O uso de mapas conceituais no design educacional para o ... · O mapeamento do conhecimento...
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O uso de mapas conceituais no design educacional para o planejamento de hipermídia na
educação a distância
Márcia Melo Bortolatoi (UFSC) Alice Theresinha Cybis Pereiraii (UFSC)
Marília Matos Gonçalvesiii (UFSC)
Resumo Muitos são os formatos possíveis de se apresentar o conhecimento, de organizar as informações, estruturar o conhecimento a ser descoberto, a ser “informado” e transformado em saber. A hipermídia é um caminho possível, no sentido de "articular saberes", em formas adequadas a EaD. Estes formatos são desafios no design educacional, exigindo planejamento eficaz da estrutura do domínio do conhecimento. Os mapas conceituais, estruturadores do conhecimento, permitem mostrar como o conhecimento está organizado, informação crucial na tomada de decisão acerca da organização dos ambientes hipermidiáticos. Neste artigo, discorremos sobre os mapeamentos utilizados por designer educacionais no planejamento hipermídia educativas para EaD. Palavras Chave: mapas conceituais, hipermídia, design educacional, educação a distância. Abstract There are many possible formats to present knowledge, of organizing information, structuring the knowledge to be discovered to be "informed" and turned into knowledge. Hypermedia is one possible path, meaning "joint knowledge" in ways appropriate to DL. These formats are challenges in educational design, requiring effective planning of the structure of domain knowledge. Concept maps, knowledge structures, also show how knowledge is organized, information essential in decision making about the organization of hypermedia environments. In this article, we discussed the mappings used by the designer in planning educational hypermedia educational opportunities for distance education. Keywords: Concept maps, hypermedia, design education, distance education.
Introdução
Vivemos a Era digital, a Era do conhecimento. Neste novo tempo em
processo, as informações e o conhecimento assumem formatos e intensidades
diferentes, acelerando e reconfigurando os processos de comunicação e de
aprendizagem. Somos solicitados a todo instante por mensagens de todos os tipos,
sob todas as formas, todas tentando nos fazer olhar, ouvir e reagir. Algumas dessas
mensagens são mais importantes que outras, mas nem sempre as informações que
realmente precisamos são fornecidas numa forma que prontamente podemos
entender.
Há claramente uma demanda para o design da informação no nosso mundo,
para a organização de dados, o tratamento da escrita, e a apresentação, de modo
que todos possam acessá-la e compreendê-la. A complexidade do mundo digital
que vivemos neste inicio do século (XXI), exige uma nova perspectiva, através da
qual o novo conhecimento deve ser apresentado, consumido e procurado.
A utilização de múltiplos formatos de informação (simulações, imagens
estáticas, textos, som, animações, vídeos) desempenham um papel importante na
aquisição do conhecimento quando bem utilizados. A psicologia cognitiva, com
estudos sobre o processo da informação e a memória humana, tem dado muitas
contribuições para o design desses formatos visando a aprendizagem. (Mayer,1991),
(Paivio, 1986; Clark & Paivio, 1971) (Baddeley, 1999)
Apesar das novas tecnologias oferecerem cada vez mais recurso para a
aprendizagem, o mau planejamento na apresentação do material multimídia pode
causar desorientação no aprendiz e mesmo desmotivá-lo a assumir uma atividade
proposta. Se a atividade multimídia é cuidadosamente desenhada, os aprendizes
podem acompanhá-la em seu próprio ritmo, acessar facilmente a informação e
motivar-se para o aprendizado por descoberta.
Com a utilização de imagens, som e experiências de simulação e
experimentação, a atividade multimídia envolve o estudante num nível que poucas
publicações, leituras, ou mesmo, demonstrações, poderiam fazer. Programas de
multimídia têm a vantagem de envolver múltiplos sentidos simultaneamente, e
assim, acomodar uma grande variedade de estilos de aprendizagem. Essa é uma das
idéias básicas da mudança requerida nos processos de “ensino-aprendizagem”, que
até sua morfologia se altera, pois, não se separa mais uma palavra da outra. A
educação assim vista, busca uma nova forma de relacionar e apresentar os
conhecimentos aos seus aprendizes.
