Odespertar65

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DESPERTAR Trimestral - número 65, janeiro 2012 - Direção: Jorge Pimenta - Escola-Sede: EB23 Viatodos - Barcelos aevd'Este - Jornal do Centro de Aprendizagem em Comunicação Social do Agrupamento de Escolas Vale d'Este pp.2-5 pp.10-11 pp.12-13 pp.20-21 Resultados escolares 2010/11 O peso ideal: estudo na EB23 Viatodos Reunião Comenius em Portugal IX Concurso das Artes Acordo ortográfico edição de acordo com a nova ortografia p.8 O http://issuu.com/odespertar http://www.facebook.com/jornal.Odespertar

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jornal escolar 65

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DESPERTARTrimestral - número 65, janeiro 2012 - Direção: Jorge Pimenta - Escola-Sede: EB23 Viatodos - Barcelos

aevd'Este - Jornal do Centro de Aprendizagem em Comunicação Social do Agrupamento de Escolas Vale d'Este

pp.2-5

pp.10-11

pp.12-13

pp.20-21

Resultados escolares 2010/11

O peso ideal: estudo na EB23 Viatodos

Reunião Comenius em Portugal

IX Concurso das Artes

Acordo ortográfico

edição de acordo com a nova ortografia

p.8

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> A ESCOLA E O MEIO02

Propriedade: Agrupamento de Escolas Vale d'Este - BarcelosSede: Escola Básica do 2.º e 3.º Ciclos de Viatodos - Rua das Fontainhas, nº 175 - 4775/263 Barcelos - Telf: 252960200; Fax: 252960209 - e-mail: [email protected] / [email protected]ção: Professor Jorge PimentaEquipa: Professor Pedro Ferreira (paginação), Professores Nuno Martins e Amália Teixeira (colaboração); alunos: Luís Carvalho e Raquel Moreira, 7.ºB; Ana Lúcia Oliveira, Franscisca Pinto, Marina Carvalho e Marisa Brito, 9.º A; Nuno Oliveira e

Tiago Oliveira, 9.ºE. Colaboração da Direção e dos Departamentos.Tiragem: 700 exemplares. Execução Gráfica: Oficinas S. José - Rua do Raio, Braga; Telefone: 253 609 100; e-mail: [email protected]: issuu: http://issuu.com/odespertar ; facebook: http://www.facebook.com/jornal.OdespertarTodas as fotografias são propriedade do jornal O Despertar.

EditorialCelebrado entre Portugal e os demais países de expressão lusófona em 1990, o Acordo Ortográfico (A.O.) só agora começa a tornar-se numa inevitabilidade na vida de todos quantos falam, e sobretudo escrevem, em português. Sabemos como as mudanças são difíceis de assimilar e de concretizar, ainda mais quando envolvem áreas nucleares na vida das sociedades, como é o caso da língua – por si só, fator de aproximação e convergência entre todos os elementos de qualquer estrutura social.

Muitos se questionaram (questionam) sobre a relevância deste Acordo Ortográfico; outros falam do sentido de oportunidade e do timing fixado para a sua implementação. Ainda assim, e independentemente das sensibilidades que percorrem a questão, a verdade é que o sistema educativo passará a implementar o A.O. a partir do presente ano letivo e o Governo da República fá-lo-á em todos os serviços, organismos e entidades que tutela (Diário da República incluído) a partir de 1 de janeiro de 2012.

Mesmo os mais desatentos terão notado, já, por certo, alguns sinais de mudança ortográfica no seu dia a dia, seja nas televisões, nos jornais e na comunicação social, em geral, seja em alguns setores de atividade mais progressistas que anteciparam as datas de aplicação do A.O.. Tal circunstância acaba por criar algum impacto junto de todos os portugueses que, assim, juntando a estranheza à novidade, começam, por fim, a tornar consciente a irreversibilidade do processo. Com custos, por certo, já que, por mais empenhados que estejamos em atualizar os mecanismos da ortografia, só o tempo e a prática continuada ajudarão a tornar automáticas e consolidadas as novas normas de bem escrever na língua de Camões.

Este é o ano zero para muitos de nós, significando tal que, despindo-nos de toda a resistência, nos dispomos a avançar para a aceitação da nova realidade. O Despertar, atento à situação, quis não apenas alinhar-se com os seus leitores, mas também dar um contributo para que a adoção da nova norma ortográfica não se torne demasiadamente difícil. Assim, a partir desta edição, o jornal escolar será inteiramente redigido de acordo com os princípios por que se rege a nova ordem ortográfica; complementarmente, apresentamos um guião da sua aplicação (págs. centrais).

Vergílio Ferreira escreveu, um dia, que “o erro é a verdade à espera de vez”; todavia, em tudo quanto diga respeito ao Acordo Ortográfico, a margem para retardar o nosso envolvimento pleno esgotou-se: é que o erro de ontem é já a verdade de hoje.

> A Direção d’O Despertar

O Agrupamento de Escolas Vale d’Este – Barcelos tem vindo a desenvolver a sua ação educativa dentro de lógicas de compromisso e de responsabilidade partilhada, com grande dedicação e empenho dos seus atores educativos, muito especialmente de todos os docentes, visando alcançar índices de maior eficácia, de produtividade, de modernidade e de desenvolvimento estrutural integrado e sustentado.

Efetivamente, o novo regime de autonomia, administração e gestão dos estabelecimentos públicos da educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário, preconizado no Decreto-Lei nº 75/2008, de 22 de abril, veio, entre outras medidas, fortalecer a autonomia e a capacidade de intervenção dos órgãos de direção das escolas para reforçar a eficácia da execução das medidas de política educativa e da prestação do serviço público de educação.

Nesta perspetiva, a Missão do Agrupamento de Escolas Vale d’Este – Barcelos, conforme preceituada no seu documento normativo, visa prestar à sua

comunidade um serviço educativo de qualidade, dentro de uma perspetiva de construção da confiança social, assente na participação, na solidariedade, na eficácia, no rigor, na exigência e na referência educativa. Concomitantemente, a sua Visão Estratégica, também preconizada no respetivo normativo, visa a construção de um Agrupamento de referência pela satisfação dos alunos e da comunidade, pela formação e sucesso dos alunos e pela qualidade do seu ambiente interno e harmonia com o meio envolvente.

É dentro destes referenciais que esta Unidade Organizacional tem vindo, ano após ano, a afirmar-se, cada vez mais, na construção das suas políticas educativas, dentro de uma cultura de gestão participativa e de harmonia entre todos os atores da comunidade educativa, conduzindo a resultados que a dignificam, conforme a seguir se apresentam, o que nos deixa extremamente satisfeitos, muito orgulhosos do trabalho desenvolvido e motivados para continuar a nossa “obra”.

RESULTADOS ALCANÇADOS – 2010/2011

1. Avaliação interna

Pré-Escolar n.º de alunos sucesso % Dif. aprendizagem %

3 anos 75 74 99 1 14 anos 126 125 99 1 15 anos 119 118 99 1 1Total 320 317 99 3 1

Excelentes resultados

I CICLO n.º de alunos aprovados % não aprovados %1.º ano 139 139 100 0 02.º ano 158 153 97 5 33.º ano 149 149 100 0 04.º ano 173 172 99 1 1Total 619 613 99 6 1

Excelentes resultados (99%) de sucesso. Foi atingido o indicador perspetivado de 98%.

II CICLO n.º de alunos Aprovados % não aprovados %5.º ano 145 138 95 7 56.º ano 129 123 95 6 5Total 274 261 95 13 5

Muito Bons resultados. Todavia, não foi atingido, por dois pontos percentuais, o indicador definido, demasiadamente ambicioso, de 97%.

III CICLO nº. de alunos aprovados % não aprovados %7.º ano 134 113 84 21 168.º ano 120 108 90 12 109.º ano 134 111 83 17(cf ) + 6(ce) 17Total 388 332 86 56 14

cf: classificação de frequência ce: classificação de exame

O DESPERTAR 65

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97,7%

80,3%

agrupamento

nacional

97,7%

87,6%

agrupamento

nacional

03> A ESCOLA E O MEIO

Os resultados podem considerar-se satisfatórios, não obstante as percentagens de retenção verificadas no 7.º e 9.º anos estarem, ainda, acima do previsto, fundamentalmente ao nível do 7.º ano. Importa ter em consideração que a taxa de 17% de insucesso no 9.º ano contempla já os alunos retidos nos exames nacionais. Todavia, ficou-se a 6 pontos percentuais do indicador perspetivado, também demasiadamente ambicioso, de 92%.

Escola n.º alunos aprovados % Não aprovados %2/3 Ciclos 662 593 90 69 10

Resultados extremamente satisfatórios.

Agrupamento nº alunos aprovados % Não aprovados %1/2/3 Ciclos 1281 1206 94 75 6

Bons resultados.

Evolução dos resultados obtidos ao longo do ano letivo Taxa de sucesso (2ºciclo)

1.º Período 2.º Período 3.º Período

Anos n.º de alunos

Ap. não satisfatório % n.º de

alunosAp. não

satisfatório % n.º de alunos

Ap. não satisfatório %

5º 145 16 11% 145 10 7% 145 7 5%6º 133 19 14% 129 16 12% 129 6 5%

Melhoria progressiva ao longo do ano. Muito Bons resultados no 5.º e 6.ºanos.

Evolução dos resultados obtidos ao longo do ano letivo Taxa de sucesso – 3º ciclo

1.º Período 2.º Período 3.º Período

Anos n.º de alunos

Ap. não satisfatório % n.º de

alunosAp. não

satisfatório % n.º de alunos

Ap. não satisfatório %

7º 134 41 31% 134 39 29% 134 21 16%8º 120 35 29% 120 29 24% 120 12 10%9º 136 54 40% 135 46 34% 134 23 17%

Melhoria progressiva ao longo do ano. Resultados Satisfatórios, não obstante as percentagens ainda elevadas no 7.º e 9.º anos.

Resultados comparativos, na EB 2.3 de Viatodos, nos últimos 6 anos letivos

Anos letivo n.º de alunos aprovados % Não

aprovados %05/06 724 668 92 56 806/07 757 664 88 93 1207/08 708 675 95 33 508/09 685 630 92 55 809/10 653 592 91 61 910/11 662 593 90 69 10

Resultados muito satisfatórios.

2. Avaliação externa: Provas de aferição:4.º ano

Língua Portuguesa - foram obtidos Excelentes resultados. O sucesso das Unidades Educativas do Agrupamento foi de 97.7%, 10.1 pontos acima da média nacional, que se situou nos 87.6%.

Matemática - a exemplo da Língua Portuguesa, foram, também, obtidos Excelentes resultados. O sucesso do aproveitamento do Agrupamento foi de 97.7%, 17.4 pontos acima da média nacional, que se situou nos 80.3%.

31% 29%16%

29% 24%

10%

40%34%

17%

7.º Ano 8.º Ano 9.º Ano

1.º Período 2.º Período 3.º Período

89%93%

95%

86%88%

95%

5.º Ano 6.º Ano

1.º Período 2.º Período 3.º Período

69%71%84%

71%76%

90%

60%66%

83%

7.º Ano 8.º Ano 9.º ano

1.º Período 2.º Período 3.º Período

92%

88%

95%

92% 91% 90%

2005/06 2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11

O DESPERTAR 65

Page 4: Odespertar65

57% 58,9%

87%81,8%

75,6%79%89,7%

77%69,4%64,7%

2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11

escola nacional

> A ESCOLA E O MEIO04

6.º ano

Língua Portuguesa – Muito Bons resultados. Sucesso de 86%, 2 pontos acima da média nacional.

Pela análise do gráfico, pode verificar-se que os resultados de sucesso a nível nacional registaram uma subida de 2006/07 para 2007/08, tendo vindo a diminuir, gradualmente, até ao presente ano letivo. A nível de escola, registou-se uma grande subida do sucesso do ano letivo 2006/07 para 2007/08. No entanto, verificou-se uma descida de dez pontos percentuais no ano seguinte. Nos dois últimos anos, os valores de sucesso, ao nível da escola, têm-se situado, ligeiramente, acima dos verificados a nível nacional

Matemática – Bons resultados. Sucesso de 69.4%, 4.7 pontos acima da média nacional.

Pela análise do gráfico, verifica-se que os resultados obtidos nas Provas de Aferição, nos anos de 2007 e 2009, ao nível da Escola, situaram-se ligeiramente abaixo da média nacional. Todavia, em 2008, 2010 e 2011, a Organização Escolar ficou acima da média nacional.

3. Avaliação Externa: Exames nacionais: 9.º ano

Língua Portuguesa - Bons resultados. Sucesso de 64%, 8 pontos acima da média nacional (56%).

Níveis N.º de alunos % % Insucesso1 0 0 36%2 42 36%3 51 44%

64%4 23 20%5 1 1%

TOTAL 117 100% 100%

Análise comparativa dos resultados dos Exames Nacionais do 9º ano, nos últimos cinco anos letivos, a Língua Portuguesa:

Anos let. n.º de alunos Sucesso % Insucesso %06/07 140 117 84 23 1607/08 118 101 86 17 1408/09 125 83 66 42 3409/10 104 65 62 39 3810/11 117 75 64 42 36

% Sucesso

Análise comparativa dos resultados dos exames nacionais de Língua Portuguesa, do 9.º ano, face à média nacional.

% Sucesso

Da análise feita, pode verificar-se que a Organização Escolar conseguiu inverter os resultados negativos, face à média nacional, verificados nos anos letivos de 2008/2009 e 2009/2010. Assim, e não obstante as médias nacionais terem baixado, como é do domínio público, foram alcançados Bons resultados nesta Organização, dado que a percentagem de sucesso situou-se nos 64%, 8 pontos acima da média nacional (56%).

