Ode ao espaço ocupado
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Transcript of Ode ao espaço ocupado
FODAM-SE os direitos autorais: Acreditamos que qualquer
expressão que sirva para melhorar, evoluir o sentimento e o
pensamento humano é um bem comum. Portanto não deve
ser considerada uma propriedade privada. Este trabalho pode
ser reproduzido ao todo ou em parte desde que não vise a
produção com finalidade de lucro. Viva o livre pensar,
expressar e sentir! Viva a livre poesia!! CITE A FONTE!
Contatos: http://putoeta.blogspot.com/
MONÓLOGO DAS CRIANÇAS
O sexo
A sexualidade
O nascer
O morrer
A morte
Tem ke esta presente
Em todos os momentos.
Da nossa vida
Do zero
Ao infinito.
(Avles - Uma criança normal, natural, roubará.
Simplesmente deseja satisfazer sua urgência
aquisitiva, ou, com seus amigos, deseja
aventuras.)
SOLILÓQUIO DO ABRAÇO.
Abraços de javali
Abraços de dragão-de-comodo
Abraços de caqui
Abraços de galinha
Abraços de jabuti
Abraços de quero-quero
Abraços de Sol
Abraços de maritacas
Abraços de gorila
Abraços de abutre do Himalaia
Abraços de coiote
Abraços de bisão
Abraços de girafa
Abraços de jaca
Abraços de putoesias
Abraços de coice-de-mula
Abraços de eis me aki
Abraçando todxs vocês.
Beijos de pé de jabuticaba.
(Avles - A realidade é proibida)
O DIÁLOGO
Ao “apertar um”
A fumaça comunicou-se com o cérebro
E assim nos amamos
Até o fim da noite Cérbero.
(Avles - Rimbaud tinha razão quando disse que
“tudo quanto ensinamos é falso”. )
ODE AO ESPAÇO OCUPADO
AVLES (sete meses e dois dias)
LAPUTOEMA
MONÓLOGO DO NIILISMO
Pergunte ao jazz
Ou ao jaz
O que ele acha da descoberta?
Pergunte a Flor Resta
O que ela acha da desobediência?
Pergunte as baleias, aos golfinhos...
O ke elas acham das instituições cadavéricas?
Pergunte as vacas leiteiras,
O ke elas acham da Nestlé e do Mac câncer Donald´s?
Pergunte ao bêbado Bezerra, o que ele acha dos bancos
que o rouba lentamente?
Pergunte a dona Nauá, lavadeira,
O ke ela acha de sua realidade?
Pergunte a Josefina, médica e curandeira,
O que ela acha da indústria farmacológica?
Pergunte aos seres ke são torturados todos os dias para
manter o estabelecido?
Pergunte aos de baixos,
o ke eles acham dxs de cima – ke só querem pra si?
Pergunte aos gorilas
o ke eles acham de seus primxs humanóides
ke xs assassinam para ter suas terras
e vender a barbárie?
Pergunte ao niilista
o que ele acha de vossa realidade.
amante do finale?
(Avles - Assim, houve senhores ke não quiseram dar
liberdade a seus servos. Era de esperar ke a igreja
liderasse um movimento de libertação dos servos. Mas,
pelo contrário, o principal adversário da emancipação,
tanto na cidade como no campo, não foi a nobreza, e
sim a igreja.)
MONÓLOGO DA DITADURA DO CAPITAL
Ser Genocida Para impor o Ter Homicida Num
mundo de suicida. EIS A QUESTÃO!
(Avles - Trazer as brincadeiras sexuais para a luz
do dia é a única coisa a fazer. Haveria
infinitamente menos crimes sexuais no mundo se
a brincadeira sexual fosse aceita como normal.)
SOLILÓQUIO DA CHUVA FINA LA FORA. Ao
som da Necrose(br)
Aluga-se Fernando Pessoa pra ser pessoa
Aluga-se Augusto dos anjos onde os anjos masturbam-
se em suas putoesias
Aluga-se deus amante do diabo
E demônios ke de demônio em demônio busca os
cinco as.
