O USO DA LÍNGUA PORTUGUESA NA ERA TECNOLÓGICA: UMA TAREFA DESAFIADORA E INOVADORA

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O USO DA LÍNGUA PORTUGUESA NA ERA TECNOLÓGICA: UMA TAREFA DESAFIADORA E INOVADORA OLIVEIRA,Talita Mozer de 1 BORGES,Janine Catarino 2 CHIESA, Yerecê Regina Medeiros Simões 3 RESUMO: A finalidade deste trabalho é pensar sobre o desenvolvimento da leitura de alunos na contemporaneidade com o processo tecnológico que têm ganhado espaço nas salas de aula. Esse estudo está cada vez mais frequente por educadores e pesquisadores que se interessam com a inserção de novas ferramentas tecnológicas e práticas docentes. Desse modo, os estudos pretendem abordar os desafios e as possibilidades enfrentadas pelo professor de Língua Portuguesa com o processo do desenvolvimento tecnológico e, mostrar novas possibilidades de ensino por meio das tecnologias, apresentar os desafios e as possibilidades do ser professor frente às mudanças no modo de trabalho, criar condições para que os professores possam apropriar-se do uso dos novos instrumentos e conduzir o professor de português diante da tecnologia. São analisados dois aspectos importantes: a nova cultura tecnológica inserida na escola e como trabalhar a língua portuguesa produzindo à escrita e a leitura nas atividades escolares na era digital. É discutido esse processo tecnológico como uma brecha para uma nova estratégia de ensino em que temos que nos habituar as mudanças sociais, pois elas também acontecem no âmbito escolar. Para isso, o trabalho foi realizado através de pesquisas bibliográficas e materiais da internet. Logo, é necessário propor uma reflexão para adequar-se a esta tarefa educacional que desafia o 1 Graduanda do Curso de Letras-Língua Portuguesa, Centro Universitário São Camilo, Cachoeiro de Itapemirim, ES, [email protected] 2 Graduanda do Curso de Letras-Língua Portuguesa, Centro Universitário São Camilo, Mimoso do Sul, ES, [email protected] 3 Mestre em Cognição de Linguagem- UENF, Centro Universitário São Camilo, [email protected]

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A finalidade deste trabalho é pensar sobre o desenvolvimento da leitura de alunos na contemporaneidade com o processo tecnológico que têm ganhado espaço nas salas de aula. Esse estudo está cada vez mais frequente por educadores e pesquisadores que se interessam com a inserção de novas ferramentas tecnológicas e práticas docentes. Desse modo, os estudos pretendem abordar os desafios e as possibilidades enfrentadas pelo professor de Língua Portuguesa com o processo do desenvolvimento tecnológico e, mostrar novas possibilidades de ensino por meio das tecnologias, apresentar os desafios e as possibilidades do ser professor frente às mudanças no modo de trabalho, criar condições para que os professores possam apropriar-se do uso dos novos instrumentos e conduzir o professor de português diante da tecnologia. São analisados dois aspectos importantes: a nova cultura tecnológica inserida na escola e como trabalhar a língua portuguesa produzindo à escrita e a leitura nas atividades escolares na era digital. É discutido esse processo tecnológico como uma brecha para uma nova estratégia de ensino em que temos que nos habituar as mudanças sociais, pois elas também acontecem no âmbito escolar. Para isso, o trabalho foi realizado através de pesquisas bibliográficas e materiais da internet. Logo, é necessário propor uma reflexão para adequar-se a esta tarefa educacional que desafia o professor e ao mesmo tempo é inovadora aos métodos educativos.