77%86%

96% 93%86% 90% 89% 88% 86% 84%

2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11

escola nacional

84% 86%

66% 62% 64%

06.07 07.08 08.09 09.10 10.11

84% 86% 86% 83%

66% 70%62%

70% 64%56%

2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11

escola nacional

86%

84%

escola

nacional

69,4%

64,7%

escola

nacional

O DESPERTAR 65

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> A ESCOLA E O MEIO 05

9.º ano

Matemática - Resultados extremamente satisfatórios. Sucesso de 51%, 9 pontos percentuais acima da média nacional (42%).

Níveis N.º de alunos % % Insucesso1 15 13% 49%2 42 36%3 34 29%

51%4 21 18%5 5 4%

TOTAL 117 100% 100%

Análise comparativa dos resultados dos Exames Nacionais do 9.º ano, nos últimos cinco anos letivos, a Matemática:

Anos letivos

n.º de alunos Sucesso % Insucesso %

06/07 140 47 33 94 6707/08 118 72 61 46 3908/09 125 94 75 31 2509/10 104 56 54 48 4610/11 117 60 51 57 49

% de Sucesso

Análise comparativa dos resultados dos exames nacionais de Matemática, do 9.º ano, face à média nacional:

% Sucesso

Da análise feita, os resultados foram considerados francamente satisfatórios. A percentagem de sucesso situou-se nos 51%, 9 pontos acima da média nacional (42%).

Exames nacionais: Ranking das escolas – resultados obtidos a nível nacional (R1 e R2) e a nível concelhio.

Ranking 1

Ranking2 Escola Concelho Pública/

PrivadaN.º de provas Média R1 em

2010 Variação

160 129 Escola Secundária Alcaides de Faria Barcelos Pública 250 3,01 185 +

173 141 Escola Básica Rosa Ramalho Barcelos Pública 106 2,98 410 +

229 190 Cooperativa de Ensino Didálvi Barcelos Privada 344 2,87 408 +

332 281 Escola Básica de Viatodos Barcelos Pública 234 2,75 608 +

440 380 Escola Secundária de Barcelos Barcelos Pública 287 2,68 618 +

445 385 Escola Básica de Fragoso Barcelos Pública 110 2,67 85 -

526 459 Escola Básica Gonçalo Nunes Barcelos Pública 98 2,61 1105 +

532 463 Escola Secundária de Barcelinhos Barcelos Pública 174 2,61 518 -

620 544 Colégio La Salle Barcelos Privada 147 2,55 561 -

744 659 EB e Sec. Vila Cova Barcelos Pública 102 2,48 86 -

759 674 Escola Básica Abel Varzim Barcelos Pública 181 2,47 758 -

890 798 Escola Básica de Manhente Barcelos Pública 196 2,4 391 -

913 818 EB e Sec. Vale do Tamel - Lijó Barcelos Pública 196 2,38 928 + Fonte: jornal PúblicoRanking1 e Ranking2: o R1 inclui todas as escolas; o R2 considera aquelas com 50 ou mais provas realizadas.

33%

61%

75%

54% 51%

06.07 07.08 08.09 09.10 10.11

33%28%

61% 55%

75%66%

54% 51% 51%42%

2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11

escola nacional

O DESPERTAR 65

Face ao exposto, facilmente se pode concluir que todas as ações desenvolvidas, em termos de planeamento estratégico, conduziram, efetivamente, aos muito bons índices de produtividade alcançados. Releva-se, mais uma vez, o facto de, na avaliação externa (provas de aferição e exames), a Unidade Organizacional ter ficado, razoavelmente, acima da média nacional, o que nos deixa extremamente orgulhosos e muito satisfeitos com o trabalho desenvolvido. Neste contexto, importa, ainda, salientar o salto qualitativo verificado nos resultados do exame de Língua Portuguesa, no presente ano letivo (64% de sucesso, 8 pontos percentuais acima da média nacional), dado que nos dois últimos anos a Organização tem andado abaixo da média nacional.

Conforme foi avaliado pelo Conselho Geral e pelo Conselho Pedagógico, tem havido nesta Unidade Organizacional desenvolvimento e crescimento profissionais, dentro de uma perspetiva de boa gestão, de maior eficácia e de melhor racionalidade de meios e de custos, visando, conforme preconizado no Projeto Educativo, a satisfação dos alunos e da comunidade, a formação e o sucesso dos alunos e a qualidade do ambiente interno e da harmonia com o meio envolvente. Contrariamente ao preconizado, e sempre verificado, ao longo dos tempos, nesta Unidade Organizacional, o ambiente gerado ao nível dos docentes foi, efetivamente, afetado na sequência do processo de avaliação dos docentes, face à limitação das quotas para a atribuição das menções qualitativas de Mérito e de Excelência. Esta questão deverá ser, na nossa humilde opinião, motivo de preocupação das entidades responsáveis, dado que, felizmente, esta Organização é servida, de um modo geral, por muito bons profissionais docentes.

Por último, importa ainda referir que, visando o desenvolvimento sustentado desta Unidade Organizacional, temos vindo a apostar numa gestão democrática e participativa, relevando, efetivamente, a promoção do reforço do envolvimento parental, as oportunidades de participação e uma cultura de responsabilidade partilhada. Concomitantemente, relevamos o investimento na relação harmoniosa entre todos os atores da comunidade educativa, no campo dos valores e na construção e desenvolvimento de competências e de comportamentos, de forma a promover a formação cívica para a cidadania mais responsável e o sucesso educativo. É dentro deste quadro, deste espírito de regulação, de convivência, de rigor, de exigência, de disciplina e de referência educativa, que temos vindo a construir a nossa “obra” aberta de que muito gostamos e de que muito nos orgulhamos para o futuro.

> O Diretor Fernando Martins

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O DESPERTAR 65

> A ESCOLA EM MOVIMENTO06

Em outubro deste ano letivo 2011/2012, uma equipa da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto apresentou uma proposta ao Agrupamento de Escolas de Vale d’Este – Barcelos, que implica a colaboração e a participação de todos, tanto de alunos, como de professores, pais, instituições, associações e outros membros da comunidade.

Em que é que consiste esta proposta de trabalho?

No âmbito do projeto EduCiParT – Educação para a Cidadania Participatória em Sociedades em Transição –, esta equipa pretende conhecer e acompanhar a realidade e a dinâmica das Escolas do Agrupamento no decorrer do ano letivo. Sendo assim, alunos e professores são convidados a desenvolver uma pesquisa sobre as formas de participação cívica e política nesta escola e na comunidade que existiram no passado, existem no presente e que possivelmente existirão

no futuro. Ou seja:

- Que formas de participação cívica e política existiam nas escolas locais e na comunidade, no passado, nomeadamente há 30 anos, ou seja, antes da “Revolução do 25 de Abril”?

-  No presente, que formas de participação cívica e política existem?

- O que serão as formas de participação cívica e política no futuro? 

Quais os tipos de participação cívica e política a identificar?

Existem várias formas de participação na vida do Agrupamento. Podem, por exemplo, ser pesquisadas as oportunidades que existem para conversar e discutir problemas atuais, participar em atividades escolares, expressar a opinião sobre determinados assuntos, eleger os delegados de turma ou outros representantes, envolver os pais, etc.

Já em relação à comunidade, podem ser focadas a evolução e a oferta de

instituições de vários tipos (sociais, culturais, desportivas, políticas e religiosas), assim como se pode caracterizar a população da escola e da comunidade (género, faixa etária, número populacional, atividades profissionais, número de migrantes), entre muitas outras possibilidades.

Como se pode reunir esta informação?

Professores e alunos terão liberdade para efetuar esta recolha de informação. Como tal, apela-se à criatividade, espontaneidade e flexibilidade relativamente ao tipo de informação obtida. Por exemplo, no caso de o informante ser uma criança, ela poderá identificar o que considera serem os pontos positivos e negativos existentes na escola e na comunidade, recorrendo ao desenho ou à fotografia; no caso de o informante ser uma pessoa idosa, poderá optar por um passeio pela comunidade, onde não só partilhe a sua opinião sobre uma determinada questão, como também relate a sua própria história de

vida, permitindo uma comparação entre passado e presente.

De igual modo, será interessante utilizar diversos métodos de recolha de informação. Estes podem incluir análise de dados estatísticos ou mapas, entrevistas, questionários, vídeos, fotografias, desenhos, trabalho de projeto, grupos de discussão, tempestade de ideias, árvores dos problemas, observação e pesquisa documental, entre outras.

Neste sentido, apela-se à colaboração de todos para a realização deste projeto, sendo que este poderá constituir uma ótima oportunidade de aprendizagem prática e de construção de conhecimentos. Realça-se que o projeto está, simultaneamente, a decorrer em várias escolas e os resultados das pesquisas realizadas serão apresentados numa exposição final a ter lugar na Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto.

> O Grupo de Trabalho

O projeto EduCiParT – Educação para a Cidadania Participatória em Sociedades em Transição no Agrupamento de Vale d’Este

5.º A

5.º E

5.º B

5.º D

5.º C

5.º G

5.º F

A sessão decorreu no dia 2 de setembro, pelas 10h, na EB 2/3 de Viatodos, com a presença de todos os atores da comunidade escolar e educativa.

Fernando Martins, Diretor, usou da palavra, reforçando a Missão e a Visão Estratégica da Unidade Organizacional, preceituadas no seu documento normativo a desenvolver dentro de parâmetros de grande dedicação e empenho, mas também de rigor, de exigência e de referência educativa.

De seguida, usaram da palavra a Dra. Armandina Saleiro e o Professor Miguel Fonseca, respetivamente Vereadora do Pelouro da Educação e Cultura da Câmara Municipal de Barcelos e Presidente do Conselho Geral, agradecendo à comunidade educativa o envolvimento e empenho e formulando votos de um ano letivo repleto de sucesso.

SESSãO SOLENE DE ABERTURA DO ANO LETIVO Oriundos das onze escolas

das freguesias que compõem o nosso Agrupamento, chegaram à escola, este ano letivo, 171 alunos que foram distribuídos pelas sete turmas do 5.º ano.À semelhança do que se vem fazendo, os alunos foram recebidos com os cuidados inerentes à sua nova vivência.Os diretores de turma, respeitando o calendário desse dia, acompanharam os alunos, desde o preenchimento do horário, passando pela tradicional visita à escola, e terminando com um lanche. Alguns alunos puderam ter contacto com os seus padrinhos/ madrinhas, para apoio mais detalhado na nova vida que agora começa, num novo e mais complexo ambiente.Nas atividades de receção, os alunos foram acompanhados pelos seus pais, muitos deles alunos nossos, de outros tempos.

OS NOVOS ALUNOS DA ESCOLA

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07> A ESCOLA EM MOVIMENTO

Após ter sido adiado no dia 2 de novembro, em virtude das condições climatéricas adversas, realizou-se, no dia 8 do mesmo mês, o Corta-Mato do Agrupamento de Escolas Vale d’ Este.

Apesar da chuva que também se fez sentir nesta manhã de terça-feira (ainda que com menor intensidade do que na primeira data), a adesão à corrida foi superior à registada em anos anteriores, já que perfez um total de 378 alunos, tendo-se quedado, porém, um pouco abaixo das expectativas face ao número de inscrições recolhidas pelos professores de Educação Física de todo o Agrupamento. Este facto deve-se, provavelmente, a algum receio por parte dos encarregados de educação no que concerne à prática desportiva à chuva. Assim, os professores de Educação Física aproveitam esta oportunidade para informar que a prática desportiva é sempre saudável, desde que não ponha em risco a integridade física e mental do atleta. Desta forma, a chuva não deverá ser uma condicionante à participação dos alunos nas atividades desportivas da escola, pois é sempre ponderado por parte do grupo, juntamente com a direção da escola, o risco de cada uma das atividades, procedendo-se ao cancelamento ou

adiamento das mesmas no caso de se julgar que esse risco é demasiado elevado (de resto, como sucedeu no dia 2 de novembro).

De realçar o elevado entusiasmo dos alunos em todas as provas, mesmo quando as mesmas exigiam um esforço suplementar para a sua conclusão. Todos demonstraram um elevado espírito competitivo e de sacrifício, mas, ao mesmo tempo, de confraternização e companheirismo, “símbolos” que se pretende implementar em todas as atividades da escola como forma de enquadrar os alunos numa sociedade melhor.

Aproveita-se, também, para felicitar todos os participantes e organizadores e, claro, com um voto especial, os vencedores de cada uma das provas.

Informa-se ainda que os seis primeiros classificados de cada escalão etário e género (ver tabela) representaram a nossa escola na Corrida de Estrada que se realizou no dia 15 de novembro, em Barcelos, e no Corta-mato distrital, que se realiza no 2.º período.

