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O USO DA LOUSA DIGITAL COMO RECURSO PEDAGÓGICO NO

PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO

ESPECIAL

ERONILDE CORDEIRO CARLET1

ANALICE CZYZEWSKI2

RESUMO. O presente artigo tem por finalidade demonstrar os resultados do estudo e da intervenção pedagógica, realizada durante o Plano de Desenvolvimento Educacional (PDE) 2016/2017, com o grupo de alunos da Escola Professora Yara Serafim Educação Infantil, Ensino Fundamental na Modalidade Educação Especial (APAE), do Município de Barbosa Ferraz-PR. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, acompanhada por uma intervenção pedagógica, pautada na perspectiva da Teoria Histórico-Cultural. A lousa digital caracteriza-se como objeto de estudo, para se verificar a proficuidade dos recursos interativos no processo de ensino e aprendizagem de alunos com necessidades especiais. Buscou-se apresentar uma reflexão acerca da importância desses recursos tecnológicos como instrumentos na organização do trabalho pedagógico na educação especial. Palavras-chave: Tecnologia. Educação Especial. Lousa digital.

1 Introdução

O PDE faz parte da política pública de formação continuada para

professores e tem como objetivo atender aos professores da rede pública estadual,

para isso se firmou convênio com a rede de ensino superior, a fim de propiciar, aos

participantes, subsídios teóricos metodológicos e, assim, instrumentalizar, de forma

sistematizada, a prática pedagógica.

Durante este estudo, buscou-se compreender os pressupostos da Teoria

Histórico-Cultural, que subsidiou o trabalho durante a intervenção pedagógica,

realizada com um grupo de alunos da Escola Professora Yara Serafim Educação

Infantil, Ensino Fundamental na Modalidade Educação Especial (APAE), do

Município de Barbosa Ferraz-PR. Participaram deste estudo alunos do ensino

fundamental, 1ª etapa do 2º ciclo. Utilizou-se a lousa digital para se explorar os

recursos nela disponíveis e verificar a possibilidade de utilizá-los como facilitadores no

processo de ensino e aprendizagem.

Por meio deste estudo, pretende-se destacar as possibilidades de inovação

no processo ensino-aprendizagem, com a inserção do uso da lousa digital como

1 Professora da rede estadual de ensino do Estado do Paraná, participante do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE). Graduada em Pedagogia (FAFIJAN); Pós-Graduação em Educação especial (FECILCAN) [email protected]

2 Orientadora: Professora colaboradora do Departamento de Fundamentos da Educação, da Universidade Estadual de Maringá (UEM); Doutoranda em Educação (PPE/UEM); Mestre em Educação (PPE/ UEM) [email protected]

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ferramenta pedagógica interativa que possa contribuir no aprendizado dos alunos

especiais da escola citada.

Para tanto, o texto está dividido em três partes, e a primeira trata da

educação especial e do processo de aprendizagem. Na segunda parte, apresentam-

se a experiência da intervenção pedagógica na escola e o Grupo de Trabalho em

Rede (GTR). A terceira parte demonstra o uso da lousa digital por meio da

experiência durante a implementação pedagógica, destacando a contribuição

daquela em turmas de educação especial.

2 Educação Especial e o processo de ensino aprendizagem

O desenvolvimento histórico-social do homem inicia-se no momento em que

este nasce e passa a participar das vivências sociais. A escola é a instituição que foi

consagrada, no decorrer do desenvolvimento histórico, como responsável por

sistematizar e organizar, na forma de ensino, os conhecimentos científicos. O

advento da escola pública, no século XIX, evidenciou a importância da escola

enquanto espaço destinado ao ensino e aprendizagem. “Portanto, a escola, como

laboratório de produção e transmissão de conhecimento, participa da construção do

sujeito, da própria sociedade e da vida” (FREIRE; VALENTE, 2001, p. 116).

Os alunos com deficiência também têm direito à educação e a condições

adequadas para aprendizagem. A Conferência Mundial sobre as Necessidades

Especiais, representada pelos 92 países reunidos em Salamanca, afirma

[...] a necessidade e a urgência de garantir a educação para as crianças, jovens e adultos com necessidades educativas especiais no quadro do sistema regular de educação, e sancionamos, também por este meio, o Enquadramento da Ação na área das Necessidades Educativas Especiais, de modo a que os governos e as organizações sejam guiados pelo espírito das suas propostas e recomendações (UNESCO, 1994).

A escola especial trabalha com alunos com necessidades especiais,

buscando possibilidades de aprendizagem e reconhecimento destes enquanto

cidadãos com direito à educação. A Lei de Diretrizes e Bases, nº 9.394/96, garante a

educação para todos os educandos, no artigo 59, inciso l, com “currículos, métodos,

técnicas, recursos educativos e organização específicos, para atender às suas

necessidades” (BRASIL, 1996).

O ensino dos alunos com deficiência exige uma gama de recursos para

facilitar o processo ensino e aprendizagem e, assim, atuar na Zona de

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Desenvolvimento Proximal (ZDP). De acordo com Vygotsky (1984 apud SCOPEL;

ALMEIDA, 2015), há uma distância entre as atividades que a criança já consegue

realizar e aquelas para as quais ainda precisam de mediação, e é no caminho entre

esses dois extremos que ocorre o desenvolvimento. Para Nakashima e Amaral

(2006), o sujeito, ao socializar suas ideias, de forma criativa e livre, demonstra

evolução, agindo como produtor e não apenas receptor, tornando-se parte da

informação, atuando sobre ela. Ainda, para esses autores, a aprendizagem acontece

por meio de vários estilos e acontece também nos espaços virtuais, mediados por

tecnologias digitais. Essas mediações, estabelecidas entre o sujeito, objeto e o meio

social são relações em que a aprendizagem acontece. Segundo Vygotsky (1984

apud SCOPEL; ALMEIDA, 2015, p. 12) “a construção do conhecimento, da

compreensão e entendimento no processo de aprendizagem, depende das relações

estabelecidas pelo indivíduo em sua relação pessoal com os ambientes e com

outras pessoas”.

