Pierre Bourdieu - El Oficio Del Sociólogo [Www.refugiosociologico.blogspot.com
O Sociólogo e Ambientalista
-
Upload
aline-sousa -
Category
Documents
-
view
221 -
download
0
Transcript of O Sociólogo e Ambientalista
-
7/21/2019 O Socilogo e Ambientalista
1/3
Quarta-Feira, 25 de Maro de 2015 ... Buscar
0 Tweetar 1
O socilogo e ambientalista critica os leiles depetrleo e suas implicaes ambientais
Marcelo Calaza ns s ocilogo, coordenador da FASE-ES (Programa Regional da Federao de
rgos para Assistncia Social e Educacional) e mem bro da Rede Alerta contra o Deserto Ver de
e da Rede Latino-Americana contra Monocultivo de rvores.
A 11 Roda da de licitae s para explora o de petrleo em bloco s de terra e mar, que ocorreu n odia 14-05-2013, reabre de forma voraz, sob ritmo acel erado e sem limite, o ciclo de inj ustia
ambiental implicado na expanso do modelo energtico e societrio estimulado pelo governo, em
pacto com as gigantescas corporaes petroleiras e seus complexos associados, interessados na
explorao de um valiosssimo bem comum, que o petrleo, avalia Marcelo Calazans em entrevista
concedida Revista Eletrnica do Instituto Humanitas Unisinos, IHU On-Line,por e-mail.
ABP (British Petroleum), Total, Petrogal e a Petrobras compraram os cobiados blocos na bacia
sedimentar do Amazonas at oRio Grande do Norte, uma rea com a sociobiodiveridade pouco
conhecida. J imaginou a quantidade de dutos e instalaes de armazenamento, caminhes-tanque
que vo operar em terra, conectados aos poos off-shore? Nem sequer existe um mapeamento
detalhado do que h nestes territrios que sero diretamente afetados: reas de restinga, lenis,
matas de transio, bacias hdricas, alm das comunidades pesqueiras e litorneas, bem como as
que se situam quilmetros terra adentro, adverte. Segundo o socilogo, no Esprito Santo a
explorao dos blocos comprados pela gigante norueguesa Stat Oil vai acelerar a reduo dos
territrios da pesca artesanal, impedindo o acesso de pescadores s rotas do pescado, afetandodiretamente o trabalho e a segurana alimentar de dezenas de milhares de homens e mulheres que
vivem da pesca e d os mariscos, alm de ameaar diretamente uma rea de excepcional valor na
costa capixaba, o recife de Abrolhos, rea da Baleia Jubarte.
Na avaliao dele, a explorao de petrleo no Brasil est cada vez mais primarizada, focada na
explorao de recursos in naturaou, no mximo, na produo de semielaborados, reiterando a
agenda econmica inflexvel, e uma agenda social frgil e compensatria.
Confira a entrevista:
Que avaliao faz da 11 Rodada de Licitao da Agncia Nacional do Petrleo ANP?
A 11 Roda da da ANP reabre d e forma voraz, so b ritmo ace lerado e sem l imite, o ci clo de injustia
ambiental implicado na expanso do modelo energtico e societrio estimulado pelo governo, em
pacto com as gigantescas corporaes petroleiras e seus complexos associados, interessados na
explorao de um valiosssimo bem comum, que o petrleo.