Aluga-se o tempo como iniamigo
Aluga-se a rima pra ser simplesmente Eu.
Aluga-se a vida mascarando o Ter
Aluga-se as flores, pois as Restas se suicidaram
Aluga-se espermatozóides para criar placas de aluga-se
Aluga-se Nietzsche para ser Tchê na pirâmide da
realidade
Então eis me aki para lhes dizer
Outro mundo és possível.
Caminhando pela Flor Resta
Assim urbanamente. Apenas caminhando.
(Alves - Ora, todo esse arcabouço teórico sofisticado
devia ser traduzido por padres e frades não tão cultos,
para dizer o mínimo, a populações que, além de
iletradas e ignorantes, muitas vezes, tinham a sua
própria teogonia, quase sempre ligada a deuses pagãos
de origem, por exemplo, celta, que praticavam cultos
ligados aos ciclos da lua e do sol, das estações do ano,
do momento certo para plantar e colher etc.)
SOLILÓQUIO DO PREGO
Masturbo-me na lapide de augusto dos anjos
Onde por causa do prego perdi o velório
E por causa do velório perdi de beijar seus putrefatos
lábios
E por causa do beijo perdi a vontade de ser livre
E por causa da vontade de ser livre. Morri.
(Avles - Temos agora 4 bons motivos darwinianxs para
ke os indivíduos sejam altruístas, generosos ou
“morais” uns com os outros. Em primeiro lugar, há o
caso especial do parentesco genéticos. Em segundo, há
a replicação: o pagamento dos favores recebidos, e a
execução de favores “antecipados” seu pagamento.
Depois desses vem, em terceiro lugar, o beneficio
darwiniano de adquirir uma reputação de generosidade
e bondade. E, em quarto, se Zahavi estiver certo, vem
o beneficio adicional especifico da generosidade
conspícua, como forma de comprar uma propaganda
autêntica e impossível de falsificar)
SOLILóQUIO DE BUTO
Em meio a concreto e idéias urbanas
Rastejava em su sobrevivence
Como lesma.
Nesse palco flor resta
Nesse ato ke resta
Solidão és preciso.
Pequena cidade dos araças
Onde ainda respiramos a pluralidade
Onde até a África no presenteia-nos com o olfato.
La sonoridade de lo tempo tempestivos
Trovões, relâmpagos e maconha.
A dança é embalada no tempo vazio
Pelo gralhar de um corvo que assassina o Ter
Na guerra contra xs de cima tudo és possible
Na lapide de todxs
Caminhar é preciso.
(Avles - Os anticorpos já não são mais os
mesmos)
A MINHA VIDA a minha morte
Ao som da W.B.I. – homenagem ao povo
palestino)
SAIR A NOITE COMO GATO rastejando como
sombra, a momentos de nefasto constante conflito
permanente.
OBSERVAR A LUA, O VENTO Y QUEBRAR
VIDRAÇAS MORALMENTE INQUEBRÁVEIS
só para escutar a sonoridade do caos
Y DISBRIBUIR MINHAS SEMENTES
ANTIARTE por veias, intestinos, fígados...
KNUPCORE pira conspira transpira
NAVALHAS NÃO MATAM A FOME MATAM
A ARTE matam a dor que eu mesmo
desarmonizei.
EXPOSIÇÃO QUE RESOLVI PRESENTEAR
MINHA REALIDADE nessa minha obscura flor
da lápide ao lado
ESCUTAR RUIDOS HARDCORES KNUP QUE
RASGAM cria crua nua assassina o ultimo
suspiro.
FERIDA MAL CURADA noite mal dormida,
cuspida y escarrada, regado a adição de veneno
sublime constante.
QUE FERE E RI corta y repuxa
Assim como tudo
Apodrece e morre.
A MINHA VIDA É
ABOLIR FRONTEIRAS!
(Barata, caranguejo e escorpião – Três putoesias
em uma. Deliciese e goze)