Entre ensinar e aprender, compreender e realizar, são necessários agentes

mediadores que articulem e propiciem a produção do conhecimento para que

diferentes situações, presentes no cotidiano escolar, favoreçam o ensino-

aprendizagem, principalmente no contexto da educação especial que enfrenta

barreira intelectual e física.

As contribuições do Luria (1981) colocam em discussão o ser humano como

um sujeito biológico e social e, para esse autor, o cérebro é um sistema aberto e em

constante interação com o meio físico e social, a qual fornece a capacidade de

produzir o desenvolvimento.

Partindo dos conceitos de sistema funcional e de plasticidade cerebral, Luria

(1981) aponta três unidades fundamentais de funcionamento cerebral: a primeira é a

destinada à regulação da atividade cerebral e do estado de vigília; a segunda visa

ao recebimento, análise e armazenamento de informações; a terceira implica a

recepção de informações por meio dos órgãos dos sentidos.

A busca pelos direitos e inclusão das pessoas com deficiência tem

avançado, ainda que a passos lentos, isso porque a rejeição, a discriminação e o

preconceito foram grandes marcas que ainda aparecem na sociedade

contemporânea. A Declaração dos Direitos Humanos (ONU, 2009) foi impulso para a

luta das famílias que tinham pessoas com algum tipo de deficiência e se sentiam

excluídas dos direitos sociais. Essas famílias empenharam-se para mudar essa

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situação e obtiveram apoio de profissionais que buscaram voluntários, profissionais,

instituições públicas e privadas como parceiros, formando uma grande mobilização

na defesa da pessoa com deficiência e a sua inclusão social, dando origem ao

“Movimento Apaeano”.

A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) foi criada no Rio

de Janeiro, em 11 de dezembro de 1954. No Brasil, a Lei de Diretrizes e Bases

nº 9.394/96 regulamenta a matrícula e inclusão das pessoas com deficiência na rede

regular de ensino. No Paraná, a APAE é regulamentada legalmente pela Instrução

009/2014-SUED/SEED (PARANÁ, 2014) e Deliberação nº. 02/2016 que normatiza a

modalidade Educação Especial no Sistema Estadual de Ensino do Paraná. Nesse

sentido, a APAE “[...] tem como função identificar, elaborar e organizar recursos

pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena participação

dos estudantes no processo educacional, considerando suas necessidades

específicas” (PARANÁ, 2016, p. 4-5).

É importante destacar que a educação para os alunos com necessidades

educacionais especiais requer recursos pedagógicos que devem estar à disposição

nas escolas, como mediadores na apropriação do conhecimento.

3 Importância dos recursos tecnológicos na Educação Especial

As técnicas e metodologias pedagógicas sempre foram auxiliares no

processo de ensino e aprendizagem, no século XIX, o quadro-negro era o

protagonista, instrumento de grande importância e compunha o mobiliário escolar,

além de ser indispensável para se ministrar o conteúdo em sala de aula.

Há muitos mecanismos que são auxiliares na interação entre professor,

aluno e conteúdo, no processo de ensino aprendizagem, porém é preciso lembrar

que o objeto, por si só, não apresenta mudança, muito menos provoca

aprendizagem, é necessário saber utilizar métodos e técnicas que levem ao

planejamento do uso de recursos antigos ou novos, em prol do desenvolvimento

educacional:

[...] envolve mais do que as recursos, amplamente utilizados na escola, como a lousa e o giz, o livro didático, lápis, a linguagem e a exposição oral e também a própria escola enquanto instituições fazem parte da tecnologia na educação, juntamente com a TV, o retroprojetor, o vídeo e o computador, tecnologias que podem ser utilizadas como recursos para favorecer e estimular a aprendizagem (CARNEIRO, 2002, p. 49).

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De acordo com Sousa, Miota e Carvalho (2011), com os avanços

tecnológicos, os recursos didáticos pedagógicos escolares passaram por

transformações, os materiais adquiriram caráter mais dinâmico, ativo e organizado,

contribuindo no processo de aquisição do conhecimento, historicamente acumulado

e trabalhado na forma de conteúdos curriculares.

As transformações sociais e o desenvolvimento de novas tecnologias

ampliaram a rede de comunicação e permitiram estender as ferramentas de

pesquisa. A escola passou a utilizar essas ferramentas como recurso didático

pedagógico para a explicação dos conteúdos.

Sabe-se que a tecnologia, cada vez mais, é empregada nas escolas e se

torna uma aliada das metodologias de práticas pedagógicas, otimizando o trabalho

pedagógico. Taille (1990, p. 60) corrobora esse cenário afirmando que

[...] a escola não deve somente modificar seus currículos em função dos novos conhecimentos que, todo dia, são criados pela humanidade, como também deve modificar seus métodos, não apenas para melhorá-los, mas também para adaptar-se a um novo público que, embora sempre da mesma faixa etária, vem à sala de aula com comportamentos determinados fora dos muros da escola.