Muitos são os formatos possíveis de se apresentar o conhecimento, formas
diversificadas de organizar as informações, de estruturar o conhecimento. É neste
ponto de emergência do “informe”, que se busca uma nova forma para o
conhecimento a ser descoberto e o a ser “informado”, para que em sua complexa
relação, possa ser processado e transformado em saber. A hipermídia é um
caminho possível, no sentido de "articular os saberes", em formas de apresentações
flexíveis e adequadas ao volume de informações e interesses de seus
usuários/aprendizes muito recorrente na educação a distância.
Segundo Pereira e Gonçalves (2010)
O conceito de hipermídia pode ser visto como a interseção entre os conceitos de multimídia e hipertexto, na medida em que se trata de sistemas computacionais que ligam informações de forma não seqüencial, como os sistemas de hipertexto e que utilizam múltiplos meios para representar a informação, como os materiais multimídia. A hipermídia é uma reunião de mídias em um único suporte computacional, com recursos textuais e audiovisuais que, de forma interativa, respondem ao caminho desejado com apenas uma clique de botão.
Na ultima década do século passado (XX), os sistemas hipermídia têm atraído
a atenção de educadores, que vêem nesses sistemas digitais, grande potencial para
organização de materiais para o processo de ensino-aprendizagem. Marchionini
(1988) aponta duas características da hipermídia que são importantes para a
educação: (i) o armazenamento de grande quantidade de informações
representadas sob os mais diversos meios, permitindo que conteúdos extensos e
variados sejam agrupados e disponibilizados aos estudantes; e (ii) o alto nível de
controle do sistema pelo usuário, o que torna constante a tomada de decisões e a
avaliação de progressos, permitindo o desenvolvimento de habilidades e a escolha
de objetivos por parte deste.
No início dos anos 90, Spiro e colaboradores (SPIRO E JEHNG, 1990; SPIRO ET
AL., 1991; 1992), estudando as dificuldades de estudantes em aprendizagens
avançadas, desenvolveram pressupostos teóricos sobre a flexibilidade cognitiva e
viram nesse tipo de sistema um material educativo ideal para promover essa
habilidade.
No final da década de 90, segundo Rezende e Cola (2004) a discussão dos
conceitos de complexidade e de interdisciplinaridade passaram a ganhar destaque
entre educadores, percebem em suas pesquisas que a área da tecnologia
educacional é via promissora para a prática destes conceitos. Por sua
característica de prover flexibilidade em termos de associar diferentes meios e
informações, a hipermídia foi considerada idealmente adequada para fomentar a
interdisciplinaridade, e a flexibilidade no sentido de "articular os saberes" em toda
sua complexidade.
Conforme preconizam Rezende e Cola (2004) em seus estudos da Teoria da
Flexibilidade Cognitiva (TFC):
Em particular, sistemas de hipertexto, não lineares e multidimensionais, se apropriadamente planejados, têm o potencial para lidar com aspectos da estruturação irregular dos domínios de conhecimento e promover aspectos da flexibilidade cognitiva. Ao oferecer esquemas múltiplos de organização e representação do conhecimento, os sistemas hipermídia podem concretizar a proposta da TFC de instrução integrada à representação do conhecimento.
Estes novos formatos e exigências são o grande desafio para o design
educacional, pois, para que cumpram sua missão de meio facilitador da
aprendizagem exigem um planejamento eficaz da estrutura do domínio do
conhecimento focado. Para articular e organizar os conhecimento e buscar pontos
de encontro/desencontro entre as várias áreas do conhecimento, ou conceitos é
necessário entender as características do conteúdo que será apresentado (volume,
formato, estrutura, dinamismo, etc.) e as especificidades do contexto de uso
(objetivo, cultura e política, ambiente de uso, restrições tecnológicas, etc.).
Tarefa difícil e desafiante para o designer educacional, que pode ser viabilizada
com a contribuição de métodos e ferramentas voltadas a organização da
arquitetura da informação. O mapeamento do conhecimento através de mapas
conceituais tem sido testado para auxiliar o designer educacional nesta tarefa.
Os mapas conceituais se originaram do trabalho de Joseph Novak que
desenvolveu estas representações gráficas para construir e indicar relações entre
conceitos ligados por palavras. Ele é considerado como um estruturador do
conhecimento, na medida em que permite mostrar como o conhecimento sobre
determinado assunto está organizado na estrutura cognitiva de seu autor, que
assim pode ser visualizado e analisado em sua profundidade e extensão. Pode-se
dizer que essa é uma informação crucial para o designer educacional na tomada de
decisão acerca da organização dos ambientes hipermidiáticos da educação a
distância. São estes mapeamentos utilizados por designer educacionais no
planejamento de cursos na modalidade a distância que analisamos e discorremos
neste artigo abordando a adequação destes na estruturação de hipermídia
educativas.