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O USO DA LÍNGUA PORTUGUESA NA ERA TECNOLÓGICA:

UMA TAREFA DESAFIADORA E INOVADORA

OLIVEIRA,Talita Mozer de1

BORGES,Janine Catarino 2

CHIESA, Yerecê Regina Medeiros Simões3

RESUMO:

A finalidade deste trabalho é pensar sobre o desenvolvimento da leitura de alunos na contemporaneidade com o processo tecnológico que têm ganhado espaço nas salas de aula. Esse estudo está cada vez mais frequente por educadores e pesquisadores que se interessam com a inserção de novas ferramentas tecnológicas e práticas docentes. Desse modo, os estudos pretendem abordar os desafios e as possibilidades enfrentadas pelo professor de Língua Portuguesa com o processo do desenvolvimento tecnológico e, mostrar novas possibilidades de ensino por meio das tecnologias, apresentar os desafios e as possibilidades do ser professor frente às mudanças no modo de trabalho, criar condições para que os professores possam apropriar-se do uso dos novos instrumentos e conduzir o professor de português diante da tecnologia. São analisados dois aspectos importantes: a nova cultura tecnológica inserida na escola e como trabalhar a língua portuguesa produzindo à escrita e a leitura nas atividades escolares na era digital. É discutido esse processo tecnológico como uma brecha para uma nova estratégia de ensino em que temos que nos habituar as mudanças sociais, pois elas também acontecem no âmbito escolar. Para isso, o trabalho foi realizado através de pesquisas bibliográficas e materiais da internet. Logo, é necessário propor uma reflexão para adequar-se a esta tarefa educacional que desafia o professor e ao mesmo tempo é inovadora aos métodos educativos.

Palavras-chave: Didática; Tecnologia; Professor; Desafio.

INTRODUÇÃO

Vivenciamos na atualidade a inserção de uma nova cultura, a cultura

tecnológica. Cultura é a representação das manifestações humanas; aquilo que

é aprendido e partilhado por indivíduos de um determinado grupo. Ela é um

conjunto de costumes, hábitos e conhecimentos. Nosso artigo pretende mostrar

1 Graduanda do Curso de Letras-Língua Portuguesa, Centro Universitário São Camilo, Cachoeiro de Itapemirim, ES, [email protected] do Curso de Letras-Língua Portuguesa, Centro Universitário São Camilo, Mimoso do Sul, ES, [email protected] em Cognição de Linguagem- UENF, Centro Universitário São Camilo, [email protected]

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a inclusão de uma nova cultura inserida na sociedade e no âmbito escolar. A

cultura digital ou Cibercultura.

Cibercultura é a cultura da rede, que sintetiza a relação entre a sociedade

contemporânea e a tecnologia de informação. Essa nova cultura não é mais

cedida apenas para à elite. Hoje, já faz parte do grande público menosprezado,

juntamente com o apoio do Ministério da Educação que tem investido na

prática do uso da informática, nas escolas.

Observa-se um dilema entre a “cultura tecnológica na escola” e “a escola na

cultura tecnológica”, qual seria a opção correta? Obviamente que a escola na

cultura tecnológica. Pois a cibercultura já invadiu o espaço do âmbito escolar,

os frequentadores da mesma que são os discentes, já estão incluso nesta nova

era tecnológica aqui do lado de fora, e acabam levando-a para dentro das salas

de aula, e sem a inclusão da escola nesse novo meio, as percepções de

aprendizagem do aluno vem diminuindo.

Segundo Menezes (2010, p. 122) não se pode cobrar um bom desempenho

das escolas se elas estiverem décadas atrás do que já se tornou trivial nas

práticas sociais, e isto é uma realidade, pois há escolas com salas de

informática onde a estrutura física aparentemente sustenta a idéia de escola

munida de tecnologias, porém não há apropriação das mesmas, o que acaba

tornando o uso obsoleto, uma vez que os professores muitas vezes não estão

preparados para utilizar estas tecnologias.

Os sistemas de comunicação evoluem com extrema rapidez e essa

dinâmica é parte da vertiginosa modernidade em que estamos

imersos. Não podemos nos deslumbrar com essas novidades ou ficar

apreensivos pelo perigo de que substituam nossa função de educar.

Mas não devemos ignorar as possibilidades que eles abrem para

aperfeiçoar nosso trabalho, como o acesso a sites de apoio e

atualização pedagógica ou a programas interativos para alunos com

dificuldades de aprendizagem.