O alcance da11 Rodada vasto, articulando-se conjunturalmente com a desconstruo dos cdigos
Mineral e Florestal, com a gesto porturia, rodoviria e ferroviria, com a expanso da sociedade do
automvel, dos ansiolticos e dos agrotxicos. Burocracia estatal e polticos corruptos, petroleiras
nacionais e estrangeiras, siderrgicas, mineradoras so os mais interessados na explorao rpida e
a todo risco do petrleo do subsolo. Por outro lado, a 11 Rodada j expe suas zonas de sacrifcio:
QUA, 29 DE MAIO DE 2013 17:03 MARCELO CALAZANS
Share
NOTCIAS
XIV CONFUP
AMS
Acidente d e Trabalh o
Arbitrariedad e
Aposentados
Bancrios
C.A da Petrobrs
Campanha Salarial
Campanhas Reinvidicatrias
CAMPANHA SALARIAL 2014
CENTRAIS REUNIDAS
Categorias em Luta
Cidadania
CNQ
Condies de Trabalho
Conselheiros Petros
CTB
CUT
Democratizao daComunicao
Desenvolvimento
DIA NACIONAL DE LUTAS
DIEESE
Direitos Humanos
Divisionistas
Economia
Eleio Sindical
Energia
Fascismo
A FEDERAO
Histria
Estatuto
Direo Colegiada
PUBLICAESInforme FUP
Primeira Mo
Outras Publicaes
MEDIA CENTER
Galeria de Fotos
Galeria de Vdeos
NOTCIAS
Manchetes
ltimas Notcias
Direto dos Sindicatos
Blog
Entrevistas
Opinio
View the embedded image gallery online at:
http://www.fup.org.br/2012/noticias/entrevistas/2221196-
o-sociologo-e-ambientalista-critica-os-leiloes-de-
petroleo-e-suas-implicacoes-
ambientais#sigProGalleria1d0935049d+Veja Mais
FOTOS VDEOS UDIOS
VOC EST AQUI: NOTCIAS | ENTREVISTAS | O SOCILOGO EAMBIENTALISTA CRITICA OS LEILES DE PETRLEO E SUAS IMPLICAES
AMBIENTAIS
PRINCIPAL A FEDERAO NOTCIAS SINDICATOS FILIADOS ACORDOS COLETIVOS NOSSAS LUTAS PUBLICAES FRUNS DE DELIBERAO CAMPANHAS EVENTOS CONTATO
Rede Brasil Atual: Cadastre Seu Celular WebMailSenadores da CAE defendem pacto federativo em reunio com Levy
Aumentar Tamanho Da FonteDiminuir Tamanho Da FonteVoltar ao Original
PAINEL
http://www.fup.org.br/2012/bancarioshttp://www.fup.org.br/2012/publicacoes/informehttp://www.fup.org.br/2012/arbitrariedadehttp://www.fup.org.br/2012/http://feedproxy.google.com/~r/rbafup/~3/HMPZUhdQT6U/na-regiao-do-abc-taxa-de-desemprego-recua-pelo-segundo-mes-seguido-7949.htmlhttp://feedproxy.google.com/~r/rbafup/~3/-PZ0iQ7BEXI/em-embu-das-artes-mais-medicos-aumenta-em-60-o-numero-de-consultas-6921.htmlhttp://feedproxy.google.com/~r/rbafup/~3/_T-puhgvvb8/2018dilma-honra-compromisso-e-quem-ganha-e-a-sociedade2019-afirma-dieese-sobre-medida-que-valoriza-o-salario-minimo-4203.htmlhttp://www.fup.org.br/2012/estatutohttp://www.fup.org.br/2012/campanha-salarial-2014http://www.fup.org.br/2012/categorias-em-lutahttp://www.fup.org.br/2012/galeria-videoshttp://www.fup.org.br/2012/eleicao-sindicalhttp://www.fup.org.br/2012/arbitrariedadehttp://www.fup.org.br/2012/galeria-fotoshttp://www.fup.org.br/2012/cnqhttp://www.cnq.org.br/http://www.fup.org.br/2012/noticias/entrevistas/2221196-o-sociologo-e-ambientalista-critica-os-leiloes-de-petroleo-e-suas-implicacoes-ambientais?format=pdfhttp://www.fup.org.br/2012/galeria-fotoshttp://www.fup.org.br/2012/noticias/entrevistas/2221196-o-sociologo-e-ambientalista-critica-os-leiloes-de-petroleo-e-suas-implicacoes-ambientaishttp://www.fup.org.br/2012/direitos-humanoshttp://www.fup.org.br/2012/noticias/entrevistashttp://www.fup.org.br/2012/noticias/mancheteshttp://www.fup.org.br/2012/component/mailto/?tmpl=component&