> GD de Educação Física, no âmbito do Desporto Escolar - Professor Alexandre Carneiro

Corta-Mato escolarEB 2/3 de Viatodos

CLASSIFICAÇãO DO CORTA-MATO ESCOLAR (08/11/2001)INFANTIS A (Feminino) INFANTIS A (Masculino)

Class. Nome Turma Class. Nome Turma1 Bruna Daniela Martins Ortiga 5.ºC 1 João Pedro Soares da Costa 5.ºG2 Joana Margarida Silva Cruz 5.ºF 2 Tiago Campos Lopes 5.ºE3 Maria João Ferreira da Silva 5.ºC 3 Nuno Miguel Silva Sousa 5.ºC4 Diana Filipa Araujo Farreira 1.º Ciclo 4 Tiago Daniel Lopes Coutinho 5.ºG5 Helena da Cunha Francisco 1.º Ciclo 5 Pedro Miguel Peliteiro Araújo 5.ºC6 Daniela Alexandra G. Fernandes 5.ºE 6 Diogo Faria Gomes 5.ºE

INFANTIS B (Feminino) INFANTIS B (Masculino)Class. Nome Turma Class. Nome Turma

1 Rafaela Araújo da Silva 6.ºF 1 José Miguel Oliveira da Cunha 6.ºC2 Sónia Raquel Teixeira Azevedo 6.ºF 2 Carlos Costa Correia 7.ºE3 Mariana Lúcia Silva Pereira 7.ºF 3 Hugo Rafael Rodrigues Ferreira 7.ºB4 Juliana Leitão Campinho 6.ºE 4 Pedro Miguel Guimarães da Silva 6.ºE5 Alexandra Beatriz Sousa da Silva 7.ºE 5 Nelson Sousa Alves 7.ºA6 Inês Araújo Martins 6.ºC 6 Jorge Gabriel Abreu Barbosa 6.ºC

INICIADOS (Feminino) INICIADOS (Masculino)Class. Nome Turma Class. Nome Turma

1 Barbara Alexandra G. Araújo 7.ºA 1 Helder Domingos Oliveira Arantes 8.ºE2 Ana Lúcia Figueiredo Oliveira 9.ºA 2 João Pedro Senra Fonseca 9.ºC3 Claudia Sofia Silva Gomes 9.ºC 3 Hélder Filipe Faria da Silva 8.ºE4 Ana Sofia Gonçalves Moreira 9.ºC 4 Bruno Miguel Gomes Araújo 9.ºA5 Sara Isabel Maciel Lemos 8.ºB 5 João Miguel Araújo P. Ribeiro 9.ºA6 Luísa Isabel Sampaio Pinto 7.ºC 6 Raul António da Silva Araújo 9.ºA

JUVENIS (Feminino) JUVENIS (Masculino)Class. Nome Turma Class. Nome Turma

1 Vânia Isabel Oliveira Torres 8.ºA 1 Fábio Rafael Araújo 9.ºC2 Rafael Campos Lopes 9.ºD3 Luis Miguel Ferreira Sá 9.ºE4 Filipe Manuel Ferreira Araújo 9.ºC5 Helder Carriço Silva 9.ºC

Uma semana depois da corrida de Corta-mato realizada na nossa escola (15 de novembro), disputou-se, em Barcelos, a Corrida de Estrada, organizada pela Empresa Municipal do Desporto (EMD) daquele município, com a presença de todas as escolas do concelho.

Mais uma vez os participantes foram confrontados com chuva intensa ao longo de toda a prova. No entanto, a qualidade da organização e, sobretudo, as condições das instalações permitiram minorar ao máximo as consequências da intempérie.

Assim, a prova decorreu com o máximo entusiasmo por parte de todos, incluindo dos alunos desta escola, que voltaram a apresentar elevado espírito competitivo, mas também de companheirismo e fair-play.

De realçar que a nossa escola demonstrou sempre estar ao nível das melhores escolas, tendo obtido excelentes classificações em todos os escalões etários. Destacam-se as vitórias, no escalão de Infantis A, feminino e masculino, dos alunos Bruna Daniela Martins Ortiga e Nuno Miguel Silva Sousa, respetivamente, ambos do 5.º C.

Aproveita-se, também, para felicitar todos os participantes, muito especialmente todos os alunos da nossa escola que souberam representá-la de forma digna e meritória em todos os momentos.

> O Professor Coordenador do Desporto Escolar,Alexandre Carneiro

Corrida de Estrada Prova Concelhia

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08 > EDUCAR PARA A SAÚDE / ESTUDO NA EB 2/3 DE VIATODOS

PAIS! Pelos vossos filhos, sejam ativos!Todos sabemos que o desporto faz bem à saúde. Todos, incluindo os quadros superiores que dirigem as instituições escolares, culturais, sociais e recreativas. Todavia, a prática de atividade física orientada não passa no nosso País de uma “animação físico-recreativa de qualidade duvidosa” que todos proclamam mas que não muda de paradigma, como refere Gustavo Pires, Professor na Universidade Técnica de Lisboa e Presidente do Fórum Olímpico de Portugal, numa entrevista concedida à “Página da Educação”. Na sua opinião, o desporto promove os valores educativos através da agonística em busca da superação e da excelência. Toda a atividade física deveria preparar os alunos para serem detentores de hábitos, habilidades motoras e conhecimentos em matéria de desporto que se prolongassem para a vida.

Estilos de vida ativos, associados a uma alimentação cuidada e bons hábitos

de descanso levam, segundo vários estudos, vantagem na prevenção e

promoção de uma saúde mais efetiva

e, consequentemente, de uma vida com mais qualidade, uma melhor autoestima e um melhor relacionamento com o corpo.

Uma postura positiva em relação a si mesmo eleva o grau de qualidade nos relacionamentos e nos comportamentos conduzindo à melhoria do sucesso escolar, social e cultural.

Sem querer aprofundar e alongar mais o tema do desporto, gostaria de refletir sobre o problema do excesso de peso e obesidade dos nossos alunos, fazendo um apelo:

- PAIS! PELOS VOSSOS FILhOS, SEJAM ATIVOS! Obriguem-se a organizar o tempo para jogar, brincar, praticar atividade física com os vossos filhos. Alterem hábitos, não utilizem o elevador, estacionem longe do cinema, etc. Evitem uma elevada frequência às “comidas rápidas”. Criem alternativas para que os vossos filhos ingiram legumes, vegetais e fruta e mantenham uma alimentação cuidada para evitar o excesso de peso ou mesmo a obesidade infantil e juvenil.

Segundo The International Obesity Task Force

(IOTF), organização que estuda e combate a obesidade em todo mundo, a prevalência de excesso de peso e/ou obesidade infantil, epidemia do nosso tempo, leva a fatores de risco de doenças cardiovasculares, hipertensão arterial, doenças cerebrais, diabetes tipo II, cancro e muitas mais.

Nós, como pais, devemos ter a preocupação de monitorizar e controlar o peso dos nossos filhos, porque é/pode ser um indicador de aviso para e necessidade de adoção de “Estilos de vida Ativos” e, consequentemente, de uma qualidade de vida melhor.

O CASO DA EB23 DE VIATODOS

Na escola-sede do Agrupamento de escolas Vale d’Este, num universo de 715 alunos do 5.º ao 9.º ano, verificamos a prevalência de excesso de peso de 18,8% nos rapazes e de 28,7% nas raparigas (Gráfico1). Quanto à obesidade, é interessante

verificar que temos mais obesidade juvenil nos alunos do género masculino (8.6%) do

que nos alunos do género feminino (5.6%).

Na maior parte dos estudos académicos, juntam-se as

categorias excesso de peso e obesidade, quando se trata de uma amostra significativa e o objetivo

é identificar polos de sobrepeso infantojuvenil e analisar a situação para tentar a prevenção.

Ao utilizar a mesma metodologia, e juntando as categorias de excesso de peso e obesidade, vamos ao encontro da prevalência de excesso de peso/obesidade pronunciada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para Portugal, com 34,3% (Gráfico2) para as raparigas e 27,4% (Gráfico3) para os rapazes. Se não fizermos distinção entre géneros e idades, verificamos, em termos absolutos, um sobrepeso de 30,5% (Gráfico4).

Pais! São 218 os alunos que, por doença, falta de acompanhamento a consultas de rotina, falta de atividade física (correr, saltar, empurrar, puxar e “brincar ao ar livre”), alimentação não cuidada e outras, correm o risco de vir a ser portadores de obesidade em idade adulta e, consequentemente, de vir a ter de lutar contra os problemas de saúde supracitados.

Toda a Comunidade Educativa deve olhar para estes números com grande atenção e preocupação. Todos juntos podemos alterar estes números, pois trata-se dos nossos filhos/alunos.

> Professor Quinzé

3,6% 3,7%

69% 62%

18,8%28,7%

8,6%5,6%

BAIXO PESO NORMAL EXCESSO OBESOS

Rapazes Raparigas

Gráfico 1 >> Distribuição das categorias do IMC

Gráfico 2 >> Prevalência do excesso de peso / obesidade - Raparigas

Gráfico 3 >> Prevalência do excesso de peso / obesidade - Rapazes

Gráfico 4 >> Prevalência do excesso de peso / obesidade - Geral

Obs.: Este trabalho só foi possível com a colaboração de todos os professores de Educação Física do 2.º e 3.º Ciclos.

Índice de Massa Corporal -

Peso saudável e ideal

Tabela de IMC utilizada: Internacional Obesity Task Force (IOTF)

Bibliografia:- Cole, j. Tim; Bellizzi, C. Mary; Flegal, M. Katherine, Dietz, H. William (2000). Establishing a standart defition for child overweight and obesity wordwide: International survey- Pires, Gustavo (2007). Educação Física em Portugal deve mudar de paradigma. A Página da Educação. WWW.apagina.pt

peso (kg)altura2 (m2)

IMC =

3,6%

65,9%

30,5%

GERAL

BAIXO PESONORMALEXCESSO

3,6%

69%

27,4%

Rapazes

BAIXO PESONORMALEXCESSO

3,7%

62%

34,3%

Raparigas

BAIXO PESONORMALEXCESSO

(Raparigas e rapazes)

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09> EDUCAR PARA A SAÚDE

Nos tempos que correm, com um quadro económico, financeiro e social pouco apetecível, é chegada a altura de repensarmos a nossa dieta alimentar que deve ser, acima de tudo, saudável.

Tempo de crise, em que o salário se torna escasso, não significa comer mal.

É possível continuar a comprar alimentos saudáveis e fazer refeições saudáveis, saborosas e, ao mesmo tempo, económicas sem necessitarmos de recorrer às refeições ditas fast-food. Ao decidir as suas refeições, escolha comprar fruta e legumes frescos, da época, nas feiras e mercados e aproveite os produtos de marca branca dos super/hipermercados em que a qualidade está assegurada e poderá poupar no preço. Ao comprar em quantidade, arranje os seus legumes, separe-os em doses e congele. Se puder, faça a sua própria horta.

Quanto à carne, é possível encontrar boas peças a preços baixos. Prefira peças por preparar fazendo os seus próprios rolos, recheios, marinadas, etc. Não só está a poupar como também a cuidar da sua saúde e da da sua família, pois poderá controlar a quantidade de sal e gordura a usar nos temperos. Ao comprar frango, opte pela peça inteira, pois o custo é inferior ao que pagará se o comprar em bocados separados. Use o mesmo critério na compra do peixe. Ocasionalmente, substitua a carne por fontes de proteínas alternativas, como os ovos.

Lembre-se de que a uma alimentação saudável não tem necessariamente de faltar sabor. Importa comer de forma equilibrada, variada e de acordo com as suas necessidades nutricionais.

Aqui ficam algumas receitas saudáveis e deliciosas. Experimente e bom proveito!

ALIMENTAÇãO EM TEMPOS DE CRISE

Iogurte enriquecido com nozes (1 Dose)Tempo de Preparação: 5 MinutosIngredientes: 1 maçã; 1 iogurte natural; 2 nozes em pedaços; 2 c de sopa de cereais tipo cornflakes; canela q.b..Preparação: Corte a maçã em pedaços pequenos mantendo a casca. Misture o iogurte, as nozes e os cereais e, no final, polvilhe com canela a gosto.

Creme de legumes e cebolinho (4 Doses)Tempo de Preparação: 45 MinutosIngredientes: 2 batatas médias; 300 gr abóbora; 1 alho-francês grande; 5 cenouras médias; 2 cebolas médias; 1 curgete média; 100 gr cebolinho picado; 1 dente d’alho; água, sal e azeite q.b..Preparação:Lave e corte todos os legumes irregularmente. Coloque-os numa panela, cubra com água, coloque o sal e leve a cozer durante 35 minutos. Findo o tempo, triture tudo. Junte um fio de azeite e sirva polvilhado com o cebolinho.

Salada de Espinafre e laranja (8 Doses)Tempo de Preparação: 30 MinutosIngredientes: ½ cebola cortada às rodelas; 3 laranjas; 340 gr de espinafres; 6 dentes de alho; 1 maçã verde cortada aos cubos; 2 c de sopa de vinagre de cidra; 3 c de sopa de azeite; 1 c de sopa de mostarda; ½ c de sopa de mel; sal e pimenta-preta de moinho q.b.; 2 c de sopa de sementes de sésamo.Preparação: Coloque a cebola numa tigela pequena e cubra com água fria. Deixe a cebola absorver a água durante 10 minutos e enxugue. Entretanto, com uma faca afiada, descasque a laranja e corte em gomos sobre uma tigela para aproveitar o sumo. Reserve 1/3 do sumo do fruto. Coloque o alho num tacho pequeno e cubra com água. Leve o alho a cozer em lume brando até amolecer, cerca de 3 minutos. Enxugue e reserve. Combine o vinagre, o azeite, a mostarda, o mel, o alho cozido e o sumo da laranja e triture até obter um molho cremoso. Caso o molho fique muito grosso, acerte com um dos ingredientes líquidos, de preferência o sumo de laranja. Ao molho, junte os espinafres, a cebola e a laranja numa saladeira. Misture o molho com os ingredientes sólidos e salpique a salada com as sementes de sésamo.

Salada mista com peito de peru (2 Doses)Tempo de Preparação: 10 MinutosIngredientes:1 embalagem de mistura para saladas; 200 grs de cenoura ralada; 30 grs de cebola vermelha fatiada; tomate-cereja; 100 grs de peito de peru grelhado e fatiado; cubos de queijo magro; azeite; vinagre balsâmico e sal q.b..Preparação: Junte a mistura para saladas, as cenouras e a cebola num recipiente para saladas. Regue com o azeite e o vinagre e salpique com um pouco de sal. Divida o preparado por dois pratos e por cima disponha as fatias de peru grelhadas, os tomates-cereja e o queijo.

Esparguete de Atum(4 Doses)Tempo de Preparação: 25 MinutosIngredientes: 250 gramas de esparguete; 2 c de sopa de azeite; 1 c de sopa de alho picado; ¼ c de chá de malagueta esmagada; 750 gr de tomate; 150 gr de atum; 2 c de sopa de manjericão fresco.Preparação: Cozinhe o esparguete numa panela com água a ferver até ficar al dente. Entretanto, aqueça o azeite numa frigideira em lume médio. Junte o alho e deixe refogar até libertar odores. Junte a malagueta esmagada e deixe cozinhar por mais 1 minuto. Acrescente os tomates, pelados e sem grainhas, e deixe cozinhar até amolecer, cerca de 10 minutos. Ao molho, acrescente o atum em lascas até que fique bem incorporado. Sirva o esparguete em 4 pratos e despeje o molho por cima da massa. Salpique com manjericão fresco.

