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OBRAS SELECIONADAS VLADIMIR ILITCH LENINE

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    OBRAS SELECIONADAS

    VLADIMIR ILITCH LENINE

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    A QUE HERANA RENUNCIAMOS?

    1897

    I.Um dos representantes da herana

    II.Os acrescentos do populismo herana

    III.A herana ganhou alguma coisa associando-se ao

    populismo?

    IV.Os luministas, os populistas e os discpulos

    V.O Sr. Mikhilovsk e a renncia dos discpulos

    herana

    No n. 10 daRsskoie Bogatstvo[N80]de 1897, o Sr. Mikhilovsk escreve,expondo a opinio do Sr. Mnski sobre os materialistas dialcticos: ele (o Sr.

    Mnski) devia saber que esta gente no deseja ter nenhum lao de continuidade com o

    passado e renuncia decididamente herana (p. 179), ou seja, herana das dcadas

    de 60 e de 70, qual, j em 1891, o Sr.V. Rzanovtinha renunciado solenemente

    noMoskvskie Vdomosti[N81](p. 178).

    Neste comentrio do Sr. Mikhilovski sobre os discpulos[N82]russos h um sem-

    nmero de falsidades. verdade que o Sr. Mikhilovski no o nico e original autor

    desta falsa afirmao de que osdiscpulosrussos renunciam herana; h muitotempo que ela repetida pelos representantes da imprensa liberal-populista[N83]ao

    combater os discpulos. No comeo da sua furiosa guerra contra os discpulos o Sr.

    Mikhilovski, se a memria no me falha, ainda no tinha inventado esta falsidade;

    outros se encarregaram disso antes dele. Mais tarde, ele considerou necessrio utiliz-la

    tambm. A medida que os discpulos foram desenvolvendo os seus pontos de vista

    nas publicaes russas, quanto mais exaustiva e pormenorizadamente se pronunciavam

    sobre toda uma srie de problemas tericos e prticos, menos objeces quanto

    essncia se podiam encontrar na imprensa adversria contra os pontos bsicos da nova

    orientao, contra a noo do carcter progressivo do capitalismo russo, contra oabsurdo da idealizao populista do pequeno produtor, contra a necessidade de procurar

    a explicao das correntes do pensamento social e das instituies jurdico-polticas nos

    interesses materiais das diversas classes da sociedade russa. Estes pontos fundamentais

    foram silenciados, preferiu-se e prefere-se ainda no se falar neles; mas em

    contrapartida aumentaram as invenes para desacreditar a nova orientao. Entre estas

    invenes, invenes infelizes, encontram-se tambm as frases em voga acerca de

    que osdiscpulosrussos renunciam herana, acerca da sua rotura com as melhores

    tradies da parte melhor e mais avanada da sociedade russa, ou de que romperam a

    linha democrtica, etc, etc, e muitas outras coisas do mesmo gnero. J que estas frasesforam extraordinariamente difundidas, devemos deter-nos a analis-las minuciosamente

    http://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/index.htm#i1http://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/index.htm#i1http://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/index.htm#i1http://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/cap01.htmhttp://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/cap01.htmhttp://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/cap01.htmhttp://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/cap01.htm#i3http://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/cap01.htm#i3http://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/cap01.htm#i3http://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/cap01.htm#i3http://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/cap02.htmhttp://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/cap02.htmhttp://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/cap02.htmhttp://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/cap02.htm#i5http://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/cap02.htm#i5http://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/cap02.htm#i5http://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/cap02.htm#i5http://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/r/russkoie_bogatstvo.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/r/russkoie_bogatstvo.htmhttp://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/index.htm#tn80http://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/index.htm#tn80http://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/index.htm#tn80http://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/r/rozanov.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/r/rozanov.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/r/rozanov.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/m/moskovskie_vedomosti.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/m/moskovskie_vedomosti.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/m/moskovskie_vedomosti.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/m/moskovskie_vedomosti.htmhttp://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/index.htm#tn82http://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/index.htm#tn82http://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/index.htm#tn82http://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/d/discipulos.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/d/discipulos.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/d/discipulos.htmhttp://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/index.htm#tn83http://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/index.htm#tn83http://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/index.htm#tn83http://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/d/discipulos.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/d/discipulos.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/d/discipulos.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/d/discipulos.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/d/discipulos.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/d/discipulos.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/d/discipulos.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/d/discipulos.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/d/discipulos.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/d/discipulos.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/d/discipulos.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/d/discipulos.htmhttp://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/index.htm#tn83http://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/d/discipulos.htmhttp://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/index.htm#tn82http://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/m/moskovskie_vedomosti.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/m/moskovskie_vedomosti.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/r/rozanov.htmhttp://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/index.htm#tn80http://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/r/russkoie_bogatstvo.htmhttp://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/cap02.htm#i5http://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/cap02.htm#i5http://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/cap02.htmhttp://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/cap01.htm#i3http://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/cap01.htm#i3http://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/cap01.htmhttp://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/index.htm#i1
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    e refut-las. Para que a nossa exposio no aparea como carecendo de provas,

    comearemos por estabelecer um paralelo histrico-literrio entre dois publicistas do

    campo, que ns escolhemos para melhor caracterizar a herana. Ressalvamos que

    nos limitaremos exclusivamente aos problemas econmicos e publicsticos, analisando,

    de toda a herana, somente estes e deixando de lado os problemas filosficos,literrios, estticos, etc.

    I - Um dos Representantes da Herana

    H trinta anos, em 1867, comearam a ser publicados na revista Ott-chestvennie

    Zapski[N84]os ensaios publicsticos deSkldinesob o ttuloNuma Aldeia Perdida e na

    Capital. Estes ensaios foram publicados ao longo de trs anos, de 1867 a 1869. Em

    1870 a autor compilou-os e editou-os num s volume sob o mesmo ttulo (1).A leitura

    deste livro, quase completamente esquecido hoje, extraordinariamente instrutiva parao estudo do problema que nos interessa, ou seja, o da atitude dos representantes da

    herana em relao aos populistas e aos discpulosrussos. O ttulo do livro no

    absolutamente exacto. O prprio autor o notou e explica no prefcio que o tema se

    refere atitude da capital em relao aldeia, isto , trata-se de ensaios

    publicsticos sobre a aldeia e que no sua inteno falar especialmente da capital. Isto

    , talvez tenha tido esse propsito, mas no o julgou conveniente, e cita, para explicar

    esta inconvenincia, a frase de um escritor grego: ooo,

    oo o (como poderia, no quero; e como quereria, no posso).

    Faremos uma breve exposio dos pontos de vista deSkldine.

