e ri-tuais. 16 anos.DUBLADO: Anália Franco, Interlagos, InterlarAricanduva, Mais Shopping Largo 13, Marabá,Metrô Tatuapé, Penha, Plaza Sul, Raposo Shop-ping, Shopping D, SP Market. LEGENDADO:Bourbon Itaú Pompeia, Bristol, Eldorado.

OPreço da FamaLa Rançon de la Gloire, França-Bélgica/2014, 110min.Drama. Dir. Xavier Beauvois. Com BenoîtPoelvoorde, Roschdy Zem. Logo após o anún-cio damorte de Charlie Chaplin, doisamigos decidem roubar o corpo do come-diante, exigindo um resgate um resgatede sua viúva, Oona. 12 anos.Caixa Belas Artes.

QueHoras Ela Volta?HHHHBrasil/2015, 112 min.Drama. Dir. Anna Muylaert.ComRegina Casé, Karine Teles.Após passaranos como babá de uma família paulista-na, Val tem uma nova chance de se rea-proximar de sua filha, que foi criada nointerior de Pernambuco. 12 anos.

Bourbon – Espaço Itaú Pompeia, Caixa BelasArtes, Cidade Jardim, Cinesala, Espaço ItaúAugusta, Frei Caneca – Espaço Itaú Augusta,Iguatemi, Jardim Sul, Kinoplex Itaim, KinoplexVila Olímpia, Metrô Santa Cruz, Reserva Cultu-ral, Shopping D, Villa Lobos.

QueMal Eu Fiz aDeus?Qu'est-ce qu'on a Fait au Bon Dieu?, Fran-ça/2014, 97min.Comédia. Dir. Philippe deChauveron. ComChristian Clavier, ChantalLauby. Casal conservador tem quatro fi-lhas, mas três delas lhe causaram desgos-to ao se casarem com homens de outrospaíses e religiões. 14 anos.Caixa Belas Artes.

Rio CiganoBrasil/2013, 81 min.Drama. Dir. Julia Zakia.ComGeorgette Fadel, Leuda Bandeira, MarianaSenne.Uma cigana começa uma jornadaem busca de sua prima, que foi levadapor uma cruel condessa quando era crian-ça. 14 anos.Caixa Belas Artes.

SambaFrança/2014, 118 min.Drama. Dir. Eric Toledanoe Olivier Nakache. ComOmar Sy, CharlotteGainsbourg. Samba é um imigrante senega-lês que vive de bicos. 12 anos.Caixa Belas Artes.

OSambaHHHBrasil/2014, 82min.Documentário. Dir. Geor-ges Gachot.Para falar sobre o samba, odiretor convida Martinho da Vila a apre-sentar a história da sua escola de cora-ção, a Unidos de Vila Isabel. Livre.Reserva Cultural.

UmSenhor EstagiárioHHHThe Intern, EUA/2015, 121 min.Comédia. Dir.Nancy Meyers. ComRobert De Niro, Anne Ha-thaway.Aos 70 anos, homem está entedia-do com a vida de aposentado. Para sairdomarasmo, decide se tornar um estagiá-rio em um site demoda. Livre.DUBLADO: Anália Franco, Metrô Tatuapé. LE-GENDADO: Bourbon Itaú Pompeia, Bristol, Cida-de Jardim , Cidade São Paulo, Eldorado, FreiCaneca Itaú, Iguatemi, Iguatemi Alphaville,Jardim Sul, JK Iguatemi, Kinoplex Itaim, Kino-plex Vila Olímpia, Market Place, Metrô SantaCruz, Pátio Hig., Pátio Paulista, Villa Lobos.

Vai QueCola – O FilmeHBrasil/2015, 93min. Comédia. Dir. César Rodri-gues. Com Paulo Gustavo, Cacau Protásio. Fali-do, Valdomiro troca sua cobertura noLeblon por uma pensão no Méier, subúr-bio carioca. 12 anos.Anália Franco, Boavista, Boulevard Tatuapé,Bourbon – Espaço Itaú Pompeia, Bristol, CenterNorte, Central Plaza, Cidade Jardim , CidadeSão Paulo, Eldorado, Frei Caneca – Espaço ItaúAugusta, Iguatemi, Iguatemi Alphaville, Interla-gos, Interlar Aricanduva, Jardim Sul, JK Iguate-mi, Kinoplex Vila Olímpia, Lapa, Lar Center, MaisShopping Largo 13, Marabá, Market Place, MetrôItaquera, Metrô Santa Cruz, Metrô Tatuapé,Metrô Tucuruvi, Mooca Plaza, Pátio Higienópolis,Pátio Paulista, Penha, Plaza Sul, Raposo Shop-ping, Santana Parque, Shopping D, SP Market,Tietê Plaza, Villa Lobos, West Plaza, .

OVinho PerfeitoHHVinodentro, Itália/2014, 100min. Suspense. Dir.Ferdinando Vicentini Orgnani. Com VincenzoAmato, GiovannaMezzogiorno. Respeitadoespecialista em vinhos é acusado de ma-tar sua própria mulher. 14 anos.Espaço Itaú Augusta.

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Guia. Cinema

AUGUSTA,PAULISTAEJARDINSHBristol - PlayarteAv. Paulista, 2064, 3289-0509. R$ 24 /R$ 28, 4ª R$ 22; (3D R$ 28/ R$32).l 1 (444 lug.). A Travessia - 12a. - 13h40 / 16h10 / 18h40 / 21h10.l2 (144 lug.). Hotel Transilvânia 2 - dub. - L. - 12h50 / 14h45 / 16h40.Sicario: Terra de Ninguém - 14a. - 19h. A Possessão do Mal - 14a. -18h35 / 20h40.l 3 (144 lug.). Evereste - 12a. - 15h20 / 17h40. Linda deMorrer - 14a. - 15h45. Divã a 2 - 14a. - 13h45. Um Senhor Estagiário -10a. - 12h50 / 17h50 / 20h20. l 4 (177 lug.). Perdido emMarte - 12a. -12h40 / 15h30 / 21h10 / 18h20. Sorria, Você Está Sendo Filmado - 14a.- 13h30. Meu Passadome Condena 2 - 12a. - 15h30.l 5 (133 lug.). VaiqueCola - O Filme - 12a. - 12h55 / 15h / 17h05 / 19h10 / 21h15.l 6 (242lug.). Peter Pan - dub. - L. - 13h15 / 18h05. Legendado 15h40 / 20h30.l 7 (115 lug.). Horas de Desespero - 12a. - 14h25 / 21h05 / 12h40. Qual-quer Gato Vira-Lata 2- 12a. - 16h45 / 14h30. Respire - 16a. - 19h.HCine CaixaBelasArtesR. Consolação, 2423, Consolação. 2894-5781. R$ 22, 2ª R$12.l 1 (295lug.). Rio Cigano - 14a. - 14h10. Que Horas Ela Volta? - 14a. - 16h /18h20 / 20h40.l 2 (274 lug.). Viver é Fácil Com os Olhos Fechados -14a. - 14h20 / 16h30 / 18h40 / 20h50.l 3 (151 lug.). Phoenix 14h. APeledeVênus - 14a. - 16h / 18h20.Respire - 16a. - 20h40.l4 (144 lug.). AquiDesteLugar - L. - 14h10. Dois Casamentos - 14a. - 20h40.l5 (96 lug.).Samba - 12a. - 16h10. Sobre Amigos, Amor e Vinho - 14a. - 21h10. QueMal Eu Fiz a Deus? - 14a. - 14h / 18h30.l 6 (88 lug.). Numa Escola deHavana - 12a. - 13h50 / 16h / 18h20. O Preço da Fama - L - 20h40.HCinearteAv. Paulista, 2073, Bela Vista. 3285-3696. 2ª a 4ª R$10/R$20; 5ª adom. R$ 13,5/R$ 27. Poltronas numeradas.l 1 (300 lug.). Perdido emMarte - 12a. - 15h / 18h / 21h. l 2 (100 lug.). Respire - 16a. - 14h30 /16h20 / 18h10 / 20h / 21h50.HCinesescAugusta, 2075, JardimPaulista. 3087-0500. R$ 10/R$ 20, 4ª R$ 12.l1 (326 lug.). Bwakaw- 14a. - 19h /21h30.MostraEspecialDiadasCrian-ças. 12/10 - Filmes e horários variados.HEspaço Itaú - AugustaR. Augusta, 1475, Cerq. Cesar. 3288-6780/ 45. R$ 22/R$ 27, 3ª R$ 18,4ª R$ 20. l 1 (185 lug.). Os Arabes Também Dançam - 12a. - 14h30 /16h50 / 19h30 / 21h50. l 2 (208 lug.). Que Horas Ela Volta? - 14a. -14h20 / 16h40 / 19h10 / 21h30.l 3 (170 lug.). O Clube - 16a. - 14h / 22h.Jia Zhangke, um Homem de Fenyang 16h / 20h. O Vinho Perfeito18h.l 4 (85 lug.). Homem Irracional - 14a. - 14h / 18h / 22h. A Pele deVênus - 14a. - 16h / 20h.l 5 (31 lug.). Nosferatu - OVampiro daNoite -14a. - 14h. Obra - 12a. - 16h. Homem Comum - 10a. - 17h50. Orestes -12a. - 19h40. Love 21h30.HReservaCulturalAv.Paulista, 900,3287-3529. R$28, (2ªa5ªaté 17hR$23,4ªR$ 20).l 1(190 lug.). QueHorasEla Volta? - 14a. - 13h10 / 15h20. Adeus àLingua-gem- 3D - 16a - 17h30. Love - 3D 18h55 / 21h25.l 2 (161 lug.). ADamaDourada - 10a. - 13h20. Os Arabes Também Dançam - 12a. - 15h25 /17h25 / 19h30 / 21h35. l 3 (120 lug.). A Festa de Despedida - 14a. -13h50. Respire - 16a. - 15h40 / 19h40. Que Horas Ela Volta? - 14a. -17h30 /21h30.Homem Irracional - 14a. - 23h40.l4 (110 lug.). OClube- 16a. - 13h25 / 15h20 / 17h15 / 19h10. APele deVênus - 14a. - 21h10.CENTROHMarabáAv. Ipiranga, 757, República. 5053-6881. R$ 14/ R$ 18; 4ª R$ 12; (3D R$20/R$22).l 1 (430 lug.). ATravessia - dub. - 12a. - 18h10 / 20h45.PeterPan - dub. - L. - 15h45 / 13h20. l 2 (122 lug.). Hotel Transilvânia 2 -dub. - L. - 15h30.Perdido emMarte - 12a. - dub. 12h40 / 17h35 / 20h30.l 3 (133 lug.). Horas de Desespero - dub. - 12a. - 14h50 / 18h30. LindadeMorrer - 14a. - 16h25. Carrossel - O Filme - L. - 14h25. A PossessãodoMal - dub. - 14a. - 13h / 17h / 21h.l 4 (161 lug.). A Travessia - dub. -12a. - 12h45 / 15h20. Peter Pan - dub. - L. - 17h55 / 20h20. l 5 (176lug.). Vai queCola - O Filme - 12a. - 13h / 15h05 / 17h10 / 19h15 / 21h20.BAIRROSHCinesalaR. Fradique Coutinho, 361, Pinheiros. 5096-0585. R$ 20/ R$ 72. l 1(323 lug.). QueHoras Ela Volta? - 14a. - 14h20 / 18h10 / 21h50. Respire- 16a. - 16h20 / 20h10.HItaimPaulistaAv. Marechal Tito, 7579, Itaim Paulista. 2571-7649. R$ 5/ R$ 10. l 1(175 lug.). PeterPan - dub. - L. - 13h / 15h / 17h / 19h / 21h.l 2 (161 lug.).Hotel Transilvânia 2 - dub. - L. - 13h / 15h / 17h / 19h. Maze Runner:Prova de Fogo - dub. - 14a. - 21h.HKinoplex ItaimJoaquimFloriano, 466, 3131-2006. R$25 /R$ 30 (3DR$31 /R$34; VipR$47 /R$54)Poltronasnumeradas.l 1 (187 lug.). QueHorasElaVol-ta? - 14a. - 14h10 / 16h30 / 18h50 / 21h10.l 2 (161 lug.). Peter Pan - 3D -dub. - L. - 14h / 16h20 / 18h40.Legendado 21h20.l3 (184 lug.). Everes-te - 12a. - 13h40 / 16h10. Sicario: Terra de Ninguém - 14a. - 21h25. UmAmor a Cada Esquina - 14a. - 19h10.l 4 (158 lug.). A Travessia - 12a. -13h / 15h40 / 18h20 / 21h.l 5 (321 lug.). Um Senhor Estagiário - 10a. -13h30 / 16h10 / 19h / 21h30.l 6 (319 lug.). Hotel Transilvânia 2 - dub. -L. - 13h10. Perdido emMarte - 12a. - 15h10 / 18h / 20h50.

