OCLUSÃO-set up 2012 --Nova

OCLUSÃO E SET UP ORTODONTICO

I Jornadas de Prótese Dentária2012-TSC e AD

Prof. Doutora Teresa Sobral Costa E Dra. Alice Diegues

OCLUSÃO

Conceito de Oclusão

• Os conceitos de oclusão são regras estabelecidas por seres humanos, e é importante não esquecer que a natureza não conhece esses conceitos, apenas está interessada no melhor desempenho possível das funções necessárias.

Rudolf Slavicek


Oclusão


Mas este conceito de oclusão também é válido para pacientes com as assim chamadas

„maloclusões“

No caso das assim chamadas maloclusões, o conceito deve considerar os princípios gerais do esquema individual de maloclusão do paciente.

Estaticamente, este conceito corresponde em grande parte, no caso ideal, à mordida normal.

Rudolf Slavicek

Os princípios do conceito podem ser aplicados em todas as disciplinas da medicina dentária.

A oclusão e as articulações temporo-mandibulares são durante toda a vida estruturas dinâmicas interdependentes, interactivas e em constante transformação

Rudolf Slavicek


Oclusão

MALOCLUSÕES

Tipos de Maloclusões

Devemos analisar a oclusão nos 3 sentidos:

• Sagital• Vertical• Transversal


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OCLUSÃO SAGITAL(CLASSE I , II, III, Trespasse Horizontal)


Oclusão SAGITAL


Classe I

Classe II

Classe III

Relação incisiva horizontal: trespasse horizontal – OVERJET

∙ distância em mm entre o bordo livre do incisivo central superior

e a face vestibular do incisivo inferior (orientado segundo o plano de oclusão).

- o valor é negativo se o incisivo inferior está situado à frente do superior mordida cruzada anterior

valor médio – 2 a 3 mm


Oclusão SAGITAL


Overject positivo

Overject negativo

Oclusão SAGITAL

OCLUSÃO VERTICAL (Trespasse Vertical - NORMOCLUSÃO, MA, SM)


Relação incisiva vertical - trespasse vertical – OVERBITE

∙ valor médio - 2 mm


Oclusão VERTICAL

Valor diminuído – openbite - mordida aberta, infraoclusão

Valor normal - 1 a 5 mm, o incisivo superior cobre 1/3 da coroa do inferior

Valor aumentado – deepbite - sobremordida - supra-oclusão

mede-se entre os bordos livres dos incisivos centrais superiores e inferiores


Oclusão VERTICAL

OCLUSÃO TRANSVERSAL(NORMOCLUSÃO, MORDIDA CRUZADA, MORDIDA EM TESOURA)


Mordida em tesoura - o dente maxilar está totalmente por fora do dente inferior; as faces palatinas dos M e PM superiores contactam com a face vestibular dos inferiores

(estas definições são feitas como se fosse o maxilar a movimentar-se)

Normoclusão: cúspide palatina dos molares e PM superiores oclui nas fossas principais (sulco longitudinal médio) dos inferiores

Mordida cruzada posterior - cúspide vestibular superior que oclui no sulco longitudinal médio inferior ou mais


OCLUSÃO TRANSVERSAL

mordida cruzada (unilateral ou bilateral ou de um só dente)

OCLUSÃO TRANSVERSAL


mordida em tesoura (unilateral ou bilateral ou de um só

dente)

Observar oclusão dinâmica

- em protrusão - quando incisivos topo a topo e linhas médias coincidentes, verificar se há oclusão molar ou contacto canino;

- em retrusão – registar o valor do trajecto desde a posição de MIC até à posição em retrusão

- em lateralidade – fazer lateralidades e verificar possíveis obstáculos nos movimentos.


OCLUSÃO Dinâmica

NORMOCLUSÃO

AS 6 CHAVES DE OCLUSÃO DE ANDREWS

Seis Chaves de Oclusão de Andrews

• Trabalho em que Andrews descreve os seis factores que considerou comuns a 120 oclusões “normais” não tratadas ortodonticamente, consideradas perfeitas do ponto de vista anatómico e funcional e que constituem a base para a prescripção da aparatologia preajustada.


• Relação molar• Angulação ou tip da coroa (mesiodistal)• Inclinação coronária ou torque (labiolingual)• Rotações• Espaços ou diastemas• Plano Oclusal/curva de spee




Plano de Andrews


EMCC- eixo maior da coroa clínicaEM- ponto médio do EMCC

Gregoret, J.;Tuber ,E.; Escobar H.; El Tratamiento Ortodóncico con Arco Recto, 2003, NM Ediciones.

Relação Molar


A cúspide MV do primeiro molar superior oclui nos sulco vestibular do primeiro molar inferior

A cúspide MP do primeiro molar superior assenta na fossa central do primeiro molar inferior

A coroa do primeiro molar superior deve ter uma inclinação de maneira a que a vertente distal do rebordo marginal distal oclua sobre a vertente mesial do rebordo marginal mesial do segundo molar inferior Gregoret, J.;Tuber ,E.; Escobar H.; El Tratamiento

Ortodóncico con Arco Recto, 2003, NM Ediciones.


Angulação ou tip da coroa (mesiodistal)



Seis Chaves de Oclusão de Andrews Angulação ou tip da coroa

(mesiodistal)


Angulação ou tip da coroa (mesiodistal)





Seis Chaves de Oclusão de Andrews Inclinação coronária ou torque

(labiolingual)

Inclinação coronária ou torque(labiolingual)




Rotações




Espaços ou diastemas

• Os dentes devem estar posicionados com os seus pontos de contacto perfeitamente relacionados, sem espaços entre si.