link=2c6659985ba8086bc62dcbfa9bab2a800ee0e78ahttp://www.fup.org.br/2012/http://www.fup.org.br/2012/lutashttp://www.fup.org.br/2012/condicoes-de-trabalhohttp://www.fup.org.br/2012/publicacoes/informehttp://www.fup.org.br/2012/cuthttp://www.fup.org.br/2012/direcao-colegiadahttp://www.fup.org.br/2012/noticias/sindicatoshttp://www.fup.org.br/2012/acordos-coletivoshttp://www.fup.org.br/2012/www.fup.org.br/2012/noticias/bloghttp://www.fup.org.br/2012/campanhas-reinvidicatoriashttp://www.fup.org.br/2012/acidente-de-trabalhohttp://feedproxy.google.com/~r/rbafup/~3/HMPZUhdQT6U/na-regiao-do-abc-taxa-de-desemprego-recua-pelo-segundo-mes-seguido-7949.htmlhttp://www.fup.org.br/2012/arbitrariedadehttp://feedproxy.google.com/~r/rbafup/~3/_hrWV1SUfsE/vannuchi-2018o-jornalismo-transformou-se-num-orgao-politico-e-partidario-8622.htmlhttp://www.fup.org.br/2012/sindicatos-filiadoshttp://www.fup.org.br/2012/amshttp://www.fup.org.br/2012/aposentadoshttp://www.fup.org.br/2012/historiahttp://feedproxy.google.com/~r/rbafup/~3/-PZ0iQ7BEXI/em-embu-das-artes-mais-medicos-aumenta-em-60-o-numero-de-consultas-6921.htmlhttp://www.fup.org.br/http://www.fup.org.br/2012/democratizacao-da-comunicacaohttp://feedproxy.google.com/~r/rbafup/~3/UPBmK5Ad3tA/agencia-sobre-mencao-a-fhc-podemos-tirar-se-achar-melhor-9441.htmlhttp://www.fup.org.br/2012/publicacoes/primeira-maohttp://www.fup.org.br/2012/dia-nacional-de-lutashttp://www.fup.org.br/2012/estatutohttp://www.ihuonline.unisinos.br/index.phphttp://feedproxy.google.com/~r/rbafup/~3/47sIJfFN_k8/termina-sem-acordo-audiencia-entre-garis-e-empresas-de-limpeza-de-sao-paulo-3179.htmlhttp://feedproxy.google.com/~r/rbafup/~3/cciYDQKODpQ/sergio-reis-e-renato-teixeira-interpretam-classicos-sertanejos-no-sesc-1925.htmlhttp://www.fup.org.br/2012/bancarioshttp://www.fup.org.br/2012/divisionistashttp://www.fup.org.br/2012/noticias/entrevistas/2221196-o-sociologo-e-ambientalista-critica-os-leiloes-de-petroleo-e-suas-implicacoes-ambientais?tmpl=component&print=1&page=http://www.fup.org.br/2012/noticias/ultimas-noticiashttp://www.fup.org.br/2012/xiv-confuphttp://www.fup.org.br/2012/campanhas/campanhas-2012http://www.fup.org.br/2012/index.phphttp://www.fup.org.br/2012/ctbhttp://www.fup.org.br/2012/contatohttp://www.fup.org.br/2012/noticias/opiniaohttp://www.fup.org.br/2012/desenvolvimentohttp://www.fup.org.br/2012/publicacoes/outras-publicacoeshttp://feedproxy.google.com/~r/rbafup/~3/_T-puhgvvb8/2018dilma-honra-compromisso-e-quem-ganha-e-a-sociedade2019-afirma-dieese-sobre-medida-que-valoriza-o-salario-minimo-4203.htmlhttp://www.fup.org.br/2012/eleicao-sindicalhttp://feedproxy.google.com/~r/rbafup/~3/-dOE_HaludI/reducao-da-maioridade-penal-pode-ser-votada-amanha-na-ccj-da-camara-dos-deputados-2640.htmlhttp://feedproxy.google.com/~r/rbafup/~3/esL3BKxvJ0I/dilma-assina-mp-que-mantem-valorizacao-do-salario-minimo-ate-2019-6729.htmlhttp://feedproxy.google.com/~r/rbafup/~3/uxta82iNC50/senadores-da-cae-defendem-pacto-federativo-em-reuniao-com-levy-2475.htmlhttp://feedproxy.google.com/~r/rbafup/~3/xPhhSLdyGds/taxa-de-desemprego-sobe-na-regiao-metropolitana-de-sao-paulo-5427.htmlhttp://www.fup.org.br/2012/component/content/article/6016-dieesehttp://feedproxy.google.com/~r/rbafup/~3/ZiO7dJzGhbg/quase-um-ano-depois-gilmar-mendes-ainda-nao-devolveu-acao-sobre-campanhas-politicas-6726.htmlhttp://www.fup.org.br/2012/energiahttp://www.fup.org.br/2012/http://www.fup.org.br/2012/cidadaniahttp://fup.org.br/webmailhttp://feedproxy.google.com/~r/rbafup/~3/G27udr-sQv4/governo-alckmin-poderia-ter-minimizado-a-crise-do-setor-sucroalcooleiro-9837.htmlhttp://www.cut.org.br/http://www.fup.org.br/2012/campanha-salarial-2014http://www.fup.org.br/2012/economiahttp://feedproxy.google.com/~r/rbafup/~3/hlbKqKfBNuU/apeoesp-cobra-diretor-de-jornalismo-da-rede-globo-que-ignora-greve-dos-professores-5786.htmlhttp://www.fup.org.br/2012/fascismohttp://www.fup.org.br/2012/noticias/entrevistashttp://www.fup.org.br/2012/galeria-videoshttp://www.fup.org.br/2012/campanhas/conselheiros-petros-2013http://www.fup.org.br/2012/ca-da-petrobrashttp://www.fup.org.br/2012/categorias-em-lutahttp://www.fup.org.br/2012/dieesehttp://feedproxy.google.com/~r/rbafup/~3/kB3USee6Egw/adiadas-desde-2011-eleicoes-gerais-no-haiti-terao-mais-de-130-partidos-politicos-8185.htmlhttp://www.fup.org.br/2012/centrais-reunidas -
7/21/2019 O Socilogo e Ambientalista
2/3
assentamentos de reforma agrria, territrios tradicionais indgenas e quilombolas, camponeses e de
pescadores artesanais, bem como reas de preservao na terra e no mar, a mobilidade urbana e a
segurana alimentar.
Quais foram as empesas que participaram da 11 Rodada de Licitaes e adquiriram os 170
blocos que esto em bacias situadas na margem equatorial?
BP (British Petroleum), Total, Petrogal e Petrobras compraram os cobiados blocos na bacia
sedimentar do Amazonas at o Rio Grande do Norte, uma rea de imensa e no ao todo conhecida
sociobiodiversidade. J imaginou a quantidade de dutos e instalaes de armazenamento,
caminhes-tanque que vo operar em terra, conectados aos poos offshore? Nem sequer existe um
mapeamento detalhado do que h nestes territrios que sero diretamente afetados: reas de
restinga, lenis, matas de transio, bacias hdricas, alm das comunidades pesqueiras e litorneas,bem como as que se situam quilmetros terra adentro.
Os ambientalistas criticaram a 11 Rodada de Licitaes porque dos 289 blocos que sero
ofertados 170 estaro em bacias situadas na margem equatorial, desde Rio Grande do Norte ao
Amap, e pouco se conhece dessa regio. O que se conhece dessas regies? Quais os impactos
provveis com os blocos leiloados no Esprito Santo?
No Esprito Santo, a explorao dos blocos comprados pela gigante norueguesa Stat Oil vai acelerar a
reduo dos territrios da pesca artesanal, impedindo o acesso de pescadores s rotas do pescado,
afetando diretamente o trabalho e a segurana alimentar de dezenas de milhares de homens e
mulheres que vivem da pesca e dos mariscos, alm de ameaar diretamente uma rea de
excepcional valor na costa capixaba, o recife de Abrolhos, rea da Baleia Jubarte. Em solo, uma
gigantesca infraestrutura est sendo construda, ao longo da costa capixaba, com recursos pblicos
do PAC, do BNDES, atraindo grande mo de obra, voltil, temporria, precarizada, afetando
pequenas e mdias comunidades com problemas como prostituio e violncia. So vrios terminaisde gs e leo, alm de dutos cruzando todo o Estado, o estaleiro Jurong em Aracruz-ES, as
siderrgicas como a Samarco e o porto em Anchieta, os terminais de logstica e administrativos na
regio metropolitana de Vitria, a fbrica de fertilizante em Linhares.