SHOPPINGSHAnália Franco - UCIAv.Regente Feijó, 1759, 2164-7790.R$ 15/R$21 (3DR$ 23/R$27; ImaxR$ 26/R$ 36).l Imax (382 lug.). A Travessia - 3D - dub. - 12a. - 13h30 /18h40. Legendado 16h05 / 21h15.l 2 (308 lug.). Hotel Transilvânia 2 -dub. - L. - 13h / 15h / 17h / 19h / 21h.l 3 (242 lug.). Hotel Transilvânia 2- 3D - dub. - L. - 13h40 / 15h35 / 17h35 / 19h35 / 21h35. l 4 (120 lug.).MazeRunner: Prova de Fogo - dub. - 14a. - 13h10 / 15h50. UmSenhorEstagiário - dub. - 10a. - 19h / 21h30.l 5 (132 lug.). O PequenoPríncipe- dub. - L. - 13h. APossessão doMal - dub. - 14a. - 15h15. BataAntes deEntrar - dub. - 16a. - 17h30 / 19h40. Legendado 21h50. l 6 (239 lug.).Vai queCola - OFilme - 12a. - 13h35 / 15h40 / 17h45 / 19h50 / 21h55.l7 (418 lug.). PeterPan -dub. - L. - 13h15 / 17h50. Em3D 15h30 /20h10 /22h30. l 8 (295 lug.). Perdido em Marte - 12a. - dub. 13h50 / 16h40.Em 3D 19h30. Legendado 22h20. l 9 (203 lug.). Vai que Cola - O Fil-me - 12a. - 13h05 / 15h10 / 17h15 / 19h20 / 21h25.HBoavistaR. BorbaGato, 59, Sto Amaro. 5547-6060. R$ 10 /R$ 18 (3D R$ 19 /R$22).l 1 (183 lug.). Hotel Transilvânia 2 - dub. - L. - 15h / 17h / 19h / 21h.l 2 (330 lug.). Hotel Transilvânia 2 - 3D - dub. - L. - 17h15. Perdido emMarte - 12a. - 3D - dub. 21h30. PeterPan - 3D - dub. - L. - 14h50 / 19h10.l 3 (118 lug.). Peter Pan - dub. - L. - 14h10 / 16h30 / 18h50 / 21h10.l 4(95 lug.). Vai que Cola - O Filme - 12a. - 15h20 / 17h20 / 19h20 / 21h20.l 5 (95 lug.). Perdido emMarte - 12a. - dub. 15h30 / 18h20.MazeRun-ner: Prova de Fogo - dub. - 14a. - 21h15.HBourbon-Espaço ItaúPompeia-ImaxRua Turiaçu, 2100, Perdizes. 367-33949. R$ 44,, 3ª R$ 30.l - (269lug.). A Travessia - 3D - 12a. - 14h / 16h30 / 19h / 21h30.HBourbon-Espaço ItaúPompeiaRuaTuriaçu, 2100,Perdizes. 367-33949.R$ 24/R$30,4ª R$20 (3DR$30/ R$ 33). l 1 (209 lug.). Hotel Transilvânia 2 - dub. - L. - 14h / 16h /18h / 20h / 22h. l 2 (198 lug.). Vai que Cola - O Filme - 12a. - 13h30 /15h30 / 17h30 / 19h30 / 21h30.l 3 (198 lug.). Peter Pan - 3D -dub. - L. -13h40 / 18h40. Legendado 16h10 / 21h10. l 4 (209 lug.). Perdido emMarte - 12a. - 3D 15h / 18h / 21h.l5 (198 lug.). PeterPan -dub. - L. - 14h/ 16h30 / 19h. Legendado 21h30.l 6 (198 lug.). UmSenhor Estagiário- 10a. - 13h50 / 16h20 / 18h50 / 21h20.l 7 (117 lug.). Divertida Mente -dub. - L. - 14h. HorasdeDesespero - 12a. - 16h / 18h / 20h / 22h.l 8 (117lug.). Bata Antes de Entrar - 16a. - 15h30 / 17h40 / 19h50 / 22h. APos-sessão doMal - 14a. - 13h30.l 9 (117 lug.). MazeRunner: Prova de Fo-go - 14a. - 13h30 / 18h50. Evereste - 12a. - 16h20 / 21h40.l 10 (58 lug.).QueHoras Ela Volta? - 14a. - 14h40 / 17h / 19h20 / 21h40.HButantã - PlayarteAv. Professor FranciscoMorato, 2718, Butantã. 5053-6938. R$ 12 /R$16, 4ª R$ 10.l 1 (220 lug.). Missão Impossível - Nação Secreta - dub. -12a. - 13h05 / 15h40 / 18h20 / 21h.l2 (211 lug.). Linda deMorrer - 14a. -17h05 / 19h / 20h50 / 13h30 / 15h20.l 3 (140 lug.). Meu PassadomeCondena 2 - 12a. - 14h / 18h25 / 16h15 / 20h30.HCenterNorte - CinemarkTrav. Casalbuono, 127, Vila Guilherme. 225-22355. R$ 20 /R$ 25 (3DR$ 26 /R$ 29).l 1 (354 lug.). Hotel Transilvânia 2 - dub. - L. - 12h20 /14h35 / 19h10. Em 3D 16h50 / 21h40.l 2 (302 lug.). Vai que Cola - OFilme - 12a. - 12h40 / 15h / 17h20 / 19h40 / 22h.l 3 (300 lug.). HotelTransilvânia 2 - dub. - L. - 13h20 / 15h35 / 18h / 20h20. Maze Runner:Prova de Fogo - dub. - 14a. - 22h30. l 4 (247 lug.). Vai que Cola - OFilme - 12a. - 14h / 16h20 / 18h40 / 21h10. l 5 (344 lug.). Perdido emMarte - 12a. - 3D - dub. 13h50 / 17h40 / 20h50.HCenterplex LapaR. Catão, 72, Lapa. 4005-9080. R$ 16 /R$ 19 (2ª e 4ª R$ 15; 3D R$ 18/R$ 25).l 1 (291 lug.). Hotel Transilvânia 2 - dub. - L. - 14h / 16h / 18h.Peter Pan - dub. - L. - 20h.l 2 (151 lug.). Vai queCola - O Filme - 12a. -14h20 / 16h30 / 18h40 / 21h.l 3 (151 lug.). Hotel Transilvânia 2 - 3D -dub. - L. - 13h / 17h10. Peter Pan - 3D - dub. - L. - 14h45 / 19h / 21h20.HCentral Plaza - CinemarkAv. Doutor Francisco Mesquita, 1000, Ipiranga. 2914-7858. R$ 17 /R$22 (3DR$ 23 /R$27; XD2DR$ 23 /R$ 275; XD3DR$26 /R$30).l 1 (342lug.). Peter Pan - 3D - dub. - L. - 14h50 / 17h40 / 20h20.l 3 (186 lug.).Vai que Cola - O Filme - 12a. - 13h50 / 16h20 / 18h40 / 21h. l 5 (176lug.). Vai que Cola - O Filme - 12a. - 15h / 17h20 / 19h40 / 22h.l 6 (142lug.). Evereste - dub. - 12a. - 16h30. Férias Frustradas - dub. - 14a. -11h40 / 14h. Bata Antes de Entrar - dub. - 16a. - 19h15 / 21h50. l 10(432 lug.). PeterPan - 3D -dub. - L. - 14h05 / 16h50 / 19h35 / 22h10.HCidade de São Paulo - CinemarkAv. Paulista, 1230, Bela Vista. -. R$ 20/R$ 25(3D R$ 26/R$29).l 1 (100lug.). Vai que Cola - O Filme - 12a. - 12h40 / 15h10 / 17h40 / 20h /22h20.l2 (100 lug.). PeterPan - 3D - dub. - L. - 12h50 / 15h30 / 18h10 /20h50.l 3 (100 lug.). ToyStory - UmMundo deAventuras - 3D - dub.- L. - 12h. Perdido emMarte - 12a. - 3D 14h15 / 17h20 / 20h30.l 4 (100lug.). Peter Pan - 3D - dub. - L. - 13h50 / 16h40. Legendado 19h20 /22h. l 5 (100 lug.). Horas de Desespero - 12a. - 18h40 / 21h10. HotelTransilvânia 2 - dub. - L. - 11h40 / 14h / 16h20. l 6 (100 lug.). Um Se-nhorEstagiário - 10a. - 13h10 / 16h / 19h / 21h45.Amy - 14a. - 21h45.HCidade Jardim - Cinemark - Salas BradescoPrimeAv. Magalhães de Castro, 12000, Jardim Panorama. 3521-8000. R$47 /R$ 56 (3D R$ 56 /R$ 60).l 1 (127 lug.). Peter Pan - 3D - dub. - L. -13h50 / 16h40. Legendado 19h40 / 22h15. l 2 (97 lug.). Perdido emMarte - 12a. - 3D - 12h / 15h10 / 18h15 / 21h20.l 3 (82 lug.). A Travessia- 3D - 12a. - 13h20 / 16h10 / 19h / 21h50. l 4 (82 lug.). Evereste - 3D -12a. - 11h50 / 14h40 / 17h40 / 20h30.HCidade Jardim - Cinemarkl 5 (182 lug.). Vai que Cola - O Filme - 12a. - 14h / 16h20 / 18h40 / 21h.