    Comearemos pela reforma camponesa[N85],ponto de partida ao qual devem

    remontar inevitavelmente, ainda hoje, todos quantos desejem expor as suas concepes

    gerais sobre os problemas econmicos e publicsticos . A reforma camponesa ocupa um

    grande espao no livro deSkldine.Skldinefoi talvez o primeiro autor que, de uma

    forma sistemtica e baseando-se em numerosos factos e num exame minucioso de toda

    a vida do campo, soube mostrar a situao miservel dos camponeses depois de

    efectuada a reforma, o agravamento das suas condies de vida, as novas formas da suadependncia no terreno econmico e jurdico e na vida quotidiana; numa palavra, soube

    expor tudo o que desde ento foi mostrado e demonstrado, de forma circunstanciada e

    minuciosa, em numerosas anlises e descries. Todas estas verdades no constituem

    hoje novidade alguma, mas naquela poca, no s constituam uma novidade, mas at

    suscitavam a desconfiana da sociedade liberal, que temia que, por detrs das aluses s

    chamadas deficincias da reforma, se ocultasse a sua condenao e uma simpatia

    velada pelo regime de servido. O interesse que oferece a concepo de Skldine

    ainda maior por se tratar de um contemporneo da reforma (e, possivelmente, at de um

    seu participante. No dispomos de nenhum dado histrico-literrio nem biogrficosobreSkldine). As suas concepes baseiam-se, por conseguinte, na observao

    http://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/index.htm#tn84http://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/index.htm#tn84http://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/index.htm#tn84http://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/index.htm#t1http://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/index.htm#t1http://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/d/discipulos.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/d/discipulos.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/d/discipulos.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/index.htm#tn85http://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/index.htm#tn85http://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/index.htm#tn85http://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/d/discipulos.htmhttp://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/index.htm#t1http://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/index.htm#tn84
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    directa, tanto da capital como da aldeia de ento, e no no estudo de gabinete de

    material livresco.

    Nas concepes deSkldinesobre a reforma camponesa, chama principalmente a

    ateno do leitor actual, habituado s melosas narraes populistas sobre o tema, aextraordinriasobriedade do autor.Skldineconsidera a reforma sem qualquer iluso,

    sem nenhuma espcie de idealizao, v nela um acordo entre duas partes os

    latifundirios e os camponeses que, at ento, tinham usufrudo a terra em comum

    em determinadas condies e que agora se dividiram, modificando-se com essa diviso

    a posio jurdica de ambas as partes. Os interesses das partes foram o factor

    determinante da forma dessa diviso e da extenso que cada uma delas recebeu. Esses

    interesses determinavam as aspiraes de cada uma das partes, mas a possibilidade de

    uma delas participar directamente na prpria reforma e na soluo prtica dos diversos

    problemas da sua realizao foi, entre outras coisas, o que determinou o seu predomnio.Tal a interpretao queSkldined reforma. Quanto ao problema principal da

    reformao dos lotes e do pagamento do resgate,Skldinedetm-se nele de forma

    particularmente minuciosa, voltando mais de uma vez a ele nos seus ensaios. (O seu

    livro divide-se em 11 ensaios independentes pelo seu contedo, e que pela sua forma

    parecem cartas do campo. O primeiro datado de 1866 e o ltimo de 1869.) No que diz

    respeito aos camponeses com pouca terra, o livro no contm, claro est, nada de

    novo para o leitor contemporneo, mas para o fim da dcada de 60 as suas afirmaes

    eram to novas como valiosas. No nos propomos, naturalmente, repeti-las; s

    queremos assinalar as particularidades da caracterizao queSkldinefaz destefenmeno, que o distinguem vantajosamente dos populistas.Skldineno fala de

    escassez de terra, mas de que se cortou uma parte demasiado importante das

    parcelas camponesas (p. 213, bem como 214 e muitas outras; cf. ttulo do ensaio III),

    de que os lotes maiores fixados pelo regulamento acabaram por ser inferiores aos que os

    camponeses possuam antes da reforma (p. 257); cita, de passagem, algumas opinies e

    comentrios extraordinariamente caractersticos e tpicos dos camponeses sobre este

    aspecto da reforma(2).As explicaes e provas deste facto so

    emSkldineextraordinariamente fortes, vigorosas e mesmo brutais para um escritor

    como ele, em regra excepcionalmente moderado, sensato e, pelas suas concepesgerais, indubitavelmente burgus. Se at um escritor comoSkldinefala disso em

    termos to enrgicos, quer dizer que o fenmeno chamou poderosamente a

    ateno.Skldinetambm fala do carcter gravoso dos pagamentos de resgate, de uma

    maneira enrgica e fundamentada pouco comum, provando as suas afirmaes com um

    grande nmero de factos. Os impostos excessivos - lemos no subttulo do ensaio III

    (1867) - so a principal causa da sua (dos camponeses) pobreza, eSkldinemostra que

    os impostos so superiores aos rendimentos que o campons obtm da terra; cita

    nmeros de Os Trabalhos da Comisso de Impostos que mostram a distribuio dos

    impostos na Rssia cobrados s classes superiores e s inferiores, nmeros que mostram

    http://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/index.htm#t2http://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/index.htm#t2http://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/index.htm#t2http://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/index.htm#t2http://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htm
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    que sobre estas ltimas recaem 76% de todos os impostos e sobre as primeiras somente

    17%, enquanto na Europa ocidental a relao em toda a parte incomparavelmente mais

    favorvel para as classes inferiores. No subttulo do ensaio VII (1868) l-se: Os

    excessivos encargos monetrios constituem uma das principais causas da misria dos

    camponeses, e o autor mostra como as novas condies de vida exigiramimediatamente do campons dinheiro, dinheiro e mais dinheiro; mostra como no

    Regulamento se aceitava em regra recompensar os latifundirios pela abolio da

    servido (252), como o montante da renda em dinheiro era fixada de acordo com os

    dados fornecidos pelos latifundirios, pelos seus administradores e pelos estarostas, isto

    , segundo dados absolutamente arbitrrios e carecendo de menor veracidade (255), de

    modo que as rendas mdias em dinheiro estabelecidas pelas comisses tornavam-se

    mais elevadas do que o eram na realidade. Ao fardo dos impostos acrescentou-se ainda

    para os camponeses a perda das terras que tinham usufrudo durante sculos (258). Se

    a avaliao da terra para o resgate tivesse sido feita pelo seu valor real na poca daemancipao e no segundo a capitalizao da renda em dinheiro, o resgate poderia ter

    sido efectuado muito facilmente e no se necessitaria sequer da colaborao do governo,

    nem da emisso de ttulos de crdito (264). O resgate, que segundo o esprito do

    Regulamento de 19 de Fevereiro deveria ser um alvio para os camponeses e coroar o

    melhoramento das suas condies de vida, na realidade tende frequentemente a

    aumentar ainda mais a misria (269).