> Coordenadora da Educação para a Saúde, Professora Fátima Oliveira

Não sabemos se é por termos inventado o fado e a saudade, ou se é por estarmos sujeitos a uma crise económica violenta, a verdade é que os estudos recentes situam Portugal como um dos países mais atingidos pela depressão em todo o território europeu. Não há um quadro único e definitivo para definir rigorosamente a depressão; sabe-se, todavia, que é uma doença mental associada à tristeza e ao desinteresse pelas coisas da vida, quase sempre deixando implicações no plano físico (cansaço, dores de cabeça, etc).Não, não se julgue que é uma doença exclusiva de terceira idade; ela pode percorrer qualquer indivíduo, em qualquer idade, que tenha passado por uma ou mais experiências negativas. Nestes casos, é frequente sentir-se fadiga, cansaço, perturbações de sono e do apetite, perda de confiança e autoestima, falta de concentração, desinteresse pela vida e fixação na morte, etc, que, quando experimentados por mais de duas semanas, são um sinal de alarme, justificando uma visita ao médico. Por se tratar de uma doença silenciosa, com uma sintomatologia diversa e nem sempre comum a todos os que dela padecem, mais importante se torna fazê-lo sem hesitar.Não há uma só causa na origem da depressão. Aliás, é esta característica polifatorial que a torna tão complexa. Desde logo, a estrutura genética; equivale por dizer que uma pessoa tendencialmente mais triste ou pessimista está mais sujeita a contrair a doença. O ambiente e as questões sociais (desemprego, problemas no trabalho, divórcio, morte de um familiar…) não são menos importantes. Acrescem, ainda, as questões familiares (relações pais/filhos, marido/mulher…). A existência de uma ou mais causas de cada uma destas matrizes conduz a um desequilíbrio no cérebro, que, assim, acaba por reduzir a produção da serotonina e/ou da noradrenalina, conduzindo à depressão.Tratar a depressão é uma tarefa difícil e delicada, até porque uma intervenção eficaz depende da combinação de diferentes terapias. Assim, é frequente que o médico recomende uma alteração no estilo de vida (que implique, por exemplo, comunicar e conviver com outros, praticar desporto, adotar um hobby), associada a uma medicação específica, muito seletiva e criteriosa, normalmente de longa duração (prolonga-se por meses e, às vezes, anos), a fim de se evitar recaídas.O mundo da depressão é solitário e silencioso, mas que presentemente, se diagnosticado, pode ser tratado e superado. Não silencie a sua voz; não deixe que a depressão leve a melhor.

> Adriano; A

ndré Azevedo; C

láudia; Joana Lopes; Jorge; José; Nuno; T

iago – 9.ºE Fontes: www.adepressaodoi.pt - www.blog.br.adepressao.com

A DEPRESSãO

O DESPERTAR 65

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> A ARTE NA ESCOLA10

No final do ano letivo anterior, no Dia das Expressões, realizou-se a nona edição do Concurso de Artes Plásticas. Nessa ocasião foi possível apreciar os mais de 300 trabalhos a concurso. Em local destacado, as escolhas do júri que premiou 39 alunos (ou grupos de alunos) do Pré-escolar ao 3.º Ciclo.

Desta iniciativa que se propõe conferir visibilidade à capacidade de expressão criativa dos nossos alunos, proporcionar uma consciência alargada sobre a importância e atualidade da Educação pela Arte, e desenvolver cooperação integrada com o 1.º Ciclo e Pré-escolar, aqui fica breve memória.

> A Comissão Organizadora

2011 . IX Concurso de Artes Plásticas

ENSINO ESPECIAL - 1.º PRÉMIO - AMIZADE

PRÉ-ESCOLAR - 1.º PRÉMIO - BORBULHAR

2.º CICLO - 1.º PRÉMIO - OLHO VERDE

2.º CICLO - 1.º PRÉMIO - POPART

2.º CICLO - 1.º PRÉMIO - A CEIA

PRÉ

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1º P

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...

O DESPERTAR 65

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> A ARTE NA ESCOLA 11

TRABALhOS PREMIADOSescola autor

PRÉ-ESCOLAR EXPRESSãO PLÁSTICA BIDIMENSIONAL1.º prémio Rio Covo Sta. Eulália Grupo dos finalistas Sala 12.º prémio Aldeia - Chavão Diogo Miguel Oliveira Araújo3.º prémio Rio Covo Sta. Eulália Sala 1

EXPRESSãO PLÁSTICA TRIDIMENSIONAL1.º prémio Rio Covo Sta. Eulália Sala 1 e Sala 22.º prémio Rio Covo Sta. Eulália Ana Catarina Dias Carvalho3.º prémio Rio Covo Sta. Eulália Leonor Ferreira Araújo

1º CICLO EXPRESSãO PLÁSTICA BIDIMENSIONAL1.º prémio Rio Covo Sta. Eulália 2.º ano2.º prémio Rio Covo Sta. Eulália 3.º ano3.º prémio Fonte Coberta

ENSINO ESPECIAL EXPRESSãO PLÁSTICA1.º prémio Miguel Ângelo Gomes2.º prémio Tânia Silva3.º prémio Daniela Vilaça

2ºCICLO EXPRESSãO PLÁSTICA BIDIMENSIONAL (Desenho/pintura)1.º prémio EB 2/3 de Viatodos Débora Costa 5.ºA2.º prémio EB 2/3 de Viatodos Rui Carvalho 6.ºF3.º prémio EB 2/3 de Viatodos Diogo Vilas Boas 6.ºEm. honrosa EB 2/3 de Viatodos Bruno da Cunha Faria 6.ºAm. honrosa EB 2/3 de Viatodos Vítor Hugo Machado 6.ºAm. honrosa EB 2/3 de Viatodos Gabriela Sousa 5.ºA

EXPRESSãO PLÁSTICA BIDIMENSIONAL (Pintura)1.º prémio EB 2/3 de Viatodos Cristiana Gomes 6.ºF2.º prémio EB 2/3 de Viatodos Joana Sá 6.ºD3.º prémio EB 2/3 de Viatodos Diogo Oliveira 6.º Fm. honrosa EB 2/3 de Viatodos João Carvalho 6.ºFm. honrosa EB 2/3 de Viatodos Inês Bogas 6.ºFm. honrosa EB 2/3 de Viatodos Francisco Moreira 6.ºD

EXPRESSãO PLÁSTICA TRIDIMENSIONAL1.º prémio EB 2/3 de Viatodos Bárbara Araújo e Bárbara Fonseca 6.ºA2.º prémio EB 2/3 de Viatodos Leonardo Andrade e Nelson Alves 6.ºA3.º prémio EB 2/3 de Viatodos César Azevedo 5.ºE

3º CICLO EXPRESSãO PLÁSTICA BIDIMENSIONAL (Desenho/pintura)1.º prémio EB 2,3 de Viatodos João Garcia 9.ºE2.º prémio EB 2/3 de Viatodos Joana Sá 8.ºB3.º prémio EB 2/3 de Viatodos Bruno Ferreira e Hélder 7.ºDm. honrosa EB 2/3 de Viatodos Joana Patrícia Silva 8.ºCm. honrosa EB 2/3 de Viatodos João Miguel 8.ºAm. honrosa EB 2/3 de Viatodos Marco Coutinho 9.ºF

EXPRESSãO PLÁSTICA BIDIMENSIONAL (Pintura)1.º prémio EB 2/3 de Viatodos Henrique Miguel Silva Carvalho 9.ºE2.º prémio EB 2/3 de Viatodos Kátia Sousa 8.ºC3º prémio EB 2/3 de Viatodos Laura Moreira da Silva 7.ºD

EXPRESSãO PLÁSTICA TRIDIMENSIONAL1.º prémio EB 2/3 de Viatodos João Pedro Couto e Marco Rafael Campos 7.ºE2.º prémio EB 2/3 de Viatodos Luís Manuel Costa 7.ºC3.º prémio EB 2/3 de Viatodos Maria Inês Eiras 9.ºA

3.º CICLO - 1.º PRÉMIO - LEATH’S-HEAD

3.º CICLO - 1.º PRÉMIO - INREFLETIDO

1.º CICLO - 1.º P

RÉMIO - GRILO VERDE

3.º CICLO - 1.º PRÉMIO - SOLAR DE FÉRIAS

O DESPERTAR 65

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> ACORDO ORTOGRÁFICO12

Os alvores do ano letivo 2011/2012 empurraram- -nos para uma nova realidade linguística que sabíamos anunciada mas para a qual a maioria dos portugueses não se preparara totalmente. Falamos do novo Acordo Ortográfico (A.O.) da língua portuguesa que exigiu, exige e certamente continuará a exigir atenção, cuidado e trabalho na preparação da comunicação por escrito.

Entendido como convenção que uniformiza regras sobre o modo como se escreve nos países lusófonos, o AO foi celebrado entre Portugal o Brasil, os países africanos de expressão oficial portuguesa e Timor Leste, já

em 1990. A partir de maio de 2009, passou a vigorar na ordem jurídica portuguesa, ainda que, e por resolução do Conselho de Ministros, o sistema educativo português tenha começado a adotar a nova ordem ortográfica apenas a partir de setembro de 2011, enquanto se prevê que o Governo e os seus organismos (incluindo o Diário da República) o façam no primeiro dia de 2012.

Todas as mudanças implicam alterações na vida das pessoas, razão por que, independentemente das suas valências, lhes é inerente uma resistência que acaba por tornar lento, laborioso e difícil o processo de aceitação e

generalização. Este acordo não é exceção, fundamentalmente por três ordens de razões: formais (o A.O. exige de nós a desautomatização da escrita de determinadas formas para ceder lugar à reaprendizagem de cada uma delas), cognitivas (se a linguagem veicula o pensamento, quaisquer alterações aí introduzidas podem instabilizar a comunicação, sobretudo na organização do raciocínio quando na escrita) e afetivas (mudar o modo como escrevemos significará apagarmos parte da memória, ao desprendermo-nos das palavras que aprendemos, um dia, na escola).

Muito se tem dito e escrito sobre a nova reforma ortográfica, num debate sentido, sobretudo, logo após a sua celebração, há mais de 20 anos. Inevitável a polémica e a contestação, dado o impacto desta decisão política na vida de todos os portugueses e, mais genericamente, de todos os escreventes na língua de

Camões e Pessoa.

É, assim, frequente, ouvir dizer que este acordo favorece sobretudo o Brasil e penaliza Portugal, por exemplo; outros consideram-no mais um sinal do facilitismo em que caíram as sociedades modernas, por renovarem os seus sistemas anulando, assim, a memória dos antepassados. Sem respostas absolutas, importa relativizar o impacto destas alegações, tanto mais que, e no primeiro caso, o Brasil tem, como nós, necessidade de ajustar o seu sistema ortográfico a este acordo, o que implica, igualmente, mudanças face ao modo como os brasileiros escreviam anteriormente; relativamente ao segundo argumento, sublinhe-se que já antes, em 1911, houve uma primeira renovação ortográfica da língua portuguesa e que hoje ninguém supõe

razoável escrever-se pharmácia, lyrio ou abysmo, três das formas que sofreram alterações nesse então.

À margem das polémicas, há um dado irrefutável que torna esta convergência como não apenas aceitável, mas também importante na sua consolidação enquanto sistema de comunicação: permite fixar uma norma comum a todos os países da CPLP, anulando as divergências linguísticas entre eles, evitando, assim, a fragmentação do Português.

As mudanças operadas com este A.O. situam-se em cinco planos:

1. Alfabeto;

2. Consoantes mudas;

3. Acentuação gráfica;

4. Hifenização;

5. Maiúsculas iniciais.

Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa

> O Despertar

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13> ACORDO ORTOGRÁFICO

PASSATEMPOSA. USO DO hÍFEN

1. Descobre o erro em cada uma das alíneas:

a) além-mar / sala-de-estar / tio-avôb) madressilva / cor-de-rosa / cor-de-vinhoc) malaventurado / sem-vergonha / recém-casadod) couve-flor / formiga branca / mal-humoradoe) bem estar / além-fronteiras / mais-que-perfeitof ) primeiro-sargento / decreto-lei / cobra d’águag) abóbora-menina / além mar / água-de-colónia

2. Escolhe algumas palavras do quadro e forma palavras novas com os seguintes prefixos: ex-, pós-, pré-.

ministro operatório universitário mulher graduação reformaescolar membro marido eliminatória natal guerra

a) __________________________ g) __________________________

b) __________________________ h) __________________________

c) __________________________ i) __________________________

d) __________________________ j) __________________________

e) __________________________ k) __________________________

f ) __________________________ l) __________________________

3. Indica as alíneas em que todas as formas com hífen estão corretas:a) super-rápido / ultramar / antihigiénicob) semivogais / autorretrato / autoestradac) sobreloja / antiaéreo / pré-escolard) super-revolucionário / ex-aluno / pró-ativoe) pré-história / autoavaliação / antissocialf ) superseguro / contrarregra / ex-presidente

4. Assinala com uma cruz (x) as palavras que estão adequadas ao novo acordo:

Pós-tónica Pos-pôr

Cooperação Microondas

Retro-visor Ultra-violeta

Hiper-realista Hiper-mercado

Circumambiente Segundafeira

Anti-higiénico Anti-religioso

Anti-inflamatório Mal-educado

Mal-humorado Há-de

Mini-saia Malvisto

Bem-visto Sub-vinte

Préaviso Preencher

Auto-avaliação Semabrigo

B. USO DE MAIúSCULAS E MINúSCULAS

1. Completa as palavras de cada alínea. Utiliza a maiúscula sempre que necessário:

a) ____evereiro d) ____oana g) ____odos os Santosb) ____úblico (jornal) e) ___ul (ponto cardeal) h) ____rancês (disciplina)c) ____alp f ) ____isboa i) ____ornal

2. Descobre e corrige o erro em cada uma das séries:francês / Julho / terça-feira / Ferrari ________________________Sexta-feira / Carnaval / João / Lisboa ________________________Março / norte / Maria / português ________________________bp / Porto / Rua de Cedofeita / Vila Flor ________________________

3. Coloca cada uma das expressões na coluna adequada:meses do ano estações do ano lugares públicosdisciplinas escolares formas de tratamento festividadesnomes próprios abreviaturas dos pontos cardeais templos e edifícios

títulos de livros dias da semana

Maiúscula Maiúscula ou Minúscula Minúscula

C. ACENTUAÇãO GRÁFICA1. Acentua corretamente, e sempre que necessário, as palavras que se seguem:a) Claraboia e) deemb) girassois f ) anzoisc) Heroi g) asteroided) Pera h) doi

2. Sublinha as palavras que estão corretas, segundo o novo acordo ortográfico:Boia ComboioParanóia LêemVêm DeemPara (verbo) PêloPor (verbo) AfinámosGirassóis AverigúeVeem Enjoo

3. Acentua o texto, tendo em conta as normas do acordo:O João e o amigo leem corretamente, embora não saibam por os acentos certos nas palavras. Ainda mal sabem escrever e enfrentar a escrita. Para eles, e um exercicio tão heroico como se enfrentassem uma enorme jiboia.