Que Horas Ela Volta? - 14a. - 14h20 / 17h30 / 20h10. l 7 (274 lug.).Hotel Transilvânia 2 - 3D - dub. - L. - 12h40 / 14h50 / 17h / 19h20.HEldorado - CinemarkAv. Rebouças, 3970, Pinheiros. 2197-7470. R$ 21 /R$ 28 (3DR$ 28 /R$32; XD2DR$ 28 /R$ 32; XD3DR$31 /R$35).l 1 (332 lug.). A Travessia -3D - 12a. - 22h40. Peter Pan - 3D - dub. - L. - 12h30 / 15h / 17h30 /20h10. l 2 (239 lug.). Vai que Cola - O Filme - 12a. - 17h20 / 19h30 /22h.MazeRunner: Provade Fogo - 14a. - 14h30.l 3 (271 lug.). Everes-te - 3D - 12a. - 22h15.Hotel Transilvânia 2 - 3D - dub. - L. - 13h / 15h20 /17h40 / 20h. l 4 (269 lug.). Vai que Cola - O Filme - 12a. - 13h50 /16h20 / 18h30 / 20h50.l 5 (275 lug.). A Travessia - 3D - 12a. - 14h20 /17h05 / 19h50. Maze Runner: Prova de Fogo - 3D - 14a. - 22h30.l 6(271 lug.). APossessão doMal - 14a. - 14h. UmSenhor Estagiário - 10a.- 16h10 / 18h55 / 21h34. l 7 (191 lug.). Bata Antes de Entrar - 16a. -18h40/ 21h20.HotelTransilvânia 2 - dub. - L. - 12h / 14h10 / 16h24.l8(303 lug.). Perdido em Marte - 12a. - 3D 15h10 / 18h10 / 21h15. ToyStory - UmMundodeAventuras - 3D - dub. - L. - 12h50.l 9 (303 lug.).Peter Pan - 3D - L. - 13h45 / 16h40 / 19h10 / 21h50.HFrei Caneca - Espaço ItaúR. Frei Caneca, 569, Consolação. 347-22365. R$ 22/R$ 27, 4ª R$ 20(3D R$ 30 /R$ 33). l 1 (247 lug.). Perdido em Marte - 12a. - 15h10 /18h10 / 21h10.l 2 (200 lug.). Peter Pan - dub. - L. - 14h / 16h30. Legen-dado19h / 21h30.l3 (164 lug.). Vai queCola -OFilme - 12a. - 14h / 16h/ 18h/ 20h / 22h.l 4 (99 lug.). O Clube - 16a. - 21h40. Hotel Transilvâ-nia 2 - dub. - L. - 14h / 15h50 / 17h40. Bwakaw - 14a. - 19h30.l 5 (99lug.). Que Horas Ela Volta? - 14a. - 14h40 / 17h / 19h20 / 21h40. l 6(120 lug.). A Travessia - 12a. - 14h / 16h30 / 19h / 21h30. l 7 (99 lug.).Lulu, Nuae Crua - 18a. - 14h10 / 15h50 / 19h40 / 21h50. Orestes - 12a. -18h.l8 (99 lug.). UmSenhorEstagiário - 10a. - 14h10 / 16h40 / 19h10 /21h40. l 9 (120 lug.). Viver é Fácil Com os Olhos Fechados - 14a. -14h30 / 17h / 19h30 / 22h.HGranja Vianna Shopping - CinemarkRaposo Tavares, 23000, Lageadinho. 4613-6440. R$ 12/R$ 15 (3D R$19 /R$ 23).l 1 (236 lug.). Hotel Transilvânia 2 - 3D - dub. - L. - 13h15 /15h20 / 17h40 / 19h50. Maze Runner: Prova de Fogo - dub. - 14a. -22h10.l 2 (237 lug.). Hotel Transilvânia 2 - dub. - L. - 14h / 16h10. Pe-ter Pan - dub. - L. - 18h20 / 21h. l 3 (251 lug.). Peter Pan - 3D - L. -13h50 / 16h30 / 19h10. Legendado 21h40. l 4 (181 lug.). Toy Story -UmMundo de Aventuras - 3D - dub. - L. - 12h10. Perdido emMarte -12a. - 3D - dub. 14h20. Legendado 17h20 / 20h40. l 5 (187 lug.). Vaique Cola - O Filme - 12a. - 13h / 15h40 / 18h / 20h10 / 22h30.HIguatemi CinemarkAv. Brig. Faria Lima, 2232, Jardim Paulistano. 381-48713. R$ 25 /R$30 (3D R$ 31 /R$ 34).l 1 (275 lug.). Peter Pan - 3D - dub. - L. - 11h30 /14h15 / 16h50. Legendado 19h25 / 22h05.l 2 (135 lug.). Vai queCola -O Filme - 12a. - 14h / 19h05. Um Senhor Estagiário - 10a. - 16h20 /21h20. l 3 (136 lug.). Evereste - 12a. - 21h45. Hotel Transilvânia 2 -dub. - L. - 11h15 / 13h45 / 16h / 18h40.l 4 (147 lug.). Perdido emMarte- 12a. - 3D 13h30 / 17h25 / 20h35.l 5 (66 lug.). QueHoras Ela Volta? -14a. - 14h35 / 17h10 / 19h45 / 22h20. l 6 (80 lug.). A Travessia - 3D -12a. - 12h / 15h / 18h / 20h55.HInterlagos - CinemarkAv. Interlagos, 2255, V. Inglesa. 5565-2570.R$ 17/R$ 22 (3DR$ 22 /R$25).l 1 (211 lug.). Toy Story - UmMundodeAventuras - 3D - dub. - L. -11h50.Hotel Transilvânia 2 - dub. - L. - 14h20 / 16h30 / 19h.MazeRun-ner: Prova de Fogo - dub. - 14a. - 21h20.l 2 (314 lug.). Peter Pan - 3D -dub. - L. - 12h / 14h40 / 17h30 / 20h10.l3 (198 lug.). HorasdeDesespe-ro - dub. - 12a. - 15h50 / 18h10 / 20h40.Hotel Transilvânia 2 - 3D - dub.- L. - 13h40.l4 (198 lug.). VaiqueCola -OFilme - 12a. - 13h50 / 16h10 /18h30 / 21h10. l 5 (170 lug.). Perdido em Marte - 12a. - dub. - 17h10 /20h20. Terra deMaria - dub. - L. - 14h.l 6 (221 lug.). Peter Pan - dub. -L. - 13h / 15h40 / 18h20 / 21h.l 7 (223 lug.). HotelTransilvânia 2 - dub.- L. - 12h40 / 15h / 17h20 / 19h40. A Possessão do Mal - dub. - 14a. -22h.l8 (217 lug.). PeterPan - dub. - L. - 14h10 / 16h40 / 19h20 / 22h10.l 9 (140 lug.). Vai que Cola - O Filme - 12a. - 12h50 / 15h10 / 17h40 /20h / 22h20.l 10 (129 lug.). Evereste - dub. - 12a. - 14h. Bata Antes deEntrar - dub. - 16a. - 16h50 / 19h10 / 21h30.HInterlar Aricanduva - CinemarkAv. Aricanduva, 5555, 3444-2546. R$ 16 /R$ 23 (3D R$ 24 /R$ 28;XD2DR$24 /R$28;XD3DR$27 /R$31).l 1 (191 lug.). ATravessia - 3D -dub. - 12a. - 12h30 / 15h10 / 18h / 21h.l2 (192 lug.). Peter Pan - dub. - L.- 13h50 / 16h30 / 19h10 / 21h50.l3 (207 lug.). Toy Story - UmMundode Aventuras - 3D - dub. - L. - 12h. Perdido emMarte - 12a. - 3D - dub.14h20 / 17h50 / 21h20. l4 (148 lug.). Maze Runner: Prova de Fogo -dub. - 14a. - 12h20 / 15h20. Bata Antes de Entrar - dub. - 16a. - 18h20 /20h45.l5 (149 lug.). Vai queCola - OFilme - 12a. - 15h / 17h30 / 20h10/ 22h30.l 6 (222 lug.). Hotel Transilvânia 2 - dub. - L. - 14h40 / 17h /19h20. Bata Antes de Entrar - dub. - 16a. - 22h.l7 (132 lug.). Horas deDesespero - dub. - 12a. - 19h30 / 22h10. MazeRunner: Prova de Fogo -dub. - 14a. - 16h20.l 9 (196 lug.). Evereste - dub. - 12a. - 20h30. HotelTransilvânia 2 - dub. - L. - 13h30 / 15h50 / 18h10.l10 (384 lug.). PeterPan - dub. - L. - 13h / 15h40 / 18h20 / 21h10.l 11 (261 lug.). Vai queCola- O Filme - 12a. - 13h50 / 16h10 / 18h30 / 20h50. l12 (255 lug.). PeterPan - 3D - dub. - L. - 11h50 / 14h30 / 17h10 / 19h50 / 22h30.l13 (216lug.). Vai que Cola - O Filme - 12a. - 14h10 / 16h50 / 19h30 / 21h50.l14(261 lug.). Perdido emMarte - 12a. - 3D - dub. 22h20. Hotel Transilvâ-nia 2 - 3D - dub. - L. - 12h50 / 15h20 / 17h40 / 20h.HJardimSul - UCIAv. Giovanni Gronchi, 5819, Vl Andrade. 2164-7711. R$ 19 /R$ 24 (3DR$ 26 /R$ 29; 4ª R$ 18). l 2 (165 lug.). Um Senhor Estagiário - 10a. -13h30 / 16h / 18h30 / 21h.l 3 (191 lug.). Vai que Cola - O Filme - 12a. -13h05 / 15h10 / 17h15 / 19h25 / 21h25.l 4 (239 lug.). Hotel Transilvâ-

