Termo de Referência Contratação de serviço especializado em ...
O serviço de referência e suas funções
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
CENTRO DE ARTES E COMUNICAÇÃO
DEPARTAMENTO CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO
BIBLIOTECONOMIA
SERVIÇO DE REFERÊNCIA E INFORMAÇÃO
VANESSA S. CAVALCANTE
Recife
2007
VANESSA S. CAVALCANTE
SERVIÇO DE REFERÊNCIA E INFORMAÇÃO
Resumo apresentado ao curso de Biblioteconomia, como requisito para obtenção da primeira nota na disciplina de Serviço de Referência e Informação, ministrada pela Profª Susana Schmidt.
Recife
2007
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O serviço de referência e suas funções
O serviço de referência e informação (SRI) tem como objetivo identificar as
necessidades informacionais dos usuários. Considerado uma atividade-fim da biblioteca, visa
facilitar e otimizar a procura da informação, expondo o trabalho da biblioteca e do
bibliotecário, gerando o reconhecimento e a satisfação do usuário.
O SRI visa também a outras funções:
Racionalização do tempo;
Localização/disponibilização dos suportes informacionais;
Educação do usuário;
Assistência direta e profissional;
Promover interação com o usuário;
Divulgar os serviços oferecidos pela biblioteca;
Eventos e exposições;
Levantamento bibliográfico em assuntos especializados;
Pesquisa on line do acervo bibliográfico;
Comutação bibliográfica;
Empréstimo entre bibliotecas.
Para que esses serviços sejam colocados em prática, Macedo (1990), orienta o
bibliotecário do setor de referência em linhas de atuação, que são elementos básicos das
atividades do SRI. São elas:
1. Serviço de referência propriamente dito: refere-se ao serviço em si, a interação face-
a-face entre os três pilares: usuário x informação x bibliotecário, sendo que este último será o
mediador de todo o processo.
2. Educação do usuário: levantamento do perfil dos usuários que utilizam a biblioteca,
fornecendo-lhes orientação em relação aos serviços oferecidos pela biblioteca, isto é,
promoção, divulgação, treinamento e instrução.
3. Alerta e disseminação da informação: oferecer produtos e serviços para atualizar os
usuários e divulgar novas informações do seu interesse.
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4. Comunicação visual e divulgação da biblioteca: organização e disponibilização do
espaço físico do acervo bibliográfico, permitindo ao usuário que conheça e compreenda o
funcionamento da biblioteca. Para isso, é necessário elaborar uma sinalização planejada,
comunicação gráfica e panfletos.
5. Administração e supervisão do SRI: elaborar um planejamento que definirá como
todo o empreendimento será preparado, focando-se nos objetivos, etapas, prazos e medidas
administrativas e práticas para que o serviço seja concretizado.
A questão da referência
Grogan (2001) exemplifica as diferentes categorias de consultas em que o bibliotecário
estará sujeito ao trabalhar no setor de referência. Citaremos apenas três, por serem as mais
importantes. São elas:
Consultas de caráter administrativo e de orientação espacial: são dúvidas simples
que o usuário acaba levando ao bibliotecário, como “onde fica o banheiro?”, “poderia me
emprestar uma caneta?”, “como faço para encontrar a sala 35?”, e etc. São consultas que não
se exige conhecimento bibliográfico, e sim, um conhecimento básico e genérico sobre onde se
encontram determinados lugares e como são feitas.
Consultas sobre o autor/título: refere-se quando o usuário está à procura de uma
determinada obra que não tenha sido localizada nos catálogos existentes da biblioteca. Às
vezes, acontece do usuário não possuir as informações corretas ou, até mesmo, não existir o
material solicitado, dificultando a localização. Dependendo do bibliotecário, caso ele tenha
um conhecimento minucioso do acervo, o usuário não ficará sem a resposta; entretanto, à
procura não seria um “bicho de sete cabeças” se algumas bibliotecas possuíssem catálogos
mais abrangentes e de fácil compreensão, com informações mais explicativas em relação às
bibliografias, índices, publicações de resumos e etc.