Mapas conceituais
Existem muitas formas para representar conhecimento, mas, em geral ele é
expresso como um texto linear. Existem outras formas para representar o
conhecimento, como arquitetura da informação, mapas mentais e os mapas
conceituais. A mente organiza e acumula informações dentro de um certo
ordenamento, partindo de dimensões mais gerais até dimensões específicas. Sendo
assim, através de uma representação gráfica, é possível colocar de maneira central
as informações mais importantes, ficando as menos importantes em local mais
periférico. Estes procedimentos de construção de mapas são facilitadores quando
estamos pensando em montar uma apresentação ou visualização de uma idéia ou
projeto.
Para Novak e Cañas (2010, p.25):
Mapas conceituais podem ser de enorme utilidade no planejamento curricular. Eles apresentam de forma altamente concisa os conceitos-chave e princípios a serem ensinados. A organização hierárquica dos mapas conceituais indica um sequenciamento otimizado do material didático. [...] Desse modo, no planejamento curricular, precisamos elaborar um “macro-mapa” global, mostrando as ideias principais que planejamos apresentar no conjunto do curso, ou no currículo como um todo, e também “micro mapas” mais específicos, para mostrar a estrutura de conhecimento para um segmento muito específico programa instrucional. Membros do corpo docente trabalhando de forma independente ou em grupo podem reformular programas de curso ou um currículo inteiro.
Para Brose (2001), o mapa conceitual pode ser usado como uma ferramenta
de planejamento, pois permite a organização de idéias ou de apresentação dos
conteúdos. Através do Mapa Conceitual, damos destaque visual para a estrutura de
um tema ou argumentação. Os mapas conceituais, desenvolvidos por Joseph Novak,
são uma ferramenta para organizar e representar conhecimento (NOVAK, 1977).
Eles são utilizados como uma linguagem para descrição e comunicação de conceitos
e seus relacionamentos, e foram originalmente desenvolvidos para o suporte à
Aprendizagem Significativa (AUSUBEL, 1968).
É uma ferramenta que trabalha com conceitos que são encapsulados em
círculos ou retângulos, relacionados por uma linha de conexão que interliga os
conceitos. As frases colocadas ao lado das linhas de conexão especificam o tipo de
relação entre os conceitos. Tem grande eficácia para estruturação de hipermídia,
que conforme apresentado anteriormente, permite o armazenamento de grande
quantidade de informações representadas sob os mais diversos meios, permitindo
que conteúdos extensos e variados sejam agrupados e disponibilizados aos
estudantes.
Com ele pode-se organizar, reunir e filtrar ideias; pode-se analisar uma
estrutura de informações, verificar a relação entre pontos chave e, além de tudo,
ter uma forma visual associativa de todas as etapas em um planejamento ou
processo. Ou seja, o design educacional terá a visualização de diversos elementos
de uma vez, aumentando a probabilidade de integração e associação criativa entre
todos os elementos. Sendo assim, os mapas conceituais, a cada nó (conceito),
pode-se associar várias mídias, relacionadas ao conceito em questão. A hipermídia
é via promissora para a prática destes conceitos e os mapas conceituais uma
ferramenta adequada para a organização dos conceitos na hipermídia.
É nessa ordem de idéias que se insere a sugestão de mapeamentos do
conhecimento para construção de hipermídia e planejamentos curriculares, visando
descobrir novas práticas que atendam a demanda. Ainda nesse sentido é que se
desenvolve a pesquisa para avaliar a melhoria de qualidade nos processos de design
educacional da Universidade Aberta do Brasil na parceria com a Universidade
Federal de Santa Catarina (UAB/UFSC), permeados por novas práticas apoiadas em
planejamentos com mapas conceituais.
O projeto
Os materiais didáticos do curso de graduação em Ciências Contábeis e
Ciências Econômicas da UAB/UFSC são produzidos pelos designers educacionais
exclusivamente no formato de livro didático. Como multimídia o modelo contempla
vídeos-aula, videoconferência, ambiente virtual de aprendizagem e o livro texto.