nia 2 - dub. - L. - 13h20 / 15h15 / 17h10 / 19h05 / 21h05.l 5 (228 lug.). ATravessia - 3D - dub. - 12a. - 13h50 / 18h50. Legendado 16h20 / 21h20.l 6 (228 lug.). Maze Runner: Prova de Fogo - dub. - 14a. - 13h15 /18h35. Bata Antes de Entrar - dub. - 16a. - 15h55 / 21h15.l 7 (177 lug.).Vai queCola - OFilme - 12a. - 13h35 / 15h40 / 17h45 / 19h50 / 21h55.l8 (165 lug.). QueHoras ElaVolta? - 14a. - 13h10 / 15h30 / 17h50 / 20h10/22h30.l9 (413 lug.). PeterPan -dub. - L. - 13h/ 15h20 / 17h40 / 20h/22h20. l 10 (191 lug.). Perdido em Marte - 12a. - dub. 13h40 / 19h20.Legendado 16h30 / 22h10.HJK Iguatemi - CinépolisAv. Presidente Juscelino Kubitschek, 2041, Vl Nova Conceição. 3152--6605. Vip R$ 45/ R$ 54 (4DX R$ 73, 4ª R$64; Vip 3D R$ 58, 4ª R$ 46;Imax 3D R$ 42, 4ª R$ 34). l Imax (382 lug.). A Travessia - 3D - 12a. -14h / 16h50 / 19h40 / 22h30.l 24DX (240 lug.). Peter Pan - 3D - dub. -L. - 13h. Legendado 15h50 / 18h40. Perdido em Marte - 12a. - 3D21h30.l 3 (88 lug.). PeterPan - 3D -dub. - L. - 14h / 16h30. Legendado19h / 21h40.l 4 (71 lug.). Horas de Desespero - 12a. - 17h30 / 20h. Ho-telTransilvânia2 - dub. - L. - 13h / 15h20.l5 (82 lug.). HotelTransilvâ-nia 2 - 3D - dub. - L. - 14h20 / 16h50. Perdido em Marte - 12a. - 3D19h20 / 22h20.l 6 (67 lug.). UmSenhorEstagiário - 10a. - 18h40. Eve-reste - 12a. - 16h10 / 21h20.MazeRunner: Prova deFogo - 14a. - 13h20.l 7 (88 lug.). Vai que Cola - O Filme - 12a. - 13h40 / 15h50 / 18h20 /20h40.l 8 (88 lug.). Peter Pan - dub. - L. - 17h. Legendado 22h. Vaique Cola - O Filme - 12a. - 14h40 / 19h40.HKinoplex VilaOlímpiaR.Olimpíadas, 360, Vl Olímpia. 3131-2006. R$ 25 /R$ 30 (3D R$31 /R$34;PlatinumR$47/R$ 54).l 1 (125 lug.). Vai queCola -O Filme - 12a.- 14h10 / 16h20 / 18h30 / 20h40.l2 (125 lug.). ATravessia - 12a. - 13h15/ 15h50 / 18h40 / 21h20.l 3 (144 lug.). PerdidoemMarte - 12a. - 16h10.Evereste - 12a. - 19h / 21h30.QueHorasEla Volta? - 14a. - 14h.l4 (176lug.).MazeRunner: ProvadeFogo - 14a. - 21h10.Hotel Transilvânia2 -dub. - L. - 13h10 / 15h10 / 17h10 / 19h10.l 5 (189 lug.). Peter Pan - 3D -dub. - L. - 13h / 15h30 / 17h50. l 6 (98 lug.). Um Senhor Estagiário -10a. - 13h30 / 16h / 18h50 / 21h25. l 7 (98 lug.). Perdido em Marte -12a. - 15h / 18h / 20h50.HLar Center - CinemarkAv. Otto Baumgart, 500, Vila Guilherme. -. R$ 20 /R$ 25 (3D R$ 26/R$ 29).l 1 (410 lug.). Peter Pan - 3D - dub. - L. - 11h / 13h40 / 16h20 /19h10. Legendado 21h50. l 2 (118 lug.). Perdido em Marte - 12a. - 3D14h30 / 18h / 21h20.l 3 (118 lug.). Vai que Cola - O Filme - 12a. - 20h /22h30. Hotel Transilvânia 2 - 3D - dub. - L. - 12h30 / 15h10 / 17h30.HMais Shopping Largo 13 CinépolisR.AmadorBueno, 219, StoAmaro. 554-62702.R$ 13 /R$ 20 (3DR$ 19/R$ 23).l 1 (131 lug.). Hotel Transilvânia 2 - dub. - L. - 14h30 / 17h. APossessão doMal - dub. - 14a. - 22h10. Maze Runner: Prova de Fogo -dub. - 14a. - 19h15.l 2 (131 lug.). Vai que Cola - O Filme - 12a. - 15h45 /18h / 20h15. l 3 (171 lug.). Vai que Cola - O Filme - 12a. - 16h15 / 21h.Peter Pan - dub. - L. - 13h45 / 18h30. l 4 (179 lug.). Peter Pan - 3D -dub. - L. - 15h / 17h30 / 20h / 22h20.l 5 (131 lug.). Bata Antes de En-trar - dub. - 16a. - 16h30 / 22h15. Perdido em Marte - 12a. - dub. 19h.Hotel Transilvânia 2 - dub. - L. - 14h10.l 6 (136 lug.). Hotel Transilvâ-nia 2 - dub. - L. - 14h50 / 17h20 / 19h30. Perdido emMarte - 12a. - 3D -dub. 21h45. l 7 (217 lug.). Peter Pan - 3D - dub. - L. - 13h30 / 16h /18h50 / 21h30. l 8 (136 lug.). Vai que Cola - O Filme - 12a. - 14h40 /17h10 / 19h45 / 22h.HMarket Place - CinemarkAv. Doutor Chucri Zaidan, 920, Vl Cordeiro. 3048-7405. R$ 21 /R$ 27(3D R$ 28 /R$ 32; XD2D R$ 28 /R$ 32; XD3D R$ 31 /R$ 35). l 1 (201lug.). Vai que Cola - O Filme - 12a. - 12h50 / 15h10 / 17h30 / 19h50 /22h10.l 2 (329 lug.). A Travessia - 3D - 12a. - 21h50. Peter Pan - 3D -dub. - L. - 13h50 / 16h30 / 19h10.l 3 (289 lug.). Toy Story - UmMundode Aventuras - 3D - dub. - L. - 12h10. Perdido em Marte - 12a. - 3D14h50 / 18h / 21h30.l 4 (166 lug.). Vai queCola - OFilme - 12a. - 13h30/ 15h50 / 18h20 / 20h50. l 5 (166 lug.). Peter Pan - 3D - dub. - L. -13h20/ 16h.Legendado 18h40 /21h10.l6 (242 lug.). UmSenhorEsta-giário - 10a. - 22h20. Hotel Transilvânia 2 - 3D - dub. - L. - 15h30 /17h50 / 20h10.l 7 (151 lug.). MazeRunner: Provade Fogo - 14a. - 14h /19h40.BataAntesdeEntrar - 16a. - 17h / 22h40.l8 (209 lug.). Everes-te - 3D - 12a. - 14h10.DivertidaMente - 3D-dub. - L. - 11h20.HotelTran-silvânia2 - 3D -dub. - L. - 17h15.A Travessia - 3D - 12a. - 19h30 / 22h30.HMetrôBoulevard Tatuapé - CinemarkR. Gonçalves Crespo, s/n, 2295-4006. R$ 16 /R$ 23 (3D R$ 24/ R$ 28).l 1 (254 lug.). Perdido em Marte - 12a. - 3D - dub. 14h30 / 17h40 /20h50. Toy Story - UmMundo de Aventuras - 3D - dub. - L. - 12h.l 2(234 lug.). Vai queCola - O Filme - 12a. - 15h / 17h30 / 19h50 / 22h15.l3 (376 lug.). PeterPan - 3D -dub. - L. - 13h50 / 16h30 / 19h10 / 21h50.l4 (221 lug.). Vai queCola - OFilme - 12a. - 18h40 / 21h.Hotel Transilvâ-nia2 - dub. - L. - 11h50/ 14h / 16h20.l5 (195 lug.). Evereste - dub. - 12a.- 14h10.MazeRunner: ProvadeFogo - 3D -dub. - 14a. - 17h / 20h10.HMetrô Itaquera - CineBoxAv. JoséPinheiroBorges, s/n, Vl Campanela. 2026-2622. R$ 14 /R$ 21(3D R$ 21 /R$ 26). l 1 (426 lug.). Peter Pan - 3D - dub. - L. - 13h10 /15h30 / 18h / 20h30.l 2 (396 lug.). Peter Pan - 3D - dub. - L. - 14h20 /17h / 19h30.ATravessia - 3D - dub. - 12a. - 22h.l3 (323 lug.). ATraves-sia - 3D - dub. - 12a. - 18h15 / 21h. Hotel Transilvânia 2 - 3D - dub. - L. -13h45 / 16h.l4 (261 lug.). Vai queCola -O Filme - 12a. - 14h30 / 16h45/ 19h15 / 21h30.l 5 (285 lug.). Vai que Cola - O Filme - 12a. - 14h / 19h.Peter Pan - dub. - L. - 16h15 / 21h15.l 6 (164 lug.). Perdido emMarte -12a. - dub. 18h45 / 21h45. Hotel Transilvânia 2 - dub. - L. - 14h10 /16h30. l 7 (211 lug.). Hotel Transilvânia 2 - dub. - L. - 13h20 / 18h30.Maze Runner: Prova de Fogo - dub. - 14a. - 15h40 / 20h45. l 8 (254lug.). Vai que Cola - O Filme - 12a. - 13h / 15h15 / 17h45 / 20h15.