    Fizemos todas estas citaes, por si pouco interessantes e em parte antiquadas, para

    demonstrar com quanta energia se exprimia em favor dos interesses dos camponeses umescritor hostil comunidade rural e que em toda uma srie de problemas se pronunciou

    como um verdadeiro manchesteriano[N86]. muito instrutivo assinalar a total

    coincidncia de quase todas as teses teis e no reaccionrias do populismo com este

    manchesteriano. evidente que, com tais concepes sobre a reforma,Skldineno

    podia entregar-se a essa melosa idealizao dela, como fizeram e fazem os populistas

    dizendo que ela sancionou a produo popular, que era superior s reformas

    camponesas europeias-ocidentais, que tinha feito da Rssia uma espcie de tabula

    rasa(3),etc.Skldineno disse e nem pde dizer nada semelhante, mas, pelo contrrio,

    disse francamente que a nossa reforma camponesa se tinha realizado em condiesmenos vantajosas para os camponeses, tinha sido menos proveitosa do que a do

    Ocidente. Colocaremos a questo frontalmente, escreviaSkldine, se perguntarmos

    porque que as benficas consequncias da emancipao no se manifestam entre ns

    com a mesma rapidez e o mesmo crescimento progressivo como se manifestaram, por

    exemplo, na Prssia e na Saxnia no primeiro quartel do presente sculo (221). Na

    Prssia, como em toda a Alemanha, resgatavam-se no as parcelas dos camponeses, que

    j h muito eram reconhecidas por lei como sua propriedade, mas a prestao

    obrigatria de servios aos latifundirios(272).

    http://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/index.htm#tn86http://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/index.htm#tn86http://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/index.htm#tn86http://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/index.htm#t3http://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/index.htm#t3http://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/index.htm#t3http://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/index.htm#tn86
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    Passemos agora do aspecto econmico para o aspecto jurdico da reforma na

    apreciao deSkldine. Skldine um ardente adversrio da cauo solidria[N87],do

    sistema de passaportes internos e do poder patriarcal do mir(4)campons (e da

    comunidade pequeno-burguesa) sobre os seus membros. No ensaio III (1867) ele insiste

    na necessidade de abolir a cauo solidria, a capitao e o sistema de passaportesinternos, na necessidade de estabelecer impostos patrimoniais igualitrios e na

    substituio dos passaportes internos por certificados gratuitos e permanentes. O

    imposto sobre passaportes no interior do pas no existe em nenhum outro Estado

    civilizado (109). Como sabido, este imposto s foi abolido em 1897. No ttulo do

    ensaio IV lemos: A arbitrariedade das comunidades rurais e das dumas urbanas na

    entrega de passaportes e na cobrana de impostos a contribuintes ausentes... A cauo

    solidria um pesado fardo que os proprietrios conscienciosos e diligentes devem

    suportar pelos vagabundos e ociosos(126).Skldinequer explicar a decomposio do

    campesinato, que j ento comeava a manifestar-se, pelas qualidades pessoais dos queprogridem e dos que se arruinam. O autor descreve minuciosamente as dificuldades com

    que deparam os camponeses que vivem em So Petersburgo para obter e prorrogar os

    seus passaportes e refuta a objeco daqueles que dizem: graas a Deus que toda esta

    massa de camponeses sem terra no foi adscrita s cidades e no veio aumentar o

    nmero de habitantes urbanos desprovidos de bens imveis...(130). A brbara cauo

    solidria....(131). Pergunta-se: podem chamar-se cidados livres pessoas colocadas

    em tais condies? No isto o mesmo queos glebae adscripti?(5)(132). Culpa-se a

    reforma camponesa. Mas, por acaso, a reforma camponesa a culpada de que a

    legislao, depois de ter emancipado o campons da sua servido em relao aolatifundirio, no tenha podido conceber nada para o libertar da sujeio comunidade e

    ao lugar do domiclio?... Onde est, ento, a liberdade civil se o campons no pode

    escolher o lugar de residncia nem o gnero da sua ocupao?(132). Skldine, de

    forma verdadeiramente justa e acertada, chama ao nosso campons proletrio

    sedentrio (231)(6).No ttulo do ensaio VIII (1868) lemos: ... A adscrio dos

    camponeses s suas comunidades e aos seus lotes um obstculo ao melhoramento das

    suas condies de vida... um obstculo ao desenvolvimento de trabalhos temporrios

    fora da localidade. Alm da sua ignorncia e do esmagamento pelo peso do aumento

    progressivo dos impostos, uma das causas que entravam o desenvolvimento do trabalho

    campons e, consequentemente, do seu bem-estar, a sua adscrio s comunidades e

    lotes. Prender a mo-de-obra a um s lugar e acorrentar a comunidade da terra com

    laos indissolveis , por si s, uma condio extremamente desvantajosa para o

    desenvolvimento do trabalho, da iniciativa pessoal e da pequena propriedade agrria

    (284). Os camponeses, amarrados como esto aos seus lotes e s suas comunidades,

    privados da possibilidade de empregar o seu trabalho onde seja mais produtivo e mais

    vantajoso para eles, ficaram como congelados nesta forma de vida semelhante de um

    rebanho, improdutiva, tal como saram da servido (285). Por conseguinte, o autorconsidera estes problemas do modo de vida campons de um ponto de vista nitidamente

    http://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/index.htm#tn87http://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/index.htm#tn87http://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/index.htm#tn87http://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/index.htm#t4http://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/index.htm#t4http://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/index.htm#t4http://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/index.htm#t5http://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/index.htm#t5http://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/index.htm#t5http://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/index.htm#t6http://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/index.htm#t6http://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/index.htm#t6http://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/index.htm#t6http://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/index.htm#t5http://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/index.htm#t4http://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/index.htm#tn87http://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htm
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    burgus, mas, apesar disso (ou mais exacto: precisamente por causa disso) aprecia, de

    forma extraordinariamente justa, o carcter pernicioso da adscrio dos camponeses

    para todo o desenvolvimento social e para os prprios camponeses. Este carcter

    pernicioso (acrescentaremos por nossa parte) manifesta-se com singular fora nas

    camadas inferiores do campesinato, no proletariado rural.Skldinediz muitojustamente: louvvel a preocupao da lei de que os camponeses no fiquem sem

    terra; mas no se deve esquecer que a preocupao dos prprios camponeses por este

    mesmo assunto incomparavelmente mais forte que a de qualquer legislador (286).

    Alm da adscrio dos camponeses aos seus lotes e comunidades, at mesmo o seu

    afastamento provisrio para ganhar uma jorna tropea com inumerveis restries e

    gastos, como consequncia da cauo solidria e do sistema dos passaportes (298).