Consultas de localização de material: focalizam-se nos assuntos ou buscas temáticas,
em que o usuário quer uma série de informações sobre o tema solicitado. Por ser um tipo de
consulta mais exigente e específica, espera-se que o bibliotecário possua sensibilidade e
perspicácia para observar as reações do usuário em relação ao andamento da busca.
Haverá um momento em que as consultas poderão se tornar mutáveis, caso a
impossibilidade de localizar a obra cause dúvida sobre a exatidão da sua descrição. Isso acaba
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acontecendo pelo fato de os problemas de conferência de referências bibliográficas serem a
todas as bibliotecas, porém, a culpa nem sempre é do usuário, e si, muitas vezes por falha em
alguma citação bibliográfica, causando ruídos no ato da busca.
O processo de referência
O processo de referência é a atividade que envolve o usuário, durante a qual se executa
o serviço de referência, mostrando a sua eficácia. Envolve a interação usuário x bibliotecário,
sendo que é necessário para o profissional da informação ter duas habilidades:
Habilidade técnica: capacitação para fazer bom uso do conhecimento, métodos,
técnicas e equipamento necessário para recuperar a informação.
Habilidade humana: capacidade e julgamentos necessários para lidar com pessoas,
inclusive com conhecidos dos diferentes níveis intelectuais e do comportamento dos
indivíduos. O bibliotecário precisa entender a psicologia/comportamento do usuário para
obter melhor reciprocidade e relacionamento adequado.
Figueiredo (1991) orienta as fases do processo de referência:
Seleção da mensagem: identificação do que é essencial na questão proposta pelo
usuário;
Negociação/entrevista: o bibliotecário discute com o usuário sobre a questão
proposta para obter um entendimento completo da necessidade real da informação;
Seleção do título específico: à busca da informação para resposta da questão;
Localização da resposta dentro do volume do título específico selecionado para a
busca;
O processo é finalizado quando a informação selecionada é comunicada ao usuário.
O bibliotecário precisa ter uma atitude amigável e aberta com o usuário para descobrir a
sua real necessidade de informação, além de conhecer as fontes de informação e as técnicas
de manuseio das obras, realizar busca cuidadosa e sistemática da literatura, e principalmente,
manter-se sempre atualizado.
Serviço de referência e informação digital (SRID)
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Com o advento da internet, começaram a surgir bases de dados on line que facilitam na
busca da informação, proporcionando confiabilidade e maior rapidez. Para que o SRID seja
bem sucedido, existem critérios que orientam aos bibliotecários quanto à sua utilização,
como: postura criativa e pró-ativa, planejamento para o atendimento virtual e interface
amigável de boa navegação, a fim de atrair o usuário para sua utilização.
O SRID tem como objetivo preparar, identificar conceitos-chaves, palavras, sinônimos e
termos relacionados, construir a pesquisa com emprego de ferramentas comuns (pesquisa
booleana, thesaurus e vocabulário controlado).
Vantagens do serviço de referência e informação digital (SRID):
Possibilidades de localização e verificação de dados específicos de forma rápida;
Capacidade do sistema de poder oferecer serviços de mais alto nível e mais
diversificados;
Economia no tempo e de pessoal;
O usuário tem acesso ao acervo da biblioteca. Exemplo: PERGAMUM;
Comutação bibliográfica e fornecimento de cópias on line.
Referências
FIGUEIREDO, Nice Menezes de. Tendências dos serviços de referência e informação. Brasília: IBICT, 1986.
FIGUEIREDO, Nice Menezes de. Metodologias para promoção do uso da informação. São Paulo: Nobel, 1991.
GROGAN, Denis Joseph. A prática do serviço de referência. Brasília: Briquet de Lemos/Livros, 2001.
MACEDO, Neusa Dias de. Princípios e reflexões sobre o serviço de referência e informação. Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação, São Paulo, v. 23, n.1, p. 9-37, jan./dez.1990.
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