HMetrô Santa Cruz - CinemarkR. Domingos de Morais, 2564, Vl Mariana. 3471-8070. R$ 19 /R$ 25(3DR$ 26 /R$ 29).l 1 (229 lug.). Vai que Cola - O Filme - 12a. - 13h50 /16h20 / 18h50 / 21h20.l 2 (224 lug.). Bata Antes de Entrar - 16a. - 16h/ 18h30 / 21h. Divertida Mente - dub. - L. - 11h. Hotel Transilvânia 2 -dub. - L. - 13h40.l 3 (288 lug.). Hotel Transilvânia 2 - 3D - dub. - L. -11h30.Perdido emMarte - 12a. - 3D 14h50 / 18h / 21h40.l 4 (227 lug.).Vai queCola - O Filme - 12a. - 12h50 / 15h20 / 17h40 / 20h10.l 5 (224lug.). Um Senhor Estagiário - 10a. - 16h50 / 19h40 / 22h30. Terra deMaria - dub. - L. - 14h.l 6 (228 lug.). Peter Pan - dub. - L. - 16h40. Le-gendado 19h20. Toy Story - UmMundo deAventuras - 3D - dub. - L. -11h20. Perdido em Marte - 12a. - 3D 22h20.l 7 (261 lug.). Peter Pan -3D - dub. - L. - 12h / 14h40 / 17h20. Legendado 20h.l 8 (250 lug.). Ho-tel Transilvânia 2 - 3D - dub. - L. - 14h30 / 17h / 19h10 / 21h30. l 10(376 lug.). Peter Pan - 3D - dub. - L. - 12h30 / 15h10 / 18h10 / 20h50.HMetrô Tatuapé - CinemarkAv. Radial Leste, 1, Tatuapé. 209-29237. R$ 16 /R$ 23 (3D R$ 24 /R$28).l 1 (283 lug.). HotelTransilvânia 2 - dub. - L. - 12h50 / 15h / 17h30 /19h40 / 21h50. l 2 (159 lug.). Vai que Cola - O Filme - 12a. - 12h30 /14h50 / 17h10 / 19h20 / 21h40.l3 (126 lug.). APossessão doMal - dub.- 14a. - 15h40 / 17h50 /20h /22h10.l4 (194 lug.). ToyStory -UmMun-do de Aventuras - 3D - dub. - L. - 13h10. Peter Pan - 3D - dub. - L. -15h20 / 18h / 20h50.l 5 (117 lug.). Bata Antes de Entrar - dub. - 16a. -16h30 / 18h50 / 21h10. OPequenoPríncipe - dub. - L. - 11h30 / 14h.l 6(113 lug.). MazeRunner: Provade Fogo - dub. - 14a. - 13h / 19h. PerdidoemMarte - 12a. - dub. - 16h / 22h.l 7 (199 lug.). Vai queCola - O Filme- 12a. - 13h50 / 16h10 / 18h20 / 20h40. l 8 (268 lug.). Peter Pan - 3D -dub. - L. - 11h40 / 14h20 / 17h / 19h50 / 22h25.HMetrô Tucuruvi - CinemarkAv. Doutor Antônio Maria Laet, 566, Tucuruvi. 4873-0893. R$ 16/R$21 (3D R$ 23/ R$ 26; XD2D R$ 23/R$ 26; XD3D R$26/ R$29). l 1 (196lug.). Vai que Cola - O Filme - 12a. - 14h50 / 17h10 / 19h40 / 22h. l 2(197 lug.). Perdido emMarte - 12a. - 3D - dub. 14h40 / 18h. Legendado21h10.l 3 (254 lug.). Peter Pan - 3D - dub. - L. - 13h40 / 16h20 / 18h50.Legendado 21h30.l 4 (186 lug.). Vai que Cola - O Filme - 12a. - 14h /16h30 / 18h40 / 21h.l 5 (203 lug.). MazeRunner: Prova de Fogo - 14a.- 22h15.HotelTransilvânia 2 - dub. - L. - 13h05 / 15h20 / 17h30 /20h.l6 (349 lug.). Peter Pan - 3D - dub. - L. - 12h30 / 15h10 / 17h50 / 20h30.HMooca PlazaShopping - CinemarkR. Capitao Pacheco e Chaves, 313, 3548-4680. R$17 /R$21 (3D R$23/R$25; XD2DR$23 /R$25; XD3DR$26 /R$28).l 1 (358 lug.). PeterPan- 3D - dub. - L. - 13h50 / 16h25 / 19h. Legendado21h30.l 2 (161 lug.). ATravessia - 3D - 12a. - 15h30 / 18h30 / 21h50. l 3 (264 lug.). PerdidoemMarte - 12a. - 3D 14h20 / 17h40 / 20h50. ToyStory -UmMundodeAventuras - 3D - dub. - L. - 12h. l 4 (176 lug.). Hotel Transilvânia 2 -dub. - L. - 12h30 / 14h30 / 16h45 / 18h45. Evereste - 12a. - 21h.l 5 (176lug.). Peter Pan - 3D - dub. - L. - 12h40 / 15h / 17h30 / 20h / 22h20.l 6(176 lug.). Vai queCola -OFilme - 12a. - 14h / 16h15 / 18h15 / 20h30.HPátio Higienópolis - CinemarkAv. Higienópolis, 646, Higienópolis. 3823-2875. R$ 22 /R$ 27 (3D R$30 /R$ 32).l 1 (108 lug.). A Travessia - 3D - 12a. - 13h15 / 16h05 / 19h /21h50.l 2 (115 lug.). ToyStory - UmMundodeAventuras - 3D - dub. -L. - 12h40. Perdido em Marte - 12a. - 3D 15h / 18h10 / 21h20. l 3 (112lug.).UmSenhor Estagiário - 10a. - 22h15.Hotel Transilvânia 2 - dub. -L. - 13h / 15h15 / 17h30 / 20h. l 4 (100 lug.). Vai que Cola - O Filme -12a. - 14h / 16h20 / 18h40 / 21h.l 5 (208 lug.). UmSenhor Estagiário -10a. - 14h40 / 17h50 / 20h40.l 6 (219 lug.). Peter Pan - 3D - dub. - L. -14h15 / 16h55 / 19h30. Legendado 22h25.HPátio Paulista - CinemarkR.TrezedeMaio, 1947, Arco501, Paraíso. 3262-4065. R$21 /R$ 26 (3DR$29 /R$32).l 1 (204 lug.). ToyStory - UmMundodeAventuras - 3D- dub. - L. - 11h10. Perdido em Marte - 12a. - 3D 13h / 16h10 / 19h10 /22h10.l 2 (184 lug.). A Travessia - 3D - 12a. - 11h30 / 14h20 / 17h10 /20h. l 3 (184 lug.). Evereste - 3D - 12a. - 12h50. Peter Pan - 3D - L. -15h40 / 20h50. Bata Antes de Entrar - 16a. - 18h20.l 4 (193 lug.). Pe-terPan - 3D -dub. - L. - 11h20 / 14h10 / 16h50 / 19h30 / 22h20.l 5 (189lug.). BataAntesdeEntrar - 16a. - 22h.HotelTransilvânia 2 - dub. - L. -12h40/ 15h / 17h20 / 19h40.l6 (174 lug.). UmSenhorEstagiário - 10a.- 13h10 / 16h / 18h50 / 21h40. l 7 (154 lug.). Vai que Cola - O Filme -12a. - 14h / 16h20 / 18h40 / 21h.HPenhaR. Doutor João Ribeiro, 304, Penha. 3512-1919. R$ 10 /R$ 18 (3D R$ 17/R$ 22). l 1 (120 lug.). Vai que Cola - O Filme - 12a. - 17h20 / 19h20 /21h20.l 2 (92 lug.). Perdido emMarte - 12a. - dub. 15h50 / 21h30. Ma-zeRunner: ProvadeFogo -dub. - 14a. - 18h45.l3 (166 lug.). APosses-são doMal - dub. - 14a. - 21h50. Peter Pan - dub. - L. - 15h50 / 17h10 /19h30.l 4 (172 lug.). Hotel Transilvânia 2 - dub. - L. - 15h / 17h / 19h /21h.l 5 (260 lug.). Hotel Transilvânia 2 - 3D - dub. - L. - 13h50 / 15h45/ 17h45 / 19h45.MazeRunner: ProvadeFogo - 3D - dub. - 14a. - 21h40.l 6 (332 lug.). Perdido em Marte - 12a. - 3D - dub. 18h50. Peter Pan -3D - dub. - L. - 14h10 / 16h30 / 21h45.HPlaza Sul - PlayartePça. Leonor Kaupa, 100, Bsq da Saúde. 5073-8642. R$ 18 /R$ 24; 4ªR$ 17 (3DR$ 24 /R$ 28).l 1 (140 lug.). Perdido emMarte - 12a. - 12h40/ 20h50. Pequeno Dicionário Amoroso 2 - 14a. - 12h50. Meu Passadome Condena 2 - 12a. - 14h40. Divã a 2 - 14a. - 16h45. A Possessão doMal - dub. - 14a. - 12h45 / 14h35 / 16h25 / 21h05.l 2 (263 lug.). PeterPan - dub. - L. - 13h20 / 15h40 / 18h05 / 20h30.l 3 (140 lug.). Vai queCola - O Filme - 12a. - 12h50 / 14h55 / 17h / 19h05 / 21h10. l 4 (140lug.). Hotel Transilvânia 2 - dub. - L. - 13h05 / 15h / 17h / 19h / 21h.l 5(140 lug.). Perdido em Marte - 12a. - dub. 15h30. A Travessia - dub. -12a. - 13h / 18h20 / 20h50. Sorria, Você Está Sendo Filmado - 14a. -