    Uma infinidade de camponeses encontrariam, a meu ver, uma sada para a difcil

    situao actual se fossem adoptadas ... medidas tendentes a facilitar aos camponeses a

    possibilidade de renunciar terra (294). AquiSkldineexprime um desejo quecontradiz radicalmente todos os projectos populistas, que se resumem ao contrrio: o

    fortalecimento da comunidade[N88],a inalienabilidade dos lotes, etc. Numerosos factos

    comprovaram plenamente desde ento queSkldinetinha razo: manter a sujeio dos

    camponeses terra e o carcter fechado da comunidade camponesa do ponto de vista de

    estados sociais s agrava a situao do proletariado rural, entrava o desenvolvimento

    econmico do pas e no oferece absolutamente nenhumas condies para defender o

    proletariado sedentrio contras as piores formas de sujeio e de dependncia, contra

    a queda vertical do salrio e do nvel de vida.

    Das citaes transcritas acima o leitor j pode deduzir queSkldine inimigo da

    comunidade rural. Ergue-se contra a comunidade e a redistribuio dos lotes colocando-

    se do ponto de vista da propriedade pessoal, do esprito empreendedor, etc. (p. 142 e

    segs.).Skldinerefuta os defensores da comunidade afirmando que o direito

    consuetudinrio secular j caducou: Em todos os pases, medida que os habitantes

    do campo se punham em contacto com o meio civilizado, o direito consuetudinrio foi

    perdendo a sua pureza primitiva, foi-se corrompendo e deformando. Este fenmeno

    observa-se tambm no nosso pas: o poder da comunidade rural converte-se pouco a

    pouco em poder de vampiros e de escrives rurais, e em vez de defender a pessoa docampons oprime-o como um pesado jugo (143), observao muito justa, cuja verdade

    foi confirmada durante os ltimos 30 anos por uma infinidade de factos. A famlia

    patriarcal, a posse comunal da terra, o direito consuetudinrio, esto, na opinio

    deSkldine, irremediavelmente condenados pela histria. Aqueles que quisessem

    conservar para sempre estes venerandos monumentos dos sculos passados

    demonstrariam com isso que esto mais dispostos a deixarem-se arrastar por uma ideia

    do que a penetrarem na realidade e compreenderem a marcha irresistvel da histria

    (162), eSkldineacrescenta a esta observao efectivamente justa uma veemente

    filpica manchesteriana. O usufruto comunal da terra diz noutro lugar coloca

    http://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/index.htm#tn88http://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/index.htm#tn88http://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/index.htm#tn88http://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/index.htm#tn88http://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htm
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    cada campons na situao de escravo em relao a toda a comunidade (222). Assim,

    portanto, a incondicional hostilidade comunidade rural de um ponto de vista

    puramente burgus associa-se emSkldinecom a defesa consequente dos interesses dos

    camponeses.Skldineno relaciona de modo algum a hostilidade comunidade rural

    com os insensatos projectos de aniquilao violenta da comunidade nem com aimplantao pela fora de outro sistema similar de posse da terra, projectos estes que

    so ideados usualmente por adversrios modernos da comunidade rural, que propugnam

    uma descarada ingerncia na vida camponesa e se pronunciam contra a comunidade

    rural sem tomar em considerao os interesses dos camponeses.Skldine, pelo

    contrrio, protesta energicamente contra a sua incluso entre os partidrios da

    destruio violenta do usufruto comunal da terra (144). O Regulamento de 19 de

    Fevereirodiz ele deixou muito sabiamente aos prprios camponeses... a deciso

    de passar... do usufruto comunal ao usufruto familiar. Efectivamente, ningum, alm

    dos prprios camponeses, pode decidir com conhecimento de causa da oportunidade detal passagem. Da decorre queSkldine adversrio da comunidade rural s porque ela

    entrava o desenvolvimento econmico, impede a sada dos camponeses da comunidade,

    a renncia terra, ou seja, condena-a no mesmo sentido em que agora se manifestam os

    discpulosrussos; esta hostilidade no tem nada em comum com a defesa dos

    interesses egostas dos latifundirios, nem com a defesa dos vestgios e do esprito do

    regime de servido, nem com a defesa da ingerncia na vida dos camponeses. muito

    importante ter em conta esta diferena, pois os populistas de hoje, que esto

    acostumados a ver os inimigos da comunidade rural somente no campo do Moskvskie

    Vdomosti,etc, afectam de bom grado no entender nenhuma outra forma dehostilidade para com a comunidade rural.

    O ponto de vista geral deSkldinea respeito das causas da penosa situao dos

    camponeses reduz-se a que todas elas assentam nos vestgios da servido. Ao descrever

    a fome do ano de 1868,Skldineobserva que os defensores da servido se referiam com

    malvola alegria a essa fome, dizendo que a sua causa residia na indisciplina dos

    camponeses, na supresso da tutela latifundiria, etc.Skldineergue-se vivamente

    contra estes pontos de vista. As causas do empobrecimento dos camponeses diz

    ele foram herdadas do regime da servido (212), e no so o resultado da suaabolio; so estas as causas gerais que mantm a maioria dos nossos camponeses num

    nvel prximo do proletariado, eSkldinerepete as opinos j citadas sobre a reforma.

    absurdo atacar as partilhas entre membros de uma mesma famlia: Mesmo que as

    partilhas prejudiquem momentaneamente os interesses materiais dos camponeses, em

    compensao salvaguardam a sua liberdade pessoal e a dignidade moral da famlia

    camponesa, ou seja, os bens supremos do homem, sem os quais impossvel qualquer

    progresso cvico (217), eSkldineindica com razo as verdadeiras causas da

    campanha contra as partilhas: muitos latifundirios exageram os prejuzos que

    decorrem das partilhas, e lanam sobre elas, da mesma forma que sobre o alcoolismo,

    http://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/d/discipulos.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/d/discipulos.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/d/discipulos.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/m/moskovskie_vedomosti.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/m/moskovskie_vedomosti.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/m/moskovskie_vedomosti.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/m/moskovskie_vedomosti.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/m/moskovskie_vedomosti.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/m/moskovskie_vedomosti.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/d/discipulos.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htm
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    todas as consequncias das diversas causas da pobreza dos camponeses, cujo

    reconhecimento to desagradvel aos latifundirios (218). Aos que dizem que agora

    se fala muito na pobreza dos camponeses, ao passo que antes no se faiava nisso o

    que provaria que a situao se agravou ,Skldineresponde: Para que se possa

    avaliar os resultados da emancipao do jugo dos latifundirios, atravs da comparaoda actual situao dos camponeses com a anterior, ter-se-ia que, ainda no tempo em que