O uso das tecnologias propicia que inovações estimulem o trabalho

pedagógico, não estando aquelas mais no patamar polêmico que seu uso gera, pois

se tornarão ferramenta importante no processo ensino e da aprendizagem.

Ainda nesse contexto, Kenski (2005, p. 4-5) apregoa:

Os novos e múltiplos produtos criados a partir dos usos diferenciados das tecnologias de última geração têm suas especificidades. […]. Os educadores precisam compreender as especificidades desses equipamentos e suas melhores formas de utilização em projetos educacionais. […] Saber utilizar adequadamente essas tecnologias para fins educacionais é uma nova exigência da sociedade atual em relação ao desempenho dos educadores.

No caminho para se chegar às inovações tecnológicas, os materiais

pedagógicos passaram por transformações, como o quadro-negro e com giz branco,

que evoluiu para quadro-verde, com uso de giz colorido, chegando ao quadro-

branco, com uso caneta coloridas. Nesse mesmo trajeto, veio o projetor multimídia e,

com ele, a lousa digital interativa que possibilita movimento, permitindo a utilização

de vários recursos disponíveis nos softwares e com conexão com a internet,

propondo uma aula interativa em que as dúvidas são observadas, questionadas e

pesquisadas, de acordo com o conteúdo (BASTOS, 2005).

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Bastos (2005) reforça que a qualidade não está somente na aquisição

desses recursos, mas na intenção pedagógica do uso deles na construção do

conhecimento. Em reflexão sobre o desenvolvimento dos conhecimentos,

Nakashima e Amaral (2007, p. 6) defendem que

A finalidade de se integrar mais uma tecnologia na educação – além do retroprojetor, da televisão, do rádio, dos computadores, dentre outros – está relacionada, principalmente, com a ideia de como esse recurso poderá complementar e potencializar os processos educativos em sala de aula, inovando os modos de construção do conhecimento. Nessa perspectiva, a Lousa Digital faria a mediação entre as atividades propostas pelo professor e a compreensão e assimilação das mesmas pelos alunos, auxiliando no desenvolvimento de práticas inovadoras de ensino e de aprendizagem.

Para esses autores, o recurso da lousa digital comporta-se como mediador

entre o que os professores explicam e o que o aluno assimila. A evolução dos

espaços escolares implica em professores que se portem, também, como

pesquisadores e comprometidos com a educação e utilizar a tecnologia significar

visar a um ensino-aprendizagem de qualidade. Na prática pedagógica convencional,

por causa das diferentes formas de assimilação e aprendizagem, que podem ser

auditivas, visuais ou sinestésicas, o desafio quanto à aprendizagem é imenso.

Neste estudo, a lousa digital figura como material pedagógico em destaque,

por conter recursos que podem ser explorados em favor da pessoa com deficiência.

Essa lousa constitui-se numa ferramenta com fins de apresentação, ligada

diretamente à CPU do computador. Um projetor multimídia se encarrega de mostrar

as imagens nessa lousa e, por meio de toque digital, alunos e professores a

manuseiam.

Há, no mercado, muitos tipos ou marcas de lousa digital, cada vez mais

interativas e dinâmicas, algumas usam canetas especiais e outras, mais sofisticadas,

são sensíveis ao toque com os dedos e apresentam mais de um software de

controle, o que facilita a apresentação de informações multimídias.

Essa ferramenta pedagógica já é realidade em algumas escolas estaduais

do Paraná, adquirida pelo Programa Nacional de Formação Continuada em

Tecnologia Educacional através do MEC/FNDE3. Esse quadro interativo transforma

a parede, onde a imagem é projetada, em uma grande tela, sensível ao toque, seja

da caneta especial ou do dedo, permitindo a interação com o conteúdo planejado e

3 Computador Interativo e Lousa Digital (Projetor Proinfo). FNDE. Portal de Compras Estados e municípios podem fazer pedidos com praticidade e segurança! Disponível em: <http://www.fnde.gov.br/portaldecompras/index.php/produtos/computador-interatvo-projetor>.Acesso em: 8 maio 2016.

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projetado. Essa projeção interativa ajuda a tornar os conteúdos mais próximos da

realidade, buscando um elo entre teoria e prática.

Para os alunos com deficiência, os recursos pedagógicos utilizados são

importantes, pois aqueles apresentam diversas dificuldades nos campos auditivo,

visual, físico e intelectual e em atividades simples como desenhos, números, letras,

objetos, noções espaciais, geometria, entre outros conteúdos, desde os mais

simples até os mais complexos. Esses alunos necessitam de recursos pedagógicos

que permitem riqueza de detalhes e aproximação com a realidade, para que aqueles

possam perceber as diferenças, fazer comparações com o que já conhecem, com o

que é desconhecido e deve ser aprendido, construindo, assim, sua aprendizagem

por meio da interação com os outros e com os objetos virtuais ou não.

Nessa perceptiva de sujeito, a escola, ao promover espaços de interação

com ações pedagógicas planejadas, faz sua função que é promover e oportunizar o

trabalho com as funções mentais, como discorre Luria, citado acima, colocando, à

disposição do aluno, espaços de representação do conteúdo e criando condições de

acesso, permanência, participação e aprendizagem.

É neste espaço de produção do conhecimento que novas tecnologias devem

emergir na escola com modelos interativos que possam ajudar o processo cognitivo

em sala de aula. Contando com os conteúdos disponíveis nas diferentes mídias, os

saberes historicamente acumulados podem ser acessados em vários formatos

através das redes de comunicação de informações.

Segundo Nakashima e Amaral (2007, p. 99) “o professor deve estar aberto

para essas mudanças, reconhecendo que não é mais o detentor único do saber,

mas sim o orientador do processo de aprendizagem”.