13h45. Qualquer Gato Vira-Lata 2- 12a. - 15h35. l 6 (234 lug.). PeterPan - dub. - L. - 12h15 / 14h30 / 16h50 / 19h10. Legendado 21h30.HRaposo ShoppingRodoviaRaposoTavares, 14500, 3731-6405. R$ 13 /R$ 19 (3DR$19 /R$24).l 1 (110 lug.). Evereste - dub. - 12a. - 14h. Maze Runner: Prova deFogo - dub. - 14a. - 19h / 21h50. A Possessão doMal - dub. - 14a. - 17h.l 2 (110 lug.). Vai que Cola - O Filme - 12a. - 13h10 / 15h30 / 18h /20h30.l 3 (110 lug.). Perdido em Marte - 12a. - dub. - 13h30 / 16h25 /19h20 / 22h20. Toy Story - UmMundo de Aventuras - 3D - dub. - L. -11h20.l 4 (279 lug.). Peter Pan - 3D - dub. - L. - 13h20 / 16h / 18h40 /21h20.l 5 (279 lug.). Hotel Transilvânia 2 - dub. - L. - 11h40 / 14h10 /16h40 / 18h50 / 21h.l 6 (279 lug.). Hotel Transilvânia 2 - 3D - dub. - L.- 13h / 15h10 / 17h30. Horas de Desespero - dub. - 12a. - 19h40 / 22h.l7 (279 lug.). Peter Pan - dub. - L. - 12h / 14h30 / 17h15 / 20h.HSantana ParqueShopping - UCIR.ConselheiroMoreira deBarros, 2780, 3131-2211. R$ 14/R$ 18 (3DR$22 /R$ 24; 4ª R$ 13.l 1 (327 lug.). Perdido emMarte - 12a. - dub. 13h10/ 16h / 19h. Legendado 19h.l 2 (167 lug.). Maze Runner: Prova de Fo-go - dub. - 14a. - 19h50 / 22h30. Bata Antes de Entrar - dub. - 16a. -13h20 / 15h30. Legendado 17h40.l 3 (140 lug.). Vai que Cola - O Fil-me - 12a. - 13h / 15h10 / 17h15 / 19h20/ 21h35.l4 (217 lug.).Hotel Tran-silvânia 2 - dub. - L. - 19h30 / 21h30. Em3D 13h35 / 15h35 / 17h30.l 5(217 lug.). Peter Pan - 3D - dub. - L. - 13h05 / 15h25 / 17h45 / 20h05 /22h25. l 6 (140 lug.). Vai que Cola - O Filme - 12a. - 13h25 / 15h40 /17h35 / 19h45 / 21h50. l 7 (167 lug.). A Travessia - 3D - dub. - 12a. -13h50 / 16h20 / 18h50 / 21h20.l 8 (327 lug.). Vai que Cola - O Filme -12a. - 18h10 / 20h15 / 22h20. Peter Pan - dub. - L. - 13h30 / 15h50.HShoppingD - CinemarkAv. Cruzeiro do Sul, 1100, Canindé. 3326-9171. R$ 18 /R$ 23 (3D R$ 25/R$ 31).l 1 (244 lug.). Hotel Transilvânia 2 - dub. - L. - 11h40 / 13h50 /16h20 / 18h40. Maze Runner: Prova de Fogo - 3D - 14a. - 20h50. l 2(265 lug.). Peter Pan - dub. - L. - 12h / 14h50 / 17h30 / 20h10.l 3 (277lug.). Bata Antes de Entrar - dub. - 16a. - 22h. Hotel Transilvânia 2 -dub. - L. - 12h40 / 15h / 17h20 / 19h40.l 4 (317 lug.). Peter Pan - 3D -dub. - L. - 13h / 15h50 / 18h30 / 21h10. l 5 (193 lug.). Toy Story - UmMundode Aventuras - 3D - dub. - L. - 12h20. Perdido emMarte - 12a. -3D - dub. 15h10 / 18h20 / 21h30.l 6 (185 lug.). A Travessia - 3D - dub. -12a. - 13h30 / 16h25 / 19h10 / 22h10.l 7 (201 lug.). Vai que Cola - O Fil-me - 12a. - 13h10 / 15h30 / 18h / 20h20. l 8 (128 lug.). Bata Antes deEntrar - dub. - 16a. - 14h30 / 19h20. Horas de Desespero - dub. - 12a. -17h / 21h50. l 9 (121 lug.). A Possessão do Mal - dub. - 14a. - 16h50.Maze Runner: Prova de Fogo - dub. - 14a. - 18h50 / 22h20. l 10 (136lug.). Vai que Cola - O Filme - 12a. - 14h10 / 16h30 / 19h / 21h20.HSPMarket - CinemarkAv. Nações Unidas, 22540, Jurubatuba. 5541-8688. R$ 18 /R$ 24 (3DR$25 /R$28; XD2DR$ 25/R$ 28; XD3DR$28 /R$31).l 1 (175 lug.). Vaique Cola - O Filme - 12a. - 15h20 / 17h40 / 20h / 22h20.l 2 (172 lug.).Vai que Cola - O Filme - 12a. - 14h30 / 17h / 19h20 / 21h40. l 3 (327lug.). Peter Pan - 3D - dub. - L. - 14h10 / 16h50 / 19h30 / 22h10.l4 (271lug.). Peter Pan - dub. - L. - 15h50 / 18h30 / 21h10.l 5 (143 lug.). MazeRunner: ProvadeFogo - dub. - 14a. - 14h / 17h10 / 20h05.l6 (141 lug.).Hotel Transilvânia 2 - dub. - L. - 13h30 / 15h40 / 18h. Bata Antes deEntrar - dub. - 16a. - 20h10 / 22h30.l 7 (244 lug.). Perdido emMarte -12a. - 3D - dub. 14h40 / 17h50 / 21h. l 8 (344 lug.). Peter Pan - 3D -dub. - L. - 14h50 / 17h30 / 20h20.l 9 (344 lug.). Hotel Transilvânia 2 -dub. - L. - 14h20 / 16h40 / 19h.APossessãodoMal - dub. - 14a. - 21h20.l 10 (178 lug.). A Travessia - 3D - dub. - 12a. - 15h / 18h10 / 20h55.l 11(265 lug.). Vai que Cola - O Filme - 12a. - 13h40 / 16h / 18h20 / 20h40.HSplendor Paulista PlayArteR. Treze deMaio, 1947, 5053-6934. R$35 /R$40 (3D R$40 /R$46).l 1(133 lug.). Peter Pan - dub. - L. - 13h20 / 18h20 / 20h50. Legendado15h50.l 2 (133 lug.). Divã a 2 - 14a. - 13h25. Loucas para Casar - 14a. -15h30. Perdido emMarte - 12a. - 12h30 / 15h25 / 18h20 / 21h15.HTietê Plaza ShoppingAv.RaimundoPereiradeMagalhães, 1465, Vila Pirituba. -. R$ 1 /R$23(3DR$ 24 /R$28; VIP R$41 /R$ 50; VIP 3D R$51/R$ 55; 4ª R$43).l 1(283 lug.). Hotel Transilvânia 2 - 3D - dub. - L. - 11h10 / 13h50 / 16h30 /19h / 21h20. l 2 (298 lug.). Peter Pan - 3D - dub. - L. - 13h / 15h50 /18h30 / 21h10.l 3 (127 lug.). Bata Antes de Entrar - dub. - 16a. - 14h30/ 17h / 19h50 / 22h20.l4 (127 lug.). PerdidoemMarte - 12a. - 3D -dub.13h40 / 16h50 / 20h.l5 (168 lug.). Vai queCola - O Filme - 12a. - 11h40/ 14h / 16h20 / 18h40 / 21h.l 6 (184 lug.). Vai queCola - OFilme - 12a. -12h40 / 15h / 17h20 / 19h40 / 22h.l 7 (166 lug.). Peter Pan - 3D - dub. -L. - 14h50 / 17h30 / 20h10.HVilla-Lobos - CinemarkAv. Nações Unidas, 4777, Alto de Pinheiros. 3024-3851. R$ 19 /R$ 25(3D R$ 25 /R$ 29). l 1 (288 lug.). Peter Pan - 3D - dub. - L. - 13h30 /16h10 / 18h50. Legendado21h30.l2 (120 lug.). UmSenhorEstagiário- 10a. - 16h30 / 19h30 / 22h30. Hotel Transilvânia 2 - dub. - L. - 11h30 /14h.l 3 (144 lug.). Que Horas Ela Volta? - 14a. - 13h10 / 19h10. Horasde Desespero - 12a. - 15h50 / 22h. l 4 (178 lug.). Perdido em Marte -12a. - 11h40 / 15h20 / 18h30 / 22h15. l 5 (171 lug.). A Travessia - 12a. -11h55 / 15h / 18h / 21h.l 6 (144 lug.). Hotel Transilvânia 2 - 3D - dub. -L. - 12h30 / 14h45 / 17h30 / 20h20.l 7 (137 lug.). Vai que Cola - O Fil-me - 12a. - 12h10 / 14h30 / 17h10 / 20h40.HWest PlazaAv. FranciscoMatarazzo, s/n, Água Branca. 5053-6935. R$ 18 /R$ 24;4ª R$ 16.l 1 (175 lug.). Hotel Transilvânia 2 - dub. - L. - 12h30 / 14h25.Peter Pan - dub. - L. - 13h30 / 15h55 / 18h20 / 20h45. l 2 (170 lug.).Hotel Transilvânia 2 - dub. - L. - 12h40 / 14h35. Pequeno DicionárioAmoroso 2 - 14a. - 14h50. Carrossel - O Filme - L. - 13h. Vai que Cola -O Filme - 12a. - 18h45 / 16h40 / 21h.