(2010, p.122)

As escolas devem se atualizar e aprimorar-se, usando desses novos

recursos tecnológicos que já são disponibilizados a elas e fazer deles

ferramentas de ensino e inclusão, onde o aluno aprenderá com práticas

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pedagógicas e com a didática que o professor irá adquirir em relação a este

meio, e irá se incluir diante dessa nova era de tecnologias de informação e

comunicação (TIC), buscando novos horizontes, no intuito de desenvolver uma

prática inovadora, aproveitando o conhecimento remanescente e de forma

homogênea, as (TIC), vêm para poder atribuir transformações que se quer e

necessita. Desta forma cria-se a oportunidade de professores introduzirem em

suas aulas o uso das novas tecnologias disponíveis, fato esse que infelizmente,

não tem acontecido na maioria das instituições escolares. Para que se entenda

o motivo, pode-se destacar que os próprios professores ainda não interagiram

com essas tecnologias havendo, em primeira instância, certo receio de aplicá-

las.

Com o surgimento da modernidade da tecnologia dentro das salas de aulas

são novos os desafios de didática na contemporaneidade na era de ensino.

Muitos alunos já aderiram a essas peculiaridades, e percebe-se à falta de

desatenção nas aulas por parte deles, enquanto o professor continua com a

mesma forma de ensino que é falar durante horas. É preciso aceitar essa

mudança e adaptar-se às diferentes formas de aprendizagem com a

tecnologia.

A escola é fundamental no processo de ensino-aprendizagem apesar de,

atualmente, as evoluções tecnológicas e o uso da internet serem um grande

aliado para aprender de várias formas, com vários conteúdos amplos e

educativos. O meio social é um espaço imenso beneficiado de aprendizagem.

Na época atual toda a sociedade vem expandindo conhecimento,

informação, inovação e rapidez em várias áreas de trabalho. Com isso, o aluno

que é um reprodutor mais apto a receber a evolução tecnológica. E trouxe para

dentro da sala de aula uma ferramenta que desafia o ato de ensinar e aprender

para o professor. As tecnologias estão mais presentes para o aluno e o

professor. Propondo assim, uma reflexão para reaprender e ensinar. Com a

internet e outras tecnologias, trouxe novas possibilidades de relação social

dentro e fora da escola.

De acordo com Dwobor, o desenvolvimento tecnológico também passou

por um processo de educação e conhecimento. E a escola precisa acompanhar

esse processo, pois a tecnologia é uma forma de evolução e a sociedade

também precisa evoluir.

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O mundo que hoje surge constitui ao mesmo tempo um desafio ao mundo da educação, e uma oportunidade. É um desafio, porque o universo de conhecimentos está sendo revolucionado tão profundamente, que ninguém vai se quer perguntar à educação se ela quer se atualizar. (DWOBOR, 2001, p. 2)

O computador tem como um meio de ser mais fácil na busca e na rapidez.

Mas deve ser uma ferramenta de apoio ao professor e ao aluno.

É fato que, os meios tecnológicos estão presentes nas salas de aula. A

questão problemática é como utilizar esses meios que interferem na didática do

professor e que estão em constante mudança nas relações sociais. Usar esses

equipamentos nem sempre é fácil para o professor, consequentemente, é

preciso saber manusea-lo para depois saber com utiliza-lo na educação dos

alunos que se faz tão importante. Esse desafio pedagógico nem sempre é fácil,

e é preciso saber usa-los de maneira inovadora e consciente. O professor é um

ser mediador na aprendizagem, só que, agora com novas ferramentas de

trabalho.

As dificuldades enfrentadas pelo professor tomam novos rumos na

educação, portanto, devem-se superar essas mudanças garantindo

possibilidades que enfrentam esses desafios.

Nesse sentido, a intenção desse trabalho é sugerir novas propostas

pedagógicas de leitura e escrita a partir dos novos suportes digitais. Com isso,

é importante salientar para o aluno novas reflexões que a tecnologia vem

causando nas formas de escrita. Sem deixar de considerar a importância do

uso das normas cultas da Língua Portuguesa nos mais novos meios de

comunicação.