• Sem malformações dentárias, sem alteração indíce de Bolton



Curva de Spee




Características da Classe I

Características da Classe I os arcos cêntricos activo e passivo coincidem


Arco Cêntrico Activo Inferior* bordos incisais*cúspides Caninas*cúspides Vestibulares dos pré-molares e molares

Arco Cêntrico Passivo Superior*pontos de contacto dos incisivos*crista marginal mesial dos caninos* crista mesial e distal dos pré- molares e molares*fossa central dos molares

Os dentes inferiores estão na relação de 1:2 com os superiores


RS

RS


O arco exterior é funcional estético


* bordos incisais superiores

* cúspides dos caninos

*cúspides vestibulares dos pré-molares e molares


O arco superior cêntrico parcialmente activo está na relação de 1:1 com a fossa distal dos

pré-molares inferiores e com as fissuras centrais dos molares inferiores




Arco Funcional Estético Superior Arco Cêntrico Passivo Superior Arco Cêntrico Parcialmente Activo Superior


O arco parcialmente passivo lingual inferior


* estende-se desde a cúspide do 1º pré-molar inferior até a cúspide distal do molar, aumentando de anterior para posterior

* aporta eficiência na mastigação

* protege a lingua


Intercuspidação

Os dentes frontais apresentam uma inclinação individual (compensação)

o canino inferior está em Cl.I correcta na relação de 1:2

o primeiro molar inferior está em Cl.I correcta na relação de 1:2

as esféricas sagital e transversal seguem princípios esqueléticos individuais



SET UP

O que é o set up?

• Designação para o acto de seccionar no modelo os dentes que se encontram fora do arco estético, posicionando-os correctamente no arco estético e oclusal, produzindo movimentos sequenciais de um estágio inicial de má oclusão(situação clinica do paciente) para um estado estético e funcional pretendido e possível…


Set up ortodontico

• São normalmente usados para estudo de casos clínicos de maloclusão

• Simulam movimentos ortodônticos

• Fabricação de aparelhos para alinhamento dentário


Set up ortodontico• Considerações importantes:

1. Ter em atenção as 6 chaves de Andrews2. Overjet e overbite3. Curva de Wilson4. Lateralidade e protrusão5. Linhas médias corrigidas e coincidentes6. Ter em conta o Diagrama de Referencias

Estéticas Dentárias (DRED)


Analise dos modelos


Linhas axiais EMCC

Ponto médio

EM


Obtenção de modelos para set up

Articulação


Montagem de set up Inferior


Linha média inferior


Angulação ou Tip da coroa (mesiodistal)



Inclinação Coronária ou Torque (labiolingual)

Curva de wilson


A inclinação lingual dos dentes posteriores e a mandíbula colocam as cúspides vestibulares dos dentes inferiores em um plano mais elevado do que as linguais inferiores.

Curva imaginária traçada no plano frontal que passa pelo vértice das cúspides vestibulares e linguais dosmolares de cada lado.

Este intercruzamento harmonioso entre os dentes superiores e inferiores permitem uma movimentação lateralsuave

Curva de Spee


Montagem de set up superior


Relação oclusal posterior – Classe I


Relação oclusal – Classe I


Inclinação mesiodistal ou tip


Linhas medianas


Overbite


Trespasse Vertical. Valor Médio 2 mm ou 1/3 da coroa do incisivo central inferior

Overjet

Trespasse horizontal Valor médio 2 a 3mm


Rotações


Correcção de rotações


Contactos interproximais


Diagrama de Referência Estética dentárias


• A – Linha cervical – Zenites gengivais

• B – Linha papilar – pontas das papilas

• C – Linha dos pontos de contacto

• D – Linha incisivos- bordos incisais – Linha incisal

Diagrama de Referência Estética dentária. Câmara ,CALP. Rev. Dental Press Ortd Ortp Facial , 2006 nov/dez; 11(6): 130-56


Linha gengivalLinha do bordo incisal

Buracos negrosPontos de contacto

Ângulos interincisaisLinha média

Zenite cervical

Diagrama de Referência Estética dentárias

Linha Incisal


Linha Incisal em forma de “Prato Fundo”

Lateralidade

• Guia Canina Durante o movimento de lateralidade, somente o canino inferior do lado em que a mandíbula se direcciona toca a face palatina do canino superior


Protrusão Movimento de protrusão:• – Guia anterior:

os incisivos e caninos inferiores movem-se para a frente e para baixo ao longo da face palatina dos dentes anteriores e superiores.

• – Guia incisiva: somente osincisivos inferiores se movem parafrente e para baixo ao longo daface palatina dos incisivossuperiores.


Set up ortodontico

São normalmente usados para estudo de casos clínicos de maloclusão

Simulam movimentos ortodonticos

Fabricação de aparelhos para alinhamento dentário


CASOS DE SET UP ORTODONTICO

CASO 1

CASO 2

SISTEMA INCOGNITO


O que é o sistema INCOGNITO?

• CAD/CAM

• Set up é digitalizado e realizado prototipagem para manufactura de brackets individuais para cada caso e com angulações, torques individuais

• Robots que dobram os arcos


O que é o sistema INCOGNITO?

Pictures from: http://www.lingualtechnik.de

http://www.lingualtechnik.de/


CASO 2

CASO 3

SISTEMA INVISALIGN


O que é o sistema INVISALIGN?

• Sistema CAD-CAM


CASO 3


CASO 3

1 MÊS DEPOIS

CASO 4


Motivo da consulta: “não gosto destes dentes (11 e 12) e já usei aparelho e não quero usar outra vez”

CASO 4


CASO 4

Há que manter o equilíbrio entre a estética/função/objectivos de paciente!!


OBRIGADA!

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