O Uraguai

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Basílio da Gama

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Basílio da Gama

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• Nasceu no arraial de São José do Rio das Mortes;• O seu pai foi Manuel da Costa Vila-Boas, capitão-mor do Novo Descobrimento;• Frequentou o Colégio dos Jesuítas no Rio de Janeiro;• No decorrer de 1768 voltou para a cidade do Rio deJaneiro;• Retornou à Europa, onde foi detido em Lisboa,acusado de simpatia para com os jesuítas;• Em troca da liberdade, prometeu às autoridades irviver em Angola;• Escreveu então um epitalâmio, dedicado à filha doMarquês, exaltando-o, em 1769;• No mesmo ano foi publicado poema épico "OUraguai", dedicado a Francisco Xavier de MendonçaFurtado, irmão de Pombal, onde se percebe o intuitode agradar o homem forte de Portugal.

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É um poema épico escrito por Basílio da Gama em 1769;

Conta de forma romanceada a história da disputa entre jesuítas, índios e europeus nos Sete Povos das Missões, no Rio Grande do Sul;

Trata da expedição mista de portugueses e espanhóis contra as missões jesuíticas do Rio Grande, para executar as cláusulas do Tratado de Madrid, em 1756;

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Na primeira página há uma epígrafe em latim retirada da Eneida de Virgílio;

Na página seguinte se encontra um soneto homenageando o Conde de Oeiras (futuro Marquês do Pombal);

Basílio da Gama faz alusão em uma passagem sobre a cidade de Rio Pardo.

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A primeira entrada dos portugueses enquanto esperam reforço espanhol;

Saudação ao General Gomes Freire de Andrade. Chegada de Catâneo;

Desfile das tropas;

Andrade explica as razões da guerra;

O poeta apresenta já o campo de batalha coberto de destroços e de cadáveres, principalmente de indígenas.

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Partida do exército luso-castelhano.

Soltura dos índios prisioneiros.

É relatado o encontro entre os caciques Cepê e Cacambo e o comandante português, Gomes Freire de Andrade, à margem do rio Uruguai.

O acordo é impossível porque os jesuítas portugueses se negavam a aceitar a nacionalidade espanhola.

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Ocorre então o combate entre os índios e as tropas luso-espanholas.

Os índios lutam valentemente, mas são vencidos pelas armas de fogo dos europeus. Sepé morre em combate. Cacambo comanda a retirada.

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O General acampa às margens de um rio. Do outro lado, Cacambo descansa e sonha com o espírito de Sepé. Este incita-o a incendiar o acampamento inimigo.

Cacambo atravessa o rio e provoca o incêndio. Depois, regressa para a sede.

Surge Lindóia.

A mando de Balda, prendem Cacambo e matam-no envenenado.

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Balda é o vilão da história, que deseja tornar seu filho Baldeta, cacique, em lugar de Cacambo.

Observa-se aqui uma forte crítica aos jesuítas. Tanajura propicia visões a Lindóia: a índia “vê” o terremoto de Lisboa, a reconstituição da cidade pelo Marquês de Pombal e a expulsão dos jesuítas.

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O poema é escrito em decassílabos brancos, sem divisão em estrofes;

É dividido em partes: proposição, invocação, dedicatória, narrativa e epílogo;

Abandona a linguagem mitológica, mas ainda adota o maravilhoso, apoiado na mitologia indígena;

Foge ao esquema tradicional, sugerido pelo modelo imposto em língua portuguesa, Os Lusíadas;

A oposição entre rusticidade e civilização, não poderia deixar de favorecer, no Brasil, o advento do índio como tema literário;

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Apesar da intenção ostensiva de fazer um panfleto anti-jesuítico para obter as graças de Pombal, a análise revela, que também outros intuitos animavam o poeta, a descrever o conflito entre a ordenação racional da Europa e o primitivismo do índio;

Variedade, fluidez, colorido, movimento, sínteses admiráveis caracterizam os decassílabos do poema, não obstante equilibrados e serenos.

Ele será o modelo do decassílabo solto dos românticos.

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Cícero, Gabriel e Rodrigo