A seguir será abordada a importância da formação oferecida como requisito

deste estudo designada como Grupo de Trabalho em Rede (GTR).

4 A intervenção pedagógica e o Grupo de Trabalho em Rede (GTR)

A Lei nº 9.394/96 define sobre a formação continuada de professores:

Art. 67. Os sistemas de ensino promoverão a valorização dos - profissionais da educação, assegurando-lhes, inclusive nos termos dos estatutos e dos planos de carreira do magistério público: I - ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos; II - aperfeiçoamento profissional continuado, inclusive com licenciamento periódico remunerado para esse fim; [...] (BRASIL, 1996).

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No Estado do Paraná, o Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) é

responsável por promover a formação continuada, prevista em lei, e tem um objetivo

“permanente de reflexão, discussão e construção do conhecimento” (SEED, 2013, p.

3). Dentro da estrutura de organização, destaca-se o Grupo de Trabalho em Rede

(GTR), para colocar, à disposição dos professores da rede de ensino estadual, os

resultados da implementação pedagógica, essa troca ocorre via ambiente de

aprendizagem virtual e se caracteriza pela interação a distância entre o professor

PDE e os demais professores da rede pública estadual de ensino4.

O GTR permite, aos cursistas inscritos, articular o referencial teórico com as

propostas de ações apresentadas no Projeto de Intervenção Pedagógica, a fim de

redimensionar a prática pedagógica a partir das intervenções do professor PDE e de

suas produções.

De acordo com o documente síntese, da Secretaria de Estado da Educação

– SEED, esse modelo interativo se materializa pelo estudo, pesquisa e

implementação, realizados em cada escola de origem, e fica, à disposição, o

aprendizado deste estudo do professor – PDE no curso Grupo de Trabalho em

Rede – GTR, apresentado por módulos, com data e tempos específicos. Todos os

professores da rede do Estado do Paraná que se interessarem em participar do

GTR podem realizar suas inscrições, submetendo-se aos critérios avaliativos para a

conclusão do curso, previstos no Contrato Pedagógico (SEED, 2016).

O GTR “O uso da Lousa Digital como recurso pedagógico no processo de

ensino aprendizagem na educação especial” teve a participação de 20 cursistas de

todo o Paraná, com início no dia 03 de abril de 2017. O trabalho foi dividido em três

módulos: 1) Projeto de Intervenção Pedagógica na Escola; 2) Produção Didático-

Pedagógica na Escola; 3) Implementação do Projeto na Escola. Junto a cada um

destes, disponibilizaram-se textos, vídeos, imagens, relatórios das práticas,

endereços eletrônicos para pesquisas, com a intenção de subsidiar a prática

pedagógica no intuito de motivar o uso das ferramentas tecnológicas disponíveis nas

escolas onde os cursistas trabalham.

O primeiro módulo teve como objetivo realizar o aprofundamento teórico

sobre o tema de pesquisa adotado pelo professor PDE, contido no Projeto de

4 PARANÁ. Grupo de Trabalho em Rede (GTR). Disponível em:<http://www.gestaoescolar.diaadia. pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=503>. Acesso em: 2 out. 2016.

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Intervenção Pedagógica, na escola despertando interesse dos cursistas para as

discussões propostas.

O cursista foi orientado a fazer downloads dos materiais, formando pastas

de estudo, ficando-lhe à disposição as novas informações de uso da lousa digital no

próprio aparelho (computador ou notebook) para acessar no momento de estudo

durante o curso e no decorrer do ano letivo no desenvolvimento de suas aulas.

Foram, também, disponibilizados links com tutorias de uso do aplicativo para

acesso aos recursos da lousa digital, assim, foi possível apresentar, aos

professores/cursistas, possibilidades de uso dessa ferramenta como auxiliadora na

apresentação dos conteúdos escolares.

Enquanto ferramenta tecnológica, a Lousa Digital Interativa abre novas perspectivas e estratégias de ensino e aprendizagem, uma vez que possibilita várias formas de utilização, entre elas: inserção de imagens, textos, vídeos, buscas na internet, contribuindo na melhoria do ensino e aprendizagem (MARTINS; KLIEMANN, 2016, p. 3).

Na interação com os cursistas, foi possível observar, em muitos registros, a

dificuldade de compreenderem a utilização deste objeto pelo fato de terem pouco

acesso à lousa digital e escasso tempo para o treinamento com ela. Como resposta

para essa indagação tempo/treino, mostrou-se, através dos vídeos tutoriais, a

possibilidade de uso dessa lousa com a instalação do aplicativo no computador,

notebook ou netebook.

Instruiu-se sobre a instalação do MINT Interactive. Conforme orientações no

manual da lousa digital, “O MINT Interactive é a aplicação responsável pela

interatividade entre o usuário e o computador interativo. Por meio dela, o usuário

torna-se parte integrante de suas apresentações, de forma dinâmica e

enriquecedora” (DIGIBRAS, 2013, p. 15), assim, é possível utilizar o mouse no lugar

da caneta e a tela do computador como o quadro interativo, simulando aulas

práticas. Por meio dessa dinâmica, o professor terá possibilidade de montar suas

aulas, usando os recursos disponíveis com segurança.

Há disponíveis na web diferentes produções audiovisuais excelentes quanto

ao uso da lousa digital como ferramenta pedagógica em sala de aula:

Caça Palavras Disponível em:

<https://www.youtube.com/watch?v=EWW4pewhki4&t=5s> Acesso em: 2 set. 2016.