Nos primórdios da história da escrita, o espaço de escrita foi a superfície de uma tabuinha de argila ou madeira ou a superfície polida de uma pedra; mais tarde, foi a superfície interna contínua de um rolo de papiro ou de pergaminho, que o escriba dividia em colunas; finalmente, com a descoberta do códice, foi, e é, a superfície bem delimitada da página – inicialmente de papiro, de pergaminho, finalmente a superfície branca da página de papel. Atualmente, com a escrita digital, surge este novo espaço de escrita: a tela do computador. (SOARES, 2002).

Para Magda Soares, a evolução da tecnologia constitui um “espaço de

escrita” diferente. É possível observar que, deste os primórdios até os dias

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atuais surgiu um novo meio de escrita. A sala de aula é um lugar fundamental

em que a mudança passa a se generalizar na sociedade.

METODOLOGIA

Este artigo foi elaborado através de materiais já publicados e com materiais

disponibilizado na internet como artigos científicos e resumos expandidos

Outras matérias também foram de suma importância, como os livros;

DWOBOR, Ladislau. Tecnologias do conhecimento: os desafios da

educação; MENEZES, Luis Carlos de. Ensinar com a ajuda da tecnologia;

MORAES, Maria Cândida. O paradigma educacional emergente; MORIN,

Edgar. Ciência com consciência; NOGUEIRA, N. R. O Professor Atuando

no Ciberespaço: Reflexões sobre a utilização da Internet com fins

pedagógicos e SOARES, Magda. Novas práticas de leitura e escrita:

letramento na cibercultura.

A NOVA CULTURA TECNOLOGICA INSERIDA NAS ESCOLAS

As escolas tem tido problemas na inclusão de uma nova cultura, a cultura

tecnológica. A dificuldade não esta na aceitação da mesma, está na dificuldade

de inserção dela no âmbito escolar de maneira correta. Pois, a Cibercultura

existe e isto é fato. O que se necessita é de treinamentos para os profissionais

na área da educação e praticas pedagógica, para que o uso dessa nova cultura

seja positivo e não negativo.

A escola tem um compromisso social com as novas tecnologias da

comunicação e de informação. Uma breve reflexão sobre o compromisso social

das escolas públicas num mundo globalizado deve ser feita. Pois a importância

das novas tecnologias tem sido visada como uma grande aliada no processo

de construção de conhecimento. Com isso as escolas e os professores devem

rever e alterar seus métodos tradicionais de ensino, rompendo com modelos

preestabelecidos de autoritarismo enraizados durante séculos em sua história

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institucional e de vida. A perspectiva de mudar esses paradigmas neste mundo

cheio de conflitos e incertezas é apresentada como desafio para o ensino

contemporâneo já que a sociedade ocidental vive hoje a chamada "crise de

paradigmas”

Moraes (2000) define paradigma como "modelo, padrões compartilhados

que permitem a explicação de certos aspectos da realidade. É mais do que

uma teoria e implica uma estrutura que gera novas teorias. É algo que estaria

no início das teorias" (p. 31).

Para Morin (1990), entretanto, um paradigma significa um tipo de relação

muito forte, que pode ser de conjunção ou disjunção, que possui uma natureza

lógica entre um conjunto de conceitos-mestres, reafirmando que "comporta

certo número de relações lógicas, bem precisas, entre conceitos; noções

básicas que governam todo discurso" (p. 287).

Isso quer dizer que não importa qual a definição correta da palavra, mas sim

que atualmente, com a crise de paradigmas, falar de uma escola num mundo

globalizado que invade a sociedade em geral requer, sobretudo, analisar esse

novo perfil de educador para a nova geração de aluno que aí está em uma era

de comunicação e informação, na qual há uma grande competitividade e

complexidade marcadas por transformações aceleradas que ocorrem da noite

para o dia em questões de segundos e de forma imediata.

Entretanto, apesar de todas essas mudanças, os professores continuam

enfrentando os mesmos problemas passados, acrescentados aos conflitos

atuais em decorrência destas rápidas e profundas modificações sociais,

culturais e econômicas. Essa categoria de profissionais vive hoje,

principalmente nas escolas públicas, num cenário de incertezas e dificuldades

que os atingem por todos os lados. Somada a esta realidade surgem, com as

tecnologias, outras dificuldades, destacando entre elas, a indecisão de saber

como trabalhar com alunos tão diferentes socialmente, numa sociedade

fragmentada e desumanizada, tentando utilizar os meios tecnológicos e

rompendo com modelos predefinidos e sólidos desde a sua formação.