> Professora Amália Teixeira

Soluções na página 19

O DESPERTAR 65

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> A ARTE PARA LÁ DAS PALAVRAS / ENTRE NÓS E AS PALAVRAS14

Vasco Fernandes, mais conhecido por Grão Vasco, é considerado o principal nome da pintura portuguesa quinhentista. Nasceu provavelmente em Viseu e exerceu a sua atividade artística no Norte de Portugal, na primeira metade do século XVI.

A primeira referência a Vasco Fernandes ocorreu em 1501, quando se iniciou a feitura do grande retrato da capela-mor da Sé de Viseu. Nesses anos, que duraram de 1501 a 1506, Vasco Fernandes trabalhou com o pintor flamengo Francisco Henriques, concretizando, assim, uma obra oficinal coletiva, sendo difícil determinar com rigor o papel que Vasco Fernandes desempenhou. Mais tarde, entre 1506 e 1511, trabalhou em Lamego, pintando o retrato da capela-mor da Sé; nesta obra toma a responsabilidade individual sendo auxiliado por entalhadores flamengos. Esteve depois em Coimbra (1530), onde pintou quatro retratos para o Mosteiro de Santa Cruz, dos quais sobrou apenas um magnífico Pentecostes* na sacristia do mosteiro. Mais tarde instalou-se novamente em Viseu onde, conjuntamente com o seu colaborador, Gaspar Vaz, realizou

vários trabalhos para a Sé e o Paço Episcopal do Fontelo, trabalhos estes considerados como as suas obras mais importantes. Vasco Fernandes foi um pintor de transição do Manuelino, pintura flamenga e renascentista à custa do humanista D. Miguel da Silva que, com o seu conhecimento, lhe criou influências renascentistas. Além dos traços italianizantes, é também a utilização de uma iconografia humanista que mostra o impacto que os ideais de D. Miguel da Silva tiveram sobre a oficina de Viseu.

A maior parte das pinturas de Vasco Fernandes estão no Museu Grão Vasco, em Viseu, com obras da sua primeira e última fase artística. No Museu de Lamego estão cinco das vinte tábuas do retábulo da Sé de Lamego, desmontado no século XVIII. Na igreja matriz de Freixo de Espada à Cinta, construída na época manuelina, assim como no Mosteiro de Salzedas, encontram-se outros importantes grupos de pinturas de Vasco Fernandes. Finalmente, na sacristia do Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra pode-se apreciar o Pentecostes.

> Professor Cândido Sousa

Grão Vasco (1475-1542)

Fernão Mendes Pinto, autor de Peregrinação (1614), nasceu por volta de 1511 e faleceu a 8 de julho de 1583. Foi contemporâneo do auge do período da expansão marítima portuguesa, circunstância que viria a influenciar decisivamente a sua vida e obra.

A sua vida pode ser entendida como estando dividida em três fases. Uma primeira, narrada sucintamente no primeiro capítulo de Peregrinação, compreende a sua infância, adolescência e juventude, vividas em Portugal, com os pais, em Montemor, Lisboa e Santiago do Cacém. Em 1521, muda-se para Lisboa para casa de um tio, até entrar, cinco anos depois, ao serviço de uma dama nobre, da casa da qual fugiria, um ano e meio depois, por razões desconhecidas. É o momento em que se inicia a sua vida aventurosa. Embarca para Setúbal, numa nau que é assaltada por corsários franceses, tendo ficado com toda a tripulação «nus e descalços» na praia de Melides. É recolhido e tratado por uma senhora nobre de Santiago do Cacém, que lhe arranja trabalho em casa de Francisco de

Faria, a quem serve por quatro anos. Daí passa para moço de câmara de D. Jorge, Mestre de Santiago, até embarcar numa armada que seguia para a Índia, à procura de dois dos seus irmãos.

Na segunda fase da sua vida, Fernão Mendes Pinto viaja em busca de fortuna, entre 1537 e 1558, pelos mares da Arábia, Etiópia, Índia, Samatra e Japão. Percorreu os inúmeros reinos do sudoeste asiático, da China e do Japão, como rico e pobre, escravo e mercador, diplomata e soldado. Foi um dos primeiros europeus a desembarcar no Japão, onde introduziu as armas de fogo. Este acontecimento ainda hoje é comemorado todos os anos naquele país, no último fim de semana de julho, com a realização do Festival da Espingarda, em Nishinoomote, na ilha de Tanegashima. Também no Japão conhece São Francisco Xavier, tendo entrado para a Companhia de Jesus, em Goa, após a morte do Santo, abandonando-a pouco depois em circunstâncias não completamente esclarecidas.

O regresso a Lisboa, oriundo da Índia, em 1558, marca a terceira fase da sua vida.

Casou-se com D. Maria Correia Brito, foi viver para a quinta do Pragal, onde teve duas filhas, a quem dedica Peregrinação que redigiu de memória, entre 1569 e 1578. Quase tudo o que se sabe sobre a vida do autor é baseado na obra Peregrinação, que é predominantemente autobiográfica.

Peregrinação é o mais traduzido e famoso livro de viagens da literatura portuguesa. Foi publicado em 1614, pelos prelos de Pedro Crasbeeck, 30 anos após a morte do autor. Terá sido escrito entre 1570 e 1578 em Vale de Rosal, Almada; nela se misturam a história e a fantasia, sendo, por vezes, difícil saber onde começa uma e termina a outra. Aliando aspetos autobiográficos e uma ficção verosímil e convincente, Fernão Mendes Pinto oferece-nos uma curiosa reportagem do impacto que tiveram os costumes orientais sobre os europeus da época, assim como um interessante testemunho da ação dos portugueses no Oriente. Declara que são três os objetivos que o levaram a escrever o livro: dar a conhecer

os seus trabalhos aos filhos (função autobiográfica), encorajar os desesperados e os que se veem em dificuldades (função moral), para dar graças a Deus (função religiosa).

> Professor Nuno Martins

Fonte: CASTRO, Aníbal Pinto de (1984) - Introdução a Peregrinação de Fernão Mendes

Pinto. Porto: Lello & Irmão - Editores.

Cinquentenário do nascimento de Fernão Mendes Pinto

*Pentecostes, da capela da portaria do mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, 1534-35, assinada Velasco

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> ENTRE NÓS E AS PALAVRAS 15

CidadeDiziam que as cidades estão cobertas de ódio, afundadas em stress, mais conflituosas que macacos a discutir por uma banana.Diziam que as cidades eram tão diferentes que o sol chorava de desagrado e se escondia por entre os seus prédios .Diziam que na cidade vagueavam morcegos noturnos, assaltando bancos e espalhando o sangue.Diziam que a cidade era obscura, desonesta.Diziam que a cidade era uma nuvem negra.Diziam…

> Mariana Reis, 9.ºA

IIInão sei que montanha subirquanto mais alto olho, mais se abre o abismo sob os meus péstenho as asas quebradas pelo vento das tuas mãosquando voltar a nascer, serei um pássarose tiver que nascer, serei um pássaro de coração negro, outra vez

> Laura Alberto

IIQuis um dia voarser livrepensar mais altonão estar amarradoter algo para dizer mas as palavras não me soltaram.

Os pensamentos voavamnuma partícula impercetível…

Eu também queria voar,voar sozinho,nas asas dos pensamentos.

Para pensar o que queria…e não pressentir a morte.

> Joana Vilaça, 9.ºE

hALLOWEENÉ dia de Halloweenvamos festejardoçuras ou travessurasvamos receber ou pregar.

Nas portas das casas há uma abóbora a sorrirassusta o cão e o gatoai, que eles começam a ganir!

As pessoas disfarçam-se Vão pr’às ruas desfilarumas vão de bruxas ou monstrosoutras só para apreciar.

É assim o Halloweene ninguém o pode pararpara o ano há maiscuidado para ninguém te assustar!

> Francisco Moreira 7.ºD

Lição de vooINo dia em que pressenti a minha morte a sair-me pela boca,perdi as asas. Sem liberdade, já sem respirar o ar da juventudenão pensei em mais nada: o leão já não domina a sua presa.Quero gritar mas a morte arrancou-me a voz apunhalou-me as costas.Não, não consigo olhar para o brilho do sol;estou imóvel… com a morte aos meus pés.

> Nuno Oliveira, 9ºA

O sonho grandeTodos tivemos um sonho em criança.Todos tivemos amor,uma herançadeixada com fervorno nosso coraçãocom grande emoção.Prender as nossas emoções cantar as nossas próprias canções,andar no céu vestidos com um véudançar num salãovoar num aviãocrescer para sersonho, coração e emoção. Temos de sonharpara construiro nosso lugar!

> Ana Cristina, 8.ºD

Da janela do meu quartoDa janela do meu quartovejo gatos a passear,pássaros a chilreare cães a ladrar.Tudo isto é belezavinda da natureza.Vejo também os carrose os meuspequenos lagos.Não vou descrever maiso que vejo do meu quartoporque…já estou a ficar farto!

> José Araújo 7.ºC

Quis um dia voar

Um dia (não sei bem quando) esperei voarVoar mais alto e ainda mais,até atingir o céu.Eu tentei, sim tentei...Podia ter sido contigo ou sozinhaquero voar, deixam ?

Não quero ser normalQuero ser apenas euE eu? Eu… quero voar.

> Francisca Pinto, 9.ºA POSIa

Retrato de homem para equinócios sem voz: segredos e lábios

“[…] daí é que nos veio a única certeza que temos […]em uma noite tão profunda como aquela nos perderemos.”

José Saramago, Todos os Nomes

é hoje o diaequinócio, outono, setembroe todo o tempo que se desprende do que há de morrer.

o meu espanto é maior do que a bocaporque caibo numa folha secae no fruto vermelho que se estende na ervadepois de rejeitado pela mão que o desejou.é hoje o diae as manhãs despedem olharessobre um vento a endurecer os rostose luzes de cais a anunciar partidas,apenas o perfume das orquídeas permanececomo derradeira verdade dos sentidos.

e deixamos de confiar no poemano poetana metáforae em todas as mentirasneste equinóciocom pronúncia de outonoe voz de setembro esquecido[de repente parece que o mundo murchoupara os que amam por acasonestes dias lentos].

é hoje o dia:já asfixiei alguns sonhose deixei de responder à saudade;é que o coração não tem estaçõese seria criminoso deixá-lo morrer de frio.

> Professor Jorge Pimenta

Ser Poeta éTer imaginação Pensar com o coração Ter a alegria Que transforma.

> João Torres, 6.ºE

E

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> CRONICAGEM16

Há filmes que nos marcam para a vida; o da minha vida é o “300”.

A ação de 300 passa-se na Grécia antiga, mais precisamente

no reino de Esparta, uma cidade-estado governada por

um feroz rei, Leónidas, que lutara contra tudo para passar

o terrível processo de iniciação dos guerreiros espartanos,

tendo regressado à sua amada Esparta já como rei.

Mais tarde, viria a receber uma ameaça do rei persa,

Xerxes, que se aprestava para tomar a sua terra e escravizar

o seu povo. Contra o poder do oráculo e desalinhado da

decisão do conselho espartano, Leónidas levou 300 dos

seus melhores soldados para a guerra, tendo sofrido a

mais gloriosa das mortes: lutar pelas suas crenças e pela

sua vontade de manter a paz e a liberdade. É verdade que

deixou a sua mulher viúva e o seu filho órfão de pai, mas

conseguiu que toda a Grécia se unisse e lutasse contra a

ameaça.> João Ribeiro, 9.ºA

Sou fã de boa música e de entre as diferentes bandas que aprecio há uma que ganha saliência: Guns N’ Roses, a banda americana de hard rock, formada na Califórnia, já em 1985.A sua produção tem sido prolífica (já lançou seis álbuns de estúdio, três EPs e um álbum ao vivo), para minha satisfação e a de todos quantos a seguem com interesse. Não admira; afinal existem há mais de 25 anos, ainda que

Ontem à noite, na discoteca “Savana”, em Famalicão, foi encontrado, pelo porteiro, um belo sapato de cristal.

Ainda não há certezas, mas suspeita-se que tenha sido perdido pela jovem que dançava com um rapaz muito culto, de beleza extrema, e um dos mais ricos da cidade. Este frequenta muito a referida discoteca, pois, de acordo com o que conseguimos apurar, queria encontrar o amor da sua vida.

A suspeita proprietária do sapato, de acordo com o que foi possível averiguar, era maltratada pela sua família, mas naquela

noite transformou-se numa verdadeira princesa.

O jovem rapaz, vítima de amor à primeira vista, ficou destroçado, pois não sabia o que fazer para encontrar a

rapariga. Hoje, pela manhã, informou que fará feliz e amará para sempre a jovem a quem servir o sapato.