Lousa com Jogos On-line

Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=8m3c1XBczk0&t=149s>

Acesso em: 11 set. 2016.

Lousa Digital Aula de Português

Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=5H8VTP1XK_0&t=199s>

Acesso em: 3 out. 2016.

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O segundo módulo disponibilizou o Projeto de Intervenção Pedagógica e a

produção didático-pedagógica na escola, além de materiais complementares para

estudo, vídeos, atividades, fóruns, textos e artigos com o objetivo de socializar as

produções já elaboradas pelo professor PDE.

Nesse módulo, os cursistas participaram de discussões a partir de questões

reflexivas, promovendo o debate sobre a dificuldade no ensino-aprendizagem em

relação à exposição dos conteúdos e à utilização dos recursos tecnológicos como

mediadores na aquisição do conhecimento.

Os cursistas relataram experiências vivenciadas nas escolas quanto ao uso

da lousa digital, contribuindo no desenvolvimento da implementação desta e

conduzindo à reflexão.

Nesse aspecto é muito importante a capacitação e conhecimento do professor, harmonizando conteúdo e tecnologia em sua metodologia de sala de aula. As contribuições do GTR serviram também para refletirmos sobre nosso trabalho de PDE e a própria prática pedagógica (MARTINS; KLIEMANN, 2016, p. 17).

O terceiro módulo trouxe a Implementação do Projeto de Intervenção

Pedagógica na escola, e os cursistas discutiram o projeto em relação ao relato de

implementação feita pelo professor PDE, com reflexões em todas as atividades

apresentadas e produzidas.

Foi o momento de troca entre as práticas que cada escola vivenciou, sob o

olhar do professor cursista, e de traçar novas possibilidades de aprendizado na

forma de ensinar. “O saber pedagógico só pode se constituir a partir do próprio

sujeito, que deverá ser formado como alguém capaz de construção e de mobilização

de saberes” (FRANCO, 2015, p. 607).

Essas reflexões entre contexto real e as novas ideias, a partir do uso da

lousa digital, podem trazer, ao cursistas, a postura do docente pesquisador que

busca, por meio do estudo, respostas para os desafios educacionais pois há

necessidade de que o aprender seja constante para o docente que procura

desempenhar seu trabalho com segurança, confiança e qualidade.

4.1 A lousa digital na escola de educação especial

A partir das questões norteadoras: As novas tecnologias podem servir a

educação especial como ferramentas tecnológicas que promovem o

desenvolvimento de forma dinâmica e facilitada? Como os recursos disponibilizados

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na Lousa Digital podem ajudar na aquisição do conhecimento aos alunos especiais?

Este estudo foi em busca de embasamento teórico e prático para a utilização dessa

lousa na sala de aula que pudesse construir melhor o processo de ensino-

aprendizagem no contexto escolar da educação especial.

É importante grifar que a efetivação da utilização dos recursos tecnológicos

como computador, celular, televisão, tablet, pendrive, lousa digital e outros

passam pelo professor e, com isso, ele se torna pesquisador, estimulador e

mediador na produção do conhecimento. Portanto, “não basta ao professor ficar

esperando que essa atualização seja disponibilizada pelo poder público e de forma

apenas gratuita, ele precisa perceber que necessita de atualização, principalmente

na questão tecnológica, e ir em busca de mais conhecimento” (PONTAROLO;

BÜHRER, 2016, p. 9).

A partir dessa dinâmica reflexiva e consciente do papel do professor, na

prática, desenvolveu-se uma unidade contemplada com planos de aula, totalizando

11 planos de atividades relacionadas aos recursos disponíveis na lousa digital. As

observações foram registradas nas tabelas referentes a cada recurso, para análise

das dificuldades e facilidades encontradas no decorrer das aulas ministradas.

O objetivo foi desenvolver práticas pedagógicas, com o auxílio dos recursos

disponíveis na lousa digital, tendo como mediador o professor. Assim, foram

colocadas à disposição dos alunos com necessidades especiais, diferentes formas

de exposição dos conteúdos, num desafio que buscava a superação das

dificuldades de ensino-aprendizagem dos conteúdos acadêmicos. Quanto ao limite

de tempo previsto para a atividade, foi levada em consideração a necessidade

específica de cada aluno da sala, com a intenção de obter interação entre o

conteúdo, o docente, o discente e o objeto estudado. Nesta vertente, segue o relato

das práticas definidas e desenvolvidas na sala de aula.

5 Implementação pedagógica descrita e sistematizada na forma de unidade

didática

Na Figura 1 é possível visualizar a barra de ferramentas do MINT interativo.

Figura 1 – Ferramentas 1 da tela MINT interativo da lousa digital.

Fonte: Lousa digital.

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5.1 Plano 1: Atividades com a ferramenta lápis e a ferramenta caixa de texto

Nesta unidade foram explorados os ícones lápis e caixa de texto. As

atividades tiveram o objetivo de demonstrar que o lápis serve para escrever e

desenhar sobre a área da lousa, destacar com círculos, traço, cor e espessura. A

escrita teve como ponto de partida o nome do aluno, como forma de

reconhecimento, autoestima e parte essencial para o ensino-aprendizagem. Assim,

com a escrita do nome do aluno, foi possível explorar o conteúdo da disciplina da

língua portuguesa (letras, palavras, frases e textos), respeitando-se o nível de

alfabetização de cada aluno. “O acesso a esses conhecimentos é direito do aluno na

fase de escolarização em que se encontra e o trabalho pedagógico com tais

conteúdos é responsabilidade do professor” (PARANÁ, 2008c, p. 89).