O petrleo aciona as demais corporaes de uma economia cada vez mais primarizada, focada na
explorao de recursos in naturaou, no mximo, na produo de semielaborados. No Esprito Santo,
o boompetroleiro aciona uma lgica perversa: mais petrleo, mais ferro, mais ao, mais fertilizante
qumico para o eucalipto e a cana-de-acar, mais greenwashing(lavagem verde) de um
ambientalismo empresarial e compensatrio, como do Projeto Tamar, um claro marketing verde da
Petrobras. A corrupo outro elemento intrnseco ao setor petroleiro, haja vista a quantidade de
polticos, prefeitos, vereadores, gestores pblicos processados pelo Ministrio Pblico e literalmente
encarcerados pela Polcia Federal por desvio de royalties e cobrana de propinas.
Caso ocorra um vazamento de leo durante a extrao de petrleo nessa regio, quais os riscos
de serem atingidas as unidades de conservao?
Nos casos de vazamento, sequer existe um Plano Nacional ou Estadual de Contingncia! Incrvel que
j estamo s na 1 1 Rodada da ANP e at hoj e sequ er est em pauta a construo d e um Pla no de
Contingncia. Estamos falando de produtos altamente inflamveis e poluentes, de enorme risco de
uso, explorao, com setores produtivos cada vez mais terceirizados, onde a responsabilidade
deveria ser de extrema cautela. Os trabalhadores que operam as plataformas obsoletas que esto
offshorecorrem enorme risco, bem como todas as comunidades que se localizam prximas da costa e
ao longo dos dutos e instalaes.
Uma fbrica de fertilizante, por exemplo, como a de Palhal, em Li nhares, uma bomba em potencial,
tal como vimos explodir na ndia e nos EUA.
Uma explorao de alto risco, no mar, pode gerar acidentes como o da Chevron na Bacia de Santos,
da BP no Golfo do Mxico e Sul dos EUA, ou o vazamento da Petrobrs na Baa de Guanabara, no
Rio de Janeiro. Onde h explorao de petrleo e gs, sempre haver vazamento. A tecnologia
jamais consegu e prever in situo que manipula artificialmente em laboratrio. uma enormeirresponsabilidade do Estado e das corporaes acelerar o ritmo de explorao sem nenhum debate
acumulado com a sociedade sobre o Plano de Contingncia. Depois que ocorre o vazamento, no site
da ANP, do Ibama, dos IEMAS e das empresas, no h nenhuma descrio mais detalhada do que
houve de fato e, principalmente, no h nenhuma garantia de no repetio. A multa, quando
aplicada, em geral, no paga, e quando paga, no compensa quem realmente foi afetado. um
processo injusto.
Uma fonte do governo federal destacou que os blocos esto a mais de 50 quilmetros da costa e
a profundidades superiores a 50 me tros do solo marinho. Por isso, acredita que no haver
problemas com as licenas. Como v essa declarao?
A decla rao do governo federal feita sob cu riosa e simbli ca cond io d e ru-con fesso. Libera m as
licenas de explorao, flexibilizam as leis ambientais, violam direitos de trabalhadores e acordos
internacionais de proteo de comunidades afetadas, desmontam cdigos. E tudo isso sequer
julga do. O desenvo lvimentismo a ferro e fogo no encontra ob stculos pa ra se i nstalar e expandi r.
o que o Estado e as empresas chamam de segurana jurdica. Na verdade, trata-se de uma justiadbia, pois, do outro lado, pescador que acessa reas pesqueiras invadidas pela explorao tem seu
barco retido e sua documentao interditada. Camponeses que criam galinha, porco ou plantam
prximos dos dutos so multados. Toda e qualquer resistncia criminalizada ou ameaada, como o
que se passa com os pescadores da Bahia de Guanabara, alguns j mortos por conflitos com
empreiteiras e empresas de vigilncia da Petrobrs. Para os interesses empresariais tudo permitido.