    imperava a servido, cortar os lotes camponeses tal como esto cortados, impor aos

    camponeses de ento todas as obrigaes que surgiram depois da emancipao e ver-se-

    ia ento se os camponeses teriam podido suportar tal situao (219). um trao

    altamente caracterstico e importante das concepes deSkldine, que reduz todas as

    causas da agravao da situao dos camponeses aos vestgios da servido, a qual

    deixou como herana as prestaes em trabalho, as rendas em dinheiro, os cortes de

    terra, a falta de direitos individuais e a obrigatoriedade de os camponeses terem um

    lugar de residncia fixo.Skldineno s no v o facto de que no prprio regime dasnovas relaes socioeconmicas, no prprio regime da economia posterior reforma

    possam residir as causas do empobrecimento dos camponeses, como nem sequer admite

    tal pensamento, porque est profundamente convicto de que com a total abolio de

    todos estes vestgios da servido vir a prosperidade geral. O seu ponto de vista

    precisamente negativo: eliminai os entraves ao livre desenvolvimento do campesinato,

    eliminai os grilhes herdados da servido e tudo ir pelo melhor neste mundo, que o

    melhor dos mundos. Por parte do poder estatal dizSkldineneste caso (ou seja,

    em relao ao campesinato) s pode haver um caminho: a gradual e

    contnua eliminao das causas que levaram o nosso campons ao actualembrutecimento e pobreza e que no lhe permitem levantar-se e refazer-se (224,

    sublinhado por mim). extremamente caracterstica neste aspecto a resposta

    deSkldinequeles que defendem a comunidade (ou seja, a sujeio dos camponeses

    comunidade rural e aos lotes) e que alegam que, caso contrrio, se formaria um

    proletariado rural. Esta objeco dizSkldine refuta-se a si mesma se

    pensarmos nas imensas extenses de terra que temos por cultivar e que no encontram

    mo-de-obra que as trabalhe. Se a lei deixar de impor restries distribuio natural da

    mo-de-obra, na Rssia s podero ser verdadeiros proletrios os mendigos

    profissionais ou aqueles que so irremediavelmente corruptos e se entregam bebida

    (144); esse um ponto de vista tpico dos economistas e iluministas do sculo XVIII,

    que acreditavam que a abolio da servido e de todos os seus vestgios criaria na terra

    o reino do bem-estar geral. Um populista olhariaSkldineprovavelmente com altivez e

    diria simplesmente: ele um burgus. Sim, efectivamenteSkldine um burgus, mas

    um representante de uma ideologia burguesa progressista, ao passo que o populista

    representa uma ideologia pequeno-burguesa e, numa srie de pontos, reaccionria.

    Quanto aos interesses prticos e reais dos camponeses, que coincidiam e coincidem com

    as exigncias do desenvolvimento social no seu conjunto, este burgus sabia defend-los ainda melhor que um populista(7)!

    http://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/index.htm#t7http://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/index.htm#t7http://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/index.htm#t7http://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/index.htm#t7http://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htm
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    Para concluir a caracterizao das concepes deSkldine, acrescentaremos que

    ele adversrio da diviso da sociedade em estados sociais, defensor de um tribunal

    nico para todos os estados sociais, simpatiza em teoria com a administrao de

    vlost sem estados sociais, partidrio ardente da instruo pblica, sobretudo da

    instruo geral, partidrio da autonomia administrativa e das instituiesdozemstvo[N89], partidrio de um amplo crdito agrcola, sobretudo do pequeno

    crdito, pois a sua procura pelos camponeses para a compra de terras grande. Tambm

    aqui se manifesta o manchesteriano:Skldinediz, por exemplo, que os bancos

    doszemstvose urbanos so uma forma patriarcal ou primitiva de bancos, que devem

    ceder o lugar aos bancos privados, os quais possuem todas as vantagens(80). A

    valorizao da terra pode ser alcanada atravs da reanimao da actividade industrial

    e comercial nas nossas provncias(71), etc.

    Resumindo. Pelo carcter das suas concepes,Skldinepode ser chamado umburgus iluminista. As suas concepes lembram extraordinriamente as dos

    economistas do sculo XVIII (claro est, com a devida refraco das mesmas atravs do

    prisma das condies russas), e o carcter iluminista geral da herana da dcada de

    60 foi por ele expresso de modo bastante ntido. Tal como os luministas da Europa

    ocidental, e como a maioria dos representantes da literatura da dcada de 60,Skldine

    animado por um dio ardente ao regime de servido e atodas as suas manifestaes no

    domnio econmico, social e jurdico. Este o primeiro trao caracterstico do

    iluminista. O segundo trao caracterstico, comum a todos os iluministas russos, a

    fervorosa defesa da instruo, da autonomia administrativa, da liberdade, das formaseuropeias de vida e em geral da europeizao da Rssia em todos os aspectos.

    Finalmente, o terceiro trao caracterstico do iluminista a defesa dos interesses das

    massas populares, principalmente dos camponeses (que ainda no estavam

    completamente emancipados ou que apenas se iam emancipando na poca dos

    iluministas), a sincera f de que a abolio da servido e dos seus vestgios

    proporcionaria o bem-estar geral e o sincero desejo de contribuir para isso. Estes trs

    traos constituem a essncia daquilo que entre ns se chama a herana da dcada de

    60, e importante sublinhar que nesta herana no h nada de populista.Na Rssia

    h muitos escritores que pelas suas concepes correspondem aos mencionados traoscaractersticos e que nunca tiveram nada de comum com o populismo. Quando na

    concepo do mundo de um escritor existem os mencionados traos ele reconhecido

    por todos como um depositrio das tradies da dcada de 60, de modo plenamente

    independente da sua atitude para com o populismo. Ningum pensaria evidentemente

    em dizer que, por exemplo, o Sr. M. Stassiulvitch, cujo jubileu foi festejado h pouco,

    renegou a herana por ter sido adversrio do populismo ou ter uma atitude indiferente

    para com os problemas apresentados por este. TommosSkldine(8)como exemplo

    precisamente pelo facto de que, sendo ele um representante incontestvel da herana,

    http://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/z/zemstvo.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/z/zemstvo.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/z/zemstvo.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/z/zemstvo.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/z/zemstvo.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/z/zemstvo.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/z/zemstvo.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/z/zemstvo.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/z/zemstvo.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/z/zemstvo.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htm
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    ser ao mesmo tempo um inimigo aberto das instituies do passado de que o populismo

    assumiu a defesa.