Os alunos com deficiência necessitam de atividades que explorem os

conceitos básicos para a escrita. Esta requer motricidade fina para os atos de riscar,

traçar, escrever ou desenhar, bem como outros objetos necessitam de movimentos

simples para serem segurados, o que, para alguns alunos, são movimentos difíceis

de serem executados. Essa nova forma de escrita com possibilidade de movimento

ativou não só a coordenação fina, mas também a ampla, por meio das funções

clicar, arrastar e soltar as imagens. Esses movimentos corporais agiram no

desenvolvimento das habilidades motoras dos alunos.

5.2 Plano 2: Atividades com a ferramenta marcador de texto

Com essa atividade, foi possível ler, sublinhar e marcar o texto. Essa

proposta de trabalho foi elaborada interdisciplinarmente, usando-se o texto para se

oportunizar o aprendizado das diferentes unidades de tempo, contidas no conteúdo

medidas de tempo, da disciplina de matemática. As anotações sobre a imagem

projetada, usando-se o marcador, chamaram a atenção dos alunos que ficaram

entusiasmados com a aula apresentada nesse formato.

É importante ressaltar que o uso do marcador com a espessura mais grossa

foi o ideal para o desenvolvimento da atividade, pois a espessura fina não

proporcionou bom resultado para alunos com baixa visão. As diferentes cores

destacaram coloridos com efeitos incríveis de transparência, provocando estímulos

importantes e necessários para a aquisição do aprendizado.

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5.3 Plano 3: Atividades com a ferramenta pincel ou caneta e a ferramenta

borracha

Nessa atividade, foi possível trabalhar as funções da caneta de caligrafia,

similar ao lápis, usando-se imagens da galeria para reprodução das imagens. Cada

aluno teve a oportunidade de manusear a caneta, tentando reproduzir imagens,

palavras, números, nomes, círculos, rabisco ou traço por meio da produção escrita.

A borracha chamou bastante a atenção dos alunos, pois ela pode ser usada para

apagar escrita, anotações, rascunhos que foram feitos sobre a imagem utilizada. A

interação com o conteúdo pode ser percebida a cada ação realizada pelos alunos,

aproximando autonomia e produção escrita ao mesmo tempo, facilitando

a aprendizagem colaborativa, estimulando o aprendizado e o trabalho em grupo,

com cooperação entre os alunos, pois aqueles com comprometimento motor

necessitaram de auxílio para resolver a atividade.

5.4 Plano 4: Atividades com a ferramenta galeria de imagens

A proposta dessa atividade foi explorar a galeria de imagens que estão

organizadas em pastas por categorias, relacionando os conteúdos já instalados no

software inerentes às disciplinas de português, matemática, ciências e geografia.

Para se acessar a galeria de imagens, basta-se tocar na seta que se encontra na

barra lateral do lado direito do MINT interativo da lousa digital. Com as atividades

planejadas, foi possível utilizar a pasta da disciplina ciências para se explorar as

imagens de animais já inseridas no software do programa, propondo-se o estudo do

conteúdo “Seres vivos e não vivos”. (PARANÁ, 2008a) Classificaram-se animais

domésticos e répteis, arrastando-os e agrupando-os corretamente com o uso dos

recursos disponíveis na barra de ferramentas. Esse recurso permite utilizar não só

as imagens instaladas como também complementar com vídeos, textos, desenhos e

documentários, entre outras produções. “A possibilidade de inovação no ensino

aprendizagem demonstra evolução no aprender, pois os educandos perceberam-se

como sujeito capaz de interferir no seu aprendizado socializando suas ideias de

forma livre e criativa” (NAKASHIMA; AMARAL, 2006, p. 42).

Foi nessa perspectiva que se deu o desenvolvimento da aula, com

envolvimento dos educandos, e se evidenciou que as novas formas de ensinar com

as tecnologias podem oportunizar aprendizagem significativa e criativa.

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5.5 Plano 5: Atividades com a paleta de cores e formas

Para a realização dessa atividade, foram ativados os recursos figuras

geométricas, compasso, caixa de texto, cortina horizontal, cortina vertical e lupa,

compondo figuras e formas contextualizadas na disciplina de matemática. Com a

paleta de cores, definiu-se a cor de preferência, personalizando-se e modificando-se

de acordo com a proposta da aula. Por meio da reprodução das imagens com o uso

das figuras geométricas, linhas e retas foram possível trabalhar os recursos da barra

de ferramenta e, de forma aberta, a imaginação, levando o aluno a pensar, organizar

e desenvolver com criatividade “Os conceitos geométricos [que] constituem parte

importante do currículo de Matemática porque, por meio deles, o aluno desenvolve um

tipo especial de pensamento que lhe permite compreender” (PARANÁ, 2009, p. 13). A

aula apresentada ofereceu estratégias de ensino que ativam o processo de

descoberta na produção individual e coletiva, motivando a criatividade do aluno.

5.6 Plano 6: Atividades com navegadores da internet

Nesse momento, foram explorados os recursos da Lousa Digital, com

conexões à internet. Com o uso desta, exploraram-se as várias possibilidades de

apresentação do conteúdo (imagens, vídeos, jogos, simulações etc.). Com o uso da

pesquisa online, foi possível levar, ao aluno, o conhecimento elaborado, dando-se

mais significado ao conteúdo. As produções diversas de atividades grátis,

disponíveis na web e acessíveis à população, passaram a ser mais um recurso

pedagógico a ser utilizado em sala de aula, com o uso do computador e o acesso à

internet. O conteúdo trabalhado foi relacionado à disciplina de matemática, “medidas

de tempo”. Os alunos participaram com envolvimento e entusiasmo na resolução

das atividades apresentadas, demonstrando que o processo de aquisição do

conhecimento estabelece relação com os objetos e com o meio (IVIC; COELHO,

2010).