> Flávia Miranda e Sara Lemos, 8.ºB

Feijoeiro sem fimPensa-se que o enorme feijoeiro que esta noite germinou junto a uma residência, no entroncamento de Fralães, terá tido na sua origem cinco feijões que a mãe de um rapaz atirou pela janela fora em circunstâncias ainda não explicadas. Tal facto terá provocado a curiosidade do seu filho e tê-lo-á levado a trepar pelo feijoeiro. Esta manhã ainda não tínhamos mais informações concretas sobre o paradeiro do rapaz.

Sabe-se apenas que está nas nuvens e que a qualquer momento pode descer. Alguns vizinhos adiantaram-nos que viram João a sair muito cedo de casa dirigindo-se para o feijoeiro. Os seus colegas que frequentam a escola de Viatodos asseguraram-nos que ele não compareceu às aulas e que tinha falado em cinco feijões mágicos que lhe tinham dado, mostrando-se ansioso para verificar se realmente eram mágicos.A mãe já informou a polícia judiciária sobre esta ocorrência inédita, encontrando-se o caso sob investigação.

> Cátia Casanova e Patrícia Ferreira, 8.ºA

Filmes da Minha VidaGuns N’ Roses

num percurso de altos e baixos, com mexidas na sua composição original, sendo certo que presentemente, da formação original, apenas se mantém o vocalista – o conhecido Axel Rose. Nem Slash, o carismático guitarrista, resistiu às mudanças no interior da banda.

Aquilo que mais me agrada nesta banda é a sonoridade moderna, agressiva, plena de riffs de guitarra que se alçam acima das nuvens, em decibéis delirantes. É justamente essa a razão por que a prestigiada revista Time elegeu o solo em Sweet Child of Mine como o melhor riff de rock de 2004.Para além desta, valerá bem a pena deitar o ouvido a November Rain, Don’t Cry e Knocking on Heaven’s Door.

> Marco Sá, 9.ºA

QUEM SABE UM CONTO…

CRIA UMA NOTÍCIA.

Sapatos intemporais Ouro no

talhoOntem, na freguesia de Fonte Descoberta, encon t r a r am-se vestígios de ouro numa galinha. Esta foi encontrada num talho, na referida freguesia – Talho do Costa –, onde estava pronta para ser vendida.

O dono do talho, ao aperceber-se deste acontecimento, contactou de imediato os fornecedores da galinha que se dirigiram ao estabelecimento no mesmo instante. Também foi contactada a polícia judiciária que informou que existia dentro da galinha um valor muito significativo em ouro.

Tanto os donos da galinha, como as testemunhas deste acontecimento, o dono do talho e dois dos seus funcionários que se encontravam no local na hora da descoberta do ouro, irão a interrogatório na próxima semana.

> Cátia Costa e Catarina Araújo, 8.ºA

Amor à prova de fogoOntem, um soldado envolveu-se num incêndio provocado por foguetes lançados na Festa da Isabelinha. Este incêndio, que depressa alastrou por toda a zona, provocou o pânico nas pessoas que se encontravam no local, próximo da Escola do 2.º e 3.º Ciclos de Viatodos.

Segundo conseguimos apurar, uma jovem bailarina saltou para o meio das chamas para salvar o soldado que não tinha uma das pernas e não poderia deslocar-se.O casal de apaixonados não se conseguiu salvar, devido à intensidade do fogo que o cercou, apesar de todos os esforços despendidos pelos Bombeiros de Viatodos. Acabaram por morrer abraçados, envoltos em fumo que, segundo algumas testemunhas, formou um coração que rapidamente se desvaneceu.

> Bruna Rei e Graciana Carvalho, 8.ºB

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17> A ESCOLA EM MOVIMENTO

Tudo é de tudo o que passa – assim se refere Jordi Virallonga, poeta catalão, aos homens, às coisas e à vida. Nada permanece eterno senão na memória, e a disciplina de Área de Projeto, com maior ou menor contestação, acabou por entrar na sua derradeira e definitiva estação: a da extinção.

Num olhar retrospetivo para alguns dos trajetos que esta disciplina foi alimentando, invocamos, aqui, a derradeira experiência do Projeto Crescer no Palco, um espaço de sensibilização para a comunicação teatral, para além de potenciação de capacidades de expressão dramática. Desta vez, a turma E do 9.º ano (do ano letivo 2010/2011), preparou, encenou e representou a peça de Gil Vicente Auto da Barca do Inferno – seguramente uma das mais lidas, encenadas e vistas peças de teatro escritas em português.

Poderá pensar-se Oh, não, esta peça outra vez?, tantas são as vezes que é estudada e, talvez por isso mesmo, vista por alunos e professores, em diferentes propostas, ao longo dos anos. Todavia, não conjuguemos planos que, na génese, pertencem a quadros distintos: por um lado, existe a peça, património do dramático, objeto de estudo na sala de aula, como tantas outras; por outro lado, existe a representação proposta por companhias de teatro mais ou menos credenciadas, de norte a sul do país, em sequências de espetáculos a que todos os nossos jovens de 9.º ano assistem; num terceiro plano, existe a apropriação do texto e a sua interiorização em cima do palco, por recurso a um conjunto de linguagens (dramática, cenográfica e musical) que complementam a linguagem académica (tantas vezes teórica e

teorizante), consubstanciando-se esta nova ação numa aprendizagem segura, sustentada e significativa, ou não fosse polida pelo crivo da experiência. É esta última dimensão a que aqui testemunhamos.

Os trabalhos arrancaram bem cedo, no início do ano letivo, por altura em que se procedeu à atribuição de papéis pelos 23 alunos da turma, logo após um breve casting baseado, quase que exclusivamente, na leitura de trechos de cada cena. Seguiu-se o trabalho de memorização do texto em simultâneo com os primeiros movimentos de palco para desinibir a ajudar a interiorizar a personagem, os seus tiques e comportamentos.

Já no segundo período, foram tomadas decisões relativamente aos adereços (integralmente recolhidos e, quando necessários, construídos de raiz pelos alunos e seus encarregados de educação) e ao som a incorporar na representação (que contou com uma seleção que ia desde música palaciana até ao Heavy Metal, havendo ainda incursões pela música clássica e cinematográfica de permeio). Foi nesta fase que o Professor de Educação Visual, Francisco Assis, projetou, concebeu e concretizou, juntamente com um grupo de alunos da turma, toda a cenografia da peça. A definição de aspetos

pendentes acabou por ser solucionada pelo Professor Zé Manel que, com a sua experiência e voluntarismo, resolveu franjas sensíveis que acabariam por tornar-se determinantes no desenvolvimento dos trabalhos (ex.: sistema de som, adereços que os alunos não conseguiram recolher, cortina no palco, etc).

Eis-nos, assim, chegados ao dia por todos esperado. Foi no 29 de junho que os Encarregados de Educação, familiares, Professores e amigos dos “atores” se deslocaram à escola para assistir ao trabalho de um ano que se materializou em cerca de uma hora. Uma sala quase repleta, aplausos com o brilho nas mãos, algumas lágrimas esquivas e um Gil Vicente que teima em permanecer junto de nós (apesar dos 500 anos de vida) são o garante maior de que a iniciativa cumpriu integralmente tudo quanto os seus promotores idealizaram.

Um ano desaparecia como areia breve por entre os dedos dos jovens atores. 60 minutos parece pouco tempo para tamanha empresa; é este o tempo dos

homens, aquele com cuja tinta se escreve a própria eternidade…

ainda que no papiro da memória.

> Professor Jorge Pimenta

Projeto Crescer no Palco Representação da peça Auto da Barca do Inferno

DEPOIMENTOS

Representar o Auto da Barca do Inferno foi uma experiência inesquecível! Aquilo que, de início, parecia impossível, acabou por nos surpreender positivamente a todos. Foi realmente muito bom!

> Isabel Magalhães (ex-aluna do 9.ºF)

Eu gostei muito de participar na representação da peça Auto da Barca do Inferno; foi uma experiência única. Cada ensaio que tínhamos era uma aventura e uma descoberta que culminou com um momento eterno: a representação.

> Sandra Oliveira (ex-aluna do 9.ºF)

Participar na representação da peça de teatro Auto da Barca do Inferno foi uma experiência incrível e que jamais esqueceremos, pois com ela melhorámos a nossa capacidade de interpretação de textos e a nossa capacidade de interação com as pessoas. Também promoveu um maior convívio entre os vários elementos da turma, nomeadamente, a interação entre professor-aluno e aluno-aluno.

> Anabela Santos e Marisa Furtado (ex-alunas do 9.ºF)

O teatro é a vida – diziam os professores.

Assim que cheguei ao palco, pensei:

- E não é que é mesmo?!

> Anónimo (ex-aluno do 9.ºF)

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> O SOM E A LETRA / EFEMÉRIDES / BIBLIOTECA18

Viviam-se em Portugal, no século XVIII, momentos de grande euforia cultural. A corte de D. João V era uma das mais ricas e esplendorosas da Europa.

Justificava tanta pompa a riqueza acumulada com a entrada dos produtos oriundos das parcelas de além-mar, conquistadas anteriormente pelos portugueses.

Reflexo dessa riqueza e da grande paixão pela música, por parte de D. João V, a igreja do Real Palácio de Mafra fora apetrechada com seis órgãos e as torres com dois enormes carrilhões. A Ópera italiana dava a sua entrada em Portugal e o cravo continuava no seu apogeu.

Sendo a Itália o centro musical de maior importância na época, D. João V enviou para lá músicos portugueses para obtenção de uma melhor formação.

O cravo, como instrumento de tecla mais procurado por todos os amantes da música, especialmente pela elite, era utilizado para música de salão. A própria rainha Maria Ana o tocava. Em Portugal, Carlos Seixas era o cravista mais conceituado e muito próximo da corte. D. João V, porém, trouxe para Portugal Domenico Scarlatti como professor de seu irmão, D. António, e de sua filha, Maria Bárbara (Scarlatti seguiria com Maria Bárbara para Espanha aquando do seu casamento com o futuro rei daquele país. Aí morreu em 1757, aos 72 anos de idade).

Scarlatti, filho de outro grande compositor italiano, Alessandro Scarlati, nasceu em Nápoles e teve a possibilidade de exercer a sua atividade musical – de estudante a músico – em locais importantes como Veneza, Roma e Vaticano. Tendo-se dedicado a alguns géneros musicais como a ópera e música religiosa, é como cravista e, sobretudo, na forma Sonata, que mais se evidencia, deixando mais de 500 obras escritas deste género.

A música de tecla para cravo passou a ser adotada pelo piano, quando este se impôs como um instrumento mais propício ao envolvimento de emoções. É o

piano que, num estilo próprio, vem a herdar do cravo todo o seu repertório.

A música de Scarlatti faz parte do programa de estudo obrigatório dos pianistas, sobretudo pela resolução e desenvolvimento de destrezas técnicas e interesse estilístico, único no género. São curiosas as inovações harmónicas, aspetos formais e, de um modo geral, a elegância e graciosidade.

> Professor Zé Manel

Para ouvir (e sentir): Scarlatti, Sonata K. 455 para cravo http://www.youtube.com/watch?v=8yhd-dpC_7o

A Estátua da Liberdade, ao largo de Manhattan, cumpriu, no passado dia 28 de outubro, 125 anos. Durante décadas deu as boas-vindas aos imigrantes que chegavam de barco às terras do Tio Sam. “Deem-me os cansados, os pobres, as massas amontoadas que anseiam por respirar em liberdade” é a mensagem inscrita na base da estátua, inaugurada nos idos de outubro de 1886.

A Estátua da Liberdade foi um projeto difícil de concretizar. Era suposto ter ficado pronta em 1876, um século depois da Declaração de Independência dos EUA, mas acabou por só ser erguida uma década depois disso, no dia 28 de outubro de 1886. 125 anos depois, a Estátua da Liberdade está em festa.

Um processo difícilO processo de instalação da Estátua da Liberdade na Liberty Island – bem perto do sul da ilha de Manhatan – foi tudo menos fácil. A ideia da construção da estátua terá partido de um comentário feito pelo professor francês Edouard René de Laboulaye que, em 1865, terá dito: “Se se construísse um monumento nos Estados Unidos em memória da sua independência, creio que o natural seria construir algo que unisse os esforços dos dois países”.

O escultor Frédéric Bartholdi terá ouvido este comentário e levou a ideia a sério. No início de 1871 viajou até aos EUA para tentar encontrar aliados para o projeto, que deveria ficar concluído a tempo do primeiro centenário da independência.

O que ficou acordado foi o seguinte: os americanos ficariam responsáveis pela construção da base da estátua e os franceses pela construção da estátua propriamente dita.

Mas o tempo foi passando e de ambos os lados do Atlântico a tarefa de financiamento do projeto foi-se revelando difícil. Até que o Joseph Pulitzer – editor de jornais de então e cujo nome é anualmente celebrado na entrega dos Prémios Pulitzer – lançou, em 1884, uma campanha nos seus jornais

Estátua da Liberdade - 125 anosA biblioteca vai continuar a apostar na promoção do gosto pela leitura e aquisição de hábitos de leitura autónoma. Para tal, entre outras atividades, temos os seguintes concursos literários: pequenos, GRANDES LEITORES! e Concurso Nacional de Leitura, para os alunos do 2.º e 3.º ciclos, respetivamente.

Estejam atentos, consultem o regulamento e não deixem de participar!

Boas leituras!

Concursos de leitura

DOMENICO SCARLATTI NA CORTE PORTUGUESA

apelando ao financiamento do projeto. O repto foi ouvido. Passado menos de um ano conseguiu-se o dinheiro que faltava.

Por essa altura, em França, Frédéric Bartholdi contava com a ajuda de Alexandre Gustave-Eiffel, criador da Torre Eiffel, para conceber o esqueleto da Estátua da Liberdade, de forma a que pudesse ser uma estrutura desmontável mas sólida.