Com isso, percebe-se que as escolas e professores não estão preparados

para vivenciar está nova cultura. Por isso sugere-se uma complementação na

grade curricular dos professores para que estejam preparados devidamente

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para lidar com essa nova cultura a tornando sua aliada e não inimiga dentro do

âmbito escolar.

AS ATIVIDADES DE LÍNGUA PORTUGUESA NA ERA TECNOLÓGICA

Com o computador ficou cada vez mais fácil à organização do trabalho, o

que antes se utilizava pilhas de papeis, hoje, com a evolução dos meios

tecnológicos vem facilitando o trabalho com maior comodidade e rapidez.

Desse modo, o uso da internet tem oferecido ao professor mais dinâmica no

preparo das aulas. E preparar questões interessantes que desafia os alunos

vem explorando de maneira criativa que os recursos lhe oferecem.

Sabemos que a leitura e a escrita estão presentes em todas as disciplinas

como, história, geografia, ciências, matemática, literatura etc. Cabe ao

professor de Língua Portuguesa estar atento às mudanças em relação ao

ensino da língua. Pois, com a introdução da tecnologia, vem adaptando uma

nova forma de escrita, principalmente percebida entre os jovens.

A escrita e as formas de leitura de jovens vêm mudando atualmente.

Percebe-se que a introdução da tecnologia tem entrado muito cedo na

aprendizagem infantil. Com a falta de contato com livros impressos, vem

afetando na juventude e na vida adulta a forma de escrita. Hoje, com a escrita

“internetês”, ou seja, palavras criadas pelos internautas no meio virtual, como

siglas e abreviaturas nas conversas estão cada vez mais comuns como “vc”

para “você”, “cmg” para “comigo”, “tc” para “teclar” ou “conversar”, “q” para

“que” etc. Além de muitos adolescentes utilizarem a linguagem coloquial; isto é,

escrevem como falam, por exemplo, “Eu tava de saco cheio, não aguentava

mais aquele papo furado. O último de antena ligada era o Thiago, mó CDF.

Mais uma vez eu falei prus cara: vamo dá um role, mas ninguém me deu bola”.

Sabemos que esse tipo de linguagem não é aceito pela gramática normativa.

De fato, não deve ser encarado como um problema. Mas os professores já

estão atentos nesse caso. Principalmente, porque são comuns esses erros nas

provas. Os alunos acostumam escrever dessa forma, pelo motivo que na

internet a ansiedade toma conta pelo nível de informação, e preferem essa

forma de escrita porque é rápida.

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Mesmo que não seja encarado como um problema é preciso que o

professor esteja atento. Trabalhar com essa questão é de grande importância,

já que está presente na realidade dos alunos. Discutir esse assunto na sala é

relevante, pois é preciso que o aluno esteja consciente do uso incorreto na

escrita e na leitura que vem sendo afetado pelos novos meios de comunicação.

Refletir, criticar a estrutura e organização de texto fará disso um estudo,

resolvendo problemas, por meio de discussões em sala.

Por que não fazer desse desafio uma atividade que envolva os alunos e

aprendam novas formas de reescrita? O professor pode trazer para as aulas

vários textos para apontar os problemas na escrita. Contando com a ajuda da

variedade de textos possíveis de encontrar na internet. Alem disso, dá para

trabalhar com vários conteúdos dentro da gramática.

Enfim, as novas tecnologias de hoje serão as velhas tecnologias de amanhã. E se quisermos absorvê-las e utilizá-las no ambiente escolar, precisamos constantemente analisar nossas crenças, verificando se aquilo que está arraigado deve e pode ser mudado. Se nossas lentes não estão embaçadas de tal forma a não nos deixarem enxergar de forma sistêmica esse mundo que, por sorte, muda a cada dia. As palavras de ordem parecem ser: estarmos abertos - e quando necessário, mudarmos para enfrentar os novos desafios. (NOGUEIRA, 2002, p.66).