    Dissemos queSkldine um burgus. As provas desta caracterizao j citadas so

    mais do que suficientes, mas indispensvel fazer a ressalva de que entre ns secompreende com frequncia de modo absolutamente incorrecto, estreito e anti-histrico

    esta palavra, ligando-a (sem distinguir pocas histricas) defesa egosta dos interesses

    de uma minoria. No se deve esquecer que na poca em que escreviam os iluministas do

    sculo XVIII (que so reconhecidos pela opinio geral como dirigentes da burguesia), e

    em que escreviam tambm os nossos iluministas das dcadas de 40 a 60, todos os

    problemas sociais se reduziam luta contra a servido e os seus vestgios. As novas

    relaes econmicas e sociais e as suas contradies encontravam-se ainda em estado

    embrionrio. Por isso, nenhum interesse egosta se manifestava ento nos idelogos

    burgueses; ao contrrio, tanto no Ocidente como na Rssia eles acreditavam com toda asinceridade na prosperidade geral e desejavam-na sinceramente; no viam sinceramente

    (e em certa medida no podiam ver ainda) as contradies do regime que surgia do

    regime de servido. No sem razo queSkldinecita Adam Smith numa passagem do

    seu livro: vimos que tanto as suas concepes como o carcter da sua argumentao

    repetiam em muitos pontos as teses deste grande idelogo da burguesia avanada.

    Pois bem, se confrontarmos as aspiraes prticas deSkldine,por um lado com as

    concepes dos populistas contemporneos, e por outro lado com a atitude dos

    discpulosrussos para com elas, veremos que os discpulos estaro sempre a favordas aspiraes deSkldine, pois estas expressam os interesses das classes sociais

    progressistas, os interesses vitais de todo o desenvolvimento social pela presente via, ou

    seja, a capitalista. E o que foi alterado pelos populistas nestas aspiraes prticas

    deSkldineou no seu modo de formular os problemas umfacto negativo que os

    discpulos rejeitam. Os discpulos atacam no a herana (isso uma inveno

    absurda), mas os acrescentos romnticos e pequeno-burgueses herana por parte dos

    populistas. E agora passaremos anlise destes acrescentos.

    II - Os Acrescentos do Populismo Herana

    DeSkldinepassaremos aEngelhardt. As suas cartasDo Campo[N92]tambm so

    ensaios publicsticos sobre o campo, de modo que o seu livro, tanto pelo contedo como

    at pela forma, muito semelhante ao livro deSkldine.Engelhardt muito mais

    talentoso do queSkldine, as suas cartas da aldeia foram escritas de modo

    incomparavelmente mais vivo e mais imaginativo. No possui extensos raciocnioscomo os do respeitvel autor deNuma Aldeia Perdida e na Capital, mas em

    http://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/d/discipulos.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/d/discipulos.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/d/discipulos.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/d/discipulos.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/d/discipulos.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/d/discipulos.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/cap01.htm#tn92http://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/cap01.htm#tn92http://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/cap01.htm#tn92http://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/d/discipulos.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/d/discipulos.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/d/discipulos.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htm
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    compensao tem muito mais imagens e caracterizaes acertadas. No de admirar

    que o livro deEngelhardtgoze de uma simpatia to slida entre o pblico leitor e tenha

    sido recentemente reeditado, ao passo que o livro deSkldinequase est esquecido,

    apesar de as cartas deEngelhardt terem comeado a ser publicadas naOttchestvennie

    Zapskiapenas dois anos depois da edio do livro deSkldine. Por isso no temosnenhuma necessidade de falar aos leitores sobre o contedo do livro deEngelhardt, e

    lirnitar-nos-emos a dar uma breve caracterizao de dois aspectos das suas concepes:

    em primeiro lugar, das concepes prprias da herana em geral e, em particular,

    comuns aEngelhardte aSkldine; em segundo lugar, das concepes especificamente

    populistas.Engelhardt j um populista, mas nas suas concepes ainda existem tantos

    traos comuns a todos os iluministas, tem tanto daquilo que foi rejeitado ou modificado

    pelo populismo contemporneo que temos dificuldades em situ-lo: entre os

    representantes da herana em geral, sem nenhum matiz populista, ou entre os

    populistas.

    Dos primeiros,Engelhardtaproxima-se antes de mais pela notvel sensatez das

    suas concepes, pela maneira simples e directa de caracterizar a realidade, pela

    implacvel denncia de todas as qualidades negativas dos pilares em geral e do

    campesinato em particular, desses mesmos pilares cuja falsa idealizao e

    embelezamento so parte integrante e necessria do populismo. O populismo

    deEngelhardt, expresso de forma muito dbil e tmida, est por isso mesmo em

    contradio directa e flagrante com o quadro da realidade da aldeia, que ele traou com

    tanto talento; e se qualquer economista ou publicista tomasse como base dos seus juzossobre a aldeia os dados e observaes fornecidos porEngelhardt(9),ser-lhe-ia

    impossvel tirar deles concluses populistas. A idealizao do campons e da sua

    comunidade uma das partes integrantes e necessrias do populismo, e os populistas de

    todos os matizes, a comear pelo Sr. V. V. e terminando pelo Sr. Mikhilovski, deram

    uma grande contribuio a esta tendncia para idealizar e embelezar a comunidade.

    EmEngelhardtno existe nem sombra de tal embelezamento. Em contraste com a

    fraseologia corrente sobre o esprito de comunidade do nosso campons e com o

    costume de contrapor este esprito de comunidade ao individualismo das cidades,

    concorrncia na economia capitalista, etc,Engelhardtpe a descoberto de maneiraimplacvel o fantstico individualismo do pequeno agricultor. Mostra

    pormenorizadamente que quando se trata da propriedade, os nossos camponeses levam

    ao extremo o esprito de propriedade (p. 62, citado segundo a edio de 1885); que eles

    no toleram o trabalho em comum, odiando-o por motivos estreitamente pessoais e

    egostas: no trabalho em comum cada um teme trabalhar mais do que o vizinho (p.

    206). Este temor de trabalhar mais chega ao cmulo do cmico (talvez mesmo do

    tragicmico) quando o autor relata como as mulheres que vivem numa mesma casa, que

    cuidam de um mesmo lar e que pertencem a uma mesma famlia lavam cada uma delas

    separadamente a parte da mesa na qual comem; ou como ordenham as vacas cada uma

    http://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/o/otetchestvennie_zapiski.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/o/otetchestvennie_zapiski.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/o/otetchestvennie_zapiski.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/o/otetchestvennie_zapiski.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/o/otetchestvennie_zapiski.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/o/otetchestvennie_zapiski.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htm
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    por sua vez, recolhendo cada uma o leite para oseu filho (com medo que o escondam) e

    preparando cada uma delas parte a papa para o seu filho (p. 323).Engelhardtexpe

    com tantos pormenores estes traos, confirma-os com tal nmero de exemplos, que no

    se lhes poderia atribuir um carcter fortuito. Das duas uma: ouEngelhardt um

    observador que no presta para nada e que no merece confiana, ou tudo o que se contasobre o esprito de comunidade e as qualidades comunitrias do nosso campons uma