No ensejo de atender a demanda da época, a equipe de design educacional
recebeu capacitação para uso de mapas conceituais, para que possa através de
mapas planejar as hipermídia de cada disciplina, incluindo aos elementos já
existentes objetos de aprendizagem virtual, interligando de forma interdisciplinar
todos os conceitos de cada disciplina e as disciplinas entre si.
A organização da capacitação pode ser observada no mapa apresentado a
seguir na figura 1.
Figura 1: Mapa conceitual da capacitação para design instrucional O curso de capacitação
Apresenta-se na sequência o curso ministrado para qualificação da equipe de
design educacional que emplementará novas práticas no desenvolvimento de
materiais didáticos para UAB/UFSC e possibilitará a avaliação da melhoria de
qualidade nos processos de design educacional apoiada em mapas conceituais e dos
próprios materiais produzidos.
Curso de Qualificação para Designer Instrucional: O uso de Mapas
Conceituais para o planejamento pedagógico de disciplinas e apoio na
criação de Objetos Virtuais de Aprendizagem
Apresentação
Muitos estudos mostram que o uso de recursos tecnológicos de informação e
multimídia são capazes de proporcionar progressos significativos no processo
educacional. A busca por metodologias e tecnologias educacionais que permitam a
evolução desse processo não para de crescer, dentre elas destacam-se os objetos
virtuais de aprendizagem, que são recursos educacionais desenvolvidos a partir de
objetivos pedagógicos com o intuito de mediar o processo de ensino–aprendizagem.
Esses objetos podem ser combinados de várias maneiras, permitindo compor
unidades de aprendizagem capazes de promover estratégias diversificadas e
adequadas às necessidades dos estudantes. No entanto, há uma grande dificuldade
por parte dos educadores (docentes, especialistas e/ou autores) e designers
instrucionais em incorporar esses recursos tecnológicos à prática pedagógica. Além
disso, a forma de construir esses objetos ainda suscita enormes desafios aos
profissionais envolvidos na produção de material didático para ambientes virtuais.
Os mapas conceituais são ferramentas gráficas utilizadas para organizar e
representar o conhecimento (NOVAK, 1998). Trata-se de uma ferramenta que
trabalha com conceitos que são encapsulados em círculos ou retângulos e
relacionados por uma linha de conexão que interliga os conceitos, ou seja, que
divide o conhecimento e as ideias complexas, transformando-os em conceitos
simplificados, em uma hierarquia estrategicamente definida para implementar o
processo de ensino–aprendizagem.
A criação dos mapas conceituais para o desenvolvimento de objetos de
aprendizagem é mais bem desenvolvida pelo especialista (o autor) ou pelo designer
instrucional, em parceria com o especialista do conteúdo, cuja visão é aprofundada
em uma determinada área do conhecimento, porque o domínio do conhecimento é
familiar a ele e representa a sua prática e ação didática.
Segundo as “boas práticas” sugeridas por Novak e Canãs (2008), o caminho
para a criação de um bom mapa conceitual é relacionar inicialmente uma série de
conceitos, cujo número depende do projeto: é mais ou menos acurado.
O mapa conceitual deve ser utilizado para planejar a efetivação dos
currículos escolares, conforme os autores citados orientam que se parta do corpo
da disciplina (do mais geral), dividida em grandes temas (macro conceitos), que
podem ser tratados como mapas individuais ou ramificações de um único mapa
para as atividades (o mais simples). Quando esse mapa é utilizado no planejamento
de objetos virtuais de aprendizagem, pressupõe-se maior eficácia desses objetos no
processo de ensino–aprendizagem.
Repensar o processo de produção de material didático (objetos de
aprendizagem) disponibilizados na educação a distância, implica também refletir
sobre os bens materiais e os espaços imateriais, sobre conhecimentos tácitos e
explícitos, sobre artefatos e metodologias, sobre agentes humanos e não humanos,
cujo contributo na dinâmica da evolução da modalidade é um elemento
estruturante, fundamental.
Essa interação possível entre humanos e não humanos, mediada pelo
processo de ensino–aprendizagem, pode estabelecer uma relação de cooperação e
autonomia se bem planejada. E pode ser iniciada antes mesmo do descortinar de
seu cenário, na fase de planejamento e produção do material didático, dos objetos
de aprendizagem, com o apoio de uma metodologia que oriente os humanos
(equipe multidisciplinar) e se aproprie de forma associativa e interativa dos não
humanos (metodologia de mapa conceitual e objeto de aprendizagem),
potencializando todo o processo.