5.7 Plano 7: Atividades educativas online

As atividades educativas online estão presentes na web, são interessantes

e eficazes na aprendizagem, ajudam na motivação do aluno, despertando

habilidades, estimulando e contribuindo no desenvolvimento do processo mental

quanto à forma de pensar, tomar decisões, experimentar, relacionar, aprender etc..

Essa forma divertida facilitou a apreensão da aprendizagem, também de forma

lúdica, colaborando para o desenvolvimento intelectual e cognitivo. Com a utilização

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dos recursos didáticos pedagógicos e tecnológicos estes se tornaram facilitadores da

aprendizagem. Ensinar por meio dos jogos desenvolve não apenas a memorização,

mas habilidades para o ensino da matemática (CAMPOS, 2014).

Os conteúdos explorados nessa atividade foram da disciplina de português e

matemática (caça-palavras, palavras cruzadas, quebra-cabeça, situações problema

etc.) Os alunos demonstraram prazer ao realizar as atividades online, pois a forma

de apresentação estimulou a memorização das ações produzidas e conduzidas,

estabelecendo ordem e regras na realização destas.

Desse modo, ensinar através de jogos “online” é uma metodologia que não apenas memoriza e desenvolve habilidades, mas é um caminho significativo para as aulas de matemática levando o aluno a construir e desenvolver conceitos matemáticos relevantes para sua vida pessoal e profissional (CAMPOS, 2014, p. 4).

Essas ações ativam as conexões necessárias para a aprendizagem,

estimulando o processo intelectual no ensino-aprendizagem.

5.8 Plano 8: Atividades com a ferramenta vídeos

Os vídeos educativos são materiais audiovisuais, com grande capacidade de

repassar o conhecimento elaborado, seja ele atual ou não. Esses vídeos podem ser

encontrados nos sites educativos ou no youtube na forma de documentários,

música, filme ou desenho etc. O acesso aos vídeos na lousa digital se dá por meio

de conexão online ou por áudio já salvo, por meio de download no computador ou

pen drive. O tema gerado para essa aula foi retirado da disciplina de geografia,

conteúdo medida de tempo/clima, com acesso aos sites de meteorologia onde os

alunos puderam, em tempo real, pesquisar o clima/tempo da cidade onde cada um

morava. O ensino da geografia enfatiza que, ao aluno, deve ser proporcionada uma

analise dos fenômenos geográficos e, “no decorrer do Ensino Fundamental, o aluno

deve desenvolver a capacidade de analisar os fenômenos geográficos e relacioná-

los, quando possível, entre si” (PARANÁ, 2008b, p 79). Assim sendo, a realização

dessa atividade proporcionou informações do tempo/clima através de acessos a

links meteorológicos, em tempo real. Foi interessante para os alunos entenderem

que as informações referentes à cidade deles também estão disponíveis na web,

possibilitando trabalhar o desenvolvimento da capacidade de análise dos fenômenos

geográficos.

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5.9 Plano 9: Atividades com jogos educativos online

Os jogos educativos online são atrativos e eficazes na aprendizagem,

ajudam a despertar o interesse do aluno para aprender, pois possuem uma

linguagem atraente, viabilizando conteúdos e estimulando vivências, com o objetivo

de aproximar o virtual o mais próximo possível da realidade. O jogo é um recurso

pedagógico estimulador “[...] um recurso pedagógico que leva o aluno a aprender

com prazer, ele faz com que a criança se sinta motivada a participar do processo de

ensino aprendizagem” (CAMPOS, 2014, p. 4). O conteúdo explorado nessa

atividade foi das disciplinas de português, geografia e ciências. Os alunos já

conheciam alguns jogos online, mas a forma de apresentação foi diferente e mais

interessante, deixou todos empolgados, por terem a possibilidade de realizarem as

atividades usando as várias funções como a arrastar a figura com a caneta e colocar

no lugar correto. O movimento de ir e vir, usando a coordenação motora fina e

ampla, deixou os alunos mais centrados na atividade e para os colegas, quando

estes visualizaram todas as ações realizadas, houve aprendizado dinâmico e

coletivo.

5.10 Plano 10: Atividades abrindo arquivo do pen drive na lousa digital

Para se realizar essa ação, foi necessário conectar o pen drive no notebook,

abrir a Lousa Digital, ir para o ícone Menu principal e escolher a opção abrir na

janela MINTformat (*.mint), escolher o formato de acordo com a atividade em PDF.

Para se abrirem vídeos, seguem-se os mesmos passos, escolher o formato, clicar

em MovieFormat (*.wmv,*mpg.*avi), se for vídeo. Na área de trabalho do notebook

aparecerá uma opção para se acessar o vídeo escolhido devidamente e salvo no

formato MPG ou AVI. Foram utilizados atividades em PDF e vídeos com assuntos

dos conteúdos escolhidos e planejados nas disciplinas de português, geografia e

ciências. As atividades foram salvas no formato estipulado, para adequada leitura do

software, com o intuito de se usar esse modo de arquivo de armazenamento,

aprendendo-se a se acessar na lousa digital. Com este recurso foi possível fazer

captura de tela com a imagem desejada, para se resolver atividades sem apagar,

fazendo-se anotações ou resolução na imagem congelada, sem alterá-la.