Desmontada em 350 peças, como um puzzle, para ser mais fácil de transportar, a Estátua da Liberdade ganhou forma no porto de Nova Iorque e, no dia 28 de outubro de 1886, os nova-iorquinos deram as boas-vindas a um dos seus símbolos mais icónicos.

http://sabesmais.com/viatodos/

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SOLUÇÕES

> À VOLTA DOS NÚMEROS 19

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1. Si

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100.

Com certeza já te interrogaste alguma vez: “Quem inventou a Matemática?”. Não se pode dizer quem a inventou, pois ela foi surgindo para responder à necessidade do Homem. Desde a Idade da Pedra, diversos povos deram o seu contributo à Matemática. Os egípcios utilizaram-na para construir pirâmides, diques, canais de irrigação e para estudos astronómicos. Os hindus desenvolveram o sistema de numeração posicional decimal que foi difundido pelos árabes e que é o sistema de numeração que hoje utilizamos. Os gregos, com os seus teoremas demonstrativos (recordas o Teorema de Pitágoras?), tornaram a Matemática uma ciência.

No que diz respeito aos símbolos e notações matemáticas, até ao século XVI, todas as expressões matemáticas faziam-se de uma forma complexa (por exemplo, 4 + 5 = 9 escrever-se-ia 4 et 5 aequatur 9). A utilização de símbolos mais adequados foi acontecendo ao longo de séculos, com vista a simplificar a escrita e facilitar a comunicação entre matemáticos, pois utilizavam-se notações diferentes para indicar as mesmas coisas.

Eis a origem de alguns símbolos e notações utilizados na Matemática que ajudaram a sua linguagem a tornar-se universal:

SÍMBOLO DE +: 4 + 5 era representada por 4 et 5. Com o passar dos anos, et (que em latim significa e) abreviou para “t”, donde se originou o sinal +.

SÍMBOLO DE –: 9-5 era representada por 9 minus 5. Com o passar do tempo, minus (que em latim significa menos) abreviou para 9m5 e posteriormente 9-5.

SÍMBOLO π: é a inicial da palavra grega perijereiα, que significa circunferência. Sabemos que π = 3,1415926535... é a razão entre o comprimento da circunferência pelo seu diâmetro.

SÍMBOLOS DE √: Este surgiu por semelhança com a primeira letra da palavra latina radix (raiz).

SÍMBOLO DE =: Tudo indica que o sinal de igualdade (=) foi introduzido pelo matemático inglês Robert Recorde, segundo o qual nada é mais igual que um par de retas paralelas.

SÍMBOLO de ∞ - O símbolo que indica o número infinito foi proposto pelo matemático inglês John Wallis, em 1655. Tem a forma de uma curva chamada “lemniscata de Bernoulli”. A razão da escolha dessa curva tem que ver com o seu traço, contínuo, uma forma sem começo nem fim.

> Professora Clara Pastore

SÍMBOLOS E NOTAÇÕES MATEMÁTICAS

Pitágoras descobriu que existe outra forma de calcular potências: através da soma de números ímpares. Ele descobriu que n2 é igual à soma dos n primeiros números naturais ímpares. Exemplo:

52 = 1+3+5+7+9 = 25

Na maior parte das ciências, uma geração põe abaixo o que a outra construiu, o que uma estabeleceu a outra

desfaz. Somente na Matemática é que cada geração constrói um novo andar sobre a antiga estrutura.

(Hermann Hankel)

Os sinais + e - modificam a quantidade diante da qual são colocados como o adjetivo modifica o substantivo.

(Cauchy)

O livro da natureza foi escrito exclusivamente com figuras e símbolos matemáticos.

(Galileu)

PROBLEMAS

FRASES MATEMÁTICAS1. Será que é possível

com oito oitos fazer mil?

2. Será que um entre vinte dá dezanove?

3. Qual é o fruto de sete letras que tem o número onze escrito lá dentro?

4. Quantos noves há entre 1 e 100?

5. Quando é que 1 + 1 é igual a 3?

CURIOSIDADES

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TESTE PARA IRRITAR INTELIGENTES1. Estás a participar numa corrida. Ultrapassas o segundo concorrente.

Em que lugar estás?

2. Se ultrapassares o último concorrente na corrida em que lugar ficas?

3. O pai da Maria tem cinco filhas: Naná, Nené, Nini, Nonó e … Qual é o nome da quinta filha?

4. Matemática complicadíssima… Não podes usar a calculadora, nem papel e lápis, utiliza apenas a tua cabecinha… Faz um esforço… Considera o número 1000. Soma-lhe 40. Agora, soma mais 1000. Soma 30. Soma mais 1000. Adiciona 20. Volta a juntar 1000. Soma 10. Qual é o total?

> Recolha feita pelo aluno Vítor Campos, 8.º C

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Quadrado mágicoA soma dos números em qualquer linha, coluna ou diagonal principal é sempre a mesma.

Soluções:PASSATEMPOS ACORDO ORTOGRÁFICO

Soluções:Matemática

O DESPERTAR 65

Page 20: Odespertar65

Era uma vez um rei dos dragões que se intitulava Rei-Dragão. Vivia na Grécia, num vulcão, na ilha de Santorini.

Rei-Dragão era imortal e apenas uma lança perdida o poderia matar. Tinha um ar grandioso e, apesar de musculado, tinha um rosto sereno, de onde brotavam um par de olhos verdes e a pele azul como a cor do mar de Santorini. Era solitário, corajoso e quando espirrava deitava fogo até cerca de cinquenta metros.

Certo dia, Rei-Dragão, curioso em saber como seria uma lança perdida, resolveu ir à sua procura com a intenção de a destruir. Sabia que não a poderia tocar, pois morreria. Assim, chamou os seus súbditos e ordenou-lhes que partissem em busca da lança.

Passaram-se anos e os seus servos não regressaram. Resolveu ele próprio sair em busca da lança. Em Pisa, descansou junto à torre vergando-a com o seu próprio peso. Meteu-se por mares desconhecidos, rios subterrâneos, altas e frias montanhas, atravessando a Europa, em direção ao Norte. Deu de caras com o Báltico e resolveu descer. Correu a França até ao sul, descansou em Oloron e consta-se que foram os seus dias mais felizes, pois comeu muito chocolate e muito queijo, que tanto adorava. Atravessou os Pirenéus, seguindo por terras de Navarra e caminhos de Santiago, deixando o seu rasto pelo chão.

Tudo mudara na paisagem! Dias quentes, noites frias, e cansado, muito cansado, rastejou até Viatodos, um pequeno lugar ao sul da Galiza. Aí deixou-se desfalecer. Dormiu, sem parar, 40 dias e 40 noites, até que um dia acordou com um sol radioso e um céu azul, tão azul que o fez recordar o mar de Santorini. Lembrando-se da sua terra natal, ficou tão emocionado que uma lágrima descaiu pelo rosto. Um raio de sol atravessou a lágrima, transformando-a na lança perdida que o fulminou.

Hoje, repousa tranquilamente em terras de Viatodos, tendo trocado a sua pele azul de Santorini pelo ouro do sol dourado de Portugal.

> 6.ºD – 2010/2011

Na semana de 06 a 10 de junho de 2010, Viatodos foi o epicentro de um encontro europeu, no quadro do já nosso conhecido Projeto Comenius.

Viatodos foi o local escolhido pelo grupo de trabalho para a reunião final de balanço do primeiro ano de projeto e lançamento do trabalho por cumprir, no segundo ano. No encontro estiveram representados os cinco países intervenientes, com comitivas de alunos e professores portugueses, espanhóis, franceses, alemães e gregos. Com efeito, marcaram presença no evento duas professoras gregas, da escola de Perama; cinco professoras e outros tantos alunos franceses, da escola Les Cordeliers; três professores e três alunos franceses do Liceu Agrícola de Soeix, França; três professores e duas alunas de San Adrian, no norte de Espanha; três professoras e três alunos alemães, de Hamelin.

Para além das reuniões de trabalho calendarizadas,

os professores e os alunos envolvidos tiveram oportunidade de contactar com a diversidade do nosso país, tendo, por isso, participado em visitas a Braga, Barcelos, Porto e, como não poderia deixar de ser, até por se constituir como âmago de todo o projeto, ao Parque Nacional da Peneda-Gerês.

O encontro saldou-se por um sucesso sem precedentes, tal foi a envolvência e a disponibilidade da toda a comunidade escolar, sem exceção, bem assim como o trabalho de equipa, tanto na escola como fora dela. Nessa medida, e enquanto impulsionadora e ex-coordenadora do projeto, aproveito para deixar, a todos quantos colaboraram connosco, o meu agradecimento, ao mesmo tempo que desejar as maiores felicidades à nova equipa portuguesa do Comenius.

> Professora Guilhermina Vieira

Projeto Comenius Encontro de escola parceiras em Viatodos

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erês No dia 15 de outubro, a equipa Comenius, a

turma D do 8.º ano e os respetivos encarregados de educação efetuaram uma visita ao Parque Nacional Peneda-Gerês, a fim de constatarem, bem de perto, a intervenção do Homem na natureza, bem como a biodiversidade que caracteriza este local.

Foi com grande entusiasmo e um elevado grau de satisfação que os alunos e seus familiares vivenciaram o dia, que envolveu, entre outras

atividades, a recolha de imagens que servem de base ao nosso trabalho, já iniciado no ano transato.

É de salientar a disponibilidade da Professora Guilhermina Vieira, pioneira do Projeto, que, apesar de não fazer parte do corpo docente da nossa escola, não se cansa de nos dar apoio e incentivo.

> A Equipa Coordenadora do Projeto

> PROJETO COMENIUS20O DESPERTAR 65

A lança perdida

Page 21: Odespertar65

Vida animal, fauna e flora do GerêsA vida na serra do Gerês é pacata, sem poluição nem tecnologias, o que faz emergir uma beleza natural ímpar, sendo recorrente depararmo-nos com espécies raras, como a carqueja, o medronho, o castanheiro, o carvalho, o pinheiro bravo, o carrasco, o feto, a fentelha e o azevinho, sempre tão lindo sarapintado de bolas vermelhas.

A atapetar os solos, pedras e montes põem a descoberto a erosão. Encimando-as, cabras, vacas barrosãs e garranos, espécies que apenas se encontram neste parque natural.

Das barragens aos parques radicais, cascatas e lagoas, tudo nos leva a pensar o quão seria bom viver nesta pureza de ares!

Eis o parque, lugar para desfrutar dos passeios que lavam a alma e nos enriquecem.

> Encarregada de Educação de Rafael Fonseca, 8.ºD

Visita ao Parque Nacional da Peneda-Gerês: a voz de um encarregado de educação

> PROJETO COMENIUSO DESPERTAR 65

21

A epopeia Comenius começou bem cedo, no dia 4 de junho, sábado, pela manhã. A comitiva espanhola chegava a Viatodos tendo os seus elementos sido recebidos pela Rosa, Eduarda e Márcia. De tarde, chegaram os franceses do Liceu Agrícola e do Colégio de Les Cordeliers, então recebidos pela Marisa, Tânia, Ana Isabel, Marco Sá, Marco André, Bruno e José Miguel. No domingo, dia 5 de junho, durante a tarde, a Francisca, a Mariana e o João Miguel acolhiam a comitiva germânica, que entretanto se anunciara, completando o grande grupo que participou nesta reunião (a comitiva grega não envolvia, desta vez, alunos).

Uma vez instalados, deu-se corpo às iniciativas projetadas anteriormente. Desde logo, com a receção na escola, pelo Diretor, professor Fernando Martins, na segunda-feira de manhã, ao que se seguiu um conjunto de atividades no interior da área escolar tais como a observação de aulas de diferentes turmas.

O quarto dia Comenius (terça-feira) levou-nos para o exterior, de visita ao pulmão da região norte de Portugal: o Parque Nacional da Peneda-Gerês. De

um programa intenso e extenso, destaca-se a caminhada pelas trilhas de montanha, em redor de uma das mais belas serras de Portugal.

No dia seguinte, quarta-feira, os correspondentes foram, de manhã, visitar o distrito de Braga, com especial destaque para a sua cidade-sede. De tarde, iniciaram um trabalho de Land Art, cá na escola (e que se encontra em exposição permanente), que viria, mais tarde, a contar com a nossa colaboração. Ao cair da noite, realizou-se um jantar de despedida, pois os alunos do Liceu Agrícola iam regressar a França na tarde do dia seguinte. No jantar, para além das delícias gastronómicas e de um show de fados, alguns alunos cantaram e dançaram rancho, para dar a conhecer aos nossos correspondentes estrangeiros um pouco da nossa tradição de raízes populares.

Quinta-feira foi o dia da nossa cidade – Barcelos. Os jovens Comenius viajaram até à cidade do galo logo pela manhã, tendo conhecido a feira, a Igreja do Senhor da Cruz e outros monumentos de interesse histórico-patrimonial. De tarde, e já de regresso à escola, concluíram o trabalho de Land Art.

Sexta-feira anunciava a despedida; foi um dia inteiramente dedicado à invicta cidade do Porto e aos mil e um focos de interesse que ela tem para nos oferecer.

No sábado, o programa fechava com o regresso dos correspondentes aos respetivos países.

Para trás ficava uma semana de emoções vivas, fortes, que cruzou pessoas de diferentes países, com as quais aprendemos que, mesmo estando perto uns dos outros, os nossos costumes, línguas e tradições são diferentes e assim permanecerão mesmo que num mundo cada vez mais global e globalizador. Foram algumas as dificuldades de comunicação, é certo, todavia, à margem da linguagem (que Saint-Exupéry define como fonte de mal-entendidos), conseguimos criar grandes amizades, tanto com os nossos correspondentes, assim como com os correspondentes dos nossos colegas. Não será essa a maior e melhor forma de crescimento?