Buscando contribuir para a pontencialização deste processo, apresenta-se
este curso de qualificação para designer instrucional, para habilitar este
profissional ao uso de Mapas Conceituais para o planejamento pedagógico de
disciplinas e apoio na criação de Objetos Virtuais de Aprendizagem.
Plano de ensino
Objetivos do curso
Os módulos I, II e III têm por objetivo principal fundamentar teoricamente o
designers instrucionais para o uso de mapas conceituais na sua prática de
construção de materiais didáticos e planejamento pedagógico da apresentação dos
conteúdos disciplinares. Os módulos IV e V têm por objetivo principal testar a
teoria na prática, e o módulo VI construir conhecimento coletivo por meio das
apresentações de trabalhos e discussão de dificuldades e descobertas. Para tanto,
os objetivos específicos são:
• Compreender a complexidade envolvida no planejamento pedagógico de
uma disciplina;
• Conhecer a metodologia técnica dos Objetos Virtuais de Aprendizagem;
• Habilitar-se ao uso da ferramenta CMaps;
• Testar a teoria na elaboração de um planejamento pedagógico através de
mapa conceitual;
• Eleger e mapear Objetos Virtuais de Aprendizagem.
Ementa
Planejamento e Elaboração de materiais didáticos para Educação a
Distancia; processo de produção de materiais didáticos; Objetos Virtuais de Aprendizagem; Mapas Conceituais auxiliando o processo de construção de materiais didáticos.
Carga horária
A carga horária total da disciplina é de 15 horas. Total 6 semanas.
Apresentamos os módulos teóricos nos mapas a seguir:
Figura 2: Mapa conceitual módulo 1_Planejamento Pedagógico de Disciplina
Figura 3: Mapa conceitual módulo 2_Objetos de aprendizagem
Figura 4: Mapa conceitual módulo 3_Mapas conceituais
Considerações finais
Muitos são os conhecimentos, suas áreas e domínios específicos, no entanto,
é consenso geral entre pesquisadores epistemológicos que os conhecimentos de
diversas áreas se relacionam por mais específicos que pareçam. Os educadores em
grande maioria defendem a interdisciplinaridade e a transdisciplinaridade como
forma eficaz de ensino-aprendizagem.
A hipermídia permite prover flexibilidade por associar diferentes meios e
informações, é adequada para fomentar a interdisciplinaridade, e a flexibilidade no
sentido de "articular os saberes" em toda sua complexidade. A hipermídia educativa
tem por objetivo organizar conhecimentos em variadas mídias, apresentando
formatos mais adequados a cada conteúdo e favorecendo assim a aprendizagem
significativa.
Os sistemas de hipertexto, não lineares e multidimensionais, se
apropriadamente planejados, têm o potencial para lidar com aspectos da
estruturação irregular dos domínios de conhecimento e promover aspectos da
flexibilidade cognitiva. Ao oferecer esquemas múltiplos de organização e
representação e integração do conhecimento, concretizados em hipermídia.
Conforme discussão apresentada aqui, estes novos formatos são o grande
desafio para profissionais, professores, autores e designers educacionais atuantes
que buscam práticas educativas mais atualizadas, pois, para que cumpram sua
missão de facilitador da aprendizagem, estes novos formatos exigem um
planejamento eficaz da estrutura do domínio do conhecimento focado. Para
articular e organizar os conhecimentos o mapa conceitual se apresenta como uma
ferramenta promissora para auxiliar os profissionais envolvidos neste desafio.
A pesquisa esta em andamento, sendo que no momento iniciam-se as novas
‘boas práticas’ da equipe de design educacional com os materiais didáticos da
UAB/UFSC, no entanto, ainda não foi possível até o momento, avaliar os resultados
finais desta implementação no processo de produção.
Referências Bibliográficas
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i Márcia Melo BORTOLATO, Mestranda Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Programa de pós-graduação em Design e Expressão Gráfica [email protected] ii Alice Theresinha Cybis PEREIRA, PhD Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Programa de pós-graduação em Design e Expressão Gráfica [email protected] iii Marília Matos GONÇALVES, Dra Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Programa de pós-graduação em Design e Expressão Gráfica [email protected]