FUP
Eleies 2014
Esporte
Gerao de Emprego
Amrica La tina
Greve
Incluso Social
Insegurana
Jornada de Trabalho
Justia
Juventude
Luta pela Terra
MOBILIZAES
Meio Ambiente
Mercosul
Metalrgicos
Mdia
Mortes na Petrobrs
Movimentos Sociais
MULHERES NA LUTA
Mundo
Novas Conquistas
Solidariedade
O Petrleo Nosso
PARTICIPAO SOCIAL
Petrobrs 100% Pblica
PETROLEIROS EM
CAMPANHA
PETROS
PLR
PLR sem Imposto
PLRs Futuras
Poltica
Pr-Sal
Precarizao
Previdncia
Privatizao
Qumicos
Reforma Agrria
REFORMA POLTICA
RIO+20
Sade
Salrios
Sade do Trabalhador
SMS
Soberania
Tercerizao
Transpetro
Unidade Nacional
http://www.fup.org.br/2012/politicahttp://www.fup.org.br/2012/jornada-de-trabalhohttp://www.fup.org.br/2012/petroshttp://www.fup.org.br/2012/mulheres-na-lutahttp://www.fup.org.br/2012/esportehttp://www.fup.org.br/2012/precarizacaohttp://www.fup.org.br/2012/privatizacaohttp://www.fup.org.br/2012/saudehttp://www.fup.org.br/2012/midiahttp://www.fup.org.br/2012/fuphttp://www.fup.org.br/2012/insegurancahttp://www.fup.org.br/2012/smshttp://www.fup.org.br/2012/quimicoshttp://www.fup.org.br/2012/metalurgicoshttp://www.fup.org.br/2012/petrobras-100-publicahttp://www.fup.org.br/2012/unidade-nacionalhttp://www.fup.org.br/2012/luta-pela-terrahttp://www.fup.org.br/2012/plrhttp://www.fup.org.br/2012/justicahttp://www.fup.org.br/2012/juventudehttp://www.fup.org.br/2012/meio-ambientehttp://www.fup.org.br/2012/tercerizacaohttp://www.fup.org.br/2012/geracao-de-empregohttp://www.fup.org.br/2012/mortes-na-petrobrashttp://www.fup.org.br/2012/grevehttp://www.fup.org.br/2012/reforma-agrariahttp://www.fup.org.br/2012/america-latinahttp://www.fup.org.br/2012/saude-do-trabalhadorhttp://www.fup.org.br/2012/inclusao-socialhttp://www.fup.org.br/2012/pre-salhttp://www.fup.org.br/2012/mobilizacoeshttp://www.fup.org.br/2012/reforma-politicahttp://www.fup.org.br/2012/o-petroleo-e-nossohttp://www.fup.org.br/2012/rio20http://www.fup.org.br/2012/soberaniahttp://www.fup.org.br/2012/transpetrohttp://www.fup.org.br/2012/eleicoes-2014http://www.fup.org.br/2012/mercosulhttp://www.fup.org.br/2012/mundohttp://www.fup.org.br/2012/petroleiros-em-campanhahttp://www.fup.org.br/2012/fascismohttp://www.fup.org.br/2012/plrs-futurashttp://www.fup.org.br/2012/novas-conquistashttp://www.fup.org.br/2012/plr-sem-impostohttp://www.fup.org.br/2012/salarioshttp://www.fup.org.br/2012/solidariedadehttp://www.fup.org.br/2012/movimentos-sociaishttp://www.fup.org.br/2012/participacao-socialhttp://www.fup.org.br/2012/previdencia -
7/21/2019 O Socilogo e Ambientalista
3/3
Copyright 2015 ..::Federao nica dos Petroleiros::... Todos os direitos reservados.
Avenida Rio Branco, 133 / 21 andar, Centro, Rio de Janeiro - RJ, CEP: 20040-005
Telefax: (21) 3852-5002 | Email: [email protected]
PRINCIPAL CONTATO LOGIN REA RESTRITA TOPO
.
O que isso demonstra sobre a agenda ambiental do governo brasileiro?