Já que os jovens gostam de “curtir”, “publicar” e “compartilhar”, nas redes

sociais, que tal inovar nas atividades escolares? Também é possível trabalhar

produzindo textos nos mais variados gêneros textuais e publicando nas

diversas redes sociais, como o blog, por exemplo, que é uma espécie de diário

on-line. Antigamente, os diários confidenciais ficavam guardados a sete chaves

em uma gaveta, em que ninguém sabia o que estava escrito. Hoje, é uma boa

opção para publicar e comentar textos de uma maneira bem divertida no

contexto escolar.

Com isso, o bom uso da internet com fins pedagógicos, pode realizar

vários trabalhos educativos. Assim, o professor consegue realizar seus

objetivos com a turma, introduzindo a tecnologia no ensino e tornando as aulas

mais modernas e interessantes para o aluno.

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RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foi possível compreender que, o desenvolvimento social se dá por meio

das novas invenções do homem. E, a sociedade está em constante busca pelo

conhecimento, pois a toda hora as formas de convivência e aprendizado se

renovam. Para isso, muitas dúvidas surgem em relação às mudanças sociais e,

é preciso, também, buscar conhecimento para as formas de ensinar.

Estamos diante de uma nova cultura nos modos de ensino, e isso requer do

professor e aluno uma nova forma de aprendizado. Essas formas vêm

desafiando o professor a se inserir no contexto tecnológico e aplicar os

métodos de ensino. Portanto, faz-se necessário o professor estar sempre

atualizado com o meio social que também está presente dentro da escola.

A língua é o principal meio que utilizamos para nos comunicar. Ela

concretiza nossas ações. E assim, faz o mundo acontecer. Portanto, o

professor de Língua Portuguesa é o responsável para uma boa comunicação

em meio a tantas transformações que se passa na tecnologia e na escrita.

O professor de português, em especial, carrega por traz das mudanças

sociais um novo desafio que é o ensino da língua portuguesa normativa que

está em constante mudança, logo percebida nas atividades escolares. Com

isso, é preciso refletir as possibilidades de trabalho para desenvolver com os

alunos, para que os mesmos aprendam a utilizar da tecnologia a favor de seu

empenho escolar.

Este trabalho contribui para uma renovação do professor-aluno nas formas

de ensino-aprendizagem. Mostrando que, é possível se adequar as mudanças

que acontecem no âmbito escolar, de forma consciente, inovadora e divertida.

Os professores viveram em épocas diferentes dos alunos mais jovens. Isso

mostra que o professor não deve adequar os alunos em sua época, mas fazê-

los conhecer o passado com novas ferramentas de ensino. Isto é, as mudanças

na forma de ler e escrever, hoje, são outras. É necessário usar a tecnologia,

tanto usada pelos jovens e crianças, como uma nova forma de nova didática,

pois a sociedade está em constante transformação.

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REFERÊNCIAS

DWOBOR, Ladislau. Tecnologias do conhecimento: os desafios da educação. Disponível em: <http://dowbor.org/2013/09/tecnologias-do-conhecimento-os-desafios-da-educacao.html/>. Acesso em: 23 de fev. de 2015.

MENEZES, Luis Carlos de. Ensinar com a ajuda da tecnologia. In.: Nova Escola. São Paulo, Ano XXV, Nº 235, set. 2010, p. 122.MULTIRÃO PELA INCLUSÃO DIGITAL. Disponível em: Acesso em: 01 de Mar. de 2010.

MORAES, Maria Cândida. O paradigma educacional emergente. Campinas: Papirus, 2000.

MORIN, Edgar. Ciência com consciência. Porto Alegre: Artes Médicas, 1990.NOGUEIRA, N. R. O Professor Atuando no Ciberespaço: Reflexões sobre a utilização da Internet com fins pedagógicos. São Paulo: Érica, 2002.

SOARES, Magda. Novas práticas de leitura e escrita: letramento na cibercultura. Campinas, 2002. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/es/v23n81/13935.pdf > Acesso em: 24 de fev. de 2011.