Esta programação é de responsabilidadeexclusiva dos exibidorese pode ser alterada à última hora.Confira pelo telefone antes de sair de casa+ = também emenos = não haverá sessão

Cine Salas e Horários

CLASSIFICAÇÃO DOS FILMESH ruim |HH regular |HHH bom |HHHH ótimo |HHHHH excelente

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O ESTADO DE S. PAULO SEGUNDA-FEIRA, 12 DE OUTUBRO DE 2015 Caderno 2 C7

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%HermesFileInfo:C-8:20151012:

C8 Caderno 2 SEGUNDA-FEIRA, 12 DE OUTUBRO DE 2015 O ESTADO DE S. PAULO

NoRio, o testamento deChantal e a Première BrasilO sábado do festival foimarcado por ‘Não É UmFilme Caseiro’ e pelasnovas obras de Ruy Guerrae Vinícius Coimbra

N os últimos dias, fomos bom-bardeados comestatísticas ereportagens alarmantes so-

bre pais angustiados por não podergastar o mesmo que gastaram noano faz de conta de 2014 no dia dacriança – em letrasminúsculas.Nãoacreditoemdiadacriançaemmaiús-culas.Nãohá celebraçãoda infância(ou da maternidade e paternidade)quecareçade compras. Todos sabe-mosque sãodatas paramovimentaro comércio e nada há de errado emaquecer a atividade econômica.Mas, no caso das crianças, que nãocompreendemacomercializaçãodoafeto, é triste ver pais se desculpan-do por não poder comprar algo co-mo se isto represente uma falha emdemonstrardedicaçãoaosfilhos.Fa-lar de dinheiro comos filhos parece

quase tão difícil quanto falar de sexo.Num distante longo feriado em que

visitava uma família querida na costaoeste americana,me surpreendi comanaturalidade de uma menina de oitoanos, quandoperguntei: “Qual é o pla-noparaamanhã?”.“Compras”, foiare-posta.Ameninanãomedissequepreci-sava de um casaco de inverno ou umlivropara a escola. Épossível quenadalhefaltassenomomento,masoprogra-ma seria comprar, verbo intransitivo.Minhasurpresaeraexplicadapelocho-quedeculturaegeração.CrescendonoRio de Janeiro, o verbo comprar comoumaatividade, tal comoir àpraiaouaoteatro,nãoerausadoporcrianças.Nãomeocorrenenhumacompraquetenhamarcadominha infância.Lembro especialmente de uma roti-

nadiária, quandopuxava amãodeuma

outra menina para atravessar a rua, nocaminhoentreminhacasaeaescolapú-blicaemManhattan,natentativadedis-trair suaatençãodeumamaldita loja.Aloja continua lá e praguejo em silênciocadavezquepassonaporta.Onomeda

loja, Infinity, reforçava a batalha semfim entre a mãe com orçamento maisdo que finito e a pressão das colegas naescola.ComodescreveuoNewYorkTi-mes, eraumalojapara“fashionistasqueaindabrincamdeBarbie”.Arre!Ameni-na de então agora émãe e enfrenta seuprimeiro dia da criança no Brasil comalgumaperplexidade, jáquenãoconhe-

ceu tal efeméridecomercial, crescendonosEstadosUnidos.Um jornalista americano que foi um

dos inventores da cobertura sobre fi-nançaspessoaislançou,esteano,olivroOOpostodeMimados:CriandoFilhosGe-nerosos, BemFundamentados e Inteligen-tes SobreDinheiro. RonLieber começoua ser emparedado pela própria filha detrêsanoscomperguntassobredinheiroqueo faziamengasgar.Ele sedeucontadeque umadasmaiores ofensas que sepode fazer a mães e pais é descreverseus filhos como mimados. O verbo épassivo.Mimados por quem?AfilhadeLiebermantémtrês jarros

de vidro em casa, comos rótulos: gas-tar, economizar, doar. Doar? A classemédia americana, com ou sem reces-são, doa mais proporcionalmente àsua renda para causas do que os ricosdo país.Lieber argumenta que as crianças

percebemoapertodecintosmuitoan-tes de pais tocaremno assunto. E o se-gredo só assusta mais porque as deci-

sões não dependem delas. Mesmose a família não está sendo atingidapelo desemprego ou por uma perdasignificativa de renda, Lieber reco-menda,desdecedo,distinguir entredesejo e necessidade. A criança pre-cisa de uma bota de chuva para ir àescola. Qual o preço médio de umabotadechuva?Bem,seelaquerumabotadegrife,queeconomizeamesa-daepagueadiferença.Eleconsideraa mesada uma aliada na educaçãosobre autocontrole e prioridades,mas condena opagamento às crian-ças para executar tarefas em casa.Nos anos da bolha consumista no

Brasil, comprar foi se tornando umverbo intransitivo. Como afirmouumdosfundadoresdoPT,CesarBen-jamin, num ótimo ensaio na revistaPiauí, “Compremais e voteemmim,foi tudo o que Lula disse, duranteanos, ao povo brasileiro”.Não chegaasurpreenderquepaisrecém-desem-pregadosvejamoimpedimentoparacomprar comoumfracasso pessoal.

l] [email protected]