    mera inveno, a qual atribui economia traos deduzidos da forma depropriedade da

    terra (alm de que dessa forma de propriedade da terra se abstraem todos os seus

    aspectos administrativos e fiscais).Engelhardtmostra que a tendncia do mujique na sua

    actividade econmica a de se tornar kulak: em cada campons h uma certa dose de

    kuak (p. 491), o ideal do kulak impera no meio campons ... Assinalei mais de

    uma vez que nos camponeses est extraordinariamente desenvolvido o individualismo,

    o egosmo, a tendncia para a explorao ... Cada um orgulha-se de ser um peixe

    grande e procura devorar o pequeno.Engelhardtdemonstra de maneira magistral que atendncia do campons no precisamente para o regime de comunidade e de modo

    algum para a produo popular, mas para o mais comum regime pequeno-burgus,

    prprio de todas as sociedades capitalistas. A aspirao de todo o campons abastado de

    dedicar-se a operaes comerciais (363), de emprestar cereais reembolsveis em

    trabalho, de comprar o trabalho do mujique pobre (pp. 457, 492 e outras), ou seja, em

    linguagem econmica, a transformao dos mujiques empreendedores em burguesia

    rural, foi descrita e demonstrada porEngelhardtde modo irrefutvel. Se os

    camponeses no passarem para a economia em forma deartel- dizEngelhardt e

    continuarem a explorar as suas propriedades em separado, ento, mesmo que hajaabundncia de terra, entre os camponeses lavradores existiro camponeses sem terra e

    assalariados agrcolas. Direi ainda mais: creio que a diferena entre as propriedades dos

    camponeses ser ainda mais considervel do que agora. Apesar da posse comunal da

    terra, existiro, ao lado dos 'ricaos', muitos camponeses sem terra, praticamente

    assalariados. De que me serve a mim ou aos meus filhos ter direitos sobre a terra se eu

    no tenho nem capital, nem instrumentos para trabalhar? o mesmo que dar terra a um

    cego e dizer-lhe: come-a! (p. 370). A economia em forma deartel aparece aqui com

    uma certa ironia triste, solitria, como um bom e inocente desejo que, longe de resultar

    dos dados sobre o campesinato, , ao contrrio, expressamente refutado e excludo por

    eles.

    Um outro trao que aproximaEngelhardtdos representantes da herana sem

    qualquer matiz populista a sua convico de que a causa principal e bsica da situao

    de misria dos camponeses reside nos vestgios do regime de servido e na

    regulamentao que lhe prpria. Eliminai estes vestgios e esta regulamentao e o

    problema estar resolvido. A atitude absolutamente negativa deEngelhardtpara com a

    regulamentao, a sua sarcstica ridicularizao de todas e quaisquer tentativas de

    beneficiar o mujique atravs da regulamentao vinda de cima, esto na mais franca

    http://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/a/artel.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/a/artel.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/a/artel.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/a/artel.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/a/artel.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/a/artel.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/a/artel.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htm
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    contradio com as esperanas populistas na razo e na conscincia, na sabedoria e no

    patriotismo das classes dirigentes" (palavras do Sr.IujakovnaRsskoie Bogatstvo,1896,

    n. 12, p. 106), com o projeto-mania dos populistas sobre a organizao da produo,

    etc. Recordemos com que sarcasmoEngelhardtarremetia contra a disposio que

    estabelece que no seja permitida a venda de vodka nos moinhos, disposio que visa obem do mujique; com que indignao fala sobre as decises obrigatrias de

    algunszemstvosem 1880 de no semear centeio antes de 15 de Agosto, sobre esta

    grosseira ingerncia dos cientistas de gabinete na economia de milhes de

    proprietrios agricultores, tambm com o pretexto de velar pelos interesses dos

    mujiques (p. 424). Falando de regulamentos e disposies como a proibio de fumar

    nos bosques de conferas, de pescar lcios na Primavera, de cortar btulas para o

    Maio, de destruir ninhos, etc,Engelhardtassinala sarcasricamente:... a sorte do

    mujique sempre foi e continua a ser a principal preocupao dos intelectuais. Quem vive

    para si mesmo? Todos vivem para o mujique!... O mujique estpido, incapaz dearranjar-se sozinho. Se ningum se preocupa com ele, capaz de queimar todos os

    bosques, exterminar todos os pssaros, pescar todos os peixes, esgotar a terra e acabar

    consigo mesmo (398). Diga-me, leitor, poderia este escritor ter alguma simpatia, por

    exemplo, pelas leis predilectas dos populistas sobre a inalienabilidade das parcelas?

    Poderia ele dizer algo semelhante frase que citmos de um dos pilares daRsskoie

    Bogatstvo? Poderia ele compartilhar o ponto de vista de um outro pilar da mesma

    revista, o Sr.N. Krichev,que censura os nossos zemstvosprovinciais (na dcada de

    90!) por no encontrarem lugar para grandes e srias despesas sistemticas na

    organizao do trabalho agrcola?(10)

    Citaremos ainda um trao que aproximaEngelhardtdeSkldine: a sua atitude

    inconsciente em relao a muitas aspiraes e medidas puramente burguesas. No

    queEngelhardttivesse querido embelezar os pequenos burgueses nem procurar

    argumentos ( la(11)Sr. V. V.) contra o emprego deste qualificativo, em relao a estes

    ou queles empresrios. No, de modo nenhum,Engelhardt, sendo simplesmente um

    proprietrio prtico, sente-se atrado por tudo o que progressivo e contribui para o

    melhoramento da propriedade sem notar de modo nenhum que a forma social destes

    melhoramentos a melhor refutao das suas prprias teorias sobre a impossibilidadedo capitalismo no nosso pas. Lembremos, por exemplo, como ele se entusiasma com os

    xitos alcanados por ele prprio na sua propriedade graas ao sistema do trabalho

    tarefa (para bater o linho, para debulhar, etc).Engelhardtparece nem sequer perceber

    que a substituio da remunerao por tempo pela remunerao tarefa um dos

    procedimentos mais utilizados da economia capitalista em desenvolvimento, mediante o

    qual se consegue o aumento da intensificao do trabalho e o aumento da taxa de mais-