Agenda Ambiental? O governo tem uma ag enda e conmica inflexvel, e uma age nda so cial frgi l e
compensatria. O PAC o smbolo mor dessa agenda. Torna imperativo o crescimento acelerado da
economia, como se o fator redistributivo fosse dependente deste crescimento unilateral e
insustentvel. O que o pas j produz poderia ser muito melhor distribudo, de forma transparente e
radicalizando a democracia participativa. Talvez no seja necessrio expandir desenfreadamente a
explorao do petrleo para melhorar a educao, a sade, a poltica de segurana alimentar, para
realizarmos as reformas agrria e urbana. E, uma vez explorado nesse atual temeroso ritmo, o que
garante que a renda gerada seria de fato utilizada para a construo da seguridade social?
Os exemplos j instalados em Campos e Maca, no norte do Rio de Janeiro, bem como na Baixada
Fluminense ou Recncavo Baiano, demonstram que territrios petroleiros so reas de altaconcentrao de renda e poder, em detrimento do bem-estar da populao residente. A agenda do
governo passa ao largo da Justia Ambiental, e aposta, por exemplo, na universalizao do
automvel, quando as cidades j esto com trnsitos totalmente congestionados. Carros
superpotentes circulam em velocidade de bicicletas e cavalos! Uma poltica totalmente anacrnica,
mas articulada aos lucros das grandes empresas automobilsticas e da construo urbana de
elevados, viadutos, megarrodovias e tneis.
possvel explorar o petrleo e preservar o meio ambiente?
No creio que seja possvel, em sentido restrito, explorar petrleo e preservar o meio ambiente. A
explorao ser cada vez mais algo de alto risco, porque as reservas esto cada vez mais distantes,
nos polos, na Amaznia, em grandes profundidades martimas. Por isso o petrleo deve ser usado de
forma muito, mas muito seletiva, pois um bem comum extremamente valioso para estar sendo
queimado em en garrafamentos urbanos ou na fabricao de agrotxicos, por exemplo.
No se trata de acabar de vez com o uso do petrleo, mas de perguntar para que estamos fazendo
uso dele. Por exemplo, todo o petrleo de um desses blocos no suficiente para abastecer uma
semana de guerra no Afeganisto! Para cada barril produzido, segundo Oilwatch, so oito barris de
gua! Devemos perguntar ento: Para que e para quem vo se expandir a explorao e a produo
de petrleo e gs? O petrleo ser sempre mais valioso (e nosso!) quando no subsolo e, talvez, seja
esta uma deciso e um bem comum que devemos deixar para as geraes futuras.
Espero que tenham mais responsabilidade e cuidado com o planeta e a sociedade. A crise climtica,
provocada justamente pela queima de combustveis fsseis, aponta um necessrio cenrio de
transio energtica. Vamos esperar a ltima gota de leo, do ltimo poo, para pensarmos a
transio? Aprofundar o pas numa agenda petroleira retira as prprias possibilidades histricas de
transio. Por isso, no Frum dos Afetados por Petrleo e Gs do Esprito Santo, estamos construindo
a campanha por reas livres de petrleo, onde a sociedade possa ter o direito de dizer no
explorao desenfreada: reas pesqueiras, comunidades litorneas, quilombolas, camponesas, reas
de assentamento de reforma agrria, reas de grande sociobiodiversidade.
No queremos explorao nos territrios da utopia! O que est em deb ate o prprio horizonte da
transio energtica. At quando vai a expanso petroleira? Em que ritmo? Para que usos? Quando
se iniciaro a reduo gradativa da explorao e o uso? E quando se iniciar sua concomitante
redistribuio na sociedade brasileira? Quais as fontes mais apropriadas para cada territrio e uso?
No deixar que a expanso se realize por inteiro, em ritmo acelerado, pode ser um primeiro passo
para uma estratgia consequente e responsvel de Justia Social e Ambiental.
http://www.fup.org.br/2012/component/user/loginhttp://www.fup.org.br/http://-/?-http://www.fup.org.br/2012/index.phphttp://www.fup.org.br/2012/adminhttp://www.fup.org.br/2012/contato