Obesidade
-
Upload
cintia-costa -
Category
Health & Medicine
-
view
412 -
download
0
Transcript of Obesidade
Obesidade
2
Discentes:Anne Cardim, Cíntia Costa, Elandia Moreno, Greice Santana, Laís Santos, Larissa Cerqueira,Laura Helena, Rafaela Lima, Shamara Lisboa.
FTC – Faculdade de Tecnologia e CiênciasCurso de Graduação em Nutrição – 6ANDisciplina: Estágio Curricular em Nutrição ClínicaDocentes: Karina Dias Karina Hohenfeld Renilda Sá
• OBESIDADE é, frequentemente, definida como uma condição de acúmulo anormal ou excessivo de tecido adiposo, de modo que a saúde pode ser prejudicada (OMS, 2000).
Risco de doenças crônicas
– DM, DCV, dislipidemia.
Na maioria dos casos ocorre sem que uma doença
primária seja identificada ...
... Havendo desequilíbrio
entre a ingestão calórica e o gasto
energético do indivíduo.
Etiologia
OBESIDADE
Susceptibilidade individual/biológic
a
Fatores dietéticos e padrões de atividade
física
Balanço energético e
regulação fisiológica do peso
corpóreo
Fatores ambientais e
sociais
Balanço Energético e Regulação Fisiológica do Peso Corpóreo.
Estoque corporal de gordura
AF= atividade física. TMB= taxa metabólica basal. ETA= efeito térmico dos alimentos.
Hormônios Envolvidos na ObesidadeNEUROPEPTÍDEO Y - Peptídeo que regula a saciedade no centro do hipotálamo.
Regula a ingestão de alimentos e a rota metabólica dos nutrientes.
LEPTINA - Produzida no tecido adiposo subcutâneo, leva informação ao hipotálamo sobre o armazenamento de energia sob a forma de gordura. É supressora do apetite e influencia o gasto energético.
GRELINA - Produzida no estômago. Leva a informação do esvaziamento gástrico para o hipotálamo e estimula o apetite. Incentiva o uso de CHO e reduz o uso de lipídeos, aumenta a motilidade gástrica e secreção ácida e reduz a atividade de locomoção.
ADIPONECTINA - Produzida pelas células do tecido adiposo. Reduz a resistência a insulina e os níveis de glicose no sangue.
GLUCAGON - Produzido pelas células Alfa pancreáticas como resposta a redução dos níveis de glicose do sangue, Promove quebra do glicogênio e estimula a gliconeogênese.
DIAGNÓSTICO O Excesso de peso é visualmente identificado, porém é
necessário diagnosticar através de métodos de quantificação para avaliar os riscos à saúde.
Índice de Massa Corpórea – IMC
• Bom indicador, mas não relacionado diretamente com a gordura corpórea.
CLASSIFICAÇÃO IMCBaixo Peso <18,5Eutrofia 18,5 - 24,9Sobrepeso 24,9 - 29,9Obesidade grau I 30 - 34,9Obesidade grau II
35 - 39,9
Obesidade grau III ou mórbida
> 40
Deve ser associado com métodos de
avaliação da massa adiposa corporal!
Índice de Massa Corpórea para Idosos
Pregas cutâneas (PC): indicador de obesidade. Gordura subcutânea tem relação com a gordura interna e a densidade corporal.
Circunferência Abdominal: reflete melhor a gordura visceral e corpórea total.Circunferência abdominal e risco de complicações metabólicas
associadas à obesidade em adultos (OMS)Circunferência Abdominal (cm)
HOMEM MULHER Risco de complicações metabólicas
> 94 > 80 Aumentado> 102 > 88 Muito Aumentado
Objetivos da Terapia Nutricional
Identificar erros
alimentares.
Estimular mudança de hábitos alimentares
(educação nutricional).
Promover BE negativo para normalizar o peso
e a composição corporal, de forma
saudável e contínua.
Contribuir para melhoria da qualidade de
vida.
Prevenir ou tratar enfermidades
associadas e não somente tratar o excesso de peso.
Evitar a formação
inadequada de gordura
Prevenir/normalizar a carência de nutrientes
Evitar a formação
inadequada de gordura
Adaptar a dieta aos gostos do
paciente, sempre que possível.
De uma forma geral, na primeira fase de tratamento, deve-se verificar o grau de restrição calórica e o tempo para alcançar a perda de peso inicial, o qual pode variar de 3-6meses. Entretanto, nessa fase, sugere-se que o paciente reduza, aproximadamente, 8 a 15% do peso corporal.
Restrição Calórica
Reduz risco de complicações
Promove a melhora
da sensibilida
de insulínica, controle
glicêmico e perfil lipídico;
Reduz a pressão arterial
Plano Alimentar com Restrição Calórica Moderada
VETAdequado ao indivíduo.
Redução de 500-1000kcal/dia da dieta habitual.Evitar VET < 1200kcal/dia.
PTN 15-20% VET (mín. 0,8g/kgPaj/d)
CHO 55 a 60% (até 20 % de CHO simples)
LIP 20 a 25 % VET AGS 7% VET AGM 13% VET AGP 10% VET
COLESTEROL <300mg/dia
FIBRAS 20-30g/d
MICRONUTRIENTES
Conforme DRIs (2001), suplementar, se necessário.
VET até 1200kcal/dia: possível atingir as necessidades.
