O Tempo e o Futuro (III)

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(*) Analisando as nossas reais percepções de tempo diretamente relacionadas ao nosso futuro -- em sua possibilidade!

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Eruditos dizem que a criatura humana foi a única nascida na Terracom a capacidade de se preocupar com o futuro. E eu diria que o

homem foi e é o único com capacidade de perceber o tempo erelacioná-lo tanto ao passado quanto ao futuro.

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Este homem milenar, entretanto, sintetizadona percepção individual ou fundamentado em sua natureza linear,

egoisticamente pessoal, nunca de fato se mostrou preocupadocom o futuro --- que estivesse além de sua estreita visão

ou muito além do curto período de sua vida. ...

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E mesmo hoje para este homem,talvez pela percepção do seu passado milenar,

o futuro ainda não se mostra claro ao seu entendimento.

Um futuro que sempre lhe pareceu distante demais,algo metafórico que jamais chega..., um estado

de realidade apenas simbólico, inatingívelpor ser de fato inexistente. ...

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E, a meu ver, para nós erapara ser assim, indefinidamente:

na medida em que o tempo passasseo futuro seria prolongado ou prorrogado

... ,sinalizando a nossa possibilidade

de continuarmos a existir... . ...

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Mas nos dias de hoje,quando as ações humanas degradam o meio ambiente

em alarmantes níveis mundiais, uma situação muito estranhafinalmente acontece: percebemos o futuro chegar...,

como se fosse algo mesmo definitivo,derradeiro ou final

... .

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Isto é o que a história nos mostra como fato: até ontem o nosso mundo existiu por ele mesmo e

tanto o tempo quanto o futuro gradualmente surgirame se deram independentemente da nossa vontade.

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Mas a partir de hoje ou de agora, depois de nos espalharmospelos quatro cantos do planeta dominando suas terras, rios e mares,

podemos enfim dizer que este mundo passou a depender de nós... . ...

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Assim, no meu modo de ver, passamos a ser diretamente responsáveis por ele.

E esta é uma responsabilidade digna de menção, considerandocomo irrefutável a verdade de que este mundo nos deu à vida!,

e, então, ele mesmo é assim, vivo!, padecente como nós!,vulnerável e perecível!

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E agora, neste ponto em que chegamos,precisamos modernizar nossas milenares percepções

a respeito do TEMPO..., pois, para nós, estas criaturas vivas,ele se alia ao ciclo das gerações e, fundamentalmente, não é físico;

é também orgânico, podemos dizer, considerando que ele sai como fluído metafísico da perenidade da Vida.

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Não é assim para você, leitor ou cara leitora?O tempo de sua vida neste mundo não corresponde ao tempo da

presença de Vida nesse seu corpo orgânico, sensível e vulnerável?...

E como enfim devemos lidar com este tempo orgânico,na hora ou nesta hora de relacioná-lo ao futuro

...?

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Para nós, humanos,este sempre foi e para sempre será

o ponto de ligação entre presente e futuro:justamente por sermos individualmente perecíveis,

coletivamente --- em relação à nossa espécie --- só alcançaremoso futuro através do ciclo das gerações ou, em palavras até melhores,

só alcançaremos o futuro através dos nossos filhos... .

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E então esta é a grande prova:cuidarmos do mundo não só para nós mesmos,

mas especialmente para os nossos filhos.

E qual será a grande fórmula?...O amor? Amar os nossos filhos e, por amor a eles,

cuidar deste mundo?, para que o futuro se dê, então?...

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E então esta é a grande prova:cuidarmos do mundo não só para nós mesmos,

mas especialmente para os nossos filhos.

E qual será a grande fórmula?...O amor? Amar os nossos filhos e, por amor a eles,

cuidar deste mundo?, para que o futuro se dê, então?...

Ou não é tão simples?...

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Em síntese, só nos preocupamos com o que amamos.

E o amor, em relação a nós mesmos e aos nossos filhos,é o que sintetiza a nossa direta relação com o mundo

e é ainda, por consequência, o principal elementona formulação do nosso futuro.

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Mas eu sei que falar de amor para nósse tornou “coisa de amadores”, e é por demais suave.

Ele, por certo, já não consegue tocar emocionalmente em nós...

Sendo assim, deixem-me buscar palavras mais adequadas,recorrendo-me a um jornalista competente e incisivo:

Danilo Pretti Di Giorgi.

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“Mais cedo ou mais tarde teremos que acordar.Apesar dos incríveis avanços na tecnologia e na ciência

(ou por causa deles), parecemos esquecidos da principal lição:somos parte da natureza como o mico-leão e a floresta,

o pássaro e o ar, o peixe e o rio, a baleia e o mar.

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“A visão espiritualista de que a Terra (ou a terra, tanto faz)é nossa Mãe precisa ser compreendida e aceita por todos,

em especial pelos que, entre nós ou acima de nós,tomam as decisões sobre o futuro.

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“Da Terra tiramos tudo que precisamos para viver.

Por isso devemos recompensá-la e, enfim, cuidar dela.Virar as nossas costas para esta clara realidade

--- além de pouco inteligente ---equivale a matar o que nos alimenta.

É como um suicídio coletivo.

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“Estamos obrigados a mudar porqueseremos obrigados a isso, por bem ou então por mal.

E quanto mais rapidamente aceitarmos a inevitabilidade damudança, mais fácil será a transição..., antes que uma verdadeira

tragédia nos leve de volta a uma luta pela vida parecida com aquelaque nossos ancestrais travaram há dezenas de milhares de anos.”

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* * *

Infelizmente é assim: quando o amor perde a voz,a tragédia se põe a falar... E por mim agora ela fala que

se continuarmos a degradar o nosso mundo, chegaremosou faremos com que os nossos filhos cheguem a uma terrível

condição --- jamais vivida realmente --- de subexistência ousub-existência, quando só lhes restará a recente técnica

de reciclar e reaproveitar lixo!

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(!) ... Ao escrevermos,na maioria das vezes, ou às vezes

considerando a maioria, precisamos generalizar.

Assim, quanto à criatura humana, eu tenho que levarem conta a generalidade da compulsão dessa criatura

em sujar e estragar todos os lugares onde ela vivecomo se de fato odiasse o seu próprio mundo.

E afinal, em relação a uma criatura como esta,que não se preocupa com o seu próprio mundo,

quem dirá que ela se preocupa com o futurode seus próprios filhos?...

Lamento.

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O bom, leitores, é sentir a esperançaque surge do simples fato de estamos aqui.

Não somos uma maioria, por certo,mas desde quando o destino humano

foi traçado pela maioria?

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O sentido de liderança é naturalmente para poucos.

E realmente não precisamos de novos homens para nos liderar;precisamos apenas que os nossos líderes

se renovem como homens.

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