SEGUNDA-FEIRALÚCIA GUIMARÃESVANESSA BARBARA

TERÇA-FEIRAHUMBERTO WERNECK

QUARTA-FEIRAROBERTO DAMATTA

QUINTA-FEIRALUIS FERNANDOVERISSIMO

SEXTA-FEIRAIGNÁCIO DE LOYOLABRANDÃOMILTON HATOUM

SÁBADOMARCELO RUBENSPAIVASÉRGIO AUGUSTO

DOMINGOVERISSIMOFÁBIO PORCHAT

Cinema Festivais

Luiz CarlosMerten / RIO

Nosábado,oFestivaldoRiorea-lizou a feijoada, que é, tradicio-nalmente, seumaior evento ‘so-cial’.HaviagentedemaisnoPavi-lhão do evento, que este ano foina antiga sede da UNE, UniãoNacionaldosEstudantes,noFla-mengo. Atores, diretores, técni-cos, imprensa. Estava todo omundo lá. O repórter nem tevetempo de digerir a feijoada e jáestavavendoNãoÉUmFilmeCa-seiro. Quando o festival anun-

ciou a seleção, ninguémpoderiaimaginarqueaexibiçãotermina-ria sendoumahomenagempós-tuma à diretora Chantal Aker-man, que sematou na segunda-feira, 5. Há um culto a Chantal.Seucinemaminimalistaeexperi-mental, alguma coisa entre Ro-bert Bresson e Jean-Luc Go-dard, fascina os arautos de umcinema autoral e radical. Chan-tal já pensava na própriamorte?O filme é sobre a artista e suamãe, uma judia que sobreviveuao Holocausto. Falam sobre ar-te, vida, gênero, identidade.Chantalsubvertetodososparâ-

metros de tempo.Na abertura, acâmera fica intermináveisminu-tos parada numa árvore agitadapelo vento. Filma paisagens ári-das. Na maior parte do tempo,conversa, dentro de casa, com a

mãe. A câmera coloca-se a umarazoável distância. Nunca próxi-ma.Essadistância–dacâmeradoobjeto filmado – dá a tônica docinemadeChantal. Lá pelas tan-

tas, some todo mundo. A mãe,ela.Acasaéfilmadasilenciosa,va-zia.Impossívelnãoveraíalgoco-mo um testamento. Na sequên-cia, no Lagoon, o festival esten-

deuo tapete vermelhopara duasdasobrasmaisaguardadasdaPre-mièreBrasil, amostracompetiti-va do cinema brasileiro. ViníciusCoimbra está longe de ser umaunanimidade.HáumcultoaoAu-gusto Matraga dos anos 1960, deRoberto Santos. Comparativa-mente, a versão de Coimbra, emcartaznoscinemas–quatroanosdepois de vencer o Festival doRio de 2011 –, tem sido descarta-dacomoestéticapublicitária.Co-modiriaMacunaíma–o filmedeJoaquimPedrodeAndradepassahojenoCanalBrasil, leianapági-naC6–, “ai, quecansaço”.Na apresentação de A Floresta

Que Se Move, sua adaptação deMacbeth, Vinícius Coimbra disseque fez Matraga por altruísmo,porque ama o conto de Guima-rães Rosa e o filme de Roberto

Santos, e queria chamar a aten-çãoparaambos. SeuMacbeth, eleo fez por egoísmo, para realizarumsonho,ocorpoacorpocomotextodobardo, que transpõepa-ra o meio financeiro, no Brasilatual.Aestéticadofilmeéclean–alguém dirá que é publicitária.Não é. O filme é poderoso.Shakespeareestálá,reformuladoe reinventado. Ana Paula Arósioéimperial,masquandoelanãoé?RuyGuerramostrououtraadap-tação,adeQuaseMemória,deCar-los Heitor Cony. Cinema de in-venção, muito bonito, muitobemdirigido. O fotógrafo, PabloBaião,éomesmodeFloresta.Ruytambémsedefiniucomoegoísta.Filmaporqueamaocinema,por-que não pode nem quer parar.Disseaopúblicoquenãosepreo-cupasse em ‘entender’. Que sen-tisse. Um pouco mais de levezateriatornadoofilmeperfeito.Im-perfeições à parte, foi uma belanoitedecinemanoLagoon.

DESTAQUES

Comprar,verbo intransitivo

LÚCIAGUIMARÃES

DIVULGAÇÃO

Mesmo com orçamento menor, principal eventocinematográfico de SP dribla crise e traz 312 filmes

Mostra daresistência

Equipe fiel.A diretora daMostra,Renata deAlmeida, emcoletiva deimprensa

l ‘Deephan’De Jacques Audiard, Palma deOuro em Cannes

l ‘Desde Allá’De Lorenzo Vigas, Leão de Ourono Festival de Veneza

l ‘Visita ouMemórias eConfissões’Filme secreto de Manoel de Oli-veira, só liberado após sua morte

l ‘Meu Único Amor’Filme mudo, de 1917, será exibi-do ao ar livre, no Ibirapuera

l ‘As Mil e Uma Noites’Trilogia de Miguel Gomes

lCinema NórdicoMais de 60 filmes da região

l ‘Meu Amigo Hindu’Novo longa de Hector Babenco

Falar de dinheiro com osfilhos parece quase tão difícilquanto falar de sexo

Imperial.Ana PaulaArósio em ‘AFloresta QueSe Move’

Ubiratan Brasil

“EssanãoseráaMostradacrise,pois será uma Mostra forte.”Bastaram poucas palavras paraRenata de Almeida, diretora daMostra Internacional de Cine-madeSãoPaulo, cuja39ª ediçãocomeça no dia 22 de outubro evai se estender até 4 de novem-bro, já ganhar os primeirosaplausos, no início da coletivade imprensa,namanhãdesába-do, 10. Palavras fortes para ummomento delicado, em que omercadoculturalseencolheporcausa do arrocho econômico.Desdeamortedeseumaridoe

idealizador do evento, LeonCakoff, em 2011, Renata tomoupara si as rédeas da organizaçãodoprincipalfestivaldecinemadeSãoPauloeumdosmaisdestaca-

dos da América Latina. Cercou-se de uma equipe fiel e trabalha-dora emanteve, ano a ano, a lutapela manutenção dos patrocí-nios. A crise econômica de 2015,porém,tornouocéumaisnebulo-so – cotas antes rapidamente ga-rantidasdemoraramparaconfir-mar;outrasatésumirameumfa-cho de luz surgiu com a recenteinclusãodaCPFL.Comisso,oor-çamentoficoureduzidoem40%,o que afetará na diminuição dosconvidadosinternacionais,naau-sênciade festas enamudançadasededaMostraparaoutroQG,ohotelMaksoudPlaza.“Mesmoassim,meorgulhode

confirmar 312 filmes de 63 paí-ses, que ocuparão 22 endereçosdacidade”,disseRenata.Eocar-dápio, de fato, continua de pri-meira: o publico terá à disposi-

ção longas premiados comoDheepan, de Jacques Audiard,queconquistouaPalmadeOuronoFestival deCannes, e o vene-zuelano Desde Allá, de LorenzoVigas, Leão de Ouro em Veneza(vejamais na lista de destaques).Além disso, aMostra contará

comdeferências, como recebera estreiamundial do novo filmede Hector Babenco,Meu AmigoHindu,quevaiabriroevento,nodia 22, e do longaUmDiaPerfei-to, de Fernando León de Ara-noa, que vai encerrar a marato-na, em 4 de novembro. Ambosdiretores estarão presentes.Não havia, de fato, como não

realizar aMostra. “Ela já se tor-nou parte integrante do calen-dárioculturaldeSãoPaulo”,ob-servou Marcos André Silva, daPetrobrás, empresa que há 14

anos patrocina o evento masque, pormotivos bem conheci-dos, passa porumdelicadomo-mento financeiro. Mesmo comatraso(assimcomofezaPrefei-tura de São Paulo), o compro-misso foi honrado e as contas,aos poucos, foram fechando.Mesmocomumorçamentore-

duzido, Renata faz questão demanter omantra do idealizadorda Mostra, Leon Cakoff, paraquem o público tinha de ser oprincipal beneficiado. Assim,além de sessões em salas tradi-cionais de cinema, a programa-çãoincluiumaitinerânciapor10cidadesdointeriorpaulista,gra-ças aumaparceria comoSesc, euma exibição simultânea de fil-mesdaprogramaçãoemCampi-nas,frutodoacertocomaCPFL.Exibições ao ar livre também

continuam com força total, co-mo a exibição de Meu ÚnicoAmor, filme mudo de 1927, queserá mostrado na área externadoAuditório Ibirapuera, acom-panhado daOrquestra Sinfôni-cadeHeliópolis.Tambémovãolivre do Masp, que já recebeuum emburrado Pedro Almodó-var em priscas eras, será palcopara a homenagema JoséMoji-ca Marins, o criador do Zé doCaixão, que vai receber o Prê-mio LeonCakoff.O cineastaMartin Scorsese é

o autor do desenho que inspi-rouo cartaz e a vinheta daMos-tra, que tambémohomenageia.“Mas não pensamos em exibirum ciclo de seus filmes, que es-tão facilmente à disposição dopúblico”, conta Renata. “Prefe-rimos homenagear a atitude de

Scorseseemrecuperarepreser-var filmesdomundointeiro, re-presentadapelaTheFilmFoun-dation, que ele criou há 25anos.”Comamissãodemantervivaahistóriadocinema,aenti-dadeserá lembradacomaexibi-ção de 25 filmes selecionadosentreosmaisde700jápreserva-dos graças à sua ação.E,por falaremrecuperação, a

Mostra faz ainda uma homena-gemaocineastaMarioMonicel-li, que completaria cem anosem2015, com a exibição de cin-codeseusfilmes.Aspermanen-tes começarão a ser vendidos apartir do dia 17, na Central daMostra, noConjuntoNacional.OdiscursodeRenatafoiouvi-

docomorgulhoporumespecta-dor especial: Jonas, um de seusfilhos comLeon. Foi a primeiraentrevista coletiva da mãe queele assistiu. E aprovou. Algumaintençãodeingressarnocoman-dodaMostra?“Nãosei,masvouestudarcinemaapartirdopróxi-mo ano”, disse, sorriso aberto.

FELIPE RAU/ESTADÃO