Possíveis deficiências: Fe, Zn, Folato e B6.
Pode ser necessária suplementação medicamentosa em dietas de baixa
caloria.
LÍQUIDOS 1,5 ml/kcal/dia
SÓDIO Adequado à situação do paciente HAS
FRACIONAMENTO
06 refeições/dia, 03/03h. Longos períodos de jejum: ↑cortisol
↓função imunológica, fadiga, irritabilidade, compulsão por doce,
confusão mental, ↑PA, ↑retenção hídrica e Na+
VOLUME AVALIAR INGESTÃO HABITUAL
BAIXOValor Calórico
MUITO BAIXOValor Calórico
INDICAÇÃOIndicado quando há
insucesso com o plano de restrição calórica moderada.
Indicado em casos de obesidade grau III e em situações refratárias aos
planos anteriores, em casos de glicemia descompensada
ou outras situações que necessitem de rápida perda
de peso.
VET1000-1200 kcal/dia
ou 10-19kcal/kgPaj/dia
400-800 kcal/dia ou <10kcal/kgPaj/dia
Usadas em períodos curtos (3-4 semanas).
Não recomendar dieta < 400kcal/d.
• Alimentos com potencial de beneficiar a saúde ou de reduzir o risco de DCNTs, além das suas funções nutritivas básicas.
• Quando usados de forma isolada não provocam efeitos satisfatórios na redução de peso, porém podem apresentar efeitos positivos na sua manutenção e na redução do risco de comorbidades ou fatores ligados á obesidade.
Componentes Alimentares Potencialmente Promotores
da Perda de Peso
Anti-oxidantes
Selênio, licopeno, ômega-3, compostos fenólicos Redução da inflamação, do estresse oxidativo e
melhora mecanismos de defesa.
Fibras
Apresentam efeito sobre a saciedade e a ingestão de alimentos, provocando uma redução do esvaziamento gástrico e, portanto, diminuindo a sensação de fome. Além de interferir positivamente no metabolismo do
colesterol, reduzindo o volume de ácidos biliares, melhorando perfil lipídico.
Ômega 3
Essenciais (α-linolênico – 1,5- 3,0g) e Não-essenciais (EPA, DHA 0,5 – 1,8g).
Exercem efeitos anti-inflamatório, por reduzir o recrutamento de células imunológicas e diminuir a
produção de citoquinas inflamatórias (TNF-α e interleucina 6), bem como aumentar a produção de
interleucina 10 (anti-inflamatória).
SojaSegundo Bhathema e Velásquez, o consumo ou a suplementação dietética de alimentos ricos em
fitoestrógenos, como a proteína da soja, apresentam efeitos positivos no combate a DM e a Obesidade.
Cereais Integrais
Baixo índice glicêmico; Antioxidantes (vit. E, Se, compostos fenólicos); Micronutrientes (vit. Complexo
B, Mn, Cu, Zn). Fitoestrógenos.
Oleaginosas
O consumo regular de sementes de oleaginosas, ricas em ácidos graxos monoinsaturados – AGM,
está envolvido na manutenção e redução de peso, além de reduzir as taxas de triacilgliceróis e
colesterol. Sua ação envolve aumento do gasto energético basal e termogênese induzida pela
dieta, devido ao AGM e teor protéico.
Chá Verde(não há consenso
para uso)
Não sofre processo de oxidação e não é fermentável. Além de possuir compostos fenólicos (catequinas), que apresentam poder antioxidante e estão envolvidos na redução da oxidação do LDL. Tem efeito termogênico, ↑oxidação de gorduras.
Óleo de Coco Consumo de óleo x perfil lipídico em ratos: ↓CT,
LDL-c, VLDL-c, TG e ↑HDL-c, além de ↓ a oxidação da LDL-c.
Recomendações Gerais no Tratamento Dietético da Obesidade
Cozinhar utilizando pouca quantidade de sal e óleos; Cozinhar os alimentos ricos em enxofre em panela destampada com
bastante água e em fogo brando; Não pular nenhuma refeição e, caso seja inevitável, não “compensar” a
refeição excluída; Ingerir líquidos adequadamente (2 a 3L/dia), longe dos horários das
grandes refeições .
Evitar: Refrigerantes e álcool: estimulam a secreção de ácido gástrico e são
excitantes do trato gastrointestinal; o álcool depleta vitaminas e minerais, prejudicando o metabolismo lipídico.
Café, chocolate e produtos fermentados: diminuem a pressão do esfincter esofágico inferior (PEEI), aumentando o refluxo gastroesofágico. Ainda estimulam maior secreção de cálcio pela urina e competem com a absorção de ferro.
Carminativos (menta e hortelã): diminuem a PEEI e aumentam o refluxo gastroesofágico.
Referências• MAHAN, L. Kathleen & Stump-Escott Sylvia. Krause:
Alimentos, Nutrição e Dietoterapia. 9. ed. São Paulo: Roca, 2002.
• SILVA,S.M.C; MURA,J.P. Tratado De Nutrição e Dietoterapia. 2ª.ed. São Paulo: Roca,2011.
• MANN,J; TRUSWELL,A.S; Nutrição Humana. 3ª.ed.Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,2009
• REIS,N.T; LIMA.L.C. Nutrição Clínica: Bases para Prescrição. 1ª.ed. Rio de Janeiro: Rubio,2015.