> Francisca Pinto e Marisa Brito, 9.ºA

COMENIUS: reunião de junho em ViatodosDiário de bordo

Page 22: Odespertar65

> A VOZ DOS MAIS PEQUENOS22

As escolas de hoje são cada vez mais confrontadas com as dificuldades de linguagem apresentadas pelos seus alunos, sabendo nós que a linguagem tem um papel fundamental nos processos de desenvolvimento e da aprendizagem. Contudo, nem todas as crianças desenvolvem a linguagem normalmente; existem casos frequentes de crianças que apresentam problemas a esse nível no início da escolarização.Referimo-nos, frequentemente, à linguagem como sendo apenas a ideia de falar, ou seja, a linguagem oral; costumamos, aliás, pensar que a criança que tem algum tipo de problema numa destas habilidades (falar ou entender) tem, consequentemente, problemas de linguagem. Todavia, a linguagem é mais do que o ato de falar e de entender; é uma representação interna da realidade construída através de um meio, uma forma de comunicação socialmente aceite.Tendo em conta a problemática dos atrasos no desenvolvimento da linguagem, foi realizado um estudo,

“O desenvolvimento da oralidade é um processo gradual, natural, e informal, todavia, algumas crianças apresentam algumas dif iculdades durante estas fases, o que poderá comprometer o desenvolvimento da linguagem.”

(Educação, 2003)

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no ano letivo 2010/2011, com o objetivo geral de verificar a prevalência de crianças com atraso no desenvolvimento da linguagem no 1.º ano do 1.º ciclo no Agrupamento de Escolas Vale d’Este. O estudo foi constituído pela avaliação das crianças nas seguintes áreas: avaliação fonética/fonológica, avaliação de fonemas e grupos consonânticos e avaliação da autoestima. Foi ainda realizado um questionário aos Pais/Encarregados de Educação e à Professora da turma. Todos os princípios de ética foram cumpridos, tendo sido pedido aos Pais/Encarregados de Educação autorização para a avaliação das crianças.A amostra foi constituída por todos os alunos do 1.º ano, das 11 Escolas de Ensino Básico do Agrupamento (proporção de participação – 100%). Foram avaliadas 139 crianças, sendo que 61 (43,9%) eram do sexo feminino e 78 (56,1%) eram do sexo masculino. A idade média das crianças era 6,36 anos ± 0,482. Todas as crianças frequentaram o jardim de infância, sendo a média de frequência de 2,68 anos ±

0,683.O estudo permitiu-nos verificar que a prevalência de crianças com atraso de Linguagem a frequentar o 1.º ano do 1.º ciclo do Ensino Básico no Agrupamento de

Escolas Vale d´Este é de 13,7% e que os fonemas e grupos consonânticos mais afetados são aqueles com a letra “r”. Verificou-se que, na opinião dos pais, as crianças com problemas de linguagem apresentam maiores problemas de aprendizagem a Língua Portuguesa do que as crianças sem distúrbios

de linguagem. Verificou-se ainda que existem diferenças estatisticamente significativas na autoestima entre as crianças com e sem problemas de linguagem, sendo que as crianças com problemas de linguagem têm pior autoestima. Considerando o papel essencial que a linguagem tem no processo de aprendizagem, as crianças com problemas de linguagem constituem um grupo que merece particular atenção. As suas dificuldades colocam aos professores e aos Pais/Encarregados de Educação desafios que necessitam de ser encarados e analisados, para que o sucesso na aprendizagem escolar e a melhor autoestima sejam uma realidade. A todos os Pais/Encarregados de Educação, professores e alunos que de alguma forma contribuíram para a realização deste trabalho, participando ou manifestando interesse pelo desenvolvimento do mesmo, muito obrigada. Estamos desde já convictos de que valeu a pena.

> Professora Adelaide Araújo

No dia 17 de outubro, os alunos e professoras da escola do 1.º ciclo de Rio Covo, Santa Eulália, foram à casa da avó de um aluno do 4.º ano ver a confecionar o pão. A D. Irene mostrou-nos um moinho elétrico,

para moer o milho. Depois, vimo-la a misturar todos os ingredientes necessários para a confeção do pão. Primeiro, colocou a farinha de milho; depois, num alguidar, deitou água quente, sal e fermento de padeiro. A seguir, juntou tudo dentro da masseira. Nós, os alunos, três de cada vez, fomos misturar tudo dentro

da masseira. Depois de todos os ingredientes misturados, deixámos a massa a levedar durante 30 minutos. Como a massa demorava muito tempo, a D. Irene já tinha preparado uma massa e usou-a para a confeção do pão, colocando-a no alguidar. À medida que o fazia, deitava um pouco de farinha para o pão não queimar na cozedura. Para colocar e retirar o pão do forno de pedra, usou uma pá para apadejar. Depois de já estar cozido (cerca de 30 minutos), a D. Irene retirou-o do forno e pousou-o numa mesa. Todos os alunos e professoras lancharam o pão quente com manteiga, sumo, batatas fritas, amendoins e bolachas.No final do lanche, fizemos um resumo oral da atividade e também cantámos canções do outono.Esta atividade foi muito enriquecedora e interessante. Aprendi tudo o que é preciso para fazer o pão que chega à nossa mesa para o consumirmos às refeições!

> EB1 Rio Covo Santa EuláliaCatarina Cunha, 4.º ano

No dia 4 de outubro, a nossa escola e alguns familiares participaram numa desfolhada, que decorreu na casa dos avós do nosso colega André.Depois de desfolhado o milho, o pai do nosso colega André pôs as espigas na malhadeira para separar os grãos do caroço. No fim da desfolhada, fomos merendar melão, bolinhos de bacalhau, pataniscas, panados, rissóis, chouriça assada, pão de milho, uvas, sumos. O merendeiro foi animado pelo irmão da minha colega Inês que tocou acordeão, pondo todos os familiares e meus amigos a cantar e a dançar.Nós brincámos muito a saltar, a correr, a jogar à apanhadinha.Gostei muito de desfolhar o milho com os meus colegas da escola.

> Inês Isabel Faria, 3.º ano

CONFEÇãO DO PãO NA COMUNIDADEDESFOLhADA COM A COMUNIDADE

Beat

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O DESPERTAR 65

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23> A VOZ DOS MAIS PEQUENOS

Com o objetivo de recriar tradições agrícolas dos nossos antepassados, fizemos uma desfolhada com a colaboração de alguns elementos da comunidade, na aldeia de Chavão.A família da Teresa, como já vem sendo hábito, preparou-nos um cenário em tudo idêntico àquele que por esta altura do ano costumavam vivenciar os nossos avós.As crianças, alegres, entoavam algumas cantigas. No final da tarefa, fomos agraciados com um lanche digno de verdadeiros agricultores.

> Jardim de Infância de Aldeia Chavão

No dia 12 de setembro, recebemos na Escola EB1 de Viatodos a Dra. Manuela Mota Ribeiro para uma palestra, destinada aos encarregados de educação, sobre a importância de cumprir determinadas rotinas com as crianças. Na sessão de trabalho, foram deixadas diversas pistas para o estabelecimento de relações baseadas no afeto e no estabelecimento de regras, para a ajuda que os pais podem dar às crianças em idade escolar e para a promoção de momentos mais significativos em família.

Nos dois dias seguintes, 13 e 14 de setembro, realizámos a receção aos alunos e a cerimónia de apadrinhamento, duas iniciativas que envolveram a Comunidade Educativa. Do programa

Na sequência do desenvolvimento do ciclo do pão, nomeadamente da desfolhada concretizada recentemente, comemorámos o Dia Mundial da Alimentação, tendo como base o milho. Assim, no período da manhã, os alunos assistiram ao grelhar de espigas de milho que comeram após terem sido barradas com manteiga. A entidade que confeciona o almoço para servir às crianças foi contactada para incluir o milho na ementa deste dia. No período da tarde, as crianças foram reunidas na cantina para observarem a Assistente Operacional a fazer pipocas e, enquanto esta terminava essa tarefa, deslocamos todas as crianças para a sala do jardim de infância para visionarem a história “A galinha ruiva”. Para terminar o dia, comeram as pipocas.

Um dos principais objetivos da EB1/JI de Fonte Coberta, em complemento com os programas PASSE e PASSEzinho, é incutir nos jovens hábitos de alimentação saudável. Neste sentido, vamos desenvolver ao longo do ano o projeto do ciclo do pão, sendo este mais um projeto com um conjunto de atividades de articulação entre os dois níveis de educação e ensino. Assim, no dia 7 de outubro, promovemos uma desfolhada à moda antiga.

Saímos da escola cantando canções alusivas ao evento e, chegados ao local, o sr. Artur já tinha cortado alguns pés de milho para os mais pequenos fazerem a desfolhada, enquanto os mais altos, acompanhados dos familiares, iam desfolhando o restante milho, cantando as canções do “milho verde” e do “grão de milho”. As espigas eram colocadas em sacos e, depois, no trator para serem levadas para a eira. Aí chegadas, era já tempo do merendeiro, uma

vez que a fome e a sede apertavam. Todos degustaram os bolinhos

de bacalhau, as pataniscas, os rissóis, o presunto, a chouriça…

e até uma pizza onde o milho, o ingrediente principal, condizia com o momento. Findo o merendeiro, as crianças puderam observar a malhadeira a separar os caroços dos grãos de milho. No final, o sr. Artur

e a esposa, com a ajuda das crianças, espalharam o

milho na eira para, exposto ao sol de verão deste outubro

bem quentinho, secar os grãos amarelos do milho.

Foi uma viagem ao passado dos nossos ascendentes, relembrando tradições já um pouco esquecidas,

não tendo faltado a “lavradeira” vestida à época.

EB1 de Viatodos COM-VIDA

CICLO DO PãO: DESFOLhADA

da primeira, destaque para uma sessão de cinema infantil que terminou com experiências de pinturas faciais. Já a cerimónia de apadrinhamento contou com a apresentação aos alunos de um teatro de fantoches, de um lanche convívio, tendo culminado com a atribuição de um padrinho ou madrinha do 4.º ano a cada criança do 1.º ano de escolaridade. Os alunos mais velhos presentearam os recém-chegados com uma pequena lembrança construída pelos próprios e assumiram a responsabilidade de facilitar a

entrada na escola dos mais novos, dando uma ajuda na integração e brincadeiras nos recreios, na mediação de conflitos entre pares, na aprendizagem de jogos e na aquisição das regras da escola.

Com o objetivo de comemorar o Dia da Música, no dia 3 de outubro, os alunos da nossa escola foram recebidos na Academia de Música de Viatodos, numa atividade sugerida pelos docentes da E.B. 1 de Viatodos. Os alunos de cada turma foram recebidos por um grupo de professores da Academia que promoveram momentos lúdicos de aprendizagem efetiva durante os quais aqueles foram incentivados a explorar o corpo como primeiro instrumento musical, a compreender o uso da voz e a observar semelhanças e diferenças

entre vários instrumentos da família das cordas: violino, viola, violoncelo e contrabaixo.

A comemoração do Dia Mundial da Alimentação ocorreu no dia 17 de outubro com a presença da Dra. Eva Miranda que ajudou os alunos a refletirem sobre a importância de se alimentarem equilibradamente. Foram abordados aspetos como a necessidade de variar a alimentação tendo como suporte a roda dos alimentos; de preservar práticas de higiene dos alimentos comidos crus ou cozinhados; de evitar o consumo de alimentos ricos em sal, açúcar e gorduras e de centrar na água as necessidades de líquido do organismo.

> Escola EB1 de Viatodos

CICLO DO PãO: DIA MUNDIAL DA ALIMENTAÇãO

DESFOLhADA NA ALDEIA

> EB1/JI de Fonte Coberta

> EB1/JI de Fonte Coberta

O DESPERTAR 65

Page 24: Odespertar65

RECANTOS DE NATALCurta made in PortugalMaria sai de casa, com o filho ao colo, perfeitamente encaixado no início da anca. O dia ainda desconhece a luz pálida do sol. Hoje é o primeiro dia de inverno, de inverno a sério e não é preciso o calendário para o saber.No mesmo instante em que entrega o filho aos cuidados da ama, o marido atravessa a fronteira entre a Alemanha e a França. O cansaço é muito, mas a vontade de chegar a casa é maior.Na noite de consoada, mãe e filho partilham no mesmo prato a pobre refeição, enganando mais tarde o estômago com uma guloseima natalícia.Debaixo do pinheiro de plástico, comprado numa promoção com desconto em cartão, não há presentes. Desculpem-me os leitores, mas prefiro substituir por “nunca há presentes”.Não se sabe bem a hora, mas parece que o filho da Maria caminhou pela primeira vez, quando ouviu bater à porta. Quase que consigo imaginar que deve de ter aberto a porta ao seu pai, o seu Pai Natal.Uns quilómetros mais à frente, numa outra casa, de pessoas com outras posses, João traquina pergunta: Ó mãe, o Pai Natal é made in China?

QUADROS DE MÉRITO E EXCELÊNCIAA sessão solene de atribuição dos prémios de Mérito e Excelência aos alunos do Agrupamento de Escolas Vale d’Este, referentes ao ano letivo 2010/11, decorreu no sábado, dia 17 de dezembro, no salão dos Bombeiros Voluntários de Viatodos.Esta cerimónia, para além de encarregados de educação, professores e alunos homenageados, contou ainda com a presença do professor Fernando Martins, diretor do Agrupamento, do professor Miguel Fonseca, presidente do Conselho Geral, e da Dr.ª Armandina Saleiro, vereadora do pelouro da Educação e Cultura da CM Barcelos. Toda a reportagem na próxima edição d’O Despertar.

Dinamizada pelos professores de Educação Moral e Religiosa Católica, esta é uma atividade que já faz parte da cultura solidária da escola EB 2/3 de Viatodos. No presente ano letivo foram preparados 29 cabazes para serem entregues às famílias dos alunos mais carenciados da Escola.A campanha foi muito positiva, pois os alunos responderam afirmativamente ao apelo dos seus professores e, entusiasmados, empenharam-se na recolha de alimentos e na constituição dos cabazes.Os professores de EMRC agradecem o empenho dos alunos e, sobretudo, a generosa contribuição dos Pais e Encarregados de Educação.

> Professora Fátima Guimarães

Campanha de Solidariedade Cabaz de Natal

> Professora Raquel Mendes

> O Despertar