5.11 Plano 11: Atividades recortando imagens e capturando tela e gravação de

vídeo da aula

Esse último plano de aula foi elaborado no sentido de se rever os conteúdos

trabalhados e inserir o próximo conteúdo a ser estudado pelos educandos. Essa

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revisão serviu como base para se acessar alguns recursos da lousa digital que foram

utilizados na aplicação desta implementação. Cada recurso explorado na barra de

ferramenta teve objetivo próprio, por isso é necessário que o professor manipule

com domínio o manuseio de cada item contido no software desse objeto.

Com o domínio de uso dos recursos, a aula torna-se mais completa com a

exposição do conteúdo disciplinar nos diversos formatos. Um dos recursos que mais

será utilizado pelo professor, na explicação do conteúdo, é recortar imagens e

capturar tela, com ele é possível recortar e capturar imagens de vídeos, textos,

páginas pesquisadas na internet ou salvas no próprio computador. Com a imagem

na lousa digital, os recursos serão explorados, tornando a aula dinâmica e produtiva,

por isso é extremamente necessário que o professor treine para usá-lo

corretamente.

Figura 2 – Opções visíveis na tela MINT interativo da lousa digital

Fonte: Lousa digital.

Nessa atividade de gravação de vídeo da aula, é possível, no

desenvolvimento da aula planejada, acionar-se o recurso, na barra, gravação de

vídeo da câmera e iniciar-se a gravação com janela minimizada, sem interferência

nenhuma na aula, salvando-se ao terminar e deve-se lembrar que a gravação

mínima é 10 min. Com este recurso, toda a aula pode ser reproduzida para se rever

as dúvidas ou reforçar o conteúdo, podendo até ser compartilhada por e-mail, ou

pen drive ou outros recursos de comunicação interativa.

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Figura 3 – Opções do menu captura de imagem da tela mint interativo da lousa digital

Fonte: Lousa digital.

6 Considerações Finais

É inegável que a humanidade está cada vez mais conseguindo através de

suas técnicas produtivas melhorar o desempenho na realização das tarefas

cotidianas, desde as mais simples até as mais complexas. As tecnologias de

comunicação e informação são recursos desafiadores que podem servir a educação

no processo ensino aprendizagem, assim a lousa digital configurou objeto deste

estudo e materializa-se no desenvolvimento de atividades acadêmicas planejadas a

fim de verificar a possibilidade de uso recursos disponíveis como facilitadores na

aprendizagem. Nesta concepção de estudo e pensando neste objeto como mais um

material pedagógico interativo no ensino aprendizagem dos alunos especial é que

pautou-se o levantamento bibliográfico, Projeto de Intervenção Pedagógica,

Produção Didática Pedagógica e Implementação Pedagógica na Escola.

Na realização das atividades foi possível perceber que o objeto estudado é

uma ferramenta tecnológica interativa de grande valia na exposição dos conteúdos,

pois proporcionou envolvimento importante no processo cognitivo dos alunos que

apresentam dificuldades intelectuais e múltiplas deficiências. Nakashima e Amaral

(2006, p. 14) afirmam que “a escola precisa reconhecer a evolução no formato de

apresentação das linguagens e que estas podem servir a educação como diferentes

formas de ensinar”.

As diferentes formas de ensinar através dos recursos midiáticos

possibilitaram apresentação das aulas com exposição dos conteúdos através de

imagens, vídeos, desenhos, letras, palavras, textos, música, atividades educativas,

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jogos interativos, simuladores e outros. O avanço foi perceptível no decorrer do

desenvolvimento dos planos de atividades, pela motivação interesse e participação

dos alunos com envolvimento na proposta de ensino. Partindo do pressuposto que a

interatividade é capaz de provocar ou conduzir discussões e reflexões, saindo do

ensino convencional para o dinâmico e interativo com a utilização da linguagem

audiovisual está apresentou contribuições significativas. Para tanto é preciso lembrar

que os recursos oferecidos pela lousa digital oferecem ações pedagógicas que

dependerá do professor, as possiblidades, as intervenções, as pesquisas

planejadas, os planos objetivados devem levar a pratica das ações com uso deste

recurso possibilitando participação dos alunos nas atividades colaborativas

propostas.

Diante do exposto e com as práticas pedagógicas concretizadas percebeu-

se que as novas tecnologias interativas podem servir a educação especial como

ferramentas tecnológicas pedagógica de grande importância na exposição dos

conteúdos, pois elas promovem o desenvolvimento do ensino acadêmico de forma,

inovadora, dinâmica e facilitada. Sendo assim, os recursos da Lousa Digital é uma

ferramenta a ser explorada e faz a diferença no ensino aprendizagem dos alunos

com deficiência intelectual e múltiplas deficiências. Para que aconteça é necessário

comprometimentos dos profissionais da educação com o uso de recursos midiáticos

inovadores estimulando e promovendo a aprendizagem como parte essencial das

ações pedagógicas dos professores em sala de aula. Cabe aos docentes buscar o

conhecimento através dos cursos disponíveis pela SEED, bem como a práticas de

pesquisas, pois há muitas informações disponíveis na web “recurso gratuito” que

pode ajudar na utilização das ferramentas pedagógicas interativas já disponíveis

muitas escolas estaduais do Paraná. É preciso lembrar que é função da escola e

papel do professor realizar com responsabilidade, competência e seriedade

intervenção pedagógica que possibilita metodologias de ensino inovadoras

colocando em seus planos de trabalho o uso dos recursos tecnológicos disponíveis

em seus com intencionalidade, pois é na escola que se faz produção de

conhecimento.

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