    valia. Outro exemplo.Engelhardtridiculariza o programa doZemledltcheskaia

    Gazeta[N93],que diz: a cessao do arrendamento dos campos por krug(12),a

    organizao das exploraes com base no trabalho de assalariados agrcolas, a

    http://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/i/iujakov_sn.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/i/iujakov_sn.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/r/russkoie_bogatstvo.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/r/russkoie_bogatstvo.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/r/russkoie_bogatstvo.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/z/zemstvo.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/z/zemstvo.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/z/zemstvo.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/k/karichev.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/k/karichev.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/k/karichev.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/z/zemstvo.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/z/zemstvo.htmhttp://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/cap01.htm#t10http://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/cap01.htm#t10http://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/cap01.htm#t11http://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/cap01.htm#t11http://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/cap01.htm#t11http://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/cap01.htm#tn93http://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/cap01.htm#tn93http://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/cap01.htm#tn93http://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/cap01.htm#t12http://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/cap01.htm#t12http://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/cap01.htm#t12http://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/cap01.htm#tn93http://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/cap01.htm#t11http://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/cap01.htm#t10http://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/z/zemstvo.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/k/karichev.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/z/zemstvo.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/r/russkoie_bogatstvo.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/i/iujakov_sn.htm
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    introduo de mquinas e instrumentos de trabalho aperfeioados, a criao de gado de

    raa, o sistema de rotao de cultivos, o melhoramento dos prados e das pastagens, etc,

    etc.Mas tudo isso no passa de frases gerais! exclamaEngelhardt(128). E, no

    entanto, foi justamente este programa queEngelhardtps em prtica na sua actividade

    econmica, e o progresso tcnico alcanado na sua propriedade deve-se exactamente aofacto de ter organizado a sua explorao na base do emprego de assalariados. E mais

    ainda: vimos comoEngelhardtdesmascarou com franqueza e exactido as verdadeiras

    tendncias do mujique empreendedor; mas isso no o impediu de modo nenhum de

    afirmar no so fbricas que so necessrias, mas sim pequenas(sublinhado

    porEngelhardt)destilarias e manteigarias rurais, etc (p. 336), ou seja, necessrio

    que a burguesia rural passe a desenvolver as indstrias tcnicas agrcolas, passagem esta

    que sempre e por toda a parte foi um dos mais importantes sintomas do capitalismo

    agrrio. Aqui manifesta-se o facto de queEngelhardtno foi um terico, mas sim um

    proprietrio prtico. Uma coisa argumentar sobre a possibilidade do progresso sem ocapitalismo, outra coisa dirigir a sua prpria propriedade. Colocado ante a tarefa de

    organizar racionalmente a sua propriedade,Engelhardtfoi obrigado,por fora das

    circunstncias que o rodeavam, a conseguir isso atravs de procedimentos puramente

    capitalistas e a deixar de lado todas as suas dvidas tericas e abstractas no que respeita

    ao emprego de assalariados agrcolas.Skldine raciocinava em teoria como um

    manchesreriano tpico, no notando minimamente este carcter dos seus raciocnios

    nem a sua concordncia com as necessidades da evoluo capitalista da

    Rssia.Engelhardtfoi obrigado a actuar na prtica como um manchesteriano tpico,

    contrariamente ao seu protesto terico contra o capitalismo e ao seu desejo de acreditarque a sua ptria seguia uma via particular.

    MasEngelhardttinha esta crena, e isto que nos obriga a cham-lo

    populista.Engelhardtj v com clareza a verdadeira tendncia do desenvolvimento

    econmico da Rssia e comea a negar as contradies deste desenvolvimento. Esfora-

    se por demonstrar a impossibilidade do capitalismo agrrio na Rssia, por demonstrar

    que ns no temos knecht(13)(p. 556) - apesar de ele prprio ter refutado do modo

    mais pormenorizado as fbulas sobre o elevado custo da nossa mo-de-obra, de ele

    prprio ter mostrado o msero salrio por que trabalharam o seu vaqueiro Pitr e a suafamlia, ao qual ficam, fora a manuteno, 6 rublos por ano para a compra de sal, leo

    vegetal e roupas (p. 10). E ainda o invejam, e se eu o despedisse surgiriam logo uns

    50 voluntrios para ocupar o seu lugar (p. 11). Ao assinalar o xito da sua propriedade

    e a habilidade com que os operrios manejavam o arado,Engelhardtexclama

    triunfalmente: E quem so estes lavradores? Os ignorantes, os negligentes camponeses

    russos (p. 225).

    Depois de ter refutado com a prpria administrao da sua propriedade e com o

    desmascaramento do individualismo campons todas as iluses quanto ao esprito de

    comunidade,Engelhardt, contudo, no s acreditava na possibilidade de os

    http://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/cap01.htm#t13http://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/cap01.htm#t13http://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/lenin/1897/heranca/cap01.htm#t13http://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/skaldine.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/e/engelhardt.htm
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    camponeses passarem para a explorao emartel,mas tambm exprimia a convico

    de que assim sucederia, de que ns, os russos, seramos justamente os que realizariam

    esta grande obra, e introduziramos novos mtodos de administrao das exploraes.

    precisamente nisso que consiste a particularidade, a originalidade da nossa

    economia (p. 349).Engelhardtrealista transforma-se emEngelhardtromntico, quecompensa a total falta de originalidade nos mtodos de administrao da sua prpria

    propriedade e nos mtodos dos camponeses observados por ele com a f numa

    originalidade futura! Esta f est bem pouco distante dos traos ultrapopulistas que

    apesar de em casos muito isolados se encontram emEngelhardt,de um estreito

    nacionalismo que confina com o chauvinismo [Tambm bateremos a Europa,

    tambm na Europa o mujique estar connosco (p. 387) - diziaEngelhardta um

    latifundirio a propsito da guerra], e at da idealizao do pagamento em trabalho!

    Sim, o mesmoEngelhardtque dedicou tantas pginas magnficas do seu livro

    descrio da situao desesperada e humilhante do campons que, tendo tomado deemprstimo dinheiro ou cereais para pag-los em trabalho, se v obrigado a trabalhar

    quase de graa nas piores condies de dependncia pessoal(14) este

    mesmoEngelhardtchegou ao ponto de dizer que seria bom que o doutor (tratava-se da

    utilidade e da necessidade do mdico no campo. V. I.) tivesse a sua prpria

    propriedade, para que o mujique pudesse pagar com o seu trabalho a assistncia

    mdica (p. 41). Isto dispensa comentrios.

    Em resumo, fazendo a comparao dos traos positivos acima citados da

    concepo do mundo deEngelhardt(ou seja, o que tem de comum com osrepresentantes da herana sem qualquer matiz populista) e dos negativos (ou seja,

    populistas), teremos de reconhecer que os primeiros predominam sem dvida alguma no

    autor das cartasDo Campo, ao passo que os segundos so como que interpolaes

    estranhas, casuais, trazidas de fora e que no se coadunam com o tom fundamental do

    livro.

    III - A Herana Ganhou Alguma Coisa Associando-se ao Populismo?

    Mas que entende por populismo? perguntar possivelmente o leitor. Maisacima foi